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GRUPO DE ESTUDOS SOBRE FRATURA DE MATERIAIS DEMET/EM/UFOP MACROGRAFIA TÉCNICAS DE ANÁLISE ESTRUTURAL

Macrografia

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  • GRUPO DE ESTUDOS SOBRE FRATURA DE MATERIAIS

    DEMET/EM/UFOP

    MACROGRAFIA

    TCNICAS DE ANLISE

    ESTRUTURAL

  • MACROGRAFIA

    Definio e objetivos Preparo de corpos-de-prova Exame e interpretao do resultado Tcnica fotogrfica Exemplos de exames macrogrficos

  • DEFINIO DE MACROGRAFIA

    A macrografia consiste no exame do aspecto de uma

    pea ou amostra metlica, segundo uma seo plana

    devidamente polida e em geral atacada por um reativo

    apropriado.

    O aspecto assim obtido chama-se macroestrutura.

    O exame feito vista desarmada ou com auxlio de

    uma lupa.

  • Gros colunares

    em reas com

    menor resfriamento

    Casca de gros equiaxiais devido

    ao rpido

    resfriamento (maior

    T) prximo das

    paredes.

    fluxo de

    calor

    ~ 8 cm

    Exemplo de macrografia:

    estrutura bruta de fuso de um lingote de chumbo

  • 1 mm

    Isotrpico

    Anisotrpico

    Exemplo de macrografia:

    placa de Nb-Hf-W com solda por feixe de eltrons

  • OBJETIVOS DA MACROGRAFIA

    Os ensaios macrogrficos so realizados em geral

    com o objetivo de:

    Verificar de que produto se trata (ao, ferro fundido,alumnio, cobre, etc.;

    Constatar a existncia de defeitos inerentes aoprprio metal (porosidade, segregao, bolhas,

    estruturas dendrticas gradas, estruturas grosseiras,

    descarbonetao superficial, etc.);

    Verificar a existncia de: trabalho mecnico deconformao, soldas, tmperas, cementao do ao,

    modo de fabricao, etc.;

    Pesquisar a causa de fratura de uma pea.

  • FOTOGRAFIA

    EXAME E

    INTERPRETAO

    DOS RESULTADOS

    DE ATAQUE

    ATAQUE DA

    SUPERFCIE

    POLIDA COM

    REATIVO

    QUMICO

    LIXAMENTO E

    POLIMENTO

    CORTE OU

    DESBASTE

    ESCOLHA E

    LOCALIZAO

    DA SEO A

    SER ESTUDADA

    OBJETIVO

    DA

    ANLISE

    MACROGRAFIA

  • PREPARO DE CORPOS-DE-PROVA

    ADVERTNCIAS PRELIMINARES

    Quando um material entregue a um laboratrio de ensaios, a fim de

    ser examinado para esclarecer alguma questo, o encarregado de

    estudar o assunto deve inteirar-se das seguintes advertncias

    preliminares:

    saber o que se deseja e qual o objetivo da anlise; verificar se o material trazido e as informaes (histrico) so

    suficientes;

    especificar regies da pea a serem observadas; proceder a um exame detalhado da pea sob diversos pontos de

    vista (aspecto de fratura, existncias de marcas de pancadas,

    vestgios de soldas, porosidades, rebarbas, trincas, corroso, etc.),

    antes de determinar cortes para confeco de corpos-de-prova.

    fotografar a pea antes de iniciar o seu seccionamento.

  • Escolha de regies para corte GESFRAM/DEMET

  • PREPARO DE CORPOS-DE-PROVA

    ESCOLHA E LOCALIZAO DA SEO A SER

    ESTUDADA

    A seo escolhida para o estudo macrogrfico em geral obtida por

    corte transversal ou por corte longitudinal.

    Ser feito de preferncia um corte transversal, se o objetivo for

    verificar: natureza do material; homogeneidade da seo; forma e

    intensidade de segregaes; posio, forma e dimenses das bolhas;

    profundidade de tmpera; profundidade de cementao; se um tubo

    inteirio, caldeado ou soldado; etc.

    Ser feito de preferncia um corte longitudinal, se o objetivo for

    verificar: se uma pea fundida ou laminada; solda de barras;

    eventuais defeitos nas proximidades de fratura; extenso de

    tratamentos trmicos superficiais; etc.

  • Forma irregular que s vezes a

    segregao pode adquirir, aps

    laminao intensa.

    Influncia da posio do corte de uma porca sobre seu aspecto macrogrfico.

  • PREPARO DE CORPOS-DE-PROVA

    OBTENO DE UMA SUPERFCIE PLANA E POLIDA NO

    LUGAR ESCOLHIDO

    A preparao da superfcie compreende duas etapas:

    corte ou desbaste;lixamento e polimento.

    Corte ou desbaste: feito geralmente com serra ou com cortador de

    disco abrasivo, sempre evitando encruamento local excessivo ou

    elevao da temperatura.

    Lixamento e polimento: feito atritando-se a superfcie da pea sobre

    lixas padronizadas, com os mesmos cuidados da etapa de corte.

    Com a superfcie no estado final de polimento j se notam por vezes

    algumas particularidades, como trincas, grandes incluses,

    porosidades, falhas em solda, etc.

  • Corte e Desbaste GESFRAM/DEMET

  • Corte e Desbaste GESFRAM/DEMET

  • Corte e Desbaste

    GESFRAM/DEMET

  • Corte e Desbaste GESFRAM/DEMET

  • Lixamento GESFRAM/DEMET

  • Polimento GESFRAM/DEMET

  • PREPARO DE CORPOS-DE-PROVA

    ATAQUE DA SUPERFCIE POR UM REAGENTE

    QUMICO APROPRIADO

    Quando uma superfcie polida submetida uniformemente ao de

    um reativo, certas regies so atacadas com maior intensidade do

    que outras. Este contraste provm habitualmente de duas causas:

    variao de composio qumica ou de fases presentes. A imagem

    assim obtida constitui o aspecto macrogrfico do material.

    O contato da superfcie com o reativo pode ser obtido de trs modos:

    ataque por imerso;ataque por aplicao;impresso direta de Baumann.

    Conforme sua durao e profundidade, classificam-se os ataques em:

    lentos ou profundos (min ou h);rpidos ou superficiais (s ou min).

  • Ataque Qumico GESFRAM/DEMET

  • Reagentes para

    ataque macrogrfico.

  • PREPARO DE CORPOS-DE-PROVA

    PRECAUES

    A seguir so dadas algumas precaues que devem ser tomadas

    para no conduzir a erros na anlise do aspecto macrogrfico de uma

    seo:

    durante corte, desbaste ou polimento deve-se evitar encruamentoslocais ou aquecimento da pea;

    durante o ataque qumico deve-se agitar a pea para dispersarbolhas que se formam em conseqncia das reaes qumicas

    envolvidas;

    enxugar bem a pea aps o ataque qumico, quando existirem naface em estudo porosidades, trincas, cavidades.

  • Profundidade de dano superficial causado por diferentes ferramentas de corte.

  • Macrografia defeituosa. As faixas escuras so defeitos decorrentes da tmpera local

    provocada pelo desbaste da superfcie com esmeril.

  • Lavagem e Secagem GESFRAM/DEMET

  • Armazenagem

    GESFRAM/DEMET

  • EXAME E INTERPRETAO DO RESULTADO

    DO ATAQUE QUMICO

    O que macrograficamente se pode constatar em conseqncia da

    ao do reativo qumico resulta do contraste que se estabelece entre

    as reas de diferente composio qumica ou as reas de diferente

    estrutura. O contraste decorre do fato de que certas regies

    escurecem muito mais do que outras.

    No caso de aos, com relao composio qumica, escurecem:

    as regies com maior teor de carbono; as regies com maior teor de fsforo; as regies com maior teor de incluses no metlicas,

    especialmente de sulfetos.

    Tambm no caso de aos, as regies com estrutura diferente podem

    dividir-se em:

    granulaes muito grosseiras; estruturas resultantes de tmpera ou tmpera e revenido; estruturas deformadas plasticamente a frio.

  • TCNICA FOTOGRFICA

    Quando se ataca um corpo-de-prova com um reativo apropriado, a

    imagem obtida deve ser fotografada.

    A reproduo em tamanho natural geralmente prefervel. Superfcies

    pequenas ou detalhes interessantes podero ser fotografados com

    ampliao.

    A fotografia requer certos cuidados, pois a maneira de iluminar a

    superfcie a ser fotografada influi muito no aspecto da imagem obtida.

    Existe um ngulo de iluminao e diversos tipos de montagem,

    segundo os quais o observador v melhor determinados aspectos que

    o reativo colocou em evidncia.

  • MACROGRAFIA

    PARA

    CONSTATAR A EXISTNCIA DE DEFEITOS

  • Seo longitudinal da parte superior de

    um lingote, mostrando vazios.

  • Gancho de ao moldado, mostrando

    vazios e porosidades.

  • Ao AISI 1045 obtido por lingotamento contnuo, corte transversal e longitudinal, revelando

    tamanho heterogneo de dendritas, segregao central e trincas.

  • Barra chata, seo transversal. Segregao deformada pela laminao. Na faixa perifrica

    clara notam-se vestgios da estrutura colunar dos gros que se desenvolveram

    perpendicularmente s paredes da lingoteira.

  • Influncia de segregao sobre a resistncia de um trilho. A trinca acompanha a regio onde as

    impurezas se agruparam. Fora destas zonas o material apresenta razovel homogeneidade.

  • Impresso Baumann para identificao de incluses de sulfetos em um ao AISI 4140.

    Reaes que devem ocorrer durante a operao:

    (Fe,Mn)S(incluso) + H2SO4 H2S + FeSO4 + MnSO4

    H2S + 2AgBr(emulso) Ag2S + 2HBr

  • MACROGRAFIA

    PARA

    VERIFICAR DETALHES DE FABRICAO

  • Lingote de ao, fundio convencional.

    Lingote de alumnio, fundio convencional.

    Lingote de liga de Ni, solidificao unidirecional.

  • Articulao de ao AISI 4140, revelando

    linhas de escoamento provocadas por

    forjamento.

  • Influncia de parmetros de soldagem na forma e na penetrao da solda. (a) Ao C-Mn

    soldado com arco gs-metal GMA, com atmosfera de 100% CO2, argnio + 25% CO2,

    argnio + 2%O2. (b) Solda de arco submerso usando aporte de calor de 90, 60 e 30 kJ/in.

  • Solda de berlio. Solda de titnio.

  • Barra de ao tratada termicamente, com descarbonetao.

    Temperabilidade do ao AISI 1060 em funo do

    dimetro da barra. As amostras foram

    austenitizadas a 829oC, temperadas e revenidas a

    149oC.

  • Engrenagem fraturada de bomba de mquina de ensaios

    mecnicos, mostrando regies com tratamentos trmicos

    distintos.

    Dente de engrenagem de pinho redutor de

    bomba de mineroduto, mostrando camada de

    cementao.

  • Seo longitudinal axial de um parafuso cuja rosca foi feita (a) por corte e (b) por forjamento.

    (a)

    (b)

  • Enxada calada (A) e tratada termicamente por tmpera (B).

  • MACROGRAFIA

    PARA

    ANLISE DE FALHAS

  • ANLISE MACROSCPICA

    Vrios exemplos de lupas com ampliaes de 5 a 100X disponveis em modelos portteis, semi-

    portteis e de mesa (laboratoriais).

  • MANUSEIO DE AMOSTRAS

    Superfcies de fratura no adequadamente tratadas: a superfcie A e B pertenciam ao mesmo tirante que

    fraturou, mas na amostragem as projees de metal lquido do oxicorte recobriram a superfcie B que

    deveria ser exatamente igual ao reverso da superfcie A.

  • MANUSEIO DE AMOSTRAS

    Casos de danificao da superfcie de fratura no processo de falha: (a) eixo de uma esteira transportadora

    que sofreu atritos em diversas regies, inclusive na regio de iniciao de trincas (mostrado em

    destaque); (b) eixo de uma mquina motriz que apresenta uma srie de riscos devido ao atrito entre

    partes aps a fratura final. A regio de incio do processo de fadiga, B regio final de fratura e C

    regies descaracterizadas.

  • LIMPEZA DE AMOSTRAS

    As tcnicas de limpeza das superfcies de fratura devem ser tentadas pela

    ordem das menos agressivas para as mais agressivas, como por exemplo:

    1. sopro de ar seco;

    2. limpeza com escova macia (eventualmente pincis);

    3. descolagem de sujeiras;

    4. limpeza com solventes orgnicos

    5. limpeza com detergentes com a assistncia de agitao ultrasnica;

    6. limpeza catdica;

    7. limpeza por ataque qumico cido ou lcali.

  • Substncia Aplicao Limitaes Cuidados

    guaSubstncia de limpeza geral,

    largamente utilizada.

    No remove uma srie de

    substncias, tais como: leos, graxas,

    xidos, etc.

    Evitar o contato prolongado com partes

    metlicas que podem sofrer oxidao.

    QueroseneLimpeza especfica de leos, graxas e

    sujeiras muito pesadas.

    O produto faz remoo de substncias

    que no so solveis no mesmo.

    Utilizar EPI s para proteger o corpo do contato,

    evitar a inalao prolongada.

    Detergentes

    e sabes

    Limpeza especfica de leos, graxas e

    sujeiras pesadas.

    Capacidade de limpeza menor do que

    os solventes. vezes necessrio

    aplicao a quente.

    Evitar contato com a pele e, principalmente, com

    os olhos.

    Solventes em

    geral

    So utilizados quanto necessria a

    remoo de um determinado produto

    qumico.

    So mais caros e de utilizao mais

    perigosa do que o querosene.

    Utilizar EPI s para proteger o corpo do contato,

    evitar qualquer inalao (usar capela).

    Solues

    cidas

    (H2SO4, HCl,

    HCN)

    Utilizadas quando necessrio fazer a

    retirada de xidos e/ou compostos

    aderidos ao material e que no podem

    ser dissolvidos.

    Estas substncias, alm de retirar a

    sujeita das peas, tambm retiram

    uma camada das mesmas, podem

    atrapalhar a anlise por MEV, por

    exemplo.

    Utilizar EPI s para proteger do contato, evitar a

    inalao (usar capela), utilizar um tempo e

    concentrao adequados para a limpeza

    especfica da pea (fazer acompanhamento).

    lcool

    Pode ser utilizado para a limpeza no

    lugar da gua. Muitas vezes

    empregado para secar a amostra.

    O lcool um solvente mais fraco

    que a maioria, somente mais eficaz

    com certas tintas.

    Caso o lcool seja utilizado para secagem, faz-

    lo rapidamente para evitar formao de xidos.

    Acetona

    Pode ser utilizada para a limpeza.

    Empregada na secagem de maneira

    mais rpida e eficiente que o lcool.

    No retira xidos e faz a retirada de

    leos e graxas mais lentamente do

    que os solventes.

    Devido evaporao rapida da acetona, na

    limpeza recomendvel um maior cuidado para

    evitar a secagem sobre a amostra.

    Vernizes

    No so utilizados para a limpeza,

    mas sim para a manuteno da

    qualidade de uma superfcie limpa.

    Podem dificultar a anlise posterior

    mais detalhada da superfcie

    protegida, caso a retirada dos

    mesmos seja difcil.

    Um verniz mal escolhido pode provocar efeitos

    contrrios na pea: oxidao, colorao,

    manchas, etc.

  • LIMPEZA DE AMOSTRAS

    Exemplos de superfcies de fratura antes ( esquerda) e depois ( direita) de um adequado

    tratamento de limpeza: eixo de um rotor hidrulico.

  • LIMPEZA DE AMOSTRAS

    Exemplos de superfcies de fratura antes ( esquerda) e depois ( direita) de um adequado

    tratamento de limpeza: tirante de uma panela de transporte de metal.

  • LIMPEZA DE AMOSTRAS

    Exemplos de superfcies de fratura antes ( esquerda) e depois ( direita) de um adequado

    tratamento de limpeza: eixo de uma bomba.

  • LIMPEZA DE AMOSTRAS

    Exemplos de superfcies de fratura antes ( esquerda) e depois ( direita) de um adequado

    tratamento de limpeza: parafuso de fixao de uma bomba.

  • REGISTRO FOTOGRFICO SUPORTE PLANETRIO

  • REGISTRO FOTOGRFICO - TROMMEL

  • REGISTRO FOTOGRFICO EIXO DE ROTOR DE BOMBA

  • REGISTRO FOTOGRFICO PARAFUSOS DE FIXAO DE TAMPA DE BOMBA

  • REGISTRO FOTOGRFICO PINHO REDUTOR

  • REGISTRO FOTOGRFICO tcnica de iluminao

    Tcnica de iluminao com duas lmpadas incandescentes.

    Iluminao de uma superfcie de fratura com (a) duas lmpadas e com (b) uma lmpada.

  • REGISTRO FOTOGRFICO tcnica de iluminao

    Tcnica de iluminao com duas lmpadas incandescentes.

    Iluminao de uma superfcie de fratura com (a) uma lmpada paralela e com (b) uma lmpada perpendicular.

  • REGISTRO FOTOGRFICO anlise localizada

    (a) Arranjo tpico de lentes em uma cmara fotogrfica.

    (b) Registro fotogrfico localizado de uma superfcie de fratura por fadiga.

  • REGISTRO FOTOGRFICO estereomicroscpio

    Estereomicroscpio tpico para anlise de fratura

    e superfcie de fratura por fadiga observada.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Coluna rosqueada de uma

    prensa, submetida a esforo

    cclico por trao, mostrando

    uma frente de trinca

    principal no centro da pea e

    diversas frentes secundrias

    de trinca. A raiz dos filetes

    era bem aguda, da a

    nucleao de trinca em

    vrias partes.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Ressalto de uma carcaa de

    motor, submetido a

    carregamento por fadiga. O

    trincamento iniciou-se no

    ponto A, e propagou-se na

    regio B. Ocorreu uma

    parada da trinca (regio de

    colorao escura, corroda), e

    ento reiniciou-se o

    trincamento na regio C.

    Neste momento ocorreu a

    fratura frgil, regio E. A

    pea no fraturou-se

    totalmente, pois encontrou

    um apoio, at que finalmente

    foi rompida em F, por

    martelamento.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Virabrequim submetido a carregamento por fadiga. O trincamento iniciou-se em diversos pontos,

    reuniu-se em duas frentes e posteriormente em uma nica frente.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Falha da parte cilndrica de uma

    cremalheira de caamba, submetida a

    carregamento por trao e por flexo

    alternada. Duas trincas desenvolveram-

    se em pontos diametralmente opostos,

    regio A, indicativo de flexo em

    ambas direes no plano X-X.

    Posteriormente, uma das trincas

    progrediu na regio B, e a fratura

    ocorreu na seo remanescente.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Eixo de turbina fraturado por flexo

    rotativa. A trinca inicia-se no ponto A,

    e propaga-se em diversos estgios em

    direes distintas. Cada estgio est

    relacionado com uma operao de

    desempeno realizado no eixo (as datas

    referem-se ao ano de desempeno). O

    desenvolvimento preferencial da trinca

    na direo de movimento dos ponteiros

    de um relgio indicou que a direo de

    rotao seria contrria aos ponteiros. O

    eixo fraturou-se posteriormente em

    uma prensa, aps a descoberta do

    trincamento.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Superfcie de fratura de um grande

    virabrequim de motor de enrolamento

    de mina, aps 16 anos de utilizao. As

    marcas indicam que duas frentes de

    trinca foram originadas no final de

    rasgos de chaveta, e propagaram-se de

    acordo com as setas. Os rasgos de

    chavetas foram confeccionados de

    forma quadrada, ocasionando

    concentrao de tenses que

    proporcionaram a nucleao de trincas.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Superfcie de fratura de um rolo de

    guia, pertencente a uma mesa de

    banco de serra, um componente

    submetido a forte carregamento

    com um elemento de choque. A

    falha foi devida ao

    desenvolvimento de finas trincas

    que nuclearam em um filete

    usinado no rolo adjacente ao canal

    do mancal, servindo como forte

    concentrador de tenses. As trincas

    rapidamente cresceram, e

    provocaram a fratura. Pela grande

    rea correspondente ruptura da

    pea, pode-se concluir que o

    carregamento era elevado.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Superfcie de fratura de um

    pisto cilndrico pertencente a

    um martelo pneumtico, o

    terceiro a falhar similarmente

    em apenas um ano. As trincas

    foram causadas pelo

    desenvolvimento de tenses de

    trao, desenvolvidas devido ao

    carregamento no-axial,

    provavelmente complementadas

    por ondas de tenses

    compressivas, transformadas

    em trao quando refletidas.

    Diversos ressaltos radiais na

    periferia indicam a nucleao

    de muitas trincas, que se juntam

    e circundam a regio de fratura

    final.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Fratura por vibrao torsional

    de um virabrequim de motor a

    leo, prximo da manga do

    volante, aps dois anos de

    servio. O exame microscpico

    revelou a presena de inmeras

    incluses no metlicas no

    material, a partir de onde

    nucleou o trincamento.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Falha por carregamento

    torsional reverso, originada em

    um rasgo de chaveta de um eixo

    de um motor eltrico. Este eixo

    era utilizado em uma mquina

    de lavar roupas, e revertia o

    sentido de carregamento a cada

    sete segundos. A concentrao

    de tenses existente na regio

    da chaveta foi a responsvel

    pela nucleao de trincas. Uma

    das frentes de trincas est

    mostrada pelas setas.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Superfcie de fratura por fadiga em um ao do

    tipo 4330V. Marcas radiais (chevron) a partir do

    canto inferior esquerdo (crculo pontilhado)

    indicam a origem da fratura. Setas pretas

    indicam a ruptura por cisalhamento na periferia

    da pea.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    (a) Superfcie de fratura de um tubo de ao,

    mostrando no detalhe (b) o ponto de iniciao

    do trincamento.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    (a) Superfcies fraturadas de corpos de prova CT de alumnio, conforme ensaio de KIC, segundo a

    norma ASTM E-399, revelando uma falha inclinada (esquerda) e uma falha plana (direita). As letras

    F e M indicam fraturas por fadiga e fratura monotnica. O CP da esquerda (mais fino) apresenta

    uma fratura em ngulo indicando um processo de fratura por tenso plana ao contrrio do CP da direita

    (mais espesso). (b) Esquema ilustrando o efeito do estado de tenses sobre o tipo de perfil de fratura

    do corpo de prova CT.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    (a) (b)

    (c) (d)

    Aspecto de quatro CP s rompidos em ensaio de trao (segundo ASTM E-8M): (a) ao baixo-carbono de

    um tirante, as setas brancas indicam regies de fratura em tenso plana e as setas escuras indicam regies

    de fratura em deformao plana; (b) ao ARBL de um tubo; (c) ao baixo-carbono de um eixo fragilizado

    devido presena de incluses e (d) ferro fundido branco ao cromo para revestimentos antidesgaste.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Aspecto da fratura de uma engrenagem de um grande equipamento industrial: pode-se perceber nas

    superfcies de fratura dos dois dentes inmeras ratched marks e marcas de praia, indicativos de um

    processo de fratura por fadiga.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Aspecto da fratura de um eixo. Pode-se notar, da mesma forma que na figura anterior, a presena de

    inmeras frentes de propagao de trincas por fadiga reveladas pelas ratched marks e marcas de praia.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Falha de uma garra pertencente a uma mquina servo-hidrulica para ensaios mecnicos.

    A seta indica a nucleao de trinca por fadiga.

  • INFORMAES OBTIDAS A PARTIR DA ANLISE VISUAL

    Falha de uma bomba de engrenagens pertencente a uma mquina servo-hidrulica para

    ensaios mecnicos.