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Luiz a1 Gasparetto Metafisica Da Saude Vol i

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  • SUMRIO

    Apresentao - Por que ficamos doentes?

    Captulo I - Voc a causa de tudo Mente sem limite Voc no tem comeo nem fim Mente, aparelho realizador. Contedos da mente Registros subconscientes Integridade do ser Metafsica e hereditariedade Conscincia e responsabilidade Doena

    Captulo II - Sistema Respiratrio Fossas nasais Gripe ou resfriado Rinite Sinusite Laringe Engasgo Voz Disfunes da fala Gagueira Calos nas cordas vocais Laringite

    Brnquios

    Bronquite Asma brnquica Pulmes Pneumonia Enfisema pulmonar Edema pulmonar Tuberculose

    Fenmenos respiratrios Tosse Espirro Bocejo Ronco Soluo Consideraes finais

    Captulo III - Sistema Digestivo Nusea e vmito Dentes Crie dentria Canal Maxilar Gengiva Gengivite Lngua Afta Mau hlito Estomatite Glndulas salivares Caxumba Sndrome de Sjgren

    (SS)

    Faringe Faringite Esfago Esofagite Hrnia de hiato Digesto Estomago Suco gstrico Gastrite Ulcera Fgado Hepatite Cirrose Vescula biliar Pncreas Depresso no pncreas Pancreatite Diabetes Hipoglicemia Intestino delgado Diarria Intestino grosso Intestino preso Priso de ventre Apndice Apendicite Diverticulite Colite Vermes Hemorridas Consideraes finais Bibliografia

  • POR QUE FICAMOS DOENTES?

    A cada dia que passa ns vamos descobrindo mais sobre o funcionamento da natureza.

    Desta vez nosso corpo e a tentativa de responder a perguntas intrigantes, como:

    Por que ficamos doentes? Ou mesmo: Por que um cncer se instala em nossa perna e no em nosso brao? Ou ainda: Por que uma forma de doena e no outra? Por que agora em minha vida, quando tudo parecia bem? Ao longo da trajetria das cincias mdicas, muito pouco se tem conseguido. A Psicossomtica ainda parece engatinhar. Mesmo a medicina paralela, no

    convencional e alternativa, parece ter muitos problemas para entender ou explicar estas questes. Eu me interessei por elas muitos anos atrs, quando estudava as leis da formao de nosso destino, e confesso que com a ajuda das pessoas desencarnadas tive o privilgio de ser introduzido num caminho que parece estar respondendo a tais perguntas, que, afinal de contas, so fundamentais para todos ns.

    Logo depois eu criei um curso chamado Metafsica da Sade, no qual comecei a divulgar os meus achados. Foi a que Valcapelli apareceu, com sua inteligncia metafsica. A princpio, espantei-me ao perceber que outra pessoa conseguia pensar do modo como eu aprendera a pensar, o que parece muito difcil para a maioria das pessoas. "Ele realmente tem uma mente metafsica", disse encantado a mim mesmo quando ele me mostrou os seus primeiros trabalhos sobre rgos internos. Eu sabia que muito teramos que pesquisar, mas a comeou nossa amizade.

    Depois de alguns anos, estamos mostrando nesta coleo nossos resultados, esperando que possam ao menos ser teis no pensamento das pessoas que j esto preparadas para refletir e compreender alm do convencional.

    Tenha uma proveitosa leitura.

    Luiz Antnio Gasparetto

  • CAPTULO 1 VOC A CAUSA DE TUDO

    A grande maioria das pessoas atribui sorte, ao azar, ao acaso ou a um poder superior a causa e o comando de tudo que lhes acontece na vida. Com isso, jamais procuram verificar a verdade sobre os fatos. Elas preferem optar por uma atitude conformista ou comodista, alimentando uma postura interna de vtimas que as faz sentirem-se coitadas.

    Ficam hipnotizadas pela idia de impotncia diante de certos acontecimentos que consideram difceis e sobre os quais no querem ter nenhum controle ou responsabilidade.

    comum, nas situaes dolorosas que afetam a elas mesmas ou os outros, as pessoas se acovardarem, em vez de resistirem com coragem e determinao. Quando no compreendem a causa de certos acontecimentos catastrficos, alguns justificam seu comodismo com frases como: "Deus ou o destino quis assim" ou "No aconteceu porque no era para ser". Outros preferem se revoltar a procurar desvendar a verdadeira realidade dos fatos. Reagir com comodismo ou revolta preservar uma atitude de vtima.

    O "vitimismo" sem dvida o maior empecilho ao progresso da humanidade. Voc tambm pensa dessa maneira? Acredita que sorte, azar, acidentes,

    catstrofes, dramas, alegrias, enfim, as coisas que acontecem em sua vida so independentes de sua vontade? Considera que o acaso provoca as situaes ruins? Imagina que existe algo movimentando sua vida e que voc mesmo no tem participao alguma? Pensa que seus problemas so causados pela inveja dos outros ou pelo destino e no por sua condio interna?

    Se voc acredita nisso, provavelmente vive nas teias amargas do "coitado", pois se deixa levar ao sabor dos acontecimentos, j que est sob o domnio de uma fora que considera ser independente de sua vontade. Pensar dessa maneira causa-lhe complicaes e sofrimentos que reprimem a expresso de vida. Aquele que se julga vtima acredita que est no mundo para sofrer. Alimentar pensamentos dessa ordem no lhe permitir usar seu poder de transformar os acontecimentos desagradveis e edificar uma vida melhor. De modo geral, o ser humano cr na fatalidade, no acaso e na negligncia. Quando "acidentes" acontecem, as pessoas imediatamente definem as ocorrncias, sem dar a chance de perceber se h uma outra forma de encarar os fatos. Explicar algo classificado como fatalidade no uma tarefa fcil. Compreender o que est por trs de um acontecimento ruim exige certa predisposio a acatar o novo e abandonar os conceitos impregnados na humanidade.

    Um acidente parece sempre algo inexplicvel, e o acaso um mistrio agindo aleatoriamente. Pensar desse modo o mesmo que considerar que o nada pode fazer tudo, como realizar feitos extraordinrios, provocar acidentes, promover sua demisso do emprego, fundir o motor de seu carro, causar uma infestao de cupins em sua casa e uma srie de outros males que o rodeiam. Olhar a vida por essa ptica acreditar que somos vtimas dos mecanismos naturais.

  • A idia de sermos vtimas das fatalidades no a melhor concepo de vida. inaceitvel crer que um ser superior governe tudo como um dspota ou mesmo que o acaso que provoca todos os contratempos na vida das pessoas. Assim tambm no se pode acreditar que a natureza catica a ponto de cometer alguns lapsos em seus intrincados mecanismos de funcionamento.

    A natureza sbia, portanto para toda ao h sempre uma causa, mesmo quando nossa inteligncia no consegue alcanar o conhecimento dos processos da vida. Quem segue sua intuio e busca uma outra viso dos acontecimentos, rompendo com a concepo do acaso e da injustia, acaba encontrando as respostas para as ocorrncias desagradveis.

    Experimente desafiar a idia de fatalidade e busque a conscincia das verdadeiras causas. No acredite cegamente no que lhe foi passado. Procure obter uma vivncia prtica, observe as sensaes de seu corpo, d vazo intuio. Esse procedimento possibilita desvendar a realidade dos acontecimentos.

    O "vitimismo" uma forma infantil de lidar com os fatos. De que modo ento poderemos compreender os acidentes, as catstrofes e as

    situaes problemticas ou maravilhosas, se no cremos mais no acaso, se no responsabilizamos os outros, tampouco os atribumos vontade divina ou aos imperativos da vida?

    Qual a explicao plausvel para o que acontece de bom ou prejudicial em nossa vida?

    A resposta : Voc a causa de tudo! o centro de sua vida e senhor de seu prprio destino.

    Este livro tem o propsito de comprovar por meio dos fundamentos metafsicos que essa afirmao verdadeira.

    Caso suas condies de vida no estejam a contento e ela esteja repleta de impedimentos, relacionamentos difceis, escassez de recursos econmicos, doenas, etc., sinal de que voc no est fazendo uso adequado de seus poderes naturais, os quais comandam seu destino. Acatar a conscincia metafsica abandonar o pretexto de atribuir ao externo suas frustraes internas; reconhecer em si mesmo o referencial manifestador que cria a realidade, atraindo para si tudo de bom ou ruim que lhe acontece na vida.

    A vantagem dessa mudana que voc resgata o poder natural e passa a ter capacidade para transformar as situaes desagradveis que esto sua volta, alterando o curso de sua vida para melhor.

    Se de um lado voc perde o libi que justifica suas inabilidades, por outro adquire o poder interior de intervir nas situaes externas. Essa postura vai tir-lo da passividade e da dependncia dos outros ou da concesso das foras naturais, proporcionando as condies internas necessrias para edificar uma vida nova.

    Inicialmente voc pode estranhar essa nova concepo de vida. Para muitas pessoas difcil pensar assim, aceitar como verdade o fato de que so elas que pem em movimento tudo que lhes acontece e no mais responsabilizar algum nem mesmo Deus pelo que se passa com elas.

    Voc est disposto a encarar a vida por uma nova ptica? Isso exige parar de se colocar como vtima e se dar uma chance de estudar os acontecimentos por um outro

  • ngulo. Esta uma tarefa que requer tempo, observao e dedicao, porm os resultados sero promissores.

    Empenhar-se na reformulao interior um importante passo para o sucesso e a realizao pessoal. Essa conduta opera significativas mudanas em sua forma de pensar e agir.

    Renovado interiormente, voc se tornar mais perspicaz para compreender o motivo de sua vida, seguir um caminho e no outro, e o significado de tantas adversidades. A vida no estpida nem inconseqente, tampouco somos vtimas, mas sim os condutores de nosso prprio destino.

    Mediante isso voc no deve se sentir culpado. Se sua postura ao longo da vida foi de omisso, assuma a responsabilidade. Ser responsvel ter habilidade natural de criar respostas, passando a conduzir sua vida de forma consciente. Lcido de seu direito de escolha, voc vai agir com mais segurana, podendo evitar aborrecimentos e alcanar mais rpido a felicidade.

    No confunda responsabilidade com obrigao. Obrigao forar voc a fazer algo contra sua natureza, e responsabilidade a conscincia de seu poder de causar reaes no mundo. Ser responsvel reconhecer e respeitar os prprios sentimentos, usar de bom senso e assumir o direito de escolha, podendo dar ou tirar a importncia do que acontece ao redor. Voc pode optar entre o positivo e o negativo de uma situao. Encarar os fatos com otimismo considerar as perspectivas favorveis, e com pessimismo aceitar a derrota por antecedncia. A qualquer momento pode-se acreditar ou desacreditar, s depende de voc.

    A conscincia metafsica no ir priv-lo das experincias de vida, ela atenua a intensidade dos obstculos porque o fortalece para enfrent-los e favorece na transposio dos desafios, resgata o poder interior e promove o reconhecimento dos potenciais latentes na alma.

    MENTE SEM LIMITE

    "A mente tem diferentes nveis, mas no tem limites." Compreender a dinmica das experincias mentais auxilia-nos a lidar melhor

    com esse complexo mecanismo do pensar. Formular pensamentos, ter conscincia de nossa lucidez e manipular a

    capacidade de escolher e de dar importncia so os maiores atributos da raa humana. Podemos comparar a mente a um grandioso e sofisticado computador que

    temos ao nosso inteiro dispor. Como qualquer aparelho de altssima tecnologia, precisamos conhecer seu manual de funcionamento. O mesmo se aplica ao universo psquico. E importante conhecer os mecanismos que compem a mente, para podermos manipular a capacidade criativa em nosso benefcio.

    Somos um sofisticado sistema de captao e produo de energias vivificadoras, e a mente canaliza e direciona essas energias vitais, criando a atmosfera energtica que influencia a realidade, e estas se moldam de acordo com as nossas crenas.

  • As crenas podem se originar dos valores morais ou religiosos que nos so passados pela educao ou formulados atravs de nossas prprias experincias. Elas representam as certezas interiores ou aquilo que tomamos como verdadeiro para ns. Na maioria das vezes so adotadas sem nenhum critrio seletivo, no questionamos se esses valores ainda servem para a realidade atual, por isso eles so falsos valores. Porm aqueles que so formulados como resultado de nossas vivncias so mais realistas, por isso ns os consideramos valores verdadeiros.

    As crenas estabelecidas ao longo de sua existncia determinam a maneira como voc encara os fatos da vida e servem de base para a escolha de como voc deve reagir e se comportar. Para cada pensamento teremos uma reao em nosso sistema ou uma sensao. Assim eles tambm determinam a qualidade de bem ou mal-estar de seu dia-a-dia.

    De uma certa forma, como veremos mais adiante, nossas crenas moldam a realidade, reproduzindo no ambiente externo aquilo que concebemos interiormente.

    Cada um vive de acordo com suas prprias crenas. Se voc acredita no bem, ter bons pensamentos, conseqentemente sua vida

    seguir por um curso harmonioso. J aqueles que acreditam no mal so maliciosos, vem maldade em tudo, acabando por atrair episdios ruins. Ser otimista pensar nas perspectivas favorveis de uma situao, enquanto ser pessimista nutrir pensamentos negativos e dar muita importncia aos obstculos.

    A mente comandada por voc, por seu livre-arbtrio. De modo geral, aquilo que se pensa sobre si mesmo e sobre a vida determina a realidade sua volta. Nutrir idias de inferioridade o faz sentir-se imperfeito. Essa postura criar um cenrio desolador, onde voc ser o protagonista. Para que a condio interna se torne realidade, necessrio crer de forma total, visceral, apaixonadamente ou a corporificar tais idias. No adianta s desejar, necessrio sentir para que se torne real, caso contrrio, mesmo querendo ter bons resultados, se os pensamentos no forem fortes o suficiente para impressionar e para se imprimir em nosso sistema, os resultados no sero alcanados.

    Todos aspiram a alcanar seus objetivos na vida, mas isso no suficiente por si s. Para obter sucesso preciso sentir-se no direito de usufruir os privilgios de ser bem-sucedido. No basta almejar um bom emprego ou fazer bons negcios, preciso sentir-se em condies de ser contratado e merecedor da oportunidade profissional. preciso ter isso implantado em seu sistema, de forma que parea ser completamente natural.

    A fora do pensamento atua tanto nas funes biolgicas do corpo como no ambiente ao redor. Alguns exemplos corriqueiros tornam isso mais explcito, como pensar em comida e sentir fome, ou imaginar que algo ameaador e sentir medo esse estado produz no corpo a adrenalina que estimula as funes biolgicas deixando-o em alerta. Em relao atuao da mente no exterior, observam-se os seguintes exemplos: ter medo de determinados insetos e freqentemente deparar com os mesmos; pensar que algo pode dar errado e no conseguir realizar aquela atividade.

  • Antigamente acreditava-se que a mente era restrita ao nosso mundo interior. Considerava-se que ela se limitava ao crebro. Desse modo, sua atuao era puramente interna, no exercendo nenhuma influncia no exterior.

    Essa viso baseada no conceito de que o poder do homem obedece a uma seqncia predeterminada: pensar, mover o corpo e com isso promover reaes no mundo.

    Afirmavam os antigos estudiosos do comportamento humano que somos um ser constitudo por partes isoladas que se interligam pelas funes, como o mecanismo de um carro ou de outra mquina qualquer. Assim, eles falavam de mente, emoo, sentimento, corpo, alma, como partes de uma mquina biolgica.

    Atualmente essas noes esto ultrapassadas. Os cientistas afirmam que no existe nada individualizado no homem, que tudo um conjunto integrado. Assim, somos sentimentos, emoes, esprito, neurnios e o corpo inteiro. Na viso metafsica, isso se estende tambm ao ambiente, s pessoas ao redor e ao universo. Portanto, o que considerado mente na verdade so atributos naturais e no possuem fim ou comeo.

    As concepes mentais so capazes de abranger todo o universo, podendo exercer algum tipo de influncia nele.

    VOC NO TEM COMEO NEM FIM

    A mente pode ser vista sob dois aspectos: o consciente e o inconsciente. O consciente onde ocorre a percepo. Ele representa apenas uma pequena

    parte da mente, que compreende tudo aquilo de que estamos cientes no momento. A atividade do pensamento a manifestao do consciente. Imagine uma lanterna acesa na escurido; somente onde o foco de luz clareia consciente.

    O consciente est ligado a todo o organismo, podendo a qualquer momento focar uma de suas partes ou identificar as sensaes provenientes do corpo. A mente consciente tambm se estende at onde os sentidos podem alcanar. A identificao dos estmulos externos representa uma extenso do consciente que no se limita apenas a captar os sons, as imagens, etc., mas tambm a perceber atravs do sexto sentido as emanaes energticas das pessoas ou dos ambientes, chegando a captar o ambiente astral em casos especiais.

    A conscincia um fenmeno abrangente que transcende o sistema nervoso, sendo ela fruto da interao entre o interno e o externo.

    Existe uma frase de Yogananda que esclarece esse conceito: a mente como um elstico que pode se estender ao infinito, sem se romper.

    Essa idia contrasta com o ponto de vista tradicional da cincia, que descreve a percepo como um "arco reflexo", em que o mundo um conjunto de estmulos que tocam os aparelhos sensores, e estes so conduzidos at o crtex cerebral, onde so interpretados pelos neurnios e percebidos pela mente.

    Esse nvel de percepo tambm pode ser chamado de mente superficial ou eu consciente, que engloba tudo que se percebe no presente e identifica o que est ao redor. Nele esto todos os fenmenos dos sentidos (audio, viso, paladar, olfato e tato) que promovem as sensaes, permitindo reconhecer o aqui - agora.

  • Essa mente a que pensa, escolhe, decide, acredita ou desacredita e focaliza a ateno; ela que d a sensao de individualidade, promovendo a lucidez ou eu consciente.

    O principal atributo do eu consciente o discernimento, o poder de escolher, de dar importncia ou mudar o ponto de vista a qualquer momento, bem como mobilizar a vontade para intensificar os objetivos de vida.

    Ele tambm responsvel por formar o senso de realidade, de creditar como real ou irreal qualquer fato.

    As faculdades mentais so atributos da vida. Por meio delas voc pode reconhecer a si mesmo e interagir com o ambiente sua volta.

    Em suma, no pense que a mente restrita ao corpo somente porque voc a identifica dessa maneira. A mente consciente vai alm do simples fato de interpretar e decodificar os estmulos externos. Ela interage no mundo, tornando-se parte integrante dele.

    O inconsciente no pode ser interpretado com facilidade nem ser evocado voluntariamente, porm seus contedos podem se manifestar no mundo consciente.

    Grande parte dos contedos da mente origina-se do inconsciente. Ele a fonte das energias psquicas e contm os fatores bsicos da personalidade do indivduo.

    Os estudos a respeito da mente se aprofundaram e hoje se sabe que o material armazenado no inconsciente no so apenas as experincias pessoais da vida atual guardadas na memria, mas tambm os fatos de vidas passadas relacionados a voc e vida em geral, chegando a ter contato com os arquivos do passado do universo.

    As pesquisas da psicologia, principalmente as realizadas por Carl Jung sobre o inconsciente coletivo, comprovam que o inconsciente ilimitado, abrangendo no s o que existe mas tambm tudo que existiu e existir. Jung exemplifica o inconsciente comparando-o ao ar, que o mesmo em todo lugar, todos o respiram, mas ele no pertence a ningum. Diz ainda: o inconsciente no um recipiente que coleta o lixo da conscincia, ele a outra metade da psique. Assim podemos concluir que ns no temos um inconsciente para cada um, mas estamos todos "dentro" do inconsciente coletivo.

    A mente consciente tem a capacidade de criar as noes de tempo e de espao, podendo em certas circunstncias ignor-las. Ela est tanto dentro como fora de ns, e o que temos como limite no passa de uma conveno fruto da ptica que temos da vida. Sendo assim, estamos integrados a tudo que existe e nos tornamos parte daquilo que experimentamos.

    Todo tipo de matria formado por tomos: o ar composto de molculas que so constitudas de tomos, o organismo humano um conjunto de clulas que tambm so formadas pelos tomos, e tudo isso se encontra de forma a ser uma s massa de tomos. Desse modo, o que percebemos como corpo fsico a impresso de slido que a mente interpreta como fenmeno somtico. Assim como o mundo atmico, a mente contnua, estando tanto dentro quanto fora de ns.

    A mente consciente que distingue o que interno ou externo, bem como a diferena entre slido, lquido e gasoso. A percepo desses diversos tipos de matria e o lugar que ocupamos no espao de acordo com nosso senso de realidade, porque, para a fsica, somos uma variao atmica dentro do universo indivisvel.

  • Evoluo o nome dado ao contnuo processo da mente de devassar os nveis inconscientes, ampliando a conscincia e a lucidez. como se no incio fssemos s inconsciente e por algum motivo a conscincia nascesse e iniciasse sua viagem de expanso. Nasce tambm o tempo e o universo da realidade ou o universo sensorial. Talvez cheguemos a desvendar o inconsciente totalmente e talvez a a evoluo termine...

    MENTE, APARELHO REALIZADOR

    A mente um aparelho nas mos do eu consciente. Seus atributos so manipulados por ele e refletem na realidade interna (corpo fsico) e externa (meio ambiente). Nele reside a habilidade realizadora (criar a realidade ou o que ser sensorial) do homem. E dotado do poder de escolher o que significativo no mar de estmulos cotidianos, tambm tem o poder de dar crdito em diferentes graus e de graduar a importncia, o que gera diferentes nveis de impresso. Este material vai para a mente inconsciente, que possui o aparelho realizador e o sistema de integridade, criando o cenrio em que vamos ter nossas experincias.

    O universo mental no se restringe a imaginar. Sua finalidade tornar sensoriais e palpveis os programas que a conscincia estabelece como verdade e nos quais acredita. As experincias vividas so produtos da manipulao feita por voc de seu aparelho mental. Vivemos de acordo com o que acreditamos e estabelecemos como verdadeiro para ns. Sendo assim, se no temos uma vida agradvel, basta reformular nossas crenas para alterar o curso da existncia.

    Entre a lucidez do eu consciente e o mundo material existe a mente. Os estmulos recebidos passam pelos rgos dos sentidos para depois serem interpretados pela mente; ela transforma estmulos em percepo. Ela quem registra e assimila a existncia de algo slido ao redor. Pode-se dizer que a realidade externa um produto da mente. A solidez da matria est na concepo mental, pois as partculas atmicas que formam todos os tipos de matria contm um vcuo entre os eltrons e prtons que gravitam em torno do ncleo dos tomos. A quantidade de massa slida contida neles mnima; a maior parte do composto atmico vazia.

    Assim, portanto, a matria uma sensao que a mente interpreta como slido. Pode-se dizer que a realidade uma manifestao mental. Desse modo, a mente o aparelho realizador que temos sob nosso comando. No h contato direto entre o eu consciente e o mundo material, a mente se interpe entre esses dois nveis, moldando a realidade e possibilitando a atuao do ser na vida.

    Essa concepo da mente no recente. Ela compunha os profundos conhecimentos de alguns crculos esotricos que se mantiveram restritos a uma casta de pessoas selecionadas. Tambm faz parte do antigo hindusmo e do budismo. O prprio Buda, ao perceber que a mente era a causa do sofrimento, da dor e dos problemas humanos, deu sua contribuio, criando exerccios para educ-la.

  • CONTEDOS DA MENTE

    Sistema codificador. E a capacidade de transformar as percepes em cdigos que possibilitam o entendimento. Atua na abstrao dos fenmenos observados, criando conceitos. Reconhece os elementos registrados pelo som, viso e outros, simplificando-os em smbolos que exprimem a vivncia pessoal. Organiza os conceitos bsicos apreendidos, atravs da gramtica e outros, constituindo a linguagem do pensamento, permitindo ao indivduo formular idias e tomar decises.

    O pensamento processa os contedos armazenados, que servem como uma espcie de base para o comportamento. Desse modo, a mente molda e transforma as energias vitais em elementos vivenciais. O ato de pensar um processo magnfico que se utiliza das imagens registradas com significados especficos, para definir o comportamento. O som da sirene de uma ambulncia, por exemplo, far voc ficar alerta caso esteja no trnsito; no entanto, se estiver dentro de casa, vai agir com indiferena. Um animal feroz no zoolgico inspira tranqilidade, porm se ele estivesse solto voc ficaria apavorado. Esse sistema compe o senso de realidade. Senso de realidade. E um conjunto de elementos que compem o universo consciente e favorecem na percepo e reconhecimento das sensaes do corpo, bem como na identificao dos estmulos externos. uma espcie de sensor e qualificador do que real ou irreal. Ele possibilita nossa orientao pela vida. Nosso sistema nervoso incapaz de saber se um fato existe no mundo externo ou se a mente o imagina, ele sempre reage da mesma forma. Imaginar um assalto ou ser de fato assaltado causa o mesmo efeito em nosso sistema. O bom senso uma capacidade de sua essncia. Por meio dele temos a possibilidade de discernir entre o que adequado ou inadequado ao nosso sistema individual. Optamos pelo que agradvel e nos esquivamos daquilo que nos desagrada, norteando assim nosso fluxo pela vida. Desse modo so formados os valores verdadeiros ou padres de referencial da realidade que movimentam as nossas virtudes. Ele pode ser obscurecido e negligenciado pela opresso social de modo a impor valores e padres tidos como adequados. Assim, o senso de realidade assumir condutas baseadas em iluses, o que fatalmente criar uma realidade negativa. J o bom senso, quando utilizado, leva formao de valores e padres que criam uma realidade altamente favorvel e positiva. Poder de escolha. Representa um dos maiores atributos do ser humano. Ele permite a cada um de ns articular entre as infinitas oportunidades de cada instante, levando-nos aos caminhos que desejamos seguir na vida. um contedo do consciente. Escolher mover a ateno, e vontade o nome da fora que move o foco de nossa ateno. Tambm aciona e gradua os contedos do consciente: quanto mais ateno pusermos em um determinado aspecto da vida, mais claro e vivido ele se tornar, imprimindo-se com mais profundidade em nossa memria, passando a ser importante entre as outras experincias vividas, criando, assim, nossos prprios critrios do que ou no significativo.

  • A vida repleta de opes. A todo momento estamos fazendo algum tipo de escolha. Se estamos na rua, optamos por uma direo a seguir. Durante o percurso tomamos vrias decises, tais como o momento de atravessar a rua, a pista que vamos seguir no trnsito, e assim por diante. Se estamos em casa, decidimos o que fazer, a hora de dormir, etc. Existem as escolhas mais relevantes, como assumir um relacionamento ou terminar com ele, permanecer no emprego ou procurar outro. Toda escolha desencadeia uma conseqncia. O que voc est vivendo hoje fruto da escolha feita no passado. Seu posicionamento presente determina o amanh. Por isso, saber decidir to importante quanto assumir as conseqncias de seus atos. Escolher um direito, arcar com as responsabilidades uma necessidade. Para escolher, voc livre, mas sempre receber de volta as conseqncias proporcionais a suas escolhas. Em qualquer situao geralmente h alguma alternativa. Se voc estiver se sentindo sem opo, porque voc est muito alienado. Reflita um instante e pergunte a si mesmo: o que posso fazer agora para me sentir bem? Certamente haver algo sua escolha. Existe uma diferena entre o ideal e o possvel: aquilo que idealizado nem sempre sabemos ainda como tornar possvel. No entanto, constantemente h uma possibilidade, e saber aproveit-la o melhor caminho para atingir seus objetivos. Como fazer a melhor escolha? No momento de decidir, o que movimenta sua ateno para fazer uma ou outra opo so os desejos. Eles so estabelecidos de acordo com os critrios mentais, e esses fatores so decisivos para qualquer escolha. A ateno pode ser comparada a um farol cujo foco direcionado para aquilo que consideramos importante. Dar mais importncia aos outros do que a si mesmo o faz querer agradar a todos. Nesse caso, ao lhe pedirem um favor, mesmo no podendo, voc vai optar por atender, somente para no desagradar as pessoas. A partir do momento que voc revir e alterar essa postura de ser bom para os outros e passar a importar-se mais consigo e com suas prprias coisas, ter sua ateno dirigida ao que lhe prprio. Agindo assim, quando for convidado para uma festa ou para fazer um passeio, vai ponderar melhor, considerando o que representa para voc estar com aquele grupo e no o quanto poder significar para os outros a sua companhia. Desse modo, sua atitude propcia para fazer a melhor escolha.

    REGISTROS SUBCONSCIENTES

    O subconsciente corresponde aos primeiros nveis do inconsciente, pode ser definido como um estado de fraca conscincia. onde ficam registrados os contedos das experincias vividas, as remotas lembranas do passado que servem de fonte da conscincia. Exerce significativa influncia nas atividades mentais. Desempenha importante funo como arquivo do que voc j validou e escolheu como verdade. Como so padres de pensamento gerando constante interferncia no fluxo dos pensamentos, que provocam as sensaes fsicas, produzindo energias vitais capazes de atrair

  • ocorrncias compatveis com os modelos registrados e possibilitando o sucesso ou fracasso na vida do indivduo. E uma zona de execuo das crenas e valores do ser humano, sendo, portanto, capaz de alterar as funes biolgicas do corpo e criar situaes no ambiente de acordo com as impresses gravadas nele. Como so geradas as impresses? Ns buscamos sempre ter um posicionamento acerca das informaes recebidas. Tudo que se v, ouve ou vivncia nos leva a refletir e formular idias a respeito. Algumas experincias so consideradas vlidas, outras no. Aquelas que julgamos importantes damos crdito de realidade e dirigimos intensas foras vitais ou importncia, ganham o poder de impressionar ou de se instalar em nosso subconsciente. A idia registrada serve como base para formular o raciocnio, e dele para a ao. Essas idias so os padres que servem como referencial para classificarmos o que certo ou errado, bom ou ruim. Aquilo que reconhecido como verdadeiro compe o universo psquico do que o real pra o indivduo. Esses registros, em nvel de subconsciente, servem como uma espcie de programa de computador, executando as operaes de formao da realidade em nossa vida. As impresses passam a agir automaticamente em forma de condicionamento. Assim, em nvel de conscincia, elas se manifestam para nosso eu, na cabea, na forma de idias fixas, carregadas de intensa emoo, passam a exercer profundo controle em nossa maneira de pensar e agir. Assim, se voc ficar impressionado com as opinies dos outros acerca de uma situao ou sobre voc, poder tomar isso como verdade. Procure investigar em si mesmo se aquilo que voc sente. Caso contrrio, formar falsas impresses que vo dirigir sua vida e determinar seu futuro. Por isso, no permita que as opinies dos outros determinem sua maneira de pensar acerca da vida e de si mesmo. Aprenda a discernir e a avaliar com seus prprios sentidos tudo aquilo que se passa ao seu redor. Tambm seja voc seu prprio sensor para medir suas qualidades, no dependa exclusivamente do ponto de vista alheio para se considerar bom ou se dar valor. Apegue-se sua capacidade de discernir, dependa somente dos resultados obtidos para se sentir bom o bastante. Vale lembrar que s o fato de conseguir fazer algo j de grande valor. O subconsciente no possui discernimento, s aceita os registros que voc implantar nele. O poder de escolher o que importante e que merece a devida ateno um atributo do consciente. Esse o centro propulsor das crenas. O consciente constitui os pensamentos, estipula o que verdadeiro, dirige a ateno e gera impresses que fazem voc acreditar que as coisas funcionam de um jeito e no de outro. isso que faz com que cada pessoa tenha um estilo prprio de vida e crie um cenrio repleto de situaes particulares. Ento, voc aquilo que acredita ser. Definir-se como vencedor atrai sucesso. Dar importncia aos obstculos viver criando derrotas. Posicionar-se como vtima transformar-se em plo de atrao de problemas e doenas.

  • Todo esse mecanismo de funcionamento da mente mostra que voc atrai ou repudia situaes, oportunidades e pessoas de acordo com suas prprias estruturas mentais. Elas so responsveis por tudo de bom ou ruim que acontece em sua vida. O que so as estruturas mentais e como elas agem? A constituio psquica formada pelas idias s quais damos credibilidade. No se trata de pensamentos meramente especulativos, mas sim de intensas impresses que tivemos durante o curso de nossas existncias. Essas podem ser tanto positivas ou neutras como negativas, dependem da interpretao que se tem dos fatos. As negativas so as estruturas que geram como conseqncia o medo, a autocobrana, a inferioridade, a crueldade, etc.; e as positivas so as de auto-estima, de prazer, de coragem, de respeito e outras. Desse modo, determinamos o que positivo, neutro ou negativo a partir de seus efeitos. Temos o poder de criar, destruir ou reformular as estruturas mentais de acordo com nossa vontade ou necessidade. No ambiente energtico, elas so denominadas formas-pensamentos ou amebas. Elas atuam como vozes dentro da cabea, ditando normas e regras e obrigando-nos a tomar determinadas medidas, a no nos esquecer dos compromissos, e assim por diante. Esto sempre nos cobrando fazer algo, que tomemos essa ou aquela atitude frente a uma determinada situao e que tenhamos esse ou aquele posicionamento. Quando no seguimos as recomendaes, elas acionam os mecanismos de culpa e autopunio. So formas condicionadas, ou seja, automatizadas por nossa vontade. Ns criamos essas amebas que ditam o que devemos ser e fazer. So regras de como se comportar e de como se relacionar com os outros, para no correr o risco de sermos desaprovados e rejeitados. So estruturas mentais e crenas que foram estampadas no subconsciente. Um exemplo disso uma criana que se sentiu rejeitada pelos pais. medida que foi crescendo, alimentou em si a crena de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante para os outros. Ao reforar isso, a pessoa vai moldando o subconsciente e espelha no campo energtico uma estrutura amebide de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante. Esse sentimento atrai indiferena, e, mesmo que a pessoa se esforce para agradar os outros, no obter respeito. Por outro lado, o sentimento de rejeio aciona os mecanismos de defesa para ocultar a inferioridade. Essas defesas so outras tantas estruturas ou amebas que voc estabelece de como tem de ser para agradar os outros e ser aceito. H inmeras defesas. Uma delas do tipo que faz o papel de "bonzinho" para impressionar os outros e contar com a aprovao deles. Uma outra defesa fazer o tipo gentil, aquele que atencioso mas que faz da gentileza uma forma de evitar proximidade com as pessoas. Esse tipo tem medo de que os outros o conheam profundamente a ponto de saberem at seus pontos fracos e, por causa disso, no o aprovem. Todas as nossas atitudes e comportamentos so alimentadas por amebas, tanto pelas negativas como pelas positivas.

  • As amebas negativas que formamos e nutrimos impedem nosso progresso. So iluses e fantasias que criamos acerca de ns, do mundo e das pessoas. As iluses causam sofrimentos de toda espcie. Ao dar importncia a elas, perdemos o contato com nossa essncia e com a realidade. E em conseqncia dessas iluses que temos uma vida cheia de desiluses e dificuldades. Existe tambm no subconsciente um nmero razovel de amebas positivas. So elas que nos fazem avanar na vida. So elas as de autovalor, de auto-estima, de coragem, de empenho, de crdito em si mesmo, de certeza no prprio potencial, de f no universo e nas bnos que poderemos obter, etc. E importante saber distinguir quando estamos nos alimentando de uma iluso ou quando estamos sendo movidos por uma de nossas necessidades reais, ou seja, discernir o ilusrio do real. Para isso fundamental ficarmos centrados em ns mesmos. O si mesmo sua alma ou essncia. Ela a estrutura bsica do ser que organiza e mantm todo o nosso sistema. S ela pode saber o que realmente melhor, e nunca a cabea, que programada por influncias externas educativas. nela que fica o bom senso, a intuio ou sexto sentido, a vocao, a inspirao ou centro de motivao. Orientando-se por ela, seus falsos valores sero substitudos por verdadeiros. A essa altura voc deve estar se perguntando: por que criamos estruturas negativas, se elas vo nos prejudicar? O motivo disso que a maioria das pessoas nutre um sentimento de inferioridade em relao a si mesmas. Somos criados numa sociedade comparativa, desde crianas somos cobrados a ser iguais aos outros. Os pais reforam isso quando dizem a seus filhos: "Por que voc no estudou como seus colegas? Seu irmo passou de ano, voc no". Essas mensagens criam em ns o hbito de sempre nos espelharmos nos outros e seguir exemplos. Quando no conseguimos, nos desaprovamos e passamos a nos sentir inadequados. Desse modo, no estamos operando o aparelho psquico adequadamente. Geramos impresses contrrias ao progresso interior, que danificam nosso sistema de integridade. Em se tratando de amebas negativas, existe uma outra tambm famosa: a do "tem qu". A todo instante ela cobra de voc e obriga-o a fazer coisas que ela julga serem adequadas, mas nem sempre aquilo de que voc tem vontade. Esse termo, "tem qu", ecoa na mente empurrando-o para dentro, provocando cansao, peso nos ombros, na nuca, respirao ofegante, enfim, um desconforto fsico geral. Ele tira seu nimo, dando uma sensao de angstia. O termo nimo significa alma; essa ameba nega a alma por julg-la irresponsvel. Com ela as pessoas se mascaram, comprometem a espontaneidade, perdem a liberdade e o bom senso. H um nmero incontvel de estruturas mentais negativas que criamos e alimentamos. Dentre elas se destacam: "No sou capaz de ter sucesso na vida." "No sou to bom quanto meus colegas de trabalho, por isso no tive a promoo que esperava." "Para mim as coisas nunca do certo." "Se eu for muito ntimo dos outros, eles vo conhecer meus defeitos e no vo gostar de mim."

  • Estruturas como essas podem estar h anos ativadas e causando obstculos em sua vida. Mas no o tempo de permanncia do padro limitante que conta. Pode-se nutrir uma estrutura durante anos, porm no isso que a torna mais forte nem mais difcil de ser modificada, mas sim o crdito, a f que depositada nela. Isso porque o consciente que tem noo de tempo, e no o subconsciente. Para este, o tempo sempre o presente, por isso qualquer mudana pode ser feita agora. No pense voc que, pelo fato de ter sido de um jeito durante toda a sua vida, voc no pode mudar. A qualquer momento possvel fazer uma reformulao dos valores internos e encarar a vida de outra forma. Basta no dar importncia ao velho e permitir-se a renovao, acreditar nos potenciais que existem em voc. Ao mudar as estruturas mentais, voc estar fazendo uma completa reformulao em sua vida. Mesmo que as situaes ao redor continuem iguais, voc vai encar-las de forma diferente. A mudana interior fundamental para alterar o curso de sua existncia. Resta saber se voc est mesmo disposto a se transformar ou se prefere continuar com a mesma cabea. s vezes a vida material est boa, porm o emocional no, ou vice-versa. Caso voc no seja uma pessoa realizada, necessrio fazer uma reformulao interna para conquistar a felicidade. Para o trabalho interior com as amebas, observe-se sem crtica, julgamentos, cobranas ou culpa, porque isso poder acionar seus programas de autodefesa, o que impedir a identificao dos contedos, bem como a reformulao deles. O que necessrio ento para eliminar uma estrutura negativa? Em primeiro lugar, estar disposto a mudar. Em segundo, preciso perceber que tipo de estrutura voc vem mantendo em sua vida. Quais as mais habituais: positivas ou negativas? Diante de uma situao inusitada, voc encara com otimismo ou pessimismo? Acredita que a vida benfica ou prejudicial? Voc se estima e se aprova ou fica esperando que os outros o faam? Confia que o sucesso econmico esteja ao seu alcance ou se sente fadado ao fracasso? Para enfraquecer as amebas negativas necessrio que voc use seu poder de anul-las. Para tornar neutro algo a que voc deu muita importncia, muita fora, basta apenas tirar-lhe a importncia. Tudo que verdadeiramente desprezado perde o poder e desaparece. Por fim, para a reformulao interior ficar completa necessrio nutrir bons pensamentos e, sobretudo, acreditar neles. Comece a pensar dessa maneira: "Sou importante para mim e digno de ter uma companhia agradvel." "Sou uma pessoa simptica." "E seguro ser eu mesmo." "Sou capaz de ter sucesso na vida." No permita que as amebas negativas atrapalhem sua positividade. Se algum pensamento contrrio ao positivismo vier cabea, trate-o com indiferena. No lute contra nem brigue com ele, pois essa atitude fortalece as amebas negativas. Quando voc estiver empenhado em gravar uma estrutura positiva, a negatividade vai invadir sua mente. No se deixe perturbar por ela, assuma seu poder de escolha e opte por aquilo que melhor para voc. Afinal, o poder de escolha sempre seu.

  • INTEGRIDADE DO SER

    Estudos recentes sobre a regio mental do crebro chamada subconsciente e sobre os efeitos das impresses gravadas nele mostram que sua capacidade de interferir no funcionamento do corpo muito grande. Freud foi um dos primeiros a perceber que as atividades mentais poderiam modificar as funes normais do organismo, abrindo assim as perspectivas para uma nova cincia chamada Psicossomtica. Atualmente as pesquisas sobre estresse vm sendo amplamente divulgadas. Aos poucos o homem vai constatando que as atividades mentais desempenham significativa participao no desenrolar das situaes materiais e na sade do corpo. Para compreender por que as pessoas adoecem ou apresentam alteraes em diferentes partes do corpo, bem corno por que uns vivem doentes enquanto outros so saudveis, foi desenvolvido este estudo de Metafsica da Sade. O objetivo conscientiz-lo de que sua condio interna um fator predominante para manter a sade fsica e melhorar a qualidade de vida. O corpo acusa o modo como estamos lidando com os acontecimentos. Cada parte dele reflete uma emoo. Todas as alteraes metablicas tm sua origem nas atividades mentais. Nesse paralelo entre o fsico e o mental, voc vai compreender que suas atitudes determinam a sade fsica bem como sua condio de vida. Resumidamente, emoo a resposta aos estmulos mentais que atingem o baixo ventre emitindo ondas cclicas que sobem. Sentimentos, por sua vez, so vibraes emitidas do peito, tambm fruto das atividades mentais. De acordo com a maneira como estamos respondendo s situaes da vida, temos uma afetividade saudvel ou no. Sade existe quando pensamos e agimos em concordncia com nossa natureza individual ou nosso temperamento. Entretanto, se estivermos em desacordo, criamos conflitos que perturbam nossa estabilidade afetiva que se manifestam no corpo como desequilbrio ou sintomas. O sistema de integridade age em nvel de subconsciente. Ele impede que um bom nmero de pensamentos seja transformado em realidade. Funciona como uma defesa natural contra nossa ignorncia. Voc j imaginou se todos os pensamentos negativos carregados de intensidade fossem imediatamente transformados em realidade? Por certo nem o mundo existiria. Quando estamos emocionados formulamos centenas de pensamentos negativos, porque natural em nosso nvel de evoluo no sabermos lidar bem com nossa afetividade. O sistema de integridade seleciona o material que chega ao subconsciente e s deixa tornar-se realidade aquilo que considerado seu melhor. Ele o preservador da evoluo e dos objetivos da vida em ns. Estamos protegidos de nossa ignorncia, mas no daquilo de que temos conscincia. Nossa idia da melhor maneira de ver ou fazer as coisas vai evoluindo com nossas experincias. A cada dia sabemos fazer melhor as coisas. Quando fazemos uma coisa que nosso melhor meio de faz-la segundo nossa relativa inteligncia, o sistema de integridade procura criar realidades baseado em nossos melhores padres, mesmo que a nossa ao seja negativa. Exemplo disso a pessoa que pragueja e se

  • queixa como forma de reagir quilo que acontece e de que ela no gosta. Para ela, essa a melhor maneira de agir, pois ainda no aprendeu a fazer melhor. Em vez de o subconsciente materializar negatividades, ele sofre a ao do sistema de integridade e este seleciona padres positivos para materializar, porque praguejar o melhor da pessoa e ele reproduz o melhor. Em outras palavras: se voc faz seu melhor, o subconsciente materializa o que voc padronizou como o seu melhor. Mas se voc, movido por escutar os palpites alheios, resolve agir de uma maneira que no o seu melhor, ento o sistema de integridade vai retrair-se e algo proporcional ao que voc est crendo naquele momento se materializar. O seu melhor o protege. O seu melhor classificado pelas experincias que voc viveu e nunca pelo que voc aprende teoricamente. Voc pode ter uma cabea cheia de moral e valores aprendidos filosoficamente, mas eles nada tm a ver com o seu melhor. necessrio que voc tenha sentido de corpo inteiro um pensamento para que ele seja reconhecido como o melhor. Se voc j experimentou o perdo e sentiu como ele benfico, ento ele passa a ser um padro e se voc no perdoar ento seu ato ser tido como o pior e sua realidade ser negativa. Assim, quando uma mulher que sabe se dar aos outros e tem como experincia a satisfao afetiva de se dar de uma certa forma nega-se a dar porque se desapontou com os outros, ela no est fazendo o seu melhor, e assim ela perder a natural proteo do sistema de integridade e provavelmente apresentar seu ressentimento como um caroo no seio. Se o fato de ela se negar fosse o melhor dela, o ressentimento no se transformaria em caroo no seio, porque o sistema de integridade teria impedido isso. Portanto toda doena algo que voc est fazendo e mantendo que no o seu melhor de acordo com sua evoluo. Isso explica por que pessoas mais evoludas do que ns esto doentes, porque por certo elas no esto fazendo algo exatamente de acordo com sua evoluo. Isso tambm explica por que uma pessoa mais atrasada que ns pode estar gozando de plena sade: ela, mesmo em sua ignorncia, est fazendo o seu melhor. Um ato pode ser natural para uma pessoa e perigoso para outras. O universo se organiza sob a lei da individualidade. A lei da vida relativa individualidade, evoluo e singularidade. Em suma, a pessoa s fica doente quando seus pensamentos e aes so contrrios ao fluxo de sua natureza ntima e sua relativa sabedoria. Geralmente isso acontece quando se tenta mudar o jeito de ser para agradar os outros. o caso de uma pessoa comunicativa passar a censurar sua expresso, tornando-se calada. Isso pode causar doenas na garganta. O mesmo acontece com as crianas que so constantemente repreendidas na expresso verbal; geralmente elas apresentam inflamaes na garganta. Na concepo metafsica existe um fator de fundamental importncia: no a situao externa que determina a condio interna. O meio contribui, mas no um fator determinante, haja vista cada um reagir de uma maneira frente s mesmas situaes. Diante do desprezo, por exemplo, existem aqueles que se revoltam, tornando-se agressivos; outros se reprimem e sentem-se carentes; h tambm aqueles

  • que se tornam independentes. Dependendo do nvel de evoluo de cada um, tudo pode dar em nada. E comum encontrarmos pessoas que foram maltratadas na infncia e nem por isso so revoltadas; ao contrrio, mantm sua dignidade e respeito prprio. Por outro lado, existem aqueles que foram bem tratados e, no entanto, so rebeldes e maldosos. Enfim, no somos frutos do ambiente, mas sim coniventes com tudo de bom ou ruim que nos acontece na vida, bem como responsveis pela sade ou pelas doenas que afetam o corpo. A postura frente aos episdios que determina o desenrolar dos fatos. Por mais desagradvel que venham a ser os resultados, voc tem uma parcela de responsabilidade sobre eles. Qualquer que tenha sido sua atitude, voc gerou a situao que hoje o est assediando. Sua conduta atual frente ao que o cerca poder tanto agravar como atenuar o reflexo de uma postura anterior. Basta que voc sempre faa seu melhor e no se deixe afetar pelos palpites dos outros. A doena no corpo desencadeada pelas atitudes nocivas a voc em particular, j que sua evoluo relativa ao que voc experimentou. No se pode dizer que uma pessoa, em s conscincia, escolhe ter uma determinada doena. Ela surge como um reflexo de sua condio interna. Ao adquirir a conscincia metafsica de uma disfuno orgnica, voc obtm um importante recurso para a reorganizao do mundo interno. Essa reformulao ir refletir no ambiente externo, criando uma nova condio de vida, principalmente no corpo, em forma de sade e vitalidade. Se por um lado a conscincia metafsica tira todos os seus libis para justificar seus prprios infortnios, por outro resgata seu poder de alterar as condies desagradveis da vida, bem como o de reconquistar a sade do corpo. Resgatar a sade representa voltar a fazer seu melhor e aceitar com modstia e boa vontade o que voc . Ter portanto que aprender a confiar em si e a ter a coragem de ser voc mesmo diante das expectativas e cobranas do mundo.

    METAFSICA E HEREDITARIEDADE

    A cincia explica que o nico modelo organizacional do corpo humano a gentica, ou seja, os genes dos pais so os fatores exclusivos e determinantes das caractersticas fisiolgicas. Na concepo metafsica, o corpo humano organizado pela conscincia no desperta. O ser possui intrnseca na alma uma estrutura organizacional das clulas desde sua formao embrionria. A metafsica admite, porm, que todas as pessoas herdam uma carga gentica que indubitavelmente necessria para a constituio biolgica. No entanto, o que determina as caractersticas fisiolgicas so os fatores existentes no mago do ser. So aproveitados os genes compatveis com a constituio interior para estampar no corpo as particularidades da alma. A mutao gentica determinada pelas condies do esprito reencarnante. O princpio da reencarnao altera consideravelmente as afirmaes prematuras dos pseudocientistas. Entre as pessoas da famlia existem profundas afinidades, a comear pelo fato de estarem juntas na trajetria de vida. Os fatores em comum tambm esto

  • expressos no corpo, revelando que possumos semelhantes caractersticas na constituio emocional. Essa afinidade existe tanto nos contedos positivos como semelhantes habilidades e potenciais quanto nos fatores negativos que se apresentam em forma de doenas hereditrias ou congnitas. Um dos fatores que fundamentam a teoria metafsica que nem todos os filhos de pais diabticos, por exemplo, iro desenvolver essa doena. Se a hereditariedade fosse o fator determinante, todos os filhos desenvolveriam as mesmas doenas, mas no isso que acontece. As excees demonstram que existem os fatores individuais somando com os genticos para determinar as condies fsicas. Desse modo, compreende-se que no somos vtimas das informaes genticas. No so elas as nicas responsveis pelo aparecimento das doenas herdadas ou de m formao, mas sim nossa condio inata, que nos atrai a uma famlia geneticamente compatvel e que possibilita estampar no corpo as marcas condizentes com nossa prpria estruturao interna. Ao longo deste estudo vamos encontrar uma srie de doenas, cujas causas orgnicas so atribudas gentica. Sero feitas leituras das causas metafsicas dessas doenas, independentemente da forma como elas se originaram, haja vista existir sempre uma condio pessoal de responsabilidade do prprio doente, mesmo nas patologias congnitas. Enfim, a gentica deixa de ser o nico vilo de algumas enfermidades, e voc se torna cada vez mais responsvel por seus prprios infortnios. O mesmo se aplica aos problemas infantis. Iremos compreender que mesmo a criana sendo dependente dos pais e passiva ao ambiente, a doena no atribuda exclusivamente a esses fatores. No cabe ao pais a total responsabilidade pela condio da criana. O fator determinante do prprio ser. Quando ela adoece, porque se encontra numa atmosfera que propicia o mal fsico. No entanto, sua condio emocional tambm se encontra abalada. A criana tem uma maneira prpria de reagir aos episdios do lar, pois traz do passado muitas experincias que formam j seu temperamento. Quando essa postura for compatvel com as causas metafsicas da doena, ela ir apresentar no corpo o reflexo de uma atitude nociva para seu emocional. Como a criana ainda no desenvolveu a linguagem de expresso, sua condio interna no ter a mesma manifestao de uma pessoa adulta. Porm isso no a exime das responsabilidades daquilo que o corpo apresenta. A condio emocional a mesma em qualquer idade. Assim, portanto, quando uma criana adoece, possvel compreender, por meio da conscincia metafsica, quais so as caractersticas internas daquele ser que est iniciando sua trajetria de vida. Conscientes dos pontos fracos da criana, os pais tero um recurso a mais para favorecer o desenvolvimento de seus filhos.

    CONSCINCIA E RESPONSABILLIDADE

    A conscincia um processo individual. Cada um vive suas prprias experincias de acordo com seu conhecimento. medida que nos desenvolvemos interiormente, ampliamos os horizontes e assumimos maior responsabilidade sobre nossos atos.

  • Responsabilidade o poder de voc ser voc mesmo, de responder por suas habilidades, dar o melhor de si. A vida no exige mais do que voc pode fazer. Estar no seu melhor agir de acordo com seus potenciais. O que vem a ser o seu melhor? E aquilo que voc j experienciou. No se trata apenas de concepes psquicas ou um simples aprendizado. E mais que isso, refere-se a uma prtica adquirida no exerccio da vida. a melhor maneira encontrada para proceder numa situao. E o mais adequado sua condio emocional, por isso gera harmonia e bem-estar. A vida um constante processo de mutao. Estamos sempre desenvolvendo novas habilidades e nos tomamos mais conscientes dos prprios potenciais. Aquilo que bom hoje pode no ser o melhor amanh, porque encontramos uma nova forma de agir. Enquanto estivermos fazendo o nosso melhor, tudo andar bem na vida, e teremos sade. Mas, quando suas atitudes no forem apropriadas, ou seja, se no estiverem de acordo com sua condio interna, tudo sua volta se desestabilizar, podendo at surgir doenas no corpo. Agir de maneira inadequada para si desconfortvel e prejudicial. Seria o mesmo que um adulto vestir uma roupa de criana: vai apertar e machucar. O corpo uma espcie de sensor que acusa as atitudes inadequadas que persistimos em manter. Essas posturas desencadeiam a desarmonia interior, causando as doenas. Por outro lado, se uma pessoa no tem condies de atuar de outra maneira, a natureza a proteger de qualquer reflexo negativo que aquela postura possa causar, haja vista ela no estar se agredindo, apenas fazendo o que possvel dentro de seus limites. Constantemente fazemos agresses a ns mesmos e nem sempre arcamos com as conseqncias. Isso porque no temos plena conscincia de nossos atos. Por esse motivo, a natureza nos protege. S podemos ser responsveis por aquilo de que temos conscincia, no pelo que ignoramos. Como se pode exigir de uma pessoa algo que ela ainda no aprendeu? como algum que no habilitado a dirigir e desconhece os sinais de trnsito: sua posio dentro de um veculo de passageiro. Nessas condies, se ele sugerir entrar na contramo, essa sugesto no ser considerada pelo motorista, que conhece as leis de trnsito. Porm, se o condutor o fizer, ser multado. Todo esse contexto explica o fato de voc se identificar com alguns comportamentos compatveis com as causas metafsicas das doenas descritas neste livro sem jamais ter apresentado qualquer disfuno orgnica naquele sentido. A metafsica no aplicada para prever futuras doenas, ela objetiva alert-lo de sua condio afetiva indevida, para manter a sade e melhorar a qualidade de vida. Em sua concepo bsica, compreende-se que passado e futuro fundem-se no presente. A conduta atual pode resolver as pendncias emocionais e alterar as prximas situaes.

  • DOENA

    Se voc apresenta algum problema fsico, importante perceber qual aspecto da vida est deixando de fluir adequadamente. A doena a manifestao dos conflitos interiores. Antes de ocorrer a somatizao, a pessoa apresenta problemas de ordem emocional, como angstia, depresso, medo, etc. Essa condio interna um aviso de que sua atuao na vida inadequada a seu temperamento. Ela acusa a postura embaraosa de algum que est se boicotando em favor dos outros e se desviando de seu verdadeiro ser. Esse mecanismo existe para alertar e no para castigar. Desse modo voc poder perceber o mal que est fazendo para si mesmo. A partir do momento que h um reposicionamento interior, resgata-se a harmonia e conseqentemente a sade. voc quem cria as condies propcias manifestao das doenas. Da mesma forma, voc tambm tem a capacidade de destru-las e sarar. Talvez seja difcil conceber que voc a causa dos distrbios da sade, pois aprendeu erradamente que o corpo fica doente sem a sua participao. A metafsica vem mostrando que cada um responsvel por tudo que acontece em seu corpo. Uma vez j somatizada a doena, preciso ter o acompanhamento mdico para restabelecer o fsico. Paralelamente ao uso de medicamentos, necessrio mudar as atitudes inadequadas que causam prejuzos emocionais e fsicos. Os remdios tratam o fsico, fortalecem temporariamente o corpo e eliminam os sintomas. Mas, se voc no mudar a condio interna que est gerando a doena, ela surge em outra rea do organismo. Para encontrar as causas metafsicas das doenas no necessrio se pressionar, nem se obrigar a chegar raiz do problema. Assim voc estar indo contra si prprio, e isso abala ainda mais sua condio interna, agravando os sintomas fsicos. A resposta surge naturalmente, basta olhar para si mesmo e tentar descobrir em que rea da vida voc no tem fludo bem. Observe o que est afetando sua estabilidade emocional e, finalmente, o que o leva a ficar nesse estado. Voc pode at ter razo por se sentir assim, no entanto isso no faz bem emocionalmente e afeta o corpo. Procure resgatar a serenidade, no se julgue nem se deixe afetar pelos julgamentos dos outros. D-se fora, no se obrigue a nada, deixe a conscincia agir sobre voc. Admita o fato de no estar encarando a situao da melhor maneira, procure adotar uma nova postura de vida. Desse modo voc estar resgatando sua integridade moral, conseqentemente a dor fsica deixar de existir. A dor uma sensao exagerada, com o intuito de despertar a conscincia para as nossas inadequaes. Ela no o nico caminho para o progresso espiritual, como muitos pensam. Ela faz parte da vida daqueles que resistem ao fluxo natural do ser e persiste enquanto no houver a reformulao interior. Essa transformao pode ocorrer naturalmente durante o perodo de convalescena, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doena, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexo. O simples fato de se abster da dinmica do cotidiano por conta de sua condio debilitada j um fator positivo para se trabalhar interiormente.

  • Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse perodo obscuro de sua vida com uma nova postura. Ningum sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabea, porque a situao s muda se voc mudar. A dor tem um poder de transformar o indivduo. Ela uma condio extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetria de vida. Ela s passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna. A cura uma combinao do tratamento fsico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que importante procurar o mdico, tambm necessrio investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condio interna, o tratamento fsico se torna mais eficaz. A conscincia metafsica acelera o processo de recuperao, por indicar em voc aquilo que est mal resolvido. Partindo disso, s ter boa vontade, abandonar a vaidade e no ser resistente, que a reformulao acontece com naturalidade. Essa transformao pode ocorrer naturalmente durante o perodo de convalescena, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doena, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexo. O simples fato de se abster da dinmica do cotidiano por conta de sua condio debilitada j um fator positivo para se trabalhar interiormente. Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse perodo obscuro de sua vida com uma nova postura. Ningum sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabea, porque a situao s muda se voc mudar. A dor tem um poder de transformar o indivduo. Ela uma condio extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetria de vida. Ela s passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna. A cura uma combinao do tratamento fsico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que importante procurar o mdico, tambm necessrio investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condio interna, o tratamento fsico se torna mais eficaz. A conscincia metafsica acelera o processo de recuperao, por indicar em voc aquilo que est mal resolvido. Partindo disso, s ter boa vontade, abandonar a vaidade e no ser resistente, que a reformulao acontece com naturalidade.

  • CAPTULO 2 SISTEMA RESPIRATRIO

    O sistema respiratrio responsvel pela conduo do ar contendo oxignio (O2) at os pulmes e pela eliminao de gs carbnico (CO2) resultante das oxidaes celulares. Sua estrutura formada pelos pulmes e por um sistema de tubos condutores que compreende as fossas nasais, a laringe, a traquia, os brnquios e os bronquolos. O processo respiratrio pode ser dividido em quatro fases: 1 - Troca gasosa com o meio externo, que ocorre nos pulmes, atravs de minsculas aberturas chamadas alvolos. 2 Transporte dos gases respiratrios (O2) desde os pulmes at os tecidos, e vice-versa, por meio do sangue. 3 - Troca gasosa entre o sangue e as clulas, que feita nas paredes dos capilares (poro final dos vasos sangneos) que se comunicam com o tecido intersticial (lquido entre as clulas). 4 - Respirao celular, que consiste nos processos oxidativos intracelulares, consumindo O2 recebido pelo sangue e produzindo CO2, que depositado na corrente sangnea. A respirao um ato s vezes voluntrio e s vezes involuntrio. Os movimentos involuntrios so automticos e esto sob o comando do sistema nervoso central, por intermdio do bulbo, no qual o pensamento no participa. A parte voluntria dos msculos respiratrios possibilita o controle consciente dos movimentos. Desse modo, podemos intervir a qualquer momento, colocando a respirao sob o controle da vontade. Assim, torna-se possvel interromper a respirao por alguns instantes, bem como variar o ritmo respiratrio, possibilitando-nos falar, comer, cantar, etc. O ritmo respiratrio reflete nosso estado emocional. Quando estamos ansiosos, a respirao rpida e curta. Durante um perodo de medo, aumentamos o intervalo respiratrio. Se estivermos apavorados, respiraremos em descompasso. Alm de refletir a condio interior, o ritmo respiratrio tambm influencia na alterao desse estado, bastando para isso controlar a respirao e alterar seu compasso. Um bom exemplo disso quando algum est muito agitado ou nervoso, e lhe dizemos: "Calma, respire fundo". De fato, a calma advm da alterao do ritmo respiratrio. Assim, portanto, quando voc perceber que est ansioso, respire lenta e profundamente. Isso ser de grande proveito para amenizar sua ansiedade. Segundo a doutrina hindu, a respirao portadora de importante fora vital, a qual chamam de "prana". Conforme o hindusmo, o "prana" agregado s molculas de oxignio. Ao absorver o ar, somos abastecidos por essa energia que promove a vitalidade orgnica. As tcnicas respiratrias so importantes para adquirir e manter a sade e serenidade interior. Vrias filosofias orientais utilizam esses mtodos e obtm excelentes resultados. A prtica de exerccios respiratrios promove sade e bem-estar.

  • A respirao um veculo de comunicao entre o mundo interno e o meio externo. Como seres humanos, trazemos em nosso ego a tendncia de mergulhar no isolamento, sendo a respirao um elo de contato com o mundo externo, que impede de nos isolarmos. Ela representa uma constante sugesto de integrao harmoniosa com o ambiente. A respirao composta de duas etapas: inspirao e expirao. A inspirao a absoro do oxignio contido no ar, que levado aos corpsculos vermelhos contidos no sangue. o ato em que os elementos externos penetram no mundo interno. Inspirar refere-se sua capacidade de absorver a vida. A expirao promove a eliminao do gs carbnico produzido pela oxidao das clulas. Expirar expelir contedos provenientes do interior do organismo, que so lanados no ambiente externo. Esse ato relaciona-se sua capacidade de se expor e deixar fluir seus contedos interiores. a livre expresso de si. O processo respiratrio expressa a capacidade de absorver e se expor, ao mbito da troca, do dar e receber. Se a pessoa lidar bem com isso em sua vida, seu sistema respiratrio ser saudvel. Porm, se tiver uma relao problemtica entre ela e o mundo, isso ir refletir nesse sistema, provocando alguma doena. De acordo com a doena respiratria, pode-se compreender melhor as complicaes internas nessa rea da vida. Em geral, qualquer problema respiratrio est relacionado com a dificuldade em lidar com o ambiente. Demonstra que a pessoa no est suficientemente aberta para os acontecimentos sua volta, tampouco sente-se livre para se expressar. Resistir ao que se passa no ambiente, bem como no ser espontneo diante da situao, altamente nocivo para o mecanismo respiratrio. Para amenizar os problemas respiratrios necessrio que voc se abra para a vida e aprenda a absorver o que est acontecendo sua volta. Somente assim possvel se colocar na situao com a consistncia interior digna de quem elaborou o que se passa e por isso pode opinar com segurana. Essa atitude, alm de ser saudvel para as vias respiratrias, promove o bem-estar interior e a harmonia do ambiente.

    FOSSAS NASAIS PRIMEIRO CONTATO ENTRE O EXTERNO E O INTERNO

    HABILIDADE PARA LIDAR COM OS PALPITES E SUGESTES DOS OUTROS

    As fossas nasais comunicam-se com o meio externo pelos orifcios das narinas. So responsveis por preparar o ar para penetrar no interior do aparelho respiratrio, iniciando o processo de filtragem, o aquecimento e a umidificao do ar inspirado. Em virtude desse processo, no h choque trmico entre a temperatura do ambiente e do interior do corpo. Na viso metafsica, o ar est relacionado com as idias a respeito de uma situao, aquilo que pensamos ou achamos acerca das coisas que esto ao redor. Refere-se s conjecturas que formulamos sobre os fatos. Quando estamos diante de um acontecimento, tiramos nossas concluses, e, muitas vezes, essas dedues nos deixam to apavorados que mal conseguimos lidar

  • com os acontecimentos. Ao adotar uma ptica pessimista, fica difcil encarar a realidade. O que pensamos acerca dos acontecimentos e a maneira como acatamos os comentrios influenciam o funcionamento das fossas nasais. O autoconhecimento e o respeito prprio so fatores primordiais para o equilbrio entre o mundo interno e o meio externo, mantm saudvel a regio nasal e melhoram a relao com a vida e as pessoas ao redor. No tocante respirao, podemos dizer que as fossas nasais so o primeiro contato do exterior com o interior. A funo fisiolgica de iniciar o processo de filtragem do ar correlaciona-se metafisicamente com o preparo da pessoa para lidar com as idias e suposies acerca de algo. Sua habilidade em absorver o novo e lidar com os palpites e sugestes mantm saudvel essa parte do corpo. Em oposio, voc se sentir agredido, abalado ou preocupado em relao s opinies dos outros acerca da vida, do futuro ou de si mesmo torna-o vulnervel s complicaes nasais. No admitir certas coisas, mas tambm no se desligar delas, deixa-o incomodado, como se aquilo ficasse "registrado" na regio nasal, causando uma espcie de congestionamento de idias. O negativismo acerca da atmosfera sua volta o grande vilo dos problemas das fossas nasais. Antes de compreendermos os principais problemas que afetam as fossas nasais, vamos conhecer os sintomas mais comuns que elas apresentam. Geralmente essas condies esto associadas a algumas doenas. Convm fazer as associaes entre elas para compreender melhor as causas metafsicas que as afetam. Com essa conscincia voc poder a qualquer momento reverter seu quadro de sade, bastando se reposicionar interiormente. O muco ou catarro armazenado nas fossas nasais provoca a congesto nasal ou, como conhecida popularmente, "nariz entupido". Esse quadro fsico decorrente do conflito entre o que voc sente e o que os outros falam, ou, ainda, por deparar com fatos contrrios s expectativas. Se voc no estiver seguro naquilo que sente, qualquer coisa o abala, pois, se estivesse, nada que viria de fora o afetaria, por mais que se contrapusesse a voc. Se afeta, porque no h solidez interior. Essa fragilidade dificulta a absoro de elementos externos, gerando conflitos por voc no saber lidar com o negativismo do ambiente nem com os palpites dos outros. Coriza um nome pouco usado para o sintoma de resfriado comum. Caracteriza-se pelo aumento na produo de catarro provocado pela inflamao nasal. Geralmente aparece como sintoma da gripe. Interiormente o momento em que voc est se preparando para eliminar os conflitos que vm assediando sua relao com o ambiente. A produo de muco nas fossas nasais um mecanismo de proteo da mucosa afetada. Analogamente a isso, voc est buscando se proteger para no ser afetado pelas possibilidades negativas da situao. O canal lacrimal tem ligao com as fossas nasais. As-. sim, a maior parte do lquido do corrimento nasal proveniente das glndulas lacrimais, tanto que, ao chorar, o nariz escorre. Pois bem, esse sintoma demonstra um choro reprimido. A leitura metafsica do choro o desprendimento. Nesse caso, pode-se dizer que voc est eliminando a confuso interior ou aquilo que o est incomodando. Quem

  • no se permite chorar vai acumulando emoes que podem se manifestar por meio das vias nasais em forma de coriza.

    GRIPE OU RESFRIADO CONFUSO INTERIOR

    DESPREPARO PARA LIDAR COM AS MUDANAS FALTA DE CONFIANA NO NOVO

    A rigor no existe na medicina uma doena chamada gripe. Esse termo comum para designar um resfriado. O resfriado um processo infeccioso das vias areas respiratrias superiores causado pelo vrus "influenza". Esse vrus no se restringe ao nariz, difunde-se por toda a circulao, provocando cansao, indisposio e fadiga muscular. Os casos de gripe geralmente ocorrem durante algum tipo de mudana. Podem no ser transformaes significativas, basta ser uma situao inusitada, em que voc se atrapalha para adaptar-se a nova dinmica, ou ainda a simples perspectiva de mudana que o deixa amedrontado. A maior agravante nessas situaes o apego ao passado. Isso impede que a pessoa se dedique ao novo, permanecendo ligada s atividades corriqueiras. Esse procedimento desgastante para o fsico e o mental, causando uma baixa resistncia, e conseqentemente torna-o vulnervel ao contgio da gripe. Quando a gripe se instala em seu organismo, demonstra que voc est atravessando ou acabou de passar por um perodo de muita confuso interior. Esse estado um somatrio de pequenas coisas com as quais voc no tem habilidade para lidar. Acaba por atropelar-se, querendo resolver tudo ao mesmo tempo. No consegue manter uma dinmica coerente com sua capacidade, extrapola os limites e fica estressado. Somados a isso tudo, existem tambm os palpites e as especulaes dos outros, que atrapalham ainda mais, porque voc se deixa afetar por insinuaes negativas acerca de algo que j difcil para ser resolvido, aumentando ainda mais sua confuso interior. As pessoas "gripveis" ou constantemente afetadas pelo vrus da gripe so as que se contagiam facilmente com a negatividade alheia, gerando uma atmosfera de pessimismo e derrotismo. Seu despreparo e falta de habilidade em lidar com a situao que as tornam vulnerveis aos outros e, conseqentemente, ao contgio do vrus. A gripe surge como a expresso do desejo inconsciente de fuga, um libi perfeito para voc se afastar das situaes desagradveis e conflitantes do cotidiano. A enfermidade requer repouso. a pausa de que voc precisa mas no se permite dar. At o apetite acentuadamente reduzido, demonstrando sua dificuldade em aceitar os novos episdios da vida. No ntimo, voc j est "cansado de tudo", no quer mais nada, s um tempo para a sua "cabea" e para se refazer fsica e emocionalmente. S assim para voc se dedicar mais a si mesmo. De outra forma, no descansaria enquanto no estivesse tudo na mais perfeita ordem. de praxe cuidar de tudo e de todos menos de si mesmo. Agora sua vez. Mesmo querendo fazer muitas coisas, seu corpo no tem mais energia, exige repouso.

  • No espere chegar a esse ponto para atender s solicitaes do corpo. Respeite seus limites fsicos e mentais. Saiba se desprender do velho e abraar o novo, confiante de que ser bem-sucedido. Alm dos casos individuais de gripe, existem fases em que ela se torna coletiva. Obviamente o contgio e os fatores climticos favorecem a epidemia, no entanto no se pode negar os fatores internos de cada pessoa, haja vista existirem nessa mesma poca crises que afetam a sociedade desencadeando o mecanismo interior, que determina a vulnerabilidade metafsica para a gripe. Trata-se de perodos em que o negativismo social torna-se contagiante. Isso ocorre em face de alguma transio social, poltica ou econmica, que provoca a instabilidade e, conseqentemente, uma srie de dvidas, medos e incertezas na populao. Os sintomas da gripe, como espirro, tosse, etc., apontam mais elementos sobre o estado interno. Convm voc consult-los para compreender ainda mais os conflitos emocionais que causaram essa molstia.

    RINITE ABALAR-SE PELAS CONFUSES DO AMBIENTE

    NO SE PERMITIR ERRAR ADOTAR UM COMPORTAMENTO EXEMPLAR

    Inflamao da mucosa nasal, decorrente da ao de vrus, bactrias ou alrgenos. Dentro de uma viso metafsica, a rinite est relacionada com o fato de a pessoa se abalar pela atmosfera do ambiente em que vive. Ela se irrita facilmente por qualquer coisa que acontece sua volta, principalmente com a forma de os outros pensarem e agirem. Numa fase de instabilidade financeira da famlia, atritos no lar e risco de separao dos pais, ocorre uma srie de perturbaes. Isso provoca medo e insegurana em relao ao futuro. Situaes dessa natureza afetam qualquer pessoa. No entanto, aquele que tem rinite quem mais sofre as conseqncias emocionais. A desestabilizao interior reflete no corpo, tornando as fossas nasais vulnerveis s inflamaes. O isolamento freqente nas pessoas afetadas pela rinite. Elas geralmente no expressam o que sentem, fecham-se em seu mundo, demonstrando uma aparente indiferena ao que est acontecendo, quando, na verdade, a situao tempestuosa abala profundamente suas bases emocionais. Geralmente se sentem culpados por tudo que acontece de ruim ao seu redor. E o caso, por exemplo, de uma criana cujos pais vivem em constantes atritos, sempre na eminncia de uma separao, que s no ocorre por causa do filho. Ao sentir essa atmosfera, a criana se culpa pelos atritos dos pais. No so todos os casos de rinite que esto associados culpa. Algumas pessoas se rebelam contra os outros, tornando-se revoltadas. Alm desses fatores que afetam quem sofre de rinite, a causa metafsica do problema est no desejo de ser uma pessoa exemplar. Exige de si uma postura modelo perante aqueles que o cercam. Quer ser o melhor em tudo. No se permite errar.

  • Costuma ser egocntrico, deseja que tudo gire em torno de si e aspira ser o centro das atenes. Existem algumas situaes que propiciam o surgimento dessas condutas. Dentre elas se destaca o fato de ter sido o filho mais velho ou o filho nico. Na condio de filho mais velho, lhe atribuda a responsabilidade sobre os irmos. Isso costuma ser enfatizado pelos pais, com frases como: "Voc no pode errar" e "Voc tem que dar o exemplo para seus irmos". No tocante a ser filho nico, recai sobre ele a projeo dos pais de ser a chance do sucesso e da felicidade familiar. Geralmente os genitores insinuam que ele precisa ser o melhor entre os primos. Ao agirem assim, eles no percebem o mal que esto fazendo a seu filho. Projetar nele a oportunidade de obterem o reconhecimento por parte dos parentes reflete sua prpria inadequao e inferioridade. Vale lembrar que esses fatores influenciaram, porm no foram determinantes para que a pessoa se tornasse assim. Ela prpria a responsvel por ter reagido desse modo frente s cobranas. Tudo que passou apenas reforou nela a tendncia a essa postura indevida que desencadeia a somatizao da rinite. Somente a prpria pessoa pode avaliar o quanto sofre por essa atitude inadequada que assumiu na vida. Isso gera um excesso de expectativa, bem como uma sobrecarga de atividade, promovendo um grande desgaste fsico e psquico. Para reverter esse processo necessrio mudar seus valores, abandonar certas crenas e deixar de se sentir o piv das desditas alheias, como tambm parar com a mania de atribuir a si as melhores qualidades. Lembre-se: existe muita gente boa e at melhor do que voc em certos aspectos, porm isso no deve faz-lo sentir-se menor. Voc voc e no precisa provar nada a ningum. Apenas assuma essa postura de integridade e no dependa da aprovao dos outros. Existem vrios tipos de rinite, entre elas a aguda, a crnica e a alrgica. Cada uma delas tem uma peculiaridade fsica e metafsica, como segue. Rinite aguda. E a manifestao habitual do resfriado comum. Em alguns casos os vrus causam a coriza comumente interpretada como o incio de um resfriado; em outros, a rinite aguda desencadeada por reaes alrgicas. O que caracteriza a postura interna da pessoa que desenvolve a rinite aguda so os pequenos machucados provenientes de seu meio, que geram crenas estereotipadas. Por exemplo: uma criana que presencia muitas discusses entre os pais ou irmos pode desenvolver a crena de que a vida conjugal ou familiar um constante atrito. Assim, quando ela vir a ter relacionamento afetivo, ou mesmo quando for constituir sua prpria vida conjugai, desenvolver os mesmos comportamentos dos pais, pois essa a bagagem vinda da infncia. Outra situao muito comum na manifestao dessa rinite est relacionada vida profissional. Ao sentir-se trada, a pessoa fica traumatizada. Quando comea a trabalhar numa nova empresa, fica alerta e desconfiada com os colegas. Para ela, a aproximao dos outros encarada como uma "jogada" para prejudic-la. Nessa fase, pode-se desenvolver a rinite aguda. Rinite crnica. Provoca obstruo nasal com secreo muco-purulenta. Apresenta atrofia da mucosa e formao de crostas exalando mau cheiro. Outras causas da rinite crnica so a sinusite purulenta e o desvio do septo nasal.

  • Toda doena crnica est relacionada persistncia no padro metafsico causador daquela disfuno orgnica. Assim sendo, a rinite crnica demonstra rigidez. A pessoa teima em manter as mesmas crenas desenvolvidas ao longo da vida. No tem muita vontade de se relacionar com os outros, como se j estivesse cansada de ficar em constante alerta ao que pode acontecer no ambiente. O mau cheiro provocado por esse tipo de rinite demonstra o desejo inconsciente de distanciar os outros, ou ainda de se poupar das intrigas. Rinite alrgica. E decorrente da unio de um alrgeno do anticorpo especfico na mucosa nasal, liberando substncias que geram o aumento na produo de muco, inchao da mucosa e vasodilatao. Clinicamente se observam obstruo, prurido e corrimento nasal, acompanhados de espirros, ronco e respirao bucal. O principal alrgeno o p domiciliar. Raramente plos de animais e esporos de fungos so desencadeadores de crises alrgicas. Fatores externos, como mudanas bruscas de temperatura, poluentes, fumo e lcool, so agresses da mucosa respiratria, podendo agravar o quadro. O mecanismo de hipersensibilidade a esses alrgenos resulta na liberao de substncia que estimula a produo de anticorpos. No mbito metafsico, toda alergia est relacionada a um estado de alerta s situaes que se relacionam ao fator alrgeno. No caso da rinite alrgica, revela-se uma mania de perseguio que desencadeia na pessoa um constante estado de alerta ao que pode acontecer sua volta. Toda a sua capacidade para solucionar provveis contratempos negada. Desse modo, os conflitos internos sobrepem seu poder de agir diante das situaes, fazendo-a sentir-se impotente. Algumas caractersticas de comportamentos que voc vem alimentando intensificam sua vulnerabilidade manifestao da rinite alrgica, tais como: manter suas emoes bloqueadas, no expressar livremente o que sente, ficar retrado perante os outros e agir contrariamente s suas idias. Tudo isso acentua ainda mais a insegurana e o medo em relao ao futuro ou ao desfecho de uma situao.

    SINUSITE PROFUNDA IRRITAO COM ALGUM BEM PRXIMO

    DECEPO PROVOCADA PELAS EXPECTATIVAS

    Processo inflamatrio dos seios paranasais, que so cavidades nos ossos do crnio ao redor do nariz e que se comunicam com as fossas nasais. Em virtude dessa comunicao, as infeces e alergias das fossas nasais facilmente se propagam para os seios paranasais e vice-versa. Os sintomas da sinusite so dor de cabea logo acima do nariz e na regio frontal, coriza, obstruo nasal, podendo haver tambm tosse, febre, irritao ocular e dor de garganta. Segundo Jack M. Gwaltney, pesquisador da Universidade da Virgnia, nos Estados Unidos, "a sinusite no uma complicao da gripe, mas uma parte integrante dela." A causa metafsica da sinusite uma grande irritao com alguma pessoa de seu convvio dirio. O freqente contato com a mesma s aumenta a sensao de

  • incmodo. Esse mal-estar ocorre devido ao comportamento que o outro apresenta, chegando esse fato ao ponto de provocar uma sinusite. A ira proveniente das expectativas feitas sobre aquela pessoa. muito comum nutrirmos esperanas acerca de algum. Quando no somos correspondidos, vem a decepo. Na medida em que formos realistas e encararmos a realidade, conseguiremos superar o choque e administrar as divergncias, sem comprometer nosso estado de humor. Em relao a algumas pessoas intimamente ligadas a ns, difcil abandonar a carga de expectativas projetadas. Por exemplo, uma me que idealiza ver seu filho formado e bem-sucedido numa determinada carreira ficar revoltada se por algum motivo ele abandonar os estudos. Na relao conjugai existem muitas expectativas sobre o parceiro. Durante a convivncia, um vai se revelando para o outro. Nesse momento podem surgir as decepes. Geralmente quem mais se abala aquele que levou para o relacionamento uma srie de sonhos. Por causa das frustraes surge a indignao, que precede os casos de sinusite. Outra situao que pode desencadear as causas metafsicas da doena a da criana que se decepciona com os pais. Com a queda do mito, ela se revolta e passa a conviver irritada. Pode-se dizer ento que a sinusite surge porque a pessoa no sabe trabalhar com as expectativas feitas sobre os outros. Na maioria dos casos, em vez de expressar de alguma forma o que sente, prefere omitir esses sentimentos, para se fazer de boa companheira. J outras vivem falando, mas no so ouvidas; nesse caso ficam ainda mais irritadas por no receberem a devida ateno.

    LARINGE SELEO E DISCERNIMENTO ENTRE IDIAS E FATOS

    A laringe um tubo formado por vrias cartilagens que ligam a parte inferior da faringe com a traquia. Dentre as funes da cartilagem da laringe destacam-se duas: "caixa da voz" e uma espcie de vlvula localizada na epiglote. A epiglote uma cartilagem que est ligada borda superior da laringe. Tem a forma de uma folha que age como uma espcie de dobradia da porta de entrada da laringe. movimentada pela contrao dos msculos durante a deglutio, impedindo a passagem dos alimentos e lquidos para a traquia. H duas passagens na garganta: uma para os alimentos e lquidos e outra para o ar. No mbito metafsico, a funo da epiglote est relacionada habilidade em discernir entre o que voc sente e o que os outros falam ou ainda, entre os fatos e as idias inslitas. Isso significa achar que as coisas so de uma determinada forma e deparar com uma realidade totalmente diferente. Quando os palpites dos outros interferirem em seus sentimentos, que voc no est suficientemente seguro em relao a eles. A falta de solidez interior o deixa vulnervel ao que vem de fora. comum as pessoas fazerem expectativas. Isso as faz sentirem-se temporariamente confortveis, mas pura iluso acionada para suavizar o

  • desconforto provocado pela triste realidade. Quanto maior for a iluso frente aos problemas, mais difcil fica para solucion-los. Torna-se complicado para a pessoa que se entrega aos devaneios selecionar o que so exageros de sua parte e o que verdadeiramente correto. A dificuldade de discernimento entre os pensamentos e os fatos reflete na laringe, provocando o engasgo.

    ENGASGO SER SURPREENDIDO POR COISAS QUE VM ATRAVESSADAS

    O sintoma mais freqente da perturbao no funcionamento da laringe ocorre quando voc se engasga. Isso provocado ao engolir os alimentos e at mesmo a saliva, que ao passar pela epiglote, que exerce a funo de vlvula, ela no se fecha totalmente, provocando o engasgo, que obstrui temporariamente a regio da garganta. Pode observar: no momento do engasgo, voc viu ou ouviu algo que chocou e no houve nem tempo de selecionar direito as informaes recebidas. So opinies que surgem atravessadas e o deixam abalado. A perplexidade diante da situao provoca o desvio natural dos alimentos ingeridos. Em vez de seguirem para o esfago, eles penetram indevidamente no interior da laringe, fazendo voc engasgar. Como possvel engasgar com a prpria saliva? Quando isso ocorre, que voc foi surpreendido por pensamentos ou suposies totalmente contrrias ao que gostaria. Por exemplo, imaginar algo agradvel e de repente vir sua cabea algum pensamento contrrio, como "No nada disso", levando por terra tudo aquilo que voc estava imaginando. S engasgamos quando no estamos seguros em relao ao que sentimos, porque, se estivssemos, no nos incomodaramos com o que os outros falam ou com algo que se mostra contrrio nossa vontade. Ficar abalado por qualquer motivo, mesmo que seja por alguns instantes, demonstra falta de apoio nos contedos interiores. A dificuldade no discernimento o fator metafsico que afeta as funes da laringe. Para ter um bom discernimento, necessrio saber distinguir o que voc sente daquilo que os outros pensam; ter respeito prprio, firmeza de carter e no se abalar pelas picuinhas que surgem por parte daqueles que o cercam.

    VOZ VIA DE EXPRESSO DO SER

    A laringe considerada o rgo da voz, pois, na mucosa que reveste a cartilagem da laringe, encontram-se as aberturas conhecidas como cordas vocais. A voz produzida pela vibrao causada nas cordas vocais durante a passagem do ar entre elas. Embora a lngua, os lbios, os dentes e o palato contribuam bastante para modificar os sons, no so eles os responsveis pela produo da voz. Isso se d no interior da laringe, na caixa da voz.

  • A laringe correlaciona-se metafisicamente com a auto-expresso. Por ser tambm responsvel pela verbalizao, associa-se nossa expresso na vida. Falar acerca do que sentimos ou pensamos favorece o bom funcionamento da laringe. A palavra tem o poder de transformao, possibilita urna srie de mudanas na vida da prpria pessoa e daqueles que esto sua volta. Por outro lado, a palavra pode tornar-se um meio de destruio, tanto de quem fala quanto de quem ouve. s vezes, uma palavra suficiente para enaltecer ou arrasar a pessoa. A voz o veculo de manifestao do ser, a porta de expresso dos sentimentos e a assinatura dos pensamentos. A palavra o compromisso que assumimos perante os outros. Embora o pensamento tenha uma considervel fora, a palavra tem o poder realizador. Se for bem empregada, produz excelentes resultados na vida. E com ela que os homens se relacionam, fazem a histria e mudam os hbitos. Durante uma conversa, a pessoa se revela para os outros e tem a chance de descobrir mais sobre si mesma. Se prestssemos mais ateno no que falamos, descobriramos sentimentos que permanecem obscuros conscincia. So coisas que no admitimos pensar a respeito, como nossa vaidade, orgulho, etc.; poderamos at obter respostas que estamos procurando nas outras pessoas. Pode-se dizer que aquilo que tanto falamos aos outros o que precisamos ouvir. Ao dar uma orientao a algum, geralmente estamos apontando solues para nossos prprios problemas. Assim, portanto, a voz um agente que possibilita o autoconhecimento. As caractersticas da voz apontam alguns aspectos metafsicos dignos de serem observados e reformulados a fim de se conquistarem a harmonia interior e o bem-estar. Quem fala muito no se ouve. A necessidade d