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www.dipbrasil.com.br _________________________________________________________________________________________ 1 ORIENTADOR TÉCNICO e MANUAL DE APLICAÇÃO ENVELOPAMENTO COM BORRACHA LÍQUIDA 1 - Introdução: Este manual é baseado nas características dos produtos da marca Chemicolor para emborrachamento / envelopamento de superfícies. O produto embalado no Brasil é o Plasti Dip. Outras marcas podem não ter as mesmas características aqui descritas, nem funcionar do mesmo modo. O produto é composto de resinas a base de borracha sintética solúvel em solventes, podendo ser incolor ou em diversas outras cores. Por ser borracha, o acabamento original é sempre fosco e até poderá se tornar brilhante com o uso do verniz adequado, mas não fica brilhante como o verniz de carros, por exemplo. Este manual compreende informações técnicas até o item 4 e partir do item 5, o método de uso em envelopamento de automóveis, dicas, fotos, etc. 2 – Características químicas e físicas: Elasticidade, cerca de 430%, dependendo da espessura da camada aplicada. Isolamento elétrico de 1.400V/mil. Excelente resistência para ácidos e alcalinos. Limitado o uso com derivados de petróleo. Contém na composição produtos com pontos de ebulição entre 20ºC a 75ºC. Após a secagem a resistência à temperatura fica entre -30ºC até 95ºC. Resistência no teste de vapor salino, acima de 1.000 horas, excelente contra corrosão por sal. Temperatura ideal de aplicação, 21ºC. Faixa de viscosidade 60-100 K.U (conforme diluição) à 21ºC. 3 – Testes de resistência química (dados do fabricante): Cloreto férrico 100% a 66ºC. - Afeta a superfície do revestimento . H2SO4 a 5% a 38ºC Resiste Hidróxido de Potássio a 3% a 66ºC Resiste Permanganato de Potássio a 3% a 66ºC. Afeta a superfície do revestimento. HIDRÓXIDO DE SÓDIO a 10% 99ºC. Afeta a superfície do revestimento. Ácido Clorídrico a 100% Temp. Ambiente Resiste Ácido oxálico a 50% Temp. Ambiente Afeta a superfície do revestimento. Ácido Fluobórico a 25% Temp. Ambiente Resiste Estanho / Pb. em soluções Temp. Ambiente Resiste Galvanoplastia sol.cobre Temp. Ambiente Resiste Galvanoplastia sol. ouro. Cianeto a 100% 60ºC. Resiste Carbonato de Sódio a 10% a 49ºC. Resiste Hidróxido de sódio a 10% a 99ºC. Afeta a superfície do revestimento. Hidróxido de Amônia 100% a 38ºC. Resiste Metiletilcetona 100% Temp. Ambiente FALHA – Não recomendado. Álcool etílico 100% Temp. Ambiente Resiste

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ORIENTADOR TÉCNICO e MANUAL DE APLICAÇÃO ENVELOPAMENTO COM BORRACHA LÍQUIDA

1 - Introdução: Este manual é baseado nas características dos produtos da marca Chemicolor para emborrachamento / envelopamento de superfícies. O produto embalado no Brasil é o Plasti Dip. Outras marcas podem não ter as mesmas características aqui descritas, nem funcionar do mesmo modo. O produto é composto de resinas a base de borracha sintética solúvel em solventes, podendo ser incolor ou em diversas outras cores. Por ser borracha, o acabamento original é sempre fosco e até poderá se tornar brilhante com o uso do verniz adequado, mas não fica brilhante como o verniz de carros, por exemplo. Este manual compreende informações técnicas até o item 4 e partir do item 5, o método de uso em envelopamento de automóveis, dicas, fotos, etc. 2 – Características químicas e físicas:

Elasticidade, cerca de 430%, dependendo da espessura da camada aplicada. Isolamento elétrico de 1.400V/mil. Excelente resistência para ácidos e alcalinos. Limitado o uso com derivados de petróleo. Contém na composição produtos com pontos de ebulição entre 20ºC a 75ºC. Após a secagem a resistência à temperatura fica entre -30ºC até 95ºC. Resistência no teste de vapor salino, acima de 1.000 horas, excelente contra corrosão por sal. Temperatura ideal de aplicação, 21ºC. Faixa de viscosidade 60-100 K.U (conforme diluição) à 21ºC.

3 – Testes de resistência química (dados do fabricante): Cloreto férrico 100% a 66ºC. - Afeta a superfície do revestimento . H2SO4 a 5% a 38ºC Resiste Hidróxido de Potássio a 3% a 66ºC Resiste Permanganato de Potássio a 3% a 66ºC. Afeta a superfície do revestimento. HIDRÓXIDO DE SÓDIO a 10% 99ºC. Afeta a superfície do revestimento. Ácido Clorídrico a 100% Temp. Ambiente Resiste Ácido oxálico a 50% Temp. Ambiente Afeta a superfície do revestimento. Ácido Fluobórico a 25% Temp. Ambiente Resiste Estanho / Pb. em soluções Temp. Ambiente Resiste Galvanoplastia sol.cobre Temp. Ambiente Resiste Galvanoplastia sol. ouro. Cianeto a 100% 60ºC. Resiste Carbonato de Sódio a 10% a 49ºC. Resiste Hidróxido de sódio a 10% a 99ºC. Afeta a superfície do revestimento. Hidróxido de Amônia 100% a 38ºC. Resiste Metiletilcetona 100% Temp. Ambiente FALHA – Não recomendado. Álcool etílico 100% Temp. Ambiente Resiste

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4 – O produto oferece as seguintes proteções: Linha automotiva resistência a: Óleo de motor não resiste Líquido de arrefecimento parcial, o produto amolece após algum tempo. Gasolina, querosene, aguarrás não resiste Shampoo / detergente de lavagem resiste Graxas parcial, o produto amolece após algum tempo. Lubrificantes parcial, o produto amolece após algum tempo. Fluido de freio parcial, o produto amolece após algum tempo. Ácido de bateria resiste Água salgada resiste Uréia / urina resiste Uso domiciliar resistência a: Soluções com cloro resiste Detergentes resiste Soluções com amônia resiste Água salgada resiste Urina animal resiste Desentupidores/ soda cáustica resiste Álcool parcial, o produto amolece após algum tempo. Uso industrial resistência a: Solventes clorados não resiste Acetona não resiste Álcool parcial, o produto amolece após algum tempo. Ácidos de processos eletrolíticos resiste Ácidos de decapagem de vidros resiste Ácidos para tratamento de metais resiste Substâncias cáusticas comerciais resiste 5 – Preparo do local da pintura:

Cubra todas as áreas que não devem ser pintadas, em especial para impedir que a tinta atinja o radiador, pinças de freio, buracos de fechaduras, esguichadores de água, etc. Certifique-se de que a fita esteja bem aderida à superfície correndo com as mãos sobre ela em toda sua extensão. Não é preciso cabine de pintura. Mas não faça a pintura a céu aberto, porque toda a poeira da rua grudará no envelopamento (capo e teto).

Certifique-se de ter à mão a pistola pulverizadora, extensão elétrica compatível, boa iluminação, panos ou estopas, solvente (querosene) para limpeza geral. Utilize cortinas plásticas, biombos ou outros aparatos para

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que a névoa de pintura não atinja outros veículos ou objetos durante a aplicação. Se precisar limpar pulverizações indesejadas sobre objetos e veículo utilize a querosene que não ataca pinturas automotivas nem a maioria das outras tintas, exceto, é claro, as solúveis com a própria querosene ou aguarrás.

Tenha sempre à mão durante a aplicação, um extintor de incêndio tipo “ABC” (dica, retire e fique por perto o que equipa o do próprio veículo a ser pintado), pois a borracha líquida é muito inflamável e segurança nunca e demais.

Se o clima estiver muito seco, utilize ventiladores com aspersão de água para elevar a umidade relativa do ar, mas não direcione diretamente sobre o local de pintura. O clima muito seco faz formar finíssimos fios de borracha durante a aplicação e que se parece com pequenos pedaços de teia de aranha. Um pouco é normal, mas se surgirem em excesso podem atrapalhar a aplicação. Como são as teias brancas, finíssimas sobre o preto:

Mantenha ótima iluminação, por cima e pelas laterais de baixo para cima. Use refletores como o da foto abaixo para auxiliar na verificação da qualidade da aplicação e identificar pontos com manchas ou falta de produto em algum ponto:

Temperaturas baixas não costumam atrapalhar a aplicação, exceto por uma demora maior na secagem e risco maior de escorrer a pintura ou manchar pela demora na evaporação do solvente, mas nesses casos qualquer aquecedor de ambiente resolve. Não pinte quando estive chovendo, nesse caso, só com cabine própria.

Use masca e óculos de proteção durante o manuseio dos produtos. A fuligem / poeira/ “teias” geradas durante a aplicação são prejudiciais e devem ser evitadas com uso de máscara que cubra nariz e boca. E, para prevenir lesões aos olhos por respingos, use os óculos de segurança.

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O local tem que ser bem ventilado para evitar intoxicação e o acúmulo de vapores dos solventes como em qualquer realização de pintura, se necessário, mantenha uma corrente de ar por exaustão ou ventilação.

6 - Equipamento e produtos:

6.1 – Pulverizador

O equipamento mais prático e com menor índice de erros de aplicação é a pistola pulverizadora elétrica. As já testadas por nós são as Wagner W 550, W560, *W660 e *W670 e a *Earlex HV3500:

W560 w660 HV3500

No entanto saiba que pistolas elétricas produzem calor e o produto é muito volátil, o que gera o risco de ignição porque o produto é altamente inflamável, assim, o mais recomendado são pulverizadores que possuem o motor separado* como das pistolas (W 660 e 670 e HV 3500).

Na aplicação com pistolas convencionais, ideal as HVLP, não há aquecimento, mas é bem mais difícil de ajustar o jato pois é preciso ter filtro de ar com secador do ar, bico de pulverização 1,4 a 1,8 mm por causa da viscosidade, utilizar baixa pressão - até 40 psi e na maior parte das vezes, eliminar as peneiras de filtragem porque entopem em poucos minutos obstruindo a passagem da borracha líquida.

6.2 – A Borracha Líquida

A borracha líquida se comporta do modo diferente do que as tintas convencionais. É bem mais viscosa e demora mais para secar. Além disso, embora possa cobrir na segunda ou terceira demão, é preciso atingir as seis camadas recomendadas para uma boa resistência e para permitir a remoção manual no futuro.

O produto vem pronto para uso, misture-o bem dentro lata com movimentos circulares até que fique bem homogêneo. Evite a formação de bolhas ao mexer. Se for utilizar mais do que um galão, misture o conteúdo de todos os galões em um só recipiente para deixar homogêneo todo o produto, evitando assim qualquer diferença de tons.

6.3 – Complementos

Alguns aplicadores diluem um pouco mais o produto para aplicar a última camada para dar um acabamento mais liso. Se for o caso, pode ser usado o solvente para PU 454 da marca Lazzuril.

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Para correções em escorridos, arranhões ou pequenas áreas descascadas, usando luvas aplique querosene usando os dedos em movimentos circulares. Molhe a ponta dos dedos no querosene e esfregue sobre a área ser corrigida para afinar as bordas da borracha e permitir nova pulverização apenas na parte afetada. Área com escorrimento:

6.4 – Testes Realizados

Não há como saber com certeza se não haverá reação do produto com a pintura do automóvel, pois cada fabricante usa um tipo de verniz, além disso, pode variar a qualidade entre os lotes e, se o veículo já foi repintado, é mais difícil ainda saber a resistência da pintura ao solvente da borracha líquida.

Por essa razão, antes de realizar o envelopamento aplique o líquido em uma parte não aparente do veículo, como nas entradas das portas e deixe secar por pelo menos quatro horas, então remova a borracha e confira se ocorreram manchas.

Cores fortes como vermelho, azul, laranja, amarelo normalmente são aplicadas sobre duas camadas de cinza que se deixa secar por pelo menos 4 horas e que funciona como “fundo” isolando a pintura para evitar manchas. Isso porque as cores cinza, preto, branco e o incolor não mancham nenhum tipo de pintura automotiva, exceto talvez, alguma repintura feita com material de baixa qualidade. Nos testes, quando ocorreram manchas, o polimento da pintura resolveu totalmente. O cinza claro é o recomendado por ser a cor que menos afeta a tonalidade da cor a ser sobreposta e possui excelente cobertura.

7- Preparo do automóvel:

A superfície deve ser lavada com água e sabão neutro para remover qualquer oleosidade, ideal lavar duas vezes consecutivas. Depois, com desengraxante próprio para pinturas ou com álcool hidratado para limpeza doméstica limpe toda a superfície a ser pintada. Não utilize etanol comprado em postos de combustíveis, pois podem manchar a pintura.

Caso o veículo a ser envelopado tenha sido encerado recentemente, redobre o cuidado com o processo de limpeza. Isso garantirá a boa aderência da borracha.

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As rodas seguem o mesmo procedimento de preparo, entretanto, caso haja riscos profundos, corrija-os com massa plástica ou acrílica própria para tais correções. Uma vez seco o local do reparo, use lixa d’água para alisar a superfície. A borracha líquida adere normalmente sobre os locais reparados sem necessidade de qualquer pintura. Esta da bisnaga é para riscos não muito profundos, secagem muito rápida, lixe com lixa d’água 320:

ATENÇÃO: Exceto em relação aos reparos de riscos em rodas que dependem obviamente de ser lixados para alisar e nivelar a massa aplicada, não lixe qualquer outra parte da pintura, não use produtos abrasivos, fundos preparadores automotivos, nem promotores de aderência.

8 – Isolamento / Mascaramento:

As áreas que não serão envelopadas devem ser adequadamente protegidas. O mascaramento líquido usado nas pinturas convencionais não é indicado. Embora o veículo todo possa ser envelopado e depois removidas todas as partes indesejadas, isso representa um gasto significativo de material a mais, deste modo, devem ser isolados em especial os vidros.

Deve-se proteger obrigatoriamente por trás da grade dianteira para que o radiador do automóvel não receba jatos do produto. O mesmo deve ser feito em dutos de entrada de ar e em qualquer lugar que possa ser prejudicial ou de difícil acesso se for preciso remover, a exemplo de fechaduras:

Para isolamento dos vidros recomenda-se o uso do filme plástico eletrostático da 3M, que além de isolar, atrai a fuligem de pintura diminuindo os resíduos em suspensão no ar:

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Utilize a fita crepe de cor verde da 3M para alta temperatura e mascaramento. Isso porque as fitas comuns quando umedecidas pelo solvente da borracha líquida soltam a cola e esta acaba aderindo à pintura do veículo sendo de difícil remoção.

A fita crepe servirá para prender o mascaramento, formar faixas e divisões, proteger borrachas, fechaduras, emblemas, esguichadores de água e qualquer parte que não deva ser pintada. Complementos:

a) FILME PARA MASCARAMENTO b) FITA DE BAIXA ESPESSURA c) FITA RESISTENTE AOS SOLVENTES A imagem “a” é do filme eletrostático para mascaramento, o item “b” é um tipo de fita muito fina, que deixa o menor “degrau” possível e pode ser útil ao fazer faixas e a imagem “c” mostra a fita verde largamente utilizada neste tipo de envelopamento, porque resistente aos solventes, ao ser removido não deixa a cola sobre a lataria. Por isso, não utilize fita crepe comum, que deixa cola na lataria. Aplique a fita de modo que fique perfeitamente aderida, pressionando com os dedos em toda a extensão, mas procure deixar as pontas da fita com sobras soltas para agilizar a remoção ao final da aplicação.

9 - Tipos de Equipamentos e recomendações:

I) PISTOLA CONVENCIONAL HVLP - O produto vem pronto para aplicação, podendo ser diluído até mais 25% mas apenas para camadas de finalização. Podem ser utilizadas pistolas convencionais de pintura, modelos de baixa pressão (HVLP) se a fonte de ar comprimido estiver equipada com filtro desumidificador e secador. Pressão de trabalho utilizada é de 25 a 40 psi. Bico da pistola entre 1.2 a 1.8 mm conforme a diluição, sendo o mais usado 1.4 mm. Misture bem o produto sem deixar formar bolhas. Ao homogeneizar o produto no copo da pistola faça movimentos circulares suaves. Aplique a primeira demão e deixe secar por pelo menos 15 minutos. Temperatura ideal 21ºC. A próxima demão pode ser cruzada. Aplique no mínimo mais cinco e no máximo mais oito camadas. Deixe a superfície “molhada” a cada demão, cuidando para não escorrer. O intervalo de secagem

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entre cada demão é de 10-15 minutos à 21ºC com o tempo seco. A secagem completa leva 4h (quatro horas) depois de dada a última demão. Não se recomenda o uso de pistolas de alta pressão. II) COM PULVERIZADOR ELÉTRICO – Podem ser usados pulverizadores elétricos com potência em 350W ou mais e por segurança, modelos que tenham o motor separado da pistola para evitar contato dos vapores do solvente com o motor elétrico. Podem ser pulverizadores equipados com agulha de nylon® ou metal, não sendo recomendados os equipados com agulha plástica comum. Aplicam-se as mesmas recomendações, no que couber, do descrito anteriormente para uso em pistolas comuns. III) COM PINCEL - Misture bem, mas suavemente antes de cada utilização para não criar bolhas. Aplique camadas sobrepostas, molhadas, usando pincel de cerdas naturais e macias. Aguarde 10 a 20 minutos (seco ao toque) antes de nova demão. IV) POR IMERSÃO - Misture bem o produto sem deixar formar bolhas. Mergulhe o objeto a ser revestido lentamente e depois o remova da mesma forma, esperando que escorra naturalmente o excesso de produto. Repita a operação conforme a sua necessidade. A camada média esperada por mergulho é de 0,10 mm conforme o ponto de diluição.

10 - Como envelopar:

Antes da primeira camada em si, pulverize uma névoa bem fina da borracha líquida por toda a área a ser pintada mantendo a pistola a uma distância de 25 a 30 cm da superfície. Essa fina camada tem objetivo de “ancoragem”, ajuda a não escorrer nas próximas camadas de pintura:

Antes de aplicar as camadas, identifique os frisos e dobras agudas da lataria (vincos) e aplique duas mãos de borracha líquida nestes locais. Faça o mesmo nas maçanetas das portas (se for para envelopá-las), espelhos retrovisores, frisos, aerofólio se houver, na tampa do bocal de abastecimento, no espaço por trás das maçanetas onde se colocam as mãos o tempo todo, etc. A aplicação nos frisos e cantos é necessária e garante que não rasguem facilmente e para não manchar, é feita antes das camadas. Nesta imagem abaixo as linhas em branco indicam os locais que precisariam de reforço nos vincos mais agudos da lataria:

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Realizados os procedimentos anteriores (pulverização da névoa de ancoragem e reforços das áreas de vinco da lataria), inicie a aplicação da primeira camada. Pulverize a borracha líquida de modo uniforme, ultrapassando os limites da área que está sendo pintada sem fazer paradas com o braço, caso contrário, poderá escorrer a tinta ou manchar pelo excesso de material em um único ponto.

Veja neste vídeo a técnica de pulverização: http://www.youtube.com/watch?v=P9Xk7t2LItU e ainda este outro também no youtube, é da empresa DipYourCar dos Estados Unidos onde é possível observar a técnica utilizada: http://www.youtube.com/watch?v=0Jzi_JQMWH4

O movimento do braço deve ser lateral, para a direta e esquerda, articulando o ombro para realizar o movimento e não o pulso, que deve ser mantido reto para manter a mesma distância do jato pulverizado em relação à superfície. Isso evita manchas. Este quando mostra o movimento “a” correto e o “b” incorreto, porque fica alternando a distância da pistola e a superfície causando uma pintura não uniforme.

Normalmente é pintado o veículo de baixo para cima, o capô em penúltimo e o teto por último, o que evita o acúmulo de fuligem de pintura sobre essas partes.

Pulverize a uma distância por volta de 15 a 20 cm da superfície, conforme a potência da máquina pulverizadora. Regule para que saia pouco produto e bastante ar. Se a regulagem permitir a passagem de muito produto poderá escorrer o mesmo ocorrendo se parar de movimentar a pistola em um único ponto.

Pintura é sempre prática e paciência, aguarde a secagem das camadas antes de aplicar a próxima. O tempo máximo é de 15 minutos entre uma e outra conforme a temperatura e umidade do ar, mas se nota a secagem quando a camada inicialmente brilhante fica fosca.

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Considera-se uma “camada” quando aplicada uma quantidade de produto que deixa a superfície com aspecto de molhada. Via de regra, é preciso aplicar seis camadas para o bom acabamento. Isso significa 2 galões para um sedã médio (7,2 litros), 1,5 galões para carros menores (5,4 litros), 3 galões (10,8 litros) para caminhonetes e carros maiores. Se for utilizar cor de fundo, considere 3 galões, um da cor de fundo e dois da cor escolhida.

Mantenha sempre o mesmo padrão de velocidade no movimento de vai e vem do braço para que quantidade de tinta seja a mesma em toda a superfície durante a pulverização. Podem ser dadas mãos cruzadas para melhor cobertura, mas apenas até a terceira, na prática, verificamos que dá melhor acabamento se as demais camadas forem sempre no mesmo sentido.

Caso note que escorreu, pare a aplicação no local e deixe secar bem. Muitas vezes uma leve pulverização sobre o escorrimento já seco, resolve. Não resolvendo, outra alternativa é usar o solvente com os dedos (use luvas) e tentar alisar o escorrido com a ponta dos dedos umedecida no solvente e assim, baixando seu relevo. Após, pulverize novamente a borracha para regularizar a superfície. Em último caso, será preciso remover o produto da peça toda e recomeçar o trabalho. Por isso, evite diluir o produto, pulverizar muito volume de tinta ou parar o movimento do braço sobre um mesmo ponto.

O teto está na horizontal, portanto, sugerimos o uso de uma pequena escada, tablado de elevação, ou outra solução que permita o aplicador ficar mais elevado, mais ou menos na posição em que fica para pintar o capô, isso porque é preciso manter o ângulo de aplicação uniforme, reduza o cansaço do braço e permita uma pulverização bem uniforme e não muito próxima da superfície, evitando acidentes como bater com o copo da pistola no teto, como normalmente ocorre.

Faróis e lanternas podem ser pintados normalmente. Evite pulverizar nas placas e nas borrachas. Caso ocorra, limpe com querosene.

11 - Finalização:

Quando aplicar a última camada, mas antes dela secar, ou seja, enquanto ainda estiver com aspecto molhado, comece a puxar as fitas crepe daquela parte. As fitas precisam ser removidas antes secagem da borracha, senão arrancam o envelopamento junto. As fitas devem ser removidas em um ângulo bem fechado, rapidamente, mas sem “trancos” para não arrebentar. Puxe a fita adesiva como na foto abaixo:

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Faróis e lanternas que foram também envelopados, bastará puxar pelas bordas e ir removendo sempre puxando a borracha lentamente para que desgrude, mas antes, certifique-se que nenhum ponto está colado à uma parte que você não deseja remover, pois se puxar acabará arrancando tudo. Use um estilete de precisão para cortar e separar partes da borracha quando necessário.

Para limpeza ou remoção de borracha do entorno de pequenas peças ou emblemas do veículo uma dica é usar fio dental. É resistente, corta a borracha em cantos e frestas permitindo remover os excessos e sem danificar a superfície da borracha no entorno.

O acabamento tradicional fosco fica como este resultado abaixo, foto bem aproximada:

Caso queira utilizar o spray para acabamentos ou retoques não há problema, pois é o mesmo produto do galão. Sugerimos o uso da pistolinha aplicadora “can gun” também à venda pelo site www.dipbrasil.com.br:

Para remover o emborrachamento é muito fácil, o melhor é ver no vídeo como funciona. Acesse no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=GMTIZA48GJw

12 – Dicas Úteis:

12.1 Não dilua o produto só para tentar fazer funcionar em pistolas comuns com bicos finos, pois o excesso de diluição desagrega a borracha que perderá resistência mecânica.

12.2 Não use secadores de cabelo ou sopradores térmicos para tentar acelerar a secagem. Na maioria das vezes se formam micro bolhas como se “fervessem” a borracha e assim estraga o acabamento.

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12.3 O produto é incompatível com vernizes automotivos e a maioria dos solventes do mercado (thinner), aceita apenas produtos da mesma linha ou os recomendados. Não misture outras marcas de borracha líquida, pois normalmente são incompatíveis.

12.4 Para lavar o veículo envelopado não se recomenda o uso de máquinas de alta pressão, exceto se usada apenas no leque aberto, nunca com o jato concentrado. Lavar com água e sabão neutro. Deixe secar naturalmente ou com pano de microfibra que não solte fiapos. A durabilidade esperada é de dois a três anos se bem cuidado, pois isso não use escovas ou produtos químicos derivados de petróleo, solventes em geral. Não deve ser usado soda, querosene, "Intercap" ou "Solupan" na lavagem.

12.5 Para aplicação do “gloss” - “brilhante ou semibrilho” assista este vídeo no youtube evitando problemas de aplicação: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wQ50gUGfOsI

12.6 Suporta até o aquecimento de rodas de carros (não os cubos e pinças), nem é indicada para partes do escapamento.

12.7 É preciso que ao ser aplicado a superfície receba pelo menos seis camadas, não só para garantir a boa cobertura e durabilidade, mas para a certeza que descascará em pedaços grandes quando você quiser remover manualmente.

12.8 Em veículos é preciso pelo menos seis camadas, podendo ser mais, conforme a cor, pois as cores: Branco, amarelo, vermelho e laranja precisam de 20 a 25% a mais de produto (+/-2 camadas adicionais) para atingir a cobertura ideal e necessitam de fundo para não manchar.

12.9 A pulverização na superfície em vai e vem até que fique molhada é que forma a camada, normalmente após três ou quatro passadas do spray é que temos uma camada com aspecto de molhada. Cuidado para não deixar escorrer.

12.10 Para pintar rodas tire-as do veículo e pinte na horizontal, ou com inclinação de 30 a 45 graus. A cobertura é melhor, na mesma direção e é mais fácil de encontrar falhas de pintura. O miolo da roda, sendo plástico ou alumínio dê mais camadas, pinte dos dois lados e encaixe no lugar, então, aplique uma ultima camada já encaixada no lugar.

12.11 Para fazer faixas deve ser utilizada uma fita adesiva de alta qualidade e com boa cola que não solte facilmente. Isso impede infiltração do produto sob a fita e a transferência de cola, da fita para a lataria. Fitas menos espessas são mais indicadas. Aplique a fita adesiva e delimite a faixa desejada. Proteja uma área mais larga, no mínimo 20 cm ao entorno da faixa. Aplique em demãos cruzadas, soltando e apertando a válvula ao final de cada movimento de vai e vem com a mão. Este movimento deve ultrapassar a área da faixa para que não manche, não escorra ou sobrecarregue a margem da faixa. Quando estiver satisfeito com a cobertura, aplique uma última camada de produto e remova a fita imediatamente com a tinta ainda molhada. Não puxe a fita para cima (em 90º com a superfície, mas sim no mesmo sentido levemente para o lado e em um ângulo no máximo de 45º. Caso haja transferência da cola da fita à lataria, espere a faixa secar por pelo menos 4 horas antes de remover o resíduo de cola.

12.12 Se a intenção é proteção de partes do carro como no caso dos veículos "off road", use no mínimo oito camadas.

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12.13 A borracha risca, porque é borracha. Fica "esbranquiçado" onde for arranhado, porém, água e sabão e no máximo silicone líquido resolvem. Quando o risco for profundo e retirar pedaços, é preciso fazer o procedimento de reparo removendo a parte solta, depois passando solvente apropriado para afinar as bordas que ficaram espessas e irregulares e então, reaplicar o produto, podendo ser com aerossol mesmo, porque permite emendas.

12.14 O Glossifier (verniz) e os de efeito metálico e perolizado pode ser usado direto sobre a pintura automotiva, mas como sua resistência mecânica é menor que o fosco, aplique oito camadas.

12.15 Os produtos emborrachados com brilho não podem ter a camada de pintura grossa para não esbranquiçar. Não se preocupe em deixar a camada do verniz com aspecto de "molhada", como se faz com os produtos foscos". Pulverize o verniz em demãos cruzadas, todas bem finas, esperando secar 5 a 10 minutos entre elas. Observe com cuidado a distância em relação ao objeto, pois se sobrecarregar, irá "esbranquiçar".

12.16 Quando for usado o emborrachamento fosco para depois aplicar a camada de verniz, considere que as camadas se somam para atingir a espessura necessária. Aplique no mínimo três, ideal quatro, do produto fosco e depois, cada camada verniz a superfície dará mais brilho, sendo necessárias pelo menos três e o ideal com cinco camadas de verniz.

12.17 Considerando a necessidade de ficar espesso o revestimento, o rendimento será de 0,5 a 1,0 m2. por tubo de 500 ml de aerossol, o suficiente para revestir uma roda de carro até o aro de 17 polegadas. Se usado no pulverizador, cerca de 300 ml cobrem a mesma roda.

12.18 Um capô de carro, conforme o modelo, tamanho, consome de quatro a cinco latas de aerossol para as seis camadas. Uma faixa de 15 cm de largura por 2,0 metros pode ser feita com seis camadas usando um tubo de aerossol preto.

12.19 Todas as marcas citadas no presente manual pertencem aos seus respectivos proprietários, foram citadas porque efetivamente testadas e aprovadas.

12.20 Lembre que alterar a cor do veículo pode gerar multa e apreensão. Consulte a legislação no seu Estado.

Dúvidas ou compra de produtos, acesse www.dipbrasil.com.br.