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INFORFACTORING Informativo do Sindisfac-MG INFORFACTORING Mai/Jun 2015 INFORFACTORING Mai/Jun 2015 Mai/Jun 2015 100 5 Av. Amazonas 311 – conj. 1105 a 1108 CEP 30180–000 Belo Horizonte – Minas Gerais Promovido pelo Sin- disfac-MG, o encontro reuniu palestras sobre o momento político e eco- nômico, perspectivas e saídas para a crise, espe- cialmente voltadas para a atividade de fomento co- mercial. Os temas des- pertaram o interesse ge- ral e os participantes interagiram com cada palestrante, durante debate ao final das apresentações. Páginas 3, 4 e 5 Outro tema do simpósio foi sobre os FIDCs – Fundos de Investimento em Direitos Cre- ditórios, uma nova e crescente opção para alavancar recursos com menos riscos. Apre- sentado pelo especialista em Finanças, Luiz Fernando Vasconcellos, ele destacou que “es- ses fundos foram criados para promover a desentermediação bancária e sua regulamen- tação e se adaptaram de maneira perfeita ao fomento mercantil”. Foi um tema solicitado pelos filiados, segundo destacou o presidente do Sindisfac, Jeferson Terra Passos. Página 4 FIDCs: Uma nova e promissora opção para alavancar recursos Na atual conjuntura, o setor de fomento comercial desempenha o estratégico papel de prover recursos para as empresas cujo limite de crédito está sendo ainda mais contin- genciado pelos bancos. O setor pode desfrutar valiosa oportunidade para atender uma grande demanda, seja via factoring, fundos ou securitizadoras, disse o presidente da An- fac, Luiz Lemos Leite, na palestra de abertura do simpósio. Página 3 O papel estratégico na crise 6 A crise não é institucional Para Carlos Lindenberg, analista e comentarista político, ” Esse é um momento confuso até para quem vive o dia a dia da política nacional” . Em sua avaliação, “ Felizmente, estamos vivendo uma crise política e não institucional” . 5 Momento de oportunidade Este ano será de contas públicas deficitárias, inflação persistente acima da meta e ajustes nos desequilíbrios econômicos. Não estamos em crise, mas o atual cenário é de grandes desafios. Contudo, o momento é de oportunidade para o fomento mercantil, avaliou em sua palestra, no simpósio, Luana Thamiris de Oliveira. Luana Thamiris de Oliveira, gra- duada em Estatística e pós-gradua- da em Gestão de Negócios, respon- sável pela área de estudos econô- micos do Sistema Fecomércio abriu sua palestra com uma análise obje- tiva sobre a criticada mudança nos cálculos do PIB – Produto Interno Bruto brasileiro. A mudança na metodologia não é uma manobra política, mas uma alteração técnica, que atende a pa- drões internacionais e são uma atualização das informações e dos fundamentos teóricos, já adotados por outros países como Estados Uni- dos, México e França. “O PIB, como se sabe é a soma de tudo o que é produzido no país e a alteração se- gue uma recomendação do manual de contas nacionais da ONU e o Bra- sil vai na esteira deles", explicou. A mudança na metodologia do cálculo do PIB é um importante as- pecto a considerar nesse momento, disse a economista, pois “A nova metodologia inclui outros setores da economia, em função dos novos tempos e novos produtos em seto- res como tecnologia e informática. A mudança também abre a possibi- lidade de comparação em melhores parâmetros com outros países que já se adequaram ao novos tempos. O mercado pede mudanças e a me- todologia foi aprimorada para se adequar também a modelos inter- nacionais, ao incluir variáveis, como é o caso da agropecuária que, no Brasil, tem grande peso no cálculo do PIB. O novo método agora mede mais duas varáveis, o que amplia as probabilidades de resultado mais próximo da realidade”. Sobre o cenário atual, ela lem- brou que a taxa de desemprego de 4,8% no final de 2014, já chegou a mais de 6% nos primeiros meses de 2015. Este será um ano de contas públicas deficitárias, inflação persis- tente acima da meta e de ajustes de desequilíbrios macroeconômicos, avaliou. “Não estamos em crise, mas os desequilíbrios trazem desafios e o baixo crescimento econômico torna os ajustes mais desafiadores”. O momento é de oportunidade para as empresas de fomento mer- cantil, na avaliação da economista, “Elas estão nas entrelinhas e o ce- nário é otimista. As empresas de factoring são parceiras do universo das micro e pequenas empresas que representam mais de 90% do mer- cado. Como bem sabemos, os cré- ditos são os mais burocráticos, e é aí que está o universo a ser con- quistado pelo setor de fomento mercantil”. É preciso mudanças nas contas públicas e assim melhorar o am- biente econômico. Os ajustes são penosos, mas a reorientação da po- lítica econômica do governo traz a possibilidade de abrir novos hori- zontes mais favoráveis ao cresci- mento econômico, no médio e lon- go prazos, concluiu. Uma visão de futuro da cena política brasileira Panorama econômico e perspectivas para 2015 Simpósio: Desafios e Oportunidades Carlos Lindenberg, analista e comentarista político, disse em sua palestra que “Esse é um momento confuso até para quem vive o dia a dia da política na- cional. Trata-se de um desafio permanente. É um ambiente conturbado porque chegamos a embates sérios e até parece que a eleição não acabou”. Em sua análise, “ainda estamos vivendo ainda uma espécie de ressaca, mas política é isso mesmo. Quem está no poder quer permanecer”. Para ele, após o resultado das eleições, a presidente eleita “cometeu erros estratégicos e não as- sumiu postura de vitoriosa, o que permitiu embates entre parlamentares dos dois maiores partidos da coalizão, cresceu o escândalo da Petrobras e aí vieram as manifestações, o que contribuiu ainda mais para o atual momento político”. Mas, ele avalia que essa crise começa a dar sinais de esgotamento. É impor- tante observar as manifestações de grandes nomes, proeminentes para que se tenha calma para e, “acredito, que a crise política começa a se dissipar”. Outra observação do analista é de que a presidente, pressionada pela cobrança em re- lação aos erros, passou a coordenação política para o vice-presidente. Segundo o analista, “A sensação de toda a sociedade é de que esse modelo político se esgotou. A reforma política é a solução, a médio prazo, e a profilaxia é o melhor caminho. Mas, a sociedade deve pressionar para sua implementação”. Na avaliação de Carlos Lindenberg “Felizmente, estamos vivendo uma crise política e não institucional”.

Mai/Jun INFOR FACTORING INFOR FACTORING INFOR … · avaliação, “Felizmente, estamosl vivendo uma crise política e não institucional”. 5 Momento de oportunidade ... 4,8% no

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INFORFACTORINGI n f o r m a t i v o d o S i n d i s f a c - M G

INFORFACTORING

Mai/Jun

2015INFORFACTORING

Mai/Jun

2015

Mai/Jun

2015

Nº1005

Av. Ama zo nas 311 – conj. 1105 a 1108

CEP 30180–000

Be lo Ho ri zon te – Mi nas Ge rais

Promovido pelo Sin-

disfac-MG, o encontro

reuniu palestras sobre o

momento político e eco-

nômico, perspectivas e

saídas para a crise, espe-

cialmente voltadas para a

atividade de fomento co-

mercial. Os temas des-

pertaram o interesse ge-

ral e os participantes interagiram com cada palestrante, durante debate ao final das

apresentações.

Páginas 3, 4 e 5

Outro tema do simpósio foi sobre os FIDCs – Fundos de Investimento em Direitos Cre-

ditórios, uma nova e crescente opção para alavancar recursos com menos riscos. Apre-

sentado pelo especialista em Finanças, Luiz Fernando Vasconcellos, ele destacou que “es-

ses fundos foram criados para promover a desentermediação bancária e sua regulamen-

tação e se adaptaram de maneira perfeita ao fomento mercantil”. Foi um tema solicitado

pelos filiados, segundo destacou o presidente do Sindisfac, Jeferson Terra Passos.

Página 4

FIDCs: Uma nova e promissora

opção para alavancar recursos

Na atual conjuntura, o setor de fomento comercial desempenha o estratégico papel

de prover recursos para as empresas cujo limite de crédito está sendo ainda mais contin-

genciado pelos bancos. O setor pode desfrutar valiosa oportunidade para atender uma

grande demanda, seja via factoring, fundos ou securitizadoras, disse o presidente da An-

fac, Luiz Lemos Leite, na palestra de abertura do simpósio.

Página 3

O papel estratégico na crise

6

A crise não éinstitucionalPara Carlos Lindenberg,

analista e comentarista

político, ”Esse é um

momento confuso até para

quem vive o dia a dia da

política nacional” . Em sua

avaliação, “Felizmente,

estamos vivendo uma crise

política e não institucional” .

5

Momento deoportunidade Este ano será de contas

públicas deficitárias, inflação

persistente acima da meta e

ajustes nos desequilíbrios

econômicos. Não estamos em

crise, mas o atual cenário é de

grandes desafios. Contudo, o

momento é de oportunidade

para o fomento mercantil,

avaliou em sua palestra, no

simpósio, Luana Thamiris de

Oliveira.

Luana Thamiris de Oliveira, gra-

duada em Estatística e pós-gradua-

da em Gestão de Negócios, respon-

sável pela área de estudos econô-

micos do Sistema Fecomércio abriu

sua palestra com uma análise obje-

tiva sobre a criticada mudança nos

cálculos do PIB – Produto Interno

Bruto brasileiro.

A mudança na metodologia não

é uma manobra política, mas uma

alteração técnica, que atende a pa-

drões internacionais e são uma

atualização das informações e dos

fundamentos teóricos, já adotados

por outros países como Estados Uni-

dos, México e França. “O PIB, como

se sabe é a soma de tudo o que é

produzido no país e a alteração se-

gue uma recomendação do manual

de contas nacionais da ONU e o Bra-

sil vai na esteira deles", explicou.

A mudança na metodologia do

cálculo do PIB é um importante as-

pecto a considerar nesse momento,

disse a economista, pois “A nova

metodologia inclui outros setores

da economia, em função dos novos

tempos e novos produtos em seto-

res como tecnologia e informática.

A mudança também abre a possibi-

lidade de comparação em melhores

parâmetros com outros países que

já se adequaram ao novos tempos.

O mercado pede mudanças e a me-

todologia foi aprimorada para se

adequar também a modelos inter-

nacionais, ao incluir variáveis, como

é o caso da agropecuária que, no

Brasil, tem grande peso no cálculo

do PIB. O novo método agora mede

mais duas varáveis, o que amplia as

probabilidades de resultado mais

próximo da realidade”.

Sobre o cenário atual, ela lem-

brou que a taxa de desemprego de

4,8% no final de 2014, já chegou a

mais de 6% nos primeiros meses de

2015. Este será um ano de contas

públicas deficitárias, inflação persis-

tente acima da meta e de ajustes de

desequilíbrios macroeconômicos,

avaliou.

“Não estamos em crise, mas os

desequilíbrios trazem desafios e o

baixo crescimento econômico torna

os ajustes mais desafiadores”.

O momento é de oportunidade

para as empresas de fomento mer-

cantil, na avaliação da economista,

“Elas estão nas entrelinhas e o ce-

nário é otimista. As empresas de

factoring são parceiras do universo

das micro e pequenas empresas que

representam mais de 90% do mer-

cado. Como bem sabemos, os cré-

ditos são os mais burocráticos, e é

aí que está o universo a ser con-

quistado pelo setor de fomento

mercantil”.

É preciso mudanças nas contas

públicas e assim melhorar o am-

biente econômico. Os ajustes são

penosos, mas a reorientação da po-

lítica econômica do governo traz a

possibilidade de abrir novos hori-

zontes mais favoráveis ao cresci-

mento econômico, no médio e lon-

go prazos, concluiu.

Uma visão de futuro da

cena política brasileira

Panorama econômico e perspectivas para 2015

Simpósio: Desafios e Oportunidades

Carlos Lindenberg, analista e comentarista político, disse em sua palestra

que “Esse é um momento confuso até para quem vive o dia a dia da política na-

cional. Trata-se de um desafio permanente. É um ambiente conturbado porque

chegamos a embates sérios e até parece que a eleição não acabou”.

Em sua análise, “ainda estamos vivendo ainda uma espécie de ressaca, mas

política é isso mesmo. Quem está no poder quer permanecer”. Para ele, após o

resultado das eleições, a presidente eleita “cometeu erros estratégicos e não as-

sumiu postura de vitoriosa, o que permitiu embates entre parlamentares dos dois

maiores partidos da coalizão, cresceu o escândalo da Petrobras e aí vieram as

manifestações, o que contribuiu ainda mais para o atual momento político”.

Mas, ele avalia que essa crise começa a dar sinais de esgotamento. É impor-

tante observar as manifestações de grandes nomes, proeminentes para que se

tenha calma para e, “acredito, que a crise política começa a se dissipar”. Outra

observação do analista é de que a presidente, pressionada pela cobrança em re-

lação aos erros, passou a coordenação política para o vice-presidente.

Segundo o analista, “A sensação de toda a sociedade é de que esse modelo

político se esgotou. A reforma política é a solução, a médio prazo, e a profilaxia é

o melhor caminho. Mas, a sociedade deve pressionar para sua implementação”.

Na avaliação de Carlos Lindenberg “Felizmente, estamos vivendo uma crise

política e não institucional”.

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INFORFACTORING

Segundo destacou o presidente

do Sindisfac, Jeferson Terra Passos,

as mudanças na regulamentação

dos FIDCs – Fundos de Investimento

em Direitos Creditórios, como uma

nova e crescente opção para ala-

vancar recursos e com menos riscos

e custos, foi um tema solicitado pe-

los filiados.

“Hoje, são mais de 80 desses

fundos no país e apenas cinco ou

seis em Minas”, disse o presidente,

ao destacar a importância do tema

no simpósio.

Especialista em Finanças, Luiz

Fernando Vasconcellos, pós-gra-

duado em Administração de Empre-

sas e ampla experiência no mercado

de capitais e em FIDCs, explicou,

em sua palestra no simpósio, que

“esses fundos foram criados para

promover a desentermediação ban-

cária e sua regulamentação, e se

adaptaram de maneira perfeita ao

fomento mercantil”.

Esse produto é o grande suces-

so no mercado de capitais, e é bem

visto até mesmo na CVM – Comis-

são de Valores Mobiliários, disse. E

hoje, o patrimônio de FIDCs chega

a R$ 8,5 milhões, exemplificou, ao

mostrar a evolução das alterações

na regulamentação de 2002, espe-

cialmente quanto ao tipo de ativo

que se pode comprar.

São muitas as vantagens de um

FIDCs. Agora é possível comprar

praticamente qualquer tipo de rece-

bível, além de cheques e duplicatas,

“até mesmo ação judicial”, citou.

Entre as vantagens, uma que

chama a atenção é a economia fis-

cal. Isso porque, explicou Luiz Fer-

nando Vasconcellos, esse tipo de

fundo é fiscalmente neutro, ou se-

ja, é isento inclusive de ISS e IOF,

sendo taxado apenas em Imposto

de Renda.

Para o investidor, além da segu-

rança devido a sua solidez jurídica,

controles de transparência e direito

inquestionável de regresso são van-

tagens a se considerar quando se

opta pelos FIDCs. Em sua avaliação,

além da maior gama de recebíveis

que podem ser negociados, a renta-

bilidade é outro ponto positivo a ser

considerado.

Mai/Jun

2015INFORFACTORING

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Mai/Jun

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Novas oportunidades para o fomento mercantil FIDCs – Mudanças e vantagens para a atividade XIII Congresso Brasileirode Fomento Comercial

ExpedientePre­si­den­te­

Jeferson Terra Passos

Vi­ce-pre­si­den­te

Flávio Coelho Guimarães

Di­re­tor­Fi­nan­cei­ro

Jair Eustáquio Durães Alkmin

Di­re­tor­Ad­mi­nis­tra­ti­vo

Marco Antônio Lacerda

Di­re­tor­Téc­ni­co

Antônio Cláudio Fernandes Gonçalves

Di­re­to­res­Su­plen­tes

Primeiro suplente:

Alexandre Lucena Pereira da Fonseca

Segundo suplente:

Mauricio Resende Marinho

Con­se­lho­Fis­cal

Gercinéia Dias de Oliveira

José Carlos de Carvalho

Núbia Maria Formaggini Prado

Conselho­Fiscal­–­Suplentes­­

Anderson Fraga Rodrigues Trindade

Edevardson da Silva Vidal

Rubens Barros de Carvalho

Se­cre­tá­rio-exe­cu­ti­vo

Geraldo Wilton da Mata

Jor­na­lis­ta­Res­pon­sá­vel

An ge la La ban ca

Diagramação

Cláudia Tartaglia

Av. Ama zo nas, 311 . Conj. 1105 a 1108 . Cep: 30.180-000 Be lo Ho ri zon te . MG . Te l: 31 . 3201-0359 I 3273-7884 Fax: (31) 3273-6758E- mail: sin di ca to@sin dis fac.com.brE- mail do pre si den te: pre si den te@sin dis fac.com.br Si te: www.sin dis fac.com.br

A Anfac – Associação Nacional de Fomento Comercial pro-

move, em 2016, em parceria com o Sindicato de Factoring do Pa-

raná – Sinfac-PR, o XIII Congresso Brasileiro de Fomento Comer-

cial, em Foz do Iguaçu, no Bourbon Hotéis & Resorts.

A expectativa dos organizadores é reunir um número expres-

sivo de empreendedores do setor de fomento comercial entre ad-

ministradores, consultores e gestores de fundos de recebíveis e

de securitizadoras de crédito.

O evento é aberto também a profissionais de outras áreas

que tenham interesse na atividade como advogados, auditores,

contadores, líderes de entidades representativas da classe, de to-

das as regiões do País.

Os temas do encontro serão de interesse do setor e entre pa-

lestras, debates, mesas-redondas e painéis abordarão atualidades

nos vários campos da economia, da legislação e, especialmente o

estágio de desenvolvimento e as perspectivas da economia brasi-

leira e o futuro do factoring no Brasil.

A cidade de Foz do Iguaçu, por ser considerada polo de atra-

ção turística, dos mais demandados da América do Sul, propor-

cionará também a condição de convivência familiar, com intensa

programação de lazer.

Para mais informações: www.anfac.com.br/congresso.

Ao abrir o simpósio promovido

pelo Sindisfac-MG, o presidente Je-

ferson Terra Passos destacou a im-

portância da iniciativa para o seg-

mento. “São momentos difíceis e

delicados no cenário nacional, e essa

iniciativa visa orientar o segmento

sobre caminhos a seguir”.

A atividade de fomento mercan-

til vem passando por profundas mu-

danças nos últimos anos, ao ocupar

espaços legados pelo tradicional

mercado de crédito, disse Luiz Le-

mos Leite, presidente da Anfac. “E,

por sua flexibilidade, tem sido a so-

lução nos momentos de retração da

economia para viabilizar o suprimen-

to de recursos aos diversos setores

da economia”, ressaltou, na primei-

ra palestra do simpósio.

Frente à crise, o presidente da

Anfac tem opinião otimista: “A situa-

ção é pontual e não estrutural e vis-

lumbro cenário favorável. Temos ins-

tituições muito sólidas e condições

de resistir a mais essa crise”. Ele con-

sidera que o país passa por um mo-

mento difícil, conturbado, mas “há

que registrar pontos positivos como

a solidez das instituições financeiras,

as reservas internacionais que giram

em torno de US$ 400 bilhões; em-

presas multinacionais de setores au-

tomotivo, eletrônico, de tecnologia e

serviços que têm manifestado a in-

tenção de investir no Brasil, além do

anúncio de aporte de US$ 53,5 bi-

lhões da China, mesmo que sob a

modalidade de empréstimo”.

Para Luiz Lemos Leite, na atual

conjuntura, o momento é propício

para atividade, considerando seu pa-

pel estratégico de prover recursos

para as empresas, cujo limite de cré-

dito está sendo ainda mais contin-

genciado pelos bancos. Ele destacou

que o setor pode desfrutar valiosa

oportunidade para atender uma

grande demanda seja via factoring,

fundos ou securitizadoras.

No ano passado, o giro da car-

teira de recebíveis do setor negociou

US$ 120 bilhões para 151 mil em-

presas. Ele destacou ainda que isso

representou a garantia de mais de

2,5 milhões de empregos.

Mas, alertou o presidente da An-

fac, “é preciso mais que capital para

enfrentar esse momento. As empre-

sas precisam estar preparadas, alta-

mente qualificadas, tanto pela efi-

ciência quanto pela adoção de tec-

nologias nas operações”.

Mais empresas filiadas

n Passau Fomento Mercantil – Belo Horizonte

n J Fusco Fomento Comercial – Conselheiro Lafaiete