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  Formadora: Mónica Gonçalves Aprovisionamento, logística e gestão de stocks

Manual de Aprovisionamento Logistica e Gestao de Stocks

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Manual de Aprovisionamento Logistica e Gestao de Stocks

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  • Formadora: Mnica Gonalves

    Aprovisionamento, logstica e gesto de stocks

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    1. Objetivos .......................................................................................................................... 4

    2. Introduo ....................................................................................................................... 4

    3. Aprovisionamento ........................................................................................................... 4

    3.1. As fases da compra .................................................................................................. 5

    3.1.1. A Pr-compra ................................................................................................... 5

    3.1.1.1. O estudo da necessidade interna .............................................................. 5

    3.1.1.2. O mercado fornecedor.............................................................................. 6

    3.1.1.3. A anlise das empresas fornecedoras ....................................................... 7

    3.1.2. As fases da compra propriamente dita ............................................................ 7

    3.1.2.1. A consulta ................................................................................................. 7

    3.1.3. A anlise comparativa das propostas .............................................................. 8

    3.1.3.1. A seleo ................................................................................................... 8

    3.1.3.2. A negociao ............................................................................................. 9

    3.1.3.3. A escolha da empresa fornecedora .......................................................... 9

    3.1.3.4. O contrato de compra............................................................................... 9

    3.1.3.5. O controlo de execuo do contrato ....................................................... 10

    3.1.3.6. A verificao de faturas.......................................................................... 11

    3.2. Os documentos a utilizar pelo servio de compras ............................................... 11

    3.2.1. A requisio de compra ................................................................................. 11

    3.2.2. A ficha do fornecedor ..................................................................................... 11

    3.2.3. Ficha do produto ............................................................................................ 12

    3.2.4. A nota de encomenda ..................................................................................... 12

    3.2.5. A nota de devoluo ....................................................................................... 13

    3.2.6. O dirio de compras ....................................................................................... 13

    4. Stocks ............................................................................................................................. 13

    4.1. Noo ...................................................................................................................... 14

    4.2. Funo .................................................................................................................... 14

    4.3. Vantagens e desvantagens da constituio do stock ............................................. 14

    4.3.1. Vantagens ....................................................................................................... 14

    4.3.2. Desvantagens .................................................................................................. 15

    4.4. Tipos de stocks ....................................................................................................... 17

    4.4.1. Stock normal .................................................................................................. 17

    4.4.2. Stock de segurana ......................................................................................... 17

    4.4.3. Stock afetado .................................................................................................. 18

    4.4.4. Stock global .................................................................................................... 18

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    4.4.5. Outros tipos de stocks .................................................................................... 18

    4.5. Classificao dos Stocks......................................................................................... 18

    4.6. Entidades intervenientes ........................................................................................ 19

    5. Princpios da gesto de stocks ....................................................................................... 21

    5.1. Definio e objetivos de gesto de Inventrio ....................................................... 21

    5.2. Tipo de matrias a armazenar............................................................................... 24

    5.2.1. Matrias-primas ............................................................................................. 24

    5.2.2. Componentes e produtos em vias de fabrico ................................................. 24

    5.2.3. Consumveis ................................................................................................... 24

    5.3. Determinantes do nvel timo de stock.................................................................. 24

    5.4. Anlise ABC ........................................................................................................... 25

    6. Custos associados aos stocks ......................................................................................... 26

    6.1. Custos operacionais associados stockagem da mercadoria ............................... 26

    6.1.1. Lote econmico de compra ............................................................................ 26

    6.1.2. Ponto da encomenda ...................................................................................... 29

    6.1.3. Stock de segurana. ........................................................................................ 29

    6.2. Custos de oportunidade face a outras opes ....................................................... 30

    6.3. Noo de custo operacional e de custo afundado .............................................. 31

    7. Inventrios ..................................................................................................................... 31

    8. Bibliografia .................................................................................................................... 32

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    1. Objetivos

    Estabelecer e implementar metodologias de gesto de aprovisionamentos e de

    logstica industrial.

    Identificar e caracterizar tcnicas de gesto de stocks.

    Identificar as diferentes etapas da compra e estratgias de negociao com os

    fornecedores. Identificar e analisar os diferentes custos associados aos stocks e

    armazenamento.

    Utilizar os principais instrumentos de controlo e informao de stocks.

    2. Introduo

    Embora se confundam muitas vezes, compras e aprovisionamento no so sinnimos.

    Na realidade, compras refere-se a um conjunto de atuaes iniciadas pela identificao

    de uma necessidade e compreendem, normalmente a seleo de um ou mais

    fornecedores, negociao de preo e de restantes condies de venda. Por outro lado, o

    aprovisionamento pode ou no incluir a atuao de compra, de material e de encomenda

    dos stocks, na receo e armazenamento dos produtos, etc.

    Atualmente, o aprovisionamento, com a sua subcomponente compras,

    considerado um sector fulcral da atividade comercial, sendo, quase sempre, decisivo

    relativamente aos resultados finais, uma vez que sempre fcil vender bem o que foi

    comprado.

    As ligaes funcionais do aprovisionamento com os outros departamentos ou

    sectores da empresa, so variadas e, quando eficazes otimizam a rentabilidade da

    empresa.

    3. Aprovisionamento

    O "Aprovisionamento, por si s, representa geralmente a maior despesa das empresas,

    de esperar que seja uma rea muito pressionada em termos de eficincia e eficcia.

    uma rea em evoluo dentro das empresas, com cada vez mais responsabilidades, pois

    o que antes se chamava simplesmente aprovisionamento", hoje apresenta nomes como

    sourcing, supply manegement, etc.

    A par desta mudana de nome, verifica-se um crescente reconhecimento da

    importncia das atividades de aprovisionamentos" no sucesso da empresa.

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    3.1. As fases da compra

    Desde a deteo da necessidade que origina um processo de compra, at receo da

    mercadoria, toda a operao decorre numa sucesso de etapas que tm que ser

    percorridas, quer sejam simples, ou extensas. Essas etapas so basicamente trs:

    1 A fase da pr-compra que comporta toda a preparao da compra e o estudo do

    mercado fornecedor.

    2 A compra propriamente dita, que inclui uma sucesso de atuaes que so

    basicamente:

    A seleo da base de fornecedores;

    A consulta;

    A anlise comparativa das propostas;

    A seleo das ofertas consideradas mais vantajosas;

    A negociao com os fornecedores selecionados;

    A deciso final sobre o fornecedor e as condies de fornecimento;

    O estabelecimento de um contrato.

    3 O acompanhamento e controlo da compra contratada especialmente nos seguintes

    aspetos:

    Receo qualitativa, quantitativa e documental;

    Controlo dos prazos de entrega e validade dos produtos;

    Controlo da faturao.

    3.1.1. A Pr-compra

    A pr-compra reporta a toda a fase que antecede a seleo da base de fornecedores e

    tem essencialmente duas componentes: a primeira clarifica dentro da prpria empresa a

    necessidade a satisfazer e a segunda, externa, baliza o mercado fornecedor onde essa

    necessidade pode ser satisfeita.

    3.1.1.1. O estudo da necessidade interna

    A compra a efetuar vai refletir, no somente a satisfao de uma necessidade, mas os

    parmetros que definem essa necessidade em termos de quantidade, preo, qualidade e

    prazo de entrega.

    De uma maneira geral, a definio desses parmetros passa por respostas a perguntas do

    gnero:

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    Quais os limites qualitativos do produto, da embalagem e prazos de

    validade?

    Que quantidades se pretendem comprar, a que ritmo e durante quanto

    tempo?

    Qual a tolerncia aceitvel dos prazos de entrega?

    H limitaes em termos do espao de armazenamento e se houver, quais?

    H limitaes financeiras em relao a eventuais acordos relativos a prazos

    de pagamento ou montante total a pagar?

    Quais as variantes de preo de compra por unidade aceitveis?

    uma compra sigilosa ou no?

    A entrega dever ser feita num nico local ou em vrios?

    O produto implica responsabilidades subjacentes como prazo de garantia,

    peas de substituio. Etc.

    Assim, e na posse de todos os dados da questo, o comprador deve procurar estabelecer

    a importncia relativa dos diferentes aspetos a ponderar de forma a mais tarde, poder

    analisar comparativamente os diferentes fornecedores, bem como, estabelecer as

    clusulas contratuais simultaneamente s exigncias de qualidade e preo, o comprador

    deve saber o que prioritrio.

    3.1.1.2. O mercado fornecedor

    Procurando detetar o mercado fornecedor, o comprador dever fazer um levantamento

    sistemtico das empresas existentes, recorrendo, conforme o maior ou menor grau de

    sofisticao da sua prpria estrutura, desde o tempo de que dispem, da importncia da

    compra a efetuar e da sua prpria autonomia, at s estruturas que eventualmente lhe

    possam fornecer tais informaes nomeadamente:

    Associaes comerciais/industriais

    Empresas de informao comercial

    Publicaes do ramo

    Instituies de apoio, coordenao ou propaganda do sector.

    Nos casos em que o produto a comprar j tem histrico na empresa, o comprador deve

    fazer um levantamento to exaustivo quanto possvel dos fornecedores intervenientes,

    procurando detetar quantidades (podem ser usadas como argumento de negociao),

    falhas quantitativas ou qualitativas nas entregas, erros de faturao, etc. , que serviram

    para fundamentar melhor as opes a tomar.

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    3.1.1.3. A anlise das empresas fornecedoras

    sempre vantajoso, especialmente no caso de compras importantes, ter um bom

    conhecimento da empresa fornecedora, para alm do eventual contacto com o vendedor.

    Conhecer as suas instalaes, os seus equipamentos, a sua estrutura de distribuio e

    mesmo alguns dos seus quadros, permite inferir a qualidade global da empresa, a qual

    deve ser tomada em linha de conta na deciso final do produto a comprar.

    3.1.2. As fases da compra propriamente dita

    3.1.2.1. A consulta

    Designa-se por consulta a sondagem das empresas fornecedoras, recolhendo,

    organizando e sistematizando as informaes transmitidas.

    Existem no entanto, algumas opes que so necessrias tomar relativamente a:

    Tipos de fornecedores a contactar (fabricantes, grossistas, etc.)

    Distribuio geogrfica dos eventuais fornecedores

    Forma de consulta (carta, telefone, fax, entrevista, internet)

    Contedo da consulta (gama de itens a cobrir)

    Estas opes decorrem, evidentemente, dos dados que originaram a consulta e os fatores

    nomeadamente:

    Maior ou menor prazo da exigncia da compra;

    Especificidade tcnica do produto a comprar;

    Condicionalismos geogrficos, econmicos ou outros.

    evidente que a resposta consulta por parte do fornecedor representa, de certa forma,

    um compromisso relativamente a condies de qualidade, preo, entrega, etc.

    De uma maneira geral, os elementos a solicitar numa consulta devem abranger:

    As especificaes tcnicas do produto a fornecer com limitaes qualitativas ou

    outras;

    As caractersticas relativamente a pesos, volumes, embalagens, etc.;

    A solicitao de preos da forma mais especfica possvel e em todas as opes

    que possa ser considerada (relativamente aos produtos, s embalagens, aos

    locais de entrega, etc.)

    O prazo de garantia, condies de assistncia, fornecimento de acessrios, etc.

    obvio que, quanto maior for o prazo que o comprador tiver para sondar o mercado e

    negociar a melhor opo de compra, maiores possibilidades ter de conseguir uma boa

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    compra. E como desse sucesso advm a avaliao do comprador como profissional, este

    pressuposto deve ser levado em conta (com o necessrio bom senso), mesmo quando

    sujeito presso das urgncias da lgica empresarial.

    3.1.3. A anlise comparativa das propostas

    Precedendo a negociao, a anlise comparativa das propostas, por poder ser muito

    diversificada em relao a diferentes fatores, implica logo partida a classificao em

    dois aspetos:

    O estabelecimento de limites (de qualidade, preos, condies de pagamento,

    quantidades, prazos de entrega e outros) que por no serem aceitveis eliminam

    a proposta.

    O peso ponderado comparativo dos diferentes fatores de forma a poder

    hierarquizar as diferentes propostas na sua globalidade.

    Entre os fatores aos quais necessrio atribuir uma valorizao ponderada esto:

    Qualidade do produto

    Preo com todas as suas variantes de desconto

    Prazos de entrega

    Condies de pagamento

    Condies de garantia, assistncia tcnica, etc.

    Credibilidade da empresa fornecedora (com especial importncia quando se

    pretendem estabelecer relaes comerciais a prazo)

    3.1.3.1. A seleo

    A seleo, complementar da anlise comparativa da proposta, decide-se por dois ou trs

    fornecedores que sero abordados para se passar fase de negociao. Convm no

    entanto manter presente alguns fatores do mundo empresarial, nomeadamente:

    mais fcil negociar preos e prazos de pagamento do que qualidade e prazos

    de entrega (por serem inerentes ao produto e empresa). As negociaes so

    sempre confidenciais. A fuga de informao para a concorrncia, gera falta de

    credibilidade do negociador e ocasionar prejuzos futuros.

    Por vezes possvel negociar condies diferentes das propostas pelo fornecedor

    (embalagem, entregas repartidas, condies promocionais, cooperao em aes

    de marketing, etc.)

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    3.1.3.2. A negociao

    Negociar faz parte da vida de um empresrio ao lidar com fornecedores, clientes.

    Querer alcanar um objetivo, estando dependente de outros para o alcanar, pressupe

    conversar com eles, conhecer as suas metas e alcanar um resultado satisfatrio. Saber

    desempenhar esta tarefa com eficcia pois fundamental para qualquer empresrio.

    Todos os dias negociamos com clientes, fornecedores, amigos, famlia e at connosco

    prprios.

    Contudo, para muitos, negociar uma estranha arte, reservada a algumas elites!

    Entende-se negociar como um processo complexo do ponto de vista racional, emocional

    e comunicacional. Envolve necessidades que, para serem cumpridas, esto dependentes

    de aes de outras entidades e as partes envolvidas pressupem que, para alcanar os

    seus objetivos, tero de obter um compromisso.

    Saber negociar fundamental para qualquer empresa. Quando um cliente lhe diz que

    recebeu uma proposta melhor da concorrncia e o pressiona para baixar preos, implica

    negociar. Quando pretende contratar um fornecedor, implica negociar.

    3.1.3.3. A escolha da empresa fornecedora

    Aps a obteno de um acordo, a opo est tomada.

    No entanto, em casos de compra a prazo ou em grandes quantidades, convm, por vezes

    considerar a hiptese de colocar uma parte da compra num segundo fornecedor, de

    modo, a manter aberta uma ameaa concorrencial, e a no colocar a nossa empresa

    sob o risco de dependncia de um nico fornecedor.

    Dentro da mesma lgica, para uma gama de diferentes produtos, embora posa haver

    vantagens ocasionais na compactao de u nico fornecedor, devem-se colocar reservas

    a essa soluo, sendo prefervel, ter vrios fornecedores.

    3.1.3.4. O contrato de compra

    O contrato de compra dever ser elaborado, sempre que possvel, por especialistas

    jurdicos. De realar, no entanto, alguns princpios a seguir:

    Ser objetivo em todas as quantificaes;

    Evitar omisses

    No utilizar terminologia ambgua;

    Recorrer, sempre que for caso disso, s normas e regulamentos nacionais;

    Respeitar o cdigo comercial;

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    Especificar as condies econmicas e tcnicas de maneira objetiva;

    Prevenir no contrato, de modo objetivo, todas as eventuais situaes decorrentes

    da compra, no aceitando eventuais mal-entendidos;

    Estudar todas as possveis consequncias das clusulas includas pela entidade

    fornecedora, nomeadamente qualquer uma que reveja as condies do contrato;

    Formalizar a receo de mercadorias.

    3.1.3.5. O controlo de execuo do contrato

    Qualquer contrato pressupe um jogo de obrigaes mtuas que, quando no cumpridas

    parcialmente ou totalmente por um dos lados, implica penalizaes clausuladas no

    prprio contrato ou a cessao das obrigaes contratuais da outra parte.

    As clusulas de um contrato podem cobrir inmeros aspetos e detalhes. Entre outros

    assuntos reportam-se normalmente:

    qualidade, tipo, referncias, etc. da mercadoria a entregar;

    s quantidades a entregar;

    s datas e locais de entrega;

    Ao transporte das mercadorias;

    Aos preos;

    s embalagens de transporte, venda, etc.;

    rotulagem, etiquetagem, etc.;

    Aos prazos de validade de mercadorias;

    s eventuais garantias;

    eventual assistncia tcnica;

    Aos documentos de origem, certificados a mercadoria (seguro, certificados de

    origem, certificados de qualidade, etc.).

    Deste modo, o servio de compras (ou quanto for caso disso, de aprovisionamento), tem

    de montar um sistema de controlo de execuo de contratos para que no exista

    qualquer falha da sua parte e a detetar em devido tempo falhas de empresa fornecedora.

    Neste caso, consoante a gravidade, procurar-se- conjuntamente com o fornecedor,

    solues de compromisso, ou acionar-se- as penalizaes previstas. Neste contexto os

    prazos de entrega da mercadoria assumem frequentemente enorme importncia por

    poderem colocar em causa stocks e vendas. Para o comprador, no entanto, tambm os

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    prazos de pagamento ao fornecedor podem ter influencia acrescentada pois podem

    melhorar ou piorar a capacidade de negociao em futuras conversaes.

    3.1.3.6. A verificao de faturas

    A verificao de faturas, sendo feita com base no contrato ou acordo estabelecido com o

    fornecedor, frequentemente uma tarefa do sector administrativo-financeiro da

    empresa. Normalmente verifica-se:

    Se as quantidades e qualidade (modelos, referencias, embalagens, etc.)

    rececionados correspondem aos mencionados na fatura;

    Se os preos e restantes condies afins (descontos, etc.) correspondem

    ao acordado;

    Se o pagamento solicitado corresponde ao prazo estipulado.

    Caso tudo se encontre de acordo com o indicado pelo servio de compras, a fatura segue

    ento para a contabilidade a fim de ser colocada a pagamento.

    3.2. Os documentos a utilizar pelo servio de compras

    3.2.1. A requisio de compra

    A requisio de compra um documento interno elaborado pelo sector que necessita a

    mercadoria e dirigida ao sector de compra. De uma maneira geral deve conter:

    N de ordem

    Entidade requisitante

    Responsvel pela requisio

    Referencia qualitativa detalhada do produto

    Quantidade (s) a requisitar para uma data ou sucesso de datas

    Aprovao da requisio

    3.2.2. A ficha do fornecedor

    A ficha do fornecedor , tal como o nome indica, a ficha identificativa do fornecedor. O

    ficheiro deve ser organizado por ordem alfabtica e cada ficha inclui:

    Nome da empresa

    Moradas de:

    o Sede

    o Representante

    o Fbrica

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    o Armazm

    Contactos

    o Telefone, fax, telefax, telemvel, email

    Pessoas a contactar

    o Telemveis e telefones diretos

    Banco com que trabalha

    Sistemas de distribuio (transporte, prazos de entrega)

    Companhia de seguros

    Prazos de pagamento

    Descontos

    Compra mnima

    Produtos disponveis

    3.2.3. Ficha do produto

    A ficha do produto identificativa de todos os produtos comprados ou em processo de

    compra, respetivo fornecedor e condies de compra. O ficheiro deve ser ordenado por

    ordem alfabtica, devendo cada ficha conter:

    Nome do produto

    Referencia aos diferentes fornecedores

    Unidades de compra (diferentes fornecedores)

    Listagem de eventuais fornecedores

    3.2.4. A nota de encomenda

    A nota de encomenda um documento endereado ao fornecedor solicitando o

    fornecimento de uma determinada entrega de mercadoria nas condies indicadas.

    Inclui:

    Nome e endereo da empresa a que se dirige

    Nome e endereo da prpria empresa

    Referncia do documento do fornecedor que especifica preos e condies

    Referncia da mercadoria encomendada

    Data da entrega da mercadoria

    Horrio de receo da mercadoria

    Condies de transporte ou expedio

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    Preos, descontos

    Prazos de pagamento

    Quantidades a entregar

    Valor da encomenda

    3.2.5. A nota de devoluo

    A nota de devoluo o documento a utilizar na devoluo total ou parcial de uma

    encomenda, mercadoria fora do prazo, mercadoria deriorada coberta pelo acordo de

    compra, vasilhame e que implique a obteno de um crdito ou pagamento por parte do

    fornecedor.

    3.2.6. O dirio de compras

    O dirio de compras consta do registo dirio das compras efetuadas e das datas previstas

    de pagamento, assim como, do seu acompanhamento face ao oramento de compras.

    4. Stocks

    A Gesto de Stocks assume nas empresas modernas um papel fundamental, sendo uma

    das ferramentas mais importantes ao dispor da gesto para maximizar os seus resultados

    lquidos. A manuteno de um nvel adequado de stockagem e um desafio que e

    colocado aos gestores, j que e necessrio minimizar os custos de stockagem, no pondo

    em risco a operacionalidade de toda a logstica das empresas.

    Um stock e um conjunto de artigos que esperam uma utilizao mais ou menos

    prxima. Assim, tanto e stock a mercadoria existente num espao de venda como a que

    existe num armazm, como a que h na despensa de nossa casa.

    A gesto de stocks e, dito de forma simplificada, o conjunto de aes que visa manter o

    stock ao mais baixo nvel em termos quantitativos e de custo, garantindo

    simultaneamente o fornecimento regular da empresa e a melhor execuo das tarefas de

    aprovisionamento e armazenagem.

    Assim, a gesto de stocks tem como objetivo definir quais os produtos a encomendar,

    qual a altura em que devem ser encomendados e em que quantidade.

    A complexidade desta misso e proporcional ao nmero de produtos comercializados

    pela empresa e ao volume de vendas de cada um deles.

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    4.1. Noo

    Stocks, consiste em todos bens e materiais que so armazenados por uma determinada

    organizao para serem consumidos/utilizados no futuro.

    Gesto de stocks um Conjunto de operaes que permite, aps conhecer a evoluo

    dos stocks, que se verificou na empresa, formular previses destes e tomar decises de

    quanto e quando encomendar na finalidade de conseguir a melhor qualidade de servio

    ao mnimo de custo.

    O objetivo da gesto de stocks envolve a determinao de trs decises principais:

    O que comprar

    Quanto comprar

    Quando comprar

    4.2. Funo

    Exemplo do abastecimento de gua:

    Os consumos s excecionalmente so regulares, por isso o gestor obrigado a estudar,

    em funo do consumo, qual o nvel ou stock de gua mais conveniente que deve

    manter no reservatrio, ou seja, que quantidade de gua deve mandar fornecer e em que

    perodos de tempo de modo h que no haja desperdcio, nem de menos, o que

    ocasionaria faltas de gua.

    4.3. Vantagens e desvantagens da constituio do stock

    4.3.1. Vantagens

    Fatores mais relevantes que levam as organizaes a constituir stock:

    Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua produo ser

    irregular;

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    Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma reduo do

    preo unitrio;

    No sendo prtico o transporte de produtos em pequenas quantidades, opta-se

    por encher os veculos de transporte no intuito de economizar nos custos de

    transporte, o que se traduz numa constituio de stock;

    A existncia de stock pode-se justificar apenas pela legtima preocupao em

    fazer face s variaes de consumo;

    Para preveno contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a

    produo, greves laborais, problemas no transporte, etc;

    Armazenamento de produtos, se a produo for superior ao consumo, em alturas

    de crise poder contribuir para evitar tenses sociais;

    Beneficia-se da existncia de stock, quando este evita o incmodo de se fazer

    entregas ou compras demasiado frequentes.

    4.3.2. Desvantagens

    Principais inconvenientes na constituio de stocks:

    Certos produtos no possuem condies de serem mantidos em stock ou podero

    ser mantidos em perodos muito curtos;

    O custo de posse traduz-se no facto de existir material no vendido que vai

    acabar por imobilizar capital sem acrescentar valor;

    A rutura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a ocorrncia

    desta ir provocar vendas perdidas e em casos extremos poder levar perda de

    clientes.

    A evoluo dos stocks pode ser expressa pelo grfico em dentes de serra, que relaciona

    as entradas e as sadas dos artigos com o tempo.

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    Stock mximo: valor mximo atingido pelo stock normal num determinado perodo de

    tempo.

    Stock mnimo: valor mnimo atingido pelo stock normal num determinado perodo de

    tempo.

    Stock mdio, a mdia aritmtica de todas as existncias calculadas entre duas

    recepes de artigos.

    No perodo de t1, ser igual a Q0+Q1

    No perodo de t2, ser igual a Q1+Q2

    Simultaneamente no perodo de t1 e t2, ser igual a Q0+Q1+Q1+Q2

    E assim sucessivamente

    Cada sucesso das semi-rectas verticais entre duas entregas de material aos armazns,

    pode ser substituda por uma nica recta contnua, como se procede na figura seguinte.

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    Se o stock anual for de 2400 unidades e tiver o mesmo consumo mensal de 200

    unidades por ms, mas passar a ser comprado por duas vezes durante o ano, o stock

    mdio reduzido a metade, ou seja a 600 unidades.

    Portanto o stock mdio torna-se tanto menor quanto mais encomendas foram feitas,

    diminuindo assim o investimento em stock. Porem, conveniente verificar se essa

    reduo no investimento compensa o aumento do custo das encomendas.

    4.4. Tipos de stocks

    4.4.1. Stock normal

    O stock normal agrupa todos os artigos consumidos de modo mais ou menos regular.

    Este divide-se em stocks ativos e stocks de reserva.

    Stock ativo: artigo que no armazm ocupam o espao dos equipamentos de

    arrumao (estantes, caixas, etc.) de onde so retirados para satisfao imediata

    das necessidades correntes dos utilizadores.

    Stock de reserva: constitui as existncias do stock normal que no tem no local

    destinado ao stock ativo.

    4.4.2. Stock de segurana

    O stock de segurana (ou de proteo): parte do stock global destinado a tentar prevenir

    ruturas de material, provenientes de:

    Eventuais excessos de consumo em relao aos previstos;

    Aumentos de prazo de entrega em relao aos que tinham sido acordados;

    Rejeies de material na sua receo;

    Falta de material por deteriorao, roubos, etc.

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    4.4.3. Stock afetado

    O stock afetado parte do stock global que se encontra destinado a fins especficos.

    Quando um artigo, embora constitua consumo de vrios servios, fundamental para o

    consumo de um deles e est a escassear, por vezes reserva-se parte do seu quantitativo

    retirando-a do stock normal onde fisicamente se encontra.

    4.4.4. Stock global

    O Stock global toda a existncia fsica de determinado artigo num dado momento, que

    igual soma dos stocks: normal, de segurana e afetado

    4.4.5. Outros tipos de stocks

    Stock mximo valor mximo atingido pelo stock normal.

    Stock mnimo valor mnimo atingido pelo stock normal. Este stock calculado para

    determinados materiais, que se destinam a garantir a existncia de uma quantidade

    mnima.

    Stock mdio valor mdio das existncias em determinado perodo de tempo.

    Stock mximo valor mximo atingido pelo stock normal.

    Stock mnimo valor mnimo atingido pelo stock normal. Este stock calculado para

    determinados materiais, que se destinam a garantir a existncia de uma quantidade

    mnima.

    Stock mdio valor mdio das existncias em determinado perodo de tempo.

    4.5. Classificao dos Stocks

    No que se refere sua posio em relao ao processo produtivo, os stocks podem

    classificar-se:

    Produtos de comercializao produtos adquiridos aos fornecedores destinados

    venda.

    Produtos de consumo produtos adquiridos aos fornecedores para consumo interno da

    organizao.

    Matrias-primas ou componentes artigos que se incorporam no produto final.

    Materiais auxiliares materiais que se destinam fabricao mas que no se

    incorporam na produo.

    Materiais de conservao, peas e acessrios.

    Ferramentas.

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    Embalagens.

    Produtos finais (produtos acabados).

    Baseado na sua utilidade, os stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias

    Stock em lotes - constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as

    exigncias, nesse sentido, feita uma encomenda em lotes numa quantidade

    maior do que o necessrio;

    Stock de segurana - o stock destinado a fazer face a incertezas tanto do

    ponto de vista do fornecimento como das vendas;

    Stock sazonal - trata-se do stock constitudo para afrontar picos de procura

    sazonais, ou rupturas na capacidade produtiva.

    Stock em trnsito - so artigos armazenados com vista a entrarem no processo

    produtivo;

    Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre actividade da

    produo ou em fases dependentes.

    Exemplos de utilizao de Outras Classificaes

    Numa empresa Comercial, haver, essencialmente, stocks de produtos finais,

    materiais de consumo e, eventualmente, peas de reserva.

    Numa empresa de investimentos financeiros ou num banco haver, certamente,

    stocks de ttulos e de moeda.

    Num estabelecimento hospitalar os stocks de medicamentos podero ser

    classificados de acordo com os diferentes usos previstos.

    4.6. Entidades intervenientes

    O Controlo Operacional do Armazm

    Para que os produtos possam fluir eficientemente atravs do armazm, tem de existir

    informao que ajude a dirigir as atividades do prprio armazm e a medir a eficincia

    da utilizao dos seus recursos.

    Para uniformizar e simplificar a descrio do sistema de informao de gesto de stocks,

    as entidades intervenientes num processo de aquisio de um bem, de um modo nico e

    genrico, se bem que na realidade os nomes possam variar consoante a nomenclatura

    usada em cada organismo.

    Servio Entidade pertencente a um Organismo e que consome bens.

    Fornecedor Entidade designada para fornecer, ou j fornecedora, de um bem.

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    Firma Entidade passvel de consulta para fornecimento e que pode vir a ser

    Fornecedor.

    Economato Servio que gere o material em armazm e a sua entrega aos outros

    Servios de um Organismo.

    Compras Servio que efectua e gere o processo de aquisio de um bem.

    Armazm Servio ou espao onde so depositados, de um modo provisrio, os

    bens adquiridos pelo Organismo.

    Com estes intervenientes definidos, as vrias fases que integram o fornecimento, de um

    bem a um Servio, podem descrever-se do seguinte modo:

    a) Quando um servio necessita de um bem pede-o seco de Economato atravs

    de uma Requisio interna.

    b) O Economato verifica a existncia do bem em armazm.

    c) Se houver no Armazm o bem pretendido este entregue ao Servio

    acompanhado de uma Guia de entrega.

    d) Se no houver no Armazm, d-se incio a um processo de aquisio atravs de

    um pedido seco de Compras.

    e) A seco de Compras efetua o processo de consulta ao mercado e tomada uma

    deciso de aquisio de um bem a uma dada Firma, a qual formalizada por

    uma Requisio oficial ou Nota de encomenda.

    f) O Fornecedor, aps a receo da Requisio oficial ou Nota de encomenda,

    entrega o bem ao Organismo. A entrega, dependendo do tipo de bem, pode ser

    no Armazm ou no Servio. No entanto, quem acusa a receo do bem o

    Economato atravs da receo da Guia de remessa/Fatura do Fornecedor.

    g) Aps entendimento de boa receo do bem, este passvel de pagamento

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    5. Princpios da gesto de stocks

    5.1. Definio e objetivos de gesto de Inventrio

    O inventrio basicamente uma lista de bens e materiais disponveis em stock que esto

    armazenados na empresa ou ento armazenados externamente mas pertencentes a

    empresa. Os materiais disponveis listados em um inventrio podem ser utilizados na

    fabricao de bens mais complexos ou ento eles mesmos podem ser comercializados,

    dependendo do negcio da empresa.

    A origem da palavra inventrio, vem da palavra inventarium, que era um termo

    Romano (latim) para designar um grande documento/lista onde se encontravam

    registados os produtos dos armazns.

    A principal caracterstica de um bom inventrio so os detalhes. Quanto mais minucioso

    e mais preciso for um inventrio, melhor ele cumpre o seu papel. sempre interessante

    que o inventrio contenha alm do nome dos itens e da sua quantidade, tambm uma

    boa descrio destes itens.

    Passos da gesto de inventrio

    Uma gesto positiva e equilibrada do inventrio indispensvel ao bom funcionamento

    das empresas. Algumas das suas fases mais importantes do inventrio so:

    a) Plano de operaes: trata-se de um documento onde reunida toda a informao,

    detalhada e rigorosamente tratada, relativa a qualquer operao ou tarefa;

    Inclui:

    A descrio da tarefa ou da operao;

    O nmero de pessoas nela envolvidas diretamente;

    O tempo exigvel para a sua execuo;

    Os materiais utilizados;

    O equipamento e maquinaria necessrios;

    Informao sobre a avaliao dos resultados e o controlo do desenvolvimento

    das operaes;

    b) Plano de necessidades materiais: plano que avaliar todos os recursos materiais

    necessrios execuo, incluindo no s as matrias-primas, bem como todos os outros

    componentes relacionados com a elaborao dos produtos. Integra a estrutura do

    produto e a poltica de existncias;

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    tambm necessrio avaliar os custos de aquisio, a qualidade, as condies de

    armazenagem, a adequao e a disponibilidade de todos os produtos e materiais de

    substituio ou alternativos.

    A avaliao dos materiais deve ser feito tendo em conta:

    As suas caractersticas do ponto de vista fsico e qumico;

    As condies de funcionamento;

    As dimenses requeridas;

    As tolerncias mximas admitidas na produo;

    A embalagem e o modo de expedio;

    As condies de receo dos materiais;

    A poltica de existncias define o nvel de stocks a adotar e depende de fatores internos

    e externos como:

    Os prazos de entrega acordados com os clientes;

    A propenso ao risco: sem desconsiderar os custos associados ao

    armazenamento de material, importante evitar situaes de rutura de stock

    perante clientes insatisfeitos;

    As relaes com os fornecedores: a necessidade de um stock elevado pode ser

    diminuda se a empresa tiver com os fornecedores uma relao caracterizada

    pela comunicao, cooperao e proximidade.

    c) A escolha dos fornecedores: este passo fundamental pelo que deve ser antecedido

    de uma avaliao do mercado dos fornecedores dos materiais, tendo em conta alguns

    critrios, como a competncia tcnica, o preo e os prazos de entrega. No seguimento da

    identificao destes elementos, a empresa deve entrar em contacto com os fornecedores

    para obter informao especfica sobre a estrutura e funcionamento das respetivas

    empresas. A seleo deve atender a uma lista de critrios, concretamente estabelecidos

    por ordem de prioridade.

    importante que a empresa estabelea uma relao de parceria com o fornecedor. Por

    outro lado, importante que a empresa tenha mais fornecedores. S assim ver

    garantida a sua independncia e capacidade de gesto.

    d) Escolha da qualidade dos materiais: neste mbito, a aquisio de matrias-primas

    uma medida que deve ser privilegiada mesmo quando a empresa se encontra em fase de

    lanamento. Se se revelar necessrio, deve-se atrasar os processos de vendas para

    permitir o fabrico de um produto com maior qualidade;

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    e) Avaliao dos fatores-chave para a poltica de existncias: a poltica de existncias

    deve procurar evitar duas situaes: a existncia de um volume de stocks demasiado

    baixo, que coloca a empresa em risco de no poder fornecer os seus clientes, e o excesso

    de stock, que reflete uma imobilizao de capital difcil de gerir financeiramente. Neste

    contexto, a empresa deve ter em conta a durao do ciclo de produto, as previses de

    vendas e os prazos de entrega;

    f) Criar um stock de segurana: acrescentado s existncias normais e tem como

    objetivo minimizar as consequncias de um aumento inesperado da procura ou de um

    atraso ocasional dos fornecedores, o que obriga a um aumento do prazo de entrega. O

    stock de segurana equivale quantidade de produtos vendidos por dia, em mdia, e

    pode ser calculada atravs de vrias frmulas;

    g) Gerir o stock consoante o seu valor financeiro: para a otimizao da gesto do stock,

    as existncias, tanto no mbito da compra, como do armazenamento, devem ser tratadas

    com graus de importncia que diferem consoante o seu valor financeiro (preo unitrio

    x compras anuais por parte da empresa). Aquelas que representam at 80% desse valor

    exigem um cuidado especial; as que representam at 15% justificam alguma ateno;

    finalmente aqueles que s chegam a 5% do valor financeiro, no necessitam de

    tratamento.

    Algumas razes para a existncia de stocks:

    A empresa necessita de produtos em armazm para os poder transacionar e

    concretizar os seus objetivos econmicos e financeiros;

    Os stocks previnem as empresas em relao s flutuaes da procura ou face a

    situaes imprevisveis no fornecimento das matrias-primas;

    Para certas empresas industriais necessria a constituio e gesto de diversos

    stocks intermdios de matrias-primas e produtos, de forma a evitar uma

    eventual rutura do processo produtivo.

    A criao de stocks surge como forma de aproveitar flutuaes futuras da

    procura.

    Porque que existe Inventrio?

    Mantm independncia entre operaes

    Responder a variaes na procura

    Permitir flexibilidade na programao da produo

    Criar uma salvaguarda para a variao na entrega de matrias-primas

    Tirar partido de efeitos de escala nas ordens de produo

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    5.2. Tipo de matrias a armazenar

    5.2.1. Matrias-primas

    Bens utilizados e transformados ao longo do processo produtivo, sendo por essa via,

    incorporados nos produtos acabados. Tambm conhecido por objeto de trabalho.

    Exemplo: azeitona, que posteriormente se transforma em azeite ou em conservas

    5.2.2. Componentes e produtos em vias de fabrico

    Componentes e produtos em vias de fabrico: bens que entram na composio de

    outro bem, no so a matria prima nem o bem final.

    Exemplo: A cola para a indstria do mobilirio.

    5.2.3. Consumveis

    Bens consumveis, tambm conhecidos por materiais diversos.

    Exemplo: material de reparao, de higiene, componentes informticos, etc.

    5.2.4. Produtos finais

    Produtos finais, so bens que no precisam de manuseamento e que o estado final

    deles o que vamos entregar.

    Exemplo: os detergentes, bebidas, batatas fritas, etc.

    Existem vrios tipos de materiais, todos eles com a possibilidade de serem

    armazenados tanto pela prpria empresa como por uma empresa de logstica. Existe

    ainda dentro destes materiais, o armazenamento de artigos a frio, de artigos qumicos e

    de medicamentos.

    5.3. Determinantes do nvel timo de stock

    Como minimizar o stock conservando um nvel de servio satisfatrio?

    A resposta depende:

    da natureza do stock

    das entradas e sadas

    Muitas vezes difcil atuar nas sadas e a nica forma de regular o nvel mdio de stock

    atuar sobre as entradas.

    Como uma empresa, normalmente, gere vrios tipos de stock, torna-se impossvel que

    se d a mesma prioridade a todos os tipos de stock, na sua gesto.

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    A determinao do pormenor com que se deve estudar cada tipo de artigo feito atravs

    de um processo conhecido por anlise ABC.

    5.4. Anlise ABC

    A valorizao dos movimentos de sada hierarquiza em importncia cada artigo ou

    produto no conjunto do stock, dentro de cada classe, grupo, ou mesmo no conjunto do

    stock. Assim, um artigo que tenha grande valor movimentado em sadas (consumos e/

    ou aplicaes) necessariamente mais importante do que outro que tenha um valor de

    movimento mais baixo.

    A leitura comparativa pode integrar cada artigo em 3 grupos distintos:

    GRUPO A (10% a 20% dos artigos), de maior valor de movimento, cujos

    valores acumulados dos respetivos movimentos somam aproximadamente 75%

    a 80% do valor do movimento das sadas globais;

    GRUPO B (20% a 30% dos artigos), de mdio valor de movimento,

    somando no seu conjunto cerca de 10% a 20% do valor total;

    GRUPO C (50% a 70% dos artigos), de baixo valor de movimento, cuja

    soma restante totaliza mais ou menos 5% a 10% do valor total.

    Esta compartimentao dos artigos em 3 grupos hierarquizados, designa-se por

    ANLISE ABC e permite destrinar os artigos mais importantes dos menos

    importantes. A gesto de cada grupo deve ser realizada da seguinte forma:

    Classe A - Os artigos devem ser controlados frequentemente de forma a manter

    existncias baixas e evitar ruturas.

    Classe B - Os artigos devem ser controlados de forma mais automatizada.

    Classe C - Os artigos devem possuir regras de deciso muito simples e

    totalmente automatizadas. Os nveis de stock de segurana podem ser elevados

    de forma a minimizar os inconvenientes de eventuais ruturas.

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    6. Custos associados aos stocks

    6.1. Custos operacionais associados stockagem da mercadoria

    Os custos de operacionais incluem todos os encargos que a empresa deve suportar para

    assegurar o exerccio da sua atividade. Deste modo, excluem-se desde logo os encargos

    provenientes de emprstimos.

    Os custos operacionais distinguem-se em duas categorias: os que do origem a sadas de

    fluxos monetrios (salrios, matrias-primas, energia, etc.) e os que no do

    (amortizaes e provises). tambm usual designarem-se por custos de explorao.

    Os custos so parmetros muito importantes na determinao de polticas de gesto de

    stocks. Os mais importantes so:

    Custo de aquisio ou custo de compra (CA)- engloba custos de transporte,

    inspeco, recepo, etc.

    Custo de lanamento ou efectivao da encomenda (CE)

    Custo de posse (CP)- com a manuteno dos stocks, conservao, etc.

    Custos de ruptura de stocks- quando o armazm no satisfaz a procura.

    Com o fim de vigiar o nvel de stocks e determinar o momento da sua renovao, as

    empresas podem utilizar os seguintes instrumentos.

    6.1.1. Lote econmico de compra

    Qual ser a quantidade a adquirir, por encomenda, de determinado artigo, de forma a

    que seja mnimo o custo total desse artigo sada de armazm?

    O custo total de um bem sada do armazm constitudo por 3 componentes:

    O custo de aquisio (CA)

    N = N. total de unidades de determinado artigo consumido durante o ano

    p = Preo unitrio de aquisio

    O custo das encomendas (CE)

    So todos os custos relacionados com o lanamento e controlo das encomendas a

    fornecedores. Exemplos: funcionamento da seco de compras, deslocao e estadia,

    receo (ensaios, anlises), prospees de mercado fornecedor, despesas com portes,

    despesas com os servios de contabilidade e custo com a documentao a emitir.

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    A = Custo de efetivao de cada encomenda

    Q = Quantidade de cada encomenda

    N/Q = N. de encomendas realizadas por ano

    medida que se efetuam mais encomendas (N/Q), maior ser o custo de encomenda

    Custo de posse dos stocks (CP), So os custos por cada unidade detida em stock, que

    podem ser:

    Seguros;

    Custos de movimentao e de conservao;

    Juro do capital imobilizado;

    Alugueres ou amortizaes do valor dos armazns;

    Perdas, desfalques, obsolescncia;

    Encargos com o pessoal do armazm;

    Iluminao.

    STOCK MDIO (Sm) n. de artigos que esto, em mdia, em armazm durante o

    ano. a mdia entre a quantidade mxima e a quantidade mnima do stock, ou seja,

    corresponde a metade do montante da encomenda (Q).

    medida que aumenta o n. de encomendas, diminui o custo de posse. Ao elevarmos o

    n. anual de encomendas, aumentamos o custo de encomenda.

    Desta forma possvel determinar a quantidade de um artigo a encomendar de cada vez

    por forma a minimizar os custos da empresa.

    Isto calculado de 3 formas:

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    Atravs de um quadro

    Atravs da representao grfica

    A quantidade ou lote econmico da encomenda (Qe) verifica-se quando o custo total

    atinge o valor m (mnimo do custo).

    medida que aumenta a quantidade a encomendar de cada vez, maior o custo de

    posse (C3) e menor o custo de encomenda (C2).

    Atravs da frmula de Wilson

    A = Custo de efectivao por encomenda

    N = Consumo anual

    c = Custo de posse unitrio

    Qe = Quantidade econmica da encomenda

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    29

    6.1.2. Ponto da encomenda

    Em que momento se deve desencadear a encomenda?

    Prazo de aprovisionamento (Pa) tempo que decorre entre o desencadear da

    encomenda e a chegada da mesma empresa.

    A empresa deve desencadear nova encomenda quando tiver em stock 167 unidade do

    artigo.

    Para fazer face a irregularidades do consumo e aos atrasos dos fornecedores, deve ter-se

    em conta um stock de segurana (Ss) de 200 unidades.

    Ss=200 unidades

    6.1.3. Stock de segurana.

    O stock de segurana representa o stock adicional s existncias normais que permite

    minimizar os impactes de um aumento inesperado da procura por parte dos clientes e

    um atraso no previsto no fornecimento dos fornecedores, ou seja um aumento do seu

    prazo de entrega. Tem por finalidade principal evitar uma rotura de stocks.

    O stock de segurana a quantidade de produtos equivalente ao nmero de dias de

    vendas (nmero de produtos vendidos por dia em mdia) a considerar para conseguir

    satisfazer as encomendas no caso de falhas ou atrasos por parte dos fornecedores.

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    30

    6.2. Custos de oportunidade face a outras opes

    o valor do benefcio que se deixa de receber, quando em um processo de deciso, se

    opta por determinado investimento em detrimento de outro, sendo os benefcios das

    alternativas rejeitadas o custo oportunidade da alternativa escolhida.

    O custo de oportunidade um termo usado na economia para indicar o custo de algo em

    termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo , at mesmo social, causado

    pela renncia do ente econmico, bem como os benefcios que poderiam ser obtidos a

    partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma

    aplicao alternativa.

    Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor

    alternativa no escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais

    possibilidade, pois excludentes. alternativa escolhida, associa-se como "custo de

    oportunidade" o maior benefcio NO obtido das possibilidades NO escolhidas, isto ,

    "a escolha de determinada opo impede o usufruto dos benefcios que as outras opes

    poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefcios no escolhidos,

    pode ser entendido como um custo da opo escolhida, custo chamado "de

    oportunidade".

    Exemplo

    Um exemplo clssico da literatura econmica: imagine uma fbrica de cadeiras que

    produzia 10 cadeiras por ms num mercado que absorvia totalmente esta produo.

    Diante de uma oportunidade de negcios, esta fbrica resolveu iniciar uma produo de

    um novo produto: mesas. Porm, ao alocar recursos para tal, descobriu que ter de

    deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de

    oportunidade est no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser

    fabricadas.

    Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade estatal ou

    pblica, o custo de oportunidade representado pela renncia a erguer outras

    construes naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a

    possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a

    venda do terreno para amortizar parte das dvidas da cidade, e assim por diante.

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    6.3. Noo de custo operacional e de custo afundado

    Tambm denominados sunk costs ou empatados. Por j terem sido incorridos e

    sacramentados no passado, no devem influir em decises para o futuro por serem

    irrelevantes.

    Custos afundados surgem facilmente no contexto de projectos de investimento.

    Quando se avalia a possibilidade de parar um projecto de investimento que est em

    curso, os custos incorridos at ento so irrelevantes.

    Exemplo: A Barragem do Alqueva

    A Barragem do Alqueva um projecto muito antigo, estando finalmente j a proceder-

    se ao enchimento da albufeira.

    Durante vrias dcadas com avanos e recuos alguns foram justificando o interesse de

    se continuar a obra dados os elevados custos j incorridos at ento. De facto esses

    custos eram irrelevantes: eram custos afundados.

    Em resumo: quando se deparar com uma deciso que envolva custos passados, pare um

    segundo e pense se possvel recuperar esses custos. Se tal no for possvel, tratam-se

    de sunk costs e logo no devem ser factor influenciador da deciso.

    7. Inventrios

    A qualquer momento, o responsvel do armazm deve ser capaz de fornecer uma

    posio actualizada dos stocks para cada referncia, em quantidade e por local. Para

    verificar a qualidade do estado dos stocks (diferena entre stock real e registo

    informtico do stock), necessrio efectuar inventrios e, eventualmente, actualizar o

    registo informtico.

    Um inventrio consiste numa operao de contagem dos artigos nas prateleiras do

    armazm. Existem basicamente trs tipos de inventrio:

    Inventrio permanente consiste em manter permanentemente actualizadas as

    quantidades de cada artigo em stock atravs das transaces;

    Inventrio intermitente geralmente efectuado uma vez por ano, no final do

    exerccio contabilstico. Engloba todos os artigos da empresa, gerando uma elevada

    carga de trabalho que pode perturbar a sua actividade;

    Inventrio rotativo consiste em examinar o stock por grupo de artigos e em verificar

    a sua exactido, em termos de quantidade e localizao dos artigos. Definem-se,

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    geralmente, frequncias diferentes de realizao do inventrio de acordo com a

    importncia do artigo. Exemplo: um inventrio trimestral para os artigos da classe A,

    um inventrio semestral para os artigos da classe B e um inventrio anual para os da

    classe C.

    8. Bibliografia

    ASSIS, Rui, FIGUEIRA, Mrio. MICROSTOCK - Apoio Deciso em Gesto

    Econmica de Stocks. Lisboa, IAPMEI, 1991.

    BRAGA, Miguel. Gesto do Aprovisionamento. Lisboa, Editora Presena.

    GROLAIS, Michel. Gesto Integrada dos Stocks. Lisboa, Editora Rs Editora.

    LYSONS, C.K. O Aprovisionamento na Empresa. Lisboa, Editora Presena.

    MACHADO, V. H. (1989) Gesto de Stocks: Modelos Determinsticos FCT/UNL,

    Lisboa.

    RAMBAUX, A. Gesto Econmica dos Stocks. Lisboa, Editora Portico Lisboa.

    REIS, Lopes dos, PAULINO, Antnio. Gesto dos stocks e compras. E. I. Editora

    Internacional, Lda., Lisboa, 1994.

    REIS, Lopes dos. Exerccios de gesto dos stocks e compras. Universidade Moderna,

    Lisboa, 1996.

    SANTOS, Lus Moura e, VICENTE, Mrio Cardoso. Aprovisionamento Gesto de

    stocks, compras e recepo. Instituto Nacional de Investigao Industrial, Lisboa.

    ZERMATI, Pierre. A Gesto de Stocks. Lisboa, Editorial Presena, 1986.