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Manual de Gestao de Beneficios

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Page 1: Manual de Gestao de Beneficios

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS

Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Senarc

MANUAL DE GESTÃO DE

BENEFÍCIOS

Brasília, DF 3ª edição

Maio de 2010

Page 2: Manual de Gestao de Beneficios

2

Sumário

Apresentação ........................................................................................................................................ 4

Capítulo I – O Programa Bolsa Família e a Gestão de Benefícios ...................................................... 6

1. O Programa Bolsa Família ........................................................................................................... 6

2. A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família ................................................................... 7

2.1. O Cadastro Único e a Gestão de Benefícios do PBF ............................................................ 7

2.2. Conceitos importantes ........................................................................................................... 7

2.3. Composição dos benefícios financeiros do PBF ................................................................... 8

2.3.1. Concessão, Cálculo e Prescrição do valor financeiro do BVCE ................................... 10

3. Integração entre o PBF e o Peti .................................................................................................. 11

3.1. Desenho da integração entre o PBF e o Peti .......................................................................11

Capítulo II – Habilitação, Seleção e Concessão de benefícios .......................................................... 14

1. A Habilitação de beneficiários ................................................................................................... 14

2. A Seleção e Concessão de benefícios ....................................................................................... 15

Capítulo III – Administração de benefícios ....................................................................................... 17

1. Atividades de administração de benefícios ................................................................................ 17

2. Aplicação e efeitos das atividades de administração de benefícios.......................................... 18

2.1. Inclusão de benefícios ......................................................................................................... 29

2.2. Liberação de benefícios ...................................................................................................... 29

2.3. Reavaliação de benefícios ..................................................................................................29

2.4. Bloqueio de benefícios .......................................................................................................29

2.5. Desbloqueio de benefícios ..................................................................................................32

2.6. Cancelamento de benefícios ...............................................................................................32

2.7. Reversão de cancelamento de benefícios ...........................................................................34

2.8. Reinclusão de benefícios ....................................................................................................35

2.9. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios ..............................................................35

2.10. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício básico .....................36

2.11. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício variável ..................36

2.12. Cancelamento e concessão/reversão de BVJ ....................................................................37

3. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de benefícios .............37

4. Prazo do agente operador para repercussão de atividades de gestão de benefícios no relatório

da folha de pagamento e no sistema bancário ...................................................................................37

Capítulo IV – O Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família e a sua

operacionalização ............................................................................................................................... 40

1. O Sistema de Gestão de Benefícios .......................................................................................... 40

2. A operacionalização do Sistema de Gestão de Benefícios ........................................................ 40

2.1. A descentralização da gestão de benefícios do PBF ........................................................... 41

2.2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios ................................................ 42

2.3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios ........................ 43

2.4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da repercussão de

alteração cadastral ...................................................................................................................... 44

2.4.1. A rotina de repercussão automática de alteração cadastral ......................................... 45

2.4.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB ........... 45

2.4.3. A rotina de reavaliação no SGB .................................................................................. 47

2.4.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral ................................. 47

3. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB .................. 50

Page 3: Manual de Gestao de Beneficios

3

4. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais .......56

4.1. Conversão de NIS ............................................................................................................... 56

4.2. Substituição de Responsável pela Unidade Familiar ..........................................................57

4.3. Mudança de município .......................................................................................................58

4.3.1. Procedimentos do gestor municipal do município de origem .....................................58

4.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino .....................................59

4.3.3. Procedimentos da família ............................................................................................60

4.3.4. Procedimentos em caso de exclusão indevida do cadastro .........................................60

5. A execução de atividades de gestão de benefícios pela Senarc .................................................61

5.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios .............................................61

5.2. Envio de ofícios à Senarc para processamento centralizado de atividades de gestão de

benefícios .............................................................................................................................................62

Capítulo V – A organização da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família .......................... 64

1. A organização da Gestão de Benefícios ..................................................................................... 64

2. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefícios .......................... 64

2.1. Responsabilidade da União ................................................................................................ 64

2.2. Responsabilidade dos Estados ........................................................................................... 65

2.3. Responsabilidade dos Municípios ......................................................................................65

3. Canais de Atendimento .............................................................................................................. 66

Capítulo VI - Introdução e definições da Revisão

Cadastral.............................................................................................................................................68

1.Apresentação...................................................................................................................................68

2. O que é Revisão Cadastral..............................................................................................................68

2.1. Como as famílias são selecionadas para Revisão Cadastral .......................................................69

2.2. Validade do benefício .................................................................................................................69

2.3. Mês de Revisão Cadastral ..........................................................................................................71

Capítulo VII - Operacionalização da Revisão

Cadastral.............................................................................................................................................74

1. Entendendo "na prática" os conceitos de validade de benefício e mês de Revisão Cadastral.......74

2. Divulgação do público da Revisão Cadastral.................................................................................76

2.1. Como obter a listagem de famílias na Central de Sistemas ........................................................76

2.2. Como obter a listagem de famílias no Sibec ..............................................................................77

2.3. Consultando o mês de Revisão Cadastral no Sibec ....................................................................78

2.4. Comunicando a Revisão Cadastral à família ..............................................................................79

3. Procedimentos de Gestão do CadÚnico na Revisão Cadastral......................................................80

4. Como a Revisão Cadastral altera a Gestão de Benefícios..............................................................80

4.1. Concessão de benefícios a cadastros desatualizados ..................................................................81

4.2. Cancelamentos de todos os benefícios da família por conta de aumento de renda per capita

familiar ..............................................................................................................................................81

4.3. Cancelamento/Desbloqueio de benefícios bloqueados por encerramento do prazo para Revisão

Cadastral ............................................................................................................................................82

4.4. Cancelamento do benefício básico .............................................................................................82

4.5. Reversão de cancelamento de benefícios cujos cadastros estejam com renda per capita familiar

acima do limite estabelecido .............................................................................................................82

5. Canais de Atendimento aos municípios ........................................................................................83

ANEXO..............................................................................................................................................84

Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas Remanescentes e Cadastro

Único .................................................................................................................................................84

Leis e Decretos...................................................................................................................................84

Portarias Ministeriais .........................................................................................................................85

Instruções Normativas e Operacionais ..............................................................................................87

Page 4: Manual de Gestao de Beneficios

4

Apresentação

Esta publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS

destina-se aos gestores do Programa Bolsa Família - PBF nos municípios e estados e visa favorecer

a compreensão da gestão de benefícios do PBF, suas finalidades e seus mecanismos. A gestão do

PBF é pública, controlada socialmente, com participação comunitária e compartilhada entre o

governo federal, os governos estaduais e, principalmente, municipais.

O papel dos municípios na execução e no aprimoramento do PBF é de importância central.

É por meio do poder municipal que as famílias pobres que precisam do benefício acessam o

Programa. Por entender essa importância vital, o MDS vem gerando, com o apoio de estados e

municípios, os instrumentos, procedimentos e mecanismos para a execução descentralizada das

atividades que integram a gestão dos benefícios do PBF.

As instâncias de controle do PBF também podem ser beneficiadas com a publicação deste

manual com o aumento da transparência das ações sociais e a maior participação da sociedade.

Nesse sentido, os conselhos estaduais e municipais de controle social do PBF, bem como a rede

pública de fiscalização, instituída em janeiro de 2004, formada pelo Tribunal de Contas da União,

Controladoria-Geral da União e membros dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, terão mais

informações a sua disposição para o trabalho de acompanhamento e fiscalização do Bolsa Família

em todas as esferas governamentais.

Este manual foi elaborado pelo Departamento de Benefícios da Secretaria Nacional de

Renda de Cidadania - Senarc, a quem compete o esclarecimento de dúvidas e o acolhimento de

sugestões, por meio do e-mail [email protected]. A edição deste manual estará

disponível no sítio eletrônico do MDS (www.mds.gov.br).

Este Manual de Gestão de Benefícios está organizado da seguinte forma:

Parte I – Concessão e Administração de Benefícios

Capítulo I – Descreve o PBF e apresenta a gestão de benefícios;

Capítulo II – Explica sobre a habilitação, seleção e concessão de benefícios

financeiros;

Capítulo III – Explica sobre a administração de benefícios do PBF;

Capítulo IV – Apresenta a operacionalização do Sistema de Gestão de

Benefícios; e

Capítulo V – Detalha as principais atribuições do governo federal e dos governos

estaduais e municipais, além das instâncias de controle social e da rede pública

de fiscalização, na gestão de benefícios.

Parte II - Revisão Cadastral das Famílias Beneficiárias do Bolsa Família

Capítulo VI – Introdução e definições da Revisão Cadastral

Capítulo VII – Operacionalização da Revisão Cadastral.

Page 5: Manual de Gestao de Beneficios

5

Parte I

Concessão e Administração de Benefícios

Page 6: Manual de Gestao de Beneficios

6

Capítulo I – O Programa Bolsa Família e a Gestão de Benefícios

1. O Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda direta às famílias

pobres e extremamente pobres que vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de

compromissos (condicionalidades) nas áreas de Educação e Saúde. Como não podia deixar de ser, o

Bolsa Família busca atender a toda a família.

O PBF, instituído pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamentado pelo Decreto

nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, tem por objetivos:

Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, de saúde, educação e

assistência social;

Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional;

Estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza

e extrema pobreza;

Combater a pobreza; e

Promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do

Poder Público.

O Bolsa Família é um dos programas que integram o Fome Zero, que tem maior abrangência

e cujo objetivo é assegurar o direito humano à alimentação adequada com prioridade para as

pessoas com dificuldade de acesso aos alimentos.

O PBF integra e unifica os atos e procedimentos de gestão de antigos programas de

transferência de renda do governo federal, chamados Programas Remanescentes, a saber: Bolsa

Escola, instituído pela Lei no 10.219, de 21 de abril de 2001; Bolsa Alimentação, instituído pela MP

no 2.206, de 6 de setembro de 2001; Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto n

o 4.102, de 24 de janeiro

de 2002; e Cartão Alimentação, instituído pela Lei no 10.689, de 13 de junho de 2003.

Não há impedimentos legais para que as famílias continuem a receber benefícios dos

Programas Remanescentes enquanto não migrarem para o Bolsa Família. Igualmente, não existem

também impedimentos a que essas famílias sejam beneficiadas por programas financiados com

recursos dos estados e municípios.

Cabe destacar que, atualmente, o Programa Cartão Alimentação é o único Remanescente

ainda vigente. As famílias que pertenciam aos Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e

Auxílio-Gás e atendiam ao perfil para recebimento do benefício do Bolsa Família já foram

migradas.

O Cadastro Único - CadÚnico, instituído pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007 e

regulamentado pela Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008, é um instrumento de

coleta de informações que tem como objetivo identificar e qualificar todas as famílias pobres. O

foco do CadÚnico são as famílias com renda por pessoa de até meio salário mínimo. É por meio do

CadÚnico que as famílias acessam o PBF. Por isso, a gestão adequada do CadÚnico é de vital

importância para a gestão de todo o Programa.

A lista de normas e instruções do PBF encontra-se no anexo deste manual.

Page 7: Manual de Gestao de Beneficios

7

2. A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

Assim como todos os programas de transferência direta de renda que o antecederam, o PBF

implementou alguns processos e atividades para garantir a transferência mensal de renda às famílias

beneficiárias. A gestão de benefícios do PBF compreende todas as etapas necessárias à

transferência continuada dos valores referentes aos benefícios financeiros previstos na Lei nº

10.836, de 2004, desde o ingresso da família até seu desligamento do Programa, englobando ainda

ações relativas ao pagamento de benefícios.

Os principais processos que compõem a Gestão de Benefícios do PBF são os seguintes:

Habilitação, Seleção e Concessão de benefícios financeiros – A concessão segue

um plano de expansão do PBF, com base na estimativa de famílias em cada

município, na disponibilidade orçamentária e na existência de Programas

Remanescentes na localidade. A execução da concessão é feita de modo

automatizado, com preferência às famílias de menor renda por pessoa com cadastros

habilitados no CadÚnico.

Administração de benefícios pela Senarc e pelos municípios – Observada a

legislação vigente, o gestor federal e os gestores municipais podem descontinuar a

transferência de renda às famílias beneficiárias do PBF, temporária ou

permanentemente. Ao longo deste manual serão expostas as condições em que as

famílias podem deixar de receber os benefícios financeiros do PBF.

Pagamento dos benefícios financeiros – A Caixa Econômica Federal - Caixa

realiza o pagamento dos benefícios financeiros do PBF e dos Programas

Remanescentes em todo o território nacional.

Revisão Cadastral: A Revisão Cadastral é uma rotina de atualização cadastral

obrigatória das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, realizada pelos

municípios.

2.1. O Cadastro Único e a Gestão de Benefícios do PBF

Como os benefícios financeiros do PBF são concedidos com base em informações do

CadÚnico, a gestão de benefícios é favorecida com uma administração eficiente do CadÚnico pelo

município. Desse modo, se os municípios, no instante do cadastramento, dão especial atenção a

informações como renda por pessoa, composição familiar e dados de identificação de pessoas

(nome completo, data de nascimento, documentação pessoal, etc.), o processo de concessão de

benefícios do PBF é positivamente beneficiado.

Da mesma forma, a administração dos benefícios pelos municípios se utiliza de uma série de

atualizações cadastrais efetuadas no CadÚnico. Por exemplo, a modificação da renda familiar por

pessoa de uma família beneficiária do PBF no CadÚnico pode, no futuro, implicar seu desligamento

do Programa. O funcionamento da repercussão da alteração cadastral será detalhado no Capítulo IV,

com a apresentação da operacionalização da administração dos benefícios pelos municípios.

2.2. Conceitos importantes

Para melhor compreensão da gestão de benefícios do PBF é útil conhecer alguns conceitos

importantes:

Page 8: Manual de Gestao de Beneficios

8

Benefícios da Família: é o conjunto de todos os benefícios financeiros específicos

transferidos à família por meio de seu respectivo Responsável pela Unidade Familiar

- RF;

Benefícios Específicos da Família: são os benefícios financeiros previstos no art. 2º

da Lei nº 10.836, de 2004, concedidos na forma da Portaria GM/MDS nº 341, de

2008, a saber:

a) benefício básico: vinculado às famílias extremamente pobres;

b) benefício variável: vinculado a crianças e adolescentes de até 15 anos,

gestantes e nutrizes;

c) benefício variável vinculado ao adolescente - BVJ: vinculado a jovens de

16 e 17 anos; e

d) benefício variável de caráter extraordinário - BVCE: destinado às famílias

dos Programas Remanescentes Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão

Alimentação e Auxílio-Gás, calculado o seu valor e prescrição no ato da

migração para o PBF.

Folha de pagamento: mensalmente são geradas listagens para pagamento dos

valores apurados junto à lista de famílias com benefícios financeiros concedidos.

Essas listagens são chamadas folha de pagamento e sua geração é realizada uma vez

em cada mês;

Parcelas de pagamento: é o valor financeiro a ser transferido mensalmente,

calculado com base nos benefícios que a família possui no momento em que é

realizado o processo de geração da folha de pagamento do PBF;

Conta de pagamento de benefícios: são as modalidades de contas mantidas pela

Caixa ou Instituição Financeira contratada pelo Agente Operador para

disponibilização de parcelas à família, tendo o Responsável pela Unidade Familiar

como titular da conta, conforme disposto no art. 2º, § 12 da Lei nº 10.836, de 2004;

as contas de pagamento de benefícios podem assumir as seguintes modalidades:

a) contas contábeis;

b) contas-correntes de depósito à vista; e

c) contas especiais de depósito à vista.

Guia de pagamento bancária: é a guia individual para saque de benefícios

exclusivamente em agências da Caixa, em caso de perda, dano ou extravio do cartão

magnético;

Cartão magnético: é o principal meio de saque das parcelas de pagamento pela

família.

Calendário operacional do PBF: é o cronograma de ações, pactuado entre a Caixa

e a Senarc, visando à execução de processos operacionais direta ou indiretamente

relacionados à geração da folha de pagamento e ao cumprimento do calendário de

pagamento do Programa, nos termos da Portaria GM/MDS nº 532, de 3 de novembro

de 2005.

2.3. Composição dos benefícios financeiros do PBF

O PBF dispõe dos seguintes tipos de benefícios financeiros, definidos na Lei nº 10.836, de

2004:

Benefício Básico – no valor de R$ 68,00, concedido a cada família com renda por pessoa

igual ou inferior a R$ 70,00;

Page 9: Manual de Gestao de Beneficios

9

Benefício Variável – no valor de R$ 22,00, concedido para cada criança ou adolescente de

0 a 15 anos de idade, até o limite de três crianças por família; e

BVJ – no valor de R$ 33,00, concedido a todas as famílias do PBF que tenham

adolescentes de 16 e 17 anos de idade que estejam freqüentando a escola, até o limite de

dois adolescentes por família; e

BVCE – concedido às famílias dos Programas Remanescentes Auxílio-Gás, Bolsa Escola,

Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação, cuja migração para o PBF houver perdas

financeiras. O valor concedido é calculado caso a caso e tem prazo de prescrição, além do

qual deixa de ser pago.

Os benefícios básico e variável estão previstos na Lei nº 10.836, de 2004, e foram

regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 2004. Os valores referenciais do PBF para a definição da

renda que caracteriza famílias pobres e extremamente pobres, fundamento para concessão do

benefício básico, também foram regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 2004. O Quadro I

exemplifica os vários valores que uma família pode receber da junção desses benefícios.

A concessão de benefício variável de gestante ou nutriz de uma família, segundo o § 1º, do

art. 19 do Decreto nº 5.209, de 2004, será regulamentado posteriormente pela Senarc, com vistas à

prestação continuada desse benefício variável.

Conforme prevê o artigo 21 do Decreto nº 5.209, de 2004, a concessão do benefício é

realizada em caráter temporário à família e não gera direitos, na acepção legal da palavra. No

entanto, o governo federal compromete-se com a realização mensal da transferência de renda à

família, respeitadas as regras de operação do Programa.

Quadro I – Composição dos benefícios financeiros (básico, variável e BVJ) do PBF

Famílias sem adolescentes de 16 e 17 anos:

Renda Mensal per capita

Composição familiar com membros de:

Valor do benefício 0 a 15 anos 16 e 17 anos

De R$ 70,01 a R$ 140,00

1 membro Sem ocorrência R$ 22,00

2 membros Sem ocorrência R$ 44,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 66,00

Até R$ 70,00

Sem ocorrência Sem ocorrência R$ 68,00

1 membro Sem ocorrência R$ 90,00

2 membros Sem ocorrência R$ 112,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 134,00

Famílias com um adolescente de 16 ou 17 anos:

Renda Mensal per capita

Composição familiar com membros de:

Valor do benefício 0 a 15 anos 16 e 17 anos

De R$ 70,01 a R$ 140,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 33,00

1 membro 1 membro R$ 55,00

2 membros 1 membro R$ 77,00

3 ou + membros 1 membro R$ 99,00

Até R$ 70,00 Sem ocorrência 1 membro R$ 101,00

Page 10: Manual de Gestao de Beneficios

10

1 membro 1 membro R$ 123,00

2 membros 1 membro R$ 145,00

3 ou + membros 1 membro R$ 167,00

Famílias com dois ou mais adolescentes de 16 e 17 anos:

Renda Mensal per capita

Composição familiar com membros de:

Valor do benefício

0 a 15 anos 16 e 17 anos

De R$ 70,01 a R$ 140,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 66,00

1 membro 2 ou + membros R$ 88,00

2 membros 2 ou + membros R$ 110,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 132,00

Até R$ 70,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 134,00

1 membro 2 ou + membros R$ 156,00

2 membros 2 ou + membros R$ 178,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 200,00

2.3.1. Concessão, Cálculo e Prescrição do valor financeiro do BVCE

O BVCE está previsto nos §§ 8º e 9º, do artigo 2º da Lei nº 10.836, de 2004, e foi

regulamentado pela Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004. Como o valor do BVCE

é calculado caso a caso, a soma de todos os benefícios financeiros que são pagos às famílias é bem

variada. É possível até mesmo que, em função do BVCE, algumas famílias recebam um valor

superior a R$ 200,00.

Somente as famílias migradas de Programas Remanescentes que recebam mais do que

receberiam no PBF podem ter concessão do BVCE, para compensar as perdas que a migração para

o PBF ocasionaria1. Ou seja, uma família que receba, por exemplo, Auxílio-Gás, Bolsa Escola e

Bolsa Alimentação pode vir a receber o BVCE no Bolsa Família, caso a soma dos benefícios

financeiros básico e variável concedidos pelo PBF seja inferior ao que a família recebia antes

naqueles programas.

No cálculo do valor do BVCE, são somados todos os benefícios pagos à família pelos

Programas Remanescentes e o resultado desta soma é comparado com a soma dos benefícios

básico+variável do PBF. Em suma, o valor do BVCE é aquele que mantém a família recebendo o

mesmo total que vinha recebendo dos Programas Remanescentes. Se o valor do BVCE resultar em

centavos, o valor é arredondado para mais. Dessa forma, famílias diferentes podem ter valores de

BVCE distintos, conforme a renda por pessoa, a composição familiar e os benefícios anteriores.

O BVCE, por ser de caráter extraordinário, não é pago indefinidamente. Assim, no momento

da concessão dos benefícios financeiros do PBF é fixada uma prescrição para o BVCE, tendo por

base os Programas Remanescentes de que a família participava antes de migrar para o PBF. Para

famílias inscritas em mais de um Programa Remanescente, no cálculo da prescrição do BVCE é

escolhida a regra mais favorável para a família.

1 Famílias usuárias do Peti podem receber também o BVCE, desde que sejam simultaneamente beneficiárias do

Bolsa Alimentação, do Auxílio-Gás ou do Cartão Alimentação (ver o item 3 deste capítulo).

Page 11: Manual de Gestao de Beneficios

11

Assim, pode haver uma data de prescrição do BVCE distinta para cada família, a depender

da aplicação das regras de prescrição. Depois de fixada uma prescrição para o BVCE, sua data final

não é mais modificada, mesmo que venham a acontecer alterações na composição da família.

O detalhamento do BVCE consta no Anexo III da Instrução Operacional nº 12, de 3 de

fevereiro de 2006.

3. Integração entre o PBF e o Peti

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Peti é operacionalizado pela Secretaria

Nacional de Assistência Social - SNAS, em parceria com estados, municípios e a sociedade civil, e

tem o objetivo de erradicar o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou

degradantes nas zonas urbana e rural.

Com a edição da Portaria GM/MDS nº 666, de 28 de dezembro de 2005, o MDS

regulamentou a integração entre o PBF e o Peti, visando aprimorar a gestão e ampliar a cobertura

para todas as famílias que atenderem aos critérios de elegibilidade de cada um desses programas,

além de fortalecer o papel do CadÚnico como ferramenta de planejamento e gestão dos programas

sociais de transferência de renda.

Para compreender a integração entre o PBF e o Peti, é necessário saber que a

operacionalização do Peti, sob o controle da SNAS é a modalidade mais atual de operacionalização

do Peti. Conta com todas as famílias beneficiárias incluídas no CadÚnico. A Caixa, como agente

operador, é encarregada da operacionalização da gestão de benefícios e do pagamento às famílias

por meio de sua rede credenciada. Anteriormente, havia uma modalidade de operacionalização do

Peti que se baseava na transferência de recursos da União para os municípios via Fundo Nacional de

Assistência Social. Um dos objetivos da integração do Peti com o PBF era justamente possibilitar a

existência de apenas uma forma de operacionalização do Peti.

Observa-se, portanto, que na modalidade de operacionalização atual, o controle da lista de

beneficiários é realizado pelo CadÚnico e o pagamento dos benefícios é efetuado pela Caixa. A

Portaria GM/MDS nº 666, de 2005, estabeleceu critérios para a migração de famílias do Peti para o

PBF e novas regras para a entrada de novas famílias no Peti.

3.1. Desenho da integração entre o PBF e o Peti

No desenho de integração entre o PBF e o Peti, o MDS teve o cuidado de respeitar as

especificidades dos programas. Como princípio, assumiu a coexistência dos programas depois da

integração, diferentemente do que ocorre com os Programas Remanescentes. As vantagens

comparativas entre o PBF e o Peti foram destacadas ao máximo para que essas políticas públicas,

atuando juntas e não em concorrência, favorecessem o alcance dos seus objetivos. Assim, as

estratégias de integração traçadas, regulamentadas pela Portaria MDS nº 666, de 2005, foram as

seguintes:

A transferência de famílias do Peti para o PBF, quando possível, não implica

redução no total dos benefícios financeiros pagos pelo Peti, hipótese em que a

família deixa de ser incluída no PBF e permanece no Peti. Quando a família

recebe do Peti e de algum Programa Remanescente (exceto Bolsa Escola), são

considerados no cálculo do BVCE os valores financeiros pagos pelo Peti;

As famílias em situação de trabalho infantil, que não sejam beneficiárias nem do

Peti nem do PBF, passam a ser incluídas nesses programas, depois de cadastradas

no CadÚnico, tendo por base o critério de renda por pessoa familiar;

Page 12: Manual de Gestao de Beneficios

12

As famílias beneficiárias do PBF que estejam em situação de trabalho infantil

passam a cumprir as atividades socioeducativas e de convivência oferecidas pelo

Peti nos municípios, juntamente com aquelas que estão no Peti; e

As famílias beneficiárias do Peti, ao serem incluídas no PBF, passam a cumprir

adicionalmente apenas a condicionalidade de saúde, uma vez que a freqüência

escolar já era uma contrapartida familiar no Peti. Elas também devem cumprir as

atividades socioeducativas e de convivência.

As regras de concessão de benefícios para a integração podem ser mais bem compreendidas

ao se observar que as famílias a serem incluídas no PBF estão inicialmente em três situações

diferentes:

Famílias em situação de trabalho infantil sem nenhum benefício financeiro do

PBF ou do Peti; e

Famílias beneficiárias Peti.

O Quadro II, por meio de diagramas, mostra como funciona o desenho da integração ente o

PBF e o Peti.

Quadro II – Desenho da integração entre o PBF e o Peti

A família que ainda não recebe benefícios nem do Peti nem do PBF poderá ser incluída em

um desses programas, conforme as seguintes condições:

Page 13: Manual de Gestao de Beneficios

13

a) Se a renda mensal familiar por pessoa for igual ou inferior a R$ 140,00 a família estará

habilitada a entrar no PBF; e

b) Se a renda mensal familiar por pessoa for superior a R$ 140,00 a família estará

habilitada a entrar no Peti.

Caso já receba benefícios financeiros do Peti, a família será incluída no PBF se atender as

seguintes condições:

a) Ter renda mensal familiar por pessoa igual ou inferior a R$ 140,00; e

b) A transferência para o PBF não acarretar redução no montante dos benefícios

financeiros recebidos por essa família, caso em que permanecerá no Peti.

Se a família é usuária do Peti e, ao mesmo tempo, beneficiária de um dos Programas Bolsa

Alimentação, Cartão Alimentação ou Auxílio-Gás, ao ser migrada para o PBF, torna-se elegível ao

benefício variável de caráter extraordinário. Haverá uma pequena diferença de cálculo: soma-se aos

benefícios financeiros recebidos dos Programas Remanescentes o benefício financeiro que a família

recebe do Peti.

Page 14: Manual de Gestao de Beneficios

14

Capítulo II –Habilitação, Seleção e Concessão de benefícios

1. A Habilitação de beneficiários

A Habilitação de famílias no PBF é o processo que verifica se as famílias cadastradas no

CadÚnico atendem às regras de elegibilidade para o Programa ou se há alguma restrição cadastral

ou administrativa que, igualmente, impedem a sua habilitação. Somente famílias habilitadas podem

ser público para a seleção e concessão de benefícios.

O quadro abaixo demonstra como são analisadas as regras de habilitação para cada tipo de

benefício do PBF, básico, variável e BVJ, demonstrando os motivos de não habilitação aplicados

para cada um:

Grupo Motivo de Não-habilitação Aplicação por Tipo de Benefício

Básico Variável BVJ

Inel

egib

ilid

ade

Renda per capita familiar superior a R$ 140,00 X X X

Benefício do PETI maior do que benefícios do PBF X X X

Renda familiar per capita entre R$ 70,01 e R$ 140,00 X

Família já possui 3 benefícios variáveis X

Possui benefício por outra família X X

Idade superior ao limite permitido X X

Sem acompanhamento de freqüência escolar no último período de apuração

X

Família já possui 2 benefícios variáveis para jovem X

Res

triç

ão C

adas

tral

Multiplicidade Cadastral X X X

Cadastro não atualizado (últimos 24 meses) X X X

Cadastro com Responsável Familiar com idade menor que 16 anos

X X X

Cadastro excluído do CadÚnico X X X

Informação de Escola inválida no CadÚnico (Campo “INEP”);

X

Informação de Escola desatualizada no CadÚnico há mais de 12 meses (Campo “INEP”).

X

Page 15: Manual de Gestao de Beneficios

15

Res

triç

ão

Ad

min

istr

ativ

a Decisão judicial X X X

Auditoria/Fiscalização autorizada pelo MDS X X X

2. A Seleção e Concessão de benefícios

A concessão de benefícios, atribuição exclusiva do MDS, é exercida operacionalmente pela

Senarc, com base, principalmente, nas estimativas de pobreza em cada município e no quantitativo

de famílias habilitadas e selecionadas para uma determinada folha de pagamentos, a partir de

informações constantes do Cadastro Único. A Portaria MDS nº 341, de 7 de outubro de 2008,

regulamenta a habilitação, seleção e concessão de benefícios do Bolsa Família.

Com relação ao PBF, os valores referenciais para definição de pobreza e extrema pobreza

foram inicialmente definidos na própria lei do Programa e atualizados pelo Decreto nº 6.917, de 30

de julho de 2009. Atualmente, a concessão de benefícios financeiros pelo PBF considera famílias

pobres aquelas com até R$ 140,00 de renda mensal familiar por pessoa, e famílias extremamente

pobres aquelas com até R$ 70,00 de renda mensal familiar por pessoa.

A definição da estimativa de famílias pobres existentes no Brasil em cada município foram

elaboradas pelo MDS e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. Essa estimativa,

atualizada em 2006, tem como referência informações da Pnad - Pesquisa Nacional por

Amostragem de Domicílios/2004 e do Censo Populacional e está disponível no sítio do MDS. A

cobertura do Bolsa Família e o planejamento de sua expansão são realizados segundo essa

estimativa.

A inclusão da família no PBF para a concessão de benefícios é feita exclusivamente entre as

famílias cadastradas no Cadastro Único. No entanto, o cadastramento de uma família não resulta na

imediata concessão do benefício pelo PBF: depende da situação no Cadastro Único, da

disponibilidade de recursos do governo federal e do cronograma de expansão do Programa. Nem

todas as famílias inscritas no CadÚnico são incluídas no PBF. Como o Cadastro Único registra

famílias com diferentes valores de renda por pessoa, apenas o subconjunto das famílias cadastradas

com renda compatível para o PBF pode ser periodicamente habilitado à concessão de benefícios.

Além da concessão de benefícios para famílias novas, desde sua criação o PBF vem

transferindo para o Programa as famílias incluídas nos Programas Remanescentes, com o objetivo

de unificar procedimentos de gestão e execução dos programas de transferência de renda do

governo federal, e, desde junho de 2006, vem integrando ao programa as famílias atendidas pelo

Peti.

Cabe ressaltar que a concessão de benefícios pelo PBF é feita de maneira impessoal, por

meio de um sistema informatizado, que concede benefícios de acordo com o cronograma de

expansão do Programa. As famílias constantes do Cadastro Único em cada município são

priorizadas segundo o critério da renda por pessoa, da menor para a maior renda.

O Quadro III a seguir apresenta uma síntese da operação do Programa Bolsa Família; reúne

os principais envolvidos na execução do Programa e demonstra a correlação entre o cadastramento

e a concessão de benefícios.

Page 16: Manual de Gestao de Beneficios

16

Quadro III – Fluxograma de operação do PBF

Cadastramento Geração da Folha e do Cartão

MD

SF

AM

ILIA

PR

EF

EIT

UR

AC

AIX

A

Define Políticas e

Diretrizes

Disponibiliza

Formulários

e sistemas

Coleta

dados

famílias

Atribui NIS

e envia arquivo

retorno

Dados

registrados na

Base Local

Envia dados

Digita

dados

famílias

CadÚnico

Extrai

Dados

Famílias

Aplica regras

e informa

habilitados

Concede benefício

SIBEC

Gera Folha

SICIDCadastra Senha,

efetua

pagamento

Produz Cartão

e distribui

Page 17: Manual de Gestao de Beneficios

17

Capítulo III – Administração de benefícios

1. Atividades de administração de benefícios

Depois de concedido um benefício financeiro a uma família, o governo federal passará a

incluí-la nas folhas de pagamento todo mês. Existem, no entanto, algumas situações em que isso

pode deixar de ocorrer e levar à descontinuidade na transferência de renda direta à família,

temporária ou permanente. Já em outras situações, o que se deseja é restabelecer o fluxo de

pagamentos à família. As atividades de administração de benefícios, então, são ações realizadas

pelos municípios ou pela Senarc que podem interromper ou restabelecer o pagamento normal de

benefícios à família.

Cada atividade de administração de benefícios, ao ser realizada, leva à modificação da

situação dos benefícios pagos às famílias, podendo repercutir ou não sobre parcelas de pagamento

ainda não sacadas, conforme cada caso. As parcelas de pagamento futuras também podem sofrer

alteração. Cancelar um cartão magnético ou bloquear sua senha individual não afeta a situação do

benefício ou da parcela de pagamento, uma vez que o cartão é meramente um instrumento para

saque.

Toda a disciplina da gestão de benefícios foi regulamentada por meio da Portaria GM/MDS

nº 555, de 2005, que representou um avanço na consolidação do modelo de operacionalização do

PBF. Foi a primeira vez que um programa de transferência de renda do governo federal teve esse

aspecto de sua operacionalização regulamentado, permitindo a execução das diversas atividades de

gestão de benefícios de forma descentralizada aos municípios. As atividades de administração de

benefícios são:

a. Inclusão de benefícios;

b. Liberação de benefícios;

c. Reavaliação de benefícios; e

d. Atividades de gestão de benefícios para os benefícios Básico, Variável e Vinculado

ao Adolescente - BVJ:

i. Bloqueio;

ii. Cancelamento;

iii. Suspensão;

iv. Desbloqueio;

v. Reversão de cancelamento; e

vi. Reversão de suspensão

e. Reinclusão de benefícios

Por meio da Administração de Benefícios o município e as instância de controle do Bolsa

Família conseguem o acesso a consultas e aos relatórios sobre os benefícios do Programa, por meio

do Sistema de Gestão de Benefícios. Portanto, os gestores municipais, conselheiros do controle

social do PBF e a Rede Pública de Fiscalização - que engloba TCU, CGU, MPF e MPEs - podem

realizar consultas e emissão de relatórios de acompanhamento das famílias beneficiárias. Esse

acompanhamento é fundamental para garantir que a renda chegue às famílias que atendem aos

Page 18: Manual de Gestao de Beneficios

18

critérios do Programa e que dependem dos benefícios financeiros. No caso dos gestores municipais

ainda é possível a realização de inúmeras atividades de administração de benefícios, como bloqueio,

desbloqueio e cancelamento de benefícios.

2. Aplicação e efeitos das atividades de administração de benefícios

O Quadro IV apresenta os motivos aplicáveis e os efeitos de cada atividade de administração

de benefícios. Elas podem ser realizadas pelo município ou pela Senarc. Os municípios não podem

realizar as atividades da Senarc diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios, porém a Senarc

pode realizar as intervenções municipais.

Page 19: Manual de Gestao de Beneficios

19

Quadro IV – Aplicação e efeitos das atividades de administração de benefícios

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

ATIVIDADES COM EFEITO EM TODOS OS BENEFÍCIOS DA FAMÍLIA

Inclusão

1) Ocorre logo após a concessão do benefício à família;

2) É necessário o cadastramento, pelo RF, de senha eletrônica individual do cartão magnético em

estabelecimento credenciado da Caixa ou de Instituição Financeira autorizada, dentro do prazo de 6

(seis) meses, contado da data em que o benefício for registrado como “incluído” no Sistema de

Gestão de Benefícios;

3) É necessária a realização dos procedimentos necessários à revisão de elegibilidade, prevista no

art. 21 do Decreto nº 5.209, de 2004.

Registro do benefício na situação de “incluído” no

Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, com

base nas informações constantes do CadÚnico;

Definição da modalidade de conta para saque de

benefícios, conforme o disposto no § 12, do art. 2º

da Lei nº 10.836, de 2004;

Emissão e expedição de cartão magnético pela

Caixa ou Instituição Financeira autorizada;

Emissão e entrega de notificação da concessão à

família, por meio do envio de correspondência ao

endereço registrado no CadÚnico, ou por outra

sistemática eventualmente autorizada pela Senarc;

Poderá haver, a critério da Senarc, a liberação de

parcelas, mantendo-se o benefício na situação de

“incluído”, até o cadastramento pelo RF de senha

eletrônica individual do cartão magnético e

realização de procedimentos necessário à revisão

da elegibilidade; e

Esgotado o prazo de 6 (seis) meses para o

cadastramento de senha eletrônica individual, o

benefício poderá ser cancelado a critério da

Senarc.

Liberação

Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre depois de confirmada a inclusão de

benefícios pela família, conforme item anterior, em decorrência de atividades de reversão de

benefícios, com resultado positivo, tratados mais adiante, e após transcorrido o prazo da suspensão de

benefícios e de BVJ.

Registro na situação de “liberado” no Sistema de

Gestão de Benefícios do PBF ;

Disponibilização das parcelas de pagamento nos

meses subseqüentes, a partir do momento da

geração das respectivas folhas de pagamento; e

Poderá haver, a critério da Senarc e observado o

calendário operacional, a liberação de parcelas de

pagamento, ou fração, para correção de erro

Page 20: Manual de Gestao de Beneficios

20

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

operacional no processamento da folha de

pagamento já gerada, limitada a retroação a 12

(doze) parcelas, cumprimento de decisão judicial

ou recurso administrativo deferido no âmbito da

Senarc, limitada à geração de 12 (doze) parcelas.

Reavaliação

Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre depois de processadas as alterações

cadastrais da família beneficiária do PBF, ocorridas no âmbito do CadÚnico, depois de

realizadas as atividades de reversão de benefícios ou para compatibilização de informações

entre o CadÚnico e o Sistema de Gestão de Benefícios, a critério da Senarc.

Liberação de benefícios caso as regras de elegibilidade

do PBF sejam atendidas; e

Cancelamento de benefícios, caso alguma regra

de elegibilidade do PBF não seja atendida.

Bloqueio

1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a. Trabalho infantil na família;

b. Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de:

i. renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no âmbito do

Cadastro Único;

ii. não localização de crianças ou adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino;

iii. não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso II, do art. 4º da

Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008, e observado normas complementares

editadas e publicadas pela Senarc;

iv. não localização da família no endereço informado no CadÚnico; e

v. crianças ou adolescentes em situação de abrigamento, exceto na hipótese de o Conselho

Tutelar ter atestado as condições para a reintegração da criança ou adolescente à família,

conforme o art. 25, § 7º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

c. Durante procedimento de averiguação de acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI); ou

d. Por decisão judicial.

2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios ou por

aproveitamento de informações cadastrais):

a. Em decorrência do encerramento do prazo para a realização da revisão cadastral das famílias

beneficiárias do PBF, que ocorrerá no período de janeiro a outubro de cada ano;

b. Omissão de informação ou de prestação de informações falsas, apurados em cruzamento do

CadÚnico com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS nº

376, de 2008;

c. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto

n° 5.209, de 2004; ou

Impedimento da retirada das parcelas de

pagamento ainda não sacadas pela família;

Impedimento do saque das parcelas de

pagamento dos meses subseqüentes até o

desbloqueio, se for o caso;

Não acarreta, por si só, o desligamento da

família do PBF;

Benefícios bloqueados há mais de 6 (seis)

meses serão automaticamente cancelados

contados da notificação do bloqueio, observado

o calendário operacional do PBF, salvo

disposição em contrário da Senarc;

A família beneficiária do PBF encontrada em

situação de trabalho infantil, permanecerá com

os benefícios bloqueados até a cessação do fato;

Solucionada a questão que deu causa ao

bloqueio, o benefício deverá ser desbloqueado

ou cancelado; e

O bloqueio de benefícios em razão de

descumprimento de condicionalidades impede a

retirada de parcelas a partir da data de

efetivação do bloqueio, sem afetar as parcelas

anteriormente geradas.

Page 21: Manual de Gestao de Beneficios

21

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

d. Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, que trata da gestão de

condicionalidades do PBF:

- Descumprimento de condicionalidades; ou

- Ausência de informações sobre o acompanhamento de

condicionalidades.

Suspensão

Atividade realizada exclusivamente pela Senarc, em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de

2008, nas seguintes situações:

a. Descumprimento de condicionalidades; ou

b. Ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da

Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

Interrupção da disponibilização das parcelas de

pagamento nos meses subseqüentes, na forma do

art. 4º da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008;

A retomada automática da disponibilização das

parcelas de pagamento, depois de encerrado o

prazo determinado no art. 4º da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008;

Não acarreta, por si só, o desligamento da

família do PBF; e

Encerrado o prazo citado no art. 4º da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008, haverá a liberação

automática do benefício.

Cancelamento

1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a. Desligamento voluntário da família, mediante declaração escrita do RF; ou

b. Decisão judicial.

2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios ou por

aproveitamento de informações cadastrais):

a. Repercussão de alteração cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em especial nas

seguintes situações:

i. renda per capita familiar no Cadastro Único superior à estabelecida para o PBF, depois de

encerrado o período de validade do benefício;

ii. cadastro excluído da base nacional do CadÚnico; ou

iii. renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no âmbito do

Cadastro Único.

b. Não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso II, do art.4º da Portaria

GM/MDS nº 376, de 2008, e observado normas complementares editadas e publicadas pela Senarc;

Cancelamento das parcelas de pagamento ainda

não sacadas pela família;

Interrupção da disponibilização das parcelas de

pagamento nos meses subseqüentes, na forma do

art. 4º da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008;

Desligamento da família do PBF;

Cancelamento do respectivo cartão magnético em

prazo a ser estipulado pela Senarc; e

A família beneficiária do PBF encontrada em

situação de trabalho infantil, terá seus benefícios

cancelados depois de esgotados os recursos para

a cessação do fato.

Page 22: Manual de Gestao de Beneficios

22

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

c. Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de “bloqueado”, aproveitando-se no

registro, quando possível, o motivo que deu origem ao bloqueio;

d. Acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

(Peti);

e. Encerramento do prazo para revisão de elegibilidade das famílias beneficiárias do PBF, que ocorrerá

no período de janeiro a outubro de cada ano;

f. Omissão de informação ou de prestação de informações falsas, apurados em cruzamento do

CadÚnico com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

g. Posse de beneficiário do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das 3 (três) esferas de

governo;

h. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto nº

5.209, de 2004;

i. Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, que trata da gestão de condicionalidades do

PBF:

- Descumprimento de condicionalidades; ou

- Ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da

Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

j. Reiterada ausência de saque de benefícios, em 6 (seis) parcelas consecutivas, conforme o art.

24 do Decreto n° 5.209, de 2004;

l. Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativação do cartão magnético nos

estabelecimentos credenciados;

m. Em decorrência de cancelamento de todos os benefícios variáveis, quando a família não

possuir benefício básico concedido;

n. Em decorrência de cancelamento do benefício básico, quando a família não possuir benefícios

variáveis concedidos; ou

o. Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário, quando a família não

possuir benefícios básico ou variáveis concedidos, conforme o disposto no artigo 2º, § 4º, e no art. 5º, §

3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Page 23: Manual de Gestao de Beneficios

23

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Desbloqueio

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre em decorrência da elucidação ou

finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio.

Liberação das parcelas anteriormente

bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo

de validade fixado no art. 24 do Decreto nº

5.209, de 2004; e

Liberação de benefícios, conforme item específico

desse quadro.

Reversão de

Suspensão

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre para retificação de erro operacional

no processamento ou no envio das informações sobre condicionalidades do PBF pelos

municípios, conforme o caso, aos Ministérios da Saúde, da Educação e à Secretaria Nacional de

Assstência Social.

A reversão de suspensão de benefícios terá os

seguintes efeitos, se efetuada no período de até 2

(dois) meses da data da suspensão, observado o

calendário operacional do PBF:

o Reavaliação de benefícios, conforme item

específico desse quadro; e

o Disponibilização das parcelas anteriormente

suspensas, até a geração da próxima folha

de pagamento, caso a reavaliação resulte em

liberação de benefícios.

Superado o prazo de até 2 (dois) meses da data

da suspensão, a reversão da suspensão de

benefícios não será permitida, salvo mediante

recurso administrativo nos termos da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008.

Reversão de

Cancelamento

Atividade realizada pela Senarc e pelos municípios. Ocorre para desfazer o cancelamento de

benefícios que tenha ocorrido a menos de 120 (cento e vinte) dias, em razão de fato superveniente

que implique a necessidade de retificação do cancelamento ocorrido anteriormente.

A reversão de cancelamento de benefícios terá os

seguintes efeitos, se efetuada dentro do período de

120 (cento e vinte) dias:

o Reavaliação de benefícios, conforme item

específico desse quadro;

o Retorno da família ao Programa e geração

de parcelas a partir da próxima folha de

pagamento, caso a reavaliação resulte em

liberação de benefícios; e

o Disponibilização das parcelas anteriormente

canceladas, caso a reavaliação resulte em

liberação de benefícios.

Superado o prazo de 120 (cento e vinte) dias o

reingresso da família dependerá da atividade de

Page 24: Manual de Gestao de Beneficios

24

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

reinclusão de benefícios;

A reversão de cancelamento de benefícios em

prazo superior a 120 (cento e vinte) dias caberá

apenas à Senarc, e nas seguintes hipóteses:

o Para correção de erro operacional na

folha de pagamento já gerada, limitada

a retroação a 12 (doze) parcelas,

conforme informações cadastrais

disponíveis no Sistema de Gestão de

Benefícios à época da reversão de

cancelamento;

o Cumprimento de decisão judicial; ou

o Cumprimento de decisão em sede de

recurso administrativo deferido no

âmbito da Senarc, limitada à geração de

12 (doze) parcelas.

O decurso do prazo para reversão de cancelamento

de benefícios implicará no cancelamento do

respectivo cartão Bolsa Família, em prazo a ser

estipulado pela Senarc.

Reinclusão

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Possibilita o reingresso à família no PBF depois

de superado o prazo de reversão de cancelamento de benefícios.

Recondução do cadastro da família ao processo de

habilitação, com aplicação das regras constantes

da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, que pode

resultar na habilitação ou na não-habilitação do

registro da família a novo ingresso no PBF;

Subordinação do cadastro da família habilitado às

regras de seleção e concessão constantes da

Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, em condições

de igualdade com as demais famílias;

A reinclusão de benefícios será executada

automaticamente pela Senarc, sempre que

possível, com aproveitamento das alterações

cadastrais da família efetuadas no CadÚnico

pelos municípios; e

Nos casos em que não for possível o

Page 25: Manual de Gestao de Beneficios

25

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

aproveitamento automático das alterações

cadastrais, observada norma regulamentar

específica publicada pela Senarc, a reinclusão

de benefícios se dará com a utilização do

Sistema de Gestão de Benefícios pelos

municípios ou pela Senarc.

ATIVIDADES COM EFEITO EM BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS DA FAMÍLIA

Bloqueio de BVJ

1) Motivos municipais:

a. Por decisão judicial; e

b. Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de não

localização dos adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino.

2) Motivos da Senarc:

a. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto

nº 5.209, de 2004; e

b. Ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da

Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

Registro do respectivo BVJ na situação de

“bloqueado” no Sistema de Gestão de

Benefícios;

Impedimento de retirada das respectivas

parcelas de BVJ ainda não sacadas pela família;

Impedimento do saque das parcelas de BVJ

geradas nos meses subseqüentes;

Não implica, por si só, o desligamento do

adolescente do PBF;

Benefícios que tenham sido bloqueados há mais

de 6 (seis) meses serão automaticamente

cancelados, contados da notificação de bloqueio,

observado o calendário operacional do PBF,

salvo disposição em contrário da Senarc; e

Solucionada a questão que deu causa ao

bloqueio, o benefício deverá ser desbloqueado

ou cancelado.

Desbloqueio de BVJ

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre em decorrência da elucidação ou

finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio.

Liberação das parcelas anteriormente

bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo

de validade fixado no art. 24 do Decreto nº

5.209, de 2004; e

Liberação de benefícios, conforme item específico

desse quadro.

Page 26: Manual de Gestao de Beneficios

26

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Suspensão de BVJ

Atividade realizada exclusivamente pela Senarc. Ocorre no caso de descumprimento de

condicionalidades por parte de respectivo adolescente da família.

Registro do respectivo BVJ na situação

“suspenso” no Sistema de Gestão de Benefícios;

Interrupção da disponibilização das respectivas

parcelas do BVJ nos meses subseqüentes, na

forma do art. 5º da Portaria GM/MDS nº 321, de

2008;

Não implica, por si só, o desligamento do

adolescente do PBF; e

Encerrado o prazo citado no art. 5º da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008, haverá a liberação

automática do BVJ.

Reversão de

Suspensão de BVJ

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre para retificação de erro

operacional no processamento ou no envio das informações sobre condicionalidades do PBF

pelos municípios ao Ministério da Educação.

A reversão de suspensão de BVJ terá os seguintes

efeitos, se efetuada no período de até 2 (dois)

meses da data da suspensão, observado o

calendário operacional do PBF:

o Reavaliação de benefícios, conforme item

específico desse quadro; e

o Disponibilização das parcelas do BVJ

anteriormente suspensas, até a geração da

próxima folha de pagamento, caso a

reavaliação resulte em liberação de

benefícios.

Superado o prazo de até 2 (dois) meses da data

da suspensão, a reversão da suspensão de BVJ

terá como efeito apenas a disponibilização das

parcelas dos meses subseqüentes.

Cancelamento de

benefício básico,

variável e BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de

Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios

no CadÚnico.

A análise das alterações cadastrais servirá para

verificar as regras de elegibilidade do PBF

constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de

2008, gerando os seguintes efeitos:

o Cancelamento de benefício básico,

variável ou BVJ, caso alguma regra de

elegibilidade do PBF não seja atendida; e

o Registro dos benefícios financeiros na

respectiva situação no Sistema de Gestão

Page 27: Manual de Gestao de Beneficios

27

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

de Benefícios.

O cancelamento de benefício variável ou BVJ,

realizado exclusivamente pela Senarc, por meio

do Sistema de Gesstão de Benefícios do PBF,

ocorrerão sempre nos meses de janeiro, tendo

como referência a data de 31 de dezembro do

ano anterior, nos seguintes casos:

o Para os adolescentes de 16 (dezesseis)

anos que não puderam ser migrados para

o BVJ, em razão do preenchimento das 2

(duas) vagas disponíveis para a família

por outros adolescentes do domicílio; e

o Para os adolescentes que tenham

completado 18 (dezoito) anos e estiverem

ligados ao BVJ.

Encerrado o período de validade do benefício,

ocorrerá o cancelamento do benefício básico,

caso a renda per capita familiar no CadÚnico

permaneça superior à estabelecida para a

concessão desse benefício.

Reversão de

Cancelamento de

benefício básico,

variável ou BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de

Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios

no CadÚnico.

A análise das alterações cadastrais servirá para

verificar as regras de elegibilidade do PBF

constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de

2008, gerando os seguintes efeitos:

o Reversão de benefícios básico, variável

ou BVJ, conforme as regras de

elegibilidade do PBF sejam atendidas; e

o Registro dos benefícios financeiros na

respectiva situação no Sistema de Gestão

de Benefícios.

Page 28: Manual de Gestao de Beneficios

28

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Concessão de

benefício básico,

variável ou BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Concessão de

Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios no

CadÚnico.

A análise das alterações cadastrais servirá para

verificar as regras de elegibilidade do PBF

constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de

2008, gerando os seguintes efeitos:

o Concessão de benefício básico, variável

ou BVJ, conforme as regras de

elegibilidade do PBF sejam atendidas; e

o Registro dos benefícios financeiros na

respectiva situação no Sistema de Gestão

de Benefícios.

Page 29: Manual de Gestao de Beneficios

29

2.1. Inclusão de benefícios

Como pôde ser observado no Quadro IV, a aplicação das atividades de

administração de benefícios iniciam-se logo após o processo de ingresso de famílias

(habilitação, seleção e concessão), com a atividade de Inclusão de benefícios.

Essa atividade é de exclusividade da Senarc e tem por objetivo separar as

famílias recém-ingressas no Programa das que já estão estabelecidas com continuidade

de pagamentos, de forma a possibilitar tanto a Senarc quanto a gestão municipal o

direcionamento de ações específicas as famílias recém-ingressas, como por exemplo:

revalidação das informações cadastrais prestadas pela família na época do

cadastramento, informação direcionadas às recém-ingressas sobre as condicionalidades

que devem ser cumpridas pelos beneficiários do Programa, ações específicas para

entrega de cartões, quando for o caso, entre outras.

Essa condição possui caráter transitório até o cadastramento pelo responsável

familiar de senha eletrônica individual do cartão magnético em estabelecimento

credenciado pela Caixa, no prazo de 6 (seis) meses, e a realização, caso necessário, de

procedimentos relacionados à revisão de elegibilidade.

A critério da Senarc e em caráter também transitório, parcelas de pagamentos

podem ser liberadas para as famílias nessa fase, mesmo quando ainda não houve a

liberação definitiva do benefício.

2.2. Liberação de benefícios

Todo benefício financeiro que sai de uma situação de inclusão, bloqueio,

suspensão ou passa por uma reversão de cancelamento em que houve sucesso, assume a

situação de “liberado” nos sistemas de gestão de benefícios com os efeitos que a

liberação produz.

A partir da liberação, os benefícios financeiros da família passam a ser pagos de

maneira permanente, sujeitos apenas a novas situações de administração.

2.3. Reavaliação de benefícios

Esta atividade ocorre cada vez em que há mudança na situação dos benefícios,

automáticas ou não e confere, neste momento, se a família mantém as condições de

elegibilidade que deram origem ao benefício, tais como: crianças entre 0 e 15 na

manutenção do benefício variável; jovens em idade de 16 a 17 para manutenção do

BVJ; multiplicidade cadastral etc.

Nesta ação, a família pode perder parte ou todos os benefícios caso não tenha

mais as condições de elegibilidade para manutenção dos mesmos.

2.4. Bloqueio de benefícios

O bloqueio de benefícios pelos gestores municipais depende da emissão de

parecer técnico por profissionais da área de assistência social ou técnicos de

Page 30: Manual de Gestao de Beneficios

30

fiscalização. Em todos os casos, é preciso formalizar a decisão de bloqueio e obter a

autorização do responsável pela Gestão de Benefícios na prefeitura. No próximo

Capítulo será apresentado o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, um

instrumento útil e obrigatório para a formalização e arquivamento desses casos de

bloqueio. Algumas prefeituras procuram abrir processos formais para essa decisão de

bloqueio. O importante é o respeito às regras de fundamentação do bloqueio em

pareceres técnicos, a formalização das decisões e o arquivamento das informações.

Os efeitos do bloqueio de benefícios são de fácil observação. Bloqueado um

benefício, as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família são bloqueadas. As

folhas de pagamento futuras passam a gerar as parcelas de pagamento dessa família

bloqueadas. Depois de 6 meses de parcelas bloqueadas, o benefício estará sujeito ao

cancelamento.

a) Bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento

De acordo com a Portaria 555, cabe bloqueio para averiguação de cadastramento

em casos como: (i) renda per capita superior ao limite de meio salário-mínimo do

CadÚnico; (ii) não localização de crianças ou adolescentes nos estabelecimentos

regulares de ensino, (iii) não adequação às regras de definição de cadastro válido,

citadas no inciso II, do art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008,

(iv) não localização da família no endereço informado no CadÚnico; e (v) crianças ou

adolescentes em situação de abrigamento, exceto na hipótese de o Conselho Tutelar ter

atestado as condições para a reintegração da criança ou adolescente à família, conforme

o art. 25, § 7º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

O bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento os respectivos

motivos precisa sempre aplicado em situações que precisam maior aprofundamento e

detalhamento por parte do Poder Público local, mas que mediante uma análise

preliminar já se pôde apontar a existência de indícios que sugerem fortemente que a

situação exista. Logo, a análise de indícios exige um processo de apuração e a

formalização de uma análise sobre os casos. Por exemplo, a não-localização da família

no endereço somente pode ser constatada por meio de visita domiciliar ou pelo

cruzamento de informações com outras fontes de dados. O importante é que os indícios

sejam sólidos e que o bloqueio tenha a formalização da decisão bem fundamentada.

Os casos que levaram ao bloqueio devem continuar sendo aprofundados e

investigados pelo Poder Público local, de modo a confirmar ou não a situação apontada

nos indícios, garantido o amplo acompanhamento pelo controle social do PBF, assim

como a participação da família, maior interessada em ver sua situação esclarecida e seu

benefício desbloqueado.

O bloqueio por renda per capita superior a meio salário-mínimo é devido pois

com a introdução da revisão cadastral, embora se admita o pagamento de benefícios a

famílias com renda per capita superior ao limite do PBF, fixou-se um teto que equivale

ao limite de renda utilizado no CadÚnico (1/2 salário-mínimo).

O bloqueio dos benefícios por motivo de não adequação às regras de cadastro

válido é realizado exclusivamente pela Senarc, para os benefícios cujo cadastro não se

enquadre nas especificações de cadastro válido descritas no art. 4º da Portaria GM/MDS

nº 376, de 2008. É considerado cadastro válido todo domicílio que atenda às seguintes

condições:

Page 31: Manual de Gestao de Beneficios

31

i) todos os campos considerados obrigatórios para validação, indicados no

aplicativo de

entrada de dados, preenchidos;

ii) o Responsável pela Unidade Familiar (RF) ter idade mínima de 16 anos;

iii) conter o registro de pelo menos um documento de identificação para todos os

membros da família;

iv) conter o registro do número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou do Título

de Eleitor para o Responsável pela Unidade Familiar, à exceção dos casos de

cadastramento diferenciado definidos pelo Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome (MDS) no Capítulo IX desta Portaria;

v) o CPF, quando informado para o responsável e para todas as demais pessoas

da família, deverá ter dígito verificador válido; e

vi) ausência de pessoas em multiplicidade na base nacional.

De acordo com o art. 2º, inciso I da Lei nº 10.836, de 2004, família, é a unidade

nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de

parentesco ou de afinidade, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto

e que se mantém pela contribuição de seus membros. Dessa forma, quando houver

indícios de criança ou adolescente em situação de acolhimento institucional, o gestor

municipal deverá bloquear o benefício do PBF da família. Após confirmado o fato,

deverá atualizar os dados no CadÚnico, excluindo a respectiva criança ou adolescente

do referido cadastro, e desbloquear o benefício, desde que a família possua ainda o

perfil estabelecido pelo PBF. Assim que a criança ou adolescente retorne ao convívio

familiar, o gestor municipal deverá incluí-la novamente no cadastro da família para que

seja realizado a reavaliação do benefício.

b) Bloqueio de benefícios para averiguação de acúmulo financeiro de Peti com PBF

No caso de bloqueio por acúmulo de benefícios do Peti, deve ser considerado o

disposto no artigo 10, da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005. O pagamento simultâneo

de benefícios do PBF e do Peti não é autorizado, cabendo a quem identificar o caso

tomar as providências para que o benefício financeiro de menor valor seja cancelado. O

gestor municipal deve analisar qual o benefício de menor valor e cancelá-lo

imediatamente. Nesse exemplo, se o benefício a cancelar é o do PBF, o motivo

aplicável é justamente o acúmulo de benefícios do Peti. O bloqueio do benefício de

menor valor é cabível se houver indício de acúmulo de benefícios entre Peti e PBF,

registrado formalmente a partir de auditoria ou fiscalização.

c) Bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades

O bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades é feito

exclusivamente pela Senarc, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da agenda

de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Em ambos os casos, as informações

utilizadas são aquelas lançadas pelas Secretarias Municipais de Educação e de Saúde

nos sistemas informatizados mantidos pelos respectivos Ministérios. A gestão das

condicionalidades está regulamentada na Portaria GM/MDS nº 321, de 2008. Assim, o

artigo 10 desta Portaria fixa regra para bloqueio, suspensão e cancelamento de

benefícios em caso de descumprimento de condicionalidades.

Page 32: Manual de Gestao de Beneficios

32

d) Bloqueio por encerramento do prazo para Revisão Cadastral

Além dos motivos já existentes para bloqueio de benefícios, existe um motivo de

bloqueio associado ao processo de Revisão Cadastral. A família tem um prazo, 31 de

outubro do ano que for selecionada para a Revisão Cadastral, para atualizar suas

informações cadastrais. Quando se encerra este prazo o benefício é bloqueado por

encerramento do prazo para Revisão Cadastral.

Se for feita uma atualização cadastral no domicílio da família ocorre o

desbloqueio automático do benefício, tão logo a atualização seja recebida pelo Sibec.

2.5. Desbloqueio de benefícios

O desbloqueio pode ser feito pelo município, ainda que o bloqueio seja realizado

apenas pela Senarc. O desbloqueio dos benefícios deve ocorrer sempre que os fatos que

deram origem à aplicação do bloqueio tenham cessado ou sido esclarecidos. Essa

averiguação deve ocorrer antes de decorridos 6 meses do bloqueio dos benefícios, pois

depois desse prazo os benefícios serão cancelados automaticamente.

Com o desbloqueio, liberam-se todas as parcelas de pagamento ainda não

sacadas pela família, observado o período de validade das parcelas. Assim, no máximo,

a família conseguirá sacar as parcelas de pagamento depositadas nos últimos 3 meses

visto que a validade das parcelas deve ser observada2.

O benefício bloqueado pelo motivo Encerramento do prazo para Revisão

Cadastral é desbloqueado automaticamente quando a informação da atualização cadastal

repercute no Sibec. O desbloqueio pelo módulo on-line não é permitido nesses casos.

2.6. Cancelamento de benefícios

São inúmeros os motivos de cancelamento de benefícios, conforme o art. 8º da

Portaria MDS nº 555, porém alguns são idênticos aos de bloqueio. Normalmente, os

motivos que podem levar a bloqueio ou cancelamento, indistintamente, servem para o

Poder Público possa optar entre uma e outra atividade, segundo a existência de indícios

ou fatos comprovados. Em geral, a existência de indícios leva ao bloqueio, enquanto a

existência de comprovação dos fatos leva ao cancelamento. Esse é o caso por exemplo

do motivo de acúmulo de benefícios do PBF e do Peti.

Em outros casos, o motivo de cancelamento é também idêntico ao de bloqueio,

porém a escolha de qual utilizar está mais relacionada a possibilitar que Poder Público

possa escolher a modalidade mais adequada, segundo o caso específico e as

circunstâncias existentes. Por exemplo o motivo decorrência de procedimentos de

fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n° 5.209, de 2004 é comum

à atividade de bloqueio e de cancelamento, podendo ser aplicado aos benefícios

2 Situações de emergência, de calamidade pública, de greve de funcionários do agente operador, entre

outras, podem implicar uma modificação nesse período de validade por parte do MDS.

Page 33: Manual de Gestao de Beneficios

33

segundo decisão do MDS. Cada ação de fiscalização pode levar a diferentes decisões,

segundo os fatos e informações encontrados.

Outra situação é que alguns motivos bloqueio podem levar ao cancelamento, por

decurso do prazo na condição de bloqueado, mantendo-se sempre que possível o motivo

que deu origem ao bloqueio. Por exemplo, a não-localização da família no endereço

indicado no CadÚnico, depois de o benefício permanecer bloqueado por mais de 6

meses, cabe cancelamento, que utilizará este mesmo motivo.

A forma como cada cancelamento é comandado varia conforme o motivo.

Muitos motivos de cancelamento ocorrem automaticamente por meio do

aproveitamento de alterações cadastrais; alguns podem ser feitos pelo gestor municipal

ou pela Senarc; e outros podem ser feitos apenas Senarc.

Quanto aos cancelamentos que aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos

municípios nos cadastros das famílias, tem-se, por exemplo, a não adequação às regras

de definição de cadastro válido em relação à multiplicidade de membros que leva

automaticamente ao cancelamento do benefício. Se o adolescente da família completou

a idade limite para recebimento do BVJ, o benefício será cancelado em janeiro do ano

seguinte. Esse conjunto de alterações que são automaticamente tratadas pelo SGB é

conhecido como repercussão de alterações cadastrais e será explicado em detalhes mais

adiante. Caso necessário, é recomendável, conforme o caso, que o gestor municipal faça

o bloqueio de benefícios; se a alteração cadastral for processada o benefício acabará

sendo cancelado.

O Bolsa Família tem assim um conjunto amplo de motivos de cancelamento de

benefícios realizados de forma automatizada pelo Sistema de Gestão de Benefícios, tais

como:

a) Desligamento voluntário da família;

b) Decisão judicial;

c) Repercussão de alteração cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em

especial nas seguintes situações: 1) Renda per capita familiar no CadÚnico

superior à estabelecida para o PBF, depois de encerrado o período de validade

do benefício; 2) cadastro excluído da base nacional do CadÚnico; ou 3) renda

per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no

âmbito do Cadastro Único.

d) Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de “bloqueado”, na

forma do art. 6º, § 3º desta Portaria, aproveitando-se no registro, quando

possível, o motivo que deu origem ao bloqueio;

e) Não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso II, do

art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

f) Acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Programa de Erradicação

do Trabalho Infantil (PETI);

g) Encerramento do prazo para revisão de elegibilidade das famílias beneficiárias

do PBF, que ocorrerá no período de janeiro a outubro de cada ano;

h) Omissão de informação ou de prestação de informações falsas, apurados em

cruzamento do CadÚnico com outras bases de dados, conforme disposto no art.

18 da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

Page 34: Manual de Gestao de Beneficios

34

i) Posse de beneficiário do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das 3

(três) esferas de governo;

j) Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35,

inciso I do Decreto nº 5.209, de 2004;

k) Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, que trata da gestão de

condicionalidades do PBF ;

l) reiterada ausência de saque de benefícios, em 6 (seis) parcelas consecutivas,

conforme o art. 24 do Decreto n° 5.209, de 2004;

m) Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativação do cartão

magnético nos estabelecimentos credenciados;

n) Em decorrência de cancelamento de todos os benefícios variáveis, quando a

família não possuir benefício básico concedido;

o) Em decorrência de cancelamento do benefício básico, quando a família não

possuir benefícios variáveis concedidos; ou

p) Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário, quando

a família não possuir benefícios básico ou variável concedidos, conforme o

disposto no artigo 2º, § 4º, e no art. 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15

de dezembro de 2004.

Os cancelamentos de benefícios efetuados diretamente pelos municípios no Sistema

de Gestão de Benefícios devem ser registrados no Formulário-Padrão de Gestão de

Benefícios, tendo por base parecer de profissionais da assistência social ou de técnicos

de fiscalização, e outros registros considerados relevantes para a compreensão futura

das causas do cancelamento. Com relação aos cancelamentos efetuados a partir de

alterações cadastrais, os lançamentos e o arquivamento de informações condicionam-se

à regulação do CadÚnico, não sendo necessária a utilização do Formulário-Padrão de

Gestão de Benefícios. Nessa última hipótese, a documentação pertinente deve ser

arquivada segundo as regras do CadÚnico.

Como efeito do cancelamento de benefícios, tem-se o cancelamento das parcelas

de pagamento ainda não sacadas. A família é desligada do Programa e deixa de constar

das folhas de pagamento futuras.

2.7. Reversão de cancelamento de benefícios

Por meio dessa atividade, os benefícios financeiros do PBF que estejam na

condição de cancelado poderão voltar a ser pagos a uma determinada família, inclusive

as parcelas de pagamento não sacadas durante o período em que o benefício estava

cancelado. Para que isso ocorra, é preciso que a reversão seja comandada pelo gestor

municipal no prazo de até 120 dias após o cancelamento.

Conforme prevê o artigo 11, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, reverte o

cancelamento de benefícios que tenha ocorrido há menos de 120 (cento e vinte) dias, e

deve ser executada em razão de fato superveniente que implique a necessidade de

retificação ou correção do cancelamento ocorrido anteriormente.

Page 35: Manual de Gestao de Beneficios

35

Realizada dentro do prazo citado acima, a reversão de cancelamento terá os

seguintes efeitos:

a) Readmissão da família no Programa, depois de confirmado que ela ainda

preencha os requisitos para a concessão. Em caso positivo, o benefício

será retirado da situação de cancelado;

b) Disponibilização, na próxima folha de pagamento a ser gerada depois da

data de reversão, das parcelas de pagamento anteriormente canceladas e,

também, daquelas que não chegaram a ser geradas durante o período em

que o benefício esteve na situação de cancelado; e

c) Retomada da disponibilização normal de parcelas de pagamento nos

meses posteriores à reversão.

A reversão de cancelamento demandada pelo município passa ainda por uma

reavaliação que verifica se a família ainda possui os requisitos de elegibiliade para

retornar ao PBF.

2.8. Reinclusão de benefícios

Após excedido o prazo para reversão de cancelamento de benefícios tratada no

item anterior, a família apenas poderá retornar ao Programa pela atividade de reinclusão

de benefícios.

No entanto, diferente dos efeitos da reversão de cancelamento, a modalidade de

reinclusão aqui proposta é para possibilitar ao gestor municipal indicar, via sistema, se a

família deve voltar a concorrer em situação de igualdade com as demais para o ingresso

do PBF. Esta ação do município, preferencialmente, será realizada nos casos em que o

motivo de cancelamento teve fato gerador que somente pode ser reanalisado in loco

pelo gestor municipal. Sempre que possível as alterações efetuadas no cadastro de

família suprirão a reanálise do município, possibilitando a recondução da família ao

processo de habilitação e seleção ao PBF. Isto significa que a atividade de reinclusão

não retornará a família de imediato ao PBF, sendo que isto depende de atendimento de

todos os requisitos para ingresso no Programa, em especial os limites orçamentário-

financeiro e de estimativas de cada município, conforme dispõe a Portaria GM/MDS nº

341, de 2008.

2.9. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios

A suspensão de benefícios por descumprimento de condicionalidades é feita

exclusivamente pela Senarc, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da agenda

de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde, seguindo as regras da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008. O prazo de suspensão firmado nesta Portaria é de 2 meses.

Se um benefício é colocado na situação de suspenso, deixam de ser depositadas

as parcelas de pagamento da família, durante o período de suspensão. Encerrada a

suspensão, o benefício volta automaticamente à condição anterior, mas não são geradas

parcelas relativas ao período em que houve a suspensão.

Page 36: Manual de Gestao de Beneficios

36

A reversão de suspensão pode ser feita pelo município, ainda que a suspensão

tenha sido feita pela Senarc. Efetuada a suspensão de benefícios, em caso de reclamação

da família, o gestor municipal deve proceder conforme as orientações de interposição de

recursos da Portaria GM/MDS n 321, de 2008 e, então realizar a reversão de suspensão.

Efetuada a reversão de suspensão, as parcelas de pagamento anteriormente não

geradas serão depositadas à família, quando da geração da folha de pagamento seguinte.

2.10. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício básico

O cancelamento do benefício básico ocorre com o aproveitamento das alterações

cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário

Operacional. A elevação da renda por pessoa da família para valores entre R$ 70,01 e

R$ 140,00 leva ao cancelamento do benefício básico dessa família, quando se encerra o

período de validade do benefício, se a renda familiar ainda estiver acima do limite para

a concessão do básico deste benefício.

A concessão/reversão de cancelamento do benefício básico ocorre também com

o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico,

seguindo o Calendário Operacional. A redução da renda por pessoa da família para

valores abaixo de R$ 70,00 leva à concessão do benefício básico a essa família por

ocasião da geração da folha de pagamento indicada no Calendário Operacional. Se essa

família já teve um benefício básico, ocorrerá uma reversão de cancelamento, sem o

pagamento de parcelas retroativas.

2.11. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício variável

O cancelamento de benefício variável ocorre com o aproveitamento das

alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário

Operacional. Os motivos de cancelamento de benefício variável que são feitos pela

Senarc com aproveitamento das alterações cadastrais realizadas pelos municípios são:

falecimento, criança ou adolescente não mais residente com a família, e multiplicidade

cadastral. Todos esses motivos devem ser tratados por meio do aplicativo do CadÚnico.

Essas alterações são aproveitadas pelo Sistema de Gestão de Benefícios (SGB) para

cancelar os benefícios variáveis anteriores concedidos à família. Há ainda um motivo de

cancelamento de variável exclusivo da Senarc: idade igual ou superior a 16 anos para

adolescentes, quando não há a possibilidade de concessão de BVJ em razão do

preenchimento das duas vagas disponíveis por outros adolescentes da família.

Por outro lado, a inclusão de crianças e/ou adolescentes de até 15 anos no

cadastro de uma família é também uma alteração cadastral tratada pelo SGB. Nesses

casos, haverá a concessão de novo benefício variável à família. Se já houve benefício

variável nessa família para essa criança ou adolescente, ocorrerá uma reversão de

cancelamento, sem o pagamento de parcelas retroativas.

Para que a concessão de benefício variável aconteça é preciso que haja crianças

ou adolescentes com idade igual ou inferior a 15 anos no mês da concessão. O

Page 37: Manual de Gestao de Beneficios

37

cancelamento desse benefício, por idade superior ao permitido, ocorre sempre no mês

de janeiro, desde que não haja mais vagas para concessão de BVJ naquela família.

Caso não existam outros benefícios na família, o cancelamento de benefícios

básico e/ou variável leva ao seu desligamento do Programa.

2.12. Cancelamento e concessão/reversão de BVJ

O BVJ é concedido para jovens de 16 e 17 anos que estejam matriculados em

instituição regular de ensino. No mês subseqüente ao que o jovem completa os 16 anos,

a Senarc confere se há para ele apuração de freqüência escolar segundo o cumprimento

de condicionalidade exigido para o recebimento do variável e, caso positivo, é

concedido o BVJ. Caso o jovem tenha acabado de ingressar no PBF, seja por ingresso

recente do jovem naquela família, seja por ingresso recente da própria família no PBF,

são conferidos se o código do INEP referente a ele está valido e atualizado no cadastro

nos últimos 12 meses; caso positivo, é então concedido o BVJ.

A partir daí, o cancelamento deste benefício se dá mediante descumprimento de

condicionalidades ou idade limite de 18 anos, quando então o benefício é cancelado no

mês de janeiro subseqüente.

3. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de

benefícios

Considerando-se o direito do responsável pela unidade familiar de questionar

a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de acordo com o artigo

18 da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem como obrigação

analisar e deliberar sobre tais questionamentos, apresentados sob a forma de recurso, no

prazo máximo de 30 dias.

4. Prazo do agente operador para repercussão de atividades de gestão de benefícios

no relatório da folha de pagamento e no sistema bancário

Para que as famílias conheçam as datas em que os benefícios serão pagos é

distribuído pela Caixa um Calendário de Pagamento de Benefícios do PBF. A fixação

dessas datas de pagamento requer um planejamento para a geração da folha de

pagamento, conforme prazos definidos para várias tarefas. Entre essas tarefas estão:

inclusão de famílias com benefícios concedidos no mês, emissão de cartões bancários

para essas novas famílias, processamento da repercussão de alteração cadastral,

disponibilização dos valores a pagar na rede bancária da Caixa, dentre outras. O

descumprimento desses prazos levaria a atrasos no pagamento de benefícios,

impactando a rotina de milhões de famílias, e causaria transtornos aos gestores

Page 38: Manual de Gestao de Beneficios

38

municipais. Esse planejamento leva à definição de inúmeras datas-limite num

Calendário Operacional; as principais são apresentadas no Quadro V.

Quadro V – Calendário Operacional

Item Ação Ente/Órgão Folha de Pagamento 2010 do Mês de:

JAN FEV MAR ABR MAI JUN

1 Data-limite para cadastramento de famílias no CadÚnico para habilitação ao Programa Bolsa Família

Prefeituras 30/11/2009 31/12/2009 29/01/2010 26/02/2010 31/03/2010 30/04/2010

2 Data-limite para alteração cadastral no CadÚnico para

repercussão na folha de pagamento Prefeituras 31/12/2009 29/01/2010 26/02/2010 31/03/2010 30/04/2010

31/05/2010

3 Data-limite para manutenção no Sistema de Gestão de Benefícios para repercussão na folha de pagamento

Prefeituras e MDS

07/01/2010 27/01/2010 04/03/2010 01/04/2010 06/05/2010 03/06/2010

4 Início do processamento da Folha de Pagamento. CAIXA 08/01/2010 28/01/2010 05/03/2010 02/04/2010 07/05/2010 04/06/2010

5 Início do processamento da folha de pagamento CAIXA 18/01/2010 11/02/2010 18/03/2010 16/04/2010 18/05/2010 17/06/2010

6 Início e fim de validade das parcelas CAIXA

18/01/2010

a

19/04/2010

11/02/2010

a

11/05/2010

18/03/2010

a

15/06/2010

16/04/2010

a

14/07/2010

18/05/2010

a

16/08/2010

17/06/2010

a

14/09/2010

Notas: 1) Para os itens 1 e 2, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a repercussão ocorrerá na folha

de pagamento do próximo mês. 2) Para o item 3, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a ação será

refletida somente na próxima geração de folha, embora haja atualização imediata das bases de benefícios e de

pagamentos sobre as parcelas já disponíveis. 3) Durante o processamento do reflexo das alterações cadastrais (item

4), o módulo de manutenção no SGB permanecerá indisponível. 4) Este calendário será atualizado periodicamente

e suas datas serão ajustadas quando necessário, estando sempre disponível no SGB para download. No cabeçalho

do calendário retirado do SGB consta a data de atualização.

No Quadro V, o item 1 é o prazo final para que uma família seja incluída no

CadÚnico pelos municípios, de modo que seu cadastro possa ser habilitado para

concessão de benefícios no respectivo mês.

O item 2 representa a data-limite para que as atividades de gestão de

benefícios, que aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no

CadÚnico, afetem o relatório da folha de pagamento. Por exemplo, no mês de maio, a

data-limite é 30 de abril.

O item 3 representa a data-limite para que todas as atividades de gestão de

benefícios que são realizadas diretamente no SGB afetem o relatório de geração da

folha de pagamento. No entanto, vale ressaltar que as atividades de gestão de

Page 39: Manual de Gestao de Beneficios

39

benefícios, realizadas depois da geração da folha, são acatadas pelo SGB e aproveitadas

para o relatório de folha de pagamento seguinte.

Um dos efeitos mais importante dos bloqueios, desbloqueios e cancelamentos

de benefícios recai sobre as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família. As

parcelas de pagamento são gerenciadas em sistemas interligados à rede bancária da

Caixa. Portanto, os efeitos das atividades de gestão de benefícios sobre as parcelas de

pagamento ainda não sacadas não são imediatos. Normalmente, o tempo que as

atividades de gestão de benefícios leva para provocar efeitos financeiros é:

2 dias úteis – se a atividade for realizada fora do Calendário de

Pagamento de Benefícios; e

5 a 8 dias úteis – se a atividade for realizada dentro do Calendário de

Pagamento de Benefícios.

A Senarc estuda, em conjunto com a Caixa, a redução desses prazos de

liberação, bloqueio e cancelamento de parcelas de pagamento.

Page 40: Manual de Gestao de Beneficios

40

Capítulo IV – O Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família e a

sua operacionalização

1. O Sistema de Gestão de Benefícios

Para a realização da gestão de benefícios em âmbito municipal foi

desenvolvido um sistema informatizado, via internet, denominado Sistema de Gestão de

Benefícios do PBF. A Caixa, responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um

Sistema de Gestão de Benefícios para o PBF, implantou um sistema informatizado que,

por servir a outros propósitos, acabou sendo denominado de Sistema de Benefícios ao

Cidadão - Sibec. Dessa forma, para os objetivos deste manual, o módulo municipal do

SGB e o Sibec podem ser considerados sinônimos.

O SGB trouxe maior agilidade e eficiência para o trabalho dos gestores

municipais. Com a descentralização da gestão de benefícios aos municípios que

aderiram ao Bolsa Família, os gestores municipais têm autonomia para realizar

bloqueios, desbloqueios, cancelamentos e reversões de cancelamento de benefícios, por

meio do SGB. Agilizou-se o tratamento das diversas situações que levam à interrupção

temporária ou permanente do pagamento dos benefícios financeiros, não havendo mais

necessidade de envio de ofícios à Senarc para solucionar os casos de bloqueio ou

cancelamento. O SGB é um sistema on line que pode ser utilizado em qualquer

computador com acesso à internet, o que facilita o trabalho do gestor municipal, que

não precisa instalar programas ou configurar o computador para realizar a gestão de

benefícios.

Além da execução das atividades de gestão de benefícios, o SGB permite

consultar desde a situação do benefício de uma família específica até informações

gerenciais sintéticas, como as folhas de pagamento do PBF e dos Programas

Remanescentes no município.

Com a descentralização da gestão de benefícios, os gestores estaduais do PBF,

os integrantes das instâncias municipais e estaduais de controle social e os integrantes

da Rede Pública de Fiscalização do PBF podem, a qualquer tempo, consultar on line as

mesmas informações que os gestores municipais.

Além de tornar eficiente a gestão de benefícios, o SGB atende à exigência de

transparência para o Programa. Com o SGB, todas as instâncias de controle dispõem de

acesso a informações para acompanhamento da gestão de benefícios, com maior

participação da sociedade no controle social do PBF.

2. A operacionalização do Sistema de Gestão de Benefícios

A operacionalização da gestão de benefícios vem avançando rapidamente. Até

final de 2005, os municípios dependiam do envio de ofícios para processamento de suas

demandas de cancelamento, bloqueio ou desbloqueio de benefícios pela Senarc. O

lançamento do SGB aperfeiçoou a forma de execução das atividades de gestão de

benefícios. No início de 2006, a gestão de benefícios passou a aproveitar as alterações

Page 41: Manual de Gestao de Beneficios

41

cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, eliminando-se as redundâncias

entre os lançamentos efetuados pelos municípios no CadÚnico e no SGB.

Em 2006, a reversão de cancelamento de benefícios do PBF foi incorporada ao

Sibec e os relatórios de folha de pagamento passaram a ser disponíveis. Outros

relatórios também entraram em operação em 2006. Constata-se, portanto, um rápido e

constante aprimoramento da operacionalização da gestão de benefícios. Por essa razão,

a versão mais atualizada deste manual está disponível no sítio do MDS, sendo

recomendáveis consultas freqüentes a essas páginas, via internet, para acompanhamento

das últimas inovações.

Em agosto de 2008, a rotina de repercussão automática de alteração cadastral foi

revista. O reflexo das alterações que antes ocorria uma vez por mês passa a ser diário,

com repercussão no SIBEC em até quatro dias após o processamento da informação na

Base CadÚnico. A nova rotina também contemplou situações que no processo de

repercussão mensal não tinham impacto no benefício, como a gestão de benefícios para

as famílias que mudaram de município e tiveram seus cadastros excluídos no município

de origem antes do cadastramento no município de destino, entre outras situações.

Ao longo deste capítulo, a operacionalização da gestão de benefícios será

apresentada com ênfase nas principais funcionalidades do SGB. Dado o escopo deste

manual, seria impossível explicar todas as funcionalidades do SGB e sua interação com

a repercussão de alteração cadastral. Assim, sempre que necessário, será preciso

remeter-se ao Manual do Sistema de Gestão de Benefícios, e também à Instrução

Operacional nº 12, de 3 de fevereiro de 2006, que contém as regras da repercussão de

alteração cadastral.

2.1. A descentralização da gestão de benefícios do PBF

De acordo com o artigo 14 do Decreto 5.209, de 2004, todo município deve

manter uma Coordenação Municipal do PBF, responsável, dentre outras atribuições, por

promover as ações do PBF em âmbito municipal e por cadastrar famílias pobres no

CadÚnico. Por meio da assinatura do termo de adesão, os municípios pactuam a gestão

compartilhada do Programa Bolsa Família com o MDS. Na ocasião, formalizam a

indicação do gestor municipal, encarregado da coordenação definida em decreto, e dos

membros da instância municipal de controle social. Pelo MDS, foi firmado o

compromisso de oferecer aos municípios um sistema informatizado para a realização da

gestão de benefícios.

A descentralização da gestão de benefícios teve início com a publicação da

Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de novembro de 2005. O artigo 8º da Lei n° 10.836, de

9 de janeiro de 2004, já estabelecia que “a execução e a gestão do Programa Bolsa

Família são públicas e governamentais e dar-se-ão de forma descentralizada, por meio

da conjugação de esforços entre os entes federados, observada a intersetorialidade, a

participação comunitária e o controle social”. Ou seja, a descentralização da gestão de

benefícios já contava com amparo na lei do Programa Bolsa Família. Como nenhum dos

principais programas de transferência de renda anteriores dispunha de um módulo

similar de gestão de benefícios descentralizado ao município, trata-se de uma inovação

da política de transferência de renda trazida pelo Bolsa Família.

Page 42: Manual de Gestao de Beneficios

42

2.2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios

A gestão de benefícios do Programa Bolsa Família admite duas formas de

execução operacional:

Descentralizada- é realizada pelo próprio gestor local, diretamente no

módulo municipal do Sistema de Gestão de Benefícios (SGB). Nesse

caso, nenhum documento precisa ser encaminhado à Senarc, e sim

arquivado localmente. Se a atividade de gestão de benefícios foi

executada diretamente no SGB, o Formulário-Padrão de Gestão de

Benefícios (FPGB) deverá ser preenchido, permanecendo arquivado por

no mínimo 5 anos. Se a atividade é executada com aproveitamento das

alterações cadastrais, a documentação pertinente deve ser arquivada

segundo as regras do CadÚnico, sem a necessidade de preenchimento do

FPGB.

Centralizada - o gestor local, por meio de ofícios dirigidos à Senarc,

solicita uma atividade de gestão em determinado benefício, utilizando o

FPGB. Localmente, devem ser mantidas cópias da documentação

enviada.

O Quadro VI apresenta o fluxograma da operacionalização da gestão de

benefícios.

Page 43: Manual de Gestao de Beneficios

43

Quadro VI – Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios

O Gestor Municipal detecta a necessidade de realização de uma atividade de gestão de

benefícios, analisando se ela pode ser executada apenas no SIBEC

Faz o preenchimento do Formulário Padrão

de Gestão de Benefícios (FPGB)

Realiza a atividade de gestão de

benefícios diretamente no SIBEC

Arquiva o FPGB pelo prazo mínimo

de cinco anos (Art. 4º, § 2º da

Portaria GM/MDS nº 555/2005)

Encaminha um ofício, anexando o FPGB,

para a SENARC

A SENARC faz a análise da solicitação

Solicitação procedente

Realiza o processamento do

ofício

Encaminha à CAIXA para

reflexo na próxima folha de

pagamento

A SENARC disponibiliza

informações da solicitação

municipal no sítio do MDS

Realiza o processamento do ofício,

sinalizando-o como Sem Ação de Gestão de

Benefícios

SIM

NÃO

A SENARC disponibiliza

informações da solicitação

municipal no sítio do MDS

Gestão

centralizadaGestão

descentralizada

Somente pode ser executada no SIBEC ?

Sim

Município altera o Cadastro da

família e aguarda o

processamento automático da

atividade, realizado segundo o

calendário operacional.

Não

Arquiva a documentação

necessária, segundo as regras do

CadÚnico.

A Gestão de Benefícios descentralizada agrega qualidade em relação ao

processo centralizado, pois se vale de tecnologia e ferramentas administrativas que

poderão fortalecer institucionalmente os gestores municipais.

2.3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios

No capítulo III deste manual foram apresentadas as atividades de gestão de

benefícios com os motivos de aplicação e os efeitos de sua execução. A partir disso,

pode-se classificar a execução dessas atividades segundo a utilização direta, ou não, do

SGB:

Certas atividades somente são executadas com o aproveitamento das

alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico;

Algumas atividades podem ser executadas pelo SGB ou por

repercussão de alterações cadastrais, dependendo exclusivamente dos

motivos para sua aplicação;

Page 44: Manual de Gestao de Beneficios

44

Por fim, certas atividades somente podem ser executadas com uso do

SGB.

Essas diferenças na execução das atividades de gestão de benefícios têm a ver

com o Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do CadÚnico e o aproveitamento

das alterações cadastrais pelo SGB. Como se sabe, muitas alterações cadastrais podem

levar à execução de atividades. Dessa forma, se as repercussões não fossem

aproveitadas pelo SGB, o município seria obrigado a realizar estas alterações no

cadastro das famílias e, em seguida, acessar o SGB para executar a atividade de gestão

de benefícios correspondente.

O cancelamento de benefícios, se aplicado a todos os benefícios, pode ser

realizado tanto por meio do SGB quanto via repercussão de alterações cadastrais,

dependendo exclusivamente dos motivos para o desligamento da família. Os motivos de

cancelamento de benefício que podem ser executados pelos municípios por meio do

SGB são:

Desligamento voluntário da família do PBF;

Decisão judicial;

Os motivos de cancelamento que aproveitam alterações cadastrais, quando

identificados pelos municípios, sempre estão relacionados a alterações nas informações

do CadÚnico.

Os cancelamentos e concessões/reversões de cancelamento dos benefícios

básico e variável somente podem ser executados por meio da repercussão de alteração

cadastral.

O bloqueio, o desbloqueio, a reversão de suspensão e a reversão de

cancelamento somente podem ser realizados com a utilização do SGB,

independentemente dos motivos para sua aplicação. Por exemplo, o bloqueio por

averiguação de cadastramento em função de indícios de renda por pessoa superior só

pode ser tratado pelo SGB, uma vez que o aplicativo de entrada de dados do CadÚnico

não tem como registrar indícios de renda por pessoa superior.

2.4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da

repercussão de alteração cadastral

A Senarc, a partir da experiência adquirida em auditorias realizadas nos anos

2004 e 2005, decidiu implementar uma rotina permanente de auditoria que favorecesse

a coerência entre as informações do CadÚnico e as do SGB. Essa rotina, conhecida

como Repercussão Automática de Alterações Cadastrais do CadÚnico no PBF, passou a

ser executada diariamente a partir de junho de 2008. O SGB, por sua vez, passou a

aproveitar diversas alterações cadastrais para execução das atividades de gestão de

benefícios.

Por fim, o Calendário Operacional, apresentado no capítulo II, deve ser

consultado para compreensão dos prazos necessários ao processamento das alterações

cadastrais no SGB.

Page 45: Manual de Gestao de Beneficios

45

2.4.1. A rotina de repercussão automática de alteração cadastral

A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica as

situações em que uma alteração cadastral pode resultar em cancelamento ou bloqueio de

benefícios financeiros. Graças a essa rotina, várias ações de gestão de benefícios do

PBF, que antes eram efetuadas pelos municípios tanto no CadÚnico quanto no SGB,

passaram a exigir apenas o lançamento no Aplicativo de Entrada e Manutenção de

Dados do Cadastro Único – Offline do CadÚnico.

As principais rotinas que passaram a ser tratadas automaticamente pelo SGB

são:

Alteração na renda por pessoa da família – Mudanças na renda por

pessoa da família no CadÚnico podem acarretar o cancelamento

automático dos benefícios (se a renda per capita informado for superior a

½ salário-mínimo) ou a alteração do total de benefícios financeiros da

família (eventual concessão do benefício básico);

Alteração da composição familiar – Uma redução ou um aumento da

quantidade de crianças ou adolescentes pode acarretar mudança do

benefício variável da família, com redução ou aumento do valor pago. A

inclusão ou exclusão de pessoas no cadastro de uma família pode

modificar também a renda por pessoa da família.

Substituição de responsável legal – Implica a troca do titular dos

benefícios financeiros da família no SGB, seguida pela emissão

automática de novo cartão magnético. Os benefícios financeiros dessa

família passam a ser pagos a esse novo responsável legal;

Mudança de município – Ao mudar de município, uma família deve ser

cadastrada na cidade de destino. A partir da ativação do novo cadastro, o

benefício financeiro da família será reavaliado, passando a refletir as

novas informações. O domicílio anterior, registrado no município de

origem, não deve ser excluído do cadastro, pois será tornado inativo na

base nacional do CadÚnico, automaticamente;

Conversão de NIS – Como resultado da conversão de NIS, a folha de

pagamento passa a refletir o NIS ativo, e os benefícios financeiros da

família são transferidos para o NIS ativo, emitindo-se automaticamente

um novo cartão magnético.

2.4.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no

SGB

O diagrama do Quadro VII sintetiza o processo de alterações cadastrais, que

consiste nos seguintes passos:

O município realiza uma alteração cadastral no domicílio de uma família

no aplicativo do CadÚnico, transmitindo o arquivo de alterações ao

agente operador e recebendo de volta o arquivo-retorno com a

informação de que o domicílio foi processado;

Page 46: Manual de Gestao de Beneficios

46

Em seguida, as alterações cadastrais que podem acarretar a execução de

alguma atividade de gestão de benefícios são filtradas pelo Sistema do

Cadastro Único e encaminhadas ao SGB para tratamento. Outros tipos de

alterações cadastrais, como substituição de responsável legal e mudança

de município, também são enviadas ao SGB;

Por sua vez, o SGB analisa a repercussão dessas alterações cadastrais

sobre os benefícios financeiros das famílias beneficiárias do PBF e dos

Programas Remanescentes. A partir dessa análise, executada com o

auxílio da rotina de reavaliação apresentada a seguir, alguma atividade

de gestão de benefícios pode ser executada, com reflexo sobre a situação

dos benefícios financeiros e sobre as parcelas de pagamento, de acordo

com o Calendário Operacional. Nesse caso, será gravada a informação

correspondente, que poderá ser consultada no histórico de situação do

benefício da família, no SGB;

Por meio do SGB, o município verifica se as alterações cadastrais feitas

no aplicativo do CadÚnico resultaram na execução automática de alguma

atividade de gestão de benefícios.

Quadro VII – Fluxograma de processamento da repercussão de alteração cadastral

no SGB

Base Centraldo CadÚnico

CONECTIVIDADE

SOCIAL

Offline doCadÚnico

(Aplicativo de entrada de

dados do CadÚnico

Sistema de

Gestão deBenefícios

Internet

Sistema de Gestão

de Benefícios(módulo municipal

operacionalizado pela CAIXA)

Env

ia al

tera

ções

Con

sulta

Ben

efíc

ios

MD

S e

CAI

XA

Mun

icíp

io Env

iaal

tera

ções

Env

ia

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ivo r

etor

no

Bai

xa

arqu

ivo r

etor

no

Repercussão dasalterações cadastrais

Page 47: Manual de Gestao de Beneficios

47

2.4.3. A rotina de reavaliação no SGB

A implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais

implicou a construção de outra rotina automatizada de tratamento das alterações no

SGB, denominada Rotina de Reavaliação. Toda vez que uma alteração cadastral é

acatada no CadÚnico, a Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais

analisa a mudança nas informações e envia para que o SGB trate, se for o caso. No SGB

é acionada a Rotina de Reavaliação, que verifica se o benefício financeiro concedido a

uma família ainda permanece válido. Assim, a Rotina de Reavaliação confere se uma

dada família ainda permanece com as condições de elegibilidade que lhe garantem a

continuidade da concessão dos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes.

Paralelamente, as atividades de gestão de benefícios correspondentes à alteração são

executadas pelo SGB.

O benefício financeiro que não passa nas regras da reavaliação é cancelado,

pelo motivo correspondente à regra não atendida depois da aplicação dessa rotina;

aparecem no histórico de situação do SGB alguma das seguintes mensagens:

Residência fora do município de cadastramento;

Beneficiário é beneficiário indireto em outra família (a pessoa aparece

como criança em outra família);

Beneficiário indireto é beneficiário em outra família (a criança aparece

como responsável legal em outra família);

Beneficiário é beneficiário indireto na mesma família (a pessoa aparece

mais de uma vez na mesma família);

Cadastrado em mais de um município;

Família participa do Peti (uma ou mais crianças dessa família participam

do Peti);

Multiplicidade cadastral;

Renda por pessoa acima do limite;

Responsável legal menor de 16 anos;

Nenhum membro da família atendeu aos critérios;

Idade fora do limite permitido;

Beneficiário indireto duplicado.

Com a Revisão Cadastral passa a existir mais uma exigência, a de que a última

atualização cadastral efetuada no domicílio da família tenha sido há menos de dois anos

da data em que se comanda a reversão.

2.4.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral

Um dos méritos da Instrução Operacional (IO) nº 12, de 2006, foi apresentar

detalhadamente a aplicação das regras de repercussão de alteração cadastral. Em

Page 48: Manual de Gestao de Beneficios

48

especial, o anexo I desta instrução apresenta uma sucessão de regras, os motivos de sua

aplicação e as mensagens que são exibidas pelo SGB.

O Quadro VIII a seguir apresenta um extrato desse detalhamento da

repercussão de alteração cadastral apresentado no anexo I da IO nº 12; no caso, uma

exclusão de cadastro no CadÚnico. A repercussão de alteração cadastral no SGB leva

ao cancelamento dos benefícios financeiros dessa família (obviamente, não pode haver

benefícios concedidos sem a existência de um cadastro da família). A mensagem

gravada no histórico da família no SGB é FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO. O

Quadro IX apresenta um exemplo de consulta no SGB de um benefício cancelado por

esse tipo de repercussão de alteração cadastral.

Page 49: Manual de Gestao de Beneficios

49

Quadro VIII – Extrato do anexo I da IO nº 12, com o detalhamento da repercussão de alteração cadastral no SGB

Nº 1

Alteração Cadastral

no CadÚnico Exclusão de domicílio pelo município

Descrição O gestor municipal efetuou a exclusão de um domicílio ativo que recebe benefícios financeiros vinculados aos Programas

Bolsa Família ou (Bolsa Escola, Auxílio-Gás, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação)

Repercussão da

Alteração Cadastral

no SGB

Cancelamento dos benefícios, com o desligamento da família dos respectivos programas, exceto Bolsa Alimentação.

Mensagem no SGB

(Sibec) No histórico de situação é gravada a mensagem FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO

Observação

Para o Bolsa Alimentação, as alterações cadastrais não refletem automaticamente no SGB. Nesses casos, além da alteração

cadastral, é necessário o envio do FPGB – Formulário Padrão de Gestão de Benefícios ao MDS. A exclusão de domicílio

somente deve ser realizada em situações muito específicas. Veja nesta IO, item 2.9, os motivos em que a exclusão de

domicílio pode ser feita.

Page 50: Manual de Gestao de Beneficios

50

3. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

Nas seções anteriores, foi possível verificar como as atividades de gestão de benefícios são

executadas, tanto por meio do SGB, quanto pelo aproveitamento das alterações cadastrais. Foi visto

também que o SGB apresenta uma funcionalidade de consulta de benefícios e de histórico de

benefícios. Constata-se, portanto, uma maneira simples para o município acompanhar os

cancelamentos e bloqueios, bastando consultar o SGB e verificar o responsável pela respectiva

atividade no histórico da família. De acordo com o responsável fica fácil saber se a atividade de

gestão de benefícios foi executada por um usuário no SGB ou em decorrência de repercussão de

alteração cadastral, caso em que não haverá um NIS registrado, mas um código da rotina

computadorizada utilizada pelo SGB.

O Quadro XX a seguir indica se cada atividade de gestão de benefícios pode ser realizada

pelo município via SGB on line ou se deve ser feita via aplicativo do CadÚnico.

Page 51: Manual de Gestao de Beneficios

51

Quadro IX – Matriz de acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

AAttiivviiddaaddeess ddee GGeessttããoo

ddee BBeenneeffíícciiooss MMoottiivvooss LLooccaall ddee EExxeeccuuççããoo RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee

Inclusão de

benefícios

1) Ocorre logo após a concessão do benefício à

família;

2) É necessário o cadastramento, pelo RF, de senha eletrônica individual do cartão magnético em

estabelecimento credenciado da Caixa ou de

Instituição Financeira autorizada, dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que o

benefício for registrado como “incluído” no

Sistema de Gestão de Benefícios;

3) É necessária a realização dos procedimentos

necessários à revisão de elegibilidade, prevista no

art. 21 do Decreto nº 5.209, de 2004.

SGB

Senarc

Liberação de

benefícios

Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre

depois de confirmada a inclusão de benefícios pela família, conforme item anterior, em decorrência de atividades de

reversão de benefícios, com resultado positivo, tratados

mais adiante, e após transcorrido o prazo da suspensão de benefícios e de BVJ.

SGB

Senarc

Reavaliação de

benefícios

Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre depois de processadas as alterações cadastrais da família

beneficiária do PBF, ocorridas no âmbito do CadÚnico,

depois de realizadas as atividades de reversão de benefícios ou para compatibilização de informações entre o CadÚnico

e o Sistema de Gestão de Benefícios, a critério da Senarc.

SGB

Senarc

Bloqueio de

benefícios

I - Trabalho infantil na família SGB Município e Senarc

II - Durante procedimento de averiguação de

cadastramento, quando

houver indícios de:

a) Renda per capita familiar superior ao limite de meio

salário-mínimo utilizado no

âmbito do Cadastro Único.

SGB Município e Senarc

b) Não localização de

crianças ou adolescentes nos

estabelecimentos regulares de ensino.

SGB

Município e Senarc

Page 52: Manual de Gestao de Beneficios

52

AAttiivviiddaaddeess ddee GGeessttããoo

ddee BBeenneeffíícciiooss MMoottiivvooss LLooccaall ddee EExxeeccuuççããoo RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee

c) Não adequação às regras

de definição de cadastro

válido, citadas no inciso II, do art. 4º da Portaria GM/MDS

nº 376, de 2008, e observado

normas complementares editadas e publicadas pela

Senarc.

SGB

d) Não localização da família

no endereço informado no

CadÚnico.

e) Crianças ou adolescentes

em situação abrigamento,

exceto na hipótese de o Conselho Tutelar ter atestado

as condições para a

reintegração da criança ou adolescente à família,

conforme o art. 25, § 7º da

Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

SGB

III - Durante procedimento de averiguação de acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Peti.

IV - Por decisão judicial.

SGB

Município e Senarc

V – Em decorrência do encerramento do prazo para a

realização da revisão cadastral das famílias beneficiárias do PBF, que ocorrerá no período de janeiro e outubro de cada

ano.

SGB Senarc

VI- Omissão de informação ou de prestação de informações falsas , apurados em cruzamento do CadÚnico

com outras bases de dados, conforme o disposto no art. 18

da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

VII- Em decorrência de procedimentos de fiscalização do

MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto nº 5.209, de

2004.

VIII – Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de

2008, que trata da gestão de condicionalidades do PBF:

- descumprimento de condicionalidades; ou

- ausência de informações sobre o acompanhamento

de condicionalidades.

SGB Senarc

Page 53: Manual de Gestao de Beneficios

53

AAttiivviiddaaddeess ddee GGeessttããoo

ddee BBeenneeffíícciiooss MMoottiivvooss LLooccaall ddee EExxeeccuuççããoo RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee

Suspensão de

benefícios

Atividade realizada exclusivamente pela Senarc, em

cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008,

nas seguintes situações:

a. Descumprimento de condicionalidades; ou

b. Ausência de informações sobre o

acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

SGB

Senarc

Cancelamento de

benefícios

I - Desligamento voluntário da família, mediante

declaração escrita do RF. SGB Município e Senarc

II – Decisão Judicial. SGB

Município e Senarc

III – Repercussão de alteração cadastral que implique

inelegibilidade ao PBF, em especial nas seguintes

situações: a) Renda per capita familiar no CadÚnico superior à estabelecida para o PBF, depois de encerrado o

período de validade do benefício; b) Cadastro excluído da

base nacional do CadÚnico; ou c) renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no

âmbito do Cadastro Único.

SGB/CadÚnico

Município e Senarc, via SGB

IV – Não adequação às regras de definição de cadastro

válido, citadas no inciso II, do art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008, e observado normas complementares

editadas e publicadas pela Senarc.

SGB/CadÚnico

Senarc

V - Decurso de prazo de permanência do benefício na situação de “bloqueado”, aproveitando-se no registro,

quando possível, o motivo que deu origem ao bloqueio. SGB

Senarc

VI - Acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do

Peti. SGB Senarc

VII – Encerramento do prazo para revisão de elegibilidade das famílias beneficiárias do PBF, que ocorrerá no período

de janeiro a outubro de cada ano.

SGB/CadÚnico Senarc

VIII – Omissão de informação ou de prestação de informações falsas, apurados em cruzamento do CadÚnico

com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da

Portaria GM/MDS nº 376, de 2008. SGB/CadÚnico

Senarc

IX – Posse de beneficiário do PBF em cargo eletivo

remunerado de qualquer das três esferas de governo. SGB

Senarc

Page 54: Manual de Gestao de Beneficios

54

AAttiivviiddaaddeess ddee GGeessttããoo

ddee BBeenneeffíícciiooss MMoottiivvooss LLooccaall ddee EExxeeccuuççããoo RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee

X – Em decorrência de procedimentos de fiscalização do

MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto nº 5.209, de

2004. SGB

Senarc

XI – Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de

2008, que trata da gestão de condicionalidades do PBF:

- descumprimento de condicionalidades; ou

- ausência de informações sobre o acompanhamento de

condicionalidades, na forma do art. 10 da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008.

SGB

Senarc

XII – Reinterada ausência de saque de benefícios, em 6

(seis ) parcelas consecutivas, conforme o art. 24 do Decreto

nº 5.209, de 2004. SGB

Senarc

XIII – Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a

ativação do cartão magnético nos estabelecimentos credenciados.

SGB

Senarc

XIV – Em decorrência de cancelamento de todos os

benefícios variáveis, quando a família não possuir benefício básico concedido.

XV - Em decorrência de cancelamento do benefício

básico, quando a família não possuir benefícios variáveis concedidos.

SGB

Senarc

XVI – Em função da prescrição do benefício variável de

caráter extraordinário, quando a família não possuir benefícios básico ou variáveis concedidos, conforme o

disposto no art. 2º, § 4º e no art. 5º, § 3º da Portaria

GM/MDS nº 737, de 2004.

Desbloqueio de

benefícios

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre em decorrência da elucidação ou finalização das

situações que deram origem à ação de bloqueio. SGB

Municípios e Senarc

Reversão de

suspensão de

benefícios

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios.

Ocorre para retificação de erro operacional no processamento ou no envio das informações sobre

condicionalidades do PBF pelos municípios, conforme o

caso, aos Ministérios da Saúde, da Educação e à Secretaria Nacional de Assstência Social.

SGB

Municípios e Senarc

Reversão de

cancelamento de

benefícios

Atividade realizada pela Senarc e pelos municípios. Ocorre

para desfazer o cancelamento de benefícios que tenha

ocorrido a menos de 120 (cento e vinte) dias, em razão de fato superveniente que implique a necessidade de

retificação do cancelamento ocorrido anteriormente.

SGB

Municípios e Senarc

Reinclusão de Atividade realizada pela Senarc ou pelos

municípios. Possibilita o reingresso à família no SGB Municípios e Senarc

Page 55: Manual de Gestao de Beneficios

55

AAttiivviiddaaddeess ddee GGeessttããoo

ddee BBeenneeffíícciiooss MMoottiivvooss LLooccaall ddee EExxeeccuuççããoo RReessppoonnssaabbiilliiddaaddee

benefícios PBF depois de superado o prazo de reversão de

cancelamento de benefícios.

Bloqueio de BVJ

I - Por decisão judicial.

II - Durante procedimento de averiguação de

cadastramento, quando houver indícios de não

localização dos adolescentes nos estabelecimentos

regulares de ensino.

SGB

Municípios e Senarc

III - Em decorrência de procedimentos de fiscalização

do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto nº

5.209, de 2004.

IV - Ausência de informações sobre o acompanhamento de

condicionalidades, na forma do art. 10 da Portaria

GM/MDS nº 321, de 2008.

SGB

Senarc

Desbloqueio de BVJ

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Ocorre em decorrência da elucidação ou finalização das

situações que deram origem à ação de bloqueio.

SGB

Municípios e Senarc

Suspensão de BVJ

Atividade realizada exclusivamente pela Senarc. Ocorre no

caso de descumprimento de condicionalidades por parte de respectivo adolescente da família.

SGB

Senarc

Reversão de

suspensão de BVJ

Atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios.

Ocorre para retificação de erro operacional no

processamento ou no envio das informações sobre condicionalidades do PBF pelos municípios ao Ministério

da Educação.

SGB

Municípios e Senarc

Cancelamento de

benefício básico,

variável e BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por

meio do Sistema de Gestão de Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas

pelos municípios no CadÚnico.

SGB

Senarc

Reversão de

cancelamento de

benefício básico,

variável ou BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios, mediante

análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas

pelos municípios no CadÚnico.

SGB

Senarc

Concessão de

benefício básico,

variável ou BVJ

Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por

meio do Sistema de Concessão de Benefícios, mediante

análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios no CadÚnico.

SGB

Senarc

Page 56: Manual de Gestao de Beneficios

56

4. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações

Cadastrais

4.1 Conversão de NIS

Se um domicílio é inscrito no Cadastro Único, todas as pessoas residentes são

cadastradas, e a cada uma é atribuído um Número de Identificação Social – NIS. O NIS

é o código que identifica, de maneira única, cada pessoa cadastrada no CadÚnico.

Apesar dos vários mecanismos de controle existentes nos procedimentos de emissão de

NIS, pode acontecer de uma mesma pessoa passar por mais de um cadastramento e

receber dois ou mais NIS diferentes.

Auditorias no CadÚnico ou alterações cadastrais posteriores, ao serem

analisadas pelos sistemas de identificação pessoal do agente operador (Caixa), podem

identificar essa duplicidade e associar todos os NIS a uma mesma pessoa, desativando o

uso dos NIS duplicados. Esse processo é denominado Conversão de NIS; os NIS

duplicados são marcados como convertidos e somente um é marcado como ativo, sendo

registrada a ligação com o NIS ativo em uma tabela de elos. O exemplo de conversão de

NIS do Quadro XI pode esclarecer melhor.

Quadro XI – Exemplo de conversão de NIS (fictícios)

Em janeiro de 2009 foi cadastrada uma família composta pelas seguintes pessoas

Mãe: NIS 111.11111.11-1

Pai: NIS 222.22222.22-2

Filha1: NIS 333.33333.33-3

Filho2: NIS 444.44444.44-4

Em março de 2009, a Filha1 mudou-se para o domicílio de uma tia no mesmo município. Nesse

mês, houve uma visita dos agentes da prefeitura aos moradores do bairro onde moravam a Filha1 e sua tia,

com o objetivo de validar os cadastramentos efetuados naquela região.

Nesse momento, o cadastro da Filha1 foi incluído na família da tia, porém, por um erro de

digitação no cadastro, que modificou indevidamente seu nome, a Filha1 recebe um novo NIS:

555.55555.55-5. Em decorrência desse erro, uma única pessoa, a Filha1 passou a ter dois NIS.

Em abril de 2010, o responsável pelo cadastro, validando sua base, identificou que a Filha1 estava

cadastrada em dois domicílios, porém com nomes diferentes, o que representa duplicidade de NIS. Após a

confirmação de se tratar da mesma pessoa, o responsável efetuou a transferência do cadastro da pessoa com

sobreposição sobre o outro cadastro existente e transmitiu essas informações para a Caixa para que se

efetuasse a conversão de NIS.

A partir deste momento, a Filha1 passa a ser identificada no Cadastro Único pelo NIS

333.33333.33-3 (geralmente permanece o de cadastramento mais antigo), que permanece ativo, e o NIS

555.55555.55-5 passou para a situação de convertido.

Além da situação apresentada no exemplo acima, há outras situações que

podem gerar multiplicidade de NIS para a mesma pessoa:

Divergência de documentos – por exemplo, dois cadastros preenchidos com

documentos diferentes;

Page 57: Manual de Gestao de Beneficios

57

Duplicidade de cadastro Cadúnico/Cadbes - ver a Instrução Operacional nº 13,

de 20 de abril de 2006;

Qualquer divergência em nome completo ou data de nascimento quando do

lançamento no Cadastro Único.

A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica

automaticamente a ocorrência de conversão de NIS e envia os casos para análise do

SGB. Se na análise efetuada for detectada conversão de NIS de responsável legal, o que

evidencia duplicidade de pagamento de benefícios, um dos benefícios será cancelado.

Se a conversão de NIS corresponder a crianças do Bolsa Escola, e também for

evidenciada duplicidade, os benefícios associados poderão ser cancelados, ou ainda uma

das famílias poderá ter seus benefícios bloqueados. O detalhamento da repercussão de

alteração cadastral por conversão de NIS consta do anexo I da Instrução Operacional nº

12, de 2006.

A Rotina de Reavaliação verifica automaticamente a ocorrência de conversão

de NIS no SGB. Quando acontecer uma conversão de NIS do responsável legal de uma

família, um novo cartão magnético poderá ser emitido automaticamente para a família.

Por isso, é importante que, se houver alteração dos dados do responsável legal (campos

201 a 236 do formulário Identificação da Pessoa), o município também atualize as

informações de características e de endereço do domicílio (campos 201 a 221), que

poderão ser usados para localizar a família e entregar o cartão.

4.2. Substituição de Responsável pela Unidade Familiar

A substituição do responsável legal de uma família é feita mediante atualização

do cadastro da família no sistema do CadÚnico e acarreta a troca do titular dos

benefícios financeiros da família no SGB, seguida da emissão automática de novo

cartão magnético. A partir dessa substituição, os benefícios financeiros da família

passam a ser pagos ao novo responsável legal. É recomendável nesses casos que o

município também atualize as informações de características e de endereço do domicílio

(campos 201 a 225), que poderão ser usados pela Caixa para localizar a família e

entregar o novo cartão.

Enquanto a alteração cadastral e a troca do cartão estiverem sendo processadas,

o gestor municipal pode emitir uma Declaração de Substituição de Responsável Legal,

prevista no artigo 20, inciso X, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Com essa

declaração, o novo responsável legal pode comparecer à agência de relacionamento da

Caixa com a prefeitura e, mediante identificação, sacar os benefícios financeiros do

antigo titular. Para poder emitir essa declaração, o município deverá informar

previamente, por ofício, à agência de relacionamento da Caixa com a prefeitura, a

identidade do gestor municipal, anexando cópia do anexo II do Termo de Adesão ao

Programa Bolsa Família e ao Cadastro Único de Programas Sociais, da Portaria

GM/MDS nº 246, de 2005. O Quadro XI ilustra o modelo de declaração apresentado na

Instrução Operacional nº 12, de 2006.

Quadro XI – Modelo de Declaração de Substituição de Responsável Familiar

DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE RESPONSÁVEL LEGAL

Prefeitura Municipal de __________

Secretaria Municipal de _____________

Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família

Page 58: Manual de Gestao de Beneficios

58

Declaração de Substituição de Responsável Legal

Declaro, em observância ao disposto no § 2º do artigo 23 do Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, e ao artigo 20, X da Portaria nº 555, de 11 de

novembro de 2005, que foi habilitado nesta Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família novo responsável legal da família, conforme abaixo informado:

ANTIGO RL: ___________________________________________________

( nome completo do antigo responsável legal)

NIS: ____________________________

( número de identificação social do antigo responsável legal)

NOVO RL: ___________________________________________________

(colocar nome completo do novo responsável legal)

NIS: ____________________________

(inserir o número de identificação social do novo responsável legal)

Informamos que se encontra em andamento a devida substituição do novo responsável legal, acima identificado, nos sistemas computacionais do Cadastro

Único do Governo Federal, visando à atualização dos dados cadastrais da família e a emissão definitiva de cartão ao novo responsável legal da família.

No período de validade abaixo definido, serão permitidos saques de todas as parcelas de pagamento disponíveis, desde que dentro da validade, para todos os

benefícios sociais vinculados a essa família na agência da Caixa Econômica Federal denominada .......... (colocar o nome da agência da Caixa), situada no endereço .........

(colocar o endereço completo da agência), durante o período de validade abaixo definido.

________________________________________________

Assinatura e carimbo do gestor do Programa Bolsa Família

VALIDADE DESTE DOCUMENTO:

DE ____/____/____ A ____/____/_____

(máximo de um mês)

Sr. caixa executivo,

Esta declaração confere ao portador, devidamente identificado, durante o período de

validade, direito ao saque de benefícios por meio de guia de retirada individual, cuja

cópia deve ser arquivada nos arquivos da agência.

Observação: Emitir em papel que identifique a prefeitura, sem rasuras.

4.3. Mudança de município

Com a implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações

Cadastrais, a mudança de município passa a ser também uma alteração cadastral a ser

tratada pelo SGB. Dessa forma, toda vez que uma família mudar de cidade, poderá

continuar a receber seus benefícios na localidade de destino, sendo obrigatório seu

cadastramento imediato na nova cidade.

Para que o benefício financeiro seja transferido automaticamente de um

município para outro, é necessário observar algumas regras específicas para a realização

do novo cadastro no município de destino, conforme se explica a seguir, nos itens 4.3.1

a 4.3.4.

Em função desse tratamento automático, o gestor municipal não pode cancelar

um benefício por motivo de mudança de município.

Observação importante: Tendo em vista que a mudança de município é

tratada automaticamente pelo CadÚnico, a partir de alterações cadastrais, o gestor

municipal de origem não pode realizar a exclusão do cadastro da família.

4.3.1. Procedimentos do gestor municipal do município de origem

Normalmente, o gestor municipal não sabe que a família mudou-se para outro

município. Assim, se ele receber essa informação, deve, antes de mais nada, comparecer

Page 59: Manual de Gestao de Beneficios

59

à casa da família, a partir do endereço registrado no CadÚnico, para confirmar se a

família realmente mudou-se. A partir dessa confirmação, o gestor municipal poderá

tomar algumas medidas em relação ao benefício financeiro e ao cadastro dessa família:

1. Com relação ao benefício financeiro - Não encontrando a família, o

gestor municipal deverá bloquear o beneficio da família, conforme

prevê no artigo 6º da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Esse

bloqueio poderá levar a família a comparecer à prefeitura, para

informar, por exemplo, que não havia se mudado de município, mas

apenas de bairro. Nesse caso, confirmada a informação de que não

houve mudança de município, o gestor municipal deve desbloquear o

beneficio. É importante lembrar que o benefício financeiro da família

nunca deve ser cancelado por mudança de município.

2. Com relação ao cadastro - Nunca deve ser feita a exclusão de

domicílio pelo motivo de mudança de município. O item 2.9, da

Instrução Operacional nº 12, de 2006, explica as razões em que uma

exclusão de domicílio é permitida. Dessa forma, a modificação do

cadastro dependerá do local no qual a família esteja morando:

a) A família ainda mora no município de origem - Se a família

comparecer à prefeitura e informar que continua morando na

cidade, o gestor municipal deve atualizar o endereço e os demais

dados da família no CadÚnico;

b) A família mudou-se para o município de destino - Se a família

comparecer e informar que mora em outro município, o cadastro

dessa família na cidade de origem não deve ser alterado, devendo

a família ser orientada a comparecer à prefeitura do município de

destino para a realização de novo cadastramento.

4.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino

Assim que comparecer à prefeitura do município de destino, a família deverá

imediatamente ser cadastrada pelo gestor municipal. A partir daí, o gestor municipal

poderá tomar algumas medidas em relação ao benefício financeiro e ao cadastro dessa

família:

1. Com relação ao cadastro – No primeiro cadastramento da família no

município de destino, o responsável legal deverá, obrigatoriamente,

ser o mesmo do cadastro da família no município de origem. O

Sistema do Cadastro Único identificará que esse novo cadastro na

cidade de destino é de uma família já cadastrada no município de

origem, fazendo em seguida a ativação desse domicílio que agora foi

incluído e tornando inativo o domicílio anterior.

Deve haver cuidado especial com os dados do responsável legal, que

deverão ser os mesmos da cidade anterior, principalmente o Número

de Identificação Social - NIS. Além do NIS, é necessário informar o

nome e a data de nascimento do responsável legal, os números dos

documentos de identificação, o nome da mãe do responsável legal e a

UF/município de nascimento, que são os dados básicos para

confirmação do NIS do responsável legal. Vale lembrar que os demais

membros da família também devem ser cadastrados. Se o responsável

Page 60: Manual de Gestao de Beneficios

60

legal por esse novo cadastramento for outra pessoa, o gestor deve

cadastrar o anterior e, depois do processamento do arquivo pela Caixa,

fazer a substituição do responsável legal.

Para que o gestor municipal da cidade de destino possa ter certeza de

que os dados inseridos nos campos nome da pessoa, data de

nascimento, documentos de identificação, nome da mãe e

UF/município de nascimento do responsável legal são exatamente

aqueles utilizados no domicílio da cidade de origem, sugerem-se duas

maneiras:

a) Obtenção da cópia do cadastro na cidade de origem - Sugere-se

obter, junto ao gestor municipal da cidade de origem, uma

cópia impressa do cadastro da família, de preferência retirada

diretamente do Aplicativo do CadÚnico.

b) Localização do NIS do responsável legal por meio do Siiso –

Sugere-se que o gestor municipal da cidade de destino localize

o NIS do responsável legal por meio do Siiso (Sistema de

Informações Sociais), utilizando o SGB. Informações

adicionais podem ser obtidas no item 9.2 do Manual do SGB,

disponível na página de gestão de benefícios do Programa

Bolsa Família no sítio do MDS na internet.

O município e a UF de nascimento não podem ser obtidos por

essa consulta, mas são facilmente informados pela família.

Deve-se ter cuidado no uso do SIISO se homônimos forem

encontrados pelo sistema.

2. Com relação ao benefício financeiro – Depois de o novo cadastro da

família ser reconhecido pelo SGB, o beneficio financeiro migrará da

folha de pagamento da cidade de origem para a da cidade de destino,

no mês seguinte. Caso o beneficio ainda esteja bloqueado, o gestor

municipal da cidade de destino poderá usar o SGB para desbloquear o

beneficio depois da sua migração para a cidade de destino. A

mudança de município é analisada pela Rotina de Reavaliação

descrita neste capítulo. Se o cadastro efetuado pelo município de

destino não for aprovado pelas regras de reavaliação, o sistema fará o

cancelamento do benefício no município de origem pelo motivo

Mudança de Município e gerará um benefício Rejeitado no município

de destino.

4.3.3. Procedimentos da família

Para que o gestor municipal possa cadastrá-la, basta que o responsável legal

compareça à prefeitura do município de destino, portando o cartão do benefício e

demais documentos de identificação da família. Todas as informações da família devem

ser inseridas nesse novo cadastro.

4.3.4. Procedimentos em caso de exclusão indevida do cadastro

Se o município tiver excluído por engano o cadastro de uma família, é possível

Page 61: Manual de Gestao de Beneficios

61

realizar a retificação, conforme mostram as orientações seguintes3:

1) Com relação ao cadastro

a) Se o domicílio indevidamente excluído ainda não tiver sido extraído para

envio à Caixa, desfazer a exclusão seguindo as instruções do Manual do

Aplicativo de Entrada de Dados do CadÚnico.

b) Caso contrário, redigitar o cadastro excluído, tendo por base o formulário

do cadastramento único. Deve haver cuidado especial com os dados do

responsável legal, que deverão ser os mesmos de antes da exclusão. Se o

gestor municipal não tiver em mãos o formulário da família para coleta

dos dados do responsável legal, pode seguir o procedimento descrito no

item 1, do tópico 4.3.2 deste capítulo.

2) Com relação ao benefício financeiro – O gestor municipal deverá realizar

uma reversão de cancelamento diretamente no SGB. Essa reversão somente

pode ser feita depois de o novo cadastro da família já ter sido processado pelo

Sistema do Cadastro Único.

5. A execução de atividades de gestão de benefícios pela Senarc

5.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios

Apesar do esforço que vem sendo feito para que todos os municípios passem a

utilizar o SGB, sabe-se que nem todos terão sempre a sua disposição os requisitos

computacionais (computador e internet) para acessá-lo. Nesse caso, as atividades de

gestão de benefícios que só podem ser tratadas via SGB serão implementadas com o

envio de ofícios à Senarc, anexando-se os Formulários Padrão de Gestão de Benefícios

(FPGB).

Dessa forma, o FPGB é um instrumento útil, ao mesmo tempo, tanto para a

formalização e o arquivamento das atividades de gestão de benefícios efetuadas pelo

próprio município no SGB on line, quanto para a demanda da execução de atividades de

gestão de benefícios à Senarc.

A inexistência do SGB no município não é um problema no caso da

realização de atividades de gestão de benefícios que aproveitam as alterações cadastrais,

que são realizadas automaticamente utilizando-se as alterações cadastrais efetuadas pelo

município no aplicativo do CadÚnico.

O FPGB apresenta-se em dois modelos: unitário (para manutenção em

apenas um NIS) e múltiplo (para manutenção em mais de um NIS). No sítio do MDS,

ambos os modelos são acompanhados de exemplos de preenchimento que podem ser

seguidos pelos municípios. O FPGB contém campos de preenchimentos obrigatórios, a

saber: número do NIS, nome do beneficiário, atividade de gestão de benefício

correspondente, motivo, e assinaturas. O Quadro XII apresenta os modelos unitário e

múltiplo do FPGB, extraídos do sítio eletrônico do Bolsa Família, no link Gestão de

Beneficios.

3 Dada a complexidade desse procedimento no momento, a Senarc está analisando junto com o agente operador novas

maneiras de tratar essa rotina.

Page 62: Manual de Gestao de Beneficios

62

Quadro XII – Modelos unitário e múltiplo do formulário-padrão de gestão de

benefícios

Quando utilizados para registro da execução de atividades de gestão de

benefícios nos municípios, os FPGB devem ser mantidos arquivados por até 5 anos,

conforme o artigo 1ºC, § 4º, Inciso I, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005.

5.2. Envio de ofícios à Senarc para processamento centralizado de atividades de

gestão de benefícios

Nesse caso, o gestor municipal, por meio de estratégia própria, identifica as

famílias que terão modificados seus benefícios e encaminha um ofício, via correio, em

papel timbrado, anexando, obrigatoriamente, o Formulário Padrão de Gestão de

Benefícios – FPGB. Lembre-se que, se o município pode realizar a atividade de gestão

de benefícios via SGB ou via aplicativo do CadÚnico, nenhum documento deve ser

enviado à Senarc. Mas continua sendo necessário o registro e o arquivamento local das

razões que justificaram a atividade executada.

Os seguintes pontos devem ser observados na elaboração e no envio do ofício:

Os ofícios devem ser encaminhados para:

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS

Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Senarc

Page 63: Manual de Gestao de Beneficios

63

SEPN 515 - Bloco B – Protocolo – Edifício Ômega

CEP: 70770-502 – Brasília /DF

O ofício deve ser feito em papel timbrado e assinado pelo prefeito ou

pelo gestor formalmente designado;

O FPGB deve ser anexado ao ofício, obrigatoriamente;

Deve-se incluir no ofício o endereço completo, o número do telefone e os

dados de uma pessoa de contato para dirimir eventuais dúvidas;

Uma vez recebido o ofício, a Senarc analisará o pedido, que deve enquadrar-se

nas normas do Programa, e executará a atividade de gestão de benefícios requerida. A

execução final do FPGB pela Senarc fica subordinada ao perfeito e completo

preenchimento do ofício e do FPGB, sob pena de não-processamento das demandas. É

importante saber que os ofícios são processados conforme a data de recebimento,

respeitada a capacidade de processamento disponível.

No sítio do MDS, na página do Bolsa Família, clicando no link Gestão de

Benefícios do pode ser consultada a situação de todos os ofícios encaminhados à

Senarc, assim como as razões de não-processamento.

Page 64: Manual de Gestao de Beneficios

64

Capítulo V – A organização da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

1. A organização da Gestão de Benefícios

A gestão descentralizada, em conjunto com os entes federados, estabelecida no

artigo 8º da Lei nº 10.836, de 2004, é um princípio básico do PBF.

Apesar de os benefícios do Programa serem repassados diretamente às famílias,

o Bolsa Família fundamenta-se na gestão compartilhada entre todos os entes federados.

Cada esfera de governo tem atribuições e competências diferenciadas em relação ao

PBF. Relativamente à Gestão de Benefícios, a Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, mais

especificamente nos artigos 20 a 23, define as atribuições e responsabilidades de cada

um desses entes.

2. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefícios

2.1. Responsabilidade da União

O governo federal, por intermédio do MDS, é o gestor do PBF em âmbito

federal. A inclusão das famílias no Programa é operacionalizada pela Senarc, que

realiza a concessão do benefício, segundo as regras apresentadas no Capítulo II.

Compete à Senarc a elaboração das normas e regulamentos que formam o

desenho normativo do PBF. As ações de capacitação dos agentes responsáveis pelas

atividades de gestão de benefícios e dos membros das instâncias de controle social são

planejadas e realizadas em regime de parceria entre as três esferas de governo.

Outra função primordial da Senarc é promover melhorias e fomentar a utilização

do Sistema de Gestão de Benefícios por parte dos gestores municipais, coordenadores

estaduais, membros das instâncias de controle social e integrantes da Rede Pública de

Fiscalização do PBF, com vistas à eficiência, eficácia e transparência das ações. Dessa

forma, o Sistema de Gestão de Benefícios propicia ao governo federal instrumentos de

monitoramento e avaliação das ações dos demais participantes, assim como subsidia

eventuais investigações de denúncias de irregularidades referentes à má gestão local do

Programa.

A Senarc tem ainda como atribuição a promoção do intercâmbio das boas

práticas entre os gestores municipais do PBF e a sua divulgação em âmbito nacional.

Exemplo dessa medida é o Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa

Família, lançado em março de 2006, para incentivar a adoção de estratégias inéditas na

gestão dos programas sociais e ao mesmo tempo recompensar os gestores municipais e

coordenadores estaduais com o devido reconhecimento. Em 2010, houve o Prêmio

Rosani Cunha de Desenvolvimento Social, no qual práticas de gestão municipal do

Bolsa Família foram premiadas. Maiores informações podem obtidas no sítio do MDS.

A Senarc também realiza atividades de gestão de benefícios, conforme é

ressaltado na seção 5 do Capítulo IV.

Por fim, cabe ressaltar que os Ministérios da Saúde e da Educação também

desempenham importantes papéis na gestão de benefícios, uma vez que o

acompanhamento do cumprimento das condicionalidades tem efeitos diretos sobre os

Page 65: Manual de Gestao de Beneficios

65

benefícios das famílias, conforme prescreve a Portaria GM/MDS nº 331, de 29 de

setembro de 2008.

2.2. Responsabilidade dos Estados

A participação dos estados na gestão de benefícios está mais focada em seu

papel coordenador dos municípios que formam seu território. Os estados exercem a

função de promotores do desenvolvimento das atribuições municipais, não apenas

estimulando ações locais qualificadas, como também fornecendo o suporte e o apoio

técnico necessário ao planejamento e ao desenvolvimento do Programa.

Para tanto, cabe aos coordenadores estaduais promover o credenciamento no

SGB dos funcionários do governo estadual e dos membros da instância de controle

social. Cabe também divulgar aos demais órgãos públicos estaduais e à sociedade civil

organizada informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas

Remanescentes, propiciando, assim, maior transparência às atividades de gestão de

benefícios realizadas pelos municípios no seu estado.

Os coordenadores estaduais, em parceria com o MDS, têm a incumbência de

realizar ações de capacitação dos agentes municipais e estaduais responsáveis pela

gestão de benefícios. Em relação ao monitoramento da execução local do Programa, os

coordenadores no âmbito estadual e as instâncias de controle social estaduais devem

acompanhar a gestão de benefícios desenvolvida pelos municípios em seu estado,

prioritariamente via SGB. Além disso, devem informar à Senarc sobre eventuais

irregularidades e/ou denúncias identificadas na prestação dos serviços de competência

do agente operador ou de sua rede credenciada na localidade (correspondente bancário,

agentes lotéricos, etc.).

2.3. Responsabilidade dos Municípios

No modelo de gestão descentralizada do PBF, os governos municipais são os

principais gestores do Programa junto às famílias. Os gestores municipais, como

executores locais do PBF, podem identificar mudanças socioeconômicas das famílias e

realizar as devidas atividades de gestão de benefícios, de forma centralizada ou

descentralizada. O gestor municipal deve se manter atento também à mobilidade

geográfica, característica presente nesses estratos da população, promovendo os ajustes

que se fizerem necessários nos cadastros das famílias beneficiárias.

A Portaria de gestão de benefícios também estabelece como atribuição da

gestão municipal a verificação periódica da conformidade da situação das famílias

beneficiárias do PBF e dos Programas Remanescentes aos critérios de elegibilidade, se

necessário utilizando técnicas de amostragem estatística, de modo a adequar os

benefícios financeiros à realidade das famílias.

Outra competência fundamental é o credenciamento no SGB dos

funcionários da prefeitura e dos integrantes da instância de controle social municipal,

conforme foi apresentado no Capítulo IV. Cabe ressaltar a importância da realização de

capacitação dos usuários do Sistema, bem como da constante atualização da equipe

credenciada, uma vez que o uso indevido do SGB é de responsabilidade do gestor

municipal e pode afetar os benefícios financeiros das famílias.

As demandas de gestão de benefícios apresentadas pela instância de controle

social municipal devem ser analisadas pela prefeitura. Salienta-se a relevância desse

Page 66: Manual de Gestao de Beneficios

66

órgão como parceiro e monitor da gestão municipal na gestão de benefícios. São ainda

atribuições da prefeitura o atendimento aos pleitos de informações e de esclarecimentos

da Rede Pública de Fiscalização, bem com a divulgação ampla e permanente das

informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes. Assim,

fortalece-se a transparência da execução local desses programas.

Assim como no âmbito estadual, os gestores municipais e as instâncias de

controle social devem manter a Senarc informada em casos de deficiências ou

irregularidades na prestação dos serviços de competência do agente operador ou de sua

rede credenciada.

Por fim, considerando-se o direito do responsável legal pela família de entrar

com recurso contra a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de

acordo com o artigo 18 da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem

como obrigação analisar e deliberar sobre o recurso apresentado, no prazo máximo de

30 dias.

3. Canais de atendimento

O esclarecimento de dúvidas pode ser realizado pelos telefones da Caixa - 0800-

573-0104 - da equipe de atendimento do Cadastro Único do MDS - 0xx61 3433-1500,

da Central de Atendimento do MDS – 0800-707-2003 - ou pelo endereço eletrônico

[email protected] / [email protected].

Toda a legislação do Cadastro Único, do Programa Bolsa Família e dos Programas

Remanescentes pode ser obtida no sítio do MDS (http://www.mds.gov.br), acessando-se

a página do Bolsa Família e clicando na opção Normas e Rotinas.

Page 67: Manual de Gestao de Beneficios

67

Parte II

Revisão Cadastral das Famílias Beneficiárias do

Bolsa Família

Page 68: Manual de Gestao de Beneficios

68

Capítulo VI – Introdução e definições da Revisão Cadastral

1. Apresentação

Esta parte desta publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

à Fome – MDS destina-se aos gestores do Programa Bolsa Família (PBF) nos

municípios e estados e tem o objetivo de esclarecer o que é e como funciona a revisão

de elegibilidade das famílias beneficiárias do PBF, importante alteração no desenho do

programa que começou a ser operacionalizada em fevereiro de 2009 e que ficou

conhecida como Revisão Cadastral.

Conforme o artigo. 21 do Decreto 5,209, de 17 de setembro de 2004, ato que

regulamenta o Programa Bolsa Família, a elegibilidade das famílias para recebimento

de benefício deve ser revista a cada dois anos. Como é feita essa revisão, o que o gestor

municipal precisa fazer e como a família ficará sabendo que está incluída na rotina de

Revisão Cadastral, são assuntos que serão abordados nesta seção deste Manual.

2. O que é Revisão Cadastral

A Revisão Cadastral é uma rotina de atualização cadastral obrigatória das

famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. A atualização cadastral sempre foi

um procedimento rotineiro dos gestores municipais do Bolsa Família, mas nem todas as

famílias chegavam a ter seu cadastro atualizado. Com a Revisão Cadastral, passa-se a

exigir que as famílias beneficiárias atendidas pelo Programa Bolsa Família tenham seu

cadastro atualizado ou revalidado no mínimo a cada dois anos, para que as famílias

continuem recebendo seus benefícios.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), por meio

da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), introduziu a Revisão Cadastral

com o objetivo de garantir maior qualidade das informações cadastrais das famílias

atendidas pelo PBF, mantendo os dados – endereço, pessoas que compõe a família,

escola onde as crianças da família estão estudando, situação no mercado de trabalho,

entre outros – sempre atualizados.

Em 2009, A Senarc deu início à Revisão Cadastral convocando mais de 3,4

milhões de famílias, aquelas com os cadastros mais desatualizados dentre as famílias

atendidas pelo PBF. As listas com as famílias beneficiárias com cadastros a atualizar em

cada município foram divulgadas em fevereiro de 2009, através da Central de Sistemas

da Senarc. As famílias do PBF que entraram nessas listas foram aquelas que em 31 de

dezembro de 2008 tinham mais de dois anos desde a última alteração no cadastro. As

famílias constantes dessas listas deveriam atualizar suas informações cadastrais até 31

de outubro de 2009 para evitar que o beneficio fosse bloqueado a partir da folha de

novembro de 2009. Com o esforço dos municípios e a participação das famílias, mais de

2,4 milhões de famílias tiveram suas informações cadastrais atualizadas.

Em 2010, a Revisão Cadastral mantém o formato utilizado para este processo de

atualização cadastral em 2009 com alguns aprimoramentos. A Senarc seleciona uma

parte das famílias atendidas para ter o cadastro atualizado, divulga as listas aos

municípios, dá um prazo para que seja feita a atualização cadastral e encerrado o prazo,

ocorre o bloqueio do benefício, e alguns meses depois, o benefício é cancelado. Mas

Page 69: Manual de Gestao de Beneficios

69

antes de conhecer os detalhes da Revisão Cadastral em 2010 é preciso tomar

conhecimento de alguns conceitos, adiante apresentados.

Estes são os atos normativos sobre a Gestão de Benefícios e ações de

cadastramento que dão base legal para a Revisão Cadastral:

a) Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, lei que criou o Programa Bolsa

Família ;

b) Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004 e alterações, principalmente

o Decreto nº 6.392 de 12 de março de 2008, atos normativos que

regulamentaram a Lei nº 10.836;

c) Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de novembro de 2005, com as alterações

trazidas pela Portaria GM/MDS n.º 344, de 21 de Outubro de 2009, define os

procedimentos de gestão de benefícios do PBF e Programas Remanescentes ;

d) Portaria GM/MDS nº 341 de 07 de outubro de 2008: Regulamenta os

processos operacionais para o ingresso de famílias no Programa Bolsa Família.

e) Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008, define

procedimentos para a gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do

Governo Federal disciplinado pelo Decreto nº 6.135 de 26 de junho de 2007;

f) Instrução Operacional nº 28, de 13/fev/2009, deu aos municípios

orientações de como proceder na Revisão Cadastral de 2009; e

g) Instrução Operacional nº 34, de 23/dez/2009, com orientações em relação

à Revisão Cadastral em 2010.

2.1 Como as famílias são selecionadas para Revisão Cadastral

A regra geral para escolha do público-alvo da Revisão Cadastral de cada ano é

assim: em 31 de dezembro de cada ano, verifica-se quando foi a última atualização

cadastral efetuada no domicílio da família beneficiária do Programa Bolsa Família.

Todas as famílias que estiverem com mais de dois anos desde a última alteração

cadastral entram no público da Revisão Cadastral do ano seguinte. Por exemplo, todas

as famílias da revisão cadastral de 2010 estão cadastros desatualizados há mais de dois

anos, tendo como referência o dia 31 de dezembro de 2009.

2.2 Validade do Benefício

O período de validade do benefício é o período de tempo no qual famílias

beneficiárias do PBF podem continuar recebendo os benefícios financeiros do Bolsa

Família, ainda que estejam com cadastros desatualizados há mais de dois anos ou com

renda familiar per capita superior ao limite do PBF.

A validade do beneficio tem previsão legal, conforme disposto nos §§1º e 2º do

art. 21 do Decreto nº 5.209/2004. No §1º do art. 21, ficou estabelecida possibilidade de

que variações na renda per capita familiar não implicassem mais o desligamento

imediato do Programa Bolsa Família. Da mesma forma, no § 2º do mesmo artigo, ficou

admitida a fixação pelo MDS de critérios e mecanismos de contagem de prazos para

atualização de cadastros de beneficiários. Logo, apesar de estar sendo apresentada junto

Page 70: Manual de Gestao de Beneficios

70

com a revisão cadastral, a validade do benefício é aplicável a todas as famílias do

Programa Bolsa Família, não apenas àquelas que estão na revisão cadastral de

determinado ano.

Relativamente à validade do benefício, a regulamentação acima é motivada

primeiramente pela necessidade de que as famílias possam informar aumentos

temporários de renda, sem o receio de saírem do Programa imediatamente. Como se

sabe, uma das maiores preocupações das famílias que estão no Programa Bolsa Família

é garantir uma renda familiar mínima, compatível com seu padrão de consumo de

alimentos, vestuário, aluguel, material escolar e etc. Nesse contexto, os benefícios

financeiros do Programa Bolsa Família são importantes para garantir um patamar de

renda mais alto, e também dão uma relativa previsibilidade financeira uma vez que são

depositados mensalmente numa data predefinida. Ao mesmo tempo, sabe-se que os

benefícios financeiros são apenas uma parte da renda familiar, sendo complementada

pelos rendimentos obtidos no mercado de trabalho formal ou, principalmente, informal.

Estudos já comprovaram que os benefícios financeiros do Programa não fazem com que

as famílias do Bolsa família deixem de aproveitar oportunidades de trabalho. No

entanto, essas oportunidades são muitas vezes de curto prazo e nem sempre

sustentáveis. Assim, aumentos de renda familiar per capita acima do limite para

permanência no Bolsa Família, atualmente, implicam imediato cancelamento de

benefícios e desligamento do Programa. Num cenário como este, identificou-se que é

importante deixar claro para as famílias que podem contar com os benefícios

financeiros, mesmo que haja um aumento de renda temporário e de curto prazo. E mais,

as famílias poderão sentir-se mais seguras a informar aumentos de renda e ainda assim

permanecerem no Bolsa Família, até que chegue determinada data. Pode-se dizer que,

até chegar essa data, há um prazo de carência para que uma família permaneça no Bolsa

Família, mesmo que com renda per capita familiar superior ao previsto no Programa. E

isto é necessário porque a instabilidade de renda a que essas famílias estão submetidas

não permite afirmar se esse aumento de renda obtido é permanente ou não.

O conceito de validade do benefício também está alinhado com a necessidade de

racionalizar o trabalho de atualização cadastral dos municípios, permitindo que os

benefícios financeiros do Bolsa Família possam continuar sendo pagos durante certo

período de tempo, tanto para cadastros desatualizados, como para cadastros com renda

familiar per capita superior ao permitido no Programa Bolsa Família. A existência de

prazos pré-definidos para a realização da atualização cadastral de cada família

possibilita aos municípios um planejamento adequado da logística de visita domiciliar,

digitação de formulários e demais serviços associados ao Cadastro Único na localidade.

Relativamente à renda per capita, vale ressaltar que a introdução da validade do

benefício afeta apenas a o momento em que os cancelamentos por renda per capita

acontecerão, mantendo-se constantes quase todas as demais regras de gestão de

benefícios. Até a introdução da validade do benefício, os cancelamentos por renda per

capita superior era imediatos, logo depois da alteração da renda no CadÚnico. Com a

validade do benefício, o cancelamento fica adiado para uma determinada data no futuro,

na qual, caso a renda informada no CadÚnico ainda esteja acima do limite permitido,

ocorrerá o cancelamento dos benefícios da família. Caso a renda registrada esteja abaixo

do limite autorizado no PBF, por alterações posteriores no CadÚnico, o cancelamento

não ocorrerá mais.

Entretanto, o aumento da renda per capita familiar para valores acima de ½

salário-mínimo implica uma cancelamento automático, não sendo aplicável a validade

Page 71: Manual de Gestao de Beneficios

71

do benefícios. Entendeu-se que um aumento de renda per capita para tal patamar coloca

a família num novo patamar de renda que não precisa mais do Bolsa Família.

O cancelamento de benefícios por motivos não-relacionados à renda continua

ocorrendo normalmente, de acordo com as normas de operação do Programa Bolsa

Família, como a Portaria de gestão de benefícios, Portaria nº 555, de 11/11/2005, e a

Portaria de gestão de condicionalidades, Portaria nº 321, de 29/09/2008. E, poderão

continuar ocorrendo cancelamentos por outros motivos, como por exemplo: família

excluída do CadÚnico, descumprimento de condicionalidades, desligamento voluntário,

decurso de prazo na situação bloqueado, duplicidade de cadastramento, decisão judicial

e etc. Da mesma forma, caso haja inclusão de crianças/jovens no cadastro de uma

família no CadÚnico, haverá a concessão dos benefícios variáveis/variáveis-jovem, até

o limite permitido.

Como conseqüência do conceito de validade do benefício, cada família tem uma

data de validade do benefício. Partindo da posição do CadÚnico de 31/12/2009, as

famílias do PBF tiveram marcada uma determinada data de validade do benefício,

analisando-se a data da ultima atualização cadastral por que passaram:

Para as famílias com cadastros atualizados até 31/12/2007, a data de validade

do benefício é 31/10/2010;

Para as que atualizaram ente 1º/1/2008 e 31/12/2008 a data de validade do

benefício é 31/10/2011; e

Para as que atualizaram ente 1º/1/2009 e 31/12/2009 a data de validade do

benefício é 31/10/2012.

Como as atualizações cadastrais feitas pelos municípios são dinâmicas, a data de

validade do benefício foi marcada no Sibec tendo como referência o dia 31 de dezembro

de 2009, podendo ser consultada no módulo de consulta do Sibec.

A data de validade do benefício, pode-se dizer, estabelece previamente o público-

alvo potencial de um determinado ano de revisão cadastral. Como cada família tem uma

data de validade de benefício pré-definida, conforme a sua ultima atualização cadastral

(posição de 31/12/2009), essa mesma data estabelece um público-alvo potencial da

revisão cadastral de um determinado ano, porém o público-alvo de fato somente é

apurado em 31/dezembro do ano anterior. Em cada ano, há uma expectativa de que as

famílias com data de validade para esse determinado ano sejam incluídas no público-

alvo efetivo da revisão cadastral, no entanto, como muitas famílias fazem a atualização

em menos de 2 anos, o público-alvo da revisão cadastral em cada ano é menor do aquele

potencial, o que é muito bom para todos, pois não é preciso convocar as famílias e os

municípios para esse trabalho de revisão cadastral nesse ano.

2.3 Mês de Revisão Cadastral

As famílias que compõem o público da Revisão Cadastral têm um prazo para

procurarem a área responsável pelas ações de cadastramento no seu município. Desde a

revisão 2010, com a finalidade de distribuir de forma mais uniforme a quantidade de

famílias a serem atendidas ao longo dos meses, a Senarc estabeleceu um calendário que

vincula o mês de Revisão Cadastral ao final do NIS do responsável pela Unidade

Familiar. Esta distribuição mais uniforme da quantidade de famílias a serem atendidas

Page 72: Manual de Gestao de Beneficios

72

pelos municípios ao longo do ano previne o acúmulo de muitas famílias sendo atendidas

num mesmo mês. Este mês de Revisão Cadastral é para o gestor municipal uma

orientação de quando atender aquela família, podendo a atualização cadastral ser feita

antes disso, e em alguns casos depois, sem que haja bloqueio do benefício.

Calendário de Revisão Cadastral

Final de NIS Mês de Revisão Cadastral

1 Janeiro

2 Fevereiro

3 Março

4 Abril

5 Maio

6 Junho

7 Julho

8 Agosto

9 Setembro

0 outubro

De acordo com esse calendário, as famílias recebem mensagens no comprovante

de pagamento convocando-as para que procurem o setor responsável pelas ações de

cadastramento em seu município a fim de evitar o bloqueio do benefício. Estas

mensagens serão veiculadas no comprovante de pagamento com três meses de

antecedência.

Também por meio desse calendário, é marcada uma Data de Revisão Cadastral

para cada família, data que é exibida nas telas de consulta de benefício do SIBEC e

consta do relatório da folha de pagamento do PBF. No entanto, apenas as famílias que

entram no público da Revisão Cadastral têm uma Data de Revisão Cadastral preenchida,

as demais permanecem com esse campo em branco.

Page 73: Manual de Gestao de Beneficios

73

Capítulo VII – Operacionalização da Revisão Cadastral.

1. Entendendo “na prática” os conceitos de Validade de Benefício e Mês de Revisão

Cadastral

Para exemplificar os conceitos acima explicados tem-se na caixa de texto abaixo

um exemplo de como funcionam este conceitos num caso hipotético.

Informações da Família: Uma família beneficiária, cujo NIS do Responsável Familiar é

999.99999.99-7. Seu cadastro foi atualizado pela última vez em 14 de agosto de 2007 (posição

de 31/12/20009).

Data de Validade do Benefício: Como a ultima atualização ocorreu em 2007, a família tem

sua data de validade marcada para 31/10/2010. Como a família teve sua ultima atualização

cadastral há mais de 2 anos, ela compõe o público da revisão cadastral de 2010.

Mês da Revisão Cadastral: Como o final de NIS é 7, o mês de revisão cadastral é julho, no

caso, julho/2010.

Funcionamento da revisão cadastral (vide quadro abaixo): Como a família faz parte do

público da revisão 2010, no período de janeiro a outubro de 2010, ela é convocada a fazer a

atualização cadastral. Como seu mês de revisão cadastral é julho/2010, a partir de abril/2010, a

família recebe mensagens no seu comprovante de pagamento, avisando que seu cadastro está

desatualizado e que ela deve procurar a Prefeitura para atualizá-lo.Caso ela não atualize seu

cadastro até outubro, mês em que se encerra a validade do benefício, haverá a reavaliação do

benefício e o bloqueio por falta de revisão cadastral, permanecendo assim dezembro/2010,

sendo, posteriormente cancelado em janeiro/2011, se a família não tiver essa atualização

cadastral. Da mesma forma, se a família atualizasse o cadastro, não haveria bloqueio em

novembro, porém ainda ocorreria a reavaliação do benefício, podendo resultar na permanência

da família, caso a renda esteja no limite permitido pelo PBF, ou ocorrer o cancelamento, caso a

renda esteja acima desse limite. Se a renda for alterada para valor superior a ½ salário-mínimo,

aí o cancelamento é imediato, não mais na data de validade do benefício.

Page 74: Manual de Gestao de Beneficios

74

O que acontece com o benefício da família depois do encerramento da data de

validade do benefício depende da situação cadastral da família nessa data de validade do

benefício. Quatro situações são possíveis:

a) A família não atualizou o cadastro e a renda familiar per capita está abaixo

do limite de permitido pelo PBF (atualmente, R$ 140,00) – o benefício será

reavaliado em 31/outubro e será bloqueado em novembro e posteriormente

cancelado em janeiro do ano seguinte por falta de cumprimento da revisão

cadastral;

b) A família não atualizou o cadastro e a renda familiar per capita está acima

do limite de permitido pelo PBF – o benefício será reavaliado em

31/outubro e o benefício será cancelado por renda per capita superior a

permitida no PBF. O benefício permaneceu sendo pago até essa data de

validade, mesmo sendo a renda per capita superior, justamente por que este

é o intuito da validade de benefício, conforme visto acima;

c) A família atualizou o cadastro e a renda familiar per capita está acima do

limite de permitido pelo PBF - o benefício será reavaliado em 31/outubro e

o benefício será cancelado por renda per capita superior a permitida no

PBF. O benefício permaneceu sendo pago até essa data de validade, mesmo

sendo a renda per capita superior, justamente por que este é o intuito da

validade de benefício, conforme visto acima. Ressalve-se, conforme acima

ressaltado, que se a nova renda for superior a ½ salário-mínimo o

cancelamento ocorre imediatamente, e não na data de validade do benefício;

d) A família atualizou o cadastro e a renda familiar per capita está abaixo do

limite de permitido pelo PBF - o benefício será reavaliado em 31/outubro e

o benefício será mantido. Uma nova data de validade do benefício será

marcada para esta família, dando a ela um novo período de validade do

benefício.

2. Divulgação do Público da Revisão Cadastral

2.1 Como obter a listagem de famílias na Central de Sistemas4

Para saber quais são as famílias que estão no público da Revisão Cadastral, o

gestor municipal tem acesso a listas na Central de Sistemas da Senarc. A Central de

4 O MDS continuamente introduz melhorias na Central de Sistemas, podendo as telas e leiautes

constantes deste Manual serem ligeiramente diferentes das encontradas na Central.

Page 75: Manual de Gestao de Beneficios

75

Sistemas é um sistema via Web que permite aos usuários cadastrados obter acesso a um

conjunto de arquivos relacionados ao Programa Bolsa Família ou ao Cadastro Único

(vide tela abaixo). As instruções de como o gestor municipal pode se cadastrar para

acessar a Central de Sistemas estão na Instrução Operacional n.º 22, de 25 de julho de

2008.

Estas listas são refeitas mensalmente, para que essas listas possam refletir o

resultado do trabalho de atualização cadastral feito pelos municípios.

Tela da Central de Sistemas que permite donwload das listas da Revisão

Cadastral

Após acessar a Central de Sistemas, o usuário deverá acessar o link “Arquivos”

no menu superior da tela, conforme figura a seguir:

Page 76: Manual de Gestao de Beneficios

76

Ao clicar em “Arquivos”, serão exibidas diversas pastas. O usuário deverá

localizar e clicar na pasta de nome: “Famílias da Revisão Cadastral em 2010”, conforme

figura abaixo:

Depois de clicar no nome da pasta, o gestor deverá clicar no arquivo com a

listagem de famílias de seu município. Ao clicar no arquivo, o usuário deve escolher a

opção “Salvar” para gerar uma cópia do arquivo para gravação no computador local. O

nome do arquivo possui o seguinte padrão:

UF_NOMEDOMUNICIPIO_IBGE_BENEFICIARIOS_REVISAO _CADASTRAL_2010.

Exemplificando, a cidade de Serranos (MG) terá o seguinte nome de arquivo:

MA_BERNARDO_DO_MEARIM_2101939_BENEFICIARIOS_REVISAO_CADASTRA

L_2010.

A listagem de famílias será disponibilizada em um arquivo em formato “CSV”,

no qual cada linha apresenta as informações de um Responsável pela Unidade Familiar.

2.2 Como obter a listagem de famílias no Sibec5

Os municípios também terão acesso no Sibec a dois relatórios específicos da

revisão cadastral: um, com a lista de famílias cuja mês de revisão cadastral vencerá nos

próximos três meses; outro, com a lista de famílias cuja revisão cadastral está vencida.

Ambos os relatórios serão atualizados mensalmente, com o objetivo de refletir o

trabalho de atualização cadastral feito pelos municípios.

Também o relatório da folha de pagamento exibirá o mês de revisão cadastral da

família, além da data da última atualização cadastral da família.

2.3 Consultando o mês de revisão cadastral das famílias no Sibec

As telas de consulta de benefício do Sibec foram alteradas para que o gestor

municipal e sua equipe possam saber qual é o mês de revisão cadastral das famílias do

município. Note-se que na tela abaixo que para uma família de NIS com final 4, o mês

de revisão cadastral é abril (30/04/2010).

5 O MDS e a Caixa aprimoram continuamente as telas do Sibec, podendo ocorrer pequenas diferenças

entre as constantes deste Manual e as constantes do sistema.

Page 77: Manual de Gestao de Beneficios

77

Outra tela do Sibec que traz a informação do mês de revisão cadastral da família

é a que informa o detalhamento de cada benefício financeiro. Note-se na tela abaixo que

para uma família de NIS com final 0 (zero), o mês de revisão cadastral é outubro

(31/10/2010):

Os municípios terão acesso a relatórios mensais das famílias beneficiárias e

habilitadas vencidas e a vencer por meio do módulo de relatórios do Sibec. As rotinas

Page 78: Manual de Gestao de Beneficios

78

de geração destes relatórios estão em desenvolvimento, e em breve estarão disponíveis

no Sibec.

2.4 Comunicando a revisão cadastral à família

As famílias que fazem parte do público-alvo da revisão cadastral receberão

mensagem no comprovante de pagamento do benefício alertando para a necessidade de

atualizarem seus cadastros, a fim de evitar o bloqueio do benefício, com texto similar ao

que segue abaixo:

Mensagem no comprovante de pagamento

SUA DATA DE REVISÃO CADASTRAL SE

APROXIMA. PROCURE A PREFEITURA PARA

ATUALIZAR SEU CADASTRO E EVITAR O

BLOQUEIO DO SEU BENEFICIO EM NOVEMBRO

Estas mensagens no comprovante de pagamento serão impressas com 3 meses de

antecedência do Mês de Revisão Cadastral sugerido para a família. Para famílias que

recebem o benefício mediante crédito em conta bancária, até as devidas adaptações nos

sistemas da Caixa Econômica Federal, a Senarc enviará cartas pelos Correios às

famílias.

3. Procedimentos de Gestão do CadÚnico na revisão cadastral

A atualização cadastral é um processo fundamental à manutenção da qualidade

das informações do CadÚnico e deve ser realizada de forma permanente. Nesse sentido,

o processo de atualização das informações de famílias beneficiárias não difere dos

procedimentos permanentes de atualização cadastral das famílias não beneficiárias que

estão incluídas do CadÚnico.

Para atualizar os dados das famílias relacionadas nas listas, a gestão municipal

deve, preferencialmente, realizar visita domiciliar, conforme disposto na Portaria

GM\MDS nº 376/08. As informações devem ser registradas no Formulário Avulso de

Identificação da Pessoa e Formulário Avulso de Identificação do Domicílio e da

Família. Esses formulários são específicos para atualização cadastral e podem ser

adquiridos por meio do Sistema de Atendimento e Solicitação de Formulários (Sasf) ou

no sítio do MDS (http://aplicacoes.mds.gov.br/sasf/). Depois de preenchidos, os

formulários devem ser arquivados e mantidos em boa guarda, por um período mínimo

de cinco anos, conforme § 1°, do art. 33, do Decreto n° 5.209, de 2004.

Todas as famílias identificadas na listagem descrita no item 4 deste capítulo

devem ter seus cadastros atualizados. A atualização deve ser feita para todas as

informações que se modificaram desde a atualização anterior. No entanto, deve-se dar

atenção especial para os dados de endereço, composição da família, trabalho e renda,

documentação, código de escola (código Inep) e série escolar. Se houve mudança de

endereço, as informações referentes às condições do domicílio devem ser atualizadas.

Page 79: Manual de Gestao de Beneficios

79

Caso se verifique que as informações cadastrais da família estão corretas e

permanecem atuais e, portanto, não necessitam de modificação, o município deve

realizar o procedimento chamado de revalidação cadastral. Este procedimento é feito

com a atualização do campo 103 (data de pesquisa) do formulário de identificação do

domicílio e da família, colocando a data em que se constatou que os dados permanecem

os mesmos. É importante reforçar que este procedimento deve ser feito para todas as

famílias que tiveram os cadastros atualizados, e não somente para aquelas cujas

informações cadastrais não sofreram alterações.

Imediatamente após a atualização ou revalidação, os cadastros domiciliares

devem ser extraídos e transmitidos à CAIXA, uma vez que as atualizações devem ser

processadas na base nacional do CadÚnico, e o arquivo-retorno resultante deve ser

devidamente incorporado à base do município.

4. Como a Revisão Cadastral altera a Gestão de Benefícios

Algumas rotinas e procedimentos da gestão de benefícios passam a funcionar de

forma ligeiramente diferente com a Revisão Cadastral, principalmente em relação à:

a) Concessão de benefícios a cadastros desatualizados;

b) Cancelamentos de todos os benefícios da família por causa de aumento de

renda per capita familiar;

c) Cancelamento/desbloqueio de benefícios bloqueados por encerramento do

prazo para revisão cadastral;

d) Cancelamento do benefício básico; e

e) Reversão de cancelamento de benefícios cujos cadastros estejam com renda

per capita familiar acima do limite estabelecido.

4.1 Concessão de benefícios a cadastros desatualizados.

No processo de concessão é realizada a identificação individual das famílias que

ingressarão no PBF em determinada folha de pagamento. Havendo mais famílias

habilitadas no município do que a estimativa de famílias pobres considerada para o

atendimento, a concessão priorizava, até 2009, as famílias com cadastro atualizado nos

últimos dois anos, menor renda mensal per capita e maior número de crianças e

adolescentes de zero a dezessete anos. Com a Revisão Cadastral, as famílias com as

informações cadastrais desatualizadas há mais de dois anos, mesmo que estejam dentro

do perfil de renda do PBF, não podem mais ser selecionadas.

Observe-se que se a concessão de benefícios é modificada em razão da

implantação da revisão cadastral do benefício, essa questão da desatualização cadastral

já vinha sendo gradualmente tratada no PBF. Até 2008 os cadastros desatualizados eram

habilitados ao PBF em condições de igualdade com aqueles que estavam atualizados.

Em 2009, os cadastros desatualizados ainda foram habilitados, porém com menor

prioridade do que os cadastros atualizados. Em 2010, cadastros desatualizados há mais

de 24 meses não são mais habilitados ao PBF e, portanto, famílias nessa situação não

podem mais ser incluídas no Programa. Logo, uma das primeiras coisas que o município

deverá verificar, antes de demandar mais concessões em sua cidade, é a relacionada à

Page 80: Manual de Gestao de Beneficios

80

quantidade de famílias que estão com cadastros desatualizados a mais de 24 meses, pois

para estas não poderá haver concessão de benefícios.

A experiência de operação do Programa Bolsa Família mostra que esses

cadastros desatualizados têm uma proporção acima da média de cartões não-entregues,

uma dificuldade maior de encontrar as famílias para controle de condicionalidades e

etc., tudo isso porque na maioria das vezes a família não reside mais no endereço

informado no momento do cadastramento. Outro problema muito comum entre esses

cadastros desatualizados era que as famílias, depois de terem a concessão de benefícios

efetuada, não chegavam a sacar o benefício, já que não se conseguia notificá-la de que

entrou no PBF através do envio de uma correspondência para o endereço do CadÚnico.

Uma conseqüência natural disso tudo é que os municípios precisam manter

atualizados também a lista de famílias pobres que ainda não entraram no Programa, não

apenas para permitir que estas famílias eventualmente entrem no Programa, mas

também para manter os índices de atualização cadastral do Índice de Gestão

Descentralizada (IGD) em patamares adequados.

4.2 Cancelamentos de todos os benefícios da família por causa de aumento de

renda per capita familiar

A validade do benefício traz alterações na forma como as atualizações cadastrais

repercutem no benefício da família, no tocante às conseqüências de aumentos na renda

per capita familiar. Desse modo, para a família que estiver dentro do período de

validade do benefício, passam a ser permitidas variações na renda familiar per capita,

sem que esse aumento que supera o limite estabelecido para o PBF implique o imediato

cancelamento dos benefícios financeiros e o desligamento da família do Programa.

Entretanto, caso a renda per capita lançada no CadÚnico seja alterada para valor

superior a ½ salário-mínimo, o cancelamento ocorre imediatamente.

4.3 Cancelamento/desbloqueio de benefícios bloqueados por encerramento do

prazo para revisão cadastral

De acordo com a validade do benefício, poderão acontecer bloqueios e

cancelamentos por encerramento do prazo para revisão cadastral, conforme explicado

no capítulo anterior.

Além dos motivos já existentes para bloqueio de benefícios, passa a existir um

motivo de bloqueio associado ao processo de Revisão Cadastral. A família tem um

prazo, 31 de outubro do ano que for selecionada para a Revisão Cadastral, para atualizar

suas informações cadastrais. Quando se encerra este prazo, o benefício é bloqueado por

“Encerramento do Prazo para Revisão Cadastral”.

Da mesma forma, benefícios bloqueados pelo motivo de “Encerramento do

Prazo para Revisão Cadastral” são desbloqueados, automaticamente, caso haja a devida

atualização cadastral pelo município, tão logo a atualização seja recebida pelo Sibec.

Importante: o benefício bloqueado por encerramento do prazo para revisão

cadastral somente pode ser desbloqueado mediante atualização cadastral.

Page 81: Manual de Gestao de Beneficios

81

4.4 Cancelamento do benefício básico

A validade do benefício também afeta a forma como o benefício básico é

cancelado. Caso haja a renda per capita familiar seja alterada de um valor entre zero e

R$70,00 para um novo valor acima de R$70,00, por causa da validade de benefício, a

família não terá o benefício básico cancelado. Se ocorrer o contrário, isto é, uma família

que não recebia o benefício básico venha a ter uma redução da renda per capita familiar

para valor abaixo de R$70,00, caberá a concessão de benefício básico.

4.5 Reversão de cancelamento de benefícios cujos cadastros estejam com renda per

capita familiar acima do limite estabelecido.

A reversão de cancelamento também será modificada em razão da implantação

da validade do benefício. Para os benefícios que forem cancelados em decorrência de

erro operacional, o gestor municipal pode comandar uma reversão de cancelamento no

Sibec. Entretanto, o gestor precisa saber que a reversão de cancelamento somente será

bem-sucedida se três condições forem atendidas: ausência de duplicidade cadastral,

domicílio do cadastro ativo e o domicílio da família não pode estar desatualizado há

mais de dois anos. Isto vale para todos os benefícios cancelados, independente do

motivo do cancelamento.

Portanto, para conseguir que a reversão de cancelamento seja sempre bem-

sucedida, uma boa prática é sempre efetuar a atualização cadastral antes de comandar a

reversão de cancelamento.

5. Canais de atendimento ao município

Para mais informações a respeito do PBF, existem os canais de atendimento

abaixo:

Page 82: Manual de Gestao de Beneficios

82

ANEXO

Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas

Remanescentes e Cadastro Único

Leis e Decretos

Bolsa Família

Lei nº 10.836, de 09/01/2004

Lei nº 11.692, de 10/06/2008

Decreto nº 5.209, de 17/09/2004

Decreto nº 5.749, de 11/04/2006

Decreto nº 6.157, de 16/06/2007

Decreto nº 6.392, de 12/03/2008

Decreto nº 6.491, de 26/06/2008

Decreto nº 6.917, de 30/07/2009

Decreto nº 7.013, de 19/11/2009

Bolsa Escola

Lei nº 10.219, de 11/04/2001

Decreto nº 4.313, de 24/07/2002

Cartão Alimentação

Lei nº 10.689, de 13/06/2003

Decreto nº 4.675, de 16/04/2003

Bolsa Alimentação

MP nº 2.206-1, de 06/09/2001

Decreto nº 3.934, de 20/09/2001

Auxílio-Gás

MP nº 18, de 28/12/2001

Decreto nº 4.102, de 24/01/2002

Cadastro Único

Decreto nº 3.877, de 24/07/2001

Decreto 6.135, de 26/06/2007

Page 83: Manual de Gestao de Beneficios

83

Portarias Ministeriais

Portaria Senarc/MDS nº 1, de 03/09/2004 – Regulamenta a atuação da

fiscalização do PBF efetuada pelos técnicos do MDS.

Portaria GM/MDS nº 660, de 11/11/2004 – Autoriza os CMAS a atuarem

temporariamente como instância de controle social do PBF.

Portaria MEC/MDS nº 3.789, de 17/11/2004 – Regulamenta a condicionalidade

de educação do PBF.

Portaria MS/MDS nº 2.509, de 18/11/2004 – Regulamenta a condicionalidade de

saúde do PBF.

Portaria GM/MDS nº 737, de 15/12/2004 – Regulamenta o benefício variável de

caráter extraordinário do PBF.

Portaria GM/MDS nº 246, de 20/05/2005 – Regulamenta a adesão dos

municípios ao PBF.

Portaria GM/MDS nº 341, de 07/10/2008 – Regulamenta o Ingresso de Famílias

ao PBF.

Portarias GM/MDS nº 360, de 12/07/2005, e nº 454, de 06/09/2005 –

Regulamentam a atualização cadastral com apoio financeiro do Governo Federal

aos estados e municípios.

Portaria GM/MDS nº 454, de 06/07/2005 – Altera os artigos 6º, 7º e 8º, modifica

o anexo I e cria os anexos II e III da Portaria MDS nº 360, de 12/07/2005.

Portaria GM/MDS nº 532, de 03/11/2005 – Fixa o Calendário de Pagamento dos

Benefícios Financeiros do PBF.

Portaria GM/MDS nº 321, de 29/09/2008 – Regulamenta a Gestão de

Condicionalidades do PBF.

Portaria GM/MDS nº 551, de 09/11/2005 – Regulamenta a gestão das

condicionalidades do PBF.

Portaria GM/MDS nº 555, de 11/11/2005, alterada pela Portaria GM/MDS nº

344, de 21/10/2009 – Regulamenta a Gestão de Benefícios do PBF.

Portaria GM/MDS nº 666, de 28/12/2005 – Regulamenta a integração entre o

PBF e o Peti.

Page 84: Manual de Gestao de Beneficios

84

Portaria GM/MDS nº 672, de 29/12/2005 – Altera prazos fixados nas Portarias

MDS nº246, de 20/05/2005, GM/MDS nº 360, de 12/07/2005, e GM/MDS n º

555, de 11/11/2005, e estabelece critérios para remuneração do Cadastro Único

das famílias do Peti.

Portaria GM/MDS nº 68, de 08/03/2006 – Altera prazos nas Portarias GM/MDS

nº 246, de 20/05/2005, GM/MDS nº 360, de 12/07/2005, e MDS nº 555, de

11/11/2005.

Portaria GM/MDS nº 148, de 27/04/2006 – Estabelece normas, critérios e

procedimentos para o apoio à gestão do Programa Bolsa Família e do CadÚnico

no âmbito dos municípios e cria o Índice de Gestão de Descentralizada do

Programa.

Portaria GM/MDS nº 232, de 29/06/2006 – Altera prazo fixado na Portaria

GM/MDS n° 360, de 12/07/2005.

Portaria GM/MDS nº 256, de 18/07/2006 – Altera dispositivos da Portaria

GM/MDS n° 148, de 27/04/2006.

Portaria GM/MDS nº 380, de 12/12/2006 – Altera prazo fixado na Portaria

GM/MDS n° 360, de 12/07/2005.

Portaria GM/MDS nº 40, de 25/01/2007 – Altera Portaria GM/MDS nº 148, de

27/04/2006.

Portaria GM/MDS nº 176, de 18/05/2007 – Altera a Portaria GM/MDS n° 532,

de 03/11/2005.

Portaria GM/MDS nº 287, de 07/08/2007 – Altera prazo fixado na Portaria

GM/MDS nº 360, de 12/07/2005.

Portaria GM/MDS nº 350, de 3/11/2007 – Dispõe sobre a celebração do Pacto de

Aprimoramento da Gestão dos Estados e do Distrito Federal no contexto do

Sistema Único de Assistência Social – SUAS, do PBF e do Cadastro Único.

Portaria GM/MDS nº 416, de 14/11/2007 - Altera os arts 1º e 2º, caput e § 2º da

Portaria GM/MDS nº 360, de 12/07/2005.

Portaria GM/MDS nº 66, de 04/03/2008 – Altera a Portaria GM/MDS nº 148,

de 27/04/2006.

Portaria GM/MDS nº 76, de 07/03/2008 – Estabelece normas, critérios e

procedimentos para a adesão dos estados ao Programa Família e ao Cadastro

Único para Programas Sociais do Governo Federal e para o apoio à gestão

estadual desses programas.

Page 85: Manual de Gestao de Beneficios

85

Portaria GM/MDS nº 87, de 12/03/2008 – Autoriza a realização do Segundo

Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família, aprova o seu

edital e institui o Observatório de Boas Práticas de Gestão do Programa Bolsa

Família.

Portaria GM/MDS nº 220, de 25/06/2008 – Altera a Portaria GM/MDS nº 148,

de 27/04/2006.

Portaria GM/MDS nº 240, de 10/07/2008 – Altera a Portaria GM/MDS nº 87, de

12/03/2008.

Portaria GM/MDS nº 376, de 16/10/2008 – Define procedimentos para a gestão

do Cadastro Único disciplinado pelo Decreto nº 6.135, 26/06/2007.

Portaria Interministerial nº 2, de 16/09/2009 – Institui o Fórum

Intergovernamental e Intersetorial de Gestão de Condicionalidades do PBF.

Portaria GM/MDS nº 344, de 21/10/2009 – Altera a Portaria GM/MDS nº 555,

de 11/11/2005, que estabelece diretrizes e critérios para a gestão de benefícios

financeiros do PBF e fixa normas e procedimentos para a administração desses

benefícios.

Instruções Normativas e Operacionais

Instrução Normativa nº 1, de 20/05/2005 – Divulga regras para criação e

funcionamento das instâncias de controle social do PBF.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 1, de 19/05/2004 – Divulga

procedimentos operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por

multiplicidade cadastral.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 4, de 14/02/2005 – Divulga

procedimentos operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por

multiplicidade cadastral.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 5, de 15/02/2005 – Divulga

procedimentos para importação da base CadÚnico nos municípios.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 7, de 20/05/2005 – Divulga

procedimentos sobre o teste de consistência do CadÚnico.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 8, de 20/06/2005 – Divulga auditoria

realizada sobre as folhas de pagamento dos programas de transferência de renda

do governo federal, assim como orientação aos municípios para tratamento de

casos de multiplicidade cadastral.

Page 86: Manual de Gestao de Beneficios

86

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 9, de 05/08/2005 – Divulga

procedimentos para adesão dos municípios ao PBF.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 10, de 31/08/2005 – Marcação de

cadastros ativos e inativos.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 11, de 22/11/2005 – Auditoria na base do

CadÚnico.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 12, de 03/02/2006 – Repercussão de

Alteração Cadastral.

Instrução Operacional Conjunta Senarc/SNAS nº 1, de 14/03/2006 – Divulga

instruções sobre o cadastramento de famílias do Peti.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 13, de 20/04/2006 – Divulga os critérios

utilizados para o processamento do bloqueio dos benefícios dos Programas

Remanescentes, com base no Cadbes, e orienta as prefeituras acerca da

complementação dos dados.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 14, de 10/08/2006 – Divulga auditoria

realizada sobre o Cadastro Único e sua repercussão sobre os benefícios do PBF.

Instrução Operacional Conjunta Senarc/SNAS nº 1, de 14/03/2006 – Divulga

aos municípios orientações sobre operacionalização da integração entre o PBF e

o Peti, no que se refere à inserção, no Cadastro Único, das famílias beneficiárias

do Peti e famílias com crianças/adolescentes em situação de trabalho.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 15, de 13/12/2006 – Divulga aos Estados

e Municípios orientações sobre os procedimentos para credenciamento de

usuários ao Sistema de Gestão de Benefícios do PBF.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 16, de 11/01/2007 – Divulga

procedimentos operacionais para a concessão do desconto da tarifa social de

energia elétrica para unidades domiciliares com consumo médio mensal situado

entre 80kWh e 220 kWh (ou o limite regional).

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 17, de 16/04/2007 – Divulga

procedimentos operacionais para o Cadastramento de estudantes do ensino

fundamental de 9 anos no Cadastro Único de Programas Sociais.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 18, de 15/05/2007 – Divulga auditoria

realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único e

da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego,

e sua repercussão sobre os benefícios do PBF.

Page 87: Manual de Gestao de Beneficios

87

Instrução Operacional Conjunta Senarc-SNAS/MDS nº 2, de 31/07/2007 –

Divulga procedimentos operacionais para o cadastramento de idosos com 60

anos ou mais, com renda individual mensal igual ou inferior a 2 salários

mínimos e sem meios de comprovação de renda, para emissão da Carteira do

Idoso.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 19, de 01/08/2007 – Divulga os

procedimentos e as orientações para a correta utilização do arquivo

denominado "Base Caixa", disponibilizado aos municípios para importação pelo

aplicativo off-line no caso de perda total ou parcial de sua base local.

Instrução Operacional Conjunta Senarc/MDS – SECAD/MEC nº 1, de

15/08/2007 - Divulga aos gestores municipais do PBF procedimentos para

encaminhamento dos inscritos no CadÚnico às ações de alfabetização do

Programa Brasil Alfabetizado.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 20, de 14/12/2007 – Divulga aos

municípios orientações sobre o preenchimento das informações referentes aos

novos campos constantes na versão 6.0.5 do Aplicativo de Entrada e

Manutenção de Dados do CadÚnico.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 21, de 29/02/2008 – Divulga auditoria

realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único e

do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar do Ministério

do Desenvolvimento Agrário e sua repercussão sobre os benefícios do PBF.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 22, de 25/07/2008 – Divulga

procedimentos operacionais aos municípios para acesso à Central de Sistemas da

Senarc.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 23, de 31/07/2008 – Divulga aos

municípios orientações para a substituição de Prefeito, Prefeitura, Gestor

Municipal e de Instância de Controle Social do PBF e procedimentos para

alteração de seus dados cadastrais, bem como os procedimentos para o Acesso

Sistema de Gestão Integrada (SGI).

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 24, de 17/09/2008 – Orienta quanto aos

procedimentos necessários às ações de atualização cadastral e gestão de

benefícios das famílias beneficiárias do PBF em razão da identificação de

inconsistência nas informações de renda obtidas por meio da comparação das

informações do CadÚnico com as da Relação Anual de Informações Sociais -

Rais e do Benefício de Prestação Continuada - BPC.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 25, de 05/09/2008 – Divulga aos

municípios orientações sobre a busca ativa de famílias beneficiárias do Bolsa

Família com todos os integrantes em idade escolar “sem informação” de

freqüência escolar e procedimentos a serem adotados pelo MDS relativos ao

bloqueio e cancelamento de benefício.

Page 88: Manual de Gestao de Beneficios

88

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 26, de 17/12/2008 – Divulga aos

municípios orientações e procedimentos a serem adotados no que se refere aos

recursos apresentados por famílias com registros de descumprimento de

condicionalidades.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 27, de 22/01/2009 – Divulga aos

municípios orientações sobre a utilização do Sistema de Atendimento e

Solicitação de Formulários - Sasf.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 28, de 13/02/2009 – Divulga aos

municípios informações e procedimentos de atualização ou revalidação cadastral

dos domicílios no CadÚnico para implantação da revisão cadastral dos

beneficiários do PBF.

Instrução Operacional conjunta MDS/MEC e MS nº 1, de 17/02/2009 –

Estabelece o calendário do exercício de 2009 para o acompanhamento das

condicionalidades do PBF e dá outras orientações.

Instrução Operacional conjunta Senarc/Sesan (MDS) nº 1, de 07/04/2009 –

Orienta os gestores municipais do CadÚnico/PBF do semiário brasileiro quanto

ao cadastramento de famílias de baixa renda para inserção no Programa

Cisternas.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 29, de 07/05/2009 – Divulga aos

municípios procedimentos a serem adotados quanto aos motivos de baixa

freqüência escolar.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 30, de 14/05/2009 – Orienta quanto aos

procedimentos necessários às ações de atualização cadastral e à gestão de

benefícios das famílias beneficiárias do PBF em razão da identificação de

inconsistência nas informações de renda obtidas por meio da comparação das

informações do CadÚnico com a Rais.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 31, de 17/07/2009 – Orienta quanto aos

procedimentos necessários para regularização da situação das famílias

identificadas na auditoria do TCU com suspeita de informações incorretas no

CadÚnico.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 32, de 12/08/2009 – Divulga aos

municípios as orientações sobre a busca ativa de famílias beneficiárias do PBF

com todos os integrantes em idade escolar “sem informação” de freqüência

escolar no ano de 2009 e os procedimentos a serem adotados pelo MDS relativos

ao bloqueio e cancelamento do benefício.

Instrução Operacional conjunta Senarc/SNAS nº 3, de 26/08/2009 – Divulga aos

municípios orientações para inserção de adolescentes beneficiários do BVJ que

Page 89: Manual de Gestao de Beneficios

89

se encontram em descumprimento de condionalidades no Projovem Adolescente

– Serviço Socioeducativo.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 33, de 03/12/2009 – Divulgação, entre os

municípios, dos procedimentos a serem adotados para registro do

acompanhamento familiar e solicitação, se necessário, da interrupção temporária

dos efeitos dos descumprimentos de condicionalidades para famílias inseridas

em atividades de acompanhamento familiar desenvolvidas no município.

Instrução Operacional Senarc/MDS nº 34, de 23/12/2009 – Divulga informações

e procedimentos de atualização ou revalidação cadastral das famílias no

CadÚnico para fins de revisão cadastral dos beneficiários do PBF no ano de

2010.

Instrução Operacional conjunta MDS/MEC e MS nº 2, de 24/02/2010 –

Estabelece o calendário do exercício de 2010 para o acompanhamento das

condicionalidades do PBF e dá outras orientações.

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