83
CICATRIZ DA ALMA Hajar’s Hidden Legacy Maisey Yates A princesa Katharine nasceu destinada a um casamento político Como coração pesado, ela se prepara para conhecer seu futuro marido, o homem a quem seus súditos chamam secretamente de A Fera de Hajar… Ocultando suas cicatrizes do olhar público, o sheik Zahir governa o país de trás das muralhas de seu palácio, onde a ninguém é concedida a entrada. Até que o dever exige que ele permita a presença de sua noiva. Zahir espera que Katharine fuja assim que vislumbrar seu corpo. Mas seu olhar inabalável faz o sangue dele ferver. E a atração se torna mais quente do que as escaldantes areias do deserto… Digitalização: Simone R Revisão: Bruna Cardoso

Maisey Yates - Cicatriz Da Alma Paixao 345

Embed Size (px)

DESCRIPTION

...

Citation preview

CICATRIZ DA ALMAHajars Hidden LegacyMaisey YatesA princesa Katharine nasceu destinada a um casamento po!ticoComo corao pesado, ela se prepara para conhecer seu futuro marido, o homem aquem seus sditos chamam secretamente de A Fera de Hajar Ocultando suascicatrizes do olhar pblico, o shei !ahir "o#erna o pa$s de tr%s das muralhas de seupal%cio, onde a nin"u&m & concedida a entrada' At& que o de#er e(i"e que ele permita apresena de sua noi#a' !ahir espera que )atharine fuja assim que #islumbrar seu corpo'*as seu olhar inabal%#el faz o san"ue dele fer#er' + a atrao se torna mais quente doque as escaldantes areias do desertoDigitai"a#$o% &imone RRe'is$o% (runa CardosoPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates )uerida eitora*Katharine e Zahir no acreditam que haa es!a"o !ara o amor em suas #idas$ %la &uma !rincesa condenada a se casar de acordo com os interesses !ol'ticos de seu !a's$%le&umshei(des)i*urado!or umatentadoquematousua)am'lia$ +ecluso, Zahir*o#ernaisoladoatr-sdasmuralhasdeseu!al-cio$ Masumanti*oacordo, )irmado.re#elia dos dois, )az com que eles su/am ao altar$ % a*ora esto !restes a desco/rir queo destino !ode lhes ter reser#ado muito mais do que !oderiam ima*inar$$$(oa eitura+ ,-uipe ,ditoria Hare-uin (oo.s0radu"o +a)ael 1onaldi2A+3%4567 89:3P5136CA;< =oc@ tem a minha !ala#ra, shei( Zahir$K Como manda a tradi"o,#oc@ !ermanecer-aqui no!al-cio !ara consolidar onoi#ado K atestou ele$ %la !odia !erce/er que isso lhe custa#a muito$ 4ue ele realmenteno a queria ali$ % tam/&m sa/ia que ele !recisa#a manter as a!ar@ncias$%la en*oliu em seco, sentindo como se um uiz ti#esse aca/ado de /ater o martelo$Pelo menos, no & uma senten"a !er!&tua$K %u)icarei$ K%la!recisoudetodasas)or"as!aradizer isso, !aranoseaco#ardar$Mas usaria a ener*ia que lhe resta#a !ara ir at& o )im$ %m nome de seu !a's$$$ % deseu irmo$ Pela li/erdade de seu !o#o$ % um no#o ti!o de li/erdade !ara si, uma em queo de#er !ara com as massas no era mais im!ortante do que #i#er sua !rI!ria #ida$%ra um sonho$ Mas era um sonho que a mantinha #i#a$K %u esta#a mesmo !laneando )icar$ Pelo menos, !or um tem!o$K %u sei, #i a !rocisso de seus !ertences$K %ra uma questo muito im!ortante$ %u no iria aceitar uma derrota$K Por que isso & to im!ortante !ara #oc@Q Por que #oc@ & que tem de resol#erissoQ P uma questo de honraQ K %le a o/ser#a#a de !erto, e Katharine sa/ia que elerealmente queria res!ostas$:8Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey YatesK < que #oc@ )aria !ara *arantir o sucesso de Mali(, ZahirQ =e ele esti#esse #i#o, oque #oc@ )aria !ara asse*urar que ele !udesse cum!rir seu destinoQ Para certi)icarDse deque ele esti#esse em se*uran"aQ< !omo de ado dele /alan"ou, e ela o/ser#ou as mos co/ertas de cicatrizes se)echarem$K 4ualquer coisa$ %u lhe daria minha #ida$K Como eu estou dando a minha$%le le#antou o rosto, #irando a )ace lisa !ara ela$K 4ue no/re da sua !arte$ K %la admirouDse no#amente com o quanto ele aindaera /elo$ Com o quo lindo ele )ora$ oc@ !recisa entender uma coisa, 3ati)a$ A #ida no !al-cio tem suas re*ras, eu)a"o as coisas se*undo meu crono*rama$ >oc@ no atra!alhar- nada disso$K 7o$ Claro que no$ %la no era im!ortante o su)iciente !ara interrom!er o =antoCrono*rama$ %ntretanto, elanosa/ia!or queissoaincomoda#a$ =im, elasa/iaCcortesia$ %la no diria aquilo nem !ara um con#idado comum do !al-cio, muito menos!ara al*u&m com quem iria se casar$ Mesmo que )osse um casamento estritamente le*al$K oc@ & sem!re assimQ K o inda*ou$K =im$ J- me )alaram que sou im!oss'#el de se lidar$ 7o me im!orto com isso, de#erdade, !ois sem!re )a"o as coisas do meu eito$%le !roduziu um som curto e seco, !ossi#elmente uma risada$K 6ma*inoque#oc@temseusmeiosde*arantir quesuasnecessidadesseamatendidas$%la )ranziu a testa$K =e #oc@ est- insinuando o que acho que est- no$ %u no uso meu cor!o !araconse*uir oquequero$ 5sominhamente$ eo #oc@ l- K in)ormou ela, es!erando que ele no ti#esse !erce/ido a demorade sua res!osta$A mulher no entendia indiretas muito /em$ Ao entrar no escritIrio, ele a encontrouali, em!oleiradaemumacadeiraaoladodesuamesa, a!ostura!er)eita, as!ernascruzadas . altura dos tornozelos es/eltos$ Pernas nuas$Aquilo chamou a aten"o dele$ Princi!almente !orque era raro !ara uma mulher emsua!osi"o$ Mas, en)im, ali eramuitomaisquentequeemAustrich, oque!oderiausti)icar o que !arecia ser um *uardaDrou!a com!osto inteiramente !or !e"as curtas eustas$ 0odasmodestas, tecnicamente, masqueexi/iamosu)iciente!araincendiaraima*ina"o de Zahir$:5Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates0eria sido melhor se ela esti#esse #estida com al*o totalmente trans!arente$ Pelomenos, no ha#eria mist&rios$ =e ela era to al#a e sua#e quanto !arecia, se seus seioseram )irmes e redondos sem a auda da rou!a 'ntima$$$ 4uestUes im!ortantes que a*ora oso/re!ua#am$=e ele sou/esse que a !resen"a de uma mulher era necess-ria !ara re#i#er seu'm!eto sexual, ele teria resol#ido isso h- muito tem!o$Para qu@Q Para ex!EDla a um es!et-culo de demEnios internosQ Para #@Dla )u*ir aos*ritosQComo Amarah )izera$%le nem, ao menos, !odia cul!-Dla$ %le !odia estar a*indo como uma )era a*ora,mas naquela &!oca$$$ 3o*o a!Is o atentado$$$ %le no era nada menos que um monstro$K 7o me olhe assim K ex!lanou Katharine$K Assim comoQ K %le contornou a mesa e sentouDse na cadeira de couro$ %la eramuito !equena !ara ele, !ois tinha sido )eita !ara outro homem$ =eu irmo$K Como se #oc@ esti#esse chocado em me #er aqui$ %u asse*urei que estaria aqui!aradiscutirmosoacordo, eaqui estou$ %&/emcom!licado$ ComohistIricode!ro/lemas m&dicos de meu !ai, sem!re hou#e a chance de que qualquer um que )ossemeu marido teria de ser nomeado re*ente at& Alexander ter a idade le*al, e claro que isso)oi le#ado em conta quando Mali( )oi escolhido !ara ser meu$$$K ;eixeDme #er$ K %le estendeu a mo, e ela entre*ouDlhe uma !ilha de !a!&is$Zahir deu umaolhada nos documentos, a maioria so/re o casamento$ 2erdeiros$Alian"aseacordoscomerciais$ 7o)inal, ha#iaase"oquedetalha#aoque!oderiaacontecer se o rei morresse antes de seu herdeiro !oder *o#ernar$K < !oder de deciso & seu$ % no quero tom-Dlo$ %scre#a isso a'$ K %le a!ontou olocal$%la !iscou ra!idamente, antes de inclinarDse na cadeira$K7o !osso$ 7o semle#ar a questo ao !arlamento$ %eu !recisaria da!ermisso de meu !ai e$$$ 7o acho que eu a conse*uiria$K %le est- doente demais !ara se*urar uma canetaQ< ru/or su/iu !elo !esco"o dela at& suas /ochechas$K %le !re)ere que #oc@ detenha o !oder$K %le no con)ia em #oc@QKatharine res!irou )undo, )echando os !unhos so/re o colo$K 1em, eu sou uma mulher$K 7o consi*o entender !or que isso im!orta$ >oc@ tem mais cora*em do que amaioria dos homens que conhe"o$oc@ & linda$ P claro que ele diria que sim$Ah sim, ela era linda$ Mas o en*ra"ado era que Zahir !arecia no se im!ortar nemum !ouco com isso$ % se ela no ti#esse nada al&m de um rostinho /onito, Katharine teria)alhado$Al*o que seu !aiamais sa/eria$ %la o ama#a de #erdade, mas ele #ia to !ouconela que, muitas #ezes, era al*o im!ressionante$ %m outras, era de !artir o cora"o$ Masela no !odia se dar ao luxo de sentir !ena de si mesma$ 3idar com Zahir exi*ia todas assuas )or"as$K >oc@ )icaria sur!reso em sa/er que al*umas !essoas me con#idam !ara )estas$>isto que !assou /oa !arte dos Tltimos dois dias tentando me e#itar$K %uconcordei em)azer isso, Katharine, eno#ourecuar$ >oc@temaminha!ala#ra$ % minha !rote"o, assim como seu !a's$ %u no cedo nenhuma dessas coisas)acilmente$ K %le )echou a mo, e Katharine se questionou se ele iria esmurrar a mesano#amente, como )izera h- !ouco$ Aquilo h- assustara um !ouco$ 7o !or ela, mas !orele$ K Meu !ai acha#a que esse acordo era a coisa certa a se )azer !ara 2aar$ % Mali(tam/&m$ 4uem sou eu !ara discordarQK %nto acho que & hora de li*ar !ara minha )am'lia e dar as /oas not'cias$Zahir encarouDa !or um instante, aqueles olhos a/rasi#os !enetrandoDa$K Por que #oc@ est- )azendo isso exatamenteQ Por honraQ Pura e sim!lesmente!elo /em de seu !o#oQK =im$ K %la !onderou !or um instante se aquele era ou no o melhor lu*ar !ara!ro)erir as !ala#ras que ela amais te#e cora*em de dizer em #oz alta$ Mas !or que noQ7aquela sala ela lhe dera honestidade, e ele lhe dera ou#idos$ %le no )in*ira que noha#iaoutramaneiradeelaconse*uir oquealcan"ara$ KPor tudoisso, e!orque&tam/&m a luz no )im do tTnel$ K Por um momento ela no acreditou que dissera aquilo,!ois ela sequer con)essara !ara si mesma$ %la tinha medo de admitir que esta#a )icandoinsatis)eita com uma #ida !uramente #oltada !ara o tra/alho, e que se o )izesse, amaisconse*uiria honrar seus com!romissos$K %m que sentidoQK ;e!ois que nosso casamento terminar$$$Alexander ser- rei$ % eu estarei$$$ %usem!re me sentires!ons-#el!or meu !o#o e leal. minha )am'lia$ =em!re tra/alharei!ara melhorar meu !a's, mas$$$ 6sso no ter- mais de ser meu )oco !rinci!al$ K 0al#ezentoela!udesseseli#rar datorturantesensa"odequenoim!orta#aoqueela)izesse, !ois nada seria su)iciente$%le a encara#a, sua ex!resso ile*'#el$K % #oc@Q K interro*ou ela$ K %st- em /usca dessa luzQ%le cerrou os !unhos no#amente, lim!ando a *ar*anta$K Gico )eliz que #oc@ #ea essa luz, Katharine$ Para mim, h- a!enas escurido$ K%le lo*o des#iou o olhar e )ixou na tela do com!utador$ K A*ora que est- tudo acertado,tenho de tra/alhar$CA23T4L5 )4ATR5:MPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey YatesKatharineodia#ater tem!oli#re$ %lanuncatinhaemAustrich$ =eusdiaseramocu!ados do in'cio ao )im$ %la re#isa#a or"amentos !ara contri/ui"Ues /ene)icentes, ia areuniUesdecomit@seera#olunt-rianomaior hos!ital do!a's$ %lanuncatinhaumtem!inho !ara si mesma, e esta#a /em com isso$ 6sso a )azia sentirDse$$$ Ztil$Masem2aarnoha#ianada!ara)azer$ 7ono!al-cio, es!eci)icamente, notinha o que )azer$ %la !odia a!enas ler !or lon*as horas durante o dia at& seus olhos)icarem cansados, e no meio da tarde era muito quente !ara se )azer qualquer coisa noardim$ %la ha#ia inclusi#e sa'do naquele dia !ara colher al*umas )lores e coloc-Dlas nos#asos que encontrara #azios quando che*ara, mas o calor se tornara insu!ort-#el$Katharineesta#aacostumadaaumclimamuitomais)resco, aoar al!inodasmontanhas, e no ao ti!o de ar que queima seus !ulmUes$ oc@ no entende$ =e #oc@ mudar as coisas de lu*ar$$$K %u no mudei nada de$$$K >oc@ mudou isso$ D%le /ateu a !alma da mo com toda a )or"a contra a mesa de!edra$K %QK % eu es/arrei nessa maldita coisa[ K *ritou ele$Aquelas !ala#ras ecoaram !elos corredores, !ermanecendo entre am/os enquanto:LPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesela lentamente entendia o que acontecera$ A #erdade neutralizou qualquer res!osta !resana *ar*anta de Katharine$%le le#antou a mo da mesa, e ela !erce/eu que a mo dele esta#a san*rando$Am/as as mos esta#am$< qu@$$$QK 7o se a!roxime$K Zahir$$$%le en*oliu em seco$K %u sei onde )icam as coisas na minha casa$ %u no de#eria me !reocu!ar se elasesto )ora do lu*ar$%la sentiaDse zonza emorti)icada$%la mudara amesa de lu*ar no m-ximocincocent'metros, !ara que as )lores no )icassem es!remidas contra a !arede$ 4ue coisa maisim!ensada e estT!ida$A*ora tudo )azia sentido, e ela conse*uia #isualizar a cenaC ele saindo do quarto e#irando . esquerda$ A mesa esta#a no cam!o de #iso de seu olho ce*o$ % ele no tinhamoti#os !ara !ensar que ela )ora mudada de lu*ar$K =into muito K disse ela, com a #oz )raca$ K =uas mos$$$ K %le ha#ia ca'doso/re os cacos, de!ois de derru/ar o #aso$ 0udo !orque ela queria )lores no am/iente$K 7o tire as coisas do lu*ar K ordenou ele no#amente, um tremor !ercorrendosua #oz *ra#e cada #ez que ele a encara#a, seu !eito ar)ando #iolentamente$%la tentou )alar de no#o, dizer mais !ala#ras im!otentes de descul!a, mas ele #irouDse e deixouDa sozinha no hall$7o era exatamente uma /oa maneira de come"ar o dia$A melhor coisa seria ir atr-s dele, !or&m no o )ez$ %la tinha #ontade de encolherDsee a/ra"ar os oelhos, escondendoDse de sua !rI!ria inutilidade, da situa"o toda$ Mas elanunca recorrera a esta t-tica, e no )aria isso a*ora$%laentosea/aixou, comcuidado!arae#itar oscacos, erecolheuas)lores$Katharine sentiaDse d&/il, derrotada$ Como o ti!o de mulher inTtil que seu !ai ima*ina#aque ela )osse, e o )racasso em tare)as dom&sticas como decora"o !ioraria ainda maissua situa"o$ % !or um instante aterrorizante ela acreditou nisso, !ensou que realmenteno conse*uia )azer nada direito$ 4ue no seria ca!az de dar conta do acordo$7o$ >oc@ !recisa$ >oc@ conse*uir-$K =into muito K )alou !ara o corredor #azio, sentindo a *ar*anta a!ertarDse$%la causara um !ro/lema, cometera um erro, e a*ora iria re!ar-Dlo$Zahir descontou a humilha"o e a )Tria na !iscina de sua academia$ Pelo menos na-*ua seus mo#imentos eram sua#es$ %le sa/ia exatamente seu com!rimento e quantas/ra"adas eramnecess-rias!arache*arat&ooutrolado$ Alieleno manca#a, esua#iso no im!orta#a$%le !arou e se*urou na /eira da !iscina, es/ra#eando em #oz alta$ %le !assou amo !elo rosto e retirou o excesso de -*ua, sentindo a !alma queimar onde os cacos acortaram$ Mas ele deu /oasD#indas . dor$ A dor )'sica no si*ni)ica#a quase nada !araZahir$ %le so/re#i#era a mais dor do que qualquer outro homem su!ortaria$Mas )azerDse de /o/o e mostrar suas )raquezas, isso )ora um *ol!e duro$ %le amais)izera isso$ % a*ora o )izera duas #ezes com Katharine$Zahir olhou !ara cima e #iu um !ar de tornozelos !-lidos e delicados, e mais acimaum !ar de !ernas es/eltas$ =e ela esti#esse um !ouco mais !rIxima da !iscina, ele teriatido uma #ista muito melhor$A mulher no tinha senso al*um de limites$K < que #oc@ quer 3ati)aQ%letra#ouomaxilar, ran*endoosdentes$ =uatoalhaesta#adooutroladodaacademiaeali esta#aela, !arada, encarandoDo$ oc@ a machucouQK 7o$ 7unca$ %uesta#atentando!rote*@Dla, mas$$$ Por acaso#oc@sesentiu!rote*ida a*ora h- !oucoQ K %le riu amar*amente$Katharine#iuoquoassustadorZahir!ode)icarnessascircunstXncias, masela)icara com medo !or ele, e no dele$ 7o instante em que ele a !rensou contra a !arede,ela sou/e ele esta#a tentando !rote*@Dla de qualquer !eri*o que achou que hou#esse ali$4ue ele esta#a se colocando em risco$ Por ela$K =im$ %u me senti se*ura com #oc@$K 1em, mas ela no se sentiu assim$ % no !osso cul!-Dla$ %u no a machuqueiem nenhuma das ocasiUes em que isso aconteceu$ Mas se eu !erdesse muito o controleQ% se ela esti#esse alidurante um terror noturnoQ % quando eu ima*ina#a que existiaminimi*os aonosso redorQ< que eu teria)eito !ara elaQ Amarah )oiinteli*ente emmedeixar$Katharine tam!ouco queria )azer a !rIxima !er*unta$K >oc@ sente )alta delaQK 7o sinto nada !or ela$ K %la !erce/eu !ela ex!resso estIica naqueles olhosne*ros que aquilo era #erdade$ %le dissera no ser mais ca!az de sentir o amor, mastam!ouco !arecia lamentar a !erda do sentimento$K 7o saia no#amente K ordenou ele$ K 7o sem me a#isar$K >ou tentar mant@Dlo in)ormado, Zahir, mas no conse*ui encontrar #oc@$ % nosou uma !risioneira$ %n)im, Kahlah sa/ia onde eu esta#a indo, e eu esta#a acom!anhadade se*uran"as$ =ei que isso no tranqRiliza #oc@ inteiramente, mas & o melhor que eu!osso )azer$ % estou acostumada a ir e #ir li#remente$K % a*ora o !a's inteiro #ai )icar sa/endo$K 4ue #oc@esta#a!reocu!adocomminhase*uran"a$%nadamais$ A #erdadeest- a!enas entre nIs$ %m/ora eu acredite que se as !essoas sou/erem, elasentendero$K Al*uns iriam K disse ele$ K Mas aqui$$$ 2- um misto de mentalidades no#as econser#adoras$ amos nos3:Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatescasar em oito semanas$ %stou dis!osta a audar #oc@$ Mas #oc@ !recisa !ensar em uma)orma de tornarDse ci#ilizado$ % os )lash/ac(s no t@m nada a #er com isso$Zahir assistiu Katharine #irarDse e caminhar !ara )ora do quarto, sua !ostura ereta,seus !assos duros e altos no !iso de m-rmore$ %le ento )oi sur!reendido !or uma ondade remorso$ %le ran*eu os dentes !ara a!lacar a rai#a e a dolorosa excita"o que ainda!ersistia$2- cinco anos que ele no sentia o menor sinal de excita"o sexual$ 7ada$ MasKatharine o )izera #oltar . #ida no !rimeiro instante em que entrara no escritIrio dele$ Anecessidade de !ossu'Dla, de o*-Dla na cama e le#antar aquele #estido at& a altura dosquadris$$$ Gora to )orte que ele ima*inou se conse*uiria resistir$ Mas se ele seentre*asse . luxTria, li#randoDse das amarras autoDim!ostas, ele no sa/ia o que !oderiaacontecer$=e ela quisesse cur-Dlo, ela era /emD#inda$ A #erdade era que ele teria de estar nocasamento deles sem ser acometido !elos )lash/ac(s$ % ele iria conse*uir$ %le no eratolo o su)iciente !ara !ensar que aquilo era uma sim!les questo de ser )orte o su)iciente,a!esar de desear que )osse$ %ra al&m disso$ Mas ele )aria o que ti#esse de ser )eito$%le dominaria os )lash/ac(s$ Assim como iria dominar seus sentimentos !or ela$7o ha#ia alternati#a$K 4ual a sua !ro!ostaQ K !er*untou ele na manh se*uinte, saindo !ara o !-tio$Katharine - esta#a l-, o ca/elo !reso em um coque r'*ido, se*urando uma x'cara deca)&!aralisadadianteda/ocaeo/ser#andoDocomaquelesolhos#erdesdecoruaescancarados$K Como & que &QK < que #oc@ !ro!Ue que )a"amos !ara dar um )im nos )lash/ac(sQ oc@ no & exatamente conhecido !elas )estas luxuosas e animadas$K 1em !ensado$K % eu esta#a i*norando essa !arte do meu tra/alho$K 0ra/alhoQK >oc@ no considera ser um shei( como um tra/alhoQK % dos mais exi*entes$ 5ma !a!elada sem )im e$$$ Coisas a!arentemente tri#iais38Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesque ocu!am at& o Tltimo se*undo de seu tem!o K ex!lanouDo$KPa mesma coisa comi*o, !or mais que minhas res!onsa/ilidades seamdi)erentes$ amos continuar lutando$K ProntoQ K Katharine olhou !ara o !er)il )orte de Zahir, sa/endo que ele amaisdiria que no esta#a !ronto$ =eu or*ulho no !ermitira$K =im$K 4ue /om$< motorista deixou o !al-cio, indo em dire"o ao centro da cidade$K 7o & como se eu nunca #iaasse K ale*ouDo$K =ei que #oc@ #iaa$ 5m !ouco$ % sei que #oc@ e#ita !assar !erto de lu*ares comoo mercado, onde as !essoas !odem se a*lomerar ao redor do carro$K 7o tenho medo K asse*urou ele, seco, as !ala#ras entrecortadas$K %u no disse isso$K Mas#oc@achaquesim$ 7otenhonadaatemer$ J-encarei amortee, se!recisar encar-Dla de no#o, eu o )aria, e se no conse*uisse derrot-Dla, a a/ra"aria$ oc@ se im!orta com seu !o#o$ =I !orque #oc@ no !assou a sua #ida toda so/o olhar do !T/lico, no quer dizer que no li*ue !ara eles$K Por que exatamente#oc@quermeaudar,3ati)aQK oinda*ou,i*norandoas!ala#ras anteriores$7o#amente$ 1eleza$ A )rase inteira esta#a re!leta de incerteza, e ainda assim elaencontrouDse admirada com aquela !ala#ra$ %la - )ora chamada de /ela muitas #ezes,!rinci!almente !ela im!rensa$ A mesma im!rensa que !oderia mudar de id&ia e cham-Dlade )eia no dia se*uinte !or ela ter usado um tom de amarelo que no a )a#oreceu$ 6ssonunca im!ortara$Mas !or al*um moti#o, ou#ir aquela !ala#ra dos l-/ios de Zahir )ez al*o acontecerdentro dela$ 5ma sensa"o acalentadora que se es!alhou !or todo o cor!o$ %la !iscou eencarou aqueles olhos ne*ros e inex!ressi#os$K %u$$$ Porque eu !reciso$ < casamento$ Precisamos mostrarDnos )ortes$Aquelas !ala#ras soaram desaeitadas$ % erradas$ oc@ no !recisa me consertar K atestou ele$;e re!ente, ela !erce/eu que no sa/ia como$ %la lhe o)erecera cha#Ues, coisasque at& eram #erdades, mas que no eram su)icientes$ %la a!rendera a *o#ernar com aca/e"a, mas isso no era su)iciente !ara Zahir$ %la queria colocar um curati#o so/re o!ro/lema e dizer que ele ia sarar, mas na #erdade no tinha tanta certeza disso$%la !ermaneceu ali encarando aquele *uerreiro marcado !ela /atalha$ As cicatrizesinternas eram muito !iores do que as externas$ % Katharine tinha a sensa"o de que elano seria su)iciente !ara ele$ 4ue ela amais conse*uiria che*ar at& ele$K Goi mais )-cil hoe K comunicou Zahir, entrando na /i/lioteca$Katharine deixou o li#ro de lado e rece/euDo com um de seus sorrisos, uma #iso .qual esta#a )icando mais acostumado do que de#eria$ Mais do que *ostaria de admitir$K Gico contente$Aida.cidade)oramais)-cil naqueledia$ %lesesta#am)azendo!ro*ressos$ oc@ !ode estar certa K asse#erouDo$ K %m/ora meu !rimeiro noi#ado tenhasido /re#e$K Ah$$$ Amarah$< #eneno no tom dela o es!antou$K Amarah no era uma !essoa m-$K 7o consi*o ima*in-Dla de outra )orma$ %la no de#eria ter a/andonado #oc@$K Para que #oc@ no !recisasse ter de lidar comi*oQK 7o$ Porque ela )ez uma !romessa a #oc@$%le ran*eu os dentes, odiando ter de contar aquela histIria a ela, ainda que sentisse3LPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesque !recisasse, !ara que Katharine !udesse entender$K >oc@ se lem/ra de como )iquei naquela !rimeira #ez no mercado$ K %la assentiu$K %u esta#a daquele eito o tem!o todo, a!Is o atentado$ Momentos de lucidez se*uidos!or crisesintermin-#eisde)Triae*ritos$ %usentiador, eosmedicamentosquemeda#am ou me )aziam dormir, ou )aziam com que a realidade )icasse em/a"ada$ %u noera o homem que ela conhecia$ %u nem, ao menos, me !arecia com o homem que elaconhecia$ Aminha!eleesta#atoqueimadaqueeuesta#airreconhec'#el$ %!orumtem!o eles acharam que minha sanidade esta#a com!rometida tam/&m$ % eu tam/&macha#a$ 2a#ia tanta dor$ % sI quando comeceia /loquear minhas memIrias e minhasemo"Uesque comecei a#oltarao normal$+ea!rendia andar,a lidar com a !erdada#iso de um olho$ Como eu !oderia ter !edido !ara que ela )icasseQ Como eu !oderia ter!edido !ara que ela #i#esse com a GeraQK >oc@ no$$$K %u era$ %s!ecialmente nessa &!oca$ K %le nunca disse aquelas !ala#ras !aranin*u&m$ Mas queria que ela sou/esse de tudo$@ mesmoQK >oc@&aTnica!essoaque-medesa)iou, inde!endentementedoatentado$>oc@ & mais tenaz do que qualquer homem que - conheci$K ;i*o o mesmo de #oc@ K a)irmou ela, lutando !ara no chorar$ K A*ora$$$ Kcontinuou, tentando mudar o tI!ico da con#ersa$ K$$$ ;ance comi*o$Com os olhos )ixos nos dela, Zahir se a/aixou, !e*ou um controle remoto so/re umamesinha e a!ontouDo !ara cima$ 5m azz sexy e lento !reencheu o ar$ 7o o que elaes!era#a, se*undo o contexto -ra/e, mas era ainda mais adequado !or causa dela, !oisnada ali era o que ela es!era#a$Zahir a!roximouDse dela lentamente, seus olhos conectados, seus mo#imentoslXn*uidos e cont'nuos$ %le estendeu a mo, e ela a se*urou, sentindo um calor !reencherseu cor!o ao entrela"ar os dedos com os dele$ %le a !uxou de encontro contra seu !eito een#ol#eu a cintura dela com o outro /ra"o$ Por um instante, ela te#e um #islum/re do!lay/oy que ele )ora$ < homem que tinha mulheres aos seus !&s, em sua cama$MasesteZahir tinhaum)o*o$ 5maintensidade$ %letinhaultra!assadotodoequalquer o/st-culo em seu caminho$ % emer*ira com uma )or"a e uma honra que a )aziasentirDse se*ura com ele, que a )azia res!eit-Dlo de maneiras que ela amais res!eitaraoutro ser humano$Al&m disso, quando ele a se*urou contra o calor de seu cor!o, ela sentiu um ti!o dedeseo que ela amais sonhara ser !oss'#el$Aquilo a )azia tremer !or dentro$amos )azer uma declara"o$ K %le lhe lan"ou um olhar indi)erente$ K >-se arrumar, e me encontre no corredor da )rente em #inte minutos$Katharine che*ou ao hall de entrada dois minutos adiantada, com o ca/elo !reso,um #estido amarelo e um cinto /ranco$ 5m #isual radiante$ Ale*re, at&$ 0al#ez assim ela44Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesse sentisse um !ouco melhor, e no como se esti#esse le#ando Zahir !ara ser executado$Zahir ento che*ou, #estindo cal"as de linho /rancas e uma tTnica cor de areia queacentua#a seu !eito /emDde)inido$ %le no escolhera a #estimenta tradicional, o que, de)ato, no a sur!reendia$ %le no era do ti!o que )azia al*o sim!lesmente !orque era o queos outros es!era#am dele$ =eu ca/elo !arecia ter sido !enteado com os dedos$ % elenem ao menos se es)or"ara$ 7a #erdade, ele !arecia um homem que no queria estar ali$Mas ele #iera$ % era isso que im!orta#a$K ProntaQK =imQ K retorquiu ela, hesitante$K 5m !ouco mais de con#ic"o, Katharine$K =im$ < que exatamente #amos dizerQK 4ue #amos nos casar$ K %le #irouDse e caminhou !ara a !orta, a !ostura ereta, o)erimento na !erna deixando seus !assos desi*uais$< cora"o de Katharine !arecia que ia ex!lodir$ %la !odia sentir o es)or"o dele em simesma, a )or"a que lhe custa#a !ara caminhar com a ca/e"a ereta$;oisse*uran"asa/riramas!ortasda)renteeosacom!anharamat&o!-tio$ Aim!rensaesta#aatr-sdo!orto, comascXmerasa!ontadas!araZahir$ 2ou#eumar-!ida chu#a de )lashes e cliques, e ela #iu uma le#e tenso tomar conta do rosto dele,al*o quase im!erce!t'#el$ =ua ex!resso !ermaneceu !assi#a, e seu cor!o rio e ereto$K7o !recisamos )azer isso Kin)ormou ela$ KPodemos mandar umre!resentante$$$K 7o #ou desistir$ 7o sou co#arde, Katharine$%la assentiu com a ca/e"a e deu tr@s !assos r-!idos, )icando ao lado dele$K >amos res!onder a tr@s !er*untas K comunicou Zahir diante do !orto massi#ode )erro, os /ra"os cruzados so/re o !eito$ Per*untas que no im!ortariam no !ara umaim!rensa o/cecada em #er a Gera de 2aar, o homem que se reclusara em seu !al-cio!or tanto tem!o$K P#erdadeque#oc@#ai secasar comanoi#adoshei(Mali(, a!rincesaKatharineQ K *ritou um dos re!Irteres no )undo da multido$K 7o$ %la no & noi#a de Mali($ Meu irmo morreu$ >ou me casar com a minhanoi#a$ K%lecus!iuas!ala#ras, eela#iu*otasdesuorse)ormaremnatestadele$Katharine se a!roximou e ro"ou os dedos no /ra"o dele$%la sentiu Zahir relaxar um !ouco$K 4uando ser- o casamentoQK ;aqui a um m@s$K Princesa Katharine[ Como & dormir com a GeraQi#o em uma es!&cie de concha$ 7o, ele no esta#ato de/ilitado quanto !oderia ter )icado$ A#iso limitada e o coxear eramcoisasinsi*ni)icantes !erto do destino de sua )am'lia$MasZahirnoeraelemesmo$ %leesta#a#azio$ %lenuncase*uiuem)rente, eamais conse*uiria$ %le no sentia nada, e no desea#a nada$4WPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates7o$ 6sso no & #erdade$%le a desea#a$ 0anto que a Xnsia era quase insu!ort-#el$%learrancouatTnica, o*ouDadeladoe)icouali !arado, encarandoo/ar$ %le!oderia ir at& ali e se em/e/edar$ Acordar com uma dor de ca/e"a lateante e um deseoinsatis)eito$oc@ no desea estar comi*oQ K %la olhou !ara o contorno da ere"o dele$ KAcho que & mentira$K ;i*a, a #ir*indade sua era !arte do nosso contrato nu!cialQ%la sentiu as /ochechas corarem$K Mais ou menos$4LPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey YatesK P !or isso que #oc@ ainda & #ir*emQ Porque achou que !recisaria dela de!ois damorte de Mali(QK %u$$$ P com!licado$ Mas eu estaria mentindo se a)irmasse que isso no tem nadaa #er com o acordo$ K %ra #er*onhoso admitir$ %la nunca ima*inou que um homem iriaquestion-Dla a res!eito disso$ Mem/ros da realeza tendem a ter essa #iso do mundo$5ma noi#a #ir*em & al*o im!ortante, e !oder ser quali)icada como uma noi#a real #ir*emsem!re )ora essencial !ara Katharine$ Parte de seu !ro!Isito$%ra al*o que )ora entranhado nela$ %ra um dos /ens que Katharine tinha a o)erecer$Aid&ia a deixa#a enoada a*ora$ 7o era umassunto que re!resenta#a um!ro/lema!araela$ %!orquede#eriare!resentarQ7oha#iaconcorrentes/atendo.!orta dela, e !arte dela sem!re temera que, se ela come"asse a ter relacionamentos, seu!ai lo*o iria come"ar a !rocurar !or um marido !ara ela$%la esta#a *ostando muito da !rorro*a"o do acordo nu!cial!ara deixar que elaterminasse$ MasquandoocasamentocomZahirsur*iucomosuamelhoro!"o!ara!rote*er Austrich, ela sa/ia que esta#a !ronta$K % se #oc@ !recisar dela de!oisQ K interro*ou ele, com um tom som/rio$K >ou estar di#orciada$ 7in*u&m es!era que eu sea #ir*em$Katharine sentiu uma!erto na *ar*anta$ %la esta#a mesmo )azendo issoQ6m!lorando !ara que ele )izesse sexo com elaQA rai#a tomou conta dela, misturandoDse com um estremecer lento e crescente de#er*onha que !arecia come"ar no estEma*o e es!alharDse !or seus mem/ros, deixandoDa )raca$ Guriosa$K =aia$%le inclinou a ca/e"a$K Como quiser 3ati)a$%le #irouDse e saiu$ %la queria cham-Dlo de #olta$ Para !oder *ritar com ele$ Para!oder )azer amor com ele$Katharine deitouDse, a/ra"ando os oelhos$ %la nunca ha#ia se sentindo todescon)ort-#elem sua !rI!ria !ele$ 5ma !ele que ainda ansia#a !elo toque dele, queainda esta#a ru/ra de !razer, !or tudo o que ele )izera$%lalem/rouDsedaintensidadeque#iranorostodeZahirquandoeleentraranoquarto$%stou aqui !ara mostrar que ainda h- maneiras !elas quais !osso humilhar qualqueroutro homem$%leno!ro#aranadaaela$ %leesta#a!ro#ando!arasi mesmo, !orcausadocoment-rio que o ornalista )izera$$$ % !orque Katharine o de)endera$ < or*ulho de Zahir)ora a/alado, e ele usara o cor!o dela !ara restaur-Dlo$%le lhe !ro!orcionara !razer, mais do que ela amais ima*inara ser !oss'#el, masno )ora !ara ela$ 0udo ha#ia sido !ara ele$ 5ma des)orra$ 5ma !ro#a$Katharine deu um soco no tra#esseiro, *ritando de )rustra"o$ %la )ora no#amentea!enas uma tera!ia !ara ele$Katharine no queria ser o curati#o dele$ %la !retendia ser a mulher dele$% a*ora ela esta#a con#encida de que, de )ato, no ha#ia nada !or tr-s da muralhade !edras que ele constru'ra ao seu redor$ 7ada al&m de escurido$%#itar as !essoas mostrouDse al*o )-cilde ser )eito no !al-cio de 2aar, contantoque Katharine quisesse$Zahir mal #ira Katharine na Tltima semana e meia, desde a con)er@ncia da im!rensaim!ro#isada$ ;esde que ele )ora at& o quarto dela e se torturara enquanto sa/orea#a eacaricia#a o cor!o macio e mara#ilhoso dela$0udo o que ele !Ede )azer )oi #enerar a !er)ei"o dela$ Porque ele no se !ermitira!ossu'Dla$ %le ti#era muito medo$ ;o que !oderia acontecer$ ;o que ele !oderia )azer oudizer$ ;e machuc-Dla, de al*uma )orma$ ;o que !oderia ter acontecido se a /arreira de59Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesseu controle ti#esse se rom!ido e todas aquelas ima*ens lhe inundassem a mente todasas #ezes que ele esta#a em seu estado mais #ulner-#el$%lenose!ermitia!rocurar mulheres$ 7ose!ermitialem/rarDsedoti!odeesquecimento que o sexo !ro!orciona#a, !ois tal esquecimento no lhe )azia mais /em$%le )azia Zahir !erder tudo$ %le no !odia )azer isso com ela$ PerderDse nela$ %le no!oderia se considerar um homem se esti#esse dis!osto a )azer tal coisa$%le !oderia machuc-Dla, na !ior das hi!Iteses, e na melhor delas, Katharine noteria mais a #ir*indade como um trun)o na man*a$5m arre!io de des*osto !ercorreu o cor!o de Zahir$ %le no #ia as coisas dessa)orma, masseusancestrais/-r/aros#iam$ oc@ amais !oderia !ertencer a homem al*um$ Puma !osi"o !assi#a demais !ara #oc@$ % #oc@ & tudo, menos !assi#a$K 7o tenho certeza disso$K %u tenho$%!ossuocicatrizesinternas!ara !ro#ar$%u a!enasquisdizerque#oc@ se !reocu!ou comi*o$ Preocu!ouDse em tentar me$$$ K %le no *osta#a da !ala#raaudar$ Parecia que lhe deixa#a )raco$ Mas ainda assim, era uma !ala#ra necess-ria$ %ela, de )ato, o audara$ K >oc@ me audou$%la encarou o cho$K %u !recisa#a )azer isso$%le sentiu um !eso no !eito$K Para que eu!udesse !artici!ardo seu shoF eser um )orte re*ente !ara seu!a'sQ%la assentiu com a ca/e"a, ner#osa$K Claro$ K %la ento o encarou, seus olhos #erdes como !o"os de emo"Ues to!ro)undos que ele no conse*uia #er onde termina#am$ K 3em/reDse de que em Austrich& muito mais )rio do que aqui$ < ar & mais rare)eito tam/&m$K 7aturalmente$K 4ue horas !artimos amanhQK =e !artirmos !ela manh, conse*uiremos che*ar ainda de dia l-$ oc@est-/emQKainter!elou, #irandoDse!araZahir, queo/ser#a#aoc&ucarre*ado de nu#ens cinza, al*o que lhe de#eria ser desconhecido$K Claro$K >oc@ no$$$ ;i*o, sei que #oc@ e Mali( estudaram na %uro!a, mas #oc@ no saide 2aar h-$$$K Cinco anos K com!letou ele, #irando !ara o/ser#ar os !icos 'n*remes que oscerca#am$K P /em di)erente aqui$ 3em/roDme que na !rimeira #ez que #im !ara 2aar, )iqueiem choque$ %u sentia como se esti#esse !erto do sol$%le ento a encarou, seus olhos ne*ros inescrut-#eis$K >oc@ !ertence a este lu*ar$K %st- no meu san*ue$Katharine sa/ia que ele queria dizer que o lu*ar dela no era em 2aar$ Com ele$ %!or mais que ela sou/esse disso, ela no conse*uiu e#itar a sensa"o de estranheza aose de!arar com o castelo que se er*uia es!lendoroso acima dos altos !inheiros, suastorres reluzindo so/ a luz d&/il do sol$%sse lu*ar, o lar dela, !arecia uma terra estranha$ Mais estranha do que 2aar$K Meu !ai nos a*uarda K in)ormou ela, indo em dire"o . limusine$%la !ermitiu que o cho)er a/risse a !orta !ara ela, e antes de Zahir entrar !elo outrolado, ela sus!irou e lutou contra a #ontade de chorar, *ritar ou )azer al*o do ti!o$ Al*o queestilha"aria o sil@ncio de Austrich$Al*o que a )izesse sentirDse /em$Katharine no se sentia /em desde aquela noite, no quarto dela$ 7a #erdade, elano se sentia muito /em desde o instante em que entrara no escritIrio e o !edira emcasamento$%la)echouosolhos$ =er-queela-sesentira/emantesdaquiloQ2a#iaumasensa"o constante, . qual Katharine #iera a se acostumar$ Mas ela no tinha certeza sede#eria sentirDse assim$ %la ha#ia encontrado al*uma outra coisa em 2aar, al*o que noconse*uia nomear$< ar )rio de )ora in#adiu o casulo da limusine, e Zahir sentouDse do outro lado$K 4ue /onito K disse ela, tocando a man*a do casaco de l !reto dele$K Gaz tem!o que no tenho a o!ortunidade de us-Dlo$K 7o h- muitas ocasiUes desse ti!o em 2aar$K 7o$%le#irouDse!arao/ser#ar a!aisa*em, eKatharine)echouosolhos, tentandoesquecerDse de tudo$ Cedo demais, o carro diminuiu e !arou na entrada do !al-cio$K Como est- seu !aiQ K !er*untou ele$K 7o sei K a)irmou ela, com a #oz em/ar*ada$ %la no o #ia h- mais de um m@s,e ele no era o ti!o de homem que admitia qualquer )raqueza$As !ortas da limusine )oram a/ertas, e eles #oltaram !ara o )rio$ 7e#e ca'a a*ora,!ol#ilhando o #erde do *ramado que domina#a os arredores do !al-cio$7o ha#iahesita"ono com!ortamento deZahir,mas, a)inal,o !ai delano erauma multido$ %le caminha#a . sua )rente com !assos lon*os e con)iantes, e ela tentou)azer o mesmo$ 0entou alimentarDse da )or"a dele, !ois de al*uma )orma, a dela !areciaestar )alhando$%la#inhatratandoZahircomouminimi*o!orqueeleama*oara, masKatharine!recisa#a de um aliado$ ;eses!eradamente$53Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates< castelo de Austrich era com!letamente di)erente do de 2aar$ 2a#ia em!re*ados!or todos os lados, mem/ros #isitantes do !arlamento e ocasionais *ru!os de turistas$%sta#a sem!re cheio de *ente, e quase nunca #azio$2a#iasem!re)lores$ %*uirlandascoloridase#istosas)eitasde#inhasecra#osrec&mDcolhidos es!alha#amDse !elos corredores$ Pisos de m-rmore im!ec-#eis elustrosos,e!aredes/rancasimaculadascom moti#osde)lordelisdecorandoDas,em/aixo rele#o$ 0udo ali tam/&m !arecia estranho !ara Katharine$K >enha K )alou ela, indicando a dire"o !ara o escritIrio de seu !ai$ %le estaria l-,a*uardando !ara cum!riment-Dla$ 4ualquer outra coisa seria muito casual, e, a)inaldecontas, aquele era um assunto de estado$ 7ada mais$%les !araram diante da *rande !orta de car#alho que se destaca#aem contraste comas !aredes /rancas, e Katharine res!irou )undo, es!erando que o )Ele*o a)orti)icasse$< que no aconteceu$K Katharine$ K Zahir tocou a mo dela$ K oc@ !oderia desistir, sa/e$ K oc@ no !ediu !ara o seu !ai le#ar #oc@ at& o altar$%la /alan"ou a ca/e"a$K Goi uma deciso minha K murmurou ela$1om !ara ela$ A!arentemente, Katharine tam/&m esta#a usando uma dose extra decora*em$< !adre )alou em latim o tem!o todo$ % Zahir no sa/ia o si*ni)icado da cerimEniatoda$ Mas ele sa/ia o que os c-lices cra#eados de Iias e cheias de areia no )undo doaltar si*ni)ica#am$ 5ma tradi"o haariana, que no sa/ia que ia ser inserida ali$oltarasentir$$$ %lenosa/ia o que )azer com os sentimentos$ - em )rente K disse ela, sentindo o cora"o, de sT/ito, muito *rande !ara ca/erno !eito$K >eo #oc@ l-$=im, ele a #eria$ % Katharine tinha !lanos !ara ele$ Planos *randes e im!ortantes$;o ti!o que )azia seus oelhos tremerem$Zahir o/ser#ou o *in*ado do cor!o de Katharine con)orme ela caminha#a na )rentedele, #estindooutrodeseus#estidosde#erotentadores$ A/olsaqueelatrouxera/alan"a#a noritmo dos!assosdela,chamando aaten"odele !araaquelasn-de*asredondas e )irmes$K Acho que #ou !recisar de auda aqui K in)ormou ela, a!ontando !ara as *randes!edras que auda#am a manter o o-sis #edado contra o resto do deserto$%le er*ueu uma so/rancelha e caminhou at& ela$ Katharine sorriu, tal#ez um !oucoinocentemente demais !ara seu *osto$K AudaQ K questionou ele, inca!az de acreditar no !edido$K =im, sI !ara me audar a$$$ 2um$$$ Manter o equil'/rio$%la !isou na rocha, seus mo#imentos limitados !elo #estido, e ele colocou as mosna cintura dela !ara *arantir que ela no ca'sse !ara tr-s, em/ora ele du#idasse que elateria ca'do$Ainda assim, #alia . !ena$ 0oc-Dla no#amente, sentir seu cor!o macio$$$Zahir i*norou a !resso de sua ere"o crescente no instante em que ele su/iu narochaatr-sdela, !arade!oisadentrara!rote"odoo-sis$ er #oc@ assim$K Assim comoQK 4uase nu$ 7aquele dia na academia$$$ >oc@ me deixou sem )Ele*o$K Minhas cicatrizes a deixaram sem )Ele*o, noQ K !er*untou ele, a!roximandoDseat& seu !& tocar o )undo da !iscina natural$K =uas cicatrizes no$$$ K %la deu outro !asso, o n'#el da -*ua su/indo em seutorso$ K %las !arecem dolorosas$ 7esse sentido, sim, elas no so atraentes$ Mas elasno escondem seu cor!o mara#ilhoso$Zahiresta#atendo!ro/lemas!ara!ensar$ =eucor!oesta#aemchamas, eseucora"o amea"a#a !ular )ora do !eito$K >oc@ a)irmou que tinha #isto o su)iciente$K =I !orque eu sa/ia que se #isse mais eu iria$$$ %u iria )azer al*o constran*edor$%u nunca ha#ia sentido nada !arecido$K Achei que #oc@ amasse meu irmo$K 7o dessa maneira$ %u me im!orta#a com ele$ Giquei triste quando$$$ Giquei triste,& claro$ %le era um homem /om, e eu !oderia inclusi#e ter sido )eliz ao lado dele$ Masnunca senti !aixo !or ele$ %u nunca o deseei$ 7o como eu deseo #oc@$K Mas ele era$$$ %le no tinha cicatrizes$ % no estou )alando a!enas das cicatrizesna minha !ele$K 7o & isso que eu #eo quando olho !ara #oc@, Zahir$ K %la mer*ulhou mais eW5Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesdeu um im!ulso, nadando com mo#imentos sua#es e cont'nuos, e !arou diante dele$ %laento /eiou o !eito dele, lo*o acima do cora"o, so/re uma linha !ronunciada de !elecicatrizada$K >oc@ est- me seduzindoQK %st- )uncionandoQ K Aqueles olhos #erdes eram to sinceros que che*a#am amachucar$K =im K retorquiu ele, com uma #oz estranha !ara si mesmo$ K Mas #oc@ no temno"o do que est- deseando, Katharine$ 7em mesmo eu sei$K %u mostrando a #oc@, em !lena luz do dia e com toda )ranqueza, que eu quero#oc@$ 4ue #oc@ & lindo e que #oc@ me deixa sem )Ele*o$K Mas no & a!enas isso K declarou ele$ K %u tenho que sem!re, sem!re estarconcentrado$ Mantendo o controle$ Para ter certeza de que eu no$$$ Perca nada$ 4uenada aconte"a$%la /alan"ou a ca/e"a$K 7o$ >oc@ no !recisa$ A*ora descanse$ Comi*o$%laentrela"ouuma!ernanadele, ummo#imentotosexyquelhecausouumarre!iodedeseo$%leen#ol#euacinturadelacomo/ra"oea!uxoucontrasi,umasensa"o to erItica que ele achou que iria !erder o controle ali mesmo$Zahir ento inclinou a ca/e"a e tomou os l-/ios dela, deslizando a l'n*ua so/re adela$ amos )azer a cele/ra"o na !ra"a$Zahiren*oliuemseco$ A!ra"a$ A-reacomumdaca!ital$ ou )azer meu discurso$K 7a )rente de todosQ%le exi*iu um meio sorriso$K =o os riscos da #ida !ol'tica$K P o que #oc@ est- )azendo a*ora$ >i#endo a #ida !ol'tica, di*o$K P o que eu !reciso )azer$Katharinesentiua*ar*antaa!ertarDseelheo)ereceuumsorriso, omelhor que!odia . /eira das l-*rimas$ %la esta#a muito emocionada e tensa !ara )alar$< motorista a/riu a !orta, e Zahir deslizou !ara )ora, estendendo a mo !ara elaQK >em comi*oQ%la se*urou a mo dele, a!ertandoDa con)orme ele a conduzia at& o !alco$ < clamorda multido era como uma colm&ia de a/elhas am!li)icada, e deixou Katharine atordoada$As cele/ra"Ues em2aar eram /em mais/arulhentasdo que emAustrich$ %la*ostoudaquela ale*ria incontida, toda direcionada !ara Zahir$K >- K !ediu ela quando che*aram aos de*raus$%le aencarou esoltou sua mo, caminhandoat&o !alcosozinho$ KatharineH4Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yateso/ser#ouDo, tensa e com di)iculdade !ara res!irar$AssimqueZahir che*ouao!Idio, amultido)icouemsil@ncio, comosolhos#idrados na Gera de 2aar$Zahir)alouem-ra/e, eKatharineutilizoutodoseuconhecimentodoidiomaquea!rendera durante o noi#ado com Mali( e sua estadia no !a's$K Por muito tem!o, hou#e uma nu#em ne*ra so/re nosso !a's$ Al*uns !odem dizerque eu era essa nu#em$ Mas no sou mais$ =omos um !a's )orte, um !o#o )orte$ 7Is!erdemos muito naquele dia, quando nossa li/erdade e nossa )elicidade )oram atacadas$Mas nIs nos le#antamos ainda mais )ortes$ =im, temos marcas !ara !ro#ar$ K 2ou#euma!equenacomo"ona !lat&ia, e Zahircontinuou$ K Mas estamos mais)ortes!oreles$ % continuaremos caminhando em dire"o ao )uturo, sem amais nos esquecermosdaquelesque)oram!erdidosesemamaisnosesquecermosde#i#er$ PorquenIsrece/emos uma d-di#a$ 7Is continuamos #i#os$ % o que im!orta a*ora & o que )azemoscom a #ida$ 6sso & al*o que a!rendicom minha no#a shei(a, minha es!osa, Katharine+aunch$As l-*rimas !in*a#am das /ochechas de Katharine quando ele acenou !ara que elasu/isseao!alco$ %la!iscou,tentandoen*olironIna*ar*antanomomentoemquesu/ia a escada, acenando !ara o !o#o que a a!laudia$ =eu !o#o$Zahir se*urou a mo dela em sinalde solidariedade, e a o#a"o tornouDse aindamaior$ % Zahir sentiuD se mais )orte$ 5m homem !ronto !ara *o#ernar seu !o#o, de umano#a )orma$ %le su/ira at& o !alco como a Gera e a*ora descia como rei$< clima e a #i/ra"o do )esti#al de casamento haariano eram di)erentes da !om!a ecircunstXncia que a cerimEnia de Austrich te#e$%la *ostou muito dos !re!arati#os ao estilo de um =PA$ 5m /anho com ess@ncias,Ileos e /otUes de asmim )lutuantes, cera quente em suas mos e !&s !ara amaci-Dlos$ %de!ois as mulheres !assaram horas tra/alhando nos delicados detalhes em henna quedecora#am suas mos e /ra"os$enha, 3ati)a, deixeDme mostrar o quanto eu deseo #oc@$%enquantoa/eia#a, elesussurra#a!ala#rasa!enas!araela$ Aquilo!ro#ocouuma chu#a de )a*ulhas e uma sensa"o doce como mel, !or todo seu cor!o$ Al*o al&mdo )'sico, al*o al&m at& mesmo do amor dela !or ele$Aceita"o$K Katharine K sussurrou ele$% naquele instante, ela sentiu como se no !recisasse )azer mais nada$ Com Zahir,ela sim!lesmente !recisa#a ser ela mesma$K Zahir$%la chamou !or ele durante o sono de no#o$ Zahir o/ser#ou as so/rancelhas dela se)ranzirem e seu cor!o tremer$%la esta#a com medo$ Por ele$ ;ele$ 0anto )az$7o eram sim!les !esadelosS era o e)eito da escurido dele na alma !ura dela$ %latrouxe luz !ara a #ida dele, e Zahir a !olu'ra$%le colocou a mo no rosto dela, e ela se acalmou$ % o cora"o dele se contraiu$%le a ama#a$ Com cada estilha"o de sua alma, ele ama#a Katharine$Zahir daria tudo !or ela$ % amais seria su)iciente$ 7o enquanto o que ele !udesselhe o)erecer )osse a!enas !esadelos e tristeza$ =eus !rI!rios demEnios a*oraatormenta#am o sono dela$%ra al*o doentio$ %*o'sta$ %le aceitaria de #olta os )lash/ac(s, toda a dor, medo erai#a se eles deixassemDna em !az$ %le no !odia )azer isso com ela$ Mesmo se issosi*ni)icasse ter de matar a #ida no#a que aca/ara de come"ar a crescer dentro dele$4uandoKatharineacordounamanhse*uinte, acamaesta#a)ria, eas#elasha#iam se trans)ormado em massas dis)ormes nos candela/ros$Zahir esta#a !arado de costas !ara ela, o/ser#ando o sol nascer$K 0oda manh eu )ico *rato !or no ter !erdido a #iso dos dois olhos$Katharine sentouDse, deixando os len"Iis ca'rem ao redor da cintura$K 0oda manhQK 7o h- um dia em que eu no !ense nisso$ %m que eu no !ense no quanto eu!oderia ter !erdido$ K %le #irou !ara encar-Dla$ K 0eria sido uma l-stima amais !oder#er seu rosto no#amente$A#ozdelesoa#aestranha, contida$ 3em/ra#aDadohomemqueelaconheceraquando che*ara ali$K =e #oc@ desea #oltar !ara Austrich, #oc@ est- li#re !ara ir$ K As !ala#ras eramsecas, diretas$ ;olorosas$K < qu@QK 7o !reciso de #oc@ aqui$ 4uando )izemos o acordo, eu acha#a que !recisa#a$Mas$$$ >oc@ - )ez sua a!ari"o$ Claro, #oc@ !recisar- #oltar !eriodicamente, mas meu!o#o entender- que com a saTde )r-*il de seu !ai, #oc@ tem de#eres em casa$Katharine sentiu como se ti#esse le#ado um soco$$$ 7o, era !ior do que isso$ Comose ela ti#esse sido es)aquea#a, estri!ada, e deixada !ara san*rar at& morrer$< !o#o dele$ 7o o dela$ 7o o deles$ 7a noite !assada, ela se sentia como !arteHWPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yatesde 2aar, !arte dele$ A*ora ele esta#a tra"ando uma linha di#isIria$ 7o ha#ia mal'cia na#oz dele, nem rai#a ou Idio$ A!enas uma declara"o sim!les, )actual$K Mas e$$$ 0udo o que #oc@ disseQ %u$$$ >oc@ quer que eu #- em/oraQK7Is ti#emos$$$ Goi /om o que aconteceu entre a *ente$ Mas tenhores!onsa/ilidadesaqui, esua!resen"atemsido$$$ 5madistra"o$ Preciso!oder meconcentrar$A*ora a rai#a queima#a dentro dela$ %le !ode no sentir nada$ 5m a/en"oado #azio,mas ela sentia tudo$ % se recusa#a a aceitar$K 5ma distra"oQ P assim que #oc@ chama tudo o que ti#emosQ Como se eu noti#esse audado #oc@Q % ontemQ%le en*oliu em seco$K oc@ *arantiuque eu era di)erente$5m mTsculo !ulsou no maxilar dele$K % #oc@ &$K %nto o que est- acontecendoQK %stou li/ertando #oc@[ K %le ru*iu as !ala#ras, li/erando a )era em si, um ladodele que ela esquecera que existia$ K %stou o)erecendo a #oc@ uma sa'da, uma chancede conse*uir tudo o que sem!re quis[ Por que #oc@ est- /ri*ando comi*oQKPorque eu mudei Ka)irmou ela, sentindo a *ar*anta a!ertada$ KMeussentimentos mudaram$ >oc@$$$ MostrouDmecoisas so/remimmesma$ >oc@ me)ezacreditar que eu !odia ser eu mesma$%le /alan"ou a ca/e"a$K 7o$ 7o )ale$Pela !rimeira #ez, ela o/edeceu um comando dele$ Pois ela no conse*uia )ormar!ala#ras !arasal#ar a!rI!ria#ida$ A*ar*antadelaqueima#a dedor, seus olhosansia#am !or derramar as l-*rimas que ela custa#a a se*urar$K 7o quero ou#ir )alar de seus sentimentos K )alou ele secamente$ K %les nosi*ni)icam nada !ara mim$K =im, si*ni)icam$ =ei que si*ni)icam$ 3em/roDme do que #oc@ me declarou na noite!assada, que eu era a sua es!eran"a$ % eu acreditei$$$K >oc@ est- certa Kasse*urouDo,.#oz /aixa e em/ar*ada deemo"o$ K%udisse tais coisas de cora"o$ >oc@ & /rilhante, Katharine, uma estrela reluzente$ 0udo oque qualquer homem !oderia querer em uma mulher$ Mas estou morto !or dentro$ 7osinto nada$ % #oc@ merece um homem que consi*a sentir tudo$K ;esde quando #oc@ !ode me dizer o que eu mere"oQ K ex!lodiu ela$K Por que #oc@ continua querendo entrar . )or"a em minha #idaQ K *ritou ele$K =aia K retrucouDa, chocada !elas !ala#ras dele e se sentindo atordoada$%le no se mo#eu, continuou ali, !arado, o/ser#andoDa$ Para qu@Q Para encontraral*uma /recha na armadura delaQ Para #er os e)eitos da de#asta"o que ele aca/ara decausarQ%le inclinou a ca/e"a e saiu$ =eus !assos eram !esados, e seu caminhar desi*ual,HHPaixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates)amiliar$ %la sentiu uma l-*rima escorrer !elo rosto e a lim!ou com )or"a$ 4uando ou#iu a!orta /ater, ela #irouDse$%la)oi at&o/anheiroedeixouolen"ol cair, antesdeli*ar ochu#eiroeentrarde/aixo do ato quente$Katharine olhou !ara os /ra"os, os desenhos de henna ainda !resentes$ 5m solu"osu/iu !or sua *ar*anta, e ela a*arrou o luxuoso sa/onete artesanal e es)re*ouDo contra a!ele, tentando remo#er as marcas$0entando a!a*-Dlo$ 0udo o que ela )izera !or ele$Mas a tinta no queria sair$%ladeixouosa/onetecairno cho e/aixouaca/e"a,deixandoasl-*rimas semisturarem com a -*ua que cascatea#a de seu ca/elo$ Por um momento, ela se ima*inouentrando em um a#io e #oltando !araAustrich$ Mas )oi um !ensamento !assa*eiro$%la olhou no#amente !ara as #inhas e as )lores em seus /ra"os, ainda #i/rantes e)ortes$ =eu cora"o !arecia que ia ex!lodir de tanta dor, causada !ela reei"o$Masahenna!ermanecia$ %raums'm/olodocasamentodeles$ Assimcomoacren"a de que ela era di*na de #alor, di*na de ser ela mesma$ =em !recisar !ro#ar nadaa nin*u&m$ %ra uma !arte dele que ela esta#a deixando !ara tr-s$oc@ & )eita de /eleza e luz, e eumaculei #oc@ com a morte que mora em mim$K Por que #oc@ diria issoQK Por causa de seus !esadelos$$$ %u$$$ %u no !osso continuar contaminandoDa$K Zahir$$$ =im, eutenhoal*uns!esadelos$ oc@ me deu mais )elicidade e !razer do que eu amais ti#e na #ida$ >oc@ notirou a luz de mim$ A luz /ane a escurido, Zahir$ %la #ence$ 0udo o que #oc@ )ez )oi me)ortalecer$%le acredita#a nela$ Aquelas !ala#ras #inham cheias de tanta )or"a e con#ic"o queele )icaria en#er*onhado de cham-Dlas de mentiras$K Mas eu no sou$$$ 7o sou tudo o que #oc@ !ode ter$ 7o che*o nem !erto doque #oc@ merece$K %eu!ro#a#elmentenosoutudooque#oc@merece, masno&assimque)unciona$ %u amo #oc@$ % o amo como #oc@ &$ % se #oc@ !udesse me amar tam/&m,#oc@ i*ualmente aceitaria as coisas ruins e as /oas$%le a encarou, sentindo a es!eran"a #oltar !ara dentro de seu cora"o$ A )elicidade,o amor, !reenchendoDo$ Coisas que ele achou ter !erdido !ara sem!re$K Como o seu eito mando$%la )ranziu a testa$K =im$K %u aceito isso$ K < cora"o dele !areceu #oltar a /ater de!ois de muito tem!o!arado$ Como se ele esti#esse #i#o de #erdade, de!ois de ter !ermanecido morto !elosTltimos cinco anos$ K Aceito tudo$ Porque eu amo #oc@, Katharine$K Zahir$$$ >oc@ declarou que no me ama#a$K %u tam/&m no en)renta#a multidUes$ 2- muitas coisas que eu no )azia antesde #oc@$ Muitas coisas que no acredita#a serem !oss'#eis$ %u sei!or que amo #oc@$>oc@ trouxe luz !ara a minha #ida, #oc@ me mudou$Katharineriuemocionada, lim!andoasl-*rimas$ %lesea!roximouseusolhos!resos nos dela$K < que eu no entendo & !or que #oc@ me ama K ex!lanouDo$K 7aquele instante em que os !a!arazzi esta#am no !orto, e #oc@ os en)rentou deca/e"aer*uida, eusou/eoti!odehomemque#oc@&$ %u!erce/i a)or"adeseues!'rito$ >i #oc@ )azer coisas honr-#eis re!etidas #ezes, mesmo quando lhe custou caro$%u no quero mais nin*u&m ou outra #erso de #oc@$ 7o o homem que #oc@ )oi, mas ohomem que #oc@ &$K >oc@ me audou a me tornar esse homem$ >oc@ me audou a lutar contra aquiloque eu no !odia en)rentar sozinho$K >amos )azer isso$ 5m !elo outro$ Pelo resto de nossas #idas$Zahir sentiu a *ar*anta se a!ertar, e um sus!iro di)'cil esca!ou de seus !ulmUes$K Goi de#astador mandar #oc@ em/ora$ Mas achei que era a coisa certa a )azer$K Ah, Zahir$ K %la en#ol#eu o !esco"o dele com os /ra"os$ %nto deu um /eio emsua /ochecha marcada !elas cicatrizes$ K P !or isso que eu amo #oc@ K murmurou ela$K Porque #oc@ )ez isso consi*o mesmo !ara tentar me sal#ar$%la le#antou a ca/e"a !ara encar-Dlo$K Mas nunca mais )a"a uma coisa dessas$ >oc@ !artiu meu cora"o$Katharine sentiu os Tltimos resqu'cios de dor se dissol#er ao encarar Zahir$ Ao #er aemo"o escrita com honestidade em seu rosto$ 4uando !erce/eu o /rilho das l-*rimasnaqueles olhos ne*ros, ela mesma no a*Rentou, e deixou as suas esca!arem$K %u amo #oc@ de #erdade$ 0udo o que #oc@ &$ 0udo o que #oc@ se tornou$K ;o mesmo eito que eu amo #oc@ K asse*urouDo$K Mesmo quando sou mandonaQK %s!ecialmente quando #oc@ & mandona K in)ormou ele, a/ra"andoDa e /eiandoDa, des!eando todo seu amor e rece/endo todo o amor que ela lhe o)ereceu$K >enha comi*o K !ediu ele, le#andoDa !ela mo !elo corredor que da#a acesso .sua ala do !al-cio$K >oc@ no #ai continuar morando lon*e de mim nesse quarto, #aiQK 7o$ %u no durmo sem #oc@$ %u no consi*o$M9Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey YatesK 4ue /om$ %u tam/&m no durmo sem #oc@$%le a le#ou at& o quarto, e ela sentiu no#as l-*rimas ao #er o que esta#a so/re alareira$ < #aso com a areia do casamento$K %m/ora eu tenha mandado #oc@ !artir, eu no !ude esquecer isso$ %u coloquei o#aso aqui assim que #oltei !ara casa, antes de ir !rocur-Dla$ >oc@ )az !arte de mim$ Parasem!re$K % #oc@, de mim$K >amos contar essa histIria !ara nossos )ilhos$K GilhosQ %u acha#a$$$K %u nunca temi que meus )ilhos )ossem re!udiar minha a!ar@ncia, mas recea#anunca !oder amar um )ilho$ Mas a*ora no temo mais$K >amos contar tudo so/re a !rincesa e a areia m-*ica K disse ela, rindo entre asl-*rimas$K Mas no h- m-*ica$ 0udo aconteceu !or causa da !rincesa$ Por causa da )or"a eda inteli*@ncia dela$ % !elo amor dela !ela Gera$%la )icou na !onta dos !&s e o /eiou nos l-/ios$K 6sso & que & um conto de )adas$K 4ue /om K )alou ele$ K Pois acredito que #i#eremos )elizes !ara sem!re$M:Paixo 345 Cicatriz da Alma Maisey Yates2r89imo Lan#amentoC5RA:;5 AMAR15KAT,