MANUAL BÁSICO DE ROTINAS TRABALHISTAS

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1- Manual Bsico de Rotinas Trabalhistas

MANUAL DE ROTINAS TRABALHISTAS Autor: Jlio Csar Zanluca Distribuio: Portal Tributrio www.GUIATRABALHISTA.com.br Ateno: esta obra atualizvel. Recomendamos baix-la periodicamente em seu computador, utilizando a mesma senha, no endereo www.portaltributario.com.br/downloads

Dica: para pesquisar rapidamente uma palavra, tecle CTRL+L Sumrio: (clique no ttulo para acessar o tema desejado) Introduo Siglas Utilizadas Abandono de Emprego Acordo de Compensao de Horas Admisso do Empregado Rotinas Bsicas Advertncia e Suspenso Disciplinar Agenda de Obrigaes Trabalhistas Arquivos Digitais Atestado Mdico Aviso Prvio - Aspectos Gerais Aviso Prvio - Clculo Banco de Horas CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Carto Ponto e Quadro de Horrio de Trabalho CIPA Contrato de Experincia Contrato de Trabalho por Prazo Determinado Contrato por Safra Contribuio Sindical Relao de Empregados Contribuio Sindical do Empregador Contribuio Sindical dos Empregados Creche - Obrigatoriedade Dcimo Terceiro Salrio Aspectos Gerais Dcimo Terceiro Salrio 1a. Parcela Dcimo Terceiro Salrio 2a. Parcela Dcimo Terceiro Salrio - Salrio Varivel - Ajuste da Diferena Dcimo Terceiro Salrio Resciso Recolhimento do INSS Descanso Semanal Remunerado - DSR Descontos Salariais Dirias para Viagem e Ajuda de Custo Direitos Constitucionais do Trabalhador Discriminao no Trabalho Empregado Domstico www.guiatrabalhista.com.br

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Empregado Estudante Escala de Revezamento Estabilidade Provisria Estgio Profissional Estrangeiro Falecimento do Empregado Faltas Justificadas Faltas No Justificadas - Reflexos na Remunerao Feriado Coincidente com o Sbado Frias - Abono Frias - Aspectos Gerais Frias - Clculo em ms de 28, 29 ou 31 dias Frias Proporcionais - Pedido de Demisso de Empregado com menos de 1 ano de Servio Frias - Remunerao Frias Coletivas Frias em Dobro GFIP/SEFIP Guarda de Documentos - Prazos Homologao Resciso do Contrato de Trabalho Horas Extras Indenizao Adicional Devida na Despedida antes da Data-Base Insalubridade Intervalos Justa Causa do Empregado Resciso do Contrato Licena Maternidade Contrato de Aprendizagem Menor de Idade Atividades de Trabalho Proibidas Optantes pelo Simples Federal Obrigaes Trabalhistas Parcelas no consideradas como Salrios Prazo de Pagamento de Verbas Rescisrias Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT) Salrio Famlia Salrio Famlia - Documentao Salrios Prazos de Pagamento Salrios Variaes no Ponto e Tempo de Transporte Trabalho Noturno Trabalho Rural Vale Transporte INTRODUO Neste manual so expostas as rotinas bsicas da legislao trabalhista no Brasil. Busca-se uma compreenso direta do assunto, com exemplos e explicaes suficientes para que o leitor obtenha domnio a rotina trabalhista comentada.

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Observar que todos os exemplos so meramente ilustrativos. Em situaes reais, verificar a adequao dos clculos efetiva realidade ocorrida e legislao vigente poca. Esta uma obra com direitos autorais REGISTRADOS, no podendo ser reproduzida, distribuda, comercializada por qualquer meio sem autorizao por escrito do detentor dos direitos autorais. Permitida a reproduo de apenas 1 (uma) cpia para uso exclusivo e pessoal do adquirente. LINKS TEIS Para facilitar o acesso legislao trabalhista e previdenciria, bem como jurisprudncias, indicamos os seguintes links: ntegra da legislao bsica http://www.planalto.gov.br/leg.asp trabalhista voc poder encontrar em:

Smulas do TST voc encontra em http://apolo.tst.gov.br/brs/bden.shtml Jurisprudncia (decises dos tribunais trabalhistas): http://apolo.tst.gov.br/jurisprudencia/brs/genep.html Portarias, Ordens de Servios e demais regulamentaes do Ministrio do Trabalho: www.mte.gov.br No caso da legislao do INSS, obtenha a mesma em http://www81.dataprev.gov.br/sislex/ Em alguns casos, inclumos referncias de contedo internet, bastando clicar sobre a rea marcada (neste caso voc dever estar conectado internet para poder acessar o assunto respectivo). SOBRE O AUTOR Jlio Csar Zanluca Contador e mora em Curitiba PR. Catarinense, foi auditor e consultor de vrias empresas no Paran e Santa Catarina. Atualmente, o autor coordenador de contedo dos sites Portal Tributrio e Guia Trabalhista, tendo escrito outras obras na rea trabalhista: CLT Anotada e Atualizada, Manual da CIPA, Manual do Empregador Domstico, Manual do PPP, Gesto de RH, Modelos de Contratos e Termos Trabalhistas e Planejamento de Carreira e Marketing Pessoal. SIGLAS UTILIZADAS CAGED: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CF: Constituio Federal CIPA: Comisso Interna de Preveno de Acidentes CLT: Consolidao das Leis do Trabalho (Decreto-Lei 5.452/1943)

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CPC: Cdigo de Processo Civil (Lei 5.869/1973) CPP: Cdigo de Processo Penal (Decreto Lei 3.689/1941) CTPS: Carteira de Trabalho e Previdncia Social DSR: Descanso Semanal Remunerado GFIP: Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social. GPS: Guia da Previdncia Social IN: Instruo Normativa INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social IR: Imposto de Renda IRF ou IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte LC: Lei Complementar MTb ou MTE: Ministrio do Trabalho e Emprego NR: Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho OS: Ordem de Servio PAT: Programa de Alimentao do Trabalhador PIS: Programa de Integrao Social (Lei Complementar 7/70) RPS: Regulamento da Previdncia Social (Decreto 3.048/1999) SRF: Secretaria da Receita Federal TST: Tribunal Superior do Trabalho VT: Vale Transporte ADMISSO DO EMPREGADO ROTINAS BSICAS CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL A Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS) o documento bsico de cada trabalhador, para sua admisso e registro no emprego. Ser obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual ter o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente: 1) a data de admisso; 2) a remunerao e as condies especiais, se houver. Base Legal: art. 29 da CLT. LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADO Em todas as atividades ser obrigatrio para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, no livro ou ficha individual respectivo. Base: art. 41 da CLT. EXAME MDICO

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Ser obrigatrio exame mdico, por conta do empregador, ao empregado, por ocasio de sua admisso - art. 168, I, da CLT. vedado exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovao de esterilidade ou gravidez, na admisso ou permanncia no emprego - art. 373A, IV da CLT. CONTRIBUIO SINDICAL No ato da admisso de qualquer empregado, dele exigir o empregador a apresentao da prova de quitao da contribuio sindical. Os empregados que no estiverem trabalhando no ms destinado ao desconto da contribuio sindical, sero descontados no primeiro ms subsequente ao do reincio do trabalho. De igual forma se proceder com os empregados que forem admitidos depois daquela data e que no tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva quitao. Bases: art. 601 e 602 da CLT. CONTRATO DE TRABALHO DE EXPERINCIA Na hiptese da contratao envolver experincia, deve-se proceder ao preenchimento e assinatura do referido contrato, estipulando as condies e o prazo de experincia. O contrato de experincia utilizado para conhecimento das partes e seu prazo limitado legalmente em 90 dias. Celebrado o contrato, a empresa deve providenciar as devidas anotaes na CTPS no campo de Anotaes Gerais. DECLARAO DE DEPENDENTES Caso a remunerao do empregado supere o valor da iseno da tabela do imposto de renda na fonte, fazer a declarao por escrito, assinada pelo empregado, dos seus dependentes. AUTORIZAO DE DESCONTOS Caso o empregador mantenha convnios, e o empregado queira usufruir dos mesmos, dever ser providenciado a autorizao especfica, assinado pelo empregado. Alm dessa autorizao, deve constar no prprio contrato de trabalho clusula autorizando os citados descontos.

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O acordo dever ser escrito, se individual, assinado pelo empregado, onde o mesmo expressar a sua concordncia em fazer horas extras ou, ainda, por meio de acordo ou conveno coletiva. ACORDO DE COMPENSAO DE HORAS O Acordo de Compensao documento necessrio para a admisso, nos casos de compensao do horrio do sbado com outros dias da semana. VALE TRANSPORTE O empregado para passar a receber o Vale-Transporte dever informar ao empregador, por escrito: - seu endereo residencial; - os servios e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residncia-trabalho e vice-versa; - nmero de vezes utilizados no dia para o deslocamento residncia/trabalho/residncia. A empresa dever obter declarao negativa quando o funcionrio no exercer a opo deste benefcio. OUTROS DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 1 Foto 3 x 4 CPF Comprovante de Inscrio do PIS (Carto PIS) SALRIO FAMLIA Se o empregado tiver direito ao salrio famlia, dever ser preenchida a ficha correspondente, acompanhada da seguinte documentao: Fotocpia da Certido de Nascimento dos filhos menores de 14 anos. Comprovante de vacinao dos filhos menores de 7 anos (fotocpia). Comprovante de freqncia escola dos filhos de 7 a 14 anos. ABANDONO DE EMPREGO O abandono de emprego constitui falta grave, o que enseja a resciso por justa causa do contrato de trabalho, conforme a CLT, artigo 482, alnea "i". Tal falta considerada grave, uma vez que a prestao de servio elemento bsico do contrato de trabalho, ento a falta contnua e sem motivo justificado fator determinante de descumprimento da obrigao contratual.

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CONFIGURAO O abandono de emprego configura-se quando esto presentes o elemento objetivo ou material e o elemento subjetivo ou psicolgico. Elemento objetivo ou material: a ausncia prolongada do empregado ao servio sem motivo justificado. Elemento subjetivo ou psicolgico: a inteno de no mais continuar com a relao empregatcia. PERODO DE AUSNCIA A legislao trabalhista no dispe a respeito do prazo de ausncia injustificada para caracterizao do abandono de emprego. A jurisprudncia trabalhista fixa a regra geral, de falta de mais de 30 dias ou perodo inferior se houver circunstncias evidenciadoras. "Para que se caracterize o abandono de emprego, mister que o empregador comprove a ausncia do empregado em perodo superior a 30 dias, no sendo necessria a publicao em jornal, mas algum meio que justifique o pleno conhecimento do empregado, de sua ausncia sem justificativa." (Ac un da 4 T do TRT da 3 R - RO n 3.090/87 - Rel. Juza Snia Maria Ferreira de Azevedo - Minas Gerais-II, 27.11.87) Enunciado TST n 32: "Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador no retornar ao servio no prazo de 30 (trinta) dias aps a cessao do benefcio previdencirio nem justificar o motivo de no o fazer." (Nova redao - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) CONTRATO DE TRABALHO COM OUTRO EMPREGADOR O empregado que se ausentar do trabalho, sem justificativa, por estar prestando servio a outro empregador, comete falta grave, estando sujeito dispensa motivada por abandono de emprego, eis que tal atitude demonstra a inteno inequvoca de no mais retornar ao trabalho. CESSAO DE BENEFCIO PREVIDENCIRIO Constitui, tambm, motivo para resciso do contrato de trabalho por justa causa quando o empregado, que estava afastado por benefcio previdencirio, recebe alta da Previdncia Social e no retorna ao trabalho. PROCEDIMENTO DO EMPREGADOR O empregador, constatando que o empregado est ausente do servio por longo perodo, sem apresentar qualquer justificativa, dever convoc-lo para justificar as suas faltas, sob www.guiatrabalhista.com.br

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pena de caracterizao de abandono de emprego. O empregador dever notificar o empregado por correspondncia registrada ou pessoalmente, anotando-se na ficha ou no livro de registro de empregados. O empregador dever manter um comprovante da entrega da notificao, procedendo da seguinte maneira: - atravs do correio, por carta registrada, com Aviso de Recebimento (AR); - via cartrio com comprovante de entrega; - pessoalmente, mediante recibo na segunda via da carta. O recibo pode ser firmado pelo empregado ou por pessoa da famlia, que a tenha recebido. Ressalte-se que a publicao em anncio de jornal no tem sido aceita pela jurisprudncia trabalhista predominante, pela impossibilidade de provar a sua leitura pelo empregado, exceto quando o empregado se encontrar em lugar incerto e no sabido. MODELO DE CARTA Curitiba, ...... de ............ de ................. .............. (nome do empregado) CTPS n ........ Srie n ......... Rua ................ Cidade .............. - Estado .... Prezado empregado: Solicitamos o comparecimento de V.Sa. ao estabelecimento desta Empresa, no prazo de .... (colocar o nmero de dias ou horas), no intuito de justificar suas faltas que vm ocorrendo desde o dia ..../..../...., sob pena de caracterizao de abandono de emprego, ensejando a justa causa do seu contrato de trabalho conforme dispe o artigo 482, letra "i" da CLT. Sem mais, Atenciosamente. EMPRESA (assinatura autorizada) MODELO DE EDITAL ".....(nome da empresa)...... solicita o comparecimento de ........ (nome completo do empregado), portador da CTPS n ....., Srie ....., no prazo de ......(especificar n de dias ou horas)......, sob pena de caracterizao do abandono de emprego previsto no artigo 482, letra "i", da CLT." www.guiatrabalhista.com.br

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NUS DA PROVA O artigo 818 da CLT dispe que a prova das alegaes incumbe parte que as fizer. POSSIBILIDADE DE RETORNO AO SERVIO O empregado poder retornar ao emprego sem caracterizar o abandono de emprego, mesmo aps a convocao da empresa, quando: - retornar e justificar legalmente as suas faltas; neste caso a empresa no poder nem mesmo descontar as faltas, por tratar-se de faltas legais; - retornar ao trabalho, aps o prazo estabelecido na notificao, mas com justificativa de impossibilidade de reassumir a funo, devido circunstncias excepcionais, como motivo de doena mental, deteno, etc.; - retornar ao trabalho sem justificar suas faltas, computando-as para todos os efeitos legais e descontando-as, podendo o empregador, se quiser, utilizar-se apenas de medida disciplinar, como a advertncia ou suspenso. Neste caso, podero ambas as partes manifestar a vontade em no mais continuar o contrato de trabalho estabelecido, rescindindo-o sem justa causa; - retornar ao trabalho sem justificar suas faltas, computando-as para todos os efeitos legais e sendo descontadas, e manifestar o seu interesse em no mais continuar o contrato de trabalho estabelecido, pedindo a sua demisso. RESCISO CONTRATUAL AVISO No caso de o empregado no se manifestar dentro do prazo estabelecido na notificao, a resciso do contrato de trabalho automtica (salvo nos casos especiais citados). Neste caso, dever a empresa avisar ao empregado da resciso, mediante carta ou edital (no caso de estar em local incerto ou no sabido). RESCISO INDIRETA AFASTAMENTO O artigo 483, "b" da CLT dispe que o empregado poder optar por se afastar do servio quando o empregador no estiver cumprindo com as obrigaes do contrato. Esta opo do empregado pelo afastamento no poder ser considerada para efeito de abandono de emprego. CTPS Na Carteira de Trabalho e Previdncia Social do empregado dever apenas ser dado baixa, sem se fazer qualquer meno ao motivo do seu desligamento da empresa. REGISTRO DE EMPREGADOS

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Efetivando-se a resciso do contrato de trabalho do empregado, dever ser dado baixa na Ficha ou Folha do livro Registro de Empregado, nestes podendo-se fazer observao do motivo da resciso. CAGED No ms seguinte ao da resciso do contrato de trabalho, dever esta ser comunicada ao Ministrio do Trabalho atravs do CAGED. FGTS O recolhimento do FGTS do ms anterior e/ou da resciso no caso de abandono de emprego ocorre normalmente na conta vinculada do empregado, das verbas a que fizer jus. PRAZO Uma vez que no h aviso prvio neste tipo de resciso de contrato, o empregador tem o prazo de 10 dias da data da notificao da demisso. O empregado no comparecendo no prazo, o empregador dever depositar em consignao em pagamento em banco oficial o valor devido da resciso do contrato de trabalho, ou se preferir, depositar em juzo. Tal procedimento se deve no sentido do empregador se proteger da multa pelo atraso do pagamento das verbas rescisrias previstas no art. 477, 8 da CLT. ADVERTNCIA E SUSPENSO DISCIPLINAR Para se manter a ordem e a disciplina no ambiente de trabalho, o empregador possui a faculdade de aplicar determinadas penalidades, mas dentro de um senso justo e moderado, uma vez que a CLT protege o trabalhador contra as arbitrariedades que ocorrer por parte do empregador. CONCEITOS ADVERTNCIA A advertncia um aviso ao empregado para que ele tome conhecimento do seu comportamento ilcito e das implicaes que podem advir em caso de reincidncia. Ele estar tomando cincia que seu contrato de trabalho poder at ser rescindido por justa causa se no houver uma reiterao do seu comportamento. A advertncia poder ser aplicada verbalmente, mas recomenda-se, por cautela, faz-la por escrito, pois eventualmente poder necessitar-se de fazer comprovao futura. SUSPENSO

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A suspenso disciplinar atua como penalidade dada ao empregado como uma medida mais drstica. A suspenso visa disciplinar, resgatar o comportamento do empregado conforme as exigncias da empresa. Ela pode ocorrer aps advertncias ou at mesmo logo aps o cometimento de uma falta. Esta falta ter que ser bastante grave, pois haver prejuzo ao empregado e ao empregador. Haver prejuzo salarial ao empregado, uma vez que ele perde a remunerao correspondente aos dias de suspenso e a do descanso semanal remunerado correspondente, pois se trata de falta injustificada; e o empregador ser prejudicado no que diz respeito prestao dos servios. SUSPENSO DIREITO A suspenso deve ser aplicada de maneira moderada para ser justa. Sendo o motivo alegado injusto ou duvidoso, poder o empregado pleitear em juzo seu cancelamento. O juiz analisar o assunto e determinar ou no o cancelamento da suspenso, atravs de sentena, sem intervir no grau da sano. Ele nunca diminuir a quantidade de dias impostos, pois os Tribunais no podem interferir nos assuntos disciplinares das empresas. REQUISITOS ESSENCIAIS O empregador dever observar determinados requisitos no momento da aplicao da penalidade: 1 - atualidade da punio: a punio sempre deve ser imediata, exceto quando a falta cometida requeira apurao de fatos e das responsabilidades para se punir. A demora na aplicao da penalidade pode caracterizar perdo tcito do empregador; 2 - unicidade da pena: o empregador tem o direito de aplicar uma nica vez a punio referente a um ato faltoso. Exemplificando, no se pode aplicar primeiro uma advertncia e depois uma suspenso por uma nica falta cometida; 3 - proporcionalidade: neste item impera o bom senso do empregador para dosar a pena merecida pelo empregado devido ao ato faltoso. Deve-se considerar o seguinte: - o passado funcional do empregado (se j cometeu outros atos faltosos); - os motivos determinantes para a prtica da falta; - a condio pessoal do empregado (grau de instruo, necessidade, etc.). Havendo rigor na pena ou a advertncia mediante humilhao do empregado (na presena de clientes ou colegas), poder ensejar a resciso indireta do contrato de trabalho, uma vez que caracteriza falta grave do empregador.

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4 - penas pecunirias e transferncias: no se admite a instituio de penas pecunirias (multas), exceto para atletas profissionais, e nem as transferncias punitivas. EFEITOS NO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO A suspenso disciplinar pode acarretar a interrupo ou a suspenso do contrato individual de trabalho. - Interrupo: ocorre na hiptese da sentena judicial cancelar a suspenso imposta, tendo o empregado direito ao salrio dos dias parados, bem como aos repousos respectivos. - Suspenso: ocorre no caso do Tribunal no proceder ao cancelamento da suspenso, ou do empregado no pleitear em juzo o cancelamento da Suspenso Disciplinar. Neste perodo o contrato de trabalho no vigora, impossibilitando assim o empregado de prestar servios e, em conseqncia, de receber a remunerao correspondente. FRIAS Como a Suspenso Disciplinar tida como ausncia injustificada ao servio, acarreta ento a reduo do perodo de gozo de frias, conforme determina o artigo 130 da CLT, ou seja: Art. 130 - Aps cada perodo de 12 (doze) meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo: I - 30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 1 - vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do empregado ao servio. 2 - O perodo de frias ser computado, para todos os efeitos, como tempo de servio. 13 SALRIO Se o perodo correspondente suspenso disciplinar for igual ou superior a quinze dias, dentro do mesmo ms, o empregado deixar de receber 1/12 referentes ao 13 salrio. RECUSA DO EMPREGADO EM RECEBER A PENALIDADE O empregado que, ao receber a penalidade, sem justo motivo, se recusar a dar cincia, o empregador ou seu representante dever ler ao empregado o teor da comunicao, na presena de duas testemunhas. Aps as duas testemunhas ouvirem a leitura, dever se inserir no rodap da comunicao, uma observao:

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"em virtude da recusa do empregado em dar cincia do recebimento desta comunicao, seu contedo foi lido por mim (nome da pessoa), na sua presena e na das testemunhas abaixo, em .../.../.... (data) DURAO DA SUSPENSO A Suspenso Disciplinar, por disposio legal (artigo 474 da CLT), no pode ser superior a 30 (trinta) dias consecutivos, sob pena de importar na resciso injusta do contrato de trabalho, por parte do empregado (letra "b" do artigo 483 da CLT). MODELO DE CARTA DE ADVERTNCIA CARTA DE ADVERTNCIA (nome do empregado): ......... Vimos pela presente informar-lhe que, por (...falta cometida....), a presente para adverti-lo por escrito de que, em caso de repetirem essas faltas, lhe ser aplicada uma pena de suspenso de ...... dias. Atenciosamente, ...................... , .......... de ................ de ......... ___________________________ Empresa ___________________________ Empregado MODELO DE SUSPENSO DISCIPLINAR SUSPENSO DISCIPLINAR Nome do Empregador ___________________________ Nome do Empregado ___________________________ CTPS N/Srie ___________________________ Depto/Seo ___________________________ Vimos pela presente aplicar-lhe a pena de suspenso disciplinar, por ...... (....................) dias a partir desta data, em razo da seguinte ocorrncia: (descrever minuciosamente a falta cometida) _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ Esclarecemos que a reincidncia em procedimentos anlogos poder, por sua repetio, configurar justa causa para a resciso do contrato de trabalho. www.guiatrabalhista.com.br

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Reassumindo suas funes em ___ / ___ / ___, observe as normas reguladoras da relao de emprego, para que no tenhamos, no futuro, de tomar as enrgicas medidas que nos so facultadas pela legislao vigente. Solicitamos apor o seu ciente na cpia deste. ___________ , ____ de _________ de ____. ___________________________ Empregador Ciente em ____ / ____ / ____ ___________________________ Empregado CAGED CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) dever ser entregue por meio eletrnico, com a utilizao do Aplicativo do CAGED Informatizado - ACI ou outro aplicativo fornecido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE. O aplicativo poder ser baixado no site do Ministrio do Trabalho www.mte.gov.br. O ACI deve ser utilizado para gerar e ou analisar o arquivo do CAGED, pelos empregadores nos quais tenha ocorrido movimentao de empregados regidos pela CLT. VRIOS ESTABELECIMENTOS As empresas que possuam mais de um estabelecimento devero remeter ao MTE arquivos especficos a cada estabelecimento. PRAZO DE ENTREGA O arquivo do CAGED, devidamente gravado, dever ser encaminhado ao MTE, at o dia 7 do ms subseqente quele em que ocorreu movimentao de empregados. Embora inexista dispositivo legal expresso, recaindo este prazo em dia no til, o entendimento de que o CAGED dever ser entregue no primeiro dia til imediatamente anterior, para evitar que o empregador arque com as penalidades pela entrega fora de prazo. A entrega do arquivo referente ao CAGED fora do prazo legal sujeitar a empresa ao pagamento de multa de 4,2000 a 12,6000 UFIRs por empregado. COMPROVANTE ARQUIVO O comprovante de entrega ser o protocolo emitido pela Internet. A cpia do arquivo, o recibo de entrega e o Extrato da Movimentao Processada, devero ser mantidos no estabelecimento a que se referem, pelo prazo de 36 meses a contar da data do envio, para fins de comprovao perante a fiscalizao trabalhista. www.guiatrabalhista.com.br

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EXTRATO DA MOVIMENTAO PROCESSADA O Extrato da Movimentao Processada estar disponvel para impresso, na Internet, aps o dia 20 de cada ms no endereo www.mte.gov.br, opo CAGED. DVIDAS O Ministrio do Trabalho mantm uma equipe para solucionar dvidas relativas ao CAGED (Atendimento - Segunda a Sexta 07:00 s 19:00 horas), pelo fone 0800 78 6818 ou e-mail [email protected]. Base: Portaria MTE 235/2003. AGENDA DE OBRIGAES TRABALHISTAS OBRIGAES MENSAIS SALRIOS O empregador deve efetuar o pagamento de salrios aos empregados at o 5 (quinto) dia til do ms subseqente ao vencido. CAGED Encaminhar at o dia 7 do ms subseqente, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), atravs de meio eletrnico, com utilizao do aplicativo correspondente fornecido pelo MTE. INSS Recolher as contribuies relativas Previdncia Social de acordo com o cronograma abaixo: CONTRIBUIO Contribuio sobre remunerao e produtos rurais Contribuinte individual (carns), inclusive domstica 13 salrio RECOLHIMENTO no dia 2 (dois) do ms subseqente, se no houver expediente bancrio neste dia, recolher no 1 (primeiro) dia til posterior at o dia 15 do ms subseqente, se no houver expediente bancrio neste dia, recolher no 1 (primeiro) dia til posterior at o dia 20 de dezembro, inclusive domstica, se no houver expediente bancrio neste dia, recolher no 1 (primeiro) dia til anterior

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no dia 2 (dois) do ms subseqente, se no 13 salrio pago em resciso houver expediente bancrio neste dia, recolher no 1 (primeiro) dia til posterior no dia 2 (dois) do ms subseqente, se no Extino de processo houver expediente bancrio neste dia, recolher no trabalhista 1 (primeiro) dia til posterior PIS CADASTRAMENTO Cadastrar, imediatamente aps a admisso, os empregados ainda no cadastrados no PIS/PASEP. FGTS Recolher at o dia 7 (sete), se no houver expediente bancrio neste dia, recolher no 1 (primeiro) dia til anterior os depsitos relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Servio, incidente sobre a remunerao do ms anterior (Lei n 8.036/90). O recolhimento far-se- mediante GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informaes Previdncia Social. Utiliza-se o programa distribudo pela CAIXA chamado programa SEFIP. O aplicativo baixado no site da CEF (www.cef.gov.br). Veja mais detalhes no tpico GEFIP/SEFIP. CIPA Realizar as reunies mensais em local apropriado e durante o expediente de trabalho, obedecendo ao calendrio anual. EXAME MDICO Realizar exame mdico admissional dos empregados contratados antes que eles assumam suas atividades. Assim como os peridicos no perodo indicado pelo Mdico do Trabalho e os demissionais quando necessrio. ACIDENTE DO TRABALHO Comunicar Previdncia Social os acidentes do trabalho no 1 (primeiro) dia til subseqente ao da ocorrncia. VALE-TRANSPORTE Fornecer o vale-transporte de acordo com a opo exercida pelo empregado. SALRIO-FAMLIA

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Preencher a Ficha de Salrio-famlia e o Termo de Responsabilidade para os filhos dos empregados nascidos durante o ms, juntando a certido de nascimento ou documentao relativa ao equiparado ou ao invlido. Para os filhos at 6 anos de idade o empregado dever apresentar no ms de novembro o atestado de vacinao ou documento equivalente e para os filhos a partir de 7 anos de idade, comprovante de freqncia escolar nos meses de maio e novembro. No caso de menor invlido que no freqenta a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado mdico que confirme este fato. GPS - GUIA DA PREVIDNCIA SOCIAL O empregador deve encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados, at o dia 10 de cada ms, cpia da GPS, das contribuies recolhidas ao INSS, relativamente competncia anterior. CONTRIBUIO SINDICAL DOS EMPREGADOS Os empregadores devem descontar a contribuio sindical dos empregados admitidos no ms anterior e ainda no recolhida por outra empresa referente ao ano financeiro em curso e recolh-las at o ltimo dia til do ms seguinte. PAT - PROGRAMA DE ALIMENTAO DO TRABALHADOR A adeso ao PAT poder ser efetuada a qualquer tempo e ter validade a partir da data de registro do formulrio de adeso na ECT, por prazo indeterminado, podendo ser cancelada por iniciativa da empresa beneficiria ou pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, em razo da execuo inadequada do Programa. OBRIGAES EM DETERMINADOS MESES DO ANO JANEIRO 13 SALRIO Efetuar, at o dia 10 (dez), o ajuste relativo ao 13 salrio pago aos empregados com salrio varivel. Os empregados que pretendam receber a metade do 13 salrio por ocasio das frias devem requer-lo empresa, durante o ms de janeiro. ACIDENTES DO TRABALHO - DOENAS OCUPACIONAIS - AGENTES DE INSALUBRIDADE

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A empresa deve encaminhar, at o dia 31 de janeiro, ao rgo local do MTb, mapa com avaliao anual dos dados relativos a acidentes do trabalho, doenas ocupacionais e agentes de insalubridade. SALRIO-EDUCAO As empresas optantes pelo sistema de aplicao direta do salrio-educao, devero renovar sua opo mediante preenchimento do Formulrio Autorizao de Manuteno de Ensino FAME. CONTRIBUIO SINDICAL DA EMPRESA As empresas no ms de janeiro devem recolher aos respectivos sindicatos de classe a contribuio sindical. CONTRIBUIO SINDICAL RURAL No ms de janeiro recolhe-se a contribuio sindical rural patronal. ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTNCIA SOCIAL - PLANO DE AO A entidade beneficente de assistncia social dever apresentar ao INSS, at dia 31 de janeiro, o Plano de Ao das Atividades a serem desenvolvidas durante o ano em curso. FEVEREIRO CONTRIBUIO SINDICAL DOS AUTNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS Os autnomos e profissionais liberais devem no ms de fevereiro efetuar o pagamento da contribuio sindical s respectivas entidades de classe. INDSTRIAS DA CONSTRUO - ANEXO II - RESUMO ANUAL As indstrias da construo devem enviar, via postagem, o Anexo II - Resumo Anual da NR 18 (Condies, Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo) at o ltimo dia til do ms de fevereiro. MARO CONTRIBUIO SINDICAL DOS EMPREGADOS Dos salrios de maro desconta-se a contribuio sindical devida anualmente pelos empregados aos respectivos sindicatos de classe, associados ou no. ENGENHARIA E MEDICINA DO TRABALHO - SERVIO NICO

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19- Manual Bsico de Rotinas Trabalhistas

Os empregadores optantes por servio nico com engenharia e medicina do trabalho obrigam-se a elaborar e submeter aprovao do rgo local do MTb, at 30 de maro, um programa bienal de segurana e medicina do trabalho a desenvolver. As empresas novas instaladas aps 30 de maro de cada exerccio podem constituir e elaborar, respectivamente, os citados servios e programa, no prazo de 90 dias a contar da instalao. FEVEREIRO/MARO RAIS - RELAO ANUAL DE INFORMAES SOCIAIS Os empregadores so obrigados a entregar, no prazo estipulado por cronograma de entrega do MTE, a RAIS devidamente preenchida. ABRIL CONTRIBUIO SINDICAL DOS EMPREGADOS RECOLHIMENTO Em abril recolhe-se a contribuio descontada dos empregados em maro. ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTNCIA SOCIAL A entidade beneficente de assistncia social est obrigada a apresentar, anualmente, at 30 de abril, ao INSS de sua sede, relatrio circunstanciado de suas atividades no exerccio anterior. CONTRIBUIO SINDICAL - RELAO ENTREGA Os empregadores que recolhem a contribuio sindical dos empregados em abril remetem, dentro de 15 dias, contados da data do recolhimento, ao sindicato da categoria profissional ou, na falta deste, ao rgo local do MTb, relao nominal dos empregados contribuintes, indicando a funo de cada um, o salrio e o valor recolhido. A relao pode ser substituda por cpia da folha de pagamento. MAIO CONTRIBUIO SINDICAL - RELAO ENTREGA Os empregadores que recolhem a contribuio sindical dos empregados em abril remetem, dentro de 15 dias contados da data do recolhimento, ao sindicato da categoria profissional ou, na falta deste, ao rgo local do MTb, relao nominal dos empregados contribuintes, indicando a funo de cada um, o salrio e o valor recolhido. A relao pode ser substituda por cpia da folha de pagamento. www.guiatrabalhista.com.br

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SALRIO-FAMLIA - DOCUMENTAO A SER APRESENTADA Para o pagamento do salrio-famlia, o empregado dever apresentar neste ms o comprovante de freqncia escola das crianas a partir de 7 anos. CONTRIBUIO SINDICAL RURAL No ms de maio recolhe-se a contribuio sindical rural das pessoas fsicas. NOVEMBRO 13 SALRIO - 1 PARCELA At o dia 30 de novembro, o empregador deve pagar a 1 (primeira) parcela do 13 salrio, salvo se o empregado a recebeu por ocasio das frias. SALRIO-FAMLIA - DOCUMENTAO A SER APRESENTADA Para o pagamento do salrio-famlia, o empregado dever apresentar neste ms o comprovante de freqncia escola das crianas a partir de 7 anos de idade e o atestado de vacinao ou documento equivalente para crianas at 6 anos. DEZEMBRO 13 SALRIO - 2 PARCELA At o dia 20 de dezembro, o empregador dever pagar a 2 (segunda) parcela do 13 salrio, deduzindo, aps o desconto dos encargos incidentes, o valor referente 1 parcela. OBRIGAES SEMESTRAIS SALRIO-EDUCAO - CADASTRO DE ALUNOS Os empregadores enviam ao FNDE o Cadastro de Alunos (CA), devidamente atualizado ou preenchido, indicando nominalmente os beneficirios atendidos. OBRIGAES ANUAIS CIPA As empresas, em funo do nmero de empregados e do grau de risco, obrigam-se a organizar e a manter em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPA, havendo eleies anualmente. SIPAT www.guiatrabalhista.com.br

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As empresas, obrigadas a constituir CIPA, devem realizar anualmente a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho (SIPAT). VALE-TRANSPORTE O empregado, para receber o vale-transporte, deve informar ao empregador, por escrito: endereo residencial, servios e meios de transporte mais adequados ao deslocamento residncia-trabalho e vice-versa. As informaes devem ser atualizadas anualmente ou sempre que ocorrer alterao das circunstncias mencionadas. Bases: Decreto n 57.155/65 Lei n 7.418/85 Lei n 8.036/90 Lei n 8.212/91 Decreto n 3.048/99 Lei n 9.876/99 Decreto n 3.265/99 Portaria MTb n 3.214/78, NR 4, 5 e 7 Artigos 578 a 580 da CLT ARQUIVOS DIGITAIS DOCUMENTAO - ARQUIVAMENTO POR 10 ANOS Por determinao da Lei 10.666/2003, desde 01/07/20003, as empresas e equiparados devem arquivar e conservar em meio digital ou assemelhado, durante 10 anos, sistemas e arquivos utilizados para registro de negcios e atividades econmicas ou financeiras, escriturao de livros ou produo de documentos de natureza contbil, fiscal, trabalhista e previdenciria. DISPENSA Esto excludas da obrigao de arquivamento e conservao em meio digital apenas as empresas optantes pelo Simples Federal. FORMA DE APRESENTAO DOS ARQUIVOS DIGITAIS A Portaria INSS-DIREP 42/2003, estabelece a forma de apresentao, a documentao de acompanhamento e as especificaes tcnicas dos arquivos digitais a serem entregues ao auditor-fiscal da Previdncia Social.

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ACORDO DE COMPENSAO DE HORAS Compensao de horas de trabalho corresponde em acrescer a jornada de determinados dias em funo de outro suprimido, sem que essas horas configurem como horas extras. Normalmente, a compensao de horas tem como objetivo a reduo ou supresso do trabalho aos sbados, segundas-feiras que antecedem feriados s teras-feiras, sextas-feiras que sucedem feriados s quintas-feiras, dias de carnaval e quarta-feira de cinzas (meio expediente), etc. EXCEO - BANCO DE HORAS A exceo regra geral o banco de horas, no qual poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias. ACORDO - CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO Segundo a CLT, a compensao de horas exige acordo escrito entre empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho, mas a Constituio Federal/88, em seu artigo 7, XIII, estabelece que a compensao de horas deve ser realizada mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho. O artigo 59 da CLT que estabelece o acordo de compensao de horas individuais no foi revogado, mas devido previso constitucional, nossa lei magna, para se evitar maiores problemas com a justia trabalhista e at mesmo com a fiscalizao, o empregador dever realizar o acordo de compensao de horas mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho. Atravs dos Enunciados da Smula n 85, o TST manifestou-se no sentido de que o acordo para compensao possa ser ajustado apenas em nvel individual, nestes termos: I. A compensao de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou conveno coletiva. (ex-Smula n 85 - primeira parte - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II. O acordo individual para compensao de horas vlido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrrio. (ex-OJ n 182 - Inserida em 08.11.2000) III. O mero no-atendimento das exigncias legais para a compensao de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes jornada normal diria, se no dilatada a jornada mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Smula n 85 - segunda parte- Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) www.guiatrabalhista.com.br

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IV. A prestao de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensao de jornada. Nesta hiptese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas extraordinrias e, quanto quelas destinadas compensao, dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinrio. (ex-OJ n 220 Inserida em 20.06.2001) MENORES Em relao aos empregados menores (16 a 18 anos), a compensao de horas somente poder ser firmada mediante existncia de acordo coletivo celebrado com o sindicato da classe. ACORDO COLETIVO Celebrao O acordo coletivo celebrado por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, alm de uma destinada a registro. Registro Arquivo Os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes providenciam a entrega de uma via do acordo, dentro de 8 dias da assinatura do acordo, nos rgos regionais do Ministrio do Trabalho, para fins de registro e arquivo. Validade O acordo entra em vigncia 3 (trs) dias aps a entrega, com validade por at 2 anos. Afixao - Local Visvel Contados 5 (cinco) dias da data de entrega, dentro deste prazo, os sindicatos convenentes devem afixar cpia autntica dos acordos, de modo visvel, nas respectivas sedes e estabelecimentos das empresas compreendidas em seu campo de aplicao. Menores - Novas Admisses Quando ocorrer novas admisses de menores no decorrer da vigncia do acordo coletivo, eles estaro sujeitos s normas estipuladas, desde que previamente avisados. Ficha ou Livro Registro Anotao De acordo com o art. 74, 1, o acordo de compensao deve ser anotado no livro ou ficha de registro dos empregados.

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LIMITE DE HORRIO Na jornada de trabalho para fins de compensao, permite-se prorrogar at o mximo de 2 horas dirias, respeitando-se a durao normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e o limite mximo dirio de 10 (dez) horas. A compensao pode acontecer tanto no incio do perodo de trabalho, quanto no seu trmino, ou seja, o empregado pode entrar mais cedo do seu horrio normal ou sair mais tarde. ACORDO DE COMPENSAO E PRORROGAO SIMULTNEOS Nada impede de se firmar acordos de compensao e prorrogao simultaneamente, isto desde que a soma deles no ultrapasse o limite mximo de 10 horas de jornada diria ou 2 horas dirias de acrscimo. TRABALHO INSALUBRE - LICENA PRVIA Nas atividades insalubres, quaisquer prorrogaes s podem ser acordadas mediante licena prvia das autoridades competentes em matria de Medicina do Trabalho, as quais, para esse efeito, procedero aos necessrios exames locais e verificao dos mtodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermdio de autoridades sanitrias federais, estaduais ou municipais, com quem entraro em entendimento para esse fim. PROFISSES PROIBIDAS DE CELEBRAR ACORDO No podem celebrar acordos de compensao de horrio de trabalho as seguintes profisses: - ascensoristas (Lei n 3.270/57); - telefonistas (CLT, art. 227). PENALIDADES Os infratores destas normas estaro sujeitos multa de 37,8285 a 3.782,8471 Ufirs, conforme a extenso da infrao e a inteno de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidncia e oposio fiscalizao ou desacato autoridade. Menor Quanto ao trabalho do menor, os infratores estaro sujeitos multa de 378,2847 Ufirs por menor irregular at o mximo de 1.891,4236 Ufir, dobrada na reincidncia. MODELO DE ACORDO DE COMPENSAO DE HORAS

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O empregador dever entrar em contato com o sindicato da classe e verificar o modelo a ser adotado, uma vez que determinadas categorias exigem a formalizao do referido acordo em modelo especfico. CONTRATO A PRAZO EXTINO Quando ocorrer a extino de contrato a prazo (por exemplo: de experincia), o empregador dever observar que o empregado no poder realizar compensao de dia que seja posterior ao trmino do contrato, seno o contrato ser considerado por prazo indeterminado. Neste caso, ele dever dispens-lo naquela semana de realizar a compensao, perfazendo ento jornada normal, ou remunerar as horas excedentes s normais (as que eram compensadas) com adicional de extra de no mnimo 50% (cinqenta por cento). AVISO PRVIO TRABALHADO Quando o empregado estiver cumprindo aviso prvio, o empregador dever observar que o empregado na ltima semana do aviso prvio no poder realizar compensao de dia que seja posterior ao trmino do referido aviso, seno ser desconsiderado e anulado o aviso prvio. Neste caso, ele dever dispens-lo naquela semana de realizar a compensao, uma vez que quando o empregado dispensado pelo empregador e escolhe a reduo de duas horas dirias, ele no pode perfazer horas extras. J quando o empregado escolhe a reduo dos 7 (sete) dias, o empregador dever dispens-lo do cumprimento das horas compensadas na ltima semana do aviso prvio, ou remunerar as horas excedentes (as que eram compensadas) com adicional de extra de no mnimo 50% (cinqenta por cento). A mesma situao vai ocorrer quando o empregado pede a demisso e cumpre o aviso prvio. Bases: Artigos 59; 60; 74; 613, pargrafo nico, 614 da CLT. AVISO PRVIO ASPECTOS GERAIS Nas relaes de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, dever, antecipadamente, notificar outra parte, atravs do aviso prvio. O aviso prvio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado uma nova colocao no mercado de trabalho. Importante observar que as normas coletivas de trabalho podem estipular condies mais benficas que as previstas na legislao vigente, inclusive no que concerne ao aviso prvio. DEFINIO

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Aviso prvio a comunicao da resciso do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedncia que estiver obrigada por fora de lei. Pode-se conceitu-lo, tambm, como a denncia do contrato de trabalho por prazo indeterminado, objetivando fixar o seu termo final. MODALIDADES Ocorrendo a resciso do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poder ele optar pela concesso do aviso prvio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demisso. Aviso Prvio Trabalhado aquele que uma das partes comunica outra da sua deciso de rescindir o contrato de trabalho ao final de determinado perodo, sendo que, no transcurso do aviso prvio, continuar exercendo as suas atividades habituais. Sendo rescindido o contrato de trabalho por iniciativa do empregador, ocorrer a reduo da jornada de trabalho do empregado ou a falta ao trabalho por 7 (sete) dias corridos. Ocorrendo a resciso do contrato de trabalho por iniciativa do empregado, o mesmo cumprir a jornada de trabalho integral, no havendo reduo e nem falta ao trabalho. Dispensa de Cumprimento do Aviso Prvio Trabalhado Tendo o empregador rescindido o contrato de trabalho, sem justa causa, com aviso prvio trabalhado, e sendo este um direito irrenuncivel do empregado, o pedido de dispensa do cumprimento no exime o empregador de efetuar o pagamento do respectivo aviso prvio, salvo se o empregado comprovar que obteve novo emprego. Esta comprovao se faz atravs de uma carta do novo empregador em papel timbrado. Tendo o empregado rescindido o contrato de trabalho, ou seja, pedido de demisso, poder solicitar ao empregador a dispensa do cumprimento do aviso prvio, cuja concesso uma faculdade do empregador, ou seja, o empregador poder ou no liberar o empregado do aviso prvio, a seu critrio. Aviso Prvio Indenizado Considera-se aviso prvio indenizado quando o empregador determina o desligamento imediato do empregado e efetua o pagamento da parcela relativa ao perodo de aviso. Considera-se tambm aviso prvio indenizado quando o empregado se desliga de imediato, e o empregador efetua o desconto do valor respectivo. www.guiatrabalhista.com.br

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Aviso Prvio Domiciliar O aviso prvio domiciliar seria a situao em que o empregador dispensaria o empregado de cumpri-lo trabalhando, sendo autorizado ao empregado permanecer durante todo perodo em casa. Esta modalidade no existe em virtude de falta de previso legal, no podendo ento ser utilizada. APLICAES O aviso prvio, regra geral, exigido nas rescises sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado ou pedidos de demisso. Exige-se tambm o aviso prvio, nos contratos de trabalho por prazo determinado que contenham clusula assecuratria do direito recproco de resciso antecipada. Ainda, nas rescises motivadas por falncia, concordata ou dissoluo da empresa, fica o empregador obrigado ao pagamento do aviso prvio. CONCESSO Sendo o aviso prvio trabalhado, a comunicao deve ser concedida por escrito, em 3 (trs) vias, sendo uma para o empregado, outra para o empregador e a terceira para o sindicato. Por cautela, caso uma das partes se recuse a dar cincia na via da outra, dever a comunicao ser realizada na presena de duas testemunhas e por elas assinada. O aviso prvio no poder coincidir simultaneamente com as frias, isto porque frias e aviso prvio so direitos distintos. PRAZO DE DURAO Com o advento da Constituio Federal, atualmente a durao do aviso prvio de 30 (trinta) dias, independente do tempo de servio do empregado na empresa e da forma de pagamento do salrio. INTEGRAO AO TEMPO DE SERVIO O aviso prvio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu perodo de durao integra o tempo de servio para todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, frias, 13 salrio e indenizaes.

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O aviso prvio trabalhado dado pelo empregado tambm integra o tempo de servio para todos os efeitos legais. O mesmo no ocorre com o aviso prvio indenizado, ou seja, aquele descontado pelo empregador dos haveres do empregado constantes do termo de resciso. REDUO DA JORNADA DE TRABALHO A forma de reduo da jornada de trabalho deve ser escolhida pelo empregado dentro das opes adiante. Reduo da Jornada Diria - 2 Horas Conforme determina o artigo 488 da CLT, a durao normal da jornada de trabalho do empregado, durante o aviso prvio, quando a resciso tiver sido promovida pelo empregador, reduzida em 2 (duas) horas, diariamente, sem prejuzo do salrio integral. Exemplo: Empregado com jornada normal diria de 8 horas, optou pela reduo de 2 horas dirias durante o curso do aviso prvio. Este empregado ir trabalhar durante o curso do aviso prvio 6 horas dirias. Jornada Inferior a 8 Horas ou 7 Horas e 20 Minutos

O legislador, ao elencar esta reduo na CLT, no fez distino aos empregados com jornada reduzida. Desta forma, aplica-se a reduo de 2 (duas) horas em qualquer hiptese. Ressalva-se que temos alguns doutrinadores e membros do Poder Judicirio que entendem que esta reduo pode ser proporcional jornada reduzida. Reduo de 7 Dias O pargrafo nico do artigo 488 da CLT faculta ao empregado trabalhar sem a reduo das 2 (duas) horas da jornada diria, substituindo-a pela falta ao servio durante 7 dias corridos. Trabalhador Rural O trabalhador rural, caso a resciso contratual tenha sido por iniciativa do empregador, sem justa causa, ter direito a 1 (um) dia por semana, durante o perodo de aviso prvio, sem prejuzo do salrio, para procurar outro emprego. Ausncia da Reduo No ocorrendo reduo da jornada de trabalho durante o cumprimento do aviso prvio, este considerado nulo. Pagamento do Perodo de Reduo www.guiatrabalhista.com.br

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nulo tambm o aviso prvio quando o perodo de reduo da jornada de trabalho substitudo pelo pagamento das duas horas correspondentes. INTERRUPO E SUSPENSO Auxlio-Doena Previdencirio No caso de auxlio-doena em virtude de enfermidade, o empregado considerado em licena no remunerada. Contudo, somente a partir da concesso do benefcio previdencirio que se efetiva a suspenso do contrato de trabalho, isto porque, durante os 15 (quinze) primeiros dias de afastamento o perodo considerado de interrupo do contrato, sendo do empregador a responsabilidade pelo pagamento dos salrios correspondentes. Desta forma, ocorrendo afastamento do empregado no curso do aviso prvio, por motivo de auxlio-doena, os 15 (quinze) primeiros dias so computados normalmente no prazo do aviso, suspendendo-se a contagem a partir do 16 dia de afastamento. Exemplo: Empregado iniciou o aviso prvio no dia 01.03.2002, com data de trmino no dia 30.03.2002. Adoeceu em 10.03.2002 e obteve auxlio-doena do INSS at 05.04.2002. Incio do aviso prvio: 01.03.2002 Previso de trmino do aviso prvio: 30.03.2002 Primeiros 15 dias de afastamento: 10.03.2002 a 24.03.2002 (pagos pelo empregador) Auxlio-doena previdencirio: 25.03.2002 a 05.04.2002 Perodo para complementao do aviso prvio: 06.04.2002 a 11.04.2002 Data da baixa na CTPS: 11.04.2002 Auxlio-Doena Acidentrio Durante o afastamento por acidente de trabalho, ocorre a interrupo do contrato de trabalho. Sendo assim, considera-se todo o perodo de servio efetivo, uma vez que o contrato de trabalho no sofre soluo de continuidade, continuando em pleno vigor em relao ao tempo de servio, ou seja, transcorre normal a contagem do aviso prvio, no havendo suspenso da respectiva contagem. Convm ressaltar que at o momento no h uma posio unnime da jurisprudncia a respeito da estabilidade do acidentado, a qual foi introduzida atravs da Lei n 8.213/91, em dispor se realmente ser considerada a estabilidade quando o empregado durante o prazo do aviso prvio entrar em auxlio-doena acidentrio, ou ser totalmente desconsiderada em virtude da concesso do respectivo aviso ter sido anteriormente ao ocorrido, cabendo

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empresa a deciso em manter ou no o vnculo empregatcio, lembrando que qualquer que seja a deciso tomada, somente a Justia Trabalhista poder dar uma soluo definitiva. Exemplo 1: Empregado iniciou o aviso prvio no dia 01.03.2002, com data de trmino no dia 30.03.2002. Acidentou-se no ambiente de trabalho em 07.03.2002 e se afastou at o dia 18.03.2002. Incio do aviso prvio: 01.03.2002 Previso de trmino do aviso prvio: 30.03.2002 Afastamento: 07.03.2002 a 18.03.2002 (12 dias pagos pelo empregador) Retorno do afastamento: 19.03.2002 Data da baixa na CTPS: 30.03.2002 Neste caso, se dar o trmino do aviso prvio no dia 30.03.2002 normalmente como previsto, uma vez que o afastamento por acidente de trabalho se deu em perodo inferior a 15 dias, no entrando em auxlio-doena, no gerando a controvrsia a respeito da estabilidade provisria. Exemplo 2: Empregado iniciou o aviso prvio no dia 01.03.2002, com data de trmino no dia 30.03.2002. Sofreu acidente de trabalho em 05.03.2002 e obteve auxlio-doena acidentrio do INSS at 26.03.2002. Incio do aviso prvio: 01.03.2002 Previso de trmino do aviso prvio: 30.03.2002 Primeiros 15 dias de afastamento: 05.03.2002 a 19.03.2002 (pagos pelo empregador) Auxlio-doena acidentrio: 20.03.2002 a 26.03.2002 Neste caso, a empresa dever decidir em continuar o processo rescisrio com este empregado, uma vez que com o advento do art. 118 da Lei n 8.213/91 o empregado que gozar de auxlio-doena acidentrio far jus a estabilidade de 12 meses aps o respectivo retorno, uma vez que no h uma posio unnime a respeito at o momento. RECONSIDERAO Se a parte que concedeu o aviso prvio desejar, antes do trmino, reconsiderar o ato, outra facultado ou no aceitar a reconsiderao. Pode a reconsiderao ser expressa quando o notificado aceita a reconsiderao proposta, ou tcita, caso continue a prestao de servio aps expirado o prazo do aviso prvio. FALTA GRAVE NO CURSO DO AVISO PRVIO

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Ocorrendo do empregador ou do empregado cometer, durante o curso do aviso prvio, falta grave, poder qualquer das partes rescindir imediatamente o contrato de trabalho. No caso do empregador, fica ele obrigado ao pagamento da remunerao correspondente a todo o perodo de aviso prvio e as demais parcelas de direito. Sendo a falta grave cometida pelo empregado, exceto a de abandono de emprego, perder o direito ao restante do prazo do aviso prvio. RESCISO INDIRETA Ocorrendo a resciso indireta do contrato de trabalho, ou seja, a resciso por justa causa, em face de falta grave cometida pelo empregador, o empregado far jus, tambm, ao valor correspondente ao perodo do aviso prvio. INDENIZAO ADICIONAL Nos termos da legislao vigente, o empregado dispensado dentro do perodo de 30 (trinta) dias que antecede a sua data-base tem direito a uma indenizao equivalente a um salrio mensal. O aviso prvio, trabalhado ou indenizado, integra o tempo de servio para todos os efeitos legais. Por conseguinte, o tempo de aviso ser contado para fins da indenizao adicional, sendo, no caso de aviso prvio indenizado, considerada a data em que terminaria o aviso, caso houvesse cumprimento. Bases: Art. 7, XXI da Constituio Federal/88; Arts. 449, 457, 458, 476, 477, 481, 482, 483, 487 a 491, 501 e 502 da CLT; Lei n 5.889/73; Lei n 6.708/79; Lei n 7.238/84; Lei n 7.712/88; Lei n 9.036/90; e IN n 17/00. AVISO PRVIO - CLCULO Aviso Prvio Trabalhado No caso do aviso prvio trabalhado, a remunerao corresponder que o empregado fizer jus durante o respectivo prazo. Aviso Prvio Indenizado O aviso prvio sendo indenizado, a base de clculo o ltimo salrio percebido pelo empregado. Recebendo o empregado salrio fixo mais parcelas variveis ou somente salrio varivel, o valor do aviso prvio corresponder ao salrio fixo acrescido da mdia das parcelas variveis dos ltimos doze meses, ou somente da mdia dos doze ltimos meses ou perodo

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inferior, no caso de empregado com menos de um ano de servio dispensado com aviso prvio indenizado. Exemplo: Valor do salrio fixo mensal: R$ 800,00 Mdia da remunerao varivel dos ltimos 12 meses: R$ 250,00 Total do Aviso Prvio: R$ 800,00 + R$ 250,00 = R$ 1.050,00 ESTIPULAO DE PERODO INFERIOR PARA CLCULO DA MDIA Observe-se que normas coletivas de trabalho podem estabelecer perodo inferior para clculo da mdia das parcelas variveis, a qual dever ser obedecida desde que seja mais vantajosa ao empregado, ento o empregador dever proceder aos dois clculos, para fazer a devida verificao. ENCARGOS SOCIAIS O aviso prvio trabalhado, que considerado de natureza salarial, sofre incidncia do INSS, IR-Fonte e recolhimento para o FGTS. Sobre o aviso prvio indenizado no h incidncia do INSS e IR-Fonte, somente se realiza o recolhimento para o FGTS. AVISO PRVIO DURANTE AS FRIAS O aviso prvio no poder ser concedido durante o perodo das frias, ou seja, simultaneamente, uma vez que tratam-se de direitos distintos. AVISO PRVIO DURANTE A GARANTIA DE EMPREGO Por se tratar de dois institutos incompatveis, o aviso prvio e a estabilidade, invlida a concesso do aviso prvio, conforme determina o Enunciado TST n 348. ENUNCIADOS Enunciado TST n 44: "A cessao da atividade da empresa, com pagamento da indenizao, simples ou em dobro, no exclui, por si s, o direito do empregado ao aviso prvio." Enunciado TST n 163 : "Cabe aviso nas rescises antecipadas dos contratos de experincia, na forma do art. 481, da CLT."

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Enunciado TST n 182: "O tempo do aviso prvio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenizao adicional prevista no art. 9 da Lei n 6.708, de 30.10.1979." Redao dada pela Res. 5/1983, DJ 09.11.1983 Enunciado TST n 230 : " ilegal substituir o perodo em que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prvio, pelo pagamento das horas correspondentes." Enunciado TST n 276: "O direito ao aviso prvio irrenuncivel pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovao de haver o prestador dos servios obtido novo emprego." Enunciado TST n 348: " invlida a concesso do Aviso Prvio na fluncia da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos." ATESTADO MDICO A justificao da ausncia do empregado ao servio, por motivo de doena, para no ocasionar a perda da remunerao correspondente, deve ser comprovada mediante Atestado Mdico. Ordem preferencial dos atestados mdicos (estabelecida em lei e pela jurisprudncia): 1. 2. 3. 4. 5. 6. Mdico da empresa ou em convnio; Mdico do SUS; Mdico do SESI ou SESC; Mdico a servio de repartio federal, estadual ou municipal; Mdico de servio sindical; Mdico de livre escolha do prprio empregado, no caso de ausncia dos anteriores, na respectiva localidade onde trabalha.

Os Tribunais Regionais do Trabalho tm se manifestado no sentido de que os atestados fornecidos pelo INSS ou atravs do SUS so vlidos, mesmo que a empresa possua servio mdico prprio ou em convnio, no havendo necessidade de serem submetidos ao mdico da empresa. Validade Requisito

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Os atestados mdicos para justificarem as faltas por doenas, com incapacidade at 15 dias, devem atender aos seguintes requisitos: 1. Tempo de dispensa concedido ao segurado, por extenso e numericamente; 2. Ao mdico somente ser permitido fazer constar, em espao apropriado no atestado, o diagnstico codificado, conforme o Cdigo Internacional de Doenas (CID), se houver solicitao do paciente ou de seu representante legal, mediante expressa concordncia consignada no documento; 3. Assinatura do mdico ou odontlogo sobre o carimbo do qual conste nome completo e nmero no registro no respectivo conselho profissional. As datas de atendimento, incio da dispensa e emisso do atestado no podero ser retroativas e devero coincidir. Bases legais: Lei 8.213, de 24.07.1991 - artigo 60; CLT - artigo 131 Recurso Ordinrio TRT 8.497/1993; Acrdo TRT 2.531/1993; Enunciado TST n 15; Enunciado TST n 282; Portaria MPAS 3.291/84, alterada pela Portaria MPAS 3.370/84; Lei 605/49, artigo 6, 2; Decreto 27.048/49, artigo 12, 1 e 2. DCIMO TERCEIRO SALRIO ASPECTOS GERAIS QUEM TEM DIREITO Ao pagamento do 13 salrio faz jus o trabalhador urbano ou rural, o trabalhador avulso e o domstico. VALOR A SER PAGO O 13 salrio ser pago proporcional ao tempo de servio do empregado na empresa, considerando-se a frao de 15 dias de trabalho como ms integral. A importncia paga ao empregado a ttulo de primeira parcela ser deduzida do valor do 13 salrio devido at o dia 20 de dezembro. Quando na composio do salrio do empregado envolver parte varivel, dever ser calculada a sua mdia. Quanto aos empregados vendedores, a empresa dever verificar, junto ao sindicato da categoria, se os valores das comisses devero ser atualizados e por qual ndice. DATAS DE PAGAMENTO A primeira parcela do 13o. salrio deve ser paga at o ltimo dia de novembro de cada ano, ou por ocasio das frias do empregado (quando este o solicitar, por escrito, at 31 de janeiro de cada ano).

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A segunda parcela do 13 salrio deve ser paga at o dia 20 de dezembro. FALTAS - INTERFERNCIA NO 13 SALRIO Para fins de pagamento do 13 salrio, as faltas legais e as justificadas ao servio no sero deduzidas. So faltas legais e justificadas (dias teis): - at 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cnjuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social, viva sob sua dependncia econmica; - at 3 dias consecutivos, em virtude de casamento; - por 5 dias, em caso de nascimento de filho; - por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doao voluntria de sangue devidamente comprovada; - at 2 dias consecutivos ou no para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; - no perodo de tempo em que tiver de cumprir as exigncias do Servio Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei n 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Servio Militar); - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior; - pelo tempo que se fizer necessrio, quando tiver que comparecer em juzo; - quando for arrolado ou convocado para depor na justia; - ausncia por motivo de acidente do trabalho, desde o dia do acidente at o dia da alta; - ausncia por motivo de doena atestada pelo INSS, relativa aos primeiros 15 (quinze) dias de afastamento; - o tempo de suspenso por motivo de inqurito administrativo, quando julgado improcedente; - afastamento por licena remunerada; - os dias em que, por convenincia da empresa, no tenha havido trabalho; - afastamento por licena-maternidade; - faltas que a empresa, a seu critrio, considere justificadas e sem desconto do salrio; - para os professores no decurso de 9 dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto, em conseqncia de falecimento do cnjuge, do pai ou me, ou de filho. As faltas injustificadas s interferiro se em cada ms do ano correspondente do pagamento do 13 salrio ocorrer do empregado somar mais de 15 faltas ao trabalho. HORAS EXTRAS E NOTURNAS As horas extras integram o 13 salrio, conforme se depreende do Enunciado TST n 45: "A remunerao do servio suplementar, habitualmente prestado, integra o clculo da gratificao natalina, prevista na Lei n 4.090, de 1962."

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O adicional noturno tambm integra o 13 salrio por fora do Enunciado I da Smula TST n 60: "O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salrio do empregado para todos os efeitos." Quando o empregado realizar nmeros variados de horas noturnas ou extras durante o ano, o empregador dever fazer a mdia das horas, o qual serve tanto para horas extras quanto para horas noturnas. Quando o empregado realizar um determinado nmero de horas extras ou horas noturnas, sem haver variao, no precisar fazer a mdia, apenas dever incluir-se os valores. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE Os adicionais de insalubridade e de periculosidade integram o pagamento do 13 salrio, uma vez que fazem parte da remunerao do empregado. Estes adicionais, como so percentuais aplicados sobre valores determinados (salriomnimo ou salrio-base, conforme o caso), no se faz mdia. 13 SALRIO - 1 PARCELA - SOLICITAO POR OCASIO DAS FRIAS O artigo 2, 2 da Lei n 4.749/65, que dispe sobre o pagamento da gratificao natalina prevista na Lei n 4.090/62, prev que o empregado faz jus ao adiantamento da 1 parcela do 13 salrio por ocasio de suas frias, sempre que solicitar no ms de janeiro do correspondente ano. Redao do 2 do artigo 2 da Lei n 4.749/65: "Art. 2 - ... ... 2 - O adiantamento ser pago ao ensejo das frias do empregado, sempre que este o requerer no ms de janeiro do correspondente ano." PRAZO DE REQUERIMENTO O empregado tem at o dia 31 de janeiro para requerer que lhe seja pago, juntamente com a remunerao de frias, a 1 parcela do 13 salrio. O valor referente 1 parcela do 13 salrio correspondente a 50% do salrio do ms anterior ao gozo de frias. Caso o empregado no solicite o pagamento da 1 parcela do 13 salrio na poca determinada, ou seja, no ms de janeiro, ficar na dependncia da liberalidade do empregador sua concesso, que poder ser feita entre os meses de fevereiro a novembro. www.guiatrabalhista.com.br

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A primeira parcela requerida por ocasio das frias , portanto, uma faculdade inerente ao empregado, enquanto que o pagamento efetuado entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano corresponde a uma liberalidade do empregador, que pode realiz-lo na poca que melhor convenha a seus interesses. MODELO DE SOLICITAO Ao Sr. (nome do empregador) Referncia: Solicitao do pagamento da 1 parcela do 13 salrio por ocasio das frias. Em razo do disposto no artigo 2, 2 da Lei n 4.749/65, venho requerer o pagamento da primeira parcela do 13 salrio por ocasio do gozo de minhas frias. _____________, ____ de ___________ de _____. ________________________ assinatura do empregado ________________________ ciente do empregador Base: Lei n 4.749/65; e Decreto n 57.155/65. DCIMO TERCEIRO SALRIO - 1 PARCELA QUEM TEM DIREITO Ao pagamento do 13 salrio faz jus o trabalhador urbano ou rural, o trabalhador avulso e o domstico. VALOR A SER PAGO O valor do adiantamento do 13o salrio corresponder metade do salrio recebido pelo empregado no ms anterior, sendo pago proporcionalmente ao tempo de servio do empregado prestado ao empregador, considerando-se a frao de 15 dias de trabalho como ms integral. Desta forma, se a primeira parcela for paga no ms de novembro, o valor do adiantamento ser calculado com base no salrio do ms de outubro. Quando na composio do salrio do empregado envolver parte varivel, dever ser calculada a sua mdia. Quanto aos empregados vendedores, a empresa dever verificar, junto ao sindicato da categoria, se os valores das comisses devero ser atualizados e por qual ndice. DATA DE PAGAMENTO A primeira parcela do 13 salrio deve ser paga de: www.guiatrabalhista.com.br

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01/fevereiro a 30/novembro ou por ocasio das frias (se solicitado pelo empregado).

A importncia paga ao empregado a ttulo de primeira parcela ser deduzida do valor da segunda parcela do 13o a ser pago at 20/dezembro. FRIAS ADIANTAMENTO DO 13O. SALRIO Para que o empregado faa jus ao adiantamento da primeira parcela do 13o. salrio por ocasio das frias, dever requerer no ms de janeiro do correspondente ano ao empregador, por escrito. Aps este perodo, caber ao empregador a liberao do referido pagamento ao empregado. RESCISO CONTRATUAL Havendo resciso contratual e j se tenha adiantado a primeira parcela, esta ser compensada com o valor da gratificao devida na resciso. HORAS EXTRAS E NOTURNAS As horas extras integram o 13 salrio, conforme se depreende do Enunciado TST n 45: "A remunerao do servio suplementar, habitualmente prestado, integra o clculo da gratificao natalina, prevista na Lei n 4.090, de 1962." O adicional noturno tambm integra o 13 salrio por fora do Enunciado I da Smula TST n 60: "O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salrio do empregado para todos os efeitos." Quando o empregado realizar nmeros variados de horas noturnas ou extras durante o ano, o empregador dever fazer a mdia das horas, o qual serve tanto para horas extras quanto para horas noturnas. Quando o empregado realizar um determinado nmero de horas extras ou horas noturnas, sem haver variao, no precisar fazer a mdia, apenas dever incluir-se os valores. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE Os adicionais de insalubridade e de periculosidade integram o pagamento do 13 salrio, uma vez que fazem parte da remunerao do empregado.

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Estes adicionais, como so percentuais aplicados sobre valores determinados (salriomnimo ou salrio-base, conforme o caso), no se faz mdia. Exemplo: Empregado admitido em 02 de janeiro. Salrio mensal de R$ 900,00. Recebe adicional de periculosidade. - Clculo: Adicional de periculosidade: R$ 900,00 x 30% = R$ 270,00 - R$ 900,00 + R$ 270,00 = R$ 1.170,00 - 1a parcela do 13 salrio = R$ 1.170,00 x 50% = R$ 585,00. SALRIO FIXO CLCULOS Admitidos At 17 de Janeiro Para os empregados admitidos at 17 de janeiro, inclusive, o valor da primeira parcela ser de 50% do salrio do ms anterior ao do seu pagamento. Porque 17 de janeiro? Conforme a Lei 4.090/62, art. 1, 2 e Decreto n 57.155/65, art. 1, pargrafo nico, a frao igual ou superior a 15 dias ser havida como ms integral, correspondendo a 1/12 avos. Ento do dia 17 ao dia 31 de janeiro, temos 15 dias a) Mensalista Empregado mensalista admitido em 10 de janeiro. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. Salrio de outubro: R$ 780,00. - Clculo: R$ 780,00 x 50% = R$ 390,00 b) Horista Empregado horista admitido em 12 de janeiro. Pagamento primeira parcela em 30 de novembro. Salrio-hora de outubro R$ 4,80. - nmero de horas trabalhadas durante o ano at outubro = 1.862,8 dividido por 10 = 186,28 horas. - nmero de horas correspondente ao descanso semanal remunerado (DSR) = 366,50 dividido por 10 = 36,65 horas (*) o nmero de horas est sendo considerado em sistema centesimal. Nota: Os valores de nmero de horas acima so apenas exemplificativos, devendo cada empregador verificar o nmero exato de horas trabalhadas, assim como as horas do www.guiatrabalhista.com.br

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respectivo DSR em cada ms. Consideramos a mdia por 10, uma vez que h variao de nmero de horas de ms para ms, no podendo se estimar exatamente o nmero do ms em curso (novembro). Convm salientar que nos meses em que o empregado foi admitido no curso do ms, deve-se considerar para efeito do clculo o nmero de horas como se ele tivesse trabalhado o ms todo, para que o mesmo no seja prejudicado. - Clculo: R$ 4,80 x 186,28 horas trabalhadas = R$ 894,14 R$ 4,80 x 36,65 h/DSR = R$ 175,92 R$ 894,14 : 2 + 175,92 : 2 = primeira parcela do 13. salrio: R$ 535,03 Empregados Admitidos Aps 17 de Janeiro Para os empregados admitidos no curso do ano, o adiantamento corresponder metade de 1/12 (um doze) avos da remunerao por ms de servio ou frao igual ou superior a 15 dias. a) Mensalista Empregado mensalista admitido em 12 de julho, pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. Salrio de outubro R$ 700,00. - Clculo: O empregado faz jus a: 5/12 avos R$ 700,00 : 12 x 5 = R$ 291,66 R$ 291,66 : 2 = adiantamento 13. salrio R$ 145,83 b) Horista Empregado admitido em 16 de julho. pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. Salrio-hora de outubro R$ 3,50. - nmero de horas trabalhadas de julho at outubro = 755,4 : 4 = 188,85 horas - nmero de horas correspondente ao descanso semanal remunerado (DSR) de julho a outubro = 146,6 : 4 = 36,65 horas. Nota: Os valores de nmero de horas acima so apenas exemplificativos, devendo cada empregador verificar o nmero exato de horas trabalhadas, assim como as horas do respectivo DSR em cada ms. Consideramos a mdia por 4, uma vez que h variao de nmero de horas de ms para ms. Convm salientar que nos meses em que o empregado foi admitido no curso do ms, deve-se considerar para efeito do clculo o nmero de horas como se ele tivesse trabalhado o ms todo, para que o mesmo no seja prejudicado. - Clculo: O empregado faz jus a: 5/12 avos R$ 3,50 x 188,85 horas trabalhadas = R$ 660,98 www.guiatrabalhista.com.br

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R$ 3,50 x 36,65 h/DSR = R$ 128,28 R$ 660,98 + 128,28 = R$ 789,26 R$ 789,26 : 12 x 5 = R$ 328,86 R$ 328,86 : 2 = 1a. parcela 13. salrio R$ 164,43 SALRIO VARIVEL CLCULOS Para os empregados que recebem salrio varivel, a qualquer ttulo, a gratificao ser calculada na base da soma das importncias variveis devidas nos meses trabalhados at o anterior quele em que se realizar o adiantamento. Os empregados que receberem parte fixa tero o respectivo valor somado parte varivel. Empregados Admitidos At 17 de Janeiro Comissionista a) Comissionista Sem Parte Fixa Empregado admitido em 10 de janeiro. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. - Comisses recebidas no perodo de janeiro a outubro = R$ 5.800,00 - DSR sobre comisses no perodo de janeiro a outubro = R$ 1.183,20 Clculo: Comisses: mdia das comisses: R$ 5.800,00 : 10 = R$ 580,00 R$ 580,00 : 2 = R$ 290,00 DSR: mdia do DSR sobre comisses: R$ 1.183,20 : 10 = R$ 118,32 R$ 118,32 : 2 = R$ 59,16 13: R$ 290,00 + R$ 59,16 = R$ 349,16. b) Comissionista Com Parte Fixa Empregado admitido em 13 de janeiro. Salrio fixo de R$ 700,00 em outubro. Pagamento da primeira parcela do 13 salrio em novembro. - Comisses recebidas no perodo de janeiro a outubro: R$ 5.400,00 - DSR sobre comisses no perodo de janeiro a outubro: R$ 1.101,60 Clculo:

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Comisses: mdia das comisses: R$ 5.400,00 : 10 = R$ 540,00 R$ 540,00 : 2 = R$ 270,00 DSR sobre comisses: mdia do DSR sobre comisses: R$ 1.101,60 : 10 = R$ 110,16 R$ 110,16 : 2 = R$ 55,08 Salrio fixo: 700,00 : 2 = R$ 350,00 (50% do salrio fixo) 13: R$ 270,00 + R$ 55,08 + R$ 350,00 = R$ 675,08 Horas Extras Empregado admitido em 3 de janeiro. Salrio fixo do ms de outubro R$ 638,00, tendo realizado 160 horas extras no perodo a 50% e 33 horas extras correspondentes ao DSR. Pagamento da primeira parcela no dia 30 de novembro. Clculo: - horas extras realizadas no perodo de janeiro a outubro: 160 horas - DSR sobre horas extras no perodo de janeiro a outubro: 33 horas Horas Extras: mdia das horas extras: 160 : 10 = 16 horas : 2 = 8 horas (50% da mdia das horas extras) valor da hora extra com 50%: R$ 2,90 (638,00 : 220) + 50% = R$ 4,35 valor da mdia das horas extras: 8 horas x R$ 4,35 = R$ 34,80 DSR: mdia do DSR sobre hora extra: 33 : 10 = 3,3 horas : 2 = 1,65 horas valor do DSR sobre hora extra com 50%: R$ 4,35 x 1,65h = R$ 7,18 Salrio fixo: R$ 638,00 : 2 = R$ 319,00 13: R$ 319,00 + 34,80 + 7,18 = R$ 360,98 Empregados Admitidos Aps 17 de Janeiro Comissionista a) Comissionista sem Parte Fixa www.guiatrabalhista.com.br

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Empregado admitido em 01 de agosto. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. - Comisses recebidas no perodo de agosto a outubro: R$ 1.900,00 - DSR sobre comisses no perodo de agosto a outubro: R$ 387,60 Clculo: Comisses: mdia das comisses: R$ 1.900,00 : 3 = R$ 633,33 R$ 633,33 : 12 x 4 = R$ 211,11 R$ 211,11 : 2 = R$ 105,56 DSR: mdia do DSR: R$ 387,60 : 3 = R$ 129,20 R$ 129,20 : 12 x 4 = R$ 43,07 R$ 43,07 : 2 = R$ 21,54 13: R$ 105,56 + R$ 21,54 = R$ 127,10 b) Comissionista com Parte Fixa Empregado admitido em 01 agosto. Salrio fixo de R$ 560,00 em outubro. Pagamento da primeira parcela em 30 de novembro. - Comisses recebidas no perodo de agosto a outubro: R$ 1.800,00 - DSR sobre comisses no perodo de agosto a outubro: R$ 367,20 Clculo: Comisses: mdia das comisses: R$ 1.800,00 : 3 = R$ 600,00 R$ 600,00 : 12 x 4 = R$ 200,00 R$ 200,00 : 2 = R$ 100,00 DSR mdia do DSR sobre comisses: R$ 367,20 : 3 = R$ 122,40 R$ 122,40 : 12 x 4 = R$ 40,80 R$ 40,80 : 2 = R$ 20,40 Salrio fixo: R$ 560,00 : 12 x 4 = R$ 186,67 R$ 186,67 : 2 = R$ 93,34 13: R$ 100,00 + R$ 20,40 + R$ 93,34 = R$ 213,74 Horas Extras Empregado admitido em 03 de julho. Salrio fixo de R$ 660,00 em outubro, tendo realizado 72 horas extras no perodo a 50% e 14,7 horas extras correspondentes ao DSR. Pagamento da primeira parcela no dia 30 de novembro.

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Clculos: - Horas extras realizadas no perodo: 72 horas - DSR sobre horas extras: 14,7 horas Horas Extras: - mdia das horas extras: 72 : 4 = 18 - valor da hora extra a 50%: R$ 3,00 + 50% = R$ 4,50 - 18 horas x R$ 4,50 = R$ 81,00 : 12 x 5 = R$ 33,75 (faz jus a 5/12 avos) : 2 = R$ 16,88 (50% dos 5/12 avos a que faz jus) DSR: - mdia do DSR sobre hora extra: 14,7 : 4 = 3,68 horas - valor do DSR sobre hora extra a 50% = 3,68h x R$ 4,50 = R$ 16,56 - R$ 16,56 : 12 x 5 = R$ 6,90 : 2 = R$ 3,45 (50% dos 5/12 avos a que faz jus) Salrio fixo: - R$ 660,00 : 12 x 5 = R$ 275,00 : 2 = R$ 137,50 (50% dos 5/12 avos a que faz jus) 13: - R$ 137,50 + R$ 16,88 + R$ 3,45 = R$ 157,83 (50% - do salrio fixo + da hora extra + DSR) AUXLIO-DOENA PREVIDENCIRIO o afastamento por motivo de doena ou outra incapacidade no decorrente de acidente do trabalho, estendendo-se o tratamento por mais de 15 dias, com suspenso do contrato de trabalho a partir do 16 dia. Compete a empresa remunerar o empregado nos 15 (quinze) primeiros dias, assim como responsvel pelo pagamento do 13 salrio at o 15 dia do afastamento e posterior retorno. A partir do 16 dia at o retorno ao trabalho, a Previdncia Social assume pagando o 13 salrio em forma de abono anual. Exemplo 1: Empregado admitido em 01 de junho. Salrio mensal do ms de outubro R$ 550,00. O empregado afastou-se por doena dia 03 de agosto, retornando dia 24 de agosto. Pagamento da primeira parcela do 13 salrio no dia 30 de novembro. - afastamento: 03/08 - retorno: 24/08 - nmero de avos a que faz jus: 50% de 6/12 avos, porque o afastamento por motivo de doena no interferiu na contagem dos avos, uma vez que os primeiros 15 (quinze) dias do afastamento que so de responsabilidade da empresa foi suficiente para determinar o avo correspondente a agosto. Clculo: - R$ 550,00 : 12 x 6 = R$ 275,00 www.guiatrabalhista.com.br

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R$ 275,00 : 2 = R$ 137,50 1 parcela do 13 salrio: R$ 137,50 Exemplo 2:

Empregado admitido em 01 de junho. Salrio mensal do ms de outubro R$ 860,00. O empregado afastou-se por motivo de doena no dia 03 de agosto, retornando no dia 22 de setembro. Pagamento da primeira parcela do 13 salrio no dia 30 de novembro. - afastamento: 03/08 - retorno: 22/09 - adiantamento a que faz jus: 5/12 avos, porque no ms de agosto os 15 (quinze) primeiros dias do afastamento deu uma frao e no ms de setembro no preencheu a frao, ficando o encargo deste ms para o INSS. Clculo: - R$ 860,00 : 12 x 5 = R$ 358,33 - R$ 358,33 : 2 = R$ 179,17 - 1 parcela do 13 salrio: R$ 179,17 AUXLIO-DOENA ACIDENTRIO A Justia do Trabalho entende que as faltas ou ausncias decorrentes de acidente do trabalho no so consideradas para efeito de clculo da gratificao natalina (13 salrio). Este entendimento refletir apenas no momento do pagamento total do 13 salrio. Para pagamento da primeira parcela do 13 salrio procede-se normalmente, como demonstrado anteriormente no item Auxlio-Doena Previdencirio, ou seja, considerandose na contagem do nmero de avos a que o empregado faz jus at os primeiros quinze dias do afastamento. Exemplo: Empregado admitido em 04 de janeiro. Salrio mensal do ms de outubro, R$ 660,00. O empregado acidentou-se no trabalho dia 04 de maio, afastando-se no mesmo momento, retornando dia 21 de julho. Pagamento da primeira parcela do 13 salrio em novembro. - afastamento: 04/05 - auxlio-doena acidentrio: 20/05 a 20/07 - retorno: 21/07 - adiantamento a que faz jus: 50% de 9/12 avos, porque no ms de maio deu frao de 15 dias e nos meses de junho e julho a frao foi inferior a 15 dias e como este empregado no esteve a disposio do empregador durante todos os meses do ano, as fraes so consideradas at o ms de pagamento da primeira parcela, ou seja, neste caso, novembro. Clculo: www.guiatrabalhista.com.br

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R$ 660,00 : 12 x 9 = R$ 495,00 R$ 495,00 : 2 = R$ 247,50 1 parcela do 13 salrio: R$ 247,50 SERVIO MILITAR OBRIGATRIO O empregado afastado para o servio militar obrigatrio faz jus ao 13 salrio, correspondente ao perodo anterior e posterior (se houver) ao afastamento, ou seja, o perodo de ausncia no computado para fins do 13 salrio. Exemplo: Empregado admitido em 03 de janeiro, afastando-se para o servio militar obrigatrio dia 01 de maro e no tendo retornado. Salrio mensal do ms de outubro R$ 400,00. Pagamento da primeira parcela do 13 salrio no dia 30 de novembro. - afastamento: 01/03 - adiantamento a que faz jus: 50% de 2/12 avos (janeiro e fevereiro) Clculo: R$ 400,00 : 12 x 2 = R$ 66,67 R$ 66,67 : 2 = R$ 33,34 1 parcela do 13 salrio: R$ 33,34 PAGAMENTO CONJUNTO DAS DUAS PARCELAS A Lei n 4.794/65 em seu artigo 2 impe o pagamento da 1 parcela do 13 salrio at o ms de novembro. A Lei n 7.855/89 estipulou a multa de 160 Ufirs por empregado, dobrada na reincidncia para as infraes contra os dispositivos da Gratificao de Natal (13). Para o pagamento conjunto das duas parcelas no h previso legal conforme mencionado acima. ENCARGOS SOCIAIS INSS Na primeira parcela do 13 salrio, no h incidncia do INSS. FGTS

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O FGTS incidir sobre o valor pago, efetivamente, pelo regime de competncia, ou seja, se o pagamento da primeira parcela ocorrer em novembro, o FGTS dever ser recolhido at o dia 07 de dezembro, junto com a folha de pagamento. IRRF Sobre a primeira parcela do 13 salrio, no h incidncia do IRRF. DCIMO TERCEIRO SALRIO - 2a. PARCELA SALRIO FIXO CLCULOS Admitidos At 17 de Janeiro Para os empregados admitidos at 17 de janeiro, inclusive, o valor da segunda parcela ser do salrio do ms de dezembro, deduzido o valor da 1 (primeira) parcela e os encargos. Porque 17 de janeiro? Conforme a Lei 4.090/62, art. 1, 2 e Decreto n 57.155/65, art. 1, pargrafo nico, a frao igual ou superior a 15 dias ser havida como ms integral, correspondendo a 1/12 avos. Ento do dia 17 ao dia 31 de janeiro, temos 15 dias a) Mensalista Empregado mensalista admitido em 10 de janeiro, pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Primeira parcela R$ 390,00. Salrio de dezembro R$ 780,00. Clculo: R$ 780,00 - R$ 390,00 (1 parcela) = 2 Parcela do 13 Salrio: R$ 390,00 Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. b) Horista Empregado horista admitido em 10 de janeiro. Pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Salrio-hora de dezembro R$ 4,70. Recebeu de 1 parcela R$ 523,89. - nmero de horas trabalhadas durante o ano at novembro = 2.045,12 : 11 = 185,92 - nmero de horas correspondente ao descanso semanal remunerado = 404,14 : 11 = 36,74 (*) o nmero de horas est sendo considerado em sistema centesimal. Nota: Os valores de nmero de horas acima so apenas exemplificativos, devendo cada empregador verificar o nmero exato de horas trabalhadas, assim como as horas do respectivo DSR em cada ms. Consideramos a mdia por 11, uma vez que h variao de nmero de horas de ms para ms, no podendo se estimar exatamente o nmero do ms www.guiatrabalhista.com.br

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em curso (dezembro). Convm salientar que nos meses em que o empregado foi admitido no curso do ms, deve-se considerar para efeito do clculo o nmero de horas como se ele tivesse trabalhado o ms todo, para que o mesmo no seja prejudicado. Clculo: R$ 4,70 x 185,92 horas trabalhadas = R$ 873,82 R$ 4,70 x 36,74 h/DSR = R$ 172,68 R$ 873,82 + R$ 172,68 = R$ 1.046,50 R$ 873,82 + R$ 172,68 - R$ 523,89 = 2 Parcela do 13 Salrio: R$ 522,61 Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. Empregados Admitidos Aps 17 de Janeiro Para os empregados admitidos no curso do ano, o valor da 2 (segunda) parcela corresponder a 1/12 (um doze) avos da remunerao devida em dezembro, por ms de servio ou frao igual ou superior a 15 dias. a) Mensalista Empregado mensalista admitido em 12 de julho, pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Primeira parcela R$ 142,50. Salrio de dezembro R$ 684,00. - Clculo: O empregado faz jus a: 6/12 avos R$ 684,00 : 12 x 6 = R$ 342,00 R$ 342,00 - R$ 142,50 = 2 Parcela do 13 Salrio: R$ 199,50. Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. b) Horista Empregado admitido em 16 de julho. Pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Salrio-hora de dezembro R$ 4,00. Recebeu de 1 parcela R$ 187,92. - nmero de horas trabalhadas de julho at novembro = 945 : 5 = 189 - nmero de horas correspondente ao descanso semanal remunerado de julho a novembro = 185 : 5 = 37 Nota: Os valores de nmero de horas acima so apenas exemplificativos, devendo cada empregador verificar o nmero exato de horas trabalhadas, assim como as horas do respectivo DSR em cada ms. Consideramos a mdia por 5, uma vez que h variao de nmero de horas de ms para ms, no podendo se estimar exatamente o nmero do ms em curso (dezembro). Convm salientar que nos meses em que o empregado foi admitido

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no curso do ms, deve-se considerar para efeito do clculo o nmero de horas como se ele tivesse trabalhado o ms todo, para que o mesmo no seja prejudicado. - Clculo: O empregado faz jus a: 6/12 avos R$ 4,00 x 189,00 horas trabalhadas = R$ 756,00 R$ 4,00 x 37 h/DSR = R$ 148,00 R$ 756,00 : 12 x 6 = 378,00 (horas trabalhadas) R$ 148,00 : 12 x 6 = R$ 74,00 (DSR) R$ 378,00 + R$ 74,00 - R$ 187,92 = 2 Parcela do 13 Salrio: R$ 264,08. Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. SALRIO VARIVEL CLCULOS Para os empregados que recebem salrio varivel, a qualquer ttulo, a gratificao ser calculada na base da soma das importncias variveis devidas nos meses trabalhados at o anterior quele em que se realizar o pagamento. Os empregados que receberem parte fixa tero o respectivo valor somado parte varivel. PARCELA VARIVEL - ADMITIDOS AT 17 DE JANEIRO Comissionista a) Comissionista Sem Parte Fixa Empregado admitido em 05 de janeiro. Pagamento da segunda parcela em 20 de dezembro. Primeira parcela R$ 362,70. - Comisses recebidas no perodo de janeiro a novembro = R$ 7.100,00 - DSR sobre comisses no perodo de janeiro a novembro = R$ 1.313,00 Clculo: Comisses: Mdia das comisses: R$ 7.100,00 : 11 = R$ 645,45 DSR : Mdia do DSR sobre comisses : R$ 1.313,00 : 11 = R$ 119,36 13: R$ 645,45 + R$ 119,36 = R$ 764,81 R$ 764,81 - R$ 362,70 = 2 Parcela do 13 Salrio R$ 402,11 Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. www.guiatrabalhista.com.br

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b) Comissionista Com Parte Fixa Empregado admitido em 12 de janeiro. Salrio fixo de R$ 800,00 em dezembro. Pagamento da segunda parcela do 13 salrio em dezembro. Primeira parcela R$ 727,60. - Comisses recebidas no perodo de janeiro a novembro: R$ 6.580,00 - DSR sobre comisses no perodo de janeiro a novembro: R$ 1.218,00 Clculo: Comisses: Mdia das comisses: R$ 6.580,00 : 11 = R$ 598,18 DSR Sobre Comisses Mdia do DSR sobre comisses: R$ 1.218,00 : 11 = R$ 110,73 R$ 800,00 + R$ 598,18 + R$ 110,73 = R$ 1.508,91 R$ 1.508,91 R$ 727,60 = 2 Parcela do 13 Salrio: R$ 781,31 Nota: descontar o INSS e o IRF, se houver. Horas Extras Empregado admitido em 03 de janeiro. Salrio fixo do ms de dezembro R$ 660,00, tendo realizado 170 horas extras no perodo a 50% e 32 horas extras correspondentes ao DSR. Primeira parcela R$ 366,90. Pagamento da 2 parcela no dia 20 de dezembro. Horas extras realizadas no perodo de janeiro a novembro: 170 horas. DSR sobre horas extras no perodo de janeiro a novembro: 32 horas. Clculo: Horas Extras: Mdia das horas extras: 170 : 11 = 15,45 horas Valor da hora extra com 50% = R$ 3,00 (R$ 660,00 : 220) + 50% = R$ 4,50 Valor da mdia das horas extras: 15,45 horas x R$ 4,50 = R$ 69,53 DSR: Mdia do DSR sobre hora extra: 32 : 11 =