MANUAL DE CATALOGAÇÃO DE PARTITURAS da · PDF fileenvelope de tyvek colado na ... arranjo e edição de Paulo Bellinati. ... Duas contas (original e arranjo); Inspiração; Lamentos

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  • MANUAL DE CATALOGAO DE PARTITURAS da Biblioteca da ECA

  • UNIVERSIDADE DE SO PAULO ESCOLA DE COMUNICAES E ARTES Av. Prof. Lcio Martins Rodrigues, 443 Cid. Universitria Reitor Prof. Dr. Joo Grandino Rodas Vice-Reitor Prof. Hlio Nogueira da Cruz ESCOLA DE COMUNICAES E ARTES Diretor Prof. Dr. Mauro Wilton de Sousa Vice-Diretor Prof. Dra. Maria Dora Genis Mouro COMISSO DE BIBLIOTECA Mayra R. Gomes (presidente) Eduardo Henrique S. Monteiro Eduardo V. Morettin Jos Fernando Modesto da Silva Olga M. Mendona Aline Laura Nascimento (Discente Titular)

    SERVIO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAO Diretora Tcnica: Olga Maurcio Mendona Servio de Aquisio e Difuso da Informao Chefia: Normanda Miranda Kiyotani Servio de Tratamento da Informao Chefia: Marina Macambyra Coordenao e elaborao: Servio de Tratamento da Informao Chefia: Marina Macambyra

    Recine, Analcia dos Santos Viviani R294m Manual de catalogao de partituras da Biblioteca da ECA / Analcia dos Santos Viviani Recine; Marina Macambyra 2. ed.rev. So

    Paulo : Servio de Biblioteca e Documentao/ECA/USP, 2010. 54 p. : il. Bibliografia ISBN 978-85-7205-075-3

    1. Representao descritiva 2. Partituras I. Macambyra, Marina II. Ttulo.

    CDD 21.ed. 025.34

  • ANALCIA DOS SANTOS VIVIANI RECINE MARINA MACAMBYRA MANUAL DE CATALOGA0 DE PARTITURAS DA BIBLIOTECA DA ECA 2a Edio revisada So Paulo SERVIO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAO ECA / USP - 2010

  • APRESENTAO A ideia de lanar este Manual surgiu do interesse que a metodologia de catalogao de partituras da Biblioteca da ECA sempre despertou entre profissionais envolvidos com a organizao de acervos semelhantes e estudantes de biblioteconomia. Sentindo a necessidade de dividir essa experincia, decidimos publicar uma verso dirigida ao pblico de nosso manual de servio. A inteno explicar todos os procedimentos de forma que qualquer bibliotecrio possa entender a metodologia e, se desejar, aplic-la na ntegra ou em parte, adaptando-a s necessidades de outros acervos e outros tipos de usurios. Alm de normas de catalogao propriamente ditas, procuramos explicar como as informaes so extradas das partituras, padronizadas e registradas nos campos de uma base de dados. Tratamos um pouco, tambm, de arranjo fsico, conservao e recuperao da informao. Esta segunda edio traz algumas novidades. A mais importante delas o item Para melhorar a recuperao da informao (7), no qual explicamos algumas modificaes que esto sendo feitas na base de dados para atender melhor s necessidades dos usurios. Acrescentamos os campos Contedo (4.7) e Dados de Aquisio (4.15), e fizemos alteraes nos itens Tratamento de coletneas (3.2), Data de catalogao (4.16) e Srie (4.14). Seria timo que os colegas bibliotecrios, estudantes, msicos e demais interessados neste trabalho nos ajudassem com sua opinio e nos enviassem sugestes, crticas e novas ideias. Nossa capa: todas as imagens so capas ou primeiras pginas de partituras de compositores que so ou foram professores da ECA/USP.

  • SUMRIO

    1 ORIGENS 1

    2 ARMAZENAMENTO E ARRANJO FSICO 2 2.1 Conservao do material 3

    3 CRITRIOS DE ENTRADA 5 3.1 Partituras encadernadas juntas 5 3.2 Coletneas 6 4 CATEGORIAS DE INFORMAO 9 4.1 Autor 11 4.2 Autores de texto 12 4.3 Ttulo 12

    4.4 Ttulo original 14 4.5 Meio de expresso 16

    4.6 Assunto 24 4.7 Contedo 24 4.8 Local de publicao 25 4.9 Editora 25 4.10 Ano de publicao 25

    4.11 Notas 26 4.12 Descrio fsica 29 4.13 Partes de execuo 30 4.14 Srie 30

    4.15 Dados de aquisio 30 4.16 Data de catalogao 30 4.17 Imagem da partitura 30

    5 NORMALIZAO DOS TTULOS DE MSICA 32 5.1 Idioma do ttulo 32 5.2 Ordem dos elementos constitutivos do ttulo 33 5.3 Pontuao do ttulo 35 6 CODIFICAO DA INSTRUMENTAO DE PARTITURAS 36 COM PARTES PARA ORQUESTRA 7 PARA MELHORAR A RECUPERAO DA INFORMAO 40

    REFERNCIAS 42

    ANEXO I - LISTAGEM DE MEIOS DE EXPRESSO 43 ANEXO II - LISTAGEM DE ASSUNTOS 49

  • 1 ORIGENS A catalogao de partituras na Biblioteca da ECA segue normas prprias, definidas e aperfeioadas ao longo dos anos pelos profissionais envolvidos no processo. Essas normas obedecem aos princpios bsicos de catalogao de documentos em bibliotecas, aos quais foram incorporadas convenes da rea de msica internacionalmente conhecidas e aceitas. As bibliotecrias Ariede Maria Migliavacca e Maria Christina Barbosa de Almeida, juntamente com o professor Luiz Augusto Milanesi foram os responsveis pela criao do sistema, cuja proposta tentar falar a linguagem do pesquisador da rea de msica. Contamos parte da histria do desenvolvimento desse trabalho e da formao da coleo de partituras e discos da Biblioteca em artigo publicado na Revista Msica, do Departamento de Msica da ECA/USP1. O processamento do material est automatizado desde 1978. Inicialmente, trabalhvamos com uma base de dados para computador de grande porte, criada pelo analista Denis Charalambos Stamopoulos. Em 1992, todos os registros dessa base original foram transferidos para uma nova base em Micro-ISIS, denominada ACORDE, criada pelo analista Ricardo Amaral de Faria. Desde 2000 a base ACORDE pode ser consultada pela internet, no website da Biblioteca da ECA: http:// www.eca.usp.br/biblioteca.

    1 RECINE, Analcia dos Santos Viviani; MACAMBYRA, Marina. A organizao de acervos musicais na ECA/USP: as experincias da Biblioteca e do Laboratrio de Musicologia do Departamento de Msica. Revista Msica, So Paulo, v. 11, p. 143-154, 2006.

    http://www.eca.usp.br/biblioteca

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    2 ARMAZENAMENTO E ARRANJO FSICO

    Partituras podem ser documentos bastante delicados. Edies com poucas

    pginas, folhas soltas ou partes de execuo em anexo so bastante comuns. A coleo da Biblioteca da ECA contm manuscritos e partituras antigas,

    desgastadas pelo manuseio, com o papel j bastante afetado pelo tempo. Para evitar os danos que a manipulao excessiva por pessoal no treinado poderia provocar, o pblico no tem acesso direto coleo.

    As partituras so armazenadas em armrios deslizantes de ao, fechados. As mais finas ficam nos mdulos para pastas suspensas, os volumes mais grossos em prateleiras, como livros, e as obras de grandes dimenses em mapotecas horizontais. Os manuscritos tambm so arquivados horizontalmente, protegidos por embalagens de papel neutro e caixas de plstico polionda.

    Arquivamento horizontal em mapoteca (foto: Jos Estorniolo Filho).

    Pastas suspensas em estantes deslizantes (foto: Jos Estorniolo Filho).

    Para esse modelo de consulta, desnecessrio usar qualquer sistema de

    classificao por assunto. O material guardado em ordem numrica sequencial, pelo nmero de tombo.

    Essa forma de organizao, que protege o material e propicia grande economia de espao, adequada nossa situao especfica, mas no , necessariamente, a mais indicada para qualquer instituio. O sistema de livre-acesso e o arranjo classificado podem ser viveis em acervos com outro perfil, desde que o sistema de classificao escolhido permita uma ordenao simples e lgica para o material.

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    2.1 Conservao do material

    Alguns cuidados bastante simples com o acervo favorecem sua preservao. Para acondicionar partituras com folhas soltas ou partes de execuo, confeccionamos embalagens especiais, que podem ser envelopes, pastas ou caixas, em plstico polionda, papelo neutro ou tyvek, conforme o caso.

    Envelope confeccionado em tyvek, para partituras com partes de execuo. (foto: Jos Estorniolo Filho)

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    Caixa em polionda, confeccionada artesanalmente. (Foto: Jos Estorniolo Filho)

    Realizamos pequenos reparos em folhas rasgadas, usando papis e colas

    apropriadas para restauro. Cola comum e fitas adesivas esto banidas. Substitumos, medida do possvel, grampos enferrujados por costuras feitas mo.

    A encadernao do material feita por funcionrios especializados de nossa equipe, usando mtodos artesanais que propiciam entre outras vantagens, a total abertura das partituras. S recorremos a servios de encadernadoras comerciais aps cuidadosa anlise do material que, muitas vezes, desmontado e submetido a tcnicas bsicas de estabilizao antes de ser enviado.

    Obra encadernada na Oficina de Encadernao e Conservao da Biblioteca, com aproveitamento da capa original. (Foto: Jos Estorniolo Filho)

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    Partitura encadernada. As partes de execuo ficam no envelope de tyvek colado na caixa que abriga o conjunto. (Foto: Jos Estorniolo Filho)

    Usamos estantes deslizantes feitas sob encomenda, mas perfeitamente

    possvel armazenar partituras em arquivos comuns para pastas suspensas e estantes para livros. importante apenas que todo o mobilirio seja de ao, para evitar acmulo de umidade e proliferao de microorganismos.

    3 CRITRIOS DE ENTRADA

    Como regra geral, cada pea musical do acervo deve ser tratada individualmente, catalogada e cadastrada na base de dados, mesmo que integre o mesmo item fsico com outras obras.

    3.1 Partituras encadernadas juntas

    Em acervos de partituras, comum encontrar itens que foram encadernados juntos por seu antigo proprietrio. No so coletneas, mas partituras agrupadas por critrios pessoais como meio de expresso, gra