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Macroinvertebrados Bentônicos Bioindicadores
Prof. Marcos Callisto
Laboratório de Ecologia de Bentos
[email protected], http://www.icb.ufmg.br/big/benthos, Tel. 31-3409-2595, Fax. 31-3409-2567
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos
Deliberação Normativa
Bioindicadores de Qualidade de Água
• Aristóteles já relatava as alterações nas comunidades
aquáticas em função do input de poluição orgânica...
• Kolkwitz e Marsson já utilizavam o termo Indicadores de
Condições Ambientais no início do século XX...
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos
Bioindicadores de Qualidade de Água
São espécies ou comunidades cuja presença, abundância e
distribuição indicam a magnitude de impactos ambientais em
ecossistemas aquáticos e suas bacias de drenagem.
Algas
Zooplâncton
Macrófitas aquáticas
Peixes
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos
Macroinvertebrados bentônicos
São organismos que vivem no fundo (bénthos) de
ecossistemas aquáticos durante parte ou toda sua vida.
Maiores que 0,2 mm.
BIOINDICADORES BENTÔNICOS
são espécies, grupos de espécies ou
comunidades
cuja presença, quantidade e
distribuição indicam a magnitude de
impactos ambientais em um
ecossistema aquático e sua bacia de
drenagem (Callisto & Gonçalves, 2002).
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos
Diferentes grupos de macroinvertebrados e seus níveis de tolerância à poluição.
Plecoptera Ephemeroptera Trichoptera Chironomidae Oligochaeta
AM
BIE
NT
ES
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UÍD
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AM
BIE
NT
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PO
LU
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S
Tolerância crescente à poluição
www.icb.ufmg.br/big/benthos
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos
Macroinvertebrados como Bioindicadores
Estudos de Biomonitoramento Ambiental,
Avaliação de Impacto Ambiental,
Definição de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e Projetos
de recuperação e manejo de áreas degradadas
presença, densidade, abundâncias relativas, distribuição,
composição em grupos tróficos funcionais
Fonte: Moreno & Callisto, 2004
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REGIÃO LITORÂNEA REGIÃO LIMNÉTICA
REGIÃO PROFUNDA
INTERFACE ÁGUA-AR
- eulitoral
- sub-litoral
plêuston nêuston
Nós sabemos, os bentos não vivem isolados...
necton
bentos
plâncton
Nutrientes (C, N, P)
metais pesados
organoclorados
Fonte: Callisto, 2004
PADRÕES HORIZONTAIS
PADRÕES VERTICAIS
PARÂMETROS FACILITADORES
disponibilidade de O2
qualidade e quantidade m.o.
exúvias como registro
relações com macrófitas aquáticas
DINÂMICA DE NUTRIENTES
LIMNOLOGIA MUNDIAL
PESQUISAS NA AMAZÔNIA
PARÂMETROS INIBIDORES
hipoxia ou anoxia
fração parede celular
substâncias secundárias
polifenóis
substâncias alelopáticas
Distribuição Espaço-Temporal
DEFINIÇÕES BÁSICAS...
• O que são bentos?
– Fitobentos
– Zoobentos
– (perifíton, biofilme, fauna associada,
fragmentadores, ...)
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DEFINIÇÕES BÁSICAS...
• Hábitats
– Variabilidade espaço-temporal
– Diferenças biogeográficas
– Semelhanças e dissemelhanças
– Taxonomia
– Grupos no Brasil
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DEFINIÇÕES BÁSICAS...
• Conservação
– Ecorregiões
– Biomas
– Bacias hidrográficas
• Sub-bacias
• Rios
• Riachos
• nascentes
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DEFINIÇÕES BÁSICAS... • Fragmentos e barreiras geográficas
• Mata ciliar: fonte de detritos e recursos
• Interações -Bentos x bentos
-Bentos x peixes
-Bentos x girinos
-Bentos x aves aquáticas
-Bentos x microrganismos (leveduras)
-Bentos x detritos orgânicos
-Bentos x produtores primários
-Emergência x predação artrópodos ripários
DEFINIÇÕES BÁSICAS... • CONSERVAÇÃO DE RIOS
– Manutenção física (traçado natural)
– Processos estruturais
– Processos biológicos
– Processos demográficos (dispersão, drift,
vôo, fluxo gênico, seleção natural)
IMPORTANTES PARA ESTRUTURA
&
MANUTENÇÃO POPULAÇÕES VIÁVEIS
DEFINIÇÕES BÁSICAS... • QUAL ESCALA ESPACIAL?
• Depende: atributos ciclo de vida e dinâmica
populações
• Bacia hidrográfica como unidade operacional:
unidade primária para conservação & manejo
ecossistemas lóticos e cursos d´água
• Enfoque de manejo integrado: fundamental
para planejamento futuro políticas públicas e
conservação ecossistemas aquáticos
continentais
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FAUNA
AQUÁTICA
A conservação destes ecossistemas requer
colaborações multi-disciplinares e
internacionais...
PRESSÕES, RISCOS, AMEAÇAS
DEMANDAS DO HOMEM
MANIPULAÇÕES NA BACIA
Bentos como Bioindicadores...
-ciclo de vida longo (respostas temporais)
- organismos grandes, sésseis ou de pouca mobilidade
- de fácil amostragem
- técnicas padronizadas
- custo de equipamentos relativamente baixo
- alta diversidade biológica
- identificação taxonômica (famílias e gêneros)
- sensíveis a concentrações de poluentes (contaminação)
- respostas a longa distância (bacia hidrográfica)
- Thienemann (1920-22) pioneiro na tipologia de lagos, estado trófico
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Consomem a matéria orgânica morta que vem da vegetação ciliar,
reduzindo o tamanho das partículas alimentares.
Alguns se alimentam do perifíton e de plantas aquáticas.
Em ecossistemas lênticos são importantes agentes no revolvimento do
sedimento e suspensão de nutrientes para a coluna d’água
(bioturbação).
Predadores.
O Papel dos Macroinvertebrados
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Teias alimentares em rios
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Vivem em: Bancos de folhiço, troncos, macrófitas aquáticas, musgos.
Bancos de areia, cascalho, sob rochas, sedimento fino.
Alguns podem também viver na coluna d’água.
Oligochaeta
Heteroptera Plecoptera
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Por que Macroinvertebrados? • cosmopolitas e abundantes;
• grande tamanho de corpo;
• características ecológicas bem conhecidas;
• viabilidade em estudos laboratoriais;
• taxa são sedentários condições locais;
• taxa são bentônicos condições do sedimento;
• bioacumuladores;
• caracterizam a qualidade da água em um período de tempo
consideravelmente mais longo;
• participam da base da cadeia alimentar e/ou da cadeia de detritos,
assim podem ser os agentes vitais de entrada de contaminantes nas
cadeias alimentares.
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SENSÍVEIS OU INTOLERANTES
Vivem em águas
correntes frias e bem
oxigenadas, debaixo de
pedras, troncos, e ramos
da vegetação aquática.
Plecoptera
As ninfas vivem desde
riachos (águas frias, limpas e
bem oxigenadas) a lagoas
temporárias (alta temperatura
e pouco oxigênio na água),
associadas a rochas, troncos
ou a vegetação submersa.
Ephemeroptera Trichoptera
As larvas vivem em
ambientes lóticos (rios)
ou lênticos (lagos),
predominantemente em
águas correntes, limpas
e bem oxigenadas.
Constroem casas de
material vegetal ou
mineral, para se
protegerem dos
predadores e/ou para
capturar alimentos.
Algumas espécies
desenvolvem todo
o seu ciclo de vida
na água, outras
possuem apenas
larvas e pupas
aquáticas, e os
adultos são
terrestres.
Coleoptera
Predadores de topo
nas cadeias
alimentares
aquáticas. As larvas
são aquáticas e os
adultos terrestres.
As pupas se
desenvolvem em
buracos no solo,
próximos às
margens dos rios.
As larvas vivem em
águas correntes,
debaixo de pedras,
troncos e vegetação
submersa.
Megaloptera
As ninfas exercem
um importante papel
no ambiente, pois
são predadoras,
possuindo uma das
melhores visões
entre os insetos. As
libélulas vivem nas
margens de rios e
lagos que possuem
vegetação
abundante e águas
limpas ou pouco
poluídas.
Odonata
São predadores de
outros insetos
aquáticos e terrestres.
Espécies maiores
podem alimentar-se
de pequenos
crustáceos e anfíbios.
Algumas são
bentônicas, enquanto
outras vivem na
coluna d’água e/ou na
interface água-ar,
graças à presença de
pêlos hidrofóbicos
nas patas.
Heteroptera
TOLERANTES
RESISTENTES
Vivem em diferentes
ambientes aquáticos
(rios, lagos,
depósitos de água,
orifícios de troncos
de plantas) com
inúmeras
estratégias
alimentares, alguns
grupos vivem em
águas muito limpas
e outros em águas
contaminadas.
Diptera
Podem ser considerados
indicadores de águas
duras e alcalinas, pois o
carbonato de cálcio é
essencial para
construção das suas
conchas. Algumas
espécies vivem em
águas não poluídas, com
altas concentrações de
oxigênio, mas outras
preferem locais com
vegetação aquática e
restos orgânicos.
Mollusca
Vivem em
qualquer ambiente
aquático,
apresentando
maior abundância
em águas poluídas
com fundo lodoso
e com abundância
de detritos de
plantas e animais.
Algumas espécies
são consideradas
indicadoras de
águas
contaminadas.
Anellida
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GA
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