86
Ministério da Saúde Secretaria- Executiva Fundo Nacional de Saúde MANUAL DE COOPERAÇÃO TÉCNI CA E FI NANCEI RA POR MEI O DE CONVÊNI OS Brasília-DF Junho de 2007

MANUAL DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E ... - prosaude.org · manual de cooperaÇÃo tÉcnica e financeira por meio de convÊnios 8 fazê-lo, os proponentes poderão contar com propostas

Embed Size (px)

Citation preview

Ministrio da Sade Secretaria-Executiva

Fundo Nacional de Sade

MANUAL DE COOPERAO TCNI CA E FI NANCEI RA POR

MEI O DE CONVNI OS

Braslia-DF Junho de 2007

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 2

SUMRIO

Apresentao ........................................................................................................... 5

Portaria n1490/GM, de 20 de junho de 2007........................................................... 6

Captulo 1. Orientaes Gerais, Diretrizes e Prioridades............................................ 7

1.1 Orientaes Gerais ..................................................................................................... 7

1.2 Diretrizes ................................................................................................................... 8

1.3 Prioridades................................................................................................................. 8

Captulo 2. Orientaes Estratgicas......................................................................... 9

2.1 Padres e Critrios de Anlise e Aprovao de Projetos ............................................10

2.1.1 Adequaes do Projeto s Necessidades Locais..........................................................10

2.1.2 Prioridades, diretrizes e orientaes estratgicas do Ministrio ....................................10

2.2 Condicionantes Legais para a Formalizao de Convnios.........................................11

2.2.1 Contrapartida........................................................................................................11

2.2.2 Vedaes e Restries............................................................................................11

2.2.2.1 Estados, Distrito Federal e Municpios ...............................................................11

2.2.2.2 Entidades Privadas sem Fins Lucrativos.............................................................12

2.3 Sistemas Gerenciais ..................................................................................................12

2.3.1 Sistema de Proposta de Projeto...............................................................................12

2.3.2 Sistema de Emendas Parlamentares ........................................................................13

2.3.3 Sistema de Gesto Financeira e de Convnios (Gescon) .............................................13

Captulo 3. Orientaes Operacionais.......................................................................14

3.1 Habilitao da Entidade e Dirigente...........................................................................14

3.1.1 Documentao Necessria ......................................................................................15

3.2 Apresentao e Anlise da Proposta de Projeto ........................................................16

3.3 Orientaes para Projetos Especficos.......................................................................16

3.3.1 Aquisies de Equipamentos e Material Permanente...................................................16

3.3.2 Aquisies de Unidades Mveis de Sade..................................................................19

3.3.2.1 Ambulncias ..................................................................................................19

3.3.2.2 Consultrios Mveis ........................................................................................21

3.3.2.3 Aquisies de Unidades Mveis para Outros Fins ................................................23

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 3

3.3.3 Aquisies de Equipamentos de Informtica e Estruturao de Redes...........................23

3.3.4 Aquisies de Medicamentos ...................................................................................24

3.3.5 Contrataes de Servios de Instrutoria ...................................................................25

3.3.6 Servios de Terceiros .............................................................................................26

3.3.7 Realizaes de Obras e Servios de Arquitetura e de Engenharia .................................26

3.3.7.1 Projeto Bsico de Arquitetura (PBA)..................................................................27

3.3.7.2 Relatrio Tcnico............................................................................................27

3.3.7.3 Investimentos em Sade segundo a Poltica Nacional de Humanizao..................29

3.4 Formalizao do Projeto............................................................................................3 0

3.4.1 Documentaes Complementar ...............................................................................30

3.4.2 Documentaes Adicionais, no Caso de Obras ...........................................................31

3.4.3 Documentaes Adicionais, na Aquisio de Equipamentos .........................................31

Captulo 4. Formalizao, Celebrao e Publicao do Convnio...............................32

Captulo 5. Execuo do Convnio............................................................................33

5.1 Liberao de Recursos...............................................................................................33

5.2 Vigncia ....................................................................................................................33

5.3 Alterao de Convnio...............................................................................................33

5.4 Aplicao Financeira..................................................................................................34

5.5 Licitao....................................................................................................................34

5.6 Titularidade de Bens Patrimoniais .............................................................................35

5.7 Reserva de Propriedade Intelectual ..........................................................................35

5.8 Acompanhamento da Execuo de Convnio .............................................................35

5.8.1 Documentao de Execuo Financeira.....................................................................36

5.8.2 Documentao de Execuo Fsica ...........................................................................36

Captulo 6. Prestao de Contas de Convnio...........................................................38

6.1 Prestao de Contas..................................................................................................38

6.2 Tomada de Contas Especial .......................................................................................39

Captulo 7 . Informaes Complementares................................................................41

7.1 Inscrio obrigatria em veculos automotores adquiridos com recursos do MS .......41

7.2 Placa Obrigatria de Obra .........................................................................................42

7.3 Modelo de Boletim de Medio ..................................................................................43

7.4 Modelo de Planilha Oramentria ..............................................................................44

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 4

7.5 Modelo de Cronograma Fsico-Financeiro ..................................................................46

7.6 Modelo de Termo de Aceitao Provisria de Obras ..................................................47

7.7 Modelo de Termo de Aceitao Definitiva de Obras ...................................................48

Captulo 8 . Glossrio................................................................................................49

Captulo 9 . Fundamentao Legal ............................................................................53

Captulo 10. Siglrio ................................................................................................54

Captulo 11 . Anexos.................................................................................................56

ANEXO I

Cadastro do rgo ou Entidade e do Dirigente...............................................56

ANEXO II

Declarao de Cumprimento das Condicionantes Legais...............................58

ANEXO III

Declarao de Situao de Terreno .............................................................59

ANEXO IV

Plano de Trabalho: Descrio do Projeto......................................................61

ANEXO V

Plano de Trabalho: Cronograma de Execuo e Plano de Aplicao ...............63

ANEXO VI

Plano de Trabalho: Cronograma de Desembolso ..........................................66

ANEXO VII

Plano de Trabalho: Informaes Complementares .....................................69

ANEXO VIII

Plano de Trabalho: Informaes sobre a Unidade Assistida ......................72

ANEXO IX

Plano de Trabalho: Informaes para Aquisio de Equipamentos, Material Permanente, Unidade Mvel de Sade, Material de Consumo e Aquisio de Medicamentos .. 74

ANEXO X

Prestao de Contas: Relatrio de Cumprimento do Objeto...........................76

ANEXO XI

Prestao de Contas: Relatrio de Execuo Fsico-Financeira ....................78

ANEXO XII

Prestao de Contas: Relao de Pagamentos Efetuados ...........................80

ANEXO XIII

Prestao de Contas: Relao de Bens Adquiridos, Produzidos ou Construdos .....................................................................................................................82

ANEXO XIV

Prestao de Contas: Conciliao Bancria ................................................84

ANEXO XV

Alterao de Plano de Trabalho...................................................................86

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 5

APRESENTAO

A Constituio Federal e a Lei Orgnica da Sade, marcos decisivos na construo do Sistema nico de Sade (SUS), prevem a possibilidade de a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, como instncias gestoras do Sistema, proporem a celebrao entre si de convnios com vistas ao atendimento prioritrio populao. Por seu turno, compete ao Ministrio da Sade (MS), por intermdio de seus rgos e entidades, dentre os quais o Fundo Nacional de Sade (FNS), prestar cooperao tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios para o aperfeioamento da atuao institucional de seus nveis de gesto. Incluem-se, naturalmente, as entidades privadas sem fins lucrativos, que atuam de forma complementar ao poder pblico na assistncia sade, conforme preconiza o art. 199 da Carta Magna.

Nesse contexto se insere o presente Manual, cuja finalidade orientar gestores pblicos e privados quanto s normas e procedimentos necessrios captao e correta aplicao de recursos pblicos federais, por meio da celebrao de convnios, visando a atender aos programas e projetos na rea de servios e aes pblicas de sade. Este Manual tambm se aplica aos instrumentos congneres, destinados transferncia de recursos da Unio. Para tal, esse guia foi elaborado de forma a sintetizar os aspectos relevantes do processo de financiamento.

A elaborao de projetos envolve o conhecimento de tcnicas e o domnio de conceitos que constituem verdadeira cincia. primordial a clara definio do objeto, objetivos e produtos esperados ao final da execuo. Segue-se a indicao dos meios com os quais se pretende atingir objetivos e metas almejadas. Dentre esses meios destacam-se os recursos financeiros necessrios implementao das aes. Por essa razo, ateno especial deve ser dada elaborao do oramento e do respectivo cronograma fsico e financeiro dentro de prazos, formas e condies legais. So estes os aspectos que no podem ser desprezados pelos que manusearo o presente Manual.

Em suas primeiras partes, esse Manual faz inicialmente uma abordagem geral sob um enfoque mais estratgico, apontando para o objetivo maior de consolidao do SUS, conforme estabelecido no Pacto pela Sade. As partes seguintes expem as fases operacionais do convnio (proposio, celebrao, execuo e prestao de contas), passo a passo, finalizando com informaes teis adicionais. A inteno propiciar maior clareza e agilidade s consultas feitas pelos usurios.

Com esta edio do Manual de Cooperao Tcnica e Financeira por meio de Convnios

o Ministrio da Sade espera continuar contribuindo para a consecuo plena de todas as fases de um convnio, de maneira correta e oportuna, alcanando o objetivo maior de proporcionar melhores condies de atendimento, em benefcio da sade da populao brasileira.

Esse Manual foi estruturado em captulos especficos, conforme segue:

Orientaes Gerais, Diretrizes e Prioridades;

Orientaes estratgicas;

Orientaes Operacionais;

Formalizao, Celebrao e Publicao do Convnio;

Execuo do Convnio;

Prestao de Contas de Convnio;

Informaes Complementares;

Glossrio;

Fundamentao Legal;

Siglrio; e

Anexos.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 6

PORTARIA N 1.490/GM de 20 de junho de 2007.

O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso de suas atribuies, e considerando:

O disposto nas Leis ns 11.439, de 29 de dezembro de 2006 - Lei de Diretrizes Oramentrias; 8.080, de 19 de setembro de 1990 e suas alteraes; 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e no Decreto n 3.964, de 10 de outubro de 2001; e

A necessidade de disciplinar os procedimentos de cooperao tcnica e financeira para descentralizao das atividades, projetos e programas financiados pelo Ministrio da Sade, com enfoque na racionalizao, transparncia e visibilidade dos atos administrativos.

R E S O L V E :

Art. 1 Aprovar O Manual de Cooperao Tcnica e Financeira, por meio de Convnios , disponvel no endereo http//www.fns.saude.gov.br, o qual contempla os critrios e orientaes para elaborao, apresentao e financiamento de projetos de investimentos, servios e outros, com recursos do oramento do Ministrio da Sade para o exerccio de 2007.

Art. 2 Cessar os efeitos da Portaria n 686/GM, de 30 de maro de 2006, publicada no Dirio Oficial da Unio n 63, de 31 de maro de 2006, Seo 1, pgina 138.

Art. 3 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicao

JOS GOMES TEMPORO

http://www.fns.saude.gov.br

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 7

CAPTULO 1 Orientaes Gerais, Diretrizes e Prioridades

A celebrao do convnio o ponto alto de um processo que pressupe a formal manifestao de interesse pela cooperao tcnica e financeira que contempla aes freqentemente contidas nos oramentos tanto da entidade proponente quanto da concedente.

O levantamento de necessidades uma condio essencial para o estabelecimento de programas e aes em que se enquadraro os projetos pleiteados. primordial que todo esse movimento seja norteado por orientaes gerais a respeito do planejamento plurianual, por programaes oramentrias e pelas polticas e diretrizes ministeriais, que possibilitaro o estabelecimento de prioridades de atendimentos, dentro de critrios tcnicos definidos. Ficam, portanto, dispensados quaisquer expedientes de carter destoante dos princpios constitucionais notadamente da moralidade e da impessoalidade.

1.1 Orientaes Gerais

A cooperao tcnica e financeira com Estados, Distrito Federal e Municpios (tanto para instituies pblicas quanto privadas sem fins lucrativos) se d por meio de convnios, que seguem cinco etapas, a saber:

a) Elaborao e Apresentao de Projetos;

b) Anlise e Aprovao de Projetos;

c) Celebrao de Convnios;

d) Execuo de Convnios; e

e) Prestao de Contas.

Outras informaes a respeito de programas e aes do Ministrio da Sade podero ser obtidas junto s Secretarias do MS:

Secretaria Executiva (SE);

Secretaria de Ateno Sade (SAS);

Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos (SCTIE);

Secretaria de Gesto Estratgica e Participativa (SGEP);

Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS); e

Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao em Sade (SGTES).

Endereos, e-mails, telefones dessas Secretarias, bem como das Divises de Convnios e Gesto (Dicons) do Ministrio da Sade esto disponveis na internet, no portal do MS: e no stio do Fundo Nacional de Sade: .

Para a elaborao e proposio de projetos ao Ministrio da Sade, as instituies interessadas devero considerar as prioridades de financiamento estabelecidas nesta gesto, a partir das polticas e diretrizes do SUS em sua atual etapa de consolidao.

O acesso ao quadro de programas e aes passveis de financiamento est disponvel na Internet no stio do Fundo Nacional de Sade: .

As propostas enquadradas nesses programas ou aes devero ser elaboradas observando-se os critrios e procedimentos, padres recomendados, bem como as formas prescritas neste Manual. Ao

http://www.saude.gov.br>http://www.fns.saude.gov.br>http://www.fns.saude.gov.br>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 8

faz-lo, os proponentes podero contar com propostas de projetos em condies de anlise e aprovao, considerados os recursos disponveis.

1 .2 Diretrizes

O Ministrio da Sade segue diretrizes que se encontram orientadas para o financiamento prioritrio de aes que possibilitem:

Fortalecer, expandir e qualificar a ateno bsica como estratgia central de reordenamento do sistema;

Fortalecer a ateno especializada;

Fortalecer a regionalizao e as redes de ateno sade;

Fortalecer a rede de urgncia e emergncia;

Fortalecer a logstica das redes assistenciais e hospitalar;

Promover a capacitao e qualificao da gesto em sade;

Fortalecer o controle social a partir de uma gesto democrtica e participativa no SUS, ampliando o grau de conscincia da populao sobre a sade e seus determinantes;

Fortalecer a poltica de gesto de tecnologia em sade por meio da promoo da pesquisa, da inovao e do desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

Compatibilizar a aplicao dos recursos financeiros da sade s prioridades definidas, em conjunto no Pacto pela Sade, pelas trs esferas de gesto do SUS; e

Atender a critrios e prioridades dos programas e polticas j publicados em instrumentos prprios do Ministrio da Sade e/ou constantes do Sistema de Apoio Elaborao de Projetos de Investimentos em Sade (Somasus).

1.3 Prioridades

Tero prioridades de financiamento as propostas de Projetos que contemplarem qualitativa e quantitativamente:

Equipamentos para unidades em funcionamento ou em condies de operao;

Equipamentos para a melhoria da resolubilidade diagnstica e teraputica e/ou ampliao dos servios existentes;

Equipamentos para implantao de novos servios;

Concluso de obras inacabadas, de acordo com a jurisprudncia do Tribunal de Contas da Unio (TCU);

Ampliao e construo de unidades de acordo com as necessidades locais; e

Reforma de unidades que visem melhoria da rede de atendimento.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 9

CAPTULO 2 Orientaes Estratgicas

No processo de elaborao e apresentao de proposta de projetos devem ser observadas as polticas, diretrizes e prioridades de financiamento estabelecidas pelo Ministrio da Sade, bem como as seguintes orientaes estratgicas e operacionais previstas no Pacto pela Sade:

a) Necessidades de investimentos estaduais e regionais constantes do Plano Diretor de Regionalizao (PDR) e de Investimento (PDI) compatibilizar a proposta de projeto ao contedo do PDI, considerando o planejamento estadual e regional de necessidades de investimento tripartite, que visam superao das desigualdades de acesso e garantia da integralidade da ateno sade, destinando recursos financeiros prioritariamente para:

Estimular o processo de regionalizao, priorizando projetos de investimentos que fortaleam a regionalizao do SUS, com base nas estratgias estaduais e nacionais, considerando os PDI, o mapeamento atualizado da distribuio e oferta de servios de sade em cada espao regional e parmetros de incorporao tecnolgica que compatibilizem economia de escala e de escopo com eqidade no acesso;

Investir recursos na ateno bsica, priorizando a rede bsica de servios, com os recursos transferidos fundo a fundo para Municpios que apresentarem projetos selecionados de acordo com critrios pactuados na Comisso Intergestores Tripartite (CIT);

b) Papel estratgico para a descentra lizao do SUS

considerar a importncia da descentralizao na reordenao do SUS e na racionalizao da ateno sade; estimular a adequao da infra-estrutura fsica e humana relevante para a descentralizao do sistema; observar a insero do projeto no conjunto do sistema, a participao da instituio/Municpio/Estado e/ou a integrao aos plos do sistema; e verificar a compatibilidade do projeto da instituio proponente com as necessidades das instncias decisrias nos Estados e Municpios. Nas regies de sade, em caso de duplicidade, sero priorizados projetos, pela ordem, de entes pblicos e filantrpicos;

c) Atendim ento a grupos estratgicos

verificar o atendimento do projeto s polticas da sade nas reas voltadas para: crianas; adolescentes; mulheres; idosos; pessoas com deficincia; trabalhadores rurais e urbanos; quilombolas; indgenas; ribeirinhos; assentados e acampados em reas de invaso em espaos urbanos; populao prisional; portadores de transtornos mentais; e vtimas de violncia;

d) Desenvolvim ento da fora de t rabalho

verificar se o projeto prev a capacitao especfica dos profissionais, nos diversos nveis de ensino, com metodologia que estimule a participao integrada dos trabalhadores da sade de forma a promover melhorias nas prticas;

e) Racionalidade do invest im ento

verificar a consistncia entre o projeto de infra-estrutura, o montante de recursos solicitados e o objeto central proposto, buscando racionalidade nos investimentos;

f) Adequao s prioridades nacionais de invest im entos

observar a estratgia nacional de desenvolvimento e inovao para o complexo produtivo de bens e servios de sade, tanto na rede de servios de sade pblica (SUS) quanto na rede privada (sade complementar), considerando o conjunto das produtoras de insumos para a sade;

g) Verificao da sustentabilidade do projeto

verificar a compatibilidade do investimento com a sustentabilidade da infra-estrutura existente e a ser implantada; a qualificao dos recursos humanos para lidar com a nova infra-estrutura; a previso quanto superao de dificuldades pontuais; a insero no Sistema; a compatibilidade do investimento com a expectativa de dimenso temporal da proposta; e a disponibilidade financeira para a inovao tecnolgica, a assistncia e a manuteno do projeto;

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 10

h) Custo- efet ividade do projeto

verificar a viabilidade da proposta na consecuo das

aes, utilizando metodologias e instrumentos, de forma a conseguir mais benefcios com menos recursos;

i) I m pacto sobre a cobertura e a integralidade das aes de sade

verificar os

resultados do projeto quanto ao aumento da cobertura dos servios e agregao de conhecimentos e de outros recursos necessrios para o atendimento sade; e

j) Modelo de gesto do projeto

verificar a compatibilidade do modelo de gesto, proposto

no projeto, com a organizao do ponto de vista gerencial, tcnico e financeiro.

2.1 Padres e Critrios de Anlise e Aprovao de Projetos

No processo de anlise e aprovao de propostas de projetos sero adotados os seguintes padres e critrios de referncia:

Adequao da proposta de projeto s necessidades locais; e

Observncia das polticas, diretrizes, prioridades e orientaes estratgicas e operacionais descritas nos captulos 1, 2 e 3 desse Manual.

2.1.1 Adequaes do Projeto s Necessidades Locais

Nas adequaes do projeto s necessidades locais sero analisados os seguintes itens:

Perfil epidemiolgico da populao;

Especificidades locais;

Demanda esperada de usurios;

Papel dos Estados e/ou Municpios na gesto do SUS, indicando as melhores alternativas para sua consolidao; e

Aprovao pela Comisso Intergestores Bipartite (CIB).

2.1.2 Prioridades, Diretrizes e Orientaes Estratgicas

Quanto ao cumprimento de prioridades, diretrizes e orientaes estratgicas do Ministrio da Sade, sero avaliados os seguintes pontos:

Relevncia e custo-benefcio do projeto;

Papel estratgico na descentralizao do SUS e compatibilidade com o PDR e PDI;

Coerncia com a infra-estrutura existente na rede de servios do SUS;

Viabilidade na execuo do projeto e compatibilidade tecnolgica com a estrutura fsica existente;

Co-financiamento no investimento e custeio das esferas de gesto estadual ou municipal (sustentabilidade no tempo manuteno);

Compatibilidade tecnolgica infra-estrutura x equipamento;

Recursos humanos compatveis com a utilizao da tecnologia proposta;

Impacto sobre a cobertura e a integralidade das aes de sade;

Atendimento a grupos populacionais estratgicos e aos mais vulnerveis;

Desenvolvimento de recursos humanos para a sade; e

Atendimento s reas de menor ndice de Desenvolvimento Humano (IDH).

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 11

2.2 Condicionantes Legais para a Formalizao de Convnios

Para a celebrao de convnios deve-se cumprir uma srie de exigncias a titulo de condicionantes legais. A aferio dessas exigncias ser feita na habilitao da entidade e dirigente , quando ser, inclusive, preenchida a Declarao de Cumprimento das Condicionantes Legais (Anexo II). Destacam-se a exigncia da contrapartida obrigatria e as vedaes e restries que so impostas pela Legislao Celebrao de Convnios.

2.2 .1 Contrapartida

Contrapartida a participao que o proponente oferece para viabilizar a execuo do objeto do convnio, de acordo com a sua capacidade financeira ou operacional.

Quando devida, a contrapartida financeira dos Estados, Distrito Federal e Municpios ser estabelecida em termos percentuais a incidir sobre o total financiado pelo Ministrio da Sade, observados como limites (mnimo e mximo) os percentuais abaixo indicados, conforme determinado pela Lei de Diretrizes Oramentrias LDO (Lei n. 11.439/06):

Municpios DF e Estados Situao

mnimo mximo mnimo mximo

At 25.000 habitantes 3% 5%

Das reas da Adene, ADA e Regio Centro-Oeste 5% 10% 10% 20%

Os demais 10%(*) 40% 20% 40%

(*) Reduzida por meio do art. 59, da Lei n 11.439/06 Lei de Diretrizes Oramentrias LDO.

Os limites mnimos, ainda, podero ser reduzidos, caso os recursos sejam: destinados a Municpios que estejam em situao de calamidade pblica, formalmente reconhecida por ato do Governo Federal, durante o perodo em que subsistir tal situao; e/ou oriundos de doaes de organismos internacionais ou de governos estrangeiros e de programas de converso da dvida.

Os recursos da contrapartida devero ser movimentados por meio da conta especfica do respectivo convnio, devendo ser aportados, proporcionalmente, de acordo com o cronograma de liberao das parcelas, conforme inciso II, do art. 7 e art. 20, da IN/STN 01/97, e alteraes.

2.2 .2 Vedaes e Restries

As vedaes e restries referem-se quelas estabelecidas na Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF Lei Complementar n 101/00).

2.2 .2.1 Estados, Distrito Federal e Municpios

O art. 25 da LRF, em relao aos Estados e Municpios, contempla como exigncia a comprovao, por parte do beneficirio, de que ele se acha em dia: quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos Unio; quanto prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos; quanto ao cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade; quanto observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de inscrio em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; e quanto previso oramentria de contrapartida.

A comprovao em questo, com exceo do que diz respeito previso oramentria da contrapartida, no se aplica no mbito do Ministrio da Sade, uma vez que o 3, do art. 25, da LRF, prev que para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social .

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 12

2.2 .2.2 Entidades Privadas sem Fins Lucrativos

Para o Ministrio da Sade, em particular, praticamente todas as vedaes e restries so endereadas s entidades privadas sem fins lucrativos, que participam complementarmente de aes e servios de sade pblica. No sero celebrados convnios com entidades:

Inadimplentes no Sistema de Administrao Financeira (Siafi);

Irregulares ou inadimplentes com as obrigaes fiscais ou contribuies legais para com a Unio ou com entidades da Administrao Pblica Federal Indireta, Estadual e Municipal;

Em que membros do Poder Legislativo da Unio, Estados, DF e Municpios, ou respectivo cnjuge ou companheiro, sejam proprietrios, controladores ou diretores, conforme previsto no 5, do art. 36, da Lei n 11.439/06;

No inscritas no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Sade (Cnes), sistema do Ministrio da Sade, institudo pela Portaria MS/SAS 376/00, para fins de aplicao de recursos de capital; e

Que no atendam ao disposto no art. 34 da Lei n 11.439/06 (LDO 2007), para fins de destinao de recursos a ttulo de auxlios, previstos no 6, do art. 12, da Lei n 4.320/64.

As despesas de capital com recursos repassados por meio de convnio, a serem realizadas por entidades privadas sem fins lucrativos, nos termos da Lei n 11.439/06 (LDO 2007), art. 36, II, a , b e c restringem-se :

Aquisio e instalao de equipamentos, bem como s obras de adequao fsica necessrias instalao dos referidos equipamentos;

Aquisio de material permanente; ou

Obra em andamento, cujo incio tenha ocorrido com recursos do Oramento Fiscal e da Seguridade Social, vedada a destinao de recursos para ampliao do projeto original.

A alocao de recursos destinados a entidades privadas sem fins lucrativos, por meio de emendas parlamentares, depender ainda da observncia de normas regimentais do Congresso Nacional sobre a matria, em especial quanto explicitao, na justificao da emenda, do nome da entidade que atenda s disposies do inciso I, do art. 36, da Lei n 11.439/06; o nmero do CNPJ; o endereo; o registro no Cnas, quando couber; e o nome e o CPF dos seus dirigentes ou responsveis, conforme previsto no 4 do supramencionado dispositivo legal.

2.3 Sistemas Gerenciais

Todos os procedimentos administrativos, relativos a propostas de projetos que resultaro em convnios, sero registrados no Sistema de Gesto Financeira e de Convnios (Gescon) do Ministrio da Sade, e, conseqentemente, no Sistema Integrado de Administrao Financeira (Siafi).

Existem, ainda, dois outros sistemas que interagem com o Gescon: o Sistema de Proposta de Projeto e o Sistema de Emendas Parlamentares.

2.3.1 Sistema de Proposta de Projeto

O Ministrio da Sade, na implementao dos princpios de racionalidade e descentralizao administrativa, visibilidade e transparncia, conforme estabelecido na Constituio Federal, na Lei Orgnica da Sade e nas Normas Operacionais do SUS, alterou o Sistema de Pr-Projetos transformando-o no Sistem a Proposta de Projeto, que possibilita ao rgo/entidade inserir sua proposta, diretamente pela internet, com adequado detalhamento.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 13

O Sistema, composto pelos mdulos Equipamentos e Medicamentos, visa a facilitar o encaminhamento da proposta pelo proponente. A utilizao do Sistema de Proposta de Projeto permite:

Racionalizao e otimizao de custos;

Agilidade na anlise tcnica por parte do Ministrio da Sade;

Celeridade na comunicao entre o Ministrio da Sade e o proponente, a respeito de suas propostas de projetos; e

Acompanhamento on line, por parte do proponente, da situao de seu projeto.

2.3.2 Sistema de Emendas Parlamentares

O Sistema de Emendas Parlamentares foi criado para facilitar a atuao do parlamentar na distribuio dos recursos financeiros de suas emendas. Ele foi desenvolvido para ser preenchido de forma interativa pela internet, no endereo: < www.fns.saude.gov.br> .

O Sistema permite a identificao da entidade e do rgo beneficirio de emenda. O acesso se d por meio de senha fornecida pelo Ministrio da Sade/FNS. Para a distribuio dos recursos necessrio informar o nmero do CNPJ de cada entidade a que se destinar a emenda. Vale ressaltar que o Parlamentar dever observar os critrios, as diretrizes e as vedaes apresentadas neste Manual. O Sistema de Emendas Parlamentares permite alterar os beneficirios das emendas ou de parte delas, nos seguintes casos:

Entidade indicada com proposta de projeto ainda no apresentada; e

Entidade indicada com proposta de projeto j apresentada, devendo, nesta situao, formalizar a desvinculao da proposta de projeto contida na emenda, mediante ofcio dirigido ao Fundo Nacional de Sade (FNS).

A proposta de projeto transformada em convnio no poder mais ter a entidade beneficiada alterada, exceto se houver desistncia expressa do convenente.

As eventuais solicitaes de alterao de modalidade de aplicao (30, 40, 50) devem ser dirigidas, devidamente justificadas, ao senhor Ministro de Estado da Sade, por intermdio do Presidente da Comisso Mista de que trata o 1, art. 166, da Constituio Federal, de acordo com o inciso II do art. 62 da Lei n 11.439/06 (LDO

2007). Ressalta-se que a alterao s vigorar depois de efetivada por portaria, a ser publicada na Imprensa Oficial.

2.3 .3 Sistema de Gesto Financeira e de Convnios (Gescon)

O Sistema de Gesto Financeira e de Convnios tem por objetivo apoiar as atividades envolvidas no processo de acompanhamento e controle de projetos financiados pelo Ministrio da Sade, armazenando e fornecendo informaes cadastrais sobre entidades beneficirias, dirigentes, projetos, pareceres, convnios, portarias, aditivos, acompanhamento da execuo, prestaes de contas, empenhos, notas de crditos, ordens bancrias e notas de lanamentos, possibilitando consultas e emisso de relatrios operacionais e gerenciais. Viabiliza, sobretudo, a interface informatizada com o Siafi, bem como a disponibilidade das informaes na internet.

http://www.fns.saude.gov.br>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 14

CAPTULO 3 Orientaes Operacionais

A elaborao da proposta de projeto e a conseqente formalizao de projeto devem partir do levantamento de necessidades locais, o que permite a definio das prioridades e o detalhamento da aplicao dos recursos. Essa etapa, conhecida por proposio, constituda de trs fases: a habilitao da entidade e dirigente; a apresentao para a anlise da proposta de projeto; e a formalizao de projeto.

3.1 Habilitao da Entidade e Dirigente

Consiste na comprovao, por meio de documentao, da capacidade jurdica do rgo ou entidade proponente e de seu dirigente ou do representante legal e da regularidade fiscal, nos termos da legislao especfica.

A habilitao do proponente e de seu dirigente ou do representante legal vlida para todas as propostas que forem apresentadas ao Ministrio da Sade, sendo de responsabilidade do rgo ou entidade mant-la atualizada, para atender aos requisitos legais nas etapas que se fizerem necessrias.

A confirmao da habilitao dos proponentes se far por meio do fornecimento de senhas emitidas pelo Ministrio da Sade/Fundo Nacional de Sade.

Os proponentes j habilitados no necessitaro fazer novo cadastramento/habilitao, permanecendo vlidas as senhas j fornecidas anteriormente.

Para os efeitos de confirmao de regularidade, o Ministrio da Sade far consulta prvia aos:

Subsistema do Cadastro nico de Exigncias para Transferncias Voluntrias para Estados e Municpios (Cauc), do Sistema de Administrao Financeira (Siafi), nas etapas antecedentes liberao de parcelas de recursos, conforme disposto no art. 48, da Lei n 11.439/06 (LDO

2007), observado o disposto no 3 do art. 25, da Lei Complementar n 101/00 (LRF);

Sistema de Administrao Financeira (Siafi), para fins de comprovao de pesquisa sobre pendncias de inadimplncia do proponente no Sistema, conforme inciso III, art. 4, da IN/STN 01/97 e alteraes, observado o disposto no 3, do art. 25, da Lei Complementar n 101/00 (LRF);

Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal (Cadin), na celebrao de convnios, para fins de comprovao de no estar inscrito no Cadin, conforme disposto no art. 6, da Lei n 10.522/02; e

Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias conforme disposto no 3 do art. 25, da Lei Complementar n 101/00 (LRF), excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

A entrega dos documentos dever ser efetuada, preferencialmente: nas Divises de Convnios e Gesto (Dicons) dos Estados; ou no Fundo Nacional de Sade (FNS), para aqueles localizados no DF.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 15

3.1.1 Documentao Necessria1

RGOS/ENTIDADES

DOCUMENTOS LEGISLAO APLICVEL

A B2 C D

1 Ofcio de Solicitao de Habilitao ao rgo Financiador, cujo destinatrio o Ministro da Sade.

S S S S

2 Cadastro do rgo ou Entidade e do Dirigente (Anexo I).

S S S S

3 Cpia do Documento de Identidade (RG) e do Cadastro do Dirigente (CPF).

S S S S

4 Cpia do comprovante de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ).

IN/SRF 200/02 art. 19 S S S S

5 Declarao de Cumprimento das Condicionantes Legais (Anexo II).

IN/STN 01/97 e Lei n 11.439/06

S S S S

6 Cpia do Balano Sinttico referente ao exerccio anterior.

Lei Complementar n 101/00, art. 51

S N N N

7 Cpia do Ato de Reconhecimento de Estado de Calamidade Pblica ou de Situao de Emergncia (para efeito de reduo da contrapartida).

Lei n 11.439/06, art. 45, 2, III, alnea b (LDO

2007) S N N N

8

Cpia do Ato de Nomeao e Posse ou Ato de Designao, acompanhada do Regimento Interno ou Estatuto Social, contendo expressa determinao para a realizao de aes de sade.

IN/STN 01/97, art. 4, II S S S S

9 Registro no Conselho Nacional de Assistncia Social

CNAS. Lei n 11.439/06 art. 34, III (LDO 2007)

N N S3 N

10 Declarao de funcionamento regular, inclusive com inscrio no CNPJ, nos ltimos trs anos, emitida no exerccio, por trs autoridades locais.

Lei n 11.439/06 art. 36, IV (LDO 2007)

N N S S

11 Cpia da Ata da ltima Assemblia Geral.

N N N S

Cpia das Certides Negativas ou Certificados com:

12.1 O Ministrio da Previdncia Social: Certificado de Regularidade Previdenciria (CRP) .

IN/STN 01/97, art. 3 e Dec. 3.788/01

N4 N N N

12.2 A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional/ Secretaria da Receita Federal do Brasil: certido conjunta SRF .

IN/STN 01/97, art. 3 e Dec. 6.106/07

N N S S

12.3 O rgo da Fazenda Estadual IN/STN 01/97, art. 3 N N S S

12.4 O rgo da Fazenda Municipal IN/STN 01/97, art. 3 N N S S

12.5 O Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS) .

IN/STN 01/97, art. 3e Lei n 8.036/90, art. 27

N N S S

12

12.6 O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) .

CF. Art. 195 Lei n 8.212/91 art. 56; IN/STN 01/97, art. 3

N4 N S S

LEGENDA: A = rgo e Entidade Estadual e municipal; B = rgo e Entidade Federal; C = Entidade Privada Sem Fins Lucrativos; D = Consrcio Pblico de Sade.

S = Sim, exige-se a apresentao do documento mencionado. N = No, no se exige a apresentao do documento mencionado.

OBSERVAES: 1 = As cpias de documentos devem ser entregues autenticadas. 2 = Conforme Coned, smula 4/04, item 4. 3 = vedada a destinao de recursos, a ttulo de auxlio, para entidades privadas sem fins lucrativos, que no

estejam registradas no Conselho Nacional de Assistncia Social (Cnas). 4 = Ausncia ou no apresentao no constituir impedimento na habilitao, na celebrao ou na liberao de

recursos de convnios para as reas de educao, sade e assistncia social, conforme Parecer PGFN/CAF n 1756/05, que afirma ser inaplicvel a restrio do 3 do art. 195 da Constituio Federal .

http://www.previdencia.gov.br>http://www.pgfn.fazenda.gov.br>http://www.caixa.gov.br>http://www.dataprev.gov.br>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 16

3.2 Apresentao e Anlise da Proposta de Projeto

Para apresentar uma proposta de projeto, o solicitante deve utilizar o Sistema de Proposta de Projeto e, para tanto, deve seguir os passos previstos na internet, no stio do Fundo Nacional de Sade: .

Ser fornecida senha ao Secretrio de Sade do Estado, a qual permitir a visualizao de todos os pleitos oriundos das propostas de projetos das entidades locais, independente da origem dos recursos.

O Ministrio da Sade, por meio de suas reas finalsticas, embasa o seu posicionamento tcnico, quanto ao mrito, diante dos dados contidos:

Na descrio e justificativa da proposta de projeto;

Nas informaes acerca do proponente;

Nos dados estatsticos disponveis;

Na legislao especfica referente ao Sistema nico de Sade e demais programas/aes finalsticas; e

Nos bancos de dados disponveis, inclusive informaes concernentes situao dos interessados em face da execuo de objetos de convnios anteriormente firmados.

As propostas de projeto com posicionamento favorvel quanto ao mrito sero submetidas anlise tcnica e econmica. Essa etapa consiste na avaliao dos custos com base nas especificaes tcnicas apresentadas. No caso de obras, a anlise conclusiva se dar aps a apresentao da documentao solicitada.

Vale ressaltar que a anlise de mrito e tcnico-econmica das propostas abaixo relacionadas sero de responsabilidade total das respectivas reas finalsticas envolvidas no pleito:

Sangue e hemoderivados;

Assistncia farmacutica;

Assistncia odontolgica;

Laboratrios centrais;

Rede de frio;

Capacitao de gestores; e

Apoio manuteno de unidades de sade.

3.3 Orientaes para Projetos Especficos

Neste tpico, sero apresentados alguns itens que normalmente so solicitados a ttulo de cooperao tcnica para financiamento por meio de convnios.

3.3.1 Aquisies de Equipamentos e Material Permanente

Para as propostas de projeto destinadas aquisio de equipamentos e material permanente so necessrias: uma descrio tcnica mnima de cada equipamento e material permanente, bem como a indicao do ambiente em que sero instalados.

Na descrio dos itens, o proponente no poder indicar preferncia de marcas; caractersticas exclusivas ou modelos de fabricantes; e nomes alternativos e inadequados eventualmente existentes,

http://www.fns.saude.gov.br/proposta2007>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 17

devendo especificar, quantificar e atribuir valor a cada item. No ser admitida a aquisio de quaisquer itens seminovos ou usados. As especificaes dos itens devem descrever as suas principais caractersticas, tais como:

Operaes executadas com o equipamento;

Materiais a serem utilizados em sua fabricao ou instalao;

Dimenses mnimas externas e internas;

Modo de alimentao (eletricidade, vapor, gs, ar-comprimido, bateria etc);

Capacidades mnimas (potncia, produo por unidade de tempo, memria de armazenamento, volume, velocidade de processamento etc);

Tipos de acabamento (pintura, revestimento, estofamento, tratamento de superfcies etc); e

Sistemas de proteo e segurana de operao (alarmes, pressostatos, termostatos, monitorao de parmetros, dispositivos de intertravamento etc).

Os acessrios e componentes, que eventualmente precisem acompanhar o equipamento, devem, tambm, ser identificados, no podendo ser solicitados separadamente, tais como:

Transdutores;

Cabos ou circuitos de paciente;

Eletrodos;

Sensores;

Carro suporte;

Cestos;

Cabos de interligao;

Interfaces;

Teclado;

Capa de proteo; e

Mscara de inalao.

No so considerados materiais permanentes (art. 3 da Portaria n. 448 STN/02):

a) Materiais de consumo em geral:

Almotolias;

Agulhas e seringas;

Lminas e cabos descartveis de bisturi;

Cateteres; e

Fitas para glicosmetros.

b) Materiais confeccionados em vidro, plstico, isopor, espuma e outros materiais frgeis:

Coletas e colares cervicais;

Materiais de rteses e prteses ortopdicas e odontolgicas (hastes, pinos e parafusos);

Equipamento de Proteo Individual (EPI);

Termmetros clnicos;

Placas de Petri;

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 18

Placas de preparo de material de odontologia;

Vidraria de laboratrio;

Espelhos, exceto de odontologia confeccionado em ao inox;

Bola de Bobach;

Rolos de posicionamento para fisioterapia;

Fita mtrica;

Colchonetes;

Cama elstica; brinquedos e jogos em geral;

Fluxmetro;

Vlvulas;

Traquias; e

Mesas e cadeiras plsticas.

No so considerados equipamentos mdico-hospitalares:

a) Materiais de uso pessoal e escritrio:

Material de escritrio em geral (calculadora, grampeador, quadro de aviso, relgio, papel etc);

Copiadora;

Mquina fotogrfica;

Filmadora; e

Notebook.

b) Materiais de uso domstico:

Utenslios de cozinha; e

Eletrodomsticos (so aprovados apenas os semi-industriais e industriais).

c) Equipamento/ material de manuteno externa ou estrutural:

Mangueira de gua;

Ferramentas de jardinagem e reparo;

Calibrador de equipamento; e

Cortador de grama.

Os itens que fazem parte da obra, conforme descrito abaixo, no podero ser aprovados como equipamentos ou materiais permanentes, tais como:

Bancadas;

Torneiras;

Pias;

Porta sabonetes;

Porta papel toalha;

Chuveiro; e

Armrios planejados.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 19

O proponente dever efetuar detalhamento das especificaes, para a realizao do processo licitatrio de aquisio dos equipamentos aprovados. Caso a solicitao contenha equipamentos fixos (com nfase para os ambientes de lavanderia, Central de Material Esterilizado e radiologia), necessria a apresentao de planta baixa para a anlise tcnica referente arquitetura. Contudo, alguns itens que fazem parte da obra podem ser enquadrados como equipamento e material permanente:

Grupo gerador;

Transformadores;

Central telefnica;

Rgua tripla;

Elevadores;

Correios pneumticos;

Central de gases canalizados; e

Central de ar-condicionado.

Caso a solicitao contenha os itens listados acima, torna-se necessria a apresentao de planta baixa e projeto de instalao para a anlise tcnica referente engenharia. Os respectivos ambientes, nos quais sero instalados os equipamentos, devero atender Resoluo da Anvisa (RDC 50, de 21/02/2002), disponvel no endereo: .

No que se refere aquisio de equipamentos para radioterapia

tais como acelerador linear, bomba de cobalto, braquiterapia (HDR) , bem como para radiocirurgia, dever ser apresentada planta baixa com aprovao, sob carimbo (assinaturas identificadas), do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen), cujo stio na internet : .

Os ambientes para equipamentos que emitam radiao devero apresentar as paredes com argamassa baritada ou com placas de chumbo, portas com placas de chumbo e vidros plumbferos, nos termos da Portaria MS/SVS n 453/98 e demais normas aplicveis.

3.3.2 Aquisies de Unidades Mveis de Sade

3.3.2.1 Ambulncias

Conforme Portaria GM/MS n 2048/02, as ambulncias devem dispor, dentre outros requisitos, de equipamentos mdicos adequados complexidade de suas funes, a saber:

Tipo A

Am bulncia de transporte ou sim ples rem oo: veculo destinado ao transporte em decbito horizontal (deitado) de pacientes que no apresentam risco de vida, para remoo simples e de carter eletivo. Deve contar com dois profissionais (o motorista e o tcnico ou auxiliar de enfermagem) e com os seguintes equipamentos e materiais permanentes:

Sinalizador ptico e acstico;

Equipamento de radiocomunicao (opcional);

Suporte para soro;

Maca com rodas; e

Cilindro de oxignio.

Tipo B

Ambulncia de suporte bsico: veculo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pr-hospitalar para pacientes com risco de vida desconhecido, no classificado com potencial de necessidade de interveno mdica no local e/ou

http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/arq/index.htm>http://www.cnen.gov.br>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 20

durante transporte at o servio de destino. Deve contar com dois profissionais (o motorista e o tcnico ou auxiliar de enfermagem) e com os seguintes equipamentos e materiais permanentes:

Sinalizador ptico e acstico;

Equipamento de radiocomunicao (opcional);

Suporte para soro;

Maca articulada e com rodas;

Cilindro de oxignio porttil com vlvula;

Instalao de rede de oxignio com cilindro, vlvula, manmetro em local de fcil visualizao; oxignio com rgua tripla (a. alimentao do respirador; b. fluxmetro e umidificador de oxignio; e c. aspirador tipo Venturi) ou similar e ainda uma sada para permitir a alimentao de respirador;

Pranchas de imobilizao da coluna (longa e curta); e

Maleta contendo: estetoscpio adulto e infantil, um ressuscitador manual adulto/infantil e esfigmomanmetro adulto e infantil.

Alm desses equipamentos, a ambulncia tipo B dever possuir as seguintes instalaes:

Compartimento do paciente com altura mnima de 1,50m (medida do assoalho ao teto); largura mnima de 1,60m (medida 30 cm acima do assoalho do veculo); e compartimento mnimo de 2,10m (medido da porta traseira ao encosto do banco do motorista); e

Intercomunicao entre a cabine do motorista e o compartimento do paciente, mediante abertura que possibilite a passagem de uma pessoa de forma ergonomicamente confortvel.

Tipo D

Am bulncia de suporte avanado ou UTI Mvel: veculo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergncias pr-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar, que necessitem de cuidados mdicos intensivos. Deve contar com trs profissionais (o motorista, o enfermeiro e o mdico) e com os seguintes equipamentos e materiais permanentes:

Sinalizador ptico acstico;

Dois suportes para soro;

Equipamento de radiocomunicao;

Maca com rodas e articulada;

Cilindro porttil de oxignio;

Instalao de rede de oxignio com rgua tripla (a. alimentao do respirador; b. fluxmetro e umidificador de oxignio e c. aspirador tipo Venturi) para permitir alimentao de respirador;

Respirador ciclado presso ou volume;

Monitor cardioversor com instalao eltrica compatvel;

Oxmetro de pulso;

Prancha longa para imobilizao;

Maleta contendo laringoscpio infantil e adulto com lminas retas e curvas, estetoscpio e esfigmomanmetro aneride adulto e infantil;

Prancha longa para imobilizao; e

Rdio comunicao (opcional).

Alm desses equipamentos, a ambulncia tipo D dever possuir as seguintes instalaes:

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 21

Compartimento do paciente com altura mnima de 1,70m (medida do assoalho ao teto); largura mnima de 1,60m (medida a 30 cm do assoalho do veculo); e compartimento mnimo de 2,10m (medido do encosto do banco dianteiro porta traseira do veculo);

Intercomunicao entre a cabine do motorista e o compartimento do paciente mediante abertura que possibilite a passagem de uma pessoa, de forma ergonomicamente confortvel.

Tipo F

Am bulncia de em barcao de t ransporte m dico: veculo motorizado aquavirio,

para transporte martimo ou fluvial. Equipado como os tipos A, B ou D de ambulncias. Deve possuir os equipamentos mdicos necessrios ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade. Composta por dois ou trs profissionais, segundo o tipo de atendimento a ser realizado, a equipe deve contar com o auxiliar ou o tcnico de enfermagem (se suporte bsico de vida), o mdico e enfermeiro (se suporte avanado de vida) e o condutor da embarcao.

3.3.2.2 Consultrios Mveis

Consultrio Mdico. Dever conter minimamente os seguintes equipamentos:

Mesa mdico-ginecolgica estofada com porta-coxas e perneiras;

Escadinha com dois degraus;

Autoclave para esterilizao;

Mocho mecnico;

Maleta contendo: esfigmomanmetro, estetoscpio;

Armrio para guarda de materiais;

Lavatrio e reservatrio de gua;

Ar-condicionado;

Balde cilndrico inox (10 litros);

Ultra-som porttil (opcional);

Frigobar (opcional);

Instrumentais cirrgicos para curativos/retirada de pontos (opcional); e

Aparelho de determinao de glicose (opcional).

Consultrio Ginecolgico. Alm dos equipamentos bsicos de um consultrio mdico, acima citados, dever conter os seguintes equipamentos:

Detector fetal;

Colposcpio; e

Foco clnico/auxiliar.

Consultrio de Pedit rico. Alm dos equipamentos bsicos de um consultrio mdico, acima citados, dever conter os seguintes equipamentos:

Otoscpio;

Balana peditrica; e

Rgua antropomtrica.

Consultrio Odontolgico. Dever conter minimamente os seguintes equipamentos:

Cadeira odontolgica semi-automtica;

Equipo, com seringa triplica com sada para micromotor de baixa rotao e contra ngulo;

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 22

Unidade auxiliar com sugador;

Refletor odontolgico;

Compressor de ar odontolgico;

Autoclave para esterilizao;

Amalgamador;

Fotopolimerizador;

Aparelho de profilaxia com ultra-som e jato de bicarbonato;

Mocho mecnico;

Balde cilndrico de inox (10 litros);

Lavatrio e reservatrio de gua.

Ar-condicionado;

Lavatrio e reservatrio de gua;

Aparelho de Raios-X odontolgico (opcional);

Frigobar (opcional); e

Instrumentais odontolgicos (opcional).

Consultrio Oftalmolgico. Dever conter minimamente os seguintes equipamentos:

Cadeira oftalmolgica;

Coluna pantogrfica oftalmolgica;

Armrio para guarda de materiais

Lavatrio e reservatrio de gua;

Mocho mecnico;

Oftalmoscpio;

Projetor de otopticos;

Retinoscpio;

Tonmetro;

Ar-condicionado;

Mesa tipo escrivaninha (opcional);

Cadeira fixa (opcional);

Refrator de Greens; e

Lensmentro (opcional).

Consultrio Mdico-Laboratrio. Dever conter minimamente os seguintes equipamentos:

Centrifugadora;

Microcentrfuga;

Agitador de Klein;

Estufa;

Espectrofotmetro;

Microscpio binocular;

Suporte para brao;

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 23

Banho-maria;

Armrio para guarda de materiais;

Lavatrio e reservatrio de gua;

Bancada;

Aglutinoscpio;

Suporte de Westergreen;

Deionizador

Destilador;

Fotmetro de Chama;

Autoclave;

Bico de Bunsen;

Contador diferencial manual;

Balana;

Ar-condicionado (opcional);

Cronmetro/multi-timer;

Frigobar;

Cadeira fixa (opcional); e

Homogeinizador (opcional).

Ressalta-se que as propostas para aquisio de unidade mvel devero ser acompanhadas de layout ou desenho esquemtico do interior do veculo, com indicao grfica de localizao e rea fsica ocupada pelos equipamentos que comporo a unidade, sejam eles consultrios: mdico; ginecolgico; peditrico; odontolgico; oftalmolgico; mdico-laboratrio; mdico-odontolgico; ou mdico-oftalmolgico. A altura interna (compartimento de atendimento ao paciente/cliente) desses veculos no poder ser inferior a 1,80m.

3.3.2.3 Aquisies de Unidades Mveis para Outros Fins

Poder ser aprovada a aquisio de veculos para transporte de equipes de Pacs/PSF. Nesse caso, a ao dever ser Estruturao da Rede de Ateno Bsica.

Tambm poder ser aprovada a aquisio de veculos para transporte de pacientes/clientes, para centros especializados em outros Municpios, que ofeream condies de assistncia devida. Essa opo vlida apenas para Municpios que prestam, somente, assistncia na Ateno Bsica de Sade (clnica mdica, pediatria, ginecologia e ateno hospitalar de clnica mdica e parto). Nesse caso, a proposta de projeto (campo Justificativa da Proposio ) deve conter a finalidade a que se destina o veculo.

Outros veculos podero ser solicitados para os programas especficos do Ministrio da Sade, desde que o programa e a ao possibilitem tal investimento.

3.3.3 Aquisies de Equipamentos de Informtica e Estruturao de Redes

As propostas de financiamentos para aquisio de equipamentos de informtica e estruturao de redes devero ser analisadas pelo Departamento de Informao e Informtica do SUS (Datasus), responsvel pela rea tcnica de informao, informtica e processamento de dados do Ministrio da Sade. Essas propostas devero ter alguns pontos especificados.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 24

Para desktops e servidores de rede:

Processador (tipo e velocidade de processamento);

Memria RAM (tipo e quantidade);

Unidade de armazenamento

disco rgido (tipo

SCSI, ATA ou SATA, capacidade e velocidade

de rotao);

Unidade de CD/DVD ROM (tipo da unidade e velocidade da unidade);

Monitor de vdeo (tipo da tela e resoluo mnima);

Teclado (tipo e padro do teclado);

Mouse (tipo e padro do mouse);

Interfaces (compatibilidade, padro da interface de vdeo, quantidade de portas USB

Universal Serial Bus, tipo e velocidade da interface de rede);

Sistema operacional (verso e idioma do sistema operacional); e

Outros requisitos (tipo do gabinete, tamanho do gabinete, tipo e quantidade de fonte de alimentao, cor do gabinete e mdias que acompanham cada equipamento).

Para impressoras a laser:

Resoluo de impresso;

Velocidade de impresso;

Quantidade de memria; e

Tipos de portas de comunicao.

Para escaneres:

Resoluo da imagem capturada; e

Resoluo aumentada.

Para equipamentos e estrutura de redes:

Roteadores (tipo e velocidade do Processador, quantidade de memria, capacidade de roteamento, tipo de protocolo rotevel, tipo de porta serial e quantidade de portas internas e externas);

Switch (capacidade de encaminhamento de pacotes

MPPS, capacidade de processamento de pacotes BPS, tipo, velocidade e quantidade de portas, quantidade de fontes de alimentao, tipo e quantidade de mdulos de controle, e funcionalidades switching

802.1x, 802.3x, RSTP, 802.3ad, 02.1q); e

Racks (tamanho, tipo de porta e ventilao).

3.3.4 Aquisies de Medicamentos

A aquisio de medicamentos dever ser realizada tomando por base a Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que vai ao encontro das Polticas Nacionais de Medicamentos e de Assistncia Farmacutica, com o objetivo de garantir a segurana, a eficcia e a qualidade dos medicamentos, ao menor custo possvel, promovendo seu uso racional e seu acesso populao.

Somente ser possvel o cadastramento de uma proposta com finalidade de aquisio de medicamentos quando o recurso que a financiar for oriundo de uma emenda parlamentar. Na proposta de Projeto destinada aquisio de medicamentos no ser possvel incluir outro objeto. O Proponente dever tambm discriminar as respectivas quantidades, preos unitrio e total dos medicamentos solicitados, segundo o tipo de atendimento por ela prestado, a saber:

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 25

Medicam entos de uso am bulator ia l: o Sistema Proposta de Projeto apresentar automaticamente a Rename contendo todos os medicamentos que podero ser solicitados para uso ambulatorial. O proponente dever selecionar, um a um, aqueles que pretende adquirir; e

Medicam entos de uso hospita lar / am bulator ia l: o Sistema Proposta de Projeto apresentar automaticamente a Rename contendo todos os medicamentos que podero ser solicitados para uso hospitalar/ambulatorial. O proponente dever selecionar, um a um, aqueles que pretende adquirir.

Os medicamentos requeridos devero estar em consonncia com o atendimento prestado pela(s) unidade(s) assistida(s), de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade (Cnes).

O proponente dever efetuar o detalhamento das especificaes para a realizao do processo licitatrio de aquisio dos medicamentos aprovados. A aquisio dever ser feita sempre sem referncias a marcas, de acordo com a denominao comum brasileira constante na Rename. O proponente dever observar o preo de mercado poca da aquisio dos medicamentos e o Banco de Preos do Ministrio da Sade (BPS).

O proponente, tanto rgo ou entidade pblica quanto entidade privada sem fins lucrativos, no dever adquirir medicamentos de empresas produtoras ou de distribuidoras com preos acima do Preo Fbrica, conforme a Lei n. 10.742/03 e Orientao Interpretativa n 2/06, da Cmara de Regulao do Mercado de Medicamentos (CMED).

3.3.5 Contrataes de Servios de Instrutoria

Para o enquadramento de despesas com servios de instrutoria, prestado por servidores ou empregados pblicos da ativa, deve-se observar:

A no existncia de impedimentos quanto efetivao das despesas, quando estas forem referentes a servios de instrutores em sala de aula, a saber: a entidade dispor de regulamentao sobre esse tipo de servio, tipificando-o e estabelecendo tabelas de remunerao, evitando o carter discricionrio do pagamento, sendo o servio de monitoria/aulas disciplinado pela concedente ou pelo convenente;

Nos convnios, firmados com finalidade voltada para capacitao, quando no realizados pelo prprio convenente, dever ser observado o procedimento licitatrio, conforme a Lei n 8.666/93;

Qualquer pagamento a servidor ou empregado pblico, integrante do quadro de pessoal de rgo ou entidade da administrao pblica direta ou indireta, devido por servios de monitoria ou ministrao de aulas, previstos em convnios, deve estar necessariamente vinculado ao objeto do convnio, no cumprimento das metas e detalhamento dos recursos previstos no Plano de Trabalho Aprovado e

Quando ministrado por servidores ou empregados pblicos da ativa, no horrio de trabalho, a unidade de recursos humanos a que se vincula deve declarar, expressamente, que as horas sero compensadas, por negociao entre a instituio empregadora e seu empregado.

Nos convnios firmados com Universidades Pblicas, as Fundaes de Apoio, Pesquisa e Extenso universitrias, normalmente criadas por grupos de professores das universidades, excetuando-se as institudas pelo Poder Pblico, esto sujeitas Lei n 8.666/93, para o fim de virem a ser contratadas para a realizao dos servios, em razo de se constiturem em entidades de direito privado, salvo hipteses contempladas na citada lei.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 26

3.3.6 Servios de Terceiros

Quando se tratar de convnio, cuja realizao do objeto exija a contratao de pessoal, os encargos trabalhistas decorrentes de contratao, gerados no perodo, podero ser assumidos com recursos alocados pelas partes, observadas as disposies do instrumento. Nesse caso, dever haver uma clusula especfica no contrato de trabalho, definindo as aes a serem desenvolvidas e limitando a durao ao perodo de vigncia, como previsto no convnio, prevendo, inclusive, a possibilidade de resciso ou prorrogao.

3.3.7 Realizaes de Obras e Servios de Arquitetura e de Engenharia

Os seguintes servios so classificados como obras:

Construo nova: construo de uma edificao desvinculada funcionalmente ou fisicamente de algum estabelecimento j existente (RDC 50 Anvisa);

Concluso: atividade de retomada de servios de engenharia, anteriormente suspensos, visando ao trmino total da obra;

Ampliao: acrscimo de rea a uma edificao existente ou construo de uma nova edificao para ser agregada funcionalmente (fisicamente ou no) a um estabelecimento j existente (RDC 50 Anvisa); e

Reforma: alterao ou no de ambientes, porm sem acrscimo de rea construda, podendo incluir vedaes e/ou instalaes existentes, substituio ou recuperao de materiais de acabamento ou instalaes existentes.

As propostas para construo nova, ampliao, concluso e/ou reforma/adequao de estabelecimentos assistenciais de sade devero conter:

Projeto Bsico de Arquitetura ( PBA) , que deve estar de acordo com a Resoluo da Anvisa RDC 50/02 e a RDC 189/03, e suas alteraes, com base na competncia a ela atribuda pela Lei n 9.872/99, para normalizao de planejamento, programao, elaborao e avaliao de projetos de estabelecimentos assistenciais de sade (EAS), bem como obedecer demais normas pertinentes;

Relatr io Tcnico ( RT) , contemplando planilhas oramentrias, memoriais descritivos, cronograma de execuo, especificao de materiais por ambiente e memorial fotogrfico;

Cpia da certido emitida pelo Cartrio de Registro de Imveis competente ou cpia da certido de propriedade da edificao, de acordo com a metragem do terreno descrito em plantas de situao e/ou locao, em nome do proponente, devidamente autenticada (inciso VIII, do art. 2, da IN/STN n 01/97 e alteraes) e Anexo III (o contido nesta alnea dispensado para casos de reforma). Sero aceitos, ainda, para efeito de comprovao de propriedade/posse do imvel, os documentos citados no inciso IX e 11, 12 e 13 do art. 2, da IN/STN 01/97 e alteraes;

Licena Am biental prvia fornecida pelo rgo com petente , conforme Resoluo n 001/Conama, de 23 de janeiro de 1986;

Licena de acordo com as norm as do Conselho Nacional de Energia Nuclear ( Cnen) , NE 6.02, em caso de instalaes radioativas;

Licena fornecida pelo I nst ituto do Patr im nio Histrico e Art st ico Nacional (Iphan), para projetos que envolvam imveis tombados pelo mesmo; e

Anexos IV a VII.

O Projeto Bsico de Arquitetura (PBA) e o Relatrio Tcnico (RT) compem uma unidade, o PBART, sendo este a documentao tcnica relativa s propostas em obras a serem analisados pela

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 27

equipe tcnica do Ministrio da Sade e que, aps a aprovao, ser parte integrante do processo licitatrio para contratao dos servios de obras. Vale ressaltar que no sero fornecidas cpias de plantas entregues ao Ministrio da Sade.

3.3.7.1 Projeto Bsico de Arquitetura (PBA)

O Projeto Bsico de Arquitetura demonstra a viabilidade tcnica da edificao a partir da definio da atividade da Unidade Assistida (UA) e do Programa de Necessidades e Estudo Preliminar desenvolvidos anteriormente. Possibilita, ainda, a avaliao do custo dos servios e obras, bem como permite a definio dos mtodos construtivos e prazos de execuo do empreendimento.

Para a anlise dos Projetos Bsicos de Arquitetura, por parte do Ministrio da Sade, torna-se obrigatria a apresentao da sua aprovao pelas instncias locais: administrao municipal; corpo de bombeiros; concessionrias de energia; gua; gs; e Vigilncia Sanitria local.

O projeto bsico compe-se de: planta baixa; plantas dos pavimentos; cortes; fachadas; locao; situao; e cobertura de acordo com a RDC 50 da Anvisa e, conforme padro NBR-6492, em escala mnima de 1:100. As plantas baixas e plantas dos pavimentos devem trazer as seguintes informaes:

Denominao dos ambientes, conforme listagem da Resoluo da Anvisa RDC 50;

Dimenses (lineares e reas) dos compartimentos;

Layout dos equipamentos fixos, ou seja, infra-estrutura predial (elevadores, geradores, cadeiras, leitos hospitalares, lavatrios/sanitrios etc), de apoio (autoclaves, lavadoras, calandras etc) ou mdico-hospilares (raios-x, tomgrafos, cadeiras odontolgicas, mesas de cirurgia etc);

Indicaes de cortes, elevaes, ampliaes e detalhes, sempre com especificao clara dos respectivos materiais de execuo e acabamento por ambiente;

Em caso de reforma e/ou ampliao, o projeto dever conter legenda (colorida ou hachurada) a demolir , a construir , existente , alm de planta de toda a rea existente; e

Legenda dos pontos de instalaes ordinrias (gua, eletricidade etc) e especiais (oxignio, nitrognio, vcuo clnico etc).

Nos casos de reformas de carter restaurador ou de manuteno, as reas de interveno tambm devero ser demarcadas e identificadas por legendas, campos de identificao, em cada prancha (folha de desenho), contendo:

Nome e endereo do estabelecimento;

Ttulo das plantas (baixa, de corte, fachada etc);

Data de elaborao do projeto;

Assinatura, nome e nmero de registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) do autor do projeto;

Telefones e endereo completo do autor do projeto;

Indicao do dimensionamento (m2) da rea existente, das reas de interveno separadas por tipo (reforma/adequao, ampliao, concluso etc) e da rea total; e

Escala utilizada nos desenhos.

3.3.7.2 Relatrio Tcnico

O Relatrio Tcnico o conjunto de documentos que, juntamente com o Projeto Bsico de Arquitetura, possibilita a anlise das propostas referentes a obras, compondo-se de Memoriais Descritivos; do Oramento Analtico da Obra; e da Memria de Clculo dos Quantitativos do Oramento Analtico da Obra.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 28

Por sua vez, os Memoriais Descritivos subdividem-se em:

Memorial descrit ivo do projeto (de responsabilidade do autor do projeto, arquiteto ou engenheiro): explica a situao fsica atual do estabelecimento (servios executados) e as alteraes nele propostas (servios a executar); descreve as solues de projeto adotadas e justificativas para as aes propostas, sendo necessrio relacionar os processos construtivos; e especifica materiais e equipamentos empregados na execuo da obra;

Mem orial descrit ivo do escopo de obra: descreve os servios que sero desenvolvidos em cada fase de execuo da obra. Em caso de reforma, o memorial dever ser discriminado por ambiente;

Memorial de at ividades assistenciais a serem realizadas no estabelecimento: descreve a organizao fsico-funcional da UA, com a lista de atribuies, atividades e subatividades discriminadas por tipo (atendimento eletivo de promoo e assistncia sade em regime ambulatorial e de hospital-dia, atendimento imediato de assistncia sade, atendimento sade em regime de internao etc), de acordo com o estabelecido pela RDC 50 da Anvisa;

Memorial descrit ivo sobre as dest inaes dos resduos de servios de sade: compreende o lixo hospitalar (de acordo com a RDC 306 da Anvisa, de 7 de dezembro de 2004) e esgoto;

Memorial descritivo das solues de abastecimento de gua potvel e energia;

Memorial fotogrfico das reas que sofrero intervenes fsicas: para os casos de obras de reforma, ampliao e concluso; e

Cronograma fsico- financeiro.

O Oramento Analtico da Obra explicita os servios a serem realizados, separadamente, por tipo de interveno (reforma, ampliao, concluso etc). Cada folha do Oramento Analtico da Obra dever conter, no mnimo, as seguintes informaes:

Cabealho, com data de elaborao, nmero da folha/quantidade de folhas, nome e endereo do EAS, tipo de interveno, rea e Bonificao de Despesas Indiretas (BDI), explicitando sua porcentagem em relao ao valor total do oramento ou sua incluso nos preos de cada servio;

Carimbo com o nmero do CREA do responsvel pela sua elaborao e assinatura do gestor;

Espao reservado para preenchimento, pelo Ministrio da Sade, com campos para data e rubrica do tcnico que analisar o oramento; e

Item, servio (no cotar material e mo-de-obra, nem insumos), unidade de medida (m, kg, unidade etc), quantidade, preo unitrio, preo total de cada item, preo total da planilha e porcentagem do peso do servio em relao ao valor total do oramento.

Os servios devero ter sua composio aberta e bem detalhada, especialmente as instalaes (eltricas, hidrulicas, de ar-condicionado central, de gases medicinais, de gs, de rede lgica/estruturada, de alarme, de sonorizao, de telefone, de proteo atmosfrica etc), urbanizao e sinalizao.

No caso de a Proposta contemplar mais de uma obra, os oramentos, memorial e cronograma devem ser apresentados em separado. O mesmo procedimento deve ser adotado quando existir mais de um servio na mesma obra (reforma, ampliao, concluso etc). No caso de obras para concluso, devero ser apresentados:

Planilha no valor total da obra;

Planilha referente aos servios j executados, com as porcentagens de quanto foi executado, por item;

Planilha dos itens a executar;

Memorial descritivo do espao de obras j executadas;

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 29

Oramento referente aos servios a executar; e

Memorial descritivo do escopo de obras a executar.

Com relao aos preos unitrios, o Ministrio da Sade utiliza o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da Construo Civil (Sinapi), que trata de um banco de dados mantido pela Caixa Econmica Federal e adotado como referncia para delimitao dos custos de execuo de obras pblicas. Na formao do preo final, do servio ou da obra, todos os custos devem ser considerados, sejam diretos ou indiretos (planilha de custos e formao de preos), em conformidade com a Lei n 8.666/93. A Memria de Clculo dos quantitativos demonstra matematicamente como foram obtidos os quantitativos dos servios constantes da planilha de custos e formao de preos.

Quanto verificao da descriminao do BDI, a apresentao e explicitao de tal item obrigatria. A metodologia de composio do BDI deve seguir a orientao do item 9.1 do Acrdo/TCU n 325/2007 - Plenrio. Vale ressaltar que tal acrdo fixa detalhes e pontos pertinentes apenas com relao metodologia de composio do BDI, no fixando valores (ou intervalos de valores) para nenhum de seus componentes. exigido o detalhamento da composio do BDI, com seus respectivos percentuais.

Acerca do PBART, o proponente dever apresentar declarao, devidam ente assinada pelos autores do PBART, explicitando, de forma sucinta e objetiva, que todo conjunto do PBART foi revisado, tendo sido observada a compatibilidade entre suas partes integrantes, e que o escopo de obras pleiteado representa todos os servios de engenharia necessrios para conferir condies de funcionamento ao estabelecimento assistencial de sade em questo e/ou da rea da interveno, ao final da obra.

Caso tal condio no seja atendida, deve ser descrito o escopo de obra faltante ou complementar, visando a conferir condies de funcionamento do estabelecimento assistencial de sade ou da rea de interveno, bem como uma estimativa de custo para a execuo deste escopo.

O profissional responsvel pela autoria e desenvolvimento do PBART deve consultar as Normas para Projetos Fsicos de Estabelecimentos Assistenciais de Sade , disponveis na internet no endereo eletrnico , a ferramenta Somasus, disponvel no stio: , e, ainda, a Cartilha de Ambincia da Poltica Nacional de Humanizao (PNH), disponvel no stio .

3.3.7.3 Investimentos em Sade segundo a Poltica Nacional de Humanizao

De acordo com a Poltica Nacional de Humanizao (PNH), as propostas para construo nova, ampliao e reforma devem ser examinadas segundo o conceito de ambincia que abrange:

Ambientes fsicos, sociais, profissionais e de relaes interpessoais relacionados a um projeto de sade voltado para as atenes acolhedoras, resolutivas e humanas;

Tecnologias mdicas presentes por componentes estticos ou sensveis apreendidos pelo olhar, olfato, audio, tais como a luminosidade, os rudos, a temperatura do ambiente etc; e

Componentes afetivos expressos na forma do acolhimento, da ateno dispensada ao usurio e da interao entre os trabalhadores e gestores; e componentes culturais e regionais que determinam os valores do ambiente.

Os projetos devem possibilitar fluxos lgicos de atendimento que aperfeioem e qualifiquem as atividades profissionais e possam alcanar resultados que englobem as direes abaixo relacionadas, orientadas pela Poltica Nacional de Humanizao:

Reduo das filas e do tempo de espera com ampliao do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critrios de risco;

http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/arq/index.htm>http://www.saude.gov.br/somasus>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 30

Conhecimento, por todos os usurios do SUS, de quem so os profissionais que cuidam de sua sade e da rede de servios que se responsabilizar por sua referncia territorial e ateno integral;

Garantia, pelas unidades de sade, dos direitos dos usurios, orientando-se pelas conquistas j asseguradas em lei e ampliando os mecanismos de sua participao ativa, bom como de sua rede scio-familiar, nas propostas de interveno, acompanhamento e cuidados em geral;

Garantia de gesto participativa, pelas unidades de sade, aos usurios e trabalhadores, com investimento na permanente educao dos mesmos, na adequao de ambincia e espaos saudveis e acolhedores de trabalho, propiciando maior integrao de trabalhadores e usurios em diferentes momentos (rodas e encontros); e

Cuidado e valorizao dos trabalhadores da sade, por meio de atividades a serem implementadas.

Desta forma, os respectivos projetos arquitetnicos devem conter:

Sala de espera com ambiente acolhedor, com assentos em nmero suficiente, udio-visual ativo e disponibilidade de brinquedos nos casos de servios de ateno criana;

Sala para atendimento privativo dos usurios e sua rede social;

reas de convivncia para usurios, visitantes e trabalhadores;

Sala especfica para ouvidoria;

Sala de reunies para equipes multiprofissionais de assistncia, para discusso de processos de trabalho, de projetos teraputicos integrados, reunies dos colegiados, dentre outras prioridades; e

Ambientes hospitalares adequados para incluso de acompanhantes e visitas (cadeira reclinvel e banheiros).

No momento da anlise da proposta de estabelecimentos e servios de sade em funcionamento devero, ainda, ser acrescidos os seguintes critrios:

Instituio de Grupo de Trabalho de Humanizao (GTH), com plano de ao definido; e

Investimento na implantao/implementao da Poltica Nacional de Humanizao (PNH), por meio de seus dispositivos/ferramentas explicitados no Documento Base e nas Cartilhas da PNH, objetivando o alcance dos resultados preconizados.

3.4 Formalizao do Projeto

Esta fase, concernente ainda etapa de solicitao, destina-se apresentao da documentao complementar e do conjunto de anexos que compem o Plano de Trabalho (Anexos IV a VI), independentemente da categoria econmica (corrente ou capital), e dos Anexos VII ou VIII e IX, quando for o caso.

3.4 .1 Documentao Complementar

RGO/ENTIDADE DOCUMENTOS

A B C D

1 Cpia da Lei Oramentria Anual relativa ao exerccio, comprovando previso oramentria de contrapartida.

S N N N

2 Declarao de Cumprimento das Condicionantes Legais (Anexo II).

S S S S

3 Cpia do Ato de Nomeao e Posse ou Ato de Designao, N N S S

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 31

acompanhada do regimento Interno ou Estatuto Social, contendo expressa determinao para a realizao de aes de sade.

4 Declarao de comunicao ao Conselho de Sade (Estadual ou Municipal) sobre a proposta de projeto apresentada (Anexo II).

S N S S

3.4 .2 Documentao Adicional, no Caso de Obras ( const ruo nova, concluso, ampliao de unidades de sade ou reforma)

RGO/ENTIDADE DOCUMENTOS

A B C* D*

1 Cpia autenticada da certido de comprovao da propriedade do imvel, emitida pelo Cartrio de Registro de Imvel, exceto no caso de reforma.

S S S S

2 Declarao de Situao de Terreno (Anexo III), exceto no caso de reforma.

S S S S

3

Projeto Bsico de Arquitetura (PBA) dever estar de acordo com as RDC 50/02 e RDC 189/03 e suas alteraes, estabelecidas pela Anvisa, com base na competncia a ela atribuda pela Lei 9.872/99 para normalizao de planejamento, programao, elaborao e avaliao de projetos de EAS. O PBA dever ser encaminhado com a aprovao da Vigilncia Sanitria local.

S S S S

4 Projetos que envolvam imveis tombados pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan): licena prvia fornecida pelo rgo competente.

S S S S

5 Projetos que envolvam instalaes radioativas: licena de acordo com as normas do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen) n 6.02.

S S S S

6

Projetos que exijam estudos ambientais: licena ambiental prvia fornecida pelo rgo competente, conforme Resoluo n 001, de 23 de janeiro de 1986, do Conama, exceto no caso de reforma.

S S S S

* O inciso II alnea C do Art. 36 da Lei n 11.439/06 autoriza obra em andamento e veda destinao de recursos para ampliao do projeto original.

3.4 .3 Documentao Adicional, na Aquisio de Equipamentos

RGO/ENTIDADE DOCUMENTOS

A B C D

1 Plantas dos ambientes onde os equipamentos fixos sero instalados, com indicao dos pontos de instalaes prediais e / ou especiais necessrias.

S S S S

2 Licena de acordo com as normas do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen) n 6.02 para equipamentos que exijam proteo radioativa.

S S S S

LEGENDA: A = rgo e Entidade Estadual e Municipal; B = rgo e Entidade Federal; C = Entidade Privada Sem Fins Lucrativos; D = Consrcio Pblico de Sade.

S = Sim, exige-se a apresentao do documento mencionado. N = No, no se exige a apresentao do documento mencionado.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 32

CAPTULO 4 Formalizao, Celebrao e Publicao do Convnio

Aps a anlise, cumprida a etapa da solicitao e ao encontrar-se a proposta de projeto em condies de atendimento, passa-se para outra etapa: a da formalizao, celebrao e publicao do convnio, que representa a realizao do que foi pactuado, por meio de um ato formal, a fim de assegurar sua eficcia e a publicidade.

A celebrao de convnio ocorre com a assinatura e publicao do seu extrato no Dirio Oficial da Unio, sob a responsabilidade do Ministrio da Sade, que tambm far a divulgao pela internet a fim de que o acompanhamento do processo de liberao de recursos seja viabilizado. Em cumprimento ao art. 11 da IN/STN n 01/97 e alteraes, o Poder Legislativo e os Conselhos de Sade tambm sero informados sobre a assinatura do convnio.

vedada a designao de servidor pblico federal para fins de atuao como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, conforme disposto no inciso XI do art. 117 da Lei n 8112/90 e no inciso I do art. 11 da Lei n 8429/92.

O instrumento de Procurao no ser aceito para assinatura de Termo de Convnio. A representao do titular da entidade ou rgo, na celebrao de convnio, somente, se dar nas formas a seguir descritas:

Pessoa Jurdica de Direito Pblico: cpia do instrumento pblico de delegao/subdelegao de competncia, emitido pela autoridade competente para o seu exerccio, dispondo de poderes especficos para a prtica do ato, acompanhado de cpia do extrato de sua publicidade em veculo oficial;

Pessoa Jurdica de Direito Privado: cpia da ata de assemblia ou instrumento similar, devidamente autenticada, dispondo de poderes especficos para a prtica do ato.

Para celebrao de convnio por intermdio de procurador, imprescindvel a apresentao do documento apropriado em que se consigne legalmente essa incumbncia. O procurador ser devidamente qualificado no Termo do Convnio, cabendo-lhe representar o outorgante, dentro dos limites estabelecidos nos termos da procurao.

http://www.fns.saude.gov.br>

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 33

CAPTULO 5 Execuo do Convnio

Essa a etapa da cooperao tcnica e financeira destinada ao fiel cumprimento do Plano de Trabalho, por meio da plena e efetiva execuo das metas fsicas e financeiras pactuadas, em observncia legislao pertinente.

5.1 Liberao de Recursos

A liberao dos recursos obedecer ao cronograma estabelecido no Plano de Trabalho e ocorrer de acordo com a disponibilidade financeira da concedente, por meio de transferncia para a conta corrente especfica, na agncia bancria de opo do convenente, com base em informaes por ele fornecidas.

A conta especfica do Convnio, excetuados os casos de entidades/rgos federais, em que a transferncia de recursos realizada por meio da Conta nica da Unidade Gestora, destina-se, exclusivamente:

movimentao dos recursos transferidos pela concedente;

Ao ingresso de rendimentos resultantes da aplicao financeira; e

Ao depsito da contrapartida financeira para pagamento das despesas vinculadas ao convnio.

As liberaes podem ocorrer em uma ou mais parcelas, de acordo com o Plano de Trabalho aprovado. Nos casos em que forem previstas trs parcelas ou mais, a terceira e/ou as eventuais subseqentes ficaro condicionadas apresentao de prestaes de contas parciais.

Ser consultado o Cauc quanto adimplncia do ente federativo (Estados, DF e Municpios) para a liberao de cada parcela do recurso (IN/STN n 3/2005, combinado com o art. 48 da Lei 11.439/06). Para fins de aplicao das sanes de suspenso de transferncias de recursos ( 3 art. 25 da Lei n 101/00), excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

O Fundo Nacional de Sade (FNS), em cumprimento ao disposto no art. 1 da Lei n 9.452/97, notificar as respectivas Cmaras Municipais sobre a liberao de recursos financeiros para os Municpios, no prazo de dois dias teis, contado da data de liberao. A Prefeitura do Municpio beneficirio da liberao de recursos, cumprindo o disposto no art. 2 da citada lei, notificar os partidos polticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Municpio, sobre o fato, observando o prazo de dois dias teis, contado da data de recebimento dos recursos.

5.2 Vigncia

A vigncia o prazo previsto no Termo de Convnio para a consecuo do objeto em funo das metas estabelecidas.

5.3 Alterao de Convnio

O Convnio ou Plano de Trabalho somente poder sofre alterao mediante proposta do convenente, devidamente justificada, a ser apresentada no prazo mnimo de at 60 dias antes do trmino de sua vigncia, podendo ser aprovada ou no e devendo a deciso ser comunicada ao interessado. Ressalta-se que a proposta de alterao no poder modificar o objeto do convnio.

MANUAL DE COOPERAO TCNICA E FINANCEIRA POR MEIO DE CONVNIOS 34

obrigao da concedente prorrogar de ofcio a vigncia do convnio, quando houver atraso na liberao dos recursos, limitada a prorrogao ao exato perodo do atraso verificado.

O Proponente, ao apresentar a proposta de execuo de projetos ou realizao de eventos, deve programar, de forma criteriosa, as suas aes. Quando necessria a alterao do Plano de Trabalho, o convenente dever encaminhar concedente:

Ofcio com o nmero do processo; o nmero e ano do convnio; no assunto: Prorrogao de Prazo de Vigncia; no teor: descrio da alterao pretendida com a devida justificativa; e o nome e assinatura do dirigente do rgo ou entidade convenente

Plano de Trabalho (Anexos IV a VI), demonstrando as alteraes pretendidas, no caso de solicitao de alterao de vigncia;

Plano de Trabalho (Anexos IV a VI) e, quando for o caso, os Anexos VII, VIII e IX e XV, demonstrando as modificaes pretendidas, nas demais solicitaes de alterao;

Extrato bancrio da conta especfica do