99
Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas FERNANDO AHID Editora Em Dentes Posteriores

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

odontologia

Citation preview

Page 1: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental

com Resinas Compostas

FERNANDO AHID

Editora

Em Dentes

Posteriores

Page 2: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

1. INTRODUÇÃO

Mesmo profissionais hábeis e com noções

consideráveis de anatomia dental, das propriedades

ópticas do esmalte e dentina e das características das

resinas compostas, passam por dificuldade no

momento da execução de restaurações em dentes

posteriores que necessitam restabelecimento da sua

forma, função e estética. Tudo indica, que esta

dificuldade está relacionada à deficiências quanto ao

emprego de técnicas restauradoras e do tipo de

resinas compostas selecionadas, fatores que

permitem a reconstrução dos dentes naturais,

respeitando suas características gerais e individuais

(físicas e ópticas).

Para a obtenção do sucesso estético e funcional

destas restaurações, alguns fatores são considerados

de fundamental importância: o conhecimento da

anatomia dental, as propriedades físicas e ópticas dos

tecidos dentais e dos materiais restauradores e o

emprego de técnicas que permitam a aplicação destes

conhecimentos.

Para a reconstrução da forma dental é

fundamental o conhecimento da anatomia básica que

cada dente apresenta. Porém, tal informação não é

suficiente para se obter um bom resultado, tornando

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 3: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

impresc indíve l a observação atenta das

características particulares dos dentes que servirão

de referência para o desenvolvimento da escultura.

A anatomia, por si só, não define a estética final

da restauração. É preciso conhecer os formatos e as

espessuras das estruturas dentais a serem

reconstruídas, esmalte e dentina, podem apresentar

nas mais diferentes regiões dos dentes naturais. É

necessário considerar, ainda, as variações que estes

tecidos sofrem com o tempo, o envelhecimento, pois a

definição da cor dos dentes naturais depende das

características ópticas de seus tecidos originais como

opacidade, translucidez, opalescência e contra-

opalescência, que por sua vez são dependentes da

espessura. A expressão cromática dos dentes, ou

seja, a cor, é dada pela correlação do esmalte e

dentina com a luz, durante os processos de absorção,

refração e reflexão das ondas luminosas.

Já que as características físicas e ópticas dos

tecidos dentais interferem diretamente na cor natural

dos dentes, é obvio que o sucesso estético da cor das

restaurações com resinas compostas depende da

utilização de uma variedade de material que

reproduza tais características. Além disto, o

profissional precisa conhecer as variações que estes

tecidos apresentam. Segundo Baratieriet al. (1999),

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 4: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

as resinas compostas podem ser classificadas de

acordo com o tipo de partículas de carga química que

possuem e do grau de translucidez que apresentam.

Diante das informações sobre as diversidades do

material restaurador e da natureza dos dentes, resta

buscar uma técnica que permita reproduzir

corretamente as estruturas de referências dento-

faciais. Porém, é importante lembrar que as mãos só

são capazes de reproduzir aquilo que os olhos veem,

não se podendo copiar o que não se conhece.

Portanto, o cirurgião-dentista deve ser capaz de

visualizar os detalhes anatômicos dos dentes naturais

para poder reproduzi-los.

Page 5: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

2. Anatomia Oclusal dos Dentes Posteriores

Segundo Figún e Garino, a anatomia dental estuda e

organiza o dente como uma entidade ao mesmo

tempo isolada e integrada do sistema dental e do

aparelho mastigador. É neste sentido, que as

estruturas dentais devem ser reconstruidas

observando-se tanto as características individuais da

unidade dental como sua dinâmica de atuação.Pi

Suñer (Apud Figún e Garino) menciona que:

“Entre função e forma não há preferência cronológica

nem hierárquica; elas aparecem simultaneamente,

pois uma presupõe a outra. Mas ainda: não passam de

uma e mesma coisa!” .

É fundamental, conhecer a anatomia básica

(morfologia) de cada dente individualmente,

seuselementos estruturais e as características

comuns a todos, pois, é a partir da combinação do

número, tamanho, forma e situação destas

características que permitem diferenciar cada um

deles (Figura 1).

Por questões de clareza, cabe descreve

ralgumas estruturas dentais elementares de forma

indiv idual izada e suas correlações, fator

imprescindível para a correta reprodução anatômica

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 6: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

dos dentes posteriores durante as restaurações com

resina composta. São elas: cúspides, sulcos, fossas,

pontes de esmalte e cristas marginais.As bases da

reconstrução anatômica das superfícies oclusais dos

dentes posteriores são as cúspides, estruturas em

forma de pirâmide quadrangular com a base voltada

para o corpo do dente, com dimensões, altura e

largura, variadas (Figura 2).

As faces laterais, denominadas de vertentes,

são separas pelas arestas. Essas estruturas recebem

o nome da face do dente que está voltada, como lisas

ou externas e triturantes ou internas, estas últimas

apresentam uma inclinação para o centro do dente e

onde se localizam os pontos de contatos oclusaisque

incidiram sobre a resina restauradora (Figura 3).

Os sulcos são classificados, de acordo com a

sua importância, em principais e secundários. Os

principais são depressões na superfície oclusaldos

dentes, resultantes da não união de duas vertentes de

cúspides opostas, com profundidades e espessuras

variáveis. Estes sulcosatuam como elementos de

delimitação perimetral das cúspides, definindo os

seus limites internos, oclusais.

Existe uma relação direta entre a anatomia das

cúspides e a profundidade dos sulcos, pois quanto

mais altas as primeiras, mais profundos serão os

Page 7: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 1 - genéricos

Dente posterior. Detalhes

Fig. 2 -forma de pirâmide.

Dente posterior com cúspide em

Fig. 3 - principal.

Término da cúspide na região de sulco

Page 8: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

sulcos. É importante lembrar que fatores raciais e a

idade influenciam nestas características (Figura 4a e

4b).

Os sulcos secundários, em número de dois para

cada cúspide, delimitam e direcionam a aresta

triturante. Esses sulcos são mais estreitos e definidos

na região do sulco principal, se alargando quanto mais

p r ó x i m o s e s t ã o d o á p i c e d a c ú s p i d e ,

apresentandoumaforma de um 9 ou uma virgula, o que

lhe permite exercer a sua função primária: liberar a

cúspide do contato oclusal nos movimentos

excursivos. Sua posição delimita a aresta triturante

com uma forma triangular com a parte mais larga e

plana voltada para o ápice da cúspide e a ponta

voltada para o sulco principal, com forma convexa,

para permitir o ponto de contato oclusalcêntrico(Figura

5).

Quando as arestas de cúspides opostas se

unem, na região do sulco principal, dão origem a uma

estrutura denominada de ponte de esmalte,

normalmente encontrada no primeiro molar superior e

no primeiro pré-molar inferior (figura 6a e 6b).

As fossas são determinadas pela aproximação

de três vertentes, sendo depressões mais profundas

do que os sulcos. Recebem o nome de acordo com a

área oclusal que ocupa, sendo denominadas em

Page 9: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 4a - Sulco principal raso.

Fig. 4b - Sulco principal profundo.

Fig. 5 - Sulcos secundários.

Page 10: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 6a - Desenho esquemático ilustrando a presença da ponte de esmalte.

Fig. 6b - Ponte de esmalte no primeiro molar superior.

Fig. 7a - Desenho esquemático ilustrando as fossas mesial, central e distal.

Fig. 7b - Fossas mesial, central e distal. Cristas marginais mesial e distal

Page 11: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

mesial, central ou distal. As cristas marginais são

eminências alongadas de secção triangular nas

proximais das faces oclusais dos dentes posteriores,

unindo as cúspides vestibulares e linguais ou

palatinas (Figura 7a e 7b).

Com o tempo, os dentes apresentam as facetas

de desgaste resultantes da função e dos movimentos

oclusaisexcursivos. Essas regiões não podem ser

restauradas, pois resultará em contatos oclusais

Fig. 8a - Presença de desgaste dental. Vista proximal.

Fig. 8b - Presença de desgaste dental. Vista oclusal.

Page 12: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

prematuros ou de interferência e a restauração não se

ajustará funcionalmente ao sistema mastigatório

(Figura 8a e 8b).

2.1 Primeiro molar superior

O primeiro molar superior apresenta quatro

cúspides, com as cúspides vestibulares, mesial e

distal equivalentes, com discreto aumento para a

mesial. Ascúspides palatinas se caracterizam por uma

cúspide mesial bem volumosa e a distal bastante

plana e reduzida. O sulco principal central, em forma

de Y invertido, separa as cúspides vestibulares entre si

e da mesio-palatina. E um sulco em forma de V

invertido,na distal, separa a cúspide disto-palatina

das vestíbulo-distal e da mesio-palatina. Quando o

sulco principal é nítido, entre as cúspides palatino-

mesial e vestíbulo-distal, origina-se uma linha oblíqua.

Se ausente, forma uma ponte de esmalte, mantendo

essas cúspides unidas. Os sulcos secundários são

bem visíveis nas laterais das cúspides, resultando em

arestas triturantes definidas. A mesa oclusal apresenta

uma forma de 9 com o sulco principal deslocado para

vestibular. Os contatos oclusais ocorrem nas cristas

marginais proximais e nas arestas triturantes das

cúpides (Figura 9).

2.2 Segundo molar superior

O segundo molar superior apresenta características

Page 13: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

anatômicas, como perímetros cuspídeos e sulcos

principais, muito semelhantes ao primeiro molar

superior, se diferenciando pela falta da ponte de

esmalte. Pelo fato de ter o volume menor e reduçãoou

ausência da cúspide disto-palatina, não apresenta o

sulco ocluso-palatino (V invertido). A mesa oclusal

perde a forma de 9 e se torna semelhante a um

coração, levemente inclinada para mesial, se

Fig. 9 - Primeiro molar superior. Vista oclusal.

Fig. 10 - Segundo molar superior. Vista oclusal.

Page 14: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

adequando à forma do arco dental. Os contatos

oclusais se assemelham ao doprimeiro molar, exceto

quando há ausência da cúspide palatina(Figura 10).

2.3 Primeiro pré-molar superior

O primeiro pré-molar superior tem duas cúspides, com

a vestibular mais volumosa e mais alta do que a

palatina, que apresenta grande inclinação paramesial,

para permitir a movimentação excursiva da

mandíbula. Possui um sulco principal bastante

definido, longo e mais deslocado paraa palatina,

quando comparado com o segundo pré-molar. Os

sulcos secundários são bem deslocados para as áreas

proximais, não sendo muito nítidos na cúspide

palatina, chegando a ficarem ausentes, resultando

numa aresta vestibular triturante nítida e uma palatina

discreta. Os contatos oclusais acontecem nas cristas

marginais proximais e um tripoidismo na cúspide

palatina (Figura 11a e 11b).

2.4 Segundo pré-molar superior

O segundo pré-molar superior, tal como o primeiro,

apresenta duas cúspides, porém mais proporcionais,

embora a vestibular ainda se mantenha maior, com um

sulco principal curto e mais central que no primeiro

pré-molar. Os sulcos secundários são nítidos, longos e

deslocados para as proximais na cúspide vestibular,

mais pronunciados na cúspide vestibular e rasos e

Page 15: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

menos nítidos na cúspide palatina, resultando em

arestas triturantes mais definidas na vestibular e

discretas na palatina, bem parecido com o primeiro

pré-molar, porém um pouco mais definidos. Os

contatos oclusais se distribuem de mesma forma que

no primeiro pré-molar (Figura 12a e 12b).

2.5 Primeiro molar inferior

Este é o maior dente da arcada, com maior

volume de coroa clínica e cinco cúspides, que em

ordem decrescente são denominadas de mesio-

vestibular, mesio-lingual, disto-lingual, mediana-

vestibular e disto-vestibular. Apresentauma estrutura

de baixo relevo (a divisão da cúspide média da disto-

vestibular) no ponto onde ocorre a oclusão da crista

transversa (ponte de esmalte) com a superfície do

primeiro molar superior, que é uma estrutura de alto

relevo. O sulco principal central possui o desenho de

um M, com a cúspide média-vestibular avançando

além do limite do sulco principal e separando as

cúspides mesial e distal da face lingual. O dente tem

três sulcos principais verticais: ocluso-lingual, ocluso-

vestibular distal, este reduzido e inclinado para a face

distal; e ocluso-vestibular mesial, paralelo ao eixo do

dente, se caracterizando por terminar em um fossa. Os

pontos de contatos se distribuem como mostra a figura

abaixo (Figura 13).

Page 16: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 11a - Primeiro pré-molar superior. Vista oclusal.

Fig. 11b - Primeiro pré-molar superior. Vista proximal.

Fig. 12a - Segundo pré-molar superior. Vista oclusal.

Fig. 12b - Segundo pré-molar superior. Vista proximal.

Page 17: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

2.6 Segundo molar inferior

Este dente apresenta quatro cúspides, em

ordem decrescente denominada demesio-vestibular,

mesio-lingual, disto-vestibular e disto-lingual. A mesio-

vestibular é geralmente mais baixa e desgastada,

pelos contatos oclusais. O sulco principal central,

assume a forma aproximada de uma cruz, porém não

perfeita, pois o sulco vestibular não encontra o sulco

lingual. Possui, ainda, dois sulcos principais verticais:

ocluso-lingual e ocluso-vestibular. Os pontos de

contato se distribuem como mostra a figura (Figura

14).

2.7 Primeiro pré-molar inferior

O primeiro pré-molar inferior é bi-cuspidado,

apresentando uma cúspide l ingual pouco

desenvolvida, bem menor que a cúspide vestibular. Há

um sulco principal central mesio-distal separando as

duas cúspides e deslocado para a lingual, sendo

interrompido pela ponte de esmalte. Assim como nos

pré-molares superiores, ocorre a presença de sulcos

secundários bem abertos, direcionados para proximal.

O dente apresenta duas fossas, uma mesial e outra

distal, sendo essa maior e deslocada para a lingual.

Possui uma mesa oclusal com formato ovóide

(triangular). A crista marginal mesial é bem maior do

que a distal e apresenta um sulco mesial que se

Page 18: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 13 - Primeiro molar inferior. Vista oclusal.

Fig. 14 - Segundo molar inferior. Vista oclusal.

Fig. 15 - Primeiro pré-molar inferior. Vista oclusal.

Page 19: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

estende para o lingual (Figura 15).

2.8 Segundo pré-molar inferior

O segundo pré-molar inferior é bi-cuspidado ou

tri-cuspidado, apresentando uma ou duas cúspides

linguais, respectivamente, mas sempre menores do

que a cúspide vestibular. Mostra forma variada, quanto

àda mesa oclusal, podendo se apresentar em formato

quadrangular, trapezoidal ou triangular.

Quando quadrangular ou trapezoidal,apresenta

3 cúspides, um sulco principal central em forma de Y e

três fossas, uma mesial, uma distal e a terceira

central, esta mais deslocada para lingual e para distal.

Fig. 16a - Segundo pré-molar inferior. Vista oclusal.

Fig. 16b - Segundo pré-molar inferior. Vista proximal.

Page 20: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Se o dente possui 2 cúspides, tem uma forma

triangular, com um sulco principal central mesio-

distal separando as duas cúspides e deslocado para

lingual. Além disto, possuiduas fossas, uma mesial e

outra distal, como vimos no primeiro pré-molar. O s

pré-molares inferiores possuem um sistema de

contatos oclusais direcionados a fossas e não a

cristas, como nos pré-molares superiores (Figura

16a e 16b).

Page 21: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

3. Tecidos Dentais

Basicamente, o dente é formado por três tecidos

duros: esmalte, dentina e cemento; e um mole: a polpa

(Figura 17).

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 17 - mostrando as estruturas internas de um dente posterior.

Dente natural após corte sagital,

Fig. 18 - dentina (tubular).

Fotomicrografia com 2.000x de aumento, ilustrando a

A dentina é um tecido histologicamente complexo,

predominantemente tubular, com a presença de

umidade e prolongamentos odontoblásticos (Figura

18).

Page 22: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Tais fatores tornam este tecido opaco. Quando

iluminado, dificulta a passagem da luz por sua

superfície, absorvendo e refletindo parte dela. A

espessura da dentina é maior no terço cervical e

decresce em direção ao terço incisal/oclusal,

terminando de forma irregular com projeções de

dentina.

Já o esmalte dental apresenta uma histologia

mais simples, sendo constituído, na sua maioria, de

tecido mineralizado, o que o torna mais translúcido,

consequentemente se deixando atravessarmais

facilmente pela luz, com pouca absorção e refração.

Sua espessura apresenta-se de forma inversa à da

dentina, sendo delgada no terço cervical aumentando

em direção ao terço incisal/oclusal. Esta parte,

incisal/oclusal, que é composta predominantemente

de esmalte, interage de forma mais intensa com a luz,

produzindo efeitos ópticos, como opalescência e

contra-opalescência, além de mostrarvariáveis graus

de translucidez e opacidade. Tudo isto, porém,

depende da arquitetura natural de cada dente. Tal

conjunto de fatores torna sua reprodução um dos

grandes desafios da odontologia restauradora (Figura

19 e 20).

O que define a cor do dente é a dentina. E a

intensidade da cor, é definida pela espessura do

Page 23: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

esmalte. Por isso, é preciso conhecer o formato e as

diferentes espessuras que o esmalte e a dentina

apresentam nas diferentes regiões dos dentes

naturais para obter um bom resultado estético da cor

nas restaurações com resina composta (Figura 21).

Fig. 19 - Fenômeno da opalescência dental.

Fig. 20 - dental.

Fenômeno da contra-opalescência

Fig. 21 - Espessura da dentina e esmalte dental.

Page 24: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Além do esmalte e dentina, a polpa é outro tecido

dental muito importante nesta correlação, uma vez

que a sua condição de vitalidade influencia

diretamente a aparência dos dentes. Principalmente

em dentes jovens, pelo fato da dentina ser

extremamente translúcida e delgada. Mas a polpa

também tem a função de formar dentina terciária,

tecido mais calcificado o que dá aspecto mais escuro

na cor dos dentes naturais.

Sendo assim, os dentes, quando o indivíduo é

jovem, apresentam uma cor esbranquiçada, branco-

leitosa ou azulada, refletindo uma baixa calcificação e

grande espessura do esmalte e da hipocalcificação da

dentina. Com o passar do tempo e a presença de

fatores agressores, ocorre maior calcificação dos

tecidos dentais, este adquire uma cor mais amarelada,

resultado de maior translucidez e menor espessura do

esmalte e maior cromatização da dentina.

Page 25: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

4. Resinas Compostas

As resinas compostas representam hoje, um dos

materiais mais usados nas clínicas odontológicas,

com um arsenal de recursos que oferece condições

para solucionar as diversidades clínicas, com ênfase

especial à estética.(Figura 22)

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 22 – Kit resina composta: Esmalte cromático, esmalte

acromático, esmalte de efeito edentina.

Para auxiliar no uso destes materiais, na clínica,

existe uma variedade de instrumentos, como espátulas

e pincéis, essenciais para sua inserção e manipulação,

conferindo características que melhoram a adaptação

e estética das restaurações em dentes anteriores e

posteriores. Por exemplo,brunidores (Cosmedent M1

e 26-30 ou Hu-friedy BB26/27SBR), sonda clínica

delgada nº 05 (Hu-Friedy; Duflex; Golgran) e pincéis n°

0, 1, 2 e 3 (Cosmedent, Kota, Corfix, Tigre série

SableTouch 486 e Pinctore).

Page 26: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Para obter uma restauração que reproduza

adequadamente a estética e função dos dentes

naturais, é necessário o conhecimento dos recursos

oferecidos pelas resinas compostas, a manipulação e

a instrumentação deste material e, principalmente, o

desenvolvimento de uma técnica restauradora

adequada.

4.1 Classificação das resinas compostas

As resinas compostas atuais são classificadas

de forma variada, de acordo, principalmente, com

suas características químicas e físicas. Entretanto,

para o clínico,a forma mais prática de observar estes

materiais é quanto às suas viscosidades,

propriedades mecânicas (partículas inorgânicas) e

ópticas (esmalte e dentina). Tais propriedades devem

ser encontradas em um único sistema de resina,

permitindo ao operador mimetizar as diferenças

clínicas apresentadas nos dentes naturais e indicá-las

para restaurações de dentes anteriores e posteriores.

A) Classificação segundo a viscosidade

As resinas compostas se apresentam, quanto à

viscosidade, como alta, média e baixa. As resinas de

alta viscosidade são conhecidas comercialmente

como condensáveis ou compactáveis, apresentando

como principal característica a resistência ao

escoamento, quando submetida a pressão. São

Page 27: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

desenvolvidas para restaurar dentes posteriores de

forma similar ao amálgama, sob condensação /

compactação, e facilitar a obtenção do ponto de

contato inter-proximal sem uso de artifícios especiais.

Porém, as características físicas e a alta opacidade

desse material não corresponderam às expectativas

clinicas, o que o tornou pouco utilizado nos

consultórios. (Figura 23)

Fig. 23 - Resina composta condensável – Alta viscosidade.

As resinas de média viscosidade são as mais

usadas. Conhecidas como resinas universais,

inseridas nas cavidades com o auxílio de espátulas,

são utilizadas para restaurar dentes posteriores e

anteriores, apresentando um vasto recurso de cor e

propriedades ópticas, o que lhe confere vantagem

estética. (Figura 24)

As resinas de baixa viscosidade, conhecidas

comercialmente como flow, são armazenadas em

seringas e inseridas, no dente com ponteiras

Page 28: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

específicas, o que facilita a sua aplicação em

cavidades pequenas, áreas irregulares e ângulos

formados pelas paredes. Com isto, melhoram a

adaptação geral das resinas usadas na restauração

final, favorecendo a adesão e reduzindo a

possibilidade de falhas marginais. Apresentam um

baixo módulo de elasticidade, o que oferece à

restauração maior flexibilidade, compensando a

contração que a polimerização produz. Neste sentido,

diminui o fator de configuração (Fator C) e,

consequentemente, o stress interno e a competição

entre as forças de contração e de adesão, melhorando

o selamento marginal e a longevidade da

restauração.(Figura 25)

B) Classificação segundo as partículas

Foram efetuadas grandes mudanças no

formato, tipo, tamanho e concentração das partículas

inorgânicas das resinas compostas, interferindo nas

Fig. 24 - Resina composta universal – média viscosidade.

Page 29: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Fig. 25 - baixa viscosidade.

Resina composta flow –

características mecânicas e ópticas destes materiais.

As resinas podem ser classificadas, quanto ao

tamanho das partículas: macro-particuladas, micro-

particuladas, híbridas, micro-híbridas, nano-híbridas e

nano-particuladas. As resinas de tecnologia

nanométrica ganharam inovações tecnológicas,

emsua fabricação. O resultado se traduz por alta

resistência abrasiva, lisura superficial e manutenção

do brilho, fatores que recomendam sua indicação para

restaurar os dentes anteriores e posteriores, por isto

considerada como resinas universais.(Figura 26)

Fig. 26 - Resina composta micro-hibrida.

Page 30: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Segundo Hirata (1999), esta é a forma mais

simples de classificar as resinas, mas que pode

confundir e atrapalhar mais do que realmente auxiliar o

profissional. O autor menciona, ainda, que a maneira

mais indicada de classificar as resinas compostas é

quanto às suas propriedades ópticas.

C) Classificação segundo as propriedades ópticas

Quanto às propriedades ópticas, as resinas

podem ser classificadas comoresina para dentina,

para esmalte cromático, para esmalte acromático e

para esmalte de efeito (Figura 27a e b).

Fig. 27a - ópticas.

Classificação das resinas de acordo com as propriedades

Page 31: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

As resinas para esmalte, assim como o tecido

natural, devem ter a capacidade de refletir, absorver e

transmitir a luz através da sua massa, apresentando

menor opacidade e maior translucidez do que a massa

para dentina. Além disto, devem possuir as

características ópticas de opalescência, contra-

opalescência e alto brilho. Segundo Baratierri (1999),

as resinas para esmalte são divididas em três grupos:

esmalte branco, esmalte genérico e esmalte

transparente.

Os esmaltes brancos são massas de resinas sem

matiz (cor) e croma, apresentam somente o valor

(luminosidade), divididas em alto, médio e baixo valor.

As massas de alto valor,menos translúcidas e mais

esbranquiçadas, são usadas para repor o esmalte de

pacientes jovens, que é espesso e branco, e de dentes

clareados, que apresentam alto valor e menor

translucidez. Por sua vez, os esmaltes de baixo valor

são usados em pacientes de mais idade, que

apresentam o esmalte mais translúcido e fino. (Figura

28a)

Figura 27b - Classificação das resinas de acordo com as propriedades ópticas.

Page 32: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

As massas de esmaltes genéricos, dependendo

do fabricante, são identificadas nos produtos pelas

das letras A, B, C ou D, e os números 1 a 4,

acompanhados ou não pelas letras E (esmalte) ou

pelo próprio nome ESMALTE. São conhecidas

comercialmente como esmaltes de cor. (Figura 28b).

Figura 28a -Resina para esmalte esbranquiçado VL e VH.

Fig. 28b - Resina para esmalte cromático EA2.

Os esmaltes transparentes dividem-se em dois

grupos: esmaltes de efeito e esmaltes acromáticos.

As massas de efeito são translúcidas, com um

pigmento intrínseco, permitindo seu uso em áreas

Page 33: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

restritas e reproduzindo os efeitos do esmalte natural,

como nas áreas incisais dos dentes e a sua

opalescência e contra-opalescência. Estes esmaltes

são identificados pela letra “T” (transparente), seguida

do pigmento de efeito, como “TY” (transparente

yelow/amarelo), “TB” (transparente blue/azul). O outro

grupo de esmaltes, os acromáticos, não apresenta

pigmentos e são mais translúcidos, chegando a serem

transparentes com finas camadas. São identificados

pelas letras “T” (translúcido), C (clear), SC

(superclear), I (incisal), entre outros. São utilizados

para imitar a camada transparente de esmalte natural

em pacientes idosos e regiões palatinas.

Fig. 28 - Resina esmalte acromático T Neutral.

As resinas para dentina devem possuir as

características ópticas da dentina natural: opacas,

fluorescentes e saturadas, para que consiga

processar a luz (absorção e refração) de forma

idêntica. Dependendo do fabricante, são identificadas,

nos produtos, pelas letras O (opaca), D (dentina), UD

(dentina universal), ou pelos nomes Body, Dentin,

Page 34: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

Dentina, Corpo, antecedendo as letras A, B, C ou D,

que representam o nome da cor (matiz); e dos números

1 a 4, que representam a intensidade da cor (croma ou

saturação). Além destas massas padrão para dentina,

alguns fabricantes apresentam uma massa mais

opaca, indicada para mascarar com uma camada os

substratos dentinários escuros. (Figura 29a e b)

Fig. 29a - Resina para dentina de corpo DA2.

Fig. 29b - Resina para dentina de efeito OP.

4.2 Estudo da Cor

O estudo da cor em resina composta deve

abranger cinco dimensões: matiz, croma, valor,

opalescência e fluorescência. O matiz representa o

nome, a família ou o grupo da cor, como azul,

vermelho, verde. Em res inas compostas

convencionalmente definiu-se a existência de quatro

matizes: A (marrom), B (amarelo), C (cinza) e D

Page 35: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

(vermelho), facilmente identificados nas bisnagas

pelas letras A, B, C ou D. Nos dentes naturais

encontramos com maior freqüência o matiz marrom

(A), seguido do amarelo (B), numa proporção de 7 para

3. Raramente o dente possui matiz vermelho (D) -

talvez cerca de 5% dos casos - sendo esse matiz

usado para realçar as características do dente. O

matiz cinza (C), também raro, é encontrado em dentes

com tratamento endodôntico ou que foram

pigmentados por metal (amálgama). Hoje, nas clinicas

odontológicas, com os recursos conservadores que se

dispõe, como o clareamento dental e os sistemas

adesivos, que apresentam um alto padrão de estética,

não é mais aceita a manutenção dos matizes vermelho

(D) e cinza (C), procurando modificá-los para matizes

mais agradáveis esteticamente (A e B).

O croma é definido como intensidade ou

saturação de um matiz de cor, representando o quanto

de pigmento foi incorporado a este elemento, o quanto

uma cor é forte ou fraca dentro do seu grupo ou família.

É identificado nas bisnagas das resinas compostas

pelanumeração inteira e gradual, seguindo a escala

VITAPAN Classical (VITA), de 1 a 4, após as letras que

identificam o matiz (A, B, C ou D) (Figura 30a). Hoje,

porém, o produto já apresenta variações ou intervalos,

como 0,5, 1,5, 2,5, o que permite um maior recurso

para o profissional reproduzir a saturação da cor

Page 36: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

natural dos dentes. Para facilitar este procedimento os

fabricantes estão apresentando as escalas próprias,

feitas com as resinas de uso clínico e com espessuras

variadas.(Figura 30b)

Fig. 30a - Escala de cor VITAPAN Classical, VITA.

Fig. 30b - Escala de cor da Resina OPALLIS - FGM.

O valor, também chamado de brilho, refere à

quantidade de branco ou cinza em um objeto, ou seja,

a escala dos vários tons de cinza. Este fenômeno

define a vitalidade de um dente determinando uma

sensação de profundidade ou não. Quando erramos o

valor da resina, as restaurações ficam com aspecto

Page 37: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

esbranquiçado ou acinzentado. (Figura 31)

Fig. 31 – Resinas com a sua diversidade de propriedade ótica, matiz e croma.

A luz visível é composta por ondas eletromagnéticas,

cujos comprimentos vão de aproximadamente 400

nm (azul) a 700 nm (vermelho). Quandoa luz incide

sobre partículas menores do que os comprimentos

das ondas que a compõem, ocorre a dispersão

(espalhamento) desta. Como o esmalte possuicristais

de hidroxiapatita, que são muito menores do que

400 nm, a luz, ao penetrá-lo, sofre a dispersão de

suas ondas de menor comprimento. O resultado é o

aspecto azulado nas áreas não sobrepostas pela

dentina. Já as ondas de comprimento maior,

correspondentes às cores laranja e vermelho, têm

maior dificuldade para sofrer dispersão. Com isto,

Page 38: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

atravessam o esmalte, dando uma coloração

alaranjada, no dente, quando o observamos com a

fonte de luz por trás. É como se o esmalte dental

funcionasse como um filtro, que segura as cores

azuladas e deixa passar as cores avermelhadas.

Esse fenômeno é conhecido como opalescência

econtra-opalescência, respectivamente (Figura 32).

Fig. 32 - Fenômeno da opalescência e contra-opalescência dental.

A fluorescência é uma manifestação luminosa

em que moléculas são excitadas por absorção de uma

radiação eletromagnética. Os dentes naturais emitem

uma forte fluorescência sob baixa ação de uma

emissão ultra violeta (UV). Ao penetrar o esmalte e

alcançar a dentina, os raios UV excitam a foto-

sensibilidade da dentina, deixando-os mais brancos e

mais brilhantes sob a luz do dia, dando ao dente

natural seu aspecto mais vivo, com uma faixa de

emissão de espectro que vai desde o branco intenso

Page 39: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

até o azul claro. A energia que o dente absorve é

convertida em uma luz com comprimentos de onda

maiores, fazendo com que o dente, neste caso torne-

se uma “fonte de luz”, fenômeno denominado

fluorescência dentária. (Figura 33).

Fig. 33 - Propriedade ótica de fluorencência dental.

Segundo Dietschi (1977), a fluorescência

dentária fornece uma importante contribuição a sua

aparência estética. A técnica consiste em manipular os

materiais restauradores no sentido de apresentarem

as características ópticas citadas para reproduzir a

aparência natural da estrutura dentária. Caso

contrário, quando submetidas à luz escura,negra ou

ultravioleta, ficará evidente sua baixa propriedade

fluorescente, evidenciando um aspecto artificial para a

restauração.

As dificuldades encontradas para obter sucesso nas

restaurações com resina composta consistem no fato

de ser necessário utilizar massas variadas para

reproduzir o policromatismo dos dentes. Isto é, que

Page 40: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

respeitem suas propriedades ópticas e as variações

das espessuras das estruturas naturais, dentina e

esmalte, que influenciam diretamente na saturação,

translucidez e luminosidade da cor.

Outro ponto crítico é que as características das

massas de resinas mudam de acordo com o sistema

restaurador, tornando ainda mais difícil a reprodução

natural dos dentes. Por isto, o profissional deve

conhecer as características específicas dos sistemas

de resinas compostas para poder tirar maior proveito

destes materiais, evitando trocá-los a cada novo

sistema lançado no mercado. Assinale-se que, se o

fizer, que seja de forma gradual.

Os dentes posteriores caracterizam-se por

apresentar uma grande espessura de esmalte na

superfície oclusal. Tal condição, determina queo valor,

para as restaurações de dentes posteriores, se mostra

mais importante do que o matiz e o croma, o que

simplifica a seleção da resina para obtenção da cor

para essas restaurações. Mas, é fundamental acertar

a espessura do esmalte e suas características

individuais de translucidez e opacidade.

Os dentes posteriores possuem um alto grau de

cromatização (saturação) e uma opacidade mediana.

Para determinar a cor da dentina, usamos materiais

que apresentem uma saturação e opacidade

Page 41: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

compatíveis com esta área. As massas de dentina

mais usadas para essas áreas são: A2, A3, A3,5 ou B3.

(Figura 34)

Fig. 34 - Aspecto da aplicação da massa de dentina.

A seleção da camada intermediária, o esmalte

genérico, terá o croma da própria cor do dente, sendo

os mais usados A2, A1 ou B1. Estas resinas são

menos opacas do que as massas de dentina,

permitindo uma transmissão apropriada da luz. Sobre

essa camada será feito o design da anatomia oclusal,

com a distribuição das cúspides e a aplicação dos

corantes, para em seguida por a camada final de

esmalte translúcido. (Figura 35)

Nas restaurações com resinas compostas em

dentes posteriores, os corantes mais usados na

região dos sulcos principais oclusais são o ocre ou o

marrom claro, com o objetivo de evidenciar a

Page 42: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

separação das cúspides quebrando o efeito

monocromático da resina de esmalte que foi aplicada;

o corante branco, cinza ou azul, são usados nas cristas

e vertentes, criando um aspecto de profundidade na

escultura; e um corante preto ou marrom escuro é

usado nas fossas e em alguns pontos do sulco central,

imitando a dentina esclerosada. Devemos evitar a

aplicação dos corantes, independente da cor, nos

sulcos secundários e margens das restaurações.

A camada mais superficial é feita com esmalte

acromático ou de efeito, possui um alto grau de

translucidez, o que permite a passagem da luz e a

cromatização do dente pelas camadas de resinas

abaixo e corantes. É nessa camada que reconstruímos

as estruturas oclusais, como vértices, pontas de

cúspides, cristas marginais e transversas. As resinas

Figura35 – Aspecto da aplicação da massa de esmalte cromático.

Page 43: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

12

mais usadas para essa camada são: as transparentes

esbranquiçadas (dentes jovens) VH, VM ou VL

(Opallis- FGM). As mais usadas em dentes mais

velhos são as transparentes amareladas,como a T

yelow (Opalis - FGM). (Figura 36a e b)

Fig. 36a - Aspecto da aplicação da massa de esmalte acromático ou de efeito.

Fig. 36b - Aspecto óptico final da restauração.

Page 44: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

5. Sistemas Adesivos

Os sistemas adesivos atuais podem ser

classificados de acordo com a forma como eles

interagem com a lama dentinária. Esta classificação

resulta em duas estratégias adesivas e quatro tipos de

sistemas adesivos (PERDIGÃO, 2010):

1) Sistemas adesivos que incluem uma etapa de

condicionamento ácido total separado: normalmente

c o m á c i d o f o s f ó r i c o 3 0 - 4 0 % , a p l i c a d o

simultaneamente em esmalte e dentina para remover

a camada de lama dentinária e hidroxiapatita

superficial; (Figura 37 e 38)

a. Adesivos de três passos (ácido + primer + adesivo).

b. Adesivos de dois passos (ácido + primer / adesivo).

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 37 - Ácidofosfósrico a 37% Fig. 38 - Adesivo de dois passo

Page 45: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

2) Sistemas adesivos autocondicionantes que

não dependem de uma etapa separada de

condicionamento ácido total, que incluem uma

solução de monômero acídico que não é lavada,

tornando a camada da lama dentinária permeável sem

removê-la completamente; (Figura 39)

a. Adesivos autocondicionantes de dois passos (

primeracídico + adesivo).

b. Adesivos autocondicionantes de um passo (solução

única).

Fig. 39 - Adesivoautocondicionante de dois passos

Page 46: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

6. Técnica de Estratificação e Anatomização Oclusal - Sequencia Operatória

1) Cavidade Oclusal

2) Adesivo

3) Resina fluida

4) Resina de Dentina

5) Resina de EsmalteCromático

a) Definição do ponto inicial da escultura

b) Delimitação das cúspides

c) Aplicação dos corantes

6) Resina de Esmalte Efeito

a) Construção das cúspides

b) Distribuição da resina

c) Confecção dos sulcos secundários

d) Definição da Aresta triturante (extensão e

direção)

e) Determinação dos pontos de contatos

7) Acabamento e polimento

8) Polimerização final

8

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 47: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Descrição da Técnica

6.1 Primeiro molar superior

A Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I de

média profundidade e extensão foi selecionadapara o

desenvolvimento da estratificação e escultura oclusal

com resina composta.(Figura 1)

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I.

O adesivo dentinário é aplicado de forma ativa

esfregando o aplicador contra as paredes da cavidade

por 20 segundo, em seguida um leve jato de ar é usado

pelo mesmo tempo para remover o carreador. Em

seguida polimerizado por 10 segundos. (Figuras 2, 3,

4, 5 e 6)

Fig. 2 - Aplicadores de adesivo Fig. 3 - Sistema adesivo usado

Page 48: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

A Resina fluida é aplicada em pequena

espessura, aproximadamente 0,5 mm, nos ângulos

formados pela parede pulpar com as circundantes

(vestibular, mesial, lingual e distal) arredondando os

ângulos vivos formados entre essas paredes

facilitando a adaptação da resina nestas áreas. Para

Fig. 4 - Aplicação do adesivo dentinário

Fig. 5 - Adesivo dentinário aplicado

Fig. 6 - Fotoativação do adesivo dentinário por 10 segundos

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 49: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

garantir a polimerização da resina é aplicada a luz por

40 segundos. (Figuras 7, 8 e 9)

Fig. 7 - Aplicação da Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 8 - Resina fluida aplicada

Fig. 9 - Fotoativaçãoda Resina fluida por 40 segundos

A resina de dentina utilizada é na cor A3,

aplicada em 2 camadas (vestibular e lingual)

distribuídas horizontalmente, nivelando a parede de

fundo (pulpar) limitando o espaço para as resinas de

Page 50: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

esmalte (cromático e efeito) em 2mm, usando como

referência a ponta ativa maior do brunidor (Hu-friedy

BB26/27SBR). Cada camada é fotopolimerizada

separadamente para controlar a contração de

polimerização da resina. (Figuras 10, 11, 12, 13 e 14)

Fig. 10 - Aplicação da primeira camada de Resina de dentina, face vestibular

Fig. 11 - Primeira camada de Resina de dentina, face vestibular

Fig. 12 - Fotoativaçãoda Resina por 10 segundos

Page 51: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 13 - Segunda camada de Resina de dentina, face Lingual

Fig. 14 - Fotoativaçãoda Resina por 10 segundos

A resina de esmalte cromático utilizada é na cor

A2. Uma única camada é aplicada sobre a dentina,

distribuída horizontalmente, limitando o espaço para

as resinas de esmalte de efeito em 1mm, usando como

referência a ponta ativa menor do brunidor. (Figuras 15

e 16)

Fig. 15 - Aplicação da camada de Resina de esmalte

Page 52: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 16 - Camada de Resina de esmalte

Sobre essa resina é feito a delimitação das cúspides

utilizando o explorador n.o5, cortando toda a massa

em partes correspondentes às cúspides, para

controlar a contração de polimerização. O início da

escultura se determina utilizando linhas imaginárias

de referencias que dividam a superfície oclusal dos

dentes em quadrantes. No primeiro molar

superioreste ponto está localizado mais pra

vestibular, quando a referência é a linha mésio-distal

(linha azul), e mais para mesial, quando a referência é

a linha vestíbulo-palatina (linha vermelha).

(Figuras17, 18 e 19)

Fig. 17 - Referência para Localização do ponto inicial da escultura

Page 53: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 18 - Localização do ponto inicial da escultura

Fig. 19 - Ponto inicial da escultura

A partir deste ponto a resina de esmalte é cortada em

direção vestibular confeccionando o sulco vestíbulo-

oclusal, separando as cúspides vestibulares mesial e

distal. (Figuras 20 e 21)

Fig. 20 - Confecção do sulco vestíbulo-oclusal

Page 54: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

A partir deste ponto a resina de esmalte é

cortada em direção mesial confeccionando o sulco

mésio-oclusal, separando as cúspides mésio-

vestibular da mésio-palatina, e depois para distal,

formando o sulco disto-oclusal, separando as

cúspides disto-vestibular da mésio-palatina. (Figuras

22 e 23)

Fig. 21 - Sulco vestíbulo-oclusal separando as cúspides vestibulares mesial e distal

Fig. 22 - Sulco mésio-oclusal, separando as cúspides mésio-vestibular da mésio-palatina.

Fig. 23 - Sulco disto-oclusal, separando as cúspides disto-vestibular da mésio-palatina.

Page 55: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Ao final do sulco mésio-oclusal é confeccionado

o lóbulo mesial em direção à crista marginal

mesial.(Figura 24)

Fig. 24 - Lóbulo mesial

Ao final do sulco disto-oclusal é confeccionado o

sulco palatino-oclusal, separando a cúspide disto-

palatina das cúspides disto-vestibular e mésio-

palatino. (Figura 25)

Fig. 25 - Sulco palatino-oclusal, separando a cúspide disto-palatina das cúspides disto-vestibular e mésio-palatino.

Ao final do sulco disto-oclusal é confeccionado o

lóbulo distal em direção à crista marginal distal.

(Figura 26)

Page 56: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Em seguida é feita a fotoativação da resina de

esmalte por 10 segundos (Figura 27)

Fig. 26 - Lóbulo distal

Fig. 27 - Fotoativação da resina por 10 segundos

Os corantes são aplicados utilizando um pincel de

ponta fina no.0. O corante branco é usado na área

interna das cúspides correspondente aos futuros

pontos de contatos oclusais das arestas triturantes,

caracterizando um esmalte trincado quando na

presença da luz, fotopolimerizado por 10 segundos.

(Figuras 28, 29, 30 e 31)

Page 57: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 28 - Pincel com o corante branco

Fig. 29 - Corante branco aplicado

Fig. 30 - Corante branco

Fig. 31 - Fotoativaçãodo corante branco por 10 segundos

Page 58: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

O corante ocre é aplicado no sulco principal

oclusal, eliminando o aspecto monocromático da

resina evidenciando a separação das cúspides e

polimerizado por 10 segundos. (fig 32, 33, 34 e 35)

Fig. 32 - Pincel com o corante ocre

Fig. 33 - Aplicação do corante ocre

Fig. 34 - Corante ocre aplicado

Page 59: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 35 - Fotoativaçãodo corante ocre por 10 segundos

O corante marron escuro é aplicado nas fossas

(mesial, central e distal) de forma aleatória,

caracterizando uma dentina esclerosada (cárie) e

polimerizado por 10 segundos. (Figuras36, 37, 38 e

39)

Fig. 36 - Pincel com o corante marron escuro

Fig. 37 - Aplicação do corante marron escuro

Page 60: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 38 - Corante marron escuro aplicado

Fig. 39 - Fotoativaçãodo corante marron escuro por 10 segundos

A última camada de resina é o esmalte de efeito

de alto valor, usada para confeccionar as estruturas

superficiais das cúspides como arestas, vertentes e

sulcos secundários. Cada cúspide é construída

separadamente, caracterizada e polimerizada por 10

segundos. Iniciaremos pela cúspide mésio-vestibular,

a resina é aplicada, com o auxílio do brunidor, sobre o

ângulo cavo-superficial da área delimitada para a

cúspide específica e empurrada para a área central,

correspondente ao sulco principal e espalhada

cobrindo toda a área. (Figuras 40 e 41)

Page 61: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 40 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito na cúspide mesio-vestibular

Fig. 41 - Resina de esmalte de efeito aplicada na cúspide mesio-vestibular

Com o auxílio de um explorador, aplicado nas

áreas laterais da cúspide, são confeccionados os

sulcos secundários, mais estreitos e definidos na

região do sulco principal, alargando quando vai

aproximando do ápice da cúspide, ao final, o sulco

toma uma forma parecida com “9”, determinando dois

lóbulos laterais e uma aresta triturante com a parte

mais larga e plana voltada para o ápice da cúspide e a

ponta voltada para o sulco principal, com forma

convexa, para permitir a formação do ponto de contato

oclusalcêntrico.. Com um pincel para resina no. 3 é

feito o alisamento da resina que é fotopolimerizada por

10 segundos. (Figuras 42, 43, 44, 45, 46, 47 e 48)

Page 62: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 42 - Confecção do sulco secundário mesial na cúspide mesio-vestibular

Fig. 43 - Sulco secundário mesial na cúspide mesio-vestibular

Fig. 44 - Confecção do sulco secundário distal na cúspide mesio-vestibular

Fig. 45 - Sulco secundário distal na cúspide mesio-vestibular

Page 63: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 46 - Alisamento da resina com pincel na cúspide mesio-vestibular

Fig. 47 - Cúspide mésio-vestíbular concluída

Fig. 48 - Fotoativação da resina na cúspide mesio-vestibular por 10 segundos.

Desta forma são construídas as outras cuspídes.

(Figuras 49 a 60)

Page 64: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 49 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito na cúspide mésio-palatina

Fig. 50 - Resina de esmalte de efeito aplicada na cúspide mésio-palatina

Fig. 51 - Sulcos secundários na cúspide mésio-palatina

Fig. 52 - Fotoativaçãoda resina na cúspide mésio-palatina por 10 segundos

Page 65: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 53 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito no lóbulo mesial

Fig. 54 - Fotoativaçãoda resina no lóbulo mesialpor 10 segundos

Fig. 55 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito na cúspide disto-vestibular

Fig. 56 - Fotoativaçãoda resina na cúspide disto-vestibular por 10 segundos

Page 66: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 57 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito na cúspide disto-palatina

Fig. 58 - Fotoativação da resina na cúspide disto-palatina por 10 segundos

Fig. 59 - Aplicação da camada de resina de esmalte de efeito no lóbulo distal

Fig. 60 - Fotoativação da resina no lóbulo distal por 10 segundos

Page 67: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

Após a aplicação da resina de efeito é usado um

selante de carga para vedar eventuais foças e sulcos

profundos que poderiam reter bactérias e resíduos.

(Figuras 61 e 62)

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 61 - Aplicação do selante na oclusal: sulcoprincipal e foças

Fig. 62 - Fotoativaçãoda resina por 10 segundos

O acabamento da restauração, nesta técnica

deve ser bem leve, pois ela permite uma reconstrução

controlada da anatomia oclusal dos dentes, mas

quando feitoé usado uma fresa multilaminada (12

laminas) em forma de pera em baixa rotação, sobre a

resina composta na região do cavo superficial,

removendo todo excesso de resina sobre o esmalte

sadio. (Figura 63)

Page 68: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 63 - Acabamento da restauração

O polimento é feito com pasta diamantada e

escova de carbeto de silíciopassando, de forma suave

e rápido, sobre a resina composta, do centro da

restauração para a periferia. (Figuras 64, 65, 66 e 67)

Fig. 64 - Pasta diamantada

Fig. 65 - Escova de carbeto de silício

Page 69: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 66 - Polimento da restauração

Fig. 67 - Restauração após o acabamento e polimento.

A polimerização final da restauração é feita por 60

segundos, sobre uma camada de gel transparente à

base de água, que cria uma barreira, protegendo a

resina do contato direto com o oxigênio, inibindo a sua

camada de oxi-redução e garantindo a total

polimerização do material.(68, 69, 70, 71 e 72)

Fig. 68 - Gel bloqueador

Page 70: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 69 - Aplicação do gel

Fig. 70 - Gel aplicado

Fig. 71 - Fotoativação final da resina por 60 segundos

Fig. 72 - Aspecto final da restauração

Page 71: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

6.2 Segundo molar superior

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

Fig. 3 - Aplicaçãoda Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

Page 72: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, apresenta as mesmas características do primeiro molar, referências: mésio-distal, mais pra vestibular, e vestíbulo-palatina, mais para mesial.

Fig. 6 - Sulcos e lóbulos

Fig. 7 - Corantes aplicados

Fig. 8 - Cúspide mésio-palatina

Page 73: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 9 - Cúspide mésio-vestibular

Fig. 10 - Lóbulo mesial

Fig. 11 - Cúspide disto-vestibular

Fig. 12 - Cúspide disto-palatina

Page 74: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig.13 - Lóbulo distal

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

6.3 Primeiro pré-molar superior

Page 75: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 3 - Aplicação da Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, referência: mésio-distal, mais pra palatina. Este dente tem a área vestibular maior que a lingual

Fig. 6 - Delimitação das cúspides mostra um sulco central principal longo, com um lóbulo distal e um sulco na mesial

Page 76: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 7 - Corantes aplicados

Fig. 8 - Cúspide palatina, com sulcos secundários suaves e bem abertos

Fig. 9 - Cúspide vestibular, com sulcos secundários mais marcantes e bem abertos

Fig. 10 - Lóbulo distal, restauração concluída

Page 77: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

6.4 Segundo pré-molar superior

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

Fig. 3 - Aplicaçãoda Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

Page 78: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, é igual ao primeiro, referência: mésio-distal, mais pra palatina. Este dente tem a área vestibular maior que a lingual.

Fig. 6 - Delimitação das cúspides mostra um sulco principal curto, com dois lóbulos, distal e mesial, longos e afilados

Fig. 7 - Corantes aplicados

Fig. 8 - Cúspide palatina ,com sulcos secundários suaves e bem abertos

Page 79: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 9 - Cúspide vestibular, com sulcos secundários mais marcantes e bem abertos

Fig. 10 - Lóbulo mesial

Fig. 11 - Lóbulo distal, restauração concluída

Page 80: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

6.5 Primeiro molar inferior

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

Fig. 3 - Aplicaçãoda Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

Page 81: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, referências: linha mésio-distal, mais para lingual, e vestíbulo-palatina, levemente para distal.

Fig. 6 - Sulco ocluso-lingual, separando as cúspides mesio da disto-lingual

Fig. 7 - Sulco vestíbulo-ocluso-mesial, separando as cúspides mesio da médio-vestibular

Fig. 8 - Sulco vestíbulo-ocluso-distal, separando as cúspides médio da disto-vestibular

Page 82: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 9 - União dos sulcos, vejam a formade Y

Fig.10 - Sulco mésio-oclusal e lóbulo mesial, , separando as cúspides mésio-vestibular da mésio-lingual.

Fig. 11 - Sulco disto-oclusal, separando as cúspides disto-vestibular da disto-lingual, e lóbulo distal

Fig. 12 - Pincel com o corante branco

Page 83: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 13 - Corante ocre aplicado

Fig. 14 - Corante marron escuro aplicado

Fig. 15 - Cúspide mésio-vestibular

Fig. 16 - Cúspide mesio-lingual

Page 84: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 17 - Lóbulo mesial

Fig. 18 - Cúspide vestíbulo-medial

Fig. 19 - Cúspide disto-vestíbular

Fig. 20 - Cúspide disto-lingual

Page 85: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 21 - Lóbulo distal, restauração concluída.

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

6.6 Segundo molar inferior

Page 86: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 3 - Aplicaçãoda Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, referências: linha mésio-distal, mais para lingual, e vestíbulo-palatina, levemente para mesial.

Fig. 6 - Sulco ocluso-lingual, separando as cúspides disto da médio-lingual

Page 87: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 7 - Sulco ocluso-vestibular, separando as cúspides distal da mésio-vestibular

Fig. 8 - Delimitação das cúspide, sulcos mesial e distal, separando as cúspides linguais das vestibulares, e os lóbulos mesial e distal.

Fig. 9 - Corantes aplicados

Fig. 10 - Corantes aplicados

Page 88: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 11 - Cúspide disto-vestibular

Fig. 12 - Cúspide disto-lingual

Fig. 13 - Cúspide disto-lingual

Fig. 14 - Lóbulos mesial e distal, restauração concluída.

Page 89: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

6.7 Primeiro pré-molar inferior

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

Fig. 3 - Aplicaçãoda Resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de Resina de dentina

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Page 90: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, referência: linha mésio-distal, mais para lingual.

Fig. 6 - Sulco principal, separando as cúspides vestibular da lingual e lóbulo distal

Fig. 7 - Corantes aplicados

Fig. 8 - Cúspide lingual

Page 91: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig.9 - Cúspide vestibular

Fig. 10 - Lóbulos mesial e distal, restauração concluída

6.8 Segundo pré-molar inferior

Fig. 1 - Cavidade Oclusal Simples Tipo Classe I

Page 92: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 2 - Adesivo dentinário aplicado

Fig.3 - Aplicaçãoda resina fluida nos ângulos pulpo-circundantes

Fig. 4 - Camada de resina de dentina

Fig. 5 - Ponto inicial da escultura, referências: linha mésio-distal, mais para lingual, e vestíbulo-palatina, levemente para distal.

Page 93: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 6 - Sulco principal, separando as cúspides vestibular das cúspides linguais, e os lóbulos mesial e distal

Fig. 7 - Corantes aplicados

Fig. 8 - Cúspide mesio-lingual

Fig. 9 - Cúspide disto-lingual

Page 94: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Fig. 10 - Cúspide vestibular

Fig. 11 - Lóbulos mesial e distal, restauração concluída.

Page 95: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

Referências Bibliográficas

1. ADEPT REPORT. Resin polymerization, v. 6, n. 3, 2000

2. BARATIERI, L. N. et al. Restaurações adesivas diretas com resina composta em dentes posteriores. Odontologia Integrada, Rio de Janeiro: Pedro Primeiro, 1999.

3. BURGESS, J. O. et al. An evaluation of four light curing units comparing soft and hard curing. PractPeriodontAesthet Dent, v. 11, p. 125-132, 1999.

4. CARVALHO, R. M. et al. A review of polymerization contraction: the influence of stress development versus stress relief.Oper Dent,v. 21, p. 17-24, 1996.

5. CHICHE, G. J. The search for a Standart Light-curing Protocol, .Pract. Period. Aesthet. Dent., v. 11, n. 2, p. 260. 1999.

6. CHOI, K. K. et al. The effects of adhesive thickness on polymerization contraction stress of composite. J Dent Res, v. 79, p. 812-817, 2000.

7. CHRISTENSEN, G. J. Acceptability of alternatives for conservative restoration of posterior teeth. J. Esthet. Dent., v. 7, n. 5. 1995.

8. CONDON, J. R.; FERRACANE, J. L. Reduction of composite contraction stress trough non-bonded microfiller particles. Dent Mater,v. 14, p. 256-260, 1998.

9. DAVIDSON, C. L. et al. The competition between the composite dentin bond strength and the polymerization contraction stress. J Dent Res,v. 63, p. 1396-1399, 1984.

10. DAVIDSON, C. L.; FEILZER, A. Polymerization shrinkage and polymerization shrinkage stress in polymer-based restoratives. J Dent,v. 25, p. 435-440, 1997.

11. DAVIDSON, C.L.; DAVIDSON-KABAN, S.D. Handling of mechanical stresses in composite restorations. Dent Update 1998; 25(7): 274-279.

12. DAVIDSON, C.L.; DE GEE, A.J. Relaxation of polymerization contraction stresses by flow in dental composites. J Dent Res. 1984; 63(2): 146-148.

Page 96: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

13. DIETSCHI, D. & DIETSCHI, J. Current Developments in Composite Materials and Techniques, .Pract. Period. Aesthet. Dent. , v. 8, n. 7, p. 603-614.1996

14. DIETSCHI, D; MAGNE, P.; HOLZ, J. Recent trends in esthetic restorations for posterior teeth. Quintessence Int., Berlin, v. 25, n. 10, p. 659-676, nov. 1994.

15. ESTAFAN, A.M.; ESTAFAN, D. Microleakage study of flowable composite resin systems. Compend. 2000; 21(9): 705-714.

16. FEILZER, A. J. et al. Quantitative determination of stress reduction by flow in composite restorations. Dent Mater,v. 6, p. 167-171, 1990.

17. FEILZER, A. J. et al. Setting stress in composite resin in relation to configuration of the restoration. J Dent Res,v. 66, p. 1636-1639, 1987.

18. FEILZER, A. J. et al. Setting stresses in composites for two different curing modes. Dent Mater,v. 9, p. 2-5, 1993.

19. FEILZER, A.J.; DE GEE, A.J.; DAVIDSON, C.L. Setting stress in composite restoration in relation to configuration of the restoration. J Dent Res. 1987; 66(11): 1636-1639.

20. FERDIANAKIS, K. Microleakage reduction from newer esthetic restorative materials in permanent molars.J ClinPediatr Dent. 1998; 22(3): 221-229.

21. HAMILTON, J. C.; KRESTIK, K. E.; DENNISON, J. B. Evaluation of custom occlusal matrix technique for posterior light-cured composites. Operativedent., v. 23, n. . 1998.

22. HEYMANN, H. O. The artistry of conservative esthetic dentistry. J Am Dent Assoc, Chicago,(Special Issue), p.14E-23E, Dec.1987.(colocar v. sp. Iss

23. HIRATA, RONALDO. Tips: dicas em odontologia estética. São Paulo: Artes Médicas, 2011. 576p.

24. JANDT, K. D. et al. Depth of cure and compressive strength of dental composites cured with blue light emitting diodes (LEDs). Dent Mater, v. 16, p. 41-47, 2000.

Page 97: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

25. KEMP-SCHOLTE, C.M.; DAVIDSON, C.L. Marginal integrity related to bond strength and strain capacity of composite resin restorative systems.J Prosthet Dent. 1990; 64(6): 658-664.

26. KORAN, P.; KURCHNER, R. Effect of sequential versus continuous irradiation of a light-cured resin composite on shrinkage, viscosity, adhesion, and degree of polymerization. Am J Dent, v. 11, p. 17-22, 1998.

27. KREJCI, I; STADVRIDAKIS, M. New Perspectives on dentin adhesion-differing methods of bonding. J. Esthet. Dent., v. 12, n. 8, 2000.

28. LABELLA, R.; LAMBRECHTS, P.; VAN MEERBEEK, B.; VANHERLE, G. Polymerization shrinkage and elasticity of flowable composites and filled adhesives. Dent Mater.1999; 15(2): 128-137.

29. LAI, J.H.; JOHNSON, A. E. Measuring polymerization shrinkage of photoactivated restorative materials by a water-filled dilatometer. Dent Mater,v. 9, p. 139-143, 1993.

30. LIEBENBERG, W. H. Successive cusp build-up: an improved placement technique for posterior direct resin restorations. J Can Den Assoc,v. 62, p. 501-507, 1996.

31. LOMBARDI, R. E. The principles of visual perception and their clinical application to denture esthetics. J Prosthet Dent, St Louis, v.29, n.4,p.358-382, Apr.1973.

32. LOPES, G. C. et al. Efeito do tempo e da intensidade de luz na microinfiltração de restaurações de resina composta. J Bras OdontClin, v. 5, p. 11-14, 2001.

33. LUTZ, F. et al. Improved proximal margin adaptation of class II composite resin restorations by use of light-reflecting wedges. Quint Int, v. 17, p. 659-664, 1986.

34. LUTZ, F. et al. Quality and durability of marginal adaptation in bonded composite restorations. Dent Mater,v. 7, p. 107-113, 1991.

35. McLEAN, J. W. et al. Materiais dentários e suas aplicações. São Paulo: Ed. Santos. 1989.

Page 98: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

36. MEZZOMO, H. et al. Reabilitação Oral para o Clínico. São Paulo: Quintessence, p. 459-489. 1994.

37. MONTES, M.A.J.R.; DE GÓES, M.F.; DA CUNHA, M.R.B; SOARES, A.B. A morphological and tensile bond strength evaluation of an unfilled adhesive with low-viscosity composites and a filled adhesive in one and two coats. J Dent. 2001; 29(6): 435-441.

38. MUIA, P. J. Measuring composite tooth color. Quintessence Int., v. 13, n. 2, p.165-172, Feb. 1982.

39. MUNKSGAARD, E. C. et al. Wall-to-wall polymerization contraction of composite resins versus filler content. Scand J Dent Res,v. 95, p 526-531, 1987.

40. PERDIGÃO, J. Dentin bonding-variables related to the clinical situation and the substrate treatment. Dent Mater, v. 26, n. 2, p. e24-37, Feb 2010.

41. RUBINSTEIN, S.; NIDETZ, A. J. Posterior direct resin-bonded restorations: still an esthetic alternative. J. Esthet. Dent., v.7, n. 4. 1995.

42. RUEGGEBERG, F. A. et al. Factors affecting cure at depths within light-activated resin composites. Am J Dent, v. 6, p. 91-95, 1993.

43. RUFENACHT, C. R. Fundamentals of esthetics.Chicago : Quintessence,1990.

44. SAKAGUCHI, R. L.; BERGE, H. X. Reduced light energy density decreases post-gel contraction while maintaining degree of conversion in composites. J Dent, v. 26, p. 695-700, 1998.

45. SPROULL, R. C. Color matching in dentistry. Part I. The three dimensional nature of color. J. Prosthet. Dent., v. 29, n. 4, p. 416-424, mar. 1973 (a).

46. SPROULL, R. C. Color matching in dentistry. part. II. Practical applications of the organization of color. J. Prosthet. Dent., v. 29, n. 5, p. 558-566, may. 1973 (b).

47. STANGEL, I. Current research in operative materials and techniques and its future impact. J. Can. Dent. Assoc., Ottawa, v. 57, n. 7, p. 579-583, jul. 1991.

48. STANSBURY, J. W. Synthesis and evaluation of novel multifunctional

Page 99: Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas

9

Manual de Escultura Dental com Resinas Compostas em Dentes Posteriores

oligomers for dentistry. J Dent Res,v. 71, p. 434-437, 1992.

49. TUNG, F.F.; ESTAFAN, D.; SCHERER, W. Microleakage of a condensable resin composite: an in vitro investigation. Quint Int. 2000; 31(6): 430-434.

50. UNTERBRINK, G. L.; LIEBENBERG, W. H. Flowable resin composite as “filled adhesives”. Literature review and clinical recommendations. Quint Int,v. 30, p. 249-257, 1999.

51. VALENTINE, C. W. Composite resin restoration in esthetic dentistry. J. Am. Dent. Assoc., (Special Issue), p. 55E-61E, Dec. 1987

52. VERSLUIS, A. et al. Do dental composites always shrink toward the light? J Dent Res, v. 77, p. 1435-1445, 1998.

53. VERSLUIS, A. et al. Does an incremental filling technique reduce polymerization shrinkage stresses? J Dent Res,v. 75, p. 871-878, 1996.

54. VIEIRA, G.F. e cols. Atlas de anatomia de dentes permanentes – coroa dental. São Paulo: Ed. Santos, 2006.