Magistratura SP 2009

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Magistratura So Paulo2009

182. Concurso de provas e Ttulos para Ingresso na Magistratura

DIREITO CIVIL01. O denominado efeito repristinatrio da lei (A) segundo entendimento majoritrio, foi adotado como regra geral no direito brasileiro e implica restaurao da lei revogada, se extinta a causa determinante da revogao. (B) segundo entendimento majoritrio, no foi adotado como regra geral no direito brasileiro e implica restaurao da lei revogada, se extinta a causa determinante da revogao. (C) foi adotado como regra geral no direito brasileiro, no comporta exceo e implica restaurao da lei revogada, se extinta a causa determinante da revogao. (D) foi adotado no direito brasileiro como regra geral e implica incidncia imediata da lei revogadora. 02. Comorincia (A) presuno de morte simultnea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasio, em razo do mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras. (B) morte de duas ou mais pessoas, na mesma ocasio, em razo do mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras. (C) morte simultnea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasio, em razo do mesmo evento, independentemente da existncia de vnculo sucessrio entre elas. (D) morte simultnea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasio.

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03. Prescrio e decadncia (A) extinguem o direito de ao. (B) extinguem, respectivamente, o direito potestativo e a pretenso. (C) extinguem, respectivamente, a pretenso e o direito potestativo. (D) extinguem a pretenso. 04. Considerados em si mesmos, os bens podem ser (A) pblicos e particulares. (B) principais e acessrios. (C) imveis pela prpria natureza, benfeitorias e pertenas. (D) mveis e imveis. 05. Erro substancial e dolo essencial viciam o ato jurdico porque (A) revelam m f do contratante. (B) a vontade no livremente manifestada. (C) impedem que o declarante tenha conhecimento da realidade. (D) tornam ilcito o objeto. 06. A obrigao, se indivisvel e solidria, (A) implica responsabilidade de todos os devedores pelo total e sub-rogao em favor de quem pagar. (B) implica responsabilidade de todos os devedores pelo total, mas a subrogao limita-se solidariedade. (C) no perde essas caractersticas se convertida em perdas e danos. (D) perde essas caractersticas se convertida em perdas e danos. 07. A novao (A) deve ser expressa e implica criao de nova obrigao, podendo o credor optar pela primitiva. (B) pressupe nimo de novar, que pode ser tcito, desde que inequvoco. (C) se subjetiva passiva, depende da concordncia do devedor. (D) no extingue as garantias da obrigao anterior, salvo a fiana. 08. Assinale a alternativa correta. (A) A existncia de outro acesso no impede a passagem forada. (B) Passagem forada e servido de trnsito destinam-se a tornar mais fcil o acesso a via pblica. (C) Servido de passagem est relacionada a prdio encravado e presumida. (D) Passagem forada e servido de trnsito implicam restrio ao direito de propriedade e decorrem, a primeira, da lei, a segunda, de manifestao de vontade. 09. Constituto possessrio (A) forma derivada de aquisio da propriedade mvel. (B) modo de transferncia da posse direta ao adquirente do bem. (C) expressamente previsto no Cdigo Civil para os bens mveis e imveis. (D) modo de transferncia da posse indireta ao adquirente do bem.

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10. O parentesco por afinidade (A) est limitado, na linha colateral, ao terceiro grau. (B) est limitado, na linha reta, ao quarto grau. (C) no tem limite na linha reta. (D) extingue-se com a dissoluo do vnculo. 11. Com relao aos efeitos patrimoniais do casamento, (A) o regime de bens pode ser alterado a qualquer momento, bastando o acordo entre os cnjuges e a autorizao judicial. (B) no regime da comunho parcial, o aval, como a fiana, depende da concordncia do cnjuge, sob pena de anulabilidade do ato, podendo o juiz supri-la se injustificvel a recusa. (C) independentemente do regime de bens, a alienao de imveis no pode ser realizada por um dos cnjuges sem autorizao do outro. (D) se um dos cnjuges for incapaz, a alienao dos bens comuns pode ser feita pelo outro, independentemente de autorizao judicial. 12. Assinale a alternativa correta. (A) A declarao de nulidade do casamento tem eficcia ex tunc, exceto com relao a alguns direitos de terceiros, perdendo o cnjuge a capacidade adquirida com a realizao do ato. (B) A dissoluo da sociedade conjugal anterior elimina a bigamia e convalida o segundo casamento. (C) A invalidade do casamento por infringncia a impedimento pode ser reconhecida ex officio e incidenter tantum. (D) O casamento contrado por incapaz nulo. 13. O direito de representao (A) verifica-se na linha reta descendente e ascendente. (B) inexiste na linha colateral. (C) implica diviso por estirpe. (D) implica diviso por cabea. 14. Quanto ao direito sucessrio brasileiro, a famlia matrimonial e a famlia fundada na unio estvel diferem (A) apenas em relao participao do sobrevivente na legtima e influncia do momento de aquisio do bem herdado pelo sobrevivente. (B) apenas em relao situao do sobrevivente na ordem de vocao hereditria, influncia do momento de aquisio do bem herdado pelo sobrevivente e concorrncia com os demais herdeiros. (C) apenas em relao influncia do momento de aquisio do bem herdado pelo sobrevivente e concorrncia com os demais herdeiros. (D) em relao participao do sobrevivente na legtima, influncia do momento de aquisio do bem herdado pelo sobrevivente, situao do sobrevivente na ordem de vocao e concorrncia com os demais herdeiros.

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15. A responsabilidade civil extracontratual no direito brasileiro (A) afastada em caso de estado de necessidade, pois o autor do dano no responde pelos prejuzos causados. (B) no afastada em caso de estado de necessidade, pois o autor do dano responde pelos prejuzos causados. (C) no afastada em caso de estado de necessidade, mas apenas o causador do perigo responde pelos danos causados. (D) afastada, respondendo apenas aquele em defesa de quem se causou o dano.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL16. Acolhida exceo de incompetncia e remetidos os autos ao foro indicado pelo excipiente, o juiz deve, ao receb-los, (A) dar andamento ao processo, mesmo que no se considere competente. (B) suscitar conflito negativo, caso se considere incompetente. (C) devolv-los origem, caso se considere incompetente. (D) acolher nova exceo, caso se considere incompetente. 17. A regra da correlao ou da congruncia (A) refere-se somente causa de pedir. (B) no foi adotada pelo legislador brasileiro. (C) foi adotada pelo legislador brasileiro e no comporta excees. (D) est diretamente relacionada com o princpio do contraditrio. 18. O princpio da oralidade (A) observado em segundo grau. (B) compreende as regras sobre imediatidade, irrecorribilidade interlocutrias, concentrao, identidade fsica do juiz e preveno. (C) compreende as regras sobre imediatidade, irrecorribilidade interlocutrias, concentrao e identidade fsica do juiz. (D) foi adotado no Cdigo de Processo Civil brasileiro, sem restries. 19. O princpio da instrumentalidade das formas (A) torna irrelevante o vcio, desde que o ato tenha atingido sua finalidade. (B) s pode ser aplicado s hipteses expressamente previstas em lei. (C) afasta a nulidade, desde que praticado novamente o ato. (D) no incide em nenhuma hiptese de nulidade absoluta. 20. A antecipao de efeitos da tutela jurisdicional (A) admissvel somente em demanda condenatria. (B) inadmissvel em demanda constitutiva. (C) provisria, revogvel, e eventual recurso contra a respectiva deciso, em princpio, no tem efeito suspensivo. (D) depende de cauo e no pode ser deferida antes da

das das

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citao ou da sentena. 21. Investidura e competncia so, respectivamente: (A) requisito de validade do processo e requisito de admissibilidade do julgamento de mrito. (B) pressuposto de existncia e requisito de validade do processo. (C) pressuposto processual e condio da ao. (D) pressuposto processual objetivo e pressuposto processual subjetivo. 22. As condies da ao (A) se presentes, levam procedncia do pedido. (B) so requisitos necessrios validade do processo. (C) constituem matria preliminar, a ser deduzida em contestao, sob pena de precluso. (D) no se confundem com o mrito, segundo o legislador, mas so aferidas a partir da relao de direito material. 23. O litisconsrcio (A) necessrio sempre unitrio, pois a presena de todos os litisconsortes s imprescindvel nas hipteses em que o contedo da sentena deva ser idntico para todos. (B) pode ser, ao mesmo tempo, unitrio e facultativo, bem como simples e necessrio, embora a incindibilidade da relao de direito material determine, em regra, a unitariedade e a necessariedade. (C) unitrio sempre necessrio, pois nas hipteses em que o contedo da sentena deva ser idntico para os litisconsortes, todos devem participar do processo. (D) unitrio se os direitos ou as obrigaes derivarem do mesmo fundamento ftico. 24. Na formao do conjunto probatrio, a iniciativa do juiz (A) limitada a determinados meios de prova e ao 1. grau. (B) vedada, por fora do princpio dispositivo. (C) admitida por expressa disposio legal e implica limitao ao princpio dispositivo. (D) encontra bice na regra de distribuio do nus da prova. 25. Segundo a regra da estabilizao da demanda, tal como adotada pelo legislador brasileiro, os elementos (A) da ao podem ser alterados aps o saneamento, com a concordncia do ru. (B) objetivos da ao podem ser alterados aps o saneamento, com a concordncia do ru. (C) da ao no podem ser alterados aps a citao. (D) objetivos da ao no podem ser alterados aps o saneamento do processo.

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26. Segundo a regra da correlao ou adstrio, (A) o juiz, ao proferir a sentena, deve ater-se aos limites objetivos e subjetivos da demanda. (B) o juiz, ao proferir a sentena, deve ater-se exclusivamente aos limites subjetivos da demanda. (C) compete exclusivamente ao autor fixar os limites da demanda. (D) o ru pode, em qualquer processo, ampliar os limites da demanda na contestao ou mediante reconveno. 27. A eficcia preclusiva da coisa julgada (A) no atinge matria de ordem pblica e impede a propositura de ao rescisria. (B) no impede o reexame da sentena, se o fundamento no foi deduzido no processo. (C) impede o reexame dos fundamentos da sentena, mesmo que o pedido seja diverso. (D) impede o reexame do dispositivo da sentena, ainda que por fundamento de defesa no deduzido no processo. 28. O efeito devolutivo da apelao (A) fixado pelo apelante, que pode limitar as questes e os fundamentos a serem examinados em 2. grau. (B) possibilita o exame, pelo tribunal, de todas as questes e fundamentos que, embora ignorados na sentena, foram submetidos ao contraditrio em 1. grau. (C) est limitado s questes decididas e aos fundamentos examinados em 1. grau. (D) diz respeito exclusivamente ao pedido formulado pelo apelante. 29. No cumprimento de sentena por execuo, a defesa do executado exercida (A) incidentalmente e pode suspender o processo. (B) mediante demanda autnoma, que suspende o processo. (C) incidentalmente e suspende o processo. (D) incidentalmente e no suspende o processo. 30. No concurso especial ou particular de credores, (A) a preferncia determinada pela primeira citao vlida. (B) a preferncia determinada pela averbao da penhora. (C) a preferncia determinada pela primeira penhora. (D) no subsistem as preferncias e os privilgios previstos no direito material.

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DIREITO PENAL31. Com relao coao moral irresistvel, correto afirmar que (A) exclui a culpabilidade. (B) exclui a tipicidade. (C) exclui a antijuridicidade. (D) o coato age sem vontade. 32. Pode constituir, em tese, ato obsceno, na figura tpica do art. 233 do Cdigo Penal, (A) a exposio de cartazes, em lugar aberto ao pblico, mostrando corpos nus. (B) a exposio venda de revista com fotografias de cunho pornogrfico em lugar aberto ao pblico. (C) o ato de urinar em lugar pblico com exibio do pnis. (D) a exposio pblica de fotografias de crianas nuas. 33. Agindo dolosamente, Fulano referiu-se a Sicrano, dizendo tratar-se de indivduo que exercia atividade contravencional como banqueiro do jogo do bicho, diretamente envolvido com essa prtica ilcita. Supondo-se que tal imputao seja falsa, a conduta de Fulano, em tese, pode configurar (A) injria. (B) calnia. (C) difamao. (D) fato atpico. 34. Sobre medida de segurana, assinale a alternativa correta. (A) S pode ser aplicada em sentena condenatria. (B) S pode ser executada depois do cumprimento da pena privativa de liberdade aplicada em deciso condenatria pela prtica do mesmo fato. (C) No pode ser executada por prazo superior a trinta anos. (D) Fundamenta-se na periculosidade do inimputvel que pratica fato tpico punvel. 35. Considerando a infrao do art. 246 do Cdigo Penal Abandono intelectual, assinale a alternativa correta. (A) O bem jurdico protegido o direito instruo fundamental dos filhos menores de dezesseis anos de idade. (B) Sujeito passivo o filho com idade entre sete e quatorze anos. (C) O bem jurdico protegido o direito dos filhos frequncia a escolas pblicas ou particulares. (D) Sujeito passivo o filho menor de dezoito anos de idade.

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36. A norma inserida no art. 7., inciso II, alnea b, do Cdigo Penal Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro (...) os crimes (...) praticados por brasileiro encerra o princpio (A) da universalidade ou da justia mundial. (B) da territorialidade. (C) da nacionalidade ou da personalidade ativa. (D) real, de defesa ou da proteo de interesses. 37. O Cdigo Penal Brasileiro, em seu art. 6., como lugar do crime, adota a teoria (A) da atividade ou da ao. (B) do resultado ou do evento. (C) da ao ou do efeito. (D) da ubiquidade. 38. O pai que, tendo o filho sequestrado e ameaado de morte, coagido por sequestradores armados e forado a dirigir-se a certa agncia bancria para efetuar um roubo a fim de obter a quantia necessria para o pagamento do resgate e livrar o filho do crcere privado em que se encontra pode, em tese, lograr a absolvio com base na alegao de (A) inexigibilidade de conduta diversa. (B) legtima defesa. (C) exerccio regular de direito. (D) estrito cumprimento de dever legal. 39. Depois de haver sado do restaurante onde havia almoado, Tcio, homem de pouco cultivo, percebeu que l havia esquecido sua carteira e voltou para recuper-la, mas no mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justia pelas prprias mos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuzo. Esse fato pode configurar (A) erro determinado por terceiro. (B) erro de tipo. (C) erro de permisso. (D) erro de proibio. 40. Pode constituir exemplo de homicdio qualificado por motivo torpe o crime praticado (A) com o propsito de vingana. (B) por motivao insignificante. (C) com extrema crueldade contra a pessoa da vtima. (D) por vrios agentes para subtrair bens de pessoa idosa. 41. Assinale a alternativa correta, de acordo com orientao doutrinria e jurisprudencial expressivamente majoritria nos dias atuais. (A) A prescrio retroativa antecipada, tambm denominada prescrio virtual, sempre pode servir de fundamento para a extino da punibilidade. (B) A extino da punibilidade com base no reconhecimento

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da prescrio retroativa antecipada ou em perspectiva, tambm denominada prescrio virtual, carece de embasamento legal. (C) A aplicao da prescrio retroativa antecipada no viola o princpio da legalidade. (D) A prescrio, com base na pena a ser aplicada em futura sentena, eventualmente condenatria, pode ser reconhecida de acordo com o prudente arbtrio do magistrado para julgar extinta a punibilidade do acusado. 42. A e B, agindo de comum acordo, apontaram revlveres para C exigindo a entrega de seus bens. Quando B encostou sua arma no corpo de C, este reagiu entrando em luta corporal com A e B, recusando a entrega da res furtiva. Nesse entrevero, a arma portada por B disparou e o projtil atingiu C, que veio a falecer, seguindo-se a fuga de A e B, todavia, sem levar coisa alguma de C. Esse fato configura (A) roubo tentado e leso corporal seguida de morte. (B) roubo tentado e homicdio consumado. (C) latrocnio. (D) homicdio consumado. 43. Mulher casada, alegando ter sido vtima de estupro, foi submetida a exame de corpo de delito que, tendo constatado bvia ruptura himenal de data no recente, no encontrou, todavia, na regio vaginal dessa mulher, vestgios de conjuno carnal de data recente. Considerando a questo ligada materialidade, assinale a resposta correta. (A) A existncia do estupro no pode ser demonstrada por outros meios de prova. (B) A prova da existncia do estupro como fato tpico pode ser feita por outros meios idneos. (C) Basta a comprovao da ruptura do hmen para que resulte provada a existncia do estupro. (D) Nenhuma das respostas anteriores. 44. Depois de ter praticado a subtrao de certo bem, Fulano obteve ajuda eficaz de Sicrano para que o produto da subtrao fosse escondido em lugar seguro para futura comercializao a cargo de Fulano. A conduta de Sicrano, nesse caso, em tese, configura (A) receptao dolosa. (B) favorecimento pessoal. (C) coautoria. (D) favorecimento real. 45. Tcio, funcionrio pblico, convida Mvio, que trabalha em empresa privada, para ajud-lo a subtrair um computador, pertencente repartio, que se encontra na sala de trabalho de Tcio, para seu uso dirio, e que se acha sob sua guarda. Ciente da condio de funcionrio pblico de Tcio, Mvio ajuda-o a transportar esse bem at sua casa. Nessa situao hipottica, correto afirmarse que (A) Tcio e Mvio respondem por peculato.

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(B) Tcio responde por peculato e Mvio responde por furto. (C) Tcio e Mvio respondem por furto. (D) Tcio responde por peculato e a conduta de Mvio atpica.

DIREITO PROCESSUAL PENAL46. Em processo por crime contra a honra, figurando como ofendido juiz de direito, foi oposta e admitida a exceo da verdade. Nessa hiptese, o julgamento dessa exceo caber ao (A) Juzo por onde corre a respectiva ao penal, se se tratar de difamao e/ou calnia. (B) Juzo por onde corre a respectiva ao penal, se se tratar de calnia. (C) Tribunal de Justia, se se tratar de difamao e/ou calnia. (D) Tribunal de Justia, se se tratar de calnia. 47. Em tema de reviso criminal, correto afirmar que (A) se vier a ocorrer o falecimento da pessoa cuja condenao tiver de ser revista, dever ser julgada extinta a punibilidade, com subsequente arquivamento dos autos. (B) o pedido pode ser ajuizado pelo Ministrio Pblico em favor do condenado. (C) para requerer reviso criminal, o condenado obrigado a recolher-se priso, caso ainda no tenha cumprido a pena. (D) o pedido pode ser ajuizado pelo cnjuge suprstite no caso de falecimento do condenado. 48. No caso de depoimento de testemunha ouvida por meio de carta precatria, assinale a alternativa correta. (A) A competncia para a ao penal por crime de falso testemunho do Juzo deprecado. (B) A competncia para a ao ao penal por crime de falso testemunho do Juzo deprecante. (C) A competncia para a ao penal por crime de falso testemunho concorrente, do Juzo deprecante ou do Juzo deprecado. (D) A competncia para a ao penal por crime de falso testemunho definida pelo interesse do titular da ao penal. 49. Nos crimes de falso testemunho em que a testemunha seja ouvida por meio de carta precatria, correto afirmar que o reconhecimento da possvel existncia desse crime (A) insere-se na competncia exclusiva do Juzo deprecado. (B) no depende de pronunciamento do Juzo deprecante. (C) depende de pronunciamento do Juzo deprecante. (D) insere-se na competncia concorrente do Juzo deprecado e do Juzo deprecante.

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50. Durante os debates, em plenrio do Jri, correto afirmar que (A) as partes sempre podero fazer referncia a qualquer notcia divulgada por rgo de imprensa, independentemente de prvia formalidade. (B) as partes podero fazer referncia deciso de pronncia, desde que moderadamente. (C) as partes no podero fazer referncia deciso de pronncia. (D) o titular da acusao poder exibir quaisquer documentos aos jurados, independentemente de prvia formalidade. 51. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase: A inobservncia da competncia penal por preveno (A) constitui nulidade relativa (B) constitui nulidade absoluta (C) no constitui nulidade (D) pode constituir nulidade absoluta em circunstncias especiais 52. No procedimento relativo aos processos da competncia do Tribunal do Jri, a deciso que impronuncia o acusado pode ser impugnada, na esfera recursal, por meio de (A) habeas corpus. (B) recurso em sentido estrito. (C) agravo. (D) apelao. 53. Em nica denncia, em aparente conexo, foi imputada a Jos a prtica de trs furtos ocorridos em Campinas e de um roubo ocorrido em Americana, este em maio e aqueles em abril do corrente ano. Nessa hiptese, a competncia para decidir sobre o eventual recebimento da denncia e instaurao da respectiva ao penal (A) do Juzo Criminal da Comarca de Campinas. (B) do Juzo Criminal da Comarca de Americana. (C) determinada pela preveno. (D) do Juzo Criminal a quem a denncia for endereada. 54. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase: O princpio da oportunidade (A) somente tem aplicao s aes penais pblicas incondicionadas (B) somente tem aplicao s aes penais de iniciativa privada ou pblicas condicionadas representao (C) somente tem aplicao s aes penais pblicas condicionadas representao (D) no se aplica ao processo penal

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55. Durante os debates em plenrio do jri, aps a fala da defesa, ao ser consultado pelo juiz presidente sobre seu interesse em usar o tempo para a rplica, o promotor de justia, usando da palavra por breves minutos para justificar-se, diz que se acha satisfeito com a prova produzida e por isso no pretende valer-se do tempo destinado rplica. Nessa hiptese, tendo o defensor reivindicado seu direito trplica, o juiz presidente (A) deve deferir esse pedido da defesa porque, de qualquer forma, houve manifestao oral do titular da acusao naquela fase. (B) no deve deferir esse pedido porque a manifestao da parte contrria no avanou pelo mrito da ao penal. (C) s pode deferir esse pleito da defesa se houver concordncia expressa do promotor de justia. (D) deve deferir esse pedido da defesa, mas com reduo do tempo respectivo. 56. Quando o intrprete, observando que a expresso contida na norma sofreu alterao no correr dos anos e por isso procura adaptar-lhe o sentido ao conceito atual, ocorre a chamada interpretao (A) sistemtica. (B) histrica. (C) extensiva. (D) progressiva. 57. Assinale a alternativa incorreta, considerando os feitos sujeitos competncia do Tribunal do Jri. (A) O julgamento pelo Tribunal do Jri no ser adiado pelo no comparecimento do acusado solto que tiver sido regularmente intimado. (B) Da deciso de pronncia, ser intimado por edital o acusado solto que no for encontrado. (C) O processo no prosseguir at que o ru solto seja intimado pessoalmente da deciso de pronncia. (D) De cada sesso de julgamento, o escrivo lavrar ata que ser assinada pelo juiz presidente e pelas partes. 58. No caso de roubo praticado na cidade de So Paulo contra agncia bancria da Caixa Econmica Federal, em que tenha havido a subtrao de dinheiro do caixa, a competncia para a ao penal da (A) Justia Federal. (B) Justia Estadual. (C) Justia Federal ou da Justia Estadual, observada a regra da preveno. (D) Justia Federal ou da Justia Estadual, conforme o inqurito tenha sido conduzido pela Polcia Federal ou pela Polcia Estadual. 59. Assinale a alternativa incorreta, do ponto de vista do processo penal. (A) A questo preliminar um fato processual que, em sendo acolhida a respectiva arguio, sempre impede que o juiz aprecie o fato principal. (B) A questo preliminar um fato processual que, em sendo acolhida a respectiva arguio, nem sempre impede que o juiz aprecie o fato principal. (C) A alegao de litispendncia exemplo de preliminar processual.

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(D) Tecnicamente, a questo preliminar distingue-se da questo prejudicial. 60. Assinale a alternativa correta, considerando a hiptese de ter havido o falecimento do querelante durante o andamento de ao penal privada, antes da sentena. (A) A companheira, embora vivesse em unio estvel com o falecido, no tem legitimidade ativa para prosseguir na ao. (B) A companheira, que vivia em unio estvel com o falecido, tem legitimidade ativa para prosseguir na ao. (C) O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o trancamento da ao penal privada. (D) O falecimento do querelante s acarreta o trancamento da ao penal privada se o querelado assim o requerer.

DIREITO CONSTITUCIONAL61. A Constituio da Repblica poder ser emendada mediante proposta (A) de mais da metade dos Governadores das unidades federativas. (B) conjunta, dos Presidentes da Cmara dos Deputados e do Senado Federal. (C) de um tero, no mnimo, das Assemblias Legislativas das unidades da Federao, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. (D) de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal. 62. vedada a edio de medidas provisrias sobre matria (A) j disciplinada em lei votada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Repblica. (B) reservada a lei complementar. (C) que implique majorao de imposto sobre a importao de produtos estrangeiros. (D) relativa a direito penal, processual penal, civil e processual civil. 63. Quanto interveno da Unio nos Estados visando a manter a integridade nacional, correto afirmar que (A) o decreto de interveno ser submetido apreciao do Congresso Nacional no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. (B) caso no esteja funcionando o Congresso Nacional, far-se- a sua convocao extraordinria no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. (C) se dispensa a apreciao do decreto pelo Congresso Nacional. (D) cessados os motivos da interveno, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltaro aps requisio deferida pelo Supremo Tribunal Federal.

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64. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete (A) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em 60 (sessenta) dias a contar de seu recebimento. (B) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em 90 (noventa) dias a contar de seu recebimento. (C) sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso ao Supremo Tribunal Federal. (D) sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso ao Superior Tribunal de Justia. 65. Sobre as Foras Armadas, correto afirmar que (A) ao militar proibida a greve, mas no a sindicalizao. (B) enquanto no servio ativo, o militar pode estar filiado a partido poltico desde que no ocupe cargo de direo. (C) o militar em atividade, que tomar posse em cargo ou emprego pblico civil permanente, ser transferido para a reserva, nos termos da lei. (D) em tempo de guerra, os eclesisticos ficam isentos do servio militar obrigatrio. 66. Os tratados e as convenes internacionais sobre direitos humanos celebrados pelo Brasil (A) sero imediatamente incorporados ao direito nacional, com a natureza de emenda constitucional. (B) equivalero s emendas constitucionais quando forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros. (C) vigero, no Brasil, aps o exequatur do Supremo Tribunal Federal. (D) equivalero s emendas constitucionais quando aprovados pelo Senado Federal, em dois turnos, pela maioria absoluta dos seus membros. 67. A sentena estrangeira (A) quando for meramente declaratria, ou dispuser sobre direitos da personalidade, prescinde de homologao para a sua execuo no Brasil. (B) dever ser homologada pelo Superior Tribunal de Justia e, sucessivamente, pelo juzo competente para sua execuo. (C) dispensa homologao quando proferida em ao na qual figurem, como partes, exclusivamente cidados brasileiros. (D) para ser executada no Brasil, dever ser homologada pelo Superior Tribunal de Justia. 68. O Habeas Data (A) da competncia originria do Supremo Tribunal Federal, quando impetrado contra ato de Ministro de Estado. (B) ser concedido para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, ou de membros

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do Congresso Nacional, constantes dos registros de entidades governamentais. (C) ser concedido para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. (D) da competncia originria do Superior Tribunal de Justia, quando impetrado contra ato do Tribunal de Contas da Unio. 69. Sobre o Poder Judicirio, correto afirmar que (A) aos juzes vedado exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastaram, antes de decorridos 3 (trs) anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao. (B) um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados e do Superior Tribunal de Justia, ser composto por membros do Ministrio Pblico, com mais de 10 (dez) anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sxtupla pelos rgos de representao das respectivas classes. (C) o Conselho Nacional de Justia compe-se de quinze membros com mais de 30 (trinta) e menos de 66 (sessenta e seis) anos de idade, com mandato de 2 (dois) anos, admitida uma reconduo. (D) os Tribunais Regionais Federais compem-se de, no mnimo, nove juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio e nomeados pelo Presidente da Repblica dentre os brasileiros com mais de 30 (trinta) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos. 70. Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, (A) nas infraes penais comuns, os Governadores dos Estados e os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal. (B) as aes contra o Conselho Nacional do Ministrio Pblico. (C) o mandado de segurana impetrado contra ato do Superior Tribunal de Justia. (D) os conflitos de atribuies entre autoridades judicirias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e as da Unio.

DIREITO ADMINISTRATIVO71. Um dos aspectos primordiais do Direito Administrativo brasileiro o de ser um conjunto (A) de princpios e normas aglutinador dos poderes do Estado de maneira a colocar o administrado em relao de subordinao hierrquica a tais poderes. (B) de princpios e normas que no alberga a noo de bem de domnio privado do Estado. (C) instrumental de princpios e normas que regula exclusivamente as relaes jurdicas administrativas entre o Estado e o particular. (D) de princpios e normas limitador dos poderes do Estado.

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72. A Emenda Constitucional n.o 45/2004 criou o Conselho Nacional de Justia, cuja constitucionalidade foi consolidada pelo Supremo Tribunal Federal na ADI3367/DF. Foram vrios os pontos observados para a caracterizao jurdicoadministrativa do referido Conselho e, dessa forma, foi possvel poder entranh-lo no sistema de princpios e normas do Direito Administrativo brasileiro. Com relao ao CNJ, alguns pontos fundamentais podem ser extrados. (A) rgo administrativo da Unio, interno ao Poder Judicirio, representativo do Estado federado, com competncia administrativa concorrente com os Tribunais de Justia sem, contudo, afet-los na autonomia administrativa e financeira. (B) rgo administrativo federal, interno ao Poder Judicirio, representativo do Estado unitrio e com competncia administrativa hierrquica sobre os Tribunais, Juzos e Magistrados de forma a mitigar o princpio federativo e a autonomia administrativa e financeira dos Tribunais de Justia. (C) Tem por funo administrativa precpua a fixao, com exclusividade, de uma poltica governamental judiciria, uniforme e apenas para os Tribunais de Justia estaduais. (D) A sua competncia administrativa disciplinar no alcana os ministros do Superior Tribunal de Justia. 73. A natureza jurdico-administrativa da OAB foi exaustivamente debatida pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 3026-4/DF. Alguns pontos fundamentais foram anotados, tais como: (A) no uma autarquia especial. (B) no presta servio pblico. (C) integra a Administrao Pblica indireta e sujeita-se ao controle estatal. (D) no possui finalidade institucional. 74. A Smula n.o 13, do Supremo Tribunal Federal, ps um ponto final na prtica do chamado nepotismo na Administrao Pblica brasileira. Nos julgados que deram ensejo referida Smula, foram destacados alguns pontos fundamentais para a sua exata compreenso, tais como: (A) somente por lei formal pode ser vedada a nomeao para cargo em comisso de parente prximo, cuja funo administrativa seja de assessoramento. (B) a investidura poltica, ou seja, sem concurso pblico, por si s, revela-se afrontosa moralidade pblica. (C) a Smula n.o 13, do STF, compatvel com o ideal republicano, j que este abriga o exerccio do poder administrativo pro domo sua. (D) no caracteriza imoralidade administrativa a nomeao, pela autoridade administrativa competente, de parente prximo para ocupar cargo pblico de natureza poltica. 75. Compromissos republicanos, liberalismo poltico e econmico, proteo dos direitos individuais e, especialmente, independncia da Administrao Pblica foram valores postos pela Revoluo Francesa que, sob os influxos da teoria de Montesquieu, deram origem ao contencioso administrativo.

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vista desses parmetros, pode-se afirmar que (A) no Brasil, adota-se o sistema da jurisdio nica visando dar efetivo cumprimento ao regime jurdico-constitucional de proteo e garantia dos direitos individuais contra abuso ou arbtrio do Estado. (B) a instalao do Conselho Nacional de Justia significa a introduo do contencioso administrativo no sistema jurdico-administrativo brasileiro com o efeito de impedir o abuso ou arbtrio dos juzes. (C) os Tribunais de Contas produzem decises com a qualidade de definitivas, prpria do sistema do contencioso administrativo. (D) o sistema do contencioso administrativo o que melhor atende ao atual conceito de Estado Democrtico de Direito porque coloca o Estado, no plano jurisdicional judicial, em p de igualdade com o particular. 76. O Supremo Tribunal Federal (in AG 655.378-AGR) estabeleceu premissas a respeito da condio jurdico-administrativa dos registradores, cartorrios e notariais, destacando que estes (A) so servidores pblicos por delegao do Estado. (B) no prestam servios pblicos. (C) no so servidores pblicos. (D) prescindem de concurso pblico para o exerccio da titularidade das funes. 77. Coube ao administrador pblico escolher uma entre 3 (trs) opes administrativas legais. Escolheu a segunda opo, mas esta foi impugnada judicialmente sob alegao de que a terceira opo era a mais oportuna e conveniente. O juiz, examinando a lide, julgou a demanda procedente, adotando as razes do autor. Ocorreu, no caso da sentena judicial, (A) aplicao do princpio do amplo controle judicial sobre a legalidade dos atos administrativos. (B) substituio indevida da vontade discricionria do administrador pblico. (C) correo da injustia da escolha feita pelo administrador pblico. (D) aplicao do princpio do poder-dever do juiz de valorar o contedo meritrio das opes que se apresentaram ao administrador pblico. 78. A demora da Administrao Pblica em cumprir com a obrigao de saldar os dbitos lquidos, certos e devidamente requisitados pelo Poder Judicirio por meio de precatrio judicial, ainda que sob a tica doutrinria, (A) justifica-se pelo poder-dever do Estado de dar atendimento, com primazia, aos interesses pblicos primrios, por princpio constitucional, indisponveis, considerando que a rpida e efetiva soluo dos precatrios judiciais diz respeito indenizao de carter privado. (B) justifica-se vista do regime jurdico-administrativo que tutela o interesse coletivo, considerando que dar efetivo e rpido cumprimento aos precatrios judiciais implica empobrecimento do errio pblico em prejuzo da coletividade que no prescinde da prestao de servios pblicos. (C) justifica-se no fato de a Administrao Pblica ser dotada do poder discricionrio de atender, em primeiro lugar, ao interesse do Estado,

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considerando que todo interesse do Estado por si s se define como interesse pblico. (D) ofende o princpio da supremacia do interesse pblico primrio do Estado, considerando que a demora da soluo dos precatrios atende exclusivamente ao interesse secundrio do Estado. 79. O modelo brasileiro, marcado pela diviso dos Poderes do Estado, a despeito das vrias emendas constitucionais, conserva o princpio ptreo de Estado federado e a inclinao social-democrata. Diante, pois, desse modelo, a afirmao corrente de que os juzes so prestadores de servio pblico mostra-se incompatvel com o Direito Administrativo brasileiro porque (A) o contedo e o fim do ato jurisdicional administrativo identificam-se plenamente com o contedo e o fim do ato jurisdicional judicial. (B) aos atos judiciais jurisdicionais se aplicam princpios gerais de Direito Administrativo consubstanciados no art. 37 da Constituio Federal. (C) as funes tpicas de Governo, ainda que se interpenetrem, se dividem, de um lado, num conjunto de funes pblicas que cuidam do estabelecimento e conservao da ordem jurdica e, de outro, na funo de Administrao Pblica consistente na prestao de servios pblicos. (D) a funo da Administrao Pblica consistente na realizao da Justia Social por meio da prestao de servios pblicos idntica ao exerccio da funo judicial jurisdicional dentro do processo judicial. 80. Estabelecido no texto constitucional que a atividade econmica pertence iniciativa privada sob regime da livre concorrncia, de se concluir que (A) empresa pblica que se dedica exclusivamente explorao de atividade econmica no se aplicam os princpios gerais que norteiam a atuao da Administrao Pblica. (B) a interveno direta do Estado no domnio econmico ocorre por exceo e justificadamente. (C) a interveno direta do Estado no domnio econmico s ocorre diante da imperativa necessidade de se reservar, mediante lei, o monoplio de determinada atividade empresarial considerada de relevante interesse coletivo. (D) somente por lei especfica pode ser criada empresa pblica.

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DIREITO TRIBUTRIO81. A Emenda Constitucional n.o 42, de 19.12.03 (DOU-31.12.03), veio, segundo consta de sua denominao, para alterar o Sistema Tributrio Nacional. Atentando-se para o conjunto das normas nela contido e examinandoo no seu aspecto teleolgico, pode ser dito que a EC n. 42/03 (A) deu maiores garantias ao contribuinte, como a ampliao do princpio da anterioridade, de maneira a impedir acrscimo na diviso pentapartida dos tributos, teoria esta adotada pelo Pretrio Excelso. (B) no alterou a estrutura do sistema tributrio nacional, no favorecendo uma melhor racionalizao dos meios de arrecadao tributria de maneira a reduzir o nmero de impostos. (C) promoveu uma melhor repartio das receitas fiscais entre os entes da federao, como, por exemplo, transferindo da Unio para os municpios a fiscalizao e a cobrana do ITR, inclusive competncia para reduzir sua alquota segundo as peculiaridades locais. (D) preocupou-se com a desigualdade social, instituindo o Fundo de Combate Pobreza no mbito Federal a ser mantido com recursos oriundos de adicionais percentuais s alquotas do IPI e ICMS. 82. Um tema recorrente no Brasil, diga-se, no s no Brasil, o da carga tributria em sentido geral. Entre ns, parte considervel dos tributaristas considera-a excessiva e por isso inibitria da atividade econmica. No plano essencialmente jurdicotributrio, ou seja, de jure constituto, essa considerao crtica (A) tem relevncia apenas no que se refere ao exame casustico do processo judicial, cuja lide se componha em torno da capacidade tributria ativa. (B) est intimamente ligada ao fato de o Direito Tributrio ptrio carecer, no caso de impostos, de uma norma especfica sobre o princpio da capacidade contributiva pessoal. (C) tem relevncia apenas no que diz respeito ao exame casustico, no mbito do processo judicial, da lide que se componha em torno da aplicao do princpio da capacidade contributiva como corolrio de Justia Fiscal. (D) decorre do fato de o ordenamento jurdico tributrio nacional no acolher a graduao de alquotas proporcional essencialidade do produto. 83. O conceito de mercadoria adotado pela Constituio Federal (A) matria sob reserva de lei tributria. (B) pode ser alterado para efeito de definir competncia tributria. (C) abrange todo e qualquer bem cuja propriedade possa ser transferida mediante contrato de compra e venda. (D) o que a lei comercial define como tal. 84. As garantias e privilgios do crdito tributrio decorrem (A) da noo de verticalidade que marca a relao jurdica tributria. (B) do direito subjetivo pblico do Estado plena satisfao de seu crdito.

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(C) do fato de no se caracterizar o Direito Tributrio tambm como um ordenamento jurdico obrigacional e comum. (D) da plena independncia do Direito Tributrio em relao aos outros ramos do Direito. 85. Na ADI 3.089, DJE de 1..08.08, o Supremo Tribunal Federal inclinou-se pela orientao de que os servios de registros pblicos, notariais e cartorrios (A) no gozam de imunidade por no serem considerados servios pblicos. (B) em razo da natureza pblica, beneficiam-se da imunidade. (C) embora pblicos, no so imunes ao ISSQN. (D) so remunerados, no caracterizando capacidade contributiva. 86. A imunidade tributria recproca (A) sob o prisma teleolgico, assegura, confirma e preserva o regime constitucional federativo. (B) no se refere s limitaes do poder de tributar. (C) no diz respeito falta de capacidade contributiva das pessoas polticas de Direito Pblico interno. (D) no comporta exceo quando se trata de empresa pblica, ainda que esta se qualifique como delegatria de servios pblicos. 87. Ao tratar dos institutos jurdicos da decadncia e prescrio, o Cdigo Tributrio Nacional apresenta alguns paradoxos ou equvocos se confrontados com os conceitos dos dois institutos no plano da teoria geral do Direito Civil, por exemplo, (A) o de dispor que, depois de constitudo regularmente o crdito tributrio, s se pode cogitar da prescrio. (B) o de se referir decadncia do direito de constituir o crdito tributrio e prescrio da ao para a satisfao do referido crdito. (C) o de deixar claro que, depois de realizado o lanamento, no h mais que se cogitar da decadncia. (D) o de dizer que a decadncia extingue o crdito tributrio e que ela pode ser interrompida na forma prescrita no mesmo cdigo. 88. Pelo regime jurdico do ICMS, (A) o consumidor final no tem legitimidade para obter a sua restituio no caso de pagamento indevido. (B) possvel, mas no impositiva, a fixao de alquotas diferenciadas para certos produtos e/ou servios. (C) ele no gera o fenmeno extrajurdico conhecido como imposto indireto. (D) vedada a incluso em sua base de clculo de qualquer outra espcie de tributo. 89. A taxa judiciria (A) tem carter sinalagmtico e incide sobre a prestao de servios judicirios. (B) no tem carter sinalagmtico e incide sobre o exerccio da atividade jurisdicional enquanto dedicada soluo dos conflitos. (C) compreende todos os servios processuais ocorridos no curso do processo.

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(D) conforme a inclinao do STF, permite a incidncia, no processo de inventrio, sobre o monte-mor que contenha imveis. 90. O art. 150, IV, da Constituio Federal, impe a vedao ao confisco. Pode-se concluir que (A) para a caracterizao do confisco, necessrio que o imposto tenha por efeito a total supresso da propriedade. (B) a vedao visa essencialmente proteger a iniciativa privada. (C) o conceito efeito de confisco permite que o Poder Judicirio o reconhea em sede de controle normativo abstrato, ainda que se trate de multa fiscal. (D) a vedao s diz respeito aos impostos.

DIREITO COMERCIAL91. Conforme a Lei n. 8.078, de 1990, (A) salvo estipulao em contrrio, o valor do oramento prvio apresentado pelo fornecedor de servio ter validade pelo prazo de 15 (quinze) dias contados de seu recebimento pelo consumidor. (B) as declaraes de vontade constantes de recibos vincularo o fornecimento somente se ratificadas no instrumento contratual definitivo. (C) nula de pleno direito a clusula contratual que transfira responsabilidade a terceiro, e tambm aquela que determine a utilizao compulsria da arbitragem. (D) enganosa a publicidade que se aproveite da deficincia de julgamento da criana, ou de sua inexperincia. 92. Nas sociedades annimas, (A) compete privativamente assemblia geral eleger os diretores da companhia. (B) direito essencial do acionista o da preferncia para a subscrio de debntures conversveis em aes, observado o disposto em lei. (C) a diretoria ser composta por trs ou mais diretores, destituveis a qualquer tempo pela assemblia geral. (D) vedado ao estatuto estabelecer a exigncia de garantia, prestada por terceiro, para o exerccio do cargo de administrador. 93. Sobre a representao comercial autnoma, conforme disciplinada na Lei Federal n. 4.886, de 1965, correto afirmar que (A) a exerce a pessoa fsica ou jurdica que, sem relao de emprego, desempenhe em carter no eventual, por conta de uma ou mais pessoas, a mediao para a realizao de negcios mercantis. (B) pode exerc-la quem no puder ser comerciante. (C) pode exerc-la quem tenha sido condenado, pelo crime de lenocnio, a pena inferior a 2 (dois) anos de recluso. (D) nos pertinentes contratos, ser facultativa a indicao da zona ou das zonas em que ser exercida a representao.

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94. Relativamente aos ttulos de crdito, pode-se dizer que, (A) quando nominativo, no pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatrio. (B) quando ordem, o endosso deve ser lanado pelo endossante somente no verso do prprio ttulo, ou em instrumento autnomo. (C) quando ao portador, a prestao indevida quando o ttulo tenha entrado em circulao contra a vontade do emitente. (D) quando ao portador, so nulos se emitidos sem autorizao de lei especial. 95. Na sociedade simples, (A) as obrigaes dos scios terminam quando a sociedade tornar-se inativa. (B) as modificaes do contrato social que tenham por objeto a denominao, o objeto, a sede e o prazo da sociedade podem ser decididas por maioria absoluta de votos. (C) nos 60 (sessenta) dias subsequentes sua constituio, a sociedade dever requerer a inscrio do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. (D) a administrao poder ser exercida por pessoa nomeada por instrumento em separado, averbado margem da inscrio da sociedade. 96. Em relao administrao das sociedades annimas, (A) o estatuto fixar o prazo de gesto dos membros do Conselho de Administrao, que no poder ser superior a 4 (quatro) anos, permitida a reeleio. (B) o Conselho de Administrao ser composto por, no mnimo, cinco membros. (C) podero ser eleitos para membros dos rgos de administrao pessoas naturais, devendo os membros do Conselho de Administrao ser acionistas e os diretores residentes no Brasil, acionistas ou no. (D) na eleio dos membros do Conselho de Administrao, facultado aos acionistas que representem, no mnimo, 5% (cinco por cento) do capital social, exercerem o direito ao voto mltiplo. 97. Conforme a Lei n. 11.101, de 2005, (A) o juiz decretar a falncia do devedor que no pague, no vencimento, obrigao lquida materializada em ttulo executivo protestado cujo valor ultrapasse o equivalente a trinta salrios-mnimos na data do pedido de faln cia, mesmo se demonstrado vcio no protesto. (B) o juiz poder decretar a falncia pelo inadimplemento de obrigao no sujeita recuperao judicial, nos termos do disposto em lei. (C) desde que previsto no respectivo contrato, a decretao da falncia de concessionria de servios pblicos implicar a extino da concesso, na forma da lei. (D) caso o contratante no tivesse, poca, conhecimento do estado de crise econmico-financeira do devedor, ser considerado vlido, em relao massa falida, o ato a ttulo gratuito praticado 18 (dezoito) meses antes da decretao da falncia.

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98. (so) ineficaz(es), em relao massa falida, (A) os registros de direitos reais e de transferncia de propriedade entre vivos, por ttulo oneroso ou gratuito, ou a averbao relativa a imveis realizados aps a decretao da falncia, salvo se tiver havido prenotao anterior. (B) a renncia herana sem a inteno de fraudar credores. (C) a renncia ao legado, realizada desde 3 (trs) anos antes da decretao da falncia. (D) o pagamento, independentemente da respectiva forma, de quaisquer dvidas vencidas e exigveis, realizado dentro do termo legal. 99. permitido ao fornecedor de produtos ou servios (A) repassar informao depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exerccio de seus direitos. (B) manter cadastro de consumidor com informaes negativas referentes a perodo superior a 6 (seis) anos. (C) majorar o valor inicialmente orado, quando esse acrscimo decorrer da necessidade de contratar os servios de terceiros. (D) abrir cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo do consumidor, comunicando-lhe por escrito quando a abertura por ele no tiver sido solicitada. 100. Quanto ao cheque, correto afirmar que (A) deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emisso, no prazo de 60 (sessenta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 90 (noventa) dias, quando emitido em outro lugar do Brasil ou no exterior. (B) pode ter seu pagamento garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo pelo signatrio do ttulo. (C) nele no se poder estipular que o seu pagamento seja feito a pessoa nomeada, com ou sem clusula expressa ordem. (D) valido o endosso do sacado.

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GABARITO

1-B 11 - B 21 - B 31 - A 41 - B 51 - A 61 - D 71 - D 81 - B 91 - C

2-A 12 - A 22 - D 32 - C 42 - C 52 - D 62 - B 72 - B 82 - C 92 - B

3-C 13 - C 23 - B 33 - C 43 - B 53 - B 63 - A 73 - A 83 - D 93 - A

4-D 14 - D 24 - C 34 C/D 44 - D 54 - B 64 - A 74 - D 84 - A 94 - D

5-C 15 - B 25 - D 35 - B 45 - A 55 - A 65 - C 75 - A 85 - C 95 - D

6-A 16 - A 26 - A 36 - C 46 C/D 56 - D 66 - B 76 - C 86 - A 96 - X

7-B 17 - D 27 - D 37 - D 47 - D 57 - C 67 - D 77 - B 87 - D 97 - B

8-D 18 - C 28 - B 38 - A 48 - A 58 - A 68 - C 78 - D 88 A/B 98 - A

9-D 19 - A 29 - A 39 - D 49 - C 59 - B 69 - A 79 - C 89 - A 99 - D

10 - C 20 - C 30 - C 40 - A 50 - C 60 - B 70 - B 80 - B 90 - C 100 - B

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