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Manifesta90es do Sagrado na Pre- -Historia do Ocidente Peninsular 3. A Deusa dos Olhos de Sol - urn prirneiro 0lhar 1 VICTOR S. GON<;ALVES 2 «. .. meme depourvues de bouche, les images ne peuvent se tairel» Berard, 1992: 7 1. As imagens dos Deuses: 0 Neolitico e 0 Calcolitico A P 6s 0 desaparecimento dos primeiros grandes complexos simb6licos, consubs- tanciados nas epifanias patentes nas grutas ilustradas do Paleolitico superior, as imagens do sagrado sofrem urn impressionante eclipse. Dir-se-ia que os homens do p6s-glaciar, com acesso facil aos recurs os estuarinos, se esqueceram dos Deuses. E os pobres esp6lios das sepuituras mesoliticas indicia- riam a morte dos mitos e dos simbolos. Provavelmente, nada de mais errado que tais simplistas: a do sim- bolo nao esta nele proprio, mas naquilo a que se refere. Simples e 0 desenho de uma suastica, de uma cruz ou de urn crescente e por eles morreram milhoes de europeus. A smistica, como simbolo de urn culto de exterminio; a cruz como sim- bolo de urn complexo sistema cosmog6nico e etico; 0 crescente como simbolo da grande guerra hemisferica que arrancou em a China e a Europa (e que s6 se deteve em Talas e Poitiers). Sao imagens como estas, esclarecidas por esc rita, que eviden- dam quanto os simbolos sao enganadores, pequena ponta do iceberg da e do temor, das hierogamias e epifanias, dos grandes sistemas explicativos do Uni- verso e do Homem. Mesmo quando palidos reflexos perifericos de sistemas al6ge- nos, estas imagens matam. Preservam, tambem, dentro dos Ii mites da sanidade (ou da insanidade) os que as aceitam como verdadeiras e as usam nos universos dos comportamentos. Muitas vezes, mais modestamente, gerem zonas de trevas ancestrais, reconheci- mentos de incapacidades explicativas, re-situam 0 Homem, dando-Ihe estabilidade e em de urn real em constante num mundo conhecivel em que s6 0 inorganico aparece como presente e duradoura. Como 0 papel das montanhas em muitos sistemas cosmol6gicos claramente indica. 1 Sao as seguintes as referencias bibliognificas dos primeiros artigos desta serie: 1989b. 1991. 2 Director da UNIARQ. Centro de Arqueologia. Faculdade de Letras. P-1699 Lisboa Codex. Portuga l. © Revis /a da Faculdade de Letras. n.o 15-5." Sh ie, 1993, pp. 9- /5. 9

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Manifesta90es do Sagrado na Pre­-Historia do Ocidente Peninsular 3. A Deusa dos Olhos de Sol - urn prirneiro 0lhar1

VICTOR S. GON<;ALVES 2

«... meme depourvues de bouche, les images ne peuvent se tairel»

Berard, 1992: 7

1. As imagens dos Deuses: 0 Neolitico e 0 Calcolitico

A P6s 0 desaparecimento dos primeiros grandes complexos simb6licos, consubs­tanciados nas epifanias patentes nas grutas ilustradas do Paleolitico superior,

as imagens do sagrado sofrem urn impressionante eclipse. Dir-se-ia que os homens do p6s-glaciar, com acesso facil aos recurs os estuarinos,

se esqueceram dos Deuses. E os pobres esp6lios das sepuituras mesoliticas indicia­riam a morte dos mitos e dos simbolos.

Provavelmente, nada de mais errado que tais asser~oes simplistas: a for~a do sim­bolo nao esta nele proprio, mas naquilo a que se refere. Simples e 0 desenho de uma suastica, de uma cruz ou de urn crescente e por eles morreram milhoes de europeus. A smistica, como simbolo de urn culto de exterminio; a cruz como sim­bolo de urn complexo sistema cosmog6nico e etico; 0 crescente como simbolo da grande guerra hemisferica que arrancou em direc~ao a China e a Europa (e que s6 se deteve em Talas e Poitiers).

Sao imagens como estas, esclarecidas por maci~a informa~ao esc rita, que eviden­dam quanto os simbolos sao enganadores, pequena ponta do iceberg da cren~a e do temor, das hierogamias e epifanias, dos grandes sistemas explicativos do Uni­verso e do Homem. Mesmo quando palidos reflexos perifericos de sistemas al6ge­nos, estas imagens matam. Preservam, tambem, dentro dos Ii mites da sanidade (ou da insanidade) os que as aceitam como verdadeiras e as usam nos universos dos comportamentos.

Muitas vezes, mais modestamente, gerem zonas de trevas ancestrais, reconheci­mentos de incapacidades explicativas, re-situam 0 Homem, dando-Ihe estabilidade e seguran~a, em fun~ao de urn real em constante mudan~a, num mundo conhecivel em que s6 0 inorganico aparece como for~a presente e duradoura. Como 0 papel das montanhas em muitos sistemas cosmol6gicos claramente indica.

1 Sao as seguintes as referencias bibliognificas dos primeiros artigos desta serie: Gon~alves. 1989b. 1991.

2 Director da UNIARQ. Centro de Arqueologia. Faculdade de Letras. P-1699 Lisboa Codex. Portugal.

© Revis/a da Faculdade de Letras. n.o 15-5." Sh ie, 1993, pp. 9-/5.

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Os simbolos das religioes mediterranicas insistem na fecundidade, na for9a triun­fante da vida. Muitas das imagens dos Deuses sao femininas, com seios e triangu­los pubicos cIaramente indicados, quando nao mesmo exageradamente representados. Surgem em povoados e necropoles, mostrando os dois campos de aC9ao de urn mesmo principio ferninino, nao necessariamente de uma mesma Deusa.

Sobre esta Deusa ou Deusas pouco sabemos, e menos ainda sobre os seus possi­veis parceiros masculinos. Existiriam eIes ja no Neolitico ou as figuras masculinas que foram recolhidas em varios monumentos e sitios ca1coliticos traduzem a che­gada dos novos Deuses, consolidando 0 espa90 do 10vem Deus?

Se as placas votivas de xisto representam, como parece ser cada vez mais paci­fico, a Deusa, as representa90es do 10vem Deus que surgem nas duas placas da Lapa do Bugio (Gon9alves, 1979) e em outras da Peninsula de Lisboa (Cova da Moura) traduzem a evolu9aO de urn fundo magico-religioso comum ao SuI Penin­sular (Gon9alves, 1989a).

Mas dificil se torna ver, sem reserva explicita, em toda a figura9ao antropomor­fica a imagem de urn Deus. A pequenina estatueta de S. Martinho de Sintra talvez pudesse ser assim interpretada. Mas 0 mocho da Borracheira (Torres Vedras) seria uma imagem alegorica da Deusa-Mocho ou uma simples representa9ao da ave da noite, noutros tempos e contextos associada a PalIas Atenaia? Ou seria a estatueta, de que so possuimos urn fragmento, uma representa9ao proxima de outras do SuI Peninsular, de PijotiIIa e El Malagon?

Estamos assim no principio, lidando com essa pertinaz tendencia de em tudo ver­mos Deuses e Deusas, simbolos elaborados, referencias a subtis (e muito provavel­mente inexistentes) complexos magico-religiosos.

No seculo XIX e na primeira metade do seculo XX, para tal haveria expIica9ao na forma9ao religiosa de nao poucos dos praticantes da disciplina em forma9ao. Na segunda metade do nosso seculo, a laiciza9ao da sociedade fez disparar nostal­gias do sagrado e ate mesmo 0 «culto» dos extraterrestres parece traduzir essa angus­tiante necessidade de preencher os vazios que urn forte e estruturante pensamento laico parece ter criado em segmentos especificos da sociedade.

Laicismo apesar de tudo relativo: quem nao sentiu, apos rastejar os ultimos metros do corredor de Knowth, atingida a grande camara em falsa cupula, 0 peso dos sim­bolos que conduziram a essa grandiosa concep9ao do espa90 dos mortos? Ou, sem falar de Newgrange, quem nao percebeu 0 eterno simbolo da ultima companhia ao ver a grande figura de Les Pierres Plates, Locmariaquer? Ou os ortostatos gra­vados de Gavrinis?

Falamos dos mesmos Deuses? Ou de vcirios, que assentam nos mesmos simbolos? Se de Deuses diferentes falamos, perante principios estruturantes identicos nos

encontramos.

2. A Deusa dos OIhos de Sol

No SuI da Peninsula, de Los MiIIares it costa de Portugal, quando 0 Neolitico termina e e, progressiva mas rapidamente, substituido pelas sociedades de agricultores-metalurgistas, urn novo simbolo surge em antigas representa90es ou apa­rece autonomo e num preciso contexto iconografico: os Olhos de Sol de uma nova Deusa.

A remontagem dos simbolos registados em tres suportes distintos perrnite ter uma ideia muito exacta dos componentes integrais desta nova imagem. Sao tais suportes o vasa do tholos do Monte do Outeiro, 0 vaso fragmentado do povoado aberto do Cerro do Castelo de Corte 10ao Marques e os pequenos idolos falange gravaddos

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do Cerro do Castelo de Santa Justa, no Alto Algarve Oriental. A estes documen­tos, todos publicados, e oportuno acrescentar a representa9ao (ainda inedita), sobre vasa fragmentado, proveniente do nivel 3 do locus 1 do povoado da Sala n? 1 (Pedr6-gao do Alentejo).

Dois destes sitios (Santa Justa e 0 Nivel 3 da Sala n? 1) estao datados pelo radio­carbono da l.3 metade do 3? milenio 3. Esse parece ser, com efeito, 0 ambito crono­l6gico especifico para as restantes representa90es (Gon9alves, 1988; Gon9alves, 1989a), ainda que se adrnita a sobrevivencia regional dos simbolos da Deusa durante a sua 2.3 meta de (figurinha e ceramica simb6lica da Estrutura 2 do Monte Novo dos Albardeiros, Gon9alves, 1988-89).

Os simbolos sao os seguintes:

S1 CJM MO SLl

1. Olhos em forma de Sol ....... .. . . + + + + 2. Sobrancelhas . . . . . .. .. . .. . . .. .. . .. + + + + 3. Cabelo . ...... . ........ . .. . .. . .. + 4. Pinturas ou «tatuagens faciais» . . .. + + + + 5. Nariz . . . . . . . . . . .. . .. . ..... ..... + + 6. Boca . .. . .... . . ... . . .. . . . .. . . ... + 7. Queixo . . .. .. . .. .. . . ..... . . . . . . . + 8. Seios . .. . , ... .. .. ... ... ... . .. ... + 9. Umbigo .. . . , .......... . . .. .. . . . +

10. Triiingulo pubico ........... . . . .. + +

SJ: Povoado fortificado do Cerro do Castelo de Santa Justa, Alcoutim, Alto Algarve Oriental; CJM: Povoado do Cerro do Castelo de Corte Joao Marques, Louie, Alto Algarve Oriental; MO: Th%s do Monte do Outeiro, Ourique, Baixo Alentejo; SLl : Povoado da Sala n? I, Pedr6gao do Alentejo.

Assim, a urn primeiro olhar, dos 10 componentes identificados, a associa9ao maxima num unico suporte parece encontrar-se no notavel fragmento cerarnico pro­veniente do nivel 3 do locus 1 do povoado da Sala n? 1 (6 elementos constatados, mas, tratando-se de urn fragmento, nada nos indica que nao existiriam outros com­ponentes), no vasa do tholos do Monte do Outeiro e na figurinha de osso de Santa Justa (5 elementos), ainda que, neste ultimo caso, a contagem se fa9a corrigida por analogia com outro fragmento (Gon9alves, 1989).

A frequencia com que estes simbolos surgem, alargada agora a amostra a todas as ocorrencias em territ6rio hoje portugues, e tambem significativa, sendo uma cons­tante os olhos em forma de sol (e as sobrancelhas associadas).

Quanto as pinturas faciais ou «tatuagens» e ao triangulo pubico, este ultimo quer colocado em geometria natural quer usado em faixas simb6licas, sao, logo a seguir, as representa90es mais frequentes.

Por outro lado, rarissimas vezes se encontram elementos como 0 nariz, a boca ou 0 queixo, 0 (<umbigo» ...

Mas nao e infrequente aparecer apenas urn elemento do conjunto, sugerindo os restantes. A imagem isolada e, pois, suficiente para se referir a urn todo, raras vezes expresso em associa9ao presencial.

l Para 0 nivel 3 do locus 1 do povoado da Sala n? 1 foi obtida a data9ao ICEN-448: 4140 ± 110 BP, cujo intervalo de tempo, a 2 sigmas, e de 3018-2460 cal AC (Gon9alves, 1988: 15). Esta data9iio cor­responde, entre outras de Santa Justa, a UGRA-91: 4100 ± 140 BP, 3028-2290 cal AC).

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Os monumentos ou sitios em que estao presentes os simbolos da Deusa foram listados em Apendice e serao objecto de estudo detalhado na versao definitiva deste trabalh04

Esses dados, resultantes de uma busca bibliognifica e museologica ainda por con­duir, e que portanto devem ser considerados como provisorios, mostram-nos, no Centro/SuI de Portugal, 16 ocorrencias da imagem directa da Deusa dos Olhos de Sol em monumentos ou sitios funenirios, contra apenas 6 em povoados.

Acresce que 4 em 6 povoados sao fortificados, que nos monumentos funenirios o maior mimero de ocorrencias (9) se verifica em antas, estando th%i, grutas natu­rais e artificiais muito proximos entre si (3-2-2).

Claro que mimeros sao apenas numeros e a presen9a da Deusa dos Olhos de Sol nas antas alentejanas pode bern traduzir uma segunda (ou terceira) utiliza9ao de esses numerosos monumentos. E que os muitos suportes em que raramente se gra­yam os olhos solares apresentam, como e 0 caso dos betilos, outros simbolos que, com toda a probabilidade, se referem a uma unica figura, a da Deusa.

Ou, como ja escrevi, «numa fase que parece terminal, as placas surgem com olhos gravados, varios deles em forma de sol. Trata-se certamente da influencia da Deusa Mae calcoHtica, assim representada em artefactos ceramicos, em idolos falange e nos proprios idolos cilindro tipo Moncarapacho. A simbologia solar, presente tam­bern, em alguns recipientes cerarnicos (pratos e ta9as carenadas dos povoados cal­coHticos - Santa Justa, Monte da Tumba, Cabe90 do Cubo, Vila Nova de S. Pedro) parece assim ter sido absorvida pela simbologia indigena usada nas placas de xisto com decora9ao geometrica» (Gon9alves, 1992).

3. Os jogos das imagens: por detnis dos simbolos

Thmos assim imagens simples, quase todas relacionadas com a morfologia ou a interpreta9ao rnitologizada do corpo humano. De urn corpo ferninino. De uma Deusa com Olhos de Sol.

Isolados, de per si, os olhos solares funcionam como mitograma e despertariam referencias precisas e inconfundiveis para os que partilhavam uma superestrutura comum. Muito provavelmente, «historias», atributos, «fun90es» ou mesmo a pre­sen9a rnisteriosa da epifania.

Se 0 triangulo se refere ao sexo feminino da Divindade, os olhos solares simboli­zariam a presen9a radiante de uma precisa e especijica Divindade.

Com efeito, em outros contextos encontramos 0 triangulo pubico, e neles certa­mente nada tern a ver com esta Deusa: desde 0 PaleoHtico superior que simboliza a propria natureza sexual da figura que representa ou a que, por si so, se refere. Tal e 0 caso da frigideira cidadica de Chalandriani que, tendo gravado urn barco no seu centro, tern, no remate interno da mol dura, urn triangulo vulvar fendido. Imagens completas, como as de Pazardzik, na Bulgaria, ou de Syros, nas Cidades, confirmam a natureza multimoda do simbolo. Presente, alias, em placas de gres gravadas, do NeoHtico final portugues, ou em figurinhas de argila ja calcoliticas.

Pinturas faciais ou «tatuagens» tambem nao sao incomuns noutros contextos que o nosso: estatuetas da cultura VinCa, a figura em forma de violino da Anatolia,

4 E inten~ao do autor recolher em forma de livro as versoes actualizadas dos textos desta serie ja publicados e dos ainda ineditos. A estrutura provisoria de tal trabalho e a seguinte: Introdu~ao; I. A Deusa das placas de xisto e 0 Jovem Deus; 2. A proposito de 2 betilos gravados do Algarve; 3 . Deusa(s)-Mae, placas de xisto e cronologias; 4. A proposito dos artefactos votivos de calcario das necropoles de A1calar e Monte Velho; 5. A Deusa dos Olhos de Sol; 6. Machados e enxos nos rituais da vida e da morte; 7. a ocre e 0 fogo nas deposi~oes funerarias do 4? e do 3? milenios. Reflexoes finais. Referencias Bibliograficas.

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as esculturas do grupo Cucuteni, todas elas apresentam os inconfundiveis tra<;:os nas faces, morfologicamente simi lares aos que surgem na figura da Deusa dos Olhos de Sol, mas que cronologica e sobretudo cultural mente, nada tern a ver com ela.

Restam, claro, os olhos solares, assinalando, uma vez mais, a originalidade do Sui Peninsular durante a afirma<;:iio das comunidades de metalurgistas do cobre.

Olhos de Sol ou Olhos de Fogo? Ou ambas coisas?

Lisboa, Primavera de 1993

APENDICE Monumentos e sitios onde se identificou a presenc;:a da Deusa dos Olhos de Sol

1. Monumentos ou sitios de natureza desconhecida 1.1. Chelas Placa de xisto.

1.2. Leziria Betilo gravado tipo Moncarapacho.

1.3. Mertola Placa de xisto.

1.4. Moncarapacho Betilo gravado tipo Moncarapacho.

1.5. Olhiio Betilo gravado tipo Moncarapacho.

1.6. Vale d'Ouro Betilos gravados.

1.7. Salir Betilo gravado tipo Moncarapacho.

2. Antas

2.1. Brissos Placa de xisto.

2.2. Cabacinhitos Placa de xisto.

2.3. Comenda 2 Placa de xisto.

2.4. Farisoa 1 Placa de xis to.

2.5. Horta Velha Placa de xis to.

2.6. Olival da Pega Ceriimicas.

2.7. Olival da Pega 2 Placa de xisto.

2.8. VeJadas Placa de xis to.

2.9. Zambujeiro (Anta Grande) Ceriimica.

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3. Th%i

3.1. Alcalar Falange gravada.

3.2. Farisoa lb Placa de xisto.

3.3. Monte do Outeiro Ceriimica.

4. Grutas artijiciais

4.1. Carenque Falange gravada (colecc6es ineditas, em estudo).

4.2. Alapraia 2 Placa de xisto.

5. Grutas naturais

5.1. Bugalheira Falange gravada.

5.2. Lapa do Bugio Placa de xisto.

6. Povoados abertos

6.1. Cerro do Castelo de Corte Joao Marques Ceriimicas.

6.2. Sala n!' 1 Ceriimica (escavac6es ineditas de Victor S. Goncalves).

7. Povoados fortijicados

7.1. Monte da Tumba Betilo gravado, simbologia solar diversa.

7.2. Olelas Falange gravada.

7.3. Cerro do Castelo de Santa Justa Falanges gravadas.

7.4. Vila Nova de S. Pedro Betilos e ceriimica.

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