Manual de Campanha Eleitoral 2009

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Manual Bsico de Campanhas Eleitorais.

Avaliao, Organizao, Coordenao, Planejamento e Estratgias Eleitorais

Autor: Alan Valente

2009.

Manual Bsico de Campanhas Eleitorais.Avaliao, Organizao, Coordenao, Planejamento e Estratgias Eleitorais. Autor: Alan ValenteIntroduo: O presente manual um apanhado bsico de todo o conhecimento pratico e terico eleitoral do autor, alm de um breve resumo da biografia disponvel em seu acervo, vital ressaltar que o conhecimento aqui disposto intil sem um conhecimento mais abrangente e sem uma vivncia pessoal das prticas eleitorais, assim sendo este manual torna-se um roteiro poltico que faz com que candidatos e coordenadores eleitorais pensem melhor suas estratgias e organizem de forma prtica e dinmica toda sua campanha eleitoral. Neste manual temos toda a dinmica necessria para o planejamento e desenvolvimento de uma campanha eleitoral, cabendo aos coordenadores saberem avaliar e selecionar pessoas para desenvolverem as atividades, cargos e postos aqui especificados, importante lembrar que as escolhas que sero feitas e o planejamento correto da campanha pautado no contedo deste manual ser a diferena entre a vitria e a derrota, porm uma campanha alicerada em profissionais qualificados e preparados e nunca em manuais, esquemas ou frmulas. O Eleitor. Devemos identificar o eleitor e procurar suas necessidades, anseios, desejos e pautar o candidato dentro destas expectativas. A forma de se fazer isso atravs das pesquisas efetuadas junto ao eleitor alvo ( target ) A cada eleio a quantidade de eleitores aumenta mais, jovens, idosos e famlias que se mudam para o estado completam o quadro de eleitores aumentando o seu coeficiente. A dificuldade de se fazer campanha e a proibio de brindes dificultaram ainda mais o processo de aproximao e convencimento tornando os eleitores mais distantes, ariscos e indiferentes ao processo eleitoral. Alm de indiferentes muitos esto indignados e simplesmente no acreditam mais em poltica e em polticos, nesse caso tendem a ser agressivos e de difcil penetrao, por tanto v com calma e pacincia esse voto importante e com certeza no ser impossvel quebrar a resistncia do eleitor. A cada ano por conta de falsas promessas e do alto ndice de corrupo cada vez mais brasileiros passam a ter verdadeiro horror ao ato de votar, se no fosse obrigatrio o mesmo iria preferir passar o dia com amigos ou com a famlia. Esse eleitor o mais difcil de conquistar ele vai de cara amarrada zona eleitoral e at esperanoso de que algum venha lhe pedir o voto para vir logo com aqueles chaves s tem ladro no vou votar em ningum meu voto nulo e etc., porm nossa misso mostrar que votando nulo ele estar perpetuando a bandidagem no poder e que s o seu voto pode mudar o quadro poltico do pas e de sua cidade. O Candidato. A maioria dos polticos de nosso pas comeou a despontar para este caminho ainda nas salas de aulas, ou atravs de segmentos empresariais ou sindicatos de classe e associaes diversas ou de bairros. Bons candidatos so os que tm o respaldo de um segmento que o considere um representante ou lder e o apoia para que tenha o poder poltico e lute pelas necessidades deste segmento. O candidato a candidatos deve detectar este segmento, suas aspiraes, ideias e desejos e pautar-se por estes preceitos. Somente assim ter condies de iniciar a sua caminhada para a to disputada carreira poltica. No Brasil, a dificuldade de se postular um cargo eletivo deriva principalmente dos partidos e de suas executivas. De nada adiantar voc ser um lder nato, aglutinar um grande nmero de liderados em torno de ideais e encontrar pela frente partidos polticos que decidem os seus candidatos atravs das executivas dos partidos. Se voc um lder e conseguiu legenda, agora hora de pensar na campanha eleitoral. As campanhas se diferenciam pelos mandatos pretendidos. As do poder executivo so mais complexas por terem um universo maior de eleitores do que as proporcionais. A base para se comear uma campanha testar a sua liderana, mensurar o segmento que o considere lder, captar os desejos, anseios, e necessidades do eleitorado. Ao candidato cabe fazer a escolha inteligente dos elementos que devero formar sua equipe e administrar com sabedoria o inter-relacionamento de sua campanha; afinal quando esta entrar em seu ritmo normal sua campanha estar entregue a essa equipe. O candidato praticamente preside cada rea de assessoria, determinando os limites que julga aceitvel e orientando a coordenao geral de sua campanha. O candidato promove o entrosamento entre todas as reas e equipes solucionando atritos e minimizando danos para que a mquina eleitoral funcione at o limiar da vitria.

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O Voto O voto influenciado por trs componentes distintos: Ideolgico ( I ), Poltico ( P ) e Eleitoral ( E ). Estes componentes aumentam ou diminuem sua importncia em funo do tamanho do universo votante. O grfico abaixo ilustra a dinmica desses elementos em funo do nmero de eleitores.

Assim sendo o mercado eleitoral pode ser classificado em funo do nmero de eleitores. Municipal, englobando cidades pequenas e mdias. Estadual, para grandes cidades e Estados brasileiros. Nacional, para os Estados muito populosos, como So Paulo e Rio de Janeiro e o prprio universo eleitoral brasileiro. Conceituao: O Voto Poltico ( P ) firmado de forma direta, em uma relao pessoal entre o candidato e eleitor, em municpios e cidades pequenas este fator imperativo, chegando a contribuir com cerca de 80% da motivao de votos. Em universos maiores, como o nacional, seu efeito se dilui, afetando somente algo entorno de 20% do eleitorado. O componente Ideolgico ( I ) influencia de forma geral, pequena parcela do eleitorado. Os discursos de esquerda, direita, do socialismo ou liberalismo parecem afetar pouco a deciso de votos. Esse tipo de voto atinge aproximadamente 05% do eleitorado de universos pequenos, crescendo com o tamanho dos mercados eleitorais, atingindo uma influencia mxima de 10% do mercado eleitoral. O componente Eleitoral ( E ) representa o campo de atuao do marketing eleitoral. Sua influncia cresce com o tamanho do universo eleitoral, chegando a atingir, em nvel nacional, 70% das decises de voto. No Distrito Federal temos um quadro incomum aos municpios e estados brasileiros, nesse quadro alguns polticos tratam o DF de forma diferente dependendo do seu objetivo eleitoral, com tudo aqui temos dois componentes que podem ser utilizados conjuntamente sendo os componentes polticos e eleitoral, mesmo em uma eleio para Deputado Distrital, no entorno, por exemplo, o componente poltico seria o mais recomendvel para um vereador, tendo em vista a quantidade de votos necessrios e a necessidade de garantias desse voto. No DF mesmo to grande podemos aplicar ambos os recursos em uma campanha distrital. Tendo em mente a realidade distinta de cada cargo pretendido e suas realidades. Processo Eleitoral. Mercado Eleitoral: O mercado eleitoral brasileiro apresenta caractersticas distintas dos outros uma vez que cercado de altos riscos, infestados de picaretas, leigos e charlates, calotes, fornecedores oportunistas, tudo isso regido por uma legislao inadequada e ultrapassada que levam todos a agirem na clandestinidade ou ver como fato comum certas irregularidades eleitorais.

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O processo eleitoral no Brasil regido por trs leis bsicas: Indiferena: Eleitores que so indiferentes ou indecisos ao processo eleitoral e aos candidatos so uma crescente no pas e a cada eleio o numero cresce mais ainda, no Distrito Federal e Entorno no diferente. Procrastinao: Como todo bom brasileiro tudo fica para ultima hora, nas eleies no diferente, esse o principal alvo de uma boca de urna so pessoas que em muitos casos querem votar, mas por ocasio da situao votam nulo e nossa misso facilitar a escolha do eleitor. Efemeridade: A opinio do eleitor muito relativa e pode mudar a qualquer instante, da mesma forma que existem eleitores fiis a qualquer custo e imunes a qualquer argumento tambm existe uma grande parcela da populao que est a disposio para mudar de lado ou opinio. Para gravar:

1) 2) 3)

Indiferena: Nesta lei esto inseridos os indecisos e indiferentes que no notam, ou fazem fora para no notar, o que se passa ao seu redor. Procrastinao: Nesta lei esto inseridos aqueles que deixam tudo p ultima hora, at mesmo em quem iro votar. Efemeridade: O eleitorado muda facilmente de opinio a oscilao da opinio constante e pode mudar por qualquer fator.

Objetivo de uma campanha: Uma campanha vitoriosa aquela direcionada em funo das necessidades e desejos do eleitor, por isso estar atento aos anseios do eleitorado e mostrar propostas ou projetos srios voltados soluo dos problemas daquela comunidade. Avaliao de Candidatura e Viabilidade de Campanha. Em tese o candidato ao planejar sua campanha teria de responder a duas perguntas: 1) 2) Qual a meta? Como ating-la?

Para responder a essas duas simples questes necessrio que se encontrem devesas respostas a outras questes que se abrem a partir delas. 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) 25) 26) 27) 28) Qual mandato pretendido? Quantos votos so necessrios? = Y Qual o potencial de cada regio onde pretendo concorrer? Quantos votos eu j tenho? Onde esto meus votos? Quantos votos faltam? Qual a margem de segurana? ( Yx3 = X ) X = votos que precisa. Onde tenho que ir buscar esses votos? Quem so meus concorrentes? Qual a situao deles em relao ao eleitorado? Qual a situao do meu partido e dos outros? Quem poderia ser meus aliados? Quantos votos poderiam me transferir s alianas? Qual a melhor maneira de manter meus votos? Qual a melhor maneira de conseguir mais votos? Quanto me custaria manter meus votos? Quanto me custaria conquistar os votos que preciso? Quanto tenho para gastar? Quanto me falta? Como conseguir o que me falta? Quanto tempo levaria p isso? Quais so as minhas chances? Qual ser minha plataforma? Qual smbolo e slogan? Qual o melhor visual? Quais servios contratar? Com quem efetivar as alianas? Como compatibilizar a estratgia com as dos aliados?

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29) Quando eu devo estar presente? 30) Quais outros meios de atingir os eleitores? 31) Como orientar e treinar o pessoal? Planejamento. Toda e qualquer campanha inicia-se mediante um planejamento aprovado pelo conselho poltico e efetivado pelo staff de campanha. Aqui iremos dividir as etapas do planejamento nos seguintes tpicos:

1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

Avaliao: Levantamento de todos os dados possveis, que sirvam para compor um quadro da situao atual. Previso: Formulao de hipteses por meio das quais se projeta a situao para um perodo futuro. Busca de solues: Equacionar os problemas e barreiras formuladas pelo resultado da previso e propor solues. Oramento: Com base nos tpicos anteriores determina-se qual material a ser empregado na campanha, bem como os servios que se faro necessrios. Comits, recursos humanos, santinhos, carros, combustvel e etc. Adequao dos meios e recursos: Comparar oramento e custo e a viabilizao da campanha e elaborao do cronograma de entrada de recursos. Programao de fornecedores: Elaborar um plano baseado no cronograma de recursos para evitar o estrangulamento da campanha por falta de material ou recursos. Diviso do plano de aes em etapas: importante dividir e planejar todas as etapas da campanha, tendo em vista que uma campanha se baseia em dados relativos e imprecisos importante ter tempo de mudar a estratgia de campanha e principalmente importante ter um meio para testar a progresso da campanha. Organizao da Campanha.

Ao lanar-se candidato deve-se ter em mente que uma campanha eleitoral exige um considervel esforo, no sentido de viabilizar a coordenao das atividades a serem desenvolvidas e a harmonizao dos efetivos com que puder contar para seu correto desenvolvimento. Assim sendo todo e qualquer candidato tem que ter em trs pontos iniciais e vitais para o inicio e desenvolvimento da sua campanha: A) Recursos financeiros B) Recursos humanos Parentes / Voluntrios / Contratados C) Estrutura operacional No que se refere aos voluntrios h de se lembrar que a luta pela conquista de espao dentro do staff da campanha agressiva e muitas vezes dificultam o desenvolvimento pleno na campanha podendo levar uma campanha com chances de vitria a derrota certa. Todo cuidado pouco na manuteno dos voluntrios e na sua efetivao na campanha. A organizao da campanha deve ser regida pela organizao e pelo transcorrer perfeito das atividades e trabalhos, misso para o staff do candidato, mas qual seria o perfil de uma equipe perfeita, quais os critrios, para se obter tais respostas, o candidato tem que ter em mente as seguintes premissas:

1) 2) 3)

4)

Qual a abrangncia territorial da campanha: Quanto maior a rea a ser atingida maior ser a exigncia de pessoal e de estrutura. A diviso das atividades e setores a serem desenvolvidos na campanha: determinada pela identificao das tarefas a serem executadas, lembrando que a racionalizao dever ser o critrio mor da diviso dessas tarefas. O cargo pretendido pelo candidato: Toda a estrutura depende desse fator o quanto mais cedo o candidato tiver decidido sobre qual cargo disputar mais rpido ele decidir sobre todos os outros aspectos da campanha, pois so sensivelmente diferenciadas as necessidades e atividades desenvolvidas na campanha em funo do pleito majoritrio ou proporcional. Estratgia adotada pelo candidato: Deve se levada em conta, pois determinar as divises e subdivises de tarefas e aes, abrangncia territorial, aplicao de recursos humanos e estruturais alm da consecuo das metas traadas.

Assessoria. vital organizar e traar uma estratgia de campanha sabendo-se a diferena entre Marketing Poltico e Propaganda Eleitoral e o papel de cada componente no jogo poltico e dentro do staff de campanha.

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Assessor de Marketing: Uma boa assessoria de marketing poltico deve conhecer profundamente as atividades que cercam o desenvolvimento de uma campanha eleitoral. No somente quanto aos aspectos promocionais e necessidades de comunicao, mas tambm s ligadas rea operacional e poltica da campanha. O profissional de marketing poltico funciona em numa campanha como um diretor de marketing dentro de uma organizao empresarial. Tem de ter sempre a viso do cliente, embora conhea a viso da agncia. Deve ser o elo entre a agencia e o candidato, oferecendo a esse suporte tcnico alm de organizar o plano de materiais e servios, bem como a sua distribuio no decorrer da campanha. Assessor de propaganda: Cabe a ele ou a agncia toda a parte visual da campanha, formato, diagramao, criao e redao, bem como a superviso da produo de filmes, jiles, audiovisuais e outros servios especializados que exijam alto grau de conhecimento e orientao tcnica. aconselhvel que o assessor de propaganda ou a agncia participe do conselho poltico da campanha, pois sua experincia pode ser valiosa no desenvolvimento de novas estratgias de comunicao ou na alterao e correo de uma estratgia falha, por isso sua presena aumentar a velocidade de resposta e de ao se o mesmo estiver participando da inteligncia da campanha. Assessor poltico: A assessoria poltica do candidato deve ser afastada da rea decisria das estratgias de comunicao, funcionando junto a esta mais de carter consultivo e sempre por intermdio da assessoria de marketing ou, na ausncia desta, pelo prprio candidato. A assessoria poltica cabe as tarefas polticas da campanha, tais como: administrao das alianas, recepo e encaminhamento das reivindicaes, controle da agenda, superviso e organizao de comcios, roteiros e cronogramas de atividades, trabalho de arregimentao poltica de lideranas, participao nas estratgias polticas, articulao poltica, seleo, treinamento e orientao de cabos eleitorais alm de infinitas atividades polticas. Staff da Campanha. Uma vez decidido e obtido a configurao ideal para a campanha, deve-se proceder sua adaptao e se for o caso ampliao, observando o limite dos recursos humanos e de estrutura, bem como a qualificao da mo de obra para dirigir ou exercer cada funo. O staff de campanha deve ser elaborado a partir de duas premissas bsicas: a) b) A identificao correta de todas as atividades inerentes ao desenvolvimento da campanha, ou seja, o que fazer. Escolha de pessoal capaz para exercer cada uma das atividades, segundo os seguintes critrios; capacidade, importncia, confiabilidade, experincia, disponibilidade e etc, ou seja, quem vai fazer.

Independente de qual cargo se preiteie algumas funes so bsicas e vitais em qualquer campanha, com pequenas variaes de importncia e atuao. Chefia da Campanha - o homem forte da campanha, que vai desempenhar a funo de coordenador geral entre todos os postos chaves, supervisionando o desempenho de cada setor e representar o candidato em todas as decises administrativas da campanha. A princpio essencial que o candidato deixe claro ser ele a pessoa de sua absoluta confiana e, por tanto, invulnervel intrigas ou eventuais tentativas de articulaes que visem enfraquece-lo. uma das poucas pessoas que ter, durante todo o tempo, a viso global de todas as atividades e estratgias empregadas na campanha, embora no seja ele prprio, o seu articulador. Como o candidato deve ser sempre o bonzinho no trato com seus subordinados e voluntrios, caber ao chefe da campanha fazer o papel quando necessrio do homem mau, pois ser ele o encarregado de dizer no, assim como caber a ele tambm o impopular papel de fazer cobranas e chamar a ateno e a responsabilidade dos demais integrantes do staff da campanha. Alm da experincia tcnica o chefe de campanha deve ter experincia para servir de curinga, representando o candidato em eventuais ausncias ou auxiliar em qualquer rea sobrecarregada ou com falhas, alm de identificar problemas de qualquer natureza. Alm do que j foi descrito o chefe de campanha tambm desempenhas as seguintes funes: Organizar e supervisionar a campanha; Controlar o oramento da campanha; Escolher os responsveis pelo trabalho de campo os meios e os locais de atuao; Supervisionar o cronograma do candidato; Contratar e controlar o corpo de cabos eleitorais; Assessorar o candidato na tomada de decises polticas;

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Reunir-se regularmente com o candidato, a ele prestando informaes sobre a campanha; Cobrar o andamento dos trabalhos e a concretizao de metas.

Qualidades exigidas de um chefe de campanha: Slido julgamento e maturidade; Experincia e sensibilidade poltica; Habilidade no trato com todos; Completa lealdade ao candidato; Capacidade de planejamento, delegao, administrao e acompanhamento dos projetos; Objetividade; Flexibilidade e responsabilidade.

Outras funes no menos importantes so: Coordenao das Alianas - Superviso e administrao do trabalho desenvolvido pelos aliados e cabos eleitorais, recepo, triagem e atendimentos dos pedidos dos aliados e cabos eleitorais, distribuio e acompanhamento de material. Dever ser ocupado por pessoa experiente nas relaes polticas e no trato com lideranas. Coordenao Poltica - Sendo o centro de pr-formulao estratgica da campanha o coordenador da ao poltica rene sob sua responsabilidade diversas reas no efetivo emprego das estratgias e aes tticas. Sob a tutela da coordenao poltica temos as seguintes sub-coordenaes: Grupo de ao e combate: encarregado de aes antiticas ou trabalhos de contra ataque, difuso de boatos, financiamento de dissidncias, sabotagens, segurana, espionagens e contra espionagens alm de todo e qualquer ato que no possa estar vinculado diretamente campanha sob pena de responsabilidades legais ou de desgaste polticos e ticos. O responsvel pelo grupo deve contar com estrema audcia, prudncia, lealdade e coragem. vital que o candidato no tenha nenhum ou o mnimo de contato com esse grupo e que se algo seja descoberto o candidato demonstre total indignao pelo ocorrido, lembre-se se ele no souber de nada ser mais fcil negar o conhecimento e parecer indignado com o fato. O sigilo total, somente o chefe de campanha e o referido coordenador devero ter o conhecimento do grupo. Anlise de alianas: setor encarregado de levantar informaes e orientar o candidato e o conselho poltico sobre quais alianas ideal em cada regio e em cada segmento, testa a veracidade dos fatos e da fora de entidades e lideranas. Comunicao & imprensa: dever ficar a cargo de um experiente profissional da rea. Materiais e servios: administrar, manter e efetuar trabalhos e servios. Pesquisas: na ausncia ou no de uma empresa especializada vital que a campanha tenha em seus quadros uma pequena equipe ou um individuo que atue e anlise as pesquisas inerentes campanha. Arregimentao de grandes eleitores: Responsvel por agregar a campanha entidades, setores que trazem grandes quantidades de eleitores como escolas de samba, entidades, grupos religiosos, entidades de classe e comunitrias. \ Vrias outras reas podem ou devem ser agregadas coordenao poltica. Coordenao Financeira - Vai desenvolver e coordenar todas as atividades arrecadadoras da campanha, alm de administrar a aplicao dos recursos. Coordenao da Agenda - Embora discreta, um setor vital e importantssimo em uma campanha, quem estabelece os compromissos a serem assumidos pelo candidato o conselho poltico em funo da importncia ou prioridade. Entretanto, a memria do candidato a agenda cujo encarregado se compromete a providenciar todos os detalhes do compromisso. Tambm funo da agenda salvar o candidato de atender telefonemas ou receber visitas indesejveis, desmarcar compromissos, datas e retirar o candidato de reunies s pressas to logo o mesmo faa um simples sinal. Conselho Poltico - Formado ordinariamente pelo candidato, chefe da campanha, coordenador financeiros, coordenador da ao poltica e agenda, e eventualmente por aliados de grande importncia,

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ex-polticos e candidatos. No conselho poltico concentra-se todo o poder decisrio da campanha como alianas, tticas e estratgias. Oramento da Campanha. 1 Etapa: Levantamento das necessidades de materiais e servios, a curto, mdio e longo prazo, determinando ainda a espcie, a qualidade e as quantidades a serem oradas. Isso pode ser estimado por meio da utilizao dos resultados obtidos na fase de planejamento, onde devero constar quais os segmentos que se pretende atingir, qual a quantidade de votos necessrios como esto distribudos geograficamente esses votos. 2 Etapa: Depois de ter em mos os dados da etapa anterior, deve-se fazer o levantamento das fontes de fornecimentos com condies e capacidade produtiva. 3 Etapa: Nesta fase passa-se ao levantamento dos custos que iro compor a previso oramentria da campanha, solicitando aos fornecedores prazos, preos e entrega. Despesas. As despesas em uma campanha podem ser divididas nas seguintes classes: 1) 2) 3) 4) Despesas de viagem. Despesas com contratao. ( recursos humanos ) Despesas institucionais. ( empresas e agencias de propaganda ) Despesas operacionais. Gastos com atividades ligadas diretamente a campanha, como buffet, som, iluminao, palanques etc. 5) Despesas com materiais de campanha. 6) Despesas com mala direta. 7) Despesas com comits. 8) Despesas com veculos. 9) Despesas de divulgao. Jornais / Rdios / Revistas 10) Despesas com doaes. Plataforma Eleitoral. A plataforma o conjunto de ideias, crticas, propostas e posies assumidas por um candidato durante uma campanha. o elemento fundamental na elaborao de um plano de campanha, e sua importncia pode ser verificada por meio de trs motivos bsicos: 1) 2) 3) o principal fator de formao da imagem do candidato. Caracteriza e d personalidade a uma campanha distinguindo-as das outras. Representa o compromisso que o candidato assume com o povo. Escolha dos Temas. Os temas escolhidos devero ser claros e objetivos, a linguagem empregada dever evitar termos sofisticados ou rebuscados, a fim de que, uma vez transmitida mensagem, possa ser rapidamente absorvida e entendida pelo eleitor. A simplicidade na abordagem dos temas facilita ainda o seu processo de retransmisso pelo pblico e pelos cabos eleitorais aos seus crculos de influncia. Outro ponto importante a coerncia do candidato que dever defender propostas na esfera em que pretende concorrer. Em fim os temas de uma plataforma podem ser classificados em trs classes distintas:

1) 2) 3)

Temas fundamentais e racionais: So aqueles que se refere administrao pblica e legislao, constituem a base da plataforma. Temas oportunos ou emocionais: Referem-se a fatos, acontecimentos ou tendncias em evidencia no momento. Do colorido a campanha e pode ser definido como a alma da campanha ao contrrio dos temas racionais podem ser acrescidos, ampliados ou suprimidos da campanha. Temas segregacionistas: Temas que ao abord-lo o candidato ir dividir o conjunto eleitoral, esses temas do personalidades a uma campanha e, ao inclu-lo em sua campanha o candidato dever analisar os prs e contras.

Seletividade dos Temas:

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Ao formular uma plataforma, para evitar erros nos temas segregacionistas o segredo procurar selecionar o pblico que dever ouvir o candidato, por meio de pesquisas sobre as caractersticas da populao de um determinado bairro ou cidade onde ele ir realizar o comcio. Slogan da Campanha. Na escolha do slogan de campanha temos que ter em mente alguns aspectos importantes, o bom slogan no uma inveno misteriosa, privilegio de publicitrios de talento. Nem, tampouco, uma frase que s pode nascer da cabea de polticos envolvidos no processo. O slogan tem que ser bom sob o aspecto poltico e eleitoral, mas tambm tem que ser bom quanto aos princpios bsicos de comunicao e publicidade. Eis os itens que podem orientar a criao de um bom slogan de uma frase ou assinatura de campanha: Quanto forma: 1) 2) 3) 4) O slogan deve ser simples, na sua concepo e na sua forma; O slogan deve ser facilmente entendido pelo eleitor qualquer que seja sua idade, sexo, classe social e nvel de educao e cultura. No pode ter palavras difceis; O slogan deve ser curto, de poucas palavras, para uma fcil memorizao; O slogan ideal tem menos de 5 palavras. As preposies, as conjunes, os pronomes, os artigos e, por vezes, os verbos, podem ser cancelados na frese para aumentar a fora do slogan.

Quanto ao fundamento poltico: O slogan deve ser verdadeiro. Deve traduzir uma verdade poltica e eleitoral, quanto ao partido ou quanto ao candidato. No pode ser apenas uma boa inveno, uma boa frase; O slogan deve, na medida do possvel, guardar relao com os temas do partido, seu programa e sua doutrina; O slogan deve refletir as ansiedades e as esperanas do eleitor onde se desenvolver a campanha; O slogan deve ser ajustar as realidades do candidato a que se refere e pretende promover. Slogan e candidato devem se ajustar com facilidade. O slogan no pode dar uma ideia falsa do candidato nem pode o candidato desmentir o slogan. O Discurso. O discurso o principal instrumento de divulgao da sua plataforma eleitoral. Enquanto a plataforma representa na campanha o que dizer o discurso determina em como dizer, nesta diferena que reside toda a sua importncia, pois no adianta ter uma plataforma clara e slida se na hora de transmitir o candidato no se fizer entender. Assim como os temas de uma plataforma o discurso tem que ser claro e objetivo, acessvel e interessante, o discurso que vai dar vida e movimentao aos temas, despertando e manipulando as emoes do pblico ouvinte. A entonao de voz do orador que ir determinar sua postura diante dos temas abordados e seu estilo de abordagem ir transmitir personalidade aos temas. Assim, o orador dispe dos recursos de vocalizao e expresso, ora tom calmo e narrativo, ora ironizando ou elogiando. De repente se inflama e levanta a foz, expressando indignao ante um fato, para depois torna-la grave e pausada, ao sugerir uma soluo para o problema. A forma de dizer a mensagem tambm influi nas emoes, assim como a entonao, modulao e a postura da voz integram os recursos de udio disposio do candidato. Sua maneira de vestir e gesticular completam o discurso na rea visual. Outro fator importante a ordem em que os temas vo ser abordados. Aqui reside o segredo de um bom discurso, pois o candidato deve pensar em como despertar o interesse e mante-lo durante o discurso. A escolha dos temas muito importante por isso sugerimos que se inicie com temas emocionais ou at polmicos, intercalando-se a estes os temas fundamentais, procurando manter uma harmonia e um ritmo constante, encerrando com um tema de alto impacto. Alm da sensibilidade do orador em saber o tempo que deve durar o discurso o candidato pode inserir no publico elementos de sua campanha para medir a receptividade do eleitorado e orientar o candidato na hora de encerrar o discurso. Como Conhecer o Reduto Eleitoral.

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O processo de conquista de eleitores deve comear pelo conhecimento mais completo possvel da regio eleitoral em que os votos vo ser disputados. Para o dirigente partidrio ou para o candidato, esse conceito de regio eleitoral ou reduto eleitoral varia muito, por isso boa parte das informaes que o candidato deve ter sobre as reas do seu interesse podem ser conseguidos junto ao IBGE, Codeplan e tribunais eleitorais alm da internet. Alm do mais as lideranas comunitrias e at mesmo os cabos eleitorais podem dar uma ideia das regies de interesse. Identificar e Quantificar Eleitores. De posse dos elementos bsicos de informao citados acima, o dirigente da campanha deve fazer o possvel para identificar a quantificar da melhor forma possvel os eleitores da regio de seu interesse. Este trabalho essencial como preliminar para qualquer esforo de promoo poltica e de conquista de eleitores. Ele serve tambm para que sejam mais facilmente entendidas as aes dos adversrios polticos e dos outros candidatos que vo disputar o mesmo voto. H quatro linhas bsicas de identificao e classificao de eleitores: 1) 2) 3) 4) Por sexo e idade; Por classe social; Por profisso ou atividade bsica, ( agricultura, comrcio e etc ); Por nvel cultural e educacional.

Um exame completo dos dados acima permite uma viso segura de quem eleitor em cada microregio ( quadras, bairros e pequenas cidades ) e em cada urna que o candidato ter que ter votos para ser eleito. Pesquisas Eleitorais. A pesquisa eleitoral mostra uma realidade esttica. Ou seja, qual a situao do momento. Vrias pesquisas sobre o mesmo assunto, feitas durante certo intervalo de tempo, que podero mostrar a to famosa tendncia. Por outro lado, as pesquisas no se prestam apenas para indicar Quem est frente na corrida eleitoral: este apenas um dos pontos detectados por ela. Existem basicamente dois tipos de pesquisa: a quantitativa e a qualitativa. A primeira serve para saber grau de popularizao do candidato e dos concorrentes, por faixa etria, sexo, distribuio geogrfica, etc. esta a pesquisa mais divulgada nos rgos de comunicao. Para ns, a mais importante a qualitativa, uma vez que traz em seu bojo informaes sobre o perfil do eleitorado e qual o perfil do eleitorado e qual o perfil ideal do candidato, alm dos temas mais ventilados pela populao sobre seus problemas, anseios, desejos, e necessidades, que serviro de base para o questionrio da quantitativa. Uma pesquisa bem elaborada, com perguntas objetivas, nortear a campanha corretamente, mas se encontrarmos aventureiros nesta rea poder ser induzido ao erro. Propaganda Eleitoral. Nas campanhas eleitorais a propaganda tem o papel de valorizar ideias e indivduos, mediante processos bem delimitados, e de promover a fuso da ideologia e da poltica. Cabe propaganda eleitoral criar e produzir os smbolos, msicas, cores, tipo de material condizente com o pblico-alvo, estudos de mdia, formas de propagao das atividades oriundas do marketing. Fazer propaganda eleitoral exercer em toda sua plenitude a criatividade. A propaganda eleitoral ilimitada em suas variaes, em sua flexibilidade de adaptao e em seus efeitos. Algumas regras bsicas devem ser respeitadas na propaganda eleitoral, regras estas que ao longo dos anos foram se impondo e conquistando respeito na ao eleitoral. Vamos analiza-las: 1. A Simplificao: A propaganda eleitoral se torna mais eficiente quanto mais conseguir dividir a doutrina poltica e a argumentao em pontos definidos da maneira mais clara possvel. Frases curtas, smbolos simples e objetivos, slogans curtos e condizentes com o candidato e suas propostas, jingle de fcil e agradvel memorizao so alguns elementos que obrigatoriamente devem passar pela regra da simplificao. 2. O Inimigo nico: A individualizao do adversrio oferece inmeras vantagens. Basta visualizamos uma metralhadora que atira para todos os lados e outra que atira apenas no adversrio. Temos de concorrer para vislumbrar o

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mais rpido possvel, durante a campanha eleitoral, quem nosso principal adversrio, sobre ele concentrando toda a nossa artilharia em vez de sairmos disparando para todos os lados.

3. A Repetio Constante e a Uniformidade: Uma boa propaganda eleitoral deve levar em conta que a repetio dos temas principais de fundamental importncia para sua memorizao, assim como deve ser levada a srio a uniformidade os elementos de propaganda. A qualidade fundamental de toda campanha eleitoral a permanncia do tema, aliada variedade de apresentao. Recursos Humanos. Os recursos humanos geralmente se dividem nas seguintes etapas. Recrutamento: a) Ex-polticos / Lideranas / ex-assessores / polticos derrotados. b) Donas de casa / estudantes/ simpatizantes. c) Familiares / amigos / vizinhos e colegas de trabalho. Seleo: Determinar critrios. Treinamento: 1) 2) 3) Integrao - * Orientao - * Motivao - *

* Contrate algum para essa tarefa.

Utilizao Racional dos Recursos Humanos. Cabo Eleitoral: o cabo eleitoral o mais importante fator em uma campanha como mecanismos de conquista de votos ele que far o trabalho inicial de conquista do eleitor por isso alguns pontos devem se levados em considerao sendo eles o seguinte: Para muitos o cabo eleitoral representa apenas a figura da pessoa que distribui o santinho, isso se deve falta de treinamento e seleo das pessoas disponveis na campanha. Temos muito onde utilizar o cabo eleitoral, bastando o chefe da campanha perder meio dia de trabalho para passar as seguintes diretrizes aos cabos eleitorais: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) Difuso da plataforma eleitoral. Termmetro como e onde medir a temperatura da campanha. Captador de informaes. Distribuio de materiais. Divulgar e motivar pessoas a irem aos comcios. Participar dos comcios. Identificar elementos agitadores em comcios e eventos. Infiltrar-se nas fileiras inimigas e trazer informaes valiosas.

O perfil do cabo eleitoral ideal seria: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Cultura mediana; Boa aparncia; Desembarao; Bem integrado a comunidade; Socivel; Bom humor; Com identificao ideolgica. Proposta de Trabalho e Dicas teis.

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Objetivo de uma campanha: Uma campanha vitoriosa aquela direcionada em funo das necessidades e desejos do eleitor, por isso estar atento aos anseios do eleitorado e mostrar propostas ou projetos srios voltados soluo dos problemas daquela comunidade. Comit Residencial: Comits residenciais so formados por famlias que em todo apoiam o nosso candidato incondicionalmente, e disponibiliza sua residncia e muitas vezes at o trabalho voluntrio em favor da campanha do candidato, geralmente so eleitores e difusores ferrenhos da plataforma e do numero e nome do candidato. Esses comits tm como misso maior mostrar seu apoio ao candidato e conquistar o voto de vizinhos e amigos. Um bom comit residencial aquele que conquista no mnimo trs vezes o nmero de residentes na casa. Setorizao de campanha: Uma campanha tem vrias formas de ser aplicada, uma delas a setorizao de trabalhos, ou seja; mapeia-se o municpio e determina-se um roteiro cobrindo de forma rpida e eficiente o maior nmero de bairros e setores possveis at o fim da eleio, sendo assim uma equipe bem treinada e motivada dever percorrer em grupo e com o apoio operacional de cartazes e carro de som todas as residncias de um determinado setor ou bairro, conquistando e demarcando territrio para o candidato. Esse trabalho de longe o mais importante e difcil de uma campanha eleitoral, pois, alem de ter que concorrer com as outras equipes dever lidar com todo tipo de eleitor. Reunies familiares: Reunies familiares ou de vizinhos servem para confirmar o apoio dado por uma determinada famlia, grupo sociais ou vizinhos em favor do candidato. Todo cuidado pouco, pois muitas vezes na correria da campanha podemos cair em armadilhas como, por exemplo, aquele grupo ou lder que acende vela para todos os santos, deve trabalhar e comparecer em eventos onde os participantes sejam fiis e confiveis. Caminhadas: um evento onde o candidato com toda sua equipe sai pelas ruas geralmente em feiras de fim de semana, parques e outros locais de grande circulao com o carro de som e muitos membros de sua equipe, todos munidos de material e acompanhando o candidato. O numero o astro: em uma eleio o numero deve ser sempre bem valorizado tente sempre repetir umas trs vezes o numero para o eleitor isso facilitar a assimilao do numero, mas, cuidado para no ser chato saiba como fazer sem perecer insistente. Humilde, porm importante: O candidato o astro de nossa campanha e dever ser tratado como tal, sempre bem vestido, arrumado perfumado e sorridente, todo e qualquer problema de grau inferior dever ficar a cargo de sua coordenao deixando o candidato longe de detalhes inteis que s iro atrapalhar no decorrer da campanha. Porm o candidato e sua equipe devero ser sempre prestativos, educados e atenciosos com o eleitorado. O candidato nuca deve estar sozinho, NUNCA! Comcios e eventos: geralmente se ganha muitos votos em comcios quando se o astro principal (candidato a prefeito), porm o candidato a vereador e sua equipe podem se beneficiar muito em eventos de grande porte, porm no pense que s entregar santinhos geralmente o eleitor se comove ou se sente importante quando o candidato lhe pede pessoalmente o voto, mas para no se perder tempo os cabos eleitorais devem ir frente a um numero de dois ou trs com adesivos e santinhos e perguntando ao eleitor se pode apresentar-lhe o seu candidato, se a resposta for negativa v logo para o prximo e caso seja positiva coloque sua mo em seu ombro e acene ao candidato para que o mesmo se aproxime. Cuidado com candidato e eleitor chato! aquele que segura o candidato e s fala besteira. Modelo de Estrutura da Coordenao de Campanha: A Campanha ser organizada em 11 (onze) reas especficas e uma Coordenao Geral. Cada uma das reas da Coordenao de Campanha ter um conjunto de tarefas que ser de responsabilidade direta de uma pessoa/equipe. A coordenao de ao poltica agrega quase todas as reas aqui especificadas. As tarefas sero realizadas por grupos de pessoas designadas para as reas. As tarefas de cada uma das reas sero as seguintes: 1) 2) 3) 4) 1) 1. Imprensa: Relao com rdio, TV e jornais convencionais e comunitrios; Produo de relleases; boletins eletrnicos ou impressos; jornais diversos; Escuta, gravao e monitoramento das programaes de rdio e TV; Cuidar da assessoria de imprensa do candidato. 2. Comunicao (Publicidade, Marketing e Pesquisa) Criao dos materiais e peas publicitrias da campanha;

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2) 3) 4) 5) 6) 7) 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

Produo e edio do programa de TV e de rdio; Superviso da realizao das pesquisas qualitativas e quantitativas da campanha; Gravao e acompanhamento dos eventos de rua da campanha; Elaborar uma proposta de marca para a campanha; Coordenar a elaborao da estratgia de marketing da campanha; Fazer um plano de utilizao da internet. 3. Finanas Captao de recursos financeiros de pessoas fsicas e jurdicas (legalmente habilitadas); Gesto financeira (controle de pagamentos) e registro contbil; Relao com fornecedores para produo de material grfico, brindes e outras peas publicitrias; Gerenciamento bancrio e legal das operaes financeiras; Propor pr-oramento para a campanha e indicar formas de buscar os aportes financeiros; Promover a gesto financeira dos comits e da loja de materiais da campanha; Estabelecer elos com a candidatura presidencial do partido ou da coligao com vistas obteno de apoio financeiro para a candidatura. 4. Mobilizao (Subreas: Juventude; Esporte; Proporcionais; Entorno e Zonais) Preparao das programaes previstas na agenda dos candidatos majoritrios; Convocao da militncia para todas as atividades da campanha; Distribuio gratuita dos materiais publicitrios da campanha; Distribuio dos jornais e boletins de campanha; Realizao de atividades permanentes de mobilizao (panfletagens na rodoviria do Plano Piloto e outros locais; bandeiraos nas sadas das cidades; colagem de adesivos em veculos; colocao de faixas e outros materiais em pontos estratgicos; fixao de placas em endereos particulares e outras) Relao poltica e repasse permanente de informaes aos comits dos proporcionais, s direes zonais e as organizaes sindicais e populares ligadas candidatura; Relao poltica e repasse permanente de informaes aos diretrios e candidatos proporcionais do Entorno do DF; Coordenar os carros de sons e comcios do candidato. 5. Infra-Estrutura/Cerimonial Administrao do transporte dos candidatos majoritrios; Montagem, transporte e administrao dos servios de som, eltrico e de decorao das atividades; Locuo e apresentao dos atos e atividades da campanha; Administrao da locomoo dos carros de som; Definio do cerimonial das atividades (quem fala, quanto tempo, sequencia e outros). 6. Plataforma Eleitoral Produzir a sntese das propostas da Plataforma Eleitoral; Pesquisa e produo de dados sobre a realidade de temas importantes do DF; Pesquisa e produo de dados sobre as realizaes do Partido e seus polticos; Auxiliar a propaganda de TV e Rdio na produo da apresentao das propostas programticas. 7. Jurdico/Informtica Processar a demanda jurdica de todos os aspectos da campanha; Atuar em conflitos de rua e demais casos que requeira interveno legal; Estruturar o suporte tcnico de informtica para produo de dados e anlises necessrias a campanha; Representar a campanha junto ao TRE nas questes relativas ao processo de votao eletrnica (cadastro de eleitores, urnas eletrnicas, treinamentos de fiscais e delegados de votao e outros); Auxiliar na organizao do trabalho de recrutamento e organizao da fiscalizao e apurao da eleio. 8. Agenda Receber e processar as solicitaes de agenda e atividades; Definir em ltima instncia todos os compromissos de campanha dos majoritrios Manter relao permanente com os setores de mobilizao/infra-estrutura e cerimonial para a preparao das atividades; Auxiliar os candidatos majoritrios com servios de secretaria e apoio nas atividades de rua; Disponibilizar as informaes da agenda para todas as reas da campanha. 9. Produo de Materiais Contatos com fornecedores para a produo das peas, materiais e brindes da campanha;

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2) 1)

Aquisio, transporte e entrega dos materiais para a rea de mobilizao. 10. Fiscalizao Preparar e executar todo o trabalho para a fiscalizao pr-eleio e no dia da eleio Cadastrar e treinar fiscais de votao (1o. e 2o. turno); Promover a relao com os rgos de Fiscalizao das eleies, especialmente, Ministrio Pblico Eleitoral, Polcia Federal e Polcia Rodoviria Federal com vistas a coibir o abuso do poder econmico, a captao de sufrgio por troca de favores materiais; o uso da mquina administrativa e o transporte irregular de eleitores atravs dos permissionrios do transporte alternativo; distribuio de valestransporte e de combustvel em postos de gasolina. 11. Assuntos religiosos Mobilizar as lideranas religiosas para apoiar o candidato; Propor uma agenda que busque consolidar estes apoios e que contemple a presena do candidato na base dessas lideranas. Organograma Bsico do Staff de Campanha. Candidato

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1) 2)

Agenda

Conselho Poltico

Chefe da Campanha

Administrao de Recursos Humanos e Materiais

Finanas

* Coordenao Poltica

* Vrias coordenaes e reas vinculadas. Conselhos. 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) Faa poltica. Conhea a natureza humana. No hesite em ceder no acessrio para preservar o principal. No dele a ningum o papel de lder. Tenha cuidado com o que falar em pblico. Saiba guardar segredo. Prepares-se para trair e ser trado. Articule-se sempre com a pessoa certa para no ter que negociar duas vezes. A campanha vitoriosa sempre aquela que consegue despertar emoes no eleitorado. Uma campanha construda em funo das oportunidades Fique de olho. A organizao fundamental. Escolha algum que saiba administrar bem seus materiais. Nunca perca o contato coma realidade. Escolha com muito critrio seus assessores mais prximos e, se puder pagar, valorize o profissionalismo. No se esquea das campanhas voltada aos grandes centros e dirigida s comunidades menores. Cuidado com o j ganhou! No subestime nem superestime os adversrios. Aprenda a ouvir. Mantenha o moral das tropas elevado. Seja criativo e original. Dinheiro ajuda, mas no garante a vitria. Aprenda a aproveitar e administrar o tempo.

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21) Quem tem informao tem poder. 22) Consolide-se ao menos em um reduto eleitoral antes de lana-se conquista de outros. 23) Invista em recursos humanos.

Braslia, Abril de 2006. Alan Valente. Bibliografia.Estratgias Eleitorais: Marketing Poltico / Carlos Augusto Manhanelli 1988. Marketing Poltico e Governamental: Um roteiro para campanhas polticas / Francisco G. Torquato do Rego 1985. Eleio Guerra: Marketing para campanhas eleitorais / Carlos Augusto Manhanelli 1992. Manual de Campanha Eleitoral: Marketing Poltico / Ronald A. Kuntz 1986. Voto Marketing O Resto Poltica: Estratgias Eleitorais/ Rodolfo Grandi, Alexandre Marins, Eduardo Falco - 1992

Vedado sua reproduo, cpias e alterao parcial ou total sem autorizao do Autor. Elaborado pela Frente do Movimento Estudantil Revoluo FMER. 2006. Agradecimentos: Agradecimento Especial a todos aqueles que valorizam esse trabalho, a minha amada famlia e em especial ao nobre colega Carlos Augusto Manhanelli, cujas obras, dinamismo e iniciativa me inspiraram e ao grande amigo Joo Moura, que sempre colaborou com o meu crescimento poltico e com seus conselhos mais do que especiais.Concludo em (Quarta-feira, 5 de julho de 2006 s 13h58min ) Revisado e Alterado em ( Domingo 15 de Novembro de 2009 as 15:57 )

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