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Manual de e-Col@boração e e-Aprendiz@gem e-Qu@lificação para o Terceiro Sector 2008

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Manual de

e-Col@boração e

e-Aprendiz@gem

e-Qu@lificação para o Terceiro Sector

2008

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Índice

I. Génese do Produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector 6

II. Orientações Metodológicas

2.1 Apresentação e Objectivos 8

2.2 Produtos e metodologias associadas 10

2.3 Estratégias de validação 13

2.4 Estratégias de disseminação 18

III. Desenvolvimento da Formação

3.1 A formação de acordo com a metodologia three-Learning

3.1.1 Diagnóstico de necessidades formativas 21

3.1.2 Caracterização do modelo de formação 22

3.1.3 A plataforma de ensino a distância 33

3.1.4 Metodologia formativa 34

3.1.5 Funções e papéis das entidades da Parceria de Desenvolvimento (PD) 35

3.1.6 Caracterização do público-alvo e critérios de selecção 38

3.1.7 Critério de selecção de conceptores/as e formadores/as 39

3.1.8 Qualificação da formação 40

3.1.9 Itinerários Formativos 42

3.2 Conteúdos programáticos e objectivos dos cursos

3.2.1 Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária 47

3.2.2 Cidadania e Igualdade de Género 48

3.2.3 Gestão Estratégica 50

3.2.4 Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos 52

3.2.5 Gestão de Recursos Humanos 54

3.2.6 Gestão Financeira 54

3.2.7 Sistemas da Qualidade 56

3.2.8 Estratégias de Marketing Social 58

3.2.9 Gestão Comercial para o Terceiro Sector 60

3.3 Selecção e caracterização dos/as participantes 62

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3.3.1 Inscrição e selecção dos/as formandos/as 63

3.3.2 Idade e sexo 64

3.3.3 Nível de habilitações/área de formação 65

3.3.4 Cargo / Funções e situação face ao emprego 66

3.3.5 Representatividade / Tipologia das entidades 67

3.3.6 Locais de origem dos/as formandos/as 67

3.3.7 Dificuldades sentidas/comentários 68

3.4 Visitas de Estudo

3.4.1 Objectivos 70

3.4.2 Conteúdos programáticos das visitas e relação com os objectivos do

Curso 71

3.4.3 Logística 74

3.4.4 Avaliação de impacte 74

3.5 Avaliação da Formação

3.5.1 Avaliação da aprendizagem 76

3.5.2 Avaliação de satisfação dos/as formandos/as 77

3.5.3 Balanço de competências 78

3.5.4 Avaliação de impacte 90

3.5.5 Conclusões da avaliação 95

IV. E-qu@lificação para o Terceiro Sector

4.1 O Portal 3 Sector como suporte ao produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector

4.1.1 Estratégias, objectivos e orientações 97

4.1.2 Áreas, metodologias e fases de desenvolvimento 98

4.1.3 Dificuldades encontradas/oportunidades de melhoria 113

4.2 Conclusões e comentários 115

V. Anexos 117

- Modelo de BC – Diagnóstico de necessidades e itinerários formativos

- Modelo de avaliação de impacte da formação nos/as formandos/as

- Modelo de avaliação de impacte da formação nas organizações

- Modelo de avaliação de impacte da formação nos tutores/as

- Recurso Complementar ao Balanço de Competências

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Índice de Figuras

Figura 1 – Folheto de Apresentação 6

Figura 2 – Apresentação do ecrã de entrada da plataforma de formação/aprendizagem

(Outubro/2008) 27

Figura 3 – Apresentação do ecrã do curso de Cidadania e Igualdade de Género (Outubro/2008) 28

Figura 4 – Modelo da Ficha de inscrição 38

Figura 5 – Listagem de Cursos 42

Figura 6 – Estrutura do OISDL 99

Figura 7 – Layout do OISDL 100

Figura 8 – Layout inicial da Plataforma 103

Figura 9 – Vias estratégicas para a Plataforma 3Sector 104

Figura 10 – Objectivos do Portal 3Sector 107

Figura 11 – Pilares do Portal 3Sector 108

Figura 12 – Metodologias de Desenvolvimento do Portal 3Sector 109

Figura 13 – Modelo de Comunicação do Portal 3Sector 109

Figura 14 – Modelo de Layout do Portal 3Sector 110

Figura 15 – Públicos do Portal 3Sector 111

Figura 16 – Layout final do Portal 3Sector 113

Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Análise dos resultados da formação 62

Gráfico 2 e 3 – Caracterização dos/as formandos/as por faixa etária e género 63

Gráfico 4 e 5 – Caracterização dos/as formandos/as por nível de habilitações

e áreas de formação 64

Gráfico 6 e 7 – Caracterização dos/as formandos/as por funções desempenhadas

E situação face ao emprego 65

Gráfico 8 – Enquadramento institucional dos/as formandos/as 66

Gráfico 9 – Evolução de competências nos cursos de formação three-learning 85

Gráfico 10 – Síntese dos dados recolhidos junto dos/as representantes das

entidades 92

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Gráfico 11 – Síntese dos dados recolhidos junto dos/as formandos/as 93

Gráfico 12 – Síntese dos dados recolhidos junto dos/as formandos/as 94

Índice de Mapas

Mapa 1 – Distribuição em percentagem do local de origem dos/as formandos/as 66

Índice de Quadros

Quadro 1 – Quadro síntese estatístico do Terceiro Sector 7

Quadro 2 –Síntese de mais-valia dos produtos 10

Quadro 3 – Dimensões da avaliação 14

Quadro 4 – Pontos Fortes e Pontos Fracos do produto 20

Quadro 5 – Distribuição dos/as formandos/as inscritos e certificados pelos diferentes

Cursos 25

Quadro 6 – Formação académica de base dos/as destinatários/as 43

Quadro 7 – Perfis funcionais e profissionais dos/as destinatários/as 44

Quadro 8 – Objectivos das Visitas de Estudo 70

Quadro 9 – Pontes Fortes e Pontos Fracos da Formação 74

Quadro 10 – Escala de Avaliação 76

Quadro 11 – Escala utilizada no processo BC 80

Quadro 12 – Números de formandos/as que participaram no processo BC 82

Quadro 13 – Quadro de médias de competências 83

Quadro 14 – Quadro de domínio de competências 85

Quadro 15 – Quadro síntese de constrangimentos e recomendações 88

Quadro 16 – Quadro síntese de participação na avaliação de impacte 91

Quadro 17 – Fases de desenvolvimento do Portal 3Sector 102

Quadro 18 – Etapas e acções estratégicas de desenvolvimento 105

Quadro 19 – Objectivos, acções e recursos a envolver 105

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I. Génese do Produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector

O projecto e-Qu@lificação nasceu de uma ideia conjunta da Animar e da Cáritas Portuguesa, no sentido de reforçar competências das organizações associadas, no que respeita a questões de enquadramento e de gestão de organizações do Terceiro Sector1, usando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a formação a distância como principal instrumento de intervenção, dando origem ao package formativo e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, como produto do projecto.

Este projecto surge no seguimento de um anterior conjunto entre estas mesmas entidades, o Projecto Convergências (FASE 1, Programa Equal), que tinha um objectivo geral semelhante, utilizando contudo uma metodologia assente na observação e intervenção locais: Observatório de Intervenção Social e do Desenvolvimento Local, diagnósticos territoriais e oficinas/workshops ajustados às necessidades de cada um dos territórios piloto do projecto, num total de 10. A Parceria de Desenvolvimento (PD) teve a mais-valia de contar com a prática adquirida na fase anterior, e de poder usufruir do potencial de experiência adquirido na Fase 1.

Para além disso, os passos dados nessa fase, no que concerne à definição de conteúdos e metodologia do Observatório de Intervenção Social e do Desenvolvimento Local (OISDL), permitiram não só identificar necessidades das organizações do Terceiro Sector, como transferir conhecimento e ferramentas para o novo instrumento formativo/informativo e colaborativo: portal 3Sector (http://www.3sector.net).

A partir de um diagnóstico de necessidades das organizações do Terceiro Sector associadas (rede Animar e Cáritas), surge a definição dos objectivos finais do projecto e-Qu@lificação:

� Criar e desenvolver uma plataforma colaborativa digital de gestão do conhecimento e de apoio à formação a distância para o Terceiro Sector;

� Criar 9 cursos inovadores de formação e-learning, para técnicos/as e dirigentes, no sentido de melhorar os mecanismos de apoio à intervenção;

� Criar um modelo inovador de formação, potenciadora do empowerment dos/as beneficiários/as, numa lógica de auto-aprendizagem e formação contínua e descentralizada;

� Testar práticas de e-formação colaborativa, baseadas em meios digitais, numa perspectiva de sustentabilidade e de aprendizagem ao longo da vida;

� Promover a Cidadania e Igualdade de Género, criando mecanismos e acções específicas para o efeito.

Estas questões são tão mais pertinentes quando se pensa no Terceiro Sector como envolvendo mais de um milhão de portugueses/as, em regime laboral ou voluntário. Para além do número de pessoas ao serviço, ainda participam mais de 500.000 voluntários/as.

1 “O 3º Sector integra aquelas organizações que, não sendo Estado, produzem bens e serviços de interesse geral e que, sendo privadas, não têm como objectivo principal a apropriação individual do lucro.” (Sílvia Ferreira, in IV Congresso Português de Sociologia) “O conceito de terceiro sector expandiu-se nas décadas de 80 e 90, a partir supostamente da necessidade de superação da dualidade público/privado e da crença de que este novo sector possa dar as respostas que o Estado já não pode dar e que o mercado não procura dar.” (in http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2517)

Figura 1 - Folheto de Apresentação

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UM SECTOR QUE ENVOLVE MAIS DE 1 MILHÃO DE PORTUGUESES/AS

N.º Entidades N.º Pessoal ao Serviço Corpos Sociais Fo nte Ano

Cooperativas (crédito, habitação, consumo, produção, distribuição) 3.184 127.360 28.656

INSCOOP 2005

Mutualidades 72 2.880 648 União das Mutualidades 2006

IPSS 4.298 171.920 38.682 ICS 2002

Associações 2.271 90.840 20.439 ICS 2002

Centros Sociais Paroquiais e Institutos Religiosos 1.372 54.880 12.348

ICS 2002

Misericórdias 400 16.000 3.600 União das Misericórdias Portuguesas 2002

Fundações 162 6.480 1.458 ICS 2002

Cooperativas de Solidariedade Social 93 3.720 837 ICS 2002

Sociais não IPSS (Bombeiros, Associações Juvenis, Casas do Povo, Associações da área da saúde, Associações de Imigrantes)

2.428 97.120 21.852

ICS 2002

ADL 69 2.760 621 ICS 2002

Bombeiros 471 18.840 4.239 ICS 2002

ONG 97 3.880 873 ICS 2002TOTAL 10.619 424.760 95.571

O projecto iniciou-se com muito entusiasmo e com muitas expectativas, mas rapidamente a realidade veio mostrar as primeiras dificuldades, e face aos constrangimentos e dificuldades encontradas no desenrolar das actividades relativas à concepção dos cursos e testagem dos mesmos em contexto formativo, foi decidido, por consenso, reorientar a sua estratégia.

Inicialmente, estavam previstos numa primeira fase de testagem 6 cursos formativos num território piloto, abrangendo 12 formandos/as sinalizados/as pelos parceiros regionais Cáritas Portalegre e Ideia Alentejo, e numa segunda fase de testagem, os 9 cursos formativos já reajustados, segundo uma metodologia inovadora definida em sede de candidatura (o three-learning), envolvendo desta vez 24 formandos/as de territórios distintos e não apenas do Alentejo.

A PD verificou, no entanto, que seria indispensável definir uma nova estratégia de monitorização do processo e de envolvimento dos/as formandos/as e conceptores/as, face à reprogramação da entrega dos conteúdos dos cursos e à impossibilidade da sua mediatização em tempo útil.

Assim, foram redefinidos os prazos de entrega dos 9 cursos formativos, mantendo as duas fases de testagem do sistema e-learning com dois objectivos distintos: primeiro o de familiarizar os/as formandos/as ao ambiente de trabalho e à metodologia e-learning e segundo o de testar os conteúdos dos cursos.

Relativamente à escolha dos cursos, estes foram indicados pelo parceiro PROACT, que face ao profundo conhecimento do Terceiro Sector e ao diagnóstico realizado, deu indicação para que as matérias a serem abordadas fossem numa linha de capacitação das organizações relativas a matérias de enquadramento do Terceiro Sector e de Gestão, constituindo a matéria de Cidadania e Igualdade de Género um conteúdo transversal a todos os cursos, sem prejuízo da realização de um curso específico sobre a mesma.

Quadro 1 - Quadro síntese estatísti co do Terceiro Sector

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II. Orientações Metodológicas

2.1 Apresentação e Objectivos

Mais do que atingir bens tangíveis, as organizações "de excelência" para se tornarem mais eficazes na sua intervenção nos territórios junto de públicos mais desfavorecidos, terão cada vez mais de praticar uma estratégia de investigação-acção, tirando partido de bens invisíveis, como sejam a (in)formação, o know-how, as novas metodologias e instrumentos de trabalho.

O e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, no qual este manual se integra, é um produto de qualificação dos/as agentes do Terceiro Sector (dirigentes e técnicos/as) que visa suprir algumas lacunas evidenciadas a priori no âmbito da gestão organizacional das organizações deste sector de actividade.

Pretende-se assim que este produto possa ser um precioso auxiliar à promoção de desempenho organizacional das entidades do Terceiro Sector. Este, é constituído por uma massa crítica qualificada e jovem, propícia a uma modalidade de aprendizagem no contexto da sociedade da informação, tendo já ao nível da fase de diagnóstico as entidades e os/as agentes reconhecido o produto como potenciador estratégico de qualificações importantes para o trabalho de presente e futuro das organizações.

Assim, utilizaram-se estratégias de aprendizagem a distância – e-learning – com uma nova metodologia inerente que mistura o blended-learning com visitas de estudo, de componente essencialmente prática que complementa o processo de aprendizagem, o three-learning. Esta metodologia inovadora pretende dotar os/as participantes nos programas de formação com uma componente de aprendizagem essencialmente prática, em que se possam contextualizar os conteúdos apresentados na formação em situações reais.

Com esta determinação, ambiciona-se assim disseminar práticas de trabalho colaborativo, de aprendizagem a distância e de utilização das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nas práticas correntes das entidades do Terceiro Sector.

Recorrendo a visitas de estudo, pretende-se ainda promover o intercâmbio e a troca de experiências e práticas entre as entidades do Terceiro Sector e a observação da implementação de boas práticas, desenvolvendo nos/as participantes um sentido crítico indispensável à sua implementação nos seus próprios contextos.

O e-learning é, sem dúvida, uma metodologia flexível de formação "à medida" dos/as formandos/as, não obrigando a grandes deslocações e adaptando-se aos ritmos de cada um, contribuindo de forma intensa para o empowerment dos/as beneficiários/as, podendo os conteúdos de aprendizagem adaptar-se às realidades dos territórios de intervenção.

O mesmo tem vantagens inovadoras: passível de utilização em múltiplos contextos e tempos de aprendizagem; gestão individualizada do processo de aquisição de conhecimentos e vantagens comparativas ao nível financeiro, relativamente a outras soluções de formação unicamente presencial.

O pacote formativo integrante do produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector é composto por 9 cursos de formação a distância, complementados com conteúdos transversais de Cidadania e Igualdade de Género.

Estes cursos permitirão uma preparação mais direccionada para o posto de trabalho que os/as beneficiários/as da formação ocupam; o acesso a novas metodologias de organização/gestão que estão disponíveis no portal 3Sector com instrumentos de e-colaboração e a oferta de formação complementar flexível.

O produto formativo ajudará a combater, primeiramente, em territórios piloto, e de futuro, no contexto nacional, a discriminação no acesso ao saber e a instrumentos e metodologias inovadoras, muitas vezes inacessíveis pelas deslocações presenciais que são necessárias fazer aos centros urbanos de maior dimensão.

O diagnóstico permitiu antecipar, a partir de sessões de dinamização presencial, algumas barreiras por parte das organizações: indisponibilidade para considerar o investimento prioritário; falta de estratégia de mudança organizacional e resistência ao nível das mentalidades, foram algumas das mais desafiantes e amplamente focadas.

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Para combater estes obstáculos foi necessário associar uma estratégia de marketing e promoção, liderada pelas entidades Animar e Cáritas Portuguesa, no sentido de credibilizar os conteúdos e a metodologia inerente, apresentando o three-learning como uma mais-valia para as entidades e os/as agentes do Terceiro Sector.

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2.2 Produtos e metodologias associadas

O produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector” assenta em duas componentes principais:

� 9 Cursos de formação e respectiva demonstração dos produtos formativos e das metodologias adoptadas. (disponibilizados online e em versão CD-ROM).

Recurso técnico-pedagógico que integra um guião de exploração, conteúdos e colectânea de recursos de apoio à formação: documentos, textos orientadores, sites e bibliografia. O produto resulta da concepção e desenvolvimento da formação e-learning e presencial. A DEMO sintetiza e apresenta, de forma atractiva e simples, o processo formativo e respectivos conteúdos.

� Manual de e-Col@boração e e-Aprendiz@gem

Recurso técnico-pedagógico que descreve as práticas e metodologias implementadas no processo de concepção e desenvolvimento do produto.

O quadro 2 sintetiza algumas das mais-valias que se podem incorporar com a implementação do produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector”.

O processo de desenvolvimento do produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector” foi devidamente suportado por diversos instrumentos, ferramentas e estratégias de apoio que procuraram promover uma optimização da experiência formativa na qualificação dos indivíduos e entidades bem como gerar mais-valias acrescidas na sua incorporação futura por outras entidades.

Assim, conjuntamente com o produto promoveu-se a incorporação de instrumentos para:

− Realização de balanços de competências

Para a realização do balanço de competências foi utilizado um instrumento que consistia em identificar as competências de entrada e de saída dos/as formandos/as quer ao nível da navegação no Portal 3Sector/plataforma formativa (http://www.3sector.net/moodle), quer ao nível da utilização e apropriação dos seus conteúdos. No

MAIS VALIA DO PRODUTO

� Conteúdos de gestão adaptados ao Terceiro Sector;

� Adequação e pertinência dos conteúdos: organizações e gestão – acesso a novas tecnologias de informação e comunicação de qualificação dos/das agentes;

� Metodologia formativa inovadora e que reforça a componente empírica, promovendo visitas de estudo integradas nas sessões presenciais de cada curso;

� Aplicação dos cursos em diferentes contextos adaptados ao Terceiro Sector (técnicos/as e dirigentes), com uma resposta integrada ou isolada (cada curso valendo per si) às necessidades formativas deste grupo-alvo;

� Criação de um balanço de competências online aplicado ao nível da formação;

Quadro 2 - Síntese de mais-valia do produto

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desenvolvimento deste instrumento foi necessário ter em consideração as especificidades resultantes do facto de se tratar de um projecto enquadrado por uma lógica de inclusão social. O processo de implementação do balanço de competências é devidamente descrito no ponto 3.5.3.

− Realização de balanços de competências de diagnóstico

O produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector” possui uma componente formativa na qual se englobam 9 cursos de formação. No entanto, cada entidade, e mais particularmente cada técnico/a, terá necessidades formativas distintas. Com a introdução deste instrumento pretende-se que seja possível a cada um destes intervenientes delinear o itinerário formativo mais adequado às suas necessidades dentro da oferta disponibilizada no pacote “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector”.

− Realização de avaliação de satisfação de formandos/as

A avaliação de satisfação de formandos/as é um instrumento indispensável para aferir os seus níveis de satisfação face ao programa formativo frequentado. Assume uma importância primordial para determinar eventuais oportunidades de melhoria do programa. Os questionários de avaliação de satisfação de formandos/as aplicados aos cursos integrantes do produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector” encontram-se adequados à metodologia formativa implementada neste projecto. Assim, para além dos parâmetros de avaliação normalmente utilizados nos contextos formativos tradicionais presenciais, este instrumento permite aferir a satisfação dos/as formandos/as nas vertentes de formação online, qualidade da plataforma colaborativa, relevância e adequabilidade das visitas de estudo, bem como evidenciar parâmetros de qualidade como a inovação, utilidade e adequabilidade.

− Realização de avaliação de impacte da formação

Tal como a avaliação de satisfação dos/as formandos/as, também a avaliação de impacte da formação tem um papel essencial na melhoria dos programas formativos. Este instrumento permite normalmente aferir o impacte que os programas de formação têm nas entidades participantes. Com a avaliação de impacte da formação pretendeu-se também verificar eventuais benefícios incorporados pelas entidades participantes como resultado das visitas de estudo realizadas. Noutra vertente, com este instrumento pretendeu-se também verificar eventuais progressões profissionais ou outros benefícios que os/as formandos/as possam recolher com a participação nos programas formativos incorporados no produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector”.

Para além destes instrumentos, foram desenvolvidas outras ferramentas que, apesar de serem independentes do produto, têm funções de suporte de acordo com os seus objectivos/características. Tal como já referido, estas ferramentas pretendem promover uma optimização da experiência formativa na qualificação dos indivíduos e entidades bem como gerar mais-valias acrescidas na sua incorporação. Como ferramentas de suporte ao produto foram desenvolvidos o Portal 3Sector e uma Aplicação de Demonstração do Produto.

− Portal 3Sector (http://www.3sector.net)

O Portal 3Sector funciona como uma base de suporte ao processo formativo, podendo ser utilizado como base de referência para a disponibilização de documentação relacionada com os programas de formação. Neste espaço são ainda disponibilizadas outras ferramentas práticas, documentos e informação complementares, com interesse para os/as agentes e organizações do Terceiro Sector, instituições públicas relacionadas com o mesmo e empresas no âmbito da responsabilidade social. A descrição do processo de desenvolvimento do Portal 3Sector pode ser consultada no ponto 4.1.2 do presente Manual.

− Aplicação de demonstração do produto

A aplicação de demonstração do produto é um recurso técnico-pedagógico que sintetiza e apresenta de forma atractiva e simples o produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector”.

O Portal 3sector (http://www.3sector.net) é independente do produto “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector”. Ou seja, a incorporação do produto não está dependente do seu desenvolvimento. Não obstante, a sua existência poderá resultar num precioso auxiliar ao processo de incorporação do produto.

Para efeitos de validação/avaliação do produto, foram constituídos três níveis de utilizadores/as:

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− Membros de todas as comissões da parceria;

− Membros de entidades das redes ANIMAR e Cáritas;

− Outras instituições do Terceiro Sector.

Pretende-se que a sustentabilidade seja garantida a partir de parcerias formais e informais, que se constituíram para gestão futura deste mesmo produto, nomeadamente:

Membros de entidades das redes Animar: (Centro de Formação Profissional do Artesanato (CEARTE), Rota do Guadiana, Associação de Defesa do Património de Mértola, Raia do Chança, Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste (Esdime), Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP), Intercooperação e Desenvolvimento CRL (INDE), Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), Movimento de Solidariedade Rural, Fajudis - Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, Rancho Folclórico de Chãos, Cooperativa Terra Chã, Leadersor - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Sor, ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela, ADIP - Associação para o Desenvolvimento Integrado de Poiares, Casa do Povo de Castro Daire, Solidários, Aliende, Trilho, Centro de Formação em Tempos Livres, Associação de Desenvolvimento das Comunidades Locais, AderSousa - Associação de Desenvolvimento Rural das Terras de Sousa, Aliança Artesanal, ADRAT - Associação de Desenvolvimento da Região do Tâmega, Associação de Desenvolvimento Local do Minho Lima e ADM Estrela - Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos);

Outras organizações do Terceiro Sector: Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, União das IPSS’s e União das Mutualidades Portuguesas;

Organismos públicos: como o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI); a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG, ex-CIDM), o Instituto da Segurança Social (ISS) e o Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (INSCOOP);

Universidades: o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Universidade de Évora;

Empresas sinalizadas a partir do Estudo de Sustentabilidade e Viabilidade, para solicitação de patrocínios no âmbito da responsabilidade social das empresas.

O produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, com recursos pedagógicos de e-colaboração e e-learning, será utilizado nestas organizações garantindo o reforço das competências na gestão de projectos, exploração de tecnologias (com manuseamento continuado – importância do treino para consolidar a utilização das TIC), no trabalho em parceria e na gestão sustentável das organizações.

Para reforçar a sustentabilidade das organizações envolvidas, a partir deste produto, foram analisados e criados espaços de publicitação de serviços para as redes envolvidas, bem como meios e mecanismos de reforço da reflexão estratégica conjuntamente com a aplicação de meios digitais de comunicação a distância. Espera-se que sejam potenciados alguns efeitos indirectos deste produto, como a criação de negócios e novas práticas de parceria no âmbito do Terceiro Sector.

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2.3 Estratégias de validação

A metodologia proposta para a validação de cada momento formativo teve como principal objectivo, a criação de uma dinâmica de avaliação e validação contínua do produto ao longo da sua construção.

A validação de cada curso foi realizada em duas dimensões distintas: uma dimensão técnico-pedagógica, relacionada com sua operacionalização, e uma dimensão EQUAL, em que se pretendia avaliar a conformidade de cada sub-produto com os critérios de análise de qualidade dos produtos sugeridos pela Iniciativa Comunitária EQUAL.

Como base para esta validação foram aplicados dois questionários, com componentes específicas e que serviram como input de informação indispensável a este processo.

O questionário técnico-pedagógico, inicialmente aplicado aos técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector e da rede Animar e Cáritas, teve uma função predominantemente de avaliação do processo formativo, dos seus suportes, metodologias e desenvolvimento, com o intuito de perceber as lacunas de qualificação, como base de construção dos conteúdos formativos.

A importância da informação recolhida por este meio traduziu-se em indicadores importantes da qualidade dos cursos desenvolvidos. Neste ponto, foram avaliados a qualidade dos materiais pedagógicos, tanto em forma como em conteúdo, a adequabilidade do modelo de formação, a qualidade da tutoria, a organização da plataforma de aprendizagem, bem como alguns parâmetros importantes para a validação EQUAL. Apesar de não serem avaliados todos os critérios de análise de qualidade EQUAL, a avaliação da dimensão técnico-pedagógica foi importante no processo de validação, uma vez que permitiu aferir a qualidade do produto e da sua adequabilidade aos contextos presenciais.

O questionário de avaliação da dimensão EQUAL aferiu, por seu lado, a adequabilidade de cada curso às dimensões de análise de qualidade dos produtos EQUAL. Os/As destinatários/as deste questionário foram os/as responsáveis pela tutoria e apoio à tutoria de cada curso e os/as responsáveis de cada entidade envolvida na PD. Nestes casos, disponibilizou-se um formulário específico para a equipa de tutoria e outro para os/as responsáveis da parceria.

O momento de avaliação foi a componente de informação mais importante para verificar a conformidade do produto com os critérios de aferição do programa EQUAL. Nesta dimensão procurou-se avaliar todos os critérios que definem qualidade de um produto EQUAL, para além de se aferir a qualidade de algumas valências técnico-pedagógicas, indispensáveis à caracterização qualitativa do momento de formação e que irão funcionar complementarmente às dimensões de avaliação de critérios de análise da qualidade.

A validação de cada momento de formação foi efectuada com recurso à análise dos dados fornecidos por cada um destes questionários e às evidências objectivas, documentais e administrativas, recolhidas durante o desenvolvimento da formação.

Para além destas vertentes, complementaram-se estas dimensões de avaliação com momentos de reflexão entre os/as diferentes agentes da PD. Estes momentos de reflexão tiveram como principal objectivo a percepção das tendências verificadas nas restantes dimensões de avaliação e aferir eventuais situações de discordância que se pudessem tornar factores de entropia ao processo.

As sessões de pré-validação do produto têm uma importância fundamental, como diagnóstico do seu estado de desenvolvimento.

O processo de pré-validação visou simular os procedimentos duma sessão de validação, num ambiente o mais aproximado possível. Assim, o produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, na sua fase de desenvolvimento, foi avaliado pelos elementos da PD, pelos elementos da Rede Temática e pelo painel de especialistas EQUAL.

Foram então preenchidas as Grelhas de Validação dos Produtos EQUAL para as diferentes dimensões de análise (Inovação, Empowerment, Adequabilidade, Utilidade, Acessibilidade, Igualdade e Transferibilidade), tendo o produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector obtido classificações satisfatórias em todas elas.

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Como corolário da sessão, foram sugeridas algumas oportunidades de melhoria para o produto, as quais procuraram ser implementadas na versão final do produto.

Uma das sugestões foi a de procurar aferir o impacte da componente das visitas de estudo incorporadas na metodologia three-learning implementada na formação. Esta análise foi realizada, especificamente, no âmbito do processo de avaliação de impacte da formação realizada junto dos/as beneficiários/as da formação (formandos/as e entidades participantes). No entanto, outros registos evidenciam também a importância das visitas de estudo no processo formativo. Este processo será analisado em pormenor no ponto 3.4 do capítulo III.

Outra sugestão emergente na sessão de pré-validação foi a de prever nos cursos incorporados no produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, créditos de qualificação que garantam o seu reconhecimento de equivalência. Para tal, foi elaborado um Dossier de Qualificação cujo âmbito se encontra descrito no ponto 3.1.8 do capítulo III.

Procura-se, com a prossecução destas oportunidades de melhoria, aproximar as práticas associadas ao produto às dimensões de validação de produtos EQUAL.

Apresenta-se de seguida uma grelha síntese das dimensões de avaliação do pacote “e-Qu@lificação para o Terceiro Sector” e as respectivas evidências:

DIMENSÕES DE AVALIAÇÃO EVIDÊNCIAS

Inovação (intensidade da presença de características novas e distintivas no produto; na realidade, o que distingue este produto de outros produtos com características e finalidades semelhantes; existência de valor acrescentado em relação às respostas convencionais e desenvolvimento de novas competências)

- Utilização de uma nova forma de aprender baseada na metodologia three-learning (conjugação da formação b-learning com as visitas de estudo); - Os produtos possibilitam a promoção do empowerment por parte dos/as destinatários/as, uma vez que são os/as próprios/as formandos/as que fazem um trabalho contínuo de validação dos conteúdos e constantes melhorias; - A metodologia de formação é inovadora, na medida em que procura que a formação a distância seja potenciada com exemplos práticos, reflectidos quer nas visitas de estudo, quer nos exemplos práticos colocados nos exercícios de cada curso; - Transversalidade do princípio da cidadania e igualdade de género em todos os conteúdos formativos; - Oferta pioneira de processos formativos em e-learning direccionados para o Terceiro Sector; - Antecipação das necessidades formativas do futuro das organizações do Terceiro Sector, garantindo a sua certificação; - Adaptação de matérias de gestão de empresas para a gestão de organizações de economia social e solidária, de acordo com o diagnóstico de necessidades formativas realizado inicialmente; - Criação de um espaço de comunicação e de troca para organizações do Terceiro Sector (portal3Sector http://www.3sector.net), onde se encontram disponíveis os recursos formativos e outras ferramentas de qualificação úteis, sendo assim este um dos suportes privilegiados de acesso aos produtos;

Empowerment (em que medida os/as beneficiários/as finais e os/as utilizadores/as do produto foram protagonistas na sua concepção, e em que medida a sua utilização contribui para a autonomia, inserção e participação acrescidas dos grupos-alvo nos seus contextos organizacionais e sociais)

- A construção da prática resulta da participação e reflexão dos/as beneficiários/as finais, com representatividade do Terceiro Sector, desde a sua concepção, ao seu desenvolvimento e validação, nomeadamente na fase de pré-testagem (Março a Julho 06), no sentido de detectar falhas e recolher contributos de formandos/as para a melhoria do processo formativo que se iniciou em Outubro de 2006;

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DIMENSÕES DE AVALIAÇÃO EVIDÊNCIAS

- A construção da prática resulta do envolvimento da parceria e comissão consultiva, desde a sua concepção, ao seu desenvolvimento e validação, nomeadamente através da elaboração de pareceres dos quais resultaram alterações na maior parte dos conteúdos; - A construção da prática resulta da participação e reflexão dos/as formadores/as e conceptores/as, desde a sua concepção, ao seu desenvolvimento e validação, nomeadamente através dos relatórios de avaliação técnico-pedagógica dos conteúdos inicialmente propostos e da sua consequente reformulação; - Todos/as os/as agentes anteriormente referidos participaram de forma directa (por testemunho verbal ou escrito, inquérito ou redacção) na validação do produto. - De acordo com a avaliação de impacte da formação, avaliação de satisfação dos/as formandos/as, avaliação da aprendizagem e balanço de competências, foram relatadas algumas práticas organizacionais e pessoais que resultaram do processo formativo experimentado e que evidenciam o aumento da autonomia daí resultante;

Adequabilidade (respeita a cultura, a experiência social e profissional dos/as beneficiários/as finais e das organizações e responde aos seus problemas e necessidades de inserção e de qualificação)

- Trata-se de um produto que respeita a cultura e as necessidades de aprendizagem dos/as destinatário/as, demonstrável a partir do processo de testagem e validação das suas metodologias, funcionalidades e conteúdos por agentes (dirigentes e técnicos/as) do Terceiro Sector; - A adequação do produto resulta da participação e reflexão dos/as beneficiários/as finais, representativos/as do Terceiro Sector, desde a sua concepção, ao seu desenvolvimento e validação; - O produto consiste num ponto de viragem no que se refere à qualificação dos seus agentes, na medida em que os conteúdos e temáticas sofreram um processo de adaptação ao contexto específico do Terceiro Sector; - A estratégia de construção de conteúdos teve em conta as especificidades dos/as beneficiários/as directos (técnicos/as e dirigentes), por exemplo através de uma carga horária compatível com a conciliação da vida profissional e familiar e da sua disponibilidade, permitindo diferentes possibilidades de acesso; - A modularidade dos conteúdos permite vários itinerários formativos; - O modelo de formação é potenciador, através das ferramentas on-line (fórum, chat, espaço jornais e café) e visitas de estudos, de processos colaborativos e cooperativos, o que facilita o intercâmbio entre experiências diversas;

Utilidade (ganhos e valor percebidos pelos/as beneficiários/as finais e utilizadores/as dos produtos, demonstráveis em termos de reconhecimento de competências, valor social e/ou autonomia pessoal)

- Reforço da literacia digital dos/as técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector; - Certificação da formação, com evidentes ganhos de competências formais que permitirão aos/às agentes estar melhor preparado para as mutações e exigências do mercado de trabalho; - Negociação do processo de atribuição de créditos de equivalência, resultante da declaração de Bolonha;

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DIMENSÕES DE AVALIAÇÃO EVIDÊNCIAS

- Os conteúdos formativos têm como base a resposta a necessidades formativas diagnosticadas no âmbito do Terceiro Sector; - O valor acrescentado das componentes do produto, do ponto de vista dos/as beneficiários/as finais, é mais visível no que respeita à dimensão da aprendizagem (que engloba a oferta formativa em e-learning) e suporta-se de evidências constantes na avaliação pedagógica dos cursos de formação a distância, no balanço de competências e nos testemunhos de agentes envolvidos na formação que deixaram reflectidas de várias formas (escritas e verbais) o seu testemunho; - Os ganhos e o valor associados ao processo formativo foram percebidos e interiorizados pelos/as técnicos/as e dirigentes sendo visível o seu impacte na introdução de novas práticas na organização (o exemplo das iniciativas desenvolvidas pela CERCIMA é revelador da capacidade do produto em contribuir para a qualificação/progressão/evolução da intervenção no Terceiro Sector).

Acessibilidade (proximidade e familiaridade do/as utilizadores/as e dos beneficiários/as finais com os conteúdos, os suportes e meios de utilização dos produtos, designadamente em termos de literacia e de tecnologias necessárias, de clareza e transparência na linguagem)

- Os formatos dos produtos (conteúdos e manual) são diversificados: papel, CD, on-line;

- Os conteúdos formativos têm como base a resposta a necessidades formativas diagnosticadas no âmbito do Terceiro Sector;

- Com base no Manual de e-Col@boração e e-Aprendiz@gem, será possível uma apropriação do produto, uma vez que o mesmo narra toda a metodologia e processo formativo, a concepção de conteúdos, avaliação da formação e estratégias de disseminação;

- Está disponível em formato CD um guia de exploração relativo a cada curso que explicita claramente os objectivos e o percurso pedagógico dos conteúdos;

- Foram fornecidos documentos aos/às conceptores/as e mediatizadores/as, no sentido de garantir que os conteúdos, linguagem, imagens e exercícios propostos se aproximavam da realidade dos/as beneficiários/as;

- A implementação do produto com base numa plataforma web permite uma abrangência geográfica e multidestinatária;

- O produto promove a conciliação entre a vida profissional, familiar e as necessidades do aumento de qualificações;

Igualdade (o produto potencia a igualdade de género, respeita a multiculturalidade, valoriza a participação e responsabilidade social das pessoas e organizações e promove situações e realidades inclusivas)

- Um dos cursos é específico sobre a temática de Cidadania e Igualdade de Género;

- O princípio é transversal a todos os cursos, nomeadamente através da incorporação de 10 princípios orientadores;

- Os conteúdos foram adequados em termos de texto (linguagem não sexista) e em termos de imagem (equilíbrio na representação

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DIMENSÕES DE AVALIAÇÃO EVIDÊNCIAS

de género);

- Participação equilibrada entre formandos e formandas, num total de 40,2 e 59,8%, resultado adequado tendo em conta a realidade do Terceiro Sector;

- Avaliação de todos os conteúdos em função da igualdade de género pela CIG (ex. CIDM) e da adequabilidade ao contexto do Terceiro Sector;

- A metodologia formativa promove o acesso indiscriminado aos conteúdos e a conciliação da vida profissional e familiar;

- Interiorização do princípio de Cidadania e Igualdade de Género pela parceria e agentes mais directamente envolvidos/as no projecto.

Transferibilidade (facilidade e rapidez na transferência e incorporação dos produtos por outras organizações e profissionais, contendo, designadamente, evidências e narrativas de vivências, que demonstram a sua operacionalidade e enriquecem os processos e métodos de tutoria e outras soluções de suporte ao processo de transferência)

- Com base no Manual de e-Col@boração e e-Aprendiz@gem, será possível uma apropriação do produto, uma vez que o mesmo narra toda a metodologia e processo formativo, a concepção de conteúdos, avaliação da formação (com testemunhos dos/as formandos/as) e estratégias de disseminação;

- Os conteúdos em formato CD poderão ser um recurso técnico-pedagógico;

- A modularidade dos produtos facilita a actualização contínua dos mesmos de modo a promover o aumento de esperança de vida do produto;

- Os conteúdos podem ser incorporados de forma modular, de acordo com as necessidades específicas das entidades que adoptem o produto: por exemplo só introduzir alguns conteúdos do curso e não a totalidade;

- Tendo em conta que o produto consiste numa metodologia e conteúdos, permite ser incorporado em qualquer tipo de plataforma de e-learning, uma vez que a tecnologia e os conteúdos não são específicos para um único LMS;

Quadro 3 - Dimensões da avaliação

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2.4 Estratégias de disseminação

No que concerne à acção de disseminação dos produtos, foram privilegiados como parceiros formais as entidades que à partida garantiam uma continuidade e sustentabilidade do processo e dos produtos formativos. Assim, foram escolhidos como parceiros três organismos públicos: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG, ex. CIDM), o Instituto da Segurança Social (ISS) e o Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (INSCOOP), entidades com uma actuação territorial de âmbito nacional e com capacidade formativa instalada ao nível da promoção da execução e organização da mesma, garantindo a sua implementação futura utilizando os produtos e incorporando-os como recursos nos seus planos de acção, em parceria com a Animar e Cáritas Portuguesa.

As actividades foram direccionadas para um marketing “one to one”, privilegiando acções de formação para a utilização dos produtos, experimentação destes noutras realidades geográficas e junto de outros públicos, para que sejam adaptados a um novo contexto, criando soluções para novos problemas que daí surjam. Como suporte a estas actividades, foi concebida uma aplicação de demonstração do produto. Esta aplicação tem como objectivos sistematizar as evidências recolhidas sobre a sua aplicabilidade enquanto resposta inovadora às necessidades formativas/informativas do Terceiro Sector, bem como demonstrar a sua adequabilidade face aos requisitos do programa EQUAL. Para além de se apresentar o produto em todas as suas vertentes, pretende-se com esta aplicação evidenciar as principais vantagens da sua incorporação pelas entidades. Este conteúdo será disponibilizado online, nos sites das organizações participantes na Parceria, tendo uma presença transversal em todas as actividades associadas ao processo e às estratégias de disseminação.

Tendo em conta a génese territorial dos parceiros envolvidos na estratégia de disseminação, a mesma far-se-á ao nível nacional, a partir de um diagnóstico inicial de territórios em que as organizações revelem necessidades formativas.

Os/As beneficiários/as finais e alvos do processo de disseminação são todas as entidades e organizações com objectivos associados à acção social cujas necessidades formativas e informativas se enquadrem nos conteúdos disponibilizados pelas diferentes vertentes do produto (acções de formação e Portal 3Sector), assim como técnicos/as da administração central e local, organizações não governamentais e o sector cooperativo.

Os objectivos da disseminação passam por:

1) Implementar e valorizar práticas de formação a distância que permitam o suprimento de lacunas de competências ao nível da gestão das organizações, promovendo em paralelo a transferência e incorporação de práticas bem sucedidas de outras organizações, disseminado a formação a nível nacional (9 cursos testados);

2) Desenvolver conhecimentos, competências, instrumentos e novas soluções no âmbito das organizações da economia social, visando uma resposta mais eficaz e eficiente aos problemas e necessidades existentes, para uma melhoria contínua dos produtos e serviços que disponibilizam à comunidade;

3) Utilizar o Portal 3Sector como uma estratégia de marketing e um suporte técnico, onde todas as áreas previstas contribuirão para a informação e aumento de competências dos/as destinatários/as;

4) Contribuir para mobilizar os/as agentes determinantes para o desenvolvimento de sistemas de formação nas organizações, testando novos referenciais e modelos de ensino e aprendizagem, comprovando a adequabilidade e importância de oferta formativa dirigida a entidades e organizações do Terceiro Sector e Públicas;

5) Disseminar um produto experimentado e validado numa rede de organizações similares a nível local e a nível nacional, oferecendo às organizações a possibilidade de utilizar e testar os conteúdos formativos e os recursos pedagógicos junto de empresas cooperativas, administração central e local e ONG, visando o envolvimento e participação activa do sector das organizações, através da adaptação do produto aos seus diferentes contextos e realidades;

6) Introduzir novos conceitos de gestão em organizações do Terceiro Sector, que abram perspectivas de liderança mais eficazes, introduzam factores de competitividade e formas inovadoras de gestão das organizações;

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7) Partilhar conhecimento técnico e tecnológico, fomentando o acesso a esta (in)formação utilizando as tecnologias da informação e comunicação, nomeadamente o Portal 3Sector enquanto centro de recursos para apoio ao desenvolvimento e implementação de actividades e projectos de acção social tornando os/as utilizadores/as mais competentes neste tipo de ferramentas, aproveitando, deste modo, as potencialidades que a Sociedade de Informação e do Conhecimento coloca ao seu dispor;

8) Incorporar competências técnicas na área da cidadania e da igualdade de género;

Foram previstas as seguintes actividades de disseminação:

� Realização de 5 workshops (um dos quais sobre a temática de Cidadania e Igualdade de Género), com parceiros/as formais e informais, para preparação das adaptações e reajustes ao produtos a novos contextos e públicos, criando um espaço virtual para esta discussão no portal 3Sector;

� Adaptação e recontextualização do produto (prevendo-se as alterações metodológicas ao processo formativo que se venham a considerar necessárias);

� Realização de um workshop para e-tutores com duas componentes: presencial (que terá dois momentos distintos, um sobre e-learning e outro sobre igualdade de género e cidadania, dinamizado pela CIG) e uma componente a distância;

� Realização de 2 workshops de apresentação/promoção do produto em diversos territórios, utilizando a versão demo;

� Realização de 2 visitas a instituições com potencial de incorporação do produto, segundo a distribuição geográfica que se vier a considerar mais conveniente;

� Implementação de 3 acções de formação;

� Participação em feiras ou eventos promovidos por entidades do Terceiro Sector ou públicas;

� Divulgação dos produtos junto dos media (página da Animar, da Cáritas Portuguesa, portal 3Sector e Causas.net, programa “Sociedade Civil”, jornal Expresso, rede Centro de Recursos em Conhecimento, site da CIG e página do INSCOOP).

Espera-se que o impacte destas actividades passem pela incorporação de competências técnicas na área da cidadania e igualdade de género e pela potenciação da qualificação de técnicos/as e dirigentes de empresas cooperativas, administração central e local e ONG, nomeadamente através do recurso à aprendizagem a distância, (e-learning), numa óptica de valorização do processo de aquisição de conhecimentos e competências, para uma melhoria contínua dos produtos e serviços que disponibilizam à comunidade. Pretende-se assim com o processo de disseminação incentivar a adopção de práticas formativas dirigidas, de acordo com as especificidades próprias do sector.

Apresentam-se também no quadro seguinte alguns pontos fortes e fracos do produto, bem como algumas oportunidades de melhoria do mesmo que serão devidamente equacionadas na acção de disseminação.

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Pontos Fortes do produto Pontos Fracos do produto

� Factores distintivos e valor acrescentado do produto – resposta a necessidades reais dos destinatários através de uma metodologia inovadora.

� Participação dos actores-chave (parceiros/as, utilizadores/as finais, actores externos à parceria de desenvolvimento com responsabilidades no projecto) na validação de cada sub-produto nas suas diferentes fases de maturação (validação técnico-pedagógica e validação EQUAL)

� A criação da possibilidade de acesso ao saber e a instrumentos e metodologias inovadoras para o Terceiro Sector demonstra o carácter de flexibilidade do e-learning como oferta formativa “à medida”, adaptando-se a ritmos variáveis e estimulando o empowerment dos/as beneficiários/as a partir do momento em que se pode ajustar os conteúdos de aprendizagem aos territórios de intervenção.

� Relação entre regimes de formação a distância e formação presencial com a realização de visitas de trabalho com o objectivo de demonstrar a aplicação das temáticas de formação em contexto real;

� Vantagens inovadoras: utilização em múltiplos contextos e tempos de aprendizagem, gestão individualizada do processo de aquisição de conhecimentos e solução menos onerosa;

� Apresentação modular do produto (apelativa na linguagem e no design);

� Conhecimento prévio de um grande número de organizações do Terceiro Sector.

� Nalguns casos específicos, os cursos de formação a distância revelam utilidade e acessibilidade moderadas, uma vez que se detectaram alguns problemas com o acesso e funcionalidade da área de e-learning do Portal, assim como a adequação dos conteúdos ao público-alvo. Continuam a persistir dúvidas acerca da utilidade que os/as formandos/as encontram em determinadas temáticas que foram incluídas nos cursos, bem como nalguns instrumentos de suporte ao processo formativo, sendo como tal necessário algumas readaptações

� Eficácia do produto depende não só dos bons resultados da fase de testagem e efeitos nos/as destinatários/as, mas sobretudo, da sua sustentabilidade.

Sugestões de Melhoria e Recomendações

� Realizar uma estratégia de disseminação com visibilidade e impacte, que garanta o envolvimento de entidades públicas e privadas na contratualização;

� Sensibilizar os/as dirigentes/responsáveis das organizações para as vantagens da incorporação do produto nas suas múltiplas vertentes;

� Mobilizar a parceria para as acções previstas na disseminação e manter um espírito pró-activo na identificação de potenciais interessados na plataforma formativa;

� Acautelar possibilidades de actualizar/ajustar o produto à realidade/necessidades de cada organização.

Quadro 4 - Pontos Fortes e Pontos Fracos do produto

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III. Desenvolvimento da Formação

3.1 A formação de acordo com a metodologia three-Learning

3.1.1 Diagnóstico de necessidades formativas

Relativamente às necessidades de formação, teve-se em conta o diagnóstico de necessidades de formação realizado, recorrendo, também, a especialistas que reflectem e trabalham no Terceiro Sector, e tendo como base de partida o conhecimento que a Animar e Cáritas têm das suas redes de organizações associadas e das parcerias que, ao longo dos anos, têm vindo a consolidar.

Esta experiência prática de convivência com inúmeras e diferentes organizações, e o diagnóstico realizado, apontava como linha comum a necessidade da formação nas questões da gestão das organizações, em questões de enquadramento e em novas temáticas que emanam da Europa, tais como a Cidadania e Igualdade de Género e conciliação entre vida familiar e profissional.

Constatou-se que, em 90% das organizações inquiridas, e considerando os/as técnicos/as como destinatários, as necessidades dizem respeito a uma "formação predominantemente prática".

No caso dos/as dirigentes, a mesma opção mantém-se, embora com menor expressão: 69% das organizações consideraram a formação prática prioritária e 31% optariam por acções de "formação predominantemente teórica".

Entre os aspectos mais positivos apresenta-se, sobretudo, o nível global de qualificações elevado entre os/as técnicos/as, o que potencia a experimentação de instrumentos, metodologias e formas inovadoras de abordagem dos problemas.

Em segundo lugar, releva-se a importância estratégica do desenvolvimento da formação neste sector de actividade, dadas as externalidades positivas que podem ser desencadeadas no que diz respeito ao desenvolvimento de recursos humanos: o Terceiro Sector é um subsistema no seio de um sistema mais vasto de organizações e serviços, inclusive públicos e privados, relacionados com a investigação, a intervenção local e comunitária e o desenvolvimento.

Concretamente, o Terceiro Sector é um universo onde, frequentemente, recém-licenciados/as, no início do seu percurso profissional, aprendem e desenvolvem as suas competências de intervenção, planeamento, gestão e desenvolvimento de projectos. Desenvolver instrumentos para a qualificação dos/das técnicos/as do Terceiro Sector é, por conseguinte, contribuir para o desenvolvimento e qualificação organizacional dentro e fora do mesmo.

Por fim, predominam no Terceiro Sector modelos de gestão marcadamente horizontais que potenciam a comunicação interna, a participação na decisão, a partilha de informação, funções e responsabilidades entre os diferentes níveis hierárquicos, quando estes existem. A polivalência e a capacidade de adaptação e aculturação relativamente a conceitos, princípios e metodologias inovadoras, inclusive desenvolvidas nos programas de iniciativa comunitária, e ainda a receptividade ao contacto com práticas, políticas e modelos de gestão mais praticados noutros sectores de actividade, são, igualmente, exemplo da abertura deste universo a fenómenos de mudança organizacional.

Nos aspectos mais negativos do diagnóstico efectuado, salienta-se a pouca familiaridade da maioria dos/as técnicos/as e dirigentes com a utilização das ferramentas e tecnologias da informação e comunicação mais inovadoras, na prática profissional quotidiana e, especialmente, em contexto de formação sendo, de acordo com os resultados do diagnóstico, que posteriormente vieram a verificar-se, um dos principais problemas/desafios a ultrapassar.

Foi também apurada a ausência de algumas práticas inovadoras de comunicação com recurso às TIC, nomeadamente no que diz respeito à comunicação síncrona, na realização de reuniões e fóruns virtuais.

Tratando-se de um contexto de auto-aprendizagem, o planeamento e desenvolvimento de programas de formação a distância foi um investimento extraordinário na estratégia de motivação e dinamização do trabalho dos/as formandos/as,

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com recurso a uma construção e animação adequadas dos espaços virtuais, e na programação "à medida" das necessidades mais pertinentes de qualificação.

Não obstante, o principal desafio reside na capacidade de criar um modelo de formação orientado mais para o conceito de "sistema formativo" do que de "programa", tendo em conta o carácter dinâmico do Terceiro Sector ao nível da sua composição orgânica, dos seus recursos humanos, áreas de intervenção e destinatários/as, e ainda dos programas/instrumentos financeiros disponíveis. Ou seja, as próprias necessidades formativas são mutáveis, o que remete para a necessidade de um sistema de formação igualmente diversificado, modulável e adaptável.

Nos anexos deste manual, é disponibilizado um inquérito modelo para consolidação do diagnóstico formativo ao nível da entidade e dos/as agentes, sendo o instrumento uma proposta base que poderá ser adaptada de acordo com as necessidades da organização. A dinamização deste instrumento poderá ser aplicado com objectivos de mudanças organizacionais estratégicas.

3.1.2 Caracterização do modelo de formação

A formação ou ensino a distância é uma forma de organização da formação que se caracteriza sobretudo pela flexibilidade que permite quer em termos de tempo, quer em termos de espaço. É uma modalidade que tem vindo a ser posta em prática há décadas, com alguns resultados positivos, mas com lacunas evidentes, fruto das restrições impostas pelas limitações tecnológicas ou pela inadequação dos modelos de ensino-aprendizagem usados nesta modalidade.

O sistema de formação em e-learning é caracterizado pela utilização de novas tecnologias para distribuição de conteúdos e acesso à formação. As novas tecnologias de informação e comunicação apresentam um leque de soluções que permitem que formandos/as e formadores/as estejam em contacto em tempo real, bem como a disponibilização de maior quantidade de conteúdos multimédia, com outro impacte visual, acessíveis aos/às formandos/as imediatamente.

O regime de formação a distância, por contingências de ser um projecto experimental, que mais se adequa ao e-Qu@lificação, é o parcial, ou seja, cada curso foi projectado para que o/a formando/a possa conciliar a sua actividade de estudo com a sua actividade profissional. A entidade empregadora disponibiliza o/a técnico/a para as horas de formação em sala ou para as visitas de estudo. Por imperativos de prazos fixados, as estratégias de desenvolvimento do curso, na sua vertente de aprendizagem, devem ser tais que o/a formando/a sinta um apoio permanente que o/a ajude e motive a cumprir os prazos.

O modelo de formação desenvolvido procura adaptar-se à postura do/a adulto/a na formação e às suas motivações específicas. No que diz respeito à sua postura na formação, o/a adulto/a, comparativamente a um/a jovem, é mais susceptível de:

� Não considerar a autoridade do/a formador/a como um dado pré-adquirido, ou seja, o/a formador/a é tido/a como um/a adulto/a que está a exercer a sua função profissional. O/A formando/a adulto/a não concebe um grande distanciamento entre si e o formador/a;

� Exigir que a formação tenha resultados práticos e concretos e que, portanto, contribua para o seu desenvolvimento profissional e pessoal;

� Desejar que a formação considere as suas experiências de vida, pois normalmente o/a adulto/a tem uma realidade complexa e profunda.

Das motivações específicas, como determinantes de mobilização da atenção e de actividade, destacam-se, entre outras, as seguintes:

� Utilidade — Embora o adjectivo “útil” seja dado a conhecimentos diferentes, conforme os indivíduos, a percepção da utilidade por parte dos/as formandos/as é motivante;

� Finalidade — A percepção clara da finalidade tem, igualmente, um efeito motivante sobre o empenho pessoal no trabalho;

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� Acessibilidade — A experiência adquirida, a familiaridade com um dado sector, a acessibilidade dos conhecimentos, pelo facto de estarem relacionados com uma vivência próxima do/a adulto/a (ex. a sua profissão), facilitam o seu empenho e são geradores de motivação.

O modelo de organização da formação foi centrado na instituição, isto é, os/as formandos/as apresentaram pré-requisitos de entrada ou demonstraram conhecimentos suficientes que os/as habilitaram a prosseguir um determinado percurso de formação. A formação foi exaustivamente calendarizada, tendo sido dado ao/à formando/a, a possibilidade de escolher os cursos que considerava mais interessantes para completar os défices de aprendizagem e para aumentar as competências pessoais.

Foi explicitado aos/às formandos/as e às instituições que os enquadram os benefícios da formação a distância, nomeadamente:

o Diminuição dos custos, em termos de viagens;

o Formações com maior frequência, em sessões mais curtas e mais fáceis de planear e coordenar;

o Escalável, i.e., oferece a possibilidade de acrescentar formandos/as e formadores/as de acordo com as necessidades, sem incorrer em despesas adicionais significativas;

o Maior apetência para disseminar informação e conhecimento de uma forma mais expedita e menos onerosa;

o Oferece programas interactivos em directo que podem ser apresentados através de diversos sites em rede para aprendizagem em grupo e resolução colaborativa de problemas;

o Os programas são dirigidos ao/à formando/a permitindo-lhe um maior controlo do ritmo, sequência e estilo de interacção da experiência de aprendizagem e oferece acesso fácil a recursos de aprendizagem e a peritos/as internos/as ou externos/as.

Tendo em conta que os/as formandos/as são adultos/as, foram considerados os seguintes pressupostos:

1. Os/As formandos/as são autónomos/as e auto-dirigidos/as;

2. Estão orientados/as para objectivos e para a relevância (precisam de saber o porquê de se aprender algo);

3. São práticos/as, com experiência de vida e com capacidade de resolver problemas.

Assim sendo, preferem um modelo de formação que assente na:

� Aprendizagem através da comunicação;

� Aplicação prática e imediata do que é apreendido;

� Menor duração dos cursos;

� Partilha de responsabilidades na aprendizagem;

� Partilha de experiências de vida, devidamente valorizadas;

� Formação orientada para os objectivos;

� Interacção com os/as colegas e formadores/as;

� Possibilidade de experimentar e pôr em prática os conhecimentos adquiridos.

A necessidade de reciclagem periódica de conhecimentos, entre outras razões, é um factor que justifica a oferta e a procura crescentes no domínio do ensino a distância. Muitas pessoas desejam melhorar o nível dos seus conhecimentos, mas são impedidas de realizar esse objectivo porque não se podem adaptar à rigidez dos horários e à dificuldade de conjugar a vida profissional e a formação por um lado, e a vida familiar por outro.

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Os cursos são organizados num portal2 de e-learning (http://www.3Sector.net/moodle), onde se combinam textos, imagens, gráficos, vídeos e muitos outros suportes multimédia, num modelo de aprendizagem envolvendo especialistas com formação específica, que asseguram um serviço de apoio individualizado aos/às formandos/as.

O correio electrónico3 (e-mail), os fóruns4 e as sessões síncronas5 (caso existam) são um meio de abolir a distância e de manter um contacto frequente entre todos os/as agentes envolvidos/as no processo de formação, permitindo a troca simultânea de informação entre formandos/as e formadores/as. Este tipo de comunicação proporciona uma formação mais individualizada, logo mais centrada na pessoa, nos seus problemas e necessidades específicas. Permite a liberdade de estabelecer momentos de interactividade, em função dos objectivos pedagógicos e didácticos, conjugada com a necessidade de acompanhar os centros individuais de interesse, constituindo, assim, o valor acrescentado do novo modelo comunicacional, quando aplicado ao caso específico da formação profissional.

No sentido de esboçar a memória descritiva do dispositivo de formação, a equipa explorou as várias fases da concepção e realizou um plano de actividades inerentes à formação, tendo em conta os seguintes pressupostos:

1. Objectivos da formação (relacionam-se com os resultados esperados e com as mudanças que se esperam alcançar – BC);

2. Características do público-alvo;

3. Conteúdos da formação;

4. Carga de trabalho previsto e o calendário das actividades de formação;

5. A data, o local e os objectivos das sessões presenciais, nomeadamente da visita de estudo;

6. A forma de distribuição dos conteúdos da formação;

7. A estratégia de tutoria que foi decidida para o curso e o tempo previsível de ocupação do/a tutor/a;

8. A forma de comunicação entre os/as formandos/as e entre formandos/as e tutores/as e os objectivos relacionados;

9. Os momentos e as estratégicas de realização das avaliações formativas e formas de providenciar o respectivo feedback;

10. As datas e formas de realização da avaliação sumativa.

Foi igualmente clarificada junto dos/as formandos/as, a tipologia do equipamento necessário para a sua aprendizagem a distância, garantindo que todos/as os/as formandos/as possam ter acesso a todas as actividades integradas no processo formativo.

A necessidade de reciclagem periódica de conhecimentos, entre outras razões, é um factor que justifica a oferta e a procura crescente neste domínio, embora no caso destas organizações se verifique a ausência deste tipo de formação. Uma breve pesquisa acerca da oferta de formação de algumas organizações de Terceiro Sector permite-nos verificar que esta é incipiente, desenvolvendo-se pontualmente algumas acções específicas, geralmente no regime presencial (vide REAPN, União das Misericórdias, Fenacerci, INSCOOP, entre outras).

Do lado da procura, consta-se que muitos/as agentes desejam melhorar o nível dos seus conhecimentos, mas são impedidos/as de realizar esse objectivo porque não se podem adaptar à rigidez dos horários e por ser difícil conjugar a vida profissional e a formação com a vida familiar. Assim, como foi referido anteriormente, numa primeira fase realizou-se

2 “um site na internet que funciona como centro aglomerador e distribuidor de tráfego para uma série de outros sites ou subsites dentro, e também fora, do domínio ou subdomínio da empresa gestora do portal”(in Wikipédia); 3 “Sistema que permite o envio de mensagens por computadores inseridos em redes de comunicação ou por outro tipo de equipamento de comunicações. As mensagens poderão incluir voz, gráficos, imagens e outras informações.” (in Glossário da Sociedade da Informação); 4 “é uma ferramenta para páginas de Internet destinada a promover discussões através de mensagens publicadas abordando uma mesma questão” (in Wikipédia); 5 Na formação on-line síncrona, o formador e os formandos interagem em tempo real. Neste caso é necessário agendar uma data e um horário para a formação, introduzindo rigidez” (INOFOR, Guia para a Concepção de Conteúdos, p.41);

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um diagnóstico de necessidades aos/às agentes das redes Animar e Caritas que permitiu avaliar as necessidades formativas.

Através de uma breve pesquisa constatou-se ainda a falta de acções de formação neste domínio (e sobretudo, na modalidade a distância, sendo praticamente inexistente), bem como de conteúdos apropriados e adaptados à realidade destas organizações. Os/As inquiridos/as referiram que a dimensão do universo do Terceiro Sector justificaria a criação de cursos orientados especificamente para o sector como um todo6.

Assim, constituiu-se uma equipa de especialistas para elaboração de conteúdos em temáticas identificadas como prioritárias (e ligadas à gestão deste tipo instituições) e preparação dos respectivos recursos técnico-pedagógicos. Estes foram posteriormente mediatizados pela equipa informática e validados por uma empresa de formação acreditada em ensino a distância.

Numa segunda fase, realizaram-se os nove cursos abaixo mencionados para um total de 139 formandos/as. Como resultado, obtiveram um certificado de aproveitamento nestas matérias 109 formandos/as. Muitos deles/as, inclusive, conseguiram transpor as aprendizagens adquiridas durante os cursos para o contexto de trabalho. A título exemplificativo, uma das formandas conduziu na sua organização uma campanha de marketing para angariação de novos associados/as, implementou um sistema de avaliação de desempenho, e criou um sistema da qualidade, a partir das acções de formação que frequentou.

Ao nível do curso de Cidadania e Igualdade de Género, um dos formandos levou a cabo, na sua associação, uma campanha de sensibilização dos 384 sócios para a mudança de estatutos, introduzindo uma nova alínea no artigo 2º “promover a cidadania e igualdade de género ”.

Cidadania e Igualdade de

Género

Gestão de Recursos Humanos

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

Estratégias de

Marketing Social

Gestão Comercial

Gestão Financeira

Sistemas da

Qualidade

Gestão Estratégica

Novos Conceitos e Práticas

de Economia Social e Solidária

Formandos /as Inscritos/as

16 16 16 16 17 16 13 15 14

Formandos/as Certificados/as

15 8 15 15 11 14 12 11 8

Podem identificar-se oito principais vantagens profissionais/pessoais/organizacionais dos cursos:

a) Inovação – a oferta destes cursos constitui uma resposta inovadora a uma necessidade de formação identificada e à discriminação no acesso ao conhecimento;

b) Adequabilidade – os conteúdos dos cursos foram concebidos de acordo com as necessidades dos/as agentes do Terceiro Sector;

c) Flexibilidade – cada curso foi projectado para que o/a formando/a pudesse conciliar a sua actividade de estudo com a sua actividade profissional e a vida familiar. A metodologia inerente tem em consideração o ritmo de cada

6 Na modalidade de e-learning, existe uma oferta crescente (vide por exemplo http://formacao.expressoemprego.pt) mas os conteúdos não estão adaptados à especificidade deste tipo de organizações e necessidades dos seus agentes.

Quadro 5 - Distribu ição dos/as formandos/as inscritos e certificados p elos diferentes cursos

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formando/a, sequência, estilo de interacção da experiência de aprendizagem e oferece acesso fácil a recursos de aprendizagem (flexibilidade local e temporal);

d) Autonomia e Responsabilização – os/as formandos têm alguma autonomia no processo de aprendizagem, controlando o tempo, o ritmo e o tipo de estudo que querem fazer, consoante a sua disponibilidade;

e) Aplicação Prática – os cursos têm uma forte componente prática, indo de encontro às expectativas dos/as destinatários/as7. Adicionalmente, a existência de uma visita de estudo a meio do curso permite a interligação entre a teoria e a prática, contribuindo para a aplicação dos conhecimentos adquiridos no curso a realidades concretas das organizações da área social.

f) Certificação – no final da formação é emitido um certificado de formação profissional ou certificado de frequência, conforme o aproveitamento do/a formando/a. Para tal, os/as formandos/as deverão concluir os cursos com aproveitamento, o que pressupõe uma avaliação satisfatória, o respeito do limite de faltas e a participação nas tarefas/actividades indicadas pelo/a tutor/a;

g) Diminuição dos custos – a realização dos cursos nesta modalidade permite uma redução significativa dos custos quer para a entidade formadora/promotora, quer para os/as próprios/as formandos/as (custos de deslocação e tempo).

Seguidamente, procura-se apresentar a estrutura pedagógica dos diversos cursos, incluindo a estruturação das sessões, respectiva duração e objectivos, o papel dos/as e-tutores/as e respectivas competências, as estratégias de comunicação entre tutores/as e formandos/as e, por último, o modelo de organização da formação.

Relativamente à duração e estruturação das sessões, cada curso tem uma duração de 5 semanas, sendo organizado de acordo com as seguintes componentes:

� 3 sessões presenciais (duas sessões, 6 horas no início e 4 horas no final do curso e uma sessão com a duração de 6 horas para realização da visita de estudo) ;

� e restantes sessões de formação assíncrona8 (aproximadamente 21 horas através da plataforma de e-learning).

Considera-se que a componente de formação a distância deverá:

� Focar-se muito no processo e forma de organização, para além dos conteúdos a serem apresentados;

� Usar técnicas adequadas:

- Em sala: sessões curtas, com alternância de actividades (passar de uma actividade escrita para um jogo por exemplo) e com capacidade de usar experimentação no local;

- Em ambiente virtual: role playing, estudo de casos, simulações e auto-avaliações;

� Desenvolver-se num ambiente que respeite as necessidades individuais e diferentes capacidades, tratando os/as formandos/as como pares e tendo em conta as suas experiências de vida;

� Assentar num sistema de apoio que forneça mecanismos de ajuda e feedback, sempre que necessário;

� Responsabilizar os/as adultos/as pela sua própria aprendizagem e desempenho – os/as formandos/as devem ser autodirigidos/as.

A plataforma formativa tem um ecrã muito intuitivo, de modo a facilitar o processo de aprendizagem e de consulta.

A página de entrada encontra-se da área de aprendizagem e posteriormente em oferta de formação a distância (http://www.3sector.net/moodle) e está divida em três espaços (cf. figura 3).

- Lateral esquerda do ecrã, onde se apresentam três caixas, nomeadamente:

7 No Diagnóstico de Necessidades de Formação 66% dos inquiridos acha que deveria "articular a componente de formação teórica com componentes mais práticas". 8 “A formação on-line assíncrona é aquela em que o formador e os formandos não interagem em tempo real (simultâneo) …podem aceder ao sistema quando lhes for mais conveniente e interagir com os conteúdos” (INOFOR, Guia para a Concepção de Conteúdos, p.41);

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Figura 2 - Apresentação do ecrã de entrada da plataforma de fo rmação/aprendizagem (Outubro , 2008)

� “Primeiros passos”, onde se indicam os procedimentos necessários à exploração das funcionalidades da plataforma;

� “Espaço Jornais e Café”, onde os formandos/as poderão participar em fóruns temáticos e discussões iniciadas por estes;

� “Utilizadores em linha”, onde se podem consultar os diversos utilizadores/as que estão a aceder à plataforma nos últimos 5 minutos.

- Centro do ecrã, composto por quatro caixas: “Conheça o projecto”, com informação sobre o projecto; “Conheça os parceiros”, endereçando para as páginas dos parceiros; “Suporte técnico”, para resolução rápida de questões técnicas ligadas ao acesso à plataforma e cursos disponíveis; e “Links de interesse”, onde se apresenta uma lista de sites com informação relevante. Abaixo destas caixas apresentam-se os nomes dos cursos disponíveis e respectivos/as tutores/as.

- Lateral direita do ecrã, onde encontram três caixas:

� “Entrar”, onde os formandos/as inscritos/as colocam o seu nome de utilizador/a e palavra-chave;

� “Outras formações”, no qual se apresenta oferta de formação considerada de utilidade para os/as destinatários/as, de outras entidades;

� “Agenda Cultural”, onde os/as utilizadores/as poderão conhecer alguns dos eventos culturais que estão a decorrer.

Após registo e entrada (login), é apresentada aos/às formandos/as uma página inicial de exploração do curso que encontra-se subdividido, salvo excepções, em três espaços, estando a informação necessária disponível em 6 caixas distintas:

a) Na lateral esquerda do ecrã do monitor: Balanço de competências, onde se disponibilizam os balanços inicial e que deverão ser preenchidos antes de se iniciar a formação e utilizadores/as em linha, tal como se apresentou na página geral;

b) Ao centro do ecrã: Conteúdos do curso, divididos por tópicos ou módulos e unidades de aprendizagem;

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Figura 3 - Apresentação do ecrã do curso de Cidadan ia e Igualdade de Género (Outubro, 2008)

c) Na lateral direita do ecrã: Mensagens (onde poderá enviar mensagens instantâneas aos outros utilizadores/as e tutor/a); Calendário (onde serão introduzidas as datas relevantes acerca da formação, como a entrega das actividades ou a data da visita, por exemplo).

Como se pode observar na figura 6, a exploração do curso inicia-se com uma palavra de boas vindas, apresentação dos objectivos gerais e guião de aprendizagem, incorporando ainda um fórum geral de discussão e um chat. Seguem-se os módulos do curso, subdivididos em unidades de aprendizagem, geralmente apoiados por um fórum específico onde os formandos/as poderão colocar dúvidas e iniciar discussões. No último ponto, encontra-se documentação complementar como bibliografia, lista de websites, glossário e manuais de apoio.

O papel do/a tutor/a é o de promover, acompanhar, facilitar e orientar os processos de aprendizagem e aquisição de competências, de forma a cumprir os objectivos traçados inicialmente, respeitando a autonomia do/a formando/a, apelando ao sentido crítico e ao debate, e proporcionando o espaço necessário para que os/as formandos/as participem activamente. Assim, a tutoria não se esgota no domínio dos conteúdos apresentados na plataforma e acompanhamento pontual dos/as formandos/as, sendo antes um estímulo à sua motivação e participação, através de contactos regulares na plataforma, do feedback constante e acompanhamento e verificação dos progressos efectuados.

No que respeita ao acompanhamento da aprendizagem é desejável que o tutor/a responda às questões colocadas e às respostas aos exercícios com a maior brevidade possível (entre as 12 horas/24 horas).

De acordo com o IEFP9 são competências do/a e-tutor/a:

� A compreensão do processo on-line;

� As competências técnicas e de comunicação on-line;

� O domínio dos conteúdos;

� As características pessoais e atitudes específicas — o/a e-formador/a deve ser confiante, construtivo/a, promotor/a de desenvolvimento, facilitador/a, criativo/a, capaz de partilhar conhecimentos.

Cabe aos/às e-tutores/as10: 9 IEFP, Referencial de Formação Pedagógica Contínua de Formadores – Técnicas de Avaliação na Formação.

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a) Tirar partido das TIC em geral e das funcionalidades da plataforma, em particular devem ser capazes de:

� Avaliar as potencialidades e limitações dos instrumentos de comunicação;

� Estabelecer estratégias para resolução de problemas técnicos;

� Dar instruções claras para resolução de problemas simples;

� Apresentar, dentro do quadro de funcionalidades da plataforma, materiais de aprendizagem, desenvolver comunidades on-line e facilitar a comunicação;

� Utilizar a plataforma e ferramentas de administração/ferramentas interactivas que permitam disponibilizar os cursos aos/às aprendentes;

� Seleccionar e utilizar diversas ferramentas de comunicação com um objectivo (apresentação escrita, verbal, listas de discussão);

� Demonstrar capacidade de utilizar o software disponível para criar e-conteúdos, resolver problemas administrativos ou de comunicação;

� Utilizar as tecnologias com valor pedagógico;

� Monitorizar a participação dos/as formandos/as, progresso e metas atingidas (utilizando as ferramentas existentes);

� Compreender e/ou converter conteúdos em formato standard para ambiente de e-learning;

� Utilizar as ferramentas para organizar os conteúdos de forma apropriada (p.e. a criação de links);

� Trabalhar de forma colaborativa com os outros para criação e avaliação de e-recursos.

b) Planear actividades on-line, o que pressupõe serem capazes de:

� Definir os resultados de aprendizagem pretendidos;

� Estabelecer objectivos e criar tarefas que são relevantes para o tópico/módulo/unidade de aprendizagem;

� Criar tarefas que sejam um desafio (mas que consideram as capacidades dos/as destinatários/as);

� Ajustar o conjunto de actividades ao número de formandos/as;

� Promover a colaboração e sistematização quando for apropriado;

� Estruturar sub-tarefas (para cada unidade);

� Assegurar relevância dos conteúdos face aos problemas/necessidades reais;

� Definir os tempos para realização das tarefas/actividades que sejam adequados;

c) Facilitar a participação, o que pressupõe serem capazes de:

� Comunicar claramente;

� Providenciar um ambiente seguro;

� Mediar/moderar as actividades e discussões;

� Motivar os/as formandos/as;

� Responder às necessidades dos/as diversos/as formandos/as;

10 De acordo com Ulster (2002), Skills for e.learning.

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� Definir a etiqueta nas contribuições on-line;

� (Quando for apropriado), ser motivador/a, controverso/a;

� Construir equipas e colaborações;

� Ser sensível a diferentes culturas/contextos;

� Relacionar as actividades de aprendizagem com os valores dos/as formandos/as e respectivas expectativas;

� Conhecer os diversos tipos de comportamento on-line;

� Identificar as dinâmicas de grupo;

� Dominar as especificidades do software que influenciam a interacção;

� Definir metas e clarificar o objectivo das “discussões”;

� Definir estratégias que promovam a participação;

� Desenvolver diferentes tipos de grupos para diferentes tarefas e número de formandos/as;

� Assegurar que os/as formandos/as têm acesso funcional ao ambiente on-line.

d) De forma geral os e-tutores/as devem ser capazes de:

� Articular de forma clara os resultados das aprendizagens;

� Construir estratégias de valoração e critérios;

� Dispor de um leque de modelos de aprendizagem/ensino e respectivas estratégias;

� Adequar a carga de trabalho (actividades) ao número de formandos/as, por grupo;

� Adaptar as actividades às necessidades de aprendizagem do grupo de formandos/as e suas preferências;

� Preparar materiais de apoio com antecedência;

� Conseguir ver a perspectiva do/a formando/a;

� Estar familiarizado com o software e sistemas utilizados;

� Gerir pequenos problemas técnicos à medida que estes surgem.

De acordo com Daw e Riding11 são quatro os papéis do/a tutor/a, nomeadamente:

� Social – de criação de uma comunidade on-line;

� Pedagógico – de promoção da eficácia da aprendizagem, tipos de interacção e feedback;

� Gestão – de discussões, motivação e facilitação;

� Técnico – de resolução de problemas técnicos menores.

Na formação a distância, a motivação assume um papel central. Assim, é desejável que o/a e-tutor/a e demais intervenientes envolvidos no processo formativo reúnam esforços no sentido de motivar os/as formandos/as, nomeadamente12 no enquadramento dos cursos e feedback:

11 Chris Daw, Curriculum and Teacher Support Group, Cambridge International Examinations; Phil Riding, Interactive Technologies in Assessment and Learning Unit. University of Cambridge Local Examinations Syndicate) in http://www.eden-online.org/contents/computerconf/249-253.pdf

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� Publicar os requisitos e estabelecer expectativas;

� Comunicar as vantagens de participar nestes cursos, nesta modalidade;

� Apresentar a duração de cada módulo, objectivos e tarefas que o compõem;

� Envolver os/as participantes para que não se sintam sozinhos/as;

� Dar feedback e mostrar que está presente;

� Adoptar um discurso directo, acompanhar a progressão e estimular a sua participação;

� Oferecer assistência, colocar memorandos com os prazos das actividades e se necessário entrar em contacto directo por via telefónica;

� Clarificar o processo de avaliação.

No entanto a motivação do/a formando/a não está somente dependente do seu tutor/a. Para a motivação contribuem ainda:

a) O design gráfico e potencialidades da plataforma, da responsabilidade da equipa técnica. Alguns exemplos:

� As páginas apresentadas devem ter uma componente dinâmica, sem esquecer o seu objectivo principal: o da aprendizagem;

� Os fundos e paletes de cor utilizadas devem ser agradáveis visualmente;

� Os gráficos devem ser utilizados quando se quiser ressaltar algum assunto;

� As fotografias e ilustrações devem ser utilizadas sempre que sejam úteis para clarificar determinados conceitos;

� As metáforas e temas podem ajudar a enquadrar o curso.

b) A qualidade dos conteúdos e o tipo de interactividade, da responsabilidade do/a autor/a de conteúdos, por exemplo:

� Sempre que possível estimular os/as participantes a serem activos através de utilização de técnicas como o rollover, hot text, drag and drop, perguntas: escolha múltipla, verdadeira/falsa e/ou emparelhamento;

� Actualizar os conteúdos, alternar suportes e estratégias pedagógicas ao longo do curso.

c) Marketing do projecto, da responsabilidade das entidades formadoras, através do/a:

� Envolvimento das direcções das organizações dos participantes, sublinhando da importância de se apoiar este tipo de formação e disponibilizar tempo aos/às formandos/as para resolução das actividades e consulta dos conteúdos;

� Publicação de histórias de sucesso com o objectivo de promover a adesão à formação.

A comunicação entre formandos/as e tutores/as foi feita, preferencialmente, através da utilização do fórum específico e geral, uma vez que este tipo de comunicação tem a mais-valia de disponibilizar a informação a outros/as formandos/as.

Existiu ainda o recurso a mensagens escritas (funcionalidade disponível na plataforma) ou ao e-mail (directamente entre tutor/a e formandos/as, no caso dos assuntos serem especificamente dirigidos a estes/as). O telefone foi utilizado apenas em casos pontuais, para assuntos que não pudessem ser resolvidos das formas anteriormente referidas.

12 In http://www.cegoc.pt/elearning/artigos/20031203-motivar-online.html

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É importante que, no início de cada curso, os/as formandos/as saibam as funcionalidades que estão disponíveis na plataforma (devendo esclarecer-se esta questão logo na primeira sessão presencial) para comunicar com o/a tutor/a e com os/as restantes colegas, colocar questões, enviar trabalhos, etc.

No caso das sessões de comunicação síncrona o/a tutor/a deverá considerar previamente:

� As necessidades e expectativas dos/as formandos/as;

� Se os/as formandos/as sabem as datas, horários e modos de entrar em conversação;

� Se os/as formandos/as têm os plug-ins necessários para entrar na conversação.

Durante as sessões síncronas o/a e-tutor/a deve13:

� Respeitar o horário de início da sessão previamente estabelecido;

� Assegurar-se que os/as presentes o estão a ouvir bem ou visualizam correctamente o que escreve;

� Apresentar a agenda da sessão e ser claro/a e objectivo/a;

� Disponibilizar com antecedência materiais que sejam utilizados durante a sessão (p.e. slides);

� Evitar longos silêncios on-line;

� Explicar como se processa a conversa;

� Fazer perguntas específicas, de forma a envolver os/as participantes;

� Gerir rigorosamente o tempo, evitando o prolongamento da sessão;

� Apresentar no final uma síntese dos principais pontos abordados;

� Deixar algum tempo para perguntas e respostas;

� Evitar a monopolização por um/a dos/das formandos/as.

Este tipo de formação é centrado na instituição, ou seja, os/as formandos/as deverão fazer parte da estrutura técnica de uma organização e apresentar pré-requisitos de entrada ou demonstrar conhecimentos suficientes que os/as habilitem a prosseguir um determinado percurso de formação.

As instituições são convidadas a participar formalmente nestas acções, através da disponibilização de um/a (ou mais) técnicos/as e/ou dirigentes, devendo estar sensibilizadas para o tempo que é necessário, para que os/as formandos/as possam consultar os conteúdos on-line e participar nas sessões presenciais e visitas de estudo.

Após processo de divulgação dos cursos e respectivos conteúdos programáticos (através de mailling, brochuras e workshops de apresentação das acções de formação) é solicitado aos/às potenciais formandos/as que preencham uma ficha de pré-inscrição, na qual deverão assinalar os cursos em que estão interessados. Posteriormente, são constituídas as turmas dos diversos cursos e contactados/as os/as formandos/as seleccionados/as, telefonicamente ou por e-mail.

Após confirmação de interesse em participar nestas acções, nas datas já definidas, é enviado aos/às formandos/as uma pasta com informação completa referente ao curso, nomeadamente:

� Cronograma definitivo da acção de formação;

� Locais onde decorrerão as sessões presenciais;

� Objectivos gerais e específicos de cada curso;

� Tutor/a designado/a e elementos curriculares;

� Conteúdos programáticos detalhados;

� Sistema de avaliação;

13 Adaptado de http://www.cegoc.pt/elearning/artigos/20031028-sincrono.html

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� Recursos (caso exista esta informação);

� Minuta de contrato;

� Ficha de inscrição definitiva.

Em alguns casos, pode optar-se por entregar esta pasta na primeira sessão de cada curso.

Antes de se entrar em contacto com os/as formandos/as é necessário desenvolver um leque de acções, concretamente:

� Caracterizar o contexto no qual a formação se irá processar – regime de formação, duração da acção, dimensão e características do grupo de formandos/as, locais das sessões presenciais e visita de estudo, acesso aos recursos técnico-pedagógicos e cronogramas;

� Definir os recursos humanos intervenientes, seus papéis e responsabilidades;

� Definir estratégias de envolvimento das instituições, por exemplo:

o Criar uma newsletter de divulgação da plataforma e das acções de formação disponíveis;

o Realizar reuniões com os/as responsáveis das organizações, sublinhando as vantagens dos cursos;

o Elaborar um diagnóstico das expectativas face à formação (e aos diferentes cursos);

o Criar um documento que permita a visualização da carga horária das diversas acções de formação;

� Definir o modelo conceptual e os objectivos estratégicos da formação;

� Realizar reuniões de trabalho entre formadores/as e equipa mediatizadora, para testagem dos conteúdos on-line, ambientação à plataforma, definição das estratégias de comunicação e das funcionalidades da plataforma necessárias ao desenvolvimento da formação;

� Definir conjuntamente (formadores/as seleccionados e entidade formadora) o calendário das actividades de formação e estratégias de tutoria;

� Implementar e desenvolver um serviço de help-desk, para apoio à resolução dos problemas técnicos;

� Definir o equipamento necessário para as sessões presenciais;

� Definir o sistema de avaliação (momento de avaliação, ponderações, ferramentas da plataforma disponíveis, feedback aos/às formandos/as).

3.1.3 A plataforma de ensino a distância

Um dos principais pilares de suporte à formação a distância, na sua componente on-line, é o LMS (Learning Management System). O LMS pode ser definido como um software de gestão de sistemas de ensino/formação que tem como principais objectivos centralizar e simplificar a administração e gestão dos programas de e-learning. Estes sistemas cobrem todos os processos de aprendizagem dos modelos de Ensino a Distância, podendo ser também utilizados como complemento aos modelos tradicionais em presença. Um LMS apoia assim a planificação e o desenvolvimento dos processos de aprendizagem, permitindo a formadores/as e formandos/as uma partilha colaborativa de informação e conhecimento.

A escolha do LMS assumiu-se como uma etapa fundamental e estratégica, no sentido em que condiciona de forma muito significativa, não apenas todo o processo formativo, mas a sua sustentabilidade futura.

Após uma análise e estudo da maioria das alternativas no “mercado” a plataforma escolhida foi o Moodle, que se destacou pelas seguintes razões:

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1 – Universalidade

O moodle é um LMS usado em contextos de e-learning, blended learning ou como complemento de formação/ensino presencial por mais de 10.000 entidades, dispersas por 150 países, incluindo universidades com mais de 40.000 alunos, escolas e empresas sendo, na actualidade, o LMS não-corporativo mais utilizado, testado e reconhecido a nível mundial.

Este factor é de particular importância para o futuro da plataforma formativa, visto que a equipa de desenvolvimento tem a garantia de uma plataforma amplamente testada e “reconhecida”, tendo numerosos exemplos e case studies espalhados pelo mundo e a uma comunidade de utilizadores/as e programadores/as on-line à qual pode recorrer, em qualquer altura.

2 – Usabilidade/simplicidade

Inúmeros estudos indicam que o moodle é uma plataforma caracterizada pela facilidade de utilização e configuração.

A facilidade de utilização é da maior importância tendo em conta que os destinatários/as não possuem conhecimentos avançados em informática, nem experiência em formação a distância. Por outro lado, a facilidade de configuração, dá a oportunidade aos formadores/as e tutores/as de configurarem e animarem os seus cursos de forma autónoma.

3 - Freeware

O moodle não tem quaisquer custos de aquisição ou licenças de utilização, podendo ser redistribuído e/ou modificado sob os termos da General Public License (GNU) como publicada pela Free Software Foundation.

A inexistência de custos, acrescidos de aquisição e de licenças, contribui, de forma significativa, para a sustentabilidade futura da plataforma.

4 – Open Source

O moodle foi desenvolvido em regime de open source sendo uma plataforma “aberta”. Nesse sentido, qualquer indivíduo ou equipa com conhecimentos da sua linguagem de programação base poderá instalar, alterar, e desenvolver novas funcionalidades livremente.

O facto de ser uma plataforma aberta contribui, igualmente, para a sustentabilidade, no sentido em que a sua operacionalização não fica dependente ou exclusiva de nenhuma entidade em particular.

3.1.4 Metodologia formativa

Passamos agora a apresentar sucintamente a duração e estrutura dos cursos, sessões presenciais e a distância, e certificação.

A duração do curso é de 16 horas presenciais a que se acrescentam 21 horas de aprendizagem a distância. Em termos de estrutura, cada curso tem a duração de 5 semanas sendo organizado de acordo com as seguintes componentes:

� 3 sessões presenciais (duas sessões de 6 e 4 horas respectivamente e uma sessão com a duração de 6 horas);

� Sessões de formação assíncrona (aproximadamente 21 horas, através da plataforma de e-learning).

As três sessões presenciais organizam-se da seguinte forma:

� Uma primeira sessão presencial com a duração de 6 horas (no primeiro dia da semana em que inicia o curso) na qual se faz a apresentação do curso e metodologia, a ambientação à plataforma, a apresentação dos/as

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formadores/as, dos/as formandos/as, o preenchimento do balanço de competências inicial e também a definição dos grupos de trabalho e exercícios a realizar durante o processo formativo;

� A segunda sessão presencial realiza-se a meio da segunda semana de formação e decorrerá durante todo o dia (período da manhã e da tarde), com o objectivo de realizar uma visita de estudo a instituições com práticas consolidadas nas temáticas a abordar durante o curso;

� Por fim, a terceira e última sessão decorre no último dia da última semana de formação, na qual se faz a apresentação final dos trabalhos, se realiza um teste escrito (ou não de acordo com o sistema de avaliação previsto), se preenche o balanço de competências final e se faz um balanço final do curso.

Os/As formandos/as seleccionaram, de acordo com o cronograma apresentado e síntese programática, os cursos que desejavam frequentar, utilizando para o efeito a ficha de pré-inscrição. Nas sessões presenciais impôs-se um limite de faltas, correspondente a 5% do total de horas presenciais, ou superior, por motivos de força maiores, e sujeitos a justificação escrita.

Os cursos estavam disponíveis durante o período de formação na plataforma http://www.3sector.net, em Aprendizagem e Formação/Oferta de formação a distância ou directamente em http://www.3sector.net/moodle. O acompanhamento destas sessões foi feito por um/a tutor/a incumbido/a de dinamizar o processo de aprendizagem, potenciando o uso das ferramentas de comunicação, colocando questões nos fóruns, participando activamente em chats14 e em todas as actividades oferecidas que visassem consolidar o processo de aprendizagem.

Todas as actividades a serem desenvolvidas pelos/as formandos/as estavam devidamente descritas na plataforma, num guião pedagógico de orientação, sendo que o/a tutor/a também daria nota das mesmas, sempre que tal fosse necessário.

No final da formação foi emitido um certificado de formação profissional ou certificado de frequência, conforme o aproveitamento do/a formando/a. Para tal, as/os formandas/os deveriam concluir os cursos com aproveitamento, o que pressupunha uma avaliação satisfatória, o respeito do limite de faltas e a participação nas tarefas/actividades indicadas pelo tutor/a.

Em termos de organização e planeamento da formação passa-se a descrever as funções da parceria de desenvolvimento, das entidades externas e respectiva articulação.

3.1.5 Funções e papéis das entidades da Parceria de Desenvolvimento (PD), coordenada pela Animar:

� Numa primeira fase, definiu-se o calendário da acção de formação (curso) e respectivo cronograma;

� A PD tinha também como função neste processo a definição do perfil dos/as formandos/as permitindo à entidade formadora definir, juntamente com os formadores/as e tutores/as, as estratégias pedagógicas de intervenção. A PD transmitiu, ainda, a definição do perfil dos/das formandos/as aos parceiros dinamizadores locais da formação, para que estes pudessem seleccionar o grupo para as acções de formação;

� Os manuais entregues aos formandos/as na última sessão de formação presencial, foram elaborados a nível de conteúdos pelos/as formadores/as, que os fizeram chegar à entidade formadora para apreciação e validação e que, por sua vez, os fez chegar à Animar, para que fosse feito o arranjo gráfico dos mesmos (capa, contracapa, etc). Estes manuais foram entregues aos/às formandos/as em suporte multimédia (compact disc).

� Preparação de uma newsletter de divulgação da formação;

� Mediação formativa (apoio, dinamização e monitorização da formação); 14 Um chat, que em português significa "conversação", é um neologismo para designar aplicações de conversação em tempo real. (in Wikipédia).

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� Dinamização e monitorização do processo de planeamento da formação;

� Publicitação da formação junto da sua rede de contactos;

� Avaliação e validação dos conteúdos dos cursos mediante a emissão de pareceres.

Funções da entidade formadora (entidade externa à PD):

� Contratualização dos/as formadores/as e tutores/as para cada curso, por sugestão da parceria, em função dos seus conhecimentos nos conteúdos a ministrar e no trabalho já desenvolvido no âmbito do Terceiro Sector. No caso dos/as formadores/as e tutores/as sugeridos pela parceria não reunirem as condições necessárias para fazer o acompanhamento dos cursos, era da responsabilidade da entidade formadora encontrar formadores/as e tutores/as que o fizessem;

� Estabelecimento de todos os contactos de pré-formação e durante a formação com os formadores/as e tutores/as;

� Preparação do dossier de sala e dossier técnico-pedagógico;

� Acompanhamento e monitorização das sessões a distância;

� Preparação dos conteúdos a mediatizar, juntamente com a equipa de mediatização e de construção da plataforma moodle e com o/a formador/a e tutor/a do curso em questão;

� Realização de reuniões com a equipa de mediatização e o/a formador/a para definição/clarificação do modelo pedagógico apresentado;

� Pedido, junto das entidades acolhedoras das visitas de estudo, de todas as autorizações e combinações necessárias para o desenvolvimento das mesmas, após o local ser definido pelo/a formador/a e/ou tutor/a do curso;

� Emissão dos certificados de formação dos/as formandos/as e entrega dos mesmos na última sessão de formação presencial ou envio dos mesmos por correio;

� Elaboração de um documento com indicações para os/as formadores/as, englobando os princípios de Cidadania e Igualdade de Género;

� Garantia de toda a coordenação técnico-pedagógica do curso ministrado;

� Consultoria, acompanhamento e aconselhamento permanentes em relação ao processo formativo;

� Apreciação de documentos referentes ao planeamento da formação elaborados pela parceria;

� Participação nas reuniões relacionadas com a formação/processo formativo;

� Monitorização/acompanhamento do desenvolvimento da acção de formação;

� Avaliação da formação;

PROACT (Parceiro Responsável pela Formação)

� Planeamento do processo formativo;

� Elaboração, avaliação e reajustamento dos conteúdos formativos;

� Selecção de conceptores/as;

� Articulação com os/as conceptores/as e com a PD, tendo em vista a definição de objectivos, programa e metodologia do curso;

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� Acompanhamento do trabalho dos/as conceptores/as até à versão final do texto-base do curso, fase em que a PROACT propôs à entidade formadora a realização da primeira reunião do/a conceptor/a e/ou tutor/a com a entidade formadora para planeamento da formação;

� Elaboração de recomendações aos/às tutores/as e conceptores/as e possível reajuste dos conteúdos;

� Monitorização e coordenação da tutoria on-line;

� Acompanhamento da formação em parceria com a entidade formadora, assegurando a coordenação pedagógica, os/as formadores/as, a logística formativa e os materiais pedagógicos, em articulação com as entidades locais que dinamizaram a formação;

� Preparação do esboço de memória descritiva do dispositivo de formação;

� Desenvolvimento da articulação da entidade formadora com a PD.

IDEIA ALENTEJO E CÁRITAS DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO (Parceiros dinamizadores locais da formação)

No decorrer das acções de formação, ficaram responsáveis cada um por metade dos/as formandos/as, nomeadamente no que concerne a:

� Contratos de formação;

� Pagamento das despesas de alimentação;

� Pagamento de deslocações;

� Selecção de formandos/as e constituição dos grupos de formação, tendo em vista o perfil de selecção dos/as candidatos/as;

� Contactos iniciais com os/as formandos/as, para transmissão de todas as informações relevantes (cronogramas, documentos a apresentar, locais de formação e horários, etc.).

Logística das sessões presenciais:

� Definição com antecedência (15 dias antes do início do curso preferencialmente) dos locais de formação presencial, garantindo todas as condições necessárias para a boa realização da formação;

� Abertura e fecho da sala de formação, garantindo os recursos essenciais à sessão de formação: computadores para os/as formandos/as (1 computador por cada 2 formandos/as) com ligação à internet (banda larga, preferencialmente) e sala de formação equipada (com mesas, cadeiras, quadro branco, canetas, apagador e videoprojector);

� Aluguer de autocarro ou carrinha de transporte para o dia em que decorrerão as visitas de estudo, coordenando este transporte com os/as formandos/as (combinando o horário e local de encontro, etc.);

� Marcação do local para almoço (no dia da visita de estudo e das sessões presenciais);

� Cópia dos materiais e das pastas a serem entregues aos/às formandos/as, onde deveriam constar os seguintes elementos: duas cópias do contrato com o/a formando/a; o programa do curso; o documento “Navegar na plataforma 3Sector passo a passo”; o guião pedagógico do curso; o documento com a password atribuída a cada formando/a; e outros documentos sugeridos pelo/a formador/a e folhas brancas.

AKSEN (Parceiro responsável pela mediatização dos conteúdos e plataforma tecnológica)

� Animação de uma sessão inicial de introdução à plataforma (funcionalidades e ferramentas);

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Figura 4 - Modelo de ficha de inscrição

� Manutenção da plataforma;

� Realização de uma sessão de formação aos/às tutores/as;

� Suporte técnico (help-desk) a tutores/as e formandos/as;

� Mediatização dos conteúdos programáticos, em articulação com o/a formador/a e/ou tutor/a e com a entidade formadora;

� Acompanhamento da formação, no que diz respeito à utilização da plataforma on-line, por parte dos/as formandos/as.

Cáritas Portuguesa

� Publicitação da formação junto da sua rede de contactos;

� Avaliação e validação dos conteúdos dos cursos, mediante a emissão de pareceres;

3.1.6 Caracterização do público-alvo e critérios de selecção

Os públicos-alvo do projecto são dirigentes e técnicos/as (com formação superior ou equivalente) de organizações do Terceiro Sector, em especial os que estão relacionados com a rede Animar e Caritas Portuguesa de forma directa ou por parcerias territoriais já estabelecidas anteriormente.

Relativamente aos critérios de selecção, pretendia-se que a amostra de formandos/as servisse de grupo teste e recriasse o mais possível a realidade diversa do Terceiro Sector, sendo que para isso publicitaram-se os cursos não só nas organizações das redes Animar e Cáritas, mas em geral para todo o tipo de organizações regionais e nacionais do Terceiro Sector, nomeadamente: associações de desenvolvimento local, caritas, associações ambientais, associações de cultura, recreio e desporto, associações municipais, misericórdias, instituições particulares de solidariedade social, organizações não governamentais, fundações, cooperativas, mutualidades, entre outras.

Este processo de divulgação decorreu durante um mês, utilizando o correio e uma brochura impressa para os membros da rede Animar e Cáritas e o envio de uma newsletter electrónica com os documentos de divulgação em anexo para um mailling-list de 500 entidades, sendo que após esta data encerrou-se o período de inscrições, na medida em que os formandos/as inscritos/as eram já mais do que suficientes para garantir a testagem dos 9 cursos, num total de 100 à data de encerramento das inscrições.

Relativamente aos critérios de selecção gerais dos/as formandos/as, destacamos os seguintes:

� Conhecimentos básicos de TIC na óptica do/a utilizador/a;

� Conhecimentos básicos de acesso e consulta à internet;

� Possibilidade de acesso à plataforma colaborativa, sem grandes constrangimentos físicos ou de tempo;

� Disponibilidade para participar nas sessões presenciais de cada curso;

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� Compromisso pessoal de finalizar o processo formativo;

� Responsabilidade individual, empenho, sociabilidade, auto-gestão e integridade;

� Capacidade de comunicar através da linguagem escrita;

� Capacidade de adaptação a novos contextos de aprendizagem;

� Escolaridade não inferior ao grau/frequência de curso superior para técnicos/as e frequência/curso secundário completo para os/as dirigentes;

� Possibilidade de consultar/utilizar o conhecimento organizacional ou os inerentes aos projectos desenvolvidos na sua organização para serem trabalhados ao nível da formação;

� Conhecimento de metodologias que permitam a combinação de informação, a produção e a apresentação de novo conhecimento;

� Conhecimentos básicos no acesso, aquisição e tratamento da informação, nomeadamente a disponível para consulta on-line;

� Conhecimentos básicos de pesquisa, manuseamento de fontes, interpretação e avaliação do valor da informação, nomeadamente a disponível para consulta on-line;

� Envolvimento da entidade patronal no que concerne à facilitação e reconhecimento do processo de aprendizagem.

3.1.7 Critério de selecção de conceptores/as e form adores/as

A selecção de conceptores/as foi orientada com base em 3 critérios fundamentais:

� Competências específicas;

� Experiência profissional na área temática;

� Sensibilidade para as questões de índole social.

As competências específicas e a experiência profissional foram analisadas com base nos currículos dos/as diversos interessados/as, tendo sido seleccionados/as aqueles/as que melhor se adequavam ao perfil pretendido, sem nunca esquecer os critérios orientadores do processo.

Neste domínio, foram sentidas algumas dificuldades em conjugar os dois primeiros critérios com a necessária sensibilidade social, indispensável à adequação dos conteúdos ao Terceiro Sector.

No que diz respeito ao processo de selecção de formadores/as e/ou tutores/as foram seguidos os seguintes critérios:

� Competências específicas;

� Experiência profissional na área temática;

� Sensibilidade para as questões de índole social;

� Certificado de aptidão profissional de formador/a;

� Experiência em formação em regimes a distância.

Procurou-se dar primazia aos/às próprios/as conceptores/as dos materiais pedagógicos, os/as quais seriam, teoricamente, os/as mais habilitados/as a desenvolver a formação com base nos seus próprios materiais. Neste ponto encontraram-se algumas dificuldades, devido ao facto de alguns/algumas conceptores/as não possuírem o perfil mais adequado para desenvolver a formação, tanto presencial como a distância, quer em termos de habilitações para dar

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formação, quer em termos de experiência em regimes de formação a distância. Nestes casos, os/as conceptores/as foram substituídos/as por outros/as que cumprissem o máximo de requisitos estabelecidos.

Tanto no processo de selecção de conceptores/as como de formadores/as, procedeu-se a uma análise curricular seguido de entrevista aos/às candidatos/as, por parte da entidade formadora.

3.1.8 Qualificação da formação

A proposta de generalização de um sistema de créditos (ECTS) resultante da Declaração de Bolonha, visa gerar procedimentos comuns que garantam o reconhecimento da equivalência dos estudos efectuados entre diversos países, no próprio país e diferentes tipos de instituições (desde que devidamente creditada), implicando uma alteração do paradigma vigente. Implica, assim, que o processo de formação passe a centrar-se na aprendizagem e nas metodologias que promovam a aquisição de competências específicas e horizontais, que o/a professor/a assuma um papel de orientador/a dessa aprendizagem, apoio e suporte, que as várias áreas das instituições (como por exemplo bibliotecas e laboratórios) sejam considerados espaços de aprendizagem, que exista acesso à informação (e respectiva capacidade de a seleccionar, organizar e sintetizar) e que permita a flexibilidade dos cursos de formação.

Neste sistema, um crédito equivale, aproximadamente, a 25-30 horas de trabalho. O valor numérico atribuído a cada curso expressa o volume de trabalho que um/a estudante deverá efectuar, face ao volume global de trabalho necessário para se completar com sucesso um ano de estudos, em determinado estabelecimento, não se restringindo apenas às horas da frequência.

Competências a adquirir, segundo os descritores de Dublin

Neste ponto apresentam-se as competências TIC transversais a todos os cursos, que dizem respeito à navegabilidade e aquisição de conhecimentos on-line.

i) Acessibilidade e Navegabilidade

a. Conhecer e explorar as TIC;

b. Saber fazer o registo numa página web;

c. Ser capaz de aceder aos conteúdos de um website;

d. Ser capaz de alternar entre diversas páginas de conteúdos;

e. Saber utilizar motores de pesquisa;

f. Saber utilizar os menus de procura e ajuda;

g. Saber comunicar numa sala de chat, num fórum de discussão ou num e-mail;

h. Saber comunicar com os/as tutores/as e restantes formandos/as;

i. Saber editar o perfil.

ii) Aquisição de Conhecimentos

a. Ser capaz de seleccionar cursos de e-learning, de acordo com as necessidades formativas/ aquisição de novas competências;

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b. Saber procurar informação/materiais de suporte na Internet/ plataforma formativa e colaborativa;

c. Ser capaz de realizar uma auto-avaliação dos conhecimentos adquiridos;

d. Ser capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos.

iii) Gerais

a. Saber identificar os cursos formativos com vantagem para a função que desempenha;

b. Saber aceder às diferentes partes da estrutura dos cursos formativos;

c. Saber colocar dúvidas on-line ao/à tutor/a via fórum, chat ou e-mail;

d. Ser capaz de gerir o tempo na realização das actividades propostas.

Foi apresentado um dossier para aprovação do Departamento de Economia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), para garantir a possibilidade de conversão desses cursos em créditos, de acordo com as orientações de Bolonha. O documento procurou reunir informação relevante acerca dos cursos concebidos e testados no âmbito do projecto e-Qu@lificação do Programa de Intervenção Comunitário EQUAL.

O dossier encontra-se dividido em duas partes:

a) Primeira parte, respeitante ao enquadramento global e justificação dos nove cursos concebidos e testados, onde se engloba uma descrição do projecto e-Qu@lificação e seus objectivos, a pertinência, principais aspectos positivos e vantagens dos cursos, uma breve análise da oferta e procura neste domínio, estrutura pedagógica, conceptores/as e tutores/as responsáveis pela sua concepção e implementação, conteúdos programáticos e competências transversais.

b) Segunda parte, que apresenta cada curso com maior detalhe, incluindo objectivos gerais e específicos, descrição exaustiva dos conteúdos programáticos, recursos complementares, métodos pedagógicos adoptados e competências a adquirir, tendo em consideração os descritores de Dublin.

Assim, há a intenção de diversificar e tornar transversal as competências que os/as formandos/as adquirem nos cursos e-Qu@lificação, podendo ser os mesmos reconhecidos para créditos noutros níveis de qualificação, garantidos pelas universidades em pós-graduações ou mestrados.

Trata-se de uma experiência piloto que se espera replicar com outras universidades com quem a Animar e a Cáritas Portuguesa têm protocolo, nomeadamente Universidade de Évora, Universidade Lusófona, Universidade Católica, Instituto Superior de Línguas e Administração, Instituto Superior de Agronomia e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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Figura 5 - Listagem de Cursos

3.1.9 Itinerários Formativos

O glossário da Sociedade da Informação define o e-learning como sendo “um processo de aprendizagem a distância que envolve a utilização de uma aplicação especificamente preparada para esta função e que permite a interactividade entre o/a professor/a e os/as alunos/as, facilitando a comunicação, troca de documentos e também a realização de testes”15.

A elaboração de conteúdos específicos de gestão adaptados à realidade do Terceiro Sector constitui um passo em frente para a excelência deste tipo de organizações. Permite dotar os/as agentes que nelas trabalham de novas competências e conjugam uma componente prática (de aplicação), com uma componente teórica (de reflexão e sistematização do conhecimento).

De acordo com o diagnóstico de necessidades formativas elaborado previamente, e com o conhecimento que as entidades envolvidas na construção e desenvolvimento do projecto dispunham, propôs-se o desenvolvimento dos seguintes cursos:

Designação do curso:

Cidadania e Igualdade de Género16

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

Gestão de Recursos Humanos

Estratégias de Marketing Social

Gestão Comercial

Sistemas de Qualidade

Gestão Financeira

Gestão Estratégica

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária17

15 http://www.internet.gov.pt/glossario_detail.asp?termoid=161: acesso em 26 de Julho de 2005 16 O actual curso de Cidadania e Igualdade de Género, no decurso da acção 2 do projecto designava-se como Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens. Esta alteração é válida para todas as menções referentes a este curso. 17 O actual curso de Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária, no decurso da acção 2 do projecto designava-se Novos Conceitos e Práticas de Economia Social. Esta alteração é válida para todas as menções referentes a este curso.

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Quadro 6 - Formação Académica de base dos/as destinatários/as

Com base da experimentação dos nove cursos realizados, aconselham-se neste manual os seguintes itinerários formativos tipo, tendo em conta a formação académica de base dos/as destinatários/as:

FORMAÇÃO ACADÉMICA DE BASE ITINERÁRIO FORMATIVO A PRIVILEGIAR18

Ciências Sociais em Geral (à excepção de Economia): Antropologia, Ciência Política, Política Social, Relações

Internacionais, Serviço Social, Sociologia, etc.

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão de Recursos Humanos

6º - Gestão Financeira

7º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

8º - Estratégias de Marketing Social

9º - Sistemas de Qualidade

Economia

Idem (podendo ser dispensados os cursos de Gestão de

Recursos Humanos e Gestão Financeira, se já os frequentaram

na formação académica)

Gestão de Empresas (contabilidade, gestão de recursos humanos, finanças, marketing, organização e gestão de

empresas, etc)

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

5º - Sistemas de Qualidade

(Os cursos de Gestão Comercial para o Terceiro Sector e Estratégias de Marketing Social são específicos e, aconselhando-se por isso a sua frequência, apesar de haver equivalências nas formações académicas referidas)

Outras

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão de Recursos Humanos

6º - Gestão Financeira

7º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

8º - Estratégias de Marketing Social

9º - Sistemas de Qualidade

18 Recomenda-se que a sequência indicada seja respeitada

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Tendo em conta os perfis funcionais e profissionais dos/as destinatários/as, aconselham-se os seguintes itinerários formativos:

PERFIS FUNCIONAIS E PROFISSIONAIS ITINERÁRIO FORMATIVO A PRIVILEGIAR19

Gestor/a de Recursos Humanos ou equivalente

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão de Recursos Humanos

6º - Sistemas de Qualidade

Gestor /a Financeiro/a ou equivalente

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão Financeira

6º - Sistemas de Qualidade

Gestor Comercial ou equivalente

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

6º - Sistemas de Qualidade

Responsável por Marketing ou equivalente

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

6º - Estratégias de Marketing Social

7º - Sistemas de Qualidade

Gestor Geral

1º - Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

2º - Cidadania e Igualdade de Género

3º - Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

4º - Gestão Estratégica

5º - Gestão de Recursos Humanos

19 Recomenda-se que a sequência indicada seja respeitada

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Quadro 7 - Perfis Funcionais e Profissionais dos/as destinatários/as

PERFIS FUNCIONAIS E PROFISSIONAIS ITINERÁRIO FORMATIVO A PRIVILEGIAR19

6º - Gestão Financeira

7º - Gestão Comercial para o Terceiro Sector

8º - Estratégias de Marketing Social

9º - Sistemas de Qualidade

Os cursos pretendem ser úteis de três pontos de vista: social, organizacional e político.

Socialmente, espera-se que a qualificação dos/as agentes do Terceiro Sector, através desta metodologia, tenha efeitos significativos a curto e médio prazo, quer através da familiarização da utilização de novas tecnologias e ferramentas de comunicação e aprendizagem, quer pela conciliação da vida familiar e profissional. A aquisição de competências de gestão neste domínio permitirá uma gestão mais rigorosa, eficiente e eficaz das organizações e dos seus projectos. Procura-se ainda combater a discriminação territorial no acesso ao conhecimento e formação (uma vez que a maioria dos/as agentes se encontra dispersa pelo território nacional) e a sensibilização dos/as agentes no domínio da Cidadania e Igualdade de Género, sobretudo no que diz respeito ao género.

De acordo com a definição proposta pela OCDE, a “qualificação é alcançada quando um corpo competente determina que a aprendizagem individual alcançou um ponto de conhecimento específico, qualificações e maiores competências. Os resultados desta aprendizagem são confirmados por via de processo de verificação ou a conclusão bem sucedida de um curso de estudo. A qualificação confere o reconhecimento oficial do valor no mercado de trabalho e em futuras formações bem como na educação”.

A relevância organizacional deve-se ao facto dos/as destinatários/as destes cursos serem, na sua maioria, oriundos/as das organizações do Terceiro Sector, pelo que a sua qualificação promove a melhoria do desempenho organizacional, com evidentes impactes na gestão das organizações e no ambiente que as circunda.

Ao nível político, a realização destes cursos, através de uma metodologia inovadora, vem responder directamente ao desafio lançado no Conselho de Lisboa de Março de 2000: construir “a economia baseada no conhecimento mais competitiva e dinâmica do mundo, capaz de um crescimento económico sustentável com mais e melhor emprego e maior coesão social”. Neste sentido, veio reforçar-se a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e dos conteúdos electrónicos enquanto instrumentos de ensino/aprendizagem. Em Novembro de 2001, e na sequência da adaptação de um programa plurianual (2004-2006) para a integração efectiva das TIC nos sistemas europeus de educação e formação (através do programa e-Learning), a Comissão propôs “tornar o espaço europeu de aprendizagem ao longo da vida uma realidade, assinalando as potencialidades do e-learning para a criação e gestão de novas oportunidades educativas para esse efeito”.

Esta iniciativa, concretizada em 2003 pela Comissão Europeia, visa mobilizar os agentes económicos e sociais, bem como as comunidades educativas, de forma a acelerar as mudanças nos sistemas educativos e de formação na construção de uma sociedade baseada no conhecimento. Tem por objectivo “apoiar e continuar a desenvolver o recurso efectivo às TIC nos sistemas europeus de educação e formação, constituindo um contributo para uma educação de qualidade e um elemento essencial para a adaptação daqueles sistemas às necessidades da sociedade do conhecimento no contexto da aprendizagem ao longo da vida”20.

De acordo com Tavares (2003)21, estamos perante “um novo paradigma do ensino/aprendizagem que assenta no desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação e formação. Podemos, assim, designá-las por a “nova geração de tecnologias educacionais sucessoras do escrito e do audiovisual”

20 http://www.elearning.tecminho.uminho.pt/ficheirosUpload/outros/DecisaoProgramaELearning.pdf: acesso em 31 de Julho de 2005. 21 http://gep.ist.utl.pt/files/noticias/mar/E_learning.pdf: acesso em 30 de Julho de 2005.

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constituindo, de certo modo, o e-learning uma nova metodologia de ensino a distância que recorre às TIC como um ambiente de aprendizagem”.

Nas agendas políticas de quase todos os países Europeus e da própria União Europeia realça-se esta preocupação. O Plano de Acção eEurope da União Europeia (2005) indica os passos necessários para a concretização da Sociedade de Informação, realçando o papel da educação. Também o estudo da OCDE Learning to change: ICT in Schools (2001) mostra a forma como as TIC podem transformar o ambiente de aprendizagem.

De acordo com a Resolução do Conselho Europeu de 27 de Junho de 200222 sobre a aprendizagem ao longo da vida, esta “constitui um domínio prioritário da estratégia de Lisboa”, devendo ser potenciada através de acções e políticas desenvolvidas no quadro da estratégia europeia para o emprego, do plano de acção para as competências e a mobilidade, dos programas comunitários Sócrates, Leonardo da Vinci e «Juventude», da iniciativa e-Learning e das acções de investigação e inovação, entre outras”, convidando os Estados-Membros a “promoverem a aprendizagem no local de trabalho, em colaboração com as instituições de educação e de formação e com os parceiros sociais”.

O programa i2010 lançado em Junho de 2005 – “Uma sociedade da informação europeia para o crescimento e o emprego “ assenta em três pilares – onde a convergência de políticas, o aumento de investimento nas TIC e a promoção de uma sociedade da informação inclusiva se alinham para o mesmo propósito –, a nova estratégia é apontada como um novo motor para a Estratégia de Lisboa, também ela repensada para se centrar no crescimento e no emprego.”

O Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POS-conhecimento), estabelece entre os diferentes objectivos “promover uma sociedade do conhecimento para todos… divulgar conteúdos, aplicações e serviços com valor para a sociedade”.

Em Portugal, a iniciativa Ligar Portugal (que é um dos vectores estratégicos do Plano Tecnológico) assume entre diversos objectivos a necessidade de “promover uma cidadania moderna, informada, consciente e actuante, para a qual o uso das TIC é um instrumento normal de acesso à informação, à educação, ao trabalho cooperativo, e à discussão pública”.

Segundo o Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal “a educação-formação para a sociedade da informação necessita ser fortemente dinamizada e as novas tecnologias de comunicação devem ser levadas a todos os níveis de ensino de um modo sustentado”.

Uma das orientações dadas no Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005/2008 é precisamente “facilitar a divulgação e a utilização eficaz das TIC e criar uma sociedade da informação plenamente inclusiva”, sendo um dos objectivos especificados na medida 20 “criar e promover a utilização de novos serviços e conteúdos, via Internet, transversais a múltiplos sectores da sociedade e com impacte o directo na qualidade de vida e no trabalho dos cidadãos, incluindo os relativos a riscos públicos, ambiente, segurança alimentar, saúde e segurança interna”.

Também no Plano de Acção para a Inclusão (2006-2008) vem expresso este desafio para “actuação e prevenção dos riscos da info-exclusão da população portuguesa”. Já o Plano Nacional de Emprego para o triénio 2005-2008 indica a necessidade de reforçar a educação e qualificação da população portuguesa, a qual é “geradora de processos de mais valor e de uma melhor organização do trabalho, com mais inovação e rigor na gestão dos recursos”.

22 Produto do Conselho Europeu de Barcelona, de Março de 2002.

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3.2 Conteúdos programáticos e objectivos dos cursos

Este ponto apresenta os objectivos gerais específicos, conteúdos programáticos e respectivos materiais de suporte, dos nove cursos de formação.

3.2.1 Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Sol idária

Objectivos

a) Situar e caracterizar a Economia Social no seu contexto histórico de criação e afirmação

b) Relacionar a Economia Social com as dinâmicas da chamada Economia de Reciprocidade não equivalente (Economia de Entreajuda Comunitária e da Dádiva)

c) Analisar os grandes problemas e desafios do Mundo actual

d) Situar e caracterizar as novas tendências da Economia Social, e em particular da chamada Economia Solidária (novo conceito), à luz dos grandes problemas e desafios do Mundo actual

e) Identificar os principais desafios que se colocam actualmente às organizações da Economia Social e Solidária

Conteúdos Programáticos

1. A afirmação da Economia Social no contexto de emergência das sociedades industriais

1.1. As origens da Economia Social na Europa

1.2. Os princípios originais de referência da Economia Social

1.3. As bases filosóficas e ideológicas da Economia Social

1.4. As grandes famílias jurídico-institucionais da Economia Social

1.5. As lógicas similares (informais) existentes noutros contextos culturais e geográficos

1.6. A Economia Social perante a Economia Política

2. A Economia Social nas sociedades do pós-guerra

2.1. A Economia Social perante o Estado-Providência

2.2. A Economia Social nos países socialistas

3. As novas tendências da Economia Social e a proposta do conceito de Economia Solidária, à luz dos grandes problemas e desafios do Mundo actual

3.1. Os grandes problemas e desafios dos finais do século XX – inicio do século XXI

3.2. As novas respostas da “Nova Economia Social” e de domínios congéneres

3.3. O novo conceito de Economia Solidária

3.4. O conceito e as práticas de Economia Solidária da Macaronésia

3.5. Os principais projectos e dimensões da Economia Solidária (análise mais específica)

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3.6. Os novos princípios e critérios de referência da Economia Solidária, por comparação com a Economia Social

4. A relação entre Economia Solidária e novos conceitos e práticas congéneres

4.1. A questão do financiamento da Economia Social e Solidária e os novos sistemas de financiamento alternativo

4.2. A relação com novas propostas e dinâmicas congéneres: Comércio Justo, Consumo Responsável, Responsabilidade Social das Empresas, Marketing Social, Empreendedorismo Social, etc.

5. Principais desafios actuais das organizações de Economia Social e Solidária

5.1. Principias desafios que se colocam hoje às organizações de Economia Social e Solidária

5.2. A questão da sustentabilidade das organizações de Economia Solidária

Recursos Complementares

Foram disponibilizados os seguintes recursos complementares:

� Bibliografia;

� Documentos de apoio aos conteúdos;

� Links e vídeos.

3.2.2 Cidadania e Igualdade de Género

Objectivos

No final deste curso os/as formandos/as deverão:

a) Estar sensibilizados/as para a temática da cidadania e igualdade de género, repercutindo a sensibilização nos seus contextos pessoais e profissionais.

b) Conhecer a realidade, reflectir sobre ela e encontrar estratégias, para operar as mudanças necessárias no sentido da plena igualdade de género. Intervir com conhecimento e consciencialização na mudança.

Face aos objectivos acima expostos consideram-se os seguintes objectivos específicos:

� Conhecer a realidade existente entre homens e mulheres em Portugal, no âmbito:

o do mercado de trabalho;

o na organização da vida familiar;

o no processo de decisão.

� Reflectir sobre esta realidade, pensar sobre o que efectivamente contribui para a existência de desigualdades que mecanismos a reproduzem;

� Encontrar estratégias para a mudança;

� Promover a participação de homens e mulheres na actividade profissional;

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� Promover a participação equilibrada de homens e mulheres na organização da vida familiar;

� Colocar o direito como motor para a igualdade;

� Promover a cidadania ao serviço de uma mudança estrutural, no contexto social do género;

� Promover a participação equilibrada de homens e mulheres no processo de decisão, a democracia paritária;

� Considerar a necessidade de uma intervenção activa dos diversos actores para a concretização de uma igualdade de género.

Algumas das competências a adquirir ou a desenvolver:

� Conhecer o contexto nacional e na União Europeia da problemática da Igualdade de Género no mercado de trabalho.

� Saber reflectir sobre a realidade da Igualdade de Género, questionar e problematizar no sentido de encontrar soluções.

� Ser capaz de conceber novas formas de organização que promovam a conciliação entre actividades profissionais e familiares na mulher e no homem, tendo em conta a Igualdade de Género.

� Conhecer as disposições legais que têm contribuído para uma mudança de mentalidade e de prática social em termos de Cidadania e Igualdade de Género.

� A evolução dos estereótipos sobre os papéis de mulheres e homens ao longo dos tempos.

� Conhecer os mecanismos que reflectem a desigualdade, nomeadamente a questão do poder.

� Conhecer os modelos de ensino em Portugal e a sua evolução ao longo da história.

� Saber utilizar instrumentos para promover a participação equilibrada das mulheres e dos homens em contexto de trabalho.

� Saber utilizar instrumentos para promover a participação equilibrada das mulheres e dos homens na vida familiar e pessoal.

� Conhecer e saber utilizar conceitos como Estado de Direito, Cidadania e Democracia Paritária associados ao contexto de género.

� Saber exercer o princípio da cidadania, promovendo a participação equilibrada entre mulheres e homens.

� Conhecer a saber transferir práticas de sucesso implementadas com êxito por instituições de referência no âmbito do exercício da cidadania

Conteúdos Programáticos

1. Conhecer a situação – 1ª Parte

1.1. Conhecer a situação das mulheres e dos homens no mercado de trabalho e em Portugal e na Europa

1.2. Conhecer a situação das mulheres e dos homens no na organização da vida familiar

1.3. Conhecer a situação das mulheres e dos homens no processo de decisão

2. Reflectir sobre a realidade – 2ª Parte

2.1. Reflectir sobre a realidade

2.2. Porquê esta realidade?

2.3. Que mecanismos reproduzem a desigualdade?

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2.4. Coeducação, Ensino Misto e Linguagem

3. Estratégias para a Mudança

3.1. Como promover a participação equilibrada das mulheres e dos homens na actividade profissional? A economia como motor da igualdade

3.2. Como promover a participação equilibrada das mulheres e dos homens na vida familiar? A família como motor da igualdade

3.3. Que legitimação do Estado de Direito? O Direito como motor da igualdade

3.4. Que cidadania? Mudança estrutural, contexto social do género

3.5. Como promover a participação equilibrada das mulheres e dos homens no processo de decisão? A democracia paritária

3.6. Estratégias para a Mudança. Organizações Internacionais

Recursos

Foram disponibilizados na plataforma os seguintes recursos:

� Bibliografia;

� Lista de endereços electrónicos, para aprofundamento dos assuntos abordados durante o curso;

� Glossário.

3.2.3 Gestão Estratégica

Objectivos

No final do curso, os/as formandos/as deverão:

a) Aplicar conhecimentos básicos relativamente às variáveis essenciais da gestão das organizações;

b) Promover o entendimento de que a estratégia não é apanágio das organização com fins lucrativos, mas trata-se de um instrumento indispensável à melhora da eficiência e eficácia da gestão das organizações (independentemente da sua natureza);

c) Assegurar a familiarização e compreensão dos formandos/as relativamente a alguns modelos e instrumentos de gestão estratégica das organizações.

Para prosseguir este propósito, definiram-se os seguintes objectivos específicos:

� Definir um conjunto de conceitos-base, designadamente os conceitos de organização, empresa organizada, gestão, gestor, estrutura organizacional, planeamento, organização, liderança/direcção e controlo;

� Compreender as organizações como um sistema aberto, sujeito às influências do seu meio envolvente e em constante mutação;

� Compreender o papel dos/das gestores/as nas organizações, nomeadamente no que diz respeito às funções que desempenham, actividades que desenvolvem e aos papéis que assumem;

� Compreender os conceitos de estratégia e táctica, bem como as suas raízes;

� Compreender as unidades de análise da estratégia;

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� Perceber os conceitos-base de segmento de mercado e de grupo estratégico;

� Conhecer e compreender os principais instrumentos e ferramentas de apoio à reflexão e formulação de estratégias organizacionais;

� Definir os conceitos de gestão estratégica, planeamento estratégico, reflexão estratégica e plano estratégico;

� Compreender o modelo convencional de gestão estratégica;

� Compreender o sistema de gestão estratégica proposto pelo Balanced Scorecard (BSC);

� Compreender a forma como o BSC permite gerir estrategicamente as organizações sem fins lucrativos e, em particular, as organizações do sector público;

� Conhecer o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) e, em particular, o modo como este adoptou um sistema de gestão estratégica assente no BSC;

� Compreender os objectivos que podem nortear a adopção de um modelo de gestão estratégica, como o BSC, por uma organização sem fins lucrativos;

� Compreender as fases inerentes à implementação de um modelo como o BSC, por organizações sem fins lucrativos, em especial, por organizações do sector público;

� Compreender as principais dificuldades na implementação do BSC por parte de organizações sem fins lucrativos (em especial no que concernem as organizações do sector público);

� Compreender a estratégia do IGFSS, e a forma como o BSC contribuiu para a sua formulação, implementação, controlo e feedback da sua estratégia;

� Identificar e compreender as principais vantagens associadas à adopção do BSC por organizações sem fins lucrativos, de uma forma geral, e pelas organizações do sector público, em particular.

Conteúdos Programáticos

1. A Gestão e o/a Gestor/a

1.1. O que é uma organização

1.2. O que é uma Empresa

1.3. O que é a Gestão

1.4. O que é um/a Gestor/a

2. A Estratégia

3. Instrumento de apoio à Gestão Estratégica

3.1. Análise SWOT

3.2. Ciclo de Vida do Produto

3.3. Matriz Produto-Mercado

3.4. Matriz de Ansoff

3.5. Modelos de Análise de Portfolio

3.6. Modelo de Porter

4. Modelos de Planeamento e Gestão Estratégica

4.1. Gestão Estratégica

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4.2. Planeamento Estratégico

4.3. Plano Estratégico

4.4. Modelos de Gestão Estratégica do BSC

5. Exemplo da adopção de um Sistema de Gestão Estratégica (BSC) por uma organização do Sector Público

5.1. Exemplo prático da adopção do Balance Scorecard pelo IGFSS

5.2. Configuração actual do Modelo de Gestão Estratégica do BSC do IGFSS

5.3. Balanço da adopção do BSC

3.2.4 Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

Objectivos

Pretende-se que no final do curso de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos os/as formandos/as saibam:

a) Distinguir e identificar os diferentes conceitos inerentes à metodologia de concepção de projectos, nomeadamente ao Método Aplicado de Planeamento e Avaliação (MAPA);

b) Reconhecer as diversas fases do ciclo de um projecto desde o diagnóstico, concepção e avaliação;

c) Reconhecer programas e recursos de financiamento existentes em Portugal para projectos de Economia Social e Desenvolvimento Local.

Face aos objectivos gerais enunciados consideram-se os seguintes objectivos específicos:

� Identificar os diferentes momentos da construção de um projecto: do diagnóstico de necessidades à fase de planeamento e avaliação.

� Dominar a estrutura de concepção de um projecto de intervenção: saber utilizar os diversos instrumentos de diagnóstico, técnicas de planeamento e técnicas de monitorização e avaliação.

� Identificar os métodos e técnicas diferenciados, segundo a fase de concepção e avaliação do projecto.

� Possuir conhecimentos que permitem aceder a programas e outros recursos de financiamento de projectos de intervenção social e desenvolvimento local.

Conteúdos Programáticos

1. O Planeamento, o Método Aplicado de Planeamento e Avaliação (MAPA) e a Gestão de Ciclo de Projecto (GCP) da União Europeia

1.1. O planeamento, a metodologia participativa de projecto, o conceito de projecto

1.1. 1.Introdução ao conceito de planeamento

1.1.2. Metodologia participativa de projecto

1.1.3. Conceito de projecto

1.2. O Método Aplicado de Planeamento e Avaliação (MAPA)

1.2.1. O Método Aplicado de Planeamento e Avaliação (MAPA) e a Gestão de Ciclo de Projecto (GCP)

1.2.2 - Operacionalização do Método Aplicado de Planeamento e Avaliação

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2. Instrumentos de Diagnóstico e Técnicas de Planeamento

2.1. Instrumentos de Diagnóstico

2.1.1. Análise de problemas

2.1.2. Análise de stakeholders

2.1.2.1. Matriz de análise de stakeholders

2.1.2.2. Diagramas de Venn

2.1.3. Análise do grupo-alvo

2.2. Técnicas de Planeamento

2.2.1. Estabelecimento de prioridades

2.2.2. Definição de objectivos

2.2.3. O Método do Quadro Lógico (Matriz de Enquadramento Lógico)

2.2.4. Projectos em cascata

2.2.5. Estabelecimento de indicadores

2.2.6. O plano operacional

2.2.7. Análise de risco

3. Técnicas de monitorização e avaliação de projectos

3.1. O sistema de monitorização

3.1.1. Requisitos técnicos para uma monitorização eficiente

3.1.2. Preparação e aplicação de um sistema de monitorização

3.2. O sistema de avaliação

3.2.1. Tipos de avaliação segundo a temporalidade

3.2.2. Tipologias em função de quem realiza a avaliação

3.2.3. Critérios de avaliação – questões que a avaliação deve responder

3.3. O relatório de avaliação

3.3.1. Formato padrão para um relatório de avaliação

3.4. Critérios de qualidade de um projecto segundo a União Europeia

4. Apresentação de um projecto e guia de recursos

4.1. Formato Padrão para um documento do Projecto

4.2. Formato Padrão para pedido de financiamento

4.3. Guia de Recursos

Recursos

Para além da bibliografia estavam disponíveis na plataforma os seguintes recursos complementares:

� Documentos de apoio aos conteúdos (em cada uma dos módulos);

� Glossário;

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� Links.

3.2.5 Gestão de Recursos Humanos

Objectivos

Pretende-se no final da acção de formação que os/as formandos/as possam criar saberes e competências com vista a possibilitar o desenvolvimento de climas de trabalho propícios à melhoria da competitividade das organizações, através da valorização dos/as colaboradores/as e do desenvolvimento do empreendedorismo.

Em face destes objectivos definiram-se, ainda os seguintes objectivos específicos e operacionais:

a) Aprender a tirar partido dos aspectos internos e externos que condicionam o comportamento das pessoas na organização, em linha com a teoria da Estratégia Baseada nos Recursos e da Teoria do Capital Humano.

b) Conhecer as principais práticas de Gestão de Recursos Humanos (GRH) e a conciliar os seus propósitos tácticos e estratégicos, tendo atenção especial a possíveis contradições entre estas e as que mais correntemente se encontram nas organizações portuguesas.

c) Elaborar um pequeníssimo projecto de desenvolvimento de uma das 8 dimensões da GRH, após breve pesquisa adequada à situação da GRH na sua organização concreta, e enviar esse projecto para toda a turma, para que, na sua totalidade, possa cobrir o conjunto das dimensões estudadas por cada indivíduo ou grupo de formandos/as.

Conteúdos Programáticos

1. Definição de Gestão de Recursos Humanos;

2. Estrutura e Dinâmica das Organizações de Mintzberg;

3. Práticas GRH e Desempenho Organizacional:

3.1. Recrutamento;

3.2. Selecção e Socialização;

3.3. Avaliação de Desempenho;

3.4. Sistema de Recompensas;

3.5. Formação e Desenvolvimento;

4. Empreendedorismo.

Documentação complementar

Na plataforma encontravam-se disponíveis três manuais de apoio acerca da Cultura Organizacional, Avaliação de Desempenho e Sistemas de Recompensas.

3.2.6 Gestão Financeira

Objectivos

Pretende-se que, no final, os/as formandos/as estejam em condições de:

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a) Saber o significado da contabilidade, da análise financeira e da gestão financeira como ferramentas indispensáveis ao processo de tomada de decisão das instituições do sistema de solidariedade e de segurança social;

b) Conhecer os objectivos das principais demonstrações financeiras e saber interpretar o significado das principais rubricas nelas incluídas;

c) Identificar e interpretar os acontecimentos económicos e financeiros mais importantes, a partir das principais demonstrações financeiras;

d) Conhecer as principais medidas e indicadores que permitem analisar o cumprimento da missão e o desempenho da instituição em termos económicos (evolução da sua actividade e eficiência da gestão) e em termos financeiros (estrutura de capitais, equilíbrio financeiro e liquidez).

Consideram-se ainda objectivos específicos do curso:

� Saber qual é o significado e os objectivos da contabilidade, da análise financeira e da gestão financeira como ferramentas indispensáveis ao processo de tomada de decisão;

� Fazer a distinção entre as três formas de olhar os fluxos de uma instituição;

� Saber identificar e caracterizar as principais decisões financeiras;

� Conhecer as duas vertentes complementares de análise das decisões financeiras: resultados e risco;

� Identificar os principais aspectos caracterizadores da informação financeira;

� Conhecer os objectivos dos três principais documentos financeiros: balanço, demonstração de resultados e demonstração de fluxos monetários;

� Caracterizar os principais aspectos dos três grandes agregados que constituem o balanço: activo, passivo e fundos próprios e relacionar as decisões da instituição com cada um destes agregados;

� Caracterizar os três principais tipos de resultados constantes da demonstração de resultados por natureza: resultado operacional ou económico, resultado financeiro e resultado extraordinário;

� Caracterizar os principais tipos de resultados constantes da demonstração de resultados por funções;

� Caracterizar os três tipos de fluxos monetários constantes da demonstração de fluxos monetários;

� Conhecer o modo articulado de elaboração dos três principais documentos financeiros.

� Conhecer os três tipos de medidas ou indicadores que permitem avaliar como é que a instituição está a cumprir a sua missão;

� Conhecer as principais medidas de dimensão que podem ser calculadas a partir do balanço e da demonstração de resultados;

� Conhecer os principais indicadores que permitem analisar o desempenho da instituição em termos económicos, no que respeita à evolução da sua rendibilidade e à eficiência da gestão;

� Conhecer os principais indicadores que permitem analisar o desempenho da instituição em termos financeiros, no plano estrutural (estrutura de capital) e no plano mais imediato da liquidez e do equilíbrio financeiro (liquidez, cobertura, rotação).

Conteúdos Programáticos

1. A Gestão Financeira e a Economia Social

2. Introdução às finanças da empresa. Informação contabilística e financeira, análise financeira e gestão financeira

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2.1. A Contabilidade como sistema de informação. Fluxos da empresa e conceitos fundamentais. As ópticas financeira, económica e monetária

2.2. Gestão Financeira e função financeira. Objectivos. Quadro de implementação. As tarefas do gestor financeiro. Ciclo da criação de valor

2.3. Análise Financeira. Objectivos. Vertentes de análise: rendibilidade e risco

3. Documentos de base da Análise Financeira e da Gestão Financeira e sua interpretação.

3.1. Os Documentos

3.1.1. Balanço

3.1.2. Demonstração de Resultados

3.1.3. Demonstração dos Fluxos Monetários

3.2.Indicadores económicos, financeiros e monetários

3.2.1. Situação financeira. Análise do equilíbrio financeiro. Análise do ciclo de exploração

3.2.2. Situação económica. Análise da rendibilidade

3.2.3. Situação monetária. O cash flow de exploração

3.2.4. Integração das várias ópticas de análise: financeira, económica e monetária

4. Análise de Investimentos na óptica empresarial

4.1. Valor temporal do dinheiro

4.2. Conceito de cash flow de um projecto de investimento

4.3. Critérios de avaliação e selecção de investimentos

3.2.7 Sistemas da Qualidade

Objectivos

No final deste curso, os/as participantes deverão conhecer os procedimentos e metodologias necessários para a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade e como o mesmo pode ser integrado na Economia Social. Por último, os/as participantes terão breves noções acerca do funcionamento do Sistema Internacional da Qualidade, bem como do Sistema Português.

De uma forma mais específica pretende-se que os/as formandos/as possam:

a) Identificar o que é a qualidade, qual a sua importância e objectivos;

b) Descrever a Norma ISO 9001:2000 em termos de estrutura, conteúdo e aplicação;

c) Identificar quais os processos e critérios necessários à implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo com a norma ISO 9001:2000, para cumprir o objectivo de certificar a organização;

d) Identificar os diversos Sistemas Internacionais na área da Qualidade;

e) Perceber como funciona o Sistema Português da Qualidade;

f) Saber identificar a que entidades podem recorrer para obter a certificação.

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Conteúdos Programáticos

1. Qualidade Integrada na Economia Social

1.1. Paradigmas da Qualidade

1.2. Principais Objectivos da Qualidade

2. Normas ISO

2.1. Estrutura da Norma ISO 9001:2000

2.2. Conteúdo da Norma ISO 9001:2000

3. Processos e Critérios de Certificação

3.1. Tomada de decisão de certificar a organização

3.2. Identificação das necessidades e expectativas dos clientes

3.3. Transmissão da mensagem no seio da organização

3.4. Análise dos processos existentes na organização

3.5. Definição da política e objectivos da Qualidade

3.6. Estabelecimento do novo modelo

3.7. Implementação das actividades necessárias

3.8. Auditoria interna

3.9. Selecção de organização certificadora

3.10. Processo de candidatura

3.11. Auditoria por parte da entidade certificadora

3.12. Evolução e melhoria do sistema de qualidade

4. Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade

4.1. Criar a Estrutura Funcional

4.2. Fazer um diagnóstico e planear

4.3. Formação

4.4. Criar e implementar um modelo organizacional

4.5. Avaliar o Desempenho – Não Conformidades

– Auditorias

5. Sistemas Internacionais

6. Sistema Português da Qualidade

7. Entidades Certificadoras

Recursos Complementares

Os/As formandos/as dispunham na plataforma dos seguintes recursos de apoio aos conteúdos e formação:

� Manual da Qualidade;

� Guia interpretativo da ISSO 9000;

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58

� Textos de apoio aos slides;

� Material de apoio à visita de estudo.

3.2.8 Estratégias de Marketing Social

Objectivos

No final da formação, os/as formandos/as deverão:

a) Conhecer as especificidades e o âmbito de abrangência do marketing social, reconhecendo as semelhanças e dissemelhanças face ao designado “marketing comercial”;

b) Saber caracterizar as condicionantes externas no âmbito de um plano de marketing;

c) Conhecer e saber utilizar as variáveis de um plano de marketing, no contexto da actividade de organizações não lucrativas;

d) Identificar e saber implementar formas de dinamização e motivação das pessoas;

e) Identificar a importância e saber implementar formas de avaliação e orçamentação das acções;

De acordo com os objectivos atrás mencionados definiram-se os seguintes objectivos específicos:

� Conhecer as especificidades do marketing social e o que o aproxima do marketing comercial;

� Identificar, em cada objectivo do marketing social, uma proposta de alteração atitudinal e comportamental por parte dos públicos destinatários;

� Conhecer as principais etapas e motivações do comportamento de compra/adesão, no âmbito do marketing social;

� Conhecer o conceito e a utilização das diversas componentes de um plano de marketing social;

� Identificar a sequência e a interligação entre as diversas variáveis;

� Diagnosticar as principais determinantes da envolvência externa com influência na concepção e desenvolvimento de uma campanha de marketing social;

� Identificar e analisar a oferta concorrencial;

� Conhecer a importância e saber utilizar os critérios de segmentação dos públicos envolvidos numa campanha de marketing social;

� Conhecer a importância e o impacte do posicionamento da marca social no mercado;

� Identificar o conceito de produto social e reconhecer as suas características;

� Identificar os diversos níveis de produto, destacando os atributos dos benefícios associados;

� Identificar as componentes da variável Preço no marketing social, bem como as formas de as relativizar com benefícios;

� Compreender o conceito da variável Distribuição, num contexto de uma oferta maioritariamente intangível como é o produto social;

� Identificar a importância da variável Comunicação e a sua adequação ao objectivo da mensagem;

� Saber utilizar os principais conceitos de uma politica de comunicação adaptando-os aos públicos-alvo;

� Conhecer a importância das pessoas e das parcerias no âmbito do mercado de causas sociais;

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� Identificar formas de dinamizar e motivar o público interno;

� Identificar formas de avaliação e saber utilizar as métricas adequadas a cada objectivo da acção;

� Conhecer a importância da orçamentação e do planeamento no âmbito da actividade de uma instituição ligada a causas sociais;

� Conhecer e saber utilizar as ferramentas de orçamentação e de planeamento no âmbito de cada acção.

Conteúdos Programáticos

1. As especificidades do marketing para causas sociais – vender comportamentos e atitudes

1.1. Relembrar o conceito

1.2. As especificidades do marketing social

1.3. Comportamentos desejados

1.4. As similaridades com o marketing comercial

1.5. Quem utiliza o marketing social

2. Comportamento de compra no marketing social

2.1. Conhecer a mecânica da alteração de comportamentos

2.2. Abordagens de alterações comportamentais

2.3. Uma abordagem em 7 passos

2.4. Abordagens de alterações comportamentais

3. Componentes do Plano de Marketing

3.1. Planeamento de uma acção de marketing social

3.2. As variáveis de marketing social

3.3. O Plano de marketing social

4. Análise da envolvente externa, condicionantes, a concorrência

4.1. Diagnóstico

4.2. Análise situacional

4.2.1. Análise do problema

4.2.2. Análise do ambiente

4.2.3. Análise dos recursos

4.3. A Concorrência no marketing social

5. Segmentação e posicionamento da marca social

5.1. Segmentação dos públicos

5.2. Segmentação no marketing social

5.3. Selecção dos públicos-alvo

5.4. Destinatários e beneficiários

6. O Produto no marketing social

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6.1. O que é o Produto no marketing social

6.2. Os 3 níveis de produto no marketing social

6.3. O Posicionamento no marketing social

7. O Preço e a Distribuição no marketing social

7.1. O que é o Preço no marketing social

7.1.1. Custos percebidos numa alteração de comportamento

7.1.2. Equilibrar o custo com os benefícios

7.2. O que é a Distribuição no marketing social

7.2.1. Potenciar as formas de Distribuição no marketing social

7.2.2. Identificar os canais mais adequados

8. A Comunicação das causas sociais

8.1. Critérios de selecção de canais de comunicação

8.2. Conceitos da mensagem de comunicação

8.3. A Publicidade no marketing social

8.4. A Comunicação no marketing social

8.4.1. Os suportes da Comunicação publicitária

8.4.2. Outras formas de comunicação

9. As Pessoas e as Parcerias no marketing social

9.1. O público interno

9.2. Os voluntários

9.3. As Parcerias e o marketing social

9.4. A Política e o marketing social

10. Avaliação de resultados da acção

10.1. Avaliação de resultados da acção

10.2. Medição de resultados da acção

11. Orçamentação e Planeamento

11.1. Orçamentação

11.2. Cronograma de actividades

3.2.9 Gestão Comercial para o Terceiro Sector

Objectivos

No final da acção de formação os/as formandos/as deverão:

a) Identificar a importância de pensar estrategicamente num contexto de grande pressão para a acção;

b) Reconhecer que a tarefa de gerir relações e parcerias é uma forma de “venda” necessária no âmbito das causas sociais;

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c) Identificar o papel e o contexto da função venda na actividade social;

d) Identificar e saber concretizar os principais requisitos em cada fase da venda;

e) Conhecer e saber implementar as principais formas de venda;

f) Conhecer a importância do processo de gestão e controlo da actividade de venda.

Definiram-se também como objectivos específicos:

� Desmistificar a ideia de que os conceitos de Marketing e vendas não de adequam às organizações do Terceiro Sector;

� Reconhecer a importância de pensar estrategicamente como um investimento nos resultados futuros;

� Identificar na captação e gestão de parcerias com outras organizações formas de venda de uma marca;

� Identificar a importância da função venda no âmbito de actuação das organizações do Terceiro Sector;

� Identificar a importância da venda pessoal como elemento de uma estratégia de marketing;

� Identificar na venda pessoal as oportunidades ideias de captar e gerir parcerias win-win;

� Desmistificar as principais ideias-feitas e preconceitos sobre o conceito de vendas e marketing, nomeadamente a sua exclusiva relação com bens de grande consumo;

� Reconhecer as características de uma marca social e respectiva importância no contexto da venda social;

� Identificar as características que fazem de uma marca uma proposta credível;

� Conhecer a evolução que o conceito de vendas tem tido ao longo do tempo e suas implicações na actividade comercial;

� Conhecer as características e as limitações da abordagem de venda hard-selling;

� Reconhecer, em novas abordagens de venda consultiva, as características de uma relação de parceria;

� Identificar as especificidades da venda de ideais e comportamentos e suas diferenças face à venda de bens físicos;

� Conhecer e saber caracterizar as fases de um processo de venda pessoal;

� Conhecer a importância da atitude e do comportamento na eficácia da venda;

� Reconhecer a importância e as características do marketing directo como ferramenta de comunicação e venda no Terceiro Sector;

� Identificar as principais formas de marketing directo e respectivos suportes;

� Conhecer e saber caracterizar as componentes de uma campanha de marketing directo;

� Reconhecer a importância e as características de outras formas de comunicação como oportunidades de venda de parcerias e produtos sociais;

� Saber identificar a sua importância num contexto de actividades das organizações do Terceiro Sector;

� Saber como gerir o processo de venda e como adaptá-lo ao contexto do marketing social.

Conteúdos Programáticos

1. A venda Social

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1.1. Desmistificar a ideia de que os conceitos de marketing e vendas não de adequam às organizações do Terceiro Sector

1.2. Pensar estrategicamente como um investimento nos resultados futuros

1.3. Captação e gestão de parcerias com outras organizações formas de venda de uma marca

1.4. A importância da função venda no âmbito de actuação das organizações do Terceiro Sector

1.5. A importância da venda pessoal como elemento de uma estratégia de marketing

2. Preconceitos e ideias feitas sobre o marketing

2.1. Oportunidades ideias de captar e gerir parcerias win-win

2.2. Principais ideias-feitas e preconceitos sobre o conceito de vendas e marketing, nomeadamente a sua exclusiva relação com bens de grande consumo

2.3. Características de uma marca social e respectiva importância no contexto da venda social

2.4. Características que fazem de uma marca uma proposta credível

3. Do hand-selling à venda consultiva

3.1. A evolução que o conceito de vendas tem tido ao longo do tempo e suas implicações na actividade comercial

3.2. Características e as limitações da abordagem de venda hard-selling

3.3. Características de uma relação de parceria

3.4. Especificidades da venda de ideais e comportamentos e suas diferenças face à venda de bens físicos

4. As fases da venda

4.1. Fases de um processo de venda pessoal

4.2. A importância e a atitude e do comportamento na eficácia da venda

5. O Marketing directo

5.1. Importância e as características do marketing directo como ferramenta de comunicação e venda no Terceiro Sector

5.2. Principais formas de marketing directo e respectivos suportes

5.3. Componentes de uma campanha de marketing directo

6. Outras formas de venda

6.1. Importância e características de outras formas de comunicação como oportunidades de venda de parcerias e produtos sociais

6.2. Gerir o processo de venda e adaptá-lo ao contexto do marketing social

3.3 Selecção e caracterização dos/as participantes

No que concerne à caracterização dos/as participantes na formação, foram envolvidos/as 139 agentes. A taxa de desistências foi de 8,6% e não foram certificados/as 12,9% por não terem atingido os objectivos mínimos na formação que frequentaram. Assim, no total de participantes inscritos/as, o nível de certificação foi de 78,4%.

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3.3.1 Inscrição e selecção dos/as formandos/as

No que concerne à inscrição dos/as formandos/as, a mesma processou-se por preenchimento de uma ficha de inscrição enviada por fax ou e-mail, na qual cada indivíduo indicava o(s) curso(s) em que se pretendia inscrever, por ordem de preferência, sem limite de inscrições.

Para além dos critérios de selecção gerais dos/as formandos/as referidos no ponto 3.3. do manual, dos quais reforçamos como mais importantes:

� Disponibilidade para participar nas sessões presenciais de cada curso;

� Compromisso pessoal de finalizar o processo formativo;

� Escolaridade não inferior ao grau/frequência de curso superior para técnicos/as e frequência/curso secundário completo para os/as dirigentes;

� Conhecimentos básicos no acesso, aquisição e tratamento da informação, nomeadamente a disponível para consulta on-line;

� Envolvimento da entidade patronal no que concerne à facilitação e reconhecimento do processo de aprendizagem.

Foram ainda tidos como critérios de selecção preferenciais específicos:

� Área de residência/trabalho na Região Alentejo;

� Preferência por formandos/as sinalizados/as pelas entidades regionais dinamizadoras da formação;

� Formandos que indicaram como primeira opção aquele curso;

Gráfico 1 - Análise dos resultados da formação

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3.3.2 Idade e sexo

No total de formandos/as dos nove cursos, a participação foi equilibrada entre homens e mulheres, num total de 40,2% e 59,8% respectivamente. Este resultado deverá ser ponderado se pensarmos que no Terceiro Sector existem mais trabalhadoras do que trabalhadores. A média de idade dos/as participantes foi de 37,3 anos, reforçando assim uma das conclusões do diagnóstico em que a média de idades jovens dos/as técnicos/as deste Sector seria uma mais-valia para a testagem de uma solução formativa inovadora.

A maioria dos/as formandos/as pertence aos escalões etários mais jovens: 20-29 anos (21,9%) e 30-39 (16,9%) seguindo-se o grupo 40-49 (25,2%) e 50 + anos (16%).

Gráficos 2 e 3 - Caracterização dos/as formandos/as por faixa etária e género

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3.3.3 Nível de habilitações/área de formação

No que concerne ao nível de habilitações, 87,5% dos/as formandos possuíam formação superior ou equivalente, sendo que apenas 12,5% detinham um nível equivalente ao 12ºano. Este último grupo corresponde na sua quase exclusividade a formandos/as com funções de chefia ou de coordenação de equipas, sendo que pelo seu currículo e experiência profissional foram aceites na formação.

As áreas de formação com maior peso relativo são sociologia, educação social aplicada, animação sócio-cultural, economia e serviço social, que correspondem a 48% do total do universo dos/as formandos/as. Foram consideradas na categoria de outras, as áreas que apenas correspondiam a uma percentagem de formandos/as que apresentavam valores inferiores a 2%.

As áreas de formação são ilustrativas da diversidade de técnicos/as e dirigentes que trabalham no Terceiro Sector, uma vez que a intervenção que fazem ao nível social e de desenvolvimento local em áreas como o emprego, o apoio ao empreendedorismo, desenvolvimento rural, serviços de proximidade, etc, obriga a um envolvimento pluriprofissional de agentes.

Gráficos 4 e 5 - Caracterização dos/as formandos/as por nível de hab ilitações e áreas de formação

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3.3.4 Cargo / Funções e situação face ao emprego

Relativamente ao cargo e/ou função desempenhado pelo/a formando/a, consideramos as seguintes categorias: técnico/a, dirigente, voluntário/a, desempregado/a ou à procura do primeiro emprego e estagiário/a. Em todos os cursos foram os/as técnicos/as os/as mais representados/as, sendo que a média de distribuição dos/as formandos/as foi de 63,8% de técnicos/as, 21,2% de dirigentes, 3,7% de voluntários/as, 9,1% de desempregados/as ou à procura do primeiro emprego e 2,2% de estagiários/as.

Na situação dos/as formandos/as face ao emprego, constata-se que a grande maioria é trabalhador/a por contra de outrem, numa média de 84,3%, 3,7% são voluntários/as, 9,1% são desempregados/as ou encontram-se à procura do primeiro emprego, 2,2% são estagiários/as e apenas 0,7% são trabalhadores/as por conta própria.

Gráficos 6 e 7 - Caracterização dos/as formandos/as por funções desempenhadas e situação face ao emprego

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3.3.5 Representatividade / Tipologia das entidades

Tendo em conta o tipo de divulgação realizada, a tipologia das entidades envolvidas é vasta, sendo que predominam as associações de desenvolvimento local. O envolvimento de outras redes nomeadamente das IPSS’s, Cercis, ONG’s, Centros de Estudos Universitários, Fundações e Cooperativas, possibilitará um alargamento da formação a outras entidades que não apenas as das redes Animar e Cáritas.

Ressalve-se também a importância da formação para os indivíduos sem enquadramento institucional e que se encontravam à procura do primeiro emprego ou em situação de desemprego.

49,6

82,4

2,4

18,4

2,44

1,6

47,2

Enquadramento institucional dos/as formandos/as

Associações de Desenvolvimento LocalCooperativasFundaçõesEmpresasIPSSONGCáritasCentro de Estudos UniversitárioCERCISSem enquadramento institucional

3.3.6 Locais de origem dos/as formandos/as

De acordo com a candidatura aprovada, o território de testagem do projecto cingir-se-ia ao Alentejo, contudo existiram dificuldades em que todos/as os/as formandos/as fossem deste território, uma vez que estava em causa o teste de 9 cursos, sendo o processo demasiado exigente para que cada formado/a se comprometesse com a frequência de mais de 4 cursos.

Assim, e fruto de uma campanha de divulgação que tomou os moldes nacionais, abrangemos outras regiões, nomeadamente Lisboa, Setúbal e Santarém por uma questão de proximidade geográfica ao território do Alentejo, sendo que os/as formandos/as da região norte foram envolvidos/as por duas entidades que manifestaram muito interesse na formação, disponibilizando-se para assumir a sua participação em moldes colectivos nas sessões presenciais, diminuindo assim os custos de participação.

Gráfico 8 - Enquadramento institucional dos/as form andos/as

17%

7%

26%

13%

4%

2%

7%

2%

11%

2%

8%

Mapa 1 - Distrib uição em percentagem do local de origem dos/as formandos/as

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3.3.7 Dificuldades sentidas/comentários

Relativamente às dificuldades registadas por parte dos/as formandos/as nas acções de formação, destacam-se as seguintes:

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária (NCPESS)

� Elevado nível de desistências;

� Falta de motivação dos/as formandos/as pelo reduzido tempo que dispuseram para estudar o material formativo fornecido, e após percepção da natureza demasiado teórica do curso.

Cidadania e Igualdade de Género (CIG)

� Não cumprimento dos prazos de envio das actividades propostas pelas tutoras, minorado por um alargamento do prazo de entrega.

Gestão Estratégica (GE)

� Sem ocorrências;

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos (CAGP)

� Pouco tempo disponível para realização dos exercícios, atendendo às exigências de um curso deste nível no que respeita, nomeadamente, à necessidade de aprofundamento de conteúdos teóricos (muito densos) que permitissem realizar os exercícios previstos, verificando-se que alguns/algumas formandos/as acabaram por não realizar os mesmos;

� Falhas de comunicação entre a tutoria e os/as formandos/as.

Gestão de Recursos Humanos (GRH)

� Elevado nível de desistências;

� Não cumprimento dos prazos de envio das actividades propostas pela tutora, minorado por um alargamento do prazo de entrega.

Gestão Financeira (GF)

� Algum atraso por parte da entidade formadora na comunicação do local da visita de estudo.

Sistemas da Qualidade (SQ)

� Estruturação dos conteúdos na plataforma formativa, por exemplos os módulos não eram apresentados de forma sequencial, os exercícios não estavam visíveis na página do curso, sendo necessário passar todos os slides de conteúdos para aceder aos exercícios. Esta dificuldade foi minorada na segunda sessão presencial com os esclarecimentos da tutora e algumas adaptações realizadas;

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� Contrariamente ao que seria desejável, recorreu-se mais ao e-mail para troca de informação e colocação de dúvidas /esclarecimentos do que através dos fóruns de discussão;

� No que respeita à realização dos exercícios, verificaram-se alguns incumprimentos na apresentação de testes durante a formação, no entanto o exercício final, com maior peso na avaliação, foi realizado pela totalidade dos/as formandos/as.

Estratégicas de Marketing Social (MS)

� Comparência de alguns/algumas dos/as formandos na visita de estudo;

Gestão Comercial (GC)

� Substituição de formandos/as imediatamente antes do início do curso, com efeitos nos procedimentos logísticos inerentes;

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3.4 Visitas de Estudo

O Projecto e-Qualificação, do Programa de Intervenção Comunitária EQUAL, procurou implementar um processo de formação inovador para dirigentes e técnicos/as de organizações do Terceiro Sector, assente na construção de uma plataforma digital, na elaboração de conteúdos e recursos técnico-pedagógicos adaptados às suas necessidades, e no desenvolvimento de uma nova metodologia: o Three-learnig. Pretendia-se assim, aproveitar o potencial das tecnologias de informação e comunicação através da testagem de novas metodologias de formação e instrumentos de aprendizagem flexíveis e facilitadores da inovação.

Não acreditando no b-learning per si, desenvolveu-se uma metodologia que permitiria acrescentar valor à anteriormente referida. Assim, as acções de formação desenvolvidas incorporavam não só sessões de e-learning com a duração de 21 horas (em que se utilizaram ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona), como também duas sessões presenciais (incluindo a apresentação do curso e metodologia, esclarecimento do modo de tutoria e avaliação da aprendizagem) e uma visita de estudo (totalizando 16 horas), onde seria possível estabelecer um contacto mais estreito entre os/as próprios/as formandos/as e entre estes/as e os/as tutores/as designados/as para cada curso.

3.4.1 Objectivos

A ideia de realizar visitas de estudo deveu-se à constatação de que estas seriam uma forma de motivar e sensibilizar os/as formandos/as para a abordagem de um determinado tema definido previamente, criando ainda uma maior proximidade entre estes/as e os/as tutores/as.

As visitas tinham como objectivo geral promover a interligação entre a teoria e a prática, contribuindo para a aplicação dos conhecimentos adquiridos no curso a realidades concretas das organizações da área social. O contacto com algumas instituições e o conhecimento das suas práticas foi considerado também uma das mais valias, para além da possibilidade de conhecer as instalações e os serviços que estas disponibilizam.

Os objectivos específicos de cada uma das visitas realizadas nos nove cursos desenvolvidos, encontram-se sintetizados no quadro abaixo.

Curso Objectivo Específico da Visita

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária - Tomar contacto com uma organização da economia social e solidária

Cidadania e Igualdade de Género

- Visitar a CIG (ex. CIDM) e a CITE como mecanismos para a Igualdade em Portugal;

Gestão Estratégica - Apresentar o modelo de gestão estratégica do balance scorecard e exemplificar a sua adopção pela Sogrupo-SI;

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

- Tomar contacto com as metodologias participativas e técnicas de facilitação utilizadas na elaboração do Diagnóstico Social e no Plano de Desenvolvimento Social do Município de Cantanhede. Discussão com a coordenadora da Rede Social acerca das vantagens e desvantagens de utilização destas metodologias no diagnóstico e planeamento da intervenção social;

- Apresentação das metodologias participativas de diagnóstico e planeamento do projecto Escol@Contigo – Escolhas 2ª Geração. Caso de boas práticas. Discussão com o coordenador do projecto acerca das vantagens e desvantagens

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Quadro 8 - Objectivos das visitas de estudo

Curso Objectivo Específico da Visita

de utilização destas metodologias no diagnóstico e planeamento de projectos.

Gestão de Recursos Humanos

- Verificar como se aplicam as práticas de Recursos Humanos desenvolvidas no Curso;

- Conhecer uma Empresa Portuguesa, conceituada pela sua Gestão de Recursos Humanos;

- Conhecer uma realidade do Terceiro Sector, identificando a falta de meios/recursos para implementar as práticas de Recursos Humanos;

- Verificar a aplicação de algumas práticas, de forma informal;

Gestão Financeira - Conhecer as boas práticas de gestão de uma organização do Terceiro Sector;

Sistemas da Qualidade - Visitar uma organização certificada;

Estratégias de Marketing Social - Tomar conhecimento das práticas das Estratégias de Marketing Social em duas entidades de assumida relevância e visibilidade dentro do Terceiro Sector;

Gestão Comercial - Tomar conhecimento das práticas de Gestão Comercial em duas entidades de assumida relevância e visibilidade dentro do Terceiro Sector;

3.4.2 Conteúdos programáticos das visitas e relação com os objectivos do curso

Neste ponto efectua-se uma breve exposição das razões que levaram os/as formadores/as a escolher os locais das visitas de estudo, a par de uma breve descrição da forma como estas decorreram.

O local das visitas foi escolhido pelos/as tutores/as, em função:

� dos interesses profissionais e sociais das/dos formandos/as

“Estas visitas revestem uma importância fundamental uma vez que muitos/as dos/as formandas/os tomaram contacto com estas instituições pela primeira vez, desconhecendo o seu trabalho e áreas de actuação/intervenção”, opinião das tutoras do curso de Cidadania e Igualdade de Género.

� da relação com as temáticas e conteúdos do curso

“Trata-se de uma instituição que cobre todo o tipo de necessidades das jovens mães, desde a formação até à alimentação para a família” e “Motivou-nos a actualidade do tema violência doméstica e a curiosidades de saber como se aborda concretamente este tema em termos de comunicação junto dos diversos públicos-alvo”, visitas de estudo realizadas pelos cursos de Marketing Social e Gestão Comercial.

� do reconhecimento das boas práticas de gestão de algumas instituições (por exemplo no caso da visita à Fundação CEBI, no âmbito do curso de Gestão Financeira)

“Para além disso existe uma verdadeira estratégia de marketing e de comunicação, o que é raro a este nível”; “ Instituição por demais conhecida ao nível das campanhas que faz e cuja eficácia aumenta todos o anos conseguindo firmar parcerias e obter apoios enormes” ; “(…) é um verdadeiro case study em termos de luta contra a sida”, Visitas realizadas no âmbito do curso de Marketing Social

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“Conhecer uma Empresa Portuguesa, conceituada pela sua Gestão de RH….Conhecer uma realidade do Terceiro Sector, identificando a falta de meios/recursos para implementar as práticas de RH” ”, Visitas realizadas no âmbito do curso de Gestão de Recursos Humanos.

De referir que, em alguns casos, não foi possível visitar o local definido inicialmente (p.e. indisponibilidade de espaço por parte da Sogrupo-SI, no caso do curso de Gestão Estratégica).

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária

Local: Casa do Instituto António Sérgio e biblioteca

Data: 18/04//2007

Nesta visita os/as formandos/as ficaram a conhecer a Casa António Sérgio e respectiva biblioteca onde tiveram oportunidade de consultar bibliografia sobre o Terceiro Sector e as cooperativas, a Casa-Sede do Instituto António Sérgio, onde tomaram contacto com as actividades do Instituto e com o tema "desafios do cooperativismo" e ainda a uma Unidade de Economia Solidária para os/as formandos/as conhecerem as suas actividades.

Cidadania e Igualdade de Género

Local: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE)

Data: 18/10/2006

As visitas constituíram dois momentos de contacto privilegiado com as instituições acima mencionadas, consistindo numa apresentação do seu trabalho na área das suas atribuições. Da parte da manhã a visita decorreu nas instalações da CIG e na parte da tarde nas instalações da CITE.

Gestão Estratégica

Local: ISCTE

Data: 19/04//2007

Durante a parte da manhã foi realizada formação em sala para apresentação teórica do modelo de gestão estratégica do balanced scorecard e do exemplo da sua implementação prática na Sogrupo-SI (pela respectiva equipa de implementação). Para além disso, foram dinamizados um debate e um momento de esclarecimento de dúvidas.

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

Local: Município de Cantanhede e Grupo de Instrução e Sport

Data: 28/11/2006

Os/As formandos/as reuniram-se com a coordenadora da Rede Social no Município de Cantanhede e seguidamente com o Coordenador do Projecto Escol@Contigo – Escolhas 2ª Geração no Grupo de Instrução e Sport (Figueira da Foz). As apresentações realizadas foram direccionadas para os conteúdos que estavam a ser ministrados no curso.

Gestão de Recursos Humanos

Local: Empresa J. A. Lobo e Caritas Diocesana de Évora

Data: 28/11/2006

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Na empresa J. A. Lobo foi feita uma breve apresentação recorrendo a um DVD. Seguidamente, o administrador transmitiu a filosofia e as práticas de recursos humanos, implementadas na sua empresa, ilustrando com exemplos. Na parte final da visita, houve um momento para esclarecimento de dúvidas.

Relativamente à visita à Caritas Diocesana de Évora foi efectuada uma apresentação do espaço físico, seguida de uma breve descrição das suas actividades, bem como da sua organização e estrutura. Por fim, houve um momento de esclarecimento e de reflexão entre o explanado e os conteúdos ministrados no curso.

Gestão Financeira

Local: Fundação CEBI

Data: 7/03/2007

A visita incluiu uma apresentação feita pelo Director-Geral da Fundação CEBI sobre a organização e a gestão de uma Fundação, o controlo de gestão, as parcerias como fonte de recursos, o desenvolvimento de projectos e a evolução, para além da visita às suas instalações.

Sistemas da Qualidade

Local: Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões

Data: 15/03//2007

Nesta visita os/as formandas/os tiveram a oportunidade de efectuar uma visita guiada à adega de uma cooperativa, para verificação do seu sistema da qualidade e prova de vinhos.

Estratégias de Marketing Social

Local: Associação Portuguesa de Apoio à Vitima e Associação Abraço

Data: 17/01//2007

Na primeira instituição referida os/as formandos/as tiveram oportunidade de contactar com a responsável da comunicação que deu informação muito útil, esclarecendo dúvidas e disponibilizado materiais de dinamização. Para finalizar foi realizada uma mostra das campanhas de comunicação realizadas nos últimos anos, com respectiva explicação em termos de objectivos e estratégias.

Relativamente à associação Abraço os/as formandos/as foram recebidos pela cara da Organização (Margarida Martins).

Os/As participantes tiveram oportunidade de assistir a uma apresentação de enquadramento sobre o tema e de participar num debate informal, seguindo-se uma visita às instalações.

Gestão Comercial

Local: Ajuda de Mãe e Banco Alimentar

Data: 15/01//2007

Na Ajuda de Mãe os/as formandos/as ouviram a responsável de marketing falar sobre a abrangência das actividades, objectivos e estratégia de parcerias, seguindo-se uma visita guiada pelas instalações.

No Banco Alimentar as/os formandas/os foram recebidos pela responsável da comunicação, tendo oportunidade de colocar questões pertinentes, ao mesmo tempo que se realizou uma pequena visita pelas instalações.

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3.4.3 Logística

Após selecção, contacto e resposta afirmativa dos/das responsáveis dos locais a visitar, a informação acerca da visita era colocada na plataforma para acesso geral dos/as formandos/as. Na maioria dos casos, e à excepção de formandos/as que se deslocavam do norte do país, o transporte destes/destas ao local da visita de estudo estava assegurado pelos parceiros locais dinamizadores da formação. Estes parceiros locais eram também os responsáveis por assegurar questões logísticas de alimentação do grupo no dia da visita.

3.4.4 Avaliação de impacte

A avaliação de impacte é uma das avaliações mais difíceis de realizar, uma vez que exige um espaço temporal entre a experiência de aprendizagem e o momento de avaliação, de forma a apurar a incorporação da experiência como mais-valia para as competências pessoais e profissionais dos/as formandos/as. Assim, não havendo ainda este distanciamento no momento de concepção do manual, o quadro abaixo sintetiza alguns pontos fortes e fracos, resultados dos testemunhos dos formadores/as e dos/as formandos/as.

Pontos Fortes

Referiram-se os seguintes pontos fortes:

− A grande participação dos/das formandos/as;

− O interesse social e profissional das temáticas e respectiva relação com os conteúdos do curso e susceptibilidade da sua aplicação prática;

− A recepção e disponibilidade dos/das responsáveis dos locais visitados;

− O conhecimento dos interlocutores (no caso da visita do curso de Gestão Comercial) e discurso orientado de acordo com os conteúdos ministrados no curso (por exemplo relativamente ao curso de Gestão de Recursos Humanos);

− O conhecimento dos contornos dos problemas defrontados pelas organizações, pela boca de quem melhor os conhece (na visita do curso de Marketing Social);

− A observação das práticas das instituições envolvidas (p.e. a logística do Banco Alimentar e observação sequencial das campanhas com explicações e abordagens feitas do ponto de vista do marketing);

− A abrangência de actividades na organização, competências e cultura organizacional;

− O conhecimento das boas práticas das instituições na área social, com resultados sociais e económicos positivos e consequente reflexão;

− O conhecimento das boas práticas de organização e gestão financeira, como suporte das actividades da organização e dando resposta a médio/longo prazo às necessidades e anseios da comunidade em que se insere (no caso do curso de Gestão Financeira);

− A verificação de um Sistema da Qualidade certificado (caso do curso de Sistemas da Qualidade);

− A qualidade dos/as formadores/as e meios utilizados;

− A possibilidade de comparar o tipo de práticas de recursos humanos no sector industrial e no Terceiro sector. Desta forma, os/as formandos/as identificaram as facilidades e constrangimentos das práticas em cada caso.

− A oportunidade de contacto com entidades que aplicaram a metodologia na concepção dos seus projectos, em específico para a visita do curso de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos.

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Quadro 9 - Pontos Fortes/Pontos Fracos da Formação

As visitas de estudo realizadas no âmbito dos diversos cursos, constituíram, sem dúvida, momentos privilegiados de conhecimento e contacto com instituições seleccionadas pelas suas boas práticas e de convívio entre os/as diversos/as participantes e interlocutores/as. O local foi cuidadosamente escolhido, em função dos objectivos e mensagem que os/as formadores/as pretendiam transmitir. Adicionalmente, os/as formandos/as puderam ver a aplicação prática de conhecimentos transmitidos no decorrer do curso, colocar questões e esclarecer dúvidas, quer junto dos/as responsáveis das entidades, quer dos/das tutores/as.

Pontos Fracos

- Embora alguns tutores/as tenham referido “uma grande adesão dos/as formandos/as” como ponto forte, noutros casos apontou-se “as faltas dos/as formandos/as” (na visita do curso de Gestão Estratégica apenas 7 formandos/as participaram e na visita do Marketing Social verificou-se uma “adesão diminuta”). Foi anda referido pelo tutor do curso de Gestão Financeira que o local da visita ficava a uma grande distância geográfica para alguns/as formandos/as.

- Relativamente à visita do curso de Gestão Comercial foi referido que o contacto na instituição tinha relativamente pouca experiência sobre o histórico do Banco Alimentar e respectivas campanhas, e na visita do Curso de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos destacou-se a ausência de preparação da visita por parte das instituições visitadas.

- Também na visita à Associação Abraço o facto da interlocutora ser uma pessoa extraordinariamente assertiva e determinada, condicionou um pouco o debate, por vezes de uma forma um tanto parcial.

- Finalmente, no caso da visita de Gestão de Recursos Humanos referiu-se a impossibilidade de visitar o espaço físico (fábrica) da Empresa A. J. Lobo, bem como a constatação da utilização de poucos procedimentos/práticas de Recursos Humanos numa organização do Terceiro Sector.

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3.5 Avaliação da Formação

O processo de Avaliação da Formação deve ter em conta quatro critérios fundamentais:

- Avaliação da Aprendizagem;

- Avaliação da Satisfação dos/as Formandos/as;

- Balanço de Competências;

- Avaliação do Impacte da Formação.

3.5.1 Avaliação da aprendizagem

A avaliação da aprendizagem, faz parte integrante do processo formativo e visa validar os conhecimentos, capacidades ou aptidões adquiridas e/ou desenvolvidas pelos/as formandos/as. Distinguimos a avaliação dos resultados de aprendizagem (o qual incide sobre os domínios cognitivos e comportamentais definidos nos objectivos programáticos) que engloba a formação contínua (formativa e sumativa) e a avaliação final (sumativa) que é expressa em termos quantitativos e convertida posteriormente numa escala qualitativa, descrita no quadro que se segue.

10-13 valores Suficiente

14-15 valores Bom

16-17 valores Bom com distinção

18-19 valores Muito Bom

20 valores Muito Bom com distinção

A obtenção de um certificado pressupõe que cada formando/a atingiu os objectivos traçados inicialmente, que participou activamente nas actividades propostas, que não ultrapassou o limite de faltas de 5% e cumpriu os prazos designados. No caso de o/a formando/a não ter cumprido os objectivos propostos, emite-se uma declaração de participação, que comprova a frequência desse/a formando/a na acção de formação.

No cômputo geral, podemos considerar que os resultados de avaliação de aprendizagem foram bastante satisfatórios.

Assim, de 135 inscritos/as na totalidade dos cursos, apenas 25 formandos/as não foram certificados, correspondendo a cerca de 19% dos/as participantes. Destes/as 25 formandos/as não certificados/as, 12 desistiram e 13 não atingiram uma classificação suficiente para a obtenção de certificado. Neste âmbito, destaque para o curso de Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Soldária, no qual desistiram 6 formandos/as que correspondem a cerca de 43% dos/as formandos/as inscritos/as. Por outro lado, o curso de Gestão Comercial foi o curso em que se verificaram mais classificações insuficientes. Nesta acção, 6 formandos/as, correspondendo a cerca de 35% dos/as formandos/as inscritos/as.

No pólo oposto, as classificações de bom e muito bom foram atribuídas a um total de 86 formandos/as (respectivamente 42 e 44 formandos/as), correspondendo cerca de 64% (respectivamente cerca de 31% e 33%) de todos/as formandos/as inscritos/as. Neste domínio, destaque para os cursos de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos e de Gestão de

Quadro 10 - Escala de avaliação

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Recursos Humanos, em que as classificações foram todas iguais ou superiores a bom. No curso de Gestão de Recursos Humanos, cerca de 78% dos/as formandos/as inscritos/as foram classificados com muito bom.

Com estes resultados, podemos considerar que os processos de aprendizagem foram efectivamente desenvolvidos pela grande maioria dos/as formandos/as, facto atestado pelos resultados obtidos na avaliação da aprendizagem.

3.5.2 Avaliação de satisfação dos/as formandos/as

A avaliação de satisfação dos/as formandos/as tem uma função predominantemente de avaliação do processo de formação, dos seus suportes, metodologias e desenvolvimento. A importância da informação recolhida por este meio traduz-se pelo facto deste ser um indicador importante da qualidade do curso a desenvolver. Neste ponto, são avaliados a qualidade dos materiais pedagógicos, tanto em forma como em conteúdo, a adequabilidade do modelo de formação, a qualidade da tutoria, a organização da plataforma de aprendizagem, bem como alguns parâmetros importantes para a validação EQUAL. Apesar de não serem avaliados todos os critérios de análise de qualidade EQUAL, a avaliação da dimensão técnico-pedagógica é importante no processo de validação uma vez que permite aferir a qualidade deste sub-produto e a sua adequabilidade aos contextos em presença.

Objectivos

A presente análise tem como principal objectivo aferir o nível de satisfação dos/as formandos/as com a forma de desenvolvimento da formação. Pretende-se avaliar o nível de satisfação dos/as formandos/as com:

- Programa da acção;

- Organização e funcionamento da acção;

- Actuação da equipa formativa;

- Coordenação da acção;

- Auto-avaliação do grupo formativo;

- Mudanças registadas;

- Auto-avaliação do/a formando/a;

- Desenvolvimento da acção na plataforma;

- Outras questões relacionadas com o curso.

Instrumentos de recolha de dados

A recolha de dados para a presente análise foi realizada com recurso apenas a 1 instrumento:

- Questionário de Avaliação Técnico-Pedgógica.

Destinatários/as – Universo e amostra

Como destinatários/as deste questionário encontram-se os destinatários/as do curso, neste caso, técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector envolvidos na Parceria de Desenvolvimento e das redes Animar e Cáritas que participaram nos momentos de formação. O universo de inquiridos/as é coincidente com a amostra efectuada. Assim, todos/as os/as formandos/as que terminaram os cursos preencheram um Questionário de Avaliação Técnico-Pedagógica.

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Resultados Obtidos

No que diz respeito à avaliação da satisfação dos/as formandos/as, os resultados obtidos são, de uma forma geral, bastante positivos. Neste domínio, podemos dar particular destaque às questões relacionadas com a tutoria e com as dimensões de avaliação EQUAL (foram incluídas no Questionário de Avaliação de Satisfação as dimensões Inovação, adequabilidade e utilidade), as quais foram classificadas em todos os cursos de forma muito positiva pelos/as participantes. Por outro lado, também as competências e desempenho da maioria dos/as tutores/as são bem avaliados por parte dos formandos/as.

No entanto, continuam a identificar-se algumas oportunidades de melhoria no desenvolvimento das acções de formação englobadas no presente produto. Um dos pontos mais mencionados pelos/as formandos/as, e numa óptica transversal a todos os cursos, foi a fraca utilização dos fóruns e chats na construção das aprendizagens. Tal facto poderá ter-se devido a alguma inexperiência dos/as tutores/as no desenvolvimento de acções de formação em regimes de e-learning e a própria falta de prática dos/as formandos/as no desenvolvimento de actividades colaborativas ou cooperativas, características dos modelos de aprendizagem em ensino a distância. Também no que diz respeito à coordenação da acção, os/as formandos/as consideram que esta também poderia ser melhorada, particularmente no que concerne às relações da coordenação com os/as formandos/as.

De uma forma geral, os/as formandos/as identificam a metodologia three-learning como uma das principais mais valias do produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, tanto pela componente de blended-learning como pelo desenvolvimento das visitas de estudo. É referido por muitos/as formandos/as a importância destas visitas na contextualização dos conteúdos apresentados nos diferentes cursos nas actividades das entidades e organizações do Terceiro Sector. Por outro lado, também a adequação dos conteúdos às práticas do Terceiro Sector é destacada pelos/as formandos/as, considerando-se que também este factor, ajuda a contextualizar as conhecimentos e competências desenvolvidos nas acções de formação.

Finalmente, a grande maioria dos/as formandos/as considera que a frequência dos cursos associados a este produto contribuiu bastante para o desenvolvimento das suas competências técnicas, funcionando como um bom suporte para a melhoria do desempenho de cada um no exercício das suas funções. Este facto foi mais aprofundado na avaliação de impacte da formação.

3.5.3 Balanço de competências

A aplicação do Balanço de Competências teve origem, na Europa, em acções de Formação Profissional dirigidas, essencialmente, a indivíduos em condição de desemprego que pretendessem reverter essa situação. As primeiras experiências de utilização dessa metodologia em acções formativas, ocorreram em França no início dos anos 60. A pertinência da adopção do Balanço de Competências em acções de carácter formativo justificava-se por um conjunto de situações sociais e partia dos seguintes pressupostos:

a) a falta de emprego ou a ausência de actividade profissional poderia estar associada a outras formas de exclusão (para além da desinserção profissional) nomeadamente de ordem familiar, social e/ou territorial;

b) a mudança de situação perante o trabalho podia ser facilitada pelo envolvimento efectivo dos/as formandos/as na construção de um projecto individual e;

c) as experiências realizadas no âmbito da Educação de Adultos mostraram que a “experiência de vida” dos/as formandos/as (partilhada ou não) abordada, no âmbito de acções de formação, poderia ser rentabilizada na construção de um projecto de (re)inserção profissional.

No caso português, a pesquisa no âmbito da origem do Balanço de Competências remete-nos, também, para três iniciativas desenvolvidas no campo da reinserção e da reorientação profissional, a saber: “Projecto Force” (1994);

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“Formação de PME” coordenado pela Associação Empresarial de Portugal (1996) e “Plano Regional para o Emprego da Área Metropolitana do Porto” (1999). (Ribeiro, Carlos V. et al: 2000, p. 5).

Na mesma linha da aplicação do Balanço de Competências em França, as experiências portuguesas emergem em contextos de formação profissional (dirigidas a indivíduos em situação de desemprego ou em reconversão) tendo esta metodologia como objectivos fundamentais “apoiar o participante na procura e exploração de si próprio, procura motivada pelo desejo de fazer o ponto da situação, construir novas alternativas profissionais e gerir a sua própria carreira. Possibilita o desenvolvimento de projectos de formação à medida das necessidades, capacidades e motivação dos oficinandos” ((Ribeiro, Carlos V. et al: 2000, p. 5).

O Balanço de Competências, assumiu-se nestas iniciativas, quer como uma orientação para a acção, uma vez consubstanciado em valores como a liberdade, a cidadania, a solidariedade e o sentido humanista, quer como uma metodologia de auto-avaliação pessoal e profissional, que permite aferir as competências desenvolvidas e a desenvolver no âmbito de uma acção de carácter formativo.

No quadro da Iniciativa Comunitária Equal, os actores que conduzem ou intervêm em projectos que se inscrevem na lógica da inclusão social, são confrontados com a necessidade de justificar e fundamentar a aplicação do Balanço de Competências. O carácter experimental e inovador da adopção de uma metodologia eminentemente de carácter individual (processo de formação do indivíduo) para uma metodologia de planeamento e avaliação de projectos de inclusão social (processo de cariz colectivo) trouxeram a necessidade de promover algumas reflexões.

A aplicação desta metodologia apela a uma atitude positiva, participativa e consciente por parte dos/as agentes envolvidos/as num projecto. Passando de uma dimensão individual para uma dimensão colectiva, as entidades promotoras de projectos Equal assumem-se, claramente, como sujeitos activos (porque dão contributos ao Balanço de Competência) e passivos (porque recebem e integram esses mesmos contributos) da metodologia “Balanço de Competências.” Assim, às entidades envolvidas nos projectos, são reconhecidas competências, capacidades e motivações que “regulam”, desde logo, a natureza do projecto a desenvolver.

Neste sentido, as diferentes entidades envolvidas, tendo em conta a sua natureza, o seu percurso, a sua vocação e as suas expectativas, podem ser vistas como agentes cruciais no processo de desenvolvimento do projecto. O desafio que se lhes coloca, é, nesta perspectiva, de olharem para si próprias: para a sua experiência, para as suas motivações, para as suas capacidades e incapacidades, competências ou ausências destas e utilizarem esses contributos na definição de um percurso.

A proposta do Balanço de Competências (BC) ao sugerir a implicação dos/as agentes envolvidos/as no reconhecimento dos seus pontos fortes e fracos, dá um passo em frente, na medida em que o ponto de partida já considera uma análise real quer dos objectivos a atingir, quer dos meios (capacidades, recursos, experiências, competências, motivações, expectativas) existentes ou a captar para o seu alcance.

O BC pretende constituir-se como um instrumento para as Parcerias de Desenvolvimento (PD) criarem o seu próprio dispositivo de avaliação de impactes dos seus projectos ao nível das competências: competências das entidades envolvidas (parceiras e beneficiárias) e competências das pessoas (destinatários ou agentes).

O BC é um instrumento de extrema importância, por um lado, pela possibilidade de diagnóstico e avaliação real que veicula, de competências profissionais/técnicas e pessoais directamente relacionadas com um determinado projecto e, por outro lado, das motivações individuais mobilizadas para esse projecto, permitindo, consequentemente, uma melhoria no (des)empenho na realização das diversas actividades previstas.

No âmbito da oferta formativa experimental, divulgada e testada no âmbito do e- -Qualificação, o Balanço de Competências dos/as destinatários/as foi elaborado de forma a constituir-se não só como um meio de auto-avaliação individual em termos de competências adquiridas pela frequência nas acções de formação mas, também, como um meio para avaliar o potencial do Portal 3Sector, enquanto facilitador da qualificação dos/as técnicos/as, dirigentes e organizações integradas no Terceiro Sector.

Nestes termos, a especificidade deste Balanço de Competências assentou em dois objectivos:

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• Fornecer um dispositivo/criar instrumento(s) para que os/as formandos/as possam identificar a evolução de competências adquiridas pela formação e-learning, num domínio de auto-avaliação. Para responder a este objectivo, de uma forma sustentada, útil e inovadora, a plataforma terá, no futuro, de estar preparada para disponibilizar uma análise do posicionamento individual no imediato. As competências individuais assumem um grau de importância elevado para que cada agente do Terceiro Sector que participe na qualidade de beneficiário/a activo/a do pacote formativo a ser disponibilizado no portal, possa reflectir sobre as mais-valias/aprendizagens e domínios de conhecimento e prática desenvolvidos nessa formação.

• Servir para avaliar, durante a fase de testagem do Portal 3Sector e mais especificamente da plataforma moodle onde se encontram alojados os conteúdos formativos, as condições do mesmo, enquanto meio e metodologia para qualificar os/as agentes do Terceiro Sector. Esta análise remete para uma avaliação das potencialidades da Plataforma Moodle (http://www.3sector.net/moodle) – ao nível da utilização, funcionalidades e conteúdos formativos que são alvo de análise através de: dispositivo de BC e avaliações da Plataforma.

No que concerne à metodologia de análise, a elaboração do BC para os/as utilizadores/as, enquanto formandos/as, consistiu na identificação das competências mobilizáveis e a desenvolver quer ao nível da navegação no portal 3Sector/plataforma formativa (http://www.3sector.net/moodle), quer ao nível da utilização e apropriação dos seus conteúdos, nomeadamente dos cursos formativos de e-learning, com vista a uma avaliação da acessibilidade e do potencial da plataforma formativa enquanto meio de apoio à formação a distância para o Terceiro Sector, através do empowerment e da auto-aprendizagem. Pelo seu enquadramento dos produtos na Iniciativa Comunitária EQUAL, foram também consideradas competências associadas aos princípios EQUAL, que mobilizam dimensões de crescimento pessoal e organizacional inovador e sustentável.

O BC foi, assim, construído, tendo por base três áreas de competências, que traduzem:

• as Competências Transversais, ligadas aos princípios EQUAL (com especial ênfase nas questões ligadas ao empowerment);

• as Competências TIC, ligadas à navegação e aquisição de conhecimentos on-line; e

• as Competências Técnicas, ligadas aos conhecimentos adquiridos através do processo de e-learning, estruturadas por referenciais específicos associados aos conteúdos de aprendizagem de cada curso.

A identificação das competências associadas a cada área/curso foi inicialmente realizada pela equipa responsável pela elaboração do BC e validada pela PD, juntamente com os/as responsáveis pela concepção dos 9 cursos. As competências ligadas a cada acção de formação foram identificadas com base nos objectivos específicos que se propõem atingir.

Os Balanços de Competências de Partida e de Chegada para cada Curso são disponibilizados na plataforma formativa antes do início de cada acção de formação, para que cada formando/a possa efectuar o seu download, preenchimento e envio para a equipa responsável pelo BC, via e-mail.

No preenchimento do BC, é solicitado ao/à formando/a que indique qual o nível em que se posiciona relativamente às competências em análise, utilizando a seguinte escala de nível decrescente:

Escala utilizada

Competência não aplicada (competência que não possui, nem pensa vir a adquirir por não se aplicar ao seu perfil de intervenção). 4

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Após recepção dos instrumentos de Balanço de Competências iniciais e finais de cada formando/a, foi construída uma base de dados, de forma a proporcionar dois tipos de informação:

• observar, em termos de médias, a aquisição de competências que o curso, em termos gerais, permitiu alcançar;

• observar a aquisição de competências por parte de cada indivíduo, promovendo a sua auto-avaliação; e

• observar, em termos globais, o potencial do Portal 3sector/Plataforma Formativa, enquanto meio facilitador da qualificação dos/as técnicos/as e dirigentes e das organizações integradas no Terceiro Sector.

A informação sobre a avaliação do potencial do curso deve estar disponível para a gestão da formação e, por essa via, integra a forma de relatórios de BC, enquanto que a informação sobre a evolução das competências individuais consta de uma parte anexa ao relatório e poderá ser facultada aos/às formandos/as individualmente, para que se assegure o exercício de reflexão sobre a sua auto-avaliação. Esta situação decorre como recurso à impossibilidade de concepção imediata de um mecanismo de cálculo e apresentação de resultados de forma automática na plataforma formativa, de modo a que cada formando/a pudesse analisar e reflectir sobre a sua auto-construção de competências associadas ao processo de formação.

A análise elaborada neste ponto, sintetiza a evolução de competências entre o momento de partida – a fase antes do início da frequência do curso – e a fase de chegada – o momento após a frequência do curso para o universo de formandos/as que participaram neste processo formativo.

O BC dos destinatários pretende, por esta via, constituir-se como um meio de avaliação do potencial da plataforma formativa para a qualificação e enquanto mecanismo que promove a reflexão sobre a auto- -avaliação das competências dos/as agentes do Terceiro Sector, facilitando o processo de crescimento individual e organizacional. Além disso, pretende-se perceber, por um lado, se a plataforma, através da sua componente de aprendizagem e formação, se constitui como uma via de qualificação do Terceiro Sector, i.e. até que ponto influencia a evolução de competências e práticas dos/as agentes e, por outro lado, se o processo de testagem e validação da plataforma formativa tem revelado capacidade para gerar inputs para o futuro.

O princípio de partida para esta análise decorre do objectivo em considerar o universo de formandos/as envolvidos/as na fase experimental da formação three-learning promovida no portal 3Sector. Os indivíduos que, apesar de frequentadores dos cursos, não se posicionaram nas duas fases de Balanço de Competências em cada ciclo de cada curso frequentado, não foram tidos em referência.

Nesta medida, o BC dos destinatários da formação envolve 98 agentes – técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector – que frequentaram um ou mais dos 9 cursos testados, o que equivale a cerca de 85% do universo.

Competência a desenvolver (competência inexistente ou pouco desenvolvida, mas que pensa vir a desenvolver) 3

Competência em desenvolvimento médio (competência que possui e utiliza mas pontualmente) 2

Competência com desenvolvimento elevado (competência que domina e utiliza frequentemente) 1

Quadro 11 - Escala utilizada no processo BC

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O quadro seguinte permite observar a dimensão do universo de análise do Balanço de Competências dos Destinatários face à dimensão do universo da actividade de formação promovida pelo Projecto e-Qu@lificação, ressalvando, desde já, a aproximação de ambos:

Curso

Nº de formandos/as Inscritos/as e

/ou Certificados

Nº de formandos/as

com BC de Partida e BC de

Chegada

Cidadania e Igualdade de Género 15 14

Gestão de Recursos Humanos 8 6

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos 15 14

Gestão Comercial 11 11

Marketing Social 15 14

Gestão Financeira 14 9

Sistemas de Qualidade 15 15

Gestão Estratégica 15 12

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária 8 3

Total 116 98

A avaliação da evolução das competências no grupo de formandos/as de uma determinada acção permite observar, em termos de médias, a aquisição de competências que o curso, de modo geral, permitiu alcançar. Esta informação é relevante no sentido da afinação dos conteúdos formativos e da avaliação do seu efectivo potencial para a qualificação.

Para cada grupo de formandos/as, organizado por curso, as médias de competências relacionadas com os princípios EQUAL, entre o momento de início da frequência do curso e o fim do curso, não sofreram alterações significativas no geral, ainda que se evidencie uma evolução positiva do posicionamento dos/as formandos. Estes resultados foram tratados particularmente no relatório de balanço de competências final do projecto, sendo vertido para este documento somente os valores médios dos momentos de partida e de chegada em cada curso para o referencial de competências

Quadro 12 - Número de formados/as que participaram no processo de BC

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dos princípios EQUAL23 e para o conjunto de competências-chave associadas às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)24.

O quadro seguinte demonstra a evolução das competências dos/as agentes que testaram o domínio da aprendizagem e da formação apresentado no Portal 3Sector nos dois domínios – EQUAL e TIC. No que respeita à diferenciação por cursos, verifica-se que, de uma maneira geral, os/as formandos/as de Sistemas de Qualidade, Gestão Estratégica e Gestão Comercial são aqueles que se posicionam num nível inferior da escala, tanto no BC de Partida, como no BC de Chegada, com valores médios superiores a 2,2.

É importante reter que as médias obtidas em cada grupo de competência, resulta do universo de formandos/as que responderam aos exercícios de Balanço de Competências e que este factor influencia os resultados parcelares (em cada grupo de competências e em cada momento de análise) e os resultados globais (a média em cada fase do curso – momento de partida e de chegada).

No curso de Cidadania e Igualdade de Género, o nível de proficiência dos/as 14 formandos/as em análise sofreu uma ligeira evolução sobretudo nas práticas e no conhecimento adquirido relativo à temática da Cidadania e Igualdade de Género e aos aspectos da conciliação sobre os quais assenta o princípio EQUAL. No caso concreto deste quadro, não se perspectivava, à partida, a produção de impactes muito significativos na alteração do nível de competências dos/as agentes do Terceiro Sector, devido ao seu carácter de transversalidade face ao contexto de envolvimento e participação dos/as agentes enquanto destinatários/as do projecto. Todavia, constata-se que a participação numa actividade-chave do projecto e-Qu@lificação – capacitar para inovar, foi contributiva no sentido de criar uma maior sensibilidade e aproximação destes actores aos princípios EQUAL.

A segunda linha do quadro visa demonstrar o nível de competências dos/das técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector relacionadas com as TIC, a um nível global dos grupos de competências, com base num referencial especificamente construído para a plataforma formativa e para o processo de aprendizagem a distância. Ao contrário do que se poderia esperar, a prática de utilização da plataforma para efeitos de ensino a distância e, neste caso, de aprendizagem a distância, não exerceu muita influência no domínio de competências relacionadas com os seguintes domínios:

� competências gerais: acessibilidade e navegabilidade e aquisição de conhecimentos; e

� competências específicas de e-learning: que permitem a frequência do curso de ensino a distância, na medida em que dizem respeito a domínios indispensáveis para aceder aos conteúdos, realizar os exercícios, comunicar com o/a tutor/a e, em última instância, para ter acesso à certificação.

A análise do nível de competências TIC sugere ainda, de uma forma geral, que o posicionamento dos/as técnicos/as e dirigentes de organizações do Terceiro Sector, de acordo com a escala utilizada, tendia a situar-se no nível de competências em desenvolvimento médio e, após a frequência de uma determinada acção de formação, se aproximou do nível 1, equivalente a um domínio confirmado, i.e. uma competência com um grau elevado de desenvolvimento.

Médias de Competências (BC de Partida e BC de Chega da) associadas aos Princípios EQUAL e às TIC

Cursos de E-learning Fases de

Aplicação do BC

Domínios de Competências

Princípios EQUAL TIC

Cidadania e Igualdade de Género

BC Partida 2,2 2,1

BC Chegada 2,1 1,4

23

Os princípios EQUAL foram desdobrados em competências-chave associadas a cada um dos domínios: Inovação e Qualidade, Igualdade de Oportunidades, empowerment (responsabilização, participação e autonomia), Trabalho em Parceria, Transferibilidade e Incorporação de Práticas, Cooperação Transnacional, e Autosustentação e viabilidade. 24

As competências relacionadas com as TIC (no geral e em particular, relacionadas com a Plataforma) foram agregadas em 3 grupos: acessibilidade e navegabilidade, aquisição de conhecimentos e prática de e-learning.

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Cursos de E-learning Fases de

Aplicação do BC

Domínios de Competências

Princípios EQUAL TIC

Gestão de Recursos Humanos BC Partida 1,9 1,5

BC Chegada 1,6 1,2

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

BC Partida 1,9 1,6

BC Chegada 1,7 1,5

Gestão Comercial BC Partida 2,4 2,0

BC Chegada 2,1 1,8

Marketing Social BC Partida 2,3 2,3

BC Chegada 2,0 2,1

Gestão Financeira BC Partida 2,1 2,0

BC Chegada 1,9 1,6

Sistemas da Qualidade BC Partida 2,7 2,6

BC Chegada 2,5 2,4

Gestão Estratégica BC Partida 2,3 2,2

BC Chegada 1,9 1,9

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária

BC Partida 2,2 2,1

BC Chegada 1,7 1,2

O domínio de competências específicas da formação promovida pelo e-Qu@lificação estrutura-se com base nos 9 cursos de formação e-learning durante a fase de testagem.

É importante referir que as competências-chave, enunciadas especificamente para cada curso, são trabalhadas pela equipa de BC, mas da responsabilidade dos/as conceptores/as dos cursos, uma vez que a base de trabalho da construção do referencial de competências consiste na estrutura modular dos cursos e, sobretudo, nos objectivos programados.

Nesta narrativa, interessa produzir uma análise global dos efeitos gerados pelos cursos de formação em e-learning e não tanto particularizar os resultados obtidos em cada um dos cursos. Nessa medida, o quadro seguinte demonstra as potencialidades do campo de formação testado e validado no âmbito do e-Qu@lificação, traduzidas em impactes no domínio de competências para a generalidade dos/as destinatários/as, enquanto universo representativo do Terceiro Sector, em Portugal.

Importa relembrar que a escala utilizada é de ordem decrescente, o que significa que o nível inferior corresponde a um melhor domínio da competência.

Quadro 13 - Quadro de médias de competências

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Cursos BC Partida BC Chegada

Cidadania e Igualdade de Género 2,4 1,5

Gestão de Recursos Humanos 2,8 1,8

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos 2,1 1,6

Gestão Comercial 3,5 2,4

Marketing Social 2,5 2,2

Gestão Financeira 3,6 2,1

Sistemas de Qualidade 2,9 2,0

Gestão Estratégica 2,8 2,2

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária 2,9 2,1

Média Global 2,8 2,0

O quadro anterior é ilustrativo da capacidade da actividade formativa influenciar, de modo positivo, o domínio de competências dos/as agentes do Terceiro Sector. Tendo em conta que as necessidades de formação foram identificadas com base num diagnóstico a nível nacional, conclui-se que a formação disponibilizada pelo Portal 3sector vem contribuir para minimizar lacunas de qualificação das organizações e responder a efectivas necessidades de resposta por parte dos/as agentes que as representam. Além disso, a evolução dos níveis de proficiência face às competências referenciadas em cada curso, por parte dos/as formandos/as, contribui para a consolidação de conhecimento e prática (saber-fazer) que, uma vez incorporado pelo indivíduo, pode ser aplicado na organização e transferido para múltiplos contextos profissionais.

Evolução de Competências nos Cursos de Formação three-learning

Quadro 14 - Quadro de domínio de competências

Gráfico 9 - Evolução de Competências nos Cursos de Formação three-Learning

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Em linhas muito breves e gerais, traçam-se alguns resultados que ilustram o sentido da mudança operado em cada curso.

���� Cidadania e Igualdade de Género (CIG)

Uma análise geral evidencia que o posicionamento dos agentes no momento de partida, i.e. no início do curso, se situava num nível médio de competências e que tendeu a aproximar-se de um nível mais elevado (entre o nível 2 e o nível 1). Esta situação evolutiva é mais evidente no caso de práticas já utilizadas e conceitos já conhecidos, que eram utilizados/aplicados de forma pontual ou pouco contextualizado. Pode constatar-se que, na medida em que as competências evoluíram para estes/as 14 formandos/as, pode dizer-se que o curso de Cidadania e Igualdade de Género assume relevância no quadro de formação e-learning e na qualificação do Terceiro Sector. Além disso, a especificidade deste curso contribuiu para influenciar, também de modo positivo, a aquisição/domínio de competências do princípio de cidadania e igualdade de género na perspectiva da Iniciativa Comunitária EQUAL.

���� Curso de Gestão de Recursos Humanos (GRH)

Face à especificidade desta área disciplinar, por comparação com o curso de Cidadania e Igualdade de Género, o nível de competências detidas à priori pelos/as formandos/as situava-se num nível inferior. Isto significa que os conhecimentos e a aplicação dos saberes relacionados com gestão de recursos humanos constituem uma maior novidade para os/as agentes do Terceiro Sector.

Assim, no curso em análise, o posicionamento dos/as agentes, na fase de partida, situava-se num nível equivalente a um grau de competências por adquirir ou desenvolver. No entanto, importa demonstrar que, embora de forma ligeira, as competências dos/as formandos/as evoluíram na escala proposta, situando-se no BC Final no nível 2, o que significa que passaram a dominar melhor as competências, agora em desenvolvimento médio.

���� Curso de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos (CAGP)

Trata-se de um curso, com um referencial de competências bastante restrito e que apresenta, no geral, um grande equilíbrio entre o nível de competências de partida e de chegada, mas que foi bem sucedido na evolução de competências dos/as formandos/as.

���� Curso de Gestão Comercial (GC)

No curso de Gestão Comercial, os efeitos positivos da aprendizagem são também notórios, tanto mais que no BC final, os/as formandos/as tenderam a aproximar-se do nível de competências elevado, que aponta para práticas bem dominadas.

Num curso desta natureza, que se revela como totalmente inovador porque enquadrado em organizações do Terceiro Sector, a equipa de BC esperava que os/as agentes se posicionassem num nível inferior da escala, precisamente por ser do conhecimento geral que os conceitos de gestão neste sector não são tradicionalmente utilizados na prática profissional e em saberes-fazer. No entanto, o grupo composto por 11 formandos/as, não revelou essa suposta falta de domínio das práticas, pois também neste curso, demonstrou possuir essas competências, ainda que não as utilizasse regularmente. Não se pode deixar de discutir, sob o ponto de visa crítico, a tendência para os/as agentes considerarem um posicionamento médio que, perante as limitações da escala utilizada, pode ser alvo de múltiplas interpretações.

���� Curso de Marketing Social (MS)

O curso de Marketing Social revela resultados idênticos quanto ao posicionamento dos/as técnicos/as e dirigentes que frequentaram a formação, fazendo ressalvar os efeitos positivos da aprendizagem e da sua capacidade para influenciar o

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domínio de competências. Todavia, apesar de ser visível a evolução do domínio de competências e da uniformidade dos valores de cada competência, importa salientar o facto de este curso ter produzido um nível médio de domínio de competências (competências detidas mas utilizadas na prática de forma pontual) que só é comparável ao percurso produzido em Gestão de Recursos Humanos.

���� Curso de Gestão Financeira (GF)

O Curso de Gestão Financeira apresenta um carácter semelhante ao de Gestão Comercial por ser considerado, pouco tradicional no contexto da economia social. Este projecto numa perspectiva global e, em particular, a plataforma de ensino a distância, assumiram uma capacidade de inovação e de alteração de paradigmas que só por si, contribuem para uma qualificação das organizações do Terceiro Sector, por via da introdução de novas temáticas e abordagens.

A média de competências na fase de partida situava-se no segundo nível da escala de posicionamento – nível 3 – que corresponde a um nível de proficiência pouco desenvolvido, apontando para um domínio fraco ou inexistente da prática, que necessita de ser potenciado ou adquirido. A evolução entre o momento de partida e o de chegada no processo de BC, a que corresponde inteiramente o momento inicial e final de frequência do curso de formação a distância, é positiva, no sentido em que, de uma forma geral, os/as formandos/as elevaram as suas competências para um nível médio (segundo nível da escala) que considera um domínio relativamente consolidado, utilizado como prática pontual.

���� Curso de Sistemas da Qualidade (SQ)

O curso de Sistemas de Qualidade enuncia conteúdos transferíveis para uma diversidade de contextos. Pelo seu carácter transversal, é passível de ser utilizado em diferentes contextos profissionais, respondendo, por esta via, a uma necessidade identificada no seio das organizações do Terceiro Sector.

Este curso representa um acréscimo de competências comparável ao curso anterior, fazendo adivinhar uma alteração entre os cursos testados e validados na primeira fase – entre Outubro de 2006 e Fevereiro de 2007 e a segunda fase – entre Fevereiro e Maio de 2007. Considera-se que uma das possíveis explicações para uma ligeira diminuição dos valores médios de posicionamento das turmas perante a escala de domínio de competências pode prender-se com uma interpretação individual/grupal da escala que revela maior contenção no momento de partida.

Assim, não se coloca em causa a adequação destes últimos 4 cursos, nem mesmo a sua capacidade para influenciar domínios de competências, visto que atendendo ao caso de Sistemas da Qualidade, o posicionamento do grupo de formandos/as passou de – competência a adquirir/desenvolver a competência em desenvolvimento/aprofundamento.

���� Curso de Gestão Estratégica (GE)

Com base nos resultados apurados com o Balanço de Competências específicas do Curso de Gestão Estratégica, os conhecimentos e as práticas de gestão utilizadas pelos/as técnicos/as e dirigentes de organizações do Terceiro Sector não revelam domínios fortes, apresentando-se tendencialmente no nível 3 da escala. Neste curso em particular, houve situações de posicionamento individual que se enquadram no nível 4 da escala, por se tratar de domínios do saber-fazer, com alguma dificuldade de incorporação e adaptação por estas organizações.

Em termos médios, importa destacar o contributo desta experiência formativa para a mudança nos saberes cognitivos e saberes-fazer do público-alvo e concretamente, para uma certa desmistificação do papel dos/as gestores/as e reconhecimento das vantagens de utilização dos conceitos e modelos de gestão em organizações sem fins lucrativos.

���� Curso de Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária (NCPESS)

De uma forma idêntica às situações anteriores, é notório o acréscimo de competências provocado pelo ensino de conteúdos relativos ao conceito e prática de Economia Social e Solidária. Ainda assim, considera-se que os resultados

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poderiam espelhar um domínio mais elevado destas competências, caso a participação no processo de BC tivesse sido mais intensificada.

Conclusões e Recomendações

Num contexto de experimentação como é o campo de intervenção dos Projectos EQUAL, é fácil apreendermos aspectos menos bem sucedidos, sobre os quais vale a pena reflectir para os ultrapassar em contextos futuros. Esta aprendizagem tem sido vastamente utilizada pelas Parcerias de Desenvolvimento que, nesta 2ª fase da IC EQUAL se têm esforçado em encontrar soluções para os problemas e desvios e se têm mostrado mais focalizadas na obtenção de resultados que contribuam para a mudança esperada.

Pese embora as potencialidades deste BC, materializadas nos objectivos e nos contributos esperados, tendo em conta a sua relação de reciprocidade, a equipa de BC identifica algumas fragilidades que poderão ser corrigidas numa segunda fase de aplicação e das quais decorre a sugestão de algumas melhorias.

Nesta fase de desenvolvimento das actividades ligadas aos/às destinatários/as do e-Qu@lificação, tanto a equipa responsável pela elaboração do BC como a Parceria de Desenvolvimento, depararam-se com os seguintes constrangimentos, para os quais se sugerem algumas recomendações, conforme se apresenta no quadro seguinte.

Constrangimentos Recomendações

Resistência por parte dos/as formandos/as no preenchimento e envio dos balanços de competências relativos a cada acção de formação

Propõe-se que o preenchimento do BC Inicial passe a ser realizado na sessão presencial que se realiza no início de cada acção de formação após a apresentação/sensibilização para a sua importância enquanto instrumento de avaliação individual e do Curso e que o preenchimento do BC Final se realize na sessão presencial que ocorre no fim da acção de formação.

Todavia, considera-se que este princípio pode inverter a lógica de BC que pressupõe uma reflexão individual e a própria lógica de flexibilidade associada à plataforma de ensino a distância.

Dificuldades em identificar e distinguir o BC Inicial e Final correspondente a cada acção de formação

Metodologia de recolha de Informação – recurso a uma grelha de questionário essencialmente fechada

Apesar de se ter assegurado a possibilidade do público-alvo ilustrar o domínio de práticas que fundamentasse o domínio de competência assinalado, através de um campo aberto, não se recolheu qualquer elemento descritivo, com excepção de um formando que é também técnico da PD.

Provavelmente, ter-se-á que promover também uma sensibilização adicional junto do público-alvo, para se obter respostas que traduzam elementos enriquecedores para a análise.

Conciliar uma técnica de recolha de dados quantitativos com outra de natureza qualitativa (p.e. incorporar elementos de balanço de competências num guião de entrevista centrado na avaliação pedagógica ou apreciação global dos/as formandos/as)

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A questão que mais atenção mereceu por parte da equipa de BC e que sintetiza talvez a maior fragilidade deste processo de BC relaciona-se com a falta de visibilidade da sua importância/utilidade para os próprios/as formandos/as, tendo em conta o grau de exigência que a frequência dos cursos revelou por ser um método de ensino novo. Os riscos mais evidentes prenderam-se com a eventual recolha de respostas preenchidas de forma mais mecânica do que reflectida, sem garantirem a veracidade desejada quanto aos níveis de proficiência de competências no início e no fim do curso.

Neste enquadramento, dever-se-à aceitar a possibilidade de repensar a metodologia de recolha de dados, tornando-a mais adequada ao contexto de participação dos/as formandos/as e mais enriquecedora quer, em termos individuais, quer para a gestão do projecto. No entanto, esta reorientação da metodologia implicará, certamente, um trabalho mais intensivo e de acompanhamento directo dos/as destinatários/as que não foi, nesta fase, facilmente conseguido por duas razões:

(i) considerando o ritmo e a dinâmica do calendário de formação e a necessidade de organizar conteúdos de cada modelo de BC e controlar/arquivar as repostas às grelhas de BC.

(ii) com um universo que se considera demasiado alargado (9 sub-contextos de análise e 116 formandos/as) não seria possível tratar dados provenientes da adopção de uma metodologia mais qualitativa.

Em termos gerais, pode concluir-se que a testagem e validação dos cursos de formação a distância produziu inputs, na medida em que conseguiu influenciar, de forma positiva, as competências dos/as destinatários/as e, deste ponto de vista, contribuir para a atenuação dos problemas de partida. É importante salientar que, ainda que seja difícil apreender dimensões específicas através da grelha fechada que se disponibilizou para os/as formandos/as, a análise da evolução de competências através da formação frequentada serviu para sustentar a avaliação das actividades que se prendem com a testagem das acções de formação (sobretudo actividades 1, 2 e 4).

Pesem embora os referidos constrangimentos, considera-se que esta componente específica do Balanço de Competências do e-qu@lificação, o qual integra o produto resultante da Acção 2: e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, apresenta sustentabilidade e capacidade de apropriação por parte de outros contextos formativos semelhantes. Tendo em consideração a utilidade do instrumento de Balanço de Competências e a base de distintividade em que este modelo específico assenta, em termos da sua metodologia de gestão e análise, faz com que o mesmo revele qualidade para ser disseminável.

Dificuldades sentidas pelos/as formandos/as dos primeiros cursos ministrados na plataforma formativa

A familiarização dos/as formandos/as com o processo formativo favorece a qualidade e celeridade da recolha de informação

Análise individual de evolução de competências (auto-avaliação)

Programação do BC como dispositivo on-line – permitir que cada formando/a possa aceder de forma automática à sua evolução de competências (média de evolução, evolução positiva, regressiva...) e áreas de competência-chave por desenvolver/bem dominadas...

Quadro 15 - Quadro síntese de constrangimentos e recomendações

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3.5.4 Avaliação de impacte

A análise de impacte é um instrumento de avaliação importante no sentido de elencar evidências que permitam comprovar quais os verdadeiros impactes da formação, ao nível das competências individuais de cada formando/a, mas sobretudo o seu contributo para o incremento das competências e empowerment organizacional.

Atendendo a que uma avaliação ex-post imediata poderá ser realizada de três a seis meses após o encerramento da intervenção foram considerados, para o efeito, os 5 Cursos terminados até 2 de Fevereiro de 2007: 1) Cidadania e Igualdade de Género; 2) Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos; 3) Gestão de Recursos Humanos; 4) Estratégias de Marketing Social e 5) Gestão Comercial.

Objectivos

Esta análise tem por finalidade proporcionar informação que permita conhecer a importância que a formação pode assumir, algum tempo após ter sido encerrada, ao nível de contributos para a melhoria das competências profissionais e organizacionais. Com base na informação recolhida, poder demonstrar junto de potenciais interessados/as e entidades patrocinadoras a validade de futuras iniciativas semelhantes.

(i) Conhecer se tem havido aplicação de conhecimentos adquiridos na formação;

(ii) Perceber se foram criadas ou desempenhadas novas actividades pelas entidades de pertença, decorrentes da formação;

(iii) Conhecer a experiência dos/as tutores/as e mais-valias proporcionadas pela participação no processo formativo.

Instrumento de recolha dos dados

Foram elaborados 3 modelos de questionários para aplicar:

- Aos representantes das entidades que disponibilizaram técnicos/as e/ou /dirigentes para os cinco cursos, sobre os quais incide esta investigação;

- Formandos/as;

- Tutores/as.

As dimensões incluídas nos questionários estão direccionadas para recolher informação que permita dar resposta aos objectivos anteriormente identificados.

Destinatários/as – Universo e amostra

- Organizações:

Uma das principais vertentes da avaliação de impacte da formação está associada aos benefícios recolhidos pelas entidades organizadoras que formam os seus activos. No âmbito da presente análise foram questionadas as seguintes organizações: ADSCS | Adrepes | ANIMAR | Alentejo XXI |Associação dos Proprietários Vila de Este |Cáritas Portalegre e Castelo Branco |Cáritas Portuguesa |CERCIMA |COMOIPREL |Contas e Cia., Lda |Desincoop |Ideia Alentejo |ISV |Médicos do Mundo |Tégua |Trilho.

- Formandos/as

Tendo em conta a dimensão do universo de análise (os/as participantes nos 5 primeiros cursos), considera-se que não se justifica seleccionar uma amostra (para um grau de confiança aceitável, poucos/as formandos/as seriam

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excluídos/as). Assim, procurou-se questionar todos/as os/as formandos/as, em situação de emprego, que concluíram com aproveitamento um ou mais dos cursos anteriormente elencados.

- Tutores/as

Foram aplicados questionários aos 5 tutores/as dos cursos realizados:

- 2 Tutoras do Curso de Cidadania e Igualdade de Género;

- 1 Tutora Gestão de Recursos Humanos

- 1 Tutor de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

- 1 Tutora de Marketing Social e Gestão Comercial (leccionou os 2 cursos).

Resultados obtidos

- Representantes das entidades que disponibilizaram técnicos/as e/ou dirigentes para os cinco cursos, sobre os quais incide esta investigação

Sendo a qualificação das organizações do Terceiro Sector um dos objectivos centrais do presente produto, a percepção do impacte da formação junto dos/as dirigentes destas organizações é essencial para fundamentar as dimensões de inovação, adequabilidade e utilidade do produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector.

No âmbito desta percepção de impacte junto dos/as dirigentes das entidades envolvidas, são considerados todos os cursos incluídos no e-Qu@lificação para o Terceiro Sector. No quadro seguinte pode-se consultar uma relação entre o número formandos/as e os cursos que foram frequentados no âmbito da presente análise:

Curso Nº. Formandos/as

Novos Conceitos e Práticas de Economia Social e Solidária 1

Gestão Estratégica 5

Sistemas de Qualidade 5

Gestão Financeira 1

Estratégias de Marketing Social 8

Gestão Comercial para o Terceiro Sector 3

Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos 7

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Gestão de Recursos Humanos 3

Cidadania e Igualdade de Género 7

De uma forma geral todas as organizações envolvidas/inquiridas no âmbito desta análise, confirmaram que a valorização do capital humano da sua organização conseguida através dos programas e-Qu@lificação foi realmente uma mais-valia para as actividades que desenvolvem. Apenas uma das organizações (Adrepes) considera que a valorização do capital humano conseguido com a frequência dos cursos, não resultou numa mais-valia evidente para a organização.

As organizações inquiridas nesta análise indicam que todos os cursos frequentados foram importantes para as suas actividades. De entre estes cursos, os/as inquiridos/as destacam a importância e a relevância dos cursos de Estratégias de Marketing Social, Gestão Comercial para o Terceiro Sector, Gestão Financeira, Sistemas da Qualidade e Concepção e Avaliação de Projectos. Estes resultados vão de encontro a um dos principais objectivos deste produto que é o de qualificar as entidades do Terceiro Sector no âmbito da sua gestão organizacional. Neste sentido, 52% das organizações inquiridas afirma verificar já neste momento uma melhoria na sua estrutura/organização interna.

Noutro prisma, 35% das organizações inquiridas afirma desenvolver actualmente novas actividades que não desenvolvia antes, as quais se proporcionaram devido às mais-valias representadas pela frequência dos cursos de formação incluídos no produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector. Das restantes entidades, 12% afirma que ainda é muito cedo para este resultado, mas que se iniciou uma reflexão interna no sentido de explorar as novas possibilidades abertas com a qualificação dos seus activos.

Por outro lado, cerca de 29% das organizações inquiridas, afirmam já ter começado novos projectos em áreas anteriormente exploradas, cujo desenvolvimento está directamente relacionado com as competências organizacionais adquiridas nos cursos de formação. O curso mais referido como motriz deste aumento de volume de trabalho é o curso de Estratégias de Marketing Social.

Podem-se sistematizar da seguinte forma os dados recolhidos junto dos/as representantes das entidades que disponibilizaram técnicos/as e/ou dirigentes para os cinco cursos, sobre os quais incide esta investigação:

Quadro 16 - Quadro síntese de participação na avali ação de impacte

Gráfico 10 - Síntese dos dados recolhidos junto dos /as representantes das entidades

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- Formandos/as

Neste ponto, procurou-se aferir junto dos/as formandos/as se os conhecimentos construídos na formação se transformaram efectivamente em competências, e se estas novas competências foram colocadas ao serviço das organizações, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. Esta valorização reflectiu-se tanto em novas responsabilidades, novas funções, como em promoções, aumento da carga de trabalho, etc.

Assim, 94% dos/as formandos/as inquiridos/as considera-se mais apto a desempenhar as suas funções após ter frequentado os cursos incluídos no produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector. Destes, 37,5% afirma que o curso que promoveu esta melhoria foi o de Estratégias de Marketing Social, 25% refere o curso de Concepção Avaliação e Gestão de Projectos, enquanto que os cursos de Cidadania e Igualdade de Género e Gestão de Recursos Humanos são referidos por 9% dos/as formandos/as inquiridos/as. Estes resultados encontram-se evidenciados no gráfico que se segue.

O curso de Estratégias de Marketing Social foi, segundo os/as formandos/as o que mais contribuiu para uma melhoria no seu desempenho profissional

Noutro domínio, cerca de 18% dos/as formandos/as inquiridos/as afirma que, em virtude de ter participado nos cursos promovidos no âmbito do pacote e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, têm agora novas responsabilidades e tarefas dentro da organização com que colabora. Estas novas responsabilidades são, na sua generalidade referentes ao desenvolvimento e coordenação de projectos.

Os cursos de Concepção Avaliação e Gestão de Projectos e de Estratégias de Marketing Social são também aqueles que são considerados como os mais úteis pelos/as 68% de formandos/as inquiridos/as que realçam a utilidade dos cursos para a sua situação profissional.

Por outro lado, 6% dos/as formandos/as inquiridos/as refere ter progredido na carreira devido às novas competências adquiridas com a formação do pacote e-Qu@lificação para o Terceiro Sector. Dos restantes, cerca de 19% associam as novas competências adquiridas com uma perspectiva de promoção a curto prazo.

No que diz respeito a novas perspectivas profissionais, 50% dos/as inquiridos/as refere ter alargado o seu leque de opções profissionais. Aqui, os cursos mais referidos são os de Concepção Avaliação e Gestão de Projectos e Gestão Comercial para o Terceiro Sector por 30% e 26% dos/as formandos/as inquiridos/as.

Gráfico 11 - Síntese dos d ados recolhidos junto dos/as formandos/as

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O curso de Concepção Avaliação e Gestão de Projectos foi, segundo os/as formandos/as o que mais contribuiu para o aparecimento de novas oportunidades profissionais

Finalmente, praticamente a totalidade dos/as formandos/as inquiridos/as destaca a importância das visitas de estudo no desenvolvimento da formação e na construção das aprendizagens associadas à frequência dos cursos. Apenas um/a formando/a inquirido/a não considera a visita de estudo como uma mais-valia inequívoca para o processo de formação.

A importância das visitas de estudo é evidenciada pelos/as formandos/as através dos seguintes benefícios:

- Ver a implementação prática das matérias trabalhadas nos cursos;

- Ajudar a consolidar conhecimentos;

- Ver o funcionamento das organizações;

- Conviver presencialmente com colegas, tutores/as e os/as profissionais das organizações.

Todos estes benefícios foram apontados indiscriminadamente por todos os/as formandos/as, com especial incidência sobre o benefício de ver a implementação prática das matérias trabalhadas nos cursos.

Os/as formandos/as inquiridos/as destacam ainda a importância das visitas de estudo como uma excelente oportunidade para a partilha de experiências e para verificar novas abordagens para problemas semelhantes, bem como pelo contacto com boas práticas de desempenho.

- Formadores/as

Os inquéritos realizados aos/às tutores/as teve como objectivos, para além de aferir o impacte da formação nestes actores, verificar também a percepção dos/as formadores/as sobre a valorização humana e técnico-profissional dos/as formandos/as, bem como perceber a sua opinião sobre a importância e utilidade da componente das visitas de estudo.

Para esta análise foram entrevistados 5 tutores/as, correspondendo a 5 cursos, sendo que o Curso de Cidadania e Igualdade de Género foi leccionado por 2 tutoras enquanto que os cursos de Estratégias de Marketing Social e de Gestão Comercial para o Terceiro Sector foram leccionados pela mesma tutora.

Gráfico 12 - Síntese dos dados recolhidos junto dos /as formandos/as

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Apesar de alguns formadores/as já terem desempenhado funções de tutoria em programas de Ensino a Distância, todos/as realçam o facto do presente curso ter contribuído para uma melhoria do seu desempenho, tanto pela experiência adquirida, como pelo contacto com novas metodologias de formação.

Assim, os/as formadores/as classificam a sua interacção com o grupo de formandos/as de forma bastante positiva. Por outro lado, também a sua percepção das relações entre o grupo de formandos/as é classificada de forma genericamente positiva, tendo sido apenas classificada como média pela tutora responsável pelos cursos de Estratégias de Marketing Social e de Gestão Comercial para o Terceiro Sector.

No que respeita às visitas de estudo, os/as tutores/as foram unânimes ao destacar a sua importância para o desenvolvimento da formação. As razões apontadas foram genericamente as mesmas que também foram apontadas pelos/as formandos/as. Assim, todos os benefícios identificados foram apontados indiscriminadamente pelos/as formadores/as, com especial incidência sobre o benefício de ver a implementação prática das matérias trabalhadas nos cursos. Neste âmbito é ainda referida a oportunidade para a partilha de experiências e para verificar novas abordagens para problemas semelhantes e a possibilidade de observar a interacção das instituições com o seu público.

3.5.5 Conclusões da avaliação

Tal como referido no início, o processo de Avaliação da Formação deve ter em conta quatro critérios fundamentais:

- Avaliação da Aprendizagem;

- Avaliação da Satisfação dos/as Formandos/as;

- Balanço de Competências;

- Avaliação do Impacte da Formação.

No que diz respeito à Avaliação da Aprendizagem, podemos considerar que os resultados foram bastante satisfatórios. Do total de formandos/as inscritos/as, apenas 19% não foram certificados. Destes 19%, apenas 9% correspondem a formandos/as que desistiram dos cursos. Este facto é um resultado bastante positivo uma vez que em programas de Ensino a Distância a taxa de abandono é, normalmente, substancialmente superior. Neste âmbito, destaque negativo para o curso de Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária, no qual desistiram 6 formandos/as que correspondem a cerca de 43% dos/as formandos/as inscritos/as no curso. No que respeita às classificações dos/as formandos/as que concluíram o seu percurso formativo, destaque para as graduações de BOM e MUITO BOM, que foram atribuídas a um total de 86 formandos/as, correspondentes a 64% de todos/as os/as formandos/as inscritos/as nos cursos. Neste domínio, é importante destacar os cursos de Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos e Gestão de Recursos Humanos os quais foram aqueles em que se obtiveram melhores classificações

Quanto à Avaliação de Satisfação dos Formandos, os resultados também foram globalmente positivos. Neste domínio, podemos dar particular destaque às questões relacionadas com a tutoria e com as dimensões de avaliação EQUAL (foram incluídas no Questionário de Avaliação de Satisfação as dimensões Inovação, Adequabilidade e Utilidade), as quais foram classificadas em todos os cursos de forma muito positiva pelos/as participantes. Por outro lado, também as competências e desempenho da maioria dos/as tutores/as são bem avaliados por parte dos formandos/as.

O Balanço de Competências é outro instrumento essencial para avaliar o desenvolvimento dos processos formativos. O domínio de competências específicas da formação promovida pelo produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector estrutura-se com base nos 9 cursos de formação implementados. De forma global, e atendendo à média de proficiência verificada, regista-se uma diferença de 0,8 pontos entre os resultados do BC de entrada e do BC de saída. Neste resultado destaque para o curso de Gestão Financeira em que a diferença entre o BC de entrada e o BC de saída se cifra em 1,5 pontos.

No que diz respeito à Avaliação do Impacte da Formação os resultados também foram bastante satisfatórios. Não obstante o universo de análise estar restrito a apenas 5 cursos, é já possível retirar algumas conclusões interessantes.

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Assim, a importância e utilidade das visitas de estudo sai reforçada pelo testemunho de formandos/as e formadores/as, os/as quais colocam esta componente como parte essencial do processo formativo e importante prossecutor das melhorias de desempenho verificadas. Por outro lado é possível verificar junto das organizações representadas na formação, que a frequência dos cursos foi realmente uma mais-valia para o seu desempenho, tanto através do aumento de qualidade dos serviços prestados como pela abertura de novas áreas de actividade. Da mesma forma, e apesar de ter decorrido ainda pouco tempo entre o final das acções de formação e a presente análise, diversas organizações referem verificar-se já uma melhoria visível na sua estrutura organizacional, o que corresponde ao cumprimento de um dos objectivos essenciais do produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector.

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IV. E-qu@lificação para o Terceiro Sector

4.1 O Portal 3 Sector como suporte ao produto e-Qu@ lificação para o Terceiro Sector

4.1.1 Estratégias, objectivos e orientações

A criação do Portal 3Sector (http://3sector.net) nasce de uma ideia conjunta da Animar e da Cáritas Portuguesa, no sentido de reforçar competências das organizações de desenvolvimento local e sociais, no que respeita a questões de capacitação, recorrendo às TIC e à formação a distância como instrumento principal de qualificação da intervenção a três níveis – local, nacional e internacional. O mesmo, visa, assim, o reforço da cidadania activa, das organizações cívicas e solidárias, das comunidades e das redes de intercâmbio, utilizando-o como instrumento basilar, recorrendo a parcerias, à circulação de (in)formação e à participação.

A plataforma colaborativa 3Sector (http://www.3sector.net/moodle) é um instrumento de formação e gestão do conhecimento, disponibilizando formação a distância, conhecimento relevante, ferramentas/mecanismos/instrumentos, e competências para a qualificação dos territórios, do emprego e do Terceiro Sector.

O Portal 3Sector tem como principais objectivos:

� Proporcionar aos/às agentes do Terceiro Sector instrumentos de gestão estratégica, que promovam a integração nos processos de gestão das entidades, as competências de inovação e produtividade dos/das trabalhadores/as que usam as TIC como ferramenta de aprendizagem nas suas tarefas laborais, encetando um processo de aprendizagem no local de trabalho em matérias de e-competências necessárias ao seu desempenho;

� Criação de um mecanismo alternativo e facilitador do desenvolvimento e inovação do Terceiro Sector.

Este portal detém um centro de recursos e assenta no funcionamento de um fórum de organizações, interessadas em desenvolver mecanismos comuns de qualificação de entidades e das respectivas acções de terreno ligadas à inclusão e ao desenvolvimento comunitário.

No que concerne à orientação metodológica de criação do Portal, a solução passa por dar resposta a uma necessidade de aumento das competências, recorrendo às novas tecnologias da comunicação. Algumas das estratégias utilizadas baseiam-se no princípio de qualificar as organizações, dando maior visibilidade a todas as experiências de apoio à “Inclusão” pela abordagem “Desenvolvimento Local” e divulgando estudos de casos e de boas práticas a nível do território nacional e internacional.

O Portal cria mecanismos de auscultação de necessidades, participados e flexíveis, que permitem o levantamento, recolha, avaliação de experiências de terreno. Construiu-se assim um instrumento agregador de um conjunto de experiências e reflexões de um Sector que pretende aumentar a sua visibilidade e coesão.

Em resultado do desenvolvimento do Portal, enunciam-se as seguintes fragilidades e potencialidades diagnosticadas:

a) Fragilidades

� Trabalho em rede limitado e pouco aprofundado;

� Isolamento dos grupos locais de acção social, o que dificulta a introdução de soluções inovadoras e a quebra de preconceitos e rotinas;

� Ausência de articulação entre estruturas, por desconhecimento mútuo dos seus recursos e das suas intervenções;

� Dificuldade, ao nível do terreno, de obter e utilizar informação adaptada sobre os programas e incentivos relevantes para os públicos mais excluídos;

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� Existência de alguns preconceitos do público em geral sobre o Terceiro Sector;

� Falta de espaços informais e inter-pares para aprofundamento e reflexão sobre as práticas;

� Necessidade de introduzir novas formas de trabalhar a inclusão, em particular com recurso à participação a todos os níveis e utilizando novas tecnologias;

� Necessidade de desenvolver competências relacionais e de trabalho em rede;

� Necessidade de aumentar a capacidade de avaliar as experiências e divulgar as boas práticas (“micro-práticas”), nomeadamente processos de integração de grupos mais desfavorecidos em dinâmicas de desenvolvimento local;

� Ausência de algumas práticas inovadoras de comunicação com recurso às TIC, nomeadamente no que respeita à comunicação síncrona, na realização de reuniões e fóruns virtuais, bem como à utilização de modalidades de tele-trabalho;

� Predomínio de modelos organizacionais marcadamente verticais que não potenciam a comunicação interna, a participação na decisão, a partilha de informação, funções e responsabilidades entre os diferentes níveis hierárquicos.

b) Oportunidades

� Elevado nível global de qualificações dos/as técnicos/as das organizações do Terceiro Sector, potenciando a experimentação de instrumentos, metodologias e formas inovadoras de abordagem dos problemas;

� Elevada mobilidade dos/as técnicos/as, potenciadora da disseminação de instrumentos de qualificação, contribuindo para o desenvolvimento e qualificação organizacional;

� Polivalência e capacidade de adaptação e aculturação relativamente a conceitos, princípios e metodologias inovadoras, desenvolvidos em programas de iniciativa comunitária, e outros projectos;

� Receptividade dos/as agentes ao contacto com práticas, políticas e modelos de gestão;

� Pluralidade de áreas de formação base dos/as técnicos/as e dirigentes do Terceiro Sector, permitindo sustentar a necessidade de desenvolvimento de sistemas de aprendizagem flexíveis.

4.1.2 Áreas, metodologias e fases de desenvolviment o

Numa primeira fase de desenvolvimento, constituiu-se o Observatório de Intervenção Social e do Desenvolvimento Local (OISDL) como resultado do projecto Convergências, desenvolvido ao abrigo do Programa EQUAL, e que deu os primeiros passos no que concerne à definição de conteúdos e metodologia que mais tarde foi utilizada para a construção do Portal 3Sector.

Permitiu identificar necessidades das organizações do Terceiro Sector e iniciar o processo de pesquisa de conhecimento e ferramentas relevantes para um processo formativo/informativo e colaborativo.

O Observatório da Intervenção Social e do Desenvolvimento Local (OISDL) tinha por finalidade, de uma forma regular e sistemática, a recolha, estudo, avaliação, registo, análise, acompanhamento e apoio à capacitação dos/das agentes do Terceiro Sector, no que concerne à acção e ao funcionamento das organizações cívicas e solidárias nas suas intervenções para a inclusão social dos públicos mais desfavorecidos e, designadamente, quanto às suas perspectivas e competências em domínios ligados à inserção pela actividade económica.

Visava encorajar todos os/as intervenientes a melhor identificar as enormes potencialidades do sector, o valor dos resultados já alcançados e dos ensinamentos apreendidos até à data.

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Apoiava a troca multilateral de informação e experiências relativas à actividade local das organizações do Terceiro Sector e à circulação de informação sobre políticas elaboradas, ou em elaboração, para o mesmo. Adicionalmente, apoiava a produção e difusão de conhecimentos que possibilitassem registar e facilitar preventivamente a adaptação às transformações previsíveis no domínio da estrutura organizativa e das actividades desenvolvidas por estas organizações.

Definiram-se como destinatários/as:

� Dirigentes e quadros de organizações do Terceiro Sector;

� Órgãos de comunicação social;

� Estudantes;

� Investigadores/as;

� Entidade públicas;

� Autarcas;

� Empresários/as ou grupos empresariais;

� Público em geral.

Toda a ideia de espaço virtual foi concebida para uma estrutura multifacetada, abrangendo todas as áreas que se pudessem relacionar com a qualificação do Terceiro Sector, nomeadamente um espaço de trabalho, constituído por um conjunto de instrumentos:

� Área de centro de recursos;

� Área de orientações estratégicas;

� Área de divulgação de boas práticas;

� Área de informação diversa;

� Área interactiva.

Links de interesse

Banco de necessidades

BD Associações e instit.

Banco de estágios

Bolsa de consultores

Base bibliográfica

Cetro de recursos Orientações estratégicas

Metodologias

Rec. Tecnico Pedagog.

Práticas mal sucedidas

Práticas bem sucedidas

Disseminação

Informação diversa

Projectos

DIagnósticos locais

Informação Sugestões Registo

Arquivo

Ficha técnica

Fórum

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Figura 6 - Estrutura do OISDL

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Numa segunda fase de desenvolvimento, e já enquadrada no âmbito do projecto e-Qu@lificação, foi constituída uma plataforma colaborativa 3Sector, a partir do OISDL, que pretendia de uma forma mais objectiva, centrar-se nas questões da formação e gestão do conhecimento (digital e presencial), disponibilizando formação a distância, conhecimento relevante, ferramentas/mecanismos/instrumentos e competências para a qualificação dos territórios, do emprego e das organizações e agentes do Terceiro Sector.

Tinha ainda como objectivo a utilização das TIC enquanto instrumento de profissionalização dos parceiros da PD e do seu trabalho em rede, integrando-as nas actividades de rotina das organizações, através da integração dos processos de gestão, tratamento, circulação e arquivo da informação, designadamente toda aquela que promove a sua competitividade.

Assim, desenvolver-se-iam soluções formativas, a partir de estratégias inovadoras de mobilização de formadores/as, agentes e dirigentes do Terceiro Sector e outros desmultiplicadores/as de conhecimento para a utilização e exploração das TIC e dos dispositivos on-line na sua própria auto-formação contínua, habilitando-os/as para a animação e formação de pessoas com baixas qualificações e com necessidades específicas na exploração das TIC.

Nesta segunda fase estavam apenas equacionados/as como destinatários/as dirigentes e quadros de organizações do Terceiro Sector.

A plataforma colaborativa era um sistema web-based com duas vertentes: uma de utilização pública e outra de gestão de conteúdos, de acesso restrito.

A primeira vertente englobava 4 grandes áreas:

1 – Aprendizagem e Formação

Neste espaço disponibilizava-se uma área para formação online que incorporava 9 cursos que tinham como área comum a gestão de organizações do Terceiro Sector. Seriam, igualmente, disponibilizados alguns conteúdos de apoio à formação e contextualização da mesma.

Figura 7 - Layout do OISDL

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Esta área seria dinamizada por organizações que poderiam publicitar formação também dirigida a este tipo de público, mediante celebração de protocolos de colaboração.

2 – Informação e Recursos

Este espaço permitia recolher e disponibilizar ferramentas práticas e metodologias de e-colaboração para entidades do Terceiro Sector, sendo composto por uma área de pesquisa de directórios de acesso às ferramentas disponibilizadas e por uma área que permitia o envio de soluções, ferramentas e relatos de boas práticas, por parte destas organizações, estruturados nas seguintes sub-áreas:

� Bases de dados (incluindo bibliografia, contactos de organizações e links de interesse);

� Documentos de interesse (englobando documentos, legislação e glossário);

� Programas de apoio técnico e financeiro (apresentando fontes de financiamento, abertura de candidaturas e contactos gabinetes de gestão);

� Ferramentas e práticas (incluindo instrumentos modelo, práticas bem sucedidas e produtos inovadores);

� Projectos e parcerias (com sumários de projectos, relatos de experiências de parcerias e suas finalidades);

� Eventos (apresentando datas e informação acerca de seminários, colóquios e outros eventos de interesse).

3 - Observatório

Esta área da plataforma funcionava de forma semelhante à anterior, embora o objectivo passasse pela disponibilização de informação de base local, estruturada nas seguintes sub-áreas:

� Informação estatística;

� Estudos e diagnósticos;

� Forum / comunidades de prática –ex: empreendedorismo e empowerment em meio rural( actualizáveis de acordo com as necessidades);

4 – Soluções e serviços

Esta quarta área disponibilizava as seguintes soluções e serviços:

� Feira virtual de comércio electrónico para produtos;

� Plataforma para serviços locais ligados ao desenvolvimento local como por exemplo: cultura, turismo, etc;

� Banco de emprego / estágios;

� Bolsa de consultores/as.

5 - Gestor de Conteúdos (invisível)

O gestor de conteúdos era uma área de acesso controlado, por nome de utilizador/a e password, que permitia inserir, editar e eliminar os conteúdos das áreas 2, 3 e 4, bem como a administração dos/as utilizadores/as do site.

Segue-se uma tabela de sistematização das fases de desenvolvimento do portal 3Sector, na sua versão inicial.

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Fases Descrição Actividades

Fase 1 – Construção do espaço virtual

Durante esta fase efectuou-se o desenho da plataforma e iniciou-se a construção do instrumento.

1. Concepção, desenvolvimento e implementação da plataforma colaborativa, através de um processo de prototipagem interactivo que respeitou a seguinte sequência: concepção/planificação, desenvolvimento, testagem, afinação e reformulação, implementação do protótipo, e testes de avaliação e correcções finais;

2. Manutenção da plataforma.

Fase 2 – Disponibilização dos conteúdos

Os/As parceiros/as iniciaram o processo de alimentação do espaço virtual finalizando, simultaneamente, os processos de construção.

1. Alimentação da plataforma com conteúdos e ferramentas colaborativas de apoio ao Terceiro Sector;

2. Elaboração de materiais de base para orientação e organização do instrumento.

Fase 3 – Testagem e avaliação da plataforma

Nesta fase foi realizada uma primeira avaliação do instrumento, sendo elaborado um documento de avaliação às várias componentes do instrumento recorrendo à análise de quatro diferentes tipos de interlocutores/as:

4 Parceria;

5 Formandos/as;

6 Consultores/as;

7 Entidades das redes Animar e Cáritas.

1. Elaboração de uma grelha de avaliação;

2. Organização de um workshop para avaliação e uma primeira validação da plataforma (com a presença dos técnicos da parceria, 4 formandos e dois consultores do projecto) com 2 produtos finais: um documento que descreveu os pontos fracos e pontos fortes e rectificações a realizar; uma grelha de validação preenchida;

3. Realização de um estudo de sustentabilidade e viabilidade da plataforma.

Fase 4 – Reajustamento da plataforma aos inputs das avaliações

Nesta fase, o instrumento foi alvo de alguns reajustamentos finais, de acordo com as sugestões recebidas.

1. Realização dos reajustamentos propostos pelo workshop de avaliação;

Quadro 17 - Fases de desenvolvimento do portal 3Sec tor

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Da avaliação efectuada após a terceira fase resultaram as seguintes sugestões:

� Deveria ser elaborado um caderno de tipologia para formatos de letra para que todos/as os/as gestores/as de conteúdos trabalhem no mesmo formato;

� Deveria existir a possibilidade, de os/as gestores/as de conteúdos poderem alterar as denominações dos submenús, de aumentarem ou diminuírem o número de submenús conforme desejado, sem necessidade de consultar a empresa responsável pelo portal;

� Deveria existir a possibilidade de haver uma barra que permitisse a visualização da navegação, para se saber exactamente onde estávamos;

� Deveria haver a possibilidade de regressar à home page de forma imediata;

� O layout deveria ser mais colorido e dinâmico;

� Deveria existir a possibilidade de os/as gestores/as de conteúdos poderem construir montagens e colocá-las nos banners ou em destaques;

� Os documentos (e conteúdos inseridos) deveriam aparecer em forma de lista e estar ordenados automaticamente em cada campo por ordem alfabética, da seguinte forma:

o Titulo 1

o Titulo 2

o .

o .

� Todo o layout deveria ser concebido para que os conteúdos tivessem uma leitura fácil no ecrã;

� Deveria estar disponível um organigrama do portal, para consulta, e a possibilidade de o descarregar por parte de quem consulta o portal;

� Deveria existir um contador de acesso a cada item, de forma a avaliar os interesses de quem consulta o portal.

Figura 8 - Layout inicial da Plataforma

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Figura 9 - Vias estratégicas para a Plataforma 3Sector

Na terceira fase de desenvolvimento encontrava-se já consolidada a opção dos parceiros Animar e Caritas, fruto da avaliação resultante das suas redes, por uma via de desenvolvimento mais abrangente, relativamente à plataforma colaborativa 3Sector, pelo que foi necessário começar imediatamente a reflectir sobre o novo instrumento e sobre um novo paradigma de desenvolvimento.

Num contexto de finalização dos produtos a ocorrer em 2007, a plataforma 3Sector, na altura vocacionada sobretudo para projectos de e-learning, teria que ser repensada em termos de viabilização da sua sustentabilidade futura.

Para o efeito, seria necessário definir, em termos estratégicos, os objectivos pretendidos para esta plataforma, dos quais naturalmente decorreria a identificação das respectivas estratégias, alvos e recursos.

Tendo em conta a quantidade e a diversidade de opções de desenvolvimento, o estudo de sustentabilidade e viabilidade realizado identificava as principais ofertas de portais de Economia Social, sobretudo a nível europeu, como ponto de partida para caracterização de opções estratégicas para o portal 3Sector em Portugal.

O benchmarking internacional revelou várias vias de desenvolvimento:

� Sites de associações com âmbito restrito;

� Portais informativos e documentais;

� Portais com objectivos específicos (investigação científica, desenvolvimento rural, divulgação de oferta de formação universitária, de emprego…);

� Informação, artigos, debate, eventos, iniciativas, boas práticas, interactividade;

� Sites e portais com venda de bens e serviços.

Assim, tendo em conta esta pesquisa, foram apresentadas quatro vias estratégicas para a plataforma 3Sector:

8 Site informativo e documental com disponibilização de oportunidades de formação;

9 Portal de um conjunto restrito de associações, com um ou dois objectivos específicos e, em consequência, com destinatários restritos;

10 Portal generalista com vocação simultânea no âmbito da formação, informação, promoção de iniciativas, divulgação de boas práticas, centro de debate sobre o sector;

11 Mercado electrónico (venda de bens e serviços).

Foi escolhida a via mais abrangente, tendo sido definidos como fonte de recursos os/as seguintes agentes:

� Voluntários/as;

� Entidades dinamizadoras de programas de financiamento;

� Poder local;

� Empresas;

� Orgãos de comunicação social.

Ou seja, desejava-se ser “O portal do Terceiro Sector!”

O modelo de desenvolvimento preconizado compreende 4 fases:

� Atrair o interesse;

� Credibilizar o portal e os seus conteúdos;

� Envolver utilizadores/as;

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� Criar condições para a renovação das expectativas e renovar a visita.

O modelo atravessa as suas quatro vias estratégicas, funcionando numa lógica de crescente envolvimento e desenvolvimento de acordo com os inputs e informações recolhidas sobre os/as utilizadores/as e a adesão de novos utilizadores/as.

A fim de consolidar uma estratégia de reformulação/reconversão do portal, definiram-se três etapas, acções e recursos a envolver sintetizados nos quadros seguintes:

Etapas Acções

1ª etapa

Difundir os princípios do Terceiro Sector

Promover o voluntariado (âmbito restrito)

Desenvolver competências (âmbito restrito)

Promover o conhecimento do sector (âmbito restrito)

2ª etapa

Alargar o âmbito dos objectivos da 1ª etapa

Promover o emprego no sector

Fomentar a partilha de experiências entre associações

3ª etapa

Âmbito nacional e representativo dos objectivos da 2ª etapa

OBJECTIVOS ACÇÕES RECURSOS A ENVOLVER

1. Definir os princípios do Terceiro Sector

- Criar um Centro Documental

- Criar um Fórum de debate

- Disponibilizar notícias das organizações de Terceiro Sector

- Organizações do Terceiro Sector

- Universidades

2. Promover o voluntariado

- Divulgar iniciativas e necessidades das associações

- Organizações do Terceiro Sector

- Autarquias

- Orgãos de comunicação social

3. Desenvolver as competências dos/as

dirigentes, técnicos/as e voluntários/as

- Oferecer programas de formação e publicitar outros

- Organizações do Terceiro Sector

- Entidades financiadoras de formação

4. Promover o emprego - Criar uma Bolsa de Emprego e - Organizações do Terceiro

Quadro 18 - Etapas e Acções estratégicas de desenvo lvimento

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OBJECTIVOS ACÇÕES RECURSOS A ENVOLVER

no sector publicitar outras Sector

- Associações de Estudantes

5. Fomentar a partilha de experiências entre organizações congéneres

- Criar um Fórum de debate

- Divulgar as melhores práticas nacionais

- Partilhar recursos

- Associações

6. Promover o conhecimento do sector

- Recolher estatísticas

- Apresentar um anuário

- Disponibilizar artigos de investigação

- Organizações do Terceiro Sector

- Universidades

- Órgãos de comunicação social

7. Promover o espírito de iniciativa

- Divulgar as melhores práticas internacionais

- Criar um programa on-line de apoio ao empreendedorismo

- Organizações internacionais

8. Divulgar boas práticas de empresas e poderes

públicos

- Divulgar casos de empresas e poderes públicos no site e através de newsletters

- Empresas no âmbito da responsabilidade social

- Poderes públicos

- Orgãos de comunicação social

9. Facilitar a captação de recursos

- Divulgar os resultados de iniciativas

- Promover e credibilizar a imagem de marca do portal

- Estabelecer parcerias com poderes públicos e privados

- Poderes públicos

- Empresas no âmbito da responsabilidade social

Para definir os recursos a envolver teve de se:

� Definir claramente que se pretendem, contrapartidas e preparações dos/as interlocutoras/as em função dos interesses dos alvos a atingir;

� Apresentar mais do que apenas ideias e projectos;

� Construir uma marca com imagem atractiva e respectivo logotipo;

� Criar uma maquete criativa do portal, com identificação dos respectivos conteúdos.

Quadro 19 - Objectivos, acções e recursos a envolver

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Para além da criação inicial de um site em base de dados que permitisse uma fácil actualização, considerava-se necessário nomear um/a Líder do Projecto e constituir uma equipa para actualização do portal e respectivos conteúdos, designadamente:

� Gestor/a de parcerias – técnico/a experiente com competências relacionais e comerciais que dinamizasse o contacto com as organizações potenciais fornecedoras de recursos (financeiros, de espaço, de tempo, humanos…);

� Gestor/a de Contacto – contacto com outras associações e organizações do sector para aquisição de conteúdos, notícias, iniciativas, eventos;

� Jornalista – contactos com agências e voluntários/as, elaboração de notícias, com competências criativas, verificação de conteúdos e realização de case studies;

� Responsável financeiro (tempo parcial) – técnico/a responsável pela gestão do orçamento e pela elaboração do mesmo.

Seria igualmente necessário ter uma avença da manutenção e up-grade com uma empresa informática.

Definiram-se, assim, nove objectivos finais para o portal:

1. Difundir os princípios do Terceiro Sector;

2. Promover o voluntariado;

3. Desenvolver as competências dos/das dirigentes, técnicos/as e voluntários/as;

4. Promover o emprego no Sector;

5. Fomentar a partilha de experiências entre associações;

6. Promover o conhecimento do Sector;

7. Promover o espírito de iniciativa;

8. Divulgar boas práticas de empresas e poderes públicos;

9. Facilitar a captação de recursos.

Figura 10 - Objectivos do Portal 3Sector

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A prossecução dos objectivos do 3Sector, e subsequente desenvolvimento da sua actividade, encontra suporte naquilo que entendemos como as competências score:

� Conteúdos disponibilizados;

� Entidades envolvidas;

� Compreensão dos perfis do target;

� Capacidade para gerar acção por parte dos/as utilizadores/as;

� Estabelecimento de relações entre as entidades e os/as utilizadores/as do portal;

� Competências e imagem associada ao 3Sector.

O plano a gerar deveria potenciar estas características, promovendo o seu reconhecimento e desenvolvimento.

O modelo de desenvolvimento preconizado compreendia 4 fases:

� Atracção de interesse;

� Credibilização do portal e dos seus conteúdos;

� Envolvimento de utilizadores/as;

� Criação de condições para a renovação das expectativas e da visita.

O modelo atravessa as suas quatro fases em cada ciclo semanal, funcionando numa lógica de crescente envolvimento e desenvolvimento de acordo com os inputs e informações recolhidas sobre os/as utilizadores/as e adesão de novos/as utilizadores/as.

Figura 11 - Pilares do Portal 3 Sector

entidades

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Figura 13 - Modelo de comunicação do portal 3Sector

A captação e a renovação do interesse devem ser assumidas como uma tarefa contínua e constante, combatendo a saturação e renovando os motivos de visita.

Esta constatação tornava-se particularmente relevante, dado que existem membros da comunidade com tempos de entrada distintos, sendo necessário criar motivos de atenção suficientemente abrangentes e dinamizadores das várias áreas do portal.

A oferta disponibilizada aos/às utilizadores/as neste campo das organizações sociais e de desenvolvimento local, está muito dispersa na web, pelo que o portal deve assegurar o cumprimento de entidade aglutinadora, superando as expectativas dos/as utilizadores/as. Assim sendo, é necessário garantir a credibilidade do portal pela adequação, rigor e valor acrescentado nos seus conteúdos, com transmissão efectiva de benefícios.

O envolvimento dos/as utilizadores/a visa promover ocasiões de geração de diferenciação emocional e, como tal, dificilmente imitável. A criação de envolvimento com o portal é um factor crítico de sucesso para o nascimento e desenvolvimento de relações com o Terceiro Sector e entre os membros da comunidade. O envolvimento e a sua dinamização seguirá uma lógica de progressivo aprofundamento, tomando como base os membros iniciais da comunidade, promovendo a existência de um núcleo duro que facilitará a integração dos novos membros à passagem de cada ciclo.

Figura 12 – Metodologias de Desenvolvimento do Portal 3Sector

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O desenvolvimento da capacidade de retenção e repetição da visita dos/as interlocutores/as, assume-se como crítico para a viabilização dos objectivos propostos para o Terceiro Sector. Em cada ciclo semanal deverão ser cumpridas e renovadas as expectativas de visita de forma a desenvolver afinidades e aumentar o valor percebido do portal, facilitando a atracção para uma visita regular.

No modelo de comunicação do portal deverá existir uma lógica de comunicação clara para os/as utilizadores/as, não só para os/as que vão ver pela primeira vez o portal como também para aqueles/as que já o utilizam.

É importante que a partir da home page, o/a utilizador/a consiga perceber o que significa Terceiro Sector e identificar, de forma rápida, onde estão todas as informações e de que forma se pode aceder a elas. Isto significa, que a home page tem um papel orientador do/a utilizador/a, como se fosse um anfitrião.

Para além disso, a home page deve estar enquadrada no âmbito da política de:

� comunicação off-line que atrai os utilizadores/as.

� A possibilidade de aceder a um apoio deve ser possível em todo o 3Sector, sobretudo nas áreas que podem levantar dúvidas e sobre os assuntos relevantes.

Por isso, deve estar, presente o número azul e um e-mail de apoio nas seguintes áreas:

� Home page;

� Espaço das associações;

� Feira Online.

No entanto:

� Não deverão ser colocados à disposição do/a utilizador/a funcionalidades que ainda não estão operacionais.

� Nas áreas onde é preciso estar “logado”, deve haver sempre a possibilidade de fazer logout. Sempre que faz o login deverá aparecer uma mensagem de boas-vindas e o nome do/a utilizador/a.

� Sempre que o/a utilizador/a tente fazer algo que não deve ser feito dessa forma, deverão aparecer mensagens de ajuda.

� Deverá também existir sempre a possibilidade de retroceder e voltar para a home page.

� Para além das propostas de melhoria, que visam uma reestruturação global da lógica de comunicação, surgem outras recomendações que apesar de não serem tão urgentes, é importante tornarem-se alvo de preocupação no curto prazo:

Figura 14 - Modelo de layout do portal 3Sector

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� Manter o nível gráfico das páginas e não colocar excesso de informação;

� Permitir logout em todo o lado, mostrando ao/à utilizador/a que onde ele está é seguro;

� Construir tracking de localização para o/a utilizador/a saber onde já navegou dentro da página;

� Construir um mapa do portal;

� Salvaguardar a confidencialidade dos dados;

� Enviar mensagem de boas vindas para o e-mail do/a utilizador/a recém registado/a.

Tendo em conta o desenvolvimento de um portal mais generalista, foi alargada a tipologia de destinatários:

Públicos internos

� Dirigentes e quadros de organizações do Terceiro Sector;

� Voluntários/as;

Públicos externos próximos

� Empresas preocupadas com a responsabilidade social;

� Potenciais voluntários/as;

� Investigadores/as interessados/as no tema;

� Estudantes interessados no tema;

� Comunicação social;

� Poderes públicos;

� Autarquias;

Outros públicos externos

� Universidades;

� Público em geral.

No que concerne à afirmação futura do portal 3Sector, foram implementadas e serão continuadas, dois tipos de iniciativas:

� Criação de parcerias com organizações que ficam com o estatuto de aderentes (e que a partir daí poderão promover as suas iniciativas e informação/conhecimento);

� Campanhas de divulgação.

Estão previstos dois tipos de divulgação:

1. Própria:

� Apresentação ao público do Portal com entidades oficiais e com cobertura da imprensa;

� Campanha de imprensa através da intervenção de suportes de media apoiantes;

Uma plataforma para o 3º sector 32GConsul ti ng

Associações de voluntários Organizações ONG

Fundações

IPSSVoluntários

Organizações de desenvolvimento local

Outros

Figura 15 - Públicos do portal 3Sector

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� Marketing viral, com campanhas para profissionais e voluntários/as que trabalham nas organizações do Terceiro Sector;

2. Patrocinadores/as: Acções de divulgação de actividades de responsabilidade social dos/as patrocinadores/as;

Os/As patrocinadores/as do Portal 3Sector, poderão participar das seguintes formas:

� Logotipo em destaque e espaço de destaque na página de abertura do site;

� Espaço/página própria para divulgação das iniciativas de responsabilidade social já desenvolvidas e eventuais estudos de caso;

� Os patrocinadores irão ter também a oportunidade de pertencer a um conselho consultivo do Portal, que será um órgão que se reunirá trimestralmente;

� Possibilidade de utilizar referencias e alguns conteúdos do Portal 3Sector, nos respectivos sites dos patrocinadores.

Terão como principais benefícios desta parceria:

� Aumento da notoriedade da empresa;

� Acesso a uma comunidade de 10.619 organizações, 424.760 trabalhadores e mais de 500.000 voluntários que podem ser potenciais clientes da entidade patrocinadora;

� Afirmação do nome da empresa, como sendo uma empresa com preocupações de carácter social.

A Responsabilidade Social25 empresarial, não é uma questão moral, mas sim de interesse económico das empresas. Se lhes interessar, devem assumir mais funções sociais. (...). As empresas podem e/ou devem ter responsabilidades sociais, apenas se for do seu interesse de negócio e trouxer benefícios para a sua actividade, sua posição no mercado, etc. Apesar de ainda polémico, há na literatura evidências mostrando que esse pode ser o caso, i.e., que empresas que adoptam uma postura socialmente responsável auferem maiores benefícios que as que não o fazem. E estas são as razões suficientes para que elas tenham políticas que expressem responsabilidades que vão além das exigências legais.”

A questão da sustentabilidade do Portal, em todas as dimensões previstas, é um assunto que preocupou desde sempre a parceria de desenvolvimento, uma vez que a lógica da não dependência de projectos financiados, levou a que cedo se reflectisse um plano de captação de recursos que pressupõe as seguintes acções:

Patrocinadores

� Identificar potenciais patrocinadores, escalando a sua ordem de contacto de acordo com o grau de probabilidade de fecho:

1. Relativamente a cada potencial patrocinador, recolher alguma informação sobre as suas políticas de patrocínio (relatório de contas, site e pesquisa na Internet) e sobre o responsável a contactar;

2. Elaborar script de marcação de entrevista;

3. Preparar dossier de patrocínio;

4. Treinar contacto telefónico e a apresentação ao patrocinador/a;

25 (in “Valores ou interesses? Reflexões sobre a responsabilidade social das empresas” Zairo B. Cheibub DataUff e Departamento de Ciência Política – UFF e Richard M. Locke,Sloan School of Management e Departamento de Ciência Política - MIT)

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5. Realizar apresentações;

6. Fazer follow-up até ao fecho do patrocínio.

Fontes de financiamento

� Identificar potenciais fundos que possam apoiar as organizações fundadoras e aderentes;

� Elaborar projectos e/ou preencher formulários para estes fundos;

� Identificar práticas de apoio de instituições como Fundação Gulbenkian, Fundação Luso-Americana e outras fundações;

� Seguir os passos de angariação de patrocínios referidos anteriormente.

4.1.3 Dificuldades encontradas/oportunidades de mel horia

Face à evolução do instrumento, desde a ideia inicial de observatório, evoluindo para uma plataforma de colaboração, e, finalmente, para um portal de formação e informação, foi muito difícil consolidar uma ideia de desenvolvimento e sustentabilidade.

De facto, o carácter experimental do projecto e a valorização de uma validação por parte dos/as destinatários/as, levaram a inúmeras readaptações e alterações, de forma a adequar e fazer evoluir a plataforma, no sentido de se constituir como uma ferramenta mais útil e de fácil acesso para o público-alvo. Este tipo de evoluções entrou, inúmeras vezes, em conflito com o planeamento da engenharia de programação inicial.

Nesse sentido, o código de base da aplicação teve de ser, em alguns casos, integralmente reformulado, o que implicou picos de trabalho que não estavam previstos e que acabaram por influenciar negativamente os prazos globais de consecução de outras actividades.

Figura 16 - Layout final do portal 3Sector

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O primeiro elemento que emergiu como portador de uma forte mais valia foi a convergência num único espaço virtual de informação, conhecimento, serviços e produtos da economia social. Ou seja, um processo em constante (re)evolução.

Podemos considerar assim este espaço avaliado e validado por inúmeras organizações e agentes, existindo já entidades aderentes para a alimentação e divulgação do mesmo e também uma listagem de potenciais interessados no processo formativo que lhe está associado.

Este espaço de apoio às instituições mostrou-se adequado e útil para as organizações destinatárias, uma vez que se diagnosticou a existência de um conjunto de necessidades das organizações resolúveis através da informação e formação prestada por este portal.

As oportunidades de melhoria deste espaço virtual dependem de inúmeros factores, sendo considerados os mais relevantes: o grau de envolvimento das organizações aderentes, criando hábitos de alimentação e de divulgação deste espaço como seu; e a capacidade das entidades gestoras de dinamizarem o processo de evolução do portal e de angariarem patrocinadores.

O portal 3Sector é um instrumento, preparado tecnologicamente e estrategicamente, para seguir uma actualização e evolução permanentes, envolvendo de forma directa as entidades que a ele aderirem. Contudo, avizinha-se um grande desafio de gestão do processo de desenvolvimento, face à instabilidade de financiamentos e às mudanças contínuas de estratégias de desenvolvimento das organizações do Terceiro Sector.

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4.2 Conclusões e comentários

Face aos resultados obtidos na Avaliação da Formação, pode-se concluir que a formação disponibilizada pelo produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector vem contribuir para minimizar efectivamente lacunas de qualificação das organizações e responder a efectivas necessidades de resposta por parte dos/as agentes que as representam.

O e-Qu@lificação para o Terceiro Sector, para além de cumprir o objectivo de qualificar as entidades participantes na área da gestão organizacional, difunde também de forma eficiente os princípios da cidadania e igualdade de género e promove, com sucesso, uma nova metodologia pedagógica que engloba uma vertente de visitas de estudo práticas num modelo de blended-learning já amplamente difundido.

No entanto, a experiência da prática identifica sempre oportunidades de melhoria que devem ser analisadas com o devido cuidado. Na implementação da formação incluída no produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector identificaram-se assim algumas áreas de melhoria:

- A coordenação das acções de formação;

- A experiência dos/as tutores/as;

- O trabalho colaborativo/cooperativo;

- A responsabilização dos/as formandos/as.

De acordo com os relatos de alguns/algumas formandos/as e com algumas evidências recolhidas durante a sua implementação, a coordenação das acções de formação poderia ser melhorada. A complexidade da cadeia organizacional, e a divisão de tarefas dentro da parceria poderá ter contribuído para este resultado. É necessário ter em atenção que em modelos de Ensino a Distância, em que o sentimento de isolamento é muitas vezes potenciado nos/as formandos/as, é necessário que se verifique uma forte presença institucional, de modo a que os/as formandos/as se sintam acompanhados ao longo do seu processo de construção das aprendizagens.

Este facto pode também ter sido influenciado pela reduzida experiência dos/as formadores/as em processos de tutoria. Neste domínio, foi complicado encontrar profissionais que desempenhassem este papel aliando competências técnicas com experiência na área social. Para ultrapassar esta dificuldade foi promovido um Workshop para e-tutores, no decurso da fase de disseminação do produto, sendo esta uma estratégia também já definida no plano de disseminação.

A falta de experiência dos/as tutores/as estará também directamente relacionado com as restantes oportunidades de melhoria identificadas. Assim, a fraca componente de trabalho colaborativo/cooperativo entre os grupos de formação acabou por restringir a comunicação e partilha entre os diferentes actores da formação, característica essencial dos programas de Ensino a Distância, nomeadamente em regimes de e-learning. Aqui, devem ser dadas orientações específicas aos/às tutores/as para determinarem as suas estratégias no sentido de promover a partilha de ideias e o trabalho colaborativo/cooperativo nos processos de construção das aprendizagens individuais.

Por outro lado, a falta de experiência dos/as tutores/as levou também a uma fraca responsabilização dos/as formandos/as, enquanto principais intervenientes na construção das suas aprendizagens. Este facto levou a um atraso sistemático na entrega de trabalhos e na realização das actividades, o que proporcionou uma carga de trabalho adicional para levar à prossecução dos objectivos da formação.

Atendendo a estas questões houve, posteriormente, a preocupação de integrar, no planeamento das actividades de disseminação do projecto e-qu@lificação, uma curta acção dedicada à formação dos e-tutores, também disponível na plataforma de ensino a distância. Esta acção assumiu os seguintes objectivos:

- Saber utilizar os Ambientes Virtuais de Aprendizagem enquanto ferramenta de suporte a programas de eLearning; - Ser capaz de identificar e aplicar competências e comportamentos necessários a um tutor/a online; - Saber preparar, desenvolver e avaliar sessões de formação realizadas em eLearning. - Sensibilizar para as questões da Cidadania e da Igualdade de Género;

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Este workshop permite não só preparar futuros/as formadores/as para as especificidades do ensino-aprendizagem em ambiente online como proporcionar-lhes uma experiência de e-formandos/as, para aqueles que ainda não a vivenciaram.

Em resumo, estas oportunidades de melhoria identificadas acabam por não influenciar os bons resultados obtidos pela formação incluída no produto e-Qu@lificação para o Terceiro Sector. As mais valias geradas com o desenvolvimento e implementação de uma metodologia de formação inovadora (three-learning) e com uma abordagem à qualificação em gestão organizacional direccionada às organizações do Terceiro Sector são atestadas com os resultados obtidos com a Avaliação da Formação em todas as suas vertentes: Avaliação da Aprendizagem, Avaliação de Satisfação dos Formandos, Balanço de Competências e Avaliação do Impacte da Formação.

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V. Anexos

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Modelo de BC – Diagnóstico de necessidades e itinerários formativos

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Modelo de Balanço de Competências – Diagnóstico de Necessidades e Itinerários

Formativos Parte A – Organização

Parte B - Agente (Técnico/a e/ou Dirigente)

Parte A – BC Organização I. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE

1. Indique, por favor, a forma/estatuto jurídico da organização. (por ex. “Associação de utilidade pública sem fins lucrativos”) 2. Assinale, por favor, a tipologia a que corresponde a sua organização: 1) IPSS 2) ONG 3) Associação 4) Fundação 5) Cooperativa 6) Outra Qual? 3. Qual a data de constituição da organização? / / 4. Em que concelho se localiza a sede da organização? 5. O território de intervenção da organização é predominantemente: 1) Concentrado na localidade ou na freguesia 2) Concelhio 3) Distrital 4) Regional 5) Nacional 6. Indique, por favor, o Código de Actividade Económica (CAE) 7. Indique, por favor, quais as grandes áreas de intervenção da sua organização. (pode assinalar mais do que uma área) 1) Apoio e promoção de percursos integrados de orientação - formação - inserção profissional.

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2) Acolhimento, guarda e cuidados de saúde orientados para públicos específicos (por ex. infância, idosos, pessoas portadoras de deficiência, toxicodependentes) 3) Campanhas de solidariedade: angariação de fundos, recolha e distribuição de alimentos, vestuário e outros bens essenciais. 4) Cidadania e Igualdade de Género. 5) Promoção cultural e patrimonial. 6) Sensibilização e promoção ambiental. 7) Educação. 8) Turismo, lazer e actividades ao ar livre. 9) Ciência e tecnologia. 10) Consultoria e investigação 11) Combate à exclusão e discriminação social. 12) Desporto. 13) Outra Qual?

8. Indique, por favor, e relativamente às diferentes dimensões enumeradas, qual a tendência de evolução, recente e futura, da organização:

Evolução nos últimos 5 anos Evolução futura prevista

Expansão Estabilidade

Retracção

Expansão

Estabilidade

Retracção

1) Instalações

2) Nº de utentes

3) Diversificação das valências e dos serviços

4) Nº de trabalhadores/as

5) Nº de voluntários/as

6) Diversificação do público-alvo

7) Equipamentos

8) Qualificação dos Recursos Humanos

9) Área geográfica de intervenção

9. De um modo genérico, considera que a organização: (assinale apenas uma resposta) 1) Tende para o crescimento. 2) Atingiu a maturidade. 3) Atravessa dificuldades de sobrevivência ou de manutenção das suas principais valências/serviços. 4) Atravessa uma fase de reestruturação.

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10. Quais as diferentes formas de financiamento da organização? (assinale, por favor, as 3 principais formas de financiamento) 1) Acordos de cooperação com a Segurança Social. 2) Protocolos ou financiamentos pontuais de autarquias. 3) Financiamento do Governo Civil. 4) Santa Casa da Misericórdia. 5) Recurso a programas/financiamentos comunitários. 6) Financiamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade. 7) Financiamento de empresas (p. ex. donativos) 8) Financiamento de particulares (p. ex. donativos) 9) Quotização dos/as associados/as. 10) Desenvolvimento de actividades lucrativas. 11) Outra

Qual? ____

11. Se assinalou "desenvolvimento de actividades lucrativas" na pergunta anterior, por favor indique quais: 1) Participação em projectos empresariais. 2) Organização de eventos. 3) Aluguer de instalações. 4) Exploração de pequenas actividades comerciais (lojas, restauração, etc.) 5) Actividade formativa lucrativa. 6) Pagamento de serviços prestados.

7) Outras. Quais?

II. RECURSOS HUMANOS: FORMAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO 12. Qual a forma mais frequente de integração inicial dos/as trabalhadores/as na organização? (assinale apenas uma resposta em cada coluna)

Técnicos/as com formação

superior

Técnicos/as sem formação

superior Administrativos/as

1) Através da aprendizagem informal no posto de trabalho.

2) Através da aprendizagem no posto de trabalho, sob a supervisão e o apoio dos/as trabalhadores/as mais experientes ou das chefias.

3) Através da rotatividade pelos diferentes postos, funções ou serviços.

4) Através de acções de formação em espaço específico para o efeito.

5) A contratação de qualquer técnico/a é sempre precedida de um estágio integrado num programa de formação profissional.

6) Não é necessário nenhum processo de

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integração/aprendizagem inicial, sendo a formação académica dos/as técnicos/as, na maior parte das vezes, suficiente para o desempenho das funções.

7) Outra forma (1)

(1) Outra forma. Qual? 13. A organização tem desenvolvido acções de formação para dirigentes e/ou trabalhadores/as? 1) Sim 2) Não (passe para a pergunta 8) 13.1. Se sim, com que frequência? 1) Regularmente. 2) Ocasionalmente. 14. Quais têm sido os/as principais destinatários/as dessas acções de formação? (assinale apenas uma resposta) 1) Os/As dirigentes. 2) Os/As técnicos/as com formação superior (Licenciatura/Bacharelato) 3) Os/As técnicos/as sem formação superior. 4) Os/As trabalhadores/as administrativos/as. 5) Outros/Outras trabalhadores/as da instituição.

Quais?

15. Onde é habitualmente realizada essa formação? (assinale apenas uma resposta) 1) Nas instalações da instituição ou por ela alugadas. 2) Fora da instituição.

Onde? 16. A maior parte das acções de formação referidas tem resultado: (assinale apenas uma resposta) 1) Da iniciativa da organização, sendo da sua responsabilidade a programação das acções. 2) Da iniciativa de outras organizações ou agentes, sempre que os programas de formação são considerados úteis para a organização.

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17. Quais os objectivos específicos da formação habitualmente dirigida aos/às dirigentes e/ou trabalhadores/as da organização? (assinale as 2 principais escolhas em cada coluna)

Técnicos/as com formação

superior

Técnicos/as sem formação

superior Administrativos/as

1) Qualificação (aquisição de conhecimentos em áreas que os/as dirigentes e/ou trabalhadores/as não dominam)

2) Aperfeiçoamento (desenvolvimento de conhecimentos já adquiridos)

3) Especialização (aprofundamento de conhecimentos numa área específica)

4) Reciclagem (actualização de conhecimentos) 5) Reconversão interna (preparação para a adaptação a novas funções e/ou responsabilidades)

6) Promoção interna nos quadros da instituição 7) Sensibilização/informação para determinadas políticas dai instituição

8) Adaptação a novos equipamentos, ferramentas de trabalho, softwares, etc.

9) Adaptação a novos programas/medidas de acção (temas, conceitos e metodologias)

10) Outros objectivos (1)

(1) Outros objectivos.

Quais? 18. Pensa que seria importante os/as dirigentes e/ou trabalhadores/as remunerados/as e/ou voluntários/as da sua organização frequentarem acções de formação? 1) Sim 2) Não (passe para a pergunta 10) 18.1. Se sim, em que áreas? (assinale as 2 principais escolhas em cada coluna)

Técnicos/as com

formação superior

Técnicos/as sem formação

superior Administrativos/as

1) Cidadania e Igualdade de Género 2) Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e Solidária

3) Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos 4) Gestão de Recursos Humanos 5) Gestão Financeira

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6) Marketing Social 7) Gestão Comercial para o Terceiro Sector 8) Sistemas da Qualidade 9) Gestão Estratégica 10) Aperfeiçoamento de conhecimentos já adquiridos. Em que área?

11) Especialização numa determinada área disciplinar. Qual?

12) Aquisição de conhecimentos em áreas paralelas à da formação de base. Quais?

13) Outras áreas (1)

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(1) Especifique que outras áreas:

19. De acordo com a sua experiência pessoal na organização que dirige, bem como na sequência do seu contacto com organizações congéneres, indique, por favor, que tipo de formação considera actualmente mais importante, ao nível dos/as técnicos/as, para o bom desempenho das actividades e da missão das organizações do Terceiro Sector e da Economia Social? 1) Formação predominantemente teórica. 2) Formação predominantemente prática. 20. E ao nível dos/as dirigentes? 1) Formação predominantemente teórica. 2) Formação predominantemente prática. 21. Que apreciação faz do tipo de formação que os/as técnicos/as obtêm nas instituições de ensino superior? (indique qual das seguintes afirmações melhor corresponde à sua opinião) 1) O ensino superior proporciona uma formação demasiado teórica que deveria ser articulada, durante o decorrer da licenciatura/bacharelato, com um maior contacto dos/as alunos/as com os/as agentes e organizações que trabalham no terreno. 2) As instituições do ensino superior devem investir, sobretudo, na qualidade técnico-científica da formação que prestam, de modo a que os/as alunos/as obtenham uma sólida formação teórica de base, uma vez que só a experiência profissional, uma vez terminado o curso, lhes poderá proporcionar as competências práticas de que necessitam. 22. Tendo em conta as necessidades da sua organização, considera que, ao nível das licenciaturas e bacharelatos existentes, a oferta formativa é suficiente? (das seguintes afirmações, indique apenas a que melhor corresponde à sua opinião) 1) Sim, a oferta formativa é suficiente. 2) A oferta formativa é suficiente mas existem poucos técnicos/as com formação superior disponíveis para trabalhar na área da intervenção social e do desenvolvimento local. 3) A dimensão do universo do Terceiro Sector e da Economia Social justificaria a criação de cursos mais específicos orientados para as suas áreas de intervenção. 4) A oferta formativa ao nível das licenciaturas/bacharelatos é insuficiente mas é bem complementada pela oferta ao nível de pós-graduações. 5) A oferta formativa ao nível das licenciaturas/bacharelatos é insuficiente mas é bem complementada ao nível dos cursos/workshops/seminários que são habitualmente promovidos por outras organizações não académicas. 6) A oferta formativa é manifestamente insuficiente. 23. Como são identificadas as necessidades de formação da instituição? (assinale apenas uma resposta) 1) Não são identificadas. 2) Através de contactos informais entre os/as dirigentes e as chefias/directores/as de serviços/supervisores/as. 3) Através de contactos informais directos entre os/as dirigentes e os/as trabalhadores/as. 4) Outro método. Qual? ______________________________________________________ 5) NS/NR.

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126

24. A organização incentiva/apoia os/as técnicos/as a frequentarem acções de formação? 1) Sim 2) Não (passe para a pergunta 20) 24.1. Se sim, refira de que forma: (assinale apenas a situação principal) 1) Através da promoção de acções de formação internas. 2) Dispensando os/as técnicos/as durante o horário de trabalho. 3) Permitindo que os/as técnicos/as compensem as horas de formação com horas de trabalho extraordinárias. 4) Pagando na totalidade ou parcialmente as acções de formação que os/as técnicos/as frequentam. 5) Informando os/as técnicos/as sobre acções de formação internas ou externas de que a organização tenha conhecimento. 25. Pensando na generalidade das organizações do Terceiro Sector e da Economia Social e nas respectivas necessidades, que tipo de formação profissional considera que deveria ser promovida no sentido de melhorar o desempenho dos seus profissionais e o bom desenvolvimento dos seus serviços/valências/actividades?

26. A instituição possui protocolos ou acordos informais com universidades, centros de investigação ou outros/as agentes que contribuam formal ou informalmente para a qualificação contínua dos seus dirigentes e/ou técnicos/as? 1) Sim. Especifique quais: 2) Não.

27. Nos últimos 5 anos, a organização participou em projectos ou grupos de trabalho em que áreas? 1)

2) Não.

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127

Parte B – BC Agentes (Técnico/a / Dirigente)

I. IDENTIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DE PARTIDA: BALANÇO DAS COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS

Com o conjunto de questões que se segue, pretende-se que os indivíduos da organização identifiquem as respectivas

competências recorrendo, para o efeito, ao respectivo curriculum, bem como às competências individuais adquiridas a

partir das experiências pessoais vividas.

1.1. Entidade a que pertence:

1.2. Cargo/Função: ____________________________________________________________________

1.3. Formações realizadas, formação de base, escolaridade.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

2. Percursos Profissionais

a) Experiências profissionais anteriores.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

3. Percursos Pessoais/Experiências extra-profissionais

a) Mencione experiências/competências pessoais ou profissionais mobilizáveis, que considere poderem traduzir-se em

mais valias importantes/ou que constituam uma importante experiência para a participação como formando/a, e no

âmbito das actividades que exerce, em geral, enquanto técnico/a e/ou dirigente da entidade.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

4. Funções Profissionais Desenvolvidas, independentemente da categoria profissional formal.

a) Independentemente da função que lhe está formalmente adstrita, quais as funções que desempenha na entidade?

Pormenorize.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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128

5. Capacidade de Gestão de Equipas e Relacionamento Inter-pessoal

a) No âmbito das actividades que desenvolve na entidade, exerce alguma função de coordenação de equipas (sub-

equipas)?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) Como avalia o relacionamento entre os/as técnicos/as da Entidade, em geral?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

6. Níveis de Formação e Experiência dos/as Técnicos/as

a) Identifique as formações e saberes técnicos possuídos, mobilizáveis para o desenvolvimento das actividades de que é

responsável na entidade. Pormenorize.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) Identifique as necessidades de formações sentidas para o desenvolvimento das actividades de que é responsável.

Pormenorize.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

7. Rentabilização de Experiências

a) No âmbito do seu anterior percurso pessoal/profissional consegue identificar alguma participação em processos de

formação a distância?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) De que modo, as competências actuais lhe vão permitir/facilitar a participação na formação a distância?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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129

II. IDENTIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER COM O PACKAGE FORMATIVO “E-QU@LIFICAÇÃO PARA O TERCEIRO

SECTOR”

Pretende-se, com este ponto, que os/as beneficiários/as da oferta formativa identifiquem qual o nível de domínio das

competências necessárias, anteriormente referidas, de forma a identificar as competências a monitorar, desenvolver ou

promover, no âmbito desta formação dirigida para o Terceiro Sector.

8. Capacidade de Identificação de necessidades

a) Identifique que áreas de formação (informação) já foram possibilitadas/desenvolvidas no contexto da função que

desempenha/no seio da sua organização.

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) Como avalia a pertinência e qualidade da formação dada face ao seu desempenho profissional (se é adequada, se é

útil, necessária...)?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

9. Identificação das Competências a adquirir

a) Identifique quais as competências que, individualmente, espera adquirir com o(s) curso(s) de formação a distância

dirigido(s) ao Terceiro Sector?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

b) Identifique quais as competências, que ao nível da entidade a que pertence, espera adquirir com esta participação.

Quais as mais valias, para si e para as actividades que desenvolve na entidade, que reconhece poderem vir a ser

rentabilizadas/desenvolvidas pela participação nesta formação?

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

c) Quais considera serem os principais constrangimentos ao desenvolvimento das actividades por que é responsável?

Identifique/ilustre com situações concretas.

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130

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

d) Faça uma síntese das competências que considera mais necessárias para desenvolver as suas funções, preenchendo

o quadro que se segue. Assinale com uma cruz o nível de domínio da competência aquando do preenchimento do

questionário.

Competências necessárias para as actividades a desenvolver no quadro da organização (possuídas ou não)

Auto-posicionamento do indivíduo face ao domínio da competência

• Exemplo: Ter conhecimento de instrumentos de avaliação aplicáveis no domínio da formação

Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência • Competência a adquirir

Competência a desenvolver

Domínio básico da competência

Domínio profundo da competência

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131

III. DISPOSITIVO DE BALANÇO DE COMPETÊNCIAS DE PARTIDA E DE CHEGADA ASSOCIADO AO PRODUTO

“E-QU@LIFICAÇÃO PARA AO 3º SECTOR”

GUIA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA DE BALANÇO DE COMPETÊNCIAS

Nome do/a Formando/a:

Organização: Função/Cargo:

O Balanço de Competências (BC) é um instrumento de extrema importância, por um lado, pela possibilidade de

diagnóstico e avaliação real que veicula, de competências profissionais/técnicas e pessoais directamente relacionadas

com um determinado projecto e, por outro lado, das motivações individuais mobilizadas para esse projecto, permitindo,

consequente, uma melhoria no (des)empenho na realização das diversas actividades previstas.

O BC é, nesta perspectiva, um processo dinâmico que permite uma reflexão individual sobre o percurso num

determinado projecto com vista ao enriquecimento da relação entre os domínios pessoal/profissional através da

participação activa do indivíduo no projecto.

No caso particular dos utilizadores do package “e-Qu@lificação para ao 3º Sector”, o objectivo do BC consiste na

identificação de competências mobilizáveis e desenvolvidas quer ao nível da navegação do portal 3Sector

(http://www.3sector.net), quer ao nível da utilização dos seus conteúdos, nomeadamente dos cursos formativos

segundo a metodologia three-learning, com vista a uma avaliação da sua acessibilidade e do seu potencial de apoio à

formação a distância para o Terceiro Sector, através do empowerment e da auto-aprendizagem.

O BC foi, assim, dividido em três partes, que traduzem:

• as Competências Transversais, ligadas aos princípios Equal (com especial ênfase nas questões ligadas ao

empowerment);

• as Competências TIC, ligadas à navegação e aquisição de conhecimentos on-line; e

• as Competências Técnicas, ligadas aos conhecimentos adquiridos através do processo de

formação segundo a metodologia three-learning.

Indicações de preenchimento:

Indique qual o nível em que se posiciona relativamente às competências em análise, no início e no fim do módulo

formativo, utilizando a seguinte escala:

• Competência não aplicada (competência que não possui, nem pensa vir a adquirir por não se aplicar ao seu perfil de

intervenção).

• Competência a desenvolver (competência inexistente ou pouco desenvolvida, mas que pensa vir a desenvolver).

• Competência em desenvolvimento médio (competência que possui e utiliza mas pontualmente).

• Competência com desenvolvimento elevado (competência que domina e utiliza frequentemente).

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132

Grupo de Competências TRANSVERSAIS

Competências-Chave

BC de Partida / BC de Chegada (perfil de competências inicial e final)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a

Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Inovação e Qualidade

Ter capacidade de criar, experimentar, inovar novas formas de aprendizagem. 1 2 3 4

Ser capaz de identificar os conhecimentos a apreender necessários para dar resposta às necessidades do público-alvo da sua intervenção técnica.

1 2 3 4

Ser capaz de simplificar e flexibilizar processos, rotinas, procedimentos e instrumentos, nomeadamente no que respeita ao acesso à informação e à formação.

1 2 3 4

Cidadania e Igualdade de

Género

Ser capaz de auto-promover a qualidade de vida através da conciliação entre a vida pessoal/familiar e o trabalho/carreira, nomeadamente pela possibilidade de acesso a processos formativos em regime de e-learning a qualquer hora.

1 2 3 4

Ser capaz de gerir a disponibilidade horária para e-learning em termos dos compromissos familiares/profissionais assumidos.

1 2 3 4

Empowerment, responsabilização

participação e autonom

ia

Ter capacidade de iniciativa e de trabalhar com autonomia. 1 2 3 4

Ter capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional (nomeadamente através da procura activa de novos conhecimentos).

1 2 3 4

Saber responsabilizar-se por decisões e tarefas. 1 2 3 4

Promover uma aprendizagem contínua. 1 2 3 4

Ter motivação e interesse para a auto-aprendizagem. 1 2 3 4

Ter capacidade de auto-orientação, i.e., possuir responsabilidade no planeamento, execução e avaliação de uma acção.

1 2 3 4

Saber identificar as áreas em que precisa de adquirir/aprofundar conhecimentos. 1 2 3 4

Ser capaz de estabelecer e cumprir metas e prazos. 1 2 3 4

Ter capacidade crítica e de auto-avaliação. 1 2 3 4

Ser capaz de melhorar o seu desempenho com base em novos conhecimentos/ /aprendizagens. 1 2 3 4

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133

Grupo de

Competências

Competências-Chave

BC de Partida / BC de Chegada (perfil de competências inicial e final)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Trabalho em Parceria

Conhecer as formas e mecanismos para fomentar o trabalho em equipa entre os parceiros (comunicação, instrumentos, métodos e práticas).

1 2 3 4

Saber partilhar informação. 1 2 3 4 Ter capacidade de estabelecer contactos úteis para o desenvolvimento de um projecto/ /iniciativa/actividade com técnicos/as de outras organizações.

1 2 3 4

Saber manter o enfoque nos resultados definidos em parceria para o projecto. 1 2 3 4

Transferibilidade e incorporação

de práticas

Conhecer o contexto local, regional e nacional de inserção de projectos em curso e seus destinatários.

1 2 3 4

Saber identificar e determinar melhores práticas conducentes a um desempenho superior (nomeadamente benchmarking e benchlearning).

1 2 3 4

Saber elaborar e organizar informação relativa a boas práticas que ilustrem a qualidade dos resultados da actividade/projecto.

1 2 3 4

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134

Grupo de Competências TIC / e-Learning

Grupo de

Competências

Competências-Chave

BC de Partida / BC de Chegada (perfil de competências inicial e final)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a

Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Acessibilidade e Navegabilidade

Conhecer e explorar novas Tecnologias da Informação e Comunicação. 1 2 3 4

Saber fazer o registo numa página web. 1 2 3 4

Ser capaz de aceder aos conteúdos de um web site. 1 2 3 4

Ser capaz de alternar entre várias páginas de conteúdos. 1 2 3 4

Saber utilizar motores de pesquisa. 1 2 3 4

Saber utilizar os menus de procura e ajuda. 1 2 3 4

Saber comunicar numa sala de chat, num fórum de discussão ou num e-mail. 1 2 3 4

Saber comunicar com os tutores e restantes formandos através de linguagem escrita utilizando fóruns, chats e e-mails.

1 2 3 4

Saber editar o perfil. 1 2 3 4 Ser capaz de aceder à plataforma formativa on-line sem grandes constrangimentos físicos.

1 2 3 4

Aquisição de Conhecimentos Ser capaz de seleccionar módulos de

e-learning de acordo com as necessidades formativas/aquisição de novas competências.

1 2 3 4

Saber procurar informação/materiais de suporte na Internet. 1 2 3 4

Ser capaz de realizar uma auto-avaliação dos conhecimentos adquiridos. 1 2 3 4

Ser capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos. 1 2 3 4

Gerais

Saber identificar os cursos formativos com vantagem para a função profissional que desempenha.

1 2 3 4

Saber aceder às diferentes partes da estrutura dos módulos formativos. 1 2 3 4

Saber colocar dúvidas on-line ao tutor/a via chat/mail. 1 2 3 4

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135

Saber aceder, realizar exercícios de avaliação e envio de ficheiros. 1 2 3 4

Ser capaz de se adaptar a novos contextos de aprendizagem 1 2 3 4

Ser capaz de gerir o tempo na realização das actividades propostas. 1 2 3 4

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136

Grupo de Competências TÉCNICAS

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE PARTIDA /BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS INICIAL E FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Grupo de Competências: CURSO DE CIDADANIA E IGUALDADE DE GÉNERO

Conhecer o contexto nacional e na União Europeia da problemática da Cidadania e Igualdade de Género no mercado de trabalho.

1 2 3 4

Conhecer a situação das Mulheres e dos Homens na organização da vida familiar. 1 2 3 4

Saber reflectir sobre a realidade da Cidadania e Igualdade de Género, questionar e problematizar no sentido de encontrar soluções.

1 2 3 4

Estar sensível ao direito de participação equilibrada de Mulheres e Homens na tomada de decisão. 1 2 3 4

Conhecer os conceitos que integram e sustentam a Cidadania e Igualdade de Género e a sua aplicação nas práticas do quotidiano.

1 2 3 4

Conhecer a evolução dos estereótipos sobre os papéis de Mulheres e Homens ao longo dos tempos. 1 2 3 4

Conhecer os mecanismos que reflectem a desigualdade, nomeadamente a questão do poder. 1 2 3 4

Conhecer os modelos de ensino em Portugal e a sua evolução ao longo da história. 1 2 3 4

Saber utilizar instrumentos para promover a participação equilibrada das Mulheres e dos Homens em contexto de trabalho.

1 2 3 4

Saber utilizar instrumentos para promover a participação equilibrada das Mulheres e dos Homens na vida familiar.

1 2 3 4

Saber identificar necessidades e dificuldades associadas à conciliação entre actividades profissionais e familiares na Mulher e no Homem.

1 2 3 4

Ser capaz de conceber novas formas de organização que promovam a conciliação entre a vida familiar e pessoal e a actividade profissional tendo em conta a Cidadania e Igualdade de Género.

1 2 3 4

Conhecer as disposições legais que têm contribuído para uma mudança de mentalidade e de prática social em termos de Cidadania e Igualdade de Género.

1 2 3 4

Conhecer e saber utilizar conceitos como Estado de Direito, Cidadania e Democracia Paritária associados ao contexto de género.

1 2 3 4

Saber exercer o princípio da cidadania, promovendo a participação equilibrada entre Mulheres e Homens. 1 2 3 4

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137

Conhecer e saber transferir práticas de sucesso implementadas com êxito por Instituições de referência no âmbito do exercício da cidadania.

1 2 3 4

Conhecer o contexto internacional das organizações que intervêm para a mudança em termos de Cidadania e Igualdade de Género.

1 2 3 4

Conhecer as políticas de desenvolvimento e a sua articulação com as relações sociais entre Mulheres e Homens.

1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO NOVOS CONCEITOS E PRÁTICAS DA ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Conhecer o contexto histórico da Economia Social Tradicional na Europa. 1 2 3 4

Definir os contornos da Economia Social na actualidade. 1 2 3 4

Conhecer a evolução do Estado Social e dos mecanismos de regulação económica do pós-segunda Guerra.

1 2 3 4

Contextualizar a evolução do Estado social a partir dos anos 70, com a crise do Estado-Providência e o regime pós-fordista de crescimento económico.

1 2 3 4

Conhecer e saber interpretar as principais características da Economia Social e Solidária dos últimos 30 anos.

1 2 3 4

Saber identificar e incorporar para a sua organização boas práticas de projectos locais de Economia Social. 1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE PARTIDA /BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS INICIAL E FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Saber articular a estratégia/práticas de Recursos Humanos com a gestão estratégica da organização. 1 2 3 4

Saber facilitar o desenvolvimento de climas de trabalho propícios à melhoria da competitividade das organizações, através da valorização dos colaboradores e do desenvolvimento do empreendedorismo.

1 2 3 4

Saber tirar partido dos aspectos internos e externos que condicionam o comportamento das pessoas na organização, em linha com a teoria da Estratégia baseada nos Recursos e com a teoria do capital humano.

1 2 3 4

Conhecer as principais práticas de Gestão de Recursos Humanos. 1 2 3 4

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138

Saber intervir no sentido de assegurar a coerência das práticas de Gestão de Recursos Humanos correntemente encontradas nas organizações portuguesas com os princípios tácticos e estratégicos.

1 2 3 4

Conseguir elaborar um projecto de desenvolvimento de uma das 8 dimensões da Gestão de Recursos Humanos.

1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJECTOS DE ECONOMIA SOCIAL

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE PARTIDA /BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS INICIAL E FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Saber distinguir e identificar os diferentes conceitos inerentes à metodologia de concepção de projectos, nomeadamente ao MAPA (Método Aplicado de Planeamento e Avaliação).

1 2 3 4

Saber reconhecer as diversas fases do ciclo de um projecto desde o diagnóstico, concepção e avaliação. 1 2 3 4

Conhecer programas e recursos de financiamento existentes em Portugal para projectos de Economia Social e Desenvolvimento Local.

1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO GESTÃO COMERCIAL

Identificar a importância de pensar estrategicamente num contexto de grande pressão para a acção 1 2 3 4

Reconhecer que a tarefa de gerir relações e parcerias é uma forma de “venda” necessária no âmbito das causas sociais/actuação das organizações do 3º sector

1 2 3 4

Identificar o papel e o contexto da função venda na actividade social e como elemento de estratégia de marketing

1 2 3 4

Identificar e saber concretizar os principais requisitos em cada fase de venda pessoal 1 2 3 4

Conhecer e saber implementar as principais formas de venda 1 2 3 4

Identificar as principais formas de Marketing Directo e caracterizar as suas componentes 1 2 3 4

Saber identificar outras formas de comunicação como oportunidades de venda de parcerias e produtos sociais no contexto da sua organização

1 2 3 4

Saber como gerir o processo de venda e como adaptá-lo ao contexto do marketing social associado à sua organização

1 2 3 4

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139

Grupo de Competências: CURSO MARKETING SOCIAL

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE PARTIDA /BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS INICIAL E FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Conhecer as especificidades do marketing social e o que o distingue e aproxima do marketing comercial 1 2 3 4

Diagnosticar as principais determinantes da envolvência externa com influência na concepção e desenvolvimento de uma campanha de marketing social

1 2 3 4

Identificar o conceito de Produto Social e reconhecer as suas características 1 2 3 4

Conhecer e saber utilizar as variáveis de um plano de marketing no contexto da actividade de organizações não lucrativas

1 2 3 4

Identificar e saber implementar formas de dinamização e motivação do público interno e externo no mercado de causas sociais

1 2 3 4

Conhecer a importância e saber implementar formas de avaliação, orçamentação e planeamento no âmbito da actividade de uma instituição ligada a causas sociais

1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO GESTÃO FINANCEIRA

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Saber identificar, medir, analisar e interpretar os acontecimentos económicos e financeiros mais importantes, a partir das principais demonstrações financeiras das organizações.

1 2 3 4

Conhecer os objectivos dos principais Documentos Financeiros das organizações e saber interpretar o significado das principais rubricas neles incluídas.

1 2 3 4

Saber o significado da contabilidade, da análise financeira e da gestão financeira como ferramentas indispensáveis ao processo de tomada de decisão.

1 2 3 4

Dominar as técnicas de análise de resultados e risco. 1 2 3 4

Conhecer os principais indicadores que permitem analisar o desempenho da organização em termos financeiros, tanto no plano estrutural como no plano mais imediato da liquidez e do equilíbrio financeiro, e em termos económicos, no que respeita à evolução da sua rendibilidade e à eficiência da gestão.

1 2 3 4

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140

Interpretar e pôr em prática as medidas de desempenho económico e financeiro (medidas de valor dos benefícios sociais, medidas de dimensão e indicadores de rácios económicos e financeiros).

1 2 3 4

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Grupo de Competências: CURSO SISTEMAS DE QUALIDADE

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

Saber identificar o que é a qualidade, qual a sua importância e objectivos. 1 2 3 4

Saber descrever a Norma ISO 9001:2000 em termos de estrutura, conteúdo e aplicação. 1 2 3 4

Saber identificar quais os processos e critérios necessários à implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma ISO 9001:2000 para cumprir o objectivo de certificar a empresa/organização.

1 2 3 4

Saber identificar os diversos Sistema Internacionais na área da Qualidade. 1 2 3 4

Saber como funciona o Sistema Português da Qualidade. 1 2 3 4

Saber identificar a que entidades pode recorrer para obter a certificação 1 2 3 4

Grupo de Competências: CURSO GESTÃO ESTRATÉGICA

Saber utilizar conceitos-base ligados à Gestão no contexto de uma empresa/organização. 1 2 3 4

Identificar e caracterizar o papel e a função dos gestores nas organizações. 1 2 3 4

Saber utilizar os conceitos de estratégia e táctica em contextos organizacionais do 3º Sector. 1 2 3 4

Saber utilizar os conceitos de segmento de mercado e grupo estratégico em contextos organizacionais do 3º Sector.

1 2 3 4

Aplicar/utilizar instrumentos e ferramentas de apoio à reflexão e formulação de estratégias organizacionais. 1 2 3 4

Saber utilizar os conceitos de gestão estratégica, planeamento e plano estratégico, e reflexão estratégica em contextos organizacionais do 3º Sector.

1 2 3 4

Transferir, adaptando à minha organização, o sistema de gestão estratégica proposto por Balanced Scorecard (BSC).

1 2 3 4

Identificar os objectivos que orientam a adopção de um modelo de gestão estratégica (como o BSC) por uma organização sem fins lucrativos.

1 2 3 4

Identificar as fases de implementação, as dificuldades e vantagens associadas à adopção do BSC por organizações sem fins lucrativos, do sector público em particular.

1 2 3 4

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Grupo de Competências: OUTROS CURSOS

COMPETÊNCIAS-CHAVE

BC DE CHEGADA (PERFIL DE COMPETÊNCIAS FINAL)

Competência Elevada

Competência Média

Competência a Desenvolver

Competência Não aplicada

Ilustração de Práticas

1 2 3 4

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Obrigado pela sua colaboração!!

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Modelo de avaliação de impacte da formação nos/as formandos/as

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AVALIAÇÃO DO IMPACTE DA FORMAÇÃO NOS/AS FORMANDOS/AS

O presente questionário destina-se a avaliar qual o impacte que o programa de formação e-Qu@lificação para o Terceiro Sector trouxe ao seu quotidiano e à sua prática profissional. Responda às questões seguidamente enunciadas de acordo com a sua percepção do programa de formação e com a sua situação profissional actual.

1. Identifique qual(is) o(s) curso(s) que frequentou no âmbito do e-Qu@lificação. □ Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos □ Gestão Comercial para o Terceiro Sector □ Gestão Estratégica □ Gestão Financeira □ Gestão de Recursos Humanos □ Cidadania e Igualdade de Género □ Novos Conceitos e Práticas da Economia Social □ Sistemas da Qualidade 2. Qual a sua função dentro da organização? 3. Está hoje mais apto/a a desempenhar a sua função? □ Sim □ Não Se sim, qual(is) a(s) competência(s) adquirida(s) que o/a levaram a esta percepção? 4. As competências adquiridas em algum dos cursos trouxeram-lhe responsabilidades/tarefas adicionais dentro da organização que não tinha antes de frequentar a formação? □ Sim □ Não Se sim, qual o curso em que adquiriu essas competências? E quais as responsabilidades/tarefas?

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5. Aplicou algum dos conhecimentos adquiridos na formação na sua actividade profissional? □ Sim □ Não Se sim, em que curso(s) adquiriu esse(s) conhecimento(s)? De que forma aplicou esse(s) conhecimento(s)? A tarefa desempenhada está enquadrada em funções novas ou em funções que já tinha antes de frequentar o programa de formação? □ Novas funções □ Funções antigas 6. A frequência dos cursos e respectivos conhecimentos adquiridos proporcionaram-lhe alguma progressão na carreira? □ Sim □ Não Em caso negativo, esta progressão poderá perspectivar-se a curto prazo? □ Sim □ Não 7. Considera que as competências/conhecimentos adquiridos lhe abrem novas perspectivas profissionais? □ Sim □ Não Se sim, qual o curso frequentado que proporcionou esta oportunidade? 8. As visitas de estudo realizadas foram uma mais-valia para a formação? □ Sim □ Não

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Em caso afirmativo, qual ou quais os principais benefícios associados à realização das visitas: □ Ver a implementação prática das matérias trabalhados nos cursos. □ Ajudar a consolidar conhecimentos. □ Ver o funcionamento das organizações. □ Oportunidade de conviver presencialmente com colegas, tutores/as e os/as profissionais das organizações. □ Outro. Qual/Quais: Comente de forma genérica, quais as mais valias da formação que frequentou.

Obrigado pela sua colaboração!!

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Modelo de avaliação de impacte da formação nas organizações

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AVALIAÇÃO DE IMPACTE DA FORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

O presente questionário destina-se a avaliar qual o impacte que o programa de formação e-Qu@lificação troux à sua organização. Responda às questões seguidamente enunciadas de acordo com a sua percepção do programa de formação e com a situação actual da sua organização.

1. Identifique qual(is) o(s) curso(s) que os seus/suas colaboradores/as frequentaram no âmbito do e-Qu@lificação. □ Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos □ Estratégias de Marketing Social □ Gestão Comercial para o 3º Sector □ Gestão Estratégica □ Gestão Financeira □ Gestão de Recursos Humanos □ Cidadania e Igualdade de Género □ Novos Conceitos e Práticas da Economia Social □ Sistemas da Qualidade 2. Qual a sua função dentro da organização? 3. A sua organização desempenha hoje novas actividades proporcionadas pelas mais valias geradas pelos programas de formação do e-Qu@lificação? □ Sim □ Não Se sim, qual(is) essa(s) actividades? 4. A organização tem hoje um volume superior de trabalho relacionado com as temáticas dos cursos? □ Sim □ Não Se sim, em que medida a participação dos seus colaboradores no curso potenciaram este aumento? 5. A frequência dos cursos e-Qu@lificação proporcionou uma melhoria da estrutura/organização interna da sua organização? □ Sim

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□ Não Se sim, qual a forma desta melhoria? Qual o curso frequentado pelo/a seu/sua colaborador/a que proporcionou estas melhorias? 6. Considera que a valorização do capital humano da sua organização conseguido através do programa e-Qu@lificação foram realmente uma mais valia para as actividades que desenvolvem? □ Sim □ Não Em caso afirmativo, como se reflecte esta mais valia?

Obrigado pela sua colaboração!!

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Modelo de avaliação de impacte da formação nos tutores/as

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AVALIAÇÃO DE IMPACTE DA FORMAÇÃO – TUTORES/AS

O presente questionário destina-se a avaliar qual o impacte que o programa de formação e-Qu@lificação trouxe ao quotidiano e à prática profissional dos/as formandos/as, das organizações e de toda a estrutura que participou no programa. Responda às questões seguidamente enunciadas de acordo com a sua percepção do programa de formação e com a sua situação profissional actual.

1. Identifique qual o curso em que realizou a tutoria no âmbito do projecto e-Qu@lificação.

□ Concepção, Avaliação e Gestão de Projectos

□ Estratégias de Marketing Social

□ Gestão Comercial para o 3º Sector

□ Gestão Estratégica

□ Gestão Financeira

□ Gestão de Recursos Humanos

□ Cidadania e Igualdade de Género

□ Novos Conceitos e Práticas da Economia Social e solidária

□ Sistemas da Qualidade

2. Foi a sua primeira experiência como tutor/a em e-Learning?

□ Sim

□ Não

3. O e-Qu@lificação proporcionou-lhe uma melhoria no seu desempenho como tutor/a de e-learning?

□Sim

□Não

Se sim, quais os principais benefícios que recolheu deste projecto? 4. Como classifica a sua interacção com o grupo de formandos/as?

□ Excelente

□ Boa

□ Média

□ Razoável

□ Má

Quais as razões da classificação atribuída?

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5. Como classifica a interacção entre o grupo de formandos/as?

□ Excelente

□ Boa

□ Média

□ Razoável

□ Má

Quais as razões da classificação atribuída?

6. As visitas de estudo realizadas foram uma mais-valia para a formação?

□ Sim

□ Não

Em caso afirmativo, qual ou quais os principais benefícios associados à realização das visitas:

□ Ver a implementação prática das matérias trabalhados nos cursos.

□ Ajudar a consolidar conhecimentos.

□ Ver o funcionamento das organizações.

□ Oportunidade de conviver presencialmente com formandos/as e profissionais das organizações.

□ Outro.

Qual/Quais: Comente de forma genérica, quais as mais valias do projecto e-Qualificação.

Obrigado pela sua colaboração!!

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Recurso Complementar ao Balanço de Competências

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Nov

os C

once

itos

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as d

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cono

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Soc

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Sol

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1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Tem conhecimento ou experiência na área da Economia Social?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Cid

adan

ia e

Igua

ldad

e de

Gén

ero

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Tem conhecimento ou experiência no domínio da cidadania e igualdade de género?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Ges

tão

Est

raté

gica

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Conhece as fases de implementação Balanced Scorecard (BC)?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Con

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ão, A

valia

ção

e G

estã

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Pro

ject

os

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Tem conhecimento em metodologias de concepção e avaliação de projectos?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Ges

tão

de R

ecur

sos

Hum

anos

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Sabe as principais práticas na área da Gestão de Recursos Humanos?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Ges

tão

Fin

ance

ira

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Domina as técnicas de análise financeiras?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Sis

tem

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e Q

ualid

ade

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Conhece os diversos Sistemas Internacionais da Qualidade?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Est

raté

gias

de

Mar

ketin

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ocia

l

1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Conhece e sabe identificar as principais formas de marketing?

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Ficha de avaliação

O objectivo deste questionário será conhecer alguma informação sobre as diferentes formas

de conhecimento/informação, aprendizagem e experiên cias pessoais. Por favor assinale

com uma X as respostas que lhe são mais adequadas.

Escala de Avaliação

Competências Sim Não Algum/a

Ges

tão

Com

erci

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1. Tem conhecimento ou experiência em novas formas de aprendizagem?

2. Tem capacidade para promover o auto-desenvolvimento pessoal e profissional através de novos conhecimentos/aprendizagens ?

3. Tem capacidade de saber trabalhar em equipa/parceria e partilhar a informação?

4. Tem capacidade de identificar e determinar práticas em contexto local, nacional e internacional?

5. Tem conhecimento na área das TIC, nomeadamente, páginas web, websites, plataforma formativa, e-learning, b-learning, envio de ficheiros, chat, fórum, entre outros?

6. Tem conhecimento como se caracteriza um processo de venda?