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1 MANUAL DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: sugestões para padronização de trabalhos acadêmicos do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE PONTA GROSSA 2007

MANUAL APRESENTAO TRABALHOS ACADEMICOS - CESCAGE · 1 MANUAL DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS : sugestões para padronização de trabalhos acadêmicos do Centro de Ensino

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MANUAL DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS:

sugestões para padronização de trabalhos acadêmicos do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE

PONTA GROSSA 2007

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SUMARIO

APRESENTAÇÃO.....................................................................................................03 1 TRABALHO ACADEMICO.....................................................................................04 2 REGRAS GERAIS À APRESENTAÇÃO ESCRITA DE TRABALHOS ACADEMICOS........................................................................................................05 2.1 Regras gerais de formatação do trabalho no todo......................................05 2.2 Regras gerais elementos pré-textuais..........................................................12 2.3 Regras gerais elementos pós-textuais.........................................................16 3 MODALIDADES DE TRABALHOS ACADEMICOS: CONCEITO E EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO ESCRITA............................................................................20 3.1 Fichamento......................................................................................................20 3.2 Resumo............................................................................................................22 3.3 Resenha crítica................................................................................................24 3.4 Artigo científico...............................................................................................27 3.5 Paper.................................................................................................................31 3.6 Informe científico.............................................................................................31 3.7 Relatório científico e acadêmico....................................................................32 4 REFERENCIAS.......................................................................................................34

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APRESENTAÇÃO

O intuito da elaboração do presente material esteve em qualificar os

trabalhos acadêmicos do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais –

CESCAGE, por meio da determinação de um conjunto de regras à confecção de

artigos, resumos, resenhas, fichas, etc. pelos discentes dos diferentes cursos de

Graduação da Instituição.

Pretende-se, portanto, sugerir a padronização da apresentação

escrita desses trabalhos e determinar uma uniformidade ou “linguagem comum” ao seu

desenvolvimento. Acredita-se que o material possa servir como um “norte” aos

discentes que necessitam desenvolver seus trabalhos, podendo encontrar aqui auxílio

à sua elaboração.

Ressalta-se que as informações contidas no material foram

elaboradas a partir da leitura de normas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), de referencias bibliográficas referentes à Metodologia Científica.

No entanto, compreende-se a necessidade de constantes avaliações e

reformulações no decorrer de sua utilização.

Profª Jeanete T. de Souza - Coordenação de Educação Superior – CESCAGE

Confecção: Profª Ms. Samanta Andrine Marschall Taube – Enfermagem - CESCAGE

Colaboração: Professores das disciplinas de Metodologia Científica - CESCAGE

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1 TRABALHOS ACADEMICOS

O trabalho acadêmico é conceituado como um documento escrito

resultante de um estudo que expressa o conhecimento a respeito de um assunto

emanado dos cursos de graduação e pós-graduação e de suas respectivas

disciplinas, sendo elaborado a partir da solicitação de um professor ou sob a

coordenação de um professor / orientador (FURASTÉ, 2002; ABNT, 2005).

Devido à necessidade do seguimento de certas regras científicas e

especificidades à sua confecção, o trabalho acadêmico pode ser conhecido como

trabalho científico. Devido a isso, pode ser compreendido como uma analise

dissertativa ou narrativa de um objeto de estudo, envolvendo uma temática, uma

metodologia e um referencial teórico-científico. Além disso, deve ser escrito de forma

clara, objetiva e lógica (LEHFELD, 2007).

Como subsídio à sua confecção, estabelece-se como regra que seja

composto por elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Os pré-textuais dizem

respeito aos elementos anteriores ao texto tais como capa, folha de rosto, etc. Os

elementos textuais referem-se ao texto propriamente dito, o qual é composto por

introdução, desenvolvimento e conclusão e, por fim, os elementos pós-textuais

englobam as referencias bibliográficas, apêndices e anexos (ABNT, 2005).

Entretanto enfatiza-se que a estrutura escrita se modifica em

dependência ao tipo ou modalidade do trabalho acadêmico desenvolvido e aos fins à

que se destina. Podem-se citar como exemplos de modalidades o resumo, a

resenha crítica, o artigo, o paper, o relatório científico, o informe científico, o

fichamento, a monografia de conclusão de curso, etc., alguns dos quais serão

abordados na seqüência (MARCONI; LAKATOS, 2005; LEHFELD, 2007).

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2 REGRAS GERAIS À APRESENTAÇÃO ESCRITA DE TRABALHOS

ACADEMICOS

A seguir, serão descritas as regras gerais para a formatação de

trabalhos acadêmicos como sugestões à organização escrita dos mesmos a partir da

leitura de referencias bibliográficas acerca do assunto tais como Furasté (2002),

Muller e Cornelsen (2003), ABNT (2005), Cervo, Bervian e Silva (2007) e outros.

2.1 Regras gerais de formatação do trabalho no todo:

Dizem respeito à formatação de margens, tipo e tamanho de letra,

espaços entrelinhas, e elementos identificados no interior do texto: paginação,

parágrafo, indicativo de títulos e subtítulos, alíneas, ilustrações e tabelas, siglas,

citações, notas de rodapé.

FORMATO: papel branco formato A4, impressão cor preta, letra times new roman

ou arial, fonte tamanho 12 para todo o texto (elementos pré, pós e textuais).

Exceto: citações com mais de 3 linhas submetidas a recuo de 4m e notas de

rodapé (letra tamanho 10);

MARGENS: esquerda e superior 3cm; direita e inferior 2 cm;

ESPACEJAMENTO: espaço entrelinhas 1 e ½. Exceto: citações com mais 3

linhas na qual irá espaço simples (1) e recuo de 4cm; entre títulos das seções e

subseções dois espaços de 1 e ½;

PAGINAÇÃO: Números arábicos posicionados no canto superior direito. Iniciar o

posicionamento na 1ª folha da parte textual, porém a contagem é iniciada a partir

da folha de rosto (conta-se mas não numera);

PARÁGRAFO: Recuo de 3cm de da margem, sendo que para citações longas

(mais de 3 linhas) o recuo é de 4 cm;

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

1

3 cm

2 cm

2 cm

3 cm

FONTE ARIAL

FONTE TIMES NEW ROMAN

___________________________

___________________________

___________________________

______________

___________________________

___________________________

___________________________

_______________

Espaço 1,5

entrelinhas

2 METODOLOGIA 2 Espaços 1,5

entrelinhas

Paginação

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INIDICATIVOS E TÍTULOS DE SEÇÃO: Títulos com indicativo numérico:

(seções, subseções) separados entre si com um espaço de caractere, alinhados

à esquerda. * Títulos sem indicativo numérico (sumário, resumo): centralizados.

Ambos destacados e diferenciados (negrito, caixa alta...);

ALÍNEAS: * a, b, c... O trecho anterior á colocação da alíneas: termina em 2

pontos (:). São ordenadas em letras minúsculas seguidas de parênteses (Ex:a)).

A escrita começa com letra minúscula e termina com ponto e virgula (;);

________________________

____________________________

____________________________

____________________

____________________

____________________

Parágrafo: recuo 3 cm e

espaço entrelinhas 1 e ½

Parágrafo em citações longas:

Recuo 4 cm margem, Espaço entrelinhas 1

ou simples

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

ABREVIATURAS E SIGLAS NO INTERIOR DO TEXTO: evitar, quando não

possível: usar na primeira vez que aparecem no texto o nome correspondente

à sigla. Vir entre parênteses e nas apresentações subseqüentes: somente

sigla;

ILUSTRAÇÕES NO INTERIOR DO TEXTO: são os quadros, gráficos,

mapas,desenhos, fotos, esquemas. A identificação (título) aparece na parte

inferior da seguinte maneira: palavra designativa (quadro, gráfico...), seguida

do número de ordem de aparição no texto em algarismo arábico e título.

Inserida próximo do trecho que a que se refere;

TABELAS NO INTERIOR DO TEXTO: inserida possível do texto e

apresentada da seguinte maneira: indicação da fonte no rodapé e no

cabeçalho (parte superior da tabela) apresentar a expressão “Tabela” seguida

do numero seqüencial de aparição no texto e, por fim o titulo;

RESUMO _____________________ ________________________ ________________________ 5 METODOLOGIA 5.1 CAMPO DE ESTUDO ____________________ _______________________ _______________________

A disposição gráfica das alíneas obedece as seguintes regras: a) o trecho final da seção

termina com dois pontos;

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

NOTAS DE RODAPÉ: digitadas no rodapé da página,separadas do texto

principal por um espaço simples entrelinhas e por um filete (linha) de 3cm a

contar da margem esquerda, com fonte menor do que a do texto, em espaço

simples entrelinhas. *Podem ser: explicativas, de referências. * Utilizar indicação

numérica sobrescrita para iniciar nota de rodapé, sendo a mesma do texto.

FIGURA 1 – Reunião de negócios, Ponta Grossa – PR. FONTE: .....

Tabela 1 – Perfil dos Enfermeiros, Ponta Grossa - PR

FONTE: A partir da coleta de dados da entrevista, maio de 2006.

___________________________ NIVEL ACADÊMICO Nº %_ Graduação 10.328 93% ___________________________

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

CITAÇÕES: complementam o texto, enriquecem a escrita, fundamentam as

idéias.* Não é admitido: transcrição de idéias de autores sem referenciá-los.São

de dois tipos:

* CITAÇÃO DIRETA: literal, textual. Pode ser curta (até 3 linhas, incorporadas ao

texto, entre aspas) e longa (mais de 3 linhas, escritas em bloco - recuo 4cm -,

letra 10, sem aspas). Necessita identificar sobrenome do autor, ano e página.

* CITAÇÃO INDIRETA: livre. Pode ser paráfrase (expressão da idéia do autor,

com palavras próprias) e de condensação (síntese do texto do autor, sem mudar

suas idéias). Necessita identificar sobrenome do autor e ano.

_______________________________ _______________________________ _______________________________ O capitalismo1 vem influenciando as práticas de saúde..._____________ _______________________________ _______________________________ _______________________________ _______________________________ _________ 1 O termo capitalismo é compreendido por Campos (2006) como....

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

CITAÇÃO DIRETA CURTA Esta, por certo, não é tarefa de fácil condução, posto que administrar a transição requer, segundo Antunes (2007, p.23) “[...] não somente a capacidade de tolerar mudanças”. CITAÇÃO DIRETA LONGA É impossível inferir as enormes dificuldades e pressões a que a administração de uma biblioteca de uma universidade estará submetida, porém: [...] a universidade, pelas próprias finalidades exerce importância na construção da sociedade moderna e ainda tem um compromisso com seu passado (GIL, 2005, p. 23).

CITAÇÃO INDIRETA É racional, por conseguinte, a conclusão de que o papel que se apresenta hoje ao administrador, como também aos profissionais de bibliotecas universitárias é desde logo maior, dado que a eles caberá a responsabilidade de antecipar e sustentar as mudanças que virão (ANTUNES, 2007).

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2.2 Regras gerais elementos pré-textuais:

Elementos pré-textuais indicam dados de apresentação do trabalho

acadêmico, sendo cada um deles é apresentado em folha individual. Para esses

elementos o espaço entrelinhas é simples, mantendo-se tamanho e formato de letras

iguais ao sugerido para formatação geral do trabalho, exceto no item nota explicativa

da folha de rosto (para a qual utiliza-se letra de tamanho 10).

CAPA: Nome do autor centralizado com letras maiúsculas, em negrito e em

aproximadamente 4 cm na régua lateral. Título centralizado com letras

maiúsculas, em negrito, localizado aproximadamente em 12 cm na régua lateral.

Local (cidade onde o trabalho vai ser apresentado) abaixo do título,

aproximadamente em 24 cm na régua lateral, centralizado um elemento abaixo

do outro (cidade e, na seqüência, ano) e em negrito.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

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FOLHA DE ROSTO: Nome do autor, título e local acompanham as mesmas

recomendações citadas para a capa. Acrescenta-se a nota explicativa que vem

logo abaixo do título, aproximadamente em 17 cm na régua lateral, sem negrito e

letra tamanho 10. A nota deve explicar: natureza do trabalho, objetivo, dados da

Instituição e nome do orientador ou professor que solicitou o trabalho.

SALVADOR SALGADO

A GLOBALIZAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA

PONTA GROSSA 2007

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LISTAS (de gráficos, tabelas, ilustrações) NO INTERIOR DO TETXO: folha

destinada a relacionar as tabelas e ilustrações (desenhos, gravuras, imagens,

fotografias, gráficos e outros) existentes no texto na ordem em que aparecem

com a indicação da página onde se inserem. Recomenda-se a inclusão das

mesmas se o número de tabelas ou ilustrações for superior a cinco. Para a lista

de siglas ou abreviaturas, são utilizadas para reunir as que aparecem no decorrer

do texto, com suas respectivas significações, sendo um elemento opcional. Para

ambas, o titulo é centralizado e em letras maiúsculas.

SALVADOR SALGADO

A GLOBALIZAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA

Trabalho solicitado e apresentado à disciplina de Metodologia Científica do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE. Professora: >>>>>>>>>

PONTA GROSSA 2007

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

SUMÁRIO: apresentação dos itens (títulos e subtítulos) que compõe o texto do

trabalho acadêmico, uma breve apresentação de suas partes com respectivas

páginas indicando o local em que se encontram. O titulo é centralizado e em

letras maiúsculas.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas IES - Instituições de Ensino Superior

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Perfil dos professores ......15 Gráfico 2 - Tempo formação..............22 Gráfico 3 - Faixa etária......................24 Gráfico 4 - Sexo.................................26 Gráfico 5 - Estado civil.......................28

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

2.3 Regras gerais elementos pós-textuais:

Correspondem à apresentação uniforme de elementos que

procedem ao texto do trabalho acadêmico, os quais especificam dados adicionais

utilizados no interior do texto. São eles as referencias e os apêndices e anexos,

sendo os primeiros obrigatórios e os segundos somente se existirem ou forem

necessários ao entendimento do trabalho.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................ 16 2.1 O processo de trabalho................................16 2.2 A Central de material....................................30 3 METODOLOGIA................................................ 50 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................................. 60 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. 80 REFERENCIAS ................................................... 86 APENDICES ........................................................ 90 ANEXOS .............................................................. 93

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REFERENCIAS: apresentação padronizada de identificações individuais do

conjunto de elementos descritivos de documentos (livros, capítulos de livros,

documentos legais, artigos, revistas, etc.) utilizados para a fundamentação

teórica do trabalho acadêmico. Sugere-se a aplicação das normas da ABNT

(NBR 6023:2002) para sua confecção. O título é apresentado alinhado a

esquerda, em letra maiúscula e em negrito. O espaço entrelinhas na referencia é

simples e entre uma referencia e outra, usa-se dois espaços simples. A seguir,

serão demonstrados exemplos de sua elaboração, para alguns tipos de

documentos que podem ser utilizados como referencia teórica do trabalho

acadêmico.

Exemplo de referencia de documentos normativos (entidades): BRASIL. Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde. Exemplo de referencia documentos jurídicos (legislações): BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1998. Exemplo de referencia de livro no todo: RUDIO, F.V. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. 31 ed. Petrópolis: Vozes, 2003. ALMEIDA, M.C.P.; ROCHA, S.M.M. O trabalho de enfermagem. São Paulo: Cortez, 1997. Exemplo de referencia de capítulo de livro: BOSSO, D.; ANTONELLI, G.; FARIA, S.M.R. Educação: competência do enfermeiro supervisor. In: CUNHA, K.C. (org.) Gerenciamento na enfermagem: novas práticas e competências. São Paulo: Martinari, p. 11-28, 2005. Exemplo de referencia de documento on-line: PASSOS, R.; SANTOS, G.C. Como elaborar um relatório técnico-científico (RTC) Disponível em: <http://www.bibli.fae.unicamp.br/relat2.html>. Acesso em: 20 mai 2006. Exemplo de referencia de e-mails: ALMEIDA, M.P. Fichas para MARC [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 12 jan. 2002.

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Exemplos de referencia de publicação periódica (artigos de revistas): CARVALHO, V. Cuidando, pesquisando e ensinando: acerca de significados e implicações da prática da enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem. v.12, n.5, p.806-15, set./out. 2004. PEDUZZI, M.; ANSELMI, M.L. O processo de trabalho de enfermagem: a cisão entre planejamento e execução do cuidado. Rev Bras. Enferm., Brasília, v.55, n.4, p.392-398, jul./ago. 2002. Exemplos de referencia de trabalhos de conclusão de curso (dissertação, tese, monografia): MEIER, M.J. Tecnologia em enfermagem: desenvolvimento de um conceito. Florianópolis, 2004. 216f. Tese (Doutorado em Enfermagem), Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, 2004. TAUBE, S.A.M. O processo de trabalho da enfermeira na central de material e esterilização: uma perspectiva tecnológica aos instrumentos. Curitiba, 2006. 220f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, 2006. Exemplo de referencia de dicionários no todo: HOUAISS, A. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. Exemplo de referencia de documento em CD-ROM: KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (ed). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta, 1998. 5 CD-ROM. Exemplo de referencia de jornais no todo: FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo: Grupo Folha, ano 83, n.27043, 18 abr. 2003. Exemplo de referencia de jornais em partes: SARAMAGO, J. O fator Deus. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 set. 2001, Guerra na América, especial, p.8. Exemplo de referencia eventos como um todo: CONGRESSO INTERNACIONAL DE TURISMO DA REDE MERCOCIDADES, 4., 2002, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Rede Mercocidades, 2002. Exemplo de referencia eventos eletrônicos: CONGRESSO INTERNACIONAL DE TURISMO DA REDE MERCOCIDADES, 4., 2002, Porto Alegre. Anais eletrônicos... Porto Alegre: Rede Mercocidades, 2002. Disponível em: http://www.proppff.uffe.br/anais/anais/htm. Acesso em: 21 nov. 2000.

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APENDICES E ANEXOS: O anexo é um documento não elaborado pelo autor,

que serve de comprovação ou ilustração, enquanto o apêndice consiste em um

documento elaborado pelo autor a fim de complementar sua argumentação

(ABNT, 2005). Devem ser apresentados após as referencias bibliográficas e seu

titulo vem centralizado e em negrito, seguido do nome do anexo ou apêndice.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

______________________________

_______________________________

_______________________________

______________________________

APENDICE 01 – Instrumento de coleta de dados

ANEXO 01 – Termo de consentimento livre e esclarecido

__________________________

__________________________

__________________________

__________________________

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3 MODALIDADES DE TRABALHOS ACADEMICOS: CONCEITO E EXEMPLO DE

APRESENTAÇÃO ESCRITA

Em momento anterior enfatizou-se a existência de diferentes

modalidades de trabalhos acadêmicos e que, para cada um deles, a estrutura escrita

se modifica, devido ao fim a que se destina. A partir disso, a seguir apresentam-se o

conceito e modelo de estruturação escrita de alguns desses trabalhos: fichamento,

resumo, resenha crítica, artigo, paper, informe científico.

3.1 Fichamento

Consiste em um trabalho acadêmico que objetiva a organização de

textos pesquisados, a seleção e identificação de dados importantes das obras lidas.

Sua classificação dependerá do conteúdo de registro, podendo ser bibliográfica, de

citações, de resumo e de comentário (MARCONI; LAKATOS, 2005).

A ficha bibliográfica objetiva registrar os seguintes dados da obra:

campo de saber, problemas, conclusões, contribuições. A de citações objetiva a

reprodução fiel de trechos da obra conforme normas para apresentação de

referencias. A de resumo ou esboço consiste em uma síntese clara e concisa das

idéias principais da obra, enquanto a de comentários registra a critica do conteúdo

da obra, uma interpretação do leitor. Já a ficha de catalogação é utilizada para

arquivamento de fontes bibliográficas (comumente encontrada como sistema de

arquivo de obras em bibliotecas) e objetiva a descrição de dados da obra

(identificação do autor, título, editora, além da referencia e do numero de registro no

sistema da biblioteca, quanto apresenta este fim), para consulta em ordem alfabética

por meio de fichários (GIL, 2002; MARCONI; LAKATOS, 2005).

De modo geral, conduz à organização e seleção constantes de

material didático, após sua leitura. Permite, assim: identificar obras, conhecer seu

conteúdo, fazer citações, analisar o material e elaborar críticas. Além disso, tem

como funções organizar textos pesquisados e selecionar dados importantes,

servindo também como uma referência (fonte bibliográfica) para a escrita de

trabalhos acadêmicos futuros (MARCONI; LAKATOS, 2005)

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Como estrutura sugerida, sugere-se que a confecção de uma ficha

deve contemplar, seqüencialmente:

a) cabeçalho: título e subtítulo, área de conhecimento, número ou letra indicativos da

seqüência de registro da ficha;

b) referencia bibliográfica, conforme normas da ABNT;

c) corpo ou texto: conteúdo (que dependerá do tipo de ficha elaborada);

d) local de consulta da obra (elemento opcional)

EXEMPLO DE ESTRUTURA SUGERIDA

CABEÇALHO Título Subtítulo Área conhecimento Número seqüência ficha

REFERENCIA DA OBRA

CORPO DO TEXTO (depende do tipo de ficha: finalidade)

___________________________________________________________________

LOCAL DE COLETA DAS INFORMAÇÕES (ACERVO)

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EXEMPLO DE FICHA DE CITAÇÕES

3.2 Resumo

Consiste na apresentação concisa e seletiva de uma obra em forma

de texto, de modo objetivo, claro e lógico, contemplando-se introdução,

desenvolvimento e conclusão da obra. Compreende-se o resumo como um trabalho

acadêmico que sumariza ou sintetiza as informações de uma obra, no qual

apresentam-se às idéias essenciais de um texto de forma hierárquica, na mesma

seqüência em que aparecem na obra (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

Ressalta-se que resumir não é o agrupamento de frases desconexas

entre si ou a elaboração de uma “concha de retalhos” com recortes literais do texto,

5 Área de saúde Saúde do Trabalhador

MARCONI, M.A. Saúde do trabalhador profissional de saúde. São Paulo: SENAC, 1985. “Entre os trabalhadores que atuam em UTI, quase a metade apresenta algum tipo de stress emocional, os quais relacionam-se com a alta carga de trabalho.” (p.34) “As instituições de saúde cada vez mais investem em equipamentos e tecnologias de ponta, no intuito de qualificar o atendimento de saúde porém, muitas vezes esquecem de investir em seus recursos humanos” (p.48)

Biblioteca do CESCAGE, 2007.

Saúde do Trabalhador de Enfermagem na UTI

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ou seja, não é copiar, substituir termos, inverter frases de um texto ou apresentar

críticas à obra. Deve apresenta-se sinteticamente idéias gerais por meio da

construção de um texto pessoal que as reorganiza, porém sem alterações ou

críticas. Podem ser classificados em informativo (expõe objetivos, metodologia,

resultados e conclusões, sendo o mais extenso), crítico (analise crítica do texto,

também chamado de resenha, composto de duas partes: compreensão do texto

original e elaboração de texto pessoal) ou, ainda, indicativo (mais breve,

apresentando somente a idéia central e sendo escrito em bloco, ou seja, um

conjunto de frases seqüências sem parágrafos, capa, etc.) (SILVA; SILVEIRA,

2007).

Quanto à escrita, sugere-se o uso da terceira pessoal do singular

(ex: coloca, expõe, explica...), evitando-se figuras, tabelas, etc, bem como a

enumeração de tópicos em seu interior. Para a apresentação do trabalho, inserem-

se os elementos pré-textuais (capa, folha de rosto), porém quanto aos seus

elementos textuais, diferem quanto ao tipo de resumo sendo que para de obras

(informativo ou crítico) apresenta-se à idéia central (tema), o objetivo do texto, a

justificativa de sua escrita, o desenvolvimento (idéias secundárias) e considerações

finais do autor. Para o resumo de pesquisas científicas nos elementos textuais

apresentam-se o tema, o objetivo, a metodologia, os resultados e as considerações

finais ou conclusões e, além disso, deve-se utilizar a padronização escrita sugerida

para o resumo do tipo indicativo e adicionar o nome dos autores, sendo que o

número de palavras do resumo deve permanecer entre 250 e 500 (SECAF, 2000;

MULLER; CORNELSEN, 2003).

Para se fazer um bom resumo deve-se: ler integralmente o texto

original; ler novamente assinalando as informações mais significativas; fazer um

esquema das idéias selecionadas; rascunhar o primeiro resumo (escrever texto e

não colar frases apenas); escrever o texto final com coerência e coesão.

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EXEMPLO DE ESTRUTURA SUGERIDA – RESUMO DE PESQUISA CIENTÍFICA

REFERENCIA: SANTO, A.K. A prática do enfermeiro na Central de Material e Esterilização. São Paulo: ABC, 2003. RESUMO: O processo de trabalho do enfermeiro é constituído por um conjunto de elementos que se articulam e que são determinados de acordo com as especificidades de sua profissão. O Enfermeiro pode atuar em diferentes dimensões práticas, que englobam o cuidado, a gerencia, o ensino e a pesquisa, para as quais modifica os elementos de seu processo de trabalho. Objetivou-se no estudo descrever a percepção de enfermeiras acerca dos elementos do seu processo de trabalho na Central de Material e Esterilização (CME). Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva, elaborada com quinze enfermeiras de CME de instituições de saúde e ensino superior de Curitiba – PR. Obteve-se os dados por meio de entrevista semi-estruturada e sessões de grupo focal. Utilizou-se a análise de conteúdo das falas para discutir os dados. Respeitou-se os aspectos éticos de pesquisa, a partir da elaboração e entrega de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, na manutenção do anonimato dos sujeitos, em sua participação voluntária e nos esclarecimentos aos mesmos durante o estudo. A analise dos dados permitiu a definição dos elementos do processo de trabalho na percepção do grupo focal: os objetos são a equipe e o processamento de materiais; os instrumentos foram agrupados em três áreas – planejamento, comunicação/ relacionamento interpessoal e conhecimento; as finalidades são garantir a qualidade do serviço e da equipe, cuidado indireto, e busca, aprimoramento e aplicação de tecnologias. Conclui-se que perceber e refletir os elementos do seu processo de trabalho permite a enfermeira da CME compreender a sua prática, desenvolver ações condizentes às suas necessidades e qualificar o seu saber-fazer.

3.3 Resenha crítica

Também é chamada de análise bibliográfica, revista de livros,

recensão crítica, resumo crítico ou resenha. É um tipo de trabalho científico ou

acadêmico, com juízo crítico. É uma exposição objetiva apresentando o conteúdo,

realizando uma análise crítica e formulando um conceito sobre a obra. Tem por

objetivo o desenvolvimento da capacidade de comunicação escrita, de análise e

visão crítica do saber elaborado.

Consiste em uma apresentação das idéias do autor da obra lida,

adicionando-se uma analise a respeito de seu conteúdo por meio da efetuação de

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comentários, questionamentos, posicionamentos e impressões pessoais (TEIXEIRA,

2005). Como orientações gerais à sua construção, orienta-se: buscar conhecimento

integral da obra mediante leitura aprofundada; esclarecer o vocabulário e os

conceitos utilizados pelo autor; e avaliar com base em argumentos bem

estruturados, fundamentados e tanto quanto possível, imparciais (evitar simpatias e

antipatias de cunho sentimental).

Para a estrutura da resenha, sugere-se a apresentação dos

seguintes elementos, de modo seqüencial, de acordo com Silva e Silveira (2007):

a) titulo: centralizado e em negrito e elaborado pelo resenhista, devendo ter estreita

relação com o conteúdo da obra resenhada;

b) autor: nome do resenhista, seguido de símbolo remetendo-o em nota de rodapé,

na qual constará os dados do resenhista (função, instituição, curso, disciplina);

a) referencia: citação completa da obra resenhada; informações gerais do autor;

b) analise temática ou breve resumo inicial: apresentação do conteúdo sem intervir

nele, apresentando do que trata a obra; descrição sintetizada das partes da obra;

resumo das idéias principais; conclusão do autor;

c) análise crítica do resenhista ou apreciação crítica: avaliação e recomendações do

autor da resenha, sobre a obra; apresentação do conteúdo e objetivo, estrutura e

desenvolvimento lógico do tema; como se situa o autor em relação a correntes e

circunstâncias científicas, filosóficas; contribuição da obra [área do conhecimento

(novas idéias, resultados), originalidade, coerência, emprego de métodos];

indicações do resenhista: a quem recomenda e quais os conhecimentos prévios para

atender a obra; posicionamento do resenhista frente ao texto. (analise do contexto

social;

d) conclusão: síntese da avaliação do livro.

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EXEMPLO DE ESTRUTURA SUGERIDA, a partir de Teixeira (2005).

UM OLHAR ÀS DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO

Santos Santino*

LUCKESI, C.C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1992.

Considerando as colocações de Luckesi (1992), e educação

relaciona-se diretamente com a sociedade a partir de três dimensões, que serão

tratadas a seguir. O autor garante que estas dimensões estão presentes no contexto

educacional e, presenciando as três posturas nos diversos ambientes de ensino.

A primeira dimensão é a apresentada pelo autor como a “redentora”,

na qual relata que a escola é ativa em relação a sociedade, cabendo a ela adaptar o

individuo ao meio, reforçar os laços sociais, configurar e manter o corpo social, curar

as lacunas sociais, recuperar a harmonia perdida, restaurar o equilíbrio e regenerar

os que estão à margem da sociedade.

A segunda dimensão é apontada pelo autor como a “reprodutora”,

na qual a escola é passiva diante da sociedade, e isso reflete seu papel de mera

reprodutora do meio. Somente há constatações, sendo que a educação reproduz a

sociedade, a força de trabalho, os saberes práticos, ensina regras de bons costumes

e reproduz a submissão como aponta o autor.

A terceira dimensão é compreendida pelo autor como a

“transformadora”, na qual a escola volta a ser ativa de modo positivo, realizando e

mediando projetos de sociedade, trabalhando pela democratização, atingindo

objetivos sociais e políticos, criticando o sistema, propondo mudanças e fazendo

ações para tal.

______________ * Acadêmico do 1º período do Curso de Graduação em Enfermagem, cursando a disciplina de Metodologia Científica no Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE.

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A partir disso, entendemos que das três dimensões citadas

anteriormente, a terceira tem o maior desafio perante a educação, pois acreditamos

que por meio pretende-se criar estratégias que modifiquem e construam novos

saberes, fornecendo melhores condições para propor uma “nova escola” e,

conseqüentemente, uma “nova educação”. Além disso, concordamos que a

dimensão “transformadora” permita mudanças concretas, reais aos ambientes de

ensino, bem como à sociedade como um todo.

Acreditamos que muitas escolas possam estar praticando a primeira

e a segunda dimensões apresentadas, o que se deve a inúmeros fatores, porém a

terceira demonstra uma nova possibilidade e, por isso, merece destaque e atenção

especial em relação as outras.

Destacamos que a leitura da obra permitiu a visualização da

realidade da educação, sendo que o autor expôs de modo claro, objetivo e coerente

sua opinião em relação ao contexto educacional. Por tanto, recomendamos a leitura

da obra, pois revela importante contribuição a área da educação, servindo como

instrumento didático e teórico à reflexão de educadores de modo geral, pedagogos e

dirigentes escolares.

Consideramos, portanto, que a obra merece ser lida por todos os

que desejam um novo futuro à seus trabalhos de ensino, na posição de professores

e transformadores da realidade da educação brasileira.

3.4 Artigo científico

Artigo científico é um estudo que trata de uma questão científica e

apresenta o resultado de uma pesquisa. Um tipo de comunicação científica que

objetiva compartilhar, divulgar conhecimentos, opiniões e informações a respeito de

uma pesquisa. Diferenciam-se dos outros trabalhos científicos por sua dimensão e

conteúdo (MARCONI; LAKATOS, 2005; SECAF, 2000).

Tipo de escrito científico que pode ser publicado em periódico

específico ou ser apresentado em qualquer tipo de evento, de forma oral ou sob

formato de pôster ou banner (SECAF, 2000). São trabalhos para serem publicados

em diferentes meios, tais como revistas ou periódicos especializados, devendo ser

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organizados conforme as normas da revista para a qual se pretenda encaminhá-lo

(TEIXEIRA, 2005).

Os artigos científicos podem divulgar resultados de diferentes tipos

de pesquisa, podendo ser classificados como: artigos de revisão ou teóricos

(resultado de pesquisa bibliográfica), artigos de pesquisa (resultado de pesquisa de

campo), artigos de relato de experiência (descrição de experiência vivenciada)

(TEIXEIRA, 2005).

Para produzi-lo é necessário o uso de processos organizacionais e

técnicos à sua elaboração e apresentação. São padrões características à sua

estruturação, definidas por diferentes autores. Além disso, para alguns elementos

apresentados em seu interior, quando existentes, seguem as normas estabelecidas

pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que fixa padrões para a

apresentação escrita de trabalhos acadêmicos, com as funções de qualificação do

produto, uniformidade dos meios de expressão e comunicação e documentação.

Como estrutura sugerida, aplica-se a apresentação dos seguintes

elementos, de modo seqüencial:

a) título;

b) autores, com número de identificação sobrescrito;

c) identificação dos autores (profissão, cargo, endereço residencial e eletrônico,

telefone para contato), em nota de ropadé;

d) resumo; abstract – palavras chaves;

e) introdução, com revisão de literatura;

f) objetivos;

g) metodologia;

h) apresentação e discussão dos resultados;

i) conclusão ou considerações finais;

j) referencias;

k) anexos ou apêndices, se necessário.

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EXEMPLO DE ESTRUTURA SUGERIDA

TITULO

AUTORES RESUMO DESCRITORES

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS (s/n)

METODOLOGIA

RESULTADOS/ DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

OBJETIVO JUSTIFICATIVA

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EXEMPLO DE ESTRUTURA DE ARTIGO CIENTÍFICO

UM MARCO CONCEITUAL AO TRABALHO DA ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 1

(INGLÊS) (ESPANHOL)

Samanta Andrine Marschall Taube 2

Ivete Palmira Sanson Zagonel 3

Marineli Joaquim Méier 4 RESUMO: (Entre 250 e 500 palavras. Texto corrido. Composição: introdução, objetivo, metodologia, resultados, considerações) (INGLES) (ESPANHOL) DESCRITORES: Trabalho, Enfermagem, Central de Material. ABSTRACT DESCRIPTORES (INICIO DO TEXTO) _________________ 1. Trabalho resultante da Disciplina Concepções Teórico-Filosóficas e Metodológicas da Prática Profissional do Curso de Mestrado em Enfermagem da UFPR. 2. Enfermeira. Bolsista da CAPES/ Mestrado do Programa de Pós-graduação. Membro do Grupo de Estudos Multiprofissional em Saúde do Adulto – GEMSA – do Departamento de Enfermagem da UFPR. 3. Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Professora Sênior do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPR. Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem – NEPECHE/UFPR. Coordenadora do Curso de Enfermagem do IESPP. 4. Enfermeira. Doutora em Filosofia de enfermagem. Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPR. Membro do GEMSA

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3.5 Paper

É o desenvolvimento sintético de um ponto de vista acerca de um

tema, de uma realidade observada, de um texto, uma tomada de posição definida e

a expressão dos conhecimentos de forma original. É um texto de modalidade

dissertativa, versando um tema e tendo uma tese como foco de sua argumentação.

Escrever um paper significa avaliar e/ou interpretar fatos ou informações que foram

recolhidas. A palavra paper indica um pequeno artigo, podendo possuir estrutura

similar a de um artigo e compondo entre duas e dez páginas (TEIXEIRA, 2005;

LEHFELD, 2007).

De acordo com o mesmo autor mencionado anteriormente, o paper

pode possuir quatro características: estudo de um tema em um autor, estudo de uma

obra, estudo de um problema ou tema em diversos autores.

Como trabalho acadêmico segue a seguinte estrutura: elementos

pré-textuais (capa, folha rosto), introdução (tema, objetivo), desenvolvimento

(posicionamento, avaliação, reflexão do autor do paper em relação ao texto/ à

realidade/ ao tema), conclusão (síntese concisa das principais idéias defendidas) e

referências.

Lehfeld (2007) orienta que o paper seja estruturado com os

seguintes elementos seqüenciais: titulo, indicação do autor e credenciais, texto

central ou corpo do trabalho, referencias bibliográficas.

3.6 Informe científico

Consiste em um relato escrito que divulga os resultados parciais ou

totais de pesquisa, um breve trabalho acadêmico que se restringe à descrição dos

resultados alcançados em uma pesquisa. Deve ser escrito de forma objetiva,

demonstrando as experiências do investigador, se for o interesse (MEDEIROS,

2003; LEHFELD, 2007).

Pode, ainda, ser compreendido como um relato escrito de resultados

parciais de uma pesquisa (que está em curso) ou totais (que foi finalizada).

Apresenta resultados obtidos de pesquisa de campo, documentais, laboratoriais, etc.

Por isso, deve esclarecer a experiência vivenciada quanto às dificuldades, etapas e,

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também, demonstrar procedimentos, técnicas e resultados (MARCONI; LAKATOS,

2005).

Aconselha-se o seguinte formato gráfico:

a) título (subtítulo);

b) período de realização da investigação;

c) autor (es);

d) credenciais do(s) autor (es);

e) sinopse;

f) introdução;

g) corpo (no formato relatório ou monográfico, conforme o caso);

h) conclusão (mesmo parcial, se houver).

3.7 Relatório científico e acadêmico

Consiste na descrição de uma atividade desenvolvida, solicitada

pelo professor, na qual se apresenta, de modo organizado, as ações realizadas

durante a atividade. Contempla os elementos pré-textuais (capa, folha de rosto,

sumário) e, na seqüência, três partes: introdução (apresentação das atividades a

serem relatadas, relevância das mesmas e objetivos pretendidos); relato das

atividades (em seqüência lógica e cronológica, apontando-se dificuldades e

facilidades e demonstrando impressões pessoais a respeito das atividades);

conclusão (constatações, impressos gerais das atividades, sugestões). Após,

apresentam-se bibliografia e anexos (TEIXEIRA, 2005).

Silva e Silveira (2007) expõem que um relatório pode ser de três

tipos: técnico-científico (apresenta informações de experiências, investigaões,

métodos, processos, etc), de viagem (descrição de informações sobre a viagem

realizada, indicando-se informações da mesma como objetivo, atividades, datas,

participantes), administrativos (relato de atuação administrativa comunicado á

autoridade superior ao término da atividade) e de estágio (registro de atividades

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desenvolvidas pelo estagiário, sendo orientado por um professor e exigindo

detalhamentos de tais atividades).

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4 REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, dez. 2005. BARROS, A.J.P.; LEHFELD, N.A.S. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 16.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2005 CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R. da. Metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. FURASTÉ, P.A. Normas técnicas para o trabalho científico, que tomo mundo pode saber, inclusive você: explicação das Normas da ABNT. 11 ed. Porto Alegre: s.n., 2002. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. LEHFELD, N. Metodologia e conhecimento científico: horizontes virtuais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.V. Fundamentos de metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005. MEDEIROS, J. B. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003. MULLER, M.S.; CORNELSE, J.M. Normas e padrões para teses, dissertações e monografias. 5. ed. Londrina: Eduel, 2003. SECAF, V. Artigo científico: do desafio à conquista. São Paulo: Reis Editorial, 2000. SILVA, J.M. da; SILVEIRA, E.S. da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e técnicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.