40
Macroeconomia Comportamental Fernando Nogueira da Costa Professor do IEUNICAMP h:p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Macroeconomia* Comportamental - Cidadania & Cultura · DECISÕES*RACIONAIS*DO* HOMO!ECONOMICUS! HIPÓTESE"DO" ... entre o dólar e o real voltará ao ... Tais movimentos de arbitragem

  • Upload
    vungoc

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Macroeconomia  Comportamental  

 Fernando  Nogueira  da  Costa  Professor  do  IE-­‐UNICAMP  

h:p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/  

2  

Estrutura  da  apresentação  

Heterogeneidade  de  Vieses  HeurísFcos  

Macroeconomia  Comportamental  

Finanças  Comportamentais  

Finanças  Comportamentais  

É  possível  criar  modelo  teórico  coerente,  fundamentado  firmemente  em    

Psicologia  e  Economia,  que  pode  explicar    o  padrão  complexo  de  resultados  empíricos    

na  área  de  Finanças.      

Quando  as  Finanças  Pessoais  se  basearem  em  bons  conhecimentos  sobre  as  fontes  dos  erros  

em  inves8mentos,  os  economistas  terão  contribuído  para  limitar  os  ônus  familiares  

provocados  por  essas  perdas.  

Expurgo  dos  pressupostos  psicológicos    da  teoria  econômica  

•  No  final  do  século  XIX,  os  economistas  acreditavam  que  a  economia  poderia  se  tornar  ciência  natural  ou  exata.  

•  A  par?r  da  revolução  marginalista,    a  =sica  e  a  matemá8ca  começaram  a  ser  usadas    como  ferramentas  na  análise  econômica.  

•  Com  a  síntese  neoclássica,  a  queda  da  hipótese  hedonista  e  a  crí8ca  à  mensurabilidade  das  preferências  na  teoria  da  escolha,  iniciou-­‐se  processo  de  expurgo  dos  pressupostos  psicológicos  da  teoria  econômica.  

4  

Teoria  econômica  sem    “psicologia  da  sensação”  

•  A  formalização  axiomá8ca  da  teoria  da  escolha  aliada  ao  desenvolvimento  dos  métodos  econométricos  enterraram    a  tenta8va  de  agregar  os  pressupostos  psicológicos  à  economia  ainda  nas  primeiras  décadas  do  século  XX.  

•  No  século  passado,    a  adoção  de  pressupostos  estritamente  racionais  e  do  método  hipoté8co-­‐  dedu8vo-­‐lógico  trataram  de  eliminar  qualquer  resquício  de  fundamento  psicológico  na  análise  econômica.  

5  

Exclusão  dos  fatores  psicológicos    da  análise  dos  invesFmentos  

•  Desenvolvimentos  efetuados  pelo  Programa  de  Pesquisa  CienJfica  em  Economia  –  modelo  de  expecta8vas  racionais,  economia  da  informação,  equilíbrio  na  teoria  dos  jogos,  precificação  de  a8vos    com  base  no  binômio  risco  e  retorno  –  possibilitaram    a  exclusão  dos  fatores  psicológicos  da  análise  cienQfica  dos  invesFmentos.  

•  Supõem  que  as  diferenças  individuais    que  não  estejam  de  acordo  com  o  comportamento  racional  são  eliminadas  no  nível  agregado,    devido  à  arbitragem  realizada  no  mercado.  

6  

Economia  Comportamental  •  A  par?r  dos  anos  1960,  a  Psicologia  CogniFva    estudou  o  processo  mental  que  está,  hipote?camente,    por  detrás  do  comportamento,  tecendo    crí8cas  ao  pressuposto  da  racionalidade  completa    e  destacando  a  importância  dos  fatores  emocionais  na  tomada  de  decisão  dos  agentes  econômicos.  

•  Nos  anos  1970,  os  psicólogos  Daniel  Kahneman  e    Amos  Tvesky  explicaram  anomalias    devido  à  racionalidade  limitada,  contrapondo-­‐se  desta  forma  à  axioma8zação  da  teoria  da  escolha  racional,    em  linha  de  pesquisa  que  se  convencionou  chamar  de  Economia  Comportamental  pelos  economistas  ou  de  Psicologia  Econômica  pelos  psicólogos.   7  

Heterogeneidade  dos    Vieses  HeurísFcos  

Alguns  inves?dores  (“homo  economicus”)  tentam  se  comportar  conforme  a  idealização  racional  dos  livros,    

fazendo  análise  fundamentalista.    Outros  (“homo  sapiens”)  têm  apenas  um  processo  de  aprendizagem  experimental,  aprendendo  por  si  só,  

através  de  tenta8va  e  erro.    Os  especuladores  profissionais  (“homo  pragma8cus”)  aprendem  sua  estratégia  com  a  cultura  oral  dos  pares.    

Metodologia  Econômica  

9  

CIÊN

CIA  PO

SITIVA

 OU  PURA

 

A  dis?nção  entre    o  posiFvo  (“o  que  é”)  e    o  normaFvo  (“o  que  deveria  ser”)  surgiu  da  aplicação  do  método  deduFvo-­‐lógico  à    Ciência  Econômica.  O  método  histórico-­‐induFvo  a  par?r  de  dados  fornecidos  pela  experiência  sensível  seria  o  adequado  para  a  descoberta  da  verdade.  

CIÊN

CIA  INTERD

ISCIPLINAR

 

Conhecimentos  não-­‐econômicos  tomados  de  outras  Ciências  (Sociologia,  Polí8ca,  Psicologia,  etc.)  são  requeridos,  além  dos  julgamentos  de  valor  (premissas  é8cas  extra-­‐  cienNficas),  para  resolver  problemas  prá?cos.  Camada  intermediária  de  abstração  em  que  se  reincorpora  todas    as  outras  ciências    antes  abstraídas.  

CIÊN

CIA  NORM

ATIVA  OU  

REGU

LADO

RA  

“Arte”  da  Economia:    o  plano  menos  abstrato    da  solução  de  problemas  prá?cos.      Esta  arte  da  tomada  de  decisões  práFcas  seria  a  elaboração  de  normas  ou  regras  comportamentais  para  “o  que  se  tornará    a  economia  no  futuro”.  

Precificação  conforme  fundamentos:  Finanças  Racionais  

DECISÕES  RACIONAIS  DO  HOMO  ECONOMICUS  

HIPÓTESE  DO  MERCADO  EFICIENTE  

DIVERSIFICAÇÃO  DE  RISCOS  

FLUXOS  DE  CAIXA  

DESCONTADOS  

10  

Precificação  conforme  vieses  heurísFcos:  Finanças  Comportamentais  

DECISÕES  EMOCIONAIS  DO  HOMO  SAPIENS  

INEFICIÊNCIA  DO  MERCADO  

DEPENDÊNCIA  DA  FORMA  

VIESES  HEURÍSTICOS  

11  

Precificação  conforme  apostas:  Arte  da  Especulação  

PRÁXIS  DO    HOMO  PRAGMATICUS  

LIMITES  PARA  PERDAS  E  GANHOS  

SEM  DIVERSIFICAÇÃO  

SEM  ILUSÃO  DE  ORDEM  

12  

13  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

Regras de bolso para simplificar o processo de

tomada de decisão, baseadas em falsas

generalizações.

VIESES HEURÍSTICOS

14  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

Mnemônico (serve para facilitar a memorização):

ERRADO PSDA

VIESES HEURÍSTICOS

15  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

COMPRAR ANTES DA ALTA, VENDER ANTES DA BAIXA.

16  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO    EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

EUFORIA PELA NOVA ERA, PÂNICO NA FUGA.

17  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

CONHECIMENTO POPULAR ADOTA REGRAS INTUITIVAS DE PROBABILIDADE.

18  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS O VALOR DO

INVESTIMENTO INICIAL A GENTE NUNCA ESQUECE...

19  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

“A MEMÓRIA É CURTA E SELETIVA”, LOGO, PENSA-SE QUE SÓ ESTÁ DISPONÍVEL NA MEMÓRIA A INFORMAÇÃO RELEVANTE.

20  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

TODOS OS INVESTIDORES SE CONSIDERAM ACIMA DA MÉDIA...

21  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

VALIDAÇÃO ILUSÓRIA: “SÓ CONVERSO COM MINHA TURMA”!

22  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

“SEMELHANÇA COM A VERDADE NÃO É O MESMO QUE A VERDADE”.

23  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

PREFERÊNCIA  PELO  FAMILIAR  E  SELEÇÃO  DA  CARTEIRA  DE  ATIVOS  BASEADA  NA  REGRA  1/n  

24  

EXCESSO  DE  CONFIANÇA  

REAÇÃO  EXAGERADA  

REPRESENTATIVIDADE  

ANCORAGEM  

DISPONIBILIDADE  

OTIMISMO  

PERSEVERANÇA  

SIMILARIDADE  

DIVERSIFICAÇÃO  INGÊNUA  

AVERSÃO  À  AMBIGUIDADE  

VIESES HEURÍSTICOS

AVERSÃO À SENSAÇÃO DE SER O RESPONSÁVEL DIRETO PELA PERDA.

Microfundamentos  da  Macroeconomia  da  Bolha  ou  

Oveshoo5ng  Cambial  Heterogeneidade  de  Comportamentos  

Limites  para  Arbitragem  Mime?smo  dos  Inves?dores    

Quase-­‐Racionais  pelos  Racionais  

ParFcipantes  do  mercado  

26  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INVESTIDORES  COMUNS  

ESPECULADORES  PROFISSIONAIS  

INVESTIDORES  ARBITRADORES  

ParFcipantes  do  mercado  

27  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INVESTIDORES  COMUNS  

ESPECULADORES  PROFISSIONAIS  

INVESTIDORES  ARBITRADORES  

Homo Economicus

ParFcipantes  do  mercado  

28  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INVESTIDORES  COMUNS  

ESPECULADORES  PROFISSIONAIS  

INVESTIDORES  ARBITRADORES  

Homo Economicus

Homo Economicus

ParFcipantes  do  mercado  

29  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INVESTIDORES  COMUNS  

ESPECULADORES  PROFISSIONAIS  

INVESTIDORES  ARBITRADORES  

Homo Sapiens

Homo Economicus

Homo Economicus

ParFcipantes  do  mercado  

30  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INVESTIDORES  COMUNS  

ESPECULADORES  PROFISSIONAIS  

INVESTIDORES  ARBITRADORES  

Homo Sapiens

Homo Economicus

Homo Economicus

Homo Pragmaticus

ParFcipantes  da  BOVESPA  

31  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS:  

25%  

EMPRESAS:    2%  

PESSOAS  FÍSICAS:  31%  

ESTRANGEIROS:  36%  

INSTITUIÇÕES  FINANCEIRAS:  

 6%  

ParFcipantes  da  BOVESPA  

32  

MERCADO  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS:  

25%  

EMPRESAS:    2%  

PESSOAS  FÍSICAS:  31%  

ESTRANGEIROS:  36%  

INSTITUIÇÕES  FINANCEIRAS:    

6%  

33% ou 1/3

67% ou 2/3

QUASE-RACIONAIS

RACIONAIS

Agregação  de  diversos  comportamentos  em  diferentes  proporções  =>  instabilidade  

33  

RACIONAIS   QUASE-­‐  RACIONAIS  

ESTRANGEIROS  

PESSOAS  FÍSICAS  

INVESTIDORES  INSTITUCIONAIS  

INSTITUIÇÕES  FINANCEIRAS  

EMPRESAS  

Imitação ou contágio => tamanho relativo dos grupos de agentes heterogêneos não é imutável.

Racionais:  avaliação  de  dólar  e  real  com  mesmo  valor  fundamentado  

34  

R$  /  US$  

paridade  entre  o  juro  interno  e  o  

externo  

saldo  das  transações  correntes  do  balanço  de  pagamentos   paridade  entre  o  

poder  de  compra  domés?co  e  o  

em  país  estrangeiro  

Quase-­‐racionais:  súbita  expectaFva  de  mudança  da  polí5ca  monetária  nos  EUA  

35  

US$  

R$  

Racionais:  overshoo5ng  cambial  temporário    

36  

Mercado  de  câmbio  já  ?nha  precificado  

•  Paridade  bem  fundamentada  

Overshoo8ng  cambial  

•  “Acima  da  Linha-­‐do-­‐Tiro”:  tateio  acertará  “o  alvo”  

Equilíbrio  fundamentado  

•  Preço  justo  

Questão  

•  Quais condições são necessárias para assegurar que o preço relativo

entre o dólar e o real voltará ao equilíbrio fundamentado,

como deveria ser, caso o mercado tivesse apenas

investidores racionais?

37  

Condições  praFcamente  inalcançáveis  

38  

SEGUNDO:  RACIONAIS  DERRUBAREM  COTAÇÃO  ACIMA  DO  VALOR  FUNDAMENTADO  

OU  JUSTO    

TERCEIRO:  NO  CURTO  PRAZO,  SOMENTE  RACIONAIS  PODEM  VENDER,    SE  NÃO,  QUASE-­‐RACIONAIS  VENDERIAM  REAL  QUANDO  

COTAÇÃO  RETORNASSE  A  ANTERIOR  

QUARTO:  EM  ALGUMA  DATA  T,    

A  VERDADEIRA  RELAÇÃO  ENTRE  DÓLAR  E  REAL  TORNAR-­‐SE-­‐Á  CLARA  

PARA  TODOS  

QUINTO:  RACIONAIS  DEVERÃO  TER  

HORIZONTE  LONGO  O  SUFICIENTE  PARA  ESPERAR  ESSA  DATA  T  

PRIMEIRO:    PREDOMINAR  RACIONAIS  

Arbitragem  com  quase-­‐racionais  não  alcançaria  o  equilíbrio  fundamentado  

A ideia da arbitragem é a de que há certos investidores, os arbitradores, que se movimentam rapidamente,

toda vez que os ativos estejam sobre ou sub valorizados, de tal maneira a fazer com que os seus valores voltem a seus

níveis “racionais”, vendendo ou comprando esses ativos.

39  

Tais movimentos de arbitragem são efetivos se o agente está trabalhando com dois ativos similares e, portanto, substitutos: compra onde está barato e vende onde está mais caro.

Tal arbitragem, no entanto, não é possível, sem risco, se para o arbitrador todo o estoque de ativos está sobrevalorizado, como ocorre em situação de bolha.

[email protected]  h:p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/