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Palestra realizada no 1 Seminário de pecuária da serra catarinense: Produção de pasto para uma pecuária rentável.
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1,58 1,30 1,07 0,87
Densidade de lâminas foliares (mg de MS/cm³)
1,79 0,62
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
0 4 8 12 16 20
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Altura do pasto (cm)
Ma
ssa
do
bo
cad
o (
mg
MS
/bo
c/P
M)
Pro
fun
did
ad
e d
o b
oca
do
(cm
)
1,58 1,30 1,07 0,87
Densidade de lâminas foliares (mg de MS/cm³)
1,79 0,62
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
0 4 8 12 16 20
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Altura do pasto (cm)
Ma
ssa
do
bo
cad
o (
mg
MS
/bo
c/P
M)
Pro
fun
did
ad
e d
o b
oca
do
(cm
)
Manejo para transformar pasto em lucro
Carlos Nabinger Departamento de Plantas
Forrageiras e Agrometeorologia
A atividade pecuária foi o início e a base da economia no extremo sul do Brasil
E, por essa razão, conformou a base de nossa cultura
O Pampa e os Campos de altitude: maior cobertura vegetal do RS e boa parte de SC
O AMBIENTE CONDICIONA O HOMEM!
UM AMBIENTE CUJA PAISAGEM É INIGUALÁVEL
QUAL O VALOR DESTAS PAISAGENS?
Paisagem própria, diversa e de alto valor turístico
As principais bacias hidrográficas originam-se em regiões de campo
QUAL O VALOR DA QUANTIDADE E QUALIDADE DESSAS ÁGUAS?
DIVERSIDADE FLORÍSTICA ÚNICA
RIQUEZA DE GERMOPLASMA
QUALIDADE DO PRODUTO ANIMAL
Uma fauna riquíssima e particular
São 487 espécies na porção brasileira do bioma
Pelo menos ¼ dessas espécies dependem de campos naturais
8 espécies estão inteiramente restritas ao Pampa
O campo não cumpre apenas um papel produtivo (carne, leite, lã)
É um recurso “multifuncional”
TRATA-SE DE UM RECURSO NATURAL TÃO IMPORTANTE COMO A FLORESTA AMAZÔNICA OU A MATA ATLÂNTICA
PRESERVÁ-LO É UMA NECESSIDADE
Mas, quem conserva esse ambiente
ainda não recebe nada por isso!
Enquanto isso, a solução é tratar de
explorar melhor esse recurso na
produção animal, pois estamos ainda
longe de usar todo o seu potencial!
MAS TAMBÉM PODEMOS DAR UMA
“MÃOZINHA”, ADUBANDO O CAMPO!
OU, ALÉM DISSO, SOBRESSEMEANDO
ESPÉCIES DE INVERNO!
OU AINDA “LIMPANDO” OU CONDICIONANDO
O CAMPO!
5 de maio de 2004
Carga muito alta
Carga adequada Carga muito baixa
10
11
12
13
14
15
16
17
4 6 8 10 12 14 16
Ma
t. s
ec
a -
kg
/ha
/dia
568 kg MS/ha
1006 kg MS/ha
1444 kg MS/ha
1882 kg MS/ha
Produção de raízes
Baixa carga Alta carga
Efeito do nível de oferta de forragem sobre o desempenho de
novilhos em campo nativo na Depressão Central do RS.
(adaptado de Maraschin et al., 1997)
Efeito do nível de oferta em capim pangola sobressemeado com azevém e trevo branco, sobre o desempenho animal anual (Moraes e Maraschin, 1993)
Altura da pastagem (cm)
8 10 12 14 16 18 20
GM
D (
g.d
ia-1
)
100
120
140
160
180
200
220
240
G (
kg
ha
-1)
250
300
350
400
450
500
550
600
650
G/ha
GMD
Desempenho de cordeiros em pastagens de azevém manejada em diferentes alturas (Carvalho et al., 2001)
Desempenho de cordeiros em pastagens de azevém manejada em diferentes alturas (Freitas, 2003)
Grupo de Pesquisa em
Ecologia do Pastejo
A estrutura do pasto determinando e explicando a
variação no ganho/cabeça
Intensidade
moderada
Baixa
intensidade
Alta
intensidade
Long term grazing experiment – 26 years – 64 ha
Em pastos nativos a heterogeidade é existe e deve existir A questão é: como conviver com ela!
Estrato inferior:
captura de recursos
Estrato superior:
conservação de recursos
E,esta “estrutura” percebida pelo animal também afeta sua resposta à
oferta de forragem, mas ela pode ser “manejada”.
Sward structure (inter-tussock)
3cm
8cm
13cm
18cm
613 kg MS/ha
1300 kg MS/ha
1871 kg MS/ha
2066 kg MS/ha
A altura do estrato inter-touceiras e o comportamento ingestivo
1,58 1,30 1,07 0,87
Densidade de lâminas foliares (mg de MS/cm³)
1,79 0,62
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
0 4 8 12 16 20
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Altura do pasto (cm)
Ma
ssa
do
bo
cad
o (
mg
MS
/bo
c/P
M)
Pro
fun
did
ad
e d
o b
oca
do
(cm
)
1,58 1,30 1,07 0,87
Densidade de lâminas foliares (mg de MS/cm³)
1,79 0,62
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
0 4 8 12 16 20
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Altura do pasto (cm)
Ma
ssa
do
bo
cad
o (
mg
MS
/bo
c/P
M)
Pro
fun
did
ad
e d
o b
oca
do
(cm
)
Relações entre altura do pasto, profundidade e massa do bocado. Profundidade do bocado de ovinos (х) e
bovinos (○) (regressão 1: y = 0,5842x + 0,0805 e R² = 0,92); Massa do bocado de bovinos (♦) (regressão 2: y = -
0,176x² + 3,9952x – 9,9698 e R² = 0,92); Massa do bocado de ovinos (□) (regressão 3: y = -0,1111x² + 2,195x –
3,1013 e R² = 0,70). (Adaptado de Gonçalves, 2007)
y = -0.008x2+ 0.18x – 0.33
R2
= 0.92 P<0.0001
y = -0.005x2+ 0.096x + 0.006
R2
= 0.70 P=0.0002
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
0 4 8 12 16 20
Pasture height (cm)
Inta
kera
te (
g D
M.m
in.k
g LW
-0.7
5 )Heifers Hoggets
Efeito na taxa de consumo Grazing Ecology
Research Group
Gonçalves, E.N., Carvalho, P.C.F., Kunrath, T.R., Carassai, I.J., Bremm, C., Fischer, V. 2009. Relações planta-animal em
ambiente pastoril heterogêneo: processo de ingestão de forragem. Revista Brasileira de Zootecnia, 38, 1655-1662.
Grazing Ecology
Research Group
Até onde a heterogeneidade determinada pelas touceiras afeta o desempenho
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Altura do pasto (cm)
Gan
ho
de p
eso
viv
o (
kg
/ha)
.
To
uceir
as
(%)
Touceiras (%)
y = -0,2079x2 + 7,5889x - 23,61
R2= 0,8953; DP=5,1
P=0,0362
GPV
y= -3,059x2 + 72,829x - 280,47
R2= 0,8637; DP= 12
P=0,0039
-50
0
50
100
150
200
2 4 6 8 10 12 14 16 18
Oferta de Forragem (kg de MS/100 kg de PV)
Gan
ho
de
pes
o v
ivo
(k
g/h
a)
0
10
20
30
40
50
To
uce
iras
(%
)T
uss
ock
s co
ver
(%
)
Capim caninha
(Andropogon lateralis)
Características da pastagem natural da Depressão Central do RS,
submetida a alteração na oferta de forragem, e produção animal.
Primavera=8% - resto do ano=12%. EEA/UFRGS 23/10/00 a 06/09/01.
(Soares et al., 2002)
Parâmetro Estação do ano
Primavera Verão Outono Inverno Média ou
total
8% 12% 12% 12%
MF (kg/ha) 979 1179 1883 1390 1475
CA (kg PV/ha) 479 399 429 352 397
GMD (kg/an/dia 0,780 0,677 0,283 0,178 0,466
GPV (kg PV/ha) 116 82 27,5 17,9 236
TA = taxa de acúmulo diário; MF = massa de forragem; CA = carga animal; GMD =
ganho médio diário; GVP = ganho de peso vivo
As alternativas para o dilema produção X conservação
Nivel de intensificação Pro
du
tivid
ad
e d
o s
iste
ma
– k
g P
V/h
a/a
no
Manejo
tradicional
Ajuste de
carga
Manipulação
de estrutura
Ca
P-K
Nitrogenio
Sobressemeadura
spp hibernais
Pastos
cultivados
60
140
230
400
700
1000
1500
Limites do sistema
com base na
pastagem nativa ?
Grazing Ecology
Research Group
Limites do sistema
com base na
pastagem nativa
+ insumos
Até aqui só “tecnologias de processos”
Planejamento de Cenários
Cenários
Possíveis
Cenários
Realizáveis
(viáveis)
Cenários
Desejáveis
FUTUROPRESENTE
Cenário
Atual
Modelo conceitual de cenários possíveis, realizáveis
ou plausíveis e desejáveis. Fonte: Adaptado de
Godet & Roubelat (1996) e Boaventura &
Fischmann (2008).
E os sistemas de produção ??? Como planejar e estruturar ???
Alteração da carga do sistema
Alteração do sistema de produção
Alteração de metas produtivas
Alteração do tipo/tamanho e genética
Tecnologias de PROCESSOS para
alterar a Demanda de Alimentos
Estância do Silêncio de São José - Bagé
Ajuste da carga do sistema
Diferimento estratégico
Pastagens de inverno
Melhoramento de campo nativo
Suplementação (feno, silagem, concentrados etc.)
Tecnologias para ajustar a oferta de alimentos:
PROCESSOS e INSUMOS
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
500.000
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
kg M
S
MS Consumível Demanda MS
Planejamento Forrageiro Estratégias Complementares e Sinérgicas:
Adaptar o Rebanho ao Sistema de Produção
-DEMANDA DE NUTRIENTES
Adaptar o Sistema de Produção ao Rebanho
-OFERTA DE NUTRIENTES
FAZENDA B - Balanço Entre Oferta e Demanda de MS e EM
MS e EM Total da Propriedade / mês
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
mês
kg MS
Oferta MS Demanda MS
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
mês
kg MS
Oferta MS Demanda MS
Cenário 2Cenário 1
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
mês
Mcal EM
Oferta EM Demanda EM
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
mês
Mcal EM
Oferta EM Demanda EM
(Sant’Anna, D.M., 2009)
Oferta de Forragem (%)
4 8 12 16
C (
Mg
ha
-1)
0
50
100
150
200
250 y= -1,30x2 + 36,99x - 69,55
R2= 0,78 ; P<0,0001
14,23
Grupo de Pesquisa em
Ecologia do Pastejo
A pastagem como sumidouro ou exportadora de C: uma questão
de manejo
Daily forage allowance (% LW)
Guterres, D.B. 2006. Carbono orgânico em Chernossolo sob pastagem nativa no RS. In:
Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Ciência do solo, 16, São Cristóvão, SE. Anais.... CD-ROM.
Qual o
valor
desse
estoque?
Intensidade do pastejo e balanço de GEE Grazing Ecology
Research Group
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
4% 8% 12% 16%
So
il C
so
tck
s (
IEC
)
Em
iss
ão
de
CH
4
kg
CO
2 e
q.h
a-1
Daily forage allowance (% LW)
Animal emissions kg CO2eq/ha
Soil C stock index (IEC)
Conte, O. et al. 2012. Densidade, agregação e frações de carbono de um Argissolo sob pastagem
natural e diferentes ofertas de forragem por longo tempo. Revista Brasileira de Ciência do Solo.
Kohmann, M. 2011. Estimativa da emissão de metano por animais em pastagem nativa submetida
a diferentes intensidades de pastejo. Trabalho de Iniciação Científica.
Mas, podemos ir ainda mais longe...
AGREGANDO VALOR AO PRODUTO ANIMAL
VIA QUALIDADE E DIVERSIDADE DA DIETA
PROPICIADA PELOS CAMPOS NATIVOS, E CAMPOS
NATIVOS MELHORADOS
- CARQUEJA
Produção / ha X Preço Simulação de Receita Bruta / ha
(Adaptado Sant´Anna e Santos, 2006)
Aumento da Receita Bruta
% nivel 16,7 14,3 12,5 11,1 10,0
2,40 16,7 33,3 50,0 66,7 83,3
2,40 2,80 3,20 3,60 4,00 4,40
Aumento da Receita Bruta 30 72 84 96 108 120 132
% nivel % 70 70 168 196 224 252 280 308
42,9 42,9 100 240 280 320 360 400 440
50,0 114,3 150 360 420 480 540 600 660
33,3 185,7 200 480 560 640 720 800 880
25,0 257,1 250 600 700 800 900 1.000 1.100
60,0 471,4 400 960 1.120 1.280 1.440 1.600 1.760
75,0 900,0 700 1.680 1.960 2.240 2.520 2.800 3.080
42,9 1.328,6 1.000 2.400 2.800 3.200 3.600 4.000 4.400
50,0 2.042,9 1.500 3.600 4.200 4.800 5.400 6.000 6.600
kg pv / ha
R$ / kg pv
kg pv / ha
R$ / kg pv
kg pv / ha
R$ / kg pv
Insu
mos
e/ou
P
roce
sso
s ?
??