Professor PDE: Luciana Aquiles Sleutjes

Área PDE: Ciências

NRE: Ponta Grossa

Professor Orientador IES: MSc. Rosilda Aparecida Kovaliczn

IES vinculada: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Escola de Implementação: Colégio Estadual Major Vespasiano

Carneiro de Mello – Castro- PR

Público objeto da intervenção: 6º série C

TEMA: O ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DE

ATIVIDADES LÚDICAS

TÍTULO: A LUDICIDADE COMO RECURSO DIDÁTICO

PARA FIXAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE

ENTEROPARASITOSES

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICO

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O parasitismo é uma associação entre seres vivos com unilateralidade de

benefícios, sendo o hospedeiro um dos associados e o prejudicado, pois

fornece o alimento e abrigo ao parasito; assim, a parasitose é o estado de

infecção cuja agressão repercute prejudicialmente sobre o hospedeiro. (Neves,

1997).

As parasitoses intestinais ou enteroparasitoses causadas por helmintos -

platelmintos e nematodas - e também por protozoários estão entre as doenças

mais comuns do globo terrestre. São endêmicas em países do terceiro mundo,

onde se constituem um problema de Saúde Pública e atingem principalmente

crianças, inclusive aquelas em idade escolar. (MONTEIRO et al. 1985;

MONTEIRO, 1986; WHO, 1987; KOVALICZN, 2000).

Visto a necessidade de articular o conteúdo à vivência do aluno,

questionamos: se as enteroparasitoses forem trabalhadas de forma lúdica,

atrativa e inovadora, por meio de jogos como atividades educativas contribuem

para o processo de ensino aprendizagem?

O objetivo dessa unidade didática é oportunizar ao professor e aluno

uma metodologia ativa, participativa, incluindo atividade lúdica - um jogo

educacional como recurso didático -, visando contribuir com o processo de

construção do conhecimento no ensino de ciências.

PROBLEMATIZAÇÃO

OBJETIVO

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A incorporação de atividades lúdicas na prática pedagógica desenvolve

diferentes capacidades que contribuem com a aprendizagem, aproxima o aluno

do conhecimento e também possibilita que o mesmo seja capaz de construir o

seu próprio conhecimento científico de modo a torná-lo mais próximo de sua

realidade. Logo, a participação nas atividades como, por exemplo, os jogos,

representam uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para o

estudante, estreitando o convívio social, tornando-o apto para exercer sua

cidadania de forma participativa e integradora, para que ele possa usar o que

aprendeu na tomada de decisões de interesse individual ou coletivo.

Nesta unidade didático-pedagógica o professor poderá enriquecer suas

aulas ao ver contemplado temas que ainda fazem parte do cotidiano de muitos

escolares no Estado do Paraná e em demais regiões do Brasil. As doenças

parasitárias representam um problema de saúde e estão associadas às

precárias condições de saneamento e higiene. Considerando que as crianças

representam um grupo de maior susceptibilidade às infecções parasitárias esse

trabalho vem aproximar teoria e pratica de modo a contribuir de maneira

significativa na melhoria da qualidade de vida.

A unidade didática será trabalhada da seguinte forma:

Primeiro momento – Doenças causadas por helmintos Nematodas

(ascaridiose, tricurose, oxiurose e ancilostomose). A abordagem do assunto

será feita através da apresentação do conteúdo em forma de perguntas:

- O que é?

- Como é o parasito?

- Quais os sintomas?

- Como se transmite

- que fazer para evitar?

DESENVOLVIMENTO

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Segundo momento: realização das atividades referentes ao assunto

trabalhado: pesquisa de campo e confecção de desenhos que representem o

ciclo de vida do parasito no interior do organismo humano.

Terceiro momento – Doenças causadas por platyhelmintos Cestodas (teníose,

cisticercose humana, himenolepsiose). A abordagem do assunto será feita

através da apresentação do conteúdo em forma de perguntas:

- O que é?

- Como é o parasito?

- Quais os sintomas?

- Como se transmite e o que fazer para evitar?

Quarto momento – realização das atividades referentes ao assunto

trabalhado: interpretação de figuras para produção de texto e respostas à

perguntas.

Quinto momento - Doenças causadas por Protozoários (amebíase e

giardose). A abordagem do assunto será feita através da apresentação do

conteúdo em forma de perguntas:

- O que é?

- Como é o parasito?

- Quais os sintomas?

- Como se transmite e o que fazer para evitar?

Sexto momento - a realização da atividade referente ao assunto trabalhado

(pesquisa à campo).

Sétimo momento - atividade lúdica de fixação e verificação da aprendizagem

dos conteúdos através do Jogo Parasitológico (Jogo de Dados).

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1 - PRINCIPAIS VERMINOSES POR HELMINTOS NEMATODAS QUE INFECTAM

CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR

O que é?

É uma doença parasitária causada por um helminto, sendo encontrado com maior freqüência em países de clima tropical, sub-tropical e temperado. Seu agente etiológico é o Ascaris lumbricoides, lombriga ou “bichas”, e sua fonte de infecção é o próprio homem, uma vez que o verme tem como habitat o intestino delgado do ser humano.

Como é o parasito?

São vermes longos, cilíndricos e com extremidades afiladas. Como todo Nematoda, tem sistema digestivo completo. As fêmeas são maiores (25 a 40 cm) mais grossas, com terminação retilínea e os machos (10 a 25 cm) possuem a parte posterior ligeiramente encurvada. Cada fêmea elimina aproximadamente 200.000 ovos ao dia, com aproximadamente 50 micrômetros, microscópicos, e bastante resistentes ao meio externo.

Quais os sintomas?

Habitualmente não há sintomatologia, mas a ascaridiose pode manifestar-se por dor abdominal, diarréia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal, popularmente conhecido como “nó nas tripas” e até mesmo invasão do verme para o pâncreas e fígado.

Como se transmite e o que fazer para evitar?

O modo de transmissão é pela a ingestão dos ovos infectantes do parasito, advindos do solo, água ou alimentos contaminados pelas fezes de humanos com a doença, sendo as más condições de higiene e saneamento básico o fator crucial para sua transmissão. Alguns insetos também podem transportar os ovos do parasito em suas pernas: moscas, baratas, formigas. O saneamento básico, com o destino correto das fezes, não defecar no peridomicílio (solo exposto) impedirá a contaminação do meio ambiente aliado ao tratamento da água e cuidados de higiene e proteção dos alimentos.

1.1 - ASCARIDIOSE

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O que é?

É uma doença assintomática, cosmopolita (universal), e que na maioria dos casos está associada com a ascaridíase, devido a semelhança nos processos de transmissão.

Como é o parasito?

O Trichuris trichiura é um verme fusiforme nemátode, e como todos, tem sistema digestivo completo. Os vermes adultos, macho e fêmea, são de tamanho pequeno e possuem uma longa extremidade anterior que parece um “chicote”. O macho (2,5 a 4,0 cm) tem a parte posterior recurvada. A fêmea (4,0 a 5,0 cm) é dilatada e reta na parte posterior e eliminam aproximadamente 1.000 a 5.000 ovos por dia, também microscópicos e que saem junto com as fezes do indivíduo parasitado.

Quais os sintomas?

A maioria das pessoas é assintomática. As sintomáticas podem apresentar: flatulência, vômitos, náuseas, apendicite, diarréia com ou sem sangue.

Como se transmite e o que fazer para evitar?

Os ovos são extremamente resistentes no meio ambiente (um ano ou mais), têm a chance de serem disseminados pelo vento ou pela água e contaminar os alimentos liquídos ou sólidos, sendo ingeridos. Assim como no Ascaris lumbricoides, a doença é uma geohelmintose. Para evitar a tricurose, o saneamento básico, com o destino adequado das fezes, e o cuidado com a higiene das mãos e dos alimentos consumidos crus, são tão importantes como para evitar a ascaridiose.

1.2 - TRICUROSE

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O que é?

É uma doença cosmopolita (universal), sendo sua incidência maior na infância. Seu agente etiológico é o Enterobius vermicularis, pequeno nematóide, mais conhecido como oxiúro. A infecção costuma ser benigna, mas incômoda, pelo intenso prurido anal.

Como é o parasito? De cor branca, são vermes afilados, e a fêmea é possível ser vista a

olho nu. Os machos (2 a 5 mm), apresentam a extremidade posterior enrolada e as fêmeas (8 a 12 mm) afilada. Ambos possuem expansões na parte anterior, denominadas “asas cefálicas” e que são vistas apenas com o microscópio. As fêmeas são ovovivíparas e quando copuladas, detêm dentro delas aproximadamente 15.000 ovos já embrionados, também microscópicos.

Quais os sintomas?

O principal sintoma é o prurido anal noturno porque as fêmeas migram à noite para a região do ânus e o movimento delas causa a coceira. Como conseqüência ocorre nervosismo e insônia. Raras vezes as fêmeas saem do intestino e causam complicações como: apendicite crônica, invasão do verme na vagina, trompas e útero de meninas e mulheres.

Como se transmite e o que fazer para evitar?

Pode-se adquirir a parasitose através de mãos e unhas contaminadas com ovos da fêmea do parasito no ato de coçar a região anal, a qual se rompe, ou no momento da higiene anal, através da poeira e de alimentos contaminados por ovos. Para evitar, além de ferver as roupas íntimas e os lençóis, também é preciso muito cuidado na higiene das mãos e unhas, estas sempre bem curtas e lavadas com escovinha apropriada. É preciso tratar todos os componentes do grupo ou de suas famílias ao mesmo tempo.

1.3 - OXIUROSE OU ENTEROBIOSE

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O que é?

A ancilostomose é causada por duas espécies ancilostomídeos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus responsáveis por uma anemia de intensidade variável. Popularmente a doença é conhecida por “amarelão” devido a palidez da pele e mucosas.

Como é o parasito? São pequenos vermes que medem cerca de um (1) cm, possuem

ganchos na cavidade da boca, com os quais provocam lesões na parede do intestino, sua cor é branca, apresentam duas características como: cápsula bucal (serve para fixação na parede do intestino) existente nas fêmeas e nos machos, e a bolsa copuladora, apenas nos machos. As fêmeas colocam em média 10.000 ovos, que se embrionam e liberam a larva infectante que contamina o solo.

Quais os sintomas?

Nos casos sintomáticos poderá haver náuseas, vômitos, perda do apetite – geofagia (hábito de comer terra). Constipação (prisão de ventre), diarréia, quadro de insuficiência cardíaca, anemia, pois o parasito se alimenta de sangue, pode causar deficiência de ferro no organismo. Na passagem de grande quantidade de larvas do parasito pelos pulmões poderá haver alterações neste órgão.

Como se transmite e o que fazer para evitar?

A infecção ocorre quando larvas microscópicas que eclodiram dos ovos do parasito atravessam a pele, após contato direto com solo contaminado (por exemplo, ao se andar descalço). O uso de calçados e o destino correto das fezes, além de medicar os casos confirmados, são medidas importantes no controle da parasitose.

1.4 - ANCILOSTOMOSE

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PESQUISA DE CAMPO

a) Pesquise nas fontes bibliográficas disponíveis na biblioteca da sua escola, as semelhanças entre o processo de transmissão e prevenção dos helmintos “Ascaris e Trichuris”, destacando porque ambas são denominadas geohelmintoses.

b) Fazendo um relato escrito associe o personagem Jeca Tatu, com o ciclo

da cana de açúcar e o ciclo cafeeiro na ancilostomose.

c) Com a turma dividida em dois grupos, um grupo de alunos irá até os

laboratórios e na secretaria da saúde do município aplicar os questionários e fazer o levantamento sobre as principais enteroparasitoses ocorridas em crianças do ensino fundamental (05 a 14 anos), nos últimos dois anos. Os dois grupos se reúnem para avaliarem as respostas. Os alunos do outro grupo, com o resultado da pesquisa em mãos, deverá juntamente com o professor de matemática construir gráficos sobre os resultados para que toda a comunidade escolar tome conhecido dos resultados da investigação.

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QUESTIONÁRIO PARA OS LABORATÓRIOS

1- Quais são as enteroparasitoses mais comuns diagnosticadas nos

últimos dois anos? 2- Qual a faixa etária comum a essas enteroparasitoses?

3- Qual o método utilizado para realizar o teste? 4- Quais são os meses mais procurados para esse tipo de exame, e quais

verminoses são mais comuns nos mesmos?

QUESTIONÁRIO PARA A SECRETARIA DE SAÚDE

1- Há dados sobre as regiões do município desprovidas de saneamento

básico? 2- Como é feito o levantamento e o controle das enteroparasitoses no

município? 3- Quais são as medidas preventivas realizadas pela secretaria junto as

comunidades? 4- É realizada alguma campanha junto as escolas para informação das

enteroparasitoses, visto que é uma doença comum entre escolares?

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APRENDENDO A ILUSTRAR a) Desenhe e descreva o ciclo biológico do helminto Ascaris lunbricoides.

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b) Desenhe o Ascaris macho e o Ascaris fêmea, destacando a principal diferença visível entre eles.

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2 - PRINCIPAIS VERMINOSES POR HELMINTOS CESTODAS QUE INFECTAM

CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR

O que é? A teníase é uma doença causada pela Taenia solium ou pela Taenia

saginata, popularmente denominada “solitária”. São vermes platelmintos da Classe Cestoda, e o ser humano é o único hospedeiro da fase adulta do parasito.

Como é o parasito? A maioria desses vermes mede entre 3 e 8 metros de comprimento e

tem a aparência de uma longa fita esbranquiçada. Possuem cabeça ou escólex, com ventosas que fixam o parasita no intestino, e um grande número de segmentos corporais, as divisões ou “pedaços” chamadas proglotes. Na Taenia saginata existem apenas ventosas no escólex; na Taenia solium, além das ventosas, há ganchos. As tênias são hermafroditas e cada proglote do seu corpo possui testículos, útero e ovários. Na extremidade posterior estão as proglotes com 1 a 2 cm de comprimento e que contém aproximadamente 30.000 ovos no interior (proglote grávida).

Quais os sintomas? Às vezes não há sintomas, mas quando aparecem causam náuseas,

vômitos, alteração do apetite, dores abdominais, irritabilidade, insônia, fadiga, urticária. Quando a pessoa está com teníase elimina diariamente as últimas proglotes grávidas (pedaços) do parasito.

Como se transmite e o que fazer para evitar? A teníase ocorre após ingestão de carne de porco ou de boi

contaminadas com larvas (cisticercos) do parasito, e consumidas crua, mal cozida, ou mal passada. Para evitar a teníase recomenda-se o consumo de carnes bem cozidas ou assadas e a fiscalização/inspeção de abates dos animais. Suínos e bovinos devem ser criados longe das fezes humanas para não adoecerem.

2.1 TENÍASE

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O que é? É a infecção causada pela larva da Taenia solium, o Cysticercus

cellulosae, conhecido por pipoca, quirera ou canjiquinha e pode desenvolver-se no ser humano em órgãos como: sistema nervoso central (cérebro e anexos), olhos, pele (subcutâneo).

Como é o parasito?

Os cisticercos são pequenas esferas branco translúcidas, “bolsas” cheias de líquido, com aproximadamente 0,5 cm e por isso, são popularmente chamados de “canjiquinhas”. No interior do cisticerco encontra-se o futuro escólex (cabeça) da tênia.

Quais os sintomas? Têm-se formas assintomáticas e as sintomáticas, depende muito do número

de cisticercos e do órgão acometido pela cisticercose, sendo entre que os órgãos com maior possibilidade de serem afetados encontra-se: SNC, olhos, pele e músculos, principalmente. O tratamento e controle da cisticercose no organismo requer acompanhamento médico.

Como se transmite e o que fazer para evitar? Os ovos da Taenia solium eliminados nas fezes do homem podem

contaminar a água, os vegetais e as mãos. Se forem ingeridos pelo porco ou pelo ser humano, dos ovos saem embriões que pelo sangue chegam ao se SNC, olhos, músculos e pele e transformam-se em “cisticercos”. A presença de cisticercos no organismo causa a cisticercose. Para evitar a doença há necessidade de saneamento básico para o destino adequado das fezes humanas.

2.2- CISTICERCOSE HUMANA

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O que é? É uma verminose causada por um pequeno verme achatado,

platyhelminto cestoda, o Hymenolepis nana denominado “tênia anã” devido o seu tamanho reduzido.

Como é o parasito? É hermafrodita e possui 3 a 4 cm de comprimento, cor esbranquiçada e

divisão no corpo: cabeça ou escólex com quatro ventosas para fixação no intestino delgado, e na porção posterior o corpo ou estróbilo, 100 a 200 segmentos ou proglotes, sendo os últimas grávidas

O que causa? A maioria das infecções é assintomática e quando sintomática pode

provocar alterações digestivas: vômitos, diarréia, dores abdominais, e alterações nervosas: insônia, irritabilidade, agitação, além da perda de peso e urticária.

Como se transmite e o que fazer para evitar? Ingestão dos ovos do parasito com água ou alimentos crus, mãos

contaminadas com materia fecal e ingestão acidental de insetos contaminados com a larva cisticercóide (farinhas ou cereais com carunchos, por exemplo) consumidas cruas. Para evitar a himenolepsiose é necessário cuidado para que insetos não contaminem alimentos. Destino adequado das fezes humanas (fossas ou esgotos) e tratamento dos parasitados em uma comunidade fechada (creches, escolas, internatos).

2.3 – HIMENOLEPSIOSE

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a) É possível distinguir a Taenia solium e a Taenia saginata observando os detalhes da cabeça. Qual a diferença entre elas? b) Qual a importância dos ganchos no escólex? c) Acesse o link http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/22-2.pdf?PHPSESSID=2009050808025945 e explique a diferença entre teníase e cisticercose.

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d) Analise a figura abaixo e explique porque o porco adoece.

FONTE: SECRETARIA DA SAÚDE DO PARANÁ

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2 - PROTOZOOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR

O que é?

É uma parasitose intestinal causada por um protozoário flagelado –

Giardia lamblia e encontrado em todo mundo principalmente em regiões de clima temperado. O homem é um dos principais reservatórios da parasitose, que atualmente é considerada uma zoonose.

Como é o parasito? Microscópico, com apenas 10 a 20 micrômetros, pode se apresentar em

forma de cisto ou trofozoíto (forma ativa no intestino delgado, possui flagelos e tem formato de pêra), o cisto é ovalado e é resistente no meio externo.

O que causa? Nos casos sintomáticos ocorrem evacuações líquidas ou pastosas,

cólicas abdominais, flatulência e perda de peso devido a deficiência de glicose e ferro e vitaminas lipossolúveis.

Como se transmite e o que fazer para evitar? A transmissão é via oral, principalmente com a ingestão de água (de

bica, poço, riacho, consumidas sem tratamento) e alimentos, mãos contaminados com cistos de giardia. Os insetos (moscas, baratas, formigas) também podem transportar os cistos da matéria fecal. Para evitar a parasitose é essencial o tratamento da água e educação sanitária.

3.1- GIARDOSE

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O que é?

É uma infecção causada pelo protozoário intestinal Entamoeba histolytica e que se localiza geralmente no intestino grosso do ser humano. É importante destacar que a Entamoeba coli, muito mais comum, é um protozoário bastante semelhante e não é uma ameba patogênica porque alimenta-se de bactérias, grãos de amido, fungos, ou seja, é uma comensal e não um parasito.

Como é o parasito?

Há duas formas: trofozoítos e cistos, ambas microscópicas com aproximadamente 20 micrômetros. O parasito na fase de trofozoíto é ativo, possui pseudópodes e pode invadir a mucosa intestinal. A forma resistente no meio externo é o cisto.

O que causa?

Quando os trofozoítos invadem a mucosa do intestino grosso causam lesões e fortes cólicas e disenteria, fezes líquidas e com sangue, e várias evacuações por dia. Raramente essas lesões são extraintestinais e atingem os pulmões, cérebro e a pele.

Como se transmite e o que fazer para evitar? A amebíase é transmitida através via oral, com alimentos ou água

contaminados por fezes com cistos da Entamoeba histolytica, falta de higiene domiciliar e, também, através da manipulação de alimentos por portadores desse protozoário. O cuidado com o destino das fezes é fundamental (saneamento básico) e com a higiene das mãos no preparo dos alimentos. Devido a resistência dos cistos embaixo das unhas, é chamada “doença das mãos sujas”.

3.2 AMEBÍASE

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a) Pesquise junto a Secretaria do Meio Ambiente as condições de Saneamento Básico do município (rede pública de esgoto, coleta de lixo, tratamento da água e do esgoto).

b) Pesquise nos arredores da sua casa se tem água tratada, se há poço, bica ou riacho. Investigue se há coleta de lixo e rede pública de esgoto ou apenas fossa.

c) Investigue também se as pessoas das famílias pesquisadas já contraíram algum tipo de verminose ou protozoose, qual era, e quais os cuidados que tomaram para não contraírem novamente a doença.

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O jogo é composto de 2 dados, um com as ilustrações dos parasitos e o outro com as perguntas (o que é, o que causa, como transmite o que fazer para evitar). As perguntas coringas poderão ser sorteadas por qualquer uma das equipes que quiserem aumentar a sua pontuação. REGRAS

A turma será dividida em A e B;

Sorteia-se qual lado dará inicio ao jogo;

Lançam-se os dados tanto das imagens quanto o das perguntas; - (vide anexo 1)

Obs.: as respostas para as perguntas deverão ser dadas de acordo com o parasito selecionado no lançamento do dado das imagens.

As perguntas coringas serão usadas em caso de empate.

O critério de pontuação será de 1 ponto para cada resposta correta. PERGUNTAS CORINGAS

1- Que vermes intestinais eram responsáveis pela doença do personagem

Jeca Tatu?

2- Cite a parasitose intestinal que poderá ser evitada, em cada um dos casos: a) se não comermos carne crua de porco; b) se não andarmos descalços.

3- Em relação ao amarelão responda: a) Que vermes provocam essa doença? b) Porque as pessoas contaminadas pelo verme podem ficar anêmicas?

4- Onde vivem as lombrigas adultas? 5- Essa afirmação está correta: “Para ajudar a prevenir a cisticercose é

importante tomar água tratada e não comer verduras e frutas mal lavadas”. Justifique:

“JOGO PARASITOLÓGICO”

UM JOGO DE DADOS

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REFERÊNCIAS

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GEWANDSZNAJDER, F. A Vida na Terra. Ciências. São Paulo: Ática, 2002.

GONÇALVES, M. L.; ARAÚJO, A.; FERREIRA, L. F. Human intestinal parasites in the past: new findings and a review. In: Mem. Inst. Oswaldo Cruz, v. 98 (sup.1), 103- 118, 2003. KOVALICZN, R. A. Oficinas de Parasitologia: o professor na prevenção das parasitoses humanas. III Encontro Paranaense de Educação Ambiental. Ponta Grossa, 2000. p. 83-90. Anais... MIRDHA, B. R.; SAMANTRAY, J. C. Hymenolepis nana: A Common Cause of paediatric Diarrhoea in Urban Slum Dwellers in Índia. In: Jornal Trop. Pediatria, 48 (6), 31-334, 2002. MONTEIRO, C. A. et al. Estudo de saúde das crianças do município de São Paulo (Brasil), 1984/1985. Aspectos epidemiológicos, características socioeconômicas e ambiente físico. In: Revista de Saúde Pública, 20 (6), 435-445, 1986. MONTEIRO, C. A. Velhos e novos males da saúde no Brasil – A evolução do país e de suas doenças. 1 ed. São Paulo: Hucitec. 139 pp. 1995. NEVES, D. P. Parasitologia dinâmica. Atheneu . São Paulo, 2003. 474 p. REY, L. Parasitologia. 3ª ed. Guanabara Koogan .Rio de Janeiro, 2001. 856 p.

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Links para a Web Filo Platyhelminthes Disponível em: http://www.simbiotica.org/platelmintes.htm Filo Nematoda Disponível em: http://www.simbiotica.org/nematoda.htm Reino Protista Disponível em: http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos6.html Rogenski, R. M.; kovaliczn, R. A. Cisticercose?! Não corro o risco de pegar essa doença... Disponível em: http://www.diaadiaeducação.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/22-2.pdf?PHPSESSID=2009050808025945. Acesso em 11.ago.2011.