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MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS INFRATENTORIAIS
Monitora: Isadora Cristina Olesiak Cordenonsi
Professor: Carlos Jesus Pereira Heygert
Malformações congênitas Distúrbios
encefaloclásticos
Malformações císticas
Malformações císticas
Dx baseado somente em critérios de neuroimagem
muitas vezes é conflitante e não é preciso;
Malformações com sobreposição de características
clínicas, patológicas e de imagem;
Conjunto de características estruturais dx específico;
Cisterna magna
Cisterna magna
Cisterna magna
Cisterna magna
Cisterna magna
Megacisterna magna
Cisterna magna: espaço liquórico entre pia mater da
parede posterior do bulbo e a aracnoide, desde a
valécula até C1 e C2 inferiormente;
Megacisterna magna Metade das malformações
císticas infratentoriais;
Megacisterna magna
Fisiopatologia incerta (formação atrasada do forame de
Magendie? Permeabilidade da bolsa de Blake
persistente?);
Assintomática;
Megacisterna magna
Megacisterna magna
Achados de imagem:
Cisterna magna de dimensões aumentadas, verme do
cerebelo sem alteração e ausência de hidrocefalia;
Ausência de dilatação do 4° ventrículo
Ausência de efeito compressivo sobre verme do cerebelo
Diferente da Bolsa
de Blake
Diferente do Cisto
aracnoideo
Megacisterna magna
Cisto aracnoideo
Cisto aracnoideo congênito
Expansão meníngea em forma de bolsa, por duplicação
congênita da aracnoide sem comunicação plena com o
espaço subaracnoideo;
Dx geralmente antes dos 20 anos;
Cisto aracnoideo congênito
Maioria são casos esporádicos;
Pode permanecer estável ou aumentar;
Cisto aracnoideo
Maioria assintomático;
Maiores tamanhos: compressão de estruturas (cefaléia,
hipertensão intracraniana, crises epilépticas, sinais
neurológicos focais...);
Cisto aracnoideo
Os infratentoriais: vertigem, perda auditiva
neurossensorial, espasmo hemifacial;
Tto conservador, reservado para os que tem efeito
expansivo;
Cisto aracnoideo
Cisto aracnoideo
Achados de imagem:
Quando posteriores e inferiores podem comprimir o
quarto ventrículo;
Isointenso/isoatenuante ao LCR
Cisto aracnoideo
Cisto aracnoideo
Diagnóstico diferencial-
cisto epidermoide
difusão
Cisto arocnoideo
Pode ter sinal hipersinal homogêneo no FLAIR:
aumento do conteúdo protéico no líquor intracístico;
DD: cisto epidermoide: difusão hipersinal e FLAIR
hipersinal heterogêneo;
Persistência cística da Bolsa de Blake
Persistência cística da Bolsa de Blake
Bolsa de Blake: Estrutura embrionária normal;
Projeção em “dedo de luva” da área membranosa
posterior;
Fina membrana no teto rombencefálico que involui com o
desenvolvimento embriológico culminando com o
aparecimento do forame de Magendie;
Persistência cística da Bolsa de Blake
Achados clínicos: hidrocefalia e macrocrania no período
neonatal;
Pode haver ventriculomegalia compensada (se
competência dos forames de Luschka;
Persistência cística da Bolsa de Blake
Formação cística predominantemente intraverminiana,
que determina alargamento da valécula e retificação do
contorno inferior do verme;
Continuidade entre bolsa de Blake e quarto
ventrículo(dilatado);
Persistência cística da Bolsa de Blake
Se extensão retrocerebelar dilatação da fossa
posterior, deslocamento anterior do tronco encefálico...
Verme do cerebelo tem posição e desenvolvimento
habitual!
Malformação Dandy-Walker
Variante Dandy-Walker: mesmas alterações porém menos
pronunciadas
Hipoplasia/agenesia
do verme do
cerebelo
Dilatação do quarto
ventrículo;
Aumento das
dimensões do
compartimento
infratentorial da
fossa posterior;
Malformação Dandy-Walker
Teoria mais aceita: atraso no desenvolvimento
rombencefálico falha da fusão do cerebelo na linha
média com persistência da AMA; pulsação do LCR
expansão da AMA deslocando o verme superiormente;
Desenvolvimento da AMP e forame de Magendie é
variável;
1/25.000 nascidos vivos
Malformação Dandy-Walker
DX geralmente no 1° ano de vida;
Feminino;
Maioria esporádico;
Trissomias do 9, 13 e 18;
2/3 com anormalidades extracranianas
associadas;
Associação com síndromes;
Malformação Dandy-Walker
Mortalidade de até 40%;
Hidrocefalia detectada a partir dos 3 meses;
30 a 50% inteligência normal;
Malformação Dandy-Walker
Crises epilépticas, nistagmo, ataxia, paralisia de nervos
cranianos;
Colocação precoce de cateter no quarto ventrículo pode
auxiliar no desenvolvimento cerebelar no primeiro ano
de vida;
Malformação Dandy-Walker
Hidrocefalia 80% dos casos;
Proeminência occiptal, posição alta do seio reto e
tentório;
Verme rodado superiormente em sentido anti-horário
posteriormente à placa quadrigeminal e aderido ao
tentório;
Malformação Dandy-Walker
Ausência completa do verme em 25% dos
casos;
Foice cerebelar pode estar ausente;
Malformação Dandy-Walker
Maioria tem outras alterações do SNC
(agenesia de corpo caloso, heterotopias,
encefaloceles...)
Variante Dandy Walker
Variante Dandy Walker
Quadro clínico mais brando em relação à malformação;
Achados de imagem: agenesia/hipoplasia do verme
com IV ventrículo com dimensões não suficientes para
promover dilatação da fossa posterior;
Qual é a alteração?
Megacisterna magna
Qual é a alteração?
Cisto aracnoideo
Qual é a alteração?
Persistência da Bolsa de Blake
Qual é a alteração?
Malformação de Dandy Walker
Qual é a alteração?
Variante Dandy Walker
Malformações não císticas do
compartimento infratentorial
Displasia/hipoplasia isolada do
tronco encefálico
Displasia em “boné” do tegmento
pontino
Displasia em “boné” do tegmento
pontino:
Hipoplasia do aspecto ventral da ponte com uma
projeção do tegmento posterior da ponte;
Displasia em “boné” do tegmento
pontino:
Raro
Diferenciar de lesões expansivas de tegmento
Gliomas e angiomas cavernosos;
Glioma Angioma cavernoso
Síndrome de Duane
Síndrome de Duane
Síndrome de Duane
Déficit congênito de abdução do globo ocular associado
ou não a déficit de adução;
Ausência congênita do núcleo do nervo abducente na
ponte e inervação aberrante do músculo reto lateral por
um ramo do terceiro par craniano;
Hipoplasia paleocerebelar
Lesões não císticas que comprometem o verme
cerebelar sem comprometer os hemisférios cerebelares;
Rombencefalossinapse
Síndrome de Joubert
Disrafia tetocerebelar
Rombencefalossinapse
Rombencefalossinapse
Permite diagnóstico seguro porém outras malformações associadas
devem ser procuradas
Rombencefalossinapse
Fusão congênita dos hemisférios cerebelares, núcleos
denteados dos cerebelos e pedúnculos cerebelares
superiores;
Agenesia vermeniana
Rombencefalossinapse
Assim como os outros distúrbios envolvendo o vérmis
do cerebelo:
Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
Hipotonia generalizada;
Ataxia;
Nistagmo vertical;
Síndrome de Joubert
Síndrome de Joubert
(Rombencefalosquise)
Síndrome de Joubert (Rombencefalosquise)
Hipoplasia congênita do verme do cerebelo;
“sinal do dente molar”
Incidência 1/30.000 – 100.000 habitantes
Síndrome de Joubert
(Rombencefalosquise)
Achados clínicos são fundamentais:
Episódios de taquipneia, ataxia, hipotonia, fala
escandida, nistagmo e protuberância mandibular;
Boca em formato triangular e sombrancelhas altas e
arredonadas;
Síndrome de Joubert
(Rombencefalosquise)
Pedúnculos cerebelares superiores espessados e
orientados perpendicularmente ao dorso da ponte;
Aspecto de “dente molar” (não exclusivo);
IV ventrículo: dilatação variável: aspecto “símbolo do
Batman” em cortes axiais;
Disrafia tetocerebelar
Disrafia tetocerebelar
Cefalolecele occiptal;
Agenesia do teto cerebelar;
Deformidade no teto mesencefálico (afilamento
posterior);
Hipoplasia/agenesia do verme do cerebelo;
Hipoplasias neocerebelares
Hipoplasia pontocerebelar
Hipoplasia pontocerebelar
Tipo 1: perda dos neurônios motores medular –
insuficiência respiratória
Tipo 2: preservação destes – coreia e distonia
Hipoplasia pontocerebelar
Hipoplasia do verme do cerebelo e hemisférios
cerebelares com preservação da forma.
Aspecto de “asa” que parece flutuar no compartimento
infratentorial;
Agenesia cerebelar
Agenesia cerebelar
Muito rara;
Grau variável de incoordenação dos movimentos;
(plasticidade neuronal)
Pode ter distúrbio cognitivo;
Hipoplasia/ aplasia cerebelar
unilateral
Hipoplasia/ aplasia cerebelar unilateral
Provavelmente por lesão destrutiva pré-natal – origem
vascular; trauma;CMV;
Plasticidade, alguns oligossintomáticos;
Nistagmo, hipotonia, ataxia...
Pedúnculo cerebelar ipsilateral com volume reduzido;
Displasia cerebelar cortical
Malformações cerebelares corticais –
displasia cortical cerebelar
Heterotopias de substância cinzenta associadas a
distúrbios de estratificação cortical e foliação cerebelar;
Malformações cerebelares
corticais
Perda da arborização normal da substância branca;
Pode haver leões císticas com hipertrofia do hemisfério
cerebelar;
Mal formação de Chiari do tipo 1
Mal formação de Chiari tipo 1
Ectopia das tonsilas cerebelares abaixo do forame
magno;
Hipodesenvolvimento do osso occipital;
Mal formação de Chiari tipo 1
Hidrossiringomielia=>tto cirúrgico;
1/3 assintomático
Cefaléia...
Síndrome clínica clássica em adultos jovens: dor
occipital precipitada por Valsalva;
Mal formação de Chiari tipo 1
Tonsilas cerebelares a mais de 5mm do forame magno
(sintomáticos);
3 a 5mm significativos se sintomas, afilamento tonsilar,
hidrossiringomielia....
REDUÇÃO DOS ESPAÇOS LIQUÓRICOS NA FOSSA
POSTERIOR;
Mal formação de Chiari tipo 2
Malformação de chiari tipo 2
Mielomeningocele diagnosticada ao nascimento;
Sintomas específicos raramente presentes nas
primeiras duas semanas de vida;
Malformação de chiari tipo 2
TC: áreas focais de afilamento da calota craniana;
RM: compartimento infratentorial pequeno com
herniação inferior do seu conteúdo, cerebelo em “torre”,
forame magno com dimensões aumentadas
Malformação de chiari tipo 2
Kinking bulbo medular devido à impossibilidade da
medula espinal descer na mesma proporção
abaulamento posterior do bulbo;
Malformação de chiari tipo 2
Disrrafismo espinal aberto em 100% dos casos;
Aspecto pontiagudo do teto mesencefálico;
Hidrocefalia;
Mal formação de Chiari do tipo 3
Malformação de Chiari do tipo 3
Menos comum;
Meningoencefalocele cervical alta ou occipital baixa
associada a estigmas do Chiari 2;
Mal formação de chiari tipo 4
Hipoplasia cerebelar severa com estigmas de
malformação de Chiari tipo 2
http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/201
0-23/5/841-852.pdf