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Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO Mantida UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Vol.I São Paulo SP

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Mantenedora

ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO

RENOVADO OBJETIVO

Mantida

UNIVERSIDADE PAULISTA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Vol.I

São Paulo – SP

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Sumário

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................. 6

1.1 Denominação do curso ..................................................................... 6

1.2 Modalidade ....................................................................................... 6

1.3 Local da oferta .................................................................................. 6

1.4 Regime de matrícula ........................................................................ 6

1.6 Duração do curso ............................................................................. 6

1.7 Carga horária do curso ..................................................................... 6

1.8 Base legal ......................................................................................... 6

1.8.1 Do credenciamento .................................................................... 7

2 DADOS INSTITUCIONAIS ..................................................................... 7

2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora ...................... 7

2.1.1 Histórico da IES .......................................................................... 7

2.1.2 A missão institucional ................................................................. 8

2.1.3 Vocação da universidade ........................................................... 8

2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista .................... 9

2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI)........................................ 10

2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I) ................ 11

2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II) .............. 11

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem ..................................... 12

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA .................................................... 14

3.1 Instalações dos campi .................................................................... 14

3.2 Os polos de apoio presencial ......................................................... 14

3.3 Sede da UNIP Interativa ................................................................. 15

3.4 Da tecnologia .................................................................................. 16

3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) ..................................... 18

3.5.1 Blackboard ................................................................................ 18

3.5.2 Moodle ...................................................................................... 19

4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................... 19

4.1 Sistema de comunicação ............................................................... 22

4.1.1 Sobre os meios ......................................................................... 22

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4.1.2 Material didático ....................................................................... 22

4.1.2.1 Livro-texto .............................................................................. 23

4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina ............................................ 24

4.1.2.3 Teleaulas ............................................................................... 25

4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA ............................ 26

4.1.3 Concepção de avaliação .......................................................... 27

4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa ............................................ 30

4.1.5 Biblioteca .................................................................................. 30

4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD .............. 31

4.1.5.2 Serviço de processamento técnico........................................ 31

4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços ..................................... 31

4.1.5.4 Acervo ................................................................................... 32

5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ......................................................... 33

5.1 Coordenação de curso ................................................................... 33

5.1.1 Estrutura organizacional ........................................................... 33

5.2 Coordenador do curso .................................................................... 33

5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso .................. 34

5.4 Atenção ao discente ....................................................................... 35

5.4.1 Apoio aos discentes ................................................................. 37

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................... 37

6.1 Formação acadêmica e profissional ............................................... 37

6.2 Regime de trabalho ........................................................................ 38

6.2.1 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa ............................ 40

6.3 Apoio didático-pedagógico aos docentes ....................................... 41

6.3.1 Apoio didático-pedagógico ....................................................... 41

6.3.2 Capacitação .............................................................................. 41

6.4 Núcleo Docente Estruturante ......................................................... 41

6.4.1 Corpo técnico-administrativo .................................................... 42

6.5 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e

extensão ............................................................................................... 43

6.5.1 Programa de Iniciação Científica .............................................. 43

6.5.2 Pesquisa ................................................................................... 44

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6.5.3 Pós-graduação stricto sensu .................................................... 44

6.5.4 Pós-graduação lat -sensu ......................................................... 44

6.5.5 Projeto de extensão .................................................................. 45

7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO ............................................................... 45

7.1 Projeto Pedagógico do Curso ......................................................... 46

7.1.1 Relevância social do curso de Pedagogia ............................... 47

7.1.2 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) ......................... 53

7.1.3 Demanda nacional do curso ..................................................... 56

7.1.4 Formas de acesso ao curso ..................................................... 59

7.2 Concepção do curso ....................................................................... 60

7.2.1 Histórico do curso ..................................................................... 60

7.2.2 O curso de Pedagogia da UNIP ............................................... 64

7.2.3 Organização didático-pedagógica ............................................ 66

7.3 Objetivos do curso .......................................................................... 68

7.3.1 Objetivos gerais ........................................................................ 68

7.3.2 Objetivos específicos ................................................................ 68

7.4 Perfil do egresso ............................................................................. 71

7.4.1 Competências ........................................................................... 71

7.5 Mercado de trabalho ....................................................................... 73

7.6 Estrutura curricular ......................................................................... 75

7.6.1 Eixos estruturantes ................................................................... 78

7.6.2 Núcleos de estudos .................................................................. 82

7.6.2.1 Núcleo de estudos básicos .................................................... 82

7.6.2.2 Núcleo de aprofundamento de estudos e diversificação de

estudos .............................................................................................. 84

7.6.2.3 Núcleo de estudos integradores ............................................ 85

7.7 Conteúdos básicos, específicos e teórico-práticos ........................ 87

7.8 Matriz curricular .............................................................................. 88

7.9 Carga horária .................................................................................. 93

7.10 Disciplinas optativas (somente para a modalidade a distância) ... 94

7.11 Disciplinas de Nivelamento ....................................................... 94

7.12 Atividades complementares ......................................................... 95

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7.13 Estudos Disciplinares (ED) ........................................................... 96

7.14 Estágio Supervisionado ................................................................ 96

7.15 Prática pedagógica do curso de Pedagogia ................................. 98

7.16 Projeto: “Construção de Brinquedos e Organização de

Brinquedotecas nos Polos” ................................................................. 100

7.17 Projetos e práticas de ação pedagógica .................................... 100

7.17.1 Operacionalização dos projetos ........................................... 104

7.18 Trabalho de Conclusão de Curso ............................................... 105

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1 APRESENTAÇÃO

1.1 Denominação do curso

Curso de Licenciatura em Pedagogia.

1.2 Modalidade

Educação a distância (EaD).

1.3 Local da oferta

O curso de Pedagogia na modalidade EaD é oferecido nos polos de apoio

presencial distribuído em todo o território nacional.

1.4 Regime de matrícula

Seriado semestral.

1.6 Duração do curso

O curso tem duração de 3 anos.

1.7 Carga horária do curso

Carga horária do curso: mínimo de 3.200 horas.

1.8 Base legal

O curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista (UNIP),

em consonância com os regimentos do Núcleo Docente Estruturante do

curso – que regulamentam o NDE (Núcleo Docente Estruturante), suas

atribuições e responsabilidades referentes à formulação do Projeto

Pedagógico do Curso (PPC) e sua implementação e desenvolvimento –, os

preceitos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional (Lei nº

9.394/1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de

Professores da Educação Básica (Resolução CNE/CP nº 1/2002), os

Parâmetros Curriculares Nacionais instituídos para o Ensino Fundamental e

Médio e a Resolução CNE/CP nº 2/2002, foi concebido com base na

Resolução CNE/CP nº 1/2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o curso de Licenciatura em Pedagogia. Pautou-se também no

que se refere à acessibilidade de portadores de necessidade especiais,

presente no Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004, no que se refere

à Língua Brasileira de Sinais, a partir do Decreto nº 5626/2005, e no que

corresponde ao estágio de estudantes, disposto na Lei nº 11.788, de 25 de

setembro de 2008.

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1.8.1 Do credenciamento

O credenciamento da UNIP para a oferta da modalidade EaD, conforme

as portarias MEC nº 3.633, de 9 de novembro de 2004, e MEC nº 3.475, de

22 de outubro de 2004, resultou das experiências anteriores da IES e

possibilitaram que a Universidade ampliasse sua atuação na EaD.

2 DADOS INSTITUCIONAIS

2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora

A UNIP é atualmente mantida pela Assupero – Associação Unificada

Paulista de Ensino Renovado Objetivo, CNPJ nº 06.099.229/0001-01,

associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais, com sede e foro

na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, situada na Avenida

Paulista, 900, 1º andar, no bairro da Bela Vista, CEP 01310-100. A Assupero

é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com estatuto

registrado e protocolado em microfilme no Quarto Cartório de Títulos e

Documentos de São Paulo, em 4 de fevereiro de 2004, sob o número

477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a Supero – Sociedade

Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, tendo sua transferência de

mantença analisada e aprovada pelo Ministério da Educação.

2.1.1 Histórico da IES

A iniciação da UNIP no Ensino Superior ocorreu em 1972, por meio do

IUP, Instituto Unificado Paulista, com a oferta dos cursos de Letras,

Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto

Federal nº 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como

habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também

reconhecido pelo Decreto nº 77.546/76.

A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento,

solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização

para o funcionamento do IEEP, Instituto de Ensino de Engenharia Paulista,

nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica, todas

reconhecidas pela Portaria nº 26/82, publicada em 12 de janeiro de 1982.

O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto nº

95.005, de 5 de outubro de 1987, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial

nº 1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado

por meio do Decreto nº 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial

nº 2.023/91.

O curso de Odontologia, afeito ao IOP, Instituto de Odontologia Paulista,

foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 85.791, de 9 de março de

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1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 456/84. Vinculado ao

IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia, autorizado a

funcionar pelo Decreto Federal nº 95.239, de 13 de novembro de 1987,

reconhecido pela Portaria nº 984/93 publicada em 8 de julho de 1993.

Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial nº 550, foi

autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da UNIP, integrada,

inicialmente, pelos cursos até então vinculados aos três institutos

mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com habilitação em História

e Geografia, e Ciências, com habilitação em Matemática, recebidos por

transferência de mantença da Universidade São Francisco.

2.1.2 A missão institucional

Conforme citado no PDI atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma

universidade está intrinsecamente relacionada a um compromisso

permanente com princípios e propósitos que lhe imprimam um caráter,

diferenciando-a de outras instituições congêneres.

A UNIP tem como missão promover o ensino, a pesquisa e a extensão,

aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de

abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade

entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do país.

Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos

princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos

fundamentais, prescrevendo quaisquer formas de discriminação.

2.1.3 Vocação da universidade

Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a vocação

da universidade é “preparar profissionais competentes, com sólida formação

humanística e técnico-científica, conscientes do seu papel social e do

compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha seu caminho, como

instituição de Ensino Superior, “contribuindo para o desenvolvimento

sustentável não apenas dos estados em que atua, mas também de todo o

país”. O mesmo documento traça o perfil das ações e padrões de conduta

pelos profissionais envolvidos direta e indiretamente no cotidiano da

universidade.

Valendo-se dos preceitos do PPI, documento que fixa os propósitos e

metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios

norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão

humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e

ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de

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integrar produtivamente conhecimentos, competências, habilidades e

talentos na formação do futuro profissional.

A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é

fundamental para a sustentação da instituição. A qualidade do ensino

vincula-se fortemente à competência em pesquisa, enquanto as atividades

de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino.

A participação de alunos em atividades de extensão, entre outras,

constitui situação essencial do conhecimento acadêmico e profissional. A

participação discente nos projetos e atividades de pesquisa e extensão

completa a formação integral do aluno.

A UNIP é uma universidade multicampi, que atende à demanda

educacional de 130 mil estudantes. Os campi da UNIP encontram-se

localizados em 11 unidades na cidade de São Paulo e em 13 do estado de

São Paulo. A UNIP também está presente nos municípios de Manaus,

Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade presencial.

No que diz respeito à modalidade EaD, a UNIP conta hoje com 598 polos,

em todos os estados da Federação, distribuídos pelas regiões Norte, com 38

polos; Nordeste, com 94; Sul, com 68; Sudeste, com 328; e Centro-Oeste,

com 70, além de um estabelecimento de ensino localizado no Japão, na

cidade de Hamamatsu.

2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista

A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem,

necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que

atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os

processos são outros devido à distância física entre atores. Por essa razão, a

UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa, órgão

suplementar da Universidade, responsável pela coordenação, supervisão,

assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de atividades

pedagógicas e da formação na EaD pelos institutos que compõem a

Universidade Paulista.

No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a

UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o

Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo

I (Sepi I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II). Embora os

formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade

exigida pela UNIP para os seus cursos.

Os formatos encontram-se configurados conforme visto a seguir.

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2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI)

Esse formato privilegia o ensino no Ambiente Virtual de Aprendizagem

(AVA). No AVA, o aluno acessa todo o conteúdo disponibilizado, a qualquer

momento, pela internet. Isso possibilita ao estudante a organização do seu

ritmo de estudo. O SEI prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem

20% (vinte por cento) da carga horária total do curso.

A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece

durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos,

professores, tutores a distância, que atuam na mediação das ações

pedagógicas por e-mail, telefone e pelo feedback postado no AVA, além de

servir para o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações

dos alunos.

Nesse formato, é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado

por profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os

alunos com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na

realização dos estágios e nas atividades complementares e facilita a

interação dos alunos com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações

e atividades e participar dos encontros programados.

Cada disciplina está dividida em unidades, sendo que, para cada uma, o

aluno deve assistir à teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário,

devendo estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades

propostas pelo professor e responder aos questionários no AVA, respeitando

o período preestabelecido em calendário acadêmico.

Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os

principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno

deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes de passar

para a unidade subsequente.

Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir constam do

calendário acadêmico e da plataforma acadêmica. São eles:

• módulo de Introdução à EaD;

• aula inaugural com o coordenador do curso;

• palestras sobre temas pertinentes ao curso;

• atendimento pedagógico para a elaboração dos projetos e trabalhos de

conclusão de curso e para as práticas docentes ou de ação

pedagógica;

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• atendimento e supervisão das atividades que envolvem os estágios;

• avaliações;

• entrega de documentos, trabalhos e atividades complementares.

2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I)

Esse formato prevê tanto momentos de atividades no AVA como

encontros presenciais semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato,

o aluno deve comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a

exibição das teleaulas e interagir com o professor no decorrer das aulas.

Também são propostas atividades presenciais, que o aluno deverá

desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat as soluções ou

dúvidas sobre o tema sugerido. Essas atividades são acompanhadas por

tutores presenciais. O aluno participa ainda do plantão tutorial presencial

semanal.

O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros

programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do

curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula

inaugural e das palestras.

Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno

deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o

calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos

questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, bem como

dos chats, e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os

slides utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no

AVA.

2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II)

Esse formato privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno,

com o objetivo de promover a flexibilidade, a interdisciplinaridade e a

articulação entre teoria e prática. O planejamento é feito pelos docentes das

disciplinas e coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores

presenciais e/ou professores consultores. Além dos encontros presenciais,

existem atividades acadêmicas a serem realizadas no AVA.

O AVA do Sepi II é um sistema formado por soluções integradas de

gerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que

proporcionam a interação entre alunos e tutores. Por meio do AVA, são

disponibilizados aos alunos textos e questionários, que deverão ser

desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio dos questionários, os

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alunos acompanham e avaliam o seu progresso no processo de ensino-

aprendizagem.

O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta

no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A

ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a

comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e

tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria a distância, e

as dúvidas são respondidas em, no máximo, 48 horas.

Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos

seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do

Word, documento PDF e slides em Powerpoint, entregues aos alunos por

meio de CDs e também disponibilizados no AVA.

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem

Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as

Diretrizes Curriculares Nacionais. Não obstante, em congruência com essa

orientação, este método articula os espectros dos valores humanísticos,

difundindo a inserção teórica na realidade e promovendo a interação do

homem com o mundo. Inspirados nessa Filosofia, os cursos superiores de

licenciatura desenvolvem seus conceitos educacionais pautados na

abordagem sociointeracionista, que concebe a aprendizagem como um

fenômeno que realiza a interação com o outro; portanto, a aprendizagem

possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky, a aprendizagem deflagra

vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo

somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação.

Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do

desenvolvimento. Assim, um processo interpessoal é transformado num

processo intrapessoal.

Como metodologia de ensino-aprendizagem, o curso superior de

licenciatura adota atividades como aulas expositivas, aulas dialogadas,

dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas, palestras,

pesquisa bibliográfica e outras atividades acadêmico-científico-culturais,

visando à oferta de experiências diversificadas aos discentes. O curso busca

o desenvolvimento de programas que privilegiem o enlace entre a teoria e a

prática, enfocando o uso e a adequação de recursos audiovisuais,

tecnológicos, de novos métodos e técnicas de ensino, procurando o

aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e sua aplicação profissional. A

integração entre estudos teóricos, aulas e atividades práticas é exercida por

meio de atividades complementares, trabalhos individuais e em grupo,

projetos de ação pedagógica, atividades de práticas docentes e atividades de

extensão.

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A EaD é uma modalidade educacional cuja característica principal é a

forma de interação, tendo como instrumento facilitador a comunicação

baseada em recursos diversificados. Nessa perspectiva, a UNIP Interativa

oferece o contato visual, auditivo e verbal direto e frequente por meio de

suas aulas, recursos didáticos e dialógicos que promovam a interatividade e

estimulem a aprendizagem dos estudantes.

Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo

processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas

de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos,

chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades

complementares, projetos e práticas de ação pedagógica e questionários

para efetivar uma interação de qualidade, a fim de proporcionar a

dialogicidade necessária, tendo em vista contribuir para a construção do

conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de ensino-

aprendizagem.

No curso de Pedagogia, as atividades seguem uma dinâmica que

pressupõe, além dos momentos de interação com o professor, o

autoaprendizado (aprendizagem independente).

De acordo com Barreto (2007), o enfoque da autoaprendizagem ou

aprendizagem independente surgiu no mundo inteiro a partir dos anos 1970,

com o objetivo de criar um modelo de organização mais flexível no processo

de ensino-aprendizagem e buscando ofertar não um programa universitário

padronizado, mas programas alternativos capazes de atender necessidades

e interesses mais específicos ou, ainda, voltados para o desenvolvimento de

competências. É sob esse contexto que podemos ressaltar que a EaD,

mesmo sendo uma forma de aprender que afasta fisicamente o aluno do

professor, pode aproximar o autoaprendiz de cursos de seu interesse e

proporcionar a formação continuada em diversos setores da sociedade.

Diante disso, entendemos que o aluno deve ser incentivado a estudar e

pesquisar de modo independente e com atividades extras, tendo como intuito

o fortalecimento do aprendizado colaborativo, a dinamização da

comunicação e a utilização das ferramentas existentes. Saber comunicar-se,

descrever, analisar e sintetizar fatos e informações tirados da vida cotidiana,

das relações na família, na comunidade, no curso e na empresa e saber

trabalhar em grupo de maneira participativa são partes das estratégias de

maior investimento do aluno em sua formação, pois isso fortalece o saber

científico e o que advém da experiência. Estratégias de ensino que

incorporem a experiência de vida dos alunos os ajudam a ter um maior

rendimento em seu processo de aprendizagem.

Assim, nossos alunos são orientados a desenvolver o hábito de estudo

independente, posto que o perfil do professor deve acompanhar os

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movimentos e transformações na sociedade em decorrência dos avanços

científicos e tecnológicos.

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA

3.1 Instalações dos campi

A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura

organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle

necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o

desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos

pedagógicos. Para tanto, destacam-se:

• salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas;

• bibliotecas com acervos atualizados, salas de estudos anexas que

oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados

diretamente pelo sítio da UNIP;

• laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio

técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como

em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com

acesso à internet;

• teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para

apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários;

• amplos espaços de convivência dos alunos, como: livrarias,

lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos.

3.2 Os polos de apoio presencial

Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o

território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros

presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais

fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para

atender o aluno.

A infraestrutura de apoio necessária para o atendimento ao aluno nos

polos de apoio presencial é composta por equipe administrativa (monitor de

informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe pedagógica

(coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos). O espaço

dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão, limpeza,

iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade necessárias

nas instalações administrativas, salas de aula, salas de coordenação, tutoria,

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instalações sanitárias, área de convivência, sala de estudo, laboratório de

informática e biblioteca.

Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em

conformidade com o Decreto nº 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O

polo apresenta equipamentos de suporte local que incluem:

• projetor multimídia data show, com a resolução adequada;

• acesso à internet;

• instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos

equipamentos de suporte instalados com proteção;

• microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos

devidamente licenciados.

No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por:

• antena parabólica VSAT;

• servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional

institucional;

• transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU;

• amplificador de sinal.

No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de

internet banda larga provida pelo polo de apoio presencial para os

respectivos equipamentos de suporte.

3.3 Sede da UNIP Interativa

Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é

amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se

devidamente equipados e possuem espaço adequado ao seu funcionamento.

A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e

professores e sala multimídia para professores e tutores a distância. Elas são

equipadas com projetores, computadores para acompanhamento das aulas

ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há espaços

específicos dimensionados para toda a equipe de apoio técnico-

administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento

das suas funções.

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16

A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a documentação

pessoal e acadêmica dos alunos. Possui, ainda, 5 (cinco) estúdios com toda

tecnologia adaptada ao modelo pedagógico.

3.4 Da tecnologia

A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes

tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados

são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas

na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite e o polo de

apoio presencial pode recebê-la, via satélite ou via internet.

Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo Nutec – Núcleo de

Tecnologia da UNIP está consolidada em conceitos de comunicação

baseada em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia

conectados ou não. A fundamentação técnico-teórica para isso está nos

conceitos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em que todos

os recursos tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais

gerenciadas por bancos de dados, assegurando que os conteúdos

programáticos dos cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e

controlada. Com base nisso, é necessária a organização desses conteúdos,

informações e dados dentro de uma base informatizada que garanta a

produção e distribuição do conhecimento em um ambiente monitorado e

acompanhado por professores e tutores de forma interativa.

Tradicionalmente, o banco de dados era o repositório de informações, tendo

atualmente evoluído para o controle das mídias textuais e audiovisuais,

transformando-se de fato em um banco de conteúdos multimídias. As

modernas técnicas de BI1 asseguram que esse sistema de base de

conteúdos possa ser acompanhado, medido e controlado, possibilitando à

instituição o monitoramento dos processos de interatividade e dialogicidade

do corpo docente e discente no interior do modelo pedagógico proposto para

cada um dos formatos – SEI e SEPI.

Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de

servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas

existentes no mercado, utilizando as que melhor se adaptam ao projeto

pedagógico da instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos

que integrem todos os softwares próprios e de terceiros.

1 BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios).Conceitos e métodos para

melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de

negócio.

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Como ambiente virtual de aprendizagem, utilizamos o conteúdo on-line –

COL2, uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e produtos

multimídia que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do

conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos,

atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de

curso, disponibilizamos para os alunos o Atol3 (atividades on-line) que

armazena nos banco de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão

guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados

como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais

como: textos, teleaulas, vídeos (entre os principais), integrando recursos de

interação entre professores, tutores e alunos.

Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a instituição

utiliza o Metrics4. O BIE

5 é uma ferramenta própria que, por meio de

ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas as etapas de

produção, distribuição e controle dos conteúdos em um único ambiente. Para

o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o Lyceum6, e para a

modalidade presencial, o Sisun7.

Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de

Telecom baseada no tripé acessibilidade, segurança e redundância,

requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com acesso

adequado ao AVA.

A UNIP possui um conjunto de tecnologias composta por:

• satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com

o Multicast Hughes;

2 COL Nutec-UNIP: Conteúdo on-line. Ferramenta que gerencia informações textuais

e produtos multimídia.

3 Atol Nutec-UNIP: Atividades on-line. Controla e acompanha a entrega de trabalhos

dos alunos.

4 Software de controle da produção gráfica.

5 BIE Nutec-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (Business Intelligence ou

inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos.

6 Software de controle acadêmico da Techen Sistemas.

7 Software de controle acadêmico.

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• internet, com link de alto desempenho de acesso ao backbone8 nacional

e internacional;

• redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e

Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da

Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica.

Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o

Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto

pedagógico.

3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão

ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento

pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o

acompanhamento dos alunos e uma de avaliação.

Neste projeto pedagógico, elucidam-se as especificidades da EaD, que

originam demandas de interação entre os implicados no processo. Para

tanto, detalham-se a seguir os sistemas de informação utilizados na

veiculação dos conteúdos pertinentes.

3.5.1 Blackboard

A plataforma utilizada pela UNIP Interativa como espaço de publicação de

conteúdos e de centralização das demais plataformas desenvolvidas é o

Blackboard. Essa plataforma dispõe de ferramentas que permitem a

interação do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos

conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível.

Além das ferramentas oferecidas pela própria plataforma, a instituição a

utiliza para integrar o acesso às demais plataformas desenvolvidas, a fim de

centralizar o acesso em um único login, o que viabiliza a auditoria completa

da vida acadêmica do aluno e do corpo docente.

Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário

para a realização de seu curso. Além das disciplinas, estão disponibilizados

avisos gerais, avisos da disciplina, guia do aluno, vídeos instrucionais,

manuais explicativos, brinquedoteca, calendário acadêmico, secretaria virtual

(Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis pelo aluno, como calendário

de tarefas e até o próprio layout da plataforma. Ao visualizar o Guia do

8 Conjunto da rede de internet.

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Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada ferramenta, bem como o

roteiro de estudo a ser seguido.

O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas

disciplinas, são propostos fóruns de discussão que permitem o debate entre

os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos.

Para tratar de assuntos gerais, o aluno utiliza a ferramenta “mensagens”, que

permite o envio de mensagens a um ou a todos os usuários matriculados na

disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário

acadêmico.

3.5.2 Moodle

A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no Sepi II é o

Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos

ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de

avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e

organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos

que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e

tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de

documentos, a administração de acessos e a geração de relatórios.

No ambiente virtual de aprendizagem Moodle, o aluno tem acesso ao

material pedagógico, disponibilizado por disciplina, além dos recursos de

interação que permitem o diálogo entre os alunos, professores e a equipe de

tutoria.

O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por

ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização

dos encontros presenciais. A publicação de material, módulo a módulo, pelo

professor, facilita o acompanhamento do aluno no AVA.

4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM

Conforme consta no PDI, a “educação ao longo de toda a vida” organiza-

se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que constituem os

pilares do conhecimento:

1) aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos

métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório

e ter, assim, acesso aos saberes de nossa época. A iniciação

precoce na ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da

vida humana, à não aceitação de qualquer resposta sem

fundamentação racional e/ou de qualquer certeza que esteja em

contradição com os fatos;

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2) aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer”

também significa criar algo novo, trazer à luz as próprias

potencialidades criativas, para que venha a exercer uma profissão

em conformidade com suas predisposições interiores;

3) aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as

normas que regulamentam as relações entre os seres que

compõem uma coletividade. Porém, essas normas devem ser

verdadeiramente compreendidas, admitidas interiormente por cada

ser, e não sofridas como imposições exteriores. “Viver junto” não

quer dizer simplesmente tolerar o outro com suas diferenças

embora permanecendo convencido da justeza absoluta das

próprias posições;

4) aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir”

significa descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a

harmonia ou a desarmonia entre a vida individual e social.

Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos

abordagens que busquem:

• a construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento

institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e

integração, globalidade e especificidade;

• a interação recíproca com a sociedade caracterizada pela Educação e

desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu

compromisso como potencializadora da formação humana e

profissional;

• a construção permanente da qualidade de ensino, entendida e

incorporada como processual e cotidiana da graduação e da pós-

graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade que

temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas

relações sociais e de produção, e sobre o perfil do profissional a formar

frente às exigências do mercado de trabalho;

• a integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando a construção

de um processo educacional fundado na elaboração e reelaboração de

conhecimentos e objetivando a apreensão e intervenção em uma

realidade dinâmica e contraditória;

• a extensão voltada para seus aspectos fundamentais, quais sejam:

tornar a coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do

ensino e da pesquisa, socializando o saber, e a coleta do saber não

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científico elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases

científicas, restituí-lo à sua origem;

• o desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado,

expressão da concepção de conhecimento como atividade humana

processualmente construída na produção da vida material; e

• a unidade entre teoria e prática, por meio do desenvolvimento, por parte

de professores e alunos em atividades de pesquisa e iniciação

científica.

A UNIP, ao longo de seu percurso histórico como entidade educacional,

sempre empregou ferramentas tecnológicas de comunicação em seu

processo de construção e disseminação do conhecimento. Isso propiciou um

conjunto de experiências individuais e coletivas para o corpo discente e

docente e para com a própria instituição.

Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em EaD, a IES

apoiou-se na experiência adquirida nos últimos vinte anos. Os desafios

presentes no contexto socioeducacional e tecnológico atual possibilitaram

aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a Universidade

desenvolveu ao longo do tempo.

Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a

compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da

interação entre todos os elementos envolvidos no processo de ensino-

aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação,

estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

As estratégias pedagógicas selecionadas visam a proporcionar a

construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração de

projetos e de discussões pautadas e mediadas, que desafiam o aluno,

levando-o a refletir sobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade em

diferentes contextos.

O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações

intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos

entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição;

professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o

conhecimento já adquirido pelos alunos ao longo de suas vidas, estreitando o

vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da EaD.

Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias dialógicas como os

chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares. Esse processo

desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque pedagógico

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consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as propostas dos

cursos, de suas metas e critérios de avaliação.

A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA

criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um

processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há

autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos

na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado.

Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando

transformações significativas nas pessoas envolvidas.

Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com sua missão e vocação,

tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades, visando à

participação ativa dos alunos e professores no processo de ensino-

aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da Educação no

país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e

utilizando tecnologia avançada.

Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão congregados na

UNIP Interativa de maneira que cada uma das equipes esteja integrada em

suas ações. Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de

EaD, organiza-se por meio de sistemas interdependentes entre si:

comunicação, acompanhamento e avaliação.

4.1 Sistema de comunicação

4.1.1 Sobre os meios

O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de

tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar

recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e

tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe

informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e

projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos

dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os

mesmos, no entanto, às especificidades da modalidade EaD, nas quais

professores, alunos e tutores tornaram necessária a criação de serviços que

suportem as demandas por interação entre os implicados no processo

ensino-aprendizagem. O sistema de comunicação atende, prioritariamente, a

essa interação.

4.1.2 Material didático

O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido em sintonia

com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no

PDI da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos

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Pedagógicos dos Cursos. Seu uso é precedido de avaliação por

especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas

visando ao seu aperfeiçoamento.

O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências

específicas propostas para cada curso, respeita as características

socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos.

A produção do material impresso e disponibilizado no AVA atende às

lógicas distintas de concepção, produção, linguagem e tempo. A

convergência e a integração entre as diversas mídias são garantidas pelas

equipes multidisciplinares, constituídas por especialistas: em conteúdos, em

desenvolvimento de páginas web, em desenho instrucional, em ilustração,

em diagramação, em revisão do material produzido, dentre outros, como

determina o artigo 1° do Decreto nº 5.622/2005.

4.1.2.1 Livro-texto

Os livros-textos produzidos observam os seguintes critérios:

• exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro

de estudos;

• contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a

sistematização de ideias;

• ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros

“olhares” e possíveis saberes que esse campo incita;

• compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o

aluno a procurar outros tipos de fontes para estudo;

• inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros,

filmes, artigos etc. – cuja composição permite atingir os objetivos

propostos para a formação dos alunos;

• utilizam ícones padronizados;

• inserem imagens e gráficos;

• apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a

reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a

resposta de um exercício no livro e de outro na plataforma.

A elaboração do livro texto é realizada de forma dialógica, ancorada no

tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo ao aluno agir,

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refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. O livro texto deve

fomentar a reflexão do aluno, levando-o a buscar informações em outras

fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e apropriar-se dos

conhecimentos gerados e adquiridos. Esse processo contínuo considera o

aluno como um agente ativo e capaz de autoavaliar o seu progresso no

decorrer do curso.

O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o

leitor, desenvolvendo o senso crítico do aluno e levando-o a compreender a

relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática profissional. O

conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor um todo coeso,

integrando, de forma contínua e complementar, as suas diferentes partes:

unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia, gráficos e imagens.

O docente conteudista é o profissional especialista que redige o material

didático da disciplina e/ou produz material para o ambiente virtual de

aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for

o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e

participa de treinamentos e workshops.

A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos (CQA), composta

por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise

de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao

coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo

de produção, até que o livro-texto seja aprovado.

No Departamento de Revisão, são verificados: originalidade do texto,

padronização, coesão, coerência, clareza, vícios de linguagem, uso incorreto

da Língua Portuguesa, ortografia e adequação aos padrões estruturais

adotados pela UNIP Interativa.

O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com

conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de

estruturação visual e é responsável pela diagramação do texto. Uma vez

diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao

coordenador do curso que, juntamente com o docente conteudista, verifica o

material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de

Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que

produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável

pela inserção dos materiais no AVA.

4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina

Podem ser utilizados numa determinada disciplina os seguintes materiais:

slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns e Estudos

Disciplinares (ED), dentre outros.

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O Departamento de Planejamento é responsável pelo planejamento e

coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de

livros-textos e calendários acadêmicos e pela publicação de informações

referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais

das aulas.

São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao

vivo no formato Sepi, para a tutoria a distância e para inserir os conteúdos no

AVA, e também controlar as atividades, avaliações e informações na

disciplina Atividade do tutor de sala.

O material é submetido às seguintes etapas:

• recebimento e controle;

• revisão ortográfica e uso correto da Língua Portuguesa;

• diagramação;

• liberação para inserção no AVA;

• geração de imagens;

• liberação para gravação das teleaulas;

• liberação para a Tutoria.

O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para

realizar todas as etapas do processo.

4.1.2.3 Teleaulas

As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo

é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em

conjunto com o líder da disciplina.

O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a

carga horária definida na matriz curricular e organiza a sua apresentação aos

alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização elaborada

pelo professor.

As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos

de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor

propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se

com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco

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anterior. A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais

dinâmica e interativa.

É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de

libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais

acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor.

As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de

Educação Digital, que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O

docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da

disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao

vivo.

4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA

Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras

quanto ao entendimento e possibilidades da EaD, do funcionamento do

curso, dos mecanismos de interações e comunicação disponíveis para uma

aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao universo da EaD,

produzem-se teleaulas, diversos vídeos, normas e calendários

acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA, que:

• abordam a plataforma utilizada (AVA);

• apresentam as abas e ferramentas disponíveis;

• orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem

(tecnológicos de comunicação);

• disponibilizam o calendário acadêmico;

• disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as

atividades e exercícios propostos.

Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais

e instrucionais nas quais os alunos, além de conhecerem as particularidades

do seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio.

Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio

presencial, os coordenadores:

• explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no

semestre;

• apresentam as disciplinas;

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• informam como a equipe de docentes acompanhará o processo

pedagógico;

• informam como interagir com a equipe multidisciplinar;

• transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e

mecanismos de avaliação;

• explicam as funções das pessoas que acompanharão os alunos no

polo, a equipe presencial, tutoria a distância, docentes e

coordenadores.

Alinhada à sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a

inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e

cultural do Ensino Superior do país. O esforço de inclusão norteia a equipe

da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas

utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma,

o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras

geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como

essencial para a modalidade EaD.

A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA, atendendo

às necessidades específicas de cada disciplina e respeitando os referenciais

de qualidade propostos para a Educação de Ensino Superior a Distância.

Fluxograma do desenvolvimento do material didático

4.1.3 Concepção de avaliação

A avaliação do aluno deve servir não só para medir seu rendimento

acadêmico, mas, principalmente, para estimulá-lo a sustentar um

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desempenho positivo. O crescimento intelectual do aluno ao longo do

processo de sua formação deve ser valorizado, considerando-se os objetivos

do curso e as qualidades desenvolvidas, apontando-se as insuficiências

observadas e os caminhos para superá-las.

O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o

desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido,

a avaliação destina-se a induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a

favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua

formação. Desse modo, a avaliação não se destina a punir os que não

alcançam o que se pretende, mas a ajudar cada aluno a identificar melhor as

suas necessidades de formação e empreender o esforço necessário para

realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento profissional.

O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem

memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o

conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo dos pontos de vista

científico, metodológico e político.

Tende avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a capacidade de

acioná-lo e de buscar outros para realizar o que é proposto. Avaliar significa

verificar não apenas se os alunos adquiriram os conhecimentos necessários,

mas também se, quanto e como fazem uso deles para resolver situações-

problema (reais ou simuladas) relacionadas, de alguma forma, com o

exercício da profissão.

Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e

compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação

representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a

orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados

mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos.

A avaliação é entendida como um processo a ser desenvolvido durante o

período letivo. Ela apresenta determinadas especificidades que são

regulamentadas pela instituição. As formas de avaliação no curso seguem os

critérios de avaliação e promoção da UNIP e são adequadas às

especificidades de formação do futuro educador.

Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como: prova escrita

individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa

bibliográfica e de campo, relatórios e fichas de leitura de textos, comentários

escritos de livros lidos, resolução de exercícios práticos, desenvolvimento por

meio dos projetos e atividades que relacionam a teoria e a prática no

desenvolvimento dos planos de ensino das disciplinas do curso.

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29

A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso

acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a

partir do desenvolvimento de questionários e atividades, entre outros,

possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por

meio da revisão e feedback.

Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios,

questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar sua

evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas

comentadas das atividades propostas, assim que o aluno as desenvolve e as

salva no sistema em que, automaticamente, abre-se a oportunidade de

verificação e de proficiência. Incentiva-se também o aluno a buscar

esclarecimentos e avançar em seu conhecimento, revendo os materiais

disponíveis e recorrendo aos tutores a distância, tutores presenciais e

docentes sempre que necessário. O acesso ao AVA permite ao professor

acompanhar o aluno e ao aluno avaliar o seu progresso nas disciplinas,

atividades, exercícios e trabalhos.

As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são

compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão e utilização do contato

telefônico, mas o contato pode ainda ocorrer presencialmente, no polo de

apoio presencial, por meio dos professores consultores e/ou tutores

presenciais. A partir desses instrumentos, é possível traçar um perfil das

dificuldades vividas pelo aluno e promover orientações individualizadas,

materializadas formalmente pelos docentes e tutores, acompanhando o

desenvolvimento do aluno em seu curso.

Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de

apoio com a disponibilização de material complementar, podendo ser

utilizados tanto a teleaula quanto o texto complementar, além de um

acompanhamento mais individualizado por parte dos tutores e professores.

A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita

bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado,

seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato Sepi II, a

avaliação presencial é semestral.

Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da

UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de

prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com

diferentes questões para cada aluno de um mesmo grupo. Na sede, as

questões de prova são elaboradas por professores e encaminhadas a um

departamento específico que recepciona, organiza e insere as questões no

sistema. Ele é disponibilizado ao polo de apoio presencial apenas nas datas

pré-estabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico.

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30

As avaliações presenciais, depois de realizadas, são enviadas ou

digitalizadas pelo polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da

instituição para serem corrigidas pelos docentes.

O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por

meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em

2011, foram introduzidos de forma gradativa nos diferentes cursos.

O detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta do

regimento geral, disponível em: <www.unip.br>.

4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa

A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso

na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e

renovações destas, verificação da documentação e pedidos de emissão de

serviços solicitados pela secretaria virtual. Controla, também, os documentos

referentes à conclusão do curso, o encaminhamento para execução e

registro de diplomas, assim como a sua retirada.

Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns

procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato

deve realizar sua matrícula. Nesse ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo,

torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto.

A matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela

do curso e a entrega do contrato de prestação de serviços educacionais

devidamente assinado e dos documentos pessoais e de escolaridade.

A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle

acadêmico, o Lyceum.

4.1.5 Biblioteca

As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD)

desempenham um importante papel na execução da missão organizacional

da instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem

acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos

impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura

de livro na web, periódicos, DVDs, CD-ROMs e bases de dados nacionais e

internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de

ensino, pesquisa e extensão da Universidade.

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4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD

A biblioteca sede da EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330,

no bairro Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP

denominado Cidade Universitária. Por meio dela, são tomadas as decisões

sobre tratamento técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os

alunos EaD nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio

presencial. As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos distribuídos

nas capitais dos estados de todo o Brasil. As bibliotecas setoriais dão

suporte de catalogação, classificação e de referência para os polos

próximos, além de integrar o seu acervo ao serviço de intercâmbio de

materiais.

4.1.5.2 Serviço de processamento técnico

Todo o acervo da UNIP é registrado em conformidade com os seguintes

padrões internacionais:

• Classificação Decimal Universal (CDU);

• Table Cutter-Sanborn;

• Código de catalogação anglo-americano (AACR-2);

• Machine-Readable Cataloging (MARC-21).

4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços

O sistema de gestão utilizado é o Pergamum, que permite o controle do

acervo e da circulação em ambiente on-line, dispensando a necessidade de

instalação de softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao catálogo

seja feita a partir de qualquer micro conectado à internet. O sistema

Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de Biblioteca, da Biblioteca Central

da UNIP, que foi desenvolvido pela Universidade e deposita os registros de

todos os livros da instituição, desde os mais antigos até as coleções raras. O

catálogo on-line dos sistemas Pergamum e Sisun permite consulta por filtros

de assunto, autor, título e biblioteca, estando disponível no site acadêmico 24

horas por dia por meio da internet. Além de permitir a consulta multicampi, a

comunidade da UNIP presencial e de EaD pode utilizar todos os recursos

disponíveis em qualquer biblioteca da própria mantenedora e instituições

coligadas. Tendo como suporte os sistemas Pergamum e Sisun, o serviço de

referência das bibliotecas UNIP disponibiliza para o corpo discente e docente

presencial e de EaD os seguintes serviços:

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• pesquisa bibliográfica;

• orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as

normas da ABNT. Visando ao melhor atendimento à demanda desse

serviço, foi elaborado o Guia de Normalização para Apresentação de

Trabalhos Acadêmicos, que está disponibilizado na página da internet

da instituição:

<http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normaliz

acao.pdf>;

• empréstimo domiciliar;

• renovação on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet);

• reserva on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet);

• intercâmbio de material entre bibliotecas (EaD e presencial);

• consulta local;

• elaboração de referências bibliográficas (ABNT);

• Comut – programa de comutação bibliográfica que visa a facilitar a

obtenção de cópias de documentos independentemente de sua

localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos

documentos exclusivamente para fins acadêmicos e de pesquisa;

• treinamento de usuários.

4.1.5.4 Acervo

• Material impresso: atualmente, o acervo dos campi da UNIP conta

com mais de 1.000.000 de itens. Além destes, os polos de apoio

possuem cerca de 400.000 itens, podendo o aluno de EaD fazer uso de

material de qualquer um desses materiais, realizando o empréstimo

presencial ou solicitando o intercâmbio de títulos.

• Material on-line: no ambiente on-line, todos os alunos da UNIP podem

acessar os bancos de dados de periódicos, inclusive da Capes e

EBSCO. Recentemente foram incorporados ao acervo materiais virtuais

de várias editoras, tendo como destaque a Biblioteca Virtual da Pearson

(BV), com cerca de 1.600 títulos que podem ser lidos pelos alunos por

computador, celular, tablet etc. A BV permite também a impressão de

partes dos livros.

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5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA

5.1 Coordenação de curso

5.1.1 Estrutura organizacional

A Coordenação do Curso é exercida pelo coordenador geral, que conta

com o apoio de coordenadores locais que se encarregam da supervisão

acadêmica da realização dos cursos. Compete a cada coordenador auxiliar,

entre outras funções, o papel de definir e gerenciar a equipe docente do

curso sob sua responsabilidade.

Na EaD há um coordenador que realiza plantões na sede da Unip

Interativa. A Coordenação de Curso conta ainda com o apoio de líderes de

disciplina, competindo a estes, entre outras funções, a responsabilidade de

definir e manter atualizados os planejamentos didáticos de suas respectivas

disciplinas (objetivos, planos de ensino, conteúdos programáticos,

bibliografia etc.).

Os planos de ensino e os planejamentos didáticos completos elaborados

pelos líderes de disciplinas constituem o padrão que é adotado pelo curso,

cabendo às equipes docentes fazer as adequações necessárias. Em resumo,

a coordenação do curso é exercida pela estrutura matricial, por meio da qual

os docentes respondem hierarquicamente para seus respectivos

coordenadores e, em termos funcionais, obedecem às orientações dos

líderes de disciplina. Tanto os coordenadores como os líderes de disciplina

respondem ao coordenador geral do curso.

5.2 Coordenador do curso

A Coordenação do Curso é exercida por um coordenador designado pelo

reitor e homologado pela Mantenedora (Regimento Geral da Universidade,

artigo 23).

Para exercício do cargo de coordenador do curso são exigidos os

seguintes requisitos:

• titulação acadêmica compatível com a sua missão de liderar

educadores do Ensino Superior;

• experiência profissional;

• experiência acadêmica suficiente para permitir uma visão adequada da

realidade do Ensino Superior;

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• acompanhamento continuado e abrangente da evolução do mundo,

tanto no que diz respeito às carências das organizações como no que

trata dos avanços nas práticas de gestão;

• capacidade de liderar equipes.

5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso

Dadas as características de atuação multicampi da Universidade, o

Colegiado do Curso é formado por dois tipos de colegiados complementares

entre si: o Colegiado Geral e os Colegiados Locais. O Colegiado Geral é

composto pelo coordenador do curso e pelos coordenadores locais,

enquanto cada Colegiado Local é composto pelo coordenador e sua

respectiva equipe de docentes. Ambos os tipos de colegiado contam com

uma representação discente. Os Colegiados Locais atuam simultaneamente

como alimentadores e disseminadores/multiplicadores das decisões e

orientações do Colegiado Geral.

Ao Colegiado de Curso, na forma como ele está instituído e de acordo

com o Regimento Geral da Universidade (art. 29), compete o seguinte:

• propor e executar atividades e promover a articulação interna e das

relações entre os cursos da mesma área localizados em outros campi;

• aprovar o plano de atividades de curso;

• promover a articulação e a integração das atividades docentes;

• propor providências de ordem didática, científica e administrativa aos

órgãos da administração superior;

• opinar sobre a realização de programas de ensino, pesquisa e

extensão;

• responsabilizar-se pela elaboração de projetos de pesquisa de

extensão na área de competência e coordenar e supervisionar sua

execução;

• desenvolver e aperfeiçoar metodologias próprias para o ensino das

disciplinas de sua competência;

• distribuir encargos de ensino, pesquisa e extensão aos membros do

corpo docente;

• responsabilizar-se pelo oferecimento das disciplinas relacionadas ao

setor específico do saber que define o âmbito de sua competência;

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• elaborar as ementas, os programas e os planos de ensino para as

disciplinas de sua competência;

• avaliar o desempenho individual de cada docente;

• participar de programa ou projetos de pesquisa e extensão de natureza

interdisciplinar;

• promover e coordenar seminários, grupos de estudos e outros

programas para o aperfeiçoamento docente;

• ao final do semestre, avaliar os programas relativos ao curso;

• constituir comissões especiais para assuntos específicos;

• acompanhar a expansão do conhecimento nas áreas de sua

competência, por meio de intercâmbio com centros de pesquisadores

que desenvolvam trabalhos inovadores e, também, por meio do

incentivo à participação dos docentes em eventos científicos e culturais

nas respectivas áreas de especialização;

• exercer as demais atribuições que se incluam, de maneira expressa ou

implícita, no âmbito de sua competência;

• fazer indicação para admissão do pessoal docente.

Presidido pelo coordenador de curso, o Colegiado Geral reúne-se

ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. Cada Colegiado Local,

presidido pelo respectivo coordenador, também se reúne ordinariamente, no

mínimo, uma vez por semestre. As normas para funcionamento desses

colegiados são as que estão estabelecidas no Art. 31 do Regimento Geral da

Universidade.

5.4 Atenção ao discente

Os polos possuem profissionais com formação universitária específica

para cada área do conhecimento, considerando os cursos ofertados pela

UNIP Interativa. Eles orientam, conduzem e facilitam o processo de ensino-

aprendizagem junto aos alunos. A equipe de apoio é formada por:

• coordenador do polo: responsável pelo funcionamento dos processos

administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. O

coordenador deve conhecer os projetos pedagógicos dos cursos

oferecidos no polo de apoio presencial, estar atento às ações previstas

nos calendários, especialmente daquelas que tratam das atividades de

tutoria presencial. Deve, também, zelar pela disponibilidade de

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equipamentos e atualização da infraestrutura viabilizando o

acontecimento das atividades. O coordenador deve ter, no mínimo,

titulação de graduação e formação específica em EaD.

• secretaria do polo: responsável pelo atendimento aos alunos do polo

de apoio presencial quanto ao recebimento, conferência e envio de

documentos à secretaria acadêmica da Universidade. É responsável,

também, pela recepção e entrega de documentos solicitados pelo aluno

por meio da secretaria virtual.

• tutor presencial: o papel do tutor na modalidade EaD é fundamental

para o desenvolvimento dos alunos. Ele deve acompanhá-los quanto ao

entendimento dos conteúdos propostos, desenvolvimento de atividades

e outros aspectos pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem.

Os principais meios e mecanismos de interatividade, atendimento,

orientação e suporte da UNIP Interativa são:

• AVA: são disponibilizados manuais, aulas instrucionais, guia do aluno,

manuais explicativos, calendário acadêmico, secretaria virtual, material

pedagógico, conteúdos para nivelamento, fórum e chat;

• secretaria virtual: ferramenta disponibilizada exclusivamente aos

alunos, permite acesso às informações acadêmicas e financeiras, além

de proporcionar permissão para solicitação de serviços e consulta

destes. Dentro da secretaria virtual, é disponibilizado o Manual de

Informações Acadêmicas;

• material didático impresso: o livro-texto atua como roteiro de estudo e

fomenta reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias, incentivando

a continuidade do processo de ensino-aprendizagem no AVA por meio

da realização de exercícios, participação em fóruns de discussão e

chats;

• polo de apoio presencial: são os espaços físicos onde acontecem os

encontros presenciais, orientações de estudos e atividades. Possui

equipe de apoio capacitada para atender às demandas do alunado;

• central de atendimento ao aluno: orienta os alunos sobre os

procedimentos acadêmicos e financeiros, esclarece dúvidas sobre as

atividades a serem desenvolvidas pelos alunos e dá orientação quanto

aos calendários escolares;

• tutoria a distância: acompanha as teleaulas, medeia a interação com os

alunos, auxilia o professor e o coordenador do curso no

desenvolvimento das atividades didáticas e participa dos chats e fóruns;

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• participação dos discentes da EaD nas atividades de iniciação

científica;

• parcerias ou convênios da UNIP com prefeituras em vários estados

para a realização de estágios (opcionais) para os cursos superiores de

tecnologia;

• disponibilização de palestras on-line à comunidade acadêmica da EaD

e à comunidade em geral;

• disponibilização de softwares gratuitos aos discentes da EaD;

• sistema próprio de postagem de trabalhos acadêmicos e de atividades

complementares;

• acordo de cooperação da UNIP com empresas para a atribuição de

descontos aos alunos.

5.4.1 Apoio aos discentes

O coordenador do pólo de apoio presencial realiza o atendimento pessoal

ao aluno, o observa e procura descobrir os obstáculos que o impedem de ter

um resultado favorável no processo de aprendizado.

Se o problema for exclusivamente de aprendizado, o coordenador do pólo

de apoio presencial se apoia no coordenador do curso do aluno para um

“programa personalizado de avaliação do estudante”.

Caso o problema seja de ordem psicológica, o coordenador do pólo de

apoio presencial atua como um mediador junto ao estudante e, muitas vezes,

com os pais do aluno, encaminhando-o para as clínicas do curso de

Psicologia da UNIP ou mesmo para clínicas específicas a fim de obter alguns

tipos de tratamentos fora da IES dentro do maior sigilo profissional possível.

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

6.1 Formação acadêmica e profissional

O corpo docente é constituído por profissionais cujas trajetórias de

formação e experiências são coerentes com as disciplinas ministradas e com

o projeto do curso.

Os professores são estimulados à educação continuada, tanto pelo

oferecimento, pela UNIP, de cursos de extensão e pós-graduação (com

descontos), como pelo subsídio em participações em eventos e

apresentações e publicações de trabalhos em geral.

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A UNIP também oferece programas de apoio à pesquisa, como o

Programa Individual de Pesquisa Docente, que tem por objetivo promover o

desenvolvimento de investigações científicas e destina-se aos professores

dos programas de mestrado e/ou integrantes dos grupos de pesquisa da

UNIP que possuam o título de doutor.

No entanto, a atuação do docente ultrapassa os limites dos conteúdos das

disciplinas, pois este deve estar atento ao cumprimento da missão da UNIP,

com atitudes de “respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos

fundamentais, proscrevendo quaisquer formas de discriminação”.

O corpo docente participa ativamente dos eventos de extensão da

Universidade, tanto em sua concepção como em sua realização, envolvendo

toda a comunidade acadêmica em programas sociais e culturais.

Para ingresso na Universidade, os professores são selecionados

localmente pelos coordenadores, sendo suas indicações submetidas às

instâncias superiores para aprovação. Os requisitos exigidos para a docência

são:

• titulação acadêmica: privilegia-se os candidatos com melhor titulação,

compatível com as disciplinas a serem ministradas. A titulação mínima

aceitável é a de especialista;

• formação não acadêmica: privilegiam-se os candidatos com maior

formação, ainda que não acadêmica (treinamentos empresariais, cursos

de extensão, cursos de atualização, entre outros);

• experiência acadêmica: privilegiam-se candidatos com maior e melhor

experiência acadêmica;

• experiência profissional: para disciplinas mais específicas, o requisito

experiência é fundamental. Já para as disciplinas de formação geral, a

experiência não é um requisito eliminatório; porém, mesmo assim é

desejado.

6.2 Regime de trabalho

Todos os professores são contratados no regime de Consolidação das

Leis do Trabalho. Conforme constante no PDI da Universidade, o regime de

trabalho do corpo docente está previsto nas seguintes modalidades:

• regime integral: com exigência de 40 horas semanais de trabalho;

• regime em tempo parcial: com exigência de 20 horas de trabalho

efetivo;

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• regime de horas-aula.

A UNIP possui plano de carreira docente instituído em regulamento

aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e

homologado pelo Conselho Universitário (Consuni).

No mencionado Regulamento do Magistério Superior, encontram-se as

atividades atribuídas aos seus integrantes, o regime de trabalho, o quadro de

carreira, as categorias funcionais, as formas de ingresso e promoção e a

remuneração. O Regulamento discrimina a carreira docente nas categorias

funcionais: professor auxiliar, professor assistente, professor adjunto e

professor titular, e apresenta os requisitos para ingressos ou promoção.

No PDI da Universidade Paulista estão relacionados os requisitos

necessários para o ingresso em cada categoria:

• profissionalizante I: o candidato deve possuir escolaridade

correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou

equivalente) e experiência mínima de um ano de efetivo exercício de

atividade profissional;

• profissionalizante II: o candidato a essa categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior completo

(bacharelado ou equivalente) e pós-graduação lato sensu

(especialização) completa com o mínimo de 360 horas, conforme

Resolução CNE n° 01/2001, de 3 de abril de 2001, e experiência

mínima de dois anos de efetivo exercício do magistério;

• profissionalizante III: o ingresso nessa categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou

equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado)

concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade

técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional

ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de

três anos de efetivo exercício do magistério superior ou no ensino de

formação profissional;

• profissionalizante IV: o ingresso nesta categoria deve possuir

escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou

equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado)

concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade

técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional

ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de

cinco anos de efetivo exercício do magistério superior.

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6.2.1 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa

A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa é responsável pela

organização dos cursos. Ela é composta por:

• docente conteudista: profissional especialista que redige o material

didático da disciplina e/ou produz o material para o AVA e/ou grava o

conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso);

• docente da disciplina: profissional que faz o planejamento da ação

pedagógica, interage e orienta os alunos nos momentos programados,

com os tutores a distância e presenciais, se necessário; elabora os

instrumentos de avaliação do aluno; efetua a correção das questões

discursivas com a equipe de tutores a distância; organiza e participa de

fóruns e chats;

• docente de apoio: profissional que executa diferentes atividades para

complementar o trabalho do docente da disciplina e contribui para o

bom desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem;

• docente supervisor: profissional capacitado em EaD que supervisiona

as atividades acadêmicas que permeiam o processo ensino-

aprendizagem junto aos polos;

• professor consultor: profissional que acompanha e orienta

presencialmente os alunos nos polos de apoio presencial;

• docente coordenador de curso: profissional responsável pela

coordenação de toda a equipe de docentes da área. Conduz, direciona

e orienta os profissionais envolvidos no processo de EaD. Trabalha de

forma integrada com o grupo, estimulando a reflexão crítica sobre os

conteúdos e as demais ações;

• docente coordenador do polo: profissional responsável por todas as

ocorrências que envolvem o processo acadêmico-administrativo no

polo;

• tutor a distância: profissional especializado na área de atuação, que

trabalha diretamente ligado à coordenação do curso e aos docentes.

Auxilia os alunos no processo de ensino-aprendizagem e no uso das

diversas tecnologias como e-mail, telefonia, material didático, AVA etc.

Em suma, o tutor atua como facilitador do contato entre o aluno, a

instituição e o conteúdo, podendo mediar discussões com os docentes

das disciplinas e com os alunos devidamente matriculados em tais

espaços;

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• tutor presencial: profissional habilitado na área específica de atuação

e com conhecimento tecnológico. Orienta os alunos com relação ao

AVA de forma síncrona ou não, e os auxilia na organização dos

estudos; facilita a interação dos alunos no polo; auxilia a realização dos

estágios e das atividades complementares e esclarece os alunos

quanto aos procedimentos acadêmicos.

6.3 Apoio didático-pedagógico aos docentes

6.3.1 Apoio didático-pedagógico

A UNIP Interativa dispõe de departamentos que oferecem apoio direto ao

docente, tais como: setor de revisão (conteúdo e ortografia), planejamento

pedagógico (agendamento de teleaulas, treinamento audiovisual aos novos

professores e diagramação do material eletrônico) e tutoria a distância

(acompanhamento em estúdio das teleaulas e chat-atividade).

6.3.2 Capacitação

A UNIP proporciona aos docentes e ao corpo técnico administrativo a

oportunidade de aprimoramento profissional contínuo, oferecendo desde

curso de capacitação até pós-graduação lato sensu, nas modalidades

presencial e a distância, e stricto sensu, na modalidade presencial.

A UNIP Interativa dispõe, além do curso de Formação em Educação a

Distância (EaD), cursos de capacitação e aperfeiçoamento, ofertados

exclusivamente aos professores, aos tutores e aos funcionários da UNIP e

dos polos de apoio presencial, com o objetivo de ampliar o conhecimento da

modalidade, bem como de garantir a normatização das informações e

procedimentos utilizados.

6.4 Núcleo Docente Estruturante

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) é um órgão consultivo de

coordenação didática que será responsável pela concepção do projeto

pedagógico dos cursos. O NDE tem por finalidade propor, elaborar,

implantar, implementar, atualizar e complementar a política de ensino e sua

execução.

São atribuições do NDE:

• tomar conhecimento dos Planos Pedagógicos Curriculares e Planos de

Ensino já existentes;

• elaborar o Projeto Pedagógico do Curso definindo sua concepção e

fundamentos;

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• atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso;

• conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, sempre que

necessário;

• promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os

eixos estabelecidos pelo Projeto Pedagógico;

• acompanhar as atividades do corpo docente;

• coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos

bibliográficos e outros materiais necessários ao curso;

• sugerir providências de ordem didática, científica e administrativa que

se entendam necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso;

• zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso.

Os coordenadores de curso também participarão do NDE sempre que

houver necessidade. Este reunir-se-á ordinariamente pelo menos uma vez

por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo

coordenador geral. A UNIP, em conformidade com a Resolução Conaes nº 1,

de 17 de junho de 2012, por meio de seu órgão colegiado superior,

normatizou o funcionamento do NDE; seu regulamento encontra-se no

Apêndice II.

6.4.1 Corpo técnico-administrativo

O corpo técnico-administrativo é constituído por profissionais qualificados

para as funções exercidas. Esses funcionários são selecionados pelo

Departamento de Recursos Humanos da entidade mantenedora, atendendo

à solicitação dos numerosos setores de atividades da instituição.

Na modalidade EaD, a equipe técnico-administrativa da sede é a

seguinte:

• secretaria: secretária setorial e auxiliares;

• tesouraria: tesoureira setorial e auxiliares;

• setores de apoio: auxiliares;

• revisores;

• técnicos: responsáveis pela inserção do material no AVA;

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• pessoal administrativo: responsável pelo agendamento de estúdio,

recebimento de materiais, controle do calendário acadêmico;

• equipe técnica: responsável pelo estúdio de gravação e transmissão

das teleaulas, palestras, videoconferências etc.;

• equipe de TI;

• central de atendimento: responsável pelo processo seletivo,

secretaria, tesouraria e informações gerais;

• marketing: responsável pela elaboração e divulgação e material

publicitário nas diversas mídias, bem como participação em feiras e

eventos;

• assessoria: responsável pelo polo de apoio presencial,

supervisionando as atividades acadêmicas e administrativas;

• setor de regulação, avaliação e supervisão;

• central Lyceum: responsável pelo suporte ao sistema de controle

acadêmico;

• gráfica e expedição: responsável pela impressão do material didático

impresso e pelo envio do material para o polo de apoio presencial;

• recursos humanos: responsável pela seleção e realocação de

empregados.

6.5 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e

extensão

Dadas as características do mundo atual, no que diz respeito à evolução

do conhecimento, é obrigação da Universidade orientar e estimular seus

alunos à continuidade dos estudos.

Às atividades de pesquisa e pós-graduação da UNIP, deve caber o papel

de propiciar condições para esse aprendizado continuado, não só

focalizando aprender conhecimentos existentes, mas estimulando também a

produção de novos conhecimentos.

6.5.1 Programa de Iniciação Científica

A Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIP promove

anualmente um concurso que prevê a atribuição de bolsas de Iniciação

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Científica UNIP e bolsas de Iniciação Científica PIBIC – CNPq para alunos

da graduação e para cursos superiores de tecnologia.

Para participar, o aluno deve procurar um professor da Universidade,

portador, no mínimo, do título de mestre e que possua conhecimentos na

área em que pretende desenvolver o projeto, e solicitar a sua orientação.

Após a aceitação do orientador, o aluno deve apresentar formulário próprio

devidamente preenchido, anexando seu projeto de pesquisa e histórico

escolar da graduação, e encaminhá-lo ao setor de pesquisa da Universidade.

As solicitações são julgadas e classificadas por uma comissão, indicada pela

Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIP.

6.5.2 Pesquisa

A UNIP incentiva continuadamente a investigação científica pelos seus

grupos de pesquisa e pelos programas UNIP de apoio à pesquisa.

A Universidade conta, atualmente, com 49 (quarenta e nove) grupos de

pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do

CNPq, sendo 11 (onze) em Ciências Exatas e Tecnologia, 8 (oito) em

Ciências Humanas, 18 (dezoito) em Ciências da Saúde e 12 (doze) em

Ciências Sociais e Comunicação (incluindo-se aqui os grupos específicos da

área de Administração), com vasta produção científica atestada por

publicações em livros e periódicos indexados. Os temas desenvolvidos estão

relacionados com cidadania, meio ambiente, aplicações tecnológicas e

outros. Os grupos de pesquisas com foco específico em Administração

podem ser identificados, a qualquer momento, no site <http://www.unip.br>.

6.5.3 Pós-graduação stricto sensu

A Instituição conta com cinco programas de mestrado, nas áreas de

Administração, Comunicação, Engenharia da Produção, Patologia Ambiental

e Experimental e Odontologia e três programas de doutorado, nas áreas de

Comunicação, Engenharia da Produção e Patologia Ambiental e

Experimental, recomendados pela Capes e reconhecidos pelo CNE/CES.

6.5.4 Pós-graduação lat -sensu

A UNIP oferece, de forma presencial ou a distância, um conjunto de

cursos de especialização lato sensu cuja finalidade é permitir aos graduados,

um aprofundamento de conhecimentos em áreas específicas. Os cursos de

pós-graduação lato sensu podem ser consultados a qualquer tempo, no site

<http://www.unip.br>.

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45

6.5.5 Projeto de extensão

A Universidade Paulista, por meio da Vice-Reitoria de Extensão

Comunitária, realiza atividades com o objetivo de colaborar com o

desenvolvimento local, regional e nacional. Assim, a instituição abre suas

portas para a comunidade, no intuito de efetivar seu compromisso com a

melhoria das condições de vida das pessoas, por meio de um saber ligado

aos seus interesses e necessidades.

Para contribuir com essa Filosofia, os cursos desenvolvem eventos de

extensão, envolvendo a comunidade nos campi e polos. Escolhe-se um tema

central que abrange as diversas áreas de conhecimento e que é elaborado

pela coordenação do curso e colocado em prática pelos agentes envolvidos

(na modalidade presencial seriam os professores e alunos, enquanto na

modalidade a distância, a equipe multidisciplinar da UNIP Interativa,

juntamente com os alunos, participará da atividade de extensão). Toda

atividade de extensão é documentada e posteriormente avaliada,

considerando-se principalmente seu impacto na comunidade. O

Regulamento de Extensão se encontra no Apêndice II.

7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO

De acordo com o artigo 2º da Resolução CNE/CP nº 1/2006, o curso de

Pedagogia aplica-se à formação inicial do docente de Educação Infantil, anos

iniciais do Ensino Fundamental, Ensino Médio na modalidade normal e em

cursos de Educação Profissional e na área de serviços de apoio escolar,

bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos

pedagógicos: Educação de Jovens e Adultos, educação rural, educação

indígena e ambientes não escolares.

Nesses termos, o curso de Pedagogia da UNIP, como espaço legítimo de

formação, busca adequar-se às propostas atuais sobre o papel do

profissional da Educação e tem como desafio a necessidade de concentrar a

formação docente na complexidade da organização do trabalho pedagógico,

ao pensar o “ser pedagogo” como um profissional preparado, reflexivo,

participativo e dinâmico. Para tanto, compreende que é necessário enfatizar

que a formação dos estudantes implica investimento pessoal e um trabalho

com vistas à construção de uma identidade profissional, construindo “um

saber plural, formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes

oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e

experienciais” (TARDIF, 2002, p. 32).

Assim, acredita-se que a visão de desenvolvimento de um curso de

Pedagogia que possa criar diferenciais e transcender as próprias

expectativas dos seus idealizadores pressupõe a elaboração de elementos

curriculares coerentes, a formação de equipes consistentes, o estímulo

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permanente a ações de controle eficazes que possibilitem a detecção de

desvios e a imediata ação corretiva dos processos.

O planejamento das ações pedagógicas seguirá os ditames hierárquicos

em relação à legislação vigente e às orientações da Universidade, mas

procurará construir elementos que se aproximem da realidade geopolítica

dos diferentes polos, a fim de formar profissionais cujos perfis sejam

adequados para interagir em diferentes contextos.

7.1 Projeto Pedagógico do Curso

Este Projeto Pedagógico pretende oferecer um referencial de estrutura

para o curso de licenciatura em Pedagogia com base em orientações teórico-

práticas, a partir das disciplinas e atividades propostas para a aplicabilidade

do saber “competente” construído no decorrer do curso. Para tal, pauta-se,

como subsídio legal, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de

Licenciatura em Pedagogia, de 15 de maio de 2006.

Destacando os elementos inerentes à diversidade nacional e em especial

à EaD, nos polos da Universidade Paulista localizados em diferentes regiões

do país e à autonomia pedagógica das instituições, conforme o próprio artigo

6º das DCN, este projeto pauta-se na competência da docência e também

nas demais atividades que a envolvem, como a participação e gestão de

sistemas e instituições de ensino (parágrafo único, artigo 4º, Resolução

CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006).

A competência que se pretende como consciência dos alunos do curso de

Pedagogia da UNIP exige a docência de melhor qualidade, posto que:

[...] a docência da melhor qualidade, que temos

de buscar continuamente, se afirmará na

explicitação dessa qualidade – o quê, por que,

para quê, para quem. Essa explicitação se dará

em cada dimensão da docência:

• na dimensão técnica, que diz respeito à

capacidade de lidar com os conteúdos –

conceitos, comportamentos e atitudes – e à

habilidade de construí-los e reconstruí-los com

os alunos;

• na dimensão estética, que diz respeito à

presença da sensibilidade e sua orientação

numa perspectiva criadora;

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• na dimensão política, que diz respeito à

participação na construção coletiva da

sociedade e ao exercício de direitos e deveres;

[...]

• na dimensão ética, que diz respeito à

orientação da ação, fundada no princípio do

respeito e da solidariedade, na direção da

realização de um bem coletivo (RIOS, 2003, p.

108).

Este Projeto Pedagógico está ancorado nos preceitos da docência de

melhor qualidade propostos por Terezinha Azeredo Rios e com base nas

diretrizes curriculares para o curso de Pedagogia que se aplicam à formação

inicial para o exercício da docência em sua diversa aplicação.

O curso de Pedagogia, vinculado à área de Ciências Humanas, privilegia

a formação profissional e sua qualidade nas relações humanas, respondendo

às demandas imediatas do nosso tempo e antecipando o futuro,

acompanhando a evolução dos acontecimentos e as necessidades sociais

neste século, por meio da interdisciplinaridade, conforme previsto na

organização curricular, da aproximação da teoria e prática e da atenção dada

ao caráter globalizado de universidade e à diversidade característica da

localização de cada polo.

O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da UNIP, que está em

constante atualização, visa a dar oportunidade aos seus egressos, por meio

de condições plenas de estudo e práticas profissionalizantes, a fim de que se

formem em conformidade com o perfil desejado, acumulando competências e

habilidades que possibilitem o sucesso na vida pessoal e profissional.

7.1.1 Relevância social do curso de Pedagogia

Segundo Papadopoulos (2007), no mundo inteiro, a Educação suscita um

interesse crescente. Ademais, ela é considerada sucessivamente, ainda

segundo o autor, como a chave da prosperidade econômica futura, como o

instrumento privilegiado da luta contra o desemprego, como o motor do

progresso científico e tecnológico, como a condição sine qua non da

vitalidade cultural das sociedades cada vez mais orientadas para o trabalho,

como ponta de lança do progresso social e da igualdade, como a garantia de

preservação dos valores democráticos, ou como o passaporte para o êxito

individual.

Neste contexto, Franco, Libâneo e Pimenta (2007) afirmam que a

Pedagogia pode ser entendida como teoria e prática da Educação, na

acepção que, de um modo geral, é tomada do pedagogo alemão, Schimied-

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Kowarzik, para quem a Pedagogia é a ciência da e para a Educação.

Segundo esse autor, citado por Franco, Libâneo e Pimenta, a Pedagogia

investiga teoricamente o fenômeno educativo, formula orientações para a

prática, com base nela própria, e propõe princípios e normas relacionados

aos fins e meios da Educação.

Este mesmo autor expressa uma visão do papel formativo da Pedagogia

em toda a sua complexidade que, de certa forma, é importante para a

compreensão da relevância social deste curso. Esse ponto de vista se

fundamenta na perspectiva de que:

[...] a Educação é uma função parcial integrante

da produção e reprodução da vida social, que é

determinada por meio da tarefa natural, e ao

mesmo tempo cunhada socialmente, da

regeneração de sujeitos humanos, sem os quais

não existiria nenhuma práxis social. A história do

progresso social é simultaneamente também um

desenvolvimento dos indivíduos em suas

capacidades espirituais e corporais e em suas

relações mútuas. A sociedade depende tanto da

formação e da evolução dos indivíduos que a

constituem, quanto estes não podem se

desenvolver fora das relações sociais

(SCHIMIED-KOWARZIK apud FRANCO,

LIBÂNEO e PIMENTA, 2007, p. 66).

Frente ao exposto, fica evidente que, em razão da complexidade desses

processos, a Pedagogia pode ser uma reflexão sistemática sobre as práticas

educativas e para ação educativa. Portanto, a relevância social do curso de

Pedagogia volta-se para o desenvolvimento de sua capacidade reflexiva

buscando, nas teorias científicas, a articulação entre teoria e prática a partir

da compreensão e da análise do todo que constitui a organização do

trabalho educativo tanto no âmbito da docência quanto da gestão e do

planejamento, quer em instituições públicas ou particulares, escolares ou não

escolares, tendo como rumo a transformação da sociedade.

Nestes termos, busca-se ampliar a visão educativa, sensibilizando o

futuro pedagogo para as ocorrências internacionais, as necessidades

nacionais e as urgências sociais, dimensionando a visão educativa para o

âmbito regional e local, a fim de tornar o formando competente para atuar

como profissional da Educação e como agente de transformação social.

Tomando-se por base o trabalho pedagógico como principal articulador na

formação do pedagogo, firma-se o currículo por meio da ênfase na prática

docente, na pesquisa educacional, nas diferentes linguagens, de modo

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teórico e laboratorial, aproximando-as dos meios de comunicação e

concretizando a perspectiva da EaD.

Diante disso, o curso de Pedagogia da UNIP parte do pressuposto que na

EaD a interação entre educadores e educandos ocorre por meio da utilização

pedagógica de tecnologias inovadoras de informação e comunicação, associadas a sistemas de gestão e avaliação que lhes são peculiares.

Conforme orientações contidas na Resolução CNE/CP nº 1/2006,

entendemos que o princípio da relevância da formação do licenciado em

Pedagogia deve-se ao desenvolvimento de sua capacidade reflexiva ao

buscar, nas teorias científicas, a articulação entre teoria e prática na

perspectiva da docência, mas não se restringe a ela, na medida em que o

curso contempla também a formação do profissional da Educação para atuar

como suporte pedagógico. De acordo com o parágrafo único do artigo 3º das

DCNs, na formação do licenciado em Pedagogia, é central:

I – o conhecimento da escola como organização complexa que tem a

função de promover a Educação para e na cidadania;

II – a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações

de interesse da área educacional;

III – a participação na gestão de processos educativos e na organização e

funcionamento de sistemas e instituições de ensino.

Com isso, entendemos que o cenário enseja atenção aos espaços da

educação escolar e não escolar, cuidando-se, entretanto, para não ocorrer a

fragmentação do curso.

Portanto, como profissional indispensável ao atendimento dos grandes

desafios da atualidade brasileira, a formação do pedagogo implica a

compreensão crítica dos problemas educativos e sociais presentes nos

diferentes contextos do país.

Nesse sentido, considerando tal demanda da sociedade, toda a

infraestrutura de que dispõe e, também, a experiência no uso de tecnologia

de informação e comunicação, a UNIP colocou à disposição da população

também o curso de Pedagogia na modalidade EaD.

Entendemos que a oferta do curso na modalidade EaD se justifica com

base nos indicadores de formação docente do país. Para ilustrar o exposto,

tomamos como referência a sinopse dos professores da Educação Básica do

ano de 2009 (Tabela 1), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Consta no documento que,

de um total de 369.698 professores da Educação que se encontram em

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exercício da função no mês de maio de 2009 em todo o país, quase 52% não

tinham curso superior. Quando se analisa a situação do ponto de vista

regional, percebemos que as regiões menos favorecidas economicamente

são as que mais necessitam de professores formados. Por exemplo, na

região Norte, do total de 24.704 professores em exercício deste nível de

ensino, 68,9% não eram licenciados; na região Nordeste, o percentual sobe

para 71,8%. Entretanto, quando analisamos as regiões mais ricas do país, ou

seja, Sul e Sudeste, verificamos que a situação tem uma mudança

significativa, mas nem por isso não preocupante, posto que na região

Sudeste o percentual de professores da Educação Infantil sem curso

superior cai para 49,9% e na região Sul para 45%.

Como se vê, a carência de professores licenciados em Pedagogia para

atuar na Educação Infantil, conforme determina o artigo 62º da LDB

9.294/96, é grande até mesmo nas regiões mais favorecidas do país, e a

EaD representa uma alternativa importante para auxiliar na resolução do

problema, segundo prevê o Plano Nacional de Educação, Lei 10.182/2001.

De acordo com esse dispositivo legal, a LDB considera a EaD um

importante instrumento de formação e capacitação de professores em

serviço. Numa visão prospectiva, de prazo razoavelmente curto, é preciso

aproveitar melhor a competência existente no Ensino Superior presencial,

para institucionalizar a oferta de cursos de graduação e iniciar um projeto de

universidade aberta que dinamize o processo de formação de profissionais

qualificados, de forma a atender as demandas da sociedade brasileira.

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Tabela 1: Número de professores na Educação Infantil, segundo a

região geográfica e a unidade da Federação, em 2009.

Fonte: MEC/Inep.

Quando analisamos o quadro de professores dos anos iniciais do Ensino

Fundamental, constatamos que a situação também é grave. Esse ponto de

vista se fundamenta no quadro sinóptico de professores da Educação

Básica, elaborado pelo Inep com base no ano de 2009 (Tabela 2).

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Tabela 2: Número de professores no Ensino Fundamental – anos

iniciais, segundo a região geográfica e a unidade da Federação, em

2009.

Fonte: MEC/Inep/DEED.

Notas:

1 - Professores são os indivíduos que estavam em efetiva regência de classe em

27/05/2009.

2 - Não inclui os professores de turmas de atividade complementar.

3 - Professores (ID) são contados uma única vez em cada unidade da Federação,

porém podem ser contados em mais de uma UF.

4 - Inclui os professores de turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental

Multietapa.

5 - Ensino Médio Normal/Magistério: inclui os professores do Magistério específico

indígena.

Com base na Tabela 2, identificamos que, de um total de 721.513

professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em exercício em maio

de 2009, 38,7% não tinham curso superior. E mais: entre esses professores,

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6,3% não tinham nem mesmo o Ensino Médio na modalidade Normal, ou

seja, trata-se de professores leigos.

Quando se analisa a situação na perspectiva regional, o quadro é

bastante complexo e expressa ainda mais a questão da desigualdade social.

Por exemplo, na região Norte, o percentual de professores sem curso

superior é de 55,2%; na Nordeste, 59,5%. Por outro lado, nas regiões Sul e

Sudeste, o quadro é bem diferente, pois embora apresente um indicador de

professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental menos grave do que as

regiões citadas, ainda assim há problemas. Na região Sul, foi detectado um

percentual de 24,4% de professores não licenciados e, na Sudeste, 27%.

Com base nos indicadores ora apresentados, entende-se que a EaD

poderá oferecer oportunidades de estudo a milhões de brasileiros de

diferentes idades que não conseguem frequentar presencialmente cinco dias

por semana um curso superior em virtude de vários fatores, como horário ou

jornada de trabalho incompatível com a rigidez do sistema presencial e com

o curso que o candidato pretende realizar, a longa distância entre sua cidade

e a Instituição de Ensino Superior (IES) mais próxima e, especialmente, os

custos dos cursos presenciais ainda inacessíveis a boa parte da população

brasileira (CASTRO, 2008).

O desenvolvimento de tecnologias interativas possibilita contato em tempo

real entre estudantes de locais distintos, geograficamente distantes,

originando um novo tipo de espaço de aprendizagem que proporciona ao

aluno a possibilidade de interação com as diferentes realidades e o acesso

ao conhecimento sem ter que se deslocar diariamente até uma sala de aula

(KENSKI, 2007).

Nesses termos, o compromisso assumido pela UNIP é o de oferecer aos

futuros pedagogos da modalidade a distância uma formação profissional

básica e sólida, capaz de possibilitar-lhes habilidades e competências com

vistas a deixá-los aptos a atuar nas diferentes situações que emergem do

cotidiano da população, bem como responder de forma competente às

demandas que requerem sua atuação profissional.

7.1.2 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE)

A participação do ensino privado no nível superior aumentou, sobretudo a

partir da década de 1970. Nos últimos vinte anos, o setor privado tem

oferecido quase dois terços das vagas.

De 1994 para cá, o número de alunos subiu 36,1% nas instituições

privadas, contra 12,4% nas federais, 18,5% nas estaduais e 27,6% nas

municipais. Segundo o PNE, a manutenção das atividades de pesquisa e

extensão típicas das universidades, o suporte necessário para o

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desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do país, não será possível

sem o fortalecimento do setor público. Paralelamente, a expansão do setor

privado deve continuar, desde que garantida a qualidade.

Entre outros, são objetivos do plano: oferecer, até o final da década,

Educação Superior para, pelo menos, 30% da faixa etária entre 18 e 24

anos; diminuir as desigualdades de oferta de vagas entre as diferentes

regiões do país; estabelecer sistema interativo de EaD; assegurar efetiva

autonomia didática, científica, administrativa e de gestão financeira para

universidades públicas; institucionalizar sistema de avaliação interna e

externa que englobe os setores público e privado; instituir programas de

fomento para as instituições de Educação Superior constituírem sistemas

próprios e articulados de avaliação; diversificar o sistema, favorecendo e

valorizando estabelecimentos não universitários que atendam clientelas

específicas; estabelecer, em nível nacional, diretrizes curriculares que

assegurem a necessária flexibilidade e diversidade; incentivar a criação de

cursos noturnos.

Essas metas fazem parte do PNE para o período de 2001 a 2010. Em

2010 foi apresentada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) a proposta

de um novo PNE para o período 2011-2020. Essa proposta foi amplamente

debatida no ano de 2010 na Conferência Nacional de Educação (Conae),

que é um espaço de discussão sobre os rumos que o país deve tomar em

todos os níveis de ensino. Foram discutidas e indicadas diretrizes e

estratégias de ação para a configuração desse novo PNE.

Isso posto, o novo PNE apresenta dez diretrizes, que prevêem:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades educacionais;

IV – melhoria da qualidade do ensino;

V – formação para o trabalho;

VI – promoção da sustentabilidade socioambiental;

VII – promoção humanística, científica e tecnológica do país;

VIII – estabelecimento de metas de aplicação de recursos públicos em

Educação como proporção do produto interno bruto;

IX – valorização dos profissionais da Educação;

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X – difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a

gestão democrática da Educação.

O Plano Nacional de Educação em tramitação no Congresso Nacional

estabelece vinte metas para Educação nos próximos dez anos e duas delas

estão diretamente relacionadas ao curso de Pedagogia.

No caso da meta 1, fica estabelecido o seguinte: universalizar, até 2016, o

atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a

oferta de Educação Infantil de forma a atender a 50% da população de até 3

anos.

Para que esta meta se concretize, o curso de Pedagogia terá um papel

fundamental na formação de professores aptos a lecionar para a faixa etária

de zero a cinco anos. Considerando-se que o número de professores para

esse segmento educacional não atende às demandas do momento, a criação

de novas vagas com qualidade para formar futuros pedagogos é de

fundamental importância.

Quanto à meta 2, que determina a universalização do Ensino

Fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos,

entendemos que tal fato obterá êxito somente se houver pedagogos

formados para atender às futuras demandas tanto do setor público quanto

privado.

As metas 8, 12 e 13 estão atreladas aos nossos propósitos na medida em

que buscam:

• elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a

alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo,

da região de menor escolaridade do país e dos 25% mais pobres, bem

como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com

vistas à redução da desigualdade educacional (meta 8);

• elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a

taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a

qualidade da oferta (meta 12);

• elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da atuação de

mestres e doutores nas instituições de Educação Superior para 75%, no

mínimo do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35%

doutores (meta 13).

Para cada meta existem várias estratégias, com o objetivo de

operacionalizar e atingir as metas propostas, dentro do prazo da vigência do

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PNE (2011/2020), desde que não haja prazo inferior definido para as metas

específicas.

As metas previstas deverão ter como referência os censos nacionais da

Educação Básica e Superior mais atualizados, disponíveis na época da

aprovação deste plano como lei.

Esse novo PNE, por estabelecer uma política de Estado, deverá ser

tratado como principal prioridade pelo Estado nacional e pela sociedade

brasileira. Deverá, também, propiciar a correção das deficiências e lacunas

do Plano anterior (que vigorou entre 2001 e 2010), bem como contribuir para

o aprimoramento e avanço das políticas educacionais em curso no país, e

muito contribuirá para a superação da visão fragmentada que tem marcado a

organização e a gestão da Educação nacional.

Assim, no que se refere ao PNE, o atual momento é de transição, ou seja,

o PNE 2000-2010 já se encerrou e o PNE 2011-2020 encontra-se em

discussão no Congresso Nacional. Não há, portanto, PNE vigente, o que leva

à necessidade de refletir sobre o PNE proposto e em discussão, no que

tange aos aspectos da política pública educacional inerente ao curso.

A oferta do curso de Pedagogia da UNIP se adere ao referido PNE 2011-

2020, em especial para atendimento da meta de número 13, que trata da

elevação das taxas bruta e líquida de matrícula na Educação Superior da

população de 18 a 24 anos.

Segundo o censo da Educação Superior MEC/Inep 2009, os cursos de

graduação tiveram crescimento de 13% em relação a 2008. Dentre eles, os

cursos oferecidos na modalidade a distância aumentaram 30,4% versus

12,5% dos os cursos presenciais. A partir da análise do perfil dos estudantes

de Ensino Superior (MEC/Inep), constamos que o aluno de graduação de

EaD ingressa na Educação Superior mais tardiamente do que o da

graduação presencial e, por conseguinte, a conclusão do curso a distância

ocorre, em média, aos 36 anos, enquanto na presencial os alunos concluem

aos 28 anos.

Frente ao exposto, a oferta do curso de Pedagogia por parte da UNIP

integra-se perfeitamente no contexto educacional brasileiro, tanto atual

quanto de cenário futuro.

7.1.3 Demanda nacional do curso

De acordo com a sinopse da Educação Básica realizada pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com

base no ano letivo de 2009, constatamos que, para formar 52.580.452 alunos

da Educação Básica, considerando que desse total 17.295.618 estão

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matriculados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 6.762.631 na

Educação Infantil e os demais no Ensino Médio e na Educação de Jovens e

Adultos, o país conta com 1.977.978 professores de Educação Básica.

Deste total de professores, 721.513 estão atuando nos anos iniciais do

Ensino Fundamental e desses, 279.430 não são licenciados em Pedagogia

ou no Normal Superior e 46.594 não têm nem mesmo o curso Normal em

nível médio.

Com base nesses indicadores, não há dúvidas quanto à necessidade de

ampliação da área de formação docente. No caso da Educação Infantil, vale

lembrar que, dos 369.698 professores em exercício em 2009, 191.670 não

tinham curso de licenciatura em Pedagogia e 34.435 tinham apenas o Ensino

Médio regular.

De acordo com as metas do PNE, a quantidade de docentes em creche,

pré-escola e classes de alfabetização deve crescer nos próximos anos. O

PNE estabeleceu a meta de atendimento escolar para 50% das crianças de

até três anos de idade e 80% das crianças de 4 a 6 anos. A meta para as

crianças de seis anos é ainda mais ambiciosa, ou seja, 100% de atendimento

escolar no mesmo período de tempo, isto é, dez anos. Para atingir essas

metas, a rede pública terá que aumentar consideravelmente sua

participação, o que demandará o aumento do número de docentes nessa

área de atuação. Uma realidade insofismável, especialmente quando se

considera que, em 2002, o censo escolar registrou um total de 2,4 milhões

de funções docentes na Educação Básica, para um total de 50,6 milhões de

alunos matriculados em creches, pré-escolas, classes de alfabetização,

Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Cabe aqui reiterar que a oferta do curso de Pedagogia visa à qualificação

de profissionais para as diferentes regiões brasileiras, na modalidade a

distância para o exercício da docência na Educação Infantil, nos anos iniciais

do Ensino Fundamental, na organização e gestão das escolas de Educação

Básica. Com base nos indicadores apresentados pelo Inep (2009), fica

evidente que o Brasil, de modo geral, apresenta grande necessidade de

formação de profissionais para a atuação na Educação Infantil, Fundamental

e apoio pedagógico no Ensino Médio e Superior.

Um conjunto de fatores contribui para inserir a formação de professores

na pauta das políticas educacionais nas três esferas governamentais, ou

seja, federal, estadual e municipal.

No Brasil, a Constituição de 1988 e a LDB estimularam a implementação

de medidas importantes para a gestão, o financiamento e a organização

pedagógica da Educação Básica, quais sejam:

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58

• municipalização, descentralização e democratização da gestão

educacional;

• criação do Fundef, inaugurando um regime de colaboração entre União,

estados e municípios para a gestão e o financiamento do Ensino

Fundamental;

• formulação de diretrizes e parâmetros curriculares para a Educação

Básica, consoante à Lei nº 9.394/96 e às características e demandas da

sociedade do conhecimento;

• criação do Fundeb para substituir o Fundef e ampliar a abrangência do

financiamento da Educação Básica no país;

• aprovação da ementa constitucional 59/2009 que torna Educação

Básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de

idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela

não tiveram acesso na idade própria;

• introdução da tecnologia da informação nas escolas e o

aperfeiçoamento dos critérios de seleção e aquisição dos insumos

didáticos e pedagógicos.

Ao mesmo tempo, outras determinações da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDBEN nº 9.394/96) acarretam políticas e decisões importantes na área da formação de professores. São elas:

• obrigatoriedade (ou valorização) da formação dos professores em nível

superior, tanto os que serão incorporados ao exercício do magistério

nos anos iniciais do Ensino Fundamental como aqueles que já estão

atuando em ambientes não escolares;

• posicionamento da Educação Infantil como parte integrante da

Educação Básica, o que acabou por inserir as creches e pré-escolas no

âmbito da política e gestão educacionais, de competência dos órgãos

normativos e executivos dos diferentes sistemas de ensino.

Considerando o cenário apresentado, o curso de Pedagogia se justifica na

medida em que se propõe contribuir para que as funções docentes na

Educação Básica sejam ocupadas por professores legalmente habilitados e

com a competência técnica e profissional que essa atuação exige.

O curso de Licenciatura em Pedagogia da UNIP vem atender a essas

inúmeras demandas que se apresentam na contemporaneidade, e vem

proporcionar um ensino de qualidade, humano, ético e cidadão.

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59

Além disso, em seu processo de implantação, a UNIP, além do estado de

São Paulo, privilegiou todas as regiões com carência de vagas no Ensino

Superior, em especial na área específica de formação de professores para

atuar na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, como

é o caso dos diversos polos da EaD.

Em 2007, o curso de Pedagogia da UNIP passou a ser oferecido na

modalidade EaD prevalecendo as diretrizes e o número de vagas

estabelecido pelos conselhos superiores da UNIP, em todo o território

nacional e em cada um dos polos presenciais programados para funcionar.

Na decisão de oferecer o número de 60 (sessenta) vagas por polo, leva-se

em conta que o curso em EaD está dimensionado e plenamente adequado

em relação ao corpo docente e a tutoria, bem como as condições de

infraestrutura da IES nos polos de apoio presencial. O número de vagas

oferecido poderá ser ampliado para atender à demanda de uma dada região

considerando-se indicadores do MEC/Inep. Em função da demanda, as

vagas podem ser remanejadas entre cursos e/ou entre polos. Em caso de

inviabilidade operacional de um polo, o total das vagas oferecidas será

remanejado para os demais polos em funcionamento.

7.1.4 Formas de acesso ao curso

O acesso ao curso de licenciatura em Pedagogia da UNIP se dá por meio

de processo seletivo, cabendo ao conselho superior deliberar sobre critérios

e normas de seleção de estudantes, considerando os atos editados pelos

órgãos normativos dos sistemas de ensino, observada a legislação em vigor.

Conforme estabelecido no capítulo III do regimento geral da UNIP, as

formas de acesso ao curso estão definidas a seguir:

Art. 58 O processo seletivo aberto a candidatos que tenham escolarização

completa de nível médio ou equivalente, tem como objetivo verificar sua

aptidão intelectual e selecioná-los para o ingresso nos cursos de graduação.

§ 1º O processo seletivo considera os conhecimentos comuns às diversas

formas de Ensino Médio, sem ultrapassar este nível de complexidade.

§ 2º O processo seletivo pode ser unificado em sua execução para todos

os cursos da Universidade.

§ 3 º O processo seletivo é supervisionado pela Vice-Reitoria de

Graduação, organizado e coordenado pela Diretoria de Admissão discente.

Art. 59 O processo seletivo é disciplinado por edital, que poderá ser

divulgado de forma resumida, indicando-se os locais onde os interessados

poderão ter acesso às informações completas.

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Art. 60 O processo seletivo é válido para o período letivo a que se destina,

tornando-se nula a aprovação obtida se o candidato deixar de requerer

matrícula ou de apresentar a documentação necessária nos prazos fixados

no edital.

Art. 61 Pode ser exigido dos candidatos a aprovação em testes ou provas

de habilidades específicas, antes do processo seletivo, para os cursos que o

justifiquem.

7.2 Concepção do curso

7.2.1 Histórico do curso

Para Eduardo Chaves (1980), a primeira regulamentação do curso de

Pedagogia ocorreu em 1939. Essa regulamentação, por meio do Decreto-Lei

nº 1.190, de 4 de abril de 1939, organizou a Faculdade Nacional de Filosofia

da Universidade do Brasil e instituiu o chamado padrão federal, ao qual

tiveram que se adaptar os currículos básicos dos respectivos cursos

oferecidos por outras instituições de Ensino Superior.

Essa primeira regulamentação aponta para alguns problemas quanto à

definição dos objetivos do curso de Pedagogia, conforme apontam vários

autores. Para Sônia de Jesus Nunes Bertolo (1996), “a própria criação do

curso de Pedagogia é muito controvertida, visto que ele é criado e descriado,

sem ao menos ter sido implantado junto à Universidade do Brasil”.

Sônia de Jesus Nunes Bertolo (1996) assinala que os cursos de formação

de educadores a partir da criação do curso de Pedagogia foram concebidos,

inicialmente, como cursos técnicos profissionalizantes, uma vez que a

proposta curricular priorizou a formação do bacharel (técnico em Educação)

ao estabelecer três anos de formação, enquanto a formação do licenciado

limitou-se a um ano de duração e destinava-se à preparação do professor da

Escola Normal. Para a autora, esse destino conferia uma aparente definição

ao exercício para o licenciado.

Coelho (1987) entende que o curso de Pedagogia surge sob o signo de

certa indefinição. Sobre a dualidade do curso, José Carlos Libâneo (1996)

afirma que a primeira regulamentação do curso de Pedagogia no Brasil, em

1939, previa a formação do bacharel em Pedagogia, conhecido como técnico

em Educação.

Nota-se, portanto, que o curso de Pedagogia nasceu das faculdades de

Filosofia e desde sua criação revelou muitos problemas. Carmem Silva

Bissolli da Silva (1999) sinaliza que um dos focos de tensão foi a prescrição

de um currículo, o qual nem sequer se limitou ao mínimo, para a formação de

um profissional claramente identificável. E mais, acrescenta a autora, “outro

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61

foco da tensão é relativo à separação bacharelado-licenciatura, refletindo a

nítida concepção dicotômica que orientava o tratamento de dois

componentes do processo pedagógico: o conteúdo e o método”.

A segunda regulamentação do curso de Pedagogia ocorreu em 1962.

Esta aconteceu em decorrência da aprovação, pelo Congresso Nacional, da

Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/61. De acordo com Chaves, nesta

ocasião, o Conselho Federal de Educação viu-se levado a baixar “currículos

mínimos” para vários cursos, entre os quais o de Pedagogia. Assim, tivemos

a aprovação do Parecer nº 251/62-CFE de autoria do professor Valnir

Chagas. Para Anair Altoé (2001), naquele momento, algumas modificações

foram introduzidas no currículo do curso de Pedagogia, mas essas

alterações mantiveram intocados os problemas fundamentais já existentes.

Bertolo (1996) afirma que a primeira alteração sentida foi na duração do

curso, que passou para 4 anos. Quanto ao propósito do parecer, entendeu

que se poderia dizer que ele foi parcialmente alcançado, uma vez que o

esquema da formação do educador não se alterou muito, pois continuou a

formar licenciados para atuar na Escola Normal e técnicos de Educação.

Para a autora, o que de fato muda com essa proposta é a implantação de

uma formação concomitante entre técnicos e docentes, fazendo com que o

pedagogo recebesse formação mais generalista, rompendo-se com o

esquema 3+1.

Ainda sobre a segunda regulamentação, Bertolo (1996) entendeu que a

tentativa de fortalecimento do curso de licenciatura pareceu ter produzido

efeito contrário. Parte do pressuposto de que os cursos de Pedagogia

ficaram cada vez mais descaracterizados e sem identidade, e isso contribuiu

para que se ampliasse o seu desprestígio frente às demais licenciaturas, pois

é nesse período que se fortaleceu a tendência que defendia a extinção do

curso de Pedagogia.

A terceira regulamentação do curso deu-se em 1969. Essa

regulamentação ocorreu como consequência da reforma universitária

instituída pela Lei nº 5.540/68. Nessa nova versão, o curso de Pedagogia

assumiu a responsabilidade de formar especialistas por intermédio de

habilitações profissionais. De acordo com Bertolo, “na concretização desse

objetivo, a formação do professor foi novamente secundarizada, na medida

em que as questões educacionais passaram a ser concebidas como

problemas essencialmente técnicos e que, portanto, deveriam ser tratados

por especialistas”. Ela acrescenta que esse modelo de formação ampliou a

dicotomia entre professores e técnicos/especialistas. O período em questão

representa a passagem do generalista para o especialista.

Para Altoé (2001), os estudos pedagógicos em nível superior, até os anos

1960, tiveram evolução lenta e irregular, pois a Educação é um dos setores

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da sociedade em que os mecanismos sociais de resistência à mudança

atuam com mais intensidade.

Nas décadas de 1960 e 1970, a ambiguidade e a pseudoidentidade do

curso de Pedagogia permaneceram, e seus egressos mantinham função

indefinida no Ministério da Educação – os técnicos em Educação buscavam

conquistar novos espaços, mediante atualização e aperfeiçoamento.

Altoé (2001) acrescenta que, no final da década de 1970, a questão que

mais preocupava os educadores envolvidos com a formação dos professores

era a reformulação ou a extinção do curso. Os argumentos formulados na

época estavam todos embasados em críticas sobre a identidade e a função

do pedagogo e dos técnicos.

Para Brzezinski (1994), educadores brasileiros interessados na formação

do profissional da Educação ao se sentirem ameaçados, passaram a

articular um movimento de resistência ao poder constituído que, no caso, era

o Conselho Federal de Educação, buscando realizar as reformulações

necessárias para a formação do professor.

Somente a partir de 1980, em São Paulo, durante a realização da

Primeira Conferência Brasileira de Educação (CBE), após o golpe militar, foi

criado o Comitê Pró-Formação do Educador. Nota-se que esse foi o primeiro

espaço organizado para promover discussões sistematizadas sobre

formação de professores no Brasil.

Muitas discussões e estudos dos educadores envolvidos no processo de

reestruturação do curso de Pedagogia levaram-nos a apontar e distinguir

duas dimensões, conforme defende Altoé (2001). A primeira, que o curso de

Pedagogia e as licenciaturas constituem o verso e o reverso da mesma

questão, e a segunda, que a docência é a base da identidade do profissional

da Educação. De acordo com a autora, foi nesse momento que o movimento

nacional de educadores construiu a primeira trincheira de resistência contra a

extinção do curso de Pedagogia.

Sobre este assunto, Íris Brzezinski (1994, p. 348) afirma:

[...] à medida que avançavam os estudos e a

reflexão teórica no campo epistêmico da

reformulação curricular, principiam os

educadores a negar a prática imediata de

apresentar um projeto para regulamentação do

curso para impedir ações arbitrárias do CFE. A

densidade das reflexões, portanto, impulsionava

o momento a optar por uma análise mais global

da questão, que requeria uma inserção na

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totalidade externa do movimento – a sociedade

brasileira – e, ao mesmo tempo, passaram a ser

examinadas com maior clareza as

complexidades internas às reformulações

curriculares, com todos os seus conflitos e

tensões, assim como as especificidades

regionais e locais.

Para a autora, os pareceres 251/62 e 252/62 de Valnir Chagas eram tidos

como a palavra de ordem durante o período de reformulação do curso de

Pedagogia. Esse ponto de vista é corroborado a partir do momento em que

ela enfatiza que:

[...] os dados colhidos em 50% das

Universidades Federais Brasileiras e nas três

grandes Universidades Estaduais Paulistas que

mantêm licenciaturas plenas em Pedagogia

revelam que 65% dessas instituições dedicam-

se à formação de professores para o início de

escolarização, além de ofertarem, na ordem de

60%, as habilitações tradicionais de graduação

(BRZEZINSKI, p. 352).

Para Altoé (2001), a partir dos anos de 1990, a situação não mudou

muito, pois a identidade do curso de Pedagogia, representada pelo debate

sobre suas funções, bem como da sua estruturação, a partir daquele

momento, deixou de ser uma das questões centrais do movimento e passou

a ser absorvida pela coordenação da Anfope – Associação Nacional pela

Formação dos Profissionais da Educação.

Com a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de

Pedagogia em 2006 por meio da Resolução CNE/CP nº 1/2006, ficou claro

que a identidade do curso de Pedagogia deve ser pautada pela docência na

infância, implicando a licenciatura como identidade consequente do

pedagogo. Além disso, o artigo 64 da LDB 9.394/96 foi mantido, garantindo,

portanto a formação do gestor educacional (administração escolar,

supervisão escolar, orientação educacional e inspeção escolar). Entretanto,

as habilitações foram extintas e, com isso, o curso de licenciatura em

Pedagogia deverá formar o estudante integralmente para o conjunto das

funções a ele atribuídas. O pedagogo, a partir de então, deverá ter uma

formação teórica, diversidade de conhecimentos e de práticas, que se

articulam ao longo do curso.

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7.2.2 O curso de Pedagogia da UNIP

O curso de Pedagogia da UNIP tem sua origem marcada pela criação da

própria Instituição. Sua criação deu-se em 1972 por meio do IUP, juntamente

com os cursos de Letras, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos

pelo Decreto Federal nº 77.546/76.

Desde então, o curso de Pedagogia da UNIP tem acompanhado as

sucessivas transformações legais e as diferentes concepções para a

formação do profissional da Educação que vigoraram nesse longo período de

sua existência.

O curso de Pedagogia da UNIP, em seus primórdios, adotou modelo

tradicional, fixado na Resolução n° 2 e no Parecer CFE 252/69, formando

profissionais licenciados habilitados para o exercício da docência das

disciplinas pedagógicas nos cursos de magistério em nível médio e os

profissionais licenciados denominados “especialistas”, para atuarem junto às

escolas e sistemas de ensino; administradores escolares, supervisores,

orientadores educacionais e inspetores de ensino.

A partir da Portaria Ministerial nº 550, de 9 de novembro 1988, foi

reconhecido o funcionamento da UNIP, o que possibilitou, em 1990, a

formação de uma Comissão Interna de Avaliação do Curso de Pedagogia.

Essa comissão propôs a reformulação do curso de Pedagogia, cujos

formatos passaram a ser aplicados em 1991 e incluíram novas habilitações:

Magistério de 1ª à 4ª séries do 1º grau, Desenvolvimento de Recursos

Humanos na Empresa (Treinamento) e Tecnologia Educacional, autorizadas

a funcionar pelo Conselho Universitário, por resolução do Consuni nº 1.129,

de 8 de setembro de 1995, já reconhecidas pelo MEC, e a terceira somente

autorizada sem reconhecimento, por falta de formação de turmas.

Em 2004, o curso de Pedagogia reorganizou seu currículo e passou a ser

semestral. Conservou suas duas vertentes: a da docência (magistério da

Educação Infantil e magistério do Ensino Fundamental – 1ª à 4ª séries – para

os alunos que não haviam cursado o magistério no Ensino Médio) e a

formação de “especialistas” (Administração Escolar e Supervisão Escolar),

quando já professores formados em nível médio, possibilitando o futuro

retorno do já licenciado para completar outras habilitações de seu interesse.

Com a promulgação da LDB 9.394/96, como a UNIP já oferecia o

magistério, não teve de fazer nenhuma adequação, pois sua matriz

contemplava plenamente tanto o previsto no artigo 62, no que tange à

formação docente, quanto o contido no artigo 64, que trata da gestão

educacional.

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A partir de 2007, o curso de Pedagogia da UNIP deixa de oferecer as

habilitações e se organiza com base nas orientações previstas na Resolução

CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o curso de licenciatura em Pedagogia, a fim de formar o

pedagogo com vistas à atuação profissional na docência da Educação

Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disso, o currículo

passou a contemplar plenamente o artigo 64 da LDB 9.394/96, ou seja,

formação de profissionais de Educação para

administração, planejamento, inspeção, supervisão e

orientação educacional para a Educação Básica e, será

feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível

de pós-graduação, a critério da Instituição de Ensino,

garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Assim, atendeu também a formação do gestor educacional (orientação

educacional, supervisão escolar, administração – gestão escolar).

Em 2009, o NDE iniciou seus trabalhos no curso de Pedagogia e propôs a

reformulação do curso com vistas a uma melhor adequação às Diretrizes

Curriculares Nacionais, Resolução CNE/CP nº 1/2006. Nessa matriz, houve

uma mudança significativa quanto à prevalência da formação do educador da

infância em detrimento da gestão educacional. O NDE, juntamente com o

colegiado do curso, propôs ao Conselho Superior Universitário uma nova

matriz, que foi aprovada e teve sua vigência a partir de 2010.

No decorrer do ano de 2010, o NDE e o colegiado de curso continuaram

os trabalhos e constataram que, apesar de a matriz em vigor trazer

mudanças significativas, não atendia plenamente às orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Pedagogia. Nesses termos, foi

feita a proposição de um novo projeto de matriz curricular com o

estabelecimento de três eixos estruturantes assim organizados por ordem de importância: docência, com o propósito de formar profissionais para lecionar

na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; gestão,

com o propósito de formar profissionais competentes para atuar na

administração e planejamento da Educação em ambientes escolares e não escolares; e pesquisa e construção do conhecimento, cuja intenção é a

inserção do estudante de Pedagogia no contexto da pesquisa educacional.

Essa nova proposta foi acatada pelo conselho universitário e encontra-se

em vigor no momento. Trata-se de um projeto que o coaduna com a tese de

que a formação docente de qualidade é fundamental na medida em que a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional considera a Educação Infantil e

o Ensino Médio como etapas da Educação Básica a serem estendidas a

todas as crianças e jovens, estabelecendo, em decorrência, novas

exigências para a formação do profissional da Educação e a tentativa de

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fortalecer a escola, em seus diferentes níveis, como espaço específico para

o ensino, para a aprendizagem e para o enriquecimento cultural, devendo

criar as condições para o desenvolvimento das capacidades a que todos têm

direito, notadamente, aquelas que têm na Educação escolarizada seu lócus

de efetivação e aprimoramento.

Essas demandas para a instituição escolar e os profissionais que nela

atuam indicam que a formação não deve ser restrita ao exercício da

docência ou ao exercício de funções técnicas existentes nas unidades

escolares. Pelo contrário, exige-se cada vez mais uma formação profissional

que possibilite a compreensão e a atuação no complexo processo da

Educação escolarizada, cuja meta é garantir a aprendizagem dos alunos sob

sua responsabilidade. O profissional da Educação é chamado, cada vez

mais, a participar de decisões sobre diferentes propostas educacionais, bem

como sua implementação nas unidades ou nos sistemas escolares.

Novas tarefas são postas para a escola, não porque seja a única instância

responsável pela Educação, mas por ser a instituição que desenvolve uma

prática educativa planejada e sistemática durante um período contínuo e

extenso na vida das pessoas e porque se mantém como referência social da

difusão de conhecimento, tecnologia e cultura em suas diferentes formas.

Nesse contexto, cabe às instituições de Ensino Superior definir, em seu

Projeto Pedagógico de Curso, objetivos coerentes com o perfil do egresso,

tendo em vista atenderem às demandas educacionais do país. Com esse

propósito, o curso de Pedagogia da UNIP foi idealizado.

7.2.3 Organização didático-pedagógica

Para atender aos objetivos gerais e específicos do curso de Pedagogia, é

necessária a adoção de uma Pedagogia que priorize a construção do

conhecimento, em substituição à mera reprodução de conteúdos, levando a

uma postura crítica e, para isso, é necessário estimular a articulação dos

conteúdos propostos com a vivência cotidiana do aluno, que pode assim

exercitar a práxis social.

Assim, o processo educativo constitui-se em um processo de mão dupla

que se instaura entre o saber científico e o saber que advém da experiência,

e supõe o desenvolvimento de um modelo pedagógico com aulas partilhadas

entre professores e discentes, que precisam ser vistos como sujeitos

participantes do processo pedagógico ao invés de objetos receptores de

conhecimento preexistente.

Supõe ainda a compreensão crítica da Educação, em seu reconhecimento

como prática determinada pela sociedade que, embora condicionada, pode

contribuir para transformar as relações sociais, econômicas e políticas à

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medida que consiga assegurar a todos um ensino de qualidade,

comprometido com a formação de profissionais conscientes de seu papel na

sociedade.

A formação plena do cidadão envolve a incorporação de uma concepção

crítica das relações existentes entre Educação, trabalho e sociedade e de

uma Pedagogia que se inspire nessa concepção, garantindo ao aluno o

acesso ao processo de produção de conhecimento, compreendido como

decorrência das trocas que o estudante estabelece na interação com o meio,

cabendo ao professor exercer a mediação desse processo, tendo em vista a

assimilação crítica e ativa de conteúdos significativos e atualizados.

Assim, os métodos de ensino fundamentam-se nas atividades e iniciativas

dos indivíduos. Os métodos utilizados propiciam o diálogo, respeitam os

interesses e os diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo dos

indivíduos para favorecer a autonomia e a aprendizagem, visando não

apenas “aprender a fazer”, mas, sobretudo “aprender a aprender” (DELORS,

2001). O indivíduo tem a oportunidade de ser ativo em sua própria formação

intelectual e profissional.

Do ponto de vista institucional, essa Filosofia se traduz no compromisso

de acompanhar a evolução das potencialidades do aluno, adotando

procedimentos que orientem seu processo de aprendizagem e estimulem a

conscientização do compromisso com a sua própria formação, não só

profissional, mas também como cidadão responsável.

Na proposta pedagógica dos cursos da UNIP, a atenção para a cidadania

nunca é privilégio, mas condição de direito. O exercício da cidadania é visto

como vivência cotidiana, pois as práticas sociais, políticas, culturais e de

comunicação são dimensões que fazem parte da vida pública. O respeito ao

outro, essencial à cidadania, também deve ser iniciado nas relações

cotidianas: na família, na comunidade, no curso e na empresa.

O tratamento contextualizado dos conteúdos representa um recurso

necessário para tirar o aluno da situação de espectador passivo. Assim, a

metodologia de ensino procura o contexto mais próximo do aluno e mais

facilmente explicável para dar significado e utilidade aos conteúdos de

aprendizagem como o da vida pessoal, do cotidiano e da convivência. O

cotidiano e as relações estabelecidas com o ambiente social, físico e virtual

deverão atribuir significado ao conteúdo curricular, fazendo a ponte entre o

que se faz, se vive e se observa no dia a dia.

Para viabilização do Projeto Pedagógico, o curso pauta-se por uma

Filosofia humanista e busca oferecer uma formação crítica e questionadora.

Valoriza a pluralidade de pensamento, entendendo o conflito de ideias como

fecundo e importante para a formação pretendida.

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As transformações culturais, políticas e sociais influenciam o

desenvolvimento das organizações e da sociedade. Assim, o entendimento

dessas transformações é fundamental para construir as bases da concepção

do curso.

7.3 Objetivos do curso

7.3.1 Objetivos gerais

Tomando como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, Resolução CNE/CP nº 1/2006, o curso de licenciatura

em Pedagogia da UNIP destina-se à formação de licenciados em Pedagogia

para exercer as funções de docência na Educação Infantil e nos anos iniciais

do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade

Normal, na Educação de Jovens e Adultos e nos cursos de Educação

Profissional, na área de serviços e apoio escolar, assim como para atuar na

organização e gestão educacional da Educação Básica e em espaços não

escolares, aptos a conhecer, analisar, avaliar e atuar, de forma consciente e

crítica, na prática escolar, levando em consideração os contextos sociais,

culturais, históricos, econômicos e geopolíticos das sociedades, bem como

os fins e os valores da Educação.

7.3.2 Objetivos específicos

O curso de licenciatura em Pedagogia da UNIP tem como objetivos

específicos proporcionar aos estudantes uma formação sólida com vistas a

dotá-los de habilidades e competências para:

• pensar criticamente, analisar e se comprometer com a solução dos

problemas da sociedade, contribuindo para a sua transformação por

meio de uma atuação criativa e ética;

• transitar nas mais diferentes áreas do saber, estando aptos a adaptar-

se e a desenvolver-se em outras áreas diferentes daquela de sua

formação;

• trabalhar em equipe, interagindo com outras pessoas e culturas, sendo

capaz de respeitar e conviver com as diferenças;

• compreender de forma ampla e consistente o fenômeno educativo e

sua prática que se dá em diferentes âmbitos e especialidades;

• articular ensino e pesquisa na recepção e produção do conhecimento e

da prática pedagógica;

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• dominar processos e meios de comunicação em suas relações com os

problemas educacionais.

Além disso, o curso de Pedagogia da UNIP, com base em sua

especificidade, definida na Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006,

trabalha para que se cumpra o determinado no artigo 5º:

O egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a:

I – atuar com ética e compromisso com vistas à

construção de uma sociedade justa, equânime,

igualitária;

II – compreender, cuidar e educar crianças de

zero a cinco anos, de forma a contribuir para o

seu desenvolvimento nas dimensões, entre

outras, física, psicológica, intelectual e social;

III – fortalecer o desenvolvimento e as

aprendizagens de crianças do Ensino

Fundamental, assim como daqueles que não

tiveram oportunidade de escolarização na idade

própria;

IV – trabalhar, em espaços escolares e não

escolares, para a promoção da aprendizagem de

sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento

humano, em diversos níveis e modalidades do

processo educativo;

V – reconhecer e respeitar as manifestações e

necessidades físicas, cognitivas, emocionais e

afetivas dos educandos nas suas relações

individuais e coletivas;

VI – ensinar Língua Portuguesa, Matemática,

Ciências, História, Geografia, Artes, Educação

Física, de forma interdisciplinar e adequada às

diferentes fases do desenvolvimento humano;

VII – relacionar as linguagens dos meios de

comunicação à Educação nos processos

didático-pedagógicos, demonstrando domínio

das tecnologias de informação e comunicação

adequadas ao desenvolvimento de

aprendizagens significativas;

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70

VIII – promover e facilitar relações de

cooperação entre a Instituição educativa, a

família e a comunidade;

IX – identificar problemas socioculturais e

educacionais com postura investigativa,

integrativa e propositiva em face de realidades

complexas, com vistas a contribuir para

superação de exclusões sociais, étnico-raciais,

econômicas, culturais, religiosas, políticas e

outras;

X – demonstrar consciência da diversidade,

respeitando as diferenças de natureza

ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros,

faixas geracionais, classes sociais, religiões,

necessidades especiais, escolhas sexuais, entre

outras XI – desenvolver trabalho em equipe,

estabelecendo diálogo entre a área educacional

e as demais áreas do conhecimento;

XII – participar da gestão das instituições

contribuindo para elaboração, implementação,

coordenação, acompanhamento e avaliação do

Projeto Pedagógico;

XIII – participar da gestão das instituições

planejando, executando, acompanhando e

avaliando projetos e programas educacionais,

em ambientes escolares e não escolares;

XIV – realizar pesquisas que proporcionem

conhecimentos, entre outros: sobre alunos e

alunas e a realidade sociocultural em que estes

desenvolvem suas experiências não escolares;

sobre processos de ensinar e de aprender, em

diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre

propostas curriculares; e sobre organização do

trabalho educativo e práticas pedagógicas;

XV – utilizar, com propriedade, instrumentos

próprios para construção de conhecimentos

pedagógicos e científicos;

XVI – estudar, aplicar criticamente as diretrizes

curriculares e outras determinações legais que

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71

lhe caiba implantar, executar, avaliar e

encaminhar o resultado de sua avaliação às

instâncias competentes.

7.4 Perfil do egresso

Tomando-se como referência os objetivos do curso de Pedagogia da

UNIP, espera-se que o egresso seja o profissional que conceba o fenômeno

educativo no processo histórico, dinâmico e diversificado, respondendo

criticamente aos desafios que a sociedade lhe coloca; que atue de forma

reflexiva, crítica, cooperativa, com ética e conhecimento fundamentado, com

habilidades para levantar problemas e, principalmente, que proponha

alternativas de intervenção para a Educação Básica no Brasil; que exerça a

capacidade de liderança e de busca do conhecimento; que produza

conhecimentos como docente/pesquisador/gestor de processos pedagógicos

que envolvam crianças, jovens e/ou adultos, em instituições escolares e não

escolares.

Em síntese, o estudante, ao concluir o curso de Pedagogia na UNIP, deve

ter habilidades e competências para atuar nas diferentes modalidades de

ensino e ser o gestor pedagógico da sua sala de aula, participando

ativamente da gestão escolar, além de possuir habilidades e competências

para assumir a função de gestor escolar e não escolar, considerando os

diferentes contextos em que a Educação se realiza.

7.4.1 Competências

O início deste milênio aponta para um panorama educacional que

apresenta pequenas e grandes mudanças. Pequenas, porque ainda há muito

a ser modificado. Grandes, porque podemos observar as transformações que

a aplicação da LDB 9.394/96 e, posteriormente, os Parâmetros Curriculares

Nacionais vêm implantando em cada escola brasileira (ALESSANDRINI,

2002). Com a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, essas grandes transformações passaram a ser

percebidas não somente nas escolas brasileiras, mas também no interior das

Instituições de Ensino Superior que intentam formar um profissional

comprometido com a docência.

Para Rios (2003, p. 53), “o docente é o professor em exercício, isto é, que

efetivamente desenvolve uma atividade”. Ser professor é uma profissão e é

isto que o curso de Pedagogia faz, ou seja, formar profissionais competentes

para a docência.

Este ponto de vista se justifica a partir do momento em que a atividade

docente vem se modificando em decorrência de transformações nas

concepções de escola e nas formas de construção do saber, resultando na

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necessidade de se repensar a intervenção pedagógico-didática na prática

escolar (PIMENTA, 2003).

Ainda de acordo com a autora, um dos aspectos cruciais dessas

transformações é o investimento na qualidade da formação dos docentes e

no aperfeiçoamento das condições de trabalho nas escolas, para que

favoreçam a construção coletiva de Projetos Pedagógicos capazes de alterar

os quadros de reprovação, de retenção e da qualidade social e humana dos

resultados e escolarização.

Frente ao exposto, entendemos que o curso de Pedagogia deve abranger

conteúdos e atividades que constituam base consistente para a formação do

educador capaz de atender ao perfil apresentado. Nessa direção, as

seguintes competências, entre outras, devem ser desenvolvidas:

• compreensão ampla e consistente do fenômeno e da prática educativos

que se dão em diferentes âmbitos e especialidades;

• compreensão do processo de construção do conhecimento no indivíduo

inserido em seu contexto social e cultural;

• capacidade de identificar problemas socioculturais e educacionais,

propondo respostas criativas às questões da qualidade do ensino e

medidas que visem a superar a exclusão social;

• compreensão e valorização das diferentes linguagens manifestas nas

sociedades contemporâneas e de sua função na produção do

conhecimento;

• compreensão e valorização dos diferentes padrões e produções

culturais existentes na sociedade contemporânea;

• capacidade de apreender a dinâmica cultural e de atuar

adequadamente em relação ao conjunto de significados que a

constituem;

• capacidade para atuar com jovens e adultos defasados em seu

processo de escolarização;

• capacidade de estabelecer diálogo entre a área educacional e as

demais áreas do conhecimento;

• capacidade de articular ensino e pesquisa na produção do

conhecimento e da prática pedagógica;

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• capacidade para dominar processos e meios de comunicação em suas

relações com os problemas educacionais;

• capacidade de desenvolver metodologias e materiais pedagógicos

adequados à utilização das tecnologias da informação e da

comunicação nas práticas educativas;

• compromisso com a ética na atuação profissional e com a organização

democrática da vida em sociedade;

• articulação da atividade educacional nas diferentes formas de gestão

educacional, na organização do trabalho pedagógico escolar, no

planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas da

escola;

• elaboração do Projeto Pedagógico, sintetizando as atividades de ensino

e administração, caracterizadas por categorias comuns como:

planejamento, organização, coordenação e avaliação e por valores

comuns como: solidariedade, cooperação, responsabilidade e

compromisso.

As competências próprias do pedagogo, decorrentes do Projeto

Pedagógico da Universidade Paulista, devem credenciá-lo ao exercício profissional em áreas específicas de atuação, tais como: educação especial, Educação de Jovens e Adultos, educação ambiental e outras áreas emergentes do campo educacional.

7.5 Mercado de trabalho

Segundo Arruda (2001), a profissão docente garante empregabilidade,

uma vez que apenas a educação formal constitui um serviço consumido por nada menos que um terço da população brasileira e está em vias de expansão. Isso vem ao encontro do aumento no setor de serviços, que, segundo os economistas, é uma realidade na sociedade contemporânea. O aumento da expansão escolar, portanto, poderá contribuir para a discussão sobre o papel da escola e sua relação com a sociedade na contemporaneidade e sobre a formação dos professores para atuar nessa escola em tempos de globalização e acelerado avanço tecnológico.

Nos últimos anos, observa-se que o mercado de trabalho tem se

expandido para além da formação do professor. Em levantamento feito em 2011 pela coordenação e docentes da UNIP para a elaboração deste projeto, foi possível observar a inserção do pedagogo em diferentes campos de atuação profissional.

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Para se ter uma ideia do mercado de trabalho para o pedagogo no Brasil, pode-se tomar como referência o número de professores em exercício na Educação Básica. De acordo com o Inep (2011), no ano de 2009 tínhamos um total de 1.977.978 professores em sala de aula, sendo que, deste total, 1.091.211 estavam atuando na Educação Infantil ou nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, campo de atuação dos licenciados em Pedagogia distribuídos em todo o território nacional, conforme figura a seguir.

Figura 1 – Distribuição dos professores no Brasil por região geográfica

Fonte: Elaborado pela coordenação de Pedagogia a partir de dados do Inep.

O curso de Pedagogia da UNIP tem formado profissionais para atuar em

instituições diversas e o mercado de trabalho tem-se ampliado para além do

ambiente escolar.

O novo cenário da Educação se abre no século XXI com novas

perspectivas para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob

diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade, que vive um

momento particular discussões sobre globalização, neoliberalismo, terceiro

setor, educação on-line, enfim, uma nova estrutura se firma na sociedade, a

qual exige profissionais cada vez mais qualificados e preparados para

atuarem neste cenário competitivo.

Sobre este assunto, concorda-se com Bertrand (2007), para quem o

campo aberto pelo tema da Educação e do trabalho é extremamente vasto,

sobretudo se tomamos os dois termos em sentido amplo: Educação

incorporando a formação profissional e trabalho, remunerado ou não, assim

como as diferentes noções de emprego e de qualificação.

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Segundo Maria Edna Sabina de Oliveira, citada por Ribeiro (2003), a

educação em espaços não escolares vem confirmar esta discussão de que

participamos. O pedagogo sai do espaço escolar que, até pouco tempo, era

seu espaço (restrito) de trabalho, para se inserir nesse novo espaço de

atuação com uma visão redefinida da atuação desse profissional: empresas,

hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão

(rádio e TV) e outros, formam, hoje, seu novo cenário de atuação – locais

que eram espaços, até então, restritos a outros profissionais. A atual

realidade vem, com certeza, quebrando preconceitos e ideias de que o

pedagogo está apto para exercer apenas suas funções na sala de aula.

Onde houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica

(GRECO, 2005).

Além da docência, o pedagogo atua também no âmbito da gestão

educacional (administração escolar, supervisão, orientação educacional).

Para se ter uma ideia desse flanco de mercado, apenas na Secretaria da

Educação do Estado de São Paulo, cuja escolha de diretor é feita por meio

de concurso público e é condição sine qua non a sua formação em

Pedagogia ou que tenha mestrado ou doutorado em Educação, existem mais

de 10.400 profissionais atuando como diretores de escola ou vice-diretores.

Quando se sabe que, na maior parte dos municípios paulistas, o processo de

escolha do diretor é o mesmo adotado pelo estado, claro está que o mercado

de trabalho para o pedagogo é bastante amplo.

Nesses termos, o curso de Pedagogia da UNIP busca atender à demanda

posta pela realidade socioeducacional, cultural e econômica em todo o

território nacional por meio da oferta do curso em EaD. Ademais, conforme

assinalado pelas Diretrizes Curriculares (BRASIL, 2006), ele tem como

proposta abordar uma formação baseada em concepções, princípios e

objetivos construídos em relações sociais, étnico-raciais e produtivas,

buscando articular o conhecimento científico e cultural, os valores éticos e

estéticos, inerentes aos processos de aprendizagem, de socialização e de

construção do conhecimento, priorizando o diálogo entre diferentes visões do

mundo.

7.6 Estrutura curricular

De acordo com Libâneo (2004), o currículo constitui o elemento nuclear

do Projeto Pedagógico; é ele que viabiliza o processo de ensino e

aprendizagem. Ademais, a proposta curricular define-se como projeção do

Projeto Pedagógico, ou seja, o currículo é um desdobramento necessário do

Projeto, tornando forma pelas intenções e orientações previstas no projeto,

expressas em objetivos e conteúdos.

O currículo deve caracterizar as bases processuais da formação

acadêmica e profissional. É um complexo de diversos processos

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relacionados com a formação profissional, cultural e humanística dos

estudantes. Deve ser traduzido por componentes curriculares que se

organizam a partir de disciplinas, eixos, ênfases e/ou núcleos; que

contemplam a inclusão desses diferentes componentes, os quais integram

conteúdos em projetos, experiências e atividades acadêmicas, pesquisa e

extensão, expressando a tradução das ações e movimentos necessários ao

ensino e à aprendizagem.

Para construí-lo, é necessária uma seleção de conhecimentos,

competências, habilidades, atitudes, valores, metodologias e situações de

aprendizagem consideradas importantes. Tem por referência determinados

destinatários e contextos do estado do conhecimento elaborado e da

realidade cotidiana dos sujeitos, do futuro docente, da cultura e da ciência

em suas diferentes dimensões. Também é importante frisar que a referida

seleção deve ser um processo coletivo, pois selecionar, classificar, distribuir

e avaliar conteúdos curriculares põem em ação as múltiplas representações

que percorrem os espaços culturais.

O ementário e a bibliografia deste Projeto Pedagógico do curso de

Pedagogia da Universidade Paulista expressarão a linha geral para nortear a

estrutura da matriz curricular, posto que, no momento efetivo de execução,

estas serão adaptadas ao contexto da realidade de Educação a distância no

qual serão implementadas.

No sentido amplo da estrutura do curso, com destaque para os aspectos

de interdisciplinaridade, integração prática e teórica, incentivo à pesquisa e à

especialização, bem como, “customização” do curso à realidade regional dos

discientes, ressalta-se a incorporação das atividades complementares à

licenciatura em Pedagogia.

Os objetivos gerais e específicos de cada conteúdo são desenvolvidos por

intermédio de aulas expositivas interativas com aplicação de situações-

problema, videoconferências e estudos de caso e teleaulas,

complementados com trabalhos com coleta de dados ou pesquisas,

realizados individualmente ou em grupo, podendo as aulas serem

complementadas com leitura dirigida de textos e artigos selecionados,

elaboração e apresentação de trabalhos e outras atividades que visem a

desenvolver as competências e habilidades pretendidas e pertinentes ao

curso de licenciatura em Pedagogia.

O uso de bibliografia secundária no aprendizado é estimulado no curso.

Entende-se como bibliografia secundária os livros-textos elaborados pelo

corpo docente ou outros materiais de estudo, a partir da pesquisa nas

bibliografias originais, base de dados on-line da UNIP, especialmente na

área de humanidades: Ação Educativa, Edubase e Multidisciplinar,

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77

Periódicos Capes e Biblioteca Virtual, além de sites e portais em

conformidade com o espírito de facilitação e viabilização de pesquisa.

A Coordenação do Curso, em parceria com o Núcleo Docente

Estruturante, o colegiado de curso e o corpo docente como um todo mantêm

processo contínuo de atualização das ementas, dos conteúdos

programáticos e da bibliografia básica, em ambiente aberto a sugestões de

projetos, de debates, de trabalhos e pesquisas a respeito do futuro

profissional dos egressos, da dinâmica do mercado e de outros assuntos de

interesse do curso.

A adoção dos procedimentos de atualização de ementas visa a garantir a

integridade e a coerência entre os objetivos propostos e a práticas de ensino

para que haja a integração horizontal e vertical, modulando-se à

interdisciplinaridade, tão peculiar no campo de estudo da Pedagogia.

Portanto, para a formação do licenciado em Pedagogia, é central:

• a competência para atuar como educador da infância, ou seja, na

Educação Infantil (0 a 5 anos) e nos anos iniciais do Ensino

Fundamental;

• o conhecimento da escola como organização complexa que tem a

função de promover a Educação para e na cidadania;

• a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de

interesse da área educacional;

• a participação na gestão de processos educativos e na organização e

funcionamento de sistemas e instituições de ensino.

A organização curricular do curso de Pedagogia da UNIP tem como base

os eixos estruturantes a seguir descritos.

Tomando como referência a Resolução CNE/CP 1/2006 que estabelece

as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, a estrutura

curricular do curso de Pedagogia da UNIP está voltada para a formação de

“profissional” apto a atuar especialmente na docência dos anos iniciais do

Ensino Fundamental e na Educação Infantil, na gestão e no planejamento da

Educação em ambientes escolares e não escolares.

Em consonância com a proposta pedagógica do curso e com a concepção

político-filosófica da UNIP, que prioriza o conhecer, o fazer, o conviver e o

ser, a organização curricular volta-se especialmente para a formação

profissional do licenciado em Pedagogia, preservando as orientações das

DCNs do curso e o padrão de qualidade previsto no Plano de

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Desenvolvimento Institucional (p. 41). Logo, a organização curricular

contempla os seguintes princípios:

• visão interdisciplinar;

• formação global, com equilíbrio entre oferta de conteúdos gerais e

específicos;

• articulação entre teoria e prática em busca de assegurar as

competências e habilidades;

• formação humanística inserida no contexto social dos alunos;

• visão ampliada do conceito de sala de aula, que deve superar a

conformação tradicional, propiciando a efetiva participação do alunado

no processo de aprender;

• inclusão de disciplinas profissionalizantes, com a finalidade de

aproximar os alunos do perfil profissional estabelecido no curso de

licenciatura em Pedagogia.

7.6.1 Eixos estruturantes

O curso de Pedagogia da UNIP, conforme a Resolução CNE/CP nº

1/2006, se organiza em três grandes eixos, nesta ordem de importância: 1)

docência; 2) gestão; 3) pesquisa e produção do conhecimento.

Esses eixos são estruturantes e funcionam, por si, como elementos

norteadores do currículo. Funcionam como elemento de sustentação para o

desenvolvimento de competências e habilidades nos educandos, conforme

consta dos objetivos previstos do curso e em consonância com o perfil do

egresso definido nesse PPC.

Os eixos estruturantes norteiam, também, o aprimoramento do pedagogo

na perspectiva da formação do educando-cidadão, em todas as suas

dimensões, perpassando os quatro pilares da Educação expressos para a

sociedade emergente do século XXI, no relatório da Unesco denominado

Educação: um tesouro a descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors,

como segue: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e

aprender a ser (DELORS, 2001).

A seguir, apresentamos as intenções de cada eixo norteador do curso de

Pedagogia da UNIP:

Docência: formação inicial para o exercício da docência na Educação

Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino

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Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na

área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais

sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

Tomando como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, mais precisamente o parágrafo primeiro do artigo 2º do

referido documento, concordamos com Evangelista e Triches (2008) que a

docência deixa de ser prática docente em sala de aula e assume dimensão

mais abrangente:

Compreende-se a docência como ação

educativa e processo pedagógico metódico e

intencional, construído em relações sociais,

étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam

conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia,

desenvolvendo-se na articulação entre

conhecimentos científicos e culturais, valores

éticos e estéticos inerentes a processos de

aprendizagem, de socialização e de construção

do conhecimento, no âmbito do diálogo entre

diferentes visões de mundo (BRASIL, 2006,

p. 1).

Além disso, o artigo 4º da Resolução repete o artigo 2º e inclui um

parágrafo único que reforça essa compreensão de docência abarcando

outras áreas de ação:

Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de

sistemas e instituições de ensino, englobando: I -

planejamento, execução, coordenação, acompanhamento

e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; II -

planejamento, execução, coordenação, acompanhamento

e avaliação de projetos e experiências educativas não

escolares; III - produção e difusão do conhecimento

científico-tecnológico do campo educacional, em

contextos escolares e não escolares (BRASIL, 2006,

p. 2).

Gestão: gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática,

que integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e dos

processos educativos, especialmente no que se refere ao planejamento, à

administração, à coordenação, ao acompanhamento, à supervisão, à

inspeção, à orientação educacional e à avaliação em contextos escolares e

não escolares e nos sistemas de ensino e ao estudo e participação na

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formulação, implementação e avaliação de políticas públicas na área de

Educação.

Embora na redação do artigo 4º da Resolução CNE/CP nº 1/2006 a

palavra “participação” não esclareça se o curso de Pedagogia fornecerá

conhecimentos que possibilitem ao professor participar/acompanhar a gestão

da escola, bem como se produzirá e difundirá conhecimentos ou se sua

função suporá as duas tarefas, o curso de Pedagogia da UNIP garante o

contido no artigo 64 da LDB 9.394/96.

Essa vertente do currículo se justifica a partir do momento em que a

administração pública adquiriu um formato gerencial, mais ágil e flexível, com

o objetivo de imprimir eficiência ao desempenho do Estado, tornando-o mais

compatível com a atual fase do capitalismo global e competitivo (FONSECA;

OLIVEIRA, 2009).

Pesquisa e produção do conhecimento: a prática cotidiana da pesquisa

é o elemento de significação maior para reconhecimento de nossa

identidade, ou seja, a do pedagogo, superando assim processos anacrônicos

de conteudismos. Cabe ressaltar que a pesquisa tomada em suas múltiplas

experiências metodológicas acolhe diferentes correntes do pensamento e

promove a participação ativa de docentes e discentes para a produção do

conhecimento. No curso de Pedagogia da UNIP, a pesquisa e a produção do

conhecimento estão presentes nos diferentes componentes curriculares e

especialmente nos projetos de ação pedagógica e no trabalho de curso.

Concordamos com Fazenda (2001), para quem, ao assumir a tarefa de

investigar, o educador se depara com muitas dificuldades, e é com base

nesse princípio que acreditamos que o licenciado em Pedagogia deve ser um

profissional comprometido com o ato investigativo e que somente por meio

de um trabalho contínuo e sério ele poderá vencer os obstáculos quando

estiver no exercício da profissão. Portanto, a introdução à prática de

pesquisa em Educação deve iniciar na Pedagogia tal qual como nos

propomos a fazer.

Pesquisa é o ato pelo qual procuramos obter

informações sobre alguma coisa. Com definição

tão ampla, podemos dizer que estamos sempre

pesquisando. Contudo, num sentido mais estrito,

visando à criação de um corpo sistemático de

conhecimentos sobre certo assunto, o ato de

pesquisar deve apresentar certas características

específicas. Não buscamos, com ele, qualquer

conhecimento, mas um conhecimento que

ultrapasse nosso entendimento imediato na

explicação ou na compreensão da realidade que

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observamos. Neste caso, estamos fazendo

pesquisa para construir o que entendemos por

ciência, ou seja, tentando elaborar um conjunto

estruturado de conhecimentos que nos permita

compreender em profundidade aquilo que, à

primeira vista, o mundo das coisas e dos

homens nos revela nebulosamente ou sob uma

aparência caótica. Vamos então percorrendo

aqueles caminhos que nos parecem, segundo

critérios, mais seguros para construir uma

compreensão aproximada dos homens, da

natureza, das relações humanas etc. (GATTI,

2002, p. 9-10).

Ao fazermos uma leitura mais aprofundada das Diretrizes Curriculares

Nacionais para o curso de Pedagogia, fica evidenciada a hegemonia da

docência, chave que define a identidade e ação do profissional. Para ilustrar

o exposto, Evangelista e Triches (2008) fizeram uma contagem de palavras

na Resolução cujo resultado encontrado foi: a palavra “docência/docente”

aparece oito vezes no texto, “professor”, cinco; “licenciatura/licenciado”,

nove; “gestão”, nove; “pesquisa”, quatro; “produção de conhecimento”, uma;

e “pedagogo” não aparece.

Considerando os eixos estruturantes definidos pelo curso de Pedagogia

desta universidade e o verificado pelas autoras no parágrafo anterior,

entendemos que conseguiremos contemplar as DCN sem perder de vista a

identidade do curso construída no decorrer de sua história.

Para compreender melhor essa proposta, apresentamos, a seguir, o

desenho estrutural de articulação desses eixos.

Quadro 1

Eixo Natureza Carga horária

Docência

Compreensão dos processos educativos institucionalizados, considerando a natureza específica do

processo docente, as relações ambiental-ecológicas, sócio-históricas e políticas que acontecem no interior das instituições, no contexto imediato e no âmbito mais geral em que ocorre o fenômeno educativo. Saberes e práticas

específicos à formação dos pedagogos aptos a atuar como professores na Educação Infantil, nos anos iniciais do

Ensino Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos.

2.420

Gestão

Saberes e práticas específicos à formação do pedagogo aptos a atuar na organização, no planejamento, supervisão

e gestão de sistemas, unidades, projetos e experiências

380

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educativas e a relação escola comunidade. Este eixo estuda também os processos de implantação,

acompanhamento e avaliação de políticas públicas de Educação escolar e não escolar integradas às políticas

econômicas e sociais do Estado brasileiro.

Pesquisa e produção do

conhecimento

A pesquisa do trabalho do pedagogo nos ambientes escolares e não escolares, suas práticas e implicações nos impactos das reformas educacionais bem como os projetos

e experiências educativas, a produção e difusão do conhecimento do campo educacional.

440

7.6.2 Núcleos de estudos

Tendo como ponto de partida as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, a estrutura do curso de Pedagogia da Universidade

Paulista, respeitadas a diversidade nacional e a autonomia pedagógica das

instituições, constitui-se em três grandes núcleos: estudos básicos,

aprofundamento e diversificação de estudos e estudos integradores.

A seguir, detalhamos os procedimentos adotados pela UNIP nos

direcionamentos de cada núcleo de estudo.

7.6.2.1 Núcleo de estudos básicos

O núcleo de estudos básicos, sem perder de vista a diversidade e a

multiculturalidade da sociedade brasileira, por meio do estudo acurado da

literatura pertinente e de realidades educacionais, assim como por meio de

reflexão e ações críticas, articulará:

• aplicação de princípios, concepções e critérios oriundos de diferentes

áreas do conhecimento, com pertinência ao campo da Pedagogia, que

contribuam para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e

da sociedade;

• aplicação de princípios da gestão democrática em espaços escolares e

não escolares;

• observação, análise, planejamento, implementação e avaliação de

processos educativos e de experiências educacionais, em ambientes

escolares e não escolares;

• utilização de conhecimento multidimensional sobre o ser humano, em

situações de aprendizagem;

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• aplicação, em práticas educativas, de conhecimentos de processos de

desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos, nas

dimensões física, psicológica e cultural em sentido amplo;

• realização de diagnóstico sobre necessidades e aspirações dos

diferentes segmentos da sociedade, relativamente à Educação, sendo

capaz de identificar diferentes forças e interesses, de captar

contradições e de considerar esse mesmo diagnóstico nos planos

pedagógico e de ensino-aprendizagem, no planejamento e na

realização de atividades educativas;

• planejamento, execução e avaliação de experiências que considerem o

contexto histórico e sociocultural do sistema educacional brasileiro,

particularmente no que diz respeito à Educação Infantil, aos anos

iniciais do Ensino Fundamental e à formação de professores e de

profissionais na área de serviço e apoio escolar;

• estudo da didática, de teorias e metodologias pedagógicas, de

processos de organização do trabalho docente;

• decodificação e utilização de códigos de diferentes linguagens

utilizadas por crianças, além do trabalho didático com conteúdos

pertinentes aos primeiros anos de escolarização, relativos à Língua

Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia, Artes,

Educação Física;

• estudo das relações entre educação e trabalho, diversidade cultural,

cidadania, sustentabilidade, entre outras problemáticas centrais da

sociedade contemporânea;

• atenção às questões atinentes à ética, à estética e à ludicidade, no

contexto do exercício profissional, em âmbitos escolares e não

escolares, articulando o saber acadêmico, a pesquisa, a extensão e a

prática educativa;

• estudo, aplicação e avaliação dos textos legais relativos à organização

da Educação nacional.

No núcleo de estudos básicos, agrupam-se os conteúdos que, “sem

perder de vista a diversidade e a multiculturalidade da sociedade brasileira,

por meio de estudo da literatura pertinente às realidades educacionais, assim

como por meio de reflexão e de ações críticas que articularão a formação de

conhecimento” (DCNs, 15 de maio de 2006) em quesitos como:

• fundamentos da Educação com ênfase nos aspectos filosóficos,

históricos e sociais, com a localização no tempo e no espaço dos

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primórdios da atuação do pedagogo, iniciando o desenvolvimento da

capacidade reflexiva e crítica do educando;

• observação e análise da realidade em que se insere o processo

educativo, levando-se em conta, além dos fundamentos da Educação,

os aspectos econômicos, políticos e culturais que configuram e

condicionam a realidade;

• reflexão sobre a prática pautada em teorias, a fim de planejar,

implementar e avaliar processos, experiências profissionais, Projetos

Pedagógicos em ambientes escolares e não escolares;

• aplicação da reversibilidade do pensamento no que se refere a

questões de espaço, tempo e desenvolvimento humano;

• estudo e a apreciação dos princípios expressos na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares Nacionais,

adequando-as ao processo de planejamento pedagógico;

• estudo e aplicação de conhecimentos de processos do

desenvolvimento de crianças, jovens e adultos, juntamente com a

inserção nos contextos culturais e sociais, respeitando as dimensões:

cognitiva, afetiva, social, ética, estética, artística, cultural e lúdica;

• planejamento, realização, gestão e avaliação do trabalho pedagógico

escolar e não escolar, a partir do entendimento da dinâmica institucional

e seus processos organizacionais;

• estudo da didática, de teorias e metodologias pedagógicas, de

processos de organização do trabalho docente, incluindo a perspectiva

da Educação a distância;

• realização de diagnóstico da realidade, formulação, discussão e

avaliação do Projeto Pedagógico da escola, dando ênfase à docência

na Educação Infantil, no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e na

Educação de Jovens e Adultos.

7.6.2.2 Núcleo de aprofundamento de estudos e diversificação de

estudos

O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos está voltado

às áreas de atuação profissional priorizadas pelo Projeto Pedagógico das

instituições ao atender a diferentes demandas sociais e oportunizará, entre

outras possibilidades:

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• investigações de processos educativos e gerenciais, em diferentes

situações institucionais: escolares, comunitárias, assistenciais,

empresariais e outras;

• avaliação, criação e uso de livros-textos, textos, materiais didáticos,

procedimentos e processos de aprendizagem que contemplem a

diversidade social e cultural da sociedade brasileira;

• estudo, análise e avaliação de teorias da Educação a fim de elaborar

propostas educacionais consistentes e inovadoras.

O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos é voltado às

áreas dos projetos realizados pela UNIP a fim de criar possibilidades de:

• estudo de novas tecnologias da informação aplicadas à Educação, por

intermédio de práticas laboratoriais;

• estudo e investigação da diversidade dos alunos em sala de aula, da

inclusão social e de portadores de necessidades especiais, visando à

promoção da qualidade da Educação;

• estudo, análise e avaliação de teorias da Educação, articulando os

conteúdos e metodologias específicas das áreas de conhecimento

então envolvidas nos diferentes âmbitos de formação e atuação

profissional, na docência ou no apoio pedagógico ao perfil do egresso;

• preparação do educando para realizar e analisar situações educativas e

de ensino, de modo a produzir conhecimentos teóricos e práticos

aplicados a diferentes realidades culturais, destacando-se o

desenvolvimento de projeto de voluntariado e o futuro engajamento do

pedagogo em tal categoria.

7.6.2.3 Núcleo de estudos integradores

O núcleo de estudos integradores proporcionará o enriquecimento

curricular e compreende participação em:

• seminários e estudos curriculares, projetos de iniciação científica e

extensão, diretamente orientados pelo corpo docente da instituição de

Educação Superior;

• atividades práticas de modo a propiciar vivências nas mais diferentes

áreas do campo educacional, assegurando aprofundamentos e

diversificação de estudos, experiências e utilização de recursos

pedagógicos;

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• atividades de comunicação e expressão cultural.

O núcleo de estudos integradores deverá se concentrar em um

conjunto de atividades que proporcionará enriquecimento curricular e

compreende participação em ações como:

• projetos de iniciação científica, conforme normas da UNIP;

• cursos e eventos proporcionados pela extensão comunitária e

universitária;

• visitas técnicas, conforme o interesse do alunado e a especificidade do

curso de Pedagogia;

• seminários e palestras proporcionados nos horários fixados para as

atividades complementares ou pela TV Web;

• apresentações de peças teatrais, filmes, videoconferências etc.;

• exposições da produção de alunos à comunidade estudantil pela TV

Web ou discutidas em chats;

• visitas a museus, parques temáticos, escolas, creches, ONGs,

bibliotecas, escolas técnicas, públicas e particulares.

O núcleo de estudos integradores possibilita condições para que o aluno

possa promover a articulação e a integração entre saberes e processos

investigativos dos diversos campos do conhecimento, visando à formação do

pedagogo.

No sentido amplo da estrutura do curso, com destaque aos aspectos de

interdisciplinaridade, especialmente nos componentes curriculares que

privilegiam a metodologia e prática de ensino (História e Geografia;

Matemática e Ciência; Arte e Educação Física etc.), integração prática e

teórica, incentivo à pesquisa e à especialização, bem como, “customização”

do curso à realidade regional dos discentes, ressalta-se a incorporação das

atividades complementares à licenciatura em Pedagogia.

Esses núcleos de estudos expressam-se na matriz curricular do curso de

Pedagogia da UNIP, por meio de um desenho curricular geral assim

organizado:

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Quadro 2

Núcleo de estudo básicos Componentes curriculares

Carga horária total

Interpretação e Produção de Textos; Homem e Sociedade; Teorias Psicológicas do Desenvolvimento; Fundamentos de Filosofia e Educação;

História da Educação; Comunicação e Expressão; Ciências Sociais; Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital; História do Pensamento Filosófico;

Educação Ambiental; Estrutura e Funcionamento da Educação Básica; Didática Fundamental; Filosofia, Comunicação e Ética; Alfabetização e

Letramento; Psicologia do Desenvolvimento e Teorias de Aprendizagem; Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil; Jogos e Brinquedos

na Infância; Orientação e Práticas em Projetos na Infância; Psicologia Construtivista; Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências;

Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional; Gestão Educacional; Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa;

Metodologia de Arte e Movimento: Corporeidade; Metodologia do Trabalho Acadêmico; Estatística; Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e

Educação Profissional; Orientação em Práticas de Projetos de Ensino Fundamental; Metodologia e Prática do Ensino de História e Geografia;

Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia; Métodos de Pesquisa; Escola, Currículo e Cultura; Relatório do Projeto de Pesquisa:

Apresentação; Sociologia e Educação; Avaliação Educacional; Orientação e Prática de Gestão da Educação em Ambientes Escolares e Não Escolares;

Projetos e Práticas de Ação Pedagógica; Estágios Supervisionados.

2.480

Núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos Componentes curriculares

Carga horária total

Introdução à Educação a Distância; Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação; Língua Brasileira dos Sinais; Relações Étnico-raciais e

Afrodescendência; Educação Inclusiva; Estudos Disciplinares; Disciplina Optativa; Pedagogia Interdisciplinar; Pedagogia Integrada; Tópicos de

Atuação Profissional.

560

Núcleo de estudos integradores Carga

horária total

Atividades Complementares 200

Carga horária Total 3.240

7.7 Conteúdos básicos, específicos e teórico-práticos

A matriz curricular do curso de licenciatura em Pedagogia, em

consonância com as normas vigentes (Diretrizes Curriculares Nacionais –

CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006), contempla disciplinas que privilegiam

os seguintes conteúdos interligados:

Conteúdos básicos: estudos relacionados às Ciências Sociais, Filosofia,

Políticas Públicas, Sociologia, Psicologia, Ciências da Comunicação e da

Informação.

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Conteúdos específicos: estudos de métodos e técnicas pedagógicas,

fundamentos e procedimentos de avaliação, abrangendo os conteúdos

relacionados com a formação do docente em Educação Infantil, no Ensino

Fundamental – séries iniciais, na Educação de Jovens e Adultos e na

Educação a Distância. Contempla, também, a formação dos profissionais de

apoio pedagógico: administradores – gestores, supervisores escolares e

orientadores educacionais. Embasar-se-á o futuro pedagogo em métodos de

pesquisa científica e no aprofundamento da língua nacional, sendo esta

última uma forma de nivelamento de conhecimentos.

Conteúdos teórico-práticos: Ao longo do curso serão oferecidas

propostas de atividades práticas nos polos a partir da brinquedoteca virtual e

do desenvolvimento de projetos por intermédio de brinquedoteca elaborada

pelos alunos juntamente com a comunidade pela construção de brinquedos

com materiais recicláveis; acompanhamento de estágio supervisionado, de

atividades complementares para vivências práticas em ambiente de iniciação

profissional, além de projetos e oficinas que serão realizados tanto nos polos

quanto no AVA.

Todas as âncoras temáticas serão permeadas por práticas significativas,

associadas às teorias em estudo que darão oportunidade à perspicácia na

formação do pedagogo-pesquisador. Além dos agrupamentos

retromencionados, os conteúdos serão sistematizados em diferentes áreas

do conhecimento, a serem elencadas anualmente, conforme as demandas e

as tendências socioeconômicas presentes à época.

Todavia, à guisa de sugestão, os temas deverão se concentrar nas áreas

de saúde pública, socioeducação, arte-educação, diversidade, inclusão,

alfabetização e outros grandes temas que se apresentem carentes da

contribuição do alunado nas diferentes regiões do país.

7.8 Matriz curricular

O curso de Pedagogia da UNIP faculta ao aluno quatro ingressos, no

decorrer do ano, para a modalidade a distância. Tem a duração de 2.140

horas teóricas, 300 horas de estágio supervisionado, 400 de projetos e

práticas de ação pedagógica, 200 de estudos disciplinares e 200 horas de

atividades culturais, acadêmicas e científicas, totalizando 3.240 horas,

atendendo aos parâmetros das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de Pedagogia, estabelecidas pela Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de

maio de 2006, conforme quadro a seguir.

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Quadro 3

Matriz curricular adequada à resolução CNE/CP nº 1/2006

Pedagogia Licenciatura - UNIP Interativa

ICH

Matriz 2013

Período Disciplina (Nome Completo) CH Semestral (horas)

1 Interpretação e Produção de Textos 40

1 Homem e Sociedade 40

1 Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital 60

1 História do Pensamento Filosófico 40

1 Educação Ambiental 40

1 História da Educação 80

1 Política e Organização da Educação Básica 40

1 Estudos Disciplinares 30

1 Introdução à Educação à Distância 20

Total 390

2 Comunicação e Expressão 40

2 Ciências Sociais 40

2 Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem

60

2 Fundamentos de Filosofia e Educação 40

2 Didática Fundamental 60

2 Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação 60

2 Língua Brasileira de Sinais - Libras 40

2 Estudos Disciplinares 30

Total 370

3 Relações Étnico-Raciais no Brasil 60

3 Filosofia, Comunicação e Ética 40

3 Psicologia Construtivista 40

3 Alfabetização e Letramento 60

3 Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil 40

3 Jogos e Brinquedos na Infância 40

3 Orientação e Práticas em Projetos na Infância 60

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3 Estudos Disciplinares 30

Total 370

3 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100

4 Estatística 40

4 Psicologia Sócio-Interacionista 40

4 Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências

60

4 Orientação e Prática de Projetos de Ensino Fundamental 60

4 Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa 60

4 Metodologia de Arte e Movimento: Corporeidade 60

4 Pedagogia Interdisciplinar 40

4 Estudos Disciplinares 30

4 Disciplina Optativa 20

Total 410

4 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100

5 Metodologia do Trabalho Acadêmico 40

5 Gestão Educacional 40

5 Educação Inclusiva 40

5 Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional

60

5 Metodologia e Prática do Ensino da História e Geografia 40

5 Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia

40

5 Sociologia e Educação 60

5 Pedagogia Integrada 40

5 Estudos Disciplinares 40

Total 400

5 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100

6 Métodos de Pesquisa 40

6 Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação Profissional

40

6 Escola, Currículo e Cultura 60

6 Avaliação Educacional 60

6 Relatório do Projeto de Pesquisa: apresentação 60

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6 Orient. e Prática de Gestão da Educ em Ambientes Escolares e Não Escolares

60

6 Tópicos de Atuação Profissional 40

6 Estudos Disciplinares 40

Total 400

6 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100

6 Atividade Complementar 200

Total 2140

Estágio Supervisionado 300

Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 400

Estudos Disciplinares 200

Atividades Complementares 200

Total Geral (em horas) 3.240

Na UNIP Interativa, o curso de Pedagogia oferece aulas inaugurais com o

propósito de familiarizar o aluno com o curso e com as ferramentas do AVA.

Essas aulas acontecem no início de cada semestre e são ministradas pelo

coordenador do curso que se concentra nos aspectos inerentes às questões

pedagógicas como organização curricular do semestre e o propósito das

disciplinas; as atividades práticas; o Estágio Supervisionado; as atividades

complementares etc. Além disso, o setor de supervisão de tutoria a distância

ministra uma aula orientando os alunos sobre os procedimentos para

acessarem o AVA, tais como secretaria virtual, contato com professores,

prazos, calendários acadêmico etc.

Considerando-se que o Estágio Supervisionado está previsto para ser

realizado a partir do terceiro semestre do curso, além das orientações

disponibilizadas no AVA, a Coordenadoria de Estágios em Educação, setor

responsável pela validação dos estágios, ministra aulas instrucionais para

subsidiar os alunos no cumprimento do Estágio Supervisionado.

Portanto, o aluno do curso de Pedagogia participará de aulas, teleaulas e

atividades previstas na matriz curricular, além de outras propostas que

desafiem sua inteligência e enriqueçam suas perspectivas, na busca de

conhecimentos.

Os eventos de cunho cultural, científico e acadêmico são planejados e

apresentados aos educandos, ao longo dos seis semestres de curso, na

forma de: visitas técnicas, palestras, encontros, peças teatrais, filmes

educativos, campanhas de saúde pública, outras de solidariedade humana,

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ações de voluntariado, atividades esportivas e outras diferentes

manifestações artísticas.

Tais eventos serão propostos em horários próprios, sob a forma de

atividades complementares e serão avaliados por meio de relatórios e

comprovantes apresentados pelos alunos, para reconhecimento da

ampliação de seus conhecimentos e competências, não se confundindo com

as atividades do estágio curricular supervisionado.

A estrutura curricular proposta foi organizada a partir dos componentes

curriculares considerados essenciais para a tomada de consciência e a

reflexão sobre as correntes de pensamento pedagógico, para a organização

e a estrutura da escola, bem como para a discussão e a reflexão teórico-

prática, essencial à formação docente. A estrutura curricular objetiva o

estímulo à pesquisa, a construção do conhecimento, o debate e,

principalmente, a prática pedagógica, de forma que o professor sinta-se

capaz de exercer o seu papel de educador da infância na escola.

Considerando o disposto na Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de

2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura afro-brasileira

e africana, está prevista na matriz curricular a disciplina Relações Étnico-

raciais e Afrodescendência para tratar do assunto.

A Língua Brasileira de Sinais (Libras), que, nos termos do Decreto nº

5.626/2005, constitui disciplina obrigatória para os cursos de licenciatura,

está prevista na matriz curricular do curso.

Ao longo de todo o curso de licenciatura em Pedagogia, a prática estará

presente por meio de projetos de ação pedagógica e dela partirão os

questionamentos, a resolução de problemas e a reflexão que levam ao

aperfeiçoamento da atuação do professor. Neste contexto de vivência da

realidade, os alunos desenvolverão as habilidades e as competências

próprias do perfil do profissional, responsável pela formação e inserção da

criança no contexto sociocultural e na promoção do seu desenvolvimento

psicológico, afetivo e cognitivo.

O Estágio Supervisionado, componente curricular obrigatório do Curso de

Licenciatura em Pedagogia, totaliza 300 horas e deverá ser entregue até o 6º

semestre.

A UNIP tem consciência de que o momento de realização do Estágio

Supervisionado configura-se na inserção do aluno-professor na realidade

educacional: da sala de aula, do espaço escolar mais amplo das relações

profissionais existentes na escola, das atividades educativas que ocorrem

em outros contextos, tais como família, trabalho, movimentos sociais,

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culturais e sindicais, entre outros. Desse modo, o Estágio Supervisionado

constitui o eixo teoricamente fundamentado para a formação do professor,

supera a ideia de simples aplicação dos conhecimentos e se faz um

instrumento de inserção do aluno na realidade, em condições de

compreender e interferir nas relações sociais na escola e fora dela.

O Trabalho de Curso (TC) está previsto no 6º período do curso de

licenciatura em Pedagogia, abordando uma das áreas de atuação do

profissional licenciado. É realizado sob orientação docente, a partir do

contato com os componentes curriculares do curso de licenciatura em

Pedagogia, sendo que o aluno deverá procurar o tema a ser desenvolvido

em seu TC. Logo, este não deve ser encarado como um componente

curricular a ser desenvolvido apenas no último semestre do curso, pois será

o resultado de um processo de formação e investigação, que terá início no

contato com os temas acadêmicos. Diante disso, o aluno terá como escolher

os temas de pesquisa no início do curso e no último ano o aluno disporá de

tempo específico para dedicar-se à conclusão do trabalho de investigação do

tema escolhido, contando, para tanto, com professor experiente em

orientação de trabalho de pesquisa para acompanhá-lo nessa tarefa de

sistematização.

Ao longo do curso de licenciatura em Pedagogia, os alunos devem

cumprir carga horária em atividades complementares, que constituem um

importante instrumento de flexibilização curricular. Essas atividades podem

ser desenvolvidas em qualquer semestre, inclusive no período de férias

escolares. Além disso, eles desenvolverão projetos de ação pedagógica sob

a orientação de professores nas diferentes área.

A seleção de conteúdos para cursos oferecidos pela UNIP segue as

diretrizes pedagógicas estabelecidas nos itens 1.5 e 2.3.2 do PDI (p. 15, 62-

63), observando a determinação da abrangência de cada disciplina e o

disposto no Artigo 47º da Lei nº 9.394/96, que estipula o mínimo de duzentos

dias letivos de trabalho acadêmico efetivo por ano, para fins de adequação e

correto balanceamento dos conteúdos, assegurando-se o equilíbrio entre

profundidade e abrangência.

7.9 Carga horária

Quadro 4

Componentes curriculares Carga horária

Disciplinas Obrigatórias e Optativa 2140

Estágio Supervisionado 300

Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 400

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Estudos Disciplinares 200

Atividades Complementares 200

Total Geral (em horas) 3.240

7.10 Disciplinas optativas (somente para a modalidade a distância)

Como forma de enriquecer o currículo, ampliar a formação geral dos

alunos e com o objetivo de formar um profissional com alguns diferenciais, a

UNIP oferece as disciplinas optativas: Relações Étnico-Raciais e

Afrodescendência, Marketing Pessoal, Educação Ambiental, Atuação junto

ao Idoso e Libras (esta somente para os bacharelados e tecnológos) para

que o estudante exerça a sua livre escolha. As disciplinas optativas são

gratuitas e ofertadas no 4º semestre do curso.

A oferta de disciplina Libras atende ao Decreto n.º 5.626 de 22 de

dezembro de 2005, que regulamentou a Lei n.º10.436, de 24 de abril de

2002.

7.11 Disciplinas de Nivelamento

A Universidade Paulista oferece um programa de revisão de conteúdos de

diversas disciplinas ministradas no Ensino Médio. Ele abrange os principais

conteúdos nos quais boa parte dos universitários – recém-ingressantes ou

veteranos – apresenta dificuldades para acompanhar durante os cursos

superiores.

O discente com necessidades de nivelamento de conteúdos básicos

poderá acessar pelo AVA as disciplinas:

• Língua Portuguesa;

• Matemática;

• Estatística;

• Língua Inglesa;

• Língua Espanhola.

Em cada disciplina cursada, é feita uma autoavaliação pelo interessado

para verificar o nível de conhecimento adquirido.

O serviço é gratuito e o aluno escolhe as disciplinas que pretende cursar.

Dessa maneira, ele poderá recorrer ao “Sistema de Conteúdo Online”

durante o semestre, ou até o final de seu curso.

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7.12 Atividades complementares

Atividades complementares são atividades extracurriculares que

possibilitam ao aluno adquirir conhecimentos de interesse para sua formação

pessoal e profissional, constituindo um meio de ampliação de seu currículo

com experiências e vivências acadêmicas internas e externas ao curso,

conforme regulamento definido pela universidade (Apêndice II).

As atividades complementares têm a finalidade de enriquecer o processo

ensino-aprendizagem, privilegiando a complementação da formação

profissional do pedagogo. A abrangência do escopo dessas atividades inclui

as modalidades de disseminação de conhecimentos, de assistência

acadêmica, de iniciação científica e tecnológica e as desenvolvidas no

âmbito de programas de difusão cultural.

Essas atividades incorporam o núcleo de estudos integradores e são

definidas e normatizadas pelo Colegiado do Curso de Pedagogia por meio de

planejamento junto à Coordenação de Extensão e de Pesquisa. Além disso,

são também uma ação de colaboração com outros cursos, núcleos e outras

instâncias da universidade, de modo a garantir o oferecimento de atividades

no campo da Educação e afins que atendam aos objetivos deste projeto

pedagógico.

A realização de atividades complementares propicia ao profissional a

oportunidade de desenvolver a capacidade crítica e reflexiva a fim de que

possa propor soluções para as questões surgidas no mundo do trabalho e

numa sociedade em processo constante de mudanças. Assim, a UNIP

estabelece as normas específicas de regulamentação das referidas

atividades.

Em aproveitamento da estrutura e do suporte técnico e operacional da

Coordenação de Extensão, a coordenação do curso deverá oferecer

atividades complementares em áreas específicas de interesse dos alunos

por meio da iniciação científica e da extensão durante os semestres do curso

de Pedagogia. Na modalidade EaD, a coordenação do curso conta com o

apoio do coordenador de polo na implementação das atividades propostas,

respeitando a identidade e o contexto de cada região.

A partir disso, as atividades complementares serão, dentre outras:

estudos, práticas ou atividades de natureza científica, cultural, social, técnica

ou profissional executadas pelo estudante por meio de participação em

minicursos; cursos de extensão curricular; planejamento e organização de

oficinas; palestras; mesas redondas; cursos livres; atividades comunitárias;

seminários; encontros; publicação e/ou apresentação de trabalho científico;

colaboração em atividades de pesquisa; participação em comissão

organizadora de eventos voltados para a área educacional; participação em

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congressos; eventos; e jornadas educacionais, desde que atendam aos

objetivos do curso. Serão consideradas também visitas extracurriculares a

instituições ligadas ao campo educativo, aprovadas pela coordenação do

curso de Pedagogia e seus pares. Essas visitas visam ao enriquecimento e à

atualização do processo de formação do pedagogo.

7.13 Estudos Disciplinares (ED)

Os ED complementam a formação por meio de teleaulas com conteúdos

atuais e essenciais para a formação do pedagogo e de exercícios. Os

exercícios visam o aprofundamento dos conteúdos apresentados nessas

teleaulas. Seu escopo é estimular o aluno a adquirir maior conhecimento em

sua área de atuação.

7.14 Estágio Supervisionado

De acordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, o estágio é o

ato educativo escolar supervisionado desenvolvido no ambiente de trabalho

e visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de Educação Superior,

Educação profissional, Ensino Médio, Educação Especial ou que estejam

nos anos finais do Ensino Fundamental ou na modalidade profissional da

Educação de Jovens e Adultos.

Os Estágios Supervisionados incluem atividades de prática pré-

profissional exercidas em situações reais de trabalho, na forma da lei, tendo

como finalidades básicas proporcionar a formação escolar e permitir ao

estudante ter acesso ao seu futuro campo de atuação profissional a partir de

um contato direto com questões práticas e teóricas durante um determinado

número de horas.

O Estágio Supervisionado em Pedagogia é uma atividade que o estudante

atende de forma obrigatória para obtenção do grau acadêmico, podendo

realizar, como atividade opcional, o estágio não obrigatório, que poderá ser

incluído no volume de horas obrigatórias. O estágio regular e obrigatório

trata-se, portanto, de um procedimento didático-pedagógico que colabora no

processo educativo-formativo dos alunos e consta ou é parte relevante deste

projeto pedagógico de curso. O programa de Estágio Supervisionado tem

como finalidade proporcionar a formação escolar e permitir ao estudante o

acesso a seu futuro campo de atuação profissional, tendo em vista os

conhecimentos, habilidades e atitudes características do curso de graduação

em Pedagogia.

De acordo com Pimenta e Lima (2006), o estágio tem como metas refletir,

sistematizar e testar conhecimentos teóricos e instrumentos discutidos em

sala de aula ao levantar problemas e propor soluções para a instituição,

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inserindo a responsabilidade social e o conjunto de valores e éticas que

envolvem a cidadania.

Será dada relevância que abordam temáticas de projetos no que se refere

ao movimento constante de teoria-ação-teoria.

O Manual de Estágio presente na relação de anexos deste PPC

(Apêndice II) visa orientar o aluno sobre os itens pertinentes à vivência

prática junto ao mercado de trabalho e traz outras informações para

professores e alunos.

No curso de Pedagogia, o estágio se caracteriza como o conjunto das

atividades de aprendizagem profissional e de complementação de ensino

sob a forma de projetos instituídas segundo a especificidade do curso,

devidamente orientadas, acompanhadas e supervisionadas pelos

professores orientadores de estágio, como forma de desenvolver, associar e

documentar a aplicação e a construção de teorias e instrumentais de

conhecimentos, as habilidades, a ética, os valores para saber fazer e as

atitudes que repercutem no posicionamento pessoal diante das exigências

social e profissional.

A estruturação do Estágio Supervisionado conta ainda com a colaboração

permanente do setor responsável pela coordenação de estágios, um espaço

que coordena os estágios obrigatórios e não obrigatórios e no qual o aluno

tem acesso às vagas disponíveis, publicadas em quadro de avisos e outros

meios eletrônicos. O setor de estágios é também um espaço que está em

reorganização em face da nova legislação de estágios (Lei n° 11.788, de 25

de setembro 2008). Quando é o caso, o coordenador de estágio analisa e

assina os termos de compromisso e os acordos de estágio firmados entre as

entidades, como escolas, ONGs e empresas, e o aluno.

O estágio pode ser subdividido em dois momentos:

1 – Estágio não obrigatório: serão os realizados do 2º ao 6º períodos. Eles

são opcionais aos alunos, servem como capacitação profissional para os

licenciandos em Pedagogia e devem seguir a regras estipuladas pela Lei nº

11.788, de 25 de setembro de 2008, e pelos setores ou departamentos de

estágio da UNIP.

2 – Estágio curricular obrigatório: faz parte do processo de formação

profissional para os cursos de licenciatura em Pedagogia em todas as

instituições de Ensino Superior no Brasil. Para o aluno graduar-se, deve

realizá-lo a partir do 3º período, com o cumprimento da carga horária de 300

horas e obediência a regras e condutas estipuladas no Manual de Estágio

Supervisionado em Pedagogia, ao final deste documento (Apêndice II),

acrescidas às orientações ministradas nas disciplinas de Práticas e Projetos.

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O Relatório de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia

apresentado à UNIP é um requisito obrigatório e deve contemplar o número

de 300 horas, distribuídas em diferentes áreas, conforme consta do

Regulamento de Estágio (Apêndice II).

As limitações da jornada de atividades dos estágios serão definidas de

comum acordo entre a Instituição de Ensino, a parte concedente e o aluno

estagiário ou seu representante legal. Essa limitação deve constar no termo

de compromisso e ser compatível com as atividades escolares do 2º ao 6º

períodos, previstas na matriz curricular, e nas condições propostas pelos

objetivos específicos do ementário da Instituição. A jornada atenderá

especificamente às limitações impostas no artigo 10 da Lei de estágio, e a

fiscalização constante é proposta à instituição UNIP.

A normatização do estágio curricular obrigatório encontra-se no

Regulamento dos Estágios Supervisionados (Apêndice II). O estágio

curricular é avaliado por meio da atribuição de notas de zero a dez, da

comprovação das horas-atividade exigidas e da entrega dos relatórios

parciais e final. Caso o aluno não cumpra essas condições, ele ficará

reprovado no estágio e deverá se matricular em regime de dependência.

7.15 Prática pedagógica do curso de Pedagogia

Na sociedade contemporânea, as rápidas transformações no mundo do

trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios

de informação e comunicação incidem com bastante força na escola,

aumentando os desafios para torná-la uma conquista democrática

(PIMENTA; LIMA, 2004).

Diante das transformações sociais, do desenvolvimento tecnológico e da

evolução do modo de pensar menos autoritário e menos regrado, o processo

de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes

aspectos a serem discutidos, pois é na escola que são promovidas as mais

importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social

de todas as nações.

De uma maneira geral, os agentes educacionais e a escola estão

vivenciando um processo de mudança que tem se refletido principalmente

nas ações de seus alunos e no contexto escolar, dando origem a pontos de

dificuldade e de insegurança entre professores e agentes escolares e

comprometendo o processo de ensino-aprendizagem.

Em sintonia com esse novo cenário, o curso de Pedagogia da UNIP tem

apoiado e incentivado a pesquisa educacional por meio de ações conjuntas

da Coordenação de Curso e do corpo docente. A prática pedagógica no

curso de Pedagogia trata da compreensão do planejamento como processo

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de reflexão e sistematização da prática docente. Além disso, refere-se à

construção de modalidades de organização didático-pedagógica do

conhecimento nos contextos de ensino e tem por objetivos criar situações

que favoreçam o aluno a:

• compreender o planejamento como sistematizador das situações de

ensino que concretizam as intenções explicitadas no projeto

pedagógico e no currículo;

• reconhecer a necessidade de formalização das decisões do

planejamento no plano didático;

• planejar situações de ensino para diferentes contextos, níveis e

modalidades.

As ementas são elaboradas metodologicamente de modo a privilegiar o

conjunto de técnicas, a organização de linguagens e os espaços, tempos e

fazeres da prática pedagógica, com vistas à aprendizagem significativa dos

licenciandos em Pedagogia. O planejamento e a organização dos conteúdos

didáticos constantes na matriz curricular do curso de Licenciatura em

Pedagogia da UNIP abordam as diferentes formas de expressão das

concepções de ensino, de aprendizagem, de ambiente e de conhecimento.

Múltiplos modos de organização e de formalização das decisões

assumidas no processo de planejamento (planos, projetos, unidades de

ensino) relacionado com ambientes educativos diferentes (escolares, não

escolares, EaD, EJA) são considerados no curso de Pedagogia como

instrumentos de avaliação da prática pedagógica, com o propósito de

aprimorar e desenvolver as relações entre o ensinar e o aprender.

Dentre as atividades voltadas para a prática pedagógica, serão

desenvolvidas atividades que buscam atender às especificidades das

diferentes comunidades, de forma integrada e interdisciplinar e sem perder

de vista o atendimento aos eixos estruturantes do curso.

As atividades citadas visam desenvolver a capacitação de auxiliares de

desenvolvimento infantil (ADI) e formar brinquedotecas em escolas, clubes,

hospitais, associações de bairro etc. Além dessas atividades, incluem-se

também ações de voluntariado, principalmente as que atendem educadores

de escolas públicas e particulares dos envolvidos.

Na EaD, essas atividades são realizadas por meio de oficinas ministradas

por professores, participação dos alunos nos diferentes polos, intervenções

nas teleaulas e sessões de chats.

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7.16 Projeto: “Construção de Brinquedos e Organização de

Brinquedotecas nos Polos”

Orientar a construção de brinquedotecas nos diversos polos da Unip

Interativa e indicar o desenvolvimento de projetos que envolvam esse

“ambiente do brincar”. É uma opção institucional que visa atender:

1) A demanda nacional dos nossos alunos nas perspectivas de suas

aprendizagens. O curso de Pedagogia da Universidade Paulista – UNIP

pretende formar profissionais da educação que entendam e respeitem a

infância concebida enquanto período de vida identificado com “o brincar”.

Assim, organiza a orientação de construções de brinquedos a partir de

materiais recicláveis e suas diferentes utilizações em forma de projetos.

2) O envolvimento das diversas comunidades nas quais os polos de apoio

estão inseridos nas atividades da universidade. Entende-se que a

participação da comunidade neste projeto é mais uma forma de colaboração

mútua entre alunos e população do entorno dos polos. Essa contribui com

materiais, sugestões e construções de brinquedos, mas também vivencia o

desenvolvimento de projetos com suas crianças elaborados pelos nossos

alunos.

3) O destaque para a regionalidade cultural. Cada grupo pode oferecer

diferentes modos ou materiais para a construção de um mesmo brinquedo ou

até sugestões de brinquedos diferentes que envolvam características

culturais de cada local.

4) A escolha de materiais recicláveis também indica a preocupação da

universidade com a sustentabilidade do planeta e com as reflexões que

nossos alunos, futuros educadores, possam realizar a partir de suas práticas

acadêmicas.

Várias disciplinas do curso dão suporte teórico para o desenvolvimento

das atividades práticas realizadas pelas propostas deste projeto. Ainda, as

participações dos alunos nas construções dos brinquedos e nos

desenvolvimentos de projetos nas brinquedotecas, podem ser revertidas em

horas de estágio e atividades complementares.

O projeto e seu desenvolvimento encontram-se descrito no Apêndice II

deste PPC.

7.17 Projetos e práticas de ação pedagógica

Sabemos que a relação entre teoria e prática apresenta-se como um

problema ainda não resolvido em nossa tradição filosófica, epistemológica e

pedagógica. Sabemos também que, vista na ótica da marca positivista, a

teoria traz como representação a ideia de que pode ser comprovada na

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prática, condicionando uma visão de que a teoria antecede à prática. Esta,

por sua vez, aplica soluções trazidas pela teoria (FERNANDES;

FERNANDES, 2008).

Com base nesses princípios e de acordo com o que estabelece a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, as Diretrizes

Curriculares Nacionais da Formação Docente postas no Parecer CNE/CP nº

9/2001, no Parecer CNE/CP nº 28/2001, no Parecer CNE/CP nº 2/2002 e na

Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, que trata das 400 horas

de Prática como Componente Curricular para a formação docente; e

considerando as Normas Gerais de Graduação da UNIP, o Projeto Político

Pedagógico do Curso de Pedagogia e as discussões realizadas pelo Núcleo

Docente Estruturante, defendemos a tese de que a prática é o próprio modo

como as ações vão sendo feitas e cujo conteúdo é perpassado por uma

teoria. Assim, a realidade é um movimento constituído pela prática e pela

teoria como faces de um dever mais amplo, consistindo a prática no

momento pelo qual se busca fazer algo, produzir alguma coisa e que a teoria

procura conceituar, significar e, com isso, administrar o campo e o sentido

dessa atuação (PIMENTA, 2003).

Nesses termos, a prática no curso de Pedagogia tem o tratamento de um

componente curricular que carrega certo vínculo com o Estágio

Supervisionado, embora não se restrinja a ele, pois, assim como Pimenta e

Lima (2006), entendemos que o estágio sempre foi identificado como a parte

prática dos cursos de formação de profissionais em geral, em contraposição

à teoria. Assim, partilhamos o mesmo ponto de vista das autoras, que

apontam que o estágio não é a prática, mas sim a representação da prática.

Estabelecemos o vínculo dos projetos e prática de ação pedagógica ao

Estágio Supervisionado porque compreendemos que, durante os momentos

em que o aluno estiver observando a prática pedagógica como instrumento

de aprendizagem, poderá também analisar a realidade educacional dos

diferentes contextos e propor projetos de intervenção da realidade

observada.

É notório que o exercício de qualquer profissão é prático no sentido de

que é o aprender a fazer “algo” ou realizar uma “ação”. A profissão de

professor também é prática e, como tal, o modo de aprender a profissão se

dará conforme a perspectiva da imitação. A partir da observação, imitação,

reprodução e, às vezes, da reelaboração dos modelos existentes na prática,

consagrados como bons, esse aprendizado será realizado (PIMENTA; LIMA,

2006).

Diante disso, entendemos que o estágio por si só não contempla a

formação do pedagogo no contexto das exigências deste novo século. Por

outro lado, Projetos e Ação Pedagógica subsidiam essa formação à medida

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em que propiciam aos graduandos momentos de elaboração, ação e

reflexão.

Muitas vezes, os alunos aprendem com os professores, observando-os e

imitando-os, mas também elaboram seu próprio modo de ser a partir da

análise crítica do modo de ser do docente. Nesse processo, escolhem,

separam aquilo que consideram adequado, acrescentam novos modos e se

adaptam aos contextos nos quais se encontram. Para isso, lançam mão de

suas experiências e dos saberes que adquiriram.

Portanto, no curso de Pedagogia da UNIP, os projetos e práticas de ação

pedagógica estão atrelados às disciplinas que carregaram vínculo à

especificidade de cada projeto. Eles estão inseridos desde o terceiro período

do curso, com o propósito de colaborar para a formação da identidade do

professor pesquisador, reflexivo e atuante na sociedade a partir da

articulação com as demais disciplinas e mediante ações educativas

integradoras que estreitem o vínculo universidade-escola-comunidade.

Ao transcenderem o ambiente virtual de aprendizagem e o conjunto do

ambiente da polo, os projetos e práticas de ação pedagógica podem

envolver-se com órgãos normativos e executivos dos sistemas de ensino,

agências educacionais não escolares, entidades de representação

profissional, famílias e comunidade.

Nessa perspectiva, partimos do pressuposto de que os projetos e práticas

de ação pedagógica se constituem na formação mediante a relação

educação-trabalho, estabelecendo o vínculo entre a teoria em cada disciplina

e sua articulação com os conteúdos e métodos trabalhados nos períodos e

integrando os componentes curriculares acadêmico, laboral e investigativo a

partir da observação, vivência e simulação da prática profissional desde o

início da vida universitária.

A carga horária desses projetos é de 400 horas, distribuídas a partir do

terceiro período do curso e organizadas pelo coletivo de professores sob

orientação da coordenação do curso de Pedagogia. É, portanto, uma

atividade disciplinar regular pela qual transitam de forma coerente e

organizada os conhecimentos das diversas áreas de estudo que, sobretudo,

assumem caráter integrador no curso.

Tendo em vista a formação de profissionais com autonomia,

responsabilidade e compromisso social, as ações em prática enfatizam o

trabalho independente.

Entre as ações a serem desenvolvidas pelo aluno no âmbito da prática,

destacam-se a participação em atividades voltadas à pesquisa, reflexão e

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intervenção em situações-problema na comunidade escolar ou extraescolar e

a realização de oficinas e minicursos diversos.

As atividades são desenvolvidas a partir de embasamento teórico

fundamentado nas diferentes disciplinas e da observação do ambiente

educativo nos momentos de realização do Estágio Supervisionado, que

representa o futuro campo de atuação do profissional e serve como

oportunidade para o confronto entre a teoria apreendida e a prática, com

vistas à investigação científica. Tais atividades respeitam os níveis de

assimilação, que dependem das condições teórico-metodológicas do aluno.

Por isso, em várias situações de aula, a prática poderá vincular-se à

relação educação-trabalho como meio de estimular esse envolvimento e

preparar o aluno para o exercício da profissão.

Os projetos de ação pedagógica estarão ancorados nas seguintes

disciplinas (eles não se restringirão a escolas):

• 3º período – Orientação e Prática de Projetos na Infância;

• 4º período – Orientação e Prática de Projetos no Ensino Fundamental;

• 5º período – Orientação em Supervisão Escolar e Orientação

Educacional;

• 6º período – Orientação e Prática de Projetos em Gestão Educacional

em Ambientes Escolares e Não Escolares.

Consideramos que esse tipo de atividade nos subsidia na formação do

pedagogo por entendermos que o estudante que pretendemos formar há de

ser crítico, criativo, capaz de estabelecer relações e fazer julgamentos,

atuante, responsável, comprometido com o que faz, bem informado, capaz

de se perceber no grupo e atuar no sentido de seu fortalecimento e de sua

coesão.

Para tanto, isso exige tanto dos estudantes quanto dos professores

orientadores clareza em relação às suas intenções e ações.

Assim, as situações de ensino-aprendizagem hão de suprir o que é

concreto e significativo na realidade do aluno e, ainda, o que ele precisa

alcançar em matéria de conhecimento elaborado para tornar maior seu

entendimento sobre o real e potencializar a possibilidade de uma atuação

mais consciente, consequente e eficaz. Essas são situações de ensino que

informam, auxiliam a interpretar a vida, produzem aprendizagens

significativas, desenvolvem potencialidades, habilidades, aptidões e

capacidades mentais e, ao mesmo tempo, fortalecem a autonomia, o sentido

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de partilha, cooperação e ajuda mútua e o sentimento de solidariedade,

coesão, união, responsabilidade e comprometimento consigo mesmo, com o

outro, com o grupo e com a própria vida.

Tal proposta há de se constituir, portanto, numa experiência que

possibilite a participação ativa do aluno no processo dinâmico de ensino-

aprendizagem e o desenvolvimento de sua capacidade de observação,

reflexão, crítica e de criação. Essa participação deve permear todo o

processo de desenvolvimento do projeto, desde sua concepção até o

acompanhamento das ações previstas e correspondente avaliação.

Esse trabalho deve oferecer ao aluno a oportunidade de:

• participar da definição dos temas a serem trabalhados;

• fortalecer sua autonomia, comprometimento com o trabalho e

responsabilidade compartilhada com colegas e professores;

• debater e confrontar suas ideias, experiências e resultados de

pesquisas a partir do aprofundamento, enriquecimento, construção ou

reelaboração coletiva de conhecimentos e conceitos;

• juntamente com colegas, participar da produção de conhecimentos

significativos e funcionais para todo o grupo;

• estimular e valorizar diferentes habilidades, potencialidades e aptidões

dos alunos;

• apreender e interpretar conceitos, assuntos e informações, utilizando o

conteúdo próprio de diferentes disciplinas;

• formar uma visão global da realidade, segundo os múltiplos elementos

que nela se inter-relacionam.

7.17.1 Operacionalização dos projetos

O entendimento de prática presente nesses projetos é o de

desenvolvimento de habilidades instrumentais necessárias à implementação

da ação docente. Um curso de formação estará dando conta do aspecto

prático da profissão na medida em que possibilite o treinamento em

situações experimentais de determinadas habilidades consideradas, a priori,

como necessárias ao bom desempenho docente (PIMENTA; LIMA, 2006).

Nesses termos, a prática é defendida como instrumento de integração e

conhecimento da realidade social, política, econômica e do trabalho de sua

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área/curso; como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino; e como

instrumento de iniciação profissional.

Para os alunos do curso em EaD, a apresentação dos resultados dos

projetos será feita por meio de postagens do projeto elaborado e de painéis

por meio dos quais serão divulgados os resultados nos polos, com

momentos de interatividade entre alunos e professores.

O projeto e seu desenvolvimento encontram-se descrito no Apêndice II

deste PPC.

7.18 Trabalho de Conclusão de Curso

Realizado no curso de Pedagogia, o Trabalho de Curso (TC) decorre de

atividades práticas de disciplinas profissionalizantes e de acordo com a

matriz curricular.

O Trabalho de Curso (TC) é uma atividade acadêmica que visa à

complementação do processo de ensino-aprendizagem e promove o

aperfeiçoamento da formação acadêmica por meio da realização de um

trabalho técnico-científico de maior profundidade em área específica de

conhecimento, a critério do aluno. O TC é considerado como parte

indissociável dos cursos de licenciatura em Pedagogia da UNIP.

Segundo a legislação vigente, o TC é um componente curricular que

poderá ser desenvolvido sob uma das seguintes formas: monografia, projeto

de iniciação científica ou projetos de atividades centrados em áreas teórico-

práticas e de formação profissional relacionadas com os cursos e de acordo

com as normas balizadoras da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT).

Desse modo, o colegiado de curso e o NDE decidiram que os alunos do

curso de Pedagogia poderão optar por realizar seu TC em dos seguintes

formatos:

• monografia: é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto

particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade etc. e pode

ser sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. A

monografia é o principal tipo de texto científico e pode ser escrita por

uma ou mais pessoas. É um trabalho acadêmico que apresenta o

resultado de investigação pouco complexa e sobre tema único e bem

delimitado. De acordo com Marconi e Lakatos (1999), a monografia

pode ser entendida como um estudo sobre um tema específico ou

particular com suficiente valor representativo e que obedeça a uma

metodologia rigorosa. Ademais, ao optar pela monografia, o estudante

deve investigar determinado assunto não só em profundidade, mas,

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dependendo dos fins a que se destina, também em todos os ângulos e

aspectos;

• artigo científico: é um relato analítico de informações atualizadas

sobre um tema de interesse para determinada especificidade. Trata-se,

portanto, do resultado de um estudo desenvolvido por meio de uma

pesquisa ou de um projeto de ensino, de pesquisa ou de extensão.

Segundo Marconi e Lakatos (2007, p. 261), “artigos científicos são

pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão

verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de

um livro”. Seu objetivo é divulgar os resultados de um estudo e procurar

levar ao conhecimento do público interessado novas ideias e

abordagens;

• material didático-pedagógico: é tudo aquilo que é utilizado para

facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Meksenas (2001, p. 52)

define o material didático como um ambiente ou obra, escrita ou

organizada, “com a finalidade específica de ser utilizada numa situação

didática”. Os materiais didáticos são aqueles associados a situações de

ensino-aprendizagem e, por isso, possuem características específicas

na apresentação dos conteúdos (POSSOLI; CURY, 2009). Segundo

Goldberg (1983), o material didático deve ser entendido de modo amplo

e contextualizado.

O TC contribui para que o licenciando possa efetuar e comprovar as

relações existentes entre teoria e prática no setor educacional escolar e não

escolar, vivenciando a docência e o suporte técnico-pedagógico em

instituições educativas e reconhecendo as diversas áreas para atuação de

acordo com o aprendizado das disciplinas desenvolvidas no curso.

O Regulamento de TC (Apêndice II) complementa os recursos básicos

para a realização do trabalho, apontando os caminhos e regras que

orientadores e acadêmicos deverão percorrer do início das pesquisas até a

apresentação pública dos trabalhos.

Os alunos são orientados por professores do quadro docente da

universidade por meio de correções e indicações em ambiente virtual

específico para postagens por parte dos alunos e devolutivas por parte dos

orientadores. Também são disponibilizados chats e fóruns. Ao final do 6º

período, os alunos encaminham os painéis previamente para os orientadores

e, em data agendada, eles são apresentados por meio de teleconferência em

tempo real para a banca examinadora, que os avalia por meio de

questionamentos feitos e encaminhados via e-mail também em tempo real.

No caso de possíveis publicações do Trabalho de Curso de Pedagogia –

pôster, artigos ou anais de congresso –, o trabalho deverá ser encaminhado

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com o aval do orientador, constando o nome dos alunos, do professor e da

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