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1 DEZEMBRO 2010

Magia da Escrita

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Jornal escolar do agrupamento de escolas de Mundão

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Page 1: Magia da Escrita

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DEZEMBRO 2010

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DEZEMBRO 2010

FichaTécnica

Professores:Ana AlbuquerqueConceição CunhaCristina GuedesJoão BotelhoLúcia AndradeNuno Isidro

COLABORAÇÃO:

Direcção do AgrupamentoAssociação de Pais do Agrupamento

MONTAGEM E IMPRESSÃO:

Tipografia OcidentalRua do Castelo - Pinheiro Torto • 3500 REPESES - VISEUTiragem: 600 exemplares

PROPRIEDADE: Agrupamento de Escolas de Mundão

CLUBE MAGIA DA ESCRITA:

EDITORIAL

Alunos:Inês Santos, 5º AFrancisco Gomes, 5º AJéssica Ferreira, 5º ADaniel Cecílio, 6º CÂngelo Rodrigues, 6º CGonçalo Costa, 6º CMariana Galante, 6º C

Sempre foste um bom amigo e sempre serás. Estiveste

sempre presente quando nós precisámos.

Não tiveste oportunidade de tirar melhor proveito da

vida, mas acreditamos que foste muito feliz enquanto

estiveste na nossa companhia.

Está a ser muito difícil ultrapassar a tua perda, mas as

nossas boas lembranças animam-nos a continuar a nossa

caminhada nesta vida.

Quando voltaremos a ver-te?

Não sabemos.

Entretanto, teremos sempre o teu lugar especial

reservado no nosso coração.

Sempre contigo,

os teus colegas do 7ºA.

Testemunhos:Eu sinto muita pena por tu teres falecido. Nós

jogávamos todos os sábados à bola e na “playstation”, mas

agora já não. Queria jogar

contra ti pingue-pongue,

porque tu jogavas bem.

Durante o Verão, tu e a tua

irmã iam à minha casa

jogar “Monopoly”, ao

“Uno” e às cartas e, depois,

íamos para tua casa jogar

na “playstation”. Foste um

grande amigo e primo.

Cristiano Cunha, nº8, 7ºA

Diogo, a tua morte está a ser muito difícil de

ultrapassar, mas, em vida, foste sempre um grande

amigo, divertido e brincalhão. Nós pensamos nesses

momentos e ficamos mais animados.

Bruna Duarte, nº4, 7ºA

Querido amigo Diogo:

Muito se tem dito e escritoMuito se tem dito e escritoMuito se tem dito e escritoMuito se tem dito e escritoMuito se tem dito e escritosobre as múltiplas,sobre as múltiplas,sobre as múltiplas,sobre as múltiplas,sobre as múltiplas,complexas, e caóticascomplexas, e caóticascomplexas, e caóticascomplexas, e caóticascomplexas, e caóticasmudanças às quais nummudanças às quais nummudanças às quais nummudanças às quais nummudanças às quais numcurto espaço de tempo, acurto espaço de tempo, acurto espaço de tempo, acurto espaço de tempo, acurto espaço de tempo, aEscola tem estado sujeita,Escola tem estado sujeita,Escola tem estado sujeita,Escola tem estado sujeita,Escola tem estado sujeita,tendo como consequências,tendo como consequências,tendo como consequências,tendo como consequências,tendo como consequências,entre muitas outras, aentre muitas outras, aentre muitas outras, aentre muitas outras, aentre muitas outras, aredefinição do papel e acçãoredefinição do papel e acçãoredefinição do papel e acçãoredefinição do papel e acçãoredefinição do papel e acçãodos diversos agentesdos diversos agentesdos diversos agentesdos diversos agentesdos diversos agenteseducativos.educativos.educativos.educativos.educativos.

Os problemas que aOs problemas que aOs problemas que aOs problemas que aOs problemas que asociedade actual enfrenta,sociedade actual enfrenta,sociedade actual enfrenta,sociedade actual enfrenta,sociedade actual enfrenta,consequência de uma criseconsequência de uma criseconsequência de uma criseconsequência de uma criseconsequência de uma crisegeneralizada (devidageneralizada (devidageneralizada (devidageneralizada (devidageneralizada (devidasobretudo à procurasobretudo à procurasobretudo à procurasobretudo à procurasobretudo à procuradesenfreada do lucro,desenfreada do lucro,desenfreada do lucro,desenfreada do lucro,desenfreada do lucro,esquecendo o bem comum) eesquecendo o bem comum) eesquecendo o bem comum) eesquecendo o bem comum) eesquecendo o bem comum) ecujos verdadeiros e gravescujos verdadeiros e gravescujos verdadeiros e gravescujos verdadeiros e gravescujos verdadeiros e gravesefeitos aindaefeitos aindaefeitos aindaefeitos aindaefeitos aindadesconhecemos mas que jádesconhecemos mas que jádesconhecemos mas que jádesconhecemos mas que jádesconhecemos mas que jáantevemos, levam-nos a umantevemos, levam-nos a umantevemos, levam-nos a umantevemos, levam-nos a umantevemos, levam-nos a umsentimento de incerteza e desentimento de incerteza e desentimento de incerteza e desentimento de incerteza e desentimento de incerteza e deinsegurança no que respeitainsegurança no que respeitainsegurança no que respeitainsegurança no que respeitainsegurança no que respeitaao futuro.ao futuro.ao futuro.ao futuro.ao futuro.

É a Escola Pública queÉ a Escola Pública queÉ a Escola Pública queÉ a Escola Pública queÉ a Escola Pública querecebe as primeiras vítimasrecebe as primeiras vítimasrecebe as primeiras vítimasrecebe as primeiras vítimasrecebe as primeiras vítimasdessa crise: filhos de paisdessa crise: filhos de paisdessa crise: filhos de paisdessa crise: filhos de paisdessa crise: filhos de paisdesempregados; filhos dedesempregados; filhos dedesempregados; filhos dedesempregados; filhos dedesempregados; filhos depais com emprego, mas compais com emprego, mas compais com emprego, mas compais com emprego, mas compais com emprego, mas comsalários que não lhessalários que não lhessalários que não lhessalários que não lhessalários que não lhespermitem viver compermitem viver compermitem viver compermitem viver compermitem viver comdignidade; filhos e pais comdignidade; filhos e pais comdignidade; filhos e pais comdignidade; filhos e pais comdignidade; filhos e pais comfome, mas que têm vergonhafome, mas que têm vergonhafome, mas que têm vergonhafome, mas que têm vergonhafome, mas que têm vergonhade solicitar ajuda, …de solicitar ajuda, …de solicitar ajuda, …de solicitar ajuda, …de solicitar ajuda, …

E a Escola, mais uma vez,E a Escola, mais uma vez,E a Escola, mais uma vez,E a Escola, mais uma vez,E a Escola, mais uma vez,tem que responder, tem quetem que responder, tem quetem que responder, tem quetem que responder, tem quetem que responder, tem queestar atenta aos sinais eestar atenta aos sinais eestar atenta aos sinais eestar atenta aos sinais eestar atenta aos sinais eactuar, atenuando tão gravesactuar, atenuando tão gravesactuar, atenuando tão gravesactuar, atenuando tão gravesactuar, atenuando tão gravesefeitos.efeitos.efeitos.efeitos.efeitos.

Para que o espírito doPara que o espírito doPara que o espírito doPara que o espírito doPara que o espírito doNatal se prolongue no anoNatal se prolongue no anoNatal se prolongue no anoNatal se prolongue no anoNatal se prolongue no anoé urgente reeducar naé urgente reeducar naé urgente reeducar naé urgente reeducar naé urgente reeducar napartilha, na solidariedade,partilha, na solidariedade,partilha, na solidariedade,partilha, na solidariedade,partilha, na solidariedade,na responsa-bilidade, nana responsa-bilidade, nana responsa-bilidade, nana responsa-bilidade, nana responsa-bilidade, navalorização da família comovalorização da família comovalorização da família comovalorização da família comovalorização da família comoprimeiro e principal espaçoprimeiro e principal espaçoprimeiro e principal espaçoprimeiro e principal espaçoprimeiro e principal espaçode transmissão dos valores.de transmissão dos valores.de transmissão dos valores.de transmissão dos valores.de transmissão dos valores.

E a Escola, principalE a Escola, principalE a Escola, principalE a Escola, principalE a Escola, principalparceira nesta tão grandiosaparceira nesta tão grandiosaparceira nesta tão grandiosaparceira nesta tão grandiosaparceira nesta tão grandiosaodisseia tem que se assumirodisseia tem que se assumirodisseia tem que se assumirodisseia tem que se assumirodisseia tem que se assumircomo o verdadeiro motor dacomo o verdadeiro motor dacomo o verdadeiro motor dacomo o verdadeiro motor dacomo o verdadeiro motor dasociedade, criando umsociedade, criando umsociedade, criando umsociedade, criando umsociedade, criando ummodelo assente nessesmodelo assente nessesmodelo assente nessesmodelo assente nessesmodelo assente nessesmesmos valores, quemesmos valores, quemesmos valores, quemesmos valores, quemesmos valores, quedefendam a realização dodefendam a realização dodefendam a realização dodefendam a realização dodefendam a realização dohomem enquanto indivíduo ehomem enquanto indivíduo ehomem enquanto indivíduo ehomem enquanto indivíduo ehomem enquanto indivíduo eenquanto ser em relação,enquanto ser em relação,enquanto ser em relação,enquanto ser em relação,enquanto ser em relação,num clima que se pretendenum clima que se pretendenum clima que se pretendenum clima que se pretendenum clima que se pretendede rigor, trabalho, exigênciade rigor, trabalho, exigênciade rigor, trabalho, exigênciade rigor, trabalho, exigênciade rigor, trabalho, exigênciae moralização.e moralização.e moralização.e moralização.e moralização.

A Direcção doA Direcção doA Direcção doA Direcção doA Direcção doAgrupamentoAgrupamentoAgrupamentoAgrupamentoAgrupamento

Pela primeira vezna história do nossoA g r u p a m e n t o ,realizaram-se eleiçõespara a Associação deEstudantes. Foi comenorme civismo esentido deresponsabilidade queos alunos seapresentaram àseleições, registando-se uma grandeafluência às urnas.

Do sufrágio, saiu vencedora a Lista B, cujo presidente é oaluno Carlos Mendes, do 9º A.

Num universo de 439 alunos, apresentaram-se às eleições322 votantes, representando cerca de 73% dos alunos. Do 2º

Associação de Estudantesciclo, votaram 110alunos e do 3ºCiclo/ CEF,votaram 212alunos. Aabstenção atingiuos 23 pontospercentuais. (117alunos nãoexerceram o direitode voto).

 Lista A - 5% dosvotos

Lista B - 79,1 % dosvotos

Lista C - 15% dosvotos

Votos em Branco -0,6% dos votos

Votos Nulos - 0,3%dos votos

À lista vencedora,parabéns e votos deum bom mandato !

Agradecemos àequipa de professoresque iniciou e formalizou este processo, a saber: Paula Carlão,Helena Vitória, António Clemente, Lúcia Andrade e JoãoBotelho.

A Direcção

O Presidente da Associação de Estudantes:Carlos Mendes, do 9º A

Esta é a história do meu percurso escolar, desde pequenoaté agora (ainda sou pequeno, mas, enfim… Sempre já crescium bom bocado!).

Eu nunca frequentei o infantário, mas, mesmo assim, tivebons amigos. Ainda hoje brinco com eles.

Quando eu fui para a escola do primeiro ciclo, foi como setivesse entrado num mundo novo, de aprendizagem e brincadeira.Eu gostei muito dos professores e professoras que tive, das aulas,

das brincadeiras que fizemos nos recreios… E não gostei dosproblemas que nós criámos e de poucas coisas mais.

E, agora que entrei para o segundo ciclo, vou tentar nãoarmar confusões, portar-me bem melhor e manter as minhasnotas. Até agora, tenho adorado frequentar o segundo ciclo!

Eu sempre gostei de estudar e sempre fui um bom aluno.

Diogo Lauro Morgado, 5ºC

O meu percurso escolar

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Magia da Escrita (ME): Nasce em Lisboae muito jovem vai para Maputo. Querecordações de infância guarda deMoçambique?

Leonor: As mais importantes... liberdade ,falta de meios, logo mais imaginação , mistura deraças, todos diferentes todos iguais , o espaço, oscheiros, o céu muito acima das nossas cabeças...acalma, os pequenos prazeres que os dias nosdão , pores- do- sol ,banhos no mar à hora doalmoço, antes de ir para a escola outra vez.

Regressei com 10 anos, por isso tudo erabom...

ME: Em Maputo, inicia a sua formaçãona dança. O que a motivou a escolher essaárea?

Leonor: Não havia outras escolhas, já queme mexia muito , era uma óptima solução... Opçãodos meus pais ( excelente, diga-se, às vezes ospais têm destas coisas...( eu também sou mãe...))Mas logo me cativou. O esforço ,as amizade quese criavam, a liberdade de me expressar doutraforma. Os ritmos africanos tão orgânicos e vitais .Ainda hoje pulsam dentro de mim...

ME: Que importância atribui aos prémiosque tem recebido ao longo sua carreira?Somos um país que premeia o mérito?

Leonor: Gostamos de ser reconhecidospelo nosso trabalho e, vindo de uma entidadeprestigiada, a visibilidade é maior. Isso é positivo,porque as pessoas olham com outros olhos.

Tomo-os como reconhecimento não só domeu trabalho , como da importância desta nossaactividade “lúdica” artística.

Mas não são os prémios que me movem esim o aval do público.

Somos de facto um país com alguma dificuldadeem reconhecer méritos nacionais e, quanto apúblico, ainda há muito a fazer : a descentralizaçãoe projectos de sensibilização deviam serpremiados e devia haver mais .

ME: Neste momento, há uma febre dedescoberta de novos talentos na televisão.Considera que é uma boa forma de promoveras artes?

Leonor: A febre de descobrir talentos não énovidade: a novidade são as comunicações ,osmédia , internet , etc.

Os ” 5 minutos de fama “ que Andy Wharol (artista plástico dos anos 60-70) dizia que iriaacontecer , são hoje a realidade.

Talentos há muitos, com certeza , mas paraque fim os desejamos partilhar?

A Arte é efémera , em parte, porquê torná-laainda mais ? Para quase nem nos lembrarmosdela, e não ter qualquer impacto a não ser o exibirqualidades?

A Arte existe como necessidade de comunicar, estimular , questionar , provocar, embelezar ...

A fama conquista-se na vida . Com o quetemos para contribuir e supostamente ao longo deuma carreira de anos, e não minutos e mesescomo hoje. Estes concursos são uma ajuda paradesmistificar certas áreas , como, por exemplo,dança contemporânea ( minha área...), mas oque é preciso ter em atenção são os contextos decada arte . Não é tudo feito para o mesmo propósito,não é tudo elaborado da mesma maneira . O meureceio é a banalização das acções. Hoje, quasetudo é possível a qualquer hora, em qualquerlugar , as nossas vidas estão-se a tornarintemporais em tempo real!!!

ME: Desde 2003 que é a Directora dosProjectos Pedagógicos do Teatro Viriato. Quereceptividade tem encontrado por parte dopúblico escolar?

Leonor: Rectifico, sou bailarina daCompanhia Paulo Ribeiro que reside no Teatro

BAILARINA; DIRECTORA DO CENTRO DE PROJECTOS PEDAGÓGICOS DO LUGAR PRESENTE

Viriato e sou Directora pedagógica do LugarPresente – escola de dança e teatro – Vertentepedagógica da Companhia P.R.

Eu sei - as casas são próximas e as carassão as mesmas em ambos os projectos.

Temos 5 anos com actividades regulares ,aulas , workshops, apresentações informais acaminho de uma escola vocacional com ensinoarticulado.

O nosso percurso foi sendo construído àmedida das necessidades dos alunos que íamostendo e orientado para o que julgávamos faltar nacidade. Temos um público fiel e exigente , tantoalunos como pais ,isso nasce de um fruto semeadopelo LP, cada coisa é tratada com rigor , gosto,mas também trabalho e disciplina . Para outrosuma nova profissão.

ME: Se pudesse, como organizava aEscola, com o intuito de promover o ensinoartístico?

Leonor: Este passar a ser uma disciplinaobrigatória , de boa qualidade , como as outras .

Só tinham a ganhar todos. Estas áreaseducam os “ egos”, se assim podemos dizer ,prepara-os não só para si como para os outros.Podia e devia ser um trabalho de contacto dasvárias disciplinas . Mais rede nas aulas .

Os miúdos são muito activos hoje, nãoentendem porque têm de estar quietos 50 minutos,a não ser à frente do facebook ou consola , etc....Se os levar a ver uma peça de teatro ou dança,apesar de não quererem ... , portam-se de ummodo geral bem, porque os cativa, mesmo sendoum texto curricular.

O ensino tem o dever de, ao ensinar,estimular para a vida, e o que estão a ensinar épassado e eles vivem no futuro .

Como ter um ensino mais activo / estimulantepara estes jovens , já tão distantes de nós,“adultos”, que nos sentimos jovens?

Temos que nos actualizar e sermos maisrigorosos nos estímulos que queremos transmitir.Ser professor é um desafio, para além de seruma profissão de vocação , tal como a minha deBailarina; é- nos exigido mais de nós, e amor ,abdica-se de muita coisa mas ganhamos, naresponsabilidade de sermos mensageiros dodespertar .

ME: A dança é valorizada no panoramacultural português?

Leonor: Vai sendo cada vez mais , com umlongo caminho ainda para desbravar.

Somos um povo com medo de nãocorresponder , corremos pelo seguro, já fomosmais aventureiros... ou conquistadores;continuamos conservadores e com muitas ideiaspré- concebidas. Mas sinto esta geração maisdinâmica , sabem melhor que “ nós, adultos”, fazervárias coisas, com bom proveito, é claro! Somosmelhores, não sabemos que voltas a vidadá...Além disso, o ritmo de vida quer isso, quaseao mesmo ritmo do computador...sempre aactualizarem-se ...

ME: Em recente documentário, a Directorada Companhia de Bailado da Ópera de Paris,afirmou: “ Para ser bailarina tem que se ter adevoção de uma freira e o trabalho de umboxeur”. Pedimos que comente.

Leonor: Oi ! Freiras nem tanto ...com boxeur

já me identifico. Tenho dias em que me dói ocorpo como se tivesse andado à luta ... Maspercebo o que quer dizer com a devoção .

É como tudo : para sermos bons em qualquerque seja a profissão, tem que existir essa entrega, torna-se um gozo querer ir mais além . Nestecaso, o instrumento é o próprio corpo e isso requermuita energia, concentração, manutenção diária...predisposição, consciência. Nem todos os dias

são cor-de-rosa, mas depoistemos a cereja no topo dobolo: o confronto com opúblico; além dos aplausos,os seus comentários .

Hoje em dia, posso atéreceber mensagens dopúblico, dizendo o quanto foibom ou mau... algo em quetenha participado.

ME: Nos cem anos da República, comoé ser trineta do autor da música da“Portuguesa”( Alfredo Keil )?

Leonor: Somos uma família com muitas ”estórias “na história...

O trisavô Alfredo Keil , que fez a música, é umpersonagem já tardio na memória da família;vivia-se mais o impacto do acontecimento e aépoca era de uma grande revolução e um paísinteiro em movimento. Era um homem de váriosofícios artísticos e de uma grande veia humanistae patriótica . Talvez ele nos tenha incutido essedever , de ser capaz de revolucionar, de abrirportas, por uma vida melhor...

O avô Keil do Amaral , arquitecto , faz cemanos, este ano, que ele nasceu. Seguindo ospassos do avô, revolucionou de certa maneira aarquitectura em Portugal. Este já é umpersonagem muito recente na memória da família,e também especial...

Nós , eu e os meus pais , continuamos essaherança, revolver para fazer mexer, mas asportas são ao virar da esquina. Só quando sesai das grandes cidades é que se depara com arealidade de Portugal. É um conhecimentoconcreto, porque vivo em Viseu faz 12 anos.Existe a Capital e o resto é paisagem com unspoisos espalhados, já bastante habitados, mas

ainda não sólidos...ME: Que objectivos pensa que deverá

ter o novo centro de Artes e Espectáculosde Viseu?

Leonor: Primeiro, saber se vai mesmo paraa frente e quando...acho que não se justifica ainda,de qualquer maneira tenho / temos tantas batalhasaté este assunto ser posto na mesa...

ME: Se tivesse que descrever a dançanuma palavra, qual seria?

Leonor: Prazer.ME: Qual a sua palavra de eleição?Leonor: Verdade.ME: Resposta breve:Leonor: Difícil ser só uma hipótese ...Um filme: “ Blade the Runner”, de Ridley

Scott ( já antigo e tão actual , em todo...)Uma viagem de sonho: concretizei-a este

ano: conhecer a minha terra natal, Ponta Delgada– Açores

Um livro: Mr. Vertigo, de Paulo Auster.Uma música: Canção de embalar, de Zeca

AfonsoUm grupo musical: DeolindaUma cor: branco. Não, talvez ...azul. Uma cidade: Porto (pena estar tão

abandonada). Lema de vida: A RELVA É VERDE SE A

REGARMOS .

O ensino tem o deverde, ao ensinar, estimular

para a vida, e o que estãoa ensinar é passado e

eles vivem no futuro .

O que pensam alguns Delegados deTurma, do 5º ano, sobre as suas funções

1- A tua eleição foi uma surpresa? Porquê?

2- Consideras que este cargo te responsabiliza perante a turma?

3- Quais são as qualidades necessárias para se ser delegado de turma?

4- O que gostas mais na Escola de Mundão?

5- Se tivesses o poder de decidir, o que mudarias na Escola?

Delegado de Turma do 5ºA: Miguel JoséFernandes, nº 15

1- Sim. Porque não esperava ser eleito.2-Sim. Porque tenho de representar a turma

sempre que seja necessário.3-Ser responsável e bem comportado.4-O que eu gosto mais na escola é o recreio.5-Nada, sinto-me bem nesta escola.

Delegada de Turma do 5ºB: MargaridaFerreira Martins, nº 17

1-Sim, a minha eleição para cargo deDelegada de Turma foi uma surpresa porque,como estava numa nova escola e integrada numaturma com dezassete colegas que eu nãoconhecia, nunca me passou pela cabeça quepoderia ser eleita.

2-Sim, considero que este cargo me trazalguma responsabilidade perante a turma, poisentendo que devo estar mais atenta para poderajudar os meus colegas.

3-No meu entender, o Delegado de Turmatem de ser responsável e cooperativo.

4-No início do ano lectivo, senti-me um poucoassustada, pois ia deixar a minha escola“pequenina”, a minha professora, a minha sala eia para a escola “grande”, com muitos alunos,

muitos professores, tudo em grande quantidade.Porém, adaptei-me muito bem e gosto de cá andar.Por enquanto, ainda gosto de quase tudo. Não hánada que possa destacar.

5-Se tivesse o poder de decidir, mudaria aqualidade da comida servida na cantina.

Delegado de Turma do 5ºC: Diogo MesquitaSantos, nº 9

1- Eu não estava à espera de ser eleitoDelegado de Turma, porque, dantes, quandoandava na escola do 1º ciclo, portava-me mal. E,normalmente, os alunos escolhem colegas bemcomportados e cumpridores das regras.

2- Eu acho que este cargo exigeresponsabilidade e, nesse aspecto, é capaz de mefazer bem.

3- Para ser um bom Delegado de Turma,tenho de me portar bem, dar o exemplo, falar emnome dos meus colegas nas reuniões…

4- Na escola E.B. 2, 3 de Mundão, o que eugosto mais é da Biblioteca.

5- Se tivesse o poder de decidir, tentava quenão houvesse violência entre os alunos e faziamais salas de aula. Também tentaria arranjar umasala de convívio para os alunos.

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SensibilizandoSensibilizandoSensibilizandoSensibilizandoSensibilizando

A Comemorar também se aprende

Centenário da República

Os alunos do 6º B participaram nas comemorações do 5 de Outubro entoando o Hino

Nacional.

“DICAS PARA VIVER EMSEGURANÇA”

Nos dias dois, três e quatro de

Novembro, os agentes da Escola Segura

A Equipa de Saúde e Ambiente, em parceria com outrosprojectos, organismos e instituições, tem vindo a apostar nasensibilização da comunidade escolar, mais especificamente dacomunidade estudantil, para a prevenção de comportamentos

de risco . Ao longo deste período, foram realizadas diversasactividades e acções de sensibilização, passando por todos osníveis de ensino e todas as escolas do Agrupamento..

percorreram todas as Escolas do 1ºCiclo e Jardins de Infância, da sua áreade destacamento, com a realização da

acção desensibilização “Dicaspara viver emSegurança”, alertandoos mais pequenospara que adoptemc o m p o r t a m e n t o ss e g u r o s .Agradecemos aossenhores professorese educadores pelo seuempenho e dedicaçãoe reiteramos osagradecimentos àEquipa da EscolaSegura pela sua

disponibilidade incondicional.

SABER COMER É SABERVIVER

No âmbito do Dia Mundial daAlimentação e com o propósito deeducar para o consumo de alimentossaudáveis, foram realizadas diversasactividades, sendo de salientar a canção“Saber comer ”, uma canção comconselhos sobre como nos devemosalimentar para sermos saudáveis,elaborada e entoada pelos alunos doClube de Saúde e Ambiente, e claro está,ensaiada pela nossa Animadora Cultural.

Realizou-se, ainda, no dia 19 deOutubro, na sala 20, uma acção desensibilização sobre a alimentaçãosaudável, na presença dos alunos do 6ºA e CEF- H1, dinamizada pela SenhoraEnfermeira Celeste, da Unidade deSaúde Pública de Viseu. De uma forma

interactiva, falou-se sobre umaalimentação saudável. Visionou-se umPowerPoint que continha informações,dicas e regras sobre como devemos teruma alimentação equilibrada. Foi, semdúvida, uma actividade interessante,enriquecedora e contribuiu para aaplicação de conhecimentos e para aapropriação de novas formas deconduta.

Foi realizada ainda uma exposiçãoalusiva ao tema e um concurso emparceria com a Biblioteca, intitulado “O Sabor das Palavras”, onde os alunostinham que dar asas à sua imaginação eescrever poemas subordinados ao tema.

Professora Isilda Monteiro

O dia 17 deNovembro - Dia doNão Fumador – nãop a s s o udespercebido aoClube da Saúde eAmbiente erespectiva equipaque, em parceriacom a Unidade deSaúde Pública deViseu, dinamizaramuma acção desensibilização sobreos perigos dotabaco. Com esta acção, pretendeu-sealertar os jovens para os malefícios queeste hábito traz para a sua saúde e paraa saúde dos que os rodeiam. Os felizescontemplados com esta acção, muitobem orientada pela já conhecidaenfermeira Celeste, foram alunos do9ºA que, numa aula de Área de Projecto,

Dia do Não Fumador

sob o comando do professor PauloParaíso, souberam estar e participaramde forma ordeira e activa.

Foi, ainda, projectado umpowerpoint durante os intervalos eafixada informação, apelando para onão consumo do tabaco.

O Dia Mundial da Luta Contra a Sidatem como principal objectivo promovera prevenção e consciencialização sobrea epidemia de HIV.

O último relatório da ONU Sidaaponta que, desde que surgiu a doença,morreram cerca de 25 milhões depessoas e 60 milhões foram infectadascom o vírus do HIV. Em Portugal,existem cerca de 32 mil pessoasinfectadas com o vírus HIV.

Esta é uma doença sem cura, quemata! A prevenção começa em casa,na escola, entre amigos...

O Projecto de Promoção eEducação para a Saúde da nossa escolaassociou-se a esta causa, distribuindoinformação pelos alunos, analisandotextos, expondo materiais específicos edinamizando acções de sensibilização,no dia 30 de Novembro, junto dosalunos, nomeadamente: Doençastransmissíveis e Riscos do consumo dedrogas.

Dia Mundial da LutaContra a Sida

A primeira foidinamizada pelaDrª Raquel,psicóloga doCAD( Centro deAconselhamento eDetecção Precocedo VIH/Sida ) epela EnfermeiraCeleste daUnidade de SaúdePública, direccionada a todos os alunosdos CEFs. Esta acção teve comoprincipal objectivo alertar e sensibilizaros jovens para que estes tenhamcomportamentos correctos, evitandoassim, que venham a ser portadores dovírus da Sida.

A segunda foi dinamizada pelo agenteDuarte da Escola Segura, dirigida aosalunos do 7ºA e 6ºA, tendo comoprincipal objectivo alertar os jovens paraos risco que advêm de um possívelconsumo de drogas lícitas e ilícitas.

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Desde o século XI, os papas Silvestre II(1009), João XVII (1009) e Leão IX (115)obrigam a comunidade a dedicar um dia aosmortos.

No século XIII, esse dia anual passa aser comemorado a 2 de Novembro, porqueo dia 1 de Novembro é a Festa de Todos osSantos.

Só com o tempo é que a festa evoluiu ese fez acompanhar com velas e flores noscemitérios.

Em Portugal e noutros países da Europa,o Dia de Finados é celebrado com tristeza,pois recordam-se as pessoas de família eamigos que já morreram. As pessoas vãoaos cemitérios, deixam ramos de flores nascampas e acendem velas para iluminar osfalecidos no caminho até ao Paraíso emandam rezar missas em seu nome.

Mais um pormenor muito mórbido acercado Dia de Finados e do Dia de Todos osSantos: o terramoto de 1755, aquele enorme

que houve em Lisboa e que matou milharesde pessoas, foi no dia 1 de Novembro!

No nosso país, no dia de Todos osSantos, em algumas aldeias, de manhã bemcedinho, as crianças saem à rua empequenos grupos para pedir o “Pão porDeus”. Passeiam assim por toda a povoaçãoe, ao fim da manhã, voltam com os seussacos de pano cheios de romãs, maçãs,doces, bolachas, rebuçados, chocolates,castanhas, nozes e, às vezes, até dinheiro!Há povoações em que se chama a este dia o“Dia dos Bolinhos”.

Ao pedir o “Pão por Deus”, cantam-seas seguintes cantilenas enquanto se andade porta em porta:

“Pão por Deus,Fiel de Deus,Bolinho no saco,Andai com Deus.”

DIA DE FINADOS - uma efeméride antiquíssimaNo século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar portodos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais

ninguém se lembrava.

Ou então:“Bolinhos e bolinhósPara mim e para vósPara dar aos finadosQu’estão mortos, enterradosÀ porta daquela cruz

Truz! Truz! Truz!A senhora que está lá dentroAssentada num banquinhoFaz favor de s’alevantarP´ra vir dar um tostãozinho.”

Quando os donos da casa dão alguma coisa:“Esta casa cheira a broaAqui mora gente boa.Esta casa cheira a vinhoAqui mora algum santinho.”

Quando os donos da casa não dão nada:“Esta casa cheira a alhoAqui mora um espantalhoEsta casa cheira a untoAqui mora algum defunto.”

Pesquisa feita por: David Morgado,Maria Almeida, Miguel Duarte e Pedro

Almeida, 6º B s

I’m a ghost :

I’ll fly over your house ;

I’ll put pumpkins in front of your house ;

I’ll make noise at night so you won’t sleep

;

I’ll try to enter your house;

I’ll try to scare you as much as possible;

I’ll get into your bedroom;

I’ll bend over you and I will wake you up;

You’ll get really scared and you’ll yell;

And I will say to you that it is just a

nightmare ;

I’ll give you a kiss and I won’t let

anyone get near you all night long.

Will you be safe with me ?

Who knows ?

Rafaela Abrunhosa, 9ºC

I’m a witch.

Black and mad.

I’m ugly and I make tricks.

I’m spooky and I like scaring children.

I have supernatural powers and

I fly on broomsticks.

Jessica Vitorino, 9ºC

HALLOWEENNA NOSSA ESCOLA

O Halloween é uma actividade dadisciplina de Inglês que se realiza todos osanos cá na escola. O Halloween comemora-se no Reino Unido e nos restantes paísesanglófonos a 31 de Outubro, mas cá naescola nós comemoramo-lo quando dá maisjeito: por exemplo, este ano, fizemos acelebração no dia 29, porque no dia 31 eradomingo. Nesse dia, muitos alunos vierammascarados de bruxas, vampiros… enfim,horríveis!

Este ano, as nossas professoras deInglês sensibilizaram-nos, com bastante antecedência, para participarmos num concursode realização de bonecas bruxas. Participaram todas as turmas do 2ºciclo e foram expostas,no pátio central da escola, quase 100 bruxas.

Os vencedores do concurso foram os seguintes alunos:• 1º lugar – Tiago Marques,

nº19, do 5ºA• 2º lugar (ex aequo) - Ana

Teresa Poças, nº2, do 5ºB; InêsPina, nº11, do 5ºB; GuilhermeOliveira, nº8, do 6ºB

Parabéns a todos os alunosparticipantes (As pessoas diziamtodas que as “bruxas” feitas pornós, alunos, estavam umespectáculo!). E parabénsespeciais aos vencedores!

Tiago Amaral, 6ºB

Halloween poems!I am a VampireI live in Hollywood.At midnight I wake upTo drink your blood!

I’m a big pumpkin.I live in Hollywood, too!If you look at me…I’ll crash you!

I’m an ugly monster,I live in your school.If you have bad grades

I’ll chase you!

English 2010/2011Teacher: Madalena Melo

Rita Almeida Nº2/ 9ºCDiana Costa Nº9/9ºC

HalloweenZombie:I am a zombie and I’ve lost my head;Yesterday I found my leg;All this because I am dead;and tomorrow I’ll sell my other leg.

Gabriel Marques, 9ºC

A primeira vez que se deu relevância ao «Diade Acção de Graças», na América, aconteceu emmenos de um ano, após os primeiros colonosfundarem a Colónia de «Plymouth», no entãochamado Novo Mundo. De facto, a abundânciana colheita do milho – plantação essa que deve o

seu sucesso à preciosa ajuda de uma tribo deameríndios, a tribo Wampanoag, exímiosagricultores da América do Norte – levou a que oGovernador William Bradford decretasse umacelebração especial: um almoço festivo que unissecolonos e nativos.

Conta a história que, num acto deconsideração pelos Wampanoags e a suapreciosa ajuda, o chefe da tribo e a sua famíliaforam convidados a participar no evento… o que

THANKSGIVING OU O “DIA DEACÇÃO DE GRAÇAS”

ninguém contava era com o número elevado departicipantes que, à última hora, apareceu para oalmoço, fazendo com que os festejos seprolongassem ao longo de vários dias! Desdeentão, o dia de Acção de Graças é celebrado naAmérica do Norte, na quarta quinta-feira do mêsde Novembro, vindo a tornar-se feriado nacionaldesde a presidência de Abraham Lincoln. Hojeem dia, as famílias juntam-se à volta da mesa aojantar e dão graças pelas coisas boas que foramacontecendo nas suas vidas, ao longo do ano.Entre outras inúmeras iguarias, os Americanoscomem peru recheado e assado no forno e, àsobremesa, tarte de abóbora.

Grupo de Inglês (3º Ciclo)

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Esta é uma expressão que vulgarmentese ouve quando se fala em separar o lixonas nossas casas.

Os alunos da EB1 de Bassim também nãotinham um ecoponto na escola e, como a

separação do lixo era uma das actividadesque estava planeada tanto na Área deProjecto, como no programa Eco-Escolas,do qual a nossa escola faz parte, resolvemosmeter “mãos- à-obra” e fazer o nossoecoponto.

Começou-se por aproveitar uma caixa depapelão, que a professora arranjou.Cortámo-la em três partes diferentes, dadoque as nossas necessidades, em relação àquantidade de lixo na escola, também sãodiferentes. Chegámos à conclusão que

SEPSEPSEPSEPSEPARAÇÃO DO LIXO?! EU, AARAÇÃO DO LIXO?! EU, AARAÇÃO DO LIXO?! EU, AARAÇÃO DO LIXO?! EU, AARAÇÃO DO LIXO?! EU, ATÉ FTÉ FTÉ FTÉ FTÉ FAZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO!AZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO!AZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO!AZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO!AZIA…MAS NÃO TENHO UM ECOPONTO!necessitávamos de um Plasticão grande,devido aos pacotes de leite e iogurtes queconsumimos diariamente; o Papelão seria detamanho médio, uma vez que, apesar detentarmos ao máximo aproveitar o papel,

numa escola é um lixo vulgar; e por último, omais pequeno é o Vidrão, pois não é muitofrequente este tipo de lixo.

Passámos então à melhor parte, aquelaem que deitámos as “mãos-à-obra” noverdadeiro sentido da expressão. Têm queexperimentar! É muito boa a sensação demexer na tinta com as mãos. Pois é, foi issomesmo que fizemos. Pintámos o nossoecoponto com as respectivas cores e comas nossas mãos. Ora vejam!

E este foi o resultado final. Digam lá que

não ficou um espanto! E não ficou caro, sóé preciso um pouco de imaginação etrabalho.

Assim, é muito fácil separar o lixo. É sóabrir a tampa certa. Nós já nos habituámos e

já não conseguimos juntar o lixo, e quandoum colega se esquece há sempre outro queestá atento para chamar à atenção.

Além de separarmos o lixo no ecoponto,estamos também a juntar tampas plásticas epilhas.

Pretendemos fazer todos os esforçosque estão ao nosso alcance, para ajudarmosa salvar o nosso planeta que se encontraem “risco de vida”.

Alunos do 2º e 3ºanos da EB1 de Bassim

Como reciclamosna nossa escolaNa nossa escola há dois meninos que,

depois da turma acabar de beber o leite, nolanche da manhã, pegam numa tesoura,cortam os pacotes e depois enxaguam-nosmuito bem, para não cheirarem mal e nãoterem lá leite nenhum.

Todos os dias fazem isso e, no final dasemana, vamos todos, pela manhã, colocaros pacotes de leite e outros materiais depapel usados, no papelão.

À tarde, comemos o pão. Este vemdentro de um plástico. Tiramos-lhe oplástico e no final da semana fazemos amesma coisa; mas colocamo-los noplasticão.

Como estamos na estação do Outonoas folhas caem e apodrecem. O Nossorecreio estava cheio delas! Então, pegámosnuns ancinhos, baldes e vassouras ecomeçámos todos a juntá-las e a pô-las nocontentor da compostagem da escola. O

objectivo destas tarefas – juntar frutapodre, folhas, etc., – é fazer estrume/fertilizante para as plantas crescerem semrecorrer a químicos.

Toda a gente devia reciclar um pouco,ou limpar o mundo, pois se o mundo cuidade nós, nós também devemos cuidar dele.

Hoje, a Sra. Professora mandou-mefazer este trabalho sobre como devemosreciclar e como nós reciclamos na escola.Espero que quando lerem o meu trabalhovos esteja, de alguma forma, a alertar paraos problemas do nosso Planeta Terra. Pois

é, o nosso Planeta também temproblemas!!!!!!!!!!!!!!!! Somos nós …

AlessandroTrabalho realizado pelos alunos da

EB1 de Travasso de Barreiros

Foi com este apelo lançado na página Webda nossa escola que convidámos todos oscidadãos a participarem no projecto nacional“Vamos Plantar Portugal”.

Esta iniciativa de natureza cívica e altruísta, eabraçada pela turma do 6ºA em cooperação com aJunta de Freguesia de Cavernães, foi levada aefeito, no passado dia 27 de Novembro, numajornada de festa que quisemos que fosse uma formade ajudar a repor o parque florestal da região.

Logo de manhã, bem cedo, (Brrr!! Que frio!,daqueles que só aparecem lá mais para Janeiro,nem dá para pôr o nariz de fora), mas foi à portada Junta de Freguesia que nos concentrámos eorganizámos para, em caravana automóvel, nosdeslocarmos ao primeiro local seleccionado e aíplantarmos as primeiras árvores. O sr. João,funcionário da Junta, a passo e em “compasso”,marcava, um a um, os lugares que atrás,pequenos grupos de sachola e picareta em punho,abriam para depositar delicadamente a raiz

daquelas frágeis plantas. Depois, os maispequenitos deitavam, nesses buracos, pequenasquantidades de estrume que, de imediato, eramatupidos e regados com baldes de água, de modoa proporcionar melhor adaptação destas espéciesà sua nova morada.

A pouco e pouco, outras áreas descampadas

“Contamos e precisamosda adesão de “mão-de-obra”voluntária, para, na freguesiade Cavernães, e em local jádeterminado, podermosplantar as 150 árvoresconseguidas”.

se encheram de esguias varas com diminutas folhitasa despontar, deixando antever uma agradávelimagem de um futuro e risonho parque de sombrasa desfrutar por quem aí deseje descansar ou atémesmo merendar em dias de Verão.

Concluída a plantação programada, ficámossatisfeitos por ver o nosso projecto realizado, numprocesso de estudo e reconhecimento de um dosprincipais problemas e suas causas no meio ambiente,desflorestação, e passámos a conhecer a importânciaque as plantas autóctones têm na Natureza.

Em jeito de conclusão, uma vez mais, umapalavra de gratidão à Junta de Freguesia deCavernães, aos Pais, familiares e amigos queestiveram connosco, presencialmente ou não,nesta iniciativa e que de uma forma muito nobresouberam cimentar nestes meninos valores decidadania, de educação cívica, de cooperação ede respeito pela floresta que é de todos nós.

Parabéns, meninos do 6ºA!

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Outros espaços, outras culturas

Magia da Escrita: Qual o teu país deorigem?

Olá a todos! Eu sou natural de SantaMónica, uma localidade perto de Caracas,capital da Venezuela. Apesar de ser umalocalidade muito bonita, com um climaexcepcional, um dos grandes problemas comque se depara é o elevado nível de violência,o que a torna, irremediavelmente, numa zonacom baixa qualidade de vida.

Magia da Escrita: Memórias doprimeiro dia de aulas…

Não tenho muitas memórias desse dia!Lembro-me de algumas coisas, mas nãomuitas… Lembro-me da mochila que andeia pedir à minha mãe durante quase um mês,uma cor-de-rosa, o entusiasmo com que ausei e estimei… Era a minha mochila! Ointervalo, lembro-me de irmos com aprofessora conhecer o enorme jardim comárvores de fruto que havia nas traseiras daescola. Ah! O que me recordo também muitobem era de tirarmos sempre as sapatilhas àentrada da sala e calçarmos as pantufas. NoInverno, era tão bom!

ME: Recordas como estava organizadaa tua escola?

Perfeitamente! Éramos apenas três alunosdo primeiro ano, portanto estávamos os trêsna mesma fila, e o segundo ano nas outrasduas. Não havia refeitório, a sala estava

Se, no passado, entrevistámos alunos oriundos do estrangeiro, esteano, a pergunta natural que nos ocorreu foi: “E não haverá professoresnessa situação?”. Assim, fomos indagar de colegas que se enquadrassemnesta rubrica. A nossa entrevistada é a animadora sócio -cultural

Jeniffe\r, acabada de chegar de Caracas, na Venezuela.

sempre muito quentinha, tinha um aquecedora lenha. O quadro era um instrumento sagrado,que impunha respeito na hora de oconfrontar. Afinal, quem não tremia daspernas as primeiras vezes que foi ao quadro?

ME: Na tua escola, havia alunosestrangeiros?

Não, era apenas eu, mas, como falavaportuguês, nunca senti dificuldade naaprendizagem e nem nunca senti que eratratada ou vista de forma diferente. Masconfesso que me incomodava, quase todosos dias tinha um nome diferente,normalmente chamavam-me Jenífér!

ME: Quando e com que idaderegressaste a Portugal?

As memórias que transcrevi referem-sea Portugal; regressei muito pequenina, asituação económica e social do país estavamuito complicada.

Uma curiosidade: segundo a ONGObservatório Venezuelano da Violência(OVV), Caracas é uma das cidades maisperigosas da América Latina, com uma taxade 140 homicídios para 100 mil habitantes.

ME: Que diferenças notaste, positivas enegativas, em relação à escola venezuelana?

Não posso falar nesta questão comconhecimento pessoal, mas, ouvindofamiliares que ainda estão lá, posso afirmarque os níveis de violência escolar na

Venezuela são bastanteelevados, a população écomposta por múltiplasculturas, o que,consequentemente, geraconflitos de várias ordens eno seio escolar mais ainda.

ME: Em que paísconsideraste o nível de ensinomais exigente?

Penso que, em Portugal, oensino é, apesar de tudo, maisexigente, embora os critériosde avaliação sejamevidentemente diferentes,porque estão adaptados arealidades francamente distintas.

ME: Gostarias de educar os teus filhosno sistema de ensino venezuelano?

Não. Apesar de tudo, penso que Portugaltem um ensino privilegiado, onde sãoevidenciadas questões curriculares denecessidades específicas. Os currículos SEI,CEF’S, entre outros, estão sem dúvidabastante sustentados, senão vejam o casoda nossa Escola.

Outra curiosidade: os professoresvenezuelanos e colombianos são vítimas desequestros e assassinatos. Para muitosdocentes do país, o exercício de suaprofissão é de alto risco, pois também contraeles apontam os fuzis dos gruposguerrilheiros e paramilitares. No caso dosdeslocamentos forçados, muitos dosdocentes, aterrorizados, decidem trocar defunção e localizar-se em outras áreasurbanas. Dependendo dos riscos queenfrentam, podem ser transferidos para

outros Estados ou, inclusive,para outros países, se a suasituação assim o tornarnecessário. Ainda que osíndices de delitos contra oseducadores colombianostenham diminuído, emalgumas regiões do país, serprofessor é ser objectivo dosgrupos armados ilegais.

Apesar dos númerosindicarem que Portugalcomeça a ter algum historial emtermos de violência escolar,tendo em conta a realidade danossa escola, podemo-nos

considerar privilegiados!ME: O que mudarias no sistema de

ensino português?Isto é uma questão digna de tertúlia:

podíamos organizar um dia destes na nossaescola. No meu entender, penso que mudavaa grande burocratização da profissãodocente, o que faz com que o sistema deensino seja menos humanizado e que se dêmais importância a números e estatísticas,em vez de enfatizar o verdadeiro papel doEducador.

Embora esta burocratização seja umaimposição superior, os Professores, nos diasde hoje, dão o seu melhor contributo paracolmatar essas novas nuances da Educação!

ME: Muito obrigado pela tuacolaboração e … adios !!!

Obrigada ao Magia da Escrita peloconvite.

Desejo a todos um Feliz Natal!Beijinhos!

Rádio EscolaFaz mais do que existir, vive

Faz mais do que tocar, sente

Faz mais do que olhar, observa

Faz mais do que ler, absorve

Faz mais do que escutar, ouve

Faz mais do que falar, comunica!

John Rhoades

Esta é a principal mensagem que a

imagem da Rádio Escola expõe, no seu

redecorado espaço.

Como tinha sido prometido

anteriormente, a Rádio Escola tem “cara”

nova. Penso que está um espaço mais

agradável e mais atractivo. Vem fazer-nos

uma visita um dia destes e fica a conhecer

melhor a nossa Rádio.

Aproveitamos para divulgar à

Comunidade Escolar que podem, a partir

de agora, enviar um email para a Rádio,

com novidades, notícias, passatempos,

concursos, dedicatórias, sugestões, entre

tantas outras coisas. Partilha connosco

aquilo que bem te apetecer, COMUNICA!

radioescolamundao… gmail.com

Esperamos por si. Saudações Radiofónicas!

A animadora cultural Jennifer

Marques

Expressão Colectiva!Este ano, a Expressão Colectiva conta com mais desafios!Podemos dizer que começámos o ano da melhor forma, com o convite para participar no

dia 17 de Outubro, na semana Cultural da Associação Social e Cultural Vale do Dão, realizadaem Ferreirós do Dão.

Hora de relembrar as performances apresentadas no 3º Dia Cultural, “Antítese”, “Baby”e “Sweat Dreams”, e pôr pés ao caminho!

Foi com muito prazer que o Clube de Dança representou o Agrupamento de Escolas deMundão; contou com o apoio da Equipa Técnica TEIPII, Jeniffer Marques, Ana Rolão ePatrícia Oliveira, que acompanharam os 38 elementos que participaram na actividade.Relevou-se uma prática bastante positiva, a retirar principalmente o contacto com um públicomaioritariamente envelhecido, experiência nova, permitindo uma interacção e feed-back

bastante agradável!Mais convites já aparecem: no dia 19 de Dezembro, Festa de Natal da Associação

Acredita, Travassós de Baixo.Here we go!

A animadora cultural Jennifer Marques

Campanha de Recolha de Tampas de Plástico

PEQUENOS GESTOS PODEMAJUDAR O RODRIGO e...

o AMBIENTE!O Rodrigo é um menino com pouco mais de 2

anos, de Fão, que nasceu sem a mão direita.Para podermos dar ao Rodrigo uma mão biónica,é preciso juntarmos 18 toneladas de tampinhas.  Anossa  escola  associou-se a esta causa e vairecolher tampinhas para ajudar o Rodrigo mas,para isso, precisa da ajuda de todos. É tão simples!Não custa nada! Junte tampinhas e entregue-asao seu educando ou a alguém que frequente aEscola. Aceitam-se todo o tipo de tampas: de sumos,águas, detergentes, champôs, gel, lacas, asas degarrafão, ...

“Hoje, pelo Rodrigo …Amanhã, quem sabe?”

Equipa do Clube Saúde & Ambiente

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DEZEMBRO 2010

O QUE É FEITO DOS NOSSOS EX-ALUNOS?

Magia da Escrita (ME): Que balanço faz doscinco anos que passou na EB2,3 de Mundão?

É um balanço bastante positivo a todos os níveis.Conheci pessoas que me marcaram para o resto davida e grandes amizades que chegam ainda aos diasde hoje. Tive sempre um grande apoio por parte detoda a gente, o que facilitou a minha integração.

Magia da Escrita: Durante o seu percurso deestudante, na E. B. 2,3 de Mundão, qual foi omomento mais marcante?

Não tenho nenhum momento que me tivessemarcado de uma forma especial, pois todos osmomentos passados na escola foram importantes.

Magia da Escrita: Que diferenças sentiuquando abandonou esta escola e passou para oensino secundário?

Tive a sorte de não sentir muitas diferenças namudança, pois fui muito bem acolhido na minha escolado ensino secundário, o que me facilitou a integração.

ME: Ao longo do seu percurso escolar, sentiuo apoio suficiente, pelo facto ser cego?

Felizmente, tive a sorte de ter sido sempre bemapoiado. Apesar de existir um pequeno contra, que éo da atribuição dos livros escolares que, ou demoravam

imenso tempo a vir ou vinham de outras edições maisantigas. Quanto ao resto, foi um apoio positivo.

ME: Fale-nos dos motivos que o levaram aoptar pelo Curso Profissional.

Optei por um curso profissional, pois sempre gosteide fazer coisas mais práticas.

ME: Nesta época de crise, foi fácil arranjaremprego?

Ainda não tenho emprego. Estou a fazer um estágioprofissional como telefonista na universidade deAveiro, no âmbito de uma formação que tive emCoimbra, na ACAPO.

ME: Em que consiste o seu trabalho?O meu trabalho baseia-se no atendimento

telefónico. ME: Sente-se discriminado pelo facto de ser

cego?Existem alguns momentos em que isso se sente.

Pode-se dizer que, no que diz respeito ao emprego,isso se sente bastante. Talvez porque as empresas nãoestão muito informadas das verdadeiras capacidadesdas pessoas com deficiência.

ME: Tem um cão-guia? Considera que oscães-guia são uma ajuda para os invisuais?

Não tenho nenhum cão-guia, mas conheço todasas vantagens da utilização de um cão-guia. Conheçoalguns colegas que são utilizadores de cão-guia e têmuma vida bastante autónoma.

Nome: Carlos Manuel Duarte PereiraIdade: 27Habilitações: 12º ano

ME: Diga-nosquais são as maioresdificuldades nagestão do seuquotidiano.

As maioresdificuldades na gestãodo meu quotidiano são, por exemplo, a deficiente redede transportes, más acessibilidades a locais públicos,com deficientes acessos.

ME: Que qualidades prefere num serhumano?

Existem qualidades que são indispensáveis no serhumano, tais como, humildade, honestidade,sinceridade.

ME: Como ocupa o seu tempo livre?Ocupo o meu tempo livre a tocar acordeão, a jogar

goalball, a ouvir música, passear, etc.

ME: De que objectos não prescinde?Existem alguns objectos dos quais não prescindo,

tais como o telemóvel, o relógio, e a bengala.ME: Qual a sua palavra favorita?A minha palavra favorita é felicidade.ME: Quer deixar uma mensagem aos alunos

do Agrupamento de Escolas de Mundão?Quero apenas deixar uma mensagem de sucesso

para todos e para aproveitarem o que de bom tem avossa escola.

Parlamento dos JovensÀ semelhança de anos

anteriores, o Agrupamentoparticipa no ProjectoParlamento dos Jovens. Esteano lectivo verificou-se umaenorme adesão à iniciativa, pois8 turmas e respectivosDirectores de Turmapesquisam e debatem o temaViolência em Meio Escolar.Para que esta actividade

produza impacto na comunidade educativa, a comissãoresponsável pelo projecto tem agendadas várias

iniciativas que prevêem a parceria com instituições(Escola Segura e APPR) e a vinda de um deputadoda Assembleia da República.

Assim, no dia 15 de Dezembro os alunosparticiparam numa sessão de sensibilização para otema dinamizada pelos elementos da Escola Segura.

A professora Paula Carlão

O objectivo deste texto é dar a conhecer uma realidade bempresente entre nós, e bastante conhecida, apesar de nem sempreser reconhecida como tal: as agressões físicas, verbais e psicológicasque são exercidas, individualmente ou em grupo, na escola.

É um objectivo, também, sensibilizar e alertar os educadores eos pais, para a eventualidade de os seus educandos poderemestar a ser vítimas de bullying, sem que se apercebam.

Esta forma de agressão, chamada “bullying”, pode levar aosuicídio. É frequente acontecer na escola e reveste-se de umagrande intensidade para as crianças/adolescentes, de ambos ossexos, entre os onze e os dezasseis anos. Daí a importância dehaver um mediador que ajude os intervenientes numa situação debullying a resolverem o conflito surgido, num processo, depreferência, pacífico, privado e confidencial. Este terceiro elementodeverá ser neutro, imparcial e independente e deverá, igualmente,incentivar e promover o diálogo, as boas práticas sociais e

Bullying nas escolas uma realidade que se pretendia bem distante de nós…educativas.

O objectivo geral da mediação consiste em auxiliar as partesenvolvidas a alcançarem um acordo justo e mutuamente satisfatório,a colaborarem na resolução do problema, em vez de se manteremagarradas a posições inultrapassáveis.

A mediação proporciona uma intervenção mais rápida, menosdispendiosa e mais co-participativa e facilitadora de diálogo naregulação das situações de conflito.

Vamos, todos, combater esta triste realidade! O aluno agressore violento é um aluno cobarde, que não sabe respeitar os outrosnem merece ser respeitado. Por isso, não se calem! Se forem vítimasde bullying, falem com um adulto: pai/mãe, professor, funcionário…Não sofram em silêncio!

Trabalho realizado por Tiago Amaral, do 6ºB

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À Conversa com... o Presidente da Junta de Freguesia de

Cavernães, Sr. Jorge Anselmo Martins

Nome: Jorge Anselmo MartinsIdade: 49 anosProfissão: empresárioMagia da Escrita (ME): Há quanto tempo

é que ocupa o cargo de Presidente da Junta?- Sou Presidente da Junta desde as últimas

eleições autárquicas, que se realizaram emOutubro de 2009.

ME: Que motivações o levaram acandidatar-se à Junta de Freguesia?

- Entendi, eu, e entenderam as pessoas quecomigo partilharam responsabilidades noexecutivo até então que, modéstia à parte, nessemomento, seria eu a pessoa mais bem posicionadapara gerir a freguesia. Havia, e há, muitos desafiosaliciantes pela frente. Há, pela minha parte, e pelaparte da minha equipa, uma vontade férrea delutar pela melhoria constante das condições devida da população da nossa freguesia. Achava-me portador de uma experiência acumulada quepoderia ser útil e que poderia ter um efeitomultiplicador nas mais-valias para a freguesia.

ME: Quais são os principais problemas enecessidades da freguesia?

- Os problemas com que uma freguesia comoa de Cavernães se debate são transversais atodas as freguesias rurais. Creio, contudo, querecentemente temos conseguido diminuir aquelasque são as principais assimetrias entre asfreguesias urbanas e as rurais. Tenho a minhafreguesia coberta, quase a cem por cento, com arede de saneamento básico e água. Tenho asobras fundamentais de equipamento básico emalha viária realizadas. Mas tenho, também,consciência que ser Presidente de uma Junta deFreguesia é ter pela frente uma “obra”permanentemente inacabada. É ter o entusiasmode estarmos sempre com novos desafios e semprecom o objectivo de fazer mais e melhor.

ME: Indique os principais objectivos quepretende seguir no mandato que está adecorrer.

- Os objectivos são sempre os mesmos: criar

condições a todos os níveis, tendo semprepresente que o património mais valioso de umafreguesia é a sua gente. De facto tudo deixa de tersentido se o objectivo principal não tiver as pessoascomo alvo. Concluídas as principais infra-estruturasé tempo de olhar para a vertente social, decriarmos uma rede de valências que vão aoencontro das necessidades de cada um, faciliteme promovam a fixação e atracção de novas gentes.

ME: Na sua opinião, as competências deuma Junta de Freguesia são adequadas paraa população que representa?

- Sinceramente não. Penso, até pelaexperiência de mais de vinte anos como autarca,que as responsabilidades e exigências que sãopedidas a um Presidente de Junta não sãocorrespondidas com a competente contrapartidafinanceira. É aqui o principal calcanhar de Aquilesde uma Junta de Freguesia rural. Os meiosfinanceiros de que dispõem apenas chegam paraos gastos correntes. É, por isso, uma luta constantena busca de apoios pontuais. Em minha opinião,impunha-se que uma parte dos impostos fossereceita própria das Juntas. Seriam elas a gerir oseu próprio orçamento, sabendo, à partida, comque receitas contavam, podendo, dessa forma,fazer uma programação mais cabal e responderde uma forma mais eficaz àquilo que são os justosanseios da população.

ME: Como é que os habitantes podemexpor os seus problemas?

- De muitas formas: temos os serviçosadministrativos abertos todos os dias durante ohorário normal, onde poderão deixar as suaspreocupações; temos a nossa página na internet, mas sei que, preferencialmente, as pessoas sedirigem pessoalmente a mim com o objectivo deverem solucionados os seus problemas. Pelaminha parte estou sempre disponível para atendertoda a gente. Posso dizer com algum orgulho quevejo em cada conterrâneo um amigo.

ME: Como é que os habitantes têmconhecimento do que é feito na freguesia?

- Têm conhecimento, desde logo, porquepassam a desfrutar de imediato dos benefíciosocorridos. Como referi anteriormente tudo é feitocom o objectivo claro de trazer melhoria ao dia adia das pessoas. É isto que elas querem, sentirque hoje têm condições um pouco melhor do queontem e que amanhã terão um pouco melhor doque hoje.

ME: De que forma podem as Juntas deFreguesia contribuir para o reforço do poderlocal e para o desenvolvimentosocioeconómico da população?

- Isoladamente uma Junta de Freguesia poucoou nada pode fazer para o reforço do poder local.Somos sócios da ANAFRE (Associação NacionalFreguesias) e, por essa via, sim. Por aí estamos alutar para um reforço constante não só dascompetências, mas também dos meios financeirosque permitam dar uma melhor resposta àquilo quesão o anseio das populações. Não nosesqueçamos que uma Junta de Freguesia tem umavantagem que é o conhecimento profundo dascarências e das expectativas da sua população. Émuito mais fácil inventariar e solucionar quando sepratica uma gestão de proximidade.

No que se refere ao desenvolvimentosocioeconómico, aquilo que poderá ser feito, deforma visível e com resultados práticos, não é maisdo que dotar a freguesia de todas as infra-estruturas e actividades de carácter social comoATL, Lar, Apoio Domiciliário, Creches e Jardinsde Infância, criando, assim, condições atractivaspara que pessoas e empresas ali se fixem. Nãotenhamos dúvidas que as pessoas só residemonde se sentem bem e onde dispõem de condiçõespara si e para o seu agregado familiar. É nessesentido que estamos a trabalhar. Em breve, com oapoio da Junta de Freguesia, será inauguradoum edifício que, sem dúvida, é a obra maismarcante da nossa freguesia. Trata-se de umedifício destinado a Lar e Creche cujo custoascenderá a mais de um milhão e meio de Eurose que vem sanar uma carência há já bastante

tempo identificada. Foi possível, agora, com oempenho da Associação de Solidariedade Social“As Costureirinhas” de Carvernães, levá-la pordiante e é com orgulho que em breve a vamosinaugurar.

ME: Somos do Agrupamento de Escolas deMundão e gostaríamos de saber como tem sidoo trabalho em parceria com a nossa escola?

- Investir nas nossas crianças é sempre omelhor dos investimentos.

Creio poder afirmar que tem havido sempreuma saudável entreajuda.

É justo, neste aspecto, reconhecer o trabalhoexemplar que a escola tem feito na procura deparceiros e consensos.

Estarei sempre disponível para o que a escolajulgue lhe possa ser útil.

ME: Alguma mensagem que queira deixaraos cidadãos da sua freguesia?

- A mensagem é a mesma de sempre: têm umPresidente de Junta que defende,intransigentemente, aquilo que são os interessesglobais da Freguesia e que luta, a cada instante,para conseguir o melhor para todos. Aquilo queme move e motiva mais não é do que lutar para amelhoria do nosso bem-estar colectivo.

Continuo hoje tão entusiasmado como noprimeiro dia e posso garantir-lhes, olhos nos olhos,que não os desiludirei e que saberei sermerecedor da confiança que em mim depositaramde forma tão expressiva.

ME: Bem-haja pela amável colaboração.Muitos sucessos pessoais e profissionais!

O Agrupamento de Escolas de

Mundão conta, ao longo de mais um anolectivo, com a presença da Equipa

Técnica constituída por uma AnimadoraCultural, uma Assistente Social e umaPsicóloga, no âmbito do Projecto TEIP

II.No presente ano, a Equipa

estruturou as suas actividades de umaforma diferente, uma vez que surgiua possibilidade da implementação doGabinete de Apoio ao Aluno e à Família(G.A.A.F.), através do qual começoupor planear e dinamizar as actividadese a responder de uma forma maisorganizada às necessidades da Escola.

As tarefas a que o G.A.A.F. sepropõe são:

Selecção de Alunos:· Situações de indisciplina em

contexto escolar, principalmente oscasos reincidentes de participaçõesescritas e repreensões registadas;

· Sinais evidentes de agressividadeverbal e psicológica;

· Estrutura familiar do aluno,principalmente a nível de carênciaseconómicas, ambiente emocional erelação Pais – Filhos;

· Alunos com NecessidadesEducativas Especiais.

Encaminhamento de Aluno:

· Depois de identificada cadasituação problemática dos alunos

G.A.A.F. – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família

envolvidos e sinalizados, cada um delesserá encaminhado para o Técnico/Serviço que melhor se adapte à suarealidade.

A Equipa Técnica tem estadosemanalmente a dinamizar actividadesnas várias escolas contempladas peloProjecto TEIP II. Junto dos alunos dasEscolas Básicas do 1º Ciclo de Casal deEsporão e Pólo de Bassim, Cepões,Nogueira de Côta  e Travassós de Cima,tem-se procurado desenvolver, de

acordo com as várias idades, um lequevariado de actividades no âmbito datemática da Educação Sexual.  

A par destas tarefas, osatendimentos individuais e/ou degrupo, das diferentes áreas deintervenção da Equipa, têm sidobastante solicitados por parte dos Pais/Encarregados de Educação, Directoresde Turma e restantes Professores.

À semelhança do trabalho realizadono ano anterior, e de forma a dar-lhecontinuidade, é também objectivo doG.A.A.F. dinamizar Acções deSensibilização com os Pais/Encarregados de Educação. Contudo,este ano, em parceria com a Associaçãode Pais, as mesmas estão a serplanificadas e calendarizadas, de modoa serem postas em prática já nosegundo período.

Contamos com a colaboração de todaa Comunidade Escolar para a sugestãoe cooperação nas sinalizações, narealização de actividades e/ou acçõesde sensibilização, na formação degrupos de apoio, entre outros, de formaa promover o desenvolvimentoharmonioso dos alunos e respectivasfamílias.

 

A Equipa Técnica

OS PROBLEMAS COM QUE UMA

FREGUESIA COMO A DE CAVERNÃES SE

DEBATE SÃO TRANSVERSAIS A TODAS

AS FREGUESIAS RURAIS.

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O jardim-de-infância de Cavernãese o Jardim-de-infância de Carragoselaviveram o S. Martinho em conjunto.

Na parte da manhã deste dia, foiexplorada a história da Maria Castanha; noJardim de Carragosela, as crianças fizeramregistos e a Maria castanha. No jardim deCavernães, as crianças fizeram cartuchosda Maria Castanha e foi realizada adramatização da história pelos adultos dojardim-de-infância; Educadora, Assistenteoperacional e Funcionárias da C.A.F.

Da parte da tarde, foi realizado oMagusto no Jardim de Carragosela

Foi uma tarde de convívio entrecrianças, educadoras, pessoal auxiliar ealguns pais que puderam divertir-seconnosco.

Este convívio terminou com olanche partilhado …

Foi uma tarde muito divertida !

S. MARTINHO

Na sequência da planificação contida no ProjectoCurricular de Departamento da Educação Pré- Escolar doAgrupamento de Escolas de Mundão, o qual contempla

uma abordagem à ciência, nomeadamente no âmbito datemática da água, as crianças do Jardim de Infância deCarragosela iniciaram este aspecto do seu desenvolvimentocurricular; assim, tiveram oportunidade de contactar com aflutuação; para tal, realizaram experiências, observando emanipulando os respectivos materiais, desenvolvendocompetências tais como: comunicação, cooperação, paraalém do espírito de observação, previsão de resultados,levantamento de hipóteses e ainda interpretação e análisede resultados. Foram efectuados registos gráficos e foitambém notória a motivação e o empenho com que todas ascrianças participaram na actividade.

EXPERIMENTANDO… NO JARDIM INFÂNCIA

CARRAGOSELA

O magusto na nossa escolaNo dia onze de Novembro, dia de S. Martinho, realizámos o

magusto na nossa escola.A meio da manhã, a D. Alexandrina e as senhoras

professoras escolheram o melhor lugar do recreio, ondecolocaram a caruma em círculo. Sobre a caruma, espalhámos ascastanhas e, em seguida cobrimo-las com mais caruma. A D.Alexandrina ateou o fogo com um isqueiro.

Num instante, a fogueira ficou enorme! As chamasdeitavam tanto calor que tivemos de nos afastar para não nosqueimarmos.

O lume foi mexido, com frequência, pela funcionária,para não se apagar e para que as castanhas ficassem bemassadinhas.

Quando as castanhas ficaram tostadinhas, deitámo-lasem caixas e cartuchos de papel. Depois comemo-las quentinhase estaladiças. Para não ficarmos empanturrados, bebemos sumo. Também comemos bolos que alguns meninos trouxeram.

No final fizemos vários jogos divertidos.Foi um dia de alegria e de convívio entre todos os alunos da nossa escola!

Trabalho colectivoAlunos do 3.º e 4.º anos da Escola de Cavernães

www.megafasica.com | e-mail:[email protected]

Lugar da Gândara, 89 | EN 16 - Pascoal| 3515-028 Viseu

Tel.: 232 450 066 | Fax: 232 458 125Telms. 964 077 301 e 919 500 423

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Este ano lectivo, a equipa é constituídapelo Professor Bibliotecário Pedro de Freitas;pelos docentes Helena Candoso, IreneXavier, Rosa Albuquerque e ManuelAlexandre; pela Educadora Hélia Carvalhoe por uma Assistente Operacional, VirgíniaEsteves.

Se, no ano lectivo anterior, as tarefascentraram-se mais no Material Livro (aocolocarem-se novas cotas monocromáticasem todos os livros), no presente ano lectivo,o trabalho técnico irá incidir sobre o MaterialNão Livro. Assim, já se encontramdisponíveis (on-line) as listas mencionandotodos os Vídeos e DVDs existentes, a fim detambém servir de apoio curricular.

PROMOÇÃO DA LEITURAO Professor Bibliotecário disponibilizou-

se e deslocou-se a todos os Jardins-de-infância e à maioria das Escolas do 1º CEBpara apresentar aos Pais e Encarregados deEducação os Projectos de Leitura “Leitura

em Vai-e-Vem” e “Já Sei Ler”. Estas acções,que visavam divulgar e realçar a importância

da Leitura em Família, tiveram a participaçãode mais de uma centena de Pais. É desalientar o contributo da AnimadoraSociocultural, Jeniffer Marques, quedesenvolveu actividades com as criançaspresentes, uma vez que estas acções sedesenrolaram em horário pós-laboral.

Para os novos alunos da E. B 2,3conhecerem as diversas zonas da biblioteca,saberem movimentar-se e procurarem ainformação que necessitam de formaautónoma, todas as turmas do 5.º ano,acompanhadas pelos Directores de Turma,participaram na Formação de Utilizadores,onde cada aluno teve, ainda, a oportunidadede receber um livro de oferta, iniciativainserida no projecto “Ler+ para vencer”.

CONCURSOSAo longo do 1.º período, realizaram-se

os seguintes concursos:- Concurso da Tabuada – em articulação

com a Rádio Escola e os Grupos deMatemática do 2.º e 3.º Ciclos;

- Ao Sabor das Palavras – em articulação

com o Clube de Saúde e Ambiente;- Concurso de São Martinho – em

articulação com o Clube de Saúde eAmbiente;

- Concurso de Desdobráveis referentesà Cidade de Viseu – em articulação com oGrupo de História do 3.º Ciclo.

ACTIVIDADES LIVRES E/OUDE CARÁCTER CULTURAL

Na sequência do ano lectivo anterior,continuaram a ser dinamizadas as seguintesactividades:

- Exibição de filmes (quartas-feiras13h15m – 15h00);

- Correio da amizade e do amor (quintas-feiras 12h:45m – 13h00) – em articulação coma Rádio Escola;

- Poemário (semanalmente)No âmbito do Centenário da República,

foi elaborado um questionário contendoquatro perguntas. Este teve por objectivodescobrir quem errava menos (se os rapazesou as raparigas). Corrigidas as respostas e

elaborado o gráfico, constatou-se que foramos rapazes a acertarem mais questões.

Convidam-se todos os Alunos eProfessores a usufruírem do novo espaçoaudiovisual (com uma tela e colunas novas)onde, por vezes, já são exibidosdocumentários e vídeos durante a hora dealmoço e filmes à sexta-feira, depois das16h10.

No 2.º período, espera-se inaugurar anova Biblioteca de Casal de Esporão e darinício ao Projecto “A Hora da História”.

Entretanto, paz, amor e boas leituras paratodos.

“Eu tinha necessidade de descobrirqualquer coisa por mim próprio, de procuraro meu próprio caminho, de encontrar osmeus próprios espaços de entusiasmo foradaquilo que os professores ofereciam e paraalém do que falava a quase totalidade dosmeus colegas. Este caminho passava pelaBiblioteca…”

Paul Hoggart

Era uma vez umamenina de circo queprocurava o seuamor-perfeito, mas,para o encontrar,precisava de um burrofalante. Para que esseburro falasse, teve que

lhe fazer uma promessa: procurar um tesouro.Como a menina de circo queria muito encontrar oseu amor, acabou por ajudar o burro. Foi entãoao seu quarto e tirou a chave do cofre que o seuavô lhe dera. Para encontrar esse tesouro,precisava de um meio de transporte. Como o seuavô tinha uma vespa,pegando na sua mala,meteu-se ao caminho elogo encontrou o primeiroobstáculo: uma serpentesaltou-lhe para a estrada.Para complicar mais asituação, ficou semgasolina e a serpente nãoa deixou continuar aviagem. Muito destemida, a menina pegou numpau e tentou afastar a serpente para perto de umaplanta carnívora, sendo aquela logo devorada.De seguida, tendo-se já livrado da serpente,começou a empurrar a vespa à mão até ao postode combustível mais próximo. Abasteceu econtinuou a sua viagem.

Assim que chegou ao local pretendido,encontrou o segundo obstáculo: um terrorista quevigiava esse local. Como a menina do circo traziana sua mala uma arma de caçar vampiros,rapidamente o imobilizou.

Resolvidos os primeiros obstáculos eencontrado o tesouro, logo foi à procura do burropara lhe transmitir a novidade. O burro, contentepor ter conseguido o tesouro, disse-lhe então ondese encontrava o seu amor verdadeiro. Ela, comoera curiosa, logo quis saber quem era e pediu-

lhe algumas moedasdo tesouro para poderseguir a sua viagem deautocarro. Como ocaminho estava emmau estado, oautocarro acabou poravariar. Para complicarmais a situação,começou a trovejar enão teve remédio senão acomodar-se dentro doautocarro, até que parasse a trovoada. Assim queesta acabou, foi pedir boleia junto à estrada.Olhando vagamente por entre o nevoeiro,conseguiu encontrarao seu lado uma linhade comboio. Aquiestava a sua saídapara mais umproblema. Ao passaro comboio, conseguiusubir e foi até aopalácio. Cheia decoragem, bateu àporta, mas apareceu uma bruxa má que não adeixou entrar. Como insistiu, imediatamente ficouprisioneira. Levoualguns dias atéconseguir fugir doa p r i s i o n a m e n t o ,através da ajuda doseu objecto mágico.Finalmente, conseguiuentrar no castelo eencontrar o seupríncipe. Casaram-se,tiveram muitos filhos eforam muito felizes parasempre.

Daniel Filipe Cecílio, 7º B

À Procura do seu Amor- Salas, de que tipo podem ser?-Podem serSalas de aula, de jantarTanto faz, estar nelasDá sempre prazer!

-Salas, para quê?-Nelas, tu podes viverJogar, ver televisãoOu até escrever!-Salas, onde as há?

Poemas em diálogoSalas, sua utilidade e descrição

-Elas estão nas escolas, nas casasNos centros comerciais, masEstejam onde estiveremSão sempre sítios bestiais!

-Salas, saletas e salões,Que mais poderei saber?Bom, se calharNão há mais para dizer!

Marta Rodrigues, nº15, 6ºC

No dia vinte cinco deNovembro, esteve presente nonosso Agrupamento o Dr.António Vilas-Boas a dinamizaruma acção de formação sobre“Escrita Criativa”. A mesmadecorreu em dois momentosdistintos.

Numa primeira fase (parteprática), o formador orientouuma oficina de escrita, napresença de professores, coma turma do 7.º B que seenvolveu entusiasticamente naactividade. Na segunda parte(teórico-prática), os docentes dos três ciclos perspectivaram a didactização de algunsconteúdos do CEL (Conhecimento Explícito da Língua) do Novo Programa de Portuguêsdo Ensino Básico (NPPEB).

Todos os participantes reconheceram o mérito deste tipo de iniciativa.

As Delegadas de Língua Portuguesa do 2º e 3º CiclosMaria Glória Abreu

Maria Cândida Gomes Almeida

ACÇÃO DE FORMAÇÃO SOBRE“ESCRITA CRIATIVA”

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Visitas de Estudo do CEF InformáticaA exemplo dos anos anteriores, o CEF

Informática iniciou a actividade de visitaa empresas e entidades que possibilitemo contacto com as áreas técnicas do cursoe uma aprendizagem do mundo dotrabalho.

Neste contexto, visitámos a FarmáciaNery e a empresa DietMed. O balanço foimuito positivo e, em ambos os locais,fomos muito bem recebidos eacompanhados pelos professores JoséMarques e João Botelho.

Pedro Pombo, nº 8 e Marco Lopes, nº 6

CAMPEONATO EUROPEUde PROFISSÕES

No dia 10 de Dezembro, as turmas CEF deslocaram-se a Lisboapara uma visita ao Campeonato Europeu das Profissões. As expectativasprevistas para esta visita de estudo foram superadas. Os alunos tiveramoportunidade de contactar, observar e recolher informação sobreprodutos, técnicas e equipamentos na sua área. Assistiram, igualmente,

à realização de trabalhos práticos. Tiveram acesso a um espaço moderno, actualizado e multifacetado.

Esta visita de estudo foi, sem dúvida, uma mais-valia, servindo paraalargar/estimular o conhecimento sobre a área profissional dos cursos.

Os professores envolvidos na actividade.

Concretizou-se a Feira-Mostrade Produtos da Época, à qualaderiram 17 turmas. O lanche-convívio foi abrilhantado com umaMostra de Pregões, realizada pelosalunos do Clube da Saúde e doAmbiente.

A nossa turma ajudou a organizara feira e o lanche e foi o primeiro dia

Magusto da EB 2,3 de Mundão

André nº1Porque gosto e

queria aprender.

António nº2Tive colegas meus, mais velhos que

frequentaram estecurso eaconselharam-me avir para cá.

Eu gosto destecurso e estou aaprender muitas coisas novas.

António nº3Para poder tirar

o curso e um dia terum restaurante meu.

Acho que tenhomuito jeito para ocurso.

João Pedro nº5Por opção

minha porque achoque tenho umpouco de jeito paraa hotelaria e gostodesta área.

Jorge nº 6Para tirar um

curso, para irtrabalhar, paraganhar dinheiro etambém já tinhareprovado um ano.

Vim para o CEF Hotelariaporque…

Jorge nº 7Gosto da área

de hotelaria e parafazer o 9º ano.

Paulo nº 10Porque gosto da área de serviço de

cafetaria, balcão e mesa e quero aprender omáximo. Já sei alguma coisa mas quanto maisaprender melhor para a minha vidaprofissional. Adoro este curso!

Pedro nº 11Porque na minha outra escola não tinha

condições para continuar e porque gostoda área profissional.

Sérgio nº 12Porque reprovei

duas vezes e gostodeste curso.

Tiago nº 13Porque já tinha

reprovado muitasvezes e porquegosto de servir àmesa.

Géssica nº14Porque comecei

a observar os meuscolegas maisvelhos quefrequentavam estecurso e gosto dasactividades.

em que vestimos a nossa farda.Houve grande adesão e um

saudável convívio! Gostámos muito.

CEF H 1º

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A GirafaHabitatAs girafas podem ser encontradas em

todo o território do Centro e do Sul docontinente africano.

Gostam de viver nas estepes e savanas,em amplos espaços, onde podem usar a suamaior arma, a velocidade.

Regime Alimentar :HerbívoroOs longos pescoços e patas das girafas

permitem que estes herbívoros comam sóas folhas das copas das árvores, que sãoinacessíveis para outros animais, podendoaí escolher as folhas mais verdes e tenras.As suas folhas preferidas são as de acácia.

Reprodução: VivíparosO tempo de gestação das girafas varia

entre os 420 e os 465 dias, nascendoposteriormente uma única cria, que éamamentada pela mãe. Ao resto do grupo,cabe o papel de proteger a cria dospredadores.

Curiosidades:Uma girafa adulta pode medir 4 metros

de comprimento, 6 metros de altura e pesarcerca de 1200 kg.

O facto de ter de se agachar paraconseguir beber água faz com que a girafaseja extremamente vulnerável nessa alturae, então, os seus predadores, os leões, nãoperdem a oportunidade de atacar.

Esperança de vidaAs girafas a viver em liberdade, no seu

habitat natural, podem viver entre 10 e 15anos; já em cativeiro, a sua esperança devida aumenta significativamente, para os 20ou mesmo 25 anos.

Nas girafas, o macho ésignificativamente maior e mais robusto queas fêmeas, sendo por isso relativamente fácildistingui-los.

Francisca Ribeiro,5º B

Diversidade Animal

Os golfinhos que existem no estuário dorio Sado pertencem a uma espéciedenominada Tursiops Truncatos, que éabundante a nível mundial e também naságuas costeiras portuguesas. No entanto,apenas existem cerca de 25 golfinhos naságuas do Sado e correm o perigo dedesaparecer.

São também conhecidos por Roazes doSado ou Roazes-corvineiros. Têm este nomepor gostarem de rasgar as redes dospescadores à procura de corvinas para sealimentarem.

Quando nascem, medem entre 90 e 130cm de comprimento e pesam cerca de 90 Kg.O período de gestação das fêmeas é de 12meses e a cria alimenta-se de leite maternoaté aos 18 meses, embora a partir dos 6 mesesjá possa ingerir alimentos sólidos. A fêmeasó tem uma cria de cada vez e, normalmente,os nascimentos acontecem no final doVerão. Fica aproximadamente três anos acuidar da sua cria para a ajudar a ganharexperiência e independência. Só depois ficadisponível para ter um novo filhote.

Esta espécie de golfinho possui umcorpo a cabeça robustos e o seu bico écurto, largo e nitidamente distinto da cabeça.Tem dentes muito fortes. Normalmente, assuas cores vão desde creme a cinza,chegando mesmo ao preto. As suasbarbatanas são todas diferentes, a caudatem dois ramos que o impulsionam na água.

Os golfinhos adultos podem medir até 4m de comprimento e o seu peso médio é de500 Kg.

A sua alimentação é bastante variada,comem diversas espécies de peixe,moluscos (polvos, lulas e chocos) ecrustáceos (camarões, caranguejos...). Umgolfinho adulto precisa de comer entre 15 e

20Kg de alimentos por dia.Estes animais são muito inteligentes,

curiosos e sociáveis. Os seus saltos na águasão bastante apreciados, no entanto não sesabe o seu significado. Podem saltar porbrincadeira, para comunicarem uns com osoutros, para caçarem ou por qualquer outromotivo desconhecido. A nadar, podematingir uma velocidade de 40 Km develocidade por hora.

O estuário do Sado tem diversosproblemas de poluição, proveniente deindústrias químicas, da cimenteira, daconstrução naval, da actividade portuária edos esgotos da cidade de Setúbal. Apoluição do seu habitat é uma das principaisameaças à sua sobrevivência. Também asembarcações de observação destes animaispodem ser prejudiciais se não mantiverem adistância necessária.

Para que os golfinhos continuem ahabitar as águas do Sado, é urgente evitar apoluição.

Escola de Cavernães - Trabalho daÁrea de Projecto Grupo: André Almeida,

Francisco Carvalho, Márcia Ferreira eRita Lopes

O TubarãoO tubarão nasce com quarenta e cinco

centímetros de comprimento e já com apetitedevorador de adulto. Em pouco tempoatinge um metro e meio.

Aos três anos, o tubarão já é adulto. Temum corpo esguio, com cinco metros decomprimento e uma tonelada de peso.

Possui um olfacto muito apurado quedetecta substâncias diluídas na água(sangue, por exemplo) a duzentos ecinquenta metros de distância; ele nãoresiste ao cheiro de sangue, ficaexcitadíssimo.

Ataca com uma precisão extraordinária,pois possui órgãos sensíveis altamenteaperfeiçoados.

Caça tudo o que se move, incluindopolvos ou tartarugas.

Em cada dentada, pode arrancar pedaçoscom mais de vinte quilos de carne.

A dentada do tubarão é fatal, pois elepossui sete fileiras de dentes tão afiadoscomo navalhas.

Ataca em qualquer circunstância, porfome ou, simplesmente, para satisfazer o seumovimento agressivo.

Qualquer modificação na pressão deágua faz reagir uma mucosa especial queenvia ao cérebro a mensagem sobre tipo,tamanho e formato da presa.

O seu aspecto de assassino feroz faz-nos arrepiar.

Informação recolhida no livro”Selvagens e amigos”, das edições NossoAmiguinho.

Trabalho de pesquisa realizado porDaniel Marques, do 5°B

Os golfinhos do Sado

Procura, na

sopa de letrasabaixo, dozepalavras

relacionadas

com o Natal:

prendas;bacalhau; missa;pinheiro;consoada; festa;Jesus; luzes;Belém;nascimento;família;presépio.(Podem estar na

horizontal, na

vertical, na

diagonal ou

escritas ao

contrário).

Conheces provérbios? Tenta, então, descobrir a parte final dos

provérbios que se encontram na coluna da esquerda. (Atenção! Há

um provérbio que fica de fora…)

Soluções:

A bom gato bom rato.Boi ladrão não amanhece em roça.Macaco velho não trepa galho seco.Mais vale ir do que mandar.Em Abril queima a velha, o carro e o carril.Em Agosto sardinhas e mosto.A ambição não tem fiador.A barriga cerra o coração.Da discussão nasce a luz.

Sopa de Letras Provérbios

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Se estão lembrados, no ano passado, a minhatravessia começou em Viseu (nossa terra natal)e terminou na mesma cidade. Mas, a verdadeiratravessia iniciou-se na Praia da Madalena e“terminou” na aldeia de Alfaiates (na raiafronteiriça, perto de Vilar Formoso).

Este ano, o desafio era continuar a descerjunto à fronteira com “nuestros hermanos”,percorrer o Algarve e subir junto ao mar até à

praia da Madalena, para completar o perímetrodo nosso país. E assim, teria a Minha Travessiacompleta e a “circumpedalada” a Portugal. Éum feito assinalável! Só comparável com adescoberta do caminho marítimo para a Índia.Eh!eh!eh!

Foi num dia tórrido de Agosto que iniciei aminha empreitada do pedal. A ligação de Viseua Alfaiates foi feita com a ajuda de um veículode quatro rodas. De seguida, arranjou-se abagagem, retemperaram-se as forças e toca apedalar rumo a Espanha onde percorri algunsquilómetros para, de seguida, regressar aPortugal, entrando pelas termas de Monfortinho

e passando por sítios de referência como a aldeiade Penha Garcia, Monsanto (não desci, porqueo calor era excessivo e a carga também) eIdanha-a-Velha. Nesse primeiro dia, fui dormira Castelo Branco. Este primeiro dia foi umsossego, pois tive sempre apoio, relativamentea água, comida e força moral, por parte daminha companheira de vida.

Nesse primeiro dia, cortou-se o cordãoumbilical para, no dia seguinte, se pedalarsozinho rumo ao sul. Ainda deu para ver CasteloBranco, um pouco à pressa, e rumar a Vila Velha

A MINHA TRAVESSIA (Parte II)

de Ródão, onde conheci uma das candidatas aMaravilha Natural de Portugal – as Portas doRódão. É um sítio fabuloso proporcionado pelamãe Natureza! Fiz aqui uma pausa e contempleiesta “obra de arte”. De seguida, passei por Nisa,Alpalhão, Portalegre e cheguei ao sítioprogramado: Elvas. É o lugar do qual o cantordiz que se vê Badajoz. Não verifiquei isso, masque Espanha estava perto, estava. Eramespanhóis por todo o lado.

Nos dois dias seguintes, cheguei ao Algarve,a Monte Gordo, parando por terras de Serpaonde pernoitei. Nestes dois dias, passei por sítiosmuito belos. onde conheci cidades, vilas, aldeiascom monumentos inesquecíveis, paisagensnovas e onde enfrentei dias e noites de calorsufocante. De entre essas terras, ficaram na

memória: Vila Viçosa, Alandroal, Reguengos deMonsaraz, Barragem do Alqueva, Moura, Mértolae Castro Marin. Ficou o Alentejo para trás e asestradas sem vivalma também. É bonito, masmuito pouco povoado e com poucaspossibilidades de abastecimento de água ealimentos.

No Algarve, já é outra vida: muito turismo,muita evolução! Alguma dela desnecessária.

Parti de Monte Gordo,com o intuito de chegara Lagos, e a missão foisuperada. Para ser maisrápido, andei quasesempre pela perigosaNacional 125. Esta zonajá conhecia, pois játinha percorrido estasestradas em sentidocontrário. Depressacheguei a Albufeira –Praia da Galé – ondealmocei com um colegade escola que lá seencontrava com a casaàs costas, ou seja,sobre rodas – o amigo

Paulo Martins Lemos. Não perdi muito tempo ejá estava em Lagos.

De Lagos a Porto Covo, de Porto Covo aSesimbra, de Sesimbra a Santa Cruz e de SantaCruz à Nazaré. Muita paisagem já vista que secontemplou com mais paciência e coisas novasque se descobriram. Pontos altos do percurso:Aljezur, Odeceixe, Sines, Tróia (passagem debarco), Setúbal, Serra da Arrábida, Almada(passagem de barco), Lisboa, Parque naturalde Sintra, Ericeira, Lourinhã, Peniche, Óbidos,

Foz do Arelho e o Sítio da Nazaré.Chegado à Nazaré, já tinha a companhia da

família, que prestou o maior apoio moral elogístico possível. A partir daqui, tive acompanhia do outro “ciclista” da casa quepercorreu alguns quilómetros comigo – assimcusta menos. Da Nazaré, partimos para aFigueira da Foz, passando por S. Pedro de Moel,P.ª de Vieira de Leiria, P.ª de Pedrógão e, poucodepois, já estávamos na Figueira da Foz.Passeámos e recordamos alguns sítios epernoitámos para, no dia seguinte, continuarrumo ao objectivo, e assim se fez, continuandopara norte, passando o Cabo Mondego, Quiaiose Praia da Tocha. Nesta última localidade,tomou-se a decisão de regressar a casa, dadoque o caminho que faltava percorrer já tinha

sido feito dois anos volvidos e a motivação dedescobrir não existia. Toca a pedalar rumo aViseu onde se chegou ao final da tarde.

Terminou a “Grande Travessia”. Foram dezdias de prazer, pedalando por esse país fora(1400 km) e conhecendo lugares fantásticos.São férias diferentes, que permitem retemperarforças para um novo ano lectivo e que nospossibilitam a criação de novas ideias paraimplementar na nossa vida pessoal e profissional.Para o ano há mais, mas até lá vamos ter depraticar muito desporto para aguentar asagruras de uma nova aventura.

Até lá, um grande abraço do repórter emférias!

Professor José Pais

Castro Marim

Mértola

Vila Viçosa

Portas do Ródão

Nazaré - vista do Sítio

Palavras para quê...

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A celebração do nascimento de Jesus levou peregrinos a Belém,desde os primeiros séculos do cristianismo, para visitarem o localonde se acredita que nasceu Jesus.

As primeiras representações artísticas (pinturas, relevos oufrescos) do nascimento de Jesus surgiram por volta do século IV,sendo atribuídas a Santa Helena, mãe do imperador Constantino.

No século XIII, surgiram as primeiras representações teatrais

do nascimento de Jesus, por obra de São Francisco de Assis. Nanoite de 24 de Dezembro de 1223, celebrou a missa de Natal comuma representação cénica, numa gruta da floresta de Greccio, emItália. Francisco admirava muito o amor de Deus para com ahumanidade, patente no seu nascimento pobre numa manjedoura.

Causava-lhe espanto e alegria a forma como Deus tinha nascidopara os seres humanos. Naquela noite de Natal, na cidade de Greccio,queria que todos sentissem a mesma alegria que ele sentia aopronunciar a palavra “Belém”. Preparou uma noite de Natal diferente.Convocou muitas pessoas, de vários lugares, para participarem nanoite de Natal no convento de Greccio, onde então vivia.

A encenação do nascimento de Jesus, feita por São Francisco,foi repetida pelos frades franciscanos em igrejas e conventos detoda a Europa. Por este motivo, os frades franciscanos sãoconsiderados verdadeiros pioneiros na construção de presépios.O presépio é uma das principais representações do Natal.Tradicionalmente, as famílias cristãs preparam o presépio no dia 8de Dezembro, dia da Imaculada Conceição. Tal como osconhecemos hoje, os presépios apareceram no século XVI em

Itália, primeiro em igrejas e mosteiros e, posteriormente, em casasparticulares. Com o passar do tempo, estavam totalmente inseridosna cultura cristã da Europa. Os presépios napolitanos, que surgiramno século XVIII, são dosmais conhecidos nomundo inteiro erepresentam grandesobras de arte, comfiguras muito belas ericamente ornamen-tadas.

Os presépios emPortugal tiveram início noséculo XV, quando o reiD. João II solicitou aoitaliano Lorenzo deMédicis que enviassepara o reino o arquitectoe escultor ContucciSansovino a fim detrabalhar na criação depresépios para o reino.Este contratou osmelhores artesãosportugueses edesenvolveu a arte dos

O Natal: representação artística e tradiçõespresépios. Em Portugal, os presépios tornaram-se o símbolo maisimportante do Natal e passaram a ser incluídos em quase todos oslares, constituindo um importante marco na cultura artística portuguesa.Os barristas Machado de Castro e António Ferreira são citadosentre os mais conceituados escultores de presépios.

Outras tradições estão também associadas à preparação ecelebração do Natal, nomeadamente os cânticos, o pinheiro, asluzes, as prendas, a consoada, as estrelas, o bolo-rei, a coroa, autilização do azevinho nos arranjos, os cartões…

A missa do galo, uma tradição da noite de Natal, surgida noséc. V, é celebrada na noite de passagem do dia 24 para 25 deDezembro, por volta da meia-noite. Quanto à explicação dadenominação “missa do galo” não existe consenso. Uns acreditamter sido este o primeiro animal a presenciar o nascimento do meninoJesus e, por esse motivo, atribuem-lhe a missão de anunciar o seunascimento; outros acreditam que esta denominação é uma alusãoao galo que cantou depois de Pedro ter negado Jesus por trêsvezes, na noite do seu julgamento. Na celebração da missa bemcomo noutros contextos, executam-se cânticos de Natal. Alguns sãode uma beleza excepcional e, por isso, não são esquecidos:permanecem ao longo dos anos.

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DEZEMBRO 2010

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A visita à Polónia, no âmbito do Projecto Comenius, foiuma experiência única e maravilhosa. Encontrámosdiferentes pessoas e culturas e visitámos lugaresimportantes. Um desses lugares foi Auschwitz, que se situano sul da Polónia, a cerca de 60km de Cracóvia, e é o campode concentração mais famoso da história do Holocausto.

Na verdade, são dois campos: Auschwitz I – aberto em1940, que servia de centro administrativo para todo ocomplexo. Começou como campo para prender intelectuaispolacos, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos;Auschwitz II (Birkenau) – construído posteriormente, nãoera apenas um campo de concentração, mas um campo deextermínio de judeus, ciganos, pessoas de cor, políticos,entre muitos outros que Hitler considerava como sendoraças inferiores.

Hoje em dia, os campos de Auschwitz I e II sãomuseus abertos ao público, para que perdure na memóriados povos o maior e mais horrível crime cometido na históriada Humanidade.

Eram 15 horas, do dia 30 de Setembro de 2010, com o sola romper por entre as nuvens, quando chegámos aAuschwitz I. Ao iniciarmos a visita, sentimos que estávamosprestes a entrar num mundo paralelo, de onde pouquíssimas

pessoas tiveram a sorte de sair: as grades eléctricas, astorres de vigilância, e a frase icónica por que não dizer irónica“Arbeit Match Frei” - “o trabalho liberta” são apenas umapequena amostra de como o ser humano pode ser tão cruel.O clima era bastante pesado. Não dava vontade nem desorrir para as fotos, nem de conversar muito. Os detalhesdas atrocidades… e pensar que tudo ocorreu na época dosnossos avós! Como uma geração tão próxima foi capaz derealizar actos tão terríveis? A realidade faz-nos sentir mais…humanos…ou talvez não!

Local de história e de recolhimento onde milhares emilhares de seres humanos foram sacrificados em nome deuma “doutrina”. Apesar da multidão, ninguém fala alto. Nemo guia, muito bem preparado que tornou a visita ainda maisinteressante. Eles usam microfones auriculares e os gruposfones. A visita é uma experiência de vida muito marcante - éum encontro com a História.

No cartaz que estálogo à entrada, pode-se ler: “havia umaorquestra aqui quetocava marchasenquanto osprisioneiros entravamou saíam para otrabalho forçado. Masnão era para animá-losmas sim para facilitar acontagem, pois eramobrigados a marcharconforme a música.”Muitos judeus eram

Projecto Comenius – Visita à Polónia

Auschwitz: Um encontro com a Histórialevados acreditando que os prisioneiros do campo saíampara trabalhar durante o dia nas construções do campo.Durante muito tempo não se sabia que era um campo deextermínio. Muitos tentaram fugir – alguns conseguiram –porém se apanhados, eram punidos com a morte ou então,as famílias dos fugitivos eram presas em Auschwitz, paraserem exibidas como advertência a outros prisioneiros.

Todo o complexo dos campos está cercado e rodeadode arame farpado e cercas eléctricas – alguns prisioneiros

utilizaram-nas para se suicicidar, e alguns guardasinstigavam a aproximação dos prisioneiros, para queparecesse que eles tinham encetado uma fuga, assimganhavam um dia de folga a mais.

A visita prossegue pelo interior de alguns dos blocosque um dia foram os alojamentos ou celas das vítimas eonde se aplicavam castigos, seguindo toda a lógica do quese passava por ali. A “propaganda” Nazi usada para capturare atrair famílias inteiras de judeus, a quem fora prometida aoportunidade de recomeçarem as suas vidas. Famíliasinteiras eram capturadas e transportadas em comboios decarga, saindo de todos os cantos da Europa – algunsviajavam 17 dias dentro de comboios sem janelas, semcadeiras, camas, W.C., comida ou água. Muitos já chegavamlá mortos.

Nesses blocos, agora transformados em Museu, foiarrepiante olhar para montras de exposição com os cabelos,os óculos, o material de higiene, os sapatos, as malas e apróteses das vítimas.

Havia celas fechadas com apenas um pequeno buracopara fora, onde ficavam dezenas de prisioneiros; durante oInverno, a neve acabava por tapar o buraco; os presosamontoavam-se para conseguir respirar um pouco de arvindo de fora. As celas eram extremamente pequenas (menosde 1m2), com até 4 presos, não sendo possível sentarem-seou baixarem-se. Outros eram executados ou deixados semcomida para morrer de fome.

Existia o pátio de fuzilamento entre o bloco dasexperiências médicas (à esquerda) e o das torturas (à direita).No fim do bloco das torturas existia uma porta, por onde asvítimas saíam, completamente nuas, directamente para este

pátio.Em 1941, fizeram os testes do gás Zyklon B, matando

850 prisioneiros polacos e russos. Como resultado, foiconstruída uma câmara de gás e um crematório, paraeliminação de um número maior de prisioneiros (até 2.500 decada vez). Esta é a única câmera de gás ainda intacta, possívelde visitar. Foi angustiante saber que as câmaras de gás nãoeram conhecidas pelos prisioneiros do campo. Ao chegaremà câmara, os nazis diziam a todos que eles entrariam numbalneário, deixariam as suas roupas nos armários e entrariampara tomar um banho quente, para que depois pudessemtomar uma sopa bem quente! Tanto que após o discurso, ocomandante era aplaudido e eles entravam numa espécie debalneário, para dar mais veracidade antes de entrar na câmarapropriamente dita e ninguém de fora suspeitar o queaconteceu e espalhar pelo campo (e para fora do campo).

Outros prisioneiros eram responsáveis pela cremaçãodos corpos; então, como eram poucos os que sabiam o queacontecia lá dentro, eram condenados à morte após 3 ou 4meses de trabalho. As crianças, idosos e os doentes iamdirectamente para as câmaras de gás. Cada tipo deprisioneiro também era identificado, possuindo uniformepróprio para sua raça: judeu (usavam os “pijamas azuislistrados”),

Auschwitz é o símbolo máximo do Holocausto, que voltaa ser lembrado todos os anos no dia 27 de Janeiro, dia emque se assinala pelo mundo fora o aniversário da sualibertação pelas tropas aliadas. O Campo da Morte,designação talvez insuficiente para definir o local do maiorcrime jamais cometido por seres humanos, que felizmentefoi libertado pelo Exército Vermelho, a 27 de Janeiro de 1945.

Auschwitz é um marco na história da Humanidade. Umtriste marco. Mortífero, macabro e sinistro. Por este motivo,é preciso fazer de Auschwitz algo inesquecível. Éimprescindível que seja lembrado, quando alguém édiscriminado pela cor, pela crença ou ainda quando se colocaem questão a veracidade sobre os crimes deste passadotenebroso. Ou quando se lêem ou ouvem notícias como,por exemplo, sobre pessoas que passam fome, dormem narua e não têm trabalho.

Tudo isso tem algo em comum comAuschwitz, porque são comportamentosbaseados na intolerância, na arrogância, napseudo-superioridade racial e na violênciacega. Nessas horas, é preciso ter  não apenasconsciência, mas principalmente coragem.Calar diante de tais coisas é, em determinadoaspecto, pactuar com elas. É preciso nestesmomentos ser radical.

5 alunos e 2 professores da nossaEscola que visitaram Auschwitz

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No passado dia 23 de Novembro,comemorou-se o Dia da FlorestaAutóctone (floresta cujas árvores sãooriginárias do próprio território ondehabitam), dia que foi estabelecido paradivulgar a importância da conservaçãodas florestas naturais e a necessidadede as salvaguardar da destruição. Poisas florestas autóctones estão maisadaptadas às condições de solo e climado território, sendo mais resistentes a

O conhecimento do meio em que oAgrupamento está inserido reveste-se de uma importânciaextraordinária no decorrer doprocesso ensino /aprendizagem,pois nele se inserem as vivênciasdos nossos alunos, em relação àsquais nenhum agente educativodeve ser alheio

Foi com este propósito que, nopretérito dia dez de Setembro, opessoal docente e não docenterealizou um périplo pela zonageográfica do Agrupamento, ondeas palavras de ordem foram, semdúvida, a observação, a sociabilização,a confraternização, a aquisição deconhecimentos e a diversão.

Ávidos de conhecer todo o parqueescolar pertencente ao Agrupamento eo seu meio envolvente, os participantes

À DESCOBERTA DO MEIO(cerca de 120) realizaram, ao longodos cerca de 50Km, comentusiasmo e grande competição, asactividades que lhe foram propostaspela organização. Lançaram o pião,jogaram ao lencinho, contaram,cantaram, relembraram eregressaram à infância

Deu gosto ver os participantesempenhados em responder àsquestões e conseguir ultrapassartodos os desafios. Deu gosto ver sãcamaradagem e o convívio

estabelecido entre todos os elementos.Deu gosto constatar que foi umaactividade enriquecedora.

Professora Isilda Monteiro

Com a convicção de quesão os jovens de hoje osgarantes do Futuro, aquelesque vão lutar por um ambientemelhor e mais harmonioso,por um mundo solidário eequitativo, decidimos apostarna formação dos jovens,consciencializá-los para umaeducação Ambiental eHumana e, acima de tudo,torná-los seres autónomos efelizes. É imbuídos desteespírito que o Clube de Saúdee Ambiente, em parceria com o programaEco-escola, Projecto Educação para aSaúde, etc., tem vindo a realizaractividades conducentes à EducaçãoAmbiental e a uma nova tomada deatitude face ao meio e problemasconexos. São exemplos disso:

A participação na actividade 10-10-10, actividade realizada à escala mundiale organizada pela associação 350.org.,onde os elementos do clube e as turmasdo 6ºA e B participaram activamentenuma manifestação em prol da

Em prol do Ambiente

diminuição do CO2, albergando “camisolas com o número dez”.Realizaram ainda uma exposição comprodutos da época, apelando àpreferência do consumo dos mesmos.

A equipa de Saúde e Ambienteagradece a todos quantos participaramna manifestação e deixa aqui umapalavra de apreço e agradecimento ànossa animadora cultural que nos temapoiado nas diversas actividades.

Professora Isilda Monteiro

A Comemoração do Diade S. Martinho

Na semana que antecedeu o dia 11 de Novembro, oselementos do clube da Floresta e Ambiente realizaramtrabalhos alusivos ao Dia de S. Martinho, enfatizando aimportância do Castanheiro e da Castanha ao longo dostempos. Fizeram uma exposição no átrio principal daescola, com objectos e produtos naturais relacionadoscom a efeméride.

Como forma de sensibilizar para a preservação daFloresta e envolver toda a comunidade escolar, a Equipade Saúde e Ambiente organizou, em parceria com aBiblioteca, o Concurso” Quadras de S.Martinho”, ondeobrigatoriamente deveriam entrar as palavras floresta eS. Martinho. Foi um sucesso! O castanheiro, patente ao

público na biblioteca, ficou grande! Parabéns a todos os participantes!

Professora Isilda Monteiro

Garantindo as raízes do futuropragas, doenças e aperíodos longos deseca e chuvas inten-sas, em compara-çãocom as espéciesintroduzi-das: ozambujeiro (ou oliveirabrava), o medronheiro,o carvalho, a azinheira,o pinheiro-manso, oamieiro, o freixo, osalgueiro, o azevinhosão exemplos deárvores autóctones

específicas do território português.Os elementos do Clube de Saúde e

Ambiente associaram-se a estacomemoração com a realização dediversas actividades, nomeadamente, asementeira de árvores autóctones, ondecada aluno lançou na terra, em vasoindividual, devidamente identificado comonome vulgar e científico, uma ou maissementes das ditas espécies e secomprometeu a cuidá-la e acompanhar

a sua possível germinação,para posterior plantação nazona circundante daescola, garantindo, assim,as raízes do futuro.

Fizeram ainda umaexposição e um powerpoint,

para sensibilizarem para anecessidade da preser-vação destas espécies.

Professora Isilda

Monteiro

Quando ouvimos o termo poluiçãoLembramo-nos do lixoMas, e se pensássemos antes,No nosso desperdício?

Para mim, poluiçãoNão é simplesmente sujarÉ também não saber aproveitarO que a natureza tem para dar!

Claro que os recursos

Não são para abusar,E manter a Terra limpaÉ uma regra para usar!

Vamos lá todos pensarNo que fazer para ajudar:Primeiro espalha-se a notíciaDepois é realizar!

Marta Rodrigues, 6ºC

Poluição, um tema conhecido!

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