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Profa. Daniella Sponchiado Clinica de Ruminantes II

Macrominerais na alimentação de Ruminantes

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Page 1: Macrominerais na alimentação de Ruminantes

Profa. Daniella SponchiadoClinica de Ruminantes II

Page 2: Macrominerais na alimentação de Ruminantes

• Os macrominerais são aqueles mais requeridos pelos animais.

•Ca, P, Na, Cl, Mg, K, S

•Classificados em:•Estruturais: Ca, P e S•Manutenção acido-básica: Na, K e Cl•Co-fatores enzimáticos: Mg

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• O cálcio e o fósforo são considerados conjuntamente– Constituem a maior parte dos minerais dos

ossos. – Estão intimamente relacionados e uma

deficiência ou excesso de um irá interferir na utilização do outro.

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• Mineral mais abundante, encontrado no organismo• O teor varia de 1,5 a 2% do peso vivo de um animal.• A concentração sérica é de 8 mg/dl

– No leite esta ligado a caseína.

• Os teores de cálcio por litro de leite são os seguintes:– Cabra........1,28g/ L de leite

– Vaca..........1,2g/ L

– Colostro....2,3-2,6g/L

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• DISPONIBILIDADE– A forragens são boas fontes de cálcio

• leguminosas apresentam maior teor do que as gramíneas e os grãos de cereais.

– As farinhas oleagenosas apresentam alto teor de cálcio.

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• IMPORTANCIA– Funções no organismo:

• Formação de ossos e dentes, onde está intimamente ligado ao fósforo e magnésio.

• Manter a permeabilidade normal das células.• Sistema de coagulação• Regulam a contratilidade muscular• Participam da regulação da excitabilidade neuro-muscular.• Liberação de hormônios e ativação de enzimas.

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• REGULAÇÃO– O PTH é o principal hormônio que participa da regulação. Ele

age promovendo o aumento na concentração de Ca e diminuição de fosfato no LEC. O PTH tem efeito direto sobre os ossos e sobre os rins causando sua reabsorção.

– TGI: absorção de cálcio dos alimentos, através de difusão passiva e transporte ativo.

– A vitamina D: [Ca] diminuída no sg aumenta PTH síntese da vit D e a

absorção de cálcio no TGI vitD estimula a difusão passiva e aumenta a [Ca].

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• HIPOCALCEMIA – SINAIS CLINICOS– Excitação– Decúbito esternal– Depressão e Anorexia– Hipotermina– Taquicardia, – Fraqueza e flacidez muscular.

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• IMPORTÂNCIA – 80% nos ossos– 1% do peso do animal– Gravidade região dos cerrados

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• DISPONIBILIDADE– Dietas

• Cereais

• Trigo

– Vitamina D– Excesso de Cálcio

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• DEFICIENCIA DE FÓSFORO – SINAIS CLINICOS– apetite

– Apetite depravado (PICA)

– Osteoporose

– Fraqueza generalizada

– Relutância a se mover

– Decúbito

– Taxa de Crescimento

– Perda de peso

– Infertilidade

– Produção de leite

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• SINAIS CLINICOS– Hemoglobinúria pós-parto

– Hiperfosfatemia - Urolitíase

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• Encontrados em conjunto no sal (NaCl)– A porcentagem de Sódio e Cloro na

composição corporal é respectivamente:• 0,16%• 0,11%

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• IMPORTÂNCIA– É o principal ânion presente

no LEC. – Formação dos sucos

gástrico e biliar.• Ativação das amilases

– Manutenção da pressão osmótica

– Polarização de membranas• Junto com Na e K

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• REGULAÇÃO– Feedback negativo

• Excesso de cloro > excreção (urina)• Pouco cloro < excreção renal

CLORO

EXCREÇÃO

-

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• DISPONIBILIDADE– Presente em quase todos os

vegetais!• ++ Forrageiras• Grãos em menor qtde

– Atender constantemente as necessidades dietéticas!

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• CARÊNCIA DE CLORO– Muito raro.

• Vacas de alta produção leiteira

– Não foi ainda relatada em bovinos (LOPES, 1998)

• Alcalose metabólica (OLIVEIRA)

• Problemas hepáticos e renais(OLIVEIRA)

• Retenção de placenta (JAIME &

IZQUIERDO, 2008)

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• DEFICIENCIA DE CLORO - SINAIS CLINICOS– Lamber metal ou a urina dos outros animais (OLIVEIRA)

– Olhos fundos e descamação ao redor dos olhos (OLIVEIRA)

– Retenção de placenta (JAIME & IZQUIERDO, 2008)

– Problemas relacionados ao mal funcionamento do fígado e pâncreas (JAIME & IZQUIERDO, 2008)

– Diarréia mucóide (LIMA, 2004)

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• EXCESSO DE CLORO– Acidose em vacas leiteiras

• Leite: 1,2g/litro

• RECOMENDAÇÕES– 0,45% da MS da ração (LOPES, 1998)

– Necessidade diária de 0,25g/Kg (NRC, 1978)

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• FUNÇÕES;

– Disponibilidade nos alimentos;

– Cereais e farelos oleaginosos;

– P.O.A. X P.O.V.

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• Níveis nas pastagens;

• Relação Sódio X Potássio;

• Absorção de Na das forrageiras X NaCl.

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• Exigências p/ bovinos:

– Crescimento • 1,5g Na absorv./100Kg /P.V./dia;

– Mantença Vacas Lactação • 0,038g/Kg/P.V./dia;

– Temp. ≥ 30°C• deve-se acrescentar 0,4g Na/100KgP.V./dia;

– Geral • 20-25g/cab./dia • aprox.50g/cab./dia.

• *Considerando [ ] 39% do composto.

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• Necessidades Orgânicas X Capac. Armazenamento;

• Vacas em lactação X Vacas Cecas;

• Crescimento.

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• DEFICIÊNCIA – SINAIS CLINICOS– Agudos:

• Apetite p/ sal;• Apetite depravado.

– Crônico:• Anorexia;• Perda de peso;• Apatia;• Queda na produção.

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• Constituinte dos ossos ;• Tem papel importante na transmissão de

estímulos neuromusculares;

• FONTE– Grãos de cereais, forragens ( 7 – 33%), – Solo e concentrado, onde é mais disponível. – As leguminosas (17%)– Forragens maduras tem mais disponibilidade do que

as mais novas.

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• IMPORTANCIA– metabolismo de carboidratos e lipídeos;– é essencial para a fosforilação oxidativa

relacionada a formação de ATP– Pode ser mais crítico para bovinos de leite,

devido a sua alta exigência de mantença, pois necessitam de 2 – 2,5 gramas de magnésio disponível;

– Uma vaca de leite tem 0,5% do seu peso como magnésio.

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• 60% fica retido nos ossos;

• Uma variação brusca do mineral na dieta pode levar o animal a hipomagnesemia de 2 a 18 horas.

• No bezerro 30% da reserva óssea pode ser disponibilizada na hipomagnesemia (< 1,75 mg/dL).

RETENÇÃORETENÇÃO EXIGÊNCIAEXIGÊNCIA

EXCREÇÃOEXCREÇÃO

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• DEFICIENCIA DE MAGNÉSIO– < 1,75 Mg/dl;

• DEFICIENCIA DE MAGNÉSIO – SINAIS CLINICOS– crescimento retardado;– hiperirritabilidade e tetania;– Anorexia;– incoordenação muscular e motora; – Convulsões; – vasodilatação periférica; – redução da digestibilidade;– Tetania das pastagens.

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• Febre do leite em vacas após o parto, devido a que níveis baixos de MG (< 2mg/dl) reduzem drasticamente a capacidade de mobilização das reservas de Ca dos ossos.

• Na tetania das pastagens indica-se fornecer 0,25% a 0,30% do mineral na dieta sendo o nível máximo permitido de 0,40%.

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• Representa 0,2 % do peso do animal– Localização: dentro das células

• FUNÇÃO– Regulação osmótica e equilíbrio hídrico– Condução de impulsos nervosos– Contração muscular– Transporte de oxigênio e gás carbônico– Equilíbrio ácido-básico – Reações enzimáticas– Rúmen manutenção de um meio favorável para a

fermentação bacteriana, principalmente para as bactérias que digerem celulose.

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• METABOLISMO– Absorção:

• Parte superior do intestino delgado e no rúmen por difusão passiva– Transporte de membrana:

• Bomba Na+/K+ e co-transporte• Bomba de prótons H+/K+ • Outros seis tipos de canais de potássio

– Excreção:• Fatores hormonais: aldosterona, ADH e desoxicorticosterona• Equilíbrio ácido-base• Balanço de cátions

– Secreção: •  Suor• Leite (36 mmol/L em bovinos e ovinos)

– Armazenamento: • reservas muito pequenas necessidade de suplementação diária na

dieta dos animais

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• FONTES– Forragens : 1% e 4% de K – Grãos de cereais: menos de 0,5% de K

• animais confinados • farelos de oleaginosas são uma boa fonte

– Fontes protéicas: 10 a 20 g/kg de MS– Fontes energéticas: 3 a 5 g/kg de MS

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• DEFICIENCIA DE POTÁSSIO– Causas:

• Inadequada quantidade na dieta• Perda através de secreções digestivas causadas por vômitos e diarreias• Excessiva ingestão de Na maior consumo de agua perda pela urina• Estresse aumento de temperatura, doenças infecciosas, trabalho excessivo

• INDICAÇÕES : – Ingestão mínima de potássio para vacas lactantes seja de 0,8% na

matéria seca, o “estresse” pelo calor aumenta as exigências do mineral, provavelmente pela perda pelo suor, e o nível adequado será nesse caso de 1,2% da matéria seca. A secreção de K no leite (0,15% K no leite) aumenta as exigências das vacas leiteiras para os níveis propostos de 0,8 a 1,2%.

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• DEFICIENCIA DE POTÁSSIO – SINAIS CLINICOS– Fraqueza muscular– Perda de peso– “pica” (apetite depravado)– Pelame grosseiro– Paralisia– Acidose intracelular– Diminuição da taxa de crescimento– Redução no consumo de alimento– Decréscimo na produção de leite– Níveis baixos de K no leite e no plasma– Degeneração de órgãos vitais e desordens nervosas

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• TOXICIDADE– distúrbio no equilíbrio ácido-básico – hipocalcemia – insuficiência cardíaca– exposição crônica deficiência de magnésio

• Está estabelecido que o potássio pode participar em até 3% da dieta dos ruminantes e níveis superiores podem acarretar uma diminuição na taxa de absorção do magnésio.

• FEBRE DO LEITE: – Adição de K+ na dieta maior incidência de hipocalcemia e febre do leite– Indução: dietas altas em cátions (especialmente Na+ e K+)– Prevenção: altos níveis de ânions (Cl¯ e SO4 ²¯)

• TETANIA HIPOMAGNESÊMICA:– Potássio antagonista do magnésio– Reduz a absorção em nível de rúmen ocorrência da tetania

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• IMPORTANCIA– Constituinte:

• Aminoácios sulfurados– Metionina e cistina

• Vitaminas– Tiamina e biotina

– Hormônios• Insulina, prolactina, ocitocina

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• IMPORTANCIA– Essencial aos M.O. do rúmen

• Síntese de:– Aminoácidos

– Proteínas bacterianas

– Produção de ác. Propiônico a partir do ác. Lático

– Formação de lã e pêlos– Desintoxicante de grupos fenólicos (fígado)– Influenciador dos processos de oxidação/redução

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• FONTES– Sulfato de sódio– Sulfato de potássio– Sulfato de cálcio

• Relação N/S 14:1

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• DEFICIENCIA– Normalmente quando se usa Nitrogênio Não Protéico

(NNP)

• SINAIS CLINICOS– Perda de apetite e peso– Fraqueza– Perda de desempenho– Perda de produção leiteira– Lã áspera e sem brilho– Excessivo lacrimejamento e salivação

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• SINAIS CLINICOS– Intoxicação– Anorexia– Perda de peso– Constipação– Diarréia– Depressão– Morte +.+

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• REFERÊNCIAS:– LOPES, Henrique Otávio da Silva. Suplementação de baixo custo para bovinos. Brasila: EMBRAPA-SPI, 1998– OLIVEIRA, Minerais: funções, deficiências, toxidez e outros aspectos da suplementação. Material técnico – Agroceres– JAIME, Cristóban Rocha; IZQUIERDO, Alejandro Cordova. Causas de retención placentaria en el ganado bovino. Revista

Electrónica de Clínica Veterinaria. México, v.03, n.02, 2008.– LIMA, José Divino. Coccidioses dos ruminantes domésticos. Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.13, suplemento 1, 2004.– BERCHIELLI, Telma Teresinha; PIRES, Alexandre Vaz; OLIVEIRA, Simone Gisele de; Nutrição de Ruminantes. 1ª Ed. Jaboticabal:

Funep, 2006. – Araújo, W. A. G.; Rostagno, H. S.; Albino, L. F. T.; Carvalho, T. A.;Neto, A. C. R. Potássio na nutrição animal. Artigo 117, volume

07, n° 4 p. 1280 - 1291, Julho/ Agosto 2010.

Download em:

http://www.slideshare.net/NanaBenitez

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