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Formação sobre Finanças Públicas e Educação Fiscal para Prefeituras Etapa Estado do Pará Mantendo a regularidade do CAUC Junho de 2014 Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Financeiras Intergovernamentais COINT Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais SURIN Secretaria do Tesouro Nacional/MF

Mantendo a regularidade do CAUC - Esaf — Escola de ... · (v) validade da informação de cumprimento. 7 1. ... • §§ 4º e 5º do art. 38 da PIM 507: ... Financeira em Empréstimos

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Formação sobre Finanças Públicas e Educação Fiscal para Prefeituras – Etapa Estado do Pará

Mantendo a regularidade do CAUC

Junho de 2014

Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Financeiras Intergovernamentais – COINT Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais – SURIN

Secretaria do Tesouro Nacional/MF

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Sumário

1. Requisitos fiscais para a realização de transferências

voluntárias

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

3. O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências

Voluntárias – CAUC

4. Requisitos verificados pelo CAUC

5. Considerações finais sobre a manutenção da

regularidade do CAUC

3

1. Requisitos fiscais para a realização de

transferências voluntárias

1. Requisitos fiscais

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1. Requisitos fiscais

Transferência voluntária: ato discricionário da

União. Requisitos fiscais e critérios de

conveniência e oportunidade da União.

22 requisitos fiscais para a realização de

transferências voluntárias

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1. Requisitos fiscais

• Fundamentação Constitucional

• Arts. 195, 198 e 212; ADCT Art. 97

• Fundamentação legal

• LCP 101/2.000 e LCP 141/2.012

• Leis nos 8.666/1.993; 9.504/1.997; 9.717/1.998; e

10.522/2.002

• Fundamentação infra legal

• Decretos 3.788/2.001 e 7.185/2.010

• Resolução SF nº 40/2.001

• Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº 507/2.011

Consolida 21 requisitos, em seu Art. 38

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1. Requisitos fiscais

Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº 507,

de 24/11/2.011

Consolida 21 requisitos, em seu Art. 38

Em cada inciso:

(i) nome;

(ii) detalhamento;

(iii) legislação de regência;

(iv) forma de satisfazer o requisito; e

(v) validade da informação de cumprimento.

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1. Requisitos fiscais

Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº 507,

de 24/11/2.011

Art. 38

§ 1º A verificação dos requisitos fiscais para o recebimento de transferências

voluntárias deverá ser feita no momento da assinatura do respectivo convênio, bem

como na assinatura dos correspondentes aditamentos de valor, não sendo necessária

nas liberações financeiras de recurso, que devem obedecer ao cronograma de

desembolso previsto no convênio.

§ 2º A demonstração, por parte dos Estados, Distrito Federal e Municípios e respectivas

Administrações indiretas, do cumprimento das exigências para a realização de

transferência voluntária deverá ser feita por meio de apresentação pelo beneficiário, ao

concedente, de documentação comprobatória da regularidade.

§ 3º A critério do beneficiário, poderá ser utilizado, para fins do § 1º, extrato emitido

por sistema de consulta de requisitos fiscais para recebimento de transferências

voluntárias disponibilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional, apenas com relação

aos requisitos fiscais que estiverem espelhados no referido extrato.(g.n.)

LDO: Últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias com a mesma previsão

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2. Requisitos não verificados pelo CAUC

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

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Deverão ser comprovados documentalmente diretamente

ao órgão concedente conforme as regras dispostas na PIM

507:

• Observância dos limites de despesa total com pessoal

• LRF – Arts. 19, 20, 23, 66

• PIM 507, Art. 38, inciso XII, alínea a)

• Observância dos limites das dívidas consolidada líquida

• LRF – Arts. 30, 31, 66

• Resolução SF nº 40/2001, Art. 3º

• PIM 507, Art. 38, inciso XII, alínea b)

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

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• Observância do limite de operações de crédito, inclusive por

antecipação de receita

• LRF – Art. 30

• Resolução SF nº 40/2001, Art. 7º

• PIM 507, Art. 38, inciso XII, alínea c)

• Observância do limite de inscrição em Restos a Pagar

(aplicável para o último ano do mandato)

• LRF – Art. 42

• PIM 507, Art. 38, inciso XII, alínea d)

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

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• Observância dos limites de despesa comprometidos com as

parcerias público-privadas

• LRF – Art. 28

• PIM 507, Art. 38, inciso XV

• Observância de exigência de Transparência na Gestão Fiscal

• LRF – Art. 17

• Decreto nº 7.185/2.010

• PIM 507, Art. 38, inciso XII, alínea d)

• Portaria MF nº 548/2.010

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

12

• Observância de regularidade quanto ao pagamento de

precatórios

• ADCT, Art. 97, §10, inciso IV, alínea b)

• PIM 507, Art. 38, inciso XVI

• Inexistência de situação de vedação ao recebimento de

transferências voluntárias

• LRF – Art. 33

• PIM 507, Art. 38, inciso XVIII

• Impedimento para a realização de transferências voluntárias

em período pré-eleitoral

• Lei nº 9.504/1.997, Art. 73, inciso VI

2. Requisitos não verificados pelo CAUC

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3. O Serviço Auxiliar de Informações para

Transferências Voluntárias – CAUC

3. CAUC

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3. CAUC

O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências

Voluntárias – CAUC

• Instituído pela IN nº 2/2012 em substituição ao antigo

Cadastro Único de Convênio, mantendo-se a sigla.

• Fornece informações sobre 13 dos 22 requisitos fiscais

mencionados.

• Possui caráter facultativo, e apenas atesta a validade de um

requisito (os que aparecem como não comprovados no extrato

do CAUC – [*] – podem ser atestados pela apresentação de

outros documentos)

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3. CAUC

O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências

Voluntárias – CAUC

• Trata-se de um serviço que disponibiliza informações, não

sendo a fonte primária. Cada item pesquisado possui uma

fonte específica, cujas informações são refletidas no CAUC.

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3. CAUC

Forma de prestação da informação - Detalhamentos

• O Serviço informa também o detalhamento de cada um dos

requisitos para auxiliar os gestores na resolução das pendências, ao

clicar em cima do título de cada requisito.

• Por exemplo, no requisito “prestação de contas de recursos recebidos

anteriormente”, o detalhamento mostrará qual o convênio está

inadimplente e com qual órgão foi firmado.

• A resolução de eventual inadimplência deverá ser providenciada,

administrativamente ou judicialmente, diretamente com o órgão que

firmou o convênio.

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3. CAUC

O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências

Voluntárias – CAUC

• Disponível em https://www.tesouro.fazenda.gov.br/

Clicar em Responsabilidade Fiscal > CAUC

• Serviço Auxiliar

• Perguntas e Respostas Mais Frequentes

• Relação das Exigências para a Realização de Transferências

Voluntárias

• Outras informações e normas aplicáveis

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3. CAUC

O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências

Voluntárias – CAUC

• Três opções de consulta

• CNPJ principal do Ente Federado

• Adimplência do conjunto de CNPJs dos órgãos da

Administração Direta

• CNPJ de órgão da Administração Direta ou de entidade da

Administração Indireta

• Informações Gerenciais: verifica o conjunto de entidades da

Administração Indireta

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3. CAUC

Opções de consulta

• §§ 4º e 5º do art. 38 da PIM 507:

§ 4º A verificação do atendimento das exigências contidas neste artigo, dar-se-á pela

consulta:

a) ao número de inscrição constante do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ),

mantido pelo Ministério da Fazenda (MF), do Ente Federativo (interveniente) e do

órgão da Administração direta (convenente), para convênios com a Administração

direta; ou

b) exclusivamente, ao número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) da entidade da Administração indireta beneficiária da transferência voluntária.

§ 5º O registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Ente Federativo

(interveniente) será o número de inscrição cadastrado como "CNPJ principal".

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3. CAUC

Lista de CNPJs

• Compete ao Ente Federativo manter atualizada a lista de

CNPJs dos órgãos da Administração direta e entidades da

Administração indireta (IN STN nº2/2.012, Art. 13)

• Atualização deve ser solicitada à STN por meio de ofício

(modelo disponível nas Perguntas e Respostas Mais Frequentes)

• Consulta à relação de CNPJs vinculados pela página do CAUC

• LISTA FINAL - Lista de inscrições no CNPJ (IN 1257/2012)

elaborada a partir de dados extraídos do CNPJ em junho de

2013: Acessada a partir da consulta na Opção I.

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4. Requisitos verificados pelo CAUC:

como manter a regularidade

4. Requisitos verificados pelo CAUC

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4. Requisitos verificados pelo CAUC

Requisito Fiscal Comprovação / Documentação Validade e

Periodicidade

1.1 Regularidade quanto a Tributos e Contribuições Federais e à Dívida Ativa da União

RFB ou PGFN – Certidão Conjunta de débitos relativos a tributos e contribuições federais e à Divida Ativa da União.

Vencimento constante na Certidão

1.2 Regularidade quanto a Contribuições Previdenciárias

RFB – emite Certidão Negativa de Débitos após o recolhimento dos valores devidos à Fazenda Pública.

Vencimento constante na Certidão

1.3 Regularidade quanto a Contribuições para o FGTS

CAIXA – Após o recolhimento dos valores devidos ao Fundo. Certificado de regularidade do FGTS - CRF

Vencimento constante na Certidão

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4. Requisitos verificados pelo CAUC

Requisito Fiscal Comprovação / Documentação Validade e

Periodicidade

1.4 Regularidade em relação à Adimplência Financeira em Empréstimos e Financiamentos concedidos pela União

STN – Serviço Auxiliar Diário

1.5 Regularidade perante o Poder Público Federal

Órgão ou entidade federal credor(a) do débito inscrito no CADIN.

Registro no CADIN

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4. Requisitos verificados pelo CAUC

Requisito Fiscal Comprovação / Documentação Validade e

Periodicidade

2.1 Regularidade quanto à Prestação de Contas de Recursos Federais recebidos anteriormente

Órgãos ou entidades federais e a CEF que celebram convênios.

Diário

3.1 Publicação do Relatório de Gestão Fiscal (RGF)

CAIXA ou órgão ou entidade federal concedente de convênio. DOCUMENTO: RGF publicado em Imprensa Oficial.

Quadrimestral (30/5, 30/9, 30/1) ou Semestral (30/7, 30/1)

3.2 Publicação do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO)

CAIXA ou órgão ou entidade federal concedente de convênio. DOCUMENTO: RREO publicado em Imprensa Oficial.

Bimestral (30/3, 30/5, 30/7, 30/9, 30/11 e 30/1)

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4. Requisitos verificados pelo CAUC

Requisito Fiscal Comprovação / Documentação Validade e

Periodicidade

3.3 Encaminhamento das Contas Anuais

STN - Serviço Auxiliar. Sistema de Coleta de Dados Contábeis dos Entes da Federação- SISTN: 2012 e anteriores, e no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – SICONFI: 2013 em diante.

Anual Municípios: 30/4 Estados e DF: 31/5

4.1 Exercício da Plena Competência Tributária

CAIXA ou órgão ou entidade federal concedente de convênio.

Anual Municípios: 30/4 Estados e DF: 31/5

4.2 Aplicação Mínima de recursos em Educação

FNDE, MEC – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação - SIOPE (declaratória)

Anual Municípios: 30/4 Estados e DF: 31/5

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4. Requisitos verificados pelo CAUC

Requisito Fiscal Comprovação / Documentação Validade e

Periodicidade

4.3 Aplicação Mínima de recursos em Saúde

MS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – SIOPS (declaratória)

Anual 30/01

4.4 Regularidade Previdenciária

Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP expedido pela Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPPS) do Ministério da Previdência Social - MPS

Vencimento constante no Certificado

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5. Considerações finais sobre a

manutenção da regularidade do CAUC

5. Considerações Finais

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Atos praticados por gestão anterior

• Cabe ao prefeito e ao governador sucessor prestar contas dos

recursos provenientes de convênios firmados pelos seus

antecessores.

• Portaria nº 507/2011(art. 72): possibilidade de suspensão

administrativa de pendências relativas a transferências

voluntárias executadas pelo gestor anterior.

• Essa previsão somente se aplica para a prestação de contas de

convênios firmados anteriormente.

5. Considerações finais

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Atos praticados por gestão anterior

• A autoridade competente suspenderá de imediato o registro da

inadimplência, desde que:

1. O administrador seja outro que não o faltoso.

2. As justificativas que demonstrem o impedimento de prestar contas e as

medidas adotadas para o resguardo do patrimônio público sejam

apresentadas ao concedente.

3. A instauração de tomada de contas especial seja solicitada pelo novo

administrador ao concedente.

4. Sejam inseridos os documentos que contenham as justificativas e

medidas adotadas no SICONV.

5. Considerações finais

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Como fazer para resolver as pendências refletidas no

CAUC

• A atribuição de registros fiscais, contábeis e financeiros

espelhados pelo Serviço Auxiliar compete aos órgãos e

entidades federais responsáveis pela inserção de informações

nos respectivos cadastros e sistemas de registro.

• Eventuais ações judiciais que contestem informações refletidas

no CAUC devem ser dirigidas aos órgãos e entidades federais

responsáveis pela inserção de informações nos respectivos

cadastros e sistemas de registro.

5. Considerações finais

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Como fazer para resolver as pendências refletidas no

CAUC

• Ações judiciais apenas contra o CAUC tem atrasado e às vezes

impossibilitado o alcance do objetivo almejado, uma vez que

não se trata de um cadastro de inadimplentes, mas apenas

um “jornal diário” que reflete informações de cadastros

certificadores.

• A STN não possui competência para alterar os registros nele

refletidos.

5. Considerações finais

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Exemplo: inadimplência com o Certificado de Regularidade com o

FGTS (Item 1.3 do CAUC)

• Município entra em contato com a STN para solucionar o assunto.

Resposta STN: o CAUC é alimentado automaticamente pela CAIXA nesse requisito. Só a

CAIXA poderá prestar as informações, resolver as pendências e alterar a situação refletida no

CAUC;

• Município entra na justiça contra o CAUC: liminar é concedida.

Posição STN: O CAUC é alimentado automaticamente pela CAIXA nesse requisito. Só a CAIXA

poderá prestar as informações, resolver as pendências e cumprir a decisão judicial para

alterar a situação refletida no CAUC.

• Risco: a CAIXA alegar que não é ré, pois a ação foi contra o CAUC;

• Efeito prático: risco de demora no cumprimento ou até não se alcançar o resultado

almejado.

Providência correta a ser tomada: resolver diretamente com a CAIXA,

administrativa ou judicialmente.

5. Considerações finais

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Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais - SURIN

Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Financeiras Intergovernamentais - COINT

Gerência de Análise das Transferências Intergovernamentais – GEINT

Tel.: (61) 3412-3051

Obrigado!

Dúvidas poderão ser endereçadas à STN pelo envio de mensagens à caixa postal [email protected].