Manual de boas práticas de laboratorio

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  • 8/8/2019 Manual de boas prticas de laboratorio

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    MANUAL DE SEGURANA E BOASPRTICAS DE LABORATRIO (BPL)

    LABORATRIOS DA REA DA SADEUniversidade Anhembi Morumbi

    Laureate International Universities

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    I. OBJETIVOS DO MANUAL DE SEGURANA E BOAS PRTICASDE LABORATRIO

    1. Fornecer um guia geral e regras bsicas consideradas mnimaspara o funcionamento seguro dos laboratrios de aulas prticas.

    2. Proteger os tcnicos, alunos e professores de riscos e acidentes delaboratrio.

    3. Definir quem o Lder e o pessoal tcnico (atribuies).

    4. Definir as responsabilidades do Lder e do pessoal tcnico para ofuncionamento seguro dos laboratrios de aulas prticas.

    5. Fornecer um padro de boas prticas de segurana doslaboratrios.

    II. RESPONSABILIDADES DO LDER DOS LABORATRIOS DAREA DE SADE

    1. Supervisionar os laboratrios da rea da Sade.2. Assegurar que os regulamentos e normas dos laboratrios da rea

    da Sade estejam sendo cumpridos.

    3. Coordenar e organizar os calendrios das aulas prticas semestraisde cada laboratrio, assegurando que haja um atendimentoeficiente aos professores e alunos.

    4. Autorizar o uso do laboratrio tanto no caso das atividades deestudo e ensino como no caso de utilizao para outros fins

    (pesquisas prprias, desenvolvimento de estudos no relacionadoscom as aulas prticas, etc.).

    5. Supervisionar os horrios de trabalho dos funcionrios doslaboratrios.

    6. Cuidar da estrutura geral dos laboratrios: funcionrios,equipamentos, materiais, reagentes, almoxarifado e instalaes.Assegurar o funcionamento de cada um desses itens.

    7. Solicitar, junto diretoria de campus, a aprovao da compra deaparelhos, materiais e reagentes necessrios ao andamento dasaulas prticas.

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    8. Aprovar a utilizao e ou retirada de equipamentos e materiais dequalquer tipo dos laboratrios das reas da Sade ou eventos do

    setor, informando ao departamento de patrimnio e segurana odestino e data de retorno dos equipamentos e materiais.

    9. Supervisionar o almoxarifado.

    10. Supervisionar o biotrio. Cuidar de toda a infra-estrutura,instalaes, funcionrios.

    11. Assegurar que o biotrio atenda as exigncias das disciplinas queutilizam animais em suas aulas prticas.

    12. Responder pela segurana e bom funcionamento doslaboratrios.

    13. Realizar inspees de manuteno regular tanto das instalaesquanto dos equipamentos de segurana dos laboratrios e fazerrelatrios dessas inspees, sendo arquivados para posteriorverificao.

    14.Treinamento do pessoal tcnico do laboratrio principalmente noque diz respeito a novos funcionrios.

    15. Providenciar um treinamento apropriado de segurana aosnovos funcionrios que forem admitidos para trabalhar noslaboratrios.

    16. Assegurar-se que todo o pessoal tcnico tenha recebido otreinamento em segurana de laboratrio.

    17. Assegurar-se de que o pessoal tcnico esteja familiarizado comas regras de segurana e de que todos as cumpram.

    18. Oferecer treinamento aos funcionrios do laboratrio emtcnicas especiais ou aes a serem tomadas em acidentesincomuns que possam ocorrer no caso de se utilizarem nolaboratrio tcnicas no rotineiras. O registro desses treinamentosdeve ser guardado em arquivo.

    19. Preencher, em conjunto com o funcionrio, um formulrio decomunicao da situao de risco e das providncias.

    20. Manter sempre disponvel o equipamento de emergnciaadequado em perfeito funcionamento (por exemplo, lava-olhos,chuveiro de segurana e extintores de incndio).

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    21. Treinamento do pessoal tcnico na utilizao dos equipamentosespecficos de emergncia e do que fazer em casos de acidentes.

    22. Fazer os relatrios de investigao de causas para qualqueracidente ou incidente que venha a ocorrer nos laboratrios pelosquais seja responsvel. Exemplos incluem: acidentes necessitandode primeiros socorros, derramamento de lquidos, incndios,exploses e equipamentos ou reagentes desaparecidos.

    23. Comunicar sempre que esteja ausente para que o coordenadorpossa assumir suas funes.

    IV. RESPONSABILIDADES DO PESSOAL TCNICO DOLABORATRIO

    1. Seguir todas as normas e prticas de segurana aplicveiscomo apresentadas neste manual, pelo Lder.

    2. Utilizar o equipamento pessoal de proteo de acordo com asinstrues.

    3. Relatar todos os acidentes ou incidentes ocorridos nolaboratrio ao encarregado.

    4. Relatar todas as condies de falta de segurana ao Lder delaboratrio.

    5. Cumprir todos os programas recomendados e exigidos pelalegislao de sade ocupacional.

    V. PRINCPIOS GERAIS

    As Boas Prticas de Laboratrio exigem que cada Lder, tcnico delaboratrio, professor, aluno ou visitante observem o seguinte aoutilizar as dependncias dos mesmos:

    1. No consumir alimentos e bebidas no laboratrio.

    2. Usar os equipamentos do laboratrio apenas para seu propsitodesignado.

    3. Assegurar-se que o lder de laboratrio esteja informado dequalquer condio de falta de segurana.

    4. Conhecer a localizao e o uso correto dos equipamentos desegurana disponveis.

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    5. Determinar causas de risco potenciais e as precaues desegurana apropriadas antes de comear a utilizar novosequipamentos ou implantar novas tcnicas no laboratrio e

    confirmar se existem condies e equipamentos de seguranasuficientes para implantao do novo procedimento.

    6. Evitar perturbar ou distrair quem esteja realizando algumtrabalho no laboratrio.

    7. Verificar que tanto alunos quanto visitantes estejam equipadoscom os equipamentos de segurana apropriados.

    8. Assegurar-se que todos os agentes que ofeream algum riscoestejam rotulados e estocados corretamente.

    9. Consultar os dados de segurana existentes antes de utilizarreagentes qumicos com os quais no esteja familiarizado e seguiros procedimentos apropriados ao manusear ou manipular agentesperigosos.

    10. Seguir os procedimentos de descarte adequados paracada reagente ou material de laboratrio.

    11. Nunca pipetar ou sugar diretamente com a boca materiais

    biolgicos, perigosos, custicos, txicos, radioativos oucancergenos.

    VI. SADE E HIGIENE

    As Boas Prticas de Laboratrio exigem que se respeitem asseguintes diretrizes bsicas ao utilizar os laboratrios da rea daSade:

    1. Utilizar proteo apropriada para os olhos quando necessrio.

    2. Usar outros equipamentos de proteo conforme for necessrio.

    3. No usar cabelo solto, quando for longo.

    4. Jamais pipetar com a boca solventes ou reagentes volteis,txicos ou que apresentem qualquer risco para a segurana. Usarsempre um pipetador.

    5. Evitar a exposio a gases, vapores e aerossis. Utilizar sempreuma capela ou fluxo para manusear estes materiais.

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    6. Lavar as mos ao final dos procedimentos de laboratrio eremover todo o equipamento de proteo incluindo luvas eaventais.

    7. Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratrio. Aseparao de alimentos e bebidas dos locais contendo materiaistxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode minimizaros riscos de ingesto acidental desses materiais. Consumiralimentos e bebidas apenas nas reas designadas para estafinalidade.

    8. No guardar alimentos e utenslios utilizados para aalimentao nos laboratrios onde se manuseiam materiais txicose perigosos.

    9. No utilizar os fornos de micro-ondas ou as estufas doslaboratrios para aquecer alimentos.

    10. A colocao ou retirada de lentes de contato, a aplicaode cosmticos ou escovar os dentes no laboratrio pode transferirmaterial de risco para os olhos ou boca. Estes procedimentosdevem ser realizados fora do laboratrio com as mos limpas.

    11. Aventais e luvas utilizados no laboratrio que possam

    estar contaminados com materiais txicos ou patognicos nodevem ser utilizados nas reas de caf, salas de aula ou salas dereunies.

    12. Antes de sair do laboratrio, lavar sempre as mos paraminimizar os riscos de contaminaes pessoais e em outras reas.

    13. No laboratrio sempre devem existir locais para alavagem das mos com sabonete ou detergente apropriado etoalhas de papel descartveis.

    VII. SEGURANA BSICA

    expressamente proibido fumar dentro do laboratrio. A proximidadecom materiais txicos, biolgicos e inflamveis faz com que ao fumarse corra o risco de ingesto acidental de reagentes ou de incndio.

    7.1 PROCEDIMENTOS NO SUPERVISIONADOS

    1. Os procedimentos de laboratrio no supervisionados por umtcnico devem ser mantidos em um nmero mnimo. Somentesero permitidos quando forem indispensveis e no houver

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    possibilidade de serem realizados durante o horrio depermanncia do tcnico no laboratrio, aps autorizao pelo lderdos laboratrios ou coordenador do curso.

    2. Estes procedimentos, quando autorizados, devero seracompanhados por um responsvel, que deixar seu nome etelefone de contato com a segurana e com o lder do laboratrio.

    3. O responsvel dever indicar a data e horrio em que oprocedimento ser iniciado e quando espera complet-lo.

    4. Procedimentos no supervisionados utilizando gua deresfriamento devem ter as conexes de mangueiras seguramenteadaptadas e o fluxo de gua adaptado ao mnimo necessrio. O

    responsvel deve assegurar-se que os locais de escoamento dagua eliminada estejam livres antes de deixar o local.

    7.2 PERMANNCIA NO LABORATRIO

    1. Por razes de segurana, deve-se evitar trabalhar sozinho nolaboratrio. Procurar sempre trabalhar prximo de algum quepossa ouvir se houver qualquer problema. Alunos ou pessoas daadministrao nunca devem permanecer sozinhos no laboratrio

    2. Ao trabalhar com materiais ou tcnicas de risco, o lder tem odireito de exigir que outra pessoa esteja presente.

    3. Quando o laboratrio estiver vazio deve permanecer trancado.Isto se aplica no somente ao perodo noturno, quando no hmais aulas, mas tambm durante o dia, quando no houvernenhum tcnico ou professor responsvel no seu interior.

    4. No permitido que pessoas no autorizadas manuseiem osreagentes qumicos ou equipamentos existentes no laboratrio.

    5. As pessoas que precisem utilizar os laboratrios fora do horriodas aulas, no pertencentes ao pessoal tcnico, somente poderofaz-lo mediante autorizao do lder.

    6. As pessoas assim autorizadas devero ser informadas arespeito do regulamento do laboratrio, usar os mesmos tipos deproteo utilizados pelas pessoas que trabalham no laboratrio eestarem cientes dos riscos existentes no laboratrio.

    7.3 MANUTENO DAS INSTALAES

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    1. As reas de trabalho devem estar limpas e livres de obstrues.

    2. No se devem usar escadas e sagues para estocagem demateriais ou equipamentos de laboratrio. Isto se aplica tambm aequipamentos de uso pessoal (por exemplo, bicicletas, rdios,etc.).

    3. As reas de circulao e passagem dos laboratrios devem sermantidas limpas.

    4. Os acessos aos equipamentos e sadas de emergncia nuncadevem estar bloqueados.

    5. Os equipamentos e os reagentes qumicos devem ser estocadosde forma apropriada.

    6. Reagentes derramados devem ser limpos imediatamente demaneira segura.

    7. Os materiais descartados devem ser colocados nos locaisadequados e etiquetados.

    8. Materiais usados ou no etiquetados no devem ser

    acumulados no interior do laboratrio e devem ser descartadosimediatamente aps sua identificao, seguindo os mtodosadequados para descarte de material de laboratrio.

    7.4 MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS DE LABORATRIO

    1. Os equipamentos de laboratrio devem ser inspecionados emantidos em condies por pessoas qualificadas para estetrabalho. A freqncia de inspeo depende do risco que oequipamento possui, das instrues do fabricante ou quando

    necessrio pela utilizao. Os registros contendo inspees,manutenes e revises dos equipamentos, devem ser guardadose arquivados pelo lder do laboratrio.

    2. Todos os equipamentos devem ser guardados adequadamentepara prevenir quebras ou perda de componentes do mesmo.

    3. Quando possvel, os equipamentos devem possuir filtros delinha que evitem sobrecarga, devido queda de energia eltrica eposterior restabelecimento da mesma.

    7.5 USO DE MSCARAS

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    1. Devem-se utilizar mscaras apropriadas sempre que umaoperao envolva reagentes qumicos com potencial de exploso

    ou que podem espirrar no rosto. Alguns exemplos incluem:a) Quando uma reao realizada pela primeira vez.b) Quando uma reao realizada no laboratrio executada em

    uma escala maior do que a normal.c) Sempre que uma operao for realizada fora das condies

    ambientes.d) Sempre que existir a possibilidade de ocorrer um borrifo ocorrer

    ao manusear materiais corrosivos.

    7.6 MANUSEIO DA VIDRARIA DE LABORATRIO

    1. Vidraria danificada deve sempre ser consertada ou descartada.

    2. Ao trabalhar com tubos ou conexes de vidro, deve-se utilizar umaproteo adequada para as mos.

    3. Utilizar proteo adequada nas mos ao manusear vidros

    quebrados.

    4. Familiarizar-se com as instrues apropriadas ao utilizar vidrariapara fins especficos.

    5. Descartar vidraria quebrada em recipientes plsticos ou de metaletiquetados e que no sejam utilizados para coleta de outros tiposde materiais de descarte.

    6. Descartar a vidraria contaminada como recomendado. Porexemplo, quando utilizada em microbiologia, a vidraria quebradadeve ser esterilizada em autoclave antes de ser dispensada paracoleta em recipiente apropriado. Materiais cirrgicos usados(agulhas, seringas, lminas, giletes, etc) devem ser descartadosem caixa de descarte para materiais perfuro cortantes com

    smbolo indicando material infectante e perigo. Lmpadasfluorescentes e resduos qumicos no devem ser jogados noscoletores de lixo tradicionais, devem ser descartados emrecipientes diferentes e identificados com etiquetas.

    7.7 MATERIAIS COMBUSTVEIS E INFLAMVEIS

    1. Deve-se utilizar a chama do bico de Bunsen apenas o temponecessrio e ao terminar o trabalho, extingui-la o mais rpidopossvel.

    2. No utilizar a chama do bico de Bunsen para aquecer prximade materiais combustveis ou inflamveis. No se recomenda

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    proceder a uma destilao a presso reduzida utilizando umachama devido possibilidade de superaquecimento local.

    3. Remover todos os materiais combustveis e inflamveis da reade trabalho antes de acender qualquer chama.

    4. Avisar todos no laboratrio quando estiver realizando qualquerprocedimento que utilize lquidos ou gases combustveis ouinflamveis.

    5. Guardar todos os materiais combustveis e inflamveisapropriadamente.

    6. Ao trabalhar com chama, evitar faz-lo prximo a solventes e a

    equipamentos que possam gerar fascas. Trabalhar sempre comuma ventilao adequada se uma atmosfera inflamvel pode sergerada, por exemplo, ao pipetar solventes inflamveis.

    7.8 MATERIAL CRIOGNICO E TRAPS DE RESFRIAMENTO

    1. Utilizar luvas e mscaras apropriadas ao preparar ou manuseartraps de resfriamento abaixo de - 70 C ou lquidos criognicos (porexemplo, nitrognio lquido).

    2. Nunca use nitrognio lquido ou ar lquido pra resfriamento demateriais inflamveis ou combustveis em mistura com o ar. Ooxignio da atmosfera pode condensar e provocar risco deexploso.

    3. Utilize sempre um frasco de Dewar especfico para lquidoscriognicos e no um frasco normal para vcuo.

    4. Use luvas apropriadas ao manusear materiais criognicos (porexemplo, gelo seco).

    5. Sistemas de resfriamento contendo gelo seco/solvente devemser preparados com cuidado, pela adio lenta de pequenasquantidades de gelo seco ao solvente, evitando que ao borbulhar osolvente derrame.

    6. Nunca coloque sua cabea no interior de um recipientecontendo gelo seco uma vez que um alto nvel de CO2 pode seacumular provocando risco de asfixia.

    7.9 APARELHOS E EQUIPAMENTOS ELTRICOS

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    1. Todos os equipamentos eltricos devem ter certificado dequalidade ao serem adquiridos ou serem aprovados quando de suaaquisio.

    2. No se devem utilizar extenses para ligar aparelhos ainstalaes permanentes.

    3. Utilizar interruptores com circuito de fio terra quando existir orisco de que o operador esteja em contato com gua e comequipamento eltrico simultaneamente.

    4. Somente pessoal qualificado e treinado est autorizado aconsertar ou modificar equipamentos eltricos ou eletrnicos.

    7.10 TREINAMENTO

    O lder de laboratrio deve providenciar treinamento especfico para alocalizao dos equipamentos de emergncia e sua utilizao, para omanuseio e descarte de reagentes de risco especficos e para aoperao segura de equipamentos especializados.

    VIII. REAGENTES QUMICOS

    8.1 ESTOQUE, TRANSPORTE E DESCARTE DE MATERIAISQUMICOS

    1. Todos os reagentes qumicos, solues, solventes e saisutilizados no laboratrio devem ser etiquetados apropriadamente eguardados de acordo com sua compatibilidade.

    2. Todos os frascos contendo solues ou reagentes devem serrotulados com o nome do produto, a data de aquisio oupreparao, validade e responsvel pela soluo. Quando

    necessrio adicionar informaes sobre o risco, perigo e condiesde segurana em seu manuseio.

    3. As prateleiras para estoque devem ser apropriadas para conteros frascos de reagentes e serem feitas de material resistente aosprodutos qumicos a serem guardados. Bandejas de plsticoresistentes podem ser utilizadas para estocar reagentes quepossuam propriedades qumicas especiais.

    4. aconselhvel que as prateleiras possuam uma borda ou algoequivalente que evite que os frascos possam escorregar e cair dasprateleiras.

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    5. Reagentes perigosos em frascos quebrveis como: materiaisaltamente txicos (cianetos, neurotoxinas), inflamveis (dietil-ter,acetona), lquidos corrosivos (cidos) ou materiais sensveis a

    impactos (percloratos) devem ser estocados de tal maneira que orisco de quebra seja minimizado. aconselhvel que reagentesqumicos em frascos de vidro ou pesando mais de 500g no sejamestocados a mais de 2 metros do cho.

    6. Devem-se comprar apenas quantidades limitadas de reagentesqumicos, somente para uso imediato. No aconselhvel guardarreagentes qumicos por perodos de tempo muitos longos por riscode perder suas propriedades fsico-qumicas.

    7. Deve-se manter um controle de estoque de almoxarifado. As

    condies dos materiais estocados devem ser verificadasanualmente. Materiais que no estejam mais sendo utilizadosdevem ser descartados o mais rpido possvel.

    8. No estocar reagentes qumicos diretamente sob a luz solar ouprximo a fontes de calor.

    9. No se devem estocar reagentes inflamveis na geladeira.Quando necessrio deve ser feito por perodos muito curtos. Osrefrigeradores domsticos contem fontes de ignio como a luz de

    abertura de porta e o termostato. Quando necessrio, devem-seutilizar refrigeradores especialmente fabricados ou modificadospara excluir as fontes de ignio do interior da cabine refrigeradaonde os solventes sero guardados.

    10. Solventes inflamveis e bases e cidos altamentecorrosivos devem ser transportados em frascos apropriados.

    8.2 SOLVENTES INFLAMVEIS

    1. O descarte de solventes inflamveis ou combustveis emrecipientes maiores que 4 l restrito e somente deve ser utilizadoem caso onde existam facilidades para sua retirada sob estaforma. O descarte de lquidos combustveis ou inflamveis deveser realizado em uma capela com a exausto em funcionamento.

    2. A quantidade mxima de solvente com ponto de ebuliomenor que 37.8C que pode ser estocada no laboratrio de 10 l.

    8.3 CAPELAS

    As capelas dos laboratrios servem para conter e trabalhar comreaes que utilizem ou produzam vapores txicos, irritantes ou

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    inflamveis, mantendo o laboratrio livre de tais componentes. Com ajanela corredia abaixada, a capela fornece uma barreira fsica entreo tcnico de laboratrio e a reao qumica. Todos os procedimentos

    envolvendo a liberao de materiais volteis, txicos ou inflamveisdevem ser realizados em uma capela para eliminar os riscos.

    Nota:As capelas no so uma proteo contra exploses. Quandoexiste risco de exploso, outras medidas adicionais devem sertomadas para proteo individual. Os equipamentos utilizados emcapelas devem ser aparelhados com condensadores, traps ousugadores para conter e coletar na medida do possvel os solventesde descarte e os vapores txicos. A capela no um meio dedescarte de reagentes qumicos.

    1. As capelas devem ser verificadas antes de cada utilizao (nomnimo uma vez por ms) para assegurar-se que a exausto estafuncionando apropriadamente. Antes da utilizao, assegurar-seque o fluxo de ar esteja adequado.

    2. Exceto quando a capela estiver em reparos ou quando estiversendo utilizada para manipulaes em seu interior, a janelacorredia deve permanecer fechada. Na eventualidade de estaraberta, a janela deve ficar elevada entre 30 a 45 cm.

    3. Os aparelhos, equipamentos e reagentes devem ser colocadospelo menos a 15 cm de distncia da janela da capela. Esteprocedimento reduz a turbulncia durante o manuseio e evita aperda de contaminantes para o laboratrio.

    4. As capelas no devem ser utilizadas como local de estoque dereagentes. Isto pode interferir com o fluxo de ar em seu interior e,alm disso, provocar riscos adicionais s reaes e processosefetuados no interior da capela que podem provocar reao semcontrole. Os frascos com reagentes qumicos e frascos para

    descarte de solventes devem estar presentes no interior da capelasomente enquanto estiverem em uso. Devem posteriormente serestocados em lugares apropriados.

    5. As capelas devem ser deixadas em funcionamentocontinuamente durante o manuseio em seu interior.

    6. O uso da capela altamente recomendado ao utilizar osseguintes materiais:

    - materiais e combustveis inflamveis.- materiais oxidantes- materiais com efeitos txicos srios e imediatos- materiais com outros efeitos txicos.

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    - materiais corrosivos.- materiais que reagem perigosamente

    7. As capelas devem ser avaliadas anualmente para verificao daexausto.

    IX. EQUIPAMENTO PESSOAL DE PROTEO GERAL

    1. No laboratrio deve-se usar equipamento de proteo pessoalapropriado aos riscos existentes.

    2. O pessoal de laboratrio deve consultar o supervisor comrelao ao equipamento de proteo especfico para cada

    laboratrio.

    3. O equipamento de proteo individual no deve serconsiderado o principal meio de proteo dos funcionrios doslaboratrios. Os procedimentos de trabalho e equipamentos, comocapelas, chuveiros, etc. devem ser considerados tambm.

    4. O equipamento de proteo individual deve ser utilizado portodo o pessoal existente no laboratrio e no apenas pelos queestiverem trabalhando no momento, uma vez que no laboratrio,

    os riscos de acidente esto presentes, mesmo que no se estejatrabalhando ativamente. Devem-se vestir roupas apropriadasdurante todo o tempo.

    5. Equipamentos de proteo pessoais (como por exemplo,aventais e luvas) no devem ser utilizados em reas pblicas setiverem sido utilizados em reas contaminadas. Da mesma forma,os aventais utilizados nas reas esterilizadas (por exemplo,Biotrio), no devem ser utilizados nas reas pblicas oucontaminadas. Nestes casos, os equipamentos devem serguardados em lugares apropriados nos setores de utilizao.

    9.1 Luvas

    1. Existem muitos tipos diferentes de luvas de proteodisponveis e devem ser escolhidas aquelas que do a melhorproteo em cada rotina de trabalho especfica. Existem luvas dediferentes materiais e que, portanto, possuem resistnciasdiferentes aos produtos qumicos. O melhor tipo deve serselecionado nos catlogos dos fabricantes antes de sua utilizao.

    2. Verificar sempre a integridade da luva antes de sua utilizao.

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    3. Utilizar sempre a tcnica correta para remoo das luvas antesde deixar o laboratrio. As luvas devem sempre ser consideradascomo contaminadas aps o uso e tratadas como tal.

    9.2 Proteo dos Olhos

    1. O contato de materiais txicos e de risco com a pele exposta oucom os olhos podem causar problemas de sade bastante srios.Equipamentos de proteo para os olhos adequados tais comoculos de proteo, mscaras acrlicas ou culos bloqueadores deraios ultravioleta, devem estar disponveis e serem utilizadosquando houver algum risco. culos de segurana aprovados comproteo lateral so o mnimo de proteo requerida em umlaboratrio.

    2. culos de proteo e mscaras para o rosto podem tambm sernecessrios quando trabalhando em alguns procedimentosespeciais.

    3. Lentes de contato podem ser usadas nos laboratrios. Noentanto, as lentes de contato no so um meio de proteo edevem ser usadas em conjunto com culos de proteoapropriados em reas de risco.

    9.3 Proteo do Corpo1. Devem-se usar roupas que permitam a cobertura mxima docorpo de acordo com o nvel de risco ao qual o funcionrio estejaexposto. Pode surgir risco ao se derramar ou borrifar algunsreagentes sem utilizao de roupas adequadas (por exemplo, pelouso de bermudas, mini-saias, sandlias, chinelos, etc.). A proteomnima que um funcionrio de laboratrio deve ter consiste emusar calas compridas, camisa ou camiseta, meias e sapatosfechados. Sempre consultar o supervisor do laboratrio paraconhecer os requisitos especficos de cada laboratrio.

    2. Muitos procedimentos exigem proteo adicional do corpo.Nestas situaes devem-se usar luvas e aventais.

    3. Quando se utilizam aventais no laboratrio devem-se seguir asseguintes normas para sua utilizao:a) Retirar e pendurar o avental antes de sair do laboratriob) Lavar o avental separadamente de outras roupasc) No laboratrio, o avental deve ser fechado com todos os botes

    quando estiver sendo usado

    4. Aventais de borracha devem ser utilizados ao manusearmateriais ou reagentes altamente corrosivos.

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    9.4 Proteo respiratria

    Em circunstncias normais, aparelhos respiratrios no sonecessrios para as situaes existentes nos laboratrios. A utilizaode capelas geralmente elimina os problemas de riscos respiratrios.

    X. EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE EMERGNCIA

    1. Os equipamentos comuns de segurana e emergncia incluemextintores, kit de primeiros socorros, estao de lavagem deolhos e chuveiros de emergncia, kits para o derramamento de

    determinados reagentes e sadas de emergncia. necessrioque os usurios saibam onde esto e como manejar osequipamentos de segurana, aprendam o que fazer em umaemergncia e se familiarizem com estes procedimentos.

    2. Um lava-olhos e um chuveiro de emergncia devem estaracessveis a todo o momento nos laboratrios onde reagentesperigosos para a pele e os olhos so usados. Os funcionriosdevem estar a menos de 25 m e devem atravessar no mximouma porta para chegar ao local onde estejam o lava-olhos e o

    chuveiro de emergncia.3. Os laboratrios devem estar equipados com um nmero

    suficiente de extintores de incndio do tipo correto para serusado nos materiais que esto sendo manipulados.

    4. Todos os equipamentos de emergncia devem ser checadosperiodicamente. Os lava-olhos e os chuveiros devem sertestados anualmente. Os extintores de incndio devem serinspecionados mensalmente. Um registro das inspees deveser colocado numa etiqueta afixada ao equipamento.

    10.1 PRIMEIROS SOCORROS

    O lder do laboratrio responsvel por conhecer e aplicar astcnicas de primeiros socorros e por verificar que todo o pessoal delaboratrio esteja familiarizado com a localizao dos kits deprimeiros socorros. Os funcionrios devem ser treinados a prestarprimeiros socorros.Aps o primeiro atendimento, o funcionrio deve ser conduzido enfermaria ou mesmo ao hospital, dependendo da gravidade do caso.

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    10.2 ACIDENTES COM EXPOSIO DA PELE A PRODUTOSQUMICOS

    1. Lavar todas as reas do corpo afetadas por 15 a 20 minutoscom gua corrente.

    2. No use sabo ou detergente at verificar as normas de risco esegurana do reagente em questo.

    3. Encaminhar a pessoa ao hospital se a irritao persistir, sehouver um dano aparente ou se as normas de segurana doproduto assim exigirem.

    4. Quando grandes reas do corpo forem atingidas, a utilizao

    dos chuveiros mais eficiente se toda a roupa da regio afetadafor removida.

    10.3 ACIDENTES COM EXPOSIO DOS OLHOS A PRODUTOSQUMICOS

    1. Lavar os olhos durante 15 a 20 minutos em gua corrente. Manteros olhos abertos enquanto se efetua a lavagem.

    2. Sempre procurar atendimento mdico no hospital no caso de

    exposio dos olhos a materiais perigosos.10.4 INCNDIOS NO LABORATRIO

    Antes de utilizar qualquer reagente qumico, os funcionrios dolaboratrio devem se familiarizar com os riscos potenciais de incndioassociados a esse reagente. Estas informaes podem serencontradas nas especificaes do reagente. As informaes devemincluir produtos de decomposio, temperaturas crticas e o tipo deequipamento mais indicado para conter o incndio se porventura oreagente pegar fogo.

    Se um pequeno incndio comear no laboratrio e estiver restrito aum bquer, um frasco ou outro recipiente pequeno pode-se tentardomin-lo com o extintor apropriado ou abaf-lo com uma coberta.

    Se o incndio no estiver limitado a uma pequena rea, se houverenvolvimento de materiais volteis ou txicos ou se as tentativas deconter um pequeno incndio forem inteis, devem-se tomar asseguintes providncias:

    1. Informar todo o pessoal nas reas vizinhas da existncia de umfoco de incndio.

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    2. Se possvel, fechar todas as portas que possam isolar o foco deincndio do restante das instalaes.

    3. Evacuar as instalaes utilizando as escadas e as sadas deemergncia. No utilizar os elevadores.

    4. Entrar em contato com o bombeiro atravs do ramal 4544 eexplicar a natureza do fogo e identificar todos os possveisprodutos de risco como fumaas txicas, materiais potencialmenteexplosivos, meios de combater o fogo, etc.

    5. Preencher um relatrio de acidentes/incidentes.

    CLASSES DE INCNDIOS

    Classe A combustveis comuns como Madeira, papel, tecidos,plsticos, etc.Classe B lquidos combustveis e inflamveisClasse C fogo em equipamentos eltricosClasse D metais combustveis

    TIPOS DE EXTINTORES

    Extintores de P Seco tipo ABC estes extintores so utilizados em

    incndios da classe A, B e C.Os extintores de gua pressurizada devem ser utilizados somente emincndios da classe A. No use este tipo de extintor em materiaiscarregados eletricamente, pois poder resultar em choque eltrico.Se utilizado sobre lquido inflamvel pode causar o espalhamento dofogo.Nenhum destes extintores deve ser utilizado em incndiosprovocados por metais combustveis. Deve-se utilizar o extintor tipoQumico Seco com p qumico especial para cada material.

    XI. DIRETRIZES ESSENCIAIS DE COMPATIBILIDADE QUMICA DEREAGENTES PARA ESTOQUE E SEPARAO

    Os seguintes grupos qumicos devem ser guardados separadamentede reagentes qumicos de outros grupos e em lugares de estoqueseparados.

    11.1 cidos

    Por exemplo: cido clordrico, cido fluordrico, cido ntrico, cidosulfrico, cido fosfrico, cido perclrico*

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    *cido perclrico deve ser guardado com outros cidos. No entanto,ele deve ser mantido em uma bandeja separada dos outros cidos.Se, por exemplo, cido sulfrico pingar na prateleira, e esta for de

    madeira, e cido perclrico cair no mesmo lugar, imediatamente estelocal pegar fogo. cido perclrico deve ser manuseado sempre emcapelas com excelente exausto, principalmente no caso de se lidarcom quantidades superiores a 10 mL.

    11.2 Solventes inflamveis

    Na maioria dos laboratrios no permitido o estoque de mais que10 l de solventes inflamveis. Os materiais inflamveis tm um pontode ebulio menor que 37.8C. Os materiais combustveis possuemum ponto de ebulio entre 37.8C e 93C.

    Exemplos: acetona, lcool, ter, dietil-ter, benzeno, acetonitrila,formamida, tolueno, xilol.Exemplos de solventes no inflamveis incluem clorofrmio,metileno, tetracloreto de carbono.cidos orgnicos como actico, butrico, e frmico so materiaiscombustveis e devem ser estocados com solventes inflamveis.

    11.3 Oxidantes inorgnicos

    Exemplos: nitratos, nitritos, cloratos, percloratos, periodatos,

    permanganatos, persulfatos.11.4 Bases (Materiais Alcalinos)

    Exemplos: hidrxido de sdio, hidrxido de potssio, hidrxido deamnio e aminas orgnicas.

    11.5 Ciano-compostos

    Exemplos: cianeto de sdio, ferrocianeto de potssio, tiocianato desdio, cianobrometo.

    11.6 Materiais que requerem consideraes especiais deestoque

    1. cido pcrico - Inspecionar mensalmente e manter imerso emgua destilada. Secar apenas a quantidade necessria para usoimediato. O cido pcrico seco sensvel a choques.

    2. Substncias formadoras de perxidos - Os materiais formadoresde perxidos devem ser datados quando sua embalagem foraberta pela primeira vez e descartados quando o tempo limite deestoque recomendado for atingido.

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    Aps 3 meses ter isoproplico, di-vinil-acetileno, cloreto devinilideno, butadieno, cloropreno, tetrafluoroetileno.Aps 12 meses ter etlico, tetrahidrofurano, dioxano,

    acetaldedo, ter vinlico, diacetileno, metil-acetileno, ciclohexano.A maioria destes materiais inflamvel e devem ser guardadosem almoxarifados isolados.

    3. Outros materiais sensveis a choques - Compostos ntricos,nitratos orgnicos, acetilenos, azidas, diazometano.Adquirir sempre pequenas quantidades destes materiais edescartar assim que o projeto no qual est sendo utilizadoterminar.

    4. Perxidos orgnicos - Comprar sempre pequenas quantidades,

    manter sob refrigerao e descartar 12 meses aps ter sidoaberto. Exemplos: benzilperxido, cido per-actico.

    5. Materiais reativos com gua - Exemplos: metais de sdio epotssio, pentxido de fsforo, cloreto de alumnio, cloreto detitnio.

    6. Materiais que reagem com o ar (pirognicos) - Exemplos: alquil- compostos de ltio, reagente de Grignard, fsforo branco.

    7. Todos os outros reagentes, incluindo sais inorgnicos e lquidose slidos orgnicos, podem ser estocados juntos.