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MADRE GIOVANNA FRANCiSCA Uma pequena grande mulher 1

MADRE GIOVANNA FRANCiSCA - francescaneverbo.com CARISMATICO 2018/(pt) Madre... · Declina a Tarde: é a Tua pausa! Cai a tarde: É o Teu silêncio! 26. Em 1930, na tarde do dia 8

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MADRE GIOVANNAFRANCiSCA

Uma pequenagrande mulher

1

Material criado para o encerramento do Ano Centenário

Do nascimento da Madre Giovanna Francisca do Espírito Santo,

pelas Novicias das Missionárias Franciscanas do Verbo Encarnado.

Desenho: Ulfi (Itália)

2

“Branqueia a alvorada:

é o teu despertar!

Sorri a Aurora:

é o Teu levantar!”

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Ás 4:30 horas do dia 14 de setembro de 1888, nasce

em Reggio Emilia, Itália; Luisa Ferrari. “Seu

nascimento foi quase uma surpresa! Era esperada,

mas não assim com tanta anticipação. Nasceu

quando a sua família se mudava de lugar, de modo

que entra ao mundo e se abre à vida com a mala na

mão”.

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Luisa nasce débil, ficando todos temerosos pela sua

saúde, de modo tal que prontamente é batizada em

casa. O rito do batizado é completado depois na

Catedral de Reggio Emilia, recebendo o nome de

Luisa.

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Esta menina é a última dos sete filhos (quatro homens

e três mulheres) da família Ferrari. A sua mãe,

Eurosia, era muito religiosa. Seu pai, Giuseppe,

acreditava, mas não praticava a religião e trabalhava

como professor de letras.

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Luisa cresceu como todas as crianças: amava estar

junto com outros, a vida simples, pular, correr, brincar,

cantar. A idade dos 12 anos viveu um episódio muito

significativo: era o início do século XX, o ano 1900.

Se sentindo como atraída por Deus, abre a janela do

seu quarto e olhando a imensidão do céu, do

horizonte experimenta o desejo de oferecer a sua vida

pelo novo século que estava surgindo.

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No ano 1901 recebe a Primeira Comunhão e, cheia de

alegria, reza a Jesus Cristo lhe confiando seu desejo

de conhece-o e ama-o cada vez mais.

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Durante os anos de colégio se dedica a estudar, a

rezar, a ajudar em casa e a se divertir. Luisa se

dedica a oração embora seus familiares coloquem

impedimentos.

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Luisa, sem conhecer ainda são Francisco de Assis se

apaixona por tudo aquilo que se apresenta despojado,

pobre e austero. Dedica muito tempo a ficar sozinha,

se retirando a lugares silenciosos para melhor meditar

e rezar.

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Logo de concluídos seus estudos no colégio, se forma

como professora de Pedagogia; estuda as línguas

inglesa e alemã e frequenta a escola musical de sua

cidade.

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Durante o verão do ano 1907, Luisa adoece e seu

irmão médico manda que vai morar no campo. No

jardim daquela casa viu uma gruta muito sugestiva e

atraente.

Luisa entra na gruta. Ali se sente envolvida por um

abraço misterioso e ouve uma voz: clara, penetrante,

decisiva: “Serás Mãe de Filhas e Filhos!”. Luisa

permanece extasiada: naquela gruta o Senhor a tinha

deixado perplexa.

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Aos 19 anos de idade decide doar toda sua vida a

Deus, mas não sabe como: quer amar Deus e todas

as suas criaturas, como são Francisco assim como

testemunham os Freis Capuchinhos de Reggio Emilia.

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Luisa decide seguir Jesus Cristo ao modo do santo de

Assis, ao que gosta de fazer conhecer. Por isso, a

vemos, cheia de entusiasmo, subir a uma carnosa,

como improvisado palco, e falar de são Francisco

diante de centos de pessoas que a escutam com

grande estupor.

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Com motivo de uma palestra dirigida a homens

comprometidos em assistir um grupo de operários,

Luisa conhece Margherita quem a partir daquele dia

se converte na sua inseparável amiga.

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Luisa, seguindo o exemplo de são Francisco, quer

experimentar a humilhação de pedir esmola. Um dia

de 1919 se apresenta a mesa dos pobres dos Padres

Capuchinhos de Fidenza, e logo de ter escondido seu

chapéu e sua pele para não ser reconhecida, pede

como todos os pobres um prato de sopa. Ela se sente

feliz de ser pobre entre os pobres!

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Durante uma peregrinação a outra cidade da

Romagna, Luisa escuta estas palavras do Evangelho:

“Preparem o caminho ao Senhor”.

Fica profundamente comovida, e estas palavras de

João Batista, permanecem fixas ao seu coração.

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Os dons e as qualidades de Luisa são reconhecidas

por todos; goza de tanta confiança que lhe é

outorgado a tarefa fatigosa de inspetora em uma

Escola para criança com deficiências físicas. Como a

sua assistente atuará sua amiga Margherita. Amam

estas crianças com todo o coração e para fazer crescer

neles o amor ao próximo, convidam a mesa da escola

também aos pobres.

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Luisa é uma enamorada de Nossa Senhora.

Frequentemente, com sua amiga Margherita, se

retiram ao Santuário de Fontanellato (PR) para rezar...

Um dia partem de carroça, mas próximas a Fidenza o

cavalo se firma e não quer continuar... As duas amigas

não ficam atemorizadas, mas tentam convencer ao

cavalo para que prossiga a viagem dando-lhe o bolo

de arroz que traziam de casa para o almoço.

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No ano 1923 Luisa, em companhia de Margherita, vá

ao Santuário de Nossa Senhora de Loreto. Aqui Deus

a ilumina sobre o projeto de vida que preparou para

ela. Luisa compreende que significava “preparar os

caminhos ao Senhor”: amando as pessoas como

Jesus Cristo as amou, fazendo o bem a todos.

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Na pequena cidade de Reggio Emilia todos conhecem

a moça Luisa Ferrari. É uma jovem cordial,

espontânea, livre, forte, impulsiva e imensamente

sensível. É medrosa e corajosa ao mesmo tempo,

basta dizer que em 1924, algo insólito para uma

mulher, obtém a carteira de motorista. Sonha de

chegar a ser a condutora dos pobres de Cristo.

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Posteriormente é chamada para ocupar-se do Instituto

de Cegos da sua cidade, onde os internos sofrem

vários abusos. Luisa sente que também aqui é

necessário “preparar o caminho” e assume

corajosamente a defesa destas pessoas fazendo

respeitar seus direitos.

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Passam os anos; Luisa está atenta para conhecer o

modo de traduzir o convite de Jesus para preparar-lhe

seu caminho.

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Embora as incertezas e as dificuldades, Luisa

confiante e tranquila olha para o futuro.

Providencialmente encontra Padre Daniele quem

desde aquele dia será seu “guia espiritual” e ao que

afetuosamente chamará “Padre Luz”.

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Entretanto outras jovens, fascinadas pelo entusiasmo

com que Luisa e Margherita seguem ao Senhor, se

unem a elas.

O 10 de dezembro de 1929 sete jovens se consagram

a Deus: Luisa, que será depois Irmã Giovanna,

Margherita, Paola, Magdala, Luisa, Clara, Daniela e

Antida. .

A Irmã Giovanna chama esta primeira comunidade “O

PEQUENO JUNCO DO VERBO”.

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Declina a Tarde:

é a Tua pausa!

Cai a tarde:

É o Teu silêncio!

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Em 1930, na tarde do dia 8 de dezembro, as Irmãs

Paola, Magdala e Luisa, partem para a primeira

missão: Motta Filocastro, uma pequena cidade da

Calabria ao sul da Itália. Com esta primeira casa,

Madre Giovanna, dá início publicamente a Família das

Irmãs Missionárias Franciscanas do Verbo Encarnado.

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Três anos depois o bispo de Guastalla (R.E.) pede

Madre Giovanna de abrir uma missão em Villarotta:

ela aceita feliz! Baixo uma intensa chuva chegam

nossas Irmãs a nova pequena casa inundada; embora

isto, cheias de entusiasmo e coragem, afrontam a

nova aventura.

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Com grande entusiasmo começam a visitar as famílias

e a entrelaçar palha com as pessoas do lugar, para

lhes fazer experimentar a proximidade de Deus.

Curam os doentes e se dedicam a educação das

crianças.

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Todos se maravilham das filhas de Madre Giovanna,

ao vê-as tão livres e desenvoltas; dizem “andam até

de bicicleta” e “vão nas casas de todos para curar os

doentes e para fazer os mais humildes trabalhos

domésticos! ”.

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O tempo passa, a Família cresce: se expandindo por

toda a Itália. As casas, as Comunidades que Madre

Giovanna abre, são pequenas, com o essencial; em

todas a pobreza é grande, também por motivos dos

tempos difíceis da guerra.

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Nos anos tristes da guerra, Madre Giovanna se acha

na Valtellina, ao norte da Itália com algumas Irmãs.

Ali ficam disponíveis para socorrer os feridos, sem

discriminação.

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Madre Giovanna é cheia de emoção por quanto o

Senhor lhe continua dando; sente sempre mais forte o

desejo de anunciar o Evangelho também aos irmãos

de mais longe.

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Por isso, no ano 1948, partem as primeiras quatro

Irmãs para o Uruguai. O início da missão é difícil, mas

se sentem confiantes com motivo da acolhida que

recebem do povo.

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O tempo transcorre... Madre Giovanna já tem

bastante idade, mas seu coração possui a energia de

uma jovem de vinte anos, tanto é assim que apenas

pode, parte com a nave “Conte Grande” rumo a terras

missionárias.

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O espaço no navio é “pequeno”, mas Madre Giovanna

acha um jeito de se comunicar com uma e outra

pessoa, até com o capitão do navio, que permanecerá

sempre seu amigo.

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Quando em 1962, retorna a América Latina de avião,

cria uma solida amizade também com o piloto, que se

dirigirá desde então a ela com filial afeto.

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Estamos no Ano Santo de 1975. Madre Giovanna

participa com grande entusiasmo neste evento. Em

Roma, na basílica de são Pedro, reza sobre a tumba

dos Apóstolos pedindo pela sua Família religiosa e

pelas necessidades da humanidade.

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Madre Giovanna vive em Fiesole (FI), uma colina da

Firenze, e sua saúde vai sentindo o passo dos anos.

Parece ficar cada vez mais pequena e diminuta,

conserva embora uma inteligência muito viva que lhe

permite de estar presente ainda, com os problemas

que acontecem a cada dia no mundo, na Igreja.

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Dedica suas jornadas a oração, a escrever, a acolher

as pessoas que vão a seu encontro em busca de luz e

conforto.

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Com o passar do tempo as Irmãs “voam” sobre os

caminhos do mundo. Madre Giovanna, já com 96 anos

de vida, com seus olhos de intenso e profundo azul,

límpidos, olha ao céu dizendo: “Mas quando me

levarás a Ti, o Senhor? ”

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Em seu pequeno quarto, envolvida no silêncio, com as

mãos assegurando seu terço, Madre Giovanna,

sofrendo, leva a término serenamente a oferta de sua

vida ao Senhor.

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Era o amanhecer do dia 21 de dezembro de 1984. O

Senhor tem chegado. Madre Giovanna volta a Ele. A

doçura daquela passagem doa a quantos estão ali,

alegria, paz e luz.

No quarto permanece o eco de sua voz: “Grande

ainda é a vida que nos falta! Corramos, voemos,

doemo-nos totalmente em um amoroso esforço de

adesão aos novos problemas”.

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“AQUILO QUE ERA O FIM DO PRINCIPIO,

AQUILO QUE TEMOS VISTO

COM OS NOSSOS OLHOS,

AQUILO QUE TEMOS CONTEMPLADO

E AQUILO QUE NOSSAS MÃOS TEM TOCADO, OU

SEJA, O VERBO DA VIDA,

AQUELO QUE TEMOS VISTO E OUVIDO,

NÓS O ANUNCIAMOS TAMBÉM A VOCÊS,

PORQUE TAMBÉM VOCÊS ESTÃO

EN COMUNHÃO CONOSCO.

ESTAS COISAS LHES ESCREVEMOS,

PARA QUE A NOSSA ALEGRIA SEJA PERFEITA. ”

( Jn. 1,1-4)

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Segundo o seu desejo é sepultada na capela da casa

do Noviciado em Assis.

Tinha dito:

“A Assis eu vou dormir...

se me chamam,

também de longe,

vou lhes responder”

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«Com a morte tudo começa:

essa é a obra-prima da vida.

Até logo na pátria celeste

que “só amor e luz há por confim”»

(Do Testamento de Madre Giovanna)

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