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1 www.redevita.com.br Publicação Interna da Rede VITA - Ano VI - 4° Trimestre de 2006 MANTENDO A QUALIDADE MANTENDO A QUALIDADE Conheça as estratégias do Grupo Vita para Sustentar a Qualidade e a Melhoria Contínua Conheça as estratégias do Grupo Vita para Sustentar a Qualidade e a Melhoria Contínua Entrevista com José Carlos Abrahão, Presidente da CNS Entrevista com José Carlos Abrahão, Presidente da CNS Novo Posto do Bradesco no VITA Volta Redonda Novo Posto do Bradesco no VITA Volta Redonda Mantenha a Saúde e a Memória Dormindo Bem Mantenha a Saúde e a Memória Dormindo Bem

MANTENDO A QUALIDADE

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Page 1: MANTENDO A QUALIDADE

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Publicação Interna da Rede VITA - Ano VI - 4° Trimestre de 2006

MANTENDO A QUALIDADEMANTENDO A QUALIDADE

Conheça as estratégias do Grupo Vita paraSustentar a Qualidade e a Melhoria ContínuaConheça as estratégias do Grupo Vita para

Sustentar a Qualidade e a Melhoria Contínua

Entrevista comJosé CarlosAbrahão,Presidente daCNS

Entrevista comJosé CarlosAbrahão,Presidente daCNS

Novo Posto doBradescono VITA VoltaRedonda

Novo Posto doBradescono VITA VoltaRedonda

Mantenha aSaúde e aMemóriaDormindo Bem

Mantenha aSaúde e aMemóriaDormindo Bem

Page 2: MANTENDO A QUALIDADE

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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

• Conheça os Distúrbios do Sono e Durma Melhor

Ping Pong• Entrevista com José Carlos Abrahão, presidente da CNS10

12

Gente• Semana da Enfermagem e Visita do CIMA ao Brasil

Túnel do Tempo• Hormônios, Mensageiros do Organismo17

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Saiba Mais• Entenda como o Efeito Estufa Está Aquecendo o Planeta

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Cida Bandeira• A colunista social que sabe de tudo e conta todas

• Febre Maculosa, um Risco Mortal• Um Brinde ao Vinho, uma Bebida Saudável• O Ataque Silencioso da Trombose Venosa Profunda

Imagem da CapaBanco de Imagens 123RF

• Editorial: Refazendo4

Opinião

Negócios em Saúde• A Saúde Privada no Brasil em 20125

Ciência6

7

• José Mauro Rezendo esclarece a respeito da Cirurgia Bariátrica8

Artigo Médico

Capa• Todo o Esforço é pouco para Manter a Qualidade14

18

Em Rede• UTI-Cardio no Vita Batel com 12 Novos Leitos

19 • Energia Total no Perfil da Melissa Pacheco Santana• Bradesco Inaugura Posto de Atendimento Bancário em VR

• Para a Sul América, Qualidade Tem retorno Garantido• Maternidade VITA VR Oferecerá Serviços de Vacinação

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A frase escolhida para abrir nosso editorial

deste número da Revista VITAL pode, num

primeiro momento, parecer mais uma

daquelas (frases) com a qual somos

brindados de vez em quando por nossas

autoridades que, num afã de se fazerem ou

de parecerem ser populares, atiram a torto e

direito e abusam do direito de serem

simplórios (sendo benigno). Mas, quantas e

quantas vezes nós começamos refazer

coisas que já temos uma experiência

anterior, não tão boa, apenas por acreditar

que é possível se atingir um objetivo

almejado, sonhado?

Fazemos (ou refazemos) coisas a toda hora,

em casa, na escola, na vida, na empresa. No

editorial passado falamos do Fazer; neste,

vamos falar do Refazer. Assim é que há mais

de dez anos, nós do grupo VITA, acreditamos

no futuro, no desenvolver de um mercado de

saúde organizado e bem intencionado,

acreditamos na qualidade e na ética e como

impulsionadores de nossa sustentabilidade

empresarial. Quantas e quantas vezes na

história desta empresa e, em muitos casos, na

história de nós próprios, começamos de novo,

insistindo em projetos que, por algum motivo,

naquele momento não foram à frente. Os

motivos? Vários: cedo demais para aquela

implantação? Imaturidade do mercado?

Nossa? Falta de recursos para bancar a idéia

boa, mas sem retorno a curto prazo? Conjun-

tura política? Econômica? Assim foi, mas

sempre retornamos. Quando em maio, num

encontro de executivos da nova empresa

proprietária dos hospitais VITA e CIMA (vide

número anterior na seção Negócios em

Saúde), definimos os valores deste novo

desenho empresarial, International Hospital

Group (IHG), encontramos velhos amigos

com os quais há mais de dez anos trabalha-

mos juntos e sonhamos o mesmo sonho:

construir uma Rede Hospitalar de alcance

internacional, focada na atenção de qualida-

de, com ética e auto sustentável.

Que Deus nos ilumine nesta nova fase, que

dê energia e força a todas as lideranças

envolvidas no processo de concretização

deste sonho Pan-americano, e que a VITAL

possa no futuro ser um dos agentes

Refazendo

O segundo casamento é o triunfo da Esperança sobre a Experiência

Francisco Balestrin

anunciadores das

boas novas que

estão por vir.

Nesta edição da VITAL, temos o privilégio de

apresentar uma bela entrevista do Dr. José

Carlos Abrahão, presidente da Confederação

Nacional de Saúde, órgão máximo de

definição de políticas de saúde em nosso

país. Em um objetivo bate-papo com nosso

jornalista João Brito, são apresentados os

principais assuntos que motivam a CNS em

seu importante trabalho.

Mostramos mais uma vez, em nossa matéria

de capa, que o assunto QUALIDADE é

escrito no Grupo VITA com letras sempre

maiúsculas, e que muito de nosso valor

empresarial emana deste compromisso com

o cliente. Como sempre, apresentamos

muitas novidades, como poderá ser visto no

artigo do Dr. José Mauro Resende, sobre

obesidade mórbida, e na notícia sobre a

inauguração da UTI Cardiológica no VITA

Batel. Temos também a oportunidade de

noticiar a visita de nossos colegas da Rede

CIMA do México. E “at least but not at last”

vejam ainda as previsões para a Saúde

2012. Quem viver dirá.

VITAL é uma publicação interna da Rede VITA.

Editor: Francisco Balestrin

Conselho Editorial: Francisco Balestrin,

Luiz Sérgio Santana, Ligia Piola, Lorena Nogaroli e

Márcia Almeida.

Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-

4478; [email protected]).

Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb

21.952.

Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Apoio

Curitiba: André Berlesi.

Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Gráfica

Josemar (11.3865-6308)

Email: [email protected].

Correspondência: Av Pedroso de Moraes 1788

São Paulo SP Cep 05420-002

ExpedienteVITAwww.redevita.com.br

Hospital VITA Batel(41) 3883-8482;[email protected]

Hospital VITA Curitiba(41) 3315-1900;[email protected]

Hospital VITA Volta Redonda(24) 2102-0001;[email protected]

Maternidade VITA Volta Redonda(24) 3344-3333;[email protected]

Grupo VITA(11) 3817-5544;[email protected]

Presidente:Edson Santos

Vice-Presidente Executivo:Francisco Balestrin

Diretor de Controladoria e Finanças:Ernesto Fonseca

Diretor Técnico:José Mauro Rezende

Diretor de Operações:Luiz Sérgio Santana

Superintendente Hospital VITA Batel:Claudio Lubascher

Superintendente Hospital VITA Curitiba:Maurício Uhle

Superintendente Hospital VITA Volta Redonda eMaternidade VITA:Deumy Rabelo

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Dizem que os Economistas vivem para fazerprevisões. Quando essas previsões se tornamrealidade, os autores são reconhecidos comoexperts; quando não, certamente houve umamudança de conjuntura.

Na última quinta-feira, durante a inaugura-ção da UTI Cardíaca do Hospital VITA Batelque, diga-se de passagem, ficou excelente emsua proposta de humanização do atendimen-tro a pacientes em estado crítico, vi-me emuma roda de cinco ou seis pessoas fazendoprevisões sobre o que aconteceria nos próxi-mos anos para o nosso negócio e, maisabrangentemente, o que ocorreria no merca-do de Saúde privada. Coisa de Economistaprovocado a falar.

No melhor estilo Joelmir Betting, que, emboranunca tenha sido Economista é, indubita-velmente, o melhor comentarista econômico queeste País já viu e um dos meus ídolos, pois con-segue se fazer entender com clareza, sem terque recorrer ao “economês” para dar importân-cia aos seus comentários, falei por quase vinteminutos sobre minhas expectativas. Bom assun-to para um artigo, obviamente cercado dos ris-cos de se fazer previsões. Vamos lá e, se der erra-do, certamente vou pôr a culpa na conjunturaque se alterou sem meu consentimento.

Vamos começar do começo, para que haja umsentido nessas previsões. E, para facilitar, va-mos convencionar que a Área de Saúde Priva-da é composta de três segmentos: Provedoresde Serviços, Fontes Pagadoras de Serviços e aIndústria e Comércio de Materiais, Medicamen-tos e Equipamentos. Vamos definir, também, quea Indústria e Comércio de Materiais, Medica-mentos e Equipamentos está envolvida com osegmento Público de Saúde, numa maior oumenor participação individual de cada um e,portanto, não será incluída nesta análise, assu-mindo-se que evoluirá de acordo com a de-manda do próprio Mercado. Por premissa, ficaeliminado o paciente essencialmente privado,ou seja, aquele que efetivamente arca com suasdespesas de saúde, já que o percentual é pe-queno, com tendência à extinção.

Vamos, então, falar dos Provedores de Serviçose as Fontes Pagadoras desses Serviços. No quediz respeito aos provedores, vamos definir duascategorias: sendo a primeira os Provedores deServiços Hospitalares ou, simplesmente, Hospi-tais, e outra englobando os demais prestadoresde serviços, como Laboratórios, Clínicas, Cen-tros Diagnósticos e outros.

Vamos começar entendendo o Setor, e nadamelhor que utilizarmos as palavras da AgênciaNacional de Saúde Suplementar – ANS, quedefine: “O setor de saúde suplementar reúnemais de 2.000 empresas operadoras de planosde saúde (2.059, para ser exato), milhares demédicos, dentistas e outros profissionais, hospi-tais, laboratórios e clínicas. Toda essa redeprestadora de serviços de saúde atende a maisde 37 milhões de consumidores, que utilizamplanos privados de assistência à saúde pararealizar consultas, exames ou internações”.

Iniciamos, então, nosso exercício de futurologiapelas Operadoras de Plano de Saúde ou Fon-tes Pagadoras, como me permiti definir anteri-ormente. Das citadas 2.059 atualmenteregistradas na ANS, temos a seguinte divisão:20 Administradoras, 304 de Autogestão, 356Cooperativas Médicas, 154 CooperativasOdontológicas, 106 de Filantropia, 679 de Me-dicina de Grupo, 428 de Odontologia de Grupoe 12 Seguradoras especializadas em Saúde.

Dentro dessa divisão, criada oficialmente pelaANS, podemos concluir que não haverá modi-ficações substanciais no número de Cooperati-vas Médicas, Cooperativas Odontológicas eFilantropia, já que estas não são alvos de pro-cessos de fusões ou aquisições. As Entidadesde Autogestão podem aumentar ou diminuirem número, mas, salvo alguma modificaçãoimportante na legislação, não haverá tambémnenhuma alteração significativa em seu núme-ro. Conclui-se, assim, que as grandes e impor-tantes modificações deverão ocorrer nas deMedicina de Grupo e Odontologia de Grupo.

Aqui podemos fazer nossa primeira previsão. Emcinco anos, o mercado não terá mais que 150empresas de Medicina e Odontologia de Grupo,sendo que uma dúzia de grande porte, que de-terá mais da metade do Mercado em seu seg-mento. Com uma tendência crescente, as Em-presas maiores absorverão as menores, buscan-do o que se pode denominar de dominância deMercado, e na medida em que os recursosfinancianceiros necessários a essas aquisiçõesse tornarem mais acessíveis ebaratos, o queindubitavelmente ocorrerá através da aberturade Capital e pulverização do investimento, esseprocesso sofrerá uma aceleração nunca vista emnosso Mercado, mas já vivenciada, por exemplo,na área de construção civil.

Mais pelo seu porte do que por seu número,existe a possibilidade de alteração de altasignificância no quadro das Seguradoras

especializadas emSaúde.

Passando para a áreados Provedores deServiços, comecemos pelo mais fácil (pois jáestá acontecendo) que é o segmento dosprestadores de serviços não hospitalares. Ve-mos no mercado uma Entidade que abriu seuCapital e se tornou franco-compradora de ou-tras entidades em todo o País, criando umaRede de abrangência Nacional, e outras que,se não abrirem seu Capital, tornar-se-ão alvode aquisições por parte de compradores es-tratégicos. Não se descarta a chegada de umaRede estrangeira, já consolidada, para atuarcomo esse comprador estratégico.

No segmento hospitalar, ocorrerão, seguramen-te, duas coisas. Através dos processos de fu-sões e aquisições haverá a criação de Redeslocais nas grandes Capitais, provavelmentecom uma sub-segmentação por categoria deatendimento, e a criação de Redes Nacionais,com uma drástica redução no número deHospitais Privados “independentes”. Quem se-rão os proprietários ou compradores? As Em-presas de Medicina de Grupo, num processode verticalização de suas atividades, e RedesHospitalares existentes, que buscarão, assimcomo em outros segmentos, através de umamaciça capitalização em Bolsa, os recursosnecessários para se fortalecer através de umprocesso de crescimento, que utilizará a con-solidação de unidades “independentes” emRedes Organizadas, buscando, com isso, umequilíbrio de Mercado.

Em resumo, daqui a cinco anos haverá me-nos e mais fortes interlocutores no mercadode Saúde Privada. Quem ganhará com isso?Primeiramente, o próprio Mercado que se tor-na mais sólido, profissional e de melhor qua-lidade e, em decorrência disso, ganha obeneficiário dos Planos de Saúde que, comobeneficiário, terá por trás de sua carteirinhaempresas mais sólidas e, quando dela se uti-lizar e estiver na condição de paciente, seráatendido em entidades de melhor qualidadee financeiramente sadias. Isso é muito impor-tante, pois só essa condição garante a atuali-zação tecnológica e a correta manutenção dasinstalações hospitalares. Ninguém quer voarnum avião sem manutenção, assim como nãoquer se internar num hospital decadente.

Guardem este artigo e voltem a lê-lo em julhode 2012.

A Saúde Privada no Brasil em 2012Edson Santos

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Você dorme bem? Costuma passar noites em claropara se divertir ou estudar? Ronca? Estima-se quecerca de 40% da população enfrenta algum tipode distúrbio do sono, e muitos outros não dão adevida atenção às suas necessidades, privando-se dele para permanecer em atividade. Quer sejavoluntária ou não, a privação de sono afeta ohumor, a saúde e a memória.

Segundo a neurologista Sandra Salles, do Hos-pital VITA Volta Redonda, existem diversos tiposde distúrbios do sono,sendo o mais conheci-do deles a insônia. “É aincapacidade de iniciarou manter o sono”, ex-plica Sandra. Ela afirmaque 20 a 25% da po-pulação brasileira sofrede insônia e não con-segue conciliar um sono restaurador.

Outro distúrbio comum é a apnéia do sono, ouseja, quando a pessoa pára de respirar por maisde dez segundos enquanto está dormindo. “Apessoa tem apnéia, então acorda momentane-amente e volta a dormir, e nem lembra de teracordado”, diz Sandra. Mas mesmo voltando adormir, essa interrupção breve faz com que apessoa não atinja o sono profundo, o que lheimpede de repor as energias. “É o sono profun-do que repara as energias do organismo”, dizSandra. “Se você tem um sono superficial, podedormir até 12 horas seguidas e acordar cansa-do, porque a qualidade do seu sono foi ruim”.

Segundo Sandra, roncar não deve ser conside-rado normal. “O som significa que você tem al-guma obstrução na passagem do ar, fazendovibrar as partes moles da garganta e gerando oronco” diz Sandra. Quando a obstrução é in-tensa, acontece a apnéia, ou seja, a pessoa ficasem respiração.

Um distúrbio mais curioso é o movimentoinvoluntário das pernas. Algumas pessoas têm ummovimento intenso das pernas enquanto estão

dormindo, o que lhesimpede de dormir direi-to. Naturalmente, quemestá ao seu lado tam-bém não tem um sonodos mais tranqüilos.

Não dormir faz mal

Os adolescentes costumam sacrificar o sonopara ir a uma festa, ficar no computador ouestudar. Mas privar-se de dormir traz conseqü-ências, a curto e a longo prazos. “Quem nãodorme bem se queixa de irritação, dificuldadede concentração e de memória”, diz a neurolo-gista Patrícia Coral, do Hospital VITA Curitiba.Outras queixas comuns são: indisposição, can-saço, dores no corpo e sonolência diurna. “Umadas grandes causas de acidentes automobilísti-cos em nosso país é o comprometimento dosono noturno, levando à hipersonolência diur-na”, diz Patrícia.

“Muitas pessoas acham que estão perdendo amemória, que estão ficando esclerosadas, mas naverdade não estão dormindo o suficiente”, dizSandra. “O sono profundo é como a tecla ‘Enter’ damemória. É durante o sono que as informaçõessão gravadas no cérebro. Por isso, é bobagemaquela história de ‘virar a noite’ estudando,porque essa informação provavelmentevai sumir daqui a uma semana”, acres-centa.

Além da sonolência, docansaço e da perda dememória, a falta

Dormir Bem para Viver BemPermanecer acordado e abrir mão do sono é a receita dequase todo mundo para trabalhar, estudar ou se divertirmais. Só que o corpo paga um preço, e elevado

Como Adaptar-se aoTrabalho Noturno?

A neurologista Patrícia Coral faz recomendaçõespara quem trabalha à noite:

“Idealmente, o trabalhador noturno deveria seraquela pessoa cujo rendimento é muito maior à noite(são aqueles que apresentam o que chamamos deatraso de fase). No entanto, muitas pessoastrabalham à noite por necessidade e precisamhabituar-se a esta rotina; nesse caso, o ideal é quedurmam sempre no mesmo horário, mesmo nos diasde descanso, para que o organismo aprenda queaquela é a hora de estar dormindo. Que tenham umambiente escuro e silencioso para dormir, já queclaro-escuro é o principal estímulo que nos dizquando é a hora de ficar acordado e de dormir. Queevitem fatores que possam atrapalhar o sonopróximo a hora que irão dormir, como cigarro ebebidas com cafeína. Geralmente será necessário umperíodo para esta adaptação”.

Os distúrbios do sono mais comuns são:

Insônia - dificuldade em iniciar ou manter o sonoSAOS (sindrome da apnéia obstrutiva de sono)

- interrupção parcial ou completa da respiraçãodurante o sono por dez segundos ou mais, mais decinco vezes por hora de sono

Narcolepsia - sono súbito e incontrolável, duranteo período de vigília, principalmente em situaçõesmonótonas

Movimentos Periódico de Perna - movimentosperiódicos das pernas durante o sono, a contraçãomuscular ocorre em intervalos de 10 a 120 segundos

Bruxismo - pressionar as mandíbulas durante osono, o atrito causa ruídos e desgasta os dentes;provoca dor de cabeça e das mandíbulas

Distúrbios do Sono

de sono também traz conseqüências mais gra-ves para o organismo. Segundo Sandra, quemnão dorme o suficiente tem maior risco de hi-pertensão arterial, acidentes vascularesencefálicos, infarto do miocárdio, descompen-sação do diabetes e, até mesmo, ganho de peso.

Quanto dormir?

“Não existe uma quantidade ideal de sono; emmédia a população necessita de 7 a 7 e meiahoras de sono diárias”, explica Patrícia. Fora dessamédia, existem os chamados “dormidores cur-tos”, para quem 4 horas de sono podem ser osuficiente, e “dormidores longos”, que precisamde até 12 horas de sono. “A quantidade de sonoideal para cada um é aquela em que no outrodia a pessoa se sinta bem”, explica.

Para Dormir Bem, Evitar, À Noite:• Bebidas excitantes (café e chás com cafeína)• Tabaco• Álcool• Alimentação farta• Exercícios físicos pesados• TV ou música no quarto

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A região serrana do Rio deJaneiro teve, no ano pas-sado, três casos de febremaculosa que levaram àmorte dos enfermos. Paraentender melhor o que éessa doença tão fulminan-te, consultamos o médicoIvo Xavier Pinto, intensi-vista pediátrico e neonatalda Maternidade VITA VoltaRedonda.

“A febre maculosa é umadoença infecciosa causa-da por bactérias do gêne-ro Rickettsia e transmitida através da salivade carrapatos infectados, normalmente oAmblyomma cajennense, conhecido como‘carrapato estrela’ ou ‘carrapato de cavalo’,

e não é transmiti-da de pessoa parapessoa” , explicaPinto. Os sintomascostumam surgirde 2 a 14 diasapós a picada.

Atenção: Carrapatos Mortíferos!Transmitida por carrapatos, a febre maculosa éuma doença letal, que mata cerca de 80% dosindivíduos que evoluem para a forma grave

A doença inicia-se abrup-tamente com os sintomasde febre alta, dor no cor-po, dor de cabeça, falta deapetite, desânimo, segui-dos de manchas na pele.A doença pode compro-meter o sistema nervosocentral, rins e pulmões,vindo a causar o óbito. Deacordo com Pinto, a mai-oria dos doentes tem evo-lução benigna.

“A melhor prevenção éevitar contato com ani-

mais silvestres”, explica Pinto. Em regiões ondeexiste a ocorrência endêmica da doença, érecomendável examinar o corpo a cada trêshoras, já que o carrapato necessita ficar aderi-do ao corpo por pelo menos 4 horas para trans-mitir a infecção. Em locais de vegetação alta,devem-se usar botas e calças compridas. Pin-to recomenda que no caso de o carrapato serencontrado, não esmagá-lo, pois a bactériapode penetrar pelo ferimento. Em vez disso,deve-se usar um carrapaticida.

Ivo Xavier Pinto indicamedidas preventivas

Carrapato transmissorda febre maculosa

A Saúde Estáno Vinho?

O médico Jorge Brandão, do Hospital VITA Vol-ta Redonda, é um enófilo, ou seja, um apreci-ador de vinhos, e gosta de compartilhar esseprazer com amigos e conhecidos. Sendo umcardiologista, Brandão é a pessoa maisindicada para responder a pergunta: afinal,vinho faz bem ou não para o coração?

Segundo Brandão, a curiosidade a respeito dosaspectos benéficos do consumo de vinho es-palhou-se mundialmente, a partir de 1992, comos estudos do médico francês Serge Renaud,que apontavam um estranho fenômeno: comoos franceses, tomando vinho e comendo gor-duras, tinham menor incidência de doençascardiovasculares? Na época, por exemplo, 68%menos que os ingleses. Esse fenômeno ficouconhecido como “paradoxo francês”.

Brandão ressalta que os benefícios não advêmde qualquer bebida alcoólica, mas especifica-mente do vinho tinto. A casca da uva de queele é feito tem um componente, o Resveratrol,com características antioxidantes. De modo ge-ral, podem-se apontar os seguintes benefícios:elevação do HDL (colesterol “bom”), diminuiçãoda agregação das plaquetas, aumento de subs-tâncias vasodilatadoras, baixo valor calórico emrelação a outras bebidas, entre outros.

Brandão ressalta que não está recomendan-do beber vinho como medicação: “Não é ummedicamento e muitas pessoas não podembeber álcool”, explica. “O que eu estou dizen-do é que o vinho tinto, além de ser uma bebi-da saborosa, também é saudável”. Segundoele, o consumo de 15 a 30 gramas de álcoolpor dia, ou seja, uma a duas taças de 120 mlde vinho, é aceitável e pode trazer benefícios.O consumo acima de 50 gramas de álcoolpor dia é comprovadamente prejudicial.

O consumo regular e moderadode vinho tinto, até duas taçaspor dia, pode trazer diversosbenefícios para a saúde

Uma doença circulatória de alto risco, e eleva-do custo para os sistemas de saúde, continuaassombrando médicos e hospitais: trata-se datrombose venosa profunda (TVP). CristianoSchmitt, cirurgião vascular dos Hospitais VITABatel e VITA Curitiba, explica: trombo é umcoágulo sangüíneo, que circulando no siste-ma venoso pode obstruir uma veia, causandodesde inchaços locais até a morte.

“A TVP pode acontecer em qualquer região docorpo, mas afeta principalmente as pernas”,explica Schmitt. A ocorrência mais temida é aembolia pulmonar, quando o trombo chegaao pulmão, podendo levar à morte. Nos mem-bros inferiores, pode comprometer toda a cir-culação, levando até à amputação de umaperna.

Segundo Schmitt, já existem diversos medica-mentos e técnicas para prevenir e tratar a TVP.

“O problema é que ela é facilmente confundidacom outras doenças”, explica. Sintomas comoedema (inchaço) e dor nas pernas podem su-gerir problemas ortopédicos, por exemplo.

Em hospitais, a atenção para a TVP deve serainda maior, já que ela pode ser conseqüên-cia de uma cirurgia e/ou de um longo perío-do de inatividade do paciente. Entre os princi-pais fatores de risco para trombose estão: ta-bagismo, cirurgia, trauma, obesidade, gravidez,imobilidade, câncer, insuficiência cardíaca euso de hormônio (como anticoncepcional ouna reposição hormonal).

Com o aumento da informação sobre trombo-ses, tem aumentado o número de diagnósti-cos. Com apoio do CEVITA (Centro de EstudosVITA), Schmitt tem dado palestras para médi-cos sobre embolia, para que eles possam di-agnosticar mais facilmente essa ocorrência.

Obstrução das veias por trombose pode até levarà morte; sintomas são confundidos com outras doenças

Trombose, um perigo oculto

Brandão conhece os saborese propriedades do vinho

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cirurgia de Fobi-Capella seu “padrão-ouro”, sen-do atualmente a técnica mais realizada nomundo.

Hoje, a cirurgia é considerada o único pro-cedimento provado como efetivo tratamen-to da Obesidade Mórbida ou extrema. Sen-do assim, os pacientes que se enquadramneste diagnóstico, ou seja: aqueles queapresentam índice de massa corporal (IMC)igual ou superior a 40, ou aqueles com IMCigual ou superior a 35 e que apresentam

doenças associadas, que comprovadamentesão agravadas pela obesidade, são candi-datos ao procedimento cirúrgico.

Nunca é demais enfatizar que o tratamentoinicial do quadro de obesidade é clínico. Éfundamental que o candidato a estes procedi-mentos seja submetido a um período de tra-tamento nutricional, eventualmente associa-do a medicamentos, e a um programa de as-sistência psicológica e de estímulo à ativida-de física, conduzido por equipes multi-

profissionais com experiên-cia no tratamento destes pa-cientes (veja nos boxescomo calcular o IMC e aclassificação da obesidadeadotada pela OrganizaçãoMundial da Saúde).

Preparando-se paraa Cirurgia

Além do período prévio detratamento clínico da obe-sidade, como já comenta-mos anteriormente, estespacientes devem se subme-ter à extensa avaliação clí-

Medidas DrásticasContra a Obesidade

A cirurgia bariátrica, ou ci-rurgia da obesidade, podeser definida como um con-junto de procedimentosque têm por objetivo res-tringir a ingestão e/ou aabsorção de nutrientes pelotrato gastrintestinal. Desdea década de 50 os cirurgi-ões têm buscado um procedimento seguro eeficiente e que se mostre bem tolerado pelospacientes. Desta forma, diversos tipos de ci-rurgias foram propostas e experimentadas,sempre baseadas no conhecimento, cada diamais amplo, dos mecanismos que envolvema obesidade.

Atualmente, destacam-se como as técnicasmais amplamente difundidas a derivaçõesbileopancreática, de Scopinaro, e o duodenal– switch e as derivações gástricas, que têm na

O médico JoséMauro Rezende,diretor técnico doGrupo VITA,explica nesteartigo o que é acirurgia bariátrica,consideradaatualmente a únicaforma comprovadade tratar aobesidade mórbida

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nica pré-operatória, buscando a identificaçãoe correção de condições clínicas que possamcomprometer a segurança do ato operatórioe, além disso, avaliar possíveis causas secun-dárias para o quadro de obesidade, tais como:distúrbios da tireóide, uso de determinados me-dicamentos como, por exemplo, antidepressivostricíclicos e outras condições associadas.

A realização de fisioterapia respiratória tam-bém contribui para minimizar os riscos decomplicações respiratórias no pós-operatório,

facilitando a recuperação destes pacientes ereduzindo o tempo de internação.

Ainda como estratégia preventiva de prepa-ração destes pacientes, devemos salientar anecessidade de avaliação do risco de trom-boses venosas em membros inferiores, res-ponsáveis por ocorrências de embolias pul-monares, potencialmente fatais no pós-ope-ratório. Desta forma, a instituição de medidasprofiláticas físicas e farmacológicas está ple-namente indicada nestes casos.

Classificação da obesidade segundoo índicede massa corpórea (IMC) e risco de doença

Oganização Mundial da SaúdeIMC (Kg/m2) Classificação Grau de obesidade Risco de doença

< 18,5

18,5 a 24,925,0 a 29,930,0 a 39,9

> ou = a 40,0

Magreza

NormalidadeSobrepesoObesidade

Obesidade grave

0

0III

III

Elevado

NormalElevado

Muito elevado

Muitíssimo elevadofonte: Cirurgia da Obesidade – Arthur B. Garrido Júnior.

Descubra o Seu Índice de Massa Corporal (IMC)

Para descobrir qual é o seu IMC, basta fazer um cálculo simples:

IMC = Peso / (Altura)²

Ou seja, divida o seu peso pela altura elevada ao quadrado. Vamosimaginar uma pessoa com 1,65 m de altura e peso de 63 kg.

1) A altura ao quadrado (o número multiplicado por elemesmo) é 2,72.2) O peso é 633) 63 dividido por 2,72 dá 23,14) O IMC dessa pessoa é 23,1 e, segundo a tabela da

OMS, ela tem um peso normal.

Outro fator de extrema importância no perío-do pré-operatório é o estabelecimento de umestreito vínculo de confiança entre o pacientee a equipe multidisciplinar que acompanharáo caso. É fundamental que o paciente enten-da a cirurgia como uma “ferramenta” que oauxiliará no tratamento desta grave doença enão como uma solução mágica para sua cura.Assim sendo, a informação clara e detalhadade todas as fases do tratamento contribui deforma decisiva para o sucesso da cirurgia edo resultado final do tratamento.

A avaliação e suporte psicológico são funda-mentais, não só antes da cirurgia, mas, tam-bém, durante todo o período de acompanha-mento pós-operatório e eventualmente portoda a vida do paciente. Sabe-se que gran-des obesos apresentam alta prevalência dedistúrbios psicológicos e necessitam de ade-quada avaliação e tratamento pré-operatóriopara se evitar complicações futuras. É impor-tante que o indivíduo esteja preparado paraas eventuais restrições impostas pela cirurgiae que reconheça os fatores psicológicos quecontribuíram para o desenvolvimento do qua-dro de obesidade mórbida. Alguns estudosrealizados mostram que o emagrecimentoimplica em mudanças na maneira de ser ena vida como um todo, obrigando o indiví-duo a se reorganizar, freqüentemente neces-sitando de ajuda nesta nova fase.

A Cirurgia Bariátrica não deve ser encaradacomo um procedimento estético. É funda-mental que os critérios de indicação cirúrgi-ca sejam respeitados e que o tratamento clí-nico da obesidade seja efetivamente realiza-do antes da decisão de operar. A cirurgia tam-bém estará contra-indicada quando condiçõesclínicas associadas tornarem o risco cirúrgicomuito elevado, colocando, desta forma, em pe-rigo a vida do paciente.

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VITAL - O Brasil tem hospitais suficientes?

José Carlos Abrahão - O Brasil tem, hoje, cer-ca de 500.000 leitos hospitalares em funcio-namento, em cerca de 6.600 hospitais, o queseria suficiente para o País, dado o tamanhoda população. Mas ocorre que eles estão con-centrados em algumas regiões, mais densa-mente povoadas e de maior poder aquisitivo,ocasionando uma distribuição desigual des-ses leitos. Além disso, nos últimos cinco a seisanos, houve uma diminuição do número deleitos, principalmente dos conveniados ao Sis-tema Único de Saúde (SUS).

Em compensação, houve caso de aumentode leitos em regiões estratégicas. O própriocaso do Grupo VITA é um exemplo disso, coma expansão e consolidação do Hospital VITA

ído. A saúde é responsável por mais de 7%do PIB, são mais de 2 milhões de postos detrabalho diretos e mais de 5 milhões de pos-tos indiretos.Além de ser uma atividade econômica im-portante e, portanto, precisar de estímulo, aqualidade da medicina praticada no Brasil émuito elevada. O Brasil é referência em diver-sas áreas, como pesquisa com células-tron-co, tratamento da Aids, hemodiálises, e a pró-pria existência do Sistema Único de Saúde(SUS). Temos, também, grandes gestores. Nos-sa administração hospitalar é excelente.

Apesar disso, em comparação com outros pa-íses, nosso investimento em saúde é muitobaixo. São cerca de 250 a 300 dólares ao anopor pessoa, em comparação com valores de2700 dólares ao ano nos EUA, 2000 dólares

Saudáveis PropostasJosé Carlos Abrahão,presidente da Confede-ração Nacional de Saú-de, está otimista: aentidade ganhou umacadeira na InternationalHospital Federation(Federação Internacionalde Hospitais) e o Brasilsediará o CongressoMundial de Hospitais em2009. São bons motivosde alegria diante dasdificuldades que o setorde saúde enfrenta, sobdiversos pontos de vista.Durante a solenidade deabertura do eventoHospitalar 2007, no dia12 de junho, em SãoPaulo, Abrahão entregou

uma Carta de Intenções do Setor ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A cartacontém dez tópicos, tratando de políticas governamentais, tributação e qualificação de profis-sionais do setor, entre outros assuntos (leia a íntegra em www.hospitalar.com/imprensa/not2013.html). Nesta entrevista à VITAL, Abrahão comenta o conteúdo da carta, a situaçãodos hospitais no País, a necessidade de incentivar o crescimento do setor de saúde e osplanos da CNS para construir seu próprio sistema “S” para os profissionais da saúde, como oSesi e o Sesc já são para a indústria e o comércio.

Volta Redonda, um serviço diferenciado e es-tratégico, que atende uma vasta região ondenão havia atendimento desse nível.

VITAL - Na abertura da Hospitalar, o sr. entre-gou uma Carta de Intenções que trata danecessidade de um PAC específico para aárea da Saúde. Por que o Brasil necessitadesse PAC da Saúde?

Abrahão - Porque a saúde não pode ser es-quecida, porque é um setor de relevância pú-blica, essencial para o País. No momento emque o Governo Federal apresenta uma pro-posta de desenvolvimento como o PAC (Pro-grama de Aceleração do Crescimento, do Go-verno Federal), principalmente um governocomo o atual, pautado pelo foco no social, éfundamental que o setor de saúde seja inclu-

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ao ano na Inglaterra e muito menos que nos-sos vizinhos: a Argentina e Uruguai investemcerca de 800 dólares ao ano por pessoa.

Hoje, a saúde suplementar (prestada por ser-viços e instituições particulares) cobre cercade 40 milhões de brasileiros. Outros 140 mi-lhões de pessoas são atendidos pelo SUS, queé a grande maioria da população. Para que oatendimento a esses milhões de habitantesevolua, é necessário elevar significativamen-te os investimentos.

VITAL - E como se pode conseguir isso?

Abrahão - Uma das medidas é a regulamen-tação da Emenda Constitucional nº29, queregulamenta a aplicação de recursos em saú-de, a níveis federal, estadual e municipal, evincula os investimentos públicos no setor àvariação do PIB.

Outro pilar para o desenvolvimento da saúdeno País é o aprimoramento contínuo dos pro-fissionais e gestores do setor. Um serviço desaúde não é como um serviço de uma outraempresa. Lidamos com a vida das pessoas.Então, precisamos de treinamento e forma-ção contínuos dos nossos profissionais, des-de o médico até o auxiliar de enfermagem,passando por todos os outros profissionais.

VITAL - E quanto à questão tri-butária, quais são as propos-tas da CNS?

Abrahão - Estamos pleitean-do uma revisão da carga tri-butária para o setor, além darenegociação dos débitos dasentidades endividadas. No úl-timo levantamento que se fez,há dois anos, a dívida do se-tor de saúde com o INSS erade R$ 6 bilhões, praticamenteo total da arrecadação do paísem um mês.

Acreditamos que um regimetributário especial, como um“Simples” da saúde, seria degrande valia para todo o se-tor, que paga uma das cargastributárias mais pesadas. Issobeneficiaria não só hospitais,mas médicos, laboratórios,centros de diagnósticos, fabri-cantes de equipamentos, clí-nicas, toda uma cadeia de ati-vidades ligadas à prestação de

José Carlos de Souza Abrahão, presidente da ConfederaçãoNacional de Saúde (CNS), entrega a Carta de Intenções doSetor ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, naabertura da Hospitalar 2007, em São Paulo.

serviços no nosso setor. As atividades ligadasà saúde continuam fora do Simples e, tam-bém, fora do novo Super-Simples. Outro pon-to que estamos reivindicando é a revisão dasalíquotas de importação de equipamentos desaúde, que são extremamente elevadas.

VITAL - Os profissionais de saúde terão umserviço social e de qualificação?

Abrahão – Atualmente, a indústria e o co-mércio têm seus sistemas “S”, respectivamen-te Sesi/Senai e Sesc/Senac, e as entidades desaúde se inserem nos serviços social e deaprendizado do comércio, para os quais con-tribuímos com cerca de R$ 150 a 200 mi-lhões anualmente. Não podemos mais ficaratrelados ao comércio, porque nossasa0tividades vão muito além dele. Por isso rei-vindicamos a criação de nosso próprio siste-ma “S”, que seriam Serviço Social da Saúde(Sess) e Serviço Nacional de Aprendizagemda Saúde (Senass).

VITAL - Qual é o papel da CNS no desenvol-vimento técnico e empresarial dos hospitais?

Abrahão - A Confederação Nacional de Saú-de tem procurado desenvolver um relaciona-mento cada vez maior junto à Agência Naci-onal da Saúde Suplementar, a Agência Naci-

onal de Vigilância Sanitária, outros órgãos dogoverno ligados à saúde, além do Senado eCâmara Federal.Hoje, existem cerca de 100 projetos de lei tra-tando de saúde em tramitação no CongressoNacional, e nós precisamos ficar atentos ebuscar influenciar sua elaboração e aprova-ção, em vez de ficarmos simplesmente à mercêdos acontecimentos.

Temos procurado agir como catalisadores dasreivindicações de todo o setor de saúde norelacionamento com as entidades governa-mentais, integrando os pleitos, organizandoas proposta e obtendo, com isso, uma forçade negociação muito maior.

A Confederação Nacional de Saúde é forma-da por oito federações e 90 sindicatos e, ago-ra, fazemos parte do Conselho da InternationalHospital Federation. Estamos trazendo para oBrasil o Congresso Mundial de Hospitais em2009.

VITAL - Sediar esse evento é um reconheci-mento para o setor hospitalar brasileiro?

Abrahão - Sim, se considerarmos os paísescom quem estávamos disputando para rece-ber o congresso. O Brasil concorria com Por-tugal e Dubai para sediar o evento em 2009.

As edições de 2003 e 2005foram na França e EUA, e esteano acontecerá em Seul, naCoréia do Sul. É a primeira vezque o Congresso Mundial deHospitais será realizado naAmérica Latina.

O congresso reúne represen-tantes de mais de 100 países,com cerca de 2000 participan-tes, em que são discutidasquestões de saúde do mun-do todo e, particularmente, dopaís que sedia o evento. É,também, uma oportunidadepara troca de experiências, co-nhecimentos e para fazerbenchmark (comparação comoutras entidades de atividadesemelhante) e parcerias. Te-mos o apoio da Prefeitura edo Governo Estadual do Riode Janeiro, assim como do Mi-nistério da Saúde para a rea-lização do evento, que atrairáatenção para os hospitais detodo o continente sul-ameri-cano.

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Para quem vê de fora, a conquista de títulosde acreditação, como os dos Hospitais VITACuritiba e VITA Volta Redonda, pode pareceruma medalha, algo como um troféu para co-locar na estante, ou um diploma para emol-durar. Na verdade, não é nada disso. O quemove o processo de acreditação é a busca daqualidade, e essa, não termina nunca. Agora,além da tarefa de manter os títulos conquista-dos, o Grupo VITA irá ainda mais adiante: co-meça o processo de conquista de umaacreditação internacional, emitida pela enti-dade canadense CCHSA International (veja boxnesta matéria).

Na cerimônia de entrega do título deAcreditação de Nível 3 para o Hospital VITACuritiba, em 20 de abril último, juntamente comum workshop sobre qualidade (veja box), Fran-cisco Balestrin, vice-presidente executivo doGrupo VITA, declarou: “O reconhecimento daONA faz com que o grupo assuma cada vezmais a qualidade como um importante valorempresarial. Agora, tanto o Hospital VITA VoltaRedonda quanto o VITA Curitiba, são acredita-dos Nível 3, talvez inédito sob o ponto de vistade o mesmo Grupo ter dois hospitais de suarede em nível de Excelência pela ONA”, afirmaBalestrin.

Para tornar as coisas um pouquinho maiscomplexas, o Grupo VITA faz parte de uma redeinternacional de hospitais, a IHG - InternationalHospital Group. Saiba como o Grupo VITA estáagindo para manter a qualidade conquistada,estabelecê-la cada vez mais dentro da culturado Grupo, e alcançar uma nova acreditação,desta vez internacional.

Qualidade Não TerminaO Grupo VITA enfrenta osdesafios de manter a qualidadeconquistada e avançar, aindamais, em um processo contínuode melhorias (sem mencionar aacreditação internacional queestá a caminho...)

Evolução do Modelo

O engenheiro Francisco Starke, consultor degestão do Grupo VITA, explica porque a quali-

dade não é algo estático, mas deve evoluir sem-pre: “O conceito de qualidade muda com o tem-po. O que é visto hoje como muito bom pelosnossos clientes, pode não ser tão bom assim

Balanced Scorecardsfazer com que eles estejam todos alinha-dos na direção do desenvolvimento daempresa. “É como um grande painel deinstrumentos, que mostra como a empresaestá funcionando e traz recursos paradefinir sua rota”, diz Francisco Starke,consultor do Grupo VITA.

performance: financeira, clientes, proces-sos internos e aprendizado e crescimento.Esses fatores são medidos e equilibradosa partir de indicadores, selecionadossegundo os objetivos estratégicos daorganização. Basicamente, é uma forma deacompanhar os processos, avaliá-los, e

Balanced Scorecards é uma metodologiapara avaliação de performance, criada em1992 pelos administradores Robert Kaplane David Norton. Com Balanced Scorecards,é possível visualizar o que os administra-dores fazem hoje para criar valor no futuro,segundo quatro dimensões de

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amanhã”, diz Starke. “Por isso é preciso estarsempre revendo e melhorando, pois o que ospacientes percebem como um ‘atendimento dequalidade’ está constantemente mudando”.

Segundo ele, o Grupo VITA tem hoje três gran-des objetivos que envolvem a questão da qua-lidade: a convergência com os parceiros in-ternacionais, a implementação do geren-ciamento por Balanced Scorecards (veja box),e a Acreditação internacional. A convergên-cia é necessária para alinhar a forma de tra-

Workshop da QualidadeO workshop “A Qualidade como Fator de

Diferenciação dos Serviços de Saúde”,realizado no Hotel Bourbon, em Curitiba, no dia20 de abril, reuniu alguns dos maioresespecialistas em administração hospitalar doBrasil. A palestra de abertura foi do vice-presidente executivo e diretor médico do GrupoVITA, Francisco Balestrin, que falou sobre aexperiência da qualidade no Hospital VITACuritiba, o processo de acreditação, e comoinflui na satisfação e segurança dos investido-res, gestores, funcionários, fontes pagadoras eusuários.

Fernando Boese, coordenador do projeto dequalidade hospitalar da UNIMED Fortaleza,falou sobre a questão da elevação dos custosda saúde, estratégias que possam contentarpacientes, prestadores de serviço e operado-ras, e como a qualidade hospitalar se inserenesse contexto; o médico ortopedista eadministrador hospitalar Luiz Plínio Moraes deToledo, presidente do conselho de administra-

ção da ONA (Organização Nacional deAcreditação), deu palestra sobre o sistemabrasileiro de Acreditação, sua importância ecomo tem evoluído; o superintendente médicode acreditação do IQG (Instituto Qualisa deGestão), Rubens José Covello, explicou oprocesso de avaliação e auditoria para aobtenção do certificado; o diretor de opera-ções do Grupo VITA, Luiz Sérgio Santana, e osuperintendente do VITA Curitiba, MaurícioUhle, apresentaram resultados operacionais doGrupo, e como se comparam hoje aosresultados médios dos hospitais da ANAHP(Associação Nacional de Hospitais Privados); eo superintendente geral de operações doHospital Samaritano de São Paulo, SérgioLopes Bento, e o diretor de controladoria efinanças do Grupo VITA, Ernesto Fonseca,mostraram resultados econômico-financeirosobtidos a partir da acreditação, e o uso de BI(business intelligence) em administraçãohospitalar.

ímos os riscos e, com isso, reforçamos nossareputação”, explica. Tanto investimento e es-forço tende a ser revertido em ganhos finan-ceiros: “Acreditamos que futuramente as fon-tes pagadoras remunerarão melhor os servi-ços de quem tem, comprovadamente, um ní-vel mais elevado de qualidade”, prevê.

Mantendo o Gás

Segundo Carla Bianca Piasecki, coordenado-ra da Qualidade do Hospital VITA Curitiba, épreciso estar atento para manter o nível demotivação das pessoas envolvidas no proces-so de qualidade: “Estamos acostumados a darenergia em busca de um objetivo, uma con-quista”, diz Bianca, “e foi ótimo ter em vistaessa nova acreditação. É uma oportunidadeúnica para mantermos as pessoas motivadas”.

Ela explica que a qualidade em todos os pro-cessos tem sido alcançada com uma me-todologia resumida na sigla PDCA: Plan (pla-nejar), Do (fazer), Check (verificar), Act (agir,corrigir). Ou seja, planejam-se as ações, de-pois elas são executadas. Em seguida, verifi-cam-se os resultados dessas ações, para sa-ber se o que foi planejado foi conseguido.Finalmente, são feitas correções com base nosresultados, num ciclo constante de melhoria.“No final do processo, é preciso rever o plane-jamento, rever as ações que são realizadas,porque não vou conseguir elevar a minhameta fazendo as mesmas coisas”, diz Bianca.

Segundo ela, essa forma de pensar já faz partedo Grupo VITA: “Hoje, as pessoas se acostu-maram a pensar com metas, em termos deganhos e perdas de produtividade como re-sultado das ações; isso nos direciona”, diz. E

“A sinergia do grupo é que alcançaresultados”, afirma Bianca.

“Quando não existem métodos, não seatingem metas”, diz Vanuza.

Starke: a qualidade não é estática edeve evoluir constantemente

balhar e atender de todos os oito hospitais(quatro no Brasil, três no México e um emCosta Rica). Isso traz ganhos na qualidadede atendimento e permite que as unidadespossam colaborar umas com as outras, emtermos de conhecimentos, experiências e pro-cessos.

Para Starke, a busca incessante pela qualida-de traz ganhos objetivos para todos os inte-ressados: “Damos maior segurança ao paci-ente, temos melhor gestão de custos, diminu-

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Entrevistamos Rubens José Covello, superin-tendente médico de Acreditação do InstitutoQualisa de Gestão (IQG) sobre a Acreditaçãointernacional canadense CCHSA, que o IQGtraz para o Brasil.

VITAL - Qual a finalidade de trazer a CCHSApara o Brasil?

Covello - A certificação internacional vemconsolidar todo o trabalho que o IQG vemdesenvolvendo nos últimos anos, com focona implantação de novos modelos de ges-tão da qualidade. Modelos estes que favore-cem as instituições através de ferramentasque promovem ações de melhoria contínua,obtendo-se, assim, melhores resultadosgerenciais e assistenciais através do aprimo-ramento dos processos, evidenciando maiseficiência, eficácia e efetividade.

O programa de acreditação canadense foidesenvolvido através do Conselho Canaden-se de Acreditação em Serviços de Saúde(CCHSA). É uma organização sem fins lucra-tivos, que atua há mais de cinqüenta anos,e que tem como missão ajudar as organiza-ções de saúde no Canadá e internacional-mente, na estrutura, organização, avaliaçãoe melhoria da qualidade da assistência eserviços prestados aos seus clientes. Temcomo valores a excelência, integridade, res-peito e inovação e é reconhecida pelo RoyalCollege of Physicians and Surgeons of Ca-nadá, sendo membro fundador do ISQua(Associação Internacional de Qualidade emServiços de Saúde).

O CCHSA encontra-se presente em vários con-tinentes (Oriente Médio, Caribe, Europa e Amé-rica Latina) e hoje já trabalha em 19 países.

VITAL - Já existem hospitais “candidatos”?

Covello - Trabalhamos durante alguns me-ses na seleção dos Hospitais participantesdo Projeto Piloto. Estas organizações foramdefinidas de acordo com o seu perfil e a suamaturidade em relação a políticas institu-cionais focadas em gestão da qualidade. Asinstituições participantes são: Hospital VITACuritiba, Hospital Santa Catarina (SP), Hospi-tal Quinta D’Or (RJ) e Hospital Barra D’Or (RJ).

VITAL - Qual será o papel do IQG no pro-cesso? Ele se torna representante oficial daCCHSA?

Covello - O IQG formalizou uma joint-venturecom o CCHSA e passou a ser o representan-te exclusivo do Sistema Canadense de Acre-

ditação em toda a América Latina. Trabalha-remos em conjunto com o Conselho e nos-sas avaliações serão sempre realizadas como acompanhamento de um avaliador sêniorcanadense. A homologação dos relatóriosserá realizada tanto no Brasil como no Ca-nadá. Através desta metodologia garantimosa confiabilidade do sistema e nossos Hospi-tais passam a fazer parte de um grupo extre-mamente seleto de instituições, tendoreferenciais de comparação internacionais.

VITAL - Esse processo de qualidade não ter-mina?

Covello – Realmente, quando falamos degestão de qualidade falamos de um proces-so que não termina, pois nosso objetivo étransformar a cultura das organizações queparticipam dos diferentes sistemas deacreditação através da nossa organização.Como agentes de mudança, nossos avalia-dores trabalham para agregar valor às insti-tuições através de visitas de manutenção erelatórios que impulsionam os hospitais abuscarem nível de excelência em todos osseus processos de uma maneira contínua, istoé, a busca pela qualidade.

Quando as instituições adquirem maturidadesuficiente para entenderem que a busca daqualidade é pautada na mudança da atitudede toda a organização, tanto de baixo paracima, quanto de cima para baixo, o certificadopassa a ser apenas uma conseqüência e, paramantê-lo, as pessoas precisam apenas traba-lhar e monitorar diariamente seus processos.

Covello: gestão de qualidade é umprocesso que não termina

Internacionalmente Acreditadospara saber como acontecem as coisas na rea-lidade, existem dezenas de indicadores que dãoinformações sobre os processos, o que elimi-na o “achismo”, substituindo-o por dados reais.Tudo isso gera uma transparência na forma deadministrar e que faz com que todos se sin-tam participantes, responsáveis pelos resulta-dos e elimina fofocas e mal-entendidos noambiente de trabalho. “A sinergia do grupo éque alcança resultados”, acrescenta Bianca.

Resultados

Como falar em “qualidade” pode ser muitoabstrato para os clientes e para os própriosfuncionários, Vanuza Vitoreli, coordenadora daQualidade do Hospital VITA Volta Redonda,afirma que é preciso demonstrar constante-mente que a atitude de melhorar sempretraz resultados práticos para todos os inte-ressados: pacientes, funcionários, médicos,investidores, fontes pagadoras e toda a co-munidade.

Esses resultados são demonstrados, novamen-te, pelos indicadores: de estratégia, processos,qualidade, produção, desempenho, finanças,que ajudam a avaliar os resultados. Mas exis-tem, também, outros mecanismos: “Os indica-dores são uma forma de averiguação, masnão a única”, diz Vanuza. “Temos pesquisasde satisfação do cliente, que é o nosso princi-pal interessado; também fazemos auditoriase pesquisas internas; temos a ouvidoria, quevisita os pacientes; também recebemos recla-mações, e a própria Acreditação é uma avali-ação externa, ou seja, temos todo um conjun-to de ferramentas que demonstram se o queplanejamos é alcançado”.

Referência em Qualidade

Todo esse esforço em torno da qualidade podeparecer sem sentido, mas não é assim. Tantosmétodos e controles resultam em diminuiçãode riscos e custos, melhor atendimento parao paciente e melhor remuneração para o hos-pital. “Quando não existem métodos, não seatingem metas”, diz Vanuza. “Por mais queinicialmente pareça burocrático, é a únicaforma de se atingir metas, e na verdade nãoé burocracia, são ferramentas que têm fun-ção e que passam a fazer parte do nossodia-a-dia”.

Com a busca constante de aperfeiçoamentose melhorias, a meta do Grupo VITA é tornar-se uma referência internacional em qualida-de de atendimento. Isso não significa quenunca acontecerão falhas, mas que a orga-nização estará preparada para identificá-las,analisá-las e corrigi-las, para evoluir sempre.

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A palavra “hormônio” vem do grego “hormao”,algo que inicia, pede, irrita ou estimula. É comose o organismo utilizasse os hormônios paramandar recados para os tecidos, “produza isto”,“elimine aquilo”, “acumule”, e assim por dian-te. Os mais conhecidos são o hormônio decrescimento, a insulina (que regula as taxasde glicose no sangue), a testosterona (hor-mônio sexual masculino) e o estradiol, femini-no. Os hormônios têm grande poder de circu-lação e atuam sobre o organismo em quanti-dades mínimas.

O conceito de secreções internas foi apresen-tado pelos franceses Claude Bernard (1813-1878) e Charles Edouard Brown-Sequard(1817-1894), embora nenhum dos dois tenhapensado nelas como mensageiros químicos.Brown-Sequard atraiu a atenção do públicoem 1889 ao anunciar que havia se rejuvenes-cido, aos 72 anos, injetando em si mesmo flui-do testicular durante duas semanas. Ele mor-reu aos 77.

Em 1902, os ingleses Sir William MaddockBayliss (1860-1924) e Ernest Henry Starling(1866-1927) demonstraram que ao injetar áci-do no duodeno estimulavam secreção no pân-creas. Starling batizou as secreções internaspela primeira vez como “hormônios” por su-gestão de Sir William Bate Hardy. Esse experi-mento revelou uma forma, até então desco-nhecida, de como uma parte do corpo pode-ria influenciar o funcionamento de outra, se-parada, o que foi a base para o posterior de-senvolvimento da Endocrinologia.

O primeiro hormônio hu-mano produzido comerci-almente foi a Insulina, e osegundo, o hormônio decrescimento, em 1956. Oprimeiro estrogênio contra-ceptivo oral foi comer-cializado nos EUA em maiode 1960, e ficou conhecidocomo “a pílula”, devido aotermo criado por AldousHuxley no livro “Regresso

ao Admirável Mundo Novo”. As anfetaminas,que foram amplamente utilizadas pelos sol-dados durante a II Guerra Mundial, chegaramaos esportes nos anos 1950.

Pouco se sabia quanto ao mecanismo de atu-ação dos hormônios até cerca de 1970, quan-do o conhecimentosobre o assunto real-mente tomou fôlego.Mais de um quarto detodos os prêmios No-bel de Medicina de1970 a 1998 foramconcedidos a pesqui-sadores que estuda-ram a ação dos hor-mônios em nível mo-lecular.

Nos anos 1960 e 70, omédico francês RogerC. L. Guillemin e o quí-mico polonês AndrewSchally trabalhavamem laboratórios dife-rentes, investigando omesmo assunto: como o cérebro controla asglândulas que produzem os hormônios. Am-bos conseguiram demonstrar que o hipotá-lamo, uma região do cérebro, era responsávelpelas substâncias que fazem com quepituitária, tireóide e gônadas liberem hor-mônios. Eles dividiram o prêmio Nobel deMedicina de 1977 por suas descobertas.

Panacéia?

A descoberta do funciona-mento dos hormônios levoua um entusiasmo seme-lhante ao da invenção dosantibióticos. Porém, com otempo as pesquisas come-çaram a evidenciar que elesnão poderiam ser usados li-vremente. Por exemplo: nadécada de 1980, a reposi-ção hormonal para mulhe-

Hormônios - MeuBem, Meu Mal?

Fontes: Nobelprize.Org (nobelprize.org). Royal College ofPhysicians (www.rcplondon.ac.uk). “Reposição Hormonale Câncer de Mama”, Aristodemo Pinotti em ABC da Saúde(www.abcdasaude.com.br). “Hormônio de Crescimento”,Geraldo Medeiros em Veja Online (vejaonline.abril.com.br)

Ernest Henry Starling (1866-1927) foi oprimeiro a chamar secreções internas de“hormônios”

Representação gráfica dohormônio do crescimento

res entrando na menopausa foi difundidacomo praticamente obrigatória, para prevenirdoenças cardiovasculares, prolongar a juven-tude e diminuir os efeitos do climatério. Atual-mente, novas pesquisas apontam que a repo-sição pode elevar a incidência de câncer demama. Por isso tem se recomendado que as

mulheres consultemseus ginecologistaspara reavaliar o trata-mento e fazerem umaprevenção cuidadosa.

O hormônio do cresci-mento é secretadopela hipófise, princi-palmente durante a in-fância e juventude, du-rante o sono, e suapresença cai com oenvelhecimento. Elecausa o crescimentodos ossos, forma maismúsculos e distribui agordura acumuladano corpo. Muitos atle-tas usam o hormônio

do crescimento para melhorar seu desempe-nho, mas têm que conviver com efeitos adver-sos: crescimento das mãos, pés, face (o narizaumenta, os supercílios engrossam), conjuntode fatores conhecido como aspecto acro-megalóide. Pesquisas apontam que 3,5% dosatletas americanos usaram o hormônio decrescimento.

Entre as conseqüências nocivas do uso dehormônio de crescimento sem acompanha-mento médico estão o aumento do volumedo coração, problemas articulares, maior riscode câncer no sistema digestivo e hipertensão.Além disso, os atuais exames antidoping sãocapazes de identificar o uso do hormônio.

Ao serem descobertos, os hormôniospareciam milagrosos: fariam crescer,trariam a juventude, devolveriam asenergias; o tempo mostrou que é precisousá-los com cautela

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O Hospital VITA Batel acaba de inaugurar suanova UTI-Cardio, voltada para emergênciascardiológicas, com 12 novos leitos, dos quaisquatro em apartamentos individuais. Localizadono centro de Curitiba, o VITA Batel permite acessofácil e rápido de clientes dos principais bairroscomerciais e residenciais da cidade. “Nacardiologia, o tempo é determinante. Um minutoa mais pode custar a vida. Por isso, esse Hospitalestá se direcionando mais para essa área”, dizFernando Kubrusly, diretor clínico do Hospital.

A nova UTI-Cardio tem janelas que deixam en-trar a luz do sol, os pacientes podem recebervisitas, a decoração ajuda a criar um clima deconforto e os leitos são individualizados. Nosquatro quartos individuais, o cliente tem umaestrutura de suíte de hotel, com acomodaçõespara acompanhante e varanda. Mas as novida-des não se resumem aos itens de conforto: to-dos os pacientes estão sob a vigilância cons-tante (24 horas por dia) de uma central detelemetria, que capta, analisa e apresenta seussinais vitais, para uma equipe em disponibilida-de permanente. Outras instalações da UTI-Cardiosão: a sala de equipamentos, área de confortomédico, copa e sanitários.

Da inauguração participaram Edson Santos, pre-sidente do Grupo VITA, Francisco Balestrin, vice-presidente executivo e diretor médico, Fernando

Kubrusly, diretor clínico do Hospital VITA Batel,Claudio Lubascher, superintendente do Hospi-tal VITA Batel, entre outros membros da admi-nistração. A imprensa compareceu à inaugura-ção, que teve cobertura do programa Jet Set, daTV Independência.

Com as novas instalações da UTI Cardio, o Hos-pital VITA Batel passa a contar com 23 leitos deterapia intensiva. Somados aos 37 leitos de te-rapia intensiva do Hospital VITA Curitiba, o Gru-po VITA dispõe, hoje, de 60 leitos de UTI noParaná, a maior quantidade disponibilizada porum grupo hospitalar em todo o Estado.

UTI humanizada

Tanto nas instalações quanto no atendimento,a UTI-Cardio do VITA Batel faz parte de umanova forma de gerenciar unidades de tratamentointensivo e atender seus pacientes, que buscahumanizar as UTIs e mudar sua imagem. “Que-remos que os pacientes entendam que essasunidades são simplesmente locais onde se con-centram recursos de equipamentos e atendi-

UTI-Cardio Diferenciada noVITA BatelSão leitos criados paraatender especificamente asemergências cardiológicas,disponíveis na região centralde Curitiba, e com umaabordagem humanizada dotratamento em UTI

mento, para lhes dar o máximo de atenção, se-gurança e conforto”, diz Balestrin.

Um dos mais importantes elementos humani-zadores da nova UTI é que as visitas familiaressão não apenas permitidas, como também in-centivadas. A psicóloga Raquel Pusch, coorde-nadora do Comitê de Humanização da Associ-ação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), équem gerencia o modelo de humanização im-plantado no Hospital VITA Batel. Segundo ela,as normas impostas nos hospitais em geral nãopermitem que os familiares fiquem junto aopaciente e o distanciamento dos entes queridosacaba sendo um dos maiores problemas en-frentados pelos que estão internados na UTI. “Oconceito de humanização hospitalar busca res-gatar o valor da proximidade, evitando que oalto desenvolvimento tecnológico na medicinacoloque o relacionamento e o calor humanoem segundo plano”, explica a psicóloga.

Outro fator que contribui para amenizar a ten-são que o paciente e os familiares possam vivernaquele momento é a decoração da sala deespera, sóbria e tranqüilizadora, criada pelo ar-quiteto João Freitas, um dos premiados no EventoCasa Cor; os quadros são da artista plásticaJanete Mehl.

“O paciente cardiológico deve ser tratado demaneira diferenciada. Ele não pode ficar longeda família”, completa Kubrusly, “Ele também devever o Sol e andar um pouco, quando possível,pois isso ajuda muito na recuperação”. Kubruslygarante que o contato com a luz do dia e comos familiares é fundamental para o bem-estarpsicológico e para a recuperação do paciente.

Na sala de espera (acima), criou-se umambiente tranqüilizador. Nos quartosindividualizados (ao lado), varandas

Reinaldo Bessa, do programa Jet Set, daTV Independência, entrevista EdsonSantos e Francisco Balestrin

Francisco Balestrin, Edson Santos,Fernando Kubrusly e Claudio Lubascherna inauguração da nova UTI-Cardio

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Parece que estava escrito no destino de Melissaque ela trabalharia em hospitais: “Meu avô éenfermeiro, minha mãe é enfermeira, minhastias trabalham em hospitais, meu pai traba-lhou com material médico-hospitalar, tenhoprimos médicos”, enumera, brincando, os seus“antecedentes”. Predestinação ou não, o fato éque Melissa Pacheco Santana estudou Admi-nistração Hospitalar, fez MBA na mesma áreae está no VITA Batel desde a inauguração, emdezembro de 2004.

Na verdade, Melissa chegou ao VITA Batel umpouco antes, em novembro de 2004, quandoainda faltavam algumas “coisinhas” a seremfeitas antes da inauguração. “Nós precisáva-mos colocar o hospital em funcionamento, etudo que tínhamos nesse primeiro mês eraum telefone, um computador, um aparelho defax e os pedreiros trabalhando”, conta Melissa.

No início, ela foi responsável pela Governadoriado hospital e aos poucos foi crescendo profissi-

onalmente, adquirindo maturidade e experiên-cia para chegar ao cargo de Gerente deLogística, após dois anos e meio no VITA. “Se forpreciso, posso dar apoio em qualquer área. Euconheço cada tomada do VITA Batel”, garante.Não é exagero: Melissa conta que às vésperasda inauguração, ela e o superintendente Mau-rício Ulhe chegaram a instalar algumas toma-das para ajudar a cumprir os prazos.

Melissa nasceu em Curitiba, saiu da cidadeainda pequena e retornou aos 12 anos. Aocontrário da maioria das crianças, Melissa sem-pre adorou hospitais: “Desde pequena, neleseu sempre me senti em casa. Viajava com meupai por Santa Catarina e ia conhecendo oshospitais de todas as cidades”, explica.

Para descansar, Melissa carrega pedras: trei-na artes marciais e faz natação duas vezespor semana e estuda inglês. “Tudo para evitara lei da gravidade”, brinca. Tanta atividade exi-ge bastante disciplina, mas ela garante ado-

Paixão por HospitaisDesde criança, Melissa, do VITA Batel , queria trabalharem hospitais; ela adora a carreira que o destino lhe indicou

rar: “Sinto-me privilegiada por ter atingido re-sultados tão bons, ter conseguido o que euqueria, e sou feliz porque acertei plenamentena carreira que escolhi”, diz Melissa.

Perfil

Melissa Pacheco Santana

prato predileto: macarrão

esporte: artes marciais e natação

hobby: leitura

qualidade: determinada

defeito: um pouco brava

Entrou em funcionamento no Hospital VITAVolta Redonda o Posto Avançado Bancário(PAB) do Bradesco, para atender funcionários,médicos e pacientes. Segundo Deumy Rabelo,superintendente do Hospital, o novo serviçoatende uma demanda de funcionários e mé-dicos e é resultado de um excelente e dura-douro relacionamento entre a instituição e oBradesco.

A parceria entre Bradesco e Hospital VITA Vol-ta Redonda tem diversas faces: primeiramen-te, é através dele que os funcionários rece-bem seus salários. Além disso, médicos, forne-cedores e prestadores de serviço recebem seuspagamentos, provenientes do Hospital, prefe-rencialmente através do Bradesco. Finalmen-te, importante parcela das receitas do Hospitalé resultado de atendimentos realizados porpessoas que utilizam os planos da BradescoSaúde.

O PAB entrou em funcionamento no final deabril e trouxe grande conforto para os usuári-

Bradesco Mais Perto em VRO Bradesco abriu um posto de atendimento em Volta Redondae oferece tarifas diferenciadas para médicos e funcionários

os: “As pessoas estão adorando”, diz Rabelo,“porque agora não precisam mais se deslocaraté a região central de Volta Redonda”. O PABconta com uma gerente de relacionamento,dedicada a oferecer auxílio nas questões finan-ceiras, e oferece um pacote de tarifas diferenci-adas para funcionários e médicos do hospital.

Entre os serviços oferecidos no PAB estão:crédito imobiliário; financiamento de veícu-los e bens; cheque especial; crédito pessoal;cartões de crédi-to com bandei-ras VISA, AMEXe Mastercard,entre outros. O-ferece, também,produtos comocapital ização;consórcios; se-guros de vida,auto e residên-cia; e previdên-cia privada.

fachada do PAB doBradesco no Hospital VITAVolta Redonda

O médico Lincoln Pereira,da UTI do hospital, estréiao caixa eletrônico

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Para alcançar a metade se tornar a melhorseguradora do País, aSul América Saúde tembuscado aproximar-secada vez mais dos

melhores presta-dores de serviçosmédicos e hos-pitalares dispo-níveis, apostandoque qualidadenão é custo, masinvestimento. EmCuritiba, os segura-

dos da Sul AméricaSaúde têm acessoaos serviços dos

Sul América Aposta na QualidadePara a seguradora, gastos para obter excelência são amplamentecompensados; seus novos planos chegam a Curitiba ainda neste ano

Para Galfi, qualida-de não é custo, masinvestimento

Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel.

“Quando se tem um alto nível de qualidade deatendimento em um hospital, o período pós-operatório é mais curto, a recuperação é maisrápida e a reincidência, mais rara”, diz RobertoGalfi, diretor de prestadores e serviços médicosda Sul América Saúde. “Por isso estamos bus-cando cada vez mais as parcerias que valori-zam a excelência, como o Grupo VITA”. Galfidestaca as acreditações (certificações de quali-dade para hospitais) obtidas pelo Grupo nosHospitais VITA Curitiba e VITA Volta Redonda.Ressalta que o investimento em qualidade, aocontrário do que possa parecer, traz economiatanto para o hospital quanto para a segurado-

ra, além de muito mais conforto e satisfaçãopara o paciente: “Quanto mais investimos emqualidade, mais conseguimos”, acrescenta.

O Hospital VITA Curitiba é tanto um prestadorde serviços quanto um segurado da Sul Amé-rica Saúde, o que reforça a parceria entre asempresas. “Nosso objetivo é dar acesso àsmelhores práticas, aos melhores prestadoresde serviços médicos, enfim, oferecer o melhortratamento possível para nossos segurados,para que eles recuperem logo sua saúde eretornem rapidamente à sua vida pessoal eprofissional”, diz Galfi.

A Sul América Saúde tem criado produtos vol-tados especificamente para os mercados deSão Paulo e do Rio de Janeiro e, em breve,deverá trazer novidades para Curitiba. Segun-do Galfi, será um produto voltado para o pú-blico de nível gerencial, a ser lançado aindaneste ano.

Vacina contra HPV e outrasna Maternidade VITA VR

A Maternidade VITA Volta Redonda iniciará emsetembro o seu serviço de aplicação de vaci-nas, proporcionando aos clientes alternativasde imunização contra doenças que não estãono calendário vacinal do Ministério da Saúde.Assim, crianças e adultos poderão se benefici-ar de proteção contra doenças como hepatiteA, gripe e varicela, além da novíssima vacinacontra o HPV (veja box).

Segundo Júlio Aragão, diretor clínico da Ma-ternidade VITA VR, a vacinação é uma formade agregar novos serviços aos cuidados quejá são oferecidos para a mulher e a criança.“Temos dado atenção à saúde da mulher deuma forma completa, também fora do ciclo degravidez”, diz Aragão.

Alanê Fialho de Carvalho Pereira, pediatra eneonatologista da Maternidade VITA Volta Re-

donda, explica que as atividades de vacina-ção estão programadas para serem iniciadasem setembro, em instalações preparadas paraessa finalidade. “Vamos oferecer principalmentevacinas sugeridas pela Sociedade Brasileirade Pediatria e pela Sociedade Brasileira deImunização”, diz Alanê.

Entre as principais vacinas que serão ofereci-das na Maternidade VITA VR estão: HPV; vaci-na anti-pneumocócica (previne formas gravesde doenças como pneumonia, meningite eotite); vacina anti-meningocócica (contra me-ningite); hepatite A; gripe; varicela; Salc (vaci-na anti-poliomielite injetável); tríplice acelular(coqueluche, difteria e tétano) e outras. Os ser-viços de vacinação estarão disponíveis parapacientes da Rede VITA e também para de-mais médicos e clínicas que solicitarem esseatendimento a seus pacientes.

Serão oferecidas vacinas fora do calendário vacinal doMinistério da Saúde, elevando a proteção de crianças e adultos

Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da famí-lia Papovaviridae, capazes de induzir lesões de pele oumucosa. Na mulher, estão ligados ao câncer de colo deútero e verrugas genitais (conhecidas como condilomaou crista de galo). No homem, podem ser assintomáticosou causar verrugas genitais. A transmissão do vírus sedá por via sexual ou vertical, isto é, da mãe contaminadapara o bebê, no nascimento.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)liberou a aplicação da vacina contra HPV em mulheresde 9 a 29 anos. A medicação é administrada em trêsdoses, aplicadas em intervalos de dois meses, e a imu-nização proporcionada é permanente. Já são realizadostestes para uso da vacina em mulheres de outras idadese em homens.

Vacina contra o HPV

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A menos que você estivesse em Marte, talvez ain-da não tivesse ouvido falar sobre o aquecimentoglobal, um fenômeno provocado pelo homem, queestaria colocando em risco toda a vida na Terra. Éum assunto que movimenta governos do mundotodo, causando polêmicas e incentivando a mu-dança dos hábitos das pessoas.

Efeito Estufa

A vida na Terra só é possível devido a um fe-nômeno conhecido como “Efeito Estufa”. Elefunciona assim: a luz do Sol chega a Terra eesquenta o solo e os oceanos. Parte desse caloré irradiado de volta para o espaço; mas partefica, retido pelos gases da atmosfera, como emuma estufa. Em planetas sem atmosfera, a tem-peratura varia muito e a superfície é expostaà radiação, impedindo o desenvolvimento davida. Os principais gases da atmosfera terres-tre que retêm calor são vapor d’água, dióxidode carbono, metano e óxido nitroso.

Mas o mesmo Efeito Estufa, que permite a vidana Terra, pode alterar muito o clima atual, noqual se desenvolveram as espécies de ani-mais e vegetais que habitam hoje o planeta,inclusive o homem. Nos últimos cem anos, aatividade econômica e o aumento da popula-ção humana têm jogado na atmosfera imen-sas quantidades de gases responsáveis peloEfeito Estufa, e conforme aumenta a concen-tração desses gases, a temperatura média doplaneta tende a subir. Ou seja, o efeito estáaumentando, está retendo mais calor, e o pla-neta está esquentando. O petróleo, por exem-plo, representa milhares de toneladas de car-bono que estavam no subsolo e que agorasão despejadas na atmosfera por carros, ca-minhões e usinas.

Conseqüências

Os aumentos de temperatura previstos são pe-quenos, algo como 2° a 6° Celsius ao longodos próximos cem anos. O problema é queesse aumento pequeno pode ter grande influ-ência na natureza como ela é hoje: seria sufi-ciente para descongelar os pólos e fazer o ní-vel do mar subir, inundando cidades e áreascultiváveis; modificaria a incidência de chu-vas em diversas regiões, criando desertos onde

Agir Já

Uma comissão da ONU reuniu resultados ob-tidos por 2.500 cientistas e publicou no iníciodo ano um documento que, além de garantirque o aquecimento global está ocorrendo, afir-ma que “muito provavelmente” ele tem comoprincipal causa as atividades humanas liga-das ao uso de combustíveis fósseis.

Como o clima é um assunto realmente caóticoe complexo, ainda não foi possível demonstrarsem sombra de dúvida que é a atividade dohomem que está causando asmudanças, apesar de todosos sinais encontrados.Entretanto, convenha-mos, não haver pro-vas definitivas não émotivo para nos omi-tirmos. Existem váriasevidências disponí-veis. Se deixarmospara agir depois,pode não ha-ver maistempo.

Terra, Um Planeta Cada Vez Mais QuenteA Terra está realmente esquentando? O planeta vai ficar inundado? O mundo vaiacabar? Saiba mais sobre o famoso “aquecimento global”

havia florestas; tornaria determinadas cidadesinabitáveis; colocaria o hábitat de diversasespécies em perigo; elevaria o preço dos ali-mentos, por diminuir a quantidade de áreascultiváveis; e assim por diante.

Entre os sinais de que o aquecimento já estáde fato acontecendo estão: derretimento dasgeleiras, aumento do número de furacões, ele-vação do nível do mar, os dez anos mais quen-tes do últimos cem anos foram todosregistrados de 1990 para cá, etc. Desde que oacompanhamento das temperaturas foi inici-ado em 1860, 1998 foi o ano mais quenteregistrado. A continuarem os números atuais,2007 deverá ser o segundo mais quente des-de então.

Mobilização

O combate ao aquecimento Global tem moti-vado pessoas no mundo todo, e a mobilizaçãotende a aumentar. No dia 8 de julho último, oLive Earth promoveu oito shows ao redor domundo. Começando pela Austrália e terminan-do no Brasil, com um show na praia deCopacabana que reuniu cerca de 400 mil pes-soas, com presença de O Rappa, Jota Quest,Marcelo D2, MV Bill, Jorge Ben Jor, teve encer-ramento do guitarrista Lenny Kravitz.

Um dos principais ativistas pela redução deemissão de gases estufa é o ex-vice-presiden-te americano Al Gore, realizador do documen-tário “Uma Verdade Inconveniente”, que mos-tra como as substâncias poluentes contribu-em para o aquecimento global.

A primeira tomada de decisão internacional arespeito do aquecimento global foi o Protoco-lo de Quioto, publicado em 1997. Nele, estipu-la-se que as emissões de gases poluentesresponsáveis pelo aquecimento devemser reduzidas em 5,2% até 2012, emrelação aos níveis de 1990. Hoje,isso significaria reduzir o total deemissões em 42%. A maior polê-mica do Protocolo é que os EUA,país considerado o maior poluidoratualmente, recusa-se a assinar odocumento e comprometer-se com aredução de emissão de poluentes.

Fontes: ComCiência SBPC - revista eletrônica de jornalismo científico da Soc. Bras.para o Progresso da Ciência (www.comciencia.br). Estadão.com (www.estadao.com.br). Portal G1 (g1.globo.com). Washington Post.com (www.washingtonpost.com)

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Belezura Geral no VITA CuritibaCom a ajuda de O Boticário, as belasfuncionárias do Hospital VITA Curitibaficaram ainda mais belas. Elasreceberam orientação sobre apre-sentação pessoal no ambiente detrabalho e também aprenderamtécnicas de maquiagem. O resultado(excelente) você pode conferir nafoto, com Camila, Andressa, Heloísa,Duda e Fernanda.

ACIAP Premia HospitalVITA Volta Redonda

O Hospital VITA Volta Redondarecebeu da ACIAP - AssociaçãoComercial, Industrial e Agropastoril(ACIAP) de Volta Redonda o prêmio “Empresário do Ano 2007 “, nacategoria “Serviços”. Marcos Men-des (esq.), coordenador de RecursosHumanos, recebeu o prêmio comorepresentante do Hospital. À direita,Luiz Paulo Coimbra, presidente daUNIMED Volta Redonda.

Dia das Mãescom Nova Mamãe

A Maternidade VITA VoltaRedonda comemorou o

Dia das Mães este anocom uma nova mamãe:

Adriana da Silva Mouradeu à luz Lavínia, às cinco

horas da manhã. Aorgulhosa mamãe

ganhou um presente damaternidade.

Suar, Nunca MaisOs cirurgiões Paulo Boscardim(esquerda) e Marcelo Loureiro(direita) receberam o médiconorte-americano Rafael Reisfeld(centro) no Hospital VITA Batel,onde realizaram duas cirurgiasde combate à hiperidrosepalmar (suor excessivo nos pés).Reisfeld é o médico americanomais respeitado na área dehiperidrose e veio assistir os procedimentos realizados no VITA Batel eaprender a técnica utilizada pela equipe do Dr. Loureiro, maior especia-lista no mundo em cirurgia para tratamento da hiperidrose dos pés.

Atualização Ombro a OmbroOs médicos ortopedistas João Carlos Monlevad (dir.)e Luiz Cláudio Vaz (esq.), do Hospital VITA VoltaRedonda, acabam de retornar dos EUA, ondeparticiparam do 24º Encontro do Instituto de Ombrode San Diego, evento anual que reúne os maioresespecialistas em ombro de todo o mundo.Monlevad e Vaz fazem parte do Grupo de Ombrodo Hospital VITA Volta Redonda, e são os maioresespecialistas no assunto da região.

Futebol Society do HVVRPrepara-se para o Pequim 2008

A intrépida equipe de Futebol Societydo Hospital VITA Volta Redonda, forma-da por médicos especialistas emludopédio, não deixa por menos:marca o gol e traça a picanha, já deolho nas Olimpíadas de 2008, emPequim, China.

VITA é Sangue BomEm março deste ano, o trabalho social desenvolvido

pelos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, de utilizar aassessoria de imprensa para divulgar assuntos de

interesse da comunidade, foi reconhecido peloSindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. A

agência Central Press, responsável pela assessoria deimprensa do Grupo VITA em Curitiba, recebeu o

prêmio Sangue Bom do Jornalismo Paranaense, como melhor case de comunicação institucional em 2006

- foi o segundo “Sangue Bom” consecutivo.

O Grupo VITAestá comduas novas eexcelentes

“aquisições” em Curitiba: ClaudioEnrique Lubascher, novo superintenden-te do Hospital VITA Batel, e LorenaNogaroli, nova coordenadora demarketing, atendendo os hospitais VITABatel e VITA Curitiba. Lubascher, chilenono Brasil há 25 anos, é administradorcom pós-graduação em Finanças,entre outras distinções. Lorena é jornalis-ta e tem MBA em marketing.

Gente Novano VITA

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