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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 16 – nº 121 Distribuição Gratuita Destaques desta edição: Renovação Preparando o Amanhã No Domínio das Provas Os Filósofos e a Imortalidade Abreviar a Vida de um Doente Livros: Bezerra & Meimei - Meditações Diárias; Mãos Unidas; Cidade no Além Ludwik Lejzer Zamenhof e Francisco Valdomiro Lorenz

Ludwik Lejzer Zamenhof e Francisco Valdomiro Lorenz · Francisco Valdomiro Lorenz 2 Editorial editorial ÍNDICE Publicação Trimestral Doutrinária-espírita Ano 16 – nº 121

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 16 – nº 121Distribuição Gratuita

Destaques desta edição:RenovaçãoPreparando o AmanhãNo Domínio das ProvasOs Filósofos e a ImortalidadeAbreviar a Vida de um DoenteLivros: Bezerra & Meimei - Meditações Diárias; Mãos Unidas;

Cidade no Além

Ludwik Lejzer Zamenhof e Francisco Valdomiro Lorenz

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Editorialeditorial

ÍNDICE

Publicação TrimestralDoutrinária-espírita

Ano 16 – nº 121Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila GuacuriSão Paulo – SP – Brasil

CEP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

E-mail: [email protected]: www.espiritismoeluz.org.br

Conselho EditorialCassiano Ribeiro Nogueira

Reinaldo GimenezRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteReinaldo Gimenez

Silvana S.F.X. Gimenez

Imagem da CapaAdaptação das imagens:

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/1908-kl-t-zamenhof.jpg

• http://3.bp.blogspot.com/_rxuDYIfTxmA/TNxHbb4TfHI/AAAAAAAAB_Q/hSET7V9QNXs/s1600/lorenz.jpg

ImpressãoPauliceia Gráfica e Editora Ltda.

Rua Terceiro Sargento João Lopes, 138 – São Paulo – SP

(11) 2631-9308CNPJ: 05.497.861/0001-40

Tiragem9.000 exemplares

Distribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Ludwik Lejzer Zamenhof e Francisco Valdomiro Lorenz - p. 3

Clube do Livro: Bezerra & Meimei - Meditações Diárias; Mãos Unidas p. 9

Kardec em Estudo: Abreviar a Vida de um Doente - p. 12

Livro em Foco: Cidade no Além - p. 13

Aborto: Aborto de uma Missão - p. 13

Família: No Domínio das Provas - p. 14

Pegadas do Mestre: O Centurião - p. 15

Canal Aberto: Renovação - p. 15

Atualidade: Preparando o Amanhã - p. 16

Tema Livre: Confiança e Amor - p. 17; Novos Profetas - p. 17

Ciência, Filosofia e Espiritismo: Os Filósofos e a Imortalidade - p. 18

Conto: O Menino e o Cão - p. 19

Independência ou morte.Esse era o grito de independência, o grito de luta nos tempos em que o homem

ambicionava conquistar seus espaços na Terra.Grandes foram os homens, espíritos missionários e abnegados, que aqui vieram

e lutaram arduamente para a conquista da liberdade e garantia de direitos básicos entre os povos.

Citamos alguns destes vultos, tais como, José Bonifácio, José do Patrocínio, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Marechal Deodoro da Fonseca e toda uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas.

Infelizmente, hoje ainda vivenciamos guerras, com a matança de crianças, homens e mulheres que, como nós, querem ter o direito de sair de suas casas para trabalhar, estudar, brincar; viver livremente.

Ditaduras, preconceitos religiosos, interesses econômicos. Quando vamos pôr fim ao autoritarismo e à nossa vã ambição? “Quando os homens, livres de todos os símbolos sectários de separatividade”, poderão, realmente, compreender a obra cristã? (livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, Humberto de Campos/Chico Xavier)

É a hora do planeta cultivar a união, a solidariedade e a fraternidade.Não temos que esperar isso acontecer apenas por ação dos governantes.

Devemos fazer a nossa parte. Gota a gota o esforço individual se transformará e transbordará, pois, quem o Bem faz está com Deus e se beneficia com o amparo dos emissários celestiais, que estarão na retaguarda quadriplicando o esforço e a boa vontade demonstrada. Só assim, o oceano de sangue se transformará em água límpida e serena.

A transformação do planeta para mundo de regeneração há muito se processa. Unamos as forças do Bem aqui na Terra junto com o Mais Alto e avancemos.

Deus está conosco!!!Equipe Seareiro

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3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Desde a antiguidade clássica a forma de expressão se tornava discutida pela comunicação diferenciada entre os povos e suas culturas.

Os mecanismos gramaticais surgiam num conjunto de regras, descritas em obras dos célebres filósofos da época, em latim, grego e sânscrito. Com isso, tinham aspecto de línguas místicas, como no século XII com o aparecimento da Língua Ignota, por Santa Hildegard1 de Bingen, como uma forma da linguagem dos anjos ou o aparecimento bíbli-co da história de Adão e Eva no paraíso, que diziam ser a única língua falada, que seria o hebraico.

Língua Ignota - O alfabeto desconhecido de Hildegarda, com seus correspondentes latinos. Riesencodex, fl. 464v.Seus primeiros biógrafos mencionam que sua música estava em estreita associação com outro de seus projetos, o de criar uma linguagem artificial, chamada por ela de língua ignota (língua desconhecida), que possuía seu próprio alfabeto de litterae ignotae (letras desconhecidas). A língua ignota, de grande interesse para os linguistas modernos, era composta de cerca de novecentas palavras inventadas para descrever os seres fantásticos que via em suas visões. Também incluía termos de uso litúrgico e outros para indicar muitos aspectos e objetos da vida cotidiana no seu mosteiro. Segundo Hildegarda essa língua e suas letras foram-lhes reveladas por Deus e possuíam associações místicas. Algumas palavras foram usadas em uma de suas antífonas2, O orzichs Ecclesia, em uma versão do seu Kyrie e no hino O virga mediatrix, e foi sugerido que essa língua tenha servido como um código secreto para comunicação das monjas quando em presença de estranhos.

No período renascentista, no Egito An-tigo, veio a descoberta do Hieróglyphica de Horapollo e os primeiros contatos com a escrita chinesa, procurando com isso encontrar-se uma linguagem perfeita de caracteres escritos, reduzindo-se a uma única língua.

No século XVII, surgiu a ideia da língua mágica, entre os Rosacrucianos e alquimistas, como sendo uma língua natural, levadas essas linguagens pelos musicais do período da Renascença, vinculadas ao misticismo e à magia

1 Em alemão, Hildegard von Bingen.2 Antífona é uma resposta, em geral cantadaem Canto Gregoriano.

da alquimia, onde se fazia referências ao linguajar dos pássaros.

Durante o século XIX, surgiu uma variedade de línguas auxiliares internacionais. Impactos internacionais vieram à tona pelos seus organizadores ao redor do mundo, mas durante bom tempo essas formas de expressões tiveram êxito, porém, veio a perder sua unicidade e foi caindo na obscuridade. E em meio a essa procura de facilitar o intercâmbio entre os povos apareceu o Esperanto, como prenúncio de uma língua auxiliar, objetivando a atender as necessidades dos povos, como uma língua universal.

Ludwik Lejzer Zamenhof, ou Lázaro Luiz Zamenhof, nas-ceu em Bialystok, no dia 15 de dezembro de 1859.

No passado esse local pertencia ao Império Russo, hoje Polônia.

Zamenhof era de família judia, mas em Bialystok habita-vam outros povos de diferentes formas do linguajar.

Durante o período de sua infância até a sua adolescên-cia, Zamenhof percebia a dificuldade de comunicação entre as pessoas. Muito inteligente e sempre propenso a facilitar as formas de expressão, foi imaginando como ele poderia solucionar esse problema. Pensou então numa linguagem auxiliar, uma linguagem planejada e neutra. Lutou e estudou anos comparando as línguas que já dominava, como o ale-mão. E aos poucos surgia o Esperanto. Porém, seu genitor percebeu que ele se afastava cada vez mais dos estudos sobre a medicina. Era seu grande desejo vê-lo formado e se projetando como um grande médico. Embora constrangido, Zamenhof foi para a faculdade de Moscovo, onde concluiu seus estudos e formou-se em oftalmologia.

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Ludwik Lejzer Zamenhof e Francisco Valdomiro Lorenz

Bialystok, pequena cidade da Polônia onde nasceu Zamenhof, 1920

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Retornando à terra natal, verificou que seu pai havia queimado todos os escritos sobre a língua planejada, o Esperanto. Não se deixando desanimar em seu projeto, reescreveu tudo e com mais aperfeiçoamento, pois aprendera o francês, o latim, o grego, hebraico, inglês e trouxera alguns conhecimentos também sobre a língua italiana, a espanhola e a lituana, isto o fazia um poliglota e com muito mais facilidade para criar e desenvolver o Esperanto.

Durante algum tempo Zamenhof se inte-ressou pela língua Volapük criada por Jo-hann Martin Schleyer, como um projeto de língua internacional, mas eram muitos os defeitos apresentados, que fizeram com que Zamenhof retornasse ao estudo da língua Esperanto e com isso o projeto da língua Volapük desapareceu.

Os esforços desse espírito empreende-dor para ajudar os povos e torná-los mais comunicativos foram tantos, que em 1887, auxiliado financeiramente por um cunhado, ele publicou um pequeno manual intitulado Internacia Lingvo, em português, Língua Internacional, usando o pseudônimo de Dr. Esperan-to. Zamenhof colocou esse pseudônimo, porque temia que o governo russo criasse dificuldades diante desse projeto em aproximar os povos em seus relacionamentos. Ficou conhecido como Doutor Esperanto, título que significava “aquele que tem esperança”.

Vieram outras edições lançadas em alemão, polonês e francês, onde o Esperanto cresceu, principalmente nas dé-cadas do Império Russo e na Europa Ocidental e Oriental, depois nas Américas, na China e no Japão. Lançou também revistas e obras originais em Esperanto, com grande alcan-ce de público.

O primeiro Congresso Universal de Esperanto aconte-ceu em 1905 na Bolonha-sobre-o-Mar, na França. Por isso verificou-se o quanto o Esperanto estava sendo divulgado e aceito. Nesse Congresso mais de mil pessoas de diversos países se fizeram presentes.

E no Brasil, em 1906 foi fundado o primeiro grupo espe-rantista, o Suda Stelaro, em Campinas, cidade do Estado de São Paulo, após dezenove anos do surgimento da língua.

Em 1909, Zamenhof e sua esposa, acompanhados de vá-rios amigos e simpatizantes do Esperanto, compareceram ao 5º Congresso Universal, realizado na Espanha.

O movimento esperantista seguia rápido e com grande aceitação entre os povos, porém com os graves aconteci-mentos das duas guerras mundiais, travaram esse ideal en-tre as nações.

As tropas comandadas por Hitler perseguiam e matavam os seguidores do Esperanto na Alemanha e arredores domi-nados por esse mesmo país. Stalin fez o mesmo na Rússia e a família de Zamenhof foi toda morta. Na China e no Japão os esperantistas sofreram a mesma forma de perseguição.

Zamenhof desencarnou em Varsóvia, no dia 14 de abril de 1917. Seus três filhos foram assassinados pelos nazistas, no período da Segunda Guerra Mundial. Segundo consta, ainda hoje há um neto de Zamenhof vivo, Louis-Cristophe Zaleski-Zamenhof, filho de Adamo Zamenhof.

Este conseguiu salvar-se do genocídio nazista, mesmo sendo de família judia, por viver com o nome de uma família católica polonesa Zaleski, sobrenome de sua esposa.

O Esperanto está sendo muito aceito nos meios religio-sos. Tanto que há um órgão divulgador em Esperanto, que é a revista Espero Katolika, o mais antigo periódico que ainda existe entre os seus leitores ca-tólicos.

Os Papas católicos romanos, João Paulo II e Bento XVI, usaram a língua do Esperanto em suas pregações quando visitaram países estrangeiros. E nos meios da religião Espírita, em 1908, o senhor Camilo Chaigneau, escreveu uma matéria para a revista de Gabriel Delanne, com o título La Vie d´Outre Tombe. Em 1909, a revista bra-sileira Reformador, órgão divulgador da Doutrina Espírita, pela Federação Espírita Brasileira, na cidade do Rio de Janeiro, recomendou o uso do Esperanto para todos os Espíritas do mundo em suas oratórias, porém, adverte que o Esperanto não é uma

Capa da primeira edição do Unua Libro “primeiro livro” sobre Esperanto, de Ludwik

Zamenhof, em russo

Congressistas se despedindo do 1° Congresso Universal de Esperanto - Bolonha-sobre-o-Mar, França, em 1905

Ludwik Lejzer Zamenhof e

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5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

língua só dos espíritas, mas de todas as religiões e povos, de toda parte.

O surgimento do Esperanto aqui no Brasil, na verdade, se deu através dos senhores Ismael Gomes Braga e Fran-cisco Valdomiro Lorenz, que acharam importante essa língua para as comuni-cações entre outros povos, para a divul-gação dos livros espíritas e suas men-sagens.

Este último, Lorenz, era de origem checa.

Zamenhof fez a primeira tradução da Bíblia para o Esperanto, essa tradução foi do Tanakh (Velho Testamento).

Após Zamenhof, Francisco Valdomiro Lorenz, foi um dos primeiros esperantis-tas do mundo a estudar e a divulgar o Esperanto

Francisco Valdomiro Lorenz reencar-nou num dia festivo na Terra, 24 de de-zembro de 1872, véspera do Natal! Além de ser uma data tão expressiva pela vin-da do Mestre Jesus, esse espírito empreendedor renasceu numa bela paisagem, entre montanhas da Boêmia, uma província de nome Zbislav, próxima à cidade de Tcháslav, entre a Áustria e a Alemanha. Seu nome de origem é Fran-tisch Vladimir Lorec.

Lorenz nasceu num lar pobre, cresceu num ambiente simples. O pai tinha a profissão de moleiro (afiador de fa-cas etc.). A mãe seguia a rotina de dona de casa e ajudava o companheiro a controlar as despesas da casa. Portanto, Lorenz trazia em seu espírito conhecimentos de existências passadas, praticamente foi um autodidata. Ainda adoles-cente, falava corretamente as línguas eslavas, o latim, o hebraico e o grego.

Apesar de todas as dificuldades financeiras, conseguiu realizar estudos que o levaram a traduzir muitos livros, des-de o sânscrito, que o projetou com a tradução do Bhagvad--Gita, em versos, no mesmo estilo do original. Isto levou a Lorenz ser reconhecido como o mais notável poliglota da época, por falar e se comunicar em mais de cem idiomas. Chegou também a traduzir uma passagem do Evangelho de João, em setenta idiomas diferentes.

Conhecendo a língua do antigo Egito, ele publicou um livro intitulado A Voz do Antigo Egito, que foi editado pela Federação Espírita Brasileira, em 1946, no Rio de Janeiro.

Retornando a viver em sua terra natal, Lorenz não con-cordava com o regime político sob o qual vivia seu país. As pressões sobre os aspectos religiosos e os conceitos antidemocráticos do Governo Federal da Áustria, sob o qual

incluía a Checoslováquia, o fez migrar para o Brasil. Inicial-mente foi para o Rio de Janeiro, depois de algum tempo desejou mudar-se para o Estado de Minas Gerais, curioso de conhecer as montanhas e as riquezas dessa terra, mas fixou residência em Dom Feliciano, município de Encruzi-lhada, no Rio Grande do Sul.

Foi nessa região que ele encontrou aquela que seguiria seus passos nesta reencarnação, a senhorita Ida Krascheffski, uma jovem alemã que viera residir com seus pais no Brasil, na época com sete anos, portanto, cresceu tornando-se cidadã brasileira.

Lorenz foi também um grande astrólogo e por muito tempo ele publicava essa matéria no Almanaque do Pensamento, até hoje existente, editado pela Editora Pensamento. Tam-bém era colaborador do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento. Essas publicações é que deram a ele, meios para poder se relacionar com os centros comerciais maio-res, porque o local que habitava era muito pequeno. Foi por esse motivo que para sair a publicação do segundo livro, Iniciação Linguística, passaram-se cinquenta e um anos. Com essa obra, Lorenz se firmou com grande autoridade com respeito aos assuntos linguísticos. O primeiro livro foi sobre o Esperanto, publicado na Boêmia em 1890, com o título de Plena Lernolibro de Esperanto.

O ano de 1928 foi marcante na vida de Lorenz. Por essa época o Estado do Rio Grande do Sul era governado pelo Doutor Getúlio Vargas, que acompanhava uma triagem feita de todos os professores, sob a ordem desse governo esta-dual, para a melhoria nas escolas do curso primário. Lorenz

foi então convocado para comparecer às ca-torze horas, à Biblioteca Pública e participar do exame de reforma e planejamento do cur-so. Os professores teriam na banca exami-nadora ilustres mestres do ensino primário e como presidente da Comissão Examinadora o senhor doutor Maurício Cardoso.

Lorenz compareceu agradecendo o amá-vel convite.

A Comissão Examinadora dera início à chamada oral por ordem alfabética. No decorrer das horas o nome de Francisco Valdomiro Lorenz foi ouvido. Ele caminha pelo corredor até chegar à mesa onde os

Ismael Gomes Braga Francisco Valdomiro Lorenz

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examinadores olhavam para aquele homem que aparentava uns quarenta e cinco anos, trajando um terno branco, com botas pretas, lenço de seda contornando o pescoço, levando às mãos um chapéu de palhinha e mostrando uma larga aliança no dedo da mão esquerda. Era bem o estilo gaúcho. As professoras ali presentes reparavam no porte firme e passadas fortes que faziam ranger as botas de Lorenz, que pouco se importava com os olhares femininos, admirando-o.

O início da prova coube ao emérito matemático, professor e doutor Francisco Rodolpho Simch. Durante a prova o mestre Francisco viu que estava diante de um grande entendedor sobre a matéria, pois Lorenz discorria e explicava os mais intrincados problemas, solucionando-os com rapidez e conhecimento da matéria. Logo após foi ele para a prova de português, sendo questionado pelo presidente da Comissão, o professor Maurício Cardoso. Este pediu a Lorenz que analisasse a palavra “sobrevivência”. Rapidamente ele o fez com lógica e dentro de todas as normas gramaticais, o que causou grande admiração ao senhor Maurício que seguiu perguntando:

— Pelo que vejo, o senhor Lorenz se dedica muito ao estudo da etimologia das palavras, não é?

— Sim, respondeu Lorenz, gosto de entendê-las profun-damente.

— Sei que conhece e fala em latim, grego e árabe, as quais sabemos são raízes de nosso idioma, pergunto então, estuda o senhor outras línguas vivas?

— Sim, continuou Lorenz, especialmente as chamadas línguas mortas.

— Por que as mortas e não as vivas? Sorriu o senhor Maurício.

— Ora, respondeu Lorenz, porque creio que as vivas são, no meu modo de pensar, herdeiras das chamadas línguas mortas.

Depois desse interessante diálogo, o professor Maurício falou:

— Dedico-me também a estudar alguns idiomas, poderí-amos continuar essas questões em francês, sabedores que somos ser esta língua considerada “universal”?

Lorenz, rapidamente respondeu em francês. Desse modo o professor Maurício seguiu com as perguntas feitas em outros idiomas, sendo todas as questões respondidas por Lorenz sem qualquer dificuldade, causando grande admira-ção e respeito por aquele homem que a tudo demonstrava equilíbrio e sabedoria, sem nenhuma afetação em seu no-bre semblante.

Praticamente Lorenz deu verdadeiras aulas a todos os professores que ali estavam presentes. Ele explicava, que através das muitas guerras entre vários povos, os alemães,

austríacos, ingleses e pérsicos, sofreram influências nas pronúncias, principalmen-te na forma gramatical.

O professor Maurício, cada vez mais empolgado com a sabedoria de Lorenz, perguntou-lhe:

— E o japonês, o senhor tem dificulda-de com esse idioma ou não se interessou por ele?

— Gosto muito do desafio, quanto mais dificuldades, mais procuro aprender.

— Tenho um grande amigo na Diretoria de Higiene, o doutor Nemoto, por acaso o senhor gostaria de conhecê-lo? Ele é nas-cido no Japão. Tenho certeza que será um belo encontro.

Desta forma ficaria confirmado se Lo-renz entendia e falava japonês, porque Lorenz seria o tradutor do colóquio entre o professor Maurício e o senhor Nemoto. À chegada de Nemoto, após as apresen-

tações, tiveram início as conversações entre os três, sendo que o professor Maurício colocava ao senhor Nemoto de que o diálogo faria parte da prova para Lorenz revelar-se conhecedor de mais esse idioma. Todas as questões foram faladas em japonês entre Lorenz e Nemoto. Lorenz ainda fazia a tradução desse diálogo para o professor Maurício que de japonês não entendia nada. Dando por encerrada a prova, Maurício perguntou ao senhor Nemoto:

— E então, o que o senhor diz quanto ao conhecimento do seu idioma e a pronúncia de Lorenz?

O senhor Nemoto, dirigindo-se a todos os membros da Comissão Examinadora, falou:

— Senhores, realmente este homem é um fenômeno linguístico, pois eu não estava falando o japonês usado em Tókio, que é o mais comum, e sim, falei o japonês usado em Yokohama, menos falado e mais difícil em sua pronúncia.

E o senhor Nemoto parabenizou Lorenz. Diante disso, o professor Maurício pediu a toda Comissão que se levantas-se e aplaudisse com ele, o digno mestre que dali para frente seria o presidente da Comissão Examinadora. Maurício se-guiu até Lorenz e disse-lhe:

— Venha ocupar esta cadeira, pois aqui é o seu lugar. As palmas ecoavam nos ouvidos de Lorenz, que nunca poderia imaginar o final desse episódio tão importante em sua vida.

O professor Maurício, no dia seguinte, redigiu o pedido da permanência de Lorenz em Dom Feliciano e deferiu com alegria o cargo, para que fosse aceito pelo doutor Getúlio Vargas. Este pediu com urgência a presença de Lorenz em seu gabinete de trabalho, pois ficara sabendo de todo o ocorrido pelos membros do Conselho do Ensino Primário. Lorenz atendeu a tão honroso convite e surpreendeu-se com o que ouvia do Governador Getúlio Vargas, que após cumprimentá-lo pelo êxito nas provas a que se submetera, ele, Getúlio Vargas, gostaria de tê-lo trabalhando ao seu lado, na Secretaria do Interior e Justiça, no Departamento

Getúlio Vargas

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7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

de Relações Consulares, onde sua imagem de tradutor seria ponto relevante para o Brasil e as relações com os outros países. Lorenz ficou sensibilizado. Passados alguns instantes, refeito da surpresa ele falou:

— Senhor Governador, sinto-me lisonjeado por esse convite, que jamais pensei que acontecesse. Porem diante de sua bondade, peço-lhe, encarecidamente que Vossa Excelência me permita recusar esse tão desejado posto, não por orgulho ou petulância da minha parte, tão simples que não mereço isso, mas é porque gostaria de voltar para o meu trabalho na escola a qual tenho verdadeiro amor, pelas crianças que ali estão entregues a minha capacidade de instruí-las, para serem homens dignos no futuro.

Sei que esse é um cargo de grande respon-sabilidade, por isso agradeço sua confiança em mim, Excelência, mas creio que não fica-rei feliz, porque a minha consciência não fica-rá em paz. Terei sempre a impressão de que abandonei meu dever em meio do caminho. Esse compromisso Excelência, eu tenho para com Deus.

O doutor Getúlio Vargas, sentindo a hones-tidade daquele homem, abraçou-o comovido, pois viu acima de tudo a coerência de seus ideais, com relação à instrução da criança para o dia de amanhã.

Relembrando, porém, a tarefa importante que a Espiritualidade Superior confiou a Lorenz, se deu lá pelos anos de 1937 para frente, quando ele assumiu sua posição diante da Doutrina Espírita, revelando-se como espírita esperantista. E foi por esse ano que a FEB criou as edições em Esperanto, abrindo uma editora com a finalidade de

editar a coletânea de poemas traduzidos em quarenta línguas diferentes, com o título de Diverskolora Bukedeto. Em 1942 veio a edição de Bhagvad-Gitá. Em 1944, veio a tradução da primeira coleção de poemas mediúnicos em Esperanto, com o título de Vocoj de Postoj el la Spirita

Mondo, grande parte desses poemas recebidos pelo próprio Lorenz, como médium psicógrafo. Também Lorenz traduziu alguns poemas contidos no livro Parnaso de Além-Túmulo, cujo valor literário dessa obra foi posto em relevo com o título La Nica Literatura Revuo.

Lorenz permitiu a edição refeita de seu livro didático Esperanto sem Mestre, pela FEB, até hoje muito procurado.

A existência reencarnatória de Lorenz deu--lhe a possibilidade de editar mais de trinta e seis obras em quarenta línguas diferentes tra-duzidas também em Esperanto.

Foi sem dúvida, uma das figuras mais des-tacadas do movimento esperantista no Brasil.

Eis algumas de suas obras:• Chamas de Ódio e a Luz do Puro Amor

(Vida de João Huss). São Paulo: Ed. Pensamento, 1940.

• O Filho de Zanoni. São Paulo: Ed. Pen-samento.

• Moisés e Siphorah, Poema épico da vida de Moisés e sua mulher Siphorah. São Paulo: Ed. Pensamento, 1920.

• A Sorte Revelada pelo Horóscopo Ca-balístico. São Paulo: Ed. Pensamento, 1926.

• O Jardim da Alma. São Paulo: Ed. Pen-samento, 1937.

• Raios de Luz Espiritual. Ensinos Esotéricos. São Paulo: Ed. Pensamento, 1949.

• A Voz do Antigo Egito. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1946.

• Diálogos Iniciáticos. São Paulo: Ed. Pensamento.

• Kabala. São Paulo: Ed. Pensamento.• Esperanto Sem Mestre. Rio de Janeiro:

Ed. FEB, 1938.• Minhas Memórias. Manuscrito deixado

em tcheco, que não foi editado.• A Mentalidade Amerindia. 1937.• Iniciação Linguística. 1929.• Receituário dos Melhores Remédios

Caseiros.• Estenografia Ideal. 1920.Sua última obra de Esperanto foi Antologio

de Brasilaj Poetoj, manuscrito preparado a pedido da Liga Brasileira de Esperanto.

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Lorenz após ter conhecimento sobre a Doutrina Espírita, o que o fez ser um leal di-vulgador e adepto das obras básicas de Allan Kardec, empenhou todas as suas energias para que o Esperanto pudesse ser o divulga-dor desses sábios esclarecimentos em ou-tros países. Por tanto esforço e dedicação, Francisco Valdomiro Lorenz não deverá ser esquecido.

Quem sabe o Plano Espiritual Superior, in-tuirá os espíritas de todas as partes da nossa Terra, na colaboração e no empenho de que, realmente como Ludwik Lejzer Zamenhof e Lorenz, façam do Esperanto, a língua univer-sal do futuro, entre as futuras gerações.

Poucos dias antes da desencarnação de Lorenz, a Rádio Oficial da Itália, Rádio Roma, pediu a um amigo, que fossem enviados dados biográficos sobre a vida de Lorenz. Queriam homenageá-lo, por ele ser o mais antigo esperantista vivo. Foram então enviados por via aérea, para o senhor Luigi Minnaja, que era o dirigente do programa de Esperanto, naquela rádio.

A revista oficial da Universala Es-peranto Asocio chegou a publicar em seu número de maio, que Lorenz era o grande divulgador e mais estudioso esperantista, desde 1887. Esse era o motivo da homenagem que a Rádio Roma queria prestar a essa importante figura de professor e poliglota.

O desencarne de Francisco Valdomiro Lorenz aconteceu no dia 24 de maio de 1957, às 13 horas, em Dom Feliciano, no Estado do Rio Grande do Sul, próximo a Porto Alegre. Portanto, a homenagem feita pela Rádio Roma, fora também uma homenagem póstuma.

Seu corpo foi velado por muitos amigos, professores e alunos, mas seu Espírito foi reverenciado por toda equipe espiritual que o acompanhou em sua bela caminhada reencarnatória. Lorenz procurava espiritualmente estar

em paz, sentindo-se como um filho que retornava à casa paterna, feliz por rever seus entes queridos.

Eloísa

• WANTUIL, Zeus. Charles Rcihet - Grandes Espíritas do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1969.

• SOARES, Sylvio Brito. Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1962.

• Ludwik Lejzer Zamenhof – Wikipédia – enciclopédia livre.• Imagens:

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Hildegard_von_bingen_-_litterae_ignotae.jpg

• http://1.bp.blogspot.com/_YZ7Blo25158/TDc7iBB7EJI/AAAAAAAAAo8/2jRe0eMyF0A/s1600/Zamenhof.JPG

• http://2.bp.blogspot.com/_YZ7Blo25158/TDc_xx6dnfI/AAAAAAAAApM/cwXPVAKXTMU/s1600/bialystok1920.jpg

• http://2.bp.blogspot.com/_YZ7Blo25158/TDc_yUYz8BI/AAAAAAAAApU/iHZrk6TOxGQ/s1600/kongreso+1905.JPG

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f4/%C3%9Apln%C3%A1_u%C4%8Debnice_mezin%C3%A1rodn%C3%AD_%C5%99e%C4%8Di_dra._Esperanta_001.pdf

• http://www.uba.mg.gov.br/upload/img/%7BB22C8162-5BAA-1C85-B41C-6C8EA8C85D70%7D_558X600.jpg

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Get%C3%BAlio_Vargas_-_retrato_oficial_de_1930.JPG

• http://sentinelanaweb.blogspot.com.br/2012/10/dom-feliciano-prestara-homenagem.html

Biblio

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Livro Malbona Lupo Reenkarniginta (O Lobo Mau Reencarnado em Esperanto)

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Bezerra & Meimei faz parte da coletânea “Meditações Diárias”, composta por três obras. As demais são de autoria dos Espíritos André Luiz e Emmanuel.

Como diz o título, trata-se de uma reflexão sobre a existência do ser em nossa vida cotidiana.

Vejamos, por exemplo, uma das mensagens, “Um quarto de hora”. Nesta lição, podemos nos questionar se estamos sabendo utilizar todo o tem-po que temos à nossa disposição, sem desperdício e quanta coisa dá para ser feita num período de 15 minutos, se estivermos com essa mesma disposi-ção.

As mensagens são alternadas entre Bezerra de Menezes e Meimei.

Mãos Unidas é aquele tipo de livro que traz, den-tre outros do mesmo autor espiritual, Emmanuel, os ensinamentos, lições, orientações, enfim, o ca-minho deixado por Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua vinda a este planeta, há mais de dois mil anos. Pergunta-se o porquê de tantos livros de estudo, mas a pergunta é: já aprendemos a lição?

Esta obra, bem como todas as outras destinadas ao estudo, são o legado deixado por Jesus. Ele nos salvou quando nos mostrou o caminho do amor incondicional e os Espíritos amigos, trabalhadores incansáveis do Bem, nos re-cordam, através das obras literárias, este mesmo caminho, encorajando-nos na marcha evolutiva.

Os livros Bezerra & Meimei - Meditações Diárias e Mãos Unidas, psicografados por Francisco Cândido Xavier, foram enviados aos associados do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”.

Você leitor que ainda não faz parte deste Clube e deseja conhecê-lo, contate-nos através dos canais de comunica-ção, dispostos nesta revista, visitando-nos, inclusive.

Também são enviados romances e outros autores, citando-se alguns já recebidos pelos nossos associados: Palô a Inocência do Amor Verdadeiro; Colhendo Bênçãos; Jesus e Kardec; Lázaro e o Homem Rico; Simplório; Diversidade dos Carismas; Fabiano de Cristo; As Cinco Moedas (infantil); Ignez e Pedro.

Rosangela

Clube do Livroclube do livro

Bezerra & Meimei - Meditações Diárias; Mãos Unidas

BEZERRA & MEIMEI - Meditações Diárias

Francisco Cândido XavierBezerra de Menezes & Meimei

IDE

MÃOS UNIDASFrancisco Cândido Xavier

EmmanuelIDE

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas!

Informe-se através:[email protected] ou [email protected] – www.espiritismoeluz.org.br (11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil - CEP 04475-240

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. O livro é criteriosamente escolhido, sendo sempre uma obra fiel aos ensinamentos espírita-cristãos, à codificação de Kardec e ao nosso Mestre Jesus.

Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte.

Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site.

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Trabalhos da Casatrabalhos da casa

Reconstrução Educativa Período da Manhã

Todos os sábados efetuamos o trabalho de reconstrução educativa com crianças.

São feitas várias atividades na parte da manhã, como jogos, pintura, desenhos e construção de painéis.

No Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” existe um canteiro onde está sendo feita a Horta Fabiano de Cristo, com a ajuda das crianças, que gostam muito desta atividade, aprendendo como plantar as mudas e sobre a importância dos alimentos.

As atividades são iniciadas com a prece feita por uma das crianças, hino nacional, recados do dia e alongamento.

No período da Copa do Mundo, foi realizado o Projeto Copa, sendo que, a cada semana foi comentado sobre um país que jogou, falando de sua cultura, idioma e culinária.

Na hora do almoço as crianças saborearam um prato típico ou sobremesa, do país que foi comentado. As

crianças gostaram bastante desse tema, aprendendo os valores positivos de um evento como esse em nosso país. É lembrado para as crianças que o próprio Chico Xavier dizia que a Copa do Mundo é a oportunidade da união dos povos, então, isso é sempre valorizado.

Na semana em que falamos da França, aproveitamos e comentamos sobre Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, e sua importância. Nesse dia as crianças ajudaram a preparar a mousse, sobremesa de origem francesa.

No período da manhã a Evangelização acontece praticamente durante todas as atividades, porque nelas as crianças aprendem a trabalhar em grupo, respeitando os coleguinhas, sempre com a atenção e coordenação dos evangelizadores.

Equipe Seareiro

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ROQUE JACINTHO nasceu em 1928, em Sorocaba - SP.Jornalista, contabilista e radialista, ministrou aulas de latim e português, escreveu diversas obras voltadas às áreas de contabilidade, economia, fiscal e jurídica.Militante da doutrina espírita desde jovem, aos 11 anos redigiu seu primeiro poema sobre reencarnação.São mais de 130 títulos espíritas, sendo várias obras para o público infantil, inclusive “O Lobo Mau Reencarnado”, primeiro livro infantil espírita do mundo, com traduções em diversas línguas, como o esperanto. Teve também diversas obras vertidas para outros idiomas e a tradução do original francês de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.Fundador dos agrupamentos espíritas Lar Espírita Vinha de Luz, em Jundiaí; Grupo Espírita Fabiano de Cristo, em São Paulo e Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança, em Diadema.Desencarnou em 2004 na cidade de Diadema - SP.Fez de sua vida um verdadeiro exercício da caridade exemplifi-cando suas obras no cotidiano.

JUDAS ISCARIOTES

Judas Iscariotes é retratado nesta obra, desde sua juventude, apresentando anseios ambiciosos que não seriam alcançados se permanecesse na casa paterna.

Relata também seu encontro com Jesus, sua vida no apostolado, a traição ao Mestre. P o s t e r i o r m e n t e , o despertar e o amargo arrependimento, que o leva a dilacerante dor moral e espiritual.

Logo em seguida é resgatado por Jesus, na emocionante assistência de infinito perdão e misericórdia.

JudasIscariotes

JudasIscariotes

ROQUE JACINTHO

Relatos doEVANGELHO

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LUZ NO LAR

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Relançamento de Livro

Judas Iscariotes é retratado nesta obra, desde sua

juventude, apresentando anseios ambiciosos que não

seriam alcançados se permanecesse na casa paterna.

Relata também seu encontro com Jesus, sua vida

no apostolado, a traição ao Mestre. Posteriormente,

o despertar e o amargo arrependimento, que o leva a

dilacerante dor moral e espiritual.

Logo em seguida é resgatado por Jesus, na

emocionante assistência de infinito perdão e

misericórdia.

Judas Iscariotes

JUDAS ISCARIOTESRoque Jacintho

Luz no Lar

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Enviamos pelo correio. Consulte condições!

Novas Ilustrações!!!Estas são páginas do coração.Menos que uma biografia, são apontamentos de uma vida inteiramente entregue à vivência da caridade, por alguém que abriu um rasgo de luz entre as trevas da Terra e as estâncias celestiais.Aqui temos alguns traços de nosso Fabiano de Cristo, para servir-nos de guia para a prática da virtude de todas as virtudes: a caridade.Leia-as, como as anotamos: com toda a sua alma generosa!

LUZ NO LAR

Esta é uma obra consagrada na literatura Espírita, pela abordagem simples e direta da terapia do passe.Capítulos que abordam, um a um, todos os ângulos em que a atividade do passe poderá e deverá ser conhecida.Excluindo todo comportamento estranho e exótico, sem mistérios e sem fantasias, você se encontra com princípios redentores do Cristianismo redivivo!

É com muita alegria que relançamos O Lobo Mau Reencarnado de autoria de Roque Jacintho.Na década de 70, O Lobo Mau Reencarnado foi o primeiro livro espírita infantil lançado no Brasil e no mundo.Agora em 2014, no relançamento desta obra Espírita-infantil, foram incorporadas novas ilustrações e novo formato.O livro aborda as oportunidades que o Lobo Mau terá para ressarcir suas dívidas de amor.Excelente livro para crianças, jovens e adultos!

O Lobo Mau Reencarnado

Passe e Passista

Fabiano de Cristo,o Peregrino da Caridade

Preços Especiais

para distribuidoras e livrarias.

Consulte-nos!

Quer saber mais?Estamos à disposição!

E-mail: [email protected]

Telefone: (11) 2758-6345 - www.luznolar.com.br

Rua dos Marimbás, 220 - Guacuri

São Paulo - SP - CEP 04475-240

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12

Na visão materialista, só entendemos a vida pelo que podemos sentir, apalpar, enxergar, pelo que a ciência pode explicar; ou o que absorve-mos das convenções, costumes sociais e religio-sos.

Vemos o sofrimento físico como a única ver-dade naquele ser querido que esmorece sobre o leito.

Quando o estado do paciente apenas se agra-va, ou permanece inalterado, não reagindo para a cura da doença, a criatura que acompanha essa luta e que tem apenas a visão material, pode chegar a concluir que o melhor a acontecer seria a morte do doente.

Na visão espiritual, entende-se que o indiví-duo não está circunscrito apenas ao corpo debili-tado que se vê. Há um Espírito habitando aquele corpo material e esse Espírito é o que constitui o próprio ser. O corpo físico apenas serve de veículo temporário.

O veículo está preso ao leito e, aparentemente, alheio a tudo e a todos. Mas, o Espírito, ou seja, a essência do Ser, continua ativo.

Os momentos de doença física em que o homem pode ficar meses ou anos num leito, às vezes até em estado de coma, certamente são necessários, podendo ser de grande valia para o acamado.

É neste período que, espiritualmente, o indivíduo pode refletir, seja de forma consciente ou inconscientemente no caso do coma, revendo os acontecimentos de sua vida, os erros e acertos, principalmente a possibilidade do perdão, equilibrando-se até para o próprio desencarne, se for o caso.

No solo apenas fica a veste carnal, continuamos a existir e o tempo vivido nesta roupagem física, seja na alegria ou na dor, deve ser aproveitado em prol de nós mesmos.

Não temos o poder de decisão sobre a vida de uma pessoa, qualquer que seja a condição desta, ainda que a medicina preveja seu prazo.

A ciência não é soberana, apenas possui conhecimentos, ainda limitados, sobre o Universo.Há casos em que o paciente, após alguns anos, retorna do estado de coma; e outros, em que prognosticada determinada

doença e tempo de vida, o doente supe-ra as expectativas médicas, vivendo vá-rios anos além.

A vida é muito mais complexa do que o nosso conhecimento ainda pode supor, nada é em vão. O Criador é sábio e tudo no mundo tem um motivo e uma necessi-dade de existir.

Se a vida nos foi concedida, devemos preservá-la em quaisquer condições, até o último segundo.

NevesImagem: http://www.ispin.com.br/imgs/noticia/palestra-aborda-a-morte-cerebral-e-o-coma-na-visao-espirita.jpg

O EvangElhO SEgundO O ESpiritiSmO

Capítulo V - Bem-aventurados os Aflitos“28. Um homem agoniza, aprisionado de cruéis sofrimentos. Sabe-se que o seu estado é sem esperanças de recuperação. Será permitido poupá-lo

de alguns instantes de angústias, abreviando-lhe o fim?”

Kardec em Estudokardec em estudo

Abreviar a Vida de um Doente

Era uma casa abençoada,Não tinha teto, não tinha nada.

Pedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio �nanceiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!

O terreno onde está sendo construída a nossa casa �ca na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP.

Ninguém podia entrar nela não, porque precisamos da sua colaboração!

Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Livro em Focolivro em foco

Cidade no AlémEncarnados, sempre nos perguntamos para aonde iremos após deixarmos nossos

restos mortais, mas, muito poucas vezes nos perguntamos o “que necessitamos fazer” para que essa partida nos indique o melhor “porto” para a continuidade da vida.

Poucas parcerias poderiam trazer à Humanidade esclarecimentos à luz da Doutrina Espírita, como Francisco Cândido Xavier, Heigorina Cunha, Espíritos André Luiz e Lu-cius, no livro Cidade no Além.

Tia Heigorina, como carinhosamente era chamada, enamorada desde sua infância pela beleza do céu e, em meio a tantas lutas pela paralisia infantil que a imobilizava, perda de sua amada mãezinha, mas sempre confiante em Deus, sente o envolvimento de Benfeitores Espirituais e “vive a mais fascinante experiência de sua vida”, sendo conduzida, através de desdobramento, para a cidade “Nosso Lar”.

Envolvida em muita emoção, busca descrever de maneira primária a planta dessa tão especial cidade.

Junto com Francisco Cândido Xavier, que já tinha tido a oportunidade, através de André Luiz, de ser levado àquela cidade, para melhor entendimento de suas descrições sobre o livro editado com o mesmo nome da cidade, Nosso Lar. Chico não teve dúvidas em atender ao pedido de Tia Heigorina, para editar as descrições no livro Cidade no Além.

Descrever emoções é sempre muito difícil, por essa razão, indicamos a leitura do livro, que com certeza será uma viagem inesquecível, pois a planta da cidade feita por Tia Heigorina, juntamente com os es-clarecimentos tão detalhados de André Luiz sobre palestras, parques, jardins, fontes e flores, nos farão voltar desse belíssimo passeio, percebendo mais claramente, sobre a nossa responsabilidade da necessária e urgente reforma íntima.

Só nos resta desejar a todos, que leiam esse livro tão especial. A “boa viagem” está garantida.Tia Heigorina, nossa Terra ficou mais triste depois de sua partida, mas temos certeza que irá rever a cidade que lhe fascinou

tanto, bem como reencontrar todos aqueles que fizeram parte de sua tão especial e produtiva permanência entre nós.Receba o abraço carinhoso de toda nossa Equipe.

Anna

CIDADE NO ALÉMFrancisco Cândido Xavier

Heigorina CunhaEspíritos André Luiz e Lucius

IDE

Abortoaborto

Aborto de uma MissãoInsistentemente vimos rebatendo as ideias materialistas dos que defendem o aborto.E frisamos a “ideia materialista”, pois os que defendem o aborto não estão preocupados com o bem estar espiritual da mãe

ou da criança.Primeiro veio a liberação do aborto para a gestação de “anencéfalos”. Já comentamos bastante de que os chamados “anencéfalos”, na realidade, são portadores de má formação física na região

cerebral, porém têm preservada a porção mais profunda do encéfalo, possuem Espírito e têm consciência de sua situação.Ao Espírito ligado a este corpo foi concedida uma nova oportunidade de renascer, por Misericórdia Divina. Ao interromper-

mos esta oportunidade, estamos pensando no bem estar dele, ou somente em nossas conveniências?E a mãe, iludida pelas “bandeiras” levantadas por alguns grupos, de que ela tem poder sobre o seu corpo, muitas vezes,

se deixa envolver e comete o desatino do aborto, desequilibrando-se espiritualmente. Muitos são os casos de desequilíbrios psicológicos em mães que realizam o aborto.

Se a reencarnação, ou seja, a nova oportunidade concedida por Deus, tem a finalidade de fazer o Espírito chegar à per-feição (pergunta 132 de O Livro dos Espíritos), ao praticar o aborto estamos negando esta oportunidade a este Espírito, e vamos responder perante o tribunal de nossa consciência por este ato.

Mães, lembrem-se: amar ao próximo como a si mesmo. O filho que você carrega é o mais próximo que alguém pode es-tar de você. Ame-o e respeite-o. Esta é a missão que Deus lhe confiou.

Wilson

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0

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14

No Domínio das Provasfamilia

Família

Desde os primeiros dias após o nascimento, os filhos ins-piram nos pais os maiores cuidados com relação à saúde e proteção contra diversos fatores.

Na figura de pais, ficamos em “estado de graça”, ou seja, sentimos uma imensa felicidade.

Se pudéssemos, manteríamos sempre os nossos filhos perto de nós, vigiando para que nenhum mal os alcance.

Mas, como não podemos fazer isto, aos poucos vamos deixando que eles procurem os caminhos próprios, claro que, com a nossa devida “fiscalização” e orientação.

Entretanto, alguns pais, por questões que envolvem rela-cionamentos e existências passadas, relutam em deixar os seus filhos viverem as próprias vidas e experiências.

Querem poupá-los de todos os sofrimentos e contrarie-dades; procuram cercá--los somente de pureza e inocência, não permi-tindo que saibam como as coisas acontecem na vida real.

Lembremos de Jesus, quando nos ensinou que “é necessário que haja escândalo no mundo” (Mateus, capítulo XVIII, versículos 29 e 30), e Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo VIII, item 12), nos alertou que escândalo é tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, “toda reação má de um indivíduo para com o outro, com ou sem repercussões”, todo “resultado efetivo do mal moral”.

Podemos concluir da recomendação de Jesus que, atra-vés dos escândalos, ou seja, convivendo com os vícios, imperfeições e reações más dos indivíduos, se não nos deixarmos “contaminar”, podemos aprender muito, pois po-deremos criar um conceito que servirá, inclusive, para aju-darmos quem passa por um momento de “escândalo”.

Se ficarmos excluindo os nossos filhos do convívio com os mais diversos tipos de pessoas, com o pretexto de poupá-los de sofrimentos e contrariedades, ou então, defendendo-os como a leoa defende suas crias, poderemos estar negando oportunidades de crescimento moral a eles.

Esta situação de “super proteção” está se tornando tão comum que vemos cenas deprimentes de pais indo tirar satisfação com professores por ter repreendido seus filhos, sem ao menos perguntarem aos professores o que ocorreu para tal atitude ser tomada, ou ainda, pais fazendo os deve-res de casa de seus filhos para que eles não precisem falar para a professora que não sabem fazê-lo.

Outros, procuram evitar que seus filhos mantenham ami-zades com pessoas de situação econômica inferior para poupar os filhos de tomar conhecimento de uma realidade não muito feliz (materialmente).

Mas sempre temos que agir pensando no que pode acon-tecer no futuro. Nesta linha de pensamento, temos que nos lembrar que, mais dia menos dia, nossos filhos vão crescer e, obrigatoriamente, deverão cuidar sozinhos de suas pró-

prias vidas e terão que entrar em contato com tudo o que a vida pode oferecer-lhes, de bom ou de ruim.

Além disso, uma certe-za que temos é que, um dia, vamos desencarnar e nossos filhos serão obrigados a entrar na corrente da vida comum.

Se não os preparar-mos, mostrando tudo o que acontece na vida real, neste momento, eles sofrerão o conflito da readaptação e pode-

rão ter uma visão distorcida da realidade.Recomenda-nos Emmanuel:

“Abençoemos, pois, as disciplinas e as provas com que a Infinita Sabedoria nos acrisolam as forças, enrijando-nos o caráter.”

O trabalho que Jesus nos pede é em contato com todas as pessoas, independente de quaisquer características, para que o tesouro da experiência nos apurem as qualidades e se institua a responsabilidade na consciência.

AdolphoBibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.Tradução de Roque Jacintho. 8 ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.EMMANUEL. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Livro da Esperança. Minas Gerais: CEC.

Hospital do Fogo selvagem

pede aJUda!

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE - CNPJ 25.440.835/0001-93, através dos seguintes bancos:

• Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6

• Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3724-9Maiores informações: Telefone (34) 3318-2900 – E-mail: [email protected]

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Entrando em Cafarnaum, Jesus seguia acompanhado por grande multidão que se acotovelava para poder tocá-lo ou endereçar-lhe pedidos e bençãos. Dentre estes, destacou--se um centurião, isto é, um dos comandantes do batalhão que perseguiam Jesus, por ordens das autoridades roma-nas.

Embora constrangido ele se coloca em frente do Mestre e em súplica, falou:

— Senhor, tenho visto e testemunhado as curas que acon-tecem pelo Senhor, em meio a este povo e até fora dele, à distância. Sei que não mereço sua atenção, mas venho pedir seu socorro não a minha pessoa, mas a um dos meus ser-vos, que acamado por uma paralisia, sofre dores terríveis, que o atormenta noite e dia.

De imediato Jesus respondeu-lhe: “Irei curá-lo.”.O centurião profundamente emocionado, de joelhos, diz

a Jesus:— Mas não sou digno de que o Senhor possa entrar em

minha casa, porém, sei que o poder de sua palavra irá de en-contro ao sincero pedido que lhe faço e meu servo será cura-do. Sei, porque também sou sujeito a outras ordens, mas se eu, ocupando o cargo que como dever tenho de cumpri-lo, os soldados que estão submetidos à obediência e sob minhas ordens, irão de lá para cá ou deverão fazer isto ou o que for necessário, e assim o farão, pelo dever a ser cumprido.

Jesus ouvindo isto, admirado falou aos que acompanha-vam o centurião:

— Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel en-contrei tamanha fé!

E Jesus, olhando a multidão que procurava ouvi-Lo, falou:

— Todos aqueles que fala-rão à Humanida-de e afirmarem que vieram como descendentes de Abraão, Isaac e Jacob, mas não exemplificarem seus atos como filhos do reino de meu Pai, serão lançados às tre-vas exteriores e ali haverá o cho-ro e o ranger de dentes.

E prosseguin-do Jesus, dirigin-do-se ao centu-rião, falou:

— Vai, e, como creste, assim te seja feito.

E na mesma hora o servo ficou são.Lucas ainda narra sobre esta passagem, que enquanto o

centurião falava a Jesus, Ele já estava a caminho da casa, atendendo ao seu humilde pedido, julgando-se, o centurião, indigno de estar a frente do Mestre e Senhor.

ErikaBibliografia: MÍNIMUS. Síntese de O Novo Testamento. 3 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1960.MATEUS, Capítulo VII, versículo 5. LUCAS, Capítulo VII, versículo 1. Novo Testamento e Salmos. São Paulo: Editora Casa da Bíblia, 1982.Imagem: http://2.bp.blogspot.com/-oiigxsdYSps/UIGGz4UeFFI/AAAAAAAA-Al8/WC0P8A2FBOY/s1600/Jesus+e+o+centuri%C3%A3o.jpg

Pegadas do Mestrepegadas dO MESTRE

O Centurião

Diante do quadro atual em que vive a humanidade, ne-cessário se faz uma reformulação de ideias e conceitos a fim de que possamos avançar em direção à Luz, aos mundos ditosos da imensa morada do Pai.

A matéria não governa o Espírito e sim o Espírito quem qualifica a matéria. O Mundo Espiritual é a Verdadeira Pátria, a Terra serve nos de oficina de trabalho e aperfeiçoamen-to, onde nos depuramos por meio das inúmeras existências corporais.

Fazemos coro a milhões de vozes que clamam por um mundo melhor onde reine a Paz; a Fraternidade; a União; o Amor...

Para chegarmos ao patamar deste mundo por nós tão so-nhado, precisamos primeiramente nos reformar moralmente, introduzindo em nós as diretrizes do Cristo.

E para isso, temos a nosso favor um vasto material que é a Doutrina Espírita, que nos consola as dores, nos clareia os caminhos através das luzes da razão e enobrece nos com a

prática da caridade...Comecemos agora e já!Tudo depende de nós, basta plantarmos a semente do

Bem para colhermos os frutos salutares que nos alimentarão a alma no porvir.

Façamos então a nossa parte, contribuindo com os Emis-sários Celestes na construção do Reino de Deus, que na verdade, começa dentro de nós.

Estejamos atentos aos chamamentos, pois fomos todos convocados para trabalhar na Seara de Jesus, nosso Guia e Modelo.

Que possamos estar sempre receptíveis às influênciações dos Obreiros do Senhor, unindo a nossa vontade a Vontade do Altíssimo.

Sejamos tijolos sólidos na fé em Deus e que com a força do nosso exemplo, possamos arrastar a multidão de cora-ções que nos rodeiam, formando a imensa família universal.

Peçamos forças e coragem para domarmos as nossas más tendências, seguindo firmes no propósito de renovação dos nossos sentimentos, nossos pensamentos.

Carlo Augusto Sobrinho

Canal Abertocanal aberto

Renovação

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Preparando o AmanhãAtualidade

Atualidade

Fala-se, na comunidade espírita, sobre as mudanças no orbe terrestre, transição esta que aguardamos na expectati-va de que a Terra passe de mundo de provas e expiações a mundo de regeneração.

Ao observarmos a vida atual, presenciamos, diariamente, a violência humana praticada de todas as formas, surpre-endendo-nos com diferenciados requintes de crueldade; e as calamidades, às quais damos causa em sua maioria (ou sempre), como a que temos nos deparado na atual conjuntu-ra – escassez de água em São Paulo.

Como conseguiremos ter essa evolução na Terra, diante das desgraças e misérias que nos circundam?

Para compreender, precisamos recorrer à lei reencarna-tória e à pluralidade de existências. Somos Espíritos e não estamos fadados a uma única existência, mas a várias, para a oportunidade do reajuste. Esta vida não é o início (apenas o de nova oportunidade) e a morte não será o fim. Somos eternos e em evolução constante, a perfeição moral e inte-lectual é a meta para todos, incondicionalmente.

Os estágios evolutivos são os que nos diferenciam e isto é importante ressaltar e compreender, para entendermos, em parte, a ação animalesca de alguns indivíduos.

Mas somos todos aprendizes e resta muitíssimo a apren-der.

Todo bem praticado, ainda que nos pareça inútil, sempre terá reflexos. O Bem que pudermos fazer nesta Vida será a alavanca de um futuro promissor.

O aprendizado é individual, mas a consequência dos nos-sos atos reflete no coletivo, hoje ou amanhã, fazendo a dife-rença para o Bem ou para o mal.

O presente é o momento em que vivemos; como estamos sempre no presente, cada segundo é uma nova oportunida-de para modelar o futuro. A oportunidade é sempre agora.

Não desanimemos diante do aparente caos vivenciado em tantos pontos do planeta. O Bem está ao nosso lado. Nem sempre o enxergamos e, na maioria, não são divulga-dos, pois quem faz realmente o bem pelo bem, não quer aplausos.

É preciso que façamos parte da “equipe” do Bem.Compartilhamos tantas ideias nas redes sociais... com-

partilhemos o amor!! Vamos contagiar o mundo do qual par-ticipamos agindo de acordo com os ensinamentos do Cristo.

É isso que Jesus espera de nós, que lutemos o Bom com-bate pela nossa própria regeneração. A lição já foi dada, nos resta ter a Vontade em ação, no caminho do Bem, pois, para o mal, já temos nossas fraquezas.

Por força das fraquezas e dos vícios, já cometemos mui-tos erros no passado de nossa existência; hoje, temos como consequência esse mundo no qual vivemos.

Depende de nós mudar o curso das coisas; não nos dei-xemos influenciar por elas, nem nos igualemos ao mal que condenamos, agindo da mesma forma.

As mudanças não ocorrem sem sacrifícios; se queremos grandes mudanças e rápido, teremos que lutar reformando a nós mesmos, para sermos pessoas melhores.

Vamos nos unir à legião silenciosa, porém, ativa, do Bem. Apaziguemos e ajudemos a encontrar soluções, em vez de apontar problemas e criticar.

Sigamos em frente, cientes de que Deus nos guia e guia-rá, sempre.

AraújoImagem: http://diariodoverde.com/wp-content/uploads/2011/09/maos-seguran-do-o-mundo1.jpg

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17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Um dia, o homem cansado de errar, depois de caído no despenhadeiro das próprias faltas, perguntou ao Senhor:

— Amado Mestre, por que não compadeceste de mim, se te entreguei toda a minha confiança?

E, embora estivesse muito longe, ouviu a voz do Senhor que lhe respondeu, na acústica da consciência:

— Ah, Bendito companheiro de minh’alma, por que não te compadeceste de mim, que te es-pero com tanto amor?

Emmanuel

Nós, tão teimosos que somos, não contemos nossos im-pulsos e nossas vontades. Sucumbimos à satisfação limita-da que os prazeres do mundo nos oferece.

Um dia, que talvez não esteja tão próximo e nem muito distante, ficaremos cansados de tombar nos percalços do dia a dia, e como já é costumeiro, procuraremos os culpa-dos de nossos erros. Chegaremos ao ponto de questionar a Deus, a razão de não ter nos aliviado os sofrimentos da vida. É exatamente assim que nós, pequeninos que somos, tentamos justificar as nossas falhas.

Deus, em sua infinita paciência e misericórdia, nos per-guntará também a razão que nos fez ficarmos tão cegos e fazê-Lo esperar o nosso verdadeiro “despertar”.

É assim mesmo que retribuímos, desconfiamos de Sua benevolência, e Ele nos responde com Seu Infinito Amor.

FábioBibliografia: EMMANUEL. Psicografia de Frâncisco Cândido Xavier.Ação e Caminho. Rio de Janeiro: FEB.

Tema Livretema livre

Confiança e Amor

Deus, desde os tempos mais remotos da civilização, fez com que os seus ensinamentos fossem sendo espalhados pelos povos da Terra.

Na África, Ásia, América ou na Europa sempre houve pessoas que falavam de Deus e dos seus ensinamentos de amor e respeito ao próximo.

Estes, que recebiam do Mais Alto a tarefa de disseminar a ideia do Deus único e Pai de todos os seres da Terra, eram denominados profetas.

Os mais conhecidos profetas são aqueles que trabalha-ram com o povo judeu, antes da vinda de Jesus, mas não foram os únicos, como já dissemos.

Com o advento da encarnação de Jesus, muito do que os profetas diziam se cumpriu.

E o Cristo, que veio esclarecer a mente e os corações da Humanidade, também teve o cuidado de nos alertar: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devo-radores.” (Mateus, cap. 7, versículo 15)

Pode-se achar que Jesus teve excesso de zelo, usando uma figura tão assustadora como o lobo, mas a história com-provou que Ele estava correto.

Quantos não se utilizaram da religião, do nome de Deus e de Jesus, para se beneficiarem com bens materiais, com prestígio ou poder?

E o que dizer das multidões que se deixaram iludir pelas falsas promessas dos falsos profetas que se proliferaram pelos quatro cantos do mundo e que, pela incredulidade e decepção, afastaram as pessoas de Deus e de Jesus.

Mas Deus é um Pai amoroso e misericordioso. Não dei-xaria nós, seus filhos, sem outras chances de aprender o caminho correto.

Em 1857 surge O Livro dos Espíritos, esclarecendo a Hu-manidade com uma lógica ímpar, todos os nossos proble-mas espirituais e nos aproximando do Criador.

Iniciou-se uma nova era de esclarecimento do espírito, da fé raciocinada, do crer com razão, sem dogmas ou rituais,

mas somente o cristão, suas obras e a descoberta de sua essência.

Mesmo assim, com o trabalho de Allan Kardec, o profeta dos tempos modernos, muito se combateu de suas ideias. Esta rejeição ou combate vinha, em sua maioria, de pessoas que não se informavam do conteúdo da obra de Kardec ou, se informavam e notavam que as novas ideias do Espiritis-mo iam contra os seus interesses (materiais, políticos, de poder).

Conforme os livros de Kardec foram sendo espalhados, as pessoas diminuíam a rejeição ao Espiritismo, porque to-mavam contato com um conhecimento que “satisfazia” os seus questionamentos espirituais.

E assim foram se arrastando por estes 157 anos, desde o lançamento de O Livro dos Espíritos.

Em 1910, também por acréscimo do Amor e da Misericór-dia de Deus, reencarna Chico Xavier com a missão de con-tinuar os esclarecimentos sobre a Doutrina Espírita, vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e psicografando mais de 400 livros para o nosso conforto espiritual.

Hoje, atingido o ano de 2014 da Era Cristã, não contamos mais com os profetas que iam de cidade em cidade, pregan-do o Evangelho e esclarecendo as comunidades.

Temos, entretanto, milhares de profetas espalhados por todo o mundo: OS LIVROS ESPÍRITAS.

É ele, o livro espírita, que levará a todos os cantos o ensi-namento que esclarece a mente e conforta o coração.

Conforme o Espírito André Luiz escreveu, através do li-vro espírita teremos o mestre silencioso, o observador sere-no, a fonte de reconforto, a luz do conhecimento, o remédio oportuno, o bom conselheiro, o impulso de auxiliar a todos, a graça Celestial. Em resumo: o livro cristão é alimento da vida eterna.

E como fica o alerta de Jesus: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas,...”?

Respondemos: mais atual do que nunca!Se o livro espírita é o responsável por esclarecer-nos so-

bre os ensinamentos de Jesus, temos que continuar tendo muito cuidado com os livros que estão sendo editados e lidos por nós.

Novos Profetas

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Os Filósofos e a ImortalidadeCiência, Filosofia e Espiritismociencia, filosofia e espiritismo

A psicologia humana tenta explicar as atitudes boas ou más, do ser físico, atendendo aos pensamentos exterioriza-dos muitas vezes fechados em seus próprios sentidos ou instintos.

Como explicar o estado emocional de cada indivíduo sem buscar o seu arquivo, presente em sua alma?

Sócrates o grande filósofo grego, estudando profunda-mente essa questão, estabeleceu a existência da alma ba-seando-se na lógica, através da razão. Seu discípulo Platão, diante desse assunto, procurou estudar com mais profundi-dade, que a exemplo de Pitágoras, admitia haver um mun-do diferenciado dos seres materiais, que seria o mundo das ideias mais purificadas. Seu raciocínio completava o pensa-mento de Sócrates, pois a conclusão seria: a alma é conhe-cida pelas ideias contidas na razão, advindas de uma exis-tência anterior à atual, qualificando-se entre as tendências, boas ou más.

Aristóteles, outro conceituado filósofo, reconheceu que na antiguidade, seus predecessores já acreditavam na existên-cia da alma, como também na sua imortalidade. Entretanto, Epicuro, materialista, contestava as ideias de Aristóteles, Sócrates e Platão, porque, explicava ele, a alma é forma-da por átomos, portanto, incapaz de sobreviver à morte do corpo físico. Seu pensamento a esse respeito era baseado na derivação do conhecimento sobre a sensação em cada indivíduo.

As controvérsias entre filósofos, cientistas e também os defensores religiosos, eram imensas. Porém a escola neo-platônica de Alexandria apresentava os luminares da época, tais como: Orígenes, Porfirio e Jamblico, que buscaram na sublimidade dos instintos, a confirmação da própria filoso-fia, que a preexistência da alma seria necessária com o seu retorno à Terra. Somente essa seria a forma de garantir o seu progresso moral e intelectual, pois, seria impossível o homem obter maiores conhecimentos numa única existência física.

A antiga filosofia baseava-se na razão, mas a teologia de São Tomás de Aquino pregava a fé como o único sinal de

liberdade, para a salvação da alma. Com isto, os religiosos sofreram um grande impacto, porque haveria a separação entre a fé e a razão.

Jean Jacques Rousseau, auxiliado pelo plano Espiritual Superior, reencarnou trazendo suas dúvidas diante de suas tristezas profundas, sem sentido para ele, mas que o fizeram despertar precocemente.

Não tivera recursos para estudar, mas, cedo, procurou ler livros de autores de grandes conhecimentos científicos e filosóficos, como os autores gregos e romanos que explica-vam a existência de um ser superior. Ele amava a Natureza e essas leituras o levavam a acreditar que realmente havia uma Inteligência Suprema a criar tudo no Universo. Por isso a indagação: qual ciência responderia a influência exercida pelos poderes existentes em todo esse Universo? A ciência e a arte teriam nascidas pelas inteligências dos doutos, com poderes de purificar as atitudes dos seres humanos? Rous-seau deixava os historiadores e cientistas sem respostas. Essa foi a trajetória reencarnatória de Rousseau, de levantar dúvidas e fazer crescer aos curiosos o despertar para um mundo fora da matéria. Rousseau foi o médium escolhido, que dirigiria com o tempo, o movimento iluminista, embora suas ideias viessem a causar muitos atritos entre os estu-diosos desse movimento. Mas isso fora necessário para que a renovação esperada pela equipe de Jesus viesse a acon-tecer.

No livro O Consolador, Emmanuel, faz a seguinte colo-cação:

“A Ciência esclarece que a energia faz o movimento, mas a força é cega e a matéria não tem características de espon-taneidade.

Só na inteligência divina encontramos a origem de toda coordenação e de todo equilíbrio, razão pela qual, nas suas questões mais íntimas, a física da Terra não poderá prescin-dir da lógica com Deus.”

Elielce

Devemos analisar muito uma obra espírita para não per-mitirmos que muitos se desviem do caminho correto porque aprendem em fonte não segura.

Há uma avalanche de lançamentos de livros psicografa-dos. Nunca se editou tantos livros como hoje.

Será que não poderíamos dizer que os lobos vestidos como ovelhas, hoje não seriam lobos vestidos de livros?

Como uma pequena amostra, mencionamos os livros que insistem em incutir a ideia de que o pouco que nós fazemos com o rótulo de caridade já basta, que se você não consegue melhorar é porque nesta reencarnação você já fez o suficien-te, fora aqueles que pregam que antes de amar o próximo é preciso se amar primeiro.

E o mais triste: dizem que seguem a Doutrina Espírita!De onde tiraram estas ideias? Das obras de Kardec não

foi!A cautela que Jesus pregou deve estar mais do que nunca

ativa.

Não nos iludamos com as fantasias e rituais que estão se infiltrando nos agrupamentos espíritas, que insistem em não estudar os livros de Kardec, substituindo-os por autores “mais modernos”.

Alegam até que Kardec está ultrapassado. Por quê? Será que quem fala isso já pratica tudo o que O Evangelho Segun-do o Espiritismo recomenda?

E os sérios livros psicografados por Chico Xavier, onde estão os estudos das lições neles contidas? Sabemos que alguns de seus livros nem estão sendo editados mais!

Se não começarmos o estudo destas obras, nunca ire-mos entendê-las. É preciso vontade firme, perseverança nas orientações corretas, rejeitar os “acréscimos e pendurica-lhos” que estão querendo colocar na Doutrina Espírita.

Espíritas, instruí-vos.Vitório

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19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Contoscontos

O Menino e o CãoUm menino entra na lojinha de animais e pergunta o preço

dos filhotes à venda.— Entre trinta e cinquenta reais, respondeu o dono.O menino puxou uns trocados do bolso e disse:— Mas, eu só tenho três reais... Poderia ver os filhotes?O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorri-

nhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo.Um dos cachorrinhos vinha mais

atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.

O menino apontou aquele cachorri-nho e perguntou:

— O que é que há com ele?O dono da loja explicou que o vete-

rinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril — mancaria e andaria devagar para sempre.

O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar...

— Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!

O dono da loja respondeu:— Não, você não vai querer comprar

esse. Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de pre-sente.

O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágri-mas, olhou firme para o dono da loja e falou:

— Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachor-rinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo.

Na verdade, eu lhe dou três reais agora e cinquenta cen-tavos por mês, até completar o preço total.

Surpreso, o dono da loja contestou:

— Você não pode querer realmente comprar este cachor-rinho.

Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.

O menino ficou muito sério, abaixou-se e levantou lenta-mente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a pró-tese que usava para andar...

Olhou bem para o dono da loja e respondeu:— Veja... Não tenho uma perna... Eu

não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.

* * *Por mais que disfarcemos, muitas

das vezes desvalorizamos e julgamos as pessoas e situações pelo que elas nos aparentam no momento.

O menino da história sabia compre-ender a dificuldade do cachorrinho, pois passava pela mesma dificuldade. E nós? Como está sendo o nosso compor-tamento perante aqueles que passam por situações especiais, que sabemos ser passageiras? Estamos desprezan-do ou negando oportunidades?

Não sejamos preconceituosos, todos temos nossos talentos, nossa capacidade de ser útil e fazer algo bom para o mundo. E aqueles que não apresentam de-ficiências visíveis, provavelmente, têm os defeitos da alma, pois somos ainda imperfeitos.

RosaBibliografia: adaptação do texto de autor desconhecido. Disponível em <http://www.encantosepaixoes.com.br/poesia2006.htm>. Acesso em: 31/07/2014>.Imagem: http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAMUnL-mAKQEcqCVWmcg5huJbftwmgZUPbLXQkCVM9CS4kX9hyHTg-chqwx_dn6AWTgfwYjMgE8DKJVX9dqeT16N0MAm1T1UCoQjgo-Xd1fuyLJVO0ZAE7SMM4Su.jpg

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas2ª, 3ª e 6ª, às 14h30

Domingo, às 10 horas

O passe se inicia 30 min. antes das reuniões

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Artesanato: Sábado, das 13h30 às 16h30Atendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ªEvangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45

6ª, às 14h45Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

DIA LIVROS ESTUDADOS

2ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

3ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

4ªO problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; O Livro dos Espíritos - Allan Kardec; Religião dos Espíritos – Emmanuel*

5ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

6ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Já estamos oferecendo os cursos de: Alfabetização de Adultos, Artesanato, Culinária, Informática Básica e Reforço Escolar.

Rua dos Marimbás, 220Vila Guacuri – São Paulo – SP

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