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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAISPARA O ESTUDANTE
Co-Financiamento:
1
Índice
1. Nota introdutória............................................................................. 2
2. Prólogo............................................................................................. 3
3. Introdução........................................................................................ 5
4. Água.................................................................................................. 7
5. Energia.............................................................................................. 19
6. Resíduos........................................................................................... 27
7. Transportes...................................................................................... 40
8. Biodiversidade................................................................................. 42
9. Conclusão........................................................................................ 44
2
Nota Introdutória
“Você deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo.”
Mahatma Gandhi, pacifista
A Mirapapel, Lda assumiu, desde o momento da sua constituição, através do desenvolvimento
da sua actividade, o compromisso de contribuir para a protecção do meio ambiente.
Em pleno século XXI em que muitas são as ameaças ao meio ambiente e que torna-‐se cada vez
mais imperativo consciencializar a população para a necessidade da sua protecção, a
Mirapapel assumiu como missão promover um conjunto diverso de acções de sensibilização
junto à população Portuguesa e Espanhola.
É nesse seguimento que vos apresentamos o actual manual de boas práticas, esperando que
este se transforme numa ferramenta útil de apoio à utilização sustentada de recursos, seja na
vossa casa, no vosso local de trabalho, na escola, enfim que vos inspire e contribua para que
sejam Amigos do Ambiente em qualquer momento do dia.
Não devemos esquecer que proteger o meio ambiente depende de cada um de nós e que
pequenos gestos no nosso dia-‐a-‐dia fazem toda a diferença.
A Gerência,
António Policarpo
3
Prólogo
Muitas vezes, a abordagem às questões ambientais leva-‐nos a campos demasiado técnicos e
especializados, onde nos sentimos excluídos ou desconfortáveis. Essa especificidade exige
conhecimentos científicos elevados e cobrem diferentes disciplinas que não estão ao alcance
do cidadão comum. No entanto, se formos capazes de centrar as questões ambientais num
quadro do desenvolvimento, colocando as pessoas e a sua qualidade de vida como o primeiro
dos objectivos ambientais, estamos certamente a contribuir para um outro modo de olhar o
ambiente.
Falar de ambiente deve então, antes de tudo, ser falar de qualidade de vida e bem-‐estar. E tal
não pode ficar dependente de mais ou menos conhecimentos técnico-‐científicos. Olhar para a
vida normal das pessoas, perceber que no seu quotidiano, pequenos gestos podem
cumulativamente contribuir para uma vida responsável, perante os recursos naturais, no uso
eficiente da energia ou da água, na correcta gestão e manuseamento dos resíduos, todos estes
pequenos gestos não são mais do que uma responsabilidade social, com reflexos directos no
ambiente, na economia e, como tal no desenvolvimento sustentável.
As empresas, as famílias e as pessoas são afinal os actores do desenvolvimento sustentável, o
qual, no Século XXI implica modernização, optimização tecnológica, conhecimento mas,
sobretudo, bom senso e responsabilidade.
Esta é a visão e o compromisso da Mirapapel.
4
Porquê tanto lixo?
" Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
Lavoisier
5
Introdução
Hoje em dia, vivemos num mundo de escolhas. E muitas delas, acabam por nos
diferenciar dos outros. Podemos ser góticos ou betinhos, metaleiros ou emos ou ser
simplesmente alguém que não se prende a um estilo.
Mas conheces alguém que diga: “não sou a favor de proteger o meio ambiente”?
“Vamos sujar isto tudo e os outros, os outros que se danem! Vamos consumir todos os
recursos existentes, sejam eles petróleo, carvão, madeira ou água!”?
Decerto que não, mas a verdade é que foi esse o comportamento tomado ao longo dos
séculos, mais propriamente nos últimos 200 anos.
Porém, tu podes marcar a diferença! Não só em relação aos teus colegas, mas em
relação a quem antes de ti teve o poder de decisão. Agora é a tua vez. É a tua vez de dizer
basta. De dizer que queres um mundo melhor, de dizer que queres um planeta melhor, mais
saudável.
Neste manual vais encontrar muita coisa de que já sabes e outras que irás aprender.
Todas essas coisas são importantes, e mais ainda se forem passadas à prática. Até há pouco
tempo era te dito: imagina que isso estava nas tuas mãos… Pois bem, agora não é para
imaginares… está mesmo nas tuas mãos… és tu quem vai dar o exemplo aos teus pais, aos teus
amigos, aos teus colegas. Este planeta precisa de ti tanto como tu precisas dele.
O planeta Terra está nas tuas mãos!
6
Pensa globalmente, age localmente!
A vida é feita de escolhas. Todos os dias, todas as horas, tu escolhes…
És tu quem escolhe jogar lixo na rua. És tu quem escolhe deixar a torneira aberta. Tu escolhes
desperdiçar. Mas tu também podes escolher desperdiçar.
Tu escolhes poupar, economizar… Tu escolhes ser generoso ou não. Tu escolhes ser solidário
ou não. Tu escolhes ser ético ou não.
És tu quem escolhe!
As tuas escolhas, a da tua família, do teu bairro, da tua cidade… São elas, as seis biliões de
escolhas que podem garantir, ou não, o nosso futuro.
Tem atitude! Pensa verde e vive melhor…
Pensa globalmente, age localmente!
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Água
A água é talvez o recurso mais precioso do nosso planeta, pois todos os seres vivos
dependem dela. A Terra é também conhecida por Planeta Azul, porque quando visto do
espaço, assemelha-‐se a uma grande esfera azul. Essa cor deve-‐se ao facto de cerca de dois
terços da superfície do globo estar coberta de água.
Mas a quase totalidade da água na Terra está nos oceanos, sendo salgada e apenas 3%
é água doce e pode, após tratamento, ser consumida pelo homem. E muita dela como gelo,
nos pólos e então, apenas temos 1% de água nos rios, lagos e poços subterrâneos. E é esse 1%
que podemos usar como água potável. Apesar disso, muitas pessoas ainda poluem essa
pequena fracção, deitando lixo para os rios e lagos, e deitando produtos químicos nos solos,
que acabarão por contaminar a água subterrânea.
8
Durante muito e muito tempo, o homem actuou como se a água fosse um bem
ilimitado, de tal maneira que os processos que dela dependem aumentaram os consumos em
todo o mundo, quer seja para fins domésticos, agrícolas ou industriais.
Todavia, e por causa do uso excessivo, este recurso já ultrapassou em muito a sua
capacidade de renovação dos sistemas naturais, já que, apesar da água ser um recurso
renovável à escala global, não é assim tão renovável a uma escala local, como consequência
das alterações climáticas, do desequilíbrio da localização das populações e de um aumento
cada vez maior de actividades económicas e domésticas.
A disponibilidade da água não depende apenas da sua quantidade, mas também da
sua qualidade.
9
Para poupar e melhorar a qualidade da água
Nos sistemas de abastecimento de água das cidades, cerca de 2/3 destina-‐se
ao consumo de uso doméstico. Por isso, o nosso contributo individual para a poupança
é cada vez mais importante. Não só estará a poupar um recurso importantíssimo do
planeta, como estará a poupar dinheiro.
Os portugueses gastam em média 161 litros/dia/pessoa. Aproximadamente
1/3 dessa água é usada em descargas dos autoclismos, 1/3 destina-‐se ao duche/banho,
cerca de 20% é para a máquina de lavar roupa e o resto é empregue em outros usos,
como a limpeza e a rega de plantas interiores. Apenas entre 3 a 6 litros (2 a 4%) é
utilizada para cozinhar e beber. (dados do INSAAR, INAG)
Com algumas mudanças nos nossos comportamentos e pequenas adaptações
técnicas, pode-‐se conseguir uma redução até 50% do consumo de água!
50% de redução de água = poupar 50% na sua conta de água!
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Que podemos fazer para poupar água?
Na casa de banho:
Autoclismo:
-‐ Evita descargas inúteis, já que cada descarga consome cerca de 10
litros de água.
-‐ Diz aos teus pais para colocar autoclismos com dupla descarga e que
permitam interromper a descarga completa, permitindo a poupança de
metade do volume do mesmo.
-‐ Se colocares uma garrafa de 1,5 litros no seu interior, poupará 15 litros
de água em cada 10 descargas.
-‐ Não transformes a sanita em recipiente de lixo. Restos de comida,
cabelos, papéis, e tudo o que não seja papel higiénico, vai para o lixo.
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Banhos:
-‐ O duche é sempre preferível ao banho, pois um duche de 5 minutos
gasta entre 50 a 60 litros, desde que se fechem as torneiras enquanto
nos ensaboamos. Já um banho consome cerca de 300 litros.
-‐ Pede aos teus pais que substitua a cabeça do chuveiro por uma outra
de baixo caudal, com arejador, que mistura ar à água, mantendo quer
a pressão, quer o conforto. Assim podes poupar até 50% da água gasta,
reduzindo o duche para cerca de 30 litros.
-‐ Com uma torneira misturadora, é possível reduzir ainda mais o fluxo,
pois é mais fácil controlar a temperatura da água. Não te esqueças de
o referir aos teus pais.
Lavatórios:
-‐ Fecha as torneiras sempre que não seja necessário estar a correr água,
como durante o ensaboar das mãos, o lavar dos dentes ou da cara, o
barbear, etc. As torneiras abertas podem gastar até 12 litros por
minuto.
-‐ Usa um copo para lavar os dentes. Dessa maneira evitará muita perda
de água ao estar sempre a abrir a torneira para bochechar.
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-‐ Pede que instalem arejadores ou economizadores nas torneiras, pois
estes reduzem o fluxo do caudal da água, limitando-‐o até 6 litros de
água por minuto.
-‐ Não deixes torneiras a pingar, por mal funcionamento ou descuido.
Uma torneira a perder uma gota por segundo representa um consumo
de 1000 litros por mês.
-‐ Lembra aos teus pais que com uma torneira misturadora, é possível
reduzir ainda mais o fluxo, pois é mais fácil controlar a temperatura da
água. O ideal é que tenham um fluxo de 6 a 8 litros por minuto.
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Na cozinha:
Máquina de lavar roupa:
-‐ Deves encher a máquina de lavar roupa na sua máxima carga, e
seleccionar o programa adequado, bem como a temperatura de
lavagem, em função do tipo de roupa e do seu grau de sujidade.
-‐ As máquinas de lavar roupa actuais permitem o regulamento de
consumo de aguam em função do peso da carga e algumas possuem
sistemas que permitem poupar até 70% da água gasta.
Máquina de lavar louça:
-‐ A máquina de lavar louça só deve ser posta a trabalhar quando estiver
cheia, poupando assim 25% de água em relação a uma não cheia.
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-‐ Com uma máquina de lavar louça moderna, de baixo consumo, gasta
apenas 11 a 14 litros por lavagem, ao contrário das antigas, que
consomem entre 30 a 60 litros.
No lava-‐louças:
-‐ Não laves a louça peça a peça. Junta-‐a e lava-‐a uma ou duas vezes por
dia.
-‐ Antes de lavar os pratos, tachos, panelas ou frigideiras, limpa-‐os. Se
necessário, deixa de “molho” previamente.
-‐ Usa a quantidade mínima de detergente para uma lavagem eficaz.
Pouparás água e detergente.
Exterior:
-‐ Usa a água que se coze os vegetais ou massas para regar as plantas do
jardim. Além de se poupar, estamos a dar às plantas água rica em
nutrientes e minerais.
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-‐ Há plantas que necessitem de pouca água. Evita regá-‐las sem
necessidade.
-‐ Se possível, utiliza a água de poços ou ribeiros.
-‐ Regar de manhã cedo ou à noite é poupar água que se perde com o
calor do sol, além de ser mais adequado para as plantas.
-‐ Cobre a terra do jardim ou dos vasos com casca de pinheiro ou outros
materiais. Diminui o contacto directo do solo com a luz solar,
conservando a humidade da terra.
-‐ A relva é uma planta delicada que necessita de muitos cuidados
especiais, sendo um deles a constante hidratação. Diz aos teus pais que
a substitua por grama, parecida com a relva, mas muito menos
dispendiosa, quer em água, quer em pesticidas.
-‐ Não laves o quintal nem a rua à frente da sua casa de mangueira. Use
antes um balde.
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-‐ Gasta-‐se menos 90% de água lavando o carro com uma esponja e um
balde, em vez de usar a mangueira. Não te esqueças disso quando
lavares o carro dos teus pais.
Aproveitar as águas pluviais
A reutilização de águas pluviais nas habitações baseia-‐se na recolha das águas dos
telhados ou dos terraços, em reservatórios, que poderão até ser enterrados. Esta água serve
para regar os jardins exteriores. Em alguns países do Centro da Europa também já se utilizam
estas águas para encher os autoclismos.
Que podemos fazer para não contaminar a água?
A água é um elemento muito sensível e como tal, tem de ser protegida. Muitas das
substâncias que utilizamos normalmente e que contactam com a água, podem ser substituídas
por outras menos nocivas ou persistentes para o meio envolvente, mais biodegradáveis.
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-‐ Não uses sanitas ou lava-‐louças como escorredouro de lixos diversos.
-‐ Sempre que as canalizações de casa entopem, utiliza um desentupidor
primeiro.
-‐ Se resultar, é escusado usar produtos químicos fortes, à base de soda
cáustica, ácidos e outras substâncias tóxicas.
-‐ Os óleos e solventes vão para os Ecocentros, como a Mirapapel, Lda.
Não devem ser despejados no lava-‐louça ou sanita os óleos de cozinha
usados, os restos de produtos de bricolage (tintas, vernizes, diluentes),
restos de produtos de cosmética, e outros produtos tóxicos.
Um só mililitro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água
potável, que é mais do que toda a água que uma família de quatro
pessoas poderá beber nas suas vidas.
-‐ Usa produtos de limpeza mais amigos do ambiente na limpeza da casa.
Os produtos mais tóxicos, além de prejudicarem o ambiente,
prejudicam a nossa saúde. Para substituir esses produtos, já se vendem
outros que respeitam o meio ambiente, com reduzido teor de fosfatos
e outros químicos poluentes, responsáveis por contaminar rios, lagos e
águas subterrâneas.
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-‐ Utiliza papel reciclado. A produção deste papel utiliza muito menos
água e elimina menos contaminantes para as águas residuais do que
quando se fabrica papel novo.
-‐ Não utilizes papel higiénico de cor.
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Energia
A energia é um recurso fundamental para que haja vida no nosso planeta, pois
precisamos de energia para nos movermos, para nos aquecermos e arrefecermos, para
comunicarmos e para a iluminação, entre tantas outras coisas.
Quase todos os dias nos deparamos com a palavra “energia”, dado as preocupações
com o esgotamento dos recursos energéticos e com a crescente utilização e desenvolvimento
das energias renováveis, para fazer face aos problemas ambientais.
As sociedades actuais usam a energia como se não houvesse limites. Assim, um dos
maiores problemas ambientais que a Terra enfrenta é as alterações climáticas. Uma alternativa
consiste em promover o uso das energias alternativas e, ao mesmo tempo, pressupõe que se
abandonem hábitos de consumo incorrectos, privilegiando a eficiência energética e a
utilização racional da energia.
Grande parte dos gastos de energia advém dos nossos lares. É então importante que
tenhas consciência de como podemos reduzir esse gasto, não só beneficiando o ambiente,
como também gastando menos dinheiro.
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Energia Renovável: É obtida através de fontes naturais, capazes de se regenerar, sem
ser possível estabelecer um fim para a sua utilização. São por isso virtualmente inesgotáveis,
mas limitadas na medida da quantidade de energia que é possível de extrair em cada
momento. Exemplos: energia sola, energia eólica, energia hídrica, energia da biomassa,
energia das marés, energia das ondas e energia geotérmica.
Vantagens das energias renováveis:
-‐ São fontes inesgotáveis de energia.
-‐ Apresentam reduzidos efeitos negativos sobre o ambiente (não
conduzem à emissão de gases de efeito de estufa).
-‐ Contribuem para reduzir a dependência energética do nosso país (a
importação) de fontes de energia fósseis.
-‐ Conduzem à investigação de novas tecnologias que permitam melhorar
a eficiência energética.
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Que fazer para poupar energia?
Aparelhos domésticos:
-‐ Lembra aos teus pais para escolher e utilizar de forma correcta os
aparelhos domésticos, tendo em conta a Etiqueta Energética e os
aparelhos eléctricos mais eficientes.
-‐ Lava a roupa com a máquina na carga máxima, a baixas temperaturas e
com detergentes sem fosfatos.
-‐ Sempre que possível, evita a centrifugação, colocando a roupa a secar
ao sol.
-‐ Pede aos teus pais que coloquem o frigorífico numa zona fresca e com
a grelha traseira cerca de 5 cm afastada da parede e de fontes de calor.
-‐ Lembra-‐os para manter a temperatura do frigorífico entre 5ºC a 6ºC.
Temperaturas inferiores são inúteis e o consumo de energia aumenta
em 8%.
-‐ Não deixes o televisor, DVD ou a aparelhagem em stand-‐by, já que
continua a gastar 12% da energia. Por isso, desligue os aparelhos no
botão.
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-‐ Abre o frigorífico o menos possível, pois sempre que é aberto, grande
parte do frio se dissipa.
-‐ Compra pilhas recarregáveis. É necessário um carregador, mas em
poucas utilizações ele ficará pago. É sempre preferível ligar à
electricidade do que usar pilhas.
Iluminação:
-‐ As lâmpadas fluorescentes compactas, mesmo mais caras que as
lâmpadas incandescentes, duram 8 vezes mais e são 80% mais
económicas. Se os teus pais ainda não optaram por lâmpadas
fluorescentes, não te esqueças de os lembrar para o fazerem.
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-‐ Evita sempre que possível a iluminação artificial, dando preferência à
luz natural.
-‐ Quando ajudares os teus pais nas limpezas, mantém as lâmpadas e os
globos ou protectores bem limpos, para que a energia gasta seja
aproveitada na totalidade.
-‐ Apaga as luzes de um compartimento sempre que o abandonar.
-‐ Nas zonas de circulação, diz aos teus pais que instalem um sensor, que
apaga e acende a luz consoante a presença de alguém.
Cozinhar:
-‐ Baixa a intensidade do lume quando a comida começar a ferver, pois
poupa energia, não alterando o tempo de cozedura.
-‐ Utiliza recipientes de vidro ou cerâmica, pois permitem baixar em 25%
a temperatura necessária ao cozinhado.
24
-‐ Mantém o fogão e bicos limpos, para uma melhor rentabilização da
energia.
-‐ Evita abrir a porta do forno para não dissipar a energia.
-‐ Reduz o pré-‐aquecimento e desligua o forno antes do cozinhado estar
pronto, pois o calor acumulado é suficiente.
Climatização:
-‐ Evita aquecer a casa em demasia no Inverno. Por cada grau que
aumente, aumenta os seus custos em 10%.
-‐ Evita arrefecer a casa em demasia no Verão. Por cada grau que
diminua, aumenta os seus custos em 10%.
25
-‐ Evita a climatização de espaços não utilizados ou vazios, assim como o
uso desnecessário destes equipamentos.
-‐ Ao utilizar os aparelhos de climatização, fecha as janelas e portas, de
maneira a não desperdiçar energia.
Material informático:
-‐ Desliga o monitor do seu computador se não o utilizar durante 15
minutos.
-‐ Usa as definições do seu computador que lhe permitem poupar
energia. Encontrará as propriedades de gestão de energia do
computador no Painel de Controlo.
-‐ Opta por equipamentos que contenham a etiqueta Energy Star, que
identifica os equipamentos mais eficientes do ponto de vista
energético, com capacidade para reduzir o consumo em modo stand-‐
by.
26
Televisão:
-‐ Não deixes a televisão ligada quando não estiver a ver.
-‐ Não ligues a televisão só para servir de companhia.
-‐ Utiliza a função de temporizador sempre que queira adormecer com a
televisão ligada.
-‐ Desliga a televisão no botão e não apenas no comando. Durante o
período em que se encontra em stand-‐by a televisão continua a
consumir energia.
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Resíduos
Resíduo é qualquer substância ou objecto de que o detentor se desfaz ou tem intenção
ou obrigação de se desfazer.
Com o progresso social e tecnológico, com a concentração da grande maioria das
pessoas junto aos centros urbanos, o consumo de recursos aumentou muito e,
consequentemente, a produção de resíduos, nomeadamente de embalagens. Mas o que para
o cidadão comum é um resíduo, como uma embalagem sem outro uso que não seja o lixo,
para empresas como a Mirapapel, Lda. é matéria-‐prima.
Impactos Ambientais dos Resíduos
Os resíduos, principalmente os orgânicos, originam a produção de substâncias,
contaminando os cursos de água e provocando infiltrações no solo. A fermentação do lixo leva
à produção de gases perigosos que contaminam a atmosfera. A saúde pública pode também
ser afectada, na medida em que o lixo orgânico pode ser um veículo para a transmissão de
doenças.
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Ciclo de Resíduos Sólidos Urbanos
Os resíduos sólidos urbanos, o que normalmente chamamos de lixo doméstico, são
compostos por diversos materiais, sendo os mais representativos a matéria orgânica, o
papel/cartão, o plástico e as embalagens de metal.
Tipos de Recolha:
Recolha Selectiva
Recolha Indiferenciada
Onde é feita a Recolha Selectiva?
Embora o passo mais importante seja a separação doméstica dos resíduos, isto é, a
separação individual em casa de cada um de nós, a recolha selectiva é feita nos ECOPONTOS e
nos ECOCENTROS. Periodicamente, os funcionários da limpeza passam com os diferentes
camiões do lixo e fazem então a Recolha Selectiva.
29
Um outro tipo de resíduos são os chamados «monstros domésticos», objectos de grandes
dimensões, como electrodomésticos, mobílias, etc. Estes resíduos são depositados nos
Ecocentros ou são recolhidos pelo município.
Para onde vão os resíduos que são separados?
Uma vez colocados nos respectivos contentores do Ecoponto ou no Ecocentro, os
resíduos são recolhidos, em camiões próprios, e são levados para a Estação de Triagem.
Depois de passarem pela unidade de triagem, os resíduos são encaminhados para as
diferentes unidades de reciclagem, onde serão transformados de modo a serem utilizados no
fabrico de novos produtos. Também no caso dos electrodomésticos, há possibilidade de
reciclar grande parte dos seus componentes, sendo por isso enviados para uma unidade
especializada na sua reciclagem.
No caso do plástico a triagem é ainda mais profunda, sendo separado em vários tipos
(PEAD, PET, PVC, etc.).
Os resíduos de jardinagem são utilizados, num processo designado por
“Compostagem”. Estes resíduos irão decompor-‐se, dando origem a um composto, utilizado
como fertilizante agrícola.
30
No caso dos entulhos, estes podem ser utilizados na cobertura diária dos resíduos,
depositados no nosso aterro sanitário. Desta forma está-‐se a proteger o ambiente e a
natureza.
E os resíduos que não sofrem separação?
Os resíduos que não são recolhidos selectivamente, ou seja que no local de produção
são misturados e depositados em contentores independentemente do tipo, são os «resíduos
indiferenciados», depositados nos vulgares «caixotes do lixo». Estes podem ter 2 caminhos: ou
são incinerados, o que permite o aproveitamento energético resultante desta combustão, ou
depositados directamente no Aterro, o que também permite o aproveitamento energético do
biogás resultante da sua decomposição.
O que acontece aos resíduos orgânicos?
Os resíduos orgânicos podem ser valorizados. Se forem recolhidos selectivamente
podem ser tratados por compostagem ou digestão anaeróbica e transformados em composto.
Chama-‐se a este processo valorização orgânica.
Qual a diferença entre uma “lixeira” e um “aterro sanitário?
Nas lixeiras era depositado todo o tipo de lixo. O lixo era depositado directamente no
solo (sem que houvesse qualquer isolamento) e raramente havia cobertura do lixo depositado,
com terras. Assim sendo, as águas poluentes (Lixiviados) infiltravam-‐se no solo ou escorriam
31
para as linhas de água, e os gases libertados pela fermentação do lixo orgânico (Biogás), eram
directamente libertados para a atmosfera.
Num Aterro Sanitário, apenas são depositados certos tipos de lixo.
Há aterros para o lixo doméstico (Resíduos Sólidos Urbanos -‐ R.S.U.), outros para
resíduos industriais, por exemplo.
São espaços totalmente vedados e com acesso controlado por uma portaria, de modo
a identificar e autorizar ou não, a deposição dos resíduos. Toda a área, onde se irá depositar o
lixo, está impermeabilizada, de modo a que não haja infiltrações poluentes no solo.
Os lixiviados são retirados da área do aterro e enviados para uma ETAR, onde serão
tratados. O mesmo se passa com o biogás, podendo ser feito o aproveitamento energético
destes gases.
Os resíduos são cobertos diariamente com uma camada de terra, para evitar os maus
cheiros e também o aparecimento de animais.
É urgente e vital que se coloque em prática comportamentos que resultem na
Redução, na Reutilização, na Recuperação, na Reciclagem e na Responsabilização do lixo
produzido.
32
Os 5 R’s
Reduzir: Diminuir a produção de lixo, evitando o consumo supérfluo.
Reutilizar: Dar novos usos a materiais já utilizados.
Recuperar: Valorizar os resíduos como potencial energético (normalmente
efectuado por empresas).
Reciclar: Utilizar os resíudos como fonte de matéria-‐prima para produzir
novos produtos
Responsabilizar: Ter as atitudes certas para não prejudicar o ambiente,
melhorando-‐o.
33
Ecopontos
Os ecopontos são um conjunto de contentores preparados para receber, em separado,
as embalagens de papel e cartão, plástico, metal e vidro. Ocupam uma pequena área e estão
colocados estrategicamente em locais de fácil acesso.
Ecoponto amarelo
Coloca: Aerossóis vazios;
Caixas de plástico;
Embalagens de cartão para líquidos alimentares;
Enlatados e conservas;
Esferovite limpa;
Frascos de plástico;
Garrafas de plástico;
Pacotes e latas de bebidas;
Sacos de plástico;
Tabuleiros de alumínio.
Não Coloques:Cartões;
Copos de plástico;
Copos de iogurte;
Electrodomésticos;
34
Embalagens de margarina, banha e manteiga;
Embalagens de plástico e metal que tenham contido gorduras ou produtos
tóxicos e perigosos;
Ferramentas;
Papéis;
Pilhas e baterias;
Tachos, talheres, tampas ou panelas.
Ecoponto Verde
Coloca: Boiões;
Copos de vidro;
Frascos;
Garrafas;
Vidro de todas as cores.
Não Coloques:Cerâmicas;
Cristais;
Espelhos;
Frascos de perfumes;
Lâmpadas;
Loiças;
Pirex;
Rolhas ou tampas;
Vidraças;
Vidros de automóveis;
35
Vidros farmacêuticos e de hospitais;
Vidros planos.
Ecoponto Azul
Coloca: Caixas de cartão;
Cadernos usados;
Embalagens de cartão;
Embalagens de papel;
Envelopes;
Jornais;
Papéis de embrulho;
Revistas;
Sacos de papel;
Todo o tipo de cartão;
Todo o tipo de papel de escrita e impressão.
Não Coloques:Caderno com lombadas de plástico ou pano;
Embalagens que tenham contido cimento ou produtos tóxicos;
Esferovite;
Fotografias;
Fraldas;
Guardanapos de papel;
Papéis adesivos ou autocolantes;
Papéis de prata ou metalizados;
Papéis plastificados, químicos ou vegetais;
Papéis sujos (ex: Papel sanitário);
36
Sacos de plástico;
Toalhetes.
Pilhão
Coloca: Pilhas (salinas e alcalinas, de botão, de lítio e recarregáveis);
Acumuladores -‐ baterias de telemóveis (baterias de níquel cádmio, níquel
metal híbrido e de iões de lítio).
Não Coloques:Baterias dos automóveis e outros materiais eléctricos ou electrónicos.
37
Que podemos então fazer?
-‐ Reduzir, reutilizar, reciclar, recuperar e responsabilizar. Assuma a política dos 5 R’s.
-‐ Nas tuas compras, prefere produtos avulso ou minimamente embalados com um só
material e que possa ser reutilizado. Não te esqueças que a embalagem também se
paga.
-‐ Deposita os Resíduos Sólidos urbanos nos contentores apropriados.
-‐ Não deites óleos alimentares para o esgoto. Devem ser recolhidos numa garrafa e
colocados nos Oleões distribuídos pelo Concelho, com vista à sua reciclagem na
produção de biodíssel.
-‐ Deita as pilhas não recarregáveis no Pilhão.
-‐ Diz aos teus pais para entregar os electrodomésticos fora de uso em troca dos novos
no local de compra ou depositar nos locais próprios para o efeito.
-‐ Utiliza, se possível, os resíduos orgânicos para fazer compostagem doméstica, que
poderá utilizar como fertilizante natural na sua horta ou jardim.
-‐ Quando fores às compras, leva os seus sacos (preferencialmente de pano ou rede)
ou então usa o mínimo de sacos de plástico possíveis. Não te esqueças de recomendar
os teus pais para fazer o mesmo.
38
-‐ Guarda os papeis de embrulho e laços de prendas para poder utilizar noutras
ocasiões.
-‐ Prefere garrafas sem tara perdida.
-‐ Tenta reencher as garrafas de vidro ou plástico, em vez de adquirires novas, de cada
vez que sais em passeio ou para a escola.
-‐ Faz as emendas aos teus textos directamente no computador, evitando assim
impressões desnecessárias.
-‐ Aproveita o verso das folhas que iriam para o lixo para escrever ou imprimir
rascunhos.
-‐ Ao imprimir documentos, usa sempre que possível a opção de “rascunho” das
propriedades da impressora. O tinteiro durará mais tempo, economizando mais
dinheiro, mais tempo e a qualidade em relação ao modo “Normal” á muito pouca.
39
-‐ Compra tinteiros reciclados sempre que possível. A sua qualidade não é inferior aos
da marca.
-‐ Usa sempre que possível papel reciclado. Não estraga as impressoras como as
grandes marcas tentaram transparecer nem torna um documento menos
apresentável.
Com o teu cão:
-‐ Escolhe o local para o seu animal defecar.
-‐ Remove as fezes com um saco de plástico. Fecha bem o saco e deposita-‐o num
contentor.
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Transportes
Os transportes são um dos principais responsáveis pela emissão de gases com efeito
de estufa, que é responsável pelas alterações climáticas, dada a massiva utilização de veículos.
Além disso, os transportes actuais mais usados, consomem imensos recursos fósseis.
Que podemos fazer?
-‐ Opta pela utilização de transportes colectivos na ida para o emprego ou a
escola. Em alternativa, procura descobrir quem na escola, faça o mesmo
percurso. Assim, em vez de três ou quatro carros a fazer o mesmo trajecto,
apenas um o fará, resultando assim numa menor poluição e num menor gasto.
-‐ Nas deslocações pequenas, vai a pé ou de bicicleta.
-‐ Quando os teus pais comprarem um carro novo, diz que procurem um que
tenha baixas emissões em CO2 e considere a hipótese dos veículos híbridos ou
eléctricos.
-‐ Vai relembrando os teus pais mantenha o carro afinado e verifique
regularmente a pressão dos pneus. Os consumos e as emissões serão muito
menores se o fizer.
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Eco-‐Condução
Mesmo que não conduzas ainda, podes sempre dar estes conselhos à tua família e
amigos que já o façam:
-‐ Conduz por antecipação, evitando muitas travagens e acelerações.
-‐ Conduz a baixa rotações, optando por mudanças mais altas.
-‐ Evita situações ao ralenti.
-‐ Acelera e desacelera suavemente, evitando acelerações e travagens bruscas.
-‐ Consoante o tipo de percurso, o consumo de combustível aumenta entre 5% a
40% com uma condução agressiva, comparada a uma condução normal. Faz
um arranque suave, sem aquecer o motor de início e viaja a uma velocidade
moderada até poder engrenar a 5ª velocidade.
-‐ Adapta a velocidade à estrada e às condições de circulação. Convém sobretudo
evitar acelerações fortes, seguidas de travagens frequentes ou bruscas. Uma
diferença aparentemente pequena de 10km/h, numa auto-‐estrada, entre os
120km/h e 130km/h numa viatura com 1400 cm3, representa uma diferença
de mais de um litro de consumo aos 100km.
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Biodiversidade
Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. É a variedade
e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais
elas ocorrem.
Medidas que podes adoptar:
-‐ Participa em caminhadas e em actividades na natureza. Além de ser saudável,
estarás a promover a utilização sustentável dos meios ecológicos naturais.
Encontrarás perto de onde vive uma associação que se dedica a essas
actividades.
-‐ Não colhas nem cortes nenhuma planta quando passeares numa floresta ou
num parque.
-‐ Não faças fogo nem fumes em florestas ou matas, evitando assim fogos
florestais.
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-‐ No Natal, compra uma árvore verdadeira junto dos bombeiros ou de outras
entidades. Estarás a ajudar à limpeza das matas.
-‐ Não contribuas para a poluição do mar, rios, lagos, matas ou outras zonas
naturais, pois poderás causar a morte das espécies que aí habitam.
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Conclusão
Há tanta coisa que podem ser feitas, como viste neste manual. E tudo coisas
pequeninas, mas que todas juntas, feitas por nós todos, fará da Terra, um planeta muito mais
fixe para viver.
Podes ser ou não o estudante mais popular da tua escola, mas a verdadeira diferença,
será feita pelos teus actos ambientais. As tuas acções e as tuas opiniões contam muito. Chegou
a altura de ajudares a salvar o nosso planeta. E tu, não achas que é altura de a tua voz se
ouvir?
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Temos hoje tantas redes sociais, nas quais tu de certo participas: Hi5, faceboock,
myspace ou o twitter.
Tens a oportunidade de iniciar a tua rede ambiental, marcando a diferença. E essa rede
começa em casa, com a tua família, depois com os teus colegas e os teus amigos. E depois
encontrarás outras redes, com o mesmo ideal em comum: um Planeta Saudável.
O teu planeta. O planeta que para ti é um globo gótico ou emo, metaleiro ou beto, ou
simplesmente ou globo no qual tu vives.
É o planeta de que a partir de agora terás de dizer como é que queres que ambientalmente
seja, no futuro: Um planeta onde é bom viver ou não!