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Magistratura do Ministério Público Organização do 2º Ciclo – 30º Curso Normal – Setembro de 2013/Julho de 2014

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Magistratura do Ministério Público

Organização do 2º Ciclo

– 30º Curso Normal –

Setembro de 2013/Julho de 2014

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Centro de Estudos Judiciários

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Título: Magistratura do Ministério Público – Guia de Procedimentos – 2º Ciclo

Autor: CEJ – Direcção-Adjunta – Magistratura do Ministério Público Ano de Publicação: 2013 Série: Direcção-Adjunta

Edição: Centro de Estudos Judiciários Largo do Limoeiro 1149-048 Lisboa

[email protected]

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Magistratura do Ministério Público – Organização do 2º Ciclo – 30º Curso Normal – Setembro de 2013/Julho de 2014 3

Índice

ÍNDICE ............................................................................................................................................................................... 3

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS E CONTEXTO LEGAL ............................................................................................................ 5

2. FASE TEÓRICO-PRÁTICA: 2.º CICLO............................................................................................................................. 6

2.1. DESTINATÁRIOS .......................................................................................................................................................... 6

2.2. DURAÇÃO DA FORMAÇÃO NO 2º CICLO .............................................................................................................................. 6

2.3. PRORROGAÇÃO DO 2.º CICLO ......................................................................................................................................... 6

2.4. COLOCAÇÃO NOS TRIBUNAIS PARA FREQUÊNCIA DO 2.º CICLO .................................................................................................. 6

2.4.1. ALTERAÇÃO DA COLOCAÇÃO ............................................................................................................................................... 7

2.5. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS – VERTENTE DAS QUALIDADES PESSOAIS ............................................................................................. 7

2.6. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS – VERTENTE DAS COMPETÊNCIAS TÉCNICAS ......................................................................................... 8

2.7. ORGANIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES - LINHAS GERAIS ............................................................................................................... 9

2.7.1. A PARTICIPAÇÃO DOS AUDITORES DE JUSTIÇA NAS ACTIVIDADES JUDICIÁRIAS ................................................................................... 9

2.7.2. CONTACTO COM OS TRIBUNAIS E ESPECIFICAMENTE COM A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO ..... 11

2.7.3. TEMAS A ABORDAR E FINALIDADES ESPECÍFICAS A ATINGIR ........................................................................................................ 11

2.7.4. REALIZAÇÃO DE TRABALHOS (PROCEDIMENTOS) .................................................................................................................... 13

2.7.5. OBJECTIVOS ESSENCIAIS A PROSSEGUIR EM CADA UMA DAS JURISDIÇÕES ...................................................................................... 16

2.7.5.1. Jurisdição cível ...................................................................................................................................................... 16

2.7.5.2. Jurisdição penal .................................................................................................................................................... 17

2.7.5.3. Jurisdição de família e crianças ............................................................................................................................. 18

NOTA: É possível clicar nos itens do índice de modo a ser redireccionado automaticamente para o capítulo ou subcapítulo em questão. Ao longo do texto existem igualmente hiperligações que redireccionam igualmente para a página Web em questão.

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2.7.5.4. Jurisdição do trabalho ........................................................................................................................................... 19

3. REALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE UM TRABALHO TEMÁTICO ................................................................................ 19

4. ESTÁGIOS DE CURTA DURAÇÃO JUNTO DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES NÃO JUDICIÁRIAS ...................................... 20

4.1. OBJECTIVOS ............................................................................................................................................................. 20

4.2. ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO DOS ESTÁGIOS DE CURTA DURAÇÃO ............................................................................................. 21

4.3. OBJECTIVOS DOS ESTÁGIOS .......................................................................................................................................... 21

4.3.1. ÁREAS PREPONDERANTES ................................................................................................................................................. 21

4.4. ORGANIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS ....................................................................................................................................... 22

5. VISITAS A INSTITUIÇÕES E SERVIÇOS, SEMINÁRIOS, COLÓQUIOS, CICLOS DE DEBATE, TROCAS DE EXPERIÊNCIAS .... 23

5.1. VISITAS A EFECTUAR E OBJECTIVOS A ATINGIR .................................................................................................................... 23

6. AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................................................. 24

6.1. VISITAS DOS COORDENADORES DISTRITAIS AOS TRIBUNAIS .................................................................................................... 24

6.2. AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 25

6.3. CLASSIFICAÇÃO DO 2.º CICLO ........................................................................................................................................ 27

7. CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CURSO E GRADUAÇÃO .................................................................................................... 28

8. PREFERÊNCIA POR LOCAL DE ESTÁGIO ..................................................................................................................... 28

9. REGIME DE FALTAS DOS AUDITORES DE JUSTIÇA ..................................................................................................... 28

9.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................................................................................. 29

9.2. PROCEDIMENTO DE JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS..................................................................................................................... 29

9.3. EFEITOS DAS FALTAS INJUSTIFICADAS ............................................................................................................................... 29

10. REGIME DISCIPLINAR DO AUDITOR DE JUSTIÇA ....................................................................................................... 30

10.1. DEVERES DO AUDITOR DE JUSTIÇA ............................................................................................................................... 30

11. INCOMPATIBILIDADES ............................................................................................................................................. 31

12. INFRACÇÃO DISCIPLINAR ......................................................................................................................................... 31

13. PROCESSO DISCIPLINAR E PENAS APLICÁVEIS .......................................................................................................... 31

14. CONTACTOS ............................................................................................................................................................. 32

14.1. COORDENADORES DISTRITAIS ..................................................................................................................................... 33

15. ANEXOS ................................................................................................................................................................... 33

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1. Considerações Gerais e contexto legal

A formação inicial de magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de

formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso.

O 2.º ciclo do curso de formação teórico-prática e o estágio de ingresso decorrem nos tribunais,

no âmbito da magistratura do Ministério Público. É assegurado por magistrados do Ministério Público

formadores e por coordenadores distritais.

Referências:

• Lei n.º 2/2008 de 14 de Janeiro – Regula o ingresso nas magistraturas, a

formação de magistrados e a natureza, estrutura e funcionamento do Centro de Estudos

Judiciários.

o Alterações introduzidas pela Lei nº 60/2011 de 28 de Novembro e

pela Lei nº 45/2013 de 3 de Julho

• Regulamento n.º 339/2009 – Regulamento Interno do Centro de Estudos

Judiciários publicado em obediência ao disposto no n.º 2 do artigo 115.º da Lei n.º

2/2008, de 14 de Janeiro (cf. Diário da República, n.º 150, SÉRIE II, de 5 de Agosto.

• Estatuto do Ministério Público - aprovado pela Lei nº 47/86 de 15 de

Outubro, com a designação de Lei Orgânica do Ministério Público, designação que foi

alterada depois pela Lei nº 60/98 de 27 de Agosto, cujo texto sofreu as vicissitudes

resultantes da Declaração de Rectificação nº 20/98 de 2 de Novembro; Lei nº 42/2005

de 29 de Agosto; Lei nº 67/2007 de 31 de Dezembro; Lei nº 52/2008 de 28 de Agosto;

Lei nº 37/2009 de 20 de Julho; Lei nº 55-A/2010 de 31 de Dezembro e Lei nº 9/2011 de

12 de Abril). Cf. http://www.pgr.pt/grupo_pgr/mp_lei60-98/EstatutoMP-PT.pdf

• Lei nº 12-A/2008 de 27 de Fevereiro - Estabelece os regimes de

vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções

públicas.

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2. Fase Teórico-Prática: 2.º ciclo

2.1. Destinatários

Durante a vigência do Plano de Actividades para o ano de 2013-2014, iniciarão a formação no 2.º

ciclo os auditores de justiça provenientes do 30º Curso Normal de Formação de Magistrados, cujo acesso

ao Centro de Estudos Judiciários ocorreu pela via académica e profissional, previstas nas alíneas b) e c) do

art. 5º da Lei nº 2/2008 de 14 de Fevereiro.

Este período de formação destina-se a um universo potencial de 40 auditores de justiça que

optaram pela magistratura do Ministério Público e que obtiveram aproveitamento no 1.º ciclo de

formação.

2.2. Duração da formação no 2º ciclo

O período de formação terá início no dia 1 de Setembro 2013 e termo a 15 de Julho de 2014.

2.3. Prorrogação do 2.º Ciclo

O 2.º ciclo pode ser prorrogado excepcionalmente, até ao limite de seis meses, por deliberação

do Conselho Pedagógico sob proposta do director do Centro de Estudos Judiciários.

2.4. Colocação nos tribunais para frequência do 2.º ciclo

Os auditores de justiça considerados aptos no final do 1º ciclo do curso de formação teórico-

prática, serão graduados segundo a respectiva classificação e colocados nos tribunais judiciais,

seleccionados a partir da lista dos locais de formação (art.º 47º e 48º da Lei n.º 2/2008, de 14 de

Janeiro).

A colocação dos auditores de justiça nos locais de formação, constantes das listas aprovadas, é

feita pela directora-adjunta e consta de lista homologada pelo director.

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A lista de colocação é afixada na sede do CEJ e publicitada no seu sítio na Internet, no prazo de

cinco dias a contar do termo do prazo fixado no n.º 2 do art. 48.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro (no

prazo de três dias a contar da publicação das listas de graduação, os auditores de justiça indicam, por

ordem decrescente de preferência, os tribunais onde pretendem ser colocados).

Da lista de colocação cabe reclamação para o director, no prazo de dois dias a contar da data da

afixação, devendo a reclamação ser decidida no prazo de três dias a contar da data da respectiva recepção.

2.4.1. Alteração da colocação

A colocação pode ser alterada, por motivos supervenientes e ponderosos, a requerimento do

auditor de justiça, por proposta do formador, do coordenador distrital ou regional ou por iniciativa da

directora-adjunta.

A decisão de alteração da colocação compete à directora-adjunta, depois de ouvidos o auditor de

justiça, o formador e o coordenador, salvo quando a alteração for pedida ou proposta por estes,

respectivamente.

Da decisão, homologada pelo director, é notificado o auditor de justiça, pessoalmente ou por

escrito, no mais breve prazo possível.

Da alteração da colocação não requerida pelo auditor de justiça cabe reclamação deste para o

director, a apresentar no prazo de dois dias a contar da data da notificação da decisão, devendo a

reclamação ser decidida no prazo de três dias a contar da data da respectiva recepção.

A alteração de colocação implica rectificação à lista respectiva, com observância dos meios de

publicitação acima referidos (a lista de colocação rectificada é afixada na sede do CEJ e publicitada no seu

sítio na Internet).

2.5. Objectivos específicos – vertente das qualidades pessoais

Com carácter acentuadamente profissionalizante, a formação teórico-prática no 2.º ciclo tem

como objectivos específicos, na vertente das qualidades pessoais:

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− Favorecer a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos funcionais

das magistraturas e dos outros agentes do sistema de justiça, bem como dos diversos modos e

objectivos de intervenção judiciária;

− Desenvolver as relações humanas na convivência com os demais agentes

judiciários e no respeito pelas competências de cada um;

− Favorecer a compreensão e interiorização da realidade orgânica e funcional que é

o tribunal e da sua interdependência com outras entidades intervenientes na realização da

justiça;

− Sensibilizar para a prática judiciária da realização efectiva dos direitos

fundamentais;

− Fazer adquirir a prática multidisciplinar e transdisciplinar na abordagem e

tratamento dos casos submetidos ao judiciário;

− Favorecer o apuramento do espírito crítico e do sentido de partilha e de

relativização do saber no debate das questões e no processo de decisão, com progressiva

aquisição de autonomia e personalização na decisão;

− Assegurar a vivência e consolidação dos parâmetros éticos e deontológicos

inerentes ao exercício das magistraturas.

2.6. Objectivos específicos – vertente das competências técnicas

Com carácter acentuadamente profissionalizante, a formação teórico-prática no 2.º ciclo tem

como objectivos específicos, na vertente das competências técnicas:

− Prosseguir a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos

necessários à aplicação do direito, mediante a intervenção concreta e simulada em actos

processuais e outros da actividade judiciária;

− Desenvolver e sedimentar o método jurídico e judiciário na abordagem, análise e

resolução dos casos, através do exercício, ainda que simulado, das funções da magistratura do

Ministério Público;

− Desenvolver conhecimentos e técnicas de outras áreas do saber, úteis para a

compreensão judiciária das realidades da vida;

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− Agilizar a técnica de elaboração de peças e os procedimentos processuais, com

particular destaque para a recolha, produção e valoração da prova;

− Apurar, em contexto real, a destreza no processo de decisão, mediante o

desenvolvimento das capacidades de análise e de síntese, do poder de argumentação e

ponderação de interesses e das consequências práticas da decisão;

− Fomentar o domínio das técnicas de comunicação para uma boa prática

judiciária, incluindo o recurso optimizado às tecnologias da informação e comunicação

disponíveis;

− Desenvolver, em ambiente profissional, as competências de organização e gestão

de métodos de trabalho, com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e da

agenda para a disciplina dos actos processuais.

2.7. Organização das actividades - Linhas gerais

2.7.1. A participação dos auditores de justiça nas actividades judiciárias

O 2.º ciclo compreende a participação dos auditores de justiça, segundo a orientação e assistência

permanente do respectivo formador, nas actividades respeitantes à magistratura do Ministério Público,

desenvolvendo as actividades formativas, de forma gradual e progressiva e de modo a permitir a

aquisição e aprofundamento dos conhecimentos necessários à aplicação prática do Direito nas diferentes

jurisdições.

Visa-se desta forma garantir que, no final do 2º ciclo de formação, o auditor de justiça esteja apto

a assumir competências próprias enquanto procurador-adjunto estagiário, já dotado de conhecimentos

teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato, desempenhar funções em todas as vertentes da

intervenção que lhe é própria.

Constitui objectivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas e

deontológicas, que permitam ao futuro magistrado do Ministério Público o exercício da magistratura com

perfeita noção das responsabilidades que assume perante a sociedade, actuando sempre com sentido de

responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais.

O auditor de justiça terá contacto com as diferentes espécies de processos, para que se aperceba

dos aspectos essenciais da sua tramitação, designadamente a sequência dos actos e fases processuais, a

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intervenção dos demais sujeitos processuais, com destaque para as diferentes funções e intervenções

processuais do Ministério Público.

Os auditores de justiça participarão nas diversas actividades judiciárias, de forma gradual,

levando-se em conta a complexidade das matérias e a evolução do seu desembaraço, devendo,

designadamente:

Assistir os respectivos formadores em actos de inquérito e de instrução criminal;

Intervir em actos preparatórios do processo não exclusivos da função

jurisdicional, mormente actos de mero expediente;

Elaborar projectos de peças processuais, quer formalmente decisórias, quer de

direcção processual e expediente;

Assistir às diligências processuais/probatórias e às demais diligências que os

formadores entendam úteis para a formação;

Realizar contactos com as entidades (e respectivos profissionais) que colaboram

com o tribunal, no quadro multi-institucional e multidisciplinar da administração da justiça e

da execução das suas decisões, aproveitando para conhecer o conteúdo das suas funções, a

dinâmica da sua actividade, as condições em que a exercem – num processo de compreensão

prática do funcionamento da justiça e de exercitação das relações interpessoais e

interinstitucionais.

As actividades decorrerão sob a orientação dos magistrados do Ministério Público com funções de

formação. Embora exista preferência por locais de formação que correspondam a tribunais de

competência genérica (onde a intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos acontece, por

regra, concomitantemente), será assegurado o contacto com as áreas especializadas (v.g. jurisdição de

família e menores e jurisdição do trabalho), contacto esse que será proporcional à importância que essas

áreas assumem no início de carreira.

Nessa medida, mediante programação a efectuar pelos respectivos coordenadores distritais, em

consonância com orientações prévias e uniformes, o período de permanência nas diferentes jurisdições

especializadas será tendencialmente de:

• Na jurisdição de família e menores – um período mínimo de 4 semanas –

podendo ter como máximo 8 semanas, consecutivas ou interpoladas, em função das

necessidades individuais de formação;

• Na jurisdição laboral – 1 semana;

• Outras jurisdições (cível, comercial…) – a ajustar caso a caso, se aplicável.

O contacto predominante será com a jurisdição penal.

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2.7.2. Contacto com os tribunais e especificamente com a organização e funcionamento dos serviços do Ministério Público

Durante a sua estada no tribunal de formação, os auditores de justiça deverão conhecer os

diversos serviços que o integram, contactar com quantos aí exercem a sua actividade e ser esclarecidos

quanto aos aspectos essenciais do respectivo funcionamento.

Essa visão integrada do tribunal e o contacto com os diversos intervenientes permitirá alertar o

auditor de justiça para a importância que reveste a adequada organização e gestão dos serviços, de que o

magistrado não se pode alhear, e para a necessidade de articulação e conjugação de esforços de todos os

intervenientes, condição indispensável para uma maior celeridade e eficácia na administração da justiça.

No que respeita especificamente aos serviços do Ministério Público, importa tomar em

consideração os seguintes aspectos:

Sua organização e funcionamento, com especial destaque para as aplicações

informáticas desenvolvidas e resultados obtidos (SIMP e CITIUS);

Racionalidade da gestão administrativa e processual;

Livros e arquivos - existência, escrituração e arrumação;

Circulares mais significativas;

Relacionamento e articulação dos magistrados do Ministério Público com os

restantes magistrados, com os funcionários, advogados, órgãos de polícia criminal, restantes

entidades e com o público em geral, sendo aqui muito importante a participação no

atendimento ao público.

2.7.3. Temas a abordar e finalidades específicas a atingir

No ciclo de actividades junto dos tribunais, abordar-se-ão os temas de maior incidência e

relevância no que concerne à intervenção do Ministério Público nas diversas áreas, procurando-se que os

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formandos experienciem um universo diversificado de questões e de diferentes níveis de dificuldade, de

modo a exercitar a gestão do tempo em função da natureza e da complexidade dos casos.

O trabalho a desenvolver pelos auditores de justiça visa proporcionar o conhecimento prático das

funções da magistratura do Ministério Público, compreendê-las no âmbito da realidade organizativa e

funcional que é o tribunal e na sua interdependência com a actividade de outras entidades que colaboram

na realização da justiça, e aprender a “saber fazer”, a “saber estar” e a “saber ser” magistrado.

Deste modo, no que se refere ao quadro avaliativo, o juízo sobre a aptidão para o exercício das

funções de magistrado, em qualquer das fases da formação inicial, assenta, no quadro normativo referido,

em dois pilares de importância indissociável: o da adequação e o do aproveitamento.

Nenhum juízo de aptidão parece possível ou sustentável se o aproveitamento estiver

desacompanhado de um juízo positivo de adequação para o exercício das funções de magistrado ou se a

adequação estiver desacompanhada de um juízo positivo de aproveitamento para o mesmo exercício.

Não está apto ao exercício de funções de magistrado - o auditor de justiça ou magistrado em

regime de estágio - que seja passível de um juízo de desadequação determinado de acordo com os

parâmetros legais e em resultado de deliberação dos órgãos competentes. Não é só a aptidão cognoscitiva

e prática que interessa à finalidade formativa do 1º ou 2º ciclo e do estágio. É também a aptidão crítica

para observar fins e valores, preenchendo os níveis do «conhecer, fazer e ser» como condição necessária à

aquisição de um alto grau de auto-suficiência para um futuro exercício das funções de magistrado. Esse

qualificado exercício tem, na fase de formação inicial, parâmetros de diagnóstico e de prognóstico que não

implicam apenas o juízo técnico de se ser magistrado, mas que têm implicações no juízo e percepção das

características humanas, seja na interacção com os demais actores judiciários, seja na percepção directa

dos comportamentos que traduzem a urbanidade, cortesia, maturidade, sociabilidade, sensatez, etc.

O trabalho judiciário do auditor de justiça é tutelado pelo formador e pelo coordenador distrital.

Em relação ao formador, este desempenha um papel insubstituível, que marca a cotidianidade do

contacto com as funções judiciárias do magistrado e de quem dependem em grande parte aqueles

referidos níveis de «conhecer, fazer e ser».

São os formadores, quem, no «terreno» condicionam a formação pela força mimética que o seu

exercício funcional e prático acaba por imprimir no formando, embora se deseje e se induza ao formador

o exercício de um papel importante na aquisição da autonomia característica do Ministério Público. Ao

auditor de justiça caberá elaborar peças escritas, assistir e participar na realização de actos orais,

acompanhar o atendimento ao público, o contacto com entidades exteriores ao tribunal e tudo o mais que

ao magistrado formador competir executar.

O magistrado formador fará a verificação do trabalho executado pelo auditor de justiça, de forma

ajustada ao conhecimento que dele vai tendo, devendo incentivá-lo e apoiá-lo na adopção das suas

próprias posições, desde que se mostrem sensatas e devidamente fundamentadas, mesmo que não

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coincidam com as do magistrado formador que, contudo, lhe deve dar a conhecer o seu ponto de vista,

para que a decisão daquele seja assumida de forma completamente esclarecida e reflectida.

2.7.4. Realização de Trabalhos (procedimentos)

Uma das formas de objectivar a realização das finalidades do ciclo de actividades teórico-práticas

nos tribunais é a elaboração de trabalhos escritos simulados.

A elaboração dos trabalhos escritos simulados será feita a partir de processos apresentados ao

auditor, os quais devem abranger, tanto quanto possível, todas as áreas de intervenção do Ministério

Público.

A quantidade e dificuldade das matérias abordadas deverão ser progressivas, iniciando-se pela

distribuição, ao auditor de justiça, de processos apenas para análise e estudo, progredindo depois para a

elaboração de despachos com complexidade crescente.

A selecção dos processos será efectuada de entre os que se encontram pendentes ou, se for caso

disso, de entre os arquivados que revistam interesse para a formação.

Numa fase inicial e, ulteriormente, sempre que a complexidade do caso o justifique, a elaboração

dos projectos de peças processuais será precedida, se necessário, de troca de impressões e de discussão

com o respectivo formador, da forma ampla e aberta possível em face das preocupações eminentemente

formativas que devem nortear a intervenção do formador.

Actuar-se-á, porém, por forma a conseguir que o auditor de justiça ganhe, de forma gradual,

autonomia na feitura desses projectos e, por outro lado, que tal ocorra em tempo razoável.

Importa sublinhar duas ordens de aspectos:

Os trabalhos a realizar pelo auditor de justiça devem abranger não apenas as

principais peças processuais de qualquer das jurisdições, mas também despachos de

expediente que sejam importantes para a condução dos processos (por exemplo, é muito

importante que sejam elaborados despachos com o plano de diligências a realizar num

inquérito ou num inquérito tutelar educativo, bem como despachos de expediente em

processos de secção);

Os trabalhos devem ser analisados tomando em consideração a sua adequação ao

processo e à situação de facto nele expressa, a sua qualidade técnico-jurídica, a sua

sistematização, qualidade da expressão escrita e oportunidade do seu conteúdo para uma

fundamentação da decisão que seja suficiente e clara do ponto de vista do destinatário.

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Cada trabalho deve conter uma capa individual, donde conste:

O número sequencial atribuído ao trabalho;

A data de entrega do trabalho pelo formador;

A data de devolução do trabalho pelo auditor de justiça (a 1.ª versão);

Um campo de «observações» destinada a ser preenchida pelo formador (onde

este fará a avaliação global do trabalho).

Os trabalhos simulados serão presentes ao formador, o qual procederá à sua apreciação, dando

nota, numa perspectiva pedagógica, dos aperfeiçoamentos e correcções que, no seu entender, se mostram

necessários.

As notas ou observações formuladas pelo formador deverão ser apostas:

De preferência, no próprio trabalho; ou

No campo da capa de cada trabalho destinado às «observações.

A 1.ª versão deve ser assinada/rubricada pelo magistrado formador com a menção «1.ª versão».

O trabalho em questão deverá ser arquivado no dossier mensal, sem quaisquer reformulações

subsequentes do auditor.

Visando-se garantir igualdade e justiça na avaliação dos auditores, a apreciação do magistrado

formador e incidirá exclusivamente sobre a 1.ª versão do trabalho apresentado pelo auditor de justiça.

As 2.ªs versões (ou versões posteriores) também devem constar do dossier mensal a enviar ao

coordenador distrital.

Estas 2.ªs versões (ou versões posteriores) são elaboradas apenas com fins correctivos e já não

avaliativos, sem prejuízo das indicações resultantes para trabalhos idênticos, designadamente em sede de

reincidência em erros, lapsos ou omissões.

Sem prejuízo dos trabalhos distribuídos pelo formador – decorrentes de processos judiciais –, o

auditor de justiça poderá, querendo, elaborar trabalhos autónomos sobre as mais diversas temáticas,

designadamente, as que se suscitem a partir de um processo específico e que acarretem um maior

desenvolvimento.

O auditor de justiça deve remeter ao coordenador distrital um dossier mensal, contendo:

1. Uma demonstração estatística dos trabalhos realizados nas várias

jurisdições e ainda das visitas formativas (em suporte Excel, cujo modelo consta em

ANEXO) que se dividirá pelas seguintes valências:

a. «Penal inquérito»;

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b. «Penal classificado»;

c. «Civil»;

d. «Família e crianças»;

e. «Trabalho»;

f. «Totais»;

g. «Acções - visitas formativas».

2. Quando ocorrerem visitas formativas/reuniões/outras actividades

formativas, devem ser elaborados os correspondentes relatórios desde que aquelas

tenham sido imputadas no respectivo quadro estatístico.

3. Uma listagem ordenada e sequencial (com continuidade no mês seguinte)

das diligências assistidas, onde se mencionará o tipo de jurisdição que esteve em causa, a

natureza da diligência, a data em que se realizou, o número de processo, contendo ainda

uma sintética avaliação crítica da mesma diligência ou pequeno relatório a propósito dela

(conforme anexo).

4. Uma listagem ordenada, cronológica e sequencial (continuada no mês

seguinte) dos trabalhos realizados, onde se mencionará o número do trabalho e o nº de

processo, a jurisdição, a natureza do trabalho e a data em que foi elaborado (conforme

anexo).

5. A seguir aos citados anexos e listagens, devem constar os trabalhos, em

número mínimo tendencial de 15 trabalhos, os quais serão apresentados com capa ou

folha de rosto, cujo modelo deve ser tendencialmente idêntico ao que se fornece neste

dossier e no qual deve constar o nº de trabalho, a identificação do auditor de justiça, a

data de recebimento e de entrega do trabalho, as observações do formador, seguidas do

trabalho propriamente dito, no qual o formador pode e deve fazer constar as correcções

que se justificarem, finalizado com a assinatura do auditor de justiça.

Os modelos e mapas constam em anexo ao presente documento e serão objecto de distribuição

individual pelos respectivos coordenadores distritais, oportunidade em que se fixarão os procedimentos

concretos em cada Distrito quanto ao prazo de envio do dossier e quanto aos modos privilegiados de

comunicação (via correio electrónico e via postal).

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2.7.5. Objectivos essenciais a prosseguir em cada uma das jurisdições

Como objectivos essenciais a prosseguir em cada uma das jurisdições, levando-se em conta as

matérias ministradas no Centro de Estudos Judiciários (primeiro ciclo) e o conhecimento das áreas em

que cada auditor de justiça apresenta maiores lacunas de preparação teórica ou a necessidade de maior

exercitação prática, apontam-se os seguintes:

2.7.5.1. Jurisdição cível

Proporcionar exercitação da intervenção do Ministério Público no

processo cível, em representação do Estado, das autarquias locais, dos incertos, dos

incapazes e dos ausentes em parte incerta (com particular atenção às competências que

foram atribuídas ao Ministério Público pelo DL nº 272/2001, de 13 de Outubro);

Proporcionar exercitação na defesa dos interesses colectivos ou difusos,

em especial no domínio do direito do ambiente, da protecção do património histórico e

cultural, em matéria de defesa do consumidor e na sindicância das cláusulas contratuais

gerais;

Familiarizar o auditor de justiça com as acções em que o Ministério

Público tem intervenção principal e acessória, onde deve assumir uma atitude dinâmica;

Integrar o auditor de justiça nas directivas a observar relativamente à

organização dos processos administrativos, com a devida explicitação da respectiva

natureza e objectivos, as formalidades da sua instauração e tramitação, numa perspectiva

simples e prática;

Exercitar o auditor de justiça na elaboração das diferentes peças

processuais, sensibilizando-o para a celeridade na recolha dos elementos necessários à

apresentação da contestação ou de qualquer outra peça processual;

Sensibilizá-lo quanto à preparação das audiências preliminares, quanto à

preparação para julgamento e às diferentes intervenções no decurso deste, em especial os

interrogatórios, instâncias e alegações quanto à matéria de facto e quanto às intervenções

em sede de recurso;

Exercitar o auditor de justiça nas diversas fases do processo de execução;

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Desenvolver a capacidade de exercitação quanto às questões que se

levantam em matéria de custas;

Envolvimento efectivo no atendimento ao público como modo de facilitar

o acesso à justiça.

Objectivos mínimos: realização de petições iniciais, contestações, reclamação de créditos, despachos/promoções em matéria de insolvência, interdições/inabilitações, processo executivo e custas.

2.7.5.2. Jurisdição penal

Dar particular atenção às questões atinentes à direcção e gestão do

inquérito, à optimização dos meios de investigação disponíveis, ao relacionamento com

os órgãos de polícia criminal, à capacidade de recolha e análise crítica da prova, à correcta

distinção entre indícios suficientes e insuficientes e à decisão final, segundo critérios de

legalidade e objectividade;

Especial sensibilização quanto à distinção entre o tratamento processual

da pequena e média criminalidade, por um lado, e da criminalidade grave, por outro,

fazendo uso, se for caso disso, das soluções de tratamento segundo institutos de

oportunidade e consenso (suspensão do processo e processo sumaríssimo) ou

simplificado e célere (sumário e abreviado), as quais devem ser particularmente

exercitadas e estimuladas;

Sensibilizar o auditor de justiça para a intervenção na instrução e no

julgamento, alertando-o para a fundamental importância do papel do Ministério Público

nestas fases processuais e para o dever especial que, no julgamento, lhe incumbe de, em

sede de alegações, tomar posição expressa sobre a prova produzida e sustentar posição

sobre a decisão a proferir;

Realçar o papel activo do Ministério Público, como defensor da legalidade

democrática, no controlo de todas as decisões judiciais, interpondo recurso nas hipóteses

de obrigatoriedade e sempre que seja caso disso, ainda que no exclusivo interesse do

arguido;

Alertar o auditor de justiça para responsabilidade no controlo das

situações de detenção ou prisão, sua legalidade e respectivos prazos;

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Sensibilizar o auditor de justiça para as diferentes atribuições do

Ministério Público, no domínio da execução das penas e das medidas de segurança, e

exercitá-lo quanto aos aspectos essenciais dessas intervenções.

Nesta jurisdição e ao longo do 2.º ciclo, o auditor de justiça deverá elaborar e apresentar um

número mínimo de:

20 acusações (em processo comum e por crimes variados);

20 arquivamentos (não contemplando os que sejam contra desconhecidos);

10 suspensões provisórias do processo;

10 acusações em processo sumário;

10 requerimentos de julgamento em processo sumaríssimo;

05 acusações em processo abreviado;

10 requerimentos ao JI;

05 motivações e respostas de recurso;

05 liquidações de pena;

20 promoções em processo classificado que sejam relativas a revogação de pena

suspensa, cúmulos jurídicos ou outros relativos à fase de cumprimento/execução de penas.

2.7.5.3. Jurisdição de família e crianças

Sensibilizar o auditor de justiça para o novo direito de menores, em

especial no que concerne à intervenção do Ministério Público na promoção da defesa dos

direitos da criança e jovens em perigo e também quanto às suas competências no âmbito

da lei tutelar educativa;

Exercitar o auditor de justiça na tramitação dos processos de promoção e

protecção, tutelares educativos e nos processos tutelares cíveis;

Atender à especial importância, nesta área, do atendimento do público;

Acompanhamento da actividade das Comissões de Protecção de Crianças

e Jovens, nos casos em que as houver;

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Sensibilização do auditor de justiça para a importância dos contactos com

os organismos de segurança social e todas as outras instituições com competências nas

áreas dos menores, começando naturalmente pelas instituições locais;

Sensibilizar o auditor de justiça para a importância do desenvolvimento

de vias de resolução consensual de conflitos;

Envolvimento efectivo no atendimento ao público como modo de facilitar

o acesso à justiça.

Objectivos mínimos a atingir: abranger todos os campos constantes do mapa

estatístico anexo.

2.7.5.4. Jurisdição do trabalho

Pôr o auditor de justiça em contacto e sensibilizá-lo para as realidades do

mundo do trabalho e das empresas, diariamente abordadas nos tribunais do trabalho;

Permitir uma percepção clara da importância da actividade do Ministério

Público nesta área, na defesa dos interesses e em representação dos trabalhadores por

conta de outrem;

Contactar e perceber a tramitação dos processos decorrentes de contrato

individual de trabalho, dos processos de acidente de trabalho, das impugnações judiciais

em matéria contra-ordenacional, bem como das realidades sociais que lhes subjazem;

Aperceber-se da interligação das temáticas tratadas pela jurisdição do

trabalho com as que são tratadas nos processos das outras jurisdições;

Envolvimento efectivo no atendimento ao público como modo de facilitar

o acesso à justiça.

Objectivos mínimos a atingir: exercitar preferencialmente peças processuais

relativas a procedimentos urgentes, acidentes de trabalho e contrato individual de

trabalho.

3. Realização e apresentação de um trabalho temático

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No decurso do 2.º Ciclo, o auditor de justiça deverá elaborar um trabalho escrito cuja temática

será objecto de escolha conjunta entre a directora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários e os

coordenadores distritais.

Este trabalho temático obedecerá a regras específicas quanto ao seu conteúdo e extensão a

comunicar oportunamente.

O trabalho temático será objecto de apresentação oral e obedecerá aos seguintes pressupostos:

• A apresentação oral terá lugar no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa;

• A apresentação oral terá como limite temporal – 20 minutos;

• Na apresentação poderão ser utilizados meios de apoio, designadamente, o

recurso a data-show (suporte «PowerPoint»);

• A comparência será obrigatória para todos os auditores de justiça (incluindo nos

dias que não estejam reservados à respectiva intervenção).

Data: de 12 de Maio a 16 de Maio de 2014.

4. Estágios de curta duração junto de entidades e instituições não judiciárias

4.1. Objectivos

O 2.º ciclo compreende ainda estágios de curta duração junto de entidades e instituições não

judiciárias, com actividade relevante para o exercício da magistratura do Ministério Público, ou acções

formativas de carácter prático organizadas em parceria com tais entidades ou instituições, a decorrer

preferencialmente nos respectivos serviços.

Os estágios e acções previstos no número anterior têm duração variável, ajustada ao

cumprimento dos respectivos objectivos pedagógicos, não devendo a soma dos estágios e acções exceder

dois meses.

Os auditores de justiça que ingressaram no curso ao abrigo do disposto na segunda parte da

alínea c) do artigo 5.º podem ser dispensados da frequência dos estágios e acções previstos no n.º 2, por

deliberação do conselho pedagógico, sob proposta do director.

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Com esta programação visa-se a prossecução de alguns dos objectivos cuja importância é agora

salientada na Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, nomeadamente:

Proporcionar a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos

funcionais de outros agentes do sistema de justiça, bem como o desenvolvimento de boas

práticas no relacionamento com os demais agentes judiciários;

Proporcionar o conhecimento concreto da missão, actividade e capacidade de

resposta das instâncias judiciárias e não judiciárias intervenientes na administração da

justiça;

Promover o apuramento do espírito crítico e reflexivo e a atitude de abertura a

outros saberes na análise das questões;

Promover a aquisição de conhecimentos e técnicas de áreas não jurídicas do

“saber” úteis para a compreensão judiciária das realidades da vida.

4.2. Organização e execução dos estágios de curta duração

Os estágios de curta duração serão organizados de forma descentralizada, em cada um dos

Distritos Judiciais, sob impulso, orientação, organização e execução da directora-adjunta e dos

respectivos coordenadores distritais.

Visa-se o máximo aproveitamento dos recursos existentes em cada circunscrição e um mais

profundo conhecimento da realidade judiciária que os novos magistrados irão encontrar, num futuro

próximo, por todo o país.

4.3. Objectivos dos estágios

4.3.1. Áreas preponderantes

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Contacto formativo com Órgãos de Polícia Criminal ou de coadjuvação (i.e, PSP,

GNR, ASAE, SEF, Autoridade Marítima, ACT, DGRS, Polícia Judiciária, IDT e Centro de

Acolhimento Temporário de Menores);

Contacto formativo com entidades de apoio à aplicação de penas e medidas

(Estabelecimentos Prisionais);

Contacto formativo na vertente do crime económico e financeiro (Direcções

Distritais de Finanças).

No caso do contacto formativo junto dos Órgãos de Polícia Criminal ou de entidades que devam

colaborar estreitamente com o Ministério Público, pretende-se que o auditor de justiça apreenda, de uma

forma directa, o enquadramento legal e a prática quotidiana dos OPC e de entidades coadjuvantes, tendo

em conta as suas atribuições legais e, nesse contexto, a sua relação funcional com o Ministério Público.

No caso do contacto formativo junto das entidades de apoio à aplicação de penas e medidas, visa-

se a vivência e o entendimento por parte do auditor de justiça de toda a problemática ligada ao direito

penitenciário, levando em conta a nova legislação sobre execução das penas.

No caso da terceira vertente que correrá termos junto das Direcções Distritais de Finanças

(Divisões da Justiça Tributária), pretende-se atingir uma melhor percepção e compreensão da

criminalidade fiscal no que respeita ao domínio dos mecanismos e das entidades que trabalham na sua

detecção e combate e sua relação com o Ministério Público.

Datas: 22 de Abril a 9 de Maio de 2014.

4.4. Organização dos estágios Como já se referiu, os estágios serão planeados, organizados e executados descentralizadamente e

dirigindo-se a cada uma das três áreas supra mencionadas.

Cada auditor de justiça fará pelo menos três estágios de curta duração, com duração aproximada

de uma semana cada, pela forma que se mostrar mais ajustada.

Todavia, como princípio, os estágios serão consecutivos, o mesmo é dizer, que durarão três

semanas seguidas e terão lugar – sem prejuízo de alteração por razões de ajustamento a melhor data –

nas semanas imediatamente a seguir às férias judiciais da Páscoa.

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5. Visitas a instituições e serviços, seminários, colóquios, ciclos de debate, trocas de experiências

No decurso do 2.º ciclo, para além das actividades judiciárias, organizar-se-ão visitas a

instituições ou serviços, de natureza pública ou privada, com interesse para o exercício da função

judiciária, trocas de experiências entre auditores de justiça colocados em diferentes comarcas, assim como

podem ser organizados seminários, colóquios e ciclos de debate, que se mostrem importantes para a

formação.

A organização e a dinamização dessas actividades competem aos coordenadores distritais do

Centro de Estudos Judiciários em articulação e com o envolvimento dos magistrados formadores,

tomando em consideração as temáticas abordadas ao longo do 2º ciclo.

5.1. Visitas a efectuar e objectivos a atingir

Conservatórias do Registo Civil, Predial e Comercial e Cartórios Notariais

– contacto com os aspectos essenciais do seu funcionamento, tendo em vista a adequada

articulação funcional e a habilitar o auditor de justiça à leitura e análise dos diversos tipos

de documentos, com interesse para a função de magistrado;

Visitas a serviços médico-legais – contacto com todo o tipo de autópsias,

exames e perícias, o qual, se possível, haverá de ser feito, em primeira linha, na própria

comarca;

Contacto com instituições privadas de solidariedade social e outras

sedeadas na comarca;

Contacto com as Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência;

Contacto com Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo;

Contacto com centros de acolhimento de menores;

Participação em seminários locais;

Acompanhamento em diligências externas;

Presença em reuniões de coordenação da Comarca/Círculo, incluindo a

elaboração de actas respectivas;

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Acompanhamento dos turnos agendados com o formador.

Contactos e acções formativas de que serão elaboradas as respectivas

exercitações ou os respectivos relatórios e feito o competente registo em tabela

própria

Estas visitas e contactos deverão, sempre que possível, ser associados à dinâmica de processos ou

expedientes que estejam a correr termos e com os quais o auditor de justiça esteja a ter contacto, pois,

deste modo, tornar-se-ão, seguramente, mais produtivos.

Deve ser dada particular importância à dinamização de acções para troca de experiências entre

auditores de justiça e formadores de diferentes comarcas, de preferência do mesmo distrito judicial, com

a colaboração de docentes do Centro de Estudos Judiciários, seleccionando-se processos ou realidades

sociais ou judiciárias emblemáticas, potenciando um debate plural, formativo e produtivo.

Deverá ser tida em conta a realização de sessões de formação, em cada distrito ou em conjugação

de vários distritos, tendo como objecto o Sistema de Informação do Ministério Público (SIMP).

6. Avaliação e Classificação

6.1. Visitas dos coordenadores distritais aos tribunais

As visitas aos locais de formação ocorrerão em datas ajustadas entre os coordenadores distritais,

os auditores de justiça e os formadores e serão comunicadas com a antecedência possível.

Em regra, ocorrerão nas quatro semanas subsequentes à recepção dos trabalhos pelo coordenador

distrital, que na oportunidade da visita serão comentados e debatidos pessoalmente com os respectivos

auditores de justiça, ocasião que é também avaliativa e na qual se poderão suscitar quaisquer questões

relativas à formação.

Sem prejuízo das deslocações periódicas aos tribunais onde decorre a formação do 2.º ciclo, os

coordenadores distritais estarão permanentemente disponíveis para acompanhar e debater com os

auditores de justiça e magistrados formadores, todos os assuntos relativos à formação, incluindo os

assuntos de natureza organizativa e pedagógica.

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6.2. Avaliação e proposta de classificação

Os auditores de justiça são avaliados, segundo um modelo de avaliação global, quanto à sua

aptidão para o exercício das funções de magistrado do Ministério Público.

O juízo sobre a aptidão para o exercício de funções na magistratura do Ministério Público assenta

em dois pilares de importância indissociável: adequação (urbanidade, sociabilidade, cortesia, maturidade

e sensatez) e aproveitamento (capacidade de investigação, de organização e método, nível de cultura

jurídica, capacidade de ponderação e decisão, uso da língua portuguesa e atitude na formação).

O primeiro significa que não é só a aptidão cognoscitiva e prática que interessa à finalidade

formativa, é também o desenvolvimento de qualidades humanas e duma consciência social que permitam

a observância de fins e valores indispensáveis a um qualificado desempenho das futuras funções, com

rigoroso respeito dos direitos fundamentais, designadamente de cidadania, decorrentes da Constituição e

da Lei.

É igualmente importante o incremento de conhecimentos de cultura geral que permitam

contextualizar as situações da vida real com que se depare, ou seja, desenvolver a capacidade para

apreender o contexto não jurídico do caso sob apreciação – afectivo, familiar, sociocultural – e aperceber-

se das concretas consequências da decisão a proferir.

No que respeita à aquisição dos conhecimentos teórico-práticos essenciais ao exercício de funções

como magistrado do Ministério Público, reveste-se de especial importância para a formação a assistência

a audiências de julgamento e outras diligências, a aprendizagem dos modos de relacionamento com os

intervenientes processuais, o aprofundamento das competências ao nível da apreciação da prova

produzida, análise crítica da prova e selecção dos factos relevantes e da fundamentação da decisão ou

promoção formal nas diferentes jurisdições, o treino diário do despacho de mero expediente, bem como o

rigoroso cumprimento dos horários estabelecidos.

Reveste-se igualmente de importância decisiva a capacidade de construção de um discurso

argumentativo suficientemente fundamentado, mas objectivamente simples e dirigido apenas à solução

do caso concreto, despojado de considerações teóricas e/ou filosóficas que não sejam necessárias a esse

fim, isto é, pondo de parte um cariz predominantemente académico em favor duma visão prática que

permita uma rápida e justa decisão do caso.

A aptidão é determinada em função da adequação e do aproveitamento de cada auditor de justiça,

segundo factores de avaliação a fixar no regulamento interno, tomando-se em consideração,

nomeadamente:

a) A cultura jurídica e a cultura geral;

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b) A capacidade de ponderação e de decisão, segundo o direito e as regras da

experiência comum;

c) A capacidade para desempenhar com rigor, equilíbrio, honestidade intelectual e

eficiência as diferentes actividades próprias das funções de magistrado, como sejam as de

condução de diligências processuais, de compreensão e valoração da prova, e de

fundamentação de facto e de direito de decisões, no respeito das regras substantivas e

processuais, e de acordo com as boas práticas de gestão processual e as regras da ética e

deontologia profissional;

d) A capacidade de investigação, de organização e de trabalho;

e) A relação humana, expressa na capacidade para interagir adequadamente com os

diferentes intervenientes processuais, de acordo com as regras da urbanidade;

f) A assiduidade e pontualidade.

Os elementos avaliativos são recolhidos pelos coordenadores distritais através do apoio,

acompanhamento e discussão regular das actividades e trabalhos realizados pelos auditores de justiça.

O acompanhamento ocorre, em regra, nas comarcas onde os auditores de justiça estão colocados,

bem como nas circunscrições, locais ou instituições onde decorram actividades de formação que lhes

forem destinadas ou se realizem iniciativas formativas para as quais tenham sido convocados e em que

tenham tomado parte activa.

Os formadores nos tribunais elaboram informações periódicas sobre o desempenho dos auditores

de justiça, que apresentam ao respectivo coordenador distrital ou regional, para efeito da elaboração dos

relatórios intercalar e final.

As informações são prestadas, em regra, durante o mês de Janeiro e no mês de Maio subsequente.

O modelo de avaliação global tem por base o regime de avaliação contínua, podendo ser

complementado com a realização de provas de aferição de conhecimentos e competências, nos termos

que forem estabelecidos nos respectivos planos de estudo – artº 52º nº 2 da Lei nº 2/2008 de 14 de

Janeiro, na redacção dada pela Lei nº 45/2013 de 03 de Julho.

A avaliação é feita com base nos elementos colhidos directamente pelo respectivo coordenador

distrital ou regional e nas informações de desempenho prestadas pelos formadores e consta de relatório

elaborado por aquele e submetido à apreciação do conjunto de coordenadores, sob orientação da

directora-adjunta- artº 52º nº 3 da Lei nº 2/2008 de 14 de Janeiro, na redacção dada pela Lei nº

45/2013 de 03 de Julho.

O relatório é elaborado na sequência de reuniões periódicas de formadores com o coordenador,

em que participam os demais coordenadores, sob orientação da directora-adjunta – artº 52º nº 4 da Lei

nº 2/2008 de 14 de Janeiro, na redacção dada pela Lei nº 45/2013 de 03 de Julho.

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As reuniões referidas no número anterior têm lugar em dois momentos, um intercalar e outro

final, salvo se, quanto a algum auditor, o 2.º ciclo for, excepcionalmente, prorrogado por período igual ou

superior a três meses, caso em que se realizam reuniões em dois momentos intercalares e um final – artº

52º nº 5 da Lei nº 2/2008 de 14 de Janeiro, na redacção dada pela Lei nº 45/2013 de 03 de Julho.

Os relatórios (intercalar e final) obedecem a modelo aprovado que assegura a aplicação dos

factores de avaliação da adequação e do aproveitamento do auditor de justiça, para determinação da sua

aptidão para o exercício das funções de magistrado.

Do relatório intercalar consta uma apreciação qualitativa.

Do relatório final consta uma nota quantitativa na escala de 0 a 20 valores.

Os relatórios são dados a conhecer, individualmente, ao auditor de justiça a que respeitam e

integram o respectivo processo individual.

A directora-adjunta elabora o projecto de classificação e de graduação dos auditores de justiça

com base nos elementos por si recolhidos e nos relatórios supra mencionados.

O projecto de classificação é apresentado ao director do CEJ e submetido por este, sob a forma de

proposta, ao conselho pedagógico.

6.3. Classificação do 2.º ciclo No final do 2.º ciclo (e sem prejuízo de eventual avaliação negativa na fase intercalar), o conselho

pedagógico delibera sobre a aptidão dos auditores de justiça, em função da sua adequação e

aproveitamento para o exercício das funções de magistrado do Ministério Público, com base, entre outros

elementos, nos relatórios e demais resultados de avaliação a que se referem os n.ºs 2 a 4 do artigo 52.º da

Lei nº 2/2008 de 14 de Janeiro.

Têm aproveitamento os auditores de justiça que obtenham classificação igual ou superior a 10

valores.

O conselho pedagógico pode, porém, deliberar sobre a não aptidão do auditor de justiça que,

embora obtendo uma classificação igual ou superior a 10 valores, revele falta de adequação para o

exercício das funções de magistrado.

O conselho pedagógico, sob proposta do director, pode igualmente deliberar sobre a não aptidão

do auditor de justiça que revele manifesta falta de aproveitamento ou de adequação, com base nas

avaliações intercalares do 2.º ciclo, a que houver lugar.

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Os auditores de justiça que forem considerados não aptos para o exercício das funções de

magistrado do Ministério Público são excluídos do curso.

7. Classificação final do curso e graduação

Para determinação da classificação final individual e graduação no curso de formação teórico-

prática, considera-se a seguinte ponderação:

A classificação final do 1.º ciclo vale 40 %;

A classificação final do 2.º ciclo vale 60 %.

Os auditores de justiça que sejam considerados aptos são graduados segundo a respectiva

classificação final, atendendo-se, em caso de igualdade, sucessivamente, à maior classificação final no 2.º

ciclo, à maior classificação final no 1.º ciclo, à maior classificação final no concurso de ingresso e à idade,

preferindo os mais velhos.

O conselho pedagógico faz publicar em pauta afixada na sede do CEJ os resultados da

classificação obtida pelos auditores de justiça no fim do 2.º ciclo e, em lista, a respectiva classificação

final individual e a graduação, com vista ao ingresso na fase de estágio e à determinação do tribunal onde

esta tem lugar.

8. Preferência por local de estágio

Até ao termo do 2.º ciclo, a lista dos locais de formação na fase de estágio é afixada na sede do

CEJ, obtida a aprovação do Conselho Superior do Ministério Público.

Os auditores de justiça indicam, por ordem decrescente de preferência, os tribunais onde

pretendem realizar o estágio, no prazo de cinco dias a contar da data da afixação da lista referida no n.º 3

do art. 55.º de Lei nº 2/2008 de 14 de Janeiro, em requerimento dirigido ao respectivo Conselho

Superior, a apresentar no CEJ.

9. Regime de Faltas dos Auditores de Justiça

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9.1. Considerações gerais No 2.º ciclo, o controlo da assiduidade é feito por dia útil, correspondendo a não comparência no

período da manhã ou da tarde a meia falta e a não comparência em ambos os períodos a uma falta (cf. n.º

3 do art. 39.º do RI).

Para o efeito, o controlo de presença faz-se por notação do magistrado formador ou pela pessoa

localmente responsável pelo acompanhamento da formação, no 2.º ciclo, durante os estágios de curta

duração, notação essa que deve ser comunicada ao coordenador distrital.

9.2. Procedimento de justificação de faltas

O auditor de justiça fica sujeito ao regime de direitos, deveres e incompatibilidades constantes da

Lei Orgânica do CEJ e do Regulamento Interno do CEJ e, subsidiariamente, ao regime dos funcionários

da Administração Pública. Daí que a justificação de faltas faz-se, com as necessárias adaptações, segundo

o regime em vigor para trabalhadores cuja relação jurídica de emprego público é constituída por

nomeação, ao abrigo do disposto no n.º 1 do art. 31.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro, e com as

seguintes especificidades decorrentes do Regulamento Interno:

Para a justificação de faltas é utilizado impresso próprio que, depois de

preenchido, é apresentado, no prazo fixado, ao coordenador distrital ou regional

respectivo (em ANEXO);

É competente para a justificação e injustificação de faltas, o director-

adjunto referido na al. b) do n.º 1 do art. 95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro;

Da injustificação de faltas cabe reclamação para o director.

9.3. Efeitos das faltas injustificadas As consequências da falta de assiduidade no aproveitamento do auditor de justiça são

obrigatoriamente avaliadas nos termos dos n.ºs. 1 e 2 do art. 52.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro,

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quando a cumulação de faltas justificadas, seguidas ou interpoladas, corresponder a um sexto do número

de dias de actividades formativas do 2.º ciclo do curso de formação teórico-prática.

Neste caso, o Conselho Pedagógico pode deliberar a prorrogação excepcional do 2.º ciclo prevista

no n.º 3 do art. 35.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro.

O director-adjunto referido na al. b) do n.º 1 do art. 95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro,

informa o director, apresentando-lhe relatório, se for de considerar qualquer das hipóteses previstas nos

n.ºs 3 e 4 do art. 54.º da referida Lei ou no caso apontado no parágrafo precedente.

10. Regime disciplinar do auditor de justiça

10.1. Deveres do Auditor de Justiça

São deveres do auditor de justiça:

O dever de assiduidade – consiste na obrigação de assistir regular e

continuadamente às actividades que lhe estão destinadas;

O dever de colaboração – consiste na disponibilidade para integrar os órgãos de

gestão do CEJ, onde a lei preveja a participação de auditores de justiça, bem como para

desempenhar as funções de representação dos grupos de auditores de justiça, nos termos

estabelecidos na lei e no regulamento;

O dever de correcção – consiste na obrigação de tratar com respeito e urbanidade

todos os agentes da formação, colegas, funcionários e utilizadores dos serviços;

O dever de obediência – consiste na obrigação de cumprir as ordens e instruções

emitidas pelos órgãos competentes do CEJ;

O dever de participação – consiste na obrigação de manter uma conduta activa,

empenhada e colaborante nas actividades de formação;

O dever de pontualidade – consiste na obrigação de comparecer às actividades

programadas no horário estabelecido;

O dever de reserva – consiste na obrigação de não fazer declarações ou

comentários públicos sobre processos em curso, diligências processuais ou outras

informações a que tenha tido acesso no âmbito das actividades de formação, salvo quando

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autorizados pelo director do CEJ, para defesa da honra ou para realização de outro interesse

legítimo;

O dever de sigilo – consiste na obrigação de guardar segredo relativamente a

factos e processos de que tenha conhecimento no âmbito das actividades de formação,

quando abrangidos pelo segredo de justiça ou pelo sigilo profissional;

O dever de zelo – consiste na obrigação de conhecer e observar as normas legais,

regulamentares e instruções que disciplinam a formação e o funcionamento orgânico do CEJ.

11. Incompatibilidades É incompatível com o estatuto de auditor de justiça o exercício de qualquer função pública ou

privada de natureza profissional.

É vedado aos auditores de justiça o exercício de actividades político-partidárias de carácter

público.

12. Infracção disciplinar

Considera-se infracção disciplinar o facto, ainda que negligente, praticado pelo auditor de justiça,

com violação dos deveres inerentes ao seu estatuto.

13. Processo disciplinar e penas aplicáveis

Aos auditores de justiça são aplicáveis as seguintes penas:

Advertência;

Repreensão registada;

Suspensão de actividades até um mês;

Expulsão.

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A aplicação das penas de repreensão registada, de suspensão de actividade até um mês ou de

expulsão é sempre precedida de processo disciplinar.

O director pode suspender preventivamente, até 15 dias, o auditor de justiça sujeito a

procedimento disciplinar se a frequência das actividades de formação se revelar gravemente perturbadora

da disciplina.

A aplicação das penas compete:

Ao director, quanto às penas de advertência ou de repreensão registada;

Ao conselho de disciplina, quanto às restantes penas.

Da decisão do director, em matéria disciplinar, cabe reclamação para o conselho de disciplina.

A aplicação da pena de expulsão impede a admissão a concurso de ingresso na formação inicial

pelo período de cinco anos, a contar da data da decisão que aplicar a pena.

Quando o infractor for funcionário ou agente do Estado, de instituto público ou de entidades

públicas empresariais, o CEJ comunica ao respectivo superior hierárquico a aplicação das penas de

suspensão de actividade até um mês ou de expulsão.

Em tudo o que não se mostre regulado na Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro, é aplicável, com as

devidas adaptações, o Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central,

Regional e Local.

14. Contactos

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14.1. Coordenadores Distritais António Augusto Tolda Pinto (Porto) [email protected] Centro de Estudos Judiciários – Núcleo do Porto Rua João das Regras, n.º 222, 4.º, Dt.º 4000-291 Porto Contactos telefónicos: 927993012 ou 936262928 Secretariado: Eugénia Cruz [email protected] Telefone: 222031299 Olga Caleira (Lisboa) [email protected] Largo do Limoeiro 1149-048 Lisboa Contactos telefónicos: 92 799 30 14 Secretariado: Ana Martins da Fonseca [email protected] Telefone: 218845669 - Fax: 218845615 Fernando Martins Amaral (Coimbra) [email protected] ou [email protected] Centro de Estudos Judiciários – Núcleo de Coimbra Rua João Machado, nº 19 – 3º - C 3000- 226 Coimbra Contactos telefónicos: 927993013/914723132 Secretariado: Clarinda Leitão [email protected] Telefone: 239834924/239826192 - Fax: 239828693 José P. Ribeiro de Albuquerque (Évora) [email protected] Largo do Limoeiro 1149-048 Lisboa Contactos telefónicos: 919224604 /927992973 Secretariado: Ana Martins da Fonseca [email protected] Telefone: 218845669 - Fax: 218845615

15. Anexos

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• ANEXO 1 – Estatística em Excel. • ANEXO 2 – Índice de diligências mensais. • ANEXO 3 – Índice de trabalhos mensais. • ANEXO 4 – Capa do trabalho. • ANEXO 5 – Justificação de falta. • ANEXO 6 – Cronograma. • ANEXO 7ª – Informação intercalar. • ANEXO 7b – Informação final.

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ANEXOS

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ANEXO 1 Estatística

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Deleg. Competência�Plano dilig

ências�Classifica

ção crim

es

Segredo de Justiça

Ordenar/dispensar autopsia

Saneamento pressu

postos (co

mpet., le

gitim

idade, validar

constitu

ição de arguido)

Declara

ções para mem

ória futura

Ordenar exames e perícia

s

Autorizar, o

rdenar ou validar apreensões

Autorizar/O

rdenar busca

s

Promo

ção 1º in

terro

gatório e medida de coacção

Pedidos dados às operadoras (IM

EI) e

informa

ções su

bsequentes

Emissã

o de carta rogatória

Reqtº P

GA desistên

cia queixa � crim

e de emissã

o de cheque sem

provisão

Conex

ão de processo

s

Incidente acelera

ção processu

al

Pedido de interven

ção hierárquica

Despachos de expediente e Outros (A

guardam os autos; p

aradeiro,

extrair ce

rtidão; ordenar dilig

. injun

ções em SPP…)

Sobre aplica

ção de medida de coacção

Requerim

ento de declara

ções para mem

ória futura

Solicita

r intercep

ções te

lefónicas

Solicita

r a realiza

ção de busca

domiciliá

ria

Requerim

ento de perda de bens a favor do Estado

Outros (q

uebra sig

ilo, mandados de deten

ção, aprecia

ção const.

assist, e

tc)

Arquivamento dispensa de pena

Suspensão provisória do processo

Requerim

ento processo

sumaríssim

o

Remessa

para media

ção penal

Arquivamentos � a

rt. 277º, n.º1 C

PP

Arquivamento por desistên

cia de queixa/N

ão constitu

ição assiste

nte

Arquivamentos � a

rt. 277º, n�º2 C

PP

Arquivamento ap

ós SPP

Acusa

ção em processo

comum, trib

unal sin

gular

16º, n.º3 C

PP

PIC

Acusa

ção, processo

comum, trib

unal co

lectiv

o

Acusa

ção em processo

sum

ário

Acusa

ção processo

abreviado

Acompanhamento ou n

ão de acusa

ção particu

lar

Outras m

atéria

s (destin

o objectos, e

tc)

Despachos fin

ais co

m arquivamento(s) +

Acusa

ção [sú

mula n

ão

c ontabiliz

ável]

Particip

ação em reuniões hierarquia/OPC/outros

Atendimento ao p

úblico

Inquiriçã

o/tomada de declara

ções

Acarea

ções

Declara

ções p/mem

ória futura

Interro

gatório de arguido

Interro

gatório judicia

l arguido detido

Presen

ça em autópsia

Presen

ça em dilig

ências externas (b

usca

, reconstitu

ição…)

Investir

Desenvolver

Manter

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

TOTAIS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Diligências

CURSO: 30º Curso CEJ

Auditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

JURISDIÇÃO PENAL

Despachos iniciais e interlocutórios na fase de inquéritoRequerimentos ao Juiz

de Instrução

Institutos de

consenso e

oportunidadeDespachos de encerramento de inquérito

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Pro

mo

çõe

s em

instru

ção

Dilig

ência

s em

instru

ção

De

ba

te in

strutó

rio

SP

P p

révia

ao

Pro

cesso

sum

ário

Pro

mo

ção

rela

tiva

me

nte

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xe

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ga

ção

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en

ção

da

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ecu

ção

da

p

en

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risão

Ap

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pa

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eiro

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o

Não

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rídico

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Ex

tinçã

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rime

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Pro

mo

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custa

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Inte

rna

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com

pu

lsivo

Re

curso

Re

spo

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recu

rso

Re

curso

de

con

tra'o

rde

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ção

Ou

tros (o

po

sição

da

de

sist. de

qu

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a, ca

du

cida

de

da

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ecl. co

ntu

mácia

, etc.)

Julg

am

en

to p

roce

sso co

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m

Julg

am

en

to p

roce

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bre

via

do

Julg

am

en

to p

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sso su

mário

Ou

tras d

iligên

cias

Investir Desenvolver

Manter

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

TOTAIS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Processo Penal ClassificadoFase Instrução

30º Curso: CEJ

Auditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

Julgamentos/Outras diligências

JURISDIÇÃO PENAL

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Petiç

ões inicais

Contesta

ções

Outros artic

ulados

Processo inventário

Propusitura acç

ão declarativa

impugna

ção pauliana

Propusitura acç

ão nulidade T.C.

Prop.Industria

l

Propusitura acç

ão reconhecimento�

impugna

ção paternidade�perfilh

ão

Propusitura acç

ão especial in

terdiç

ão�

inabilita

ção

Propusitura procedimento cautelar

Parecer em recurso contencioso

recusa registo predial

Processo execu

ção (diversas fases)

Aprecia

ção e elabora

ção de

reclama

ção de créditos

Despachos em matéria de custas

DL Nº 272/2001 de 13 de Outubro

Insolv

ência (pareceres de

qualific

ão de insolv

ência e outras

promo

ções)

Outros (In

cluindo despachos em PA)

Dilig

ências

Julgamento

Atendimento ao p

úblico

Investir

Desenvolver

Manter

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

TO TAIS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

JURISDIÇÃO CÍVEL

CURSO: 30º CURSO CEJAuditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

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Pe

ças p

roce

ssua

is/req

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roce

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o e

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o

Pe

ças p

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is/req

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ento

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ções

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iente

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pro

cesso

s tute

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s cíveis

(resp

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bilid

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icial, te

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tc)

Dilig

ência

s

Julg

am

ento

Ate

nd

imento

ao

púb

lico

Investir

Desenvolver

ManterSETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

TOTAIS 0 0 0 0 0 0 0 0

JURISDIÇÃO FAMÍLIA & CRIANÇAS

CURSO: 30º CURSO CEJ

Auditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR[a]:

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Despach

o/p

etiç

ão

em

pro

cesso

acid

ente

de

trabalh

o

Tenta

tivas

concilia

ção

Calcu

lo

indem

niz

ação p

or

inca

pacid

ade,

pens

ão, ra

teio

e

subsíd

ios

Requerim

ento

junta

médica

(Quesito

s)

Despach

os e

m

incid

ente

s d

e

revis

ão/re

miç

ão d

e

pens

ão

Pro

cedim

ento

s

caute

lare

s

especifica

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Acç

ões s

obre

contra

to in

div

idual

de tra

balh

o

(petiç

ões,

conte

sta

ções, e

tc)

Outro

s (in

cluin

do

PA

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Dilig

ência

s

Julg

am

ento

Tenta

tivas

concilia

ção (a

c.

trabalh

o)

Ate

ndim

ento

ao

público

Investir

Desenvolver

ManterSETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

TO TAIS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

JURISDIÇÃO do TRABALHO

CURSO: 30º CURSO CEJAuditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

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De

spa

cho

s inicia

is e

inte

rlocu

tório

s na

fase

de

inq

uérito

Re

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erim

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tos a

o JIC

Institu

tos co

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ortu

nid

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De

spa

cho

s en

cerra

me

nto

inq

uérito

Instru

ção

e p

roce

sso cla

ssificad

o

Dilig

ência

s e ju

lga

me

nto

s

De

spa

cho

s e p

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s pro

cessu

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Dilig

ência

s, julg

am

en

tos e

ate

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ime

nto

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blico

De

spa

cho

s e p

eça

s pro

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Dilig

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s, julg

am

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tos e

ate

nd

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ao

blico

De

spa

cho

s e p

eça

s pro

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s, julg

am

en

tos e

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nd

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ao

blico

De

spa

cho

s e p

eça

s pro

cessu

ais

Dilig

ência

s/julg

am

en

tos/a

ten

dim

e

nto

ao

blico

SETEMBRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

OUTUBRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

NOVEMBRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

DEZEMBRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

JANEIRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

FEVEREIRO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

MARÇO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ABRIL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

MAIO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

JUNHO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

JULHO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAIS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAIS GERAIS

(Despachos,Peças,Promoções,Diligência

s e Julgamentos)

CURSO: 30º CURSO CEJAuditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

TOTAIS

PENAL CÍVEL F&C TRABALHO

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ACÇÕES FORMATIVAS (CEJ)

VISITA OPC VISITA Sª SOCIAL VISITA CENTRO MENORESVISITA ESTABELECIMENTO

PRISIONALVISITA DGSPRS VISITA CPCJP TOTAIS

SETEMBRO 0

OUTUBRO 0

NOVEMBRO 0

DEZEMBRO 0

JANEIRO 0

FEVEREIRO 0

MARÇO 0

ABRIL 0

MAIO 0

JUNHO 0

JULHO 0

TOTAIS 0 0 0 0 0 0 0 0

ACÇÕES E VISITAS FORMATIVAS

CURSO: 30º CURSO CEJAuditor/Estagiário:

TRIBUNAL:

FORMADOR(a):

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ANEXO 2 Índice de diligências

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ANEXO 3 Mapa mensal de

trabalhos

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ANEXO 4 Capa do trabalho

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ANEXO 5 Justificação de falta

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ANEXO 6 Cronograma

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AUDITORFormador(a)

Comarca

Jurisdição Penal

Jurisdição Civil [15 DIAS]

Jurisdição Laboral [5 DIAS]

Jurisdição de Família e Menores [1 MÊS]

Estágios de curta duração

Trabalho Temático

Jurisdição Penal

Jurisdição Laboral

Data/Período EntidadeEntidade Data/Período

1-15

OBSERVAÇÕES

Jurisdição Civil

Jurisdição de Família e Menores

Formadores:

1-15 16-31 1-15Junho

16-301-15 16-31 1-15 16-3016-31Fevereiro

1-15 16-2816-31Outubro Dezembro

1-151-15 16-30

Dr./ª.

1-15 16-30 1-15 16-31Novembro

Centro de Estudos Judiciários

30º Curso de Formação de Magistrados - Magistratura do Ministério Público - 2º CICLO - VIA ACADÉMICA/VIA PROFISSIONAL

CRONOGRAMA FORMATIVO

Maio JulhoJaneiro Março AbrilSetembro16-311-15 16-30

Estágios de curta duração: [22/4 a 09/5 - 3 semanas]

1-15 16-31 1-15 16-28Setembro Outubro Novembro Dezembro

1-15 16-30 1-15Janeiro Fevereiro

Férias judiciais - Natal 22/12 a 3/01 --Páscoa 14/4 a 21/4.

1-15 16-31

2015

NOTA: 4 a 8 SEMANAS em Família e Menores (se aplicável) / 1 semana em Laboral / 15 a 30 dias em Cível (se aplicável).

2013 2014

1-15

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ANEXO 7a Informação intercalar

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ANEXO 7b Informação final

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