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Conscientes do verdadeiro papel do magistrado na sociedade, dois juízes do Maranhão resolveram se lançar ao desafio de garantir celeri- dade processual e o efetivo acesso à Justiça em suas Comarcas. Douglas de Melo Martins, em Pedreiras e Marcelo Elias Oka, em Colinas, não desistiram diante dos obstáculos e com muito trabalho e o apoio de diferentes setores da população, conseguiram provar, em dife- rentes áreas de atuação, que com idéias inovadoras e empenho pessoal, o Judiciário pode conquistar definitivamente o reconhecimento e o respeito da sociedade. Especial 6, 7, 8 e 9 César Asfor participa de seminário da AMMA Com a participação do presidente do STJ, ministro César Asfor, o seminário “Desen- volvimento Socioeconômico e seus Re- flexos Jurídicos”, promovido pela AMMA, reuniu magistrados e advogados no Gran São Luís Hotel. Páginas 3 e 4 AMMA ano 3 nº 26 maio de 2009 INFORMATIVO A atuação da AMMA foi fundamental para a aprovação do Projeto de Lei Complemen- tar oriundo do Tribunal de Justiça, que prevê a criação de 16 cargos de juiz auxi- liar e a Vara do Idoso na Comarca de São Luís. Página 10 Aprovado projeto que cria Varas na capital Os associados interessados em participar do XX Congresso Brasileiro de Magistrados já podem efetuar a inscrição por meio de cartões de crédito. O evento será realiza- do de 29 a 31 de outubro, em São Paulo (SP). Página 11 Abertas as inscrições para o Congresso da Magistratura Magistrados vencem desafios

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Conscientes do verdadeiro papel do magistrado na sociedade, dois juízes do Maranhão resolveram se lançar ao desafio de garantir celeri-dade processual e o efetivo acesso à Justiça em suas Comarcas. Douglas de Melo Martins, em Pedreiras e Marcelo Elias Oka, em Colinas, não desistiram diante dos obstáculos e com muito trabalho e o apoio de diferentes setores da população, conseguiram provar, em dife-rentes áreas de atuação, que com idéias inovadoras e empenho pessoal, o Judiciário pode conquistar definitivamente o reconhecimento e o respeito da sociedade. Especial 6, 7, 8 e 9

César Asfor participade seminário da AMMA

Com a participação do presidente do STJ, ministro César Asfor, o seminário “Desen-volvimento Socioeconômico e seus Re-flexos Jurídicos”, promovido pela AMMA, reuniu magistrados e advogados no Gran São Luís Hotel. Páginas 3 e 4

AMMA

ano 3 • nº 26 • maio de 2009

I n F o r m a t I v o

A atuação da AMMA foi fundamental para a aprovação do Projeto de Lei Complemen-tar oriundo do Tribunal de Justiça, que prevê a criação de 16 cargos de juiz auxi-liar e a Vara do Idoso na Comarca de São Luís. Página 10

Aprovado projeto quecria Varas na capital

Os associados interessados em participar do XX Congresso Brasileiro de Magistrados já podem efetuar a inscrição por meio de cartões de crédito. O evento será realiza-do de 29 a 31 de outubro, em São Paulo (SP). Página 11

Abertas as inscrições para o Congresso da Magistratura

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Diretoria Executiva:Gervásio dos Santos Júnior (presidente) José Brígido Lages (1º vice-presidente) Nilo Ribeiro Filho (2º vice-presidente) José Pereira Licar (3º vice-presidente) Lícia Cristina (secretária-geral) Márcio do Carmo (secretário-adjunto) Carlos Henrique Veloso (tesoureiro-geral) Márcia Chaves (tesoureiro-adjunto)

Conselho Fiscal - Titulares:Sidarta Gautama Maranhão Rosângela Praseres Roberto Abreu Andrea Permutter Holidice Barros

Conselho Fiscal - Suplentes:Antônio Luiz Almeida Vicente Ferreira Lopes Larissa Tupinambá Castro

Jornalista Responsável:Jacqueline Barros Heluy - DRT 750 MA

Fotos:Biné Morais

Projeto Gráfico:Ideia Propaganda & Marketing

Diretor de Arte:Márcio Veiga

Diagramação:Wemerson Macêdo

Jornal Dia-a-Dia é o informativo mensal da Associação dos Magistrados do Maranhão - AMMA. Rua do Egito, 351 - Centro - CEP: 65010-190.

Fones: (98) 3221- 4414 / 3232 - 1947 / 3231- 8073E-mails: [email protected][email protected]

A união dos indivíduos em torno de entidades que possam representá-los na defesa dos seus interesses é a força motriz do associativismo. Fiel a esse paradig-ma a Associação dos Magistrados do Maranhão não tem medido esforços no sentido de assegurar que todos os direitos e garantias dos seus associados sejam respei-tados e, sobretudo, efetivados.

As recentes conquistas da magistratura maranhense, em especial na recuperação de passivos financeiros, é a prova cabal de que não há melhor caminho para a defesa dos interesses de uma classe do que o fortale-cimento da sua entidade associativa, daí a importância da participação de todos para que ela possa alcançar os seus objetivos.

O comportamento egoístico que nega a participação no coletivo e recusa a filiação à entidade de classe, de outro lado, além de não contribuir para o bem co-mum, afigura-se oportunista por apenas saborear as vitórias sem compartilhar os esforços necessários para conquistá-las.

Felizmente, no seio da magistratura maranhense, tal comportamento é uma espécie em extinção, e o que se vê é uma grande união de esforços em prol de objetivos conjuntos, acrescido da compreensão de que as eventuais divergências político-institucionais devem ser tratadas no próprio ambiente democrático do asso-ciativismo, onde há espaços para todas as correntes de pensamento.

Nessa edição do Dia a Dia o leitor terá oportunidade de constatar o resultado do fortalecimento do asso-ciativismo da magistratura maranhense, hoje, refe-rência no País; bem como os seus reflexos na atuação dos magistrados pelos projetos desenvolvidos em favor da coletividade, traçando paradigmas alternativos aos tradicionais.

Também como destaque desta edição, temos a co-bertura da 4ª edição do Projeto em Debate Ponto a Ponto, mais uma contribuição da AMMA na discussão de temas que impactam a atividade jurisdicional.

Esperamos que apreciem.Boa leitura.

O fortalecimento do associativismoED

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expediente

Juiz de Bacabal reage contra superlotação

em delegaciaO juiz Roberto de Oli-

veira Paula, da Comarca de Bacabal, proferiu uma decisão polêmica que cha-mou a atenção da socieda-de brasileira para a grave situação do sistema prisio-nal do Maranhão. No dia 8 de abril, o magistrado au-torizou a prisão domiciliar de cinco pessoas que cum-priam pena na delegacia do 1º Distrito de Bacabal, em condições de insalubri-dade incompatíveis com os direitos humanos.

Como condição para que os presos retornem ao cumprimento da pena na delegacia de Bacabal, o juiz exigiu que a Secre-taria de Segurança Cidadã realize reformas estrutu-rais na delegacia.

A decisão de Roberto de Paula foi destaque no noticiário de vários jor-nais e televisões em nível nacional. A atitude do ma-gistrado foi elogiada pelo professor Luís Flávio Go-mes, em artigo publicado em vários jornais no dia 11 de abril e reproduzido no site da AMMA.

Luís Flávio Gomes é mes-tre em direito penal pela USP e doutor em direito penal pela Universidade Complutense de Madrid. Foi promotor de Justiça e juiz em São Paulo. Atual-mente é professor honorá-rio da Faculdade de Direito da Universidad Católica de Santa Maria (Arequipa, Peru) e professor de vários cursos de pós-graduação.

Roberto de Paula deci-diu pela prisão domiciliar após inspeção realizada nas duas celas da delega-cia de Bacabal, nas quais o juiz encontrou superlo-tação - com 13 presos por cela - falta de ventilação, de iluminação, de espaço para dormir e até de local onde pudessem fazer suas necessidades fisiológicas.

De acordo com o magis-trado, “a realidade desu-mana e cruel tem levado os presos a contrair infec-ções e outras doenças, como pneumonia, tendo sido registrado recente-mente a morte do preso Jerri Adriane, que chegou ferido, contraiu infecção na cela e veio a falecer.”

Ele também cita os ca-sos dos presos Wanderson Pereira de Sousa e Wan-derson Mendes Gonçal-ves, que se encontram, respectivamente, com fe-rimento acima do umbigo e pneumonia.

Em sua decisão, Rober-to de Paula acrescentou que “manter a prisão nas condições cruéis e degra-dantes é consentir com essa indignidade e com a violação de direitos hu-manos do preso.”

O pior, conforme o ma-gistrado, é que não existe cadeia pública no Mara-nhão para abrigar esses presos. Todas estão em situação deplorável e muitas em fase de inter-dição. “Em São Luís, não é outra a realidade, inclu-sive do Centro de Defesa Provisória (Cadeião), com notícias recentes de tor-tura pela Força Nacional, mortes e fugas.”

De acordo com Roberto de Paula, o sistema carce-rário estadual, inclusive para os presos provisó-rios, é um verdadeiro caos e afronta aos postulados e discursos da “Segurança Cidadã” e aos direitos hu-manos.

Inspeção em delegacia

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O seminário “Desenvol-vimento Socioeconômico e seus Reflexos Jurídicos”, promovido pela AMMA nos dias 2 e 3 de abril, reuniu magistrados e advogados no Gran São Luís Hotel, cujas atenções estiveram volta-das para palestras e deba-tes sobre temas voltados à proteção jurídica do meio ambiente. A solenidade de abertura contou com a pre-sença do presidente do Su-perior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco César Asfor.

Em sua explanação, o ministro César Asfor desta-cou o novo perfil do magis-trado brasileiro, sugerindo à magistratura maranhen-se que adote uma atuação mais próxima da sociedade. Segundo ele, os jurisdicio-nados têm total direito de cobrar do Judiciário mais celeridade e eficiência.

César Asfor parabenizou a AMMA por pautar em suas

“Setor Elétrico Brasilei-ro: Aspectos Regulatórios” foi tema do primeiro pai-nel do seminário, presidi-do pelo juiz Brígido Lages, vice-presidente da AMMA, e apresentado pelo professor David Waltemberg. Ele des-tacou que meio ambiente e energia são temas que ocu-

Asfor destaca novo perfil do magistradoatividades debates em torno de temas que estão no foco dos anseios da sociedade. Também destacou a atua-ção do atual presidente do Tribunal de Justiça do Mara-nhão, desembargador Rai-mundo Cutrim, pela postura adotada em sua administra-ção, de reconhecimento e respeito ao associativismo. “Este é um exemplo de que a administração do Judiciá-rio não pode ser isolada.”

Segundo o presidente do STJ, a sociedade brasilei-ra despertou para os seus direitos e para a necessi-dade de litigar. Um exem-plo desta constatação é o número de demandas que vem proliferando no STJ. Em 2008, o Tribunal re-cebeu 400 mil processos, mais de mil por dia.

Na avaliação de Asfor, a magistratura precisa ter a compreensão de que só ha-vendo sintonia entre o pri-meiro e o segundo graus é

que poderão ser corrigidas as grandes distorções pre-sentes no Judiciário em ní-vel nacional.

O ministro fez também questão de destacar a ne-cessidade urgente de que o Judiciário trabalhe focado na previsibilidade das de-cisões.

“Este é o objetivo a ser perseguido”, disse.

Ao abrir o seminário, o presidente da AMMA, Gervá-sio Santos, destacou a rea-lização de mais uma edição do Projeto Em Debate Pon-to a Ponto, que tem busca-do debater temas voltados à qualificação dos magis-trados maranhenses e ao mesmo tempo com foco nas questões de interesse da so-ciedade.

Proteção ambiental é prioridade

pam as atenções na pauta nacional e mundial, cujas perspectivas de desenvolvi-mento socioeconômico de-vem estar pautadas em pa-râmetros de conciliação de necessidades.

Segundo Waltemberg, na área ambiental existem in-teresses sociais às vezes não

atendidos e quando esta conivência não é pacífica, o Judiciário precisa estar pronto para enfrentar o di-lema. Ele destacou o avanço que a Constituição Federal de 1988 trouxe à temática ambiental no Brasil, consi-derada um dos temas mais caros para a sociedade bra-sileira.

DesenvolvimentoDavid Waltemberg expli-

cou que a sociedade quer e precisa continuar se desen-volvendo e, para isso, pre-cisa de energia. Por outro lado, essa mesma socieda-de quer preservar o meio ambiente em benefício das gerações presente e futura. Dentro desta perspectiva, ele enfocou a necessidade de conciliar estes dois valo-res como prioritários para a sociedade.

Em seguida, foi a vez do professor Oscar Graça Cou-

to discorrer sobre o tema “Atividade Jurisdicional e Meio Ambiente”, destacan-do que cada cidadão, indivi-dual ou coletivamente, tem o direito a um meio ambien-te ecologicamente equili-brado. Ele chamou atenção para uma terceira geração de direitos, na qual o meio ambiente está inserido pau-tado no princípio da solida-riedade.

O segundo painel do se-minário, no período da tarde, reuniu o procurador do estado do Rio de Janei-ro, Alexandre Santos de Aragão, que expôs sobre o tema “Segurança Jurídica e Direito Regulatório”, e Pau-lo de Bessa Antunes, pro-curador da República, que abordou sobre “Direto Am-biental aplicado a projetos de infraestrutura”. A mesa foi coordenada pelo juiz Nilo Ribeiro Filho (2º vice-presidente da AMMA).

Palestrantes Alexandre Aragão e Paulo Antunes ao lado de Nilo Filho

Ministro César Asfor proferiu palestra na abertura do seminário

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Congraçamento da classe

O seminário “Desenvol-vimento Socioeconômico e seus Reflexos Jurídicos” fez parte do Projeto Em Debate

Ponto a Ponto, coroando de sucesso a sua quarta edição. O evento não teve o caráter apenas científico, mas tam-

“O tema escolhido para o seminário foi oportuno, pois nos deu uma visão abrangente sobre a questão am-biental. O Debate Ponto a Ponto é uma excelen-te iniciativa.”

Adelvan Nascimento

Durante a sua estadia em São Luís, como convi-dado especial da Associa-ção dos Magistrados para a solenidade de abertura da quarta edição do Projeto Em Debate Ponto a Ponto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco César Asfor, fez uma visita à sede da AMMA, uma clara de-monstração do prestígio e da atuação de destaque da entidade no cenário asso-ciativo nacional.

A idéia de conhecer a se-de da AMMA partiu do pró-prio ministro. Ele fez ques-tão de conhecer todas as de-pendências do prédio, loca-lizado na rua do Egito (Cen-tro), reunindo-se, em se-guida, por quase duas horas com magistrados e membros da Diretoria Executiva.

Na visita à Associação dos Magistrados, César Asfor se fez acompanhar do presi-dente do Tribunal de Justi-ça, desembargador Raimun-do Cutrim, e do juiz auxiliar da Presidência do STJ, Pau-lo de Tarso Pires Nogueira. Receberam o ministro na AMMA o presidente Gervásio Santos, o vice Nilo Ribeiro Filho e o juiz Adelvan Nas-cimento.

Ministro prestigia a AMMA

Vários assuntos de inte-resse do Judiciário brasilei-ro estiveram na pauta da conversa entre o presidente do STJ e magistrados mara-nhenses, dentre eles a im-portância do tema escolhido para ser debatido durante o seminário. Segundo Asfor, promover debates sobre te-mas desta natureza é muito importante porque ajuda a sociedade a desfazer a visão equivocada que tem da ma-gistratura brasileira.

Ele explicou que as me-didas judiciais afetam mui-to as relações econômicas e estas, por sua vez, também

sobrecarregam muito o Ju-diciário, o que proporcio-na, evidentemente, atritos para os dois segmentos.

Para Asfor, eventos cien-tíficos desta natureza têm o condão de esclarecer tanto o Judiciário, com relação à visão das atividades econô-micas, quanto as atividades econômicas, que passam a ter a visão correta da atua-ção do Judiciário. “A AMMA está de parabéns e a rele-vância deste evento, na mi-nha visão, pode ser aferida pelo fato de eu me encon-trar aqui em São Luís dando prioridade a este convite.”

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“São muito importan-tes iniciativas em que os magistrados possam ser estimulados à busca da qualificação profis-sional. A AMMA está de parabéns pelo evento, que cria uma nova for-ma de capacitação no Judiciário.”

Livia Aguiar

“Os assuntos abor-dados são de alta rele-vância para o exercício da jurisdição, abordando matérias novas deman-dadas no dia a dia, no-tadamente na presta-ção do serviço público.”

Roberto Abreu

“O seminário foi uma boa iniciativa voltada à qualificação da magis-tratura em torno de um tema que tem merecido a atenção da sociedade.”

Iris Daniele

bém social, voltado à intera-ção dos associados.

Além de palestras e deba-tes, a Associação dos Magis-trados homenageou os par-ticipantes e convidados com um coquetel após a soleni-dade de abertura, ao fim da explanação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco César Asfor. Na sexta-feira, segundo dia do evento, os participantes foram brinda-dos com um almoço no pró-prio hotel, também oferecido pela AMMA.

Os magistrados associados que participaram do seminá-rio aprovaram a iniciativa da entidade.

Gervásio Santos, César Arfor, Cutrim, Nilo e Adelvan na sede da AMMA

Associados confraternizaram-se durante almoço no Gran São Luís

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Magistrados visitam Núcleo de AdvocaciaO Núcleo de Advocacia

Voluntária do Complexo Pe-nitenciário de Pedrinhas re-cebeu a visita dos diretores da Associação dos Magistra-dos, Gervásio Santos (presi-dente) e Nilo Ribeiro Filho (vice) e dos juízes criminais da capital, Ronaldo Maciel e Adelvan Nascimento. Pro-posta pela AMMA, a ida dos juízes ao Núcleo, no dia 31 de março, teve por objetivo conhecer o funcionamento do espaço a fim de estimu-lar a visita de magistrados de outras Comarcas.

A coordenadora do Nú-cleo de Advocacia, Marilene Aranha Carneiro, explicou que um dos maiores proble-mas do sistema penitenci-ário do Maranhão é a falta de acompanhamento dos presos pelos juízes, princi-palmente os do interior.

Segundo Marilene, a falta de acompanhamento preju-dica até mesmo o funciona-mento do Núcleo, pois os pedidos de benefícios a que os presos têm direito são encaminhados aos juízes, mas não são dadas respos-tas a tempo. “Constatamos uma demora muito grande dos juízes para atender aos pedidos”, declarou.

Em dois meses de funcio-namento, o Núcleo já con-seguiu detectar três presos em situação irregular e cor-rigiu dois deles. Os casos envolviam doentes mentais que, pela lei de execuções penais, não deveriam estar em Pedrinhas. Após pedido

formulado pelo Núcleo, de um deles a juíza determi-nou esta semana a extinção da pena.

O Maranhão é o primeiro estado do Brasil a implantar um Núcleo de Advocacia Vo-luntária, que funciona des-de fevereiro deste ano no Complexo de Pedrinhas. É resultado de parceria entre o Conselho Nacional de Jus-tiça, Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, Secre-taria de Segurança Cidadã (Sesec) e as universidades Uniceuma, UNDB e UFMA.

AtENDIMENtOsO Núcleo de Advocacia

Voluntária tem como meta realizar 90 atendimentos se-manais, pela manhã e à tar-de, por estudantes de direito orientados por professores. Colaboram com o trabalho quatro agentes penitenciá-rios e um servidor do Judi-ciário. O espaço é uma das prioridades do CNJ para este ano com o objetivo de ex-pandir o acesso das pessoas de baixa renda à Justiça.

Após conhecer todas as instalações do Núcleo de Advocacia, como funciona e os benefícios que poderá trazer para o sistema peni-tenciário, os juízes Gervá-sio Santos, Ronaldo Maciel, Adelvan Nascimento e Nilo Filho saíram de Pedrinhas com a tarefa de estimular os colegas a visitar o local e dar acompanhamento mais efetivo aos presos de suas Comarcas.

Aprovada moção contra a PEC da aposentadoria

Os magistrados associa-dos à AMMA aprovaram, em assembléia geral rea-lizada no dia 18 de abril, moção contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 475, em trâmite no Congresso Nacional, a qual prevê o aumento do limite da aposentadoria compulsó-ria dos servidores públicos de 70 para 75 anos.

Outros importantes as-suntos de interesse da ma-gistratura e da AMMA tam-bém foram deliberados na assembléia realizada no salão do júri do Fórum De-sembargador Sarney Cos-ta. Dentre eles, a aprova-ção da proposta para que a Associação dos Magistrados se posicione contra a alte-ração do prazo de permuta entre juízes de dois para um ano, sob o argumento de que a referida redução não trará beneficios à ad-ministração da Justiça.

Também foi deliberado

que a AMMA faça uma con-sulta à Receita Federal so-bre a natureza da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE). Caso a resposta da Receita não confirme o en-tendimento de que a PAE se trata de verba indeni-zatória sobre a qual não incide imposto de renda, a AMMA foi autorizada a in-gressar com Ação Decla-ratória para evitar que os seus associados sofram co-branças futuras por parte da Receita Federal.

Ainda a respeito da PAE, os associados aprovaram, por unanimidade, a insti-tuição de uma taxa extra de 1.5 % sobre o valor to-tal da Parcela Autônoma, cujos valores serão desti-nados a um fundo especial para a construção da se-gunda etapa da sede social e administrativa da AMMA. As obras deverão ser ini-ciadas logo após o fim do período de chuvas.

Magistrados conheceram as instalações do Núcleo de Advocacia Juízes conversaram com Marilene Carneiro, coordenadora do Núcleo

Assembléia geral deliberou pela moção contra a PEC 475

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Quem ouve falar na pa-lavra presídio, mesmo que nunca tenha entrado em um deles, nem de longe imagi-na que o local realmente pode funcionar como um centro de ressocialização se houver a efetiva partici-pação da sociedade e a boa vontade do poder público. Na Comarca de Pedreiras, a 280 km de São Luís, este sonho tornou-se realida-de. O juiz Douglas de Melo Martins conseguiu trans-formar uma antiga cadeia pública em um moderno centro de convivência em que recuperandos ence-nam peças teatrais, com-põem músicas, confeccio-nam cadeiras, frequentam biblioteca, criam peixes, produzem e vendem hor-taliças.

Há exatos sete meses que o Centro de Ressocia-lização de Pedreiras, um velho presídio que fun-cionava nos moldes tra-dicionais, superlotado de

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Dois magistrados do Maranhão têm mostrado que com dedicação ao trabalho, boa vontade e excelentes iniciativas é possível melhorar o conceito

do Judiciário na sociedade e, ao mesmo tempo, ajudar a comunidade. Embora em diferentes áreas, os juízes Douglas de Melo Martins,

da Comarca de Pedreiras, e Marcelo Oka, de Colinas, abraçaram projetos que têm conseguido melhorar a prestação jurisdicional no estado. As ações dos dois juízes ganharam o reconhecimento da Corregedoria de Justiça e de outros órgãos do Judiciário .

homens ociosos, violentos e sem qualquer perspectiva - apenas a de um dia livrar-se da prisão, passou a ser ad-ministrado pela Associação de Proteção aos Condenados (APAC). O método foi criado pelo advogado e professor Mário Otoboni, que tem ob-tido muito sucesso em Mi-nas Gerais, onde já existem mais de 200 Centros de Rein-tegração Social.

A implantação do Centro de Ressocialização de Pe-dreiras é fruto de uma ár-dua batalha do juiz Douglas Martins, que enfrentou uma verdadeira via crucis até obter a permissão da secre-tária estadual de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal. Ele contou com o apoio de Frei Ribamar, um abnegado frade capuchinho, ganhando logo em seguida o reconhecimen-to de toda a sociedade.

A APAC conseguiu dar sentido à vida de 150 ho-mens que lá se encontram cumprindo pena. A capaci-

dade do Centro é para 160 pessoas, o que significa dizer que não existe superlotação. Pelo método de Otoboni, o índice de recuperação atin-ge até 90%, enquanto que no sistema penitenciário tradi-cional - que gasta mais que o triplo - é de apenas 15%.

O juiz Douglas Martins conseguiu em Pedreiras o que muitos imaginariam ser

impossível. Estado e APAC trabalham em parceria na ressocialização dos presos. A Secretaria de Segurança en-tra com parte da disciplina e vigilância e a APAC cuida do tratamento penal, com assistência médica, odonto-lógica, social, psicológica, terapia ocupacional, educa-ção, profissionalização e ge-ração de emprego e renda.

Recuperandos da APAC trabalham em oficinas de artesanato Dedicação do apenado ao trabalho é fundamental para a recuperação

Apenados cultivam hortaliças que são vendidas em Pedreiras

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O Centro de Ressociali-zação é dotado de gabinete odontológico, enfermaria, salas de aula, cozinha - cuja alimentação é preparada pelos próprios recuperan-dos, banheiros, celas, ofici-nas e horta, que conta hoje com 100 canteiros cuja pro-dução é comercializada no centro da cidade. Todos os espaços foram construídos, recuperados e pintados pe-los próprios presos.

O diálogo entre funcio-nários e detentos deixa cla-ro que o respeito é a mola propulsora para a resso-cialização. Até a forma de tratamento é diferenciada. Condenado é chamado de recuperando; “gaiolão” vi-rou área de lazer; ociosida-de foi substituída por labo-roterapia, trabalhos, cursos de alfabetização, supletivo e profissionalizante. Além disso, o esquecimento tão comum nos presídios tra-dicionais deu lugar à assis-tência jurídica, psicológica, social e espiritual.

Na conversa com os recu-perandos, obtêm-se a certeza de que é possível a ressociali-zação por meio do trabalho e respeito à dignidade humana.

Marcelo Oliveira é um desses exemplos. Ele é um

trabalho em parceria

Terapia em oficinas

dos cozinheiros do Centro e cumpre pena de cinco anos. Ele está agradecido em vi-venciar a experiência de cumprir pena no Centro de Pedreiras, de onde espera sair plenamente capacita-do para uma nova vida após obter a liberdade.

O mesmo acontece com Gilliard Vieira da Costa, de 24 anos, responsável pela manutenção da biblioteca. Ele faz o controle, com aju-da de um velho computador, de todos os livros didáticos e paradidáticos a que os re-cuperando têm acesso. Todo o acervo e o computador foram doados pela comu-nidade. Gilliard agradece a administração pela oportu-nidade de estar convivendo com os livros e tem planos de cursar uma faculdade após deixar o Centro.

FuncionáriosO Centro de Ressocializa-

ção conta com o trabalho de 14 funcionários, entre psi-cólogos, enfermeiras, pro-fessoras, médico, dentista e pessoal administrativo - que são pagos pela APAC com recursos repassados do Governo do Estado, via Secretaria de Segurança Ci-dadã, da ordem de R$ 57,2

mil. Com esta verba, a as-sociação mantém o funcio-namento do Centro.

Toda a estrutura do prédio, que foi totalmente recuperado, foi feita pelos próprios presos, incluindo

serviço de pedreiro, pin-tura de paredes, mudança de piso, colocação de por-tas e janelas. No local, res-pira-se o bom ar dos espa-ços higienizados, inclusive nos banheiros das celas.

As atividades de laboro-terapia são realizadas em oficinas de artesanato, nas hortas, cuja produção dos 100 canteiros é comerciali-zada no centro da cidade, e em uma fábrica de cadeiras de macarrão.

Os recuperandos tam-bém frequentam um grupo de teatro dirigido por um voluntário da comunidade, um time de futebol e um grupo musical, cujas músi-cas inéditas em breve esta-rão sendo lançadas em CD.

De acordo com o juiz Douglas Martins, em breve estará sendo inaugurado um açude para piscicultura e uma fábrica de produtos de limpeza.

A mais recente inovação do Centro de Ressocializa-ção é a inauguração do re-feitório com o sistema self service para que os recupe-randos coloquem no prato a quantidade que desejarem e tenham um sistema de alimentação mais humani-

zado, abolindo de vez as “quentinhas”.

A APAC faz o controle rigoroso da alimentação, montando e exigindo um cardápio semanal variado que inclui, alternadamen-te, pratos à base de pei-xe, frango e carne. Antes da nova administração, a comida servida era feita com produtos estragados, pois a empresa comprava dos comerciantes de Pe-dreiras muito mais bara-ta, com prazo de validade vencido.

O trabalho realizado pela APAC também con-seguiu reverter a imagem que a sociedade de Pe-dreiras tinha do presídio. Se antes havia manifesta-ção da comunidade para que fosse deslocado para outro local, hoje o con-senso é de total apoio. Tudo graças às constantes campanhas para integrar a população à recupera-ção dos apenados.

Gilliard apresenta a biblioteca aos juízes visitantes da APAC

Marcelo Oliveira prepara o alimento junto com outros presos

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L Inovações garantem agilidade a processosnados procedimentos para uma gestão compartilhada e participativa entre ma-gistrado, servidores e a co-munidade jurisdicionada.

Na 1ª Vara de Pedreiras não há processo parado. A sistemática implantada há cerca de três meses fez au-mentar a demanda proces-sual, bem como o número de advogados atuando.

A espinha dorsal do sis-tema implantado pelo juiz Douglas Martins é o códi-go de localização de todos os processos. O funcioná-rio digita o nome da par-te ou do advogado e, em segundos, o processo é rastreado, situando exa-tamente em que pratelei-ra ele se encontra, já que todos os espaços da Secre-taria são organizados por códigos.

Até o formulário de AR dos Correios é digitalizado, não sendo mais necessário que o funcionário perca tempo preenchendo à mão o formulário. Os oficiais de justiça também dão baixa aos mandados pessoalmen-te em computador, avan-çando mais uma etapa que também tornava o proces-so mais lento.

Outra sistemática que também tornou mais efi-ciente e ágil os trabalhos na Comarca de Pedreiras diz respeito às intima-ções, que passam a ser feitas a partir do dia 2 de março por email ou por telefone. O novo modelo de intimação foi acordado em um Termo de Coopera-ção firmado no dia 12 de janeiro, entre a Diretoria do Fórum, os juízes da pri-meira, segunda e terceira Varas e os advogados mili-tantes na Comarca.

Os prazos serão inicia-dos um dia depois do en-vio do email ou do tele-

A eficiência da 1ª Vara de Pedreiras ganhou pro-porções tão surpreendentes que a Associação dos Magis-trados pretende incentivar outros magistrados a ado-tar modelo semelhante em suas Comarcas. “Os entra-ves que ocasionam demora na prestação jurisdicional são apenas questão de ges-tão e nós, magistrados, te-mos que saber otimizar os recursos disponíveis para a celeridade do trabalho”, declarou o presidente da AMMA, Gervásio Santos.

Com a utilização dos pro-cedimentos automatizados, a produtividade da Vara

fonema com a intimação, e nenhum dos advogados poderá alegar nulidade de-corrente das intimações, que deverão ser enviadas pelo e-mail oficial de cada Secretaria e recebidas pelo email cadastrado por cada advogado.

As secretarias de cada Vara, por sua vez, terão a responsabilidade de en-viar, por e-mail, a pauta de audiências da semana seguinte para todos os advogados. A secretaria também terá um prazo máximo de 30 minutos para localizar o processo e entregar ao advogado.

Intimações on-line Relatório aponta eficiênciacresceu de maneira positi-va, inclusive economizan-do recursos sem desgaste ou sobrecarga de trabalho.

A evolução pode ser constatada com base nos últimos relatórios da Vara, apresentados na Correge-doria Geral de Justiça. No ano de 2008, a 1ª Vara de Pedreiras alcançou uma produtividade de 102% e nos três primeiros meses de 2009 alcançou quase 200% de índice de produ-tividade, com uma mé-dia de mais de 150 sen-tenças por mês. No ano de 2008 foram mais de 1.300 sentenças.

Funcionário da 1ª Vara mostra como funciona o novo sistema

Em 21 de março de 2009, o advogado Idael-cio Sousa Júnior enfren-tou quase 300 km de es-trada entre São Luís e Pedreiras com a missão de localizar seis proces-sos que há muitos anos tramitam na 1ª Vara da referida Comarca. Em menos de 15 minutos ele já estava pronto para retornar a São Luís, ple-namente satisfeito com a eficiência da unidade judicial.

“É surpreendente a or-ganização da 1ª Vara de Pedreiras. Este modelo deveria ser adotado em outras Comarcas, prin-cipalmente nos Juizados de São Luís, pois os ad-vogados penam tentando localizar processos du-rante dias”, declarou o advogado.

Na 1ª Vara da Comarca de Pedreiras, a eficiência e a agilidade tornaram-se realidade a partir de uma sistemática de trabalho automatizado, implanta-da pelo juiz Douglas de Melo Martins com a par-ticipação de funcionários.

Todo o processo de ino-vação começou no ano de

2007, quando o magistrado promoveu pela primeira vez na Comarca uma audi-ência pública de prestação de contas em Pedreiras, a partir da qual foi possível enxergar o verdadeiro an-seio social na busca da efe-tiva tutela jurisdicional.

Esforço concentrado“A audiência foi impor-

tante para evidenciar a necessidade de um esforço

concentrado visando alte-rar a rotina de trabalho do Judiciário para conseguir julgamentos céleres e de qualidade”, esclareceu.

A organização da 1ª Vara e Secretaria Judicial de Pedreiras é impecável. Tudo graças à máxima uti-lização do sistema Themis (programa de banco de dados utilizado no judici-ário maranhense), ao qual foram agregados determi-

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LJuízes vencem desafio em São DomingosAo receber o desafio de

responder interinamente pela Comarca de São Do-mingos do Maranhão, a par-tir de dezembro de 2008, o juiz Marcelo Elias Oka já ti-nha noção da realidade que iria encontrar. Quase qua-tro mil processos se avolu-mavam sobre prateleiras, muitos dos quais totalmen-te cobertos por poeira, tal o nível de antiguidade. Mar-celo não se intimidou e lan-çou mão de um mecanismo de trabalho que nos últimos meses vem ganhando força no Judiciário do Maranhão: o mutirão processual.

Mutirão, palavra de eti-mologia tupi guarani, sig-nifica mobilização coletiva para lograr um fim, base-ando-se na ajuda mútua. Foi imbuído neste propósito que o juiz Marcelo Oka, ti-tular da Comarca de Coli-nas, planejou toda a logísti-ca e executou um grandioso trabalho na Comarca de São

Domingos. Em quatro dias, o mutirão resultou na mo-vimentação de 400 proces-sos, dos quase quatro mil existentes, e seis júris po-pulares.

O primeiro passo foi reu-nir uma verdadeira “força tarefa”, composta por 10 juízes de diferentes Comar-cas, sete promotores, seis advogados e 40 auxiliares, entre funcionários do Ju-diciário, da Prefeitura e voluntários. Bastou um te-lefonema de Marcelo para que todos os seus colegas convidados para o trabalho se deslocassem para São Domingos em uma van cedi-da pela Corregedoria Geral de Justiça.

Marcelo Oka já tem expe-riência em trabalhos desta natureza. Foi também dele a iniciativa de realizar o I Mutirão da Comarca de Coli-nas, em 2008. Em menos de dois anos, os juízes do Mara-nhão já promoveram quatro

mutirões, três em diferen-tes Comarcas do interior e um na Vara de Execuções Penais da capital. É uma maneira eficiente de movi-mentar processos em uni-dades jurisdicionais que se encontram em dificuldade.

“Gosto de ver processo se movimentar. Quando me deparo com um processo há quatro anos parado, me tremo todo”, declara Mar-celo Oka.

A iniciativa do juiz sur-tiu efeito tão positivo que a Corregedoria Geral de Justiça pretende expan-dir os mutirões processu-ais e de júri para outras comarcas. O objetivo é acelerar os julgamentos, reduzir o volume de pro-cessos e, consequente-mente, melhorar os servi-ços prestados pela Justiça de primeiro grau junto às comunidades.

Durante quatro dias o Fórum de São Domingos, um dos mais pobres muni-cípios do Maranhão, ficou pequeno para o grande número de jurisdiciona-dos que lá compareceram. A cidade se mobilizou com faixas nas ruas dando bo-as vindas à comitiva dos magistrados e promoto-res que chegava à Comar-ca com a nobre missão de trazer a justiça há muito tempo esperada.

As audiências foram re-alizadas em oito salas do Fórum e contaram com a colaboração, além de ser-vidores do Judiciário, de funcionários cedidos pe-la Prefeitura e de volun-tários como Álida Batis-ta, estudante do curso de magistério que ficou entu-siasmada assim que soube da realização do I Mutirão de São Domingos.

“O Judiciário está de parabéns, pois a popu-lação já estava cansada de esperar e já não acre-ditava mais na Justiça”, relatou. Após quatro dias de trabalho incansável, que começava às 8h, pa-rava para o almoço por uma hora, retomava e só se encerrava à noite, juí-zes, promotores, advoga-dos, funcionários do Ju-diciário e colaboradores puderam comemorar o êxito do mutirão.

Para a juíza Lidiane Melo, que contabiliza a participação no terceiro mutirão processual já rea-lizado no Maranhão, a ex-periência tem sido muito enriquecedora por possi-bilitar uma aproximação maior com os jurisdiciona-dos de municípios caren-tes e dar a eles o que tan-to anseiam: a Justiça.

Mutirão mobiliza a cidade

Esperança. Esta foi a de-finição dada por Minalva Vieira Couto, 31 anos, mãe de dois filhos, de seis e dez anos, enquanto aguarda-va o momento de entrar na sala de audiência. Há cinco anos que a jovem lavradora aguardava uma definição da Justiça sobre um pedido de pensão alimentícia. O mari-do a abandonou com os dois filhos, estando hoje traba-lhando na Telemar em Im-peratriz.

Expectativa nas audiênciasEm situação financeira me-

lhor, mas não menos apreen-sivo para solucionar um pro-blema que já se arrastava na Justiça de São Domingos há mais de um ano, se encon-trava o aposentado Herman-do Farias Santos.

Viúvo e pai de três filhos maiores, Hermando espera-va um acordo amigável com uma mulher com quem te-ria tido um relacionamen-to em união estável por al-guns anos.

Magistrados deixaram São Domingos após quatro dias de trabalho

Mais de quatrocentos processos movimentados nas audiências

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Já estão abertas as ins-crições para a eleição dos novos membros do Conselho de Representantes Regionais da Associação dos Magistra-dos, referentes ao biênio 2009/2010. O registro das candidaturas será realizado na Secretaria da Associação dos Magistrados ou pelo fax (98)3231-8073 ou (98)3221-4414 até o dia 15 de maio de 2009, das 8h às 18h.

No ato da registro da candidatura, o pretenden-te deve indicar a Regional para a qual está concorren-do, que, em caso de juiz substituto, deverá coinci-dir com a da sua Zona Ju-diciária original.

Cada Regional terá um representante e um suplen-te no Conselho de Repre-sentantes. Em virtude da grande densidade de asso-ciados, à Regional de São Luís será assegurado o di-reito a três representantes.

A eleição para o Conselho de Representantes será rea-lizada na primeira quinzena de junho e homologada em assembléia geral designada para esse fim. A escolha do titular e do suplente será mediante voto por corres-pondência, por votação di-reta, secreta e universal dos magistrados que compõem a respectiva Regional.

AMMA destaca-se na aprovação de projetoA atuação da Associação

dos Magistrados junto à As-sembléia Legislativa foi fun-damental para a aprovação do Projeto de Lei Comple-mentar oriundo do Tribunal de Justiça, que prevê a cria de 16 cargos de juiz auxiliar de São Luís, a Vara do Ido-so, também na capital, e de mais uma Vara nas Comarcas de Araióses e Santa Luzia do Paruá.

O projeto do Judiciário foi aprovado pelo Legis-lativo estadual em 25 de março, um dia depois dos diretores da AMMA Gervásio Santos (presidente), Nilo Ri-beiro Filho (vice-presidente) e Carlos Veloso (tesoureiro-geral) terem feito uma vi-sita de cortesia aos parla-mentares, ocasião em que conversaram com as princi-pais lideranças sobre a im-portância da aprovação do projeto.

O projeto do Judiciário altera os artigos 7, 9, 44 e 147 da Lei Complemen-tar nº 14, de 1991 (Código de Divisão e Organização Judiciária do Maranhão). A matéria prevê a criação de um cargo de juiz titular na Comarca de São Luís, 16 cargos de juiz auxiliar de entrância final, também em São Luís, um cargo de juiz na Comarca de Arai-óses e um na Comarca de Santa Luzia do Paruá. Com a alteração, a Comarca de São Luís passará a contar com 33 juízes auxiliares.

O mesmo projeto tam-bém cria, no âmbito da Justiça de 1º Grau, a Vara Especial do Idoso da Comar-ca de São Luís, a 2ª Vara da Comarca de Araióses e a 2ª Vara da Comarca de Santa Luzia do Paruá.

As 16 vagas de juiz auxi-liar serão providas conforme conveniência do Tribunal de Justiça, considerando que não há necessidade de novas instalações físicas, já que os auxiliares têm a função de substituir os ju-ízes titulares nas suas au-sências.

Eleição para o Conselho de RepresentantesTodos os magistrados po-

derão exercer o voto pesso-almente na sede da AMMA, das 8h às 18h no período de 9 a 15 de junho, quando en-tão serão apurados os votos. Será considerado suplente o candidato que obtiver, no âmbito de sua região, a se-

gunda maior votação entre os inscritos.

Na Regional em que não houver inscritos para con-correr ao pleito eleitoral, a escolha do representan-te regional será realizada pela própria Diretoria Exe-cutiva.

sÃO LUÍs - Comarcas de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Alcântara, Rosário, Itapecuru, Icatu, Humberto de Cam-pos, Anajatuba, Barreirinhas e Cantanhede

IMPERAtRIZ - Comarcas de Imperatriz, João Lisboa, Açailân-dia, Itinga, Montes Altos, Porto Franco, Estreito, Carolina, Grajaú, Amarante do Maranhão, Balsas, Alto Parnaíba e Riachão.

sANtA INÊs - Comarcas de Santa Inês, Pindaré-Mirim, Buriti-cupu, Arame, Santa Luzia, Santa Luzia do Paruá, Monção, Bom Jardim, Zé Doca, Arari e Vitória do Mearim.

BACABAL - Comarcas de Bacabal, Pedreiras, São Mateus, São Luiz Gonzaga, Olho D’Água das Cunhãs, Pio XII, Vitorino Freire, Paulo Ramos, Lago da Pedra, Poção de Pedras, Igarapé Grande, Esperantinópolis e Coroatá.

PINHEIRO - Comarcas de Pinheiro, Viana, Matinha, Penalva, São Bento, São João Batista, São Vicente de Férrer, Turiaçú, Santa Helena, Guimarães, Bequimão, Cururupu, Mirinzal, Cedral, Cândi-do Mendes, Carutapera, Maracaçumé, Bacuri e Governador Nunes Freire.

tIMON - Comarcas de Timon, Caxias, Codó, Coelho Neto, Par-narama, Buriti Bravo, Timbiras e Matões.

PREsIDENtE DUtRA - Comarcas de Presidente Dutra, Tuntum, Dom Pedro, São Domingos, Paraibano, Passagem Franca, Mirador, Colinas, Santo Antonio dos Lopes, Barra do Corda, Barão de Gra-jaú, Pastos Bons, Loreto, São Raimundo das Mangabeiras, São João dos Patos e Governador Eugênio Barros.

CHAPADINHA - Comarcas de Chapadinha, Buriti, Urbano San-tos, Brejo, Vargem Grande, Tutóia, Araióses, São Bernardo e Santa Quitéria.

APOsENtADOs - magistrados inativos.

tRIBUNAL DE JUstIÇA - magistrados de segundo grau.

Confira as Regionais

Diretores da AMMA mantiveram contato com parlamentares para pedir aprovação do projeto

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Para incentivar a partici-pação no XX Congresso do maior número de associados, a AMMA instituiu o sorteio do reembolso da inscrição, no valor de R$ 300,00, inde-pendente do total que será pago no ato da inscrição. O reembolso será efetivado no mês de novembro, sob a condição de que o sorteado demonstre sua participação em qualquer ato do Congres-so. Somente o associado que for sorteado terá direito ao reembolso, não estendendo o benefício aos seus acom-panhantes.

Conforme o regulamento, os associados da AMMA que não integrarem os quadros da AMB também poderão participar do sorteio, obser-vando o mesmo valor para fins de reembolso, não obs-tante o preço mais elevado pela inscrição no Congresso.

Após efetuar a inscrição, o associado deverá encami-nhar o comprovante para a AMMA até o prazo de 48 ho-ras antes do sorteio, mar-cado para acontecer no dia 23 de novembro. Somente

Os associados interessados em participar do XX Congres-so Brasileiro de Magistrados já podem acessar o hotsite do evento e efetuar a ins-crição por meio dos cartões de crédito de bandeira Visa, Diner e MasterCard. O prin-cipal evento da magistratura brasileira será realizado de 29 a 31 de outubro, em São Paulo (SP).

No portal hospedado no site da AMB (www.amb.com.br), o magistrado também pode consultar locais para se hospedar, conferir a progra-mação do congresso, as atra-ções culturais da cidade e ler notícias sobre o encontro.

O valor da inscrição para o Congresso Brasileiro da Ma-

Abertas inscrições para o XX Congresso

da Magistratura

AMMA institui sorteiopoderão participar os asso-ciados que se inscreverem até 19 de outubro de 2009.

Serão sorteados 35 asso-ciados, sendo que apenas os 25 primeiros, obedecendo as normas do regulamento, serão premiados com o re-embolso.

O restante dos sortea-dos, em ordem crescente, somente será premiado caso alguns dos contem-plados não comprovem sua participação em qualquer ato do Congresso, devendo ainda demonstrar sua parti-cipação no mesmo.

O XX Congresso Brasilei-ro de Magistrados será re-alizado no maior complexo empresarial da América La-tina, o World Trade Center, localizado em uma das áre-as mais nobres da moderna cidade de São Paulo (SP), a região da Berrini. O tema do encontro é “Gestão De-mocrática do Judiciário”, e o evento é organizado pela AMB em parceria com a Apamagis e com a Asso-ciação dos Magistrados da Justiça do Trabalho.

gistratura será de R$ 500,00 para associados e R$ 750,00 para não associados que se inscreverem até o dia 31 de agosto. A partir desta data, custará R$ 600,00 para as-sociados e R$ 850,00 para não associados. O pagamen-to pode ser dividido em até seis vezes e, em breve, es-tará disponível também por meio de boleto bancário e débito em conta. Aqueles que se inscreverem até o dia 30 de junho participam au-tomaticamente de sorteios promovidos pela parceria do programa AMBMais com a Compra Certa Brastemp/Cônsul, concorrendo a uma adega de vinho e a um frigo-bar estilo retrô.

Valor da inscrição

Categoria Até 31/08 Após 31/08 e no local

Associados à AMB 500,00 600,00

Acompanhantes de associados à AMB 350,00 500,00

Outros 750,00 850,00

Programação Científica

Dia 29/10/09Abertura Solene e Conferência Magna: Planejamento Estratégico do Poder Judiciário – Ministro do Supremo Tribunal Federal Henrique Ricardo Lewandowski

Dia 30/10/09Conferência sobre a Gestão Democrática do Judiciário - Ministro Francisco Rezek Painel 1 Democratização do JudiciárioPainel 2 Planejamento Estratégico do JudiciárioPainel 3 Autonomia e Gestão do JudiciárioPainel 4 Procedimentos JudiciáriosPainel 5 Magistrados Aposentados

Dia 31/10/2009Conferência de encerramento: O Poder Judiciário na Sociedade Moderna - Ministro da Justiça Tarso Genro

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A Diretoria Executiva da Associação dos Magistrados (AMMA), reunida no dia 17 de abril, aprovou o regulamento da Ouvidoria da entidade, que ficará sob a responsabilidade do juiz Antonio Luiz Almeida. A Ouvidoria tem por objetivo humanizar e estreitar o rela-cionamento da AMMA com os associados, atuando também como um canal de comunica-ção ágil e direto com os órgãos que compõem a entidade.

O novo serviço institucional será implementado nos próxi-mos dias em um espaço pró-prio no site. Competirá à Ou-vidoria receber dos associados críticas, reclamações, elogios e sugestões sobre a atuação da AMMA nas diversas áreas, e receber propostas que inte-ressem ao aperfeiçoamento do Poder Judiciário e da própria atuação da associação, asse-gurando o direito de resposta às questões formuladas, in-formando aos seus autores so-

A luta da Associação dos Magistrados para o pagamento integral da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) ainda não acabou. A Diretoria Execu-tiva continua a fazer gestões junto ao Tribunal de Justiça e ao Governo do Estado no sen-tido de garantir que as demais parcelas a que os magistrados têm direito sejam liberadas posteriormente.

A AMMA fará uma consulta à Receita Federal sobre a na-tureza da Parcela Autônoma. Caso a resposta da Receita não confirme o entendimento de que a PAE se trata de verba indenizatória sobre a qual não incide IR, a entidade ingressa-rá com Ação Declaratória para evitar que os associados so-fram cobranças futuras.

Também foi encaminhado esclarecimento, no dia 16 de abril, ao presidente do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, sobre o pagamento da PAE a magistrados do Maranhão. Com esta medida, a Associa-ção dos Magistrados pretende

bre as providências adotadas.As manifestações poderão

ser prestadas pessoalmente ao ouvidor por carta, fax, te-lefone e internet. Caberá ao ouvidor representar os asso-ciados junto aos órgãos que compõem a AMMA, dar enca-

minhamento a todas as pro-posições apresentadas, asse-gurar o sigilo do associado, quando solicitado, e cobrar soluções, além de responder questionamentos dos associa-dos dentro de um prazo razo-ável de tempo.

Diretoria aprova regulamento da Ouvidoria

AMMA vigilante sobre a PAE

Além do regulamento da Ouvidoria, os diretores deli-beraram pelo reinício da cons-trução da nova sede social e administrativa da AMMA tão logo cesse o período de chu-vas. A nova sede, que já teve a sua primeira etapa concluída, está sendo construída na ave-nida Luís Eduardo Magalhães.

A segunda etapa das obras da nova sede consistirá na construção de duas quadras - uma de tênis e outra po-liesportiva, construção de arquibancadas e urbanização de toda a área do estaciona-mento.

Os recursos para a constru-ção serão complementados a partir da arrecadação de uma taxa extra de 1.5% sobre o valor da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) a que os associados têm direito. O pagamento da taxa foi apro-vado em assembléia geral dos associados, realizada no dia 18 de abril.

desfazer uma série de comen-tários depreciativos gerados a partir da concessão da con-quista.

Entenda a PAEA Parcela Autônoma de

Equivalência, no âmbito da magistratura estadual mara-nhense, foi uma conquista da AMMA em prol dos associados. A PAE foi instituída pelo Su-premo Tribunal Federal (STF) em razão da defasagem verifi-cada nos vencimentos dos ma-gistrados no período anterior à implantação do subsídio. Inicialmente, foi contempla-da a magistratura federal e posteriormente a estadual, considerando o caráter nacio-nal da magistratura.

O Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ), em 2008, reconhe-ceu a legitimidade da PAE nos moldes do decidido pelo STF e o seu pagamento pelos Tribu-nais de Justiça.

O requerimento solicitan-do a PAE foi protocolado pela AMMA em 5 de Janeiro de 2009 e teve como precedentes,

além das decisões do CNJ e STF, a dos Tribunais de Justiça de outros estados, em espe-cial o de Santa Catarina.

O Pleno do Tribunal de Jus-tiça deferiu o pedido parcial-mente, já que a AMMA pleitea-va o benefício correspondente ao período compreendido en-tre 1994 e 2004 e só foi apro-vado o período de dezembro de 1999 a 2004.

O valor a que cada magis-trado faz jus a perceber de-pende do tempo de serviço relativo ao fato em questão, e se o mesmo estava em ativida-de no período entre dezembro de 1999 e dezembro de 2004. Portanto, não é um valor ge-nérico nem tampouco único para toda a classe.

A obtenção da Parcela Au-tônoma foi uma vitória da AMMA em prol dos seus as-sociados e uma prova de que a união da classe é capaz de superar barreiras, vencer as dificuldades e contribuir para o fortalecimento do associa-tivismo no âmbito da magis-tratura brasileira.

A AMMA vai oferecer uma festa especial para as associadas e pensionis-tas em homenagem ao Dia das Mães. A data será co-memorada com um Chá da Tarde, no dia 9 de maio a partir das 18 horas, no Ho-tel Praia Mar. O objetivo da AMMA é proporcionar um fim de tarde inesquecível, mantendo a mesma ca-racterística que vem nor-teando todas as ações da entidade: bem-estar e har-monia entre os associados.

A festa terá todos os ingredientes necessários para coroar de êxito uma data tão especial para as mulheres. Além da opor-tunidade de saborear um chá especial entre amigas, as associadas vão assistir a um desfile de bijoux da grife Niêde Buhaten. Em seguida, serão brindadas com várias peças, por meio de sorteio.

Chá da tarde em homenagem às

mães no Praia Mar

Diretoria Executiva aprovou durante reunião o regulamento da Ouvidoria