Manual de Constituição e Registro de Cooperativas

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MANUAL DE ORIENTA O PARA A CONSTITUIO E REGIST RO DE COOPER ATIVAS

8 EdioRevisada e Ampliada pelos Coordenadores de Capacitao do Sistema OCB

Braslia

2003

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SISTEMA COOPERATIVISTA BRASILEIROORGANIZAO E ADMINISTRAO Organizao das Cooperativas Brasileiras OCB Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo Sescoop Mrcio Lopes de Freitas

PRESIDENTE

Mrcio Lopes de Freitas

VICEAlfeu Silva Mendes PRESIDENTES Representando as OCE s Luiz Roberto Baggio Representando os Ramos do Cooperativismo CONSELHO DE ADMI NISTRAO REPRESENTANTES DAS OCE s Adalva Alves Monteiro Nordeste Alfeu Silva Mendes - Sudeste Luiz Hilton Temp - Sul Roberto Marazi CentroOeste Slvio Silvestre de Carvalho Norte REPRESENTANTES DOS RAMOS Luiz Roberto Baggio - Ramo Agropecurio Jnio Vital Stefanello - Ramo Infra- Estrutura Alcenor Pagnussatt - do Couto - Ramo Crdito Eudes de Freitas Aquino Ramo Sade Rozani Holler - Ramo Trabalho TITULARES E SUPLENTES Jos Gerardo Fontelles - Minifaz Carlos Roberto Fonseca -Suplente Manoel V. F. da Rocha Sarc/Mara Agamenon Leite Coutinho Suplente Silvio Carlos do Amaral e Silva Min. do Plan., Or. e Gesto Paulo Eduardo C. Parucker Min. Trab. Clvis Flix Curado Jnior - Suplente Eduardo da Silva Pereira - Min. da Prev. e A. Social Silvio Mattar - Suplente Jos Merched Chaar - Sescoop Orlando Colavolpe - Suplente Ronaldo Ernesto Scucato - Sescoop Ailton Vargas Suplente Jos Roberto Ricken - Sescoop Marco Aurlio Fuchida Suplente Antnio Chavaglia - Sescoop Remy Gorga Neto Suplente Antnio Falchetti - Rep. de Emp. em Coop. Alcides C. Linhares Franco Suplente

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CONSELHO FISCAL

TITULARES Benjamin de Freitas Pinheiro Agostinho dos Santos Vicente Bogo

TITULARES E SUPLENTES Jos Sebastio Chaves dos Santos Presidente Minifaz Jos Frederico da Cunha Souza Suplente Kviler Nobre Barroso Pinheiro - Min. da Prev. A. Social Gisele Silva Staudohar Suplente Maurcio Andrade Coura Min. da Agric. Lincoln Princivallli de Almeida Campos Suplente Geci Pungan Sescoop Josildo Medeiros Lima Suplente Antonio Yukishigue Utida Repres. de Emp. em Coop. - Suplente

SUPLENTES Carlos Fabiano Braga Ruiter Luiz A. de Pdua Antnio Chavaglia

CONSELHO DE TICA

TITULARES Erivaldo de Jesus Arajo Lajose Alves Godinho Santo Antnio Dezordi SUPLENTES Onofre Cezrio de Souza Filho Malaquias Ancelmo de Oliveira Guntolf van Kaick

SUPERINTENDENTE

Flodoaldo Alves de Alencar

Flodoaldo Alves de Alencar

MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO MINISTRO Roberto Rodrigues

MAPA

SECRETARIA DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO SECRETRIO Manuel Valdemiro Francalino da Rocha

SARC

DEPARTAMENTO DE COOPERATIVISMO E ASSOCIATIVISMO RURAL DENACOOP DIRETOR Jos Roberto Ricken

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Catalogao de acordo com o cdigo AACR2Elaborada por Giselle Guimares dos Santos CRB1-1626/DF

O68m Organizao das Cooperativas Brasileiras. Manual de orientao para constituio e registro de cooperativas/ Organizao das Cooperativas Brasileiras. -- 8.ed. -- Braslia: Sescoop, 2003.

3v. 1. Cooperativas 2. Sociedades Cooperativas I. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento II. Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo III. Departamento Nacional de Cooperativismo e Associativismo IV. Ttulo CDU 658.114.7 __________________________________________________________________

ndices para catlogo sistemtico: 1. Cooperativas : constituio 2. Cooperativas : organizao 3. Cooperativas : registro

Direitos autorais reservados: Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SAUS Setor de Autarquias Sul Quadra 04 Bloco I Braslia DF e MAPA/SARC/DEN ACOOP

Nenhuma parte desta obra poder ser reproduzida sem prvia autorizao do Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo.

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SUMRIOAPRESENTAO ........................................................................................................................................... 6A)

INFORMAES SOBRE COOPERATIVISMO ....................................................................................... 8 COOPERAO ............................................................................................................................................ 9 COOPERATIVISMO..................................................................................................................................... 9 PRIMEIRA COOPERATIVA ......................................................................................................................... 9 IDENTIDADE COOPERATIVA ...................................................................................................................10

B)

CARACTERSTICAS DO COOPERATIVISMO BRASI, RO ...................................................................13 LEGISLAO .............................................................................................................................................13 RAMOS DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO ..........................................................................................13 AUTOGESTO............................................................................................................................................17 SISTEMA DE REPRESENTAO, DE SERVIOS E DE APOIO.................................................................17

C) D)

DIFERENAS ENTRE ASSOCIAO, COOPERATIVA E EMPRESA MERCANTIL .........................18 DEFINIO DO EMPREENDIMENTO COOPERATIVO E SEUS PR-REQUISITOS .......................19 NORMAS ESPECFICAS PARA OS RAMOS CRDITO, ESPECIAL E MINERAL........................................20 VIABILIDADE ECONMICA DE COOPERATIVAS ................................................................................20 ATA DE FUNDAO .................................................................................................................................20 PROCEDIMENTOS PARA A ASSEMBLIA GERAL DE CONSTITUIO DA COOPERATIVA ..................21

E) F)

G) ELABORAO DO ESTATUTO DE COOPERATIVAS .........................................................................22G ) ASSEMBLIA

DE CONSTITUIO DE UMA COOPERATIVA ............................................................23

EDITAL DE CONVOCAO PARA A CONSTITUIO DA COOPERATIVA .............................................23 CONTA CORRENTE DE CAPITAL ...........................................................................................................................25 MODELO DE ATA PARA CONSTITUIO DA COOPERATIVA ................................................................25H)

ELEIO DE MEMBROS PARA RGOS ESTATUTRIOS ..............................................................26 DECLARAO DE DESIMPEDIMENTO PARA CARGOS ELETIVOS ........................................................26

ANEXO I MODELOS PARA ESTUDO DE VIABILIDADE ECONMICA ...............................................27 Introduo ..................................................................................................................................................27 COOPERATIVA AGROPECURIA .............................................................................................................27 COOPERATIVA DE CONSUMO .................................................................................................................42 COOPERATIVA DE CRDITO ...................................................................................................................54 COOPERATIVA DE PRODUO ...............................................................................................................60 COOPERATIVA DE TRABALHO.................................................................................................................73 ANEXO II SUGESTO DE ESTATUTO PARA COOPERATIVAS ............................................................84 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO AGROPECURIO .................................................................84 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO CONSUMO ......................................................................... 102 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO CRDITO ........................................................................... 103 Economia e Crdito Rural -..................................................................................................................... 103 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO CRDITO ........................................................................... 105 Economia e Crdito Mtuo - ................................................................................................................... 105 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO EDUCACIONAL ................................................................. 106 - De pais de Alunos -.................................................................................................................................. 106 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO EDUCACIONAL ................................................................. 107 - Alunos de Escola Agrcola - ..................................................................................................................... 107 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO EDUCACIONAL ................................................................. 108 - Alunos de Escola Agrcola - ..................................................................................................................... 108Pgina 5 de 140

SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO ESPECIAL .......................................................................... 110 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO HABITACIONAL ................................................................. 111 SUGESTO DE ESTATUTO PARA COOPERATIVAS DO RAMO DE INFRA-ESTRUTURA...................... 112 - Telefonia Rural - ..................................................................................................................................... 112 SUGESTO DE ESTATUTO PARA COOPERATIVAS DO RAMO DE INFRA-ESTRUTURA...................... 114 - Eletrificao Rural ............................................................................................................................... 114 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO MINERAL ........................................................................... 115 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO PRODUO ....................................................................... 117 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO SADE ............................................................................... 118 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO TRABALHO ........................................................................ 119 SUGESTO DE ESTATUTO PARA O RAMO TRANSPORTE .................................................................... 120 ANEXO III - ENDEREO DA OCB E DAS SUAS UNIDADES ESTADUAIS.............................................. 124 ANEXO IV ROTEIRO PARA A CONSTITUIO DE COOPERATIVA DE CRDITO ........................ 128 ANEXO V PROGRAMA DE AUTOGESTO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS .......................... 129

MDULO I ATENDIMENTO A GRUPOS INTERESSADOSAPRESENTAO A OCB, por lei, tem a incumbncia de manter o registro de todas as sociedades cooperativas e prestar servios de assistncia geral ao sistema cooperativista, seja quanto estrutura social, seja quanto aos mtodos operacionais. No cumprimento desses objetivos, a OCB e o Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo Sescoop dispe de uma representao em cada Unidade da Federao. Atendendo a demanda de Unidades Estaduais da OCB e de vrias entidades que atuam de forma integrada com o Cooperativismo Brasileiro, os Coordenadores de Capacitao do Sistema OCB elaboraram esta oitava edio do Manual de Orientao para a Constituio e Registro de Cooperativas. Considerando que h pblicos distintos a serem atendidos, elaborou-se este manual em trs mdulos, j adaptado ao novo Cdigo Civil, promulgado pela Lei 10.406, do dia 10 de janeiro de 2003. O primeiro foi impresso em maior nmero para atender grupos interessados em constituir cooperativas. O segundo ser disponibilizado, em menor nmero, apenas para as Unidades Estaduais da OCB, e se destina aos grupos j constitudos em cooperativas, orientando-os quanto aos procedimentos de legalizao da cooperativa. Concludo esse processo, esse mdulo retorna respectiva Organizao Estadual de Cooperativas para servir a outros grupos.

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O terceiro, tambm em menor nmero, destinado aos tcnicos que realizam o acompanhamento e o monitoramento da gesto de cooperativas durante o seu registro provisrio, ou durante os primeiros dois anos de funcionamento. A terminologia, que consta na legislao em vigor, adotada neste manual, pode ser adaptada ao contexto de cada regio. A Unidade Estadual da OCB/Sescoop pode realizar alianas estratgicas com outras entidades para melhor atender demanda do seu Estado quanto constituio de cooperativas. Esta publicao foi possvel graas extraordinria colaborao da equipe tcnica da OCEPAR, que forneceu os primeiros subsdios, enriquecidos pelas contribuies de Coordenadores de Capacitao de outros Estados, bem como pelas sugestes da equipe tcnica desta Casa do Cooperativismo. A todos agradecemos, na certeza de que participaram significativamente para o aprimoramento do Cooperativismo Brasileiro. Mrcio Lopes de Freitas Presidente da OCB e do Sescoop

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a) INFORMAES SOBRE COOPERATIVISMOINTRODUO

As mudanas no mundo inteiro esto ocorrendo com muita rapidez e em grande profundidade. Estruturas que pareciam inabalveis acabaram ruindo, deixando toda a humanidade perplexa. Quem diria, h poucos anos, que cairia o muro de Berlim e o Comunismo implodiria? Quem imaginaria um ataque terrorista contra a nica potncia que restou, protegida at contra msseis intercontinentais, como ocorreu no dia 11 de setembro de 2001? A informtica e as telecomunicaes transformaram o planeta terra numa aldeia global, onde possvel saber o que acontece nos demais pases, quase instantaneamente. Fracassaram as tentativas de esconder a realidade atrs de muros, como na extinta URSS e no Leste Europeu, ou proteger-se contra as mazelas da humanidade, como nos EEUU e alguns pases da Europa. Os problemas do desemprego, da fome, da violncia, das epidemias, do meio ambiente, do terrorismo etc. se tornam cada vez mais problemas de toda a humanidade e no ficam restritos a um pas ou regio geogrfica. Outro dado interessante a mudana rpida da conscincia poltica. Muitos pensavam que o poltico tinha que ser necessariamente um malandro, para ser bem sucedido. Hoje a viso j totalmente oposta. As pessoas exigem cada vez mais transparncia em tudo, expurgando os polticos corruptos. Esse fenmeno acontece no s no Brasil, mas em quase todos os pases. Espera-se do poltico cada vez mais a postura de um estadista. a conscincia da cidadania que est se desenvolvendo, caracterstica bsica do Cooperativismo. Todas as estruturas, sejam elas estatais ou privadas, mercantis ou cooperativas, s iro subsistir medida que conseguirem sintonizar com a conscincia ativa da cidadania global, que est se desenvolvendo em mbito mundial. A perspectiva que o Estado, em todos os pases, vai se restringir cada vez mais s suas funes especficas, que so: cuidar da sade, da educao e da infraestrutura para o desenvolvimento socioeconmico e cultural da populao. Numa economia de mercado, o Capital, seja ele nacional ou multinacional, se unir para grandes investimentos, deixando que a prpria sociedade se organize para atender suas necessidades bsicas. A est todo o espao reservado ao Cooperativismo. Atravs do Sistema Cooperativo, cada comunidade pode preservar e resgatar sua histria, seus valores e suas potencialidades, preservando sua identidade nessa aldeia global. O Sistema Cooperativo j existe em todos os pases e em todos os setores da economia, sendo testado sob os mais diversos prismas durante mais de um sculo. Sobreviveu a duas guerras mundiais e ressurge com toda a pujana nesse milnio. A TICA o valor central do Cooperativismo neste milnio. No Sistema Cooperativista qualquer convenincia se torna inconvenincia, caso no esteja sintonizada com a Doutrina, os Valores e os Princpios do Cooperativismo, que o distinguem de uma empresa mercantil. Portanto, o Cooperativismo tem excelentes perspectivas, medida que se distinguir pela tica, tanto nos seus procedimentos internos, como no relacionamento com a sociedade em geral.Pgina 8 de 140

COOPERAO Antes de falar sobre o Cooperativismo, conveniente ressaltar a importncia da cooperao como experincia humana. Foi pela cooperao que os seres humanos conseguiram enfrentar animais ferozes, proteger-se das adversidades do clima e resolver problemas como a fome e a doena. H o registro de experincias fantsticas de cooperao em todas as civilizaes. Enfim, foi pela cooperao que a humanidade sobreviveu nos primrdios e continua sobrevivendo. Mas ela no se limita humanidade. Todo o universo um processo permanente de cooperao entre todos os seres vivos. Para entender melhor o significado da cooperao, interessante conhecer sua etimologia. Essa palavra vem do latim cum+operari = com+trabalhar, ou seja: trabalhar juntos. Ainda hoje inmeras pessoas e entidades trabalham juntas, cooperam, mas no integram o Sistema Cooperativo. Portanto, h uma distino entre cooperao e cooperativismo. COOPERATIVISMO O Cooperativismo surgiu como forma de organizao social para a soluo de problemas econmicos. Nasceu no mesmo contexto e na mesma poca do Comunismo e do Sindicalismo, que tinham objetivos semelhantes, mas propostas distintas. O Comunismo propunha a estatizao dos meios de produo para aniquilar o Sistema Capitalista. O Sindicalismo incentivava a organizao dos trabalhadores em defesa dos seus interesses, diante das empresas capitalistas. O Cooperativismo optou pela organizao autogestionada de pessoas para a soluo de problemas especficos. Depois de um sculo de experincias, constata-se o fracasso do Comunismo, o enfraquecimento do Sindicalismo e o fortalecimento do Cooperativismo, j implantado em todos os pases e em todos os setores da economia. PRIMEIRA COOPERATIVA A primeira cooperativa do mundo surgiu em Rochdale (Inglaterra), em 21 de dezembro de 1844, formada por 28 teceles. Eles se reuniram inmeras vezes, durante um ano, para definir os princpios de um novo sistema socioeconmico e os estatutos de um empreendimento, diferente das empresas mercantis ento existentes, alm de economizar mensalmente suas pequenas economias para conseguir um Capital inicial de 28 libras, que serviu para abrir uma cooperativa do Ramo Consumo. Essa cooperativa cresceu rapidamente e se multiplicou, tanto na Inglaterra como em outros pases, desencadeando em todo o mundo a criao de novas cooperativas de diversos ramos de atividade, baseadas nos mesmos princpios definidos pelos Pioneiros de Rochdale.

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IDENTIDADE COOPERATIVA A Aliana Cooperativa Internacional ACI, fundada em 1895, com sede em Genebra (Suia), que representa o Sistema Cooperativo em mbito mundial e tem, entre outras funes, a de definir os Princpios e os Valores que regem esse sistema. No ano de 1995, no Congresso Centenrio da ACI, em Manchester (Inglaterra), reuniram-se cooperativistas de todos os continentes para definirem Cooperativa, Valores e Princpios do Cooperativismo nos seguintes termos, acrescidos de comentrios do Sistema OCB: 1. Definio de Cooperativa Cooperativa uma associao autnoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspiraes e necessidades econmicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. COMENTRIO: No Brasil, Cooperativa uma sociedade de, pelo menos, vinte pessoas fsicas, unidas pela cooperao e ajuda mtua, gerida de forma democrtica e participativa, com objetivos econmicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e doutrinrios so distintos de outras sociedades. De acordo com o X Congresso Brasileiro de Cooperativismo (Braslia/1988) a cooperativa fundamenta -se na economia solidria e se prope a obter um desempenho econmico eficiente, atravs da qualidade e da confiabilidade dos servios que presta aos prprios associados e aos usurios. 2. Valores do Cooperativismo As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mtua, responsabilidade, democracia, igualdade, eqidade e solidariedade. Conforme os seus pioneiros, o Cooperativismo acredita nos valores ticos de honestidade, transparncia, responsabilidade social e preservao do ambiente para o desenvolvimento sustentado. 3. Princpios do Cooperativismo Os princpios cooperativos so normas ou regras prticas de aplicao da proposta tica e doutrinria do Cooperativismo. Ou seja, orientam as cooperativas como levar os valores ticos prtica. De acordo com a redao adotada pela ACI em 1995, os Princpios do Cooperativismo so os seguintes: a) Adeso voluntria e livre As cooperativas so organizaes voluntrias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus servios e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminaes de sexo, sociais, raciais, polticas e religiosas.

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COMENTRIO: A adeso livre e voluntria, com nmero ilimitado de associados, salvo impossibilidade tcnica de prestao de servios pela cooperativa. Para a adeso ser realmente voluntria e livre, necessrio: entender o negcio da cooperativa e dele querer participar; conhecer sua estrutura de funcionamento, os direitos e deveres do quadro social e os princpios que regem o Sistema Cooperativista; habilitar-se para ser um scio atuante, fiel e comprometido. Portanto, quem desenvolve atividades conflitantes com os interesses da cooperativa no pode nela se associar. conveniente analisar os estatutos, normas e regimentos da cooperativa, antes de preencher a ficha de cadastro. b) Gesto democrtica e livre As cooperativas so organizaes democrticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulao das suas polticas e na tomada de decises. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, so responsveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros tm igual direito de voto (um membro, um voto); as cooperativas de grau superior so tambm organizadas de maneira democrtica. COMENTRIO: Essa uma das caractersticas que distinguem a cooperativa de outras formas de organizao econmica da sociedade. Na cooperativa cada pessoa tem apenas um voto, independente do Capital ou do nvel de participao na gerao dos resultados. A administrao da cooperativa feita por pessoas eleitas pelo quadro social para esse fim, podendo elas contratar profissionais para cargos executivos na cooperativa, sempre a servio dos interesses do quadro social, nico dono do empreendimento cooperativo. c) Participao econmica dos membros Os membros contribuem eqitativamente para o capital das cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital , normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remunerao limitada ao capital integralizado, como condio de sua adeso. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades: desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente atravs da criao de reservas, parte das quais, pelo menos, ser indivisvel. beneficio aos membros na proporo das suas transaes com a cooperativa; apoio a outras atividades aprovadas pelos membros. COMENTRIO: Os associados formam o Capital da cooperativa, mediante integralizao de quotas-partes. No Brasil, o novo Cdigo Civil admite cooperativas sem capital social, mas em todo caso cada associado deve participar da atividade econmica da cooperativa. Dos resultados finais, quando positivos, se gera o Fundo de Reserva (mnimo de 10%), o Fundo de Assistncia Tcnica, Educacional e Social FATES (mnimo de 5%) e outros fundos, quando previstos no Estatuto. O restante distribudo aos associados, proporcionalmente s operaes que realizaram com a cooperativa. A Assemblia Geral pode at dar outro destino (p. ex. aumento de capital social), mas no pode desnaturar a proporcionalidade (p. ex. distribuio de quotaspartes). d) Autonomia e independnciaPgina 11 de 140

As cooperativas so organizaes autnomas, de ajuda mtua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizaes, incluindo instituies pblicas, ou recorrerem a capital externo, devem faz-lo em condies que assegurem o controle democrtico pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa. COMENTRIO: A cooperativa exclusivamente do seu quadro social, que define sua misso, seus objetivos e suas metas. Ela um empreendimento autogestionado, que no pode depender de outros, nem admitir interferncia externa nas decises. No Cooperativismo Brasileiro essa autonomia e independncias foram conquistadas na Constituio Federal de 1988. e) Educao, formao e informao As cooperativas promovem a educao e a formao dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o pblico em geral, particularmente os jovens e os lderes de opinio, sobre a natureza e as vantagens da cooperao. COMENTRIO: A Educao, formao e informao so a base que viabiliza o funcionamento de uma cooperativa, pois depende delas a participao consciente, organizada e eficiente dos associados. necessrio formao, treinamento e reciclagem permanente de associados, dirigentes, conselheiros, lderes e funcionrios das cooperativas. O Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo Sescoop tem a misso de aperfeioar e profissionalizar a gesto das cooperativas, bem como realizar o seu acompanhamento. f) Intercooperao As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e do mais fora ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, atravs das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. COMENTRIO: No s os associados precisam cooperar entre si e com a cooperativa, mas todo o sistema cooperativista precisa intercooperar, tanto entre cooperativas do mesmo ramo, como entre cooperativas de outros diversos ramos e com suas entidades de representao em todos os mbitos. Todos os atos que acontecem dentro do sistema cooperativo deveriam ser isentos de tributao, o que dinamizaria em muito a intercooperao. g) Interesse pela comunidade As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades atravs de polticas aprovadas pelos membros. COMENTRIO: Esse princpio precisa ser tratado criteriosamente. Em primeiro lugar, no se trata de assistencialismo, pois os associados constituram a cooperativa para solucionar um problema em comum e no autorizaram os dirigentes, pelo estatuto, a us-la para outros fins. Mas a cooperativa no um empreendimento isolado, desvinculado da sociedade em que atua. Muito pelo contrrio. uma referncia para outros grupos solucionarem seus problemas de forma autogestionada, desencadeando um processo de desenvolvimento endgeno, que resgata a cidadania em plenitude. Sendo essa referncia, a cooperativa cumpre esse princpio, criado pela ACI em Manchester, no ano de 1995.Pgina 12 de 140

b) CARACTERSTICAS DO COOPERATIVISMO BRASI, RO

LEGISLAO Cada pas tem sua legislao especfica. O Cooperativismo Brasileiro regido pela Lei 5.764, do dia 21 de dezembro de 1971, em anexo, que serve de base para a elaborao do estatuto das cooperativas de todos os ramos e de todos os graus. Com a Constituio Brasileira, o Cooperativismo Brasileiro conquistou sua Autogesto, motivo pelo qual os Captulos XIII, XIV e XV perderam a validade, permanecendo os demais em vigor, dos quais destacamos os seguintes pontos: Pelo Art. 6, item I, so necessrias vinte pessoas fsicas para constituir uma cooperativa singular de qualquer ramo, considerada de I Grau. Pelo Art. 6, item II, so necessrias trs cooperativas singulares, no mnimo, para constituir uma federao ou central de cooperativas, considerada de II Grau. Pessoas fsicas podem a elas se filiar, enquanto no puderem organizar uma cooperativa singular. Pelo Art. 6, item III, so necessrias trs federaes ou centrais de cooperativas, no mnimo, para constituir uma confederao de cooperativas, considerada de III Grau. Pelo Art. 105, item c), todas as cooperativas, de qualquer grau, devem se registrar no Sistema OCB. A Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, institui o novo Cdigo Civil, que abre um captulo para as sociedades cooperativas, reguladas pelos arts. 1.093 a 1.096. Outrossim, as cooperativas foram expressamente mencionadas nos artigos 982, 983 e 1.159 dessa lei. O novo Cdigo Civil evoca expressamente a Lei de regncia das Cooperativas, i. , a Lei 5.764/71, de 16/12/1971. Portanto, apenas onde h inequvoca incompatibilidade entre elas, prevalecer o Novo Cdigo Civil. o caso da possvel dispensa de Capital Social e o alargamento da responsabilidade dos associados pelos negcios realizados pela cooperativa. No mais, mantm-se vigente a Lei 5.764/71, quanto aos demais aspectos de regncia da sociedade cooperativa. Eventuais omisses na Lei 5.764/71 agora so supridas pelas normas de sociedades simples, regidas pelos arts. 997 a 1.038 do Novo Cdigo Civil. RAMOS DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO Para definir os Ramos do Cooperativismo Brasileiro, a Organizao das Cooperativas Brasileiras - OCB consultou a nomenclatura da Organizao das Cooperativas da Amrica OCA e da Aliana Cooperativa Internacional ACI. A seguir, consultou dirigentes e tcnicos do Sistema OCB, bem como diversos especialistas do Cooperativismo Brasileiro. Aps inmeras reformulaes, concluiu-se que o assunto muito complexo e no possvel chegar-se a um consenso. Mas todas as sugestes contriburam paraPgina 13 de 140

aprimorar a nomenclatura atual, aprovada pelo Conselho Diretor da OCB no dia 4 de maio de 1993 e atualizada no dia 28 de abril de 2000, pela Assemblia Geral da OCB. O objetivo principal dessa classificao facilitar a organizao vertical das cooperativas em federaes, centrais e confederaes, tanto para sua organizao poltica e para organizar o respectivo conselho especializado em mbito estadual e nacional, como para viabilizar a economia de escala e assim adquirir competitividade no mercado. Cada Ramo tem um representante estadual, que compe o Conselho de Administrao da Organizao das Cooperativas Brasileiras em cada Estado OCE, e cinco representantes dos Ramos compem, com cinco representantes das OCEs, o Conselho de Administrao da OCB. Um representante dos Ramos e outro das OCEs so Vice-Presidentes compondo, com o Presidente, a Diretoria da OCB. So os seguintes os ramos em que se classificam as cooperativas brasileiras: 1. AGROPECURIO: composto pelas cooperativas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de produo pertenam ao associado. um dos ramos com maior nmero de cooperativas e associados no Brasil. O leque de atividades econmicas abrangidas por esse ramo enorme e sua participao no PIB em quase todos os pases significativa. Essas cooperativas geralmente cuidam de toda a cadeia produtiva, desde o preparo da terra at a industrializao e comercializao dos produtos. H um Comit especfico na ACI, onde o Brasil tem liderana expressiva. 2. CONSUMO: composto pelas cooperativas dedicadas compra em comum de artigos de consumo para seus associados. A primeira cooperativa do mundo era desse ramo e surgiu em Rochdale, na Inglaterra, no ano de 1844. Tambm no Brasil esse o ramo mais antigo, cujo primeiro registro de 1889, em Minas Gerais, com o nome de Sociedade Cooperativa Econmica dos Funcionrios Pblicos de Ouro Preto. Durante muitas dcadas, esse ramo ficou muito limitado a funcionrios de empresas, operando a prazo, com desconto na folha de pagamento. No perodo altamente inflacionrio, essas cooperativas perderam mercado para as grandes redes de supermercados e atualmente esto se rearticulando como cooperativas abertas a qualquer consumidor. medida que oferecer produtos mais confiveis ao consumidor, principalmente alimentos sem agrotxicos, diretamente de produtores, tambm organizados em cooperativas, esse ramo tem perspectivas de crescimento. 3. CRDITO: composto pelas cooperativas destinadas a promover a poupana e financiar necessidades ou empreendimentos dos seus associados. O Cooperativismo de Crdito um dos ramos mais fortes em diversos pases desenvolvidos, como na Frana, na Alemanha e no Canad. No Brasil, ele j estava bem estruturado, desde o incio do Sculo XX, mas foi desarticulado e desmantelado pelo Banco Central, mediante restries de toda ordem. Mas, na dcada de 80, comeou a reagir e est ressurgindo com fora total, j com dois Bancos, o Bancoob e o Bansicredi, e inmeras cooperativas de crdito urbano e rural, espalhadas por todo o territrio nacional. No dia 25/06/2.003, pela Resoluo n 3.106, o Banco Central liberou a constituio de cooperativas abertas, do tipo Luzzatti. A Confederao Brasileira das Cooperativas de Crdito Confebras tem um Curso Bsico de Cooperativismo a Distncia, que poder servir para todos os Ramos do Cooperativismo, com as devidas adaptaes. 4. EDUCACIONAL: composto por cooperativas de professores, que se organizam como profissionais autnomos para prestarem servios educacionais, por cooperativas de alunos de escola agrcola que, alm de contriburem para o sustento da prpria escola, s vezes produzem excedentes para o mercado, mas tem como objetivo principal a formao cooperativista dos seus membros, por cooperativas de pais dePgina 14 de 140

alunos, que tm por objetivo propiciar melhor educao aos filhos, administrando uma escola e contratando professores, e por cooperativas de atividades afins. Esse um ramo recente, criado em Itumbiara - GO em 1987, no que se refere a cooperativas de pais de alunos, como resposta situao catica do ensino brasileiro, onde o ensino pblico deixa muito a desejar e o ensino particular se tornou oneroso demais. Em todos os Estados, essas cooperativas esto sendo a melhor soluo para pais e alunos, pois se tornam menos onerosas e realizam uma educao comprometida com o desenvolvimento endgeno da comunidade, resgatando a cidadania em plenitude. As cooperativas de professores seriam do ramo trabalho, pois so profissionais organizados para prestar servio sociedade, mas esto no ramo educacional pela caracterstica da sua atividade profissional. 5. ESPECIAL: composto pelas constitudas por pessoas que precisam ser tuteladas ou que se encontram em situao de desvantagem nos termos da Lei 9.867, de 10 de novembro de 1999. Essa lei criou a possibilidade de se constiturem cooperativas sociais para a organizao e gesto de servios sociossanitrios e educativos, mediante atividades agrcolas, industriais, comerciais e de servios, contemplando as seguintes pessoas: deficientes fsicos, sensoriais, psquicos e mentais, dependentes de acompanhamento psiquitrico permanente, dependentes qumicos, pessoas egressas de prises, os condenados a penas alternativas deteno e os adolescentes em idade adequada ao trabalho e situao familiar difcil do ponto de vista econmico, social ou afetivo. Essas cooperativas organizam o seu trabalho, especialmente no que diz respeito s dificuldades gerais e individuais das pessoas em desvantagem, e desenvolvem e executam programas especiais de treinamento, com o objetivo de aumentar-lhes a produtividade e a independncia econmica e social. A condio de pessoa em desvantagem deve ser atestada por documentao proveniente de rgo da administrao pblica, ressalvando-se o direito privacidade. O estatuto da Cooperativa Social poder prever uma ou mais categorias de scios voluntrios, que lhe prestem servios gratuitamente, e no estejam includos na definio de pessoas em desvantagem. Quanto aos deficientes, o objetivo principal o desenvolvimento da sua cidadania, inserindo-os no mercado de trabalho, medida do possvel, nas mesmas condies de qualquer outro cidado. Nesse ramo tambm esto as cooperativas constitudas por pessoas de menor idade ou por pessoas incapazes de assumir plenamente suas responsabilidades como cidado. 6. HABITACIONAL: composto pelas cooperativas destinadas construo, manuteno e administrao de conjuntos habitacionais para seu quadro social. Este ramo esteve muito tempo vinculado ao Banco Nacional da Habitao e ao INOCOOP Instituto Nacional de Orientao s Cooperativas. Mas, com a extino do BNH e a enorme demanda por habitao, esse ramo se rearticulou e partiu para o autofinanciamento, com excelentes resultados. O exemplo mais contundente o Projeto guas Claras, em Braslia, DF, onde a maioria dos prdios est sendo construda pelo Sistema Cooperativista, mediante autofinanciamento. 7. INFRA-ESTRUTURA: composto pelas cooperativas, cuja finalidade atender direta e prioritariamente o prprio quadro social com servios de infra-estrutura. As cooperativas de eletrificao rural, que so a maioria desse ramo, aos poucos esto deixando de serem meras repassadoras de energia, para se tornarem geradoras de energia. A caracterstica principal desse ramo do cooperativismo a prestao de servios de infra-estrutura bsica ao quadro social, para que ele possa desenvolver melhor suas atividades profissionais. 8. MINERAL: composto pelas cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. um ramo com potencial enorme, principalmente com o respaldo da atual Constituio Brasileira,Pgina 15 de 140

mas que necessita de especial apoio para se organizar. Os garimpeiros geralmente so pessoas que vm de diversas regies, atradas pela perspectiva de enriquecimento rpido, aglomerando-se num local para extrair minrios, sem experincia cooperativista. As cooperativas de garimpeiros muitas vezes cuidam de diversos aspectos, como sade, alimentao, educao... dos seus membros, alm das atividades especficas do ramo. 9. PRODUO: composto pelas cooperativas dedicadas produo de um ou mais tipos de bens e produtos, quando detenham os meios de produo. Para os empregados, cuja empresa entra em falncia, a cooperativa de produo geralmente a nica alternativa para manter os postos de trabalho. Em outros pases, esse ramo est bem desenvolvido, como na Espanha (Mondragon). No Brasil, com a crise econmica e financeira, em grande parte resultante da globalizao devastadora, muitas empresas no conseguem sobreviver. Cada vez mais os empregados esto descobrindo as vantagens de constituir o prprio negcio, deixando se ser assalariados para tornar-se donos do seu prprio empreendimento a cooperativa. 10. SADE: composto pelas cooperativas que se dedicam preservao e promoo da sade humana. um dos ramos que mais rapidamente cresceram nos ltimos anos, incluindo mdicos, dentistas, psiclogos e profissionais de outras atividades afins. interessante ressaltar que esse ramo surgiu no Brasil e est se expandindo para outros pases. Tambm se expandiu para outras reas, como a de crdito e de seguros. Ultimamente os usurios de servios de sade tambm esto se reunindo em cooperativas. Muitas cooperativas usam os servios do ramo sade em convnios, cumprindo um dos princpios do sistema, que a integrao. Obviamente as cooperativas de mdicos deveriam estar no Ramo Trabalho, mas pela sua especificidade, nmero e importncia, o Sistema OCB resolveu criar, na AGO do dia 11 de abril de 1996, um ramo especfico, incluindo nele todas as cooperativas que tratam da sade humana. Portanto, uma cooperativa de veterinrios, que no trata da sade humana, do Ramo Trabalho. 11. TRABALHO: composto pelas cooperativas que se dedicam organizao e administrao dos interesses inerentes atividade profissional dos trabalhadores associados para prestao de servios no identificados com outros ramos j reconhecidos. Certamente este ser o ramo que em breve ter o maior nmero de cooperativas e de associados. Mas simultaneamente tambm o ramo mais complexo e problemtico, pois abrange todas as categorias profissionais, menos as de professores, de sade, de transporte e de turismo e lazer, organizadas em ramos especficos. Diante do surto de desemprego, os trabalhadores no tm outra alternativa seno partir para o trabalho clandestino ou ento se organizar em empreendimentos cooperativos. Alm das enormes dificuldades para conquistar um mercado cada vez mais competitivo, as cooperativas ainda arcam com uma tributao descabida e uma legislao inadequada. Mesmo assim, esse ramo se desenvolve em todo os Estados, pois se trata de um novo estgio no desenvolvimento histrico do trabalho: primeiro o trabalho era desorganizado, depois escravizado, atualmente subordinado (ou ao Capital, ou ao Estado) e j est caminhando para a plena autonomia, mas de forma organizada e solidria, que so as cooperativas de trabalho associado. Em 2002 esse ramo adotou o SPA Sistema de Padronizao e Acompanhamento de Cooperativas de Trabalho, que tem por objetivo a Autogesto dessas cooperativas. 12. TRANSPORTE: composto pelas cooperativas que atuam no transporte de cargas e passageiros. At o ano 2.002, essas cooperativas pertenciam ao Ramo Trabalho, mas pelas suas atividades e pela necessidade urgente de resolver problemas cruciais dessa categoria profissional, suas principais lideranas se reuniram na OCB e reivindicaram a criao de um ramo prprio. Cumprindo todos os pr-requisitosPgina 16 de 140

para esse fim, obtiveram a aprovao desse novo ramo na AGO da OCB, do dia 30 de abril do ano 2002. 13. TURISMO E LAZER: composto pelas cooperativas prestam servios tursticos, artsticos, de entretenimento, de esportes e de hotelaria, ou atendem direta e prioritariamente o seu quadro social nessas reas . Este ramo, criado pela AGO da OCB no dia 28 de abril do ano 2.000, est surgindo com boas perspectivas de crescimento, pois todos os Estados Brasileiros tm potencial fantstico para o Turismo Cooperativo, que visa organizar as comunidades para disponibilizarem o seu potencial turstico, hospedando os turistas e prestando-lhes toda ordem de servios, e simultaneamente organizar tambm os turistas para usufrurem desse novo paradigma de turismo, mais barato, mais prazeroso e muito mais educativo. um ramo ainda em fase de organizao. Conforme o Regimento Interno dos Ramos do Cooperativismo, o Conselho de Administrao da OCB poder reconhecer novos ramos, mediante solicitao subscrita por 3 (trs) Organizaes Estaduais de Cooperativas Unidades Estaduais da OCB, ou por sociedade cooperativa de terceiro grau. O reconhecimento est sujeito ao referendo da Assemblia Geral da OCB.

AUTOGESTO O Cooperativismo um sistema essencialmente autogestionado, desde a sua origem. medida que provou ser um excelente meio para o desenvolvimento social, cultural e econmico da sociedade, muitos governos o adotaram como instrumento para a consecuo de objetivos e metas governamentais. Isso tambm aconteceu no Brasil at a promulgao da Constituio Federal de outubro de 1988, quando o Cooperativismo Brasileiro conquistou sua autonomia. Para a transio do cooperativismo dependente para um cooperativismo autnomo, foi criado, pela Assemblia Geral da OCB, realizada no dia 28 de abril de 2.000, o Programa de Autogesto, coordenado pelo Servio Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop e executado pelas suas unidades estaduais, desenvolvendo atividades de capacitao, acompanhamento da gesto de cooperativas e promoo social. Ver programa completo em anexo. SISTEMA DE REPRESENTAO, DE SERVIOS E DE APOIO A Organizao das Cooperativas Brasileiras OCB, representante nacional do Cooperativismo, tem entidade de representao na capital de cada Estado, denominada Unidade Estadual da OCB, para o registro das cooperativas e a prestao de servios, inclusive a orientao para a constituio de novas cooperativas. No intuito de apoiar politicamente todos os Ramos, criou-se a Frente Parlamentar do Cooperativismo Frencoop, constituda por senadores e deputados federais no Congresso Nacional, em Braslia (DF), cuja sede fica na Casa do Cooperativismo (OCB/Sescoop). A Frencoop tem as seguintes funes: fomentar e promover o Cooperativismo Brasileiro e Internacional, divulgando e defendendo a Doutrina Cooperativista. Nos Estados esto surgindo Frencoop formadas por deputados estaduais e nos Municpios, Frencoop formadas por vereadores. Para melhor atender aos interesses especficos de cada ramo, as cooperativas brasileiras esto se organizando em Federaes e Confederaes, com os respectivosPgina 17 de 140

Conselhos Especializados em mbito Estadual e Nacional, vinculados ao Sistema OCB. A prestao de servios feita pelo Sescoop que tem a misso de viabilizar a Autogesto do Cooperativismo Brasileiro e seu monitoramento, treinando e capacitando Talentos Humanos para esse fim. Alm disso, tem a funo de viabilizar a promoo social das pessoas que integram o Sistema Brasileiro de Cooperativismo. Para o apoio governamental ao Cooperativismo existe o Departamento Nacional de Cooperativismo e Associativismo Rural - Denacoop, vinculado Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo, do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, criado pelo Decreto n 99.621, de 18/10/1990. O Denacoop tem o objetivo de promover e fortalecer o associativismo rural, o cooperativismo em geral, influindo nos processos de criao de emprego, de produo de alimentos, de gerao e distribuio de renda e melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais e urbanas. c) DIFERENAS ENTRE ASSOCIAO, COOPERATIVA E EMPRESA MERCANTIL ASSOCIAO uma pessoas unio de COOPERATIVA * uma sociedade simples, regida por legislao especfica * Objetivo principal a prestao de servios econmicos ou financeiros * Nmero ilimitado de Associados, salvo incapacidade tcnica * Cada pessoa tem um voto * Assemblias: quorum baseado no nmero de associados * No permitida a transferncia das quotaspartes a terceiros, estranhos sociedade * Retorno dos excedentes proporcional ao volume das operaes EMPRESA MERCANT IL uma sociedade empresria Objetivo principal o lucro Nmero ilimitado ou no de acionistas Voto proporcional ao capital Assemblias: quorum baseado no capital Transferncia das aes e quotas a terceiros Lucro proporcional ao capital

Objetivo sem fins econmicos Nmero ilimitado de associados Cada pessoa tem um voto Assemblias: quorum baseado no nmero de associados No tem aes ou quotas de capital

No excedentes

gera

FUNDAO : Segundo o Art. 62 do Novo Cdigo Civil, para criar uma fundao, o seu instituidor far, por escritura pblica ou testamento, dotao especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrla para fins religiosos, morais, culturais ou de assistncia, sem finalidade lucrativa.Pgina 18 de 140

OSCIP: Segundo o Art. 1 da Lei n 9.790, de 23 de maro de 1999, podem qualificar-se como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP as pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutrias atendam aos requisitos definidos nos Art. 3 e 4 dessa Lei. As entidades que no podem formar uma OSCIP constam do Art. 2, entre as quais as cooperativas. Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos, a pessoa jurdica de direito privado que no distribui, entre os seus scios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou lquidos, dividendos, bonificaes, participaes ou parcelas do seu patrimnio, auferidos mediante o exerccio de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecuo do respectivo objeto social. d) DEFINIO DO EMPREENDIMENTO COOPERATIVO E SEUS PRREQUISITOS

Um empreendimento cooperativo precisa nascer do interesse de um grupo de, no mnimo, vinte pessoas fsicas, que se conheam bem, no qual haja um clima de confiana mtua e que esteja unido em torno de um objetivo econmico em comum, disposto a viabiliz-lo de forma autogestionada. Antes de elaborar o estatuto, os interessados precisam definir quais sero os rgos eletivos, o mandato e as principais incumbncias, pois algumas cooperativas j elegem um Conselho de tica e outras no. A cooperativa no deve ser criada de cima para baixo, nem a partir da iniciativa de outras pessoas ou entidades, nem com objetivos assistenciais, pois o X Congresso Brasileiro de Cooperativismo, realizado em Braslia (DF) em maro de 1988, deu a seguinte definio para o empreendimento cooperativo: A Cooperativa uma sociedade de pessoas, de natureza civil, unidas pela cooperao e ajuda mtua, gerida de forma democrtica e participativa, com objetivos econmicos e sociais comuns e cujos aspectos legais e doutrinrios so distintos de outras sociedades. Fundamenta-se na economia solidria e se prope a obter um desempenho eficiente, atravs da qualidade e da confiabilidade dos servios que presta a seus prprios associados e seus usurios . Uma cooperativa pode atuar em mbito nacional e at mundial, mas importante delimitar a rea geogrfica para a admisso de associados, pois a presena fsica em assemblias e outros eventos importante para a identidade que deve haver entre a cooperativa e seu quadro social. Convm ressaltar que cooperativas inviveis causam problemas em todos os mbitos: frustram os associados, complicam o desempenho dos rgos sociais da cooperativa e denigrem a imagem do Sistema Cooperativista. Por isso necessrio o empenho de todos para evitar o surgimento de cooperativas fora da legislao em vigor ou economicamente inviveis.

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NORMAS ESPECFICAS PARA OS RAMOS CRDITO, ESPECIAL E MINERAL H pr-requisitos especficos para alguns Ramos do Cooperativismo, que devem ser atendidos ainda na fase de organizao, para adequar o estatuto a normas especficas. Ramo de Crdito: Seguir as normas do Banco Central do Brasil, que podem ser obtidas no site: www.bcb.gov.br > Legislao, Normas e Manuais > Roteiros de Procedimentos do SFN > Cooperativas de Crdito. Alm disso, devem seguir o roteiro da respectiva Cooperativa Central de Crdito, cujo endereo pode ser obtido junto respectiva OCE na relao anexa. Em anexo tambm est um roteiro bsico. Ramo Especial = Neste ramo necessrio a indicao de um tutor, pessoa fsica, de preferncia eleita pelos associados, que assinar todos os documentos em nome da cooperativa, quando esta formada por pessoas com incapacidade civil (menores de idade, ndios no emancipados, deficientes mentais etc.). Ramo Mineral = Seguir Instruo Normativa DNPM n 3, de 22 de outubro de 1997, do Ministrio de Minas e Energia, que pode ser localizada no site: www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/legis/instdnpm3_97.doc, principalmente a partir do item 1.7.

e) VIABILIDADE ECONMICA DE COOPERATIVAS

Os Estudos de Viabilidade Econmica, em anexo, foram desenvolvidos pela equipe tcnica da OCEPAR/Sescoop-PR. Essas frmulas, dos ramos agropecurio, crdito, produo e trabalho, com as respectivas adaptaes, podem ser aproveitadas para os demais ramos e sero desenvolvidas em planilhas eletrnicas, disponibilizadas no site da OCB: www.ocb.org.br.

f) ATA DE FUNDAO

De acordo com o Art. 15 da Lei 5.764, do dia 16 de dezembro de 1971, o ato constitutivo de uma cooperativa, sob pena de nulidade, dever declarar: a denominao da entidade, sede e objeto de funcionamento; o nome, nacionalidade, idade, estado civil, profisso e residncia dos associados fundadores que o assinaram, bem como o valor e nmero da quota-parte de cada um; aprovao do estatuto da sociedade; e o nome, nacionalidade, estado civil, profisso e residncia dos associados eleitos para os rgos de administrao, fiscalizao e outros. A ata de assemblia deve conter: local, data e hora de instalao; "quorum" de instalao; a composio da mesa; a forma de convocao, indicando o jornal e data de circulao; a ordem do dia;Pgina 20 de 140

os fatos ocorridos e as deliberaes dos associados, inclusive dissidncias ou protestos; a qualificao completa (nome, data de nascimento, nacionalidade, idade, estado civil (se for casado, regime de casamento), profisso, nmero de identidade e rgo expedidor, CPF e residncia com endereo completo), rgos estatutrios, cargos e prazos de mandato das pessoas eleitas, bem como a transcrio integral dos artigos do estatuto social reformado, se for o caso; declarao de que todas as pessoas, eleitas para cargos na cooperativa, no so impedidas por lei ou condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos, ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato ou contra a economia popular, a f pblica ou a propriedade, nos termos do art. 51 da Lei 5.764/71. Nas cooperativas de crdito, os eleitos devem preencher as condies previstas na Resoluo CMN/BACEN n 2 .645/99; fecho, em que deve ser mencionado o encerramento dos trabalhos, a lavratura da ata, sua leitura e aprovao, seguindo-se as assinaturas do secretrio, do presidente e dos associados que forem indicados pela assemblia e ainda os que desejarem. As atas em geral podero ser apresentadas na forma de sumrio dos fatos ocorridos. Declarao de que a ata transcrio fiel da original, que consta no livro de atas. PROCEDIMENTOS PARA A ASSEMBLIA GERAL DE CONSTITUIO DA COOPERATIVA 1 - O Coordenador da Comisso de Organizao da Cooperativa faz a abertura da Assemblia e solicita aos presentes que escolham o Presidente dos trabalhos da reunio e o Presidente escolhe um Secretrio; 2 - O Secretrio faz a leitura da proposta do estatuto Social da Cooperativa; 3 - Os presentes discutem e propem sugestes de emendas ao estatuto; 4 - As emendas colocadas em votao e aprovadas so includas na proposta de estatuto; 5 - Votao do estatuto pela Assemblia; 6 - Eleio dos Cargos da Diretoria, do Conselho de Administrao, do Conselho Fiscal e, se houver, do Conselho de tica da Cooperativa, atravs do voto, podendo ser eleita qualquer pessoa, desde que no seja: a) impedida por lei; b) condenada a pena que impea, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos; c) impedida por crime falimentar, de prevaricao etc. 7 - O Presidente dos trabalhos convida o Presidente eleito para dirigir os trabalhos;Pgina 21 de 140

8 - O Presidente eleito convida os demais membros do Conselho de Administrao, do Conselho Fiscal e, se houver, do Conselho de tica a assumirem seus assentos mesa e declara constituda a Cooperativa. 9 - O Secretrio faz a leitura da Ata da Assemblia que, aps lida e aprovada, dever ser assinada por todos os associados fundadores da Cooperativa. OBSERVAO: No permitida a existncia de parentesco at o 2 grau em linha reta ou colateral (pai, filho, av, irmo e neto) de quaisquer pessoas componentes dos rgos de administrao ou fiscalizao da Cooperativa; DECLARAES DOS ELEITOS: a) declarao de que no pessoa impedida por lei ou condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos, ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato ou contra a economia popular, a f pblica ou a propriedade, nos termos do art. 51 da Lei 5.764/71; b) declarao de bens; c) declarao de que no parente, at o segundo grau, em linha reta ou colateral, de quaisquer outros componentes da Diretoria, Conselho de Administrao, do Conselho Fiscal ou, se houver, do Conselho de tica ou de outros rgos eletivos na cooperativa.

G) ELABORAO DO ESTATUTO DE COOPERATIVAS

No Art. 21 da mesma lei constam os seguintes itens que o estatuto da cooperativa deve conter: I. A denominao, endereo completo da sede, prazo de durao, rea de ao, objeto da sociedade, fixao do exerccio social e da data do levantamento do balano geral; II Os direitos e deveres dos associados, natureza de suas responsabilidades e as condies de admisso, demisso, eliminao e excluso e as normas para sua representao nas assemblias gerais; III. O capital mnimo, o valor da quota-parte, o mnimo de quotas-partes a ser subscrito pelo associado, o modo de integralizao das quotas-partes, bem como as condies de sua retirada nos casos de demisso, eliminao ou de excluso do associado; IV. A forma de devoluo das sobras registradas aos associados, ou do rateio das perdas apuradas por insuficincia de contribuio para cobertura das despesas da sociedade; V. O modo de administrao e fiscalizao, estabelecendo os respectivos rgos, com definio de suas atribuies, poderes e funcionamento, a representao ativa e passiva da sociedade em juzo ou fora dele, o prazo do mandato, bem como o processo de substituio dos administradores e conselheiros fiscais;

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VI. As formalidades de convocao das assemblias gerais e a maioria requerida para sua instalao e validade de suas deliberaes, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular sem priv-los da participao nos debates; VII. Os casos de dissoluo voluntria da sociedade; VIII. O modo e o processo de alienao ou onerao de bens imveis da sociedade; IX. O modo de reformar o estatuto; X. O nmero mnimo de associados. Tambm existem previses estatutrias que, no sendo obrigatrias, so necessrias, quando a cooperativa deseja realizar os atos abaixo elencados: I - prestao de servios aos empregados; II - designao de diretor para assinar averbao de transferncia de quotas; III reviso peridica da subscrio de capital por proporcionalidade; IV - FATES destinado aos empregados; V - convocaes sucessivas de Assemblias Gerais; VI - Assemblia Geral de delegados; VII - nmero, poca e forma de escolha dos delegados por Grupos Seccionais; VIII Xtempo de durao da delegao; rateio das despesas gerais da cooperativa por partes iguais. IX - criao de rgos de administrao, alm da diretoria; No caso de uma rea de admisso de associados mais ampla que um raio de 50 km da sede, em observncia ao art. 4, XI da Lei 5.764: rea de admisso de associados limitada s possibilidades de reunio, controle, operaes e prestao de servios , recomenda-se a constituio dos grupos seccionais de associados e a Assemblia de seus delegados, previsto no art. 42 dessa lei. Grupos interessados em constituir uma cooperativa podem obter informaes complementares, inclusive sugesto de estatuto para cada Ramo do Cooperativismo, junto respectiva OCE, conforme lista de endereos em anexo. Antes de convocar a Assemblia de Constituio da Cooperativa, submeter o Estatuto reviso da OCE.

g) ASSEMBLIA DE CONSTITUIO DE UMA COOPERATIVA

EDITAL DE CONVOCAO PARA A CONSTITU IO DA COOPERATIVA Convocam-se todos os interessados em constituir uma sociedade cooperativa, nos termos da legislao vigente, para a Assemblia Geral de Constituio a realizar-se em: DATA .../.../20.. s ... horas LOCAL ENDEREOPgina 23 de 140

Ordem do Dia: 1. Anlise, discusso e aprovao do estatuto social; 2. Eleio do Conselho de Administrao, do Conselho Fiscal e, se for o caso, do Conselho de tica; 3. Assuntos gerais. LOCAL (nome da localidade) DATA .../.. /.... COMISSO (assinaturas) Observao: Esse Edital de Convocao deve ser assinado por um representante da Comisso de Constituio.

FICHA DE MATRCULA (Nome e logomarca da cooperativa)foto do associado

N matrcula: Nome: Data Nasc. : Naturalidade: Nacionalidade: Sexo: Masc. Doc. Ident rgo Exp: CPF: Profisso: Registro no Conselho: Estado Civil: Nome do Cnjuge: Endereo Residencial: Apt. Bairro: Cidade: UF: CEP: Endereo Comercial: n Apt. Bairro: Cidade: UF: CEP: Endereo para correspondncia: Residencial o Comercial o Telefones: (Residencial) (Comercial) E-mail: Admisso na Cooperativa Data / / Demisso o Eliminao o Excluso o Data / / Fem.

Assinatura do Associado

Assinatura do Associado

Assinatura do Presidente

Assinatura do Presidente

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Conta Corrente de CapitalData Histrico Capital Subscrito Capital Integralizado Saldo

MODELO DE ATA PARA CONSTITUIO DA COOPERATIVA Ata da Assemblia Geral de Constituio da Cooperativa... Aos ... dias do ms de ... do ano de ..., s ... horas, em ... (indicar a localidade), Estado de ..., reuniram-se com o propsito de constiturem uma sociedade cooperativa, nos termos da legislao vigente, as seguintes pessoas (nome por extenso, nacionalidade, profisso, idade, estado civil (se solteiro, informar data de nascimento, se casado, informar regime de bens), RG e rgo emissor-UF, CPF, residncia, nmero e valor das quotas partes subscritas de cada fundador). Foi aclamado, para coordenar os trabalhos, o Senhor ... (nome do coordenador), que convidou a mim ... (nome do secretrio), para lavrar a presente Ata, tendo participado ainda da Mesa as seguintes pessoas: (nome e funo das pessoas). Assumindo a direo dos trabalhos, o coordenador solicitou fosse lido, explicado e debatido o projeto de estatuto da sociedade, anteriormente elaborado, o que foi feito artigo por artigo. O estatuto foi aprovado pelo voto dos associados fundadores, cujos nomes esto devidamente consignados nesta Ata. A seguir, o Senhor Coordenador determinou que se procedesse eleio dos membros dos rgos sociais, conforme dispe o estatuto recm-aprovado. Procedida a votao, foram eleitos para compor o Conselho de Administrao, (ou Diretoria, conforme o caso), os seguintes associados: Presidente: (colocar os demais cargos e respectivos ocupantes), para membros do Conselho Fiscal, os Senhores, ... para seus suplentes, os associados ... todos j devidamente qualificados. Nesta data todos os associados eleitos declaram, sob as penas da lei, de que no esto impedidos de exercer a administrao da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenao criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos; ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrncia, contra as relaes de consumo, f pblica,ou a propriedade. (art. 1.011, 1, CC/2002) e que no existe parentesco at segundo grau em linha reta ou colateral entre os membros da Diretoria Executiva, bem como para o Conselho Fiscal e o Conselho de tica. Prosseguindo, todos foram empossados nos seus cargos e oPgina 25 de 140

Presidente eleito do Conselho de Administrao, assumindo a direo dos trabalhos, agradeceu a colaborao de todos os membros nesta tarefa e declarou definitivamente constituda, desta data para o futuro, a cooperativa ... (nome) com sede em (localidade), localizada ... (endereo completo) Estado de ..., que tem por objeto: ... (acrescentar um resumo dos objetivos transcritos no estatuto). Ainda, conforme o estatuto aprovado, todos os associados subscrevem as quotas partes acima elencadas, as quais so integralizadas neste ato vista (ou em ... parcelas mensais sucessivas, tendo todos os associados integralizado a primeira parcela neste ato). Dando seqncia Assemblia, o Diretor Presidente props que no haver remunerao a ttulo de pr-labore para os componentes do Conselho de Administrao, nem valor de clula de presena para os conselheiros fiscais e de tica (ou que a remunerao dos componentes do Conselho de Administrao, a ttulo de pr-labore fosse de ... reais, bem como o valor da clula de presena dos conselheiros fiscais e de tica fosse de ... reais, por presena efetiva em reunies); a proposta foi discutida pelos associados fundadores e aprovada, aps votao pela Assemblia. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente da cooperativa deu por encerrados os trabalhos e eu, (nome do secretrio), que servi de Secretrio, lavrei a presente Ata que, lida e achada conforme, contm as assinaturas de todos os associados fundadores, como prova da livre vontade de constituir essa cooperativa (local a data) (Assinatura do Secretrio da Assemblia) (Assinatura de todos os associados fundadores) OBSERVAES : a) A Ata da Assemblia vai lavrada em livro prprio. b) O texto dos estatutos pode figurar na prpria Ata de Constituio da Cooperativa, como pode tambm constituir Anexo da Ata, devidamente, rubricado e assinado pelo Presidente e por todos os fundadores presentes, e com o visto de um advogado credenciado junto OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). c) Conforme Art. 998 do Novo Cdigo Civil, nos 30 (trinta) dias subseqentes sua constituio, a cooperativa deve requerer a inscrio do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. h) ELEIO DE MEMBROS PARA RGOS ESTATUTRIOS DECLARAO DE DESIMPEDIMENTO PARA CARGOS ELETIVOS (Portaria DNRC - N 04, de 10.07.80) Eu, abaixo assinado, declaro que nesta data, sob as penas da lei, de que no estou impedido de exercer a administrao da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenao criminal, ou por me encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos; ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrncia, contra as relaes de consumo, f pblica, ou a propriedade. (art. 1.011, 1, CC/2002) e que no existe parentesco at segundo grau em linha reta ou colateral entre os membros de outros rgos eletivos da cooperativa.NOME

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NACIONALIDADE PROFISSOENDEREO

LOCAL DE NASCIMENTO CDULA DE IDENTIDADE N

ESTADO CIVIL RGO EMISSOR UFCIDADE

FILIAO

PAI ME

Declaro que no estou incurso em nenhum dos crimes previstos em lei, que me impea de exercer atividade mercantil. Firmo a presente declarao para que produza os efeitos legais, ciente de que, no caso de comprovao de sua falsidade, ser nulo de pleno direito perante o registro do comrcio o ato a que se integra esta declarao, sem prejuzo das sanes penais a que estiver sujeito. Local ..., (dia) ... de (ms) ..., de (ano)... ASSINATURA NB: Deve ser preenchido pelos membros do Conselho de Administrao, do Conselho Fiscal e do Conselho de tica da Cooperativa. ANEXO I MODELOS PARA ESTUDO DE VIABILIDADE ECONMICA Introduo Os modelos para o estudo de viabilidade econmica so semelhantes. Em cada caso se deve averiguar qual o melhor modelo para os ramos: Educacional, Especial, Habitacional, Infra-estrutura, Mineral, Sade, Transporte e Turismo, para os quais no se elaborou um modelo especfico. COOPERATIVA AGROPECURIA I. IDENTIFICAO a) b) c) d) Nome da cooperativa: Localizao - Sede: rea de ao (municpio(s), bairro(s), empresa(s) .... Comisso de constituio: NOME ENDEREO FONE OBSERVAO

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II. INFORMAES GERAIS

a) Indicar os motivos que levam os interessados a querer constituir a cooperativa. b) Citar as instituies/pessoas que tm dado orientaes at o presente momento. c) Relatar as aes desenvolvidas at agora. d) Relacionar outras cooperativas, entrepostos ou setores do mesmo ramo existentes na rea de ao. e) Enumerar os contatos e assuntos j estabelecidos e tratados com a mesma. f) Averiguar se existem empecilhos para um trabalho integrado. Quais?

g) Citar cooperativas do mesmo ramo que existiram nesta rea de ao e quais os motivos que levaram paralisao das atividades. h) Indicar o nmero potencial de pessoas em condies de fazer parte da cooperativa, observada a rea de ao. i) j) Relacionar elementos externos interessados na constituio da cooperativa (rgo pblico, religioso, comunitrio, empresa etc.). Averiguar se existe conhecimento prvio ou experincia associativista por parte dos interessados. Comentar.

k) Indicar a data/poca para incio de funcionamento. l) Produo da rea de ao no ltimo ano. Indicar os produtos e/ou criaes de interesse da cooperativa, dentro de sua rea de ao prevista. Este quadro dever subsidiar o estudo da potencialidade para futura expanso.

Produtos/Criao

Produtores/Criado rea Plantada res (n) (ha) Plantel (cab)

Produo (t/cab)

III. OBJETO DA COOPERATIVA Citar os objetivos da cooperativa a ser constituda. IV. ASSOCIADOS E CAPITAL SOCIALPgina 28 de 140

O capital integralizado inicial deve satisfazer as necessidades de instalao e funcionamento da cooperativa, evitando financiamentos de terceiros, que podem inviabilizar o empreendimento. Indicar o nmero de Associados e o capital social previstos para os 3 primeiros anos de funcionamento. Perodo Associados (n) Capital Social Subscrito Incio de atividades 1 Ano 2 Ano 3 Ano Capital social integralizado: Transportar para item IX. Total R$

Integralizado

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V. PRODUO DOS ASSOCIADOS Indicar os produtos/criaes a serem entregues pelos associados, nos 3 primeiros anos de funcionamento. Produtos/criaes Produtores/Criado res (n) 1 Ano 2 Ano 3 Ano rea (ha) Plantel (n) 1 Ano 2 Ano 3 Ano Unida de Produo 1 Ano 2 Ano 3 Ano

VI. ATIVIDADES DA COOPERATIVA Apresentar todas as atividades previstas para a cooperativa. Em caso de instalao de entrepostos, as receitas e custos dos mesmos devero ser includos nos cmputos gerais. As atividades relacionadas neste roteiro so as mais comumente desenvolvidas pelas cooperativas.

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A) FORNECIMEN TO ANUAL DE PRODUTOS PARA O ASSOCIADO

Aquisio Unidade (a) Custo Unitrio (R$) (b) Produtos Fornecidos

Margem Operacional % c) Valor Preo para o Quantidade Total Associado (R$) a ser (R$) (d) = (b x c) (e) = (b + d) Fornecida (g) = (e x f) (R$) (f) Margens Operacionais (R$) (h) = (d x f) % (i)

Reteno C/Capital Valor (R$) (j) = (g x i)

Sementes Soja Milho Feijo Corretivos Fertilizantes Agrotxicos Herbicidas Fungicidas Vacinas t t t t t kg kg kg cxPgina 31 de 140

Matrizes Aves Sunos Raes Mquinas e Implementos Colheitadeira Semeadeira Incubadeira Outros Bens de Consumo Outros Total Os produtos apresentados neste quadro so exemplos, devendo ser ajustados situao de cada cooperativa. (h) Transportar para item XII e XIII(j) Transportar para item IX

cab cab kg/t

n n n

Unidade - Indicar a medida usual utilizada. Valor unitrio - referente ao valor mdio do(s) produto(s) a ser(em) fornecido(s), atualizado para a data da elaborao do presente estudo, posto(s) na cooperativa. A cooperativa aps instalada, dever aprofundar os estudos, principalmente com relao a estoques e preos de venda.

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B) COMERCIALIZAO ANUAL DA PRODUO DO ASSOCIADO

Produtos Recebidos

Unidade

Produo Recebida

Preo Unitrio (R$) (c)

Valor Total (R$) (d) % (e)

Margem Operacional

Reteno C/Capital

(a)

(b)

Valor (R$) (f) = (d x e)

% (g)

Valor (R$) (h) = (d x g)

Total (b) Total da produo recebida = comercializao + industrializao. (c) Preo mdio de mercado da ltima safra, atualizado para a poca do estudo. (f) Transportar para item XII e XIII (h) Transportar para item IX

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C) INDUSTRIAL IZAO DA PRODUO No caso de cooperativas que implantarem agroindstrias, fornecer os dados, observando o quadro a seguir:

Produo a ser Produto Unidade Industrializada Quantidade Valor (R$) Especificao

Produto Final Unidade Quantidade Valor Total (R$) %

Margem Adicional Valor (R$)

Total (Transportar para item XII e XIII)

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D) OUTROS SERVIOS Dependendo da criatividade dos interessados, podero ser previstos outros servios que venham de encontro s necessidades do grupo. Os resultados auferidos devero ser computados nos quadros correspondentes. VII. MERCADO A) DESTINAO DOS PRODUTOS Incluir os produtos in natura e os beneficiados/industrializados, inclusive os destinados a outras cooperativas.

Nome da Empresa

Localizao

Produtos

B) CONCORRENTES Relacionar os principais concorrentes com influncia na rea de ao da cooperativa. Nome da Empresa Localizao Produtos

C) VANTAGENS COMPETITIVAS Informar as vantagens competitivas da cooperativa a ser constituda com relao aos outros concorrentes.

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VIII. INVERSES DA COOPERATIVA A) ATIVO FIXO Prever as necessidades para os 3 primeiros anos de funcionamento. Necessidades Discriminao Unidades/ Capacidade total Origem Quantidade 1 Ano 2 Ano (2) ATIVO FIXO - Terrenos (dimensionar) - Construes Sede/Entrepostos Armazns (1) (especificar) - Equipamentos (especificar) - Veculos (especificar) - Mveis e Utenslios - Outros Total (1) Considerar a capacidade dinmica de utilizao (2) Citar a empresa, rgo ou particular cedente. B) CAPITAL DE GIRO Definir o capital de giro inicial necessrio para o funcionamento da cooperativa, considerando a aquisio de bens, a comercializao da produo, custos operacionais etc... 3 Ano Disponvel A Realizar (R$)

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IX. FONTES DE CAPITAL Valores Anuais (R$) Origem Incio Atividades Capital prprio Integralizado (item IV) Retenes (item VI-A-j e VI-B-h) Fundos Doaes Outros 1 Ano 2 Ano 3 Ano

Subtotal (transp. para item XIII) Capital de terceiros - Financiamentos (mdio / longo prazo) Emprstimos (curto prazo) Subtotal (transportar para item XIII) Total Esclarecer como ser adquirido o estoque inicial dos produtos a serem fornecidos aos Associados. No caso de Capital de Terceiros indique o prazo para amortizao e carncia, valores das prestaes anuais, semestrais, ou mensais e os encargos a serem cobrados. (Transportar os encargos para item XI-A ou XI-B, conforme o caso). X. TALENTOS HUMANOS A) ORGANOGRAMA DA COOPERATIVA Apresentar o organograma previsto para o final do 1 ano de funcionamento da cooperativa.

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B) N DE EMPREGADOS PREVISTOS PARA O FINAL DO 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Setores Administrao Tcnico (*) Servios Outros Total (*) Setor Tcnico social. C) CUSTO ANUAL Custo unitrio Cargo Empreg ados( n) (a) Salrio (b) Gerente Contador Caixa ........ ........ ........ ........ Total Transportar para item XI - A Encargos Sociais (c) (d) = (b + c) Total Total mensal (R$) (e) = (a x d) Total anual (R$) (f) = (e) x 12 incluir pessoal da rea educativa e de organizao do quadro Nmero

D) PESSOAL DISPOSIO Especificar e enumerar os talentos humanos disponveis, sem nus para a cooperativa, atravs de convnios/contratos, citando o cedente.

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XI. CUSTOS OPERACIONAIS PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMEN TO A) CUSTOS FIXOS Discriminao Salrios + encargos (ver item X-C-f) Pr-labore Honorrios de Diretoria + Encargos Valor anual (R$)

Encargos sobre financiamento (ver item IX) Aluguis Seguros Contribuio cooperativista, autogesto e sindical Juros do capital social Outros Total (Transportar para item XIII e XIV) B) CUSTOS VARIVEIS Discriminao Mo-de-obra avulsa + encargos Material de expediente Despesas tributrias (ICMS, ISS) Encargos sobre emprstimos (ver item IX) Manuteno / limpeza Veculos Mquinas e equipamentos Prdios e instalaes gua e energia eltrica Telefones, fax, telex, correio Combustveis e lubrificantes Transportes (fretes) Despesas bancrias Viagens (transporte, hospedagem, alimentao) Outros Total (Transportar para item XIII e XIV) Valor anual (R$)

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C) CUSTOS TOTAIS Custos Fixos Variveis Total (Transportar para item XII) XII. RESULTADO OPERACIONAL PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Discriminao Margens operacionais dos produtos fornecidos aos Associados (ver item VI-A-h) Margens operacionais sobre produo comercializada (ver item VI-B-f) Margem adicional sobre produo industrializada (ver item VI-C) + TOTAIS (Transportar para item XIV-D) - CUSTOS (ver item XI-C) = RESULTADO OPERACIONAL LQUIDO XIII. FLUXO DE CAIXA Fluxo operacional Margem Prod. For. (VI-A-h) Margem Prod. Com. (VI-B-f) Margens adicionais (VI-C) Total Ingressos (a) Custos Fixos (XI-A) Custos Variveis (XI-B) Total Desembolsos (b) Saldo Operacional (c) = (a - b) Fluxo de Recursos Capital prprio (IX) Capital terceiros (IX) Total Ingressos (d) Amortizao Cap. Terceiros Investimentos (imobilizaes)Pgina 40 de 140

Valor anual (R$)

Valor (R$)

1 Ano

2 Ano

3 Ano

Total Desembolsos (e) Saldo anual (f) = (c + d - e) Saldo Acumulado (g) = (f+g ant.) XIV. PONTO DE NIVELAMENTO A) PN B) CF C) CV D) RT Ponto de nivelamento Custos fixos Custos variveis receitas totais (ver item XI-A) (ver item XI-B) (ver item XII)

(1) EM MOVIMENTO FINANCEIRO

N=

F

-

CV RT

Se a cooperativa obtiver receita total igual ao resultado da operao acima, no seu 1 ano de funcionamento, no ter nem sobras, nem perdas. (2) EM CAPACIDADE OPERACIONAL C N= F R T - CV O percentual resultante da operao acima indica o ponto de nivelamento no qual a cooperativa no apresenta sobras nem perdas, no 1 ano de funcionamento. XV. BENEFCIOS COM A IMPLANTAO DA COOPERATIVA Descrever os benefcios econmicos e sociais, que sero alcanados com a constituio da cooperativa, considerando: A Associado.Pgina 41 de 140

B

Comunidade.

XVI. INFORMAES COMPLEMENTARES Fornecer outras informaes que julgar importantes para a anlise da viabilidade do empreendimento. XV. ANEXOS 1. Lay-out bsico das instalaes. 2. Outros.

COOPERATIVA DE CONSUMO Talvez este modelo possa servir tambm para cooperativas do Ramo InfraEstrutura, Sade e Turismo, dependendo das atividades a serem desenvolvidas. I. IDENTIFICAO a) Nome da cooperativa: b) Localizao - Sede: c) rea de ao (municpio(s), bairro(s), empresa(s) .... d) Comisso de constituio: NOME ENDEREO FONE OBSERVAO

II. INFORMAES GERAIS a) Indicar os motivos que levam os interessados a querer constituir a cooperativa. b) Citar as instituies/pessoas que tm dado orientaes at o presente momento. c) Relatar as aes desenvolvidas at agora. d) Relacionar outras cooperativas, entrepostos ou setores do mesmo ramo existentes na rea de ao.Pgina 42 de 140

e) Enumerar os contatos e assuntos j estabelecidos e tratados com a mesma. f) Averiguar se existem empecilhos para um trabalho integrado. Quais?

g) Citar cooperativas do mesmo ramo que existiram nesta rea de ao e quais os motivos que levaram paralisao das atividades. h) Indicar o nmero potencial de pessoas em condies de fazer parte da cooperativa, observada a rea de ao. i) j) Relacionar elementos externos interessados na constituio da cooperativa (rgo pblico, religioso, comunitrio, empresa etc.). Averiguar se existe conhecimento prvio ou experincia associativista por parte dos interessados. Comentar.

k) Indicar a data/poca para incio de funcionamento. l) Produo da rea de ao no ltimo ano.

III. OBJETO DA COOPERATIVA Citar os objetivos da cooperativa a ser constituda. IV. ASSOCIADOS E CAPITAL SOCIAL O capital integralizado inicial deve satisfazer as necessidades de instalao e funcionamento da cooperativa, evitando financiamentos de terceiros, que podem inviabilizar o empreendimento. Indicar o nmero de Associados e o capital social previstos para os 3 primeiros anos de funcionamento. Perodo Associados (n) Capital Social Subscrito Incio de atividades 1 Ano 2 Ano 3 Ano Capital social integralizado: Transportar para item VIII Total R$

Integralizado

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V. ATIVIDADES DA COOPERATIVA A) PREVISO DO CONSUMO ANUAL NO 1 ANO DE FUNCIONAMENTO

Aquisio

Margem Operacional

Preo para o Associado)

Consumidores

Consumo anual

Consumo anual

Valor anual Valor anual (R$) Margem fornecimento operacional

Reteno Conta Capital

Reteno Conta Capital

Unidade Produto (a)

Custo Unit. (R$) (b)

Valor % (R$) (c)

(R$) (d) = (b + c

(n) (e)

Por Total Pessoa (g)=

(f) (e x f)

(h) = (d x g) (j=c x g)

% (j)

Valor (R$) (j) = (g x i)

Arroz Feijo Acar Carnes Bovinos Aves leo Caf Ovos Sal Leite PoPgina 44 de 140

Massas Verduras Legumes Fruas Manteiga Queijo Margarinas Far. Trigo Bebidas Outros TOTAL xxxxxx

Os produtos apresentados neste quadro so exemplos, devendo ser ajustados situao de cada cooperativa. (h) Transportar para item XI e XII (j) Transportar para item VIII Unidade - Indicar a medida usual utilizada. Valor unitrio - referente ao valor mdio do(s) produto(s) a ser(em) fornecido(s), atualizado para a data da elaborao do presente estudo, posto(s) na cooperativa. A cooperativa aps instalada, dever aprofundar os estudos, principalmente com relao a estoques e preos de venda.

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B) FORNECEDORE S

Nome da Empresa

Localizao

Produtos principais

VI. EMPRESAS CONCORRENT ES Relacionar os principais concorrentes com influncia na rea de ao da cooperativa. Nome das Empresas Localizao Produtos

Informar as vantagens competitivas da cooperativa a ser constituda com relao aos outros concorrentes.

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VII. INVERSES DA COOPERATIVA A) ATIVO FIXO Prever as necessidades para os 3 primeiros anos de funcionamento. Discriminao Unidades/ Quantidade total total Origem (*1) ATIVO FIXO - Terrenos (dimensionar) - Prdio (dimensionar Equipamentos (especificar) Balco frigorfico Computador Telefone Fax ..... Quantidade (n) Quantidade (n) Valor (R$) Disponvel A Realizar (R$) Necessidades

- Veculos (especificar) Mveis e Utenslios (especificar) Balco Cofre Mesas Arquivos Gondolas Outros

-

- Outros Total (*1) Citar a empresa, rgo ou particular cedentePgina 47 de 140

B) CAPITAL DE GIRO Definir o capital de giro inicial necessrio para o funcionamento da cooperativa, considerando a aquisio de bens, a comercializao da produo, custos operacionais etc... VIII. FONTES DE CAPITAL Valores Anuais (R$) Origem Incio Ativida des Capital prprio Integralizado (item IV) Retenes (item V-A-k e V-B-h) Fundos Doaes Outros 1 Ano 2 Ano 3 Ano

Subtotal (transp. para item XII) Capital de terceiros - Financiamentos (mdio/longo prazo) Emprstimos (curto prazo) Subtotal (transp. para item XII) Total Esclarecer como ser adquirido o estoque inicial dos produtos a serem fornecidos aos Associados. No caso de Capital de Terceiros indique o prazo para amortizao e carncia, valores das prestaes anuais, semestrais, ou mensais e os encargos a serem cobrados. (Transportar os encargos para item X-A ou X-B, conforme o caso).

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IX. POTENCIAL HUMANO A) ORGANOGRAMA DA COOPERATIVA Apresentar o organograma previsto para o final do 1 ano de funcionamento da cooperativa. B) N DE EMPREGADOS PREVISTOS PARA O FINAL DO 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Setores Administrao Tcnico (*) Servios Outros Total (*) Setor Tcnico social. incluir pessoal da rea educativa e de organizao do quadro Nmero

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C) CUSTO ANUAL

Cargo

Empregados( n) (a) Salrio (b)

Custo unitrio Encargos Sociais (c) Total (d) = (b + c)

Total mensal (R$) (e) = (a x d)

Total anual (R$) (f) = (e) x 12

Gerente Contador Caixa ........ ........ ........ ........ Total Transportar para item X A

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D) PESSOAL DISPOSIO Especificar e enumerar os talentos humanos disponveis, sem nus para a cooperativa, atravs de convnios/contratos, citando o cedente. X. CUSTOS OPERACIONAIS PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMEN TO CUSTOS FIXOS Discriminao Salrios + encargos (ver item IX-C-f) Pr-labore Aluguis Seguros Contribuio cooperativista, autogesto e sindical Juros do capital social Outros Total (Transportar para item XII e XIII-B) B) CUSTOS VARIVEIS Discriminao Mo-de-obra avulsa + encargos Material de expediente Despesas tributrias (ICMS, ISS) Encargos sobre emprstimos (ver item VIII) Manuteno / limpeza Veculos Mquinas e equipamentos Prdios e instalaes gua e energia eltrica Telefones, fax, telex, correio Combustveis e lubrificantes Transportes (fretes) Despesas bancriasPgina 51 de 140

Valor anual (R$)

Honorrios de Diretoria + Encargos

Encargos sobre financiamento (ver item VIII)

Valor anual (R$)

Viagens (transporte, hospedagem, alimentao) Outros Total (Transportar para item XII e XIII-B) C) CUSTOS TOTAIS Custos Fixos Variveis Total (Transportar para item XI) Valor anual (R$)

XI. RESULTADO OPERACIONAL PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Discriminao Margens operacionais dos produtos fornecidos aos Associados (ver item V-A-i) Margens operacionais sobre produo comercializada (ver item V-B-b-f) Margem adicional sobre produo industrializada (ver item V-C) + TOTAIS (Transportar para item XIII-D) - CUSTOS (ver item X-C) = RESULTADO OPERACIONAL LQUIDO Valor (R$)

XII. FLUXO DE CAIXA Fluxo operacional Margem Prod. For. (V-A-i) Margem Prod. Com. (V-B-b-f) Margens adicionais (V-C) Total Ingressos (a) Custos Fixos (X-A) Custos Variveis (X-B) Total Desembolsos (b) Saldo Operacional (c) = (a - b) Fluxo de RecursosPgina 52 de 140

1 Ano

2 Ano

3 Ano

Capital prprio (VIII) Capital terceiros (VIII) Total Ingressos (d) Amortizao Cap. Terceiros Investimentos (imobilizaes) Total Desembolsos (e) Saldo anual (f) = (c + d - e) Saldo Acumulado (g) = (f+g ant.) XIII. PONTO DE NIVELAMENTO A) PN B) CF C) CV D) RT Ponto de nivelamento Custos fixos Custos variveis receitas totais (ver item X-A) (ver item X-B) (ver item XI)

(1) EM MOVIMENTO FINANCEIRO

N=

F

-

CV RT

Se a cooperativa obtiver receita total igual ao resultado da operao acima, no seu 1 ano de funcionamento, no ter nem sobras, nem perdas. (2) EM CAPACIDADE OPERACIONAL CF PN = RT - CV O percentual resultante da operao acima indica o ponto de nivelamento no qual a cooperativa no apresenta sobras nem perdas, no 1 ano de funcionamento.

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XIV. BENEFCIOS COM A IMPLANTAO DA COOPERATIVA Descrever os benefcios econmicos e sociais, que sero alcanados com a constituio da cooperativa, considerando: A B Associado. Comunidade.

XV. INFORMAES COMPLEMENTARES Fornecer outras informaes que julgar importantes para a anlise da viabilidade do empreendimento. XVI. ANEXOS 1. Lay-out bsico das instalaes. 2. Outros. COOPERATIVA DE CRDITO I. IDENTIFICAO a) Nome da cooperativa: b) Localizao - Sede: c) rea de ao (municpio(s), bairro(s), empresa(s) .... d) Comisso de constituio: NOME PROFISSO FONE OBSERVAO

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II. INFORMAES GERAIS a) Indicar os motivos que levam os interessados a querer constituir a cooperativa. b) Citar as instituies/pessoas que tm dado orientaes at o presente momento. c) Relatar as aes desenvolvidas at agora. d) Relacionar outras cooperativas, entrepostos ou setores do mesmo ramo existentes na rea de ao. e) Enumerar os contatos e assuntos j estabelecidos e tratados com a mesma. f) Averiguar se existem empecilhos para um trabalho integrado. Quais?

g) Citar cooperativas do mesmo ramo que existiram nesta rea de ao e quais os motivos que levaram paralisao das atividades. h) Indicar o nmero potencial de pessoas em condies de fazer parte da cooperativa, observada a rea de ao. i) j) Relacionar elementos externos interessados na constituio da cooperativa (rgo pblico, religioso, comunitrio, empresa etc.). Averiguar se existe conhecimento prvio ou experincia associativista por parte dos interessados. Comentar.

k) Indicar a data/poca para incio de funcionamento. III. OBJETO DA COOPERATIVA Citar os objetivos da cooperativa a ser constituda. IV. ASSOCIADOS E CAPITAL SOCIAL O capital integralizado inicial deve satisfazer as necessidades de instalao e funcionamento da cooperativa, evitando financiamentos de terceiros, que podem inviabilizar o empreendimento. Indicar o nmero de Associados e o capital social previstos para os 3 primeiros anos de funcionamento. Perodo Associados (n) Capital Social Subscrito Incio de atividades 1 Ano 2 Ano 3 Ano Capital social integralizado: Transportar para item VII.Pgina 55 de 140

Total

R$

Integralizado

V. RECEITAS OPERACIONAIS PREVISTAS PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Juros Servios prestados Outras receitas (especificar) ................. Total VI. INVERSES DA COOPERATIVA A) ATIVO FIXO Prever as necessidades para os 3 primeiros anos de funcionamento. Discriminao Unidades Necessidades Disponvel Origem (2) ATIVO FIXO - Terrenos (dimensionar) - Construes Sede/Entrepostos - Equipamentos (especificar) - Veculos (especificar) - Mveis e Utenslios - Outros Total (1) Considerar a capacidade dinmica de utilizao (2) Citar a empresa, rgo ou particular cedente. A realizar (R$) 3 Ano

Quantidade 1 Ano 2 Ano

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B) CAPITAL DE GIRO Definir o capital de giro inicial necessrio para o funcionamento da cooperativa, considerando a aquisio de bens, custos operacionais etc...

VII. FONTES DE CAPITAL Origem Incio das atividades Capital prprio Integralizado (item IV) Fundos Doaes Outros Valores Anuais (R$) 1 Ano 2 Ano 3 Ano

Subtotal Capital de terceiros - Financiamentos (mdio / longo prazo) Emprstimos (curto prazo) Subtotal Total No caso de Capital de Terceiros indique o prazo para amortizao e carncia, valores das prestaes anuais, semestrais, ou mensais e os encargos a serem cobrados. VIII. TALENTOS HUMANOS A) ORGANOGRAMA DA COOPERATIVA Apresentar o organograma previsto para o final do 1 ano de funcionamento da cooperativa.

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B) N DE EMPREGADOS PREVISTOS PARA O FINAL DO 1 ANO DE FUNCIONAMENTO Setores Total (*) Setor Tcnico social. C) CUSTO ANUAL Custo unitrio Cargo Empreg ados( n) (a) Salrio (b) ........ ........ ........ ........ Total D) PESSOAL DISPOSIO Especificar e enumerar os talentos humanos disponveis, sem nus para a cooperativa, atravs de convnios/contratos, citando o cedente. Encargos Total Total mensal (R$) (e) = (a x d) Sociais (c) (d) = (b + c) Total anual (R$) (f) = (e) x 12 incluir pessoal da rea educativa e de organizao do quadro Nmero

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IX. CUSTOS OPERACIONAIS PARA O 1 ANO DE FUNCIONAMEN TO A) CUSTOS FIXOS Discriminao Salrios + encargos (ver item VIII-C-f) Pr-labore Honorrios de Diretoria + Encargos Valor anual (R$)

Encargos sobre financiamento (ver item VII) Aluguis Seguros Contribuio cooperativista, autogesto e sindical Juros do capital social Outros Total B) CUSTOS VARIVEIS Discriminao Mo-de-obra avulsa + encargos Material de expediente Despesas tributrias Encargos sobre emprstimos (ver item VII) Manuteno / limpeza Veculos Mquinas e equipamentos Prdios e instalaes Valor anual (R$)

gua e energia eltrica Telefones, fax, telex, correio, internet Combustveis e lubrificantes Despesas bancrias Viagens (transporte, hospedagem, alimentao) Outros Total

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C) CUSTOS TOTAIS Custos Fixos Variveis Total Valor anual (R$)

X. BENEFCIOS COM A IMPLANTAO DA COOPERATIVA