Manual Da Despesa PE

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Manual de Despesa

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCOSECRETARIA DA FAZENDADIRETORIA DE CONTROLE DO TESOURO ESTADUAL

Manual de Despesa

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Manual de Despesa

JARBAS VASCONCELOS JOS MENDONA BEZERRA FILHOVice - GOVERNADOR DO ESTADO

GOVERNADOR DO ESTADO

SECRETARIA DA FAZENDASECRETRIO

JORGE JATOBSECRETRIO ADJUNTO

RICARDO GUIMARESDIRETOR DE ORAMENTO DO ESTADO

SILVIO JOS DE OLIVEIRA LINS

DIRETOR DE CONTROLE DO TESOURO ESTADUAL

MARIA JOS BRIANO GOMESCONTADOR GERAL DO ESTADO

MARIVNIA MONTEIRO ALVES DA SILVA

EQUIPE TCNICA Maria Jos Briano Gomes Marivnia Monteiro Alves da Silva Eduardo Jorge Simes Barbosa Mrcia Menezes Cardim Brito Andrea Campos Gouveia Mariano Henry Laercio Gomes Cavalcanti Ktia Maria Nogueira da Silva Maria de Ftima Tobias de Almeida e Silva Senise Figueirdo Santos de Moraes

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Manual de Despesa

Sumrio

I II

Consideraes sobre Receita e Despesa Pblicas..........pag 09 Classificao da Despesa Oramentria..............................pag 091 2 3 4 Institucional ................................................... ..........................pag Natureza.................................................................................. pag Fonte de Recursos ......................................... .........................pag Funcional - Programtica................................ .........................pag 09 10 10 11

III

Estgios da Realizao da Despesa.....................................pag 121 Empenho ........................................................ .........................pag 12 2 Liqidao .............................................. .................................pag 13 3 Pagamento ..................................................... .........................pag 14

IV

Empenho: modalidades.........................................................pag 151 Empenho Ordinrio.................................... ...............................pag 15 2 Empenho Estimativo................................. ................................pag 15 3 Empenho Global....................................... ................................pag 15

V

Exerccio Financeiro e Regime Contbil................................pag 151 Exerccio Financeiro .................................. ...............................pag 15 2 Regime Contbil ....................................... ................................pag 16

VI VII VIII

Restos a Pagar......................................................................pag 16 Despesas de Exerccios Anteriores.......................................pag 16 Regime de Execuo das Despesas...................................pag 171 Despesa Normal .......................................... ............................pag 17 2 Proviso de Crdito Oramentrio ........... ................................pag 173

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3 4 5 6

Suprimento Individual..................................... ..........................pag Subvenes ................................................... ..........................pag Auxlios ................................................... .................................pag Suprimento de Fundo Institucional.............................................pag

18 19 19 19

IX

Prestao de Contas............................................................. pag 201 Definio....................................................................................pag 20 2 Apresentao e Formalidades .................................................. pag 21

X

Prazo para Entrega dos Processos de Prestao de Contas...............pag 221 Forma Geral de Contagem de Prazo.........................................pag 2 Prazo para cada Regime de Execuo de Despesa................pag 2.1 Na Despesa Normal ........................................................pag 2.2 Na Proviso de Crdito Oramentrio................................pag 2.3 No Suprimento Individual..................................................pag 2.4 Nas Subvenes e Auxlios ..............................................pag 2.5 No Suprimento de Fundo Institucional ...... ........................pag 22 22 22 22 22 24 24

XI

Composio dos Processos de Prestao de Contas........pag 251 2 3 4 Na Despesa Normal ....................................... ........................ pag Na Proviso de Crdito Oramentrio...................................... pag No Suprimento Individual...........................................................pag Nas Subvenes Sociais........ ............... ...................................pag 4.1 Na Prestao de Contas da Secretaria Concedente .............pag 4.2 Na Prestao de Contas da Entidade Subvencionada...........pag 5 Nos Auxlios.............................................................................. pag 5.1 Na Prestao de Contas da Secretaria Concedente ...............pag 5.2 Na Prestao de Contas da Entidade Beneficiria... .............pag 6 No Suprimento de Fundo Institucional....................................... pag 25 29 30 31 31 31 32 32 33 33

XII

Tpicos da Legislao Utilizada na Anlise da Despesas... pag 341 Licitao ......................................................... ........................ pag 1.1 Dos Princpios........................................................................pag 1.2 Das Modalidades....................................................................pag 1.3 Da Dispensa...........................................................................pag 1.4 Da Inexigibilidade...................................................................pag 1.5 Das Modalidades e Valores Estimados da Contratao........pag 1.6 Limites de Dispensa de Licitao...........................................pag 2 Contrato................................................................................... pag 34 35 35 36 38 39 39 404

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3.7 Da Base de Clculo e Alquota (para o municpio do Recife)..............pag 3.8 Da Taxa de Servios para Recolhimento do ISS..................pag 3.9 Das Penalidades..................................................................pag 3.10 Consideraes Finais.............................................................pag 4 INSS Sobre Servios Prestados por Pessoa Fsica............. pag 4.1 Do Fato Gerador da Contribuio.........................................pag 4.2 Da Base de Clculo e da Alquota.........................................pag 4.3 Da Competncia.....................................................................pag 4.4 Do Prazo de Recolhimento...................................................pag 4.5 Das Multas...........................................................................pag 4.6 Do Empenho e Liqidao da Contribuio para o INSS.......pag 4.6.1 Nos Suprimentos Individuais e Institucionais e na Proviso de Crdito Oramentrio.....pag 4.6.2 Nas Despesas Normais.........................................pag 5 NSS Sobre Servios Executados Mediante Sesso

3 Imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza - ISS................ pag 3.1 Do Fato Gerador....................................................................pag 3.2 Da Incidncia.........................................................................pag 3.3 Da No Incidncia..................................................................pag 3.4 Da Iseno.............................................................................pag 3.5 Do Contribuinte e do Responsvel.........................................pag 3.6 Do Local da Prestao de Servio.........................................pag

41 41 44 44 45 45 46 47 48 48 49 49 49 50 51 52 53 53 53 54 54 54 54 55 55 55 55 55 56 57 58 59

de Mo-de-Obra.............pag 5.1 Do Fato Gerador da Contribuio.........................................pag 5.2 Da Base de Clculo e da Alquota.........................................pag 5.3 Da Competncia.....................................................................pag 5.4 Do Prazo de Recolhimento...................................................pag 5.5 Da Reteno e Recolhimento da Contribuio......................pag 6 Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF............................... pag 6.1 Fato Gerador.......................................................................pag 6.2 Base de Clculo.....................................................................pag 6.3 Clculo do Imposto.................................................................pag 6.4 Casos de No-Incidncia ou Iseno...................................pag 6.5 Prazo de Recolhimento..........................................................pag

6.6 Procedimentos para Reteno e Recolhimento do IR na Fonte..............pag 59 6.6.1 Nos Suprimentos Individuais e Institucionais e nas Provises..........................................pag 59 6.6.2 Nas Despesas Normais.........................................pag 59

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Despesas que Merecem Destaque...................................... pag 601 Despesas com Publicidade....................... ............................... pag 2 Contratao de Pessoal Temporrio ....... ................................pag 3 Dirias do Pessoal Civil ............................................................pag 3.1 Requisitos para a Concesso de Diria...............................pag 3.2 Modalidades de Dirias..........................................................pag 3.3 Hipteses de no Concesso de Dirias.................................pag 60 60 62 62 63 63

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4 5 6 7

64 64 65 65 65 Dirias do Pessoal Militar ........................... .............................pag 66 Passagem................................................................................. pag 67 Txi................................................................ ..........................pag 67 Bolsa de Capacitao.............................. ................................pag 68 7.1 Da Remunerao de Capacitadores...................................pag 68 7.2 Dos Tipos de Bolsa de Capacitao......................................pag 683.4 3.5 3.6 3.7 3.8

Formas de Processamento das Despesas............................pag Autorizao para Viagem.......................................................pag Valor das Dirias.....................................................................pag Clculo de Dirias.................................................................pag Outras Disposies...............................................................pag

XIV

Anlise de Prestao de Contas: aspectos a examinar.....pag 701 Em Qualquer Regime de Despesa............................................ pag 70 1.1 No Empenho.........................................................................pag 70 1.2 Na Liqidao.........................................................................pag 71 1.3 No Pagamento......................................................................pag 72 1.4 Nos Comprovantes de Despesas..........................................pag 72 2 Na Despesa Normal ... ...............................................................pag 73 3 Na Proviso de Crdito Oramentrio........................................pag 74 4 No Suprimento Individual.......................... ................................pag 74 5 Nas Subvenes Sociais ............................ ..............................pag 75 6 Nos Auxlios............................................... ...............................pag 75 7 No Suprimento de Fundo Institucional........................................pag 76

QUADROS.........................................................................................pag 77Quadro 1 Fluxograma de Execuo da Despesa e Prestao de Contas.....pag 77 Quadro 2 Relao de Pagamentos - Servios Prestados por Pessoa Fsica (Despesa Normal) .............................................pag 78 Quadro 3 Relao de Pagamentos - Servios Prestados por Pessoa Fsica...........................................................................pag 79 Quadro 4 Modelo de Recibo para Despesa com Txi.....................................pag 80 Quadro 5 Ofcio de Encaminhamento de Prestao de Conta............................................................. ...........................pag 816

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Quadro 6 Demonstrativo de Aplicao de Subvenes e Auxlios.................... .................................... ...............................pag 82 Quadro 7 Modalidade de Licitao para Valor de Contratao.......................pag 83 Quadro 8 Escala de Salrios-Base e de Contribuio para o INSS.......................................................... .........................pag 84 Quadro 9 Imposto de Renda - Tabela Progressiva Mensal . .........................pag 85 Quadro 10 Imposto de Renda - Hipteses de Incidncia, Base de Clculo e Alquotas ............................. ..........................pag 86 Quadro 11.1 Tabela nica de Dirias para o Territrio Nacional........................pag 87(vigncia: at 23 de maro de 1999)

Quadro 11.2 Tabela nica de Dirias para o Territrio Nacional........................pag 88(de 24 de maro de 1999 a 16 de agosto de 1999)

Quadro 11.3 Tabela nica de Dirias para o Territrio Nacional........................pag 89(desde 17 de agosto de 1999)

Quadro 12 Tabela de Dirias para Servidores Militares...................................pag 90 Quadro 13 Base Legal para Enquadramento da Despesa .............................pag 91 Quadro 14.1

UFEPE 1993....................................................... .........................pag 92

Quadro 14.2

UFEPE 1994....................................................... .........................pag 93

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Quadro 14.3

UFEPE 1995....................................................... ..........................pag 94

Quadro 15.1

UFIR 1996.......................................................... ..........................pag 95

Quadro 15.2 Tabela de UFIR 1997 a 1999 ............................. ..........................pag 96 Quadro 16 Consultas ao SIAFEM........................................... ..........................pag 97

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I - CONSIDERAES SOBRE RECEITA E DESPESA PBLICASConsidera-se Receita Pblica todo recurso recebido pelo Estado. Considera-se Despesa Pblica todo recurso pago pelo Estado. As Receitas e Despesas Pblicas desdobram-se em:

Oramentrias; e Extra-oramentrias

As Receitas Oramentrias so os recebimentos previstos na legislao oramentria, pertencem ao Estado e destinam-se a atender s Despesas Oramentrias autorizadas (Lei Oramentria e Crditos Adicionais). A Receita Oramentria pode ser classificada por fonte de recursos e pela classificao econmica estabelecida na Lei n 4.320/64. As Receitas e Despesas Extra-oramentrias so, respectivamente, os recebimentos e pagamentos de recursos: que no pertencem ao Estado, tais como caues, consignaes, vencimentos no

reclamados, depsitos de terceiros, etc;

ou que, pela sua natureza, no constituem receitas ou despesas oramentrias, tais

como operaes de crdito por Antecipao de Receita Oramentria (ARO) e Restos a Pagar.

II - CLASSIFICAO DA DESPESA ORAMENTRIAAs Despesas Oramentrias podem ser classificadas segundo vrios critrios, de acordo com a legislao pertinente, como veremos a seguir (Lei n 4.320/64 e Portarias da Secretaria de Oramento e Finanas - SOF, do Governo Federal). 1

Institucional

A despesa classificada por rgos e Unidades Oramentrias, o que permite observar se os projetos e atividades que lhe so atribudos se ajustam sua competncia legal e esto condizentes com a sua natureza jurdica e estrutura institucional e operacional. Adicionalmente, possibilita uma melhor viso da distribuio das verbas oramentrias. Exemplo rgo: 1000 GOVERNADORIA DO ESTADO Unidades Oramentrias: 11010 Gabinete do Governador 11020 Governadoria do Estado - Administrao Supervisionada 11030 Gabinete do Vice-Governador 11070 Assessoria Especial do Governador

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Natureza

A despesa classificada segundo as categorias econmicas e seus desdobramentos. A especificao da despesa quanto a sua natureza, adotada pelo Estado de Pernambuco, a estabelecida pela Portaria SOF- n 35, de 01/08/89, e alteraes posteriores, que conjuga tabelas de categorias econmicas, grupos de despesa, modalidades de aplicao e elementos de despesa. De acordo com esse critrio, a despesa identificada por um conjunto de seis dgitos, assim distribudos:Categoria econmica Grupo de despesa Modalidade de Aplicao Elemento

X.X.XX.XX Exemplo: A despesa referente compra de combustvel ser assim classificada: 3.4.90.30 , onde: 3 significa despesa corrente (categoria econmica); 4, outras despesas correntes (grupo de despesa); 90, aplicaes diretas (modalidade de aplicao); 30, material de consumo (elemento) As tabelas para classificao da despesa por categoria econmica, grupo de despesa, modalidade de aplicao, elemento e subelemento constam do manual Classificao da Despesa , periodicamente revisto e atualizado pela Secretaria da Fazenda de PernambucoSEFAZ/PE 3

Fonte de Recursos

A despesa classificada de acordo com a fonte de receita que a financia, ou seja a origem dos recursos. Entre as diversas fontes utilizadas, destacam-se as seguintes: 000 Recursos do Tesouro;ADMINISTRAO DIRETA 010 Recursos Ordinrios: recursos do Tesouro Estadual, compreendendo receitas internas do Estado, transferncias federais de origem tributria e outras no includas nas demais fontes; 020 Recursos de Convnios a Fundo Perdido: decorrentes de convnios a fundo perdido, celebrados pelo Estado com outras entidades de direito pblico ou privado, sem contraprestao de bens ou servios; 030 Recursos de Operaes de Crdito: decorrentes de emprstimos internos ou externos celebrados pelo Estado com outras entidades direito pblico ou privado;

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040 Recursos Diretamente Arrecadados (RDA): originrios de arrecadao de rgos estaduais e que retornam s entidades arrecadadoras para aplicao em seus programas de trabalho (taxas, aluguis, receitas de servio, dividendos, etc.); 050 Recursos do Salrio Educao transferncias da Unio, decorrentes da parte que cabe ao Estado nas contribuies do Salrio-Educao; 060 Recursos de Compensaes Financeiras decorrentes de compensaes financeiras pagas pelas concessionrias ao Estado, pela utilizao de recursos hdricos, explorao de recursos minerais e extrao de leo bruto, xisto betuminoso e gs. ADMINISTRAO SUPERVISIONADA (Transferncias recebidas por Autarquias, Sociedades de Economia Mista, Empresas Pblicas, rgos Autonmos, Fundos e Fundaes institudas pelo Poder Pblico) : Idem, a mesma classificao da Administrao Direta.

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Funcional - Programtica

A despesa classificada por Funo, Programa, Subprograma e Projeto ou Atividade, obedecendo seguinte estrutura de codificao:

Funo Programa Subprograma Projeto/Atividade

XX.XXX.XXXX.XXXXonde, Funo representa o maior nvel de agregao das aes do Governo; Programa o desdobramento da funo, pelo qual se estabelecem produtos finais que concorrem para a soluo dos problemas da sociedade; Subprograma representa os objetivos parciais, identificveis dentro de um programa; e Projeto/atividade so a materializao dos objetivos dos programas e subprogramas.

Exemplo: Na classificao Funcional-Programtica definida por 01.002.0021.1205, 01 representa a Funo Legislativa; 002, o Programa Fiscalizao Financeira e Oramentria Externa; 0021, o Subprograma Controle Externo; e 1205, o Projeto Construo e Melhoria das Instalaes do rgo Essa classificao, no entanto, ser alterada j a partir do ano 2000 nos oramentos da Unio, dos Estados e do Distrito Federal, conforme estabelece a Portaria n 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Oramento e Gesto.

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A nova classificao ter a seguinte estrutura:Funo Subfuno Programa

Projeto/Atividade/ Operaes Especiais

XX.XXX.XXXX.XXXX

Art. 1 As funes a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964, discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alteraes posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. ................................... 1 Como funo, deve entender-se o maior nvel de agregao das diversas reas de despesa que competem ao setor pblico. ................................... 3 A subfuno representa uma partio da funo, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor pblico. .................................. Art. 2 Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: a) Programa, o instrumento de organizao da ao governamental visando concretizao dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; b) Projeto, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaes, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expanso ou o aperfeioamento da ao de governo; c) Atividade, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta um produto necessrio manuteno da ao de governo; d) Operaes Especiais, as despesas que no contribuem para a manuteno das aes de governo, das quais no resulta um produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou servios. (Portaria N 42, de 14 de abril de 1999)

III - ESTGIOS DA REALIZAO DA DESPESAA Despesa Pblica Oramentria passa por trs estgios: 1

Empenho

O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. (Lei n 4.320/64, art. 58) vedada a realizao de despesa sem prvio empenho ou acima do limite dos crditos oramentrios concedidos (Lei n 7.741, art. 142). O Empenho ser formalizado por meio da emisso de um documento denominado Nota de Empenho (NE), onde so especificados, entre outros, os seguintes campos: data de emisso, nmero da NE no SIAFEM e cdigo do evento; identificao da Unidade Gestora emitente;12

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nome, CGC ou CPF, e endereo do credor; programa de trabalho, natureza da despesa, fonte dos recursos e valor da despesa; modalidade de Empenho; modalidade de Licitao, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referncia legal,

nmero do processo e especificao;

NE de referncia, no caso de reforo ou anulao; cronograma de desembolso; especificao do objeto da despesa, quantidade e preos unitrios e total; tipo de Empenho; assinatura do servidor responsvel pela emisso da NE; assinatura do Ordenador de Despesa/preposto; assinatura do responsvel pelo atestado de recebimento do material/prestao do

servio.

Evento o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento de telas e/ou documentos de entrada no SIAFEM, para transformar atos e fatos administrativos rotineiros em registros contbeis automticos. O cdigo do Evento composto de seis algarismos, assim estruturados: XX.X.XXX , onde: os dois primeiros algarismos identificam a Classe, ou seja, o conjunto de Eventos de uma mesma natureza de registro (exemplo: os Eventos da Classe 40 registram a emisso de Empenhos; os da Classe 51, a apropriao da despesa no estgio da Liquidao; os da Classe 52, as obrigaes e retenes para pagamento posterior; e os da Classe 53, a liquidao dessas obrigaes com o respectivo pagamento); o terceiro algarismo identifica o Tipo de Utilizao do Evento (exemplo: 0 quando utilizado diretamente pelo Gestor; 1, quando se tratar de Evento interno do prprio SIAFEM, tambm chamado Evento de mquina; e 5, para estorno de Evento do Gestor); e os trs ltimos algarismos indicam a numerao seqencial dos Eventos. Exemplos: 52.0.214 - Evento utilizado pelo Gestor para o registro de obrigaes com Fornecedores ; 52.0.314 Idem, para a liquidao (pagamento) de obrigaes com Fornecedores.

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Liquidao

A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor, tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito, com o fim de apurar: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; II - a importncia exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. (Lei n 7.741/78, art. 146) A liquidao da despesa ter por base: I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes de entrega do material ou da prestao efetiva do servio, que sero apresentados no original. (Lei n 7.741/78, art. 147) No SIAFEM, a Liquidao formalizada por meio de Nota de Lanamento (NL), com o Evento tipo 51.0.XXX. Neste procedimento, a despesa classificada at o nvel de subelemento, ou seja, com a seguinte estrutura de codificao: X.X.XX.XX.XX , onde:13

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O primeiro algarismo indica a Categoria Econmica; O segundo indica o Grupo de Despesa; O terceiro e o quarto indicam a Modalidade de Aplicao; O quinto e o sexto indicam o Elemento; e O stimo e o oitavo indicam o Subelemento. O Ordenador da Despesa aprovar a Liquidao assinando a Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, aps ter visado os documentos comprobatrios da despesa. 3

Pagamento

Consiste na quitao do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a obrigao. Antes de sua efetivao, faz-se necessria a ordem de pagamento (PAGUE-SE) dada pelo Ordenador. Nos pagamentos efetuados por meio de processamento eletrnico, a autorizao para o pagamento (PAGUE-SE) formalizada pela assinatura do Ordenador da Despesa no campo Autorizao de Pagamento do documento obtido por meio da transao IMPLIQOB, antes de sua autorizao na Relao de Ordens Bancrias Externas (RE), a ser remetida ao banco. Os pagamentos realizados pelas Unidades Gestoras (UG) por meio de Ordem Bancria emitida por processamento eletrnico podem ser efetuados nas seguintes modalidades: Ordem Bancria de Pagamento (OBP) - destinada a pagamentos ao portador, nas

seguintes hipteses: para pagamentos at R$ 600,00 (seiscentos reais), podendo ser acatada pelo BANDEPE a partir da data de sua emisso; para pagamento at o limite de 20.000 (vinte mil) UFIRs, devendo ser acatada pelo BANDEPE a partir de 24 (vinte e quatro) horas aps a data de sua emisso; excepcionalmente, para pagamentos acima de 20.000 (vinte mil) UFIRs, desde que seja autorizada pelo Diretor de Controle do Tesouro Estadual (DCTE), ou pelo Diretor Executivo de Administrao Financeira do Estado - DAFE, devendo ser acatada pelo BANDEPE a partir da data de sua emisso (Portaria SF n 241/96).

Em qualquer caso, a validade da OBP de 15 (quinze) dias a contar da data de sua emisso. Findo esse prazo, ser cancelada automaticamente. Ordem Bancria de Crdito (OBC) - emitida para pagamentos a credores que so

correntistas do banco onde o Estado centraliza a movimentao financeira dos seus recursos (atualmente, o BANDEPE). Quando o credor no tem conta corrente no BANDEPE, ou prefere receber seu pagamento em outro banco, o BANDEPE transfere o valor da OBC para o banco e agncia por ele indicados, deduzindo do total o valor correspondente prestao do servio bancrio.

Ordem Bancria de Banco ( OBB) - utilizada nos casos em que h necessidade de

autenticao mecnica no extrato de pagamento da despesa, como acontece com a quitao das contas de gua, luz e telefone.

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IV - EMPENHO: modalidadesDe acordo com as caractersticas da despesa, so definidas trs modalidades de Empenho: 1

Empenho Ordinrio

Destinado a despesa cujo valor se conhece e que ser pago em uma nica parcela. Exemplo: Aquisio de um bebedouro, pago em uma nica vez 2

Empenho Estimativo

utilizado nos casos em que no possvel a determinao prvia do valor exato da despesa, podendo o pagamento ser efetuado em uma nica vez, ou parceladamente. Por essa razo, estima-se um valor e se estabelece um cronograma de pagamento. Exemplo: pagamento de contas de energia eltrica, gua e telefone. A cada parcela do Empenho Estimativo a ser paga, acontece uma transao de Liquidao Parcial desse Empenho e a emisso de uma Ordem de Pagamento. Constatada a insuficincia do valor estimado para atender despesa empenhada, admite-se a sua complementao mediante o reforo do Empenho. Trata-se de um novo Empenho cujo valor acrescentado ao valor do Empenho Estimativo. Convm ressaltar que, como em qualquer caso de reforo de Empenho, obrigatria a existncia de saldo no Empenho a ser reforado. 3

Empenho Global

Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante de pagamento previamente conhecido. Exemplo: Despesa com locao de imvel

V - EXERCCIO FINANCEIRO E REGIME CONTBIL

1 Exerccio Financeiro o perodo durante o qual ser executado o oramento pblico, ou seja, o perodo em que sero arrecadadas as receitas previstas e despendidos os recursos fixados no oramento. Conforme estabelece o art. 34 da Lei n 4.320/64, o Exerccio Financeiro coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1 de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro.

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2 Regime Contbil O registro das receitas obedecer ao regime de caixa, sendo consideradas pertencentes ao exerccio as receitas nele arrecadadas (Lei n 7.741/78, art. 39, 1). O registro das despesas obedecer ao regime de competncia, sendo consideradas pertencentes ao exerccio as despesas nele legalmente empenhadas(Lei n 7.741/78, art. 39, 2).

VI - RESTOS A PAGARConsideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas no pagas at 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das no processadas. 1 Entende-se por despesas processadas as que tenham sido liquidadas at 31 de dezembro. 2 As despesas processadas geram aos credores o direito lquido e certo ao recebimento; as despesas no processadas no geram tal direito enquanto no liquidadas. 3 As despesas empenhadas que corram a conta de crditos adicionais, com vigncia plurianual e que no tenham sido liquidadas, s sero computadas como Restos a Pagar no ltimo ano da vigncia do crdito. ................................. (Lei n 7.741/78, art. 41).

VII - DESPESAS DE EXERCCIOS ANTERIORESPodero ser pagas por dotao para Despesas de Exerccios Anteriores, constantes dos Quadros discriminativos de despesas das unidades oramentrias, as dvidas de exerccios encerrados, devidamente reconhecidas pela autoridade competente. 1 As dvidas de que trata este artigo compreendem as seguintes categorias: I - despesas de exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo consignava crdito prprio, com saldo suficiente para atend-los, que no se tenham processado na poca prpria; II - despesas de Restos a Pagar com prescrio interrompida, desde que o crdito tenha se convertido em renda; e III - compromissos reconhecidos pela autoridade competente, ainda que no tenha sido prevista a dotao oramentria prpria, ou no tenha esta deixado saldo no exerccio respectivo, mas que pudessem ser atendidos em face da legislao vigente. 2 So competentes para reconhecer as dvidas de Exerccios Anteriores os titulares das Unidades Oramentrias, exceto as compreendidas no inciso III do 1 deste artigo, que devero ser reconhecidas pelo Secretrio de Estado a que estiver vinculada a Unidade Oramentria. (Lei n 7.741/78, art. 42)

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VIII - REGIME DE EXECUO DAS DESPESAS

1

Despesa Normal

aquela em que a prpria Unidade Oramentria realiza todas as etapas do seu processamento. 2

Proviso de Crdito Oramentrio

Art. 137. Em casos excepcionais, devidamente justificados pelo titular da unidade oramentria, poder ser provisionado crdito oramentrio para uma unidade administrativa que lhe seja subordinada. 1 Considera-se proviso de crdito oramentrio a transferncia do poder de disposio do crdito, a uma unidade administrativa pela unidade oramentria. 2 A justificativa prevista no "caput" deste artigo ser feita perante a Secretaria da Fazenda. 3 O titular da unidade oramentria que provisionar crdito oramentrio ser responsvel pelo controle de sua efetiva aplicao pela unidade administrativa. (Lei n 7.741) O Regime de Proviso de Crdito Oramentrio regulamentado pelo Decreto n 20.416, de 25.03.98, e depende de autorizao prvia do Secretrio da Fazenda, em portaria publicada no Dirio Oficial do Estado. Cada Proviso efetuar-se- mediante uma Nota de Empenho/SIAFEM, tendo por credora a Unidade Administrativa beneficiada. Para cada despesa efetuada conta da Proviso de Crdito Oramentrio ser emitida uma Nota de Empenho - Modelo Especial, em 3 (trs) vias, que tero a seguinte destinao:

1 via Credor; 2 via Unidade Administrativa; e 3 via Prestao de Contas.

O Repasse Financeiro efetuado por meio de OBC, em conta especfica, aberta em nome da Unidade Administrativa na instituio financeira depositria das disponibilidades de caixa do Estado, nos termos da legislao pertinente. O pagamento de despesas pelo regime de Repasse Financeiro dever ser efetuado por meio de cheque nominativo contra a conta bancria da Unidade Administrativa provisionada. A emisso do cheque ser efetuada com duas cpias: uma cpia ficar arquivada na Unidade Administrativa, enquanto a outra ser destinada Prestao de Contas. Observado o disposto no artigo 142, da Lei n 7.741, vedado unidade administrativa o comprometimento de qualquer despesa antes de efetuado o crdito bancrio referente proviso de crdito oramentrio. (Decreto n 20.416, art. 14) Quando a Unidade Administrativa provisionada no utilizar a totalidade dos recursos, o saldo remanescente dever ser recolhido por meio de Guia de Recebimento (GR). Os recolhimentos realizados no mesmo exerccio financeiro da concesso da Proviso devero ser efetuados na conta "C" da Unidade concedente, que providenciar a

17

Manual de Despesa

correspondente anulao do Empenho. Os recolhimentos realizados no exerccio seguinte devero ser efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE da Secretaria da Fazenda. As despesas realizadas com recursos oriundos de Proviso de Crdito Oramentrio esto subordinadas s exigncias da Lei de Licitaes e Contratos (Lei n 8.666/93 e alteraes) e passaro pelos estgios de Empenho, Liquidao e Pagamento. 3

Suprimento Individual

Consiste na entrega de numerrio a servidor, sempre precedida de Empenho na dotao oramentria prpria, a fim de realizar despesas que no possam se subordinar ao processo normal de execuo (Lei n 7.741/78, art. 157). So despesas especialmente processveis pelo regime de Suprimento Individual: despesas extraordinrias decorrentes de casos de calamidade pblica ou estado de

emergncia, dependendo de autorizao do Governador do Estado;

despesas urgentes no compreendidas no item anterior, mas que, pela sua natureza, so consideradas inadiveis, dependentes tambm de autorizao do Governador do Estado; unidade, sem limite de valor;

despesas de custeio que tenham de ser efetuadas em local distante da Sede da despesas de custeio realizadas na Sede, no superiores a 1.800 (hum mil e

oitocentas) UFIRs para a Secretaria da Educao, e no superiores a 600 (seiscentas) UFIRs para as demais Secretarias.

Entende-se como Sede a Regio Metropolitana do Recife composta pelos municpios de Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma, Itamarac, Camaragibe, So Loureno da Mata, Moreno, Jaboato dos Guararapes, Ipojuca e Cabo;

despesas

com diligncias policiais ou decorrentes da necessidade de restabelecimento da ordem pblica (Lei n 7.741/78, art. 159 e incisos, alterada pelas Leis n 10.664/91 e 11.231/95).

As despesas de custeio de pronto pagamento no superiores a 40 (quarenta) UFIRs esto dispensadas da apresentao de comprovantes, necessitando apenas serem relacionadas na Demonstrao da Aplicao (contracapa do processo de Prestao de Contas); No ser concedido Suprimento Individual: a servidor que esteja com dois processos de Suprimento pendentes de Prestao de

Contas; a servidor que esteja com processo em exigncia na CGE ou em fase de julgamento no Tribunal de Contas do Estado (TCE); Suprimento Individual, ainda no tiver dado a entrada de sua Prestao de Contas na CGE. Nesse caso, mesmo que o servidor faa posteriormente a Prestao de Contas, ficar impedido de receber novo Suprimento pelo prazo de 5 (cinco) anos; incisos I e II);

a servidor que, decorridos 90 (noventa) dias a contar da data do recebimento de

para despesas cuja Licitao no possa ser dispensada (Lei n 7.741/78, art. 161,

18

Manual de Despesa

com recursos repassados por meio de Proviso de Crdito Oramentrio,

ressalvados os casos excepcionais justificados e autorizados Portaria do Secretrio da Fazenda. (Decreto n 20.416/98, art. 7)

em

O Suprimento feito para determinado elemento de despesa no poder ser aplicado em outro elemento (Lei n 7.741, art. 158).

4

Subvenes

So transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: Subvenes Sociais - so as que se destinam a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa (Lei n 7.741/78, art.122, 3, inciso I). Subvenes Econmicas so as que se destinam a empresas pblicas ou privadas,

de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril (Lei n 7.741/78, Art.122, 3, inciso II).

5

Auxlios

So transferncias derivadas diretamente da Lei de Oramento, destinadas a atender a realizao de despesas de capital de Entidades sem fins lucrativos (Lei n 4.320/64, art. 12, 6). 6

Suprimento de Fundo Institucional

So recursos que as escolas da rede pblica estadual esto autorizadas a receber da Unio, do Tesouro Estadual e de doaes, para aplicao em atividades de manuteno e desenvolvimento escolar, definidas em plano especfico, aprovado pelo respectivo Conselho Escolar (Lei n 11.466/97,arts. 1 e 2). So consideradas atividades de manuteno e desenvolvimento escolar: aquisio, manuteno e conservao de instalaes, equipamentos e outros

materiais permanentes, necessrios atividade escolar;

a aquisio de material didtico-escolar, de limpeza e de ensino, voltado ao

atendimento da atividade escolar;

o uso de servios e manuteno de bens vinculados educao; o aperfeioamento do pessoal docente e dos demais profissionais da educao; a aquisio de alimentos destinados, exclusivamente, aos alunos do ensino

fundamental (Decreto n 20.246/97, art.1, 1, incisos I a V).

Por ocasio do recebimento de recursos federais, sero observados os procedimentos obrigatrios estabelecidos pela Unio, em especial no que concerne ao repasse direto de verbas s Unidades Estaduais de Ensino. (Lei n 11.466/97, art. 3). Diz a Lei n 11.466/97:

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Manual de Despesa

"Art. 4 Os recursos do Tesouro Estadual sero repassados diretamente s escolas, mediante suprimento de fundos institucional e proviso de crdito oramentrio, nos termos do art. 137 e seguintes da Lei n 7.741/78, de 02 de outubro de 1978. 1 Para os fins desta Lei, considera-se suprimento de fundos institucional a transferncia de numerrio unidade de ensino, sempre precedida de empenho na dotao prpria, submetido a regime especial de execuo de despesa e de prestao de contas, a ser regulamentado atravs de Decreto; 2 Os recursos referidos neste artigo devero ser necessariamente depositados e movimentados em conta especfica aberta em nome da unidade de ensino, observado o disposto no art. 64 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio do Estado de Pernambuco. ....................................... Art. 6 Na execuo das despesas decorrentes da aplicao dos recursos de que trata a presente Lei, cada unidade de ensino observar as normas de licitao. Pargrafo nico No ser considerado, para definio de fracionamento de despesa de que trata a Lei n 8.666/93, a aquisio de bens ou contratao de obras e servios da mesma natureza e num mesmo perodo por mais de uma unidade de ensino." Ainda sobre Suprimento Institucional, deve-se ressaltar: as despesas realizadas com cada suprimento no podero ultrapassar o percentual

de 5% (cinco por cento) do limite mximo fixado na legislao especfica para realizao de Licitao na modalidade Convite, nas hipteses de compras e servios que no os de engenharia, para cada item de despesa da mesma natureza (Decreto n 20.246/97, art. 3, 1); responsabilidade por todos os atos relativos execuo das despesas e Prestao de Contas dos recursos recebidos (Decreto n 20.246/97, art. 7); Ensino que estiver com prestao de contas em atraso, conforme artigo 8 do Decreto n 20.246/97.

o titular da Unidade de Ensino ser o Ordenador de Despesa, cabendo-lhe a

vedada a concesso de novo Suprimento de Fundo Institucional Unidade de

IX - PRESTAO DE CONTAS

1

Definio

De acordo com o Cdigo de Administrao Financeira do Estado de Pernambuco (Lei n 7.741/78, art. 207), entende-se por Prestao de Contas o demonstrativo da aplicao de recursos organizado pelo prprio responsvel ou Entidade beneficiria, acompanhado dos documentos comprobatrios. O processo de Prestao de Contas ser constitudo do conjunto desses documentos comprobatrios organizados em pasta, onde esto dispostos os Empenhos das despesas realizadas, acompanhados de toda a documentao exigida para a sua comprovao (Notas Fiscais, Recibos, Guias de Recolhimentos de Impostos, Relaes de Beneficirios de Dirias, etc).

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Manual de Despesa

A Prestao de Contas dever ser efetuada: pelos responsveis por regime especial de Suprimento Individual; pelos Diretores das Unidades de Ensino beneficiadas, no caso de Suprimento de

Fundo Institucional;

pelas entidades favorecidas, nos casos de Subvenes e Auxlios; pelos Ordenadores, nos casos de processamento normal da despesa (Lei n

7.741/78, art. 207, 1, incisos I, II e IV, e Lei n 11.466/97, art. 7).

2 Apresentao e Formalidades Os processos de Prestao de Contas so formalmente entregues CGE mediante recibo. Aps registro no SIAFEM - Mdulo de Prestao de Contas, cada processo recebe um nmero de recibo, que ser anotado na capa e ir identific-lo durante todo o trmite no sistema. As folhas do processo devero ser numeradas, com os documentos dispostos na seguinte ordem: ofcio de remessa DCTE-CGE devidamente numerado, datado e assinado; Demonstrao da Aplicao dos recursos (contracapa) devidamente preenchida,

datada e assinada, nos casos de Suprimento Individual, Suprimento de Fundo Institucional e Proviso de Crdito Oramentrio;

folhas numeradas em ordem crescente; via da Nota de Empenho datada e assinada pelo responsvel pela emisso, pelo

Ordenador/preposto e pelo responsvel pelo "atesto" de recebimento do material ou execuo do servio. Nos casos de Empenho Estimativo e Empenho Global, a via da NE acompanhar a ltima parcela dos pagamentos, anexando-se cpia s demais;

Nota de Liquidao (IMPLIQNL) assinada pelo Ordenador; documento obtido por meio da transao IMPLIQOB, assinado pelo Ordenador

(Autorizao de Pagamento) e pelo credor no campo Recibo do Credor, quando o pagamento for efetuado por OBP;

Relao Externa (RE) autorizada, datada e visada, com as assinaturas do

Ordenador e do responsvel pelo pagamento, e com o carimbo de recepo do banco; requisitos:

documentos comprobatrios das despesas, que devero atender aos seguintes

serem originais e em primeira via; estarem com todos os seus campos corretamente preenchidos; serem legveis e sem rasuras; apresentarem a indicao do nmero da Nota de Liquidao; terem o atesto de recebimento do material ou da prestao dos servios, datado e assinado; estarem visados e datados pelo Ordenador de Despesa;21

Manual de Despesa

terem a anotao de pagamento efetuado (PAGO), datada e assinada; apresentarem autenticao bancria, nos casos de contas de gua, luz e telefone; e de DAM;DAE; GR; etc.

no caso de notas fiscais, atenderem s normas da legislao tributria federal, estadual oumunicipal, ou seja, terem validade fiscal;

no caso de recibos de pagamento pessoa fsica, apresentarem a data de pagamento, aassinatura do credor e a anotao do nmero do seu documento de identificao;

no caso de recibos de pagamento pessoa jurdica, serem emitidos em papel timbrado daempresa quando no tiverem o carimbo desta com o nome, endereo e CGC/MF,.

X - PRAZO PARA ENTREGA DA PRESTAO DE CONTAS

1 Forma Geral de Contagem de Prazo Os prazos so contnuos e na sua contagem exclui-se o primeiro dia (data do pagamento) e inclui-se o dia do vencimento. Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til subseqente, se o seu vencimento ocorrer em sbado, domingo, feriado, dia de ponto facultativo ou em qualquer dia em que no haja expediente normal na CGE ou na Unidade Administrativa do responsvel pela Prestao de Contas. 2 Prazo Para Cada Regime de Execuo de Despesas 2.1 Na Despesa Normal O prazo de 30 (trinta) dias aps a data do pagamento. 2.2 Na Proviso de Crdito Oramentrio O prazo de 60 (sessenta) dias aps a data da efetivao do Repasse Financeiro. 2.3 No Suprimento Individual O prazo para aplicao de Suprimento Individual e entrega da respectiva Prestao de Contas CGE de 60 (sessenta) dias contados a partir da data do pagamento. A inobservncia deste prazo sujeitar o suprido multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor do Suprimento, corrigida pela variao da UFIR a partir do 61 dia daquela data.Considera-se como data de pagamento: - no caso de OBC, a data do crdito na conta do suprido; e - no caso de OBP, a data do saque.

O Ordenador de Despesa ficar sujeito mesma penalidade se, at o primeiro dia til aps o 30 dia de atraso na entrega da Prestao de Contas, no comunicar o motivo CGE por meio de ofcio.

22

Manual de Despesa

O saldo no utilizado dever ser recolhido conta "C" da UG ou conta especfica do convnio. Caso o recolhimento ocorra no mesmo exerccio, dever ser feita a anulao de Empenho no valor correspondente ao valor devolvido. O valor devolvido dever ser corrigido pela UFIR, quando o recolhimento do saldo ocorrer aps o prazo hbil para a Prestao de Contas. O recolhimento de saldo de Suprimento no utilizado e de multa dever ser feito em Guias de Recebimento distintas. Uma guia ser destinada ao recolhimento do saldo e a outra correo do saldo e multa j corrigida. Exemplo (de acordo com a Lei 7.741/78, arts.163 a 170, alterada pela Lei n 10.664/91): Um Suprimento no valor de R$ 1.000,00, pago em 30/09/95, teve um saldo no aplicado no valor de R$ 100,00 e o Ordenador de Despesa no comunicou, por ofcio, o atraso CGE. Que valores devero ser recolhidos em 03.01.96 na Guia de Recebimento de saldo e na Guia de Recebimento da multa e correo do saldo? Informaes para o clculo: Data do pagamento: 30.09.95 Data limite para a entrega da Prestao de Contas CGE: 29.11.95 (60 dia); Data a partir da qual a multa dever ser corrigida: 30.11.95 (61 dia aps a data do pagamento); Valor da UFEPE em 30.11.95: 0,7315; Valor da UFIR em 03.01.96: 0,8287; No caso, sero penalizados com multa de 10% sobre o valor do Suprimento: o suprido, por inobservncia do prazo de entrega da Prestao de Contas; e o Ordenador de Despesa, por no ter comunicado o atraso CGE Clculo das multas: Valor no corrigido das multas do Responsvel e do Ordenador: 2 x 0,10 x R$ 1.000,00 = R$ 200,00. Correo do valor das multas: Converso de Reais em UFEPEs: R$ 200,00/0,7315 = R$ 273,4107 UFEPEs. Converso de UFEPEs em UFIRs: 273,4107 x 0,9199 =251,5105 UFIRs O valor corrigido das multas ser: 251,5105 x 0,8287 = R$ 208,42. Clculo da correo do saldo: Converso de Reais em UFEPEs (em 30.11.95): R$ 100,00/0,7315 = 136,70 UFEPEs Converso de UFEPEs em UFIRs (em 03.01.96): 136,70 x 0,9199 = 125,75 UFIRs O valor do saldo corrigido em 03.01.96: 125,75 x 0,8287 = R$ 104,20 Valor da correo do saldo: 104,20 - 100,00 = R$ 4,20 Resposta: o recolhimento dever ser efetuado por intermdio de duas Guias de Recebimento, uma correspondendo ao valor do saldo ( R$ 100,00) e a outra, ao valor da multa e da correo do saldo ( R$ 208,42 + R$ 4,20 = R$ 212,62 ).A correo de valores com base na variao da Unidade Fiscal do Estado de Pernambuco (UFEPE) foi utilizada no mbito da administrao pblica estadual at o final do exerccio de 1995. A partir de

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Manual de Despesa

1 de janeiro de 1996, em decorrncia da Lei n 11.320/95, a UFEPE foi substituda pela Unidade Fiscal de Referncia (UFIR), criada pela Lei Federal n 8.383/91. A Portaria SF n 008/96 estabeleceu: Os valores relativos a tributos, multas, juros e demais acrscimos legais expressos em UFEPEs sero convertidos em UFIRs multiplicando-se o quantitativo de UFEPEs pelo fator 0,9199, conforme abaixo: quantidade de UFEPEs x 0,9199 = quantidade de UFIRs

2.4 Nas Subvenes e Auxlios O prazo para a entrega da Prestao de Contas pela entidade beneficiria de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data do pagamento da Subveno ou Auxlio, no podendo contudo ultrapassar o 60 dia do exerccio financeiro subseqente, quando tiver sido concedido a partir do dia 2 de novembro. Caso a Entidade beneficiria no utilize totalmente os recursos neste prazo, dever efetuar o recolhimento do saldo no utilizado Secretaria concedente. Se o recolhimento ocorrer aps este prazo, dever ser acrescido ao valor do saldo a sua correo monetria, calculada pela variao da UFIR a partir do 121 dia. Para a Secretaria concedente, o prazo para Prestao de Contas de Subveno e Auxlio de 30 (trinta) dias a contar da data do pagamento (Lei n 7.741/78, art.164, 1, e Lei n 11.016/93). 2.5 No Suprimento de Fundo Institucional O prazo de 90 (noventa) dias, a contar do crdito dos recursos na conta especfica da Unidade de Ensino, vedada a concesso de novo Suprimento Unidade que no cumprir este prazo (Decreto n 20.246/97, Art. 8). Em relao aos saldos no aplicados do SFI, observar o que dispe o Decreto n 20.246/97, Art. 6, Pargrafo nico e incisos: " .......................................................... I na hiptese de anulao no mesmo exerccio financeiro em que foi concedido o suprimento, a unidade de ensino beneficiria dever recolher o valor do suprimento ou o saldo no utilizado, conforme o caso, na Conta tipo C da Unidade Gestora concedente, por meio de Guia de Recolhimento - GR. na hiptese de anulao aps o encerramento do exerccio financeiro em que foi concedido o suprimento, a unidade de ensino dever recolher o valor do suprimento ou o saldo no utilizado, conforme o caso, na Conta tipo C da Diretoria Executiva de Administrao Financeira DAFE, da Diretoria de Controle do Tesouro Estadual - DCTE, da Secretaria da Fazenda. Os recursos do Salrio de Educao/Quota Estadual recolhidos aps o encerramento do exerccio financeiro sero depositados na Conta C da Secretaria de Educao e Esportes. "

II

III

24

Manual de Despesa

XI - COMPOSIO DOS PROCESSOS DE PRESTAO DE CONTAS

1

Na Despesa Normal ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGE; via da NE, no caso de Empenho Ordinrio;

Quando se tratar de Empenho Global ou Estimativo, a via da NE s dever ser anexada Prestao de Contas da ltima parcela de pagamento, providenciando-se nas demais a anexao de cpia desse documento; via da NE de Anulao, no caso de anulao parcial ou total realizada no mesmo

exerccio;

GR dos depsitos efetuados na conta C da UG, ou guia de depsito em outro tipo

de conta, no caso de devoluo de saldo, de reembolsos ou pagamentos indevidos, referentes, por exemplo, a multas de trnsito, telefonemas interurbanos e internacionais no autorizados, ou que no tenham finalidade pblica, alm de servios no autorizados ou incompatveis com o servio pblico.

GR dos depsitos efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE da Secretaria da

Fazenda, ou guia de depsito em outro tipo de conta, quando o recolhimento do saldo de reembolsos ou de pagamentos indevidos ocorrer no exerccio seguinte; Ordenador de Despesa;

Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, assinada pelo documento obtido na transao IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de

Despesa, autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por OBP, o recibo de pagamento dever estar devidamente preenchido, datado e assinado; transferncia para banco diverso daquele em que o Estado centraliza seus pagamentos, anexar cpia do DOC e do recibo do valor cobrado pela transferncia desse valor; recebimento do material ou da prestao do servio, e a anotao de que a despesa foi paga;

cpia da RE, com carimbo de recepo bancria, data e visto. No caso de

primeira via das notas fiscais com a anotao do nmero da NL, o atesto do

recibos, faturas e outros documentos relativos prestao de servios executados

por pessoas fsicas ou pessoas jurdicas com imunidade tributria; gua e telefone;

documentos autenticados, quando pagos por OBB, como no caso das contas de luz, com relao ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre as despesas

realizadas, anexar hard copy da OB de transferncia do IRRF conta C da DAFE - DCTE da Secretaria da Fazenda ou documento obtido da transao IMPLIQOB, referente quela ordem bancria, para comprovao do recolhimento; responsabilidade, o recolhimento do valor devido por meio de DAE 10, com os acrscimos legais de multa, juros e correo monetria, anexando este documento quitado para comprovao;25

quando o IRRF no for retido, o Ordenador de Despesa far, sob sua

Manual de Despesa

quanto ao Imposto Sobre Servios (ISS) de pessoas fsicas que no esto inscritas

em cadastro municipal de contribuinte (no Recife, Cadastro Mercantil de Contribuinte - CMC), a reteno dever ser feita na Liquidao e o recolhimento efetuado por meio de Documento de Arrecadao Municipal (DAM), que dever ser anexado Prestao de Contas; UG dever anexar ao processo a cpia do documento de inscrio atualizado e quitado. Observar se a atividade que consta no documento de inscrio corresponde ao servio executado e se o imposto est sendo recolhido no municpio certo;

quando o prestador de servios for inscrito em cadastro municipal de contribuinte, a

com relao contribuio previdenciria (INSS sobre servios prestados por

pessoa fsica), deve-se observar o disposto no Ofcio Circular CGE n 61/96, estabelecendo que a contribuio ao INSS, quando devida, feita por meio de Empenho Estimativo especfico. Dever ser anexada ao processo, cpia da relao de servios prestados, conforme modelo do Quadro 2, juntamente com a cpia da respectiva Guia de Recolhimento da Previdncia Social (GRPS) quitada;

quando se tratar de servios executados mediante cesso de mo-de-obra

(vigilncia, limpeza, segurana) dever ser anexada ao processo cpia da GRPS devidamente quitada, em nome da empresa contratada;

hard copy do resultado da consulta CONREGSIT, ou autorizao especfica da

Diretoria Executiva da Receita Tributria (DRT) da Secretaria da Fazenda quando se tratar de contribuinte de ICMS do Estado de Pernambuco;

cpia de Contrato ou Convnio, ainda no cadastrado no Departamento de

Acompanhamento dos rgos Setoriais de Contabilidade (DEASC) da CGE. Os Contratos ou Convnios devero estar com o visto da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Vale ressaltar que o cadastramento de Contratos no DEASC somente exigido nos casos de despesas com prestao de servios ou fornecimentos parcelados, cujo valor global se enquadre na modalidade de licitao Tomada de Preos ou Concorrncia. Todos os Convnios e Contratos de Aluguel, independentemente de valor, devem ser cadastrados; no caso de viagens e dirias, anexar folha de Solicitao de Dirias e, conforme o

caso, cpia da Portaria ou do Ato de autorizao da viagem;

relao de pagamento de estagirios ( FUNDAC, IEL, CIEE, etc); procurao do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros; quando se tratar de Subveno Social ou Auxlio, ofcio da Entidade beneficiria

solicitando os recursos;

cpia do Convnio, com o visto da PGE e com o correspondente plano de aplicao

dos recursos, assinado pelo titular da Secretaria concedente, nos casos de Subvenes ou Auxlios; Municipais, recomenda-se a incluso de clusula de obrigatoriedade de comprovao das exigncias da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO). Ainda em relao a transferncias s Prefeituras Municipais, exige-se que sejam anexados Prestao de Contas os seguintes documentos:

quando se tratar de Convnios firmados entre Secretarias de Estado e Prefeituras

Certido Negativa de Dbito expedida pela Diretoria Financeira do Instituto de Previdncia dos Servidores do Estado de Pernambuco (IPSEP), ou declarao26

Manual de Despesa

daquela unidade informando que a Prefeitura no mantm Convnio com o IPSEP; Relatrio Resumido da Execuo Oramentria do bimestre anterior celebrao do Convnio (Constituio Estadual, Art. 123, 3); Declarao do Prefeito do Municpio, de acordo com o modelo que segue:

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Manual de Despesa

Declarao

Eu, _________________________________________________________, CPF n __________________, RG n _________________,expedido por ______________________, na qualidade de Prefeito do Municpio de ______________________________, declaro que: 1. O Municpio instituiu, regulamentou e vem arrecadando todos os tributos que lhe cabem, previstos nos artigos 145 e 156 da Constituio Federal, com alteraes da Emenda Constitucional n 3/93. 2. A receita tributria prpria do Municpio corresponde a, no mnimo, 2% (dois por cento) do total das receitas oramentrias, excludas as decorrentes de operaes de crdito. 3. O Municpio tem realizado a cobrana dos tributos de sua competncia, inclusive por meios judiciais,. 4. As operaes de crdito contratadas pelo Municpio no excedem o montante das despesas de capital, nos termos do artigo 128, inciso IV da Constituio Estadual. 5 O municpio est cumprindo o disposto no artigo 185 da Constituio Estadual, ou seja, est aplicando , no mnimo, 25% da receita de impostos, inclusive a proveniente de transferncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino.

__________________, _____ de _______________ de ________

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Manual de Despesa

2

Na Proviso de Crdito Oramentrio ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGE; Demonstrao da Aplicao dos recursos, conforme modelo da contracapa do

Processo, datado e assinado pelo responsvel;

via da NE/SIAFEM do Repasse Financeiro; via da NE/SIAFEM de anulao e respectiva GR conta C da Unidade concedente,

ou guia de depsito em outro tipo de conta, quando houver devoluo de saldo no aplicado;

Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador

de Despesa. Quando a Liquidao ocorrer no item de gasto genrico (96), ser anexado ao processo o hard copy da Nota de Liquidao que reclassificou os itens de gasto, ou a impresso desta NL por meio da transao IMPLIQNL; de Despesa, autorizando o pagamento;

documento obtido por meio da transao IMPILIQOB com a assinatura do Ordenador cpia da RE, com carimbo de recepo bancria, data e visto. No caso de

transferncia para banco diverso daquele em que o Estado centraliza seus pagamentos, anexar cpia do DOC e do recibo do valor cobrado pela transferncia desse valor; Quando o pagamento ao credor for feito mediante crdito bancrio, anexar o comprovante de depsito;

3 via da NE - Especial, com recibo em seu verso preenchido, datado e assinado.

primeira via das notas fiscais com a anotao do nmero da NE - Especial, com o

atesto do recebimento do material ou da prestao de servio, e com a anotao de que a despesa foi paga;

DAE 10, no caso de IRRF sobre as despesas realizadas; DAM quitado, ou cpia do documento atualizado de inscrio do prestador de servios

no cadastro municipal de contribuintes, no caso de servios sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o servio executado compatvel com a atividade da inscrio cadastral e se o imposto est sendo recolhido ao municpio certo. conforme modelo do Quadro 3, no caso de recolhimento de contribuio ao INSS;

NE - Especial com cpia da GRPS quitada e respectiva relao de servios prestados folha de Solicitao de Dirias e cpia da Portaria ou Ato de autorizao da viagem; folhas de Pagamento de Bolsas de Capacitao devidamente preenchidas, datadas e

assinadas pelos beneficirios, bem como folha de Autorizao de Viagem visada pelo Secretrio de Educao, quando for o caso;

cpia dos cheques nominativos emitidos para pagamento; procurao do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros; cpia do Contrato ou Convnio ainda no cadastrado no DEASC - CGE. Os Contratos

ou Convnios devero estar com o visto da PGE.Observao:

29

Manual de Despesa

Vale ressaltar que o cadastramento de Contratos no DEPTC somente exigido nos casos de despesas com prestao de servios ou fornecimentos parcelados, cujo valor global se enquadre na modalidade de Licitao, Tomada de Preos ou Concorrncia. Todos os Convnios ou Contratos de Aluguel, independentemente de valor, devem ser cadastrados.

3

No Suprimento Individual ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGE; Demonstrao da Aplicao dos recursos, conforme modelo da contracapa da

Prestao de Contas, datada e assinada pelo responsvel;

via da NE; via da NE de Anulao e respectiva GR conta C da Unidade concedente, ou guia de

depsito em outro tipo de conta, quando houver devoluo de saldo no aplicado, recolhido no mesmo exerccio da concesso do Suprimento. outro tipo de conta, quando da devoluo de saldo no aplicado, recolhido no exerccio seguinte ao da concesso do Suprimento.

GR dos depsitos efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE, ou guia de depsito em

Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador

de Despesa. Quando a Liquidao ocorrer no item de gasto genrico (97), ser anexado o hard copy da Nota de Liquidao que reclassificou os itens de gasto, ou hard copy desta NL por meio da transao IMPLIQNL; Despesa, autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por OBP, o recibo de pagamento dever estar devidamente preenchido, datado e assinado;

documento obtido por meio da transao IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de

primeiras vias das notas fiscais e respectivos recibos, com o "atesto" do recebimento

do material ou da prestao do servio, e com a anotao de que a respectiva despesa foi paga;

recibo da pessoa fsica prestadora do servio, com a discriminao dos descontos na

fonte;

DAE 10, no caso de IRRF sobre as despesas realizadas; DAM quitado, ou cpia do documento atualizado de inscrio do prestador de servios

no cadastro municipal de contribuintes, no caso de servios sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o servio executado compatvel com a atividade da inscrio cadastral e se o imposto est sendo recolhido ao municpio certo; do Quadro 3, no caso de recolhimento de contribuio ao INSS;

cpia da GRPS quitada e respectiva Relao de Servios Prestados, conforme modelo recibos de txi, conforme modelo do Quadro 4, nos casos em que o servidor estiver a

servio fora da Sede;

procurao do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros; folhas de Solicitao e de Pagamento de Dirias devidamente preenchidas, datadas e

assinadas pelos beneficirios, bem como autorizadas pelo Secretrio, conforme anexos II e III do Decreto n 12.949/88;

cpia da Portaria ou Ato de autorizao de viagem para fora da Sede;30

Manual de Despesa

cpia do Ato do Governador e do ofcio por ele assinado, estabelecendo a quantidade

e o valor das dirias para viagens ao exterior do pas;

autorizao do Governador do Estado, com apresentao do ofcio original, para a

concesso de Suprimento acima do limite permitido para a Sede, no caso de despesa de carter urgente e inadivel (Lei n 7.741, art. 159, inciso I; Deciso TCE n 431/93); assinadas pelos beneficirios, bem como folha de Autorizao de Viagem visada pelo Secretrio de Educao, quando for o caso.

folhas de Pagamento de Bolsas de Capacitao devidamente preenchidas, datadas e

4

Nas Subvenes Sociais4.1 Na Prestao de Contas da Secretaria Concedente: ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGE; via da NE; via da NE de Anulao, com a respectiva GR de recolhimento de saldo efetuado no

mesmo exerccio da concesso da Subveno;

GR do recolhimento de saldo efetuado no exerccio seguinte ao da concesso da

Subveno;

Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador

de Despesa;

documento obtido na transao IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de

Despesas autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por meio de OBP, o recibo de pagamento dever estar devidamente preenchido, datado e assinado;

cpia da RE, com carimbo da recepo bancria, data e visto; ofcio da Entidade solicitando a concesso do benefcio; cpia do Convnio com o visto da PGE; plano de aplicao dos recursos, assinado pelo titular da Secretaria concedente.

4.2 Na Prestao de Contas da Entidade Subvencionada: ofcio da Entidade subvencionada, conforme modelo do Quadro 5, encaminhando a

Prestao de Contas CGE; demonstrativo da aplicao dos recursos recebidos, conforme modelo do Quadro 6, datado e assinado pelo responsvel pela Entidade subvencionada; uma via ou cpia da NE; cpia da Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, quando da

concesso da Subveno; IMPLIQOB;

cpia do documento obtido pela Unidade concedente, por meio da transao cpia do ofcio da Entidade solicitando a Subveno;31

Manual de Despesa

plano de aplicao da Subveno, aprovado pela Secretaria concedente e assinado

pelo Secretrio;

cpia do Convnio, com visto da PGE; primeira via das notas fiscais ou cupons fiscais; recibo de pessoa fsica prestadora de servio, ou jurdica no sujeita emisso de nota

fiscal, com discriminao dos descontos na fonte e firma reconhecida;

DAM quitado ou cpia do documento atualizado de inscrio do prestador de servios

no cadastro municipal de contribuintes, no caso de servios sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o servio executado compatvel com a atividade da inscrio cadastral e se o imposto est sendo recolhido ao municpio certo;

contas de gua, luz e telefone autenticadas pelo banco; DARF quitado, quando exigvel o recolhimento do IRRF na prestao de servio por

pessoa fsica (Decreto n 20.346, de 19.02.98);

GRPS devidamente quitada, quando da prestao de servio por pessoa fsica; cpia da Certido de bito, no caso de despesa com funeral; relao dos beneficirios e o motivo da concesso do benefcio, no caso de despesas

com alimentao;

Observao: Sero admitidas apenas despesas com gneros de primeira necessidade, vedada a aquisio de mercadorias suprfluas ou bebidas alcolicas

GR de depsito efetuado na Conta C da DAFE - DCTE referente a saldo no

aplicado, corrigido pela UFIR, a partir da data limite para Prestao de Contas;

recibos de doaes, com a identificao dos beneficirios e do objeto da doao;

5

Nos Auxlios5.1 Na Prestao de Contas da Secretaria Concedente: ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGE; via da NE; via da Nota de Anulao, com a respectiva GR de recolhimento de saldo efetuado no

mesmo exerccio;

GR de Recolhimento do saldo efetuado no exerccio seguinte; Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador

de Despesa;

documento obtido na transao IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de Despesa,

autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por OBP, o recibo de pagamento dever estar devidamente preenchido, datado e assinado;

cpia da RE, com carimbo de recepo bancria, data e visto; ofcio da Entidade solicitando a concesso do benefcio;32

Manual de Despesa

cpia do Convnio com o visto da PGE; plano de aplicao dos recursos, assinado pelo titular da Secretaria concedente.

5.2 Na Prestao de Contas da Entidade Beneficiria: ofcio da Entidade beneficiria, conforme modelo do Quadro 5, encaminhando a

Prestao de Contas CGE; demonstrativo da aplicao dos recursos recebidos, conforme modelo do Quadro 6, datado e assinado pelo responsvel pela Entidade; uma via ou cpia da NE; cpia da Nota de Liquidao obtida por meio da transao IMPLIQNL, quando da

concesso do Auxlio; IMPLIQOB;

cpia do documento obtido pela Unidade concedente por meio da transao cpia do ofcio da Entidade solicitando o Auxlio; plano de aplicao do Auxlio, aprovado pela Secretaria concedente e assinado pelo

Secretrio;

cpia do Convnio, com visto da PGE; primeira via das notas fiscais; GR de depsito efetuado na Conta C da DAFE - DCTE, referente a saldo no

aplicado, corrigido pela UFIR, a partir da data limite para Prestao de Contas;

5.3 No Suprimento de Fundo Institucional ofcio de encaminhamento da Prestao de Contas CGEObservao Quando o SFI for originrio de recurso da Unio, admitem-se cpias, visto que os documentos originais relativos a este regime de despesa devero fazer parte do arquivo da Secretaria de Educao, conforme Decreto n 20.246/97;

Demonstrao da Aplicao dos recursos, conforme modelo impresso na contracapa

do Processo, datado e assinado pelo titular da Unidade de Ensino;

via da NE; via da Nota de Anulao e respectiva GR conta "C" da Unidade concedente, ou guia

de depsito de outro tipo de conta, quando houver devoluo de saldo no aplicado, recolhido no mesmo exerccio; outro tipo de conta, quando da devoluo de saldo no aplicado, recolhido no exerccio seguinte. Quando se tratar de saldo de devoluo de recursos de Salrio-Educao/Quota Estadual, a GR ser feita na conta "C" da Unidade concedente, mesmo que o recolhimento tenha ocorrido no exerccio seguinte.33

GR dos depsitos efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE ou guia de depsito em

Observao:

Manual de Despesa

Nota de Liquidao obtida por meio de transao IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador

de Despesa.

Observao Quando a Liquidao tiver ocorrido no item de gasto genrico (94), ser anexado ao processo o hard copy da Nota de Liquidao que reclassificou os itens de gasto, ou a impresso desta NL por meio da transao IMPLIQNL; documento obtido por meio da transao IMPLIQOB, com a assinatura do Ordenador

de Despesa autorizando o pagamento;

primeira via das notas fiscais ou cupons fiscais e respectivos recibos, com o "atesto" do

recebimento do material ou da prestao do servio e a anotao de que a respectiva despesa foi paga;

cpias dos cheques nominativos referentes a cada pagamento; recibos de pessoa fsica prestadora de servio, com a discriminao dos descontos na

fonte;

DAE 10, no caso de IRRF sobre as despesas realizadas; DAM quitado ou cpia do documento atualizado de inscrio do prestador de servios

no cadastro municipal de contribuintes, no caso de servios sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o servio executado compatvel com a atividade da inscrio cadastral e se o imposto est sendo recolhido no municpio certo;

cpia da GRPS quitada e respectiva Relao de Servios, conforme modelo do Quadro 3 no caso de servios prestados por pessoa fsica; procurao do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros; cpia do extrato bancrio da conta da Unidade de Ensino onde constem os cheques

referentes aos pagamentos que fazem parte da Prestao de Contas.

XII - TPICOS DA LEGISLAO UTILIZADA NA ANLISE DA DESPESA

1

Licitao

Licitao o procedimento administrativo destinado a selecionar, entre fornecedores qualificados, aquele que apresentar a proposta mais vantajosa. Regem a Licitao os princpios constitucionais bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio (edital), do julgamento objetivo e dos outros princpios que lhes so correlatos. As obras, servios, inclusive de publicidade, compras, alienaes, concesses, permisses e locaes da Administrao Pblica, quando contratadas com terceiros, sero necessariamente precedidas de Licitao, ressalvadas as hipteses previstas na Lei n 8.666/93.

34

Manual de Despesa

1.1 Dos Princpios A Lei n 8.666/93, de 21 de junho de 1993 regulamentou o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e instituiu normas para Licitaes e Contratos da Administrao Pblica. De acordo com o art. 1, Pargrafo nico, subordinam-se ao regime ali estabelecido, alm dos rgos da Administrao Direta, os Fundos Especiais, as Autarquias, as Fundaes Pblicas, as Empresas Pblicas, as Sociedades de Economia Mista e as demais Entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios. A Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998, possibilitou entretanto que as empresas pblicas e sociedades de economia mista venham a se reger por normas prprias de Licitao e Contrato, conforme disposto no Art. 22: "............................................. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens oude prestao de servios, dispondo sobre: .............................................. III licitao e contratao de obras, servios compras e alienaes, observados os princpios da administrao pblica; .............................................." Entre os princpios a serem observados na Licitao, o da Igualdade mereceu destaque especial na Lei n 8.666/93, art. 3, 1, incisos I e II, e 2, incisos I a III: " 1 vedado aos agentes pblicos: I admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocao, clusulas ou condies que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu carter competitivo e estabeleam preferncias ou distines em razo da naturalidade, da sede ou domiclio dos licitantes ou de qualquer outra circunstncia impertinente ou irrelevante para o especfico objeto do contrato; II estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciria ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agncias internacionais, ressalvado o disposto no pargrafo seguinte e no art. 3 da Lei n 8.248, de 23 de outubro de 1991. 2 Em igualdade de condies, como critrio de desempate, ser assegurada preferncia, sucessivamente, aos bens e servios: I produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; II produzidos no Pas; III produzidos ou prestados por empresas brasileiras." 1.2 Das Modalidades So modalidades de Licitao (Lei n 8.666/93, art. 22, incisos I a V, 1 ao 5 ): Concorrncia a modalidade de Licitao entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitao preliminar, comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo de seu objeto.

35

Manual de Despesa

Tomada de Preos

a modalidade de Licitao entre interessados devidamente cadastrados, ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao. Convite

a modalidade de Licitao entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmero mnimo de 3 (trs) pela Unidade Administrativa, a qual afixar, em local apropriado, cpia do instrumento convocatrio e o estender aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedncia de at 24 (vinte quatro) horas da apresentao das propostas. Concurso

a modalidade de Licitao entre quaisquer interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico, mediante a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores, conforme critrios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedncia mnima de 45 (quarenta e cinco) dias. Leilo

a modalidade de Licitao entre quaisquer interessados para a venda de bens mveis inservveis para a Administrao, ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienao de bens imveis prevista no art. 19 da Lei n 8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao. 1.3 Da Dispensa vedada a utilizao da modalidade Convite ou Tomada de Preos, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou servio, ou ainda para obras e servios da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizados conjunta e concomitantemente, sempre que o somatrio de seus valores caracterizar o caso de Tomada de Preos ou Concorrncia, respectivamente, nos termos deste Artigo, exceto para as parcelas de natureza especfica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou servio" (Lei n 8.666/93, art. 23, 5). dispensvel a Licitao (Lei n 8.666/93, art. 24, atualizada pela Lei n 8.883/94, com redao dada pela Lei n 9.648/98 nos seus incisos I e II): I para obras e servios de engenharia de valor at 10% (dez por cento) do limite previsto para a modalidade Convite, desde que no se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servio, ou ainda para obras e servios da mesma natureza e no mesmo local, que possam ser realizados conjunta e concomitantemente; para outros servios e compras de valor at 10% (dez por cento) do limite previsto para a modalidade Convite e para alienaes, nos casos previstos na Lei n 8.666/93, desde que no se refiram a parcelas de um mesmo servio, compra ou alienao de maior vulto que possa ser realizada de uma s vez; nos casos de guerra ou grave perturbao da ordem; nos casos de emergncia ou de calamidade pblica, quando caracterizada urgncia de atendimento de situao que possa ocasionar prejuzo ou comprometer a segurana de pessoas, obras, servios, equipamentos e outros bens, pblicos ou particulares, e36

II

III IV

Manual de Despesa

somente para os bens necessrios ao atendimento da situao emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e servios que possam ser concludos no prazo mximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrncia da emergncia ou calamidade, vedada a prorrogao dos respectivos Contratos; V quando no acudirem interessados Licitao anterior e esta, justificadamente, no puder ser repetida sem prejuzo para a Administrao, mantidas, neste caso, todas as condies preestabelecidas;

....................................... VII quando as propostas apresentadas consignarem preos manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatveis com os fixados pelos rgos oficiais competentes, casos em que, observado o Pargrafo nico do Art. 48 da Lei n 8.666/93, e, persistindo a situao, ser admitida a adjudicao direta dos bens ou servios, por valor no superior ao constante do registro de preos ou dos servios; VIII para a aquisio, por pessoa jurdica de direito pblico interno, de bens produzidos ou servios prestados por rgo ou Entidade que integre a Administrao Pblica e que tenha sido criado para esse fim especfico em data anterior vigncia da Lei n 8.666/93, desde que o preo contratado seja compatvel com o praticado no mercado; ..................................... X para a compra ou locao de imvel destinado ao atendimento das finalidades precpuas da Administrao, cujas necessidades de instalao e localizao condicionem a sua escolha, desde que o preo seja compatvel com o valor de mercado, segundo avaliao prvia; na contratao de remanescente de obra, servio ou fornecimento, em conseqncia da resciso contratual, desde que atendida a ordem de classificao da Licitao anterior e aceitas as mesmas condies oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preo, devidamente corrigido;

XI

XII nas compras de hortifrutigranjeiros, po e outros gneros perecveis, no tempo necessrio para a realizao dos processos licitatrios correspondentes, realizadas diretamente com base no preo do dia; XIII na contratao de instituio brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituio dedicada recuperao social do preso, desde que a contratada detenha inquestionvel reputao tico - profissional e no tenha fins lucrativos; XIV para a aquisio de bens ou servios nos termos de acordo internacional especfico, aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condies ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Pblico; XV para a aquisio ou restaurao de obras-de-arte e objetos histricos, de autenticidade certificada, desde que compatveis ou inerentes s finalidades do rgo ou Entidade; XVI para a impresso dos dirios oficiais, de formulrios padronizados de uso da Administrao e de edies tcnicas oficiais, bem como para a prestao de servios de informtica a pessoa jurdica de direito pblico interno, por rgos ou Entidades que integrem a Administrao Pblica, criados para esse fim especfico; XVIIpara a aquisio de componentes ou peas de origem nacional ou estrangeira, necessrios manuteno de equipamentos durante o perodo de garantia tcnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condio de exclusividade for indispensvel para a vigncia da garantia;37

Manual de Despesa

...................................... XX na contratao de associao de portadores de deficincia fsica, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por rgos ou entidades da Administrao Pblica, para a prestao de servios ou fornecimento de mo-de-obra, desde que o preo contratado seja compatvel com o praticado no mercado. ........................................ As dispensas baseadas nos incisos III a XX, obrigatoriamente justificadas, devero ser comunicadas no prazo de 3 (trs) dias autoridade superior, para ratificao e publicao na imprensa oficial no prazo de 5 (cinco) dias, como condio para eficcia dos atos. Nestes casos, os Empenhos devem indicar a data da publicao da dispensa, cuja cpia ser anexada Prestao de Contas. 1.4 Da Inexigibilidade

O art. 25 da Lei n 8.666/93 dispe: inexigvel a licitao quando houver inviabilidade de competio, em especial: I para aquisio de materiais, equipamentos, ou gneros que s possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferncia de marca, devendo a comprovao de exclusividade ser feita atravs de atestado fornecido pelo rgo de registro do comrcio do local em que se realizaria a licitao ou a obra ou o servio, pelo Sindicato, Federao ou Confederao Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II para a contratao de servios tcnicos enumerados no art.13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notria especializao, vedada a inexigibilidade para servios de publicidade e divulgao; III para contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio pblica. 1 Considera-se de notria especializao o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experincias, publicaes, organizao, aparelhamento, equipe tcnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho essencial e indiscutivelmente o mais adequado plena satisfao do objeto do contrato. A Lei n 8.666/93 dispe: "Art.13 Para fins desta Lei, consideram-se servios tcnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - estudos tcnicos, planejamentos e projetos bsicos ou executivos; II - pareceres, percias e avaliaes em geral; III - assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias; IV - fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras e servios; V - patrocnio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeioamento de pessoal; VII - restaurao de obras de arte e bens de valor histrico." As inexigibilidades, obrigatoriamente justificadas, devero ser comunicadas dentro de 3 (trs) dias autoridade superior, para ratificao e publicao na imprensa oficial no prazo de38

Manual de Despesa

5 (cinco) dias, como condio para eficcia dos atos. Nestes casos, os Empenhos devem indicar a data da publicao e uma cpia da publicao deve ser anexada Prestao de Contas. A inexigibilidade de Licitao na aquisio de alguns bens, como, por exemplo, veculos integrantes de frotas oficiais, tem como principal justificativa o atendimento ao princpio da padronizao. O art. 15 da Lei n 8.666/93, inciso I, dispe: As compras, sempre que possvel, devero: I - atender ao princpio da padronizao, que imponha compatibilidade de especificaes tcnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condies de manuteno, assistncia tcnica e garantia oferecidas; II - ..................................." 1.5 Das Modalidades e Valores Estimados da Contratao

Para obras e servios de engenharia: Convite: at R$150.000,00 (cento e cinqenta mil reais) Tomada de Preo: at R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais) Concorrncia: acima de R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais)

Para compras e servios no referidos no item anterior: Convite: at R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) Tomada de Preo: at R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais) Concorrncia: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais)

1.6 Limites de Dispensa de Licitao

Para obras e servios de engenharia: R$ 15.000,00 (quinze mil reais) Para compras e outros servios: R$ 8.000,00 (oito mil reais)

Quando se tratar de Sociedade de Economia Mista e Empresas Pblicas, bem como Autarquias e Fundaes qualificadas, na forma da Lei, como Agncias Executivas:

Para obras e servios de engenharia: R$ 30.000,00 (trinta mil reais) Para compras e outros servios: R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais)

Os limites para Licitao anteriores a estes, com as respectivas datas de vigncia, encontram-se no Quadro 6. O Decreto n 21.260 , de 1 de janeiro de 1999 , trouxe em seu art. 6 a determinao de que as concorrncias e tomadas de preos para a contratao de servios, inclusive consultoria , no mbito da Administrao Direta Estadual , devem ser centralizadas na Secretaria de Administrao , mantendo-se descentralizados os processos de contratao, liquidao e pagamento. A Portaria SARE n 315 , de 12 de fevereiro de 1999 , condicionou a abertura de processos de tomadas de preos e concorrncia para a contratao de servios , ou a prorrogao , renovao ou aditamento de contratos originados de tais modalidades de licitao no mbito das administraes direta e indireta do Estado, prvia apreciao e autorizao do Secretrio da Administrao.39

Manual de Despesa

2

Contrato

Considera-se Contrato todo e qualquer ajuste entre rgos ou entidades da Administrao Pblica e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formao de vnculo e a estipulao de obrigaes recprocas, seja qual for a denominao utilizada (Lei 8.666/93, art. 2, Pargrafo nico). O instrumento de Contrato obrigatrio nos casos de Concorrncia e de Tomada de Preos, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites dessas duas modalidades de Licitao, e facultativo nos demais em que a Administrao puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis tais como Carta-Contrato, Nota de Empenho de Despesa, Autorizao de Compra, ou Ordem de Execuo de Servio (Lei 8.666/93, art. 62). Com relao aos Contratos firmados pela Administrao Pblica, convm destacar os seguintes aspectos:

dispensvel o Termo de Contrato e facultada a substituio pelos instrumentos CartaContrato, Nota de Empenho de Despesa, autorizao de Compra ou Ordem de Execuo de Servio, a critrio da Administrao e independentemente de valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica (Lei 8.666/93, art. 62, 4); obrigatrio o Termo de Contrato nos casos de locao de imvel e nos Convnios, independentemente do valor; todo Contrato dever ter o visto da PGE (Lei 11.424/97, Pargrafo nico do Art. 3); todo Contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o nmero do processo da Licitao, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeio dos contratantes s normas da Lei n 8.666/93 e s clusulas contratuais (Lei 8.666/93, Art. 61); vedado o Contrato com prazo de vigncia indeterminado (Lei 8.666/93, art. 57, 3); anexar a respectiva Ordem de Servio ou de Fornecimento de Mercadoria ao Contrato cujo incio do prazo de vegncia estiver condicionado emisso desse documento; aps o visto da PGE, remeter a via original do Contrato para cadastramento na CGE; de acordo com a Lei 8.666/93, art. 57, incisos I, II e IV, com redao alterada pela Lei n 9.648/98, a durao dos Contratos ficar adstrita vigncia dos respectivos crditos oramentrios, exceto quanto aos relativos: aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais podero ser prorrogados, se houver interesse da Administrao e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatrio; prestao de servios a serem executados de forma contnua, que devero ter a sua durao dimensionada com vistas obteno de preos e condies mais vantajosas para a Administrao, limitada a durao a sessenta meses; ............................