MANUAL de boAs práticAs · PDF file1. ENQUADRAMENTO E INTRODUÇÃO O Manual de Boas Práticas para IPSS publicado no quadro do Plano de Promoção e Eficiência no Consumo de Energia

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  • MANUAL de boAs prticAsdirigido A iNstitUies pArticULAres de soLidAriedAde sociAL

  • 1. ENQUADRAMENTO E INTRODUO 3

    2. EFICINCIA ENERGTICA NAS IPSS 3

    3. OPORTUNIDADES DE ATUAO 4

    A. ENVOLVENTE (PAREDES, COBERTURAS E JANELAS) 5 B. ILUMINAO 6 C. EQUIPAMENTOS DE COZINHA, LAVANDARIA E PEQUENOS ELETRODOMSTICOS 9 D. CLIMATIZAO (AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO DO AMBIENTE) 12 E. GUA QUENTE SANITRIA 14 F. EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS E INFORMTICOS 16 G. ENERGIAS RENOVVEIS 17 H. COMPORTAMENTO DOS UTILIZADORES 18 I. OPERAO E MANUTENO DAS INSTALAES 19 J. CERTIFICAO ENERGTICA 21

    4. CHECK-LIST DE APOIO AO DIAGNSTICO ENERGTICO 21

    NDICE

    MANUAL de boAs prticAs

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  • 1. ENQUADRAMENTO E INTRODUO

    O Manual de Boas Prticas para IPSS publicado no quadro do Plano de Promoo e Eficincia no Consumo de Energia Eltrica 2013-2014, promovido pela ERSE - Entidade Reguladora dos Servios Energticos, no mbito da medida Formao e Sensibilizao para o Consumo de Energia Eltrica dirigida a IPSS Instituies Particulares de Solidariedade Social. Esta medida promovida pela ADENE - Agncia para a Energia, com o apoio da ENTRAJUDA atravs da sua rede de IPSS e da Sair de Casa.

    Esta medida tem como objetivo a mudana de comportamentos face ao consumo de energia nas IPSS para a reduo da fatura energtica deste tipo de organizaes.

    Este manual nasce da necessidade de existir um pequeno guia agregador das principais medidas de eficincia energtica em IPSS, com base nos conceitos-chave a transmitir em aes de formao e sensibilizao sobre boas prticas no consumo de energia eltrica, contendo no seu final uma seco com informao especfica referente realidade de cada IPSS.

    Para alm de um instrumento de apoio formao, este manual ser tambm til a todas as IPSS interessadas em melhorar a eficincia no consumo de energia eltrica.

    2. EFICINCIA ENERGTICA NAS IPSS

    A eficincia energtica est na ordem do dia por diversos fatores, nomeadamente enquanto fator essencial para a reduo de custos e para a sustentabilidade financeira e ambiental das empresas, instituies e das famlias. O papel desempenhado pelas IPSS revela-se fundamental para a sociedade e a sua prestao poder ser maximizada se estas adotarem comportamentos e prticas mais eficientes em termos de consumo de energia. De facto, a eficincia energtica das operaes dirias das IPSS bastante relevante.

    Apesar de existirem diferenas importantes entre as instituies, podem ser identificadas caratersticas comuns e oportunidades de melhoria replicveis.

    A reduo efetiva do consumo de energia apresenta-se como o principal objetivo, uma vez que existe uma motivao inerente para a utilizao eficiente dos recursos disponveis. A informao sobre formas mais eficazes de racionalizar os consumos ser uma mais-valia que ir beneficiar diretamente as IPSS atravs da reduo de custos na fatura eltrica.

    Em muitos estabelecimentos os recursos so escassos e existe a ideia que a energia j utilizada com eficincia, o que muitas vezes no se verifica, existindo frequentemente ainda margem para melhoria. A formao e sensibilizao nas IPSS ter tambm um potencial efeito multiplicador junto dos utentes ou beneficirios destes estabelecimentos e suas famlias, pelo contacto com a informao e pelos comportamentos e atitudes face ao consumo de energia, que devero passar a ser, de forma mais evidente, orientados para a eficincia.

    A existncia de equipamentos ineficientes, ou mesmo o seu alojamento em edifcios energeticamente ineficientes, uma realidade. O diagnstico e a formao no sentido de otimizar os seus recursos, bem como o levantamento das necessidades de substituio de equipamentos iro contribuir para a melhoria da eficincia energtica das IPSS.

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  • 3. OPORTUNIDADES DE ATUAOO consumo energtico nas IPSS depende, em primeira instncia, do tipo de atividades desenvolvidas, do regime de ocupao e utilizao das instalaes e da tipologia dos utentes. Sobre esses fatores associados funo da IPSS, temos ainda duas dimenses que influenciam diretamente o consumo e os custos com energia: tecnolgica - relacionada com a eficincia dos equipamentos - e comportamental - relacionada com a utilizao dos sistemas energticos e equipamentos.Ser sobre estas duas dimenses e de uma forma transversal ao tipo de instituio, que se podem identificar e explorar algumas oportunidades de reduo da fatura energtica, tendo tambm em considerao a tipologia do contrato de eletricidade. Estas so, em grande parte, semelhantes a outros tipos de edifcios e instalaes de servios, podendo a sua avaliao em contexto de diagnstico energtico seguir uma abordagem estruturada nas seguintes reas:

    ENVOLVENTE (PAREDES, COBERTURAS E JANELAS)

    ILUMINAO

    EQUIPAMENTOS DE COZINHA, LAVANDARIA E PEQUENOS ELETRODOMSTICOS

    CLIMATIZAO (AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO DO AMBIENTE)

    GUA QUENTE SANITRIA

    EQUIPAMENTOS AUDIOVISUAIS E INFORMTICOS

    ENERGIAS RENOVVEIS

    COMPORTAMENTO DOS UTILIZADORES

    OPERAO E MANUTENO DAS INSTALAES

    CERTIFICAO ENERGTICA

    Nos pontos seguintes descrevem-se algumas das oportunidades mais comuns em cada uma destas reas, abordando os aspetos tecnolgicos e dando natural enfoque s componentes de boas prticas e de otimizao do uso por via de alteraes comportamentais dos funcionrios e utentes das IPSS.

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  • A. ENVOLVENTE (PAREDES, COBERTURAS E JANELAS)

    A envolvente do edifcio constitui a fronteira entre os utilizadores e as condies climatricas exteriores, sendo um dos elementos influenciadores, por excelncia, do conforto trmico e do desempenho energtico do edifcio.

    Neste mbito, importa verificar as caratersticas das solues instaladas (se existirem) para o isolamento trmico das paredes e coberturas exteriores, bem como a forma de otimizar os ganhos e perdas trmicas atravs das janelas.

    Eis algumas das oportunidades de melhoria mais comuns relacionadas com a envolvente dos edifcios:

    Melhorar as caratersticas trmicas da envolvente do edifcio, nomeadamente atravs da colocao ou reforo do isolamento trmico das paredes e coberturas;

    Substituir janelas antigas por novas com vidro duplo e corte trmico, com melhor desempenho trmico, melhor isolamento acstico e que proporcionam maior conforto ambiental (para saber mais ver www.seep.pt);

    Verificar e, se necessrio, reparar os elementos de fecho e de vedao das janelas, controlando as infiltraes indesejadas de ar;

    Instalar dispositivos de sombreamento (estores/persianas, toldos, palas, etc.) que permitam controlar a entrada excessiva de luz solar, prevenindo situaes de sobreaquecimento e consequente consumo energtico associado utilizao de equipamentos de ar condicionado;

    Utilizar elementos paisagsticos como rvores, arbustos e trepadeiras, colocados em locais adequados e que proporcionem sombra e proteo da exposio ao vento.

    DICASombreamento - Utilizar elementos

    para sombreamento das janelas, particularmente nas fachadas orientadas

    ao quadrante sul, permite evitar gastos com ar condicionado e melhorar o

    conforto. sempre que seja possvel, utilizar dispositivos de sombreamento exteriores,

    pois assim a energia solar que neles retida no dissipada na forma de calor no

    interior do espao.

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  • B. ILUMINAO

    A iluminao artificial um dos principais fatores de consumo de energia eltrica nas instalaes e aquele onde, normalmente, existem oportunidades interessantes e viveis para reduo dos consumos energticos.

    As principais tecnologias ou tipos de lmpadas habitualmente disponveis no mercado so:

    Para conseguir uma boa iluminao, importa analisar as necessidades de luz de cada um dos espaos ou zonas do edifcio, j que nem todos requerem a mesma luminosidade, nem durante o mesmo perodo de tempo, nem com a mesma intensidade.

    comum dizer-se que uma lmpada de 60 a 100 watts produz uma certa luminosidade, quando na realidade, o watt uma medida de potncia e a luz tem a sua prpria unidade de medida, o fluxo luminoso cuja unidade o lumen (Lm). A iluminncia traduz o fluxo luminoso, recebido por uma superfcie sendo expressa em lux (lx) que corresponde a lumen/m2.

    LMPADAS INCANDESCENTESso as lmpadasque apresentam maior consumo de energia eltrica e as de menor durao, aproximadamente 1 000 horas. A sua venda j foi descontinuada, embora ainda existam muitasem funcionamento.

    LMPADASDE HALOGNEOcaraterizam-se por uma maior durao, aproximadamente entre 2 000 horas a 4 000 horas e pela qualidade de luz produzida. Existem lmpadas de halogneoque necessitamde transformador.As do tipo eletrnico diminuem as perdasde energia, podendo reduzir o consumo at 30%(em relao s incandescentes).

    LMPADAS FLUORESCENTES TUBULAREScaraterizam-se por terem uma eficincia luminosa maior do que as lmpadas incandescentes.So lmpadasque consomem at menos 80% de eletricidade do que as lmpadas incandescentes e tmuma durao entre 10 000 e 20 000 horas.

    LMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS(ECONOMIZADORAS) Possuem a tecnologiae as caratersticasde uma lmpada fluorescente tubular,mas de tamanhos reduzidos.Tem uma durao mdiade aproximadamente8 000 horas. Em locais onde o acender e apagar frequente, pode no ser recomendvel o seu uso.

    LMPADAS LEDConseguem poupanas at 90% de energiana substituiode lmpadas incandescentes e,embora mais carasdo que as lmpadasde baixo consumo, conseguem assegurar entre 50 000 e 80 000 horasde funcionamento e 100% de luz imediata quandose ligam.

    Fig. 1

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  • Na tabela 1 so apresentados indicadores de nveis de iluminncia recomendados nos diferentes tipos de espaos. No grfico 1 apresenta--se a eficcia luminosa dos principais tipos de lmpadas.

    Os nveis de iluminncia recomendados para vrios tipos de espao podem ser usados para ava