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Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC MANUAL DE GESTÃO DE BENEFÍCIOS Brasília, DF 2ª edição Julho de 2008 VERSÃO ELETRÔNICA

Manual de Gestão de Benefícios

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Page 1: Manual de Gestão de Benefícios

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDSSecretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC

MANUAL DE GESTÃO DE BENEFÍCIOS

Brasília, DF2ª edição

Julho de 2008VERSÃO ELETRÔNICA

Page 2: Manual de Gestão de Benefícios

Sumário

Apresentação ........................................................................................................................................ 4 Capítulo I – O Programa Bolsa Família e seus benefícios financeiros ................................................ 5

1. O Programa Bolsa Família ........................................................................................................... 5 2. Concessão de benefícios ............................................................................................................... 5 3. Composição dos benefícios financeiros dos Programas Remanescentes e do Programa Bolsa Família .............................................................................................................................................. 7

3.1. Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes ......................................................... 7 3.2. Benefícios financeiros do Programa Bolsa Família .............................................................. 8

3.2.1. Concessão e valor financeiro do BVCE ......................................................................... 9 3.2.1.1. Prescrição do BVCE .................................................................................................. 12

4. Integração entre o PBF e o Peti .................................................................................................. 13 4.1. Desenho da integração entre o PBF e o Peti ........................................................................ 14

5. Integração entre o PBF e programas locais de transferência direta de renda ............................. 16 Capítulo II – A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família .................................................... 18

1. Definição da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família ................................................ 18 2. O Cadastro Único e a gestão de benefícios do PBF .................................................................. 18 3. Conceitos importantes ............................................................................................................... 19 4. Atividades de gestão de benefícios do PBF .............................................................................. 19

4.1. Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefícios do PBF ................................... 20 4.1.1. Bloqueio de benefícios ................................................................................................. 25 4.1.2. Desbloqueio de benefícios ........................................................................................... 27 4.1.3. Cancelamento de benefícios ........................................................................................ 27 4.1.4. Reversão de cancelamento de benefícios .................................................................... 29 4.1.5. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios ....................................................... 30 4.1.6. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício básico ................. 30 4.1.7. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício variável .............. 31 4.1.8. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de benefícios . 31

5. Prazo do agente operador para repercussão das atividades de gestão no relatório da folha de pagamento e no sistema bancário ................................................................................................... 31 6. Atividades de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes .......................................... 33 7. Atividades de gestão de benefícios sobre complementação financeira dos benefícios do PBF . 35

Capítulo III – Sistema de Gestão de Benefícios ................................................................................. 36 1. Acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios .............................................................................. 36

1.1. Utilização de senhas de acesso ........................................................................................... 37 1.2. Credenciamento para acesso ao SGB .................................................................................. 37 1.3. Perfis de acesso ao SGB ...................................................................................................... 39

Capítulo IV – Operacionalização da gestão de benefícios ................................................................. 40 1. A descentralização da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família .................................. 41 2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios ........................................................ 41 3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios ............................... 42 4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio do SGB ............................ 44 5. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da repercussão de alteração cadastral .......................................................................................................................................... 46

5.1. A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais ........................................ 46 5.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB .................. 47 5.3. A Rotina de Reavaliação no SGB ....................................................................................... 48 5.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral .......................................... 49

6. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB .................. 51 7. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais ........ 55

Page 3: Manual de Gestão de Benefícios

7.1 Conversão de NIS ................................................................................................................. 55 7.2. Substituição de responsável legal ........................................................................................ 57 7.3. Mudança de município ........................................................................................................ 58

7.3.1. Procedimentos do gestor municipal do municípío de origem ..................................... 58 7.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino ...................................... 59 7.3.3. Procedimento da família .............................................................................................. 60 7.3.4. Procedimento em caso de exclusão indevida do cadastro ........................................... 60

8. A execução de atividades de gestão de benefícios pela SENARC ............................................. 60 8.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios .............................................. 60 8.2. Envio de ofícios à SENARC para processamento centralizado de atividades de gestão de benefícios .................................................................................................................................... 61 8.3. Principais auditorias realizadas pela SENARC ................................................................... 62

Capítulo V – Pagamento do benefício ................................................................................................ 63 1. Calendário de Pagamento ........................................................................................................... 63 2. Canais de pagamento .................................................................................................................. 64

2.1. Atribuições do agente operador .......................................................................................... 64 2.2. Locais autorizados para o saque dos benefícios ................................................................. 64

3. Saque dos benefícios .................................................................................................................. 65 3.1. Extratos de saque dos benefícios ......................................................................................... 67

4. Cartões magnéticos ..................................................................................................................... 72 4.1. Os cartões magnéticos para saque de benefícios ................................................................. 72 4.2. Emissão de cartões magnéticos ........................................................................................... 72 4.3. Distribuição e entrega de cartões magnéticos ..................................................................... 73 4.4. Cadastramento de senha eletrônica individual .................................................................... 74

5. Canais de atendimento ................................................................................................................ 74 Capítulo VI – A organização da Gestão de Benefícios ...................................................................... 75

1. Organização da Gestão de Benefícios ........................................................................................ 75 1.1. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefício do PBF ........ 75

1.1.1. Responsabilidade da União .......................................................................................... 75 1.1.2. Responsabilidades dos Estados .................................................................................... 76 1.1.3. Responsabilidades dos Municípios ............................................................................... 76

ANEXO .............................................................................................................................................. 78 Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas Remanescentes e Cadastro Único .............................................................................................................................................. 78

Leis e Decretos ........................................................................................................................... 78 Portarias Ministeriais .................................................................................................................. 79 Instruções Normativas e Operacionais ....................................................................................... 81

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Apresentação

Esta publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS destina-se aos gestores do Programa Bolsa Família PBF nos municípios e estados e visa favorecer a compreensão da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família, suas finalidades e seus mecanismos. Conforme o artigo. 8º da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, a gestão no Programa Bolsa Família é considerada pública, governamental e descentralizada, com a conjugação de esforços entre os entes federados, observada a intersetorialidade, a participação comunitária e o controle social.

A necessidade de conferir aos municípios os instrumentos, procedimentos e mecanismos para a execução descentralizada das atividades que integram a gestão dos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes teve início com a edição da Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de novembro de 2005, complementada pela edição do Manual do Sistema de Gestão de Benefícios. Não obstante futuros aprimoramentos na gestão de benefícios, decorrentes de avanços na gestão do PBF e nos sistemas informatizados, é importante divulgar os atuais procedimentos e rotinas da gestão de benefícios por meio deste Manual de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família.

As instâncias de controle do Programa Bolsa Família também poderão ser beneficiadas com a publicação deste manual, com aumento da transparência das ações sociais e a maior participação da sociedade. As instâncias de controle social do PBF poderão exercer melhor as atribuições previstas no artigo 10 da Instrução Normativa GM/MDS nº 1, de 20 de maio de 2005. Da mesma forma, a rede pública de fiscalização, instituída em janeiro de 2004, formada pelo Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União e membros dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, terá mais informações a sua disposição.

A primeira edição deste manual foi elaborada pela Coordenação Geral de Benefícios da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC), a quem compete o esclarecimento de dúvidas e o acolhimento de sugestões, por meio do e-mail [email protected]. A edição mais recente deste manual estará sempre disponível no sítio eletrônico do MDS (www.mds.gov.br).

Este Manual de Gestão de Benefícios está organizado da seguinte forma:• capítulo I – Descreve o PBF e apresenta os benefícios financeiros do Programa;• capítulo II – Apresenta a gestão de benefícios do PBF e dos Programas

Remanescentes, concentrando-se na aplicação da legislação vigente;• capítulo III – Explica brevemente o Sistema de Gestão de Benefícios, posicionando

esse sistema no desenho da gestão de benefícios;• capítulo IV – Apresenta o funcionamento da operacionalização da gestão de

benefícios;• capítulo V – Explica a entrega de cartões magnéticos e o saque dos benefícios

financeiros.• capítulo VI – Mostra as principais atribuições dos entes federados na gestão de

benefícios. Na perspectiva do Governo Federal, a atuação dos gestores municipais e estaduais, das instâncias de controle social e da rede pública de fiscalização será bastante facilitada a partir da edição deste Manual de Gestão de Benefícios. Seu grande mérito é divulgar, de modo simples e didático, aspectos operacionais do PBF do interesse de todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas com a gestão do Programa.

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Capítulo I – O Programa Bolsa Família e seus benefícios financeiros

1. O Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda diretamente às famílias pobres e extremamente pobres que vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de compromissos (condicionalidades) nas áreas de Educação e Saúde.

O Programa Bolsa Família (PBF) foi instituído pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamento pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. Tem por objetivos: aliviar a pobreza de forma imediata, por meio da transferência de renda diretamente às famílias; contribuir para a redução da pobreza entre gerações, por meio do acompanhamento das condicionalidades; e apoiar e desenvolver as famílias, por meio da articulação com programas complementares. Como o próprio nome diz, o Bolsa Família busca atender a toda a família.

O Bolsa Família é um dos programas que integram o Fome Zero, que tem maior abrangência e cujo objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, com prioridade para as pessoas com dificuldade de acesso aos alimentos.

O PBF integra e unifica os atos e procedimentos de gestão de antigos programas de transferência de renda do Governo Federal, chamados Programas Remanescentes, a saber:

• Bolsa Escola, instituído pela Lei no 10.219, de 21 de abril de 2001;• Bolsa Alimentação, instituído pela MP no 2.206, de 6 de setembro de 2001;• Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto no 4.102, de 24 de janeiro de 2002; e• Cartão Alimentação, instituído pela Lei no 10.689, de 13 de junho de 2003.

Cada um desses Programas Remanescentes estava sob a responsabilidade de um órgão específico, o que dificultava, ou mesmo, inviabilizava a coordenação de ações de caráter intersetorial para o combate à pobreza. Por exemplo, uma família podia participar de dois ou três programas, enquanto outros grupos, na mesma localidade e em situação semelhante, não recebiam nenhum apoio. Assim, a unificação conferiu maior racionalidade administrativa e aumentou a eficácia dessa política no enfrentamento da pobreza. Da mesma forma, foram criadas condições para a padronização de procedimentos de gestão, facilitando a compreensão sobre a operacionalização dos programas sociais do Governo Federal por parte da população e responsáveis dos estados e municípios.

Não há impedimentos legais para que as famílias continuem a receber benefícios dos Programas Remanescentes enquanto não migrarem para o Bolsa Família. Igualmente, não existem também impedimentos a que essas famílias sejam beneficiadas por programas financiados com recursos dos estados e municípios.

O Cadastro Único – CadÚnico, instituído pelo Decreto nº 3.877, de 24 de julho de 2001, é um instrumento de coleta de informações que tem como objetivo identificar e qualificar todas as famílias pobres. O foco do CadÚnico são as famílias com renda por pessoa de até meio salário mínimo. O Programa Bolsa Família depende das informações lançadas pelo município no CadÚnico.

A lista de normas e instruções do PBF encontra-se no anexo deste manual.

2. Concessão de benefíciosA concessão de benefícios, atribuição exclusiva do MDS, é exercida operacionalmente pela

Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Senarc, com base, principalmente, nas estimativas de pobreza em cada município e nas informações constantes do Cadastro Único.

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Com relação ao PBF, os valores referenciais para definição de pobreza e extrema pobreza foram inicialmente definidos na própria lei do Programa Bolsa Família e atualizados pelo Decreto nº 5.749, de 11 de abril de 2006. Atualmente, a concessão de benefícios financeiros pelo PBF considera famílias pobres aquelas com até R$ 120,00 de renda mensal familiar por pessoa, e famílias extremamente pobres aquelas com até R$ 60,00 de renda mensal familiar por pessoa. Antes, esses valores de referência eram, respectivamente, R$ 100,00 e R$ 50,00

A definição dos valores de renda mensal familiar por pessoa para concessão de benefícios e a estimativa de famílias pobres existentes no Brasil e em cada município foram elaboradas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Essa estimativa, de 2003, e atualizada em 2006, tem como referência informações da Pnad – Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios/2004 e do Censo Populacional e está disponível no sítio do MDS.

A cobertura do Bolsa Família e o planejamento de sua expansão são realizados segundo essa estimativa. Ao mesmo tempo, o planejamento procura contemplar famílias novas (famílias sem nenhum benefício) e migrar para o PBF as famílias dos Programas Remanescentes. Assim, durante o ano 2005, a concessão de benefícios buscou atingir uma cobertura de 70% da estimativa de famílias pobres em todos os municípios brasileiros, com ênfase para municípios com baixa cobertura. A meta do Governo Federal para 2006 era atender a todas as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em cada município. Em junho de 2006 a meta foi atendida, beneficiando 11,1 milhões de famílias. Após a meta de 100% de cobertura da Estimativa oficial de pobreza ter sido atingida, as novas concessões têm buscado equacionar a reposição de vagas de famílias que vão sendo desligadas do programa, a ampliação da cobertura em municípios abaixo da meta, o atendimento de populações prioritárias e o limite orçamentário.

A inclusão da família no PBF para a concessão de benefícios é feita exclusivamente entre as famílias cadastradas no Cadastro Único. No entanto, o cadastramento de uma família não resulta na imediata concessão do benefício pelo PBF: depende da situação no Cadastro Único, da disponibilidade de recursos do Governo Federal e do cronograma de expansão do Programa.

Além da concessão de benefícios para famílias novas, desde sua criação o PBF vem transferindo para o Programa as famílias incluídas nos Programas Remanescentes, com o objetivo de unificar procedimentos de gestão e execução dos programas de transferência de renda do Governo Federal, e desde junho de 2006 vem integrando ao programa as famílias atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Peti.

Nem todas as famílias inscritas no CadÚnico são incluídas no PBF. Como o Cadastro Único registra famílias com diferentes valores de renda por pessoa, apenas um subconjunto das famílias cadastradas é periodicamente habilitado à concessão de benefícios. Regra geral: as famílias do Cadastro Único, com renda por pessoa menor ou igual a R$ 120,00 e domicílio na condição “Ativo” na base nacional do CadÚnico poderão receber os benefícios do PBF. Dessa forma, famílias com duplicidade1 de cadastramento ou renda por pessoa superior a R$ 120,00 não são público alvo do Programa. Além disso, as famílias pertencentes ao extinto Cadbes – Cadastro do Bolsa Escola precisam ter seu cadastro complementado2 antes de poderem ser incluídas no PBF.

Cabe ressaltar que a concessão de benefícios pelo PBF é feita de maneira impessoal, por meio de um sistema informatizado, que concede benefícios de acordo com o cronograma de expansão do Programa. As famílias constantes do Cadastro Único em cada município são priorizadas segundo o critério da renda por pessoa, da menor para a maior renda.

O Quadro I a seguir apresenta uma síntese da operação do Programa Bolsa Família; reúne os principais envolvidos na execução do Programa e demonstra a correlação entre o cadastramento e a concessão de benefícios. 1 Exemplos de famílias que recebem esta marcação de duplicidade são aquelas com o mesmo responsável legal (caso em que apenas um domicílio é considerado ATIVO) ou com pessoas em comum nos seus cadastros (e.g., uma criança presente no domicílio da mãe e no domicílio da avó). 2 Consulte a Instrução Operacional nº 13, de 20 de abril de 2006, que trata a complementação do Cadbes.

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Quadro I – Fluxograma de operação do PBF

3. Composição dos benefícios financeiros dos Programas Remanescentes e do Programa Bolsa Família

3.1. Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes O Quadro II resume algumas das características dos Programas Remanescentes e apresenta

os benefícios financeiros correspondentes.

Quadro II - Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes

Programa Legislação Elegibilidade Benefícios Financeiros

Bolsa Escola

Lei nº 10.219, de 11/04/2001, eDecreto nº 4.313, de 24/07/2002

Renda familiar mensal de até R$ 90,00 por pessoa, com crianças de 6 a 15 anos

R$ 15,00 – benefício mensal por criança, até o limite de R$ 45,00.

Bolsa Alimentação

MP nº 2.206-1, de 6/09/2001, eDecreto nº 3.934, de 20/09/2001

Gestantes, nutrizes e crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses em risco nutricional

R$ 15,00 - benefício mensal até o limite de R$ 45,00.

Cadastramento

Geração da Folha e do Cartão

MDS

FAM

ILIA

PREF

EITU

RACA

IXA

Define Políticas eDiretrizes

DisponibilizaFormuláriose sistemas

Coletadados

famílias

Atribui NIS e envia arquivo

retorno

Dadosregistrados na

Base Local

Envia dados

Digitadados

famílias

CadÚnico

ExtraiDados

Famílias

Aplica regrase informa

habilitados

Concede benefício

SIBEC

Gera Folha

SICID Cadastra Senha,efetua

pagamento

Produz Cartãoe distribui

Page 8: Manual de Gestão de Benefícios

Auxílio-Gás

MP nº 18, de 28/12/2001, eDecreto nº 4.102, de 24/01/2002

Renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa

R$ 7,50 - benefício mensal pago bimestralmente (R$ 15,00 a cada dois meses).

Cartão Alimentação

Lei 10.689, de 13/06/2003, eDecreto 4.675, de 16/04/2003

Renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa

R$ 50,00 - benefício mensal pago à família

3.2. Benefícios financeiros do Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família dispõe dos seguintes tipos de benefícios financeiros, definidos na Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004:

• Benefício Básico – no valor de R$ 62,00 é concedido a cada família com renda por pessoa igual ou inferior a R$ 60,00

• Benefício Variável – no valor de R$ 20,00 é concedido para cada criança ou adolescente de 0 a 15 anos de idade, até o limite de três crianças por família;

• Benefício Variável Vinculado ao Adolescente (BVJ) - no valor de R$ 30,00 é concedido a todas as famílias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos de idade que estejam freqüentando a escola, até o limite de dois adolescentes por família.

• Benefício Variável de Caráter Extraordinário (BVCE) – o BVCE é concedido às famílias dos Programas Remanescentes: Auxílio-Gás, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação, cuja migração para o PBF houver perdas financeiras. O valor concedido é calculado caso a caso e tem prazo de prescrição, além do qual deixa de ser pago.

Os benefícios básico e variável estão previstos na Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e foram regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. Os valores referenciais do PBF para a definição da renda que caracteriza famílias pobres e extremamente pobres, fundamento para concessão do benefício básico, foram reajustados pelo Decreto nº 5.749, de 11 de abril de 2006. O Quadro III exemplifica os vários valores que uma família pode receber da junção desses benefícios.

A concessão de benefício variável de gestante ou nutriz de uma família, segundo o § 1º, do art. 19, do Decreto nº 5.209, de 2004, será regulamentado posteriormente pela Senarc, com vistas à prestação continuada desse benefício variável.

Conforme prevê o artigo 21, do Decreto nº 5.209, de 2004, a concessão do benefício é realizada em caráter temporário à família e não gera direitos, na acepção legal da palavra. No entanto, o Governo Federal compromete-se com a realização mensal da transferência de renda à família, respeitadas as regras de operação do Programa.

Quadro III – Composição de benefícios financeiros (básico, variável e BVJ) do PBF

Famílias sem adolescentes de 16 e 17 anos:

Page 9: Manual de Gestão de Benefícios

Renda Mensal per capita Composição familiar com membros de:

0 a 15 anos 16 e 17 anos Valor do benefício

De R$ 60,00 a R$ 120,00

1 membro Sem ocorrência R$ 20,00

2 membros Sem ocorrência R$ 40,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 60,00

Até R$ 60,00

Sem ocorrência Sem ocorrência R$ 62,00

1 membro Sem ocorrência R$ 82,00

2 membros Sem ocorrência R$ 102,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 122,00

Famílias com um adolescente de 16 ou 17 anos:

Renda Mensal per capita

Composição familiar com membros de:

0 a 15 anos 16 e 17 anos Valor do benefício

De R$ 60,00 a R$ 120,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 30,00

1 membro 1 membro R$ 50,00

2 membros 1 membro R$ 70,00

3 ou + membros 1 membro R$ 90,00

Até R$ 60,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 92,00

1 membro 1 membro R$ 112,00

2 membros 1 membro R$ 132,00

3 ou + membros 1 membro R$ 152,00

Famílias com dois ou mais adolescentes de 16 e 17 anos:

Renda Mensal per capita

Composição familiar com membros de:

0 a 15 anos 16 e 17 anos Valor do benefício

De R$ 60,00 a R$ 120,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 60,00 1 membro 2 ou + membros R$ 80,00

2 membros 2 ou + membros R$ 100,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 120,00

Até R$ 60,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 122,00 1 membro 2 ou + membros R$ 142,00 2 membros 2 ou + membros R$ 162,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 182,00

3.2.1. Concessão e valor financeiro do BVCE

O Benefício Variável de Caráter Extraordinário - BVCE está previsto nos §§ 8º e 9º, do artigo 2, da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e foi regulamentado pela Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004. Como o valor do BVCE é calculado caso a caso, a soma de todos

Page 10: Manual de Gestão de Benefícios

os benefícios financeiros que são pagos às famílias é bem variada. É possível até mesmo que, em função do BVCE algumas famílias recebam um valor superior a R$ 182,00.

Somente as famílias migradas de Programas Remanescentes que recebam mais do que receberiam no Programa Bolsa Família podem ter concessão do BVCE, para compensar as perdas que a migração para o PBF ocasionaria3. Ou seja, uma família que receba, por exemplo, Auxílio-Gás, Bolsa Escola e Bolsa Alimentação pode vir a receber o BVCE no Bolsa Família, caso a soma dos benefícios financeiros básico e variável concedidos pelo PBF seja inferior ao que a família recebia antes naqueles programas.

No cálculo do valor do BVCE, são somados todos os benefícios pagos à família pelos Programas Remanescentes e o resultado desta soma é comparado com a soma dos benefícios básico+variável do PBF. Em suma, o valor do BVCE é aquele que mantém a família recebendo o mesmo total que vinha recebendo dos Programas Remanescentes. Se o valor do BVCE resultar em centavos, o valor é arredondado para mais. Dessa forma, famílias diferentes podem ter valores de BVCE distintos, conforme a renda por pessoa, a composição familiar e os benefícios anteriores.

O Quadro IV apresenta exemplos de concessão do BVCE. O exemplo I mostra uma família que recebia mensalmente, antes da migração para o PBF, R$22,50 do Bolsa Escola e do Auxílio-Gás. Depois da migração, a família receberia apenas um benefício variável de criança no valor de R$15,00. Como haveria perda financeira para a família com a migração, foi concedido um BVCE no valor de R$8,00. O cálculo efetuado é o seguinte: R$22,50 menos R$15,00 é igual a R$7,50, que, arredondado para cima, resulta em R$8,00 de BVCE.

O exemplo II trata de uma situação comum em 2005, e cabe aqui uma explicação adicional. Como se pode ver pelas regras de concessão de benefícios básico e variável do Programa Bolsa Família (PBF), esta família não teria benefício algum, pois não tem renda por pessoa para concessão do benefício básico, nem crianças para a concessão de benefício variável. No entanto, a edição da Portaria nº 737, de 2004, amparou esta situação, com vistas à migração das famílias do Programa Cartão Alimentação (PCA) para o PBF. Assim, a família é migrada para o PBF recebendo apenas BVCE, no valor de R$50,00.

Quadro IV – Exemplos de concessão do BVCE

Exemplos de Famílias Benefícios Financeiros Antes da Migração para o PBF

Benefícios Financeiros no PBF

I Família com renda por pessoa de R$ 66,00 e 1 criança nascida em 23/04/1991.

• Bolsa Escola: R$ 15,00 (1 criança);

• Auxílio-Gás: R$ 7,50/mês.

• Benefício Variável: R$ 15,00 (1 criança);

• Benefício Extraordinário: R$ 8,00/mês.

Total: R$ 22,50 Total: R$ 23,00II Família com renda por

pessoa de R$70,00, sem crianças/adolescentes menores de 16 anos.

• Cartão Alimentação: R$ 50,00/mês concedido em 6/2003.

• Benefício Extraordinário: R$ 50,00/mês.

Total: R$ 50,00 Total: R$ 50,00

3 Famílias usuárias do Peti podem receber também o BVCE, desde que sejam simultaneamente beneficiárias do Bolsa Alimentação, do Auxílio-Gás ou do Cartão Alimentação (ver o item 4 deste capítulo).

Page 11: Manual de Gestão de Benefícios

Depois de concedido o BVCE, seu valor pode sofrer mudanças para menos, em função de novas concessões à família dos benefícios básico e variável, nos casos em que haja elevação do total de “benefício básico + benefícios variável”. O novo valor do BVCE dependerá do resultado do seguinte:

• Se, depois da alteração cadastral, a soma dos benefícios (básico + variável) for maior que a soma dos benefícios (básico + variável + BVCE) antes da alteração cadastral, o BVCE será cancelado;

• Se, depois da alteração cadastral, a soma dos benefícios (básico + variável) for menor do que a soma dos benefícios (básico + variável + BVCE) antes da alteração cadastral, será verificada a seguinte diferença:

Fórmula de recálculo do BVCE depois da repercussão de alterações cadastrais

Resultado = Soma anterior (básico + variável + BVCE) – Soma posterior (básico + variável)

Para atribuição do novo valor do BVCE, o resultado dessa fórmula é aplicado da seguinte forma:

• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar maior com o resultado das alterações cadastrais, o BVCE será cancelado se o resultado da fórmula acima for zero ou um número menor que zero;

• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar maior como resultado das alterações cadastrais, e se o resultado da fórmula acima for um número maior que zero, o resultado da fórmula será o valor do BVCE;

• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar menor, o valor do BVCE se mantém.

O Quadro V exemplifica algumas situações possíveis para o recálculo do BVCE.

Quadro V – Exemplos de recálculo do BVCE

Exemplos de Famílias Descrição do Recálculo do BVCE Memória de Cálculo do BVCE

Benefícios da Família em Abril/2005

Benefícios da Família em Janeiro/2006

Page 12: Manual de Gestão de Benefícios

1 Uma família composta por 1 mãe e 3 crianças, com renda por pessoa de R$ 43,00, migrou dos Programas Remanescentes em abril de 2005, recebendo no PBF benefícios básico, variável e BVCE. Depois das alterações cadastrais, em janeiro de 2006, a renda por pessoa passou para R$ 62,00.

Para o recálculo do novo valor do BVCE foi verificado se a soma anterior dos benefícios (básico + variável + BVCE) é maior do que a soma dos benefícios (básico + variável), depois da alteração cadastral. Como o valor é maior, o BVCE foi mantido.

Programa Bolsa Família:

• Básico: 50,00• Variável: 45,00• BVCE: 23,00• Total: 118,00

Programa Bolsa Família:

Básico: canceladoVariável: 45,00BVCE: 23,00Total: 78,00

2 Uma família composta por 1 mãe e 1 criança, com renda por pessoa de R$ 65,00, migrou dos Programas Remanescentes em abril de 2005, recebendo no Programa Bolsa Família benefício variável e BVCE. Depois das alterações cadastrais, em janeiro de 2006, a renda por pessoa passou para R$ 48,00.

Para o recálculo do novo valor do BVCE foi verificado se a soma anterior dos benefícios (básico + variável + BVCE) é maior do que a soma dos benefícios (básico + variável), depois da alteração cadastral. Como o valor é menor, é aplicada a fórmula acima, tendo sido obtido um resultado menor que zero, sendo, portanto, o BVCE cancelado.

Programa Bolsa Família:

• Variável: 15,00• BVCE: 8,00• Total: 23,00

Programa Bolsa Família:

• Básico: 50,00• Variável: 15,00• BVCE: cancelado• Total: 65,00

3 Uma família composta por 1 mãe e 4 crianças, com renda por pessoa de R$ 63,00, migrou dos Programas Remanescentes em abril de 2005, recebendo no Programa Bolsa Família benefício variável e BVCE. Depois das alterações cadastrais, em janeiro de 2006, a renda por pessoa passou para R$ 42,00.

Para o recálculo do novo valor do BVCE foi verificado se a soma anterior dos benefícios (básico + variável + BVCE) é maior do que a soma dos benefícios (básico + variável), depois da alteração cadastral. Como o valor é menor, é aplicada a fórmula acima, tendo sido obtido um resultado maior do que zero, sendo, portanto, o novo valor do BVCE igual ao resultado obtido (R$ 23,00).

Programa Bolsa Família:

• Variável: 45,00• BVCE: 73,00• Total: 118,00

Programa Bolsa Família:

• Básico: 50,00• Variável: 45,00• BVCE: 23,00• Total:

118,00

3.2.1.1. Prescrição do BVCE

O BVCE, por ser de caráter extraordinário, não é pago indefinidamente. Assim, no momento da concessão dos benefícios financeiros do PBF é fixada uma prescrição para o BVCE, tendo por base os Programas Remanescentes de que a família participava antes de migrar para o PBF. Para famílias inscritas em mais de um Programa Remanescente, no cálculo da prescrição do BVCE é escolhida a regra mais favorável para a família. O Quadro VI apresenta as regras de prescrição vigentes na Portaria MDS nº 737, de 2004.

Assim, pode haver uma data de prescrição do BVCE distinta para cada família, a depender da aplicação das regras de prescrição. Depois de fixada uma prescrição para o BVCE, sua data final não é mais modificada, mesmo que venham a acontecer alterações na composição da família.

Quadro VI – Critérios para fixação do prazo de prescrição do BVCE

Programa Critérios

Page 13: Manual de Gestão de Benefícios

Bolsa Escola Dezembro do ano em que a criança mais nova completar 16 anos – de acordo coma folha de pagamento do Bolsa Escola.

Bolsa Alimentação O primeiro dia do mês/ano em que a criança mais nova completar 6 anos e 11 meses – de acordo com o CadÚnico.

Cartão Alimentação 24 meses de permanência no Programa Bolsa Família *

Auxílio-Gás 12 meses, a partir da concessão do BVCE.

Vários Programas O maior prazo de prescrição obtido em cada programa.

* Até dezembro de 2005, esse prazo era de 24 meses de permanência no Programa Cartão Alimentação. Com isso muitas concessões efetuadas em 2003 e 2004 tiveram suas prescrições encerradas em 2005 (ver o exemplo 2 do Quadro III).

O Quadro VII apresenta um exemplo de aplicação das regras de cálculo da prescrição do BVCE. No caso, a família era beneficiária de três Programas Remanescentes. A prescrição do BVCE é calculada, inicialmente, após consulta à regra de prescrição de cada programa, sendo escolhida a que for mais favorável à família.

Quadro VII – Exemplo de cálculo da prescrição do BVCE

Exemplo

Benefícios Financeiros Antes da Migração para o

PBF

Aplicação do Critério de Prescrição do BVCE, depois da Migração para o PBF

Programa Referência do Critério Prescrição do Respectivo Programa

Família, com renda por pessoa de R$ 60,00 e com apenas uma criança menor de 15 anos, migrada em janeiro de 2006 para o PBF.

Bolsa Alimentação Criança mais nova nascida em 23/4/2002

Mar/2009

Auxílio-Gás 12 meses da concessão do BVCE em jan/2006

Jan/2007

Cartão Alimentação (concedido em jan/2006)

24 meses de permanência no Programa Bolsa Família

Jan/2008

Resultado Prazo mais favorável à família A família receberá o BVCE até março/2009

4. Integração entre o PBF e o Peti

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti é operacionalizado pela Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS, em parceria com estados, municípios e a sociedade civil, e tem o objetivo de erradicar o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou degradantes nas zonas urbana e rural.

Com a edição da Portaria GM/MDS nº 666, de 28 de dezembro de 2005, o MDS regulamentou a integração entre o PBF e o Peti, visando aprimorar a gestão e ampliar a cobertura para todas as famílias que atenderem aos critérios de elegibilidade de cada um desses programas, além de fortalecer o papel do CadÚnico como ferramenta de planejamento e gestão dos programas sociais de transferência de renda.

Page 14: Manual de Gestão de Benefícios

Para compreender a integração entre o PBF e o Peti, é necessário antes distinguir as modalidades de operacionalização do Peti, sob o controle da SNAS, cujas características diferem no papel da instância federal:

• Peti-CAIXA – É a modalidade mais atual de operacionalização do Peti. Conta com todas as famílias beneficiárias incluídas no CadÚnico. A CAIXA, como agente operador, é encarregada da operacionalização da gestão de benefícios e do pagamento às famílias por meio de sua rede credenciada, e por isso, essa modalidade é chamada de “Peti-CAIXA”;

• Peti-Fundo – É a modalidade mais antiga de operacionalização do Peti. Os municípios recebem recursos financeiros transferidos pelo Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e se tornam responsáveis por pagar às famílias. As famílias do Peti-Fundo não precisavam estar cadastradas no CadÚnico. O controle da lista de beneficiários, o pagamento dos benefícios e a comprovação da aplicação dos recursos repassados são responsabilidades dos municípios.

Observa-se portanto que, na modalidade de operacionalização Peti-CAIXA, o controle da lista de beneficiários é realizado pelo CadÚnico e o pagamento dos benefícios é efetuado pela CAIXA. Estas são importantes vantagens comparativas. Por isso, com a edição da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005, fixou-se prazo para que todas as famílias que já recebiam benefícios pelo Peti-Fundo fossem cadastradas no CadÚnico. A partir disso, a Portaria GM/MDS nº 666, de 2005, estabeleceu critérios para a migração de famílias do Peti para o PBF e novas regras para a entrada de novas famílias no Peti. Com relação ao cadastramento das famílias do Peti-Fundo há inúmeras regras para o preenchimento do campo nº 270 do formulário do CadÚnico, devendo ser consultada a Instrução Operacional Conjunta Senarc/SNAS nº 1, de 14 de março de 2006, para mais completas informações.

4.1. Desenho da integração entre o PBF e o PetiNo desenho de integração entre o PBF e o Peti, o MDS teve o cuidado de respeitar as

especificidades dos programas. Como princípio, assumiu a coexistência dos programas depois da integração, diferentemente do que ocorre com os Programas Remanescentes. As vantagens comparativas entre o PBF e o Peti foram destacadas ao máximo para que essas políticas públicas, atuando juntas e não em concorrência, favorecessem o alcance dos seus objetivos. Assim, as estratégias de integração traçadas, regulamentadas pela Portaria MDS nº 666, de 2005, foram as seguintes:

• Cadastramento de todas as famílias do Peti-Fundo no CadÚnico;• Aos poucos, as famílias que recebiam Peti-Fundo passam a receber os benefícios

financeiros do PBF. As famílias beneficiárias do Peti-CAIXA são transferidas para o PBF. Na impossibilidade de concessão dos benefícios financeiros pelo PBF, as famílias são incluídas (ou permanecem) no Peti-CAIXA;

• A transferência de famílias do Peti para o PBF, quando possível, não implica redução no total dos benefícios financeiros pagos pelo Peti, hipótese em que a família deixa de ser incluída no PBF e permanece no Peti-CAIXA. Quando a família recebe do Peti e de algum Programa Remanescente (exceto Bolsa Escola), são considerados no cálculo do BVCE os valores financeiros pagos pelo Peti;

Page 15: Manual de Gestão de Benefícios

• As famílias em situação de trabalho infantil, que não sejam beneficiárias nem do Peti nem do PBF, passam a ser incluídas nesses programas, depois de cadastradas no CadÚnico, tendo por base o critério de renda por pessoa familiar;

• As famílias beneficiárias do PBF que estejam em situação de trabalho infantil passam a cumprir as atividades socioeducativas e de convivência oferecidas pelo Peti nos municípios, juntamente com aquelas que estão no Peti-CAIXA;

• As famílias beneficiárias do Peti, ao serem incluídas no PBF, passam a cumprir adicionalmente apenas a condicionalidade de saúde, uma vez que a freqüência escolar já era uma contrapartida familiar no Peti. Elas também devem cumprir as atividades socioeducativas e de convivência.

As regras de concessão de benefícios para a integração podem ser mais bem compreendidas ao se observar que as famílias a serem incluídas no PBF estão inicialmente em três situações diferentes:

• Famílias em situação de trabalho infantil sem nenhum benefício financeiro do PBF ou do Peti;

• Famílias beneficiárias Peti-CAIXA; e• Famílias beneficiárias do Peti-Fundo.

O Quadro VIII, por meio de diagramas, mostra como funciona o desenho da integração ente o PBF e o Peti.

Quadro VIII – Desenho da integração entre o PBF e o Peti

Page 16: Manual de Gestão de Benefícios

A família que ainda não recebe benefícios nem do Peti nem do PBF poderá ser incluída em um desses programas, conforme as seguintes condições:

a) Se a renda mensal familiar por pessoa for igual ou inferior a R$ 120,00 a família estará habilitada a entrar no PBF;

b) Se a renda mensal familiar por pessoa for superior a R$ 120,00 a família estará habilitada a entrar no Peti-CAIXA.

Caso já receba benefícios financeiros do Peti-CAIXA, a família será incluída no PBF se atender as seguintes condições:

a) Ter renda mensal familiar por pessoa igual ou inferior a R$ 120,00 eb) A transferência para o PBF não acarretar redução no montante dos benefícios

financeiros recebidos por essa família, caso em que permanecerá no Peti-CAIXA.Finalmente, se a família recebe benefícios financeiros do Peti-Fundo, deverá, em primeiro

lugar, ser cadastrada no CadÚnico. A seguir, será incluída no PBF se atender às mesmas condições citadas no parágrafo anterior.

Se a família é usuária do Peti-CAIXA ou do Peti-Fundo e, ao mesmo tempo, beneficiária de um dos Programas Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação ou Auxílio-Gás, ao ser migrada para o PBF, torna-se elegível ao benefício variável de caráter extraordinário. Haverá uma pequena diferença de cálculo: soma-se aos benefícios financeiros recebidos dos Programas Remanescentes o benefício financeiro que a família recebe do Peti.

5. Integração entre o PBF e programas locais de transferência direta de renda

O § 1º, do artigo 12, do Decreto nº 5.209, de 2004, estabeleceu a possibilidade de a União, os estados e municípios pactuarem políticas e programas sociais, orientados para o público beneficiário do PBF, que promovam a emancipação sustentada das famílias beneficiárias e a garantia de acesso aos serviços públicos que assegurem o exercício da cidadania. Ao mesmo tempo, abre caminho para o aporte de recursos que ampliem a cobertura ou complementem os benefícios financeiros do PBF.

O Programa Bolsa Família tem alguns termos de cooperação firmados com estados e municípios, nos quais esses entes federados se comprometeram com a articulação de políticas e programas e com complementação financeira dos benefícios do PBF. No Quadro IX são apresentados os modelos de complementação que vigoram no país.

Page 17: Manual de Gestão de Benefícios

Quadro IX – Modelos de complementação financeira do PBFModelos de Co-financiamento Entes Federados Complementação Financeira

Com co-financiamento independentemente da existência de programas locais de transferência de renda

Boa Vista/RR Piso de R$ 50,00

Niterói/RJ Piso de R$ 50,00

Co-financiamento e integração de programas locais de transferência de renda ao PBF - municípios

Aracaju Até R$ 100,00

Goiânia

Até R$ 130,00 (meio mínimo)para beneficiários do Programa “Atendimento às Famílias” e até R$ 260,00 (um mínimo) para beneficiários do Programa Renda Mínima

Palmas Piso de R$ 70,00Porto Alegre Até R$ 200,00

RecifeAté meio mínimo (R$ 130,00) p/ famílias c/ 1 criança ou adolescente e até um mínimo (R$ 260,00) p/ + de uma criança ou adolescente

Santo André Pagamento integrado, nos moldes do PBF

São Luís Até R$ 100,00, excluindo-se as famílias s/ filhos e com 1 filho

São Paulo/SP Individual por família, por meio de fórmula do programa municipal

Co-financiamento e integração de programas locais de transferência de renda ao PBF - estados DF

Complementação específica a todas as famílias beneficiárias do PBF: • Até R$ 100,00 para 1 filho em idade escolar;• Até R$ 120,00 para 2 filhos em idade escolar;• Até R$ 180,00 para 3 ou mais filhos em idade

escolar;• Até R$ 130,00 para famílias sem filhos em idade

escolar

Acre Piso de R$ 60,00

Ceará

R$ 5,00 a cada benefício variável e R$ 10,00 a cada família que recebe o benefício básico (complementação de R$ 5,00 a R$ 25, 00 e benefício final de R$ 20,00 a R$ 120,00)

Mato Grosso do Sul R$ 136,00 para todos os beneficiários do PBFSão Paulo Piso de R$ 60,00

Dessa forma, onde há pactuação, além dos benefícios financeiros do PBF (básico, variável ou extraordinário) que uma família pode receber do Governo Federal, o governo estadual ou o municipal também deposita, por conta de seu próprio orçamento, um benefício financeiro complementar. Nesse caso, o cartão do Programa Bolsa Família traz também a logomarca do governo local.

Page 18: Manual de Gestão de Benefícios

Capítulo II – A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

1. Definição da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

Assim como todos os programas de transferência direta de renda que o antecederam, o Programa Bolsa Família implementou alguns processos e atividades para garantir a transferência mensal de renda às famílias beneficiárias. A Gestão de Benefícios do PBF pode ser definida como esse conjunto de processos e atividades que garantem a continuidade da transferência de renda às famílias beneficiárias do Programa, em conformidade com os dispositivos da legislação vigente.

Os principais processos que compõem a Gestão de Benefícios do PBF são os seguintes:• Concessão de benefícios financeiros – Conforme foi visto no capítulo I, a

concessão segue um plano de expansão do PBF, com base na estimativa de famílias em cada município, na disponibilidade orçamentária e na existência de Programas Remanescentes na localidade. A execução da concessão é feita de modo automatizado, com preferência às famílias de menor renda por pessoa com cadastros habilitados no CadÚnico.

• Gestão de benefícios pelos municípios – Observada a legislação vigente, os gestores municipais podem descontinuar a transferência de renda às famílias beneficiárias do PBF, temporária ou permanentemente. Ao longo deste capítulo serão expostas as condições em que as famílias podem deixar de receber os benefícios financeiros do PBF ou dos Programas Remanescentes.

• Pagamento dos benefícios financeiros – A Caixa Econômica Federal realiza o pagamento dos benefícios financeiros do PBF e dos Programas Remanescentes em todo o território nacional. O capítulo V apresenta a logística disponibilizada pela CAIXA para esse pagamento.

2. O Cadastro Único e a gestão de benefícios do PBF

Como os benefícios financeiros do PBF e dos Programas Remanescentes são concedidos com base em informações do CadÚnico, a gestão de benefícios é favorecida com uma administração eficiente do CadÚnico pelo município. Desse modo, se os municípios, no instante do cadastramento, dão especial atenção a informações como renda por pessoa, composição familiar e dados de identificação de pessoas (nome completo, data de nascimento, documentação pessoal, etc.), o processo de concessão de benefícios do PBF é positivamente beneficiado.

A gestão de benefícios pelos municípios se utiliza de uma série de atualizações cadastrais efetuadas no CadÚnico. Por exemplo, a modificação da renda familiar por pessoa de uma família beneficiária do PBF no CadÚnico pode implicar seu desligamento do Programa. Neste capítulo, será destacado apenas o papel da repercussão da alteração cadastral na gestão de benefícios. O funcionamento da repercussão da alteração cadastral será detalhado, no capítulo IV, com a apresentação da operacionalização da gestão de benefícios pelos municípios.

Page 19: Manual de Gestão de Benefícios

3. Conceitos importantes Para melhor compreensão da gestão de benefícios do PBF é útil conhecer alguns conceitos

importantes:• Benefícios financeiros: Os benefícios financeiros foram apresentados no capítulo I,

com seus valores específicos e suas regras distintas de concessão.• Folha de pagamento: Mensalmente são geradas listagens para pagamento dos

valores apurados junto à lista de famílias com benefícios financeiros concedidos. Essas listagens são chamadas folha de pagamento, e sua geração em cada mês de referência ocorre uma única vez para cada programa.

• Parcelas de pagamento: Os valores mensais à disposição da família para realização do saque na rede credenciada da CAIXA são chamados de parcelas de pagamento; são apuradas a partir da folha de pagamento. A folha de pagamento, dessa forma, é uma lista de parcelas de pagamento de um programa, em certo mês de referência. As parcelas de pagamento são depositadas em nome do responsável legal pela família e permanecem à disposição na rede credenciada da CAIXA para saque durante 90 dias a partir da data do início do pagamento, conforme o artigo 24 do Decreto nº 5.209, de 2004.

• Cartão magnético: O cartão magnético bancário é o principal meio de saque das parcelas de pagamento pela família. O capítulo V detalha a emissão e a utilização dos cartões magnéticos aceitos na rede credenciada da CAIXA.

• Atividades de gestão de benefícios: São ações realizadas pelos municípios ou pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania que podem levar à interrupção temporária ou permanente do pagamento. As atividades de gestão de benefícios podem modificar a lista de concessões efetuadas no âmbito do PBF e dos Programas Remanescentes. Este capítulo detalha as atividades de gestão de benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes e sua interligação com os conceitos listados acima.

4. Atividades de gestão de benefícios do PBF

Depois de concedido um benefício financeiro a uma família, o Governo Federal passará a incluí-la nas folhas de pagamento todo mês. Existem, no entanto, algumas situações em que isso pode deixar de ocorrer, e levar à descontinuidade na transferência de renda direta à família, temporária ou permanente. Em outras situações, o que se deseja é restabelecer o fluxo de pagamentos à família. A execução de atividades de gestão de benefícios, então, é o ato que interrompe ou restabelece o pagamento normal de benefícios à família.

Cada atividade de gestão de benefícios, ao ser realizada, leva à modificação da situação dos benefícios pagos às famílias, podendo repercutir ou não sobre parcelas de pagamento ainda não sacadas, conforme cada caso. As parcelas de pagamento futuras também podem sofrer alteração. Cancelar um cartão magnético ou bloquear sua senha individual não afeta a situação do benefício ou da parcela de pagamento, uma vez que o cartão é meramente um instrumento para saque.

Toda a disciplina da gestão de benefícios foi regulamentada por meio da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, que representou um avanço na consolidação do modelo de operacionalização do PBF. Foi a primeira vez que um programa de transferência de renda do Governo Federal teve esse aspecto de sua operacionalização regulamentado. A execução das diversas atividades de gestão de benefícios foi descentralizada aos municípios.

Também se possibilita o acesso do município a consultas e aos relatórios sobre os benefícios do Programa, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios (SGB). Esse sistema informatizado

Page 20: Manual de Gestão de Benefícios

dispõe de um módulo destinado à instância de controle social do PBF e também à Rede Pública de Fiscalização - que engloba TCU, CGU, MPF e MPEs - para consultas e emissão de relatórios de acompanhamento das famílias beneficiárias. Esse acompanhamento é fundamental para garantir que a renda chegue às famílias que atendem aos critérios do Programa e que dependem dos benefícios financeiros.

4.1. Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefícios do PBF

Segundo a Portaria MDS nº 555, de 2005, são as seguintes as atividades de gestão de benefícios do PBF:

I. Atividades sobre todos os benefícios financeiros da família:a) Bloqueio;b) Desbloqueio;c) Cancelamento de benefício;d) Reversão de cancelamento de benefício;e) Suspensão de benefício;f) Reversão de suspensão.

II. Atividades sobre uma parte dos benefícios financeiros da família:a) Cancelamento de benefício básico;b) Cancelamento de benefício variável;c) Concessão/reversão de cancelamento dos benefícios básico e/ou variável.

O Quadro X apresenta os motivos aplicáveis e os efeitos de cada atividade de gestão de benefícios. As atividades de gestão de benefícios constantes do Quadro X podem ser realizadas pelo município ou pela SENARC. Os municípios não podem realizar as atividades da SENARC diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios, porém a SENARC pode realizar as intervenções municipais.

Page 21: Manual de Gestão de Benefícios

Quadro X – Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefíciosAtividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Bloqueio

1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):a) Decisão judicial;b) Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de:

i) Duplicidade cadastral;

ii) Renda familiar por pessoa superior;iii) Falecimento de toda a família;iv) Não-localização da família no endereço informado no CadÚnico;

c) Trabalho infantil na família;d) Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti.

2) Motivos da SENARC (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):a) Descumprimento reiterado de condicionalidades, conforme artigo 15 da Portaria MDS nº

551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais.

3) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico):a) Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de

duplicidade cadastral.

• Não acarreta o desligamento da família do PBF, nem o cancelamento das parcelas de pagamento ainda disponíveis;

• As parcelas de pagamento ainda não sacadas são bloqueadas;

• Solucionada a questão que deu causa ao bloqueio, o benefício pode ser desbloqueado;

• As parcelas de pagamento futuras são geradas bloqueadas, até que ocorra o desbloqueio;

• Depois de 6 meses bloqueado, será cancelado o benefício.

Cancelamento

1) Motivos municipais (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico):a) Duplicidade cadastral;

b) Renda familiar por pessoa superior;

c) Falecimento de toda família.2) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a) Decisão judicial;b) Desligamento voluntário da família do PBF;c) Trabalho infantil na família;

• Acarreta o desligamento da família do PBF e o cancelamento das parcelas de pagamento ainda disponíveis;

• As parcelas de pagamento ainda não sacadas são canceladas;

• Não são geradas parcelas de pagamento futuras.

Page 22: Manual de Gestão de Benefícios

Atividades de Gestão de Benefícios Motivos Efeitos

d) Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti.

3) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico):a) Repercussão de alteração cadastral.

4) Motivos da SENARC (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):a) Reiterada ausência de saque de benefícios, nos termos do artigo 24, § único, do Decreto n°

5.209, de 2004;b) Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de bloqueado;c) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, conforme o artigo 17 da Portaria

MDS nº 551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais.

d) Esgotamento do prazo estipulado pela SENARC para a retirada do cartão magnético nas agências do agente operador;

e) Em decorrência de cancelamento de todo benefício variável, quando a família não possuir benefício básico concedido;

f) Em decorrência de cancelamento do benefício básico, quando a família não possuir benefício variável concedido; ou

g) Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário, quando a família não possuir benefícios básico ou variável concedidos, conforme o disposto no artigo 2º, § 4º, e no art. 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Suspensão

Descumprimento reiterado de condicionalidades, conforme o artigo 16 da Portaria MDS nº 551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais.

• Não acarreta o desligamento da família do PBF, nem a suspensão das parcelas de pagamento ainda disponíveis;

• As parcelas de pagamento ainda não sacadas não são bloqueadas;

• Decorrido o prazo de suspensão estabelecido (2 meses), o benefício automaticamente deixa de estar suspenso;

• As parcelas de pagamento futuras não são geradas até que o prazo estabelecido para suspensão se encerre.

Page 23: Manual de Gestão de Benefícios

Atividades de Gestão de Benefícios Motivos Efeitos

Desbloqueio

Em decorrência da elucidação ou finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio. • Liberação das parcelas de pagamento anteriormente bloqueadas, sem prejuízo do prazo de 90 dias para saque;

• Disponibilização das parcelas de pagamento dos meses subseqüentes.

Reversão de Cancelamento

Se o cancelamento tiver decorrido de erro operacional na utilização do SGB ou de lançamento equivocado de informações da família do CadÚnico.

• A família é readmitida no PBF se a reversão foi executada em até 2 meses do cancelamento;

• Na próxima folha de pagamento, são disponibilizadas as parcelas anteriormente canceladas.

Reversão de Suspensão

Se a suspensão de benefícios das famílias tiver sido realizada com erro operacional no envio ou no processamento das informações sobre condicionalidades do PBF, encaminhadas pelos municípios, conforme o caso, aos Ministérios da Saúde ou da Educação.

• A reversão de suspensão de benefício terá os seguintes efeitos, se efetuada num período de até 2 meses da data da suspensão:o Disponibilização das parcelas de pagamento

anteriormente suspensas, até a geração da próxima folha de pagamento; e

o Disponibilização das parcelas de pagamento dos meses subseqüentes.

Cancelamento de Benefício Variável

1) Motivos municipais (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico):a) Falecimento da criança ou adolescente;b) Criança ou adolescente não mais residente com a família;c) Duplicidade cadastral.

2) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico ou diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a) Idade igual ou superior a 16 anos para adolescentes.

• Revisão das concessões de benefício variável da família, tendo por base a nova lista de crianças ou adolescentes de até 15 anos, até a geração da folha de pagamento subseqüente;

• Ajuste no valor total dos benefícios financeiros devidos à família;

• Os cancelamentos por idade superior a 16 anos serão realizados exclusivamente pela SENARC, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, aproveitando sempre que necessário as alterações cadastrais, nos meses de janeiro, para os adolescentes que tenham completado 16 anos, tendo como referência a data de 31 de dezembro do ano anterior.

Page 24: Manual de Gestão de Benefícios

Atividades de Gestão de Benefícios Motivos Efeitos

Cancelamento de Benefício Básico

Se verificada elevação da renda familiar por pessoa registrada no CadÚnico, pelo município, para valor entre R$ 60,01 e R$ 120,00 com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico.

• Aproveitando as alterações cadastrais enviadas pelos municípios, é efetuado ajuste no valor total dos benefícios financeiros devidos à família, a partir da folha de pagamento do mês subseqüente.

Concessão/Reversão de Cancelamento de Benefício Variável

É realizada apenas pela SENARC, com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, se crianças ou adolescentes são incluídos ou retirados do cadastro da família.

• A revisão das concessões de benefício variável da família, tendo por base a nova lista de crianças ou adolescentes de até 15 anos, até a geração da folha de pagamento subseqüente; e

• Ajuste no valor total dos benefícios financeiros devidos à família.

Concessão/Reversão de Cancelamento de

Benefício Básico

É realizada apenas pela SENARC, com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, se verificada redução da renda familiar por pessoa registrada no CadÚnico, pelo município, para valor abaixo de R$ 60,01.

• A reversão de cancelamento de benefício básico terá como efeito o ajuste no valor total dos benefícios financeiros devidos à família, a partir da folha de pagamento do mês subseqüente.

• Ajuste no valor total dos benefícios financeiros devidos à família.

Page 25: Manual de Gestão de Benefícios

4.1.1. Bloqueio de benefícios

Como pôde ser observado no Quadro X, a aplicação das atividades de gestão de benefício decorre de alteração nas condições que deram ensejo à concessão dos benefícios, ou do descumprimento de regras operacionais do Programa. Por exemplo, uma família com renda por pessoa abaixo de R$ 120,00 recebe uma concessão de benefícios ao entrar no Programa. Se ao longo desse tempo de permanência no Programa for detectada uma suspeita de duplicidade de pagamento de benefícios, cabe um bloqueio de benefícios até a conclusão da averiguação do fato.

O bloqueio de benefícios pelos gestores municipais depende da emissão de parecer técnico por profissionais da área de assistência social ou técnicos de fiscalização. Em todos os casos, é preciso formalizar a decisão de bloqueio e obter a autorização do responsável pela Gestão de Benefícios na prefeitura. No próximo capítulo será apresentado o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, um instrumento útil e obrigatório para a formalização e arquivamento desses casos de bloqueio. Algumas prefeituras procuram abrir processos formais para essa decisão de bloqueio. O importante é o respeito às regras de fundamentação do bloqueio em pareceres técnicos, a formalização das decisões e o arquivamento das informações.

Os efeitos do bloqueio de benefícios são de fácil observação. Bloqueado um benefício, as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família são bloqueadas. As folhas de pagamento futuras passam a gerar as parcelas de pagamento dessa família bloqueadas. Depois de 6 meses de parcelas bloqueadas, o benefício estará sujeito ao cancelamento.

a) Bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento

Com relação ao bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento, se houver indícios de duplicidade cadastral, renda mensal familiar por pessoa superior, falecimento de toda a família e não-localização da família no endereço informado no CadÚnico, convém maior detalhamento. Deve ser destacado que a caracterização de indícios exige um processo de apuração e a formalização de uma análise sobre os casos. Por exemplo, denúncias de renda por pessoa superior ou falecimento de toda a família devem ser apuradas pela prefeitura, seja por meio de visita domiciliar, seja pelo cruzamento de dados com outras fontes de informações. Da mesma forma, a não-localização da família no endereço somente pode ser constatada por meio de visita domiciliar ou pelo cruzamento de informações. O caso de duplicidade cadastral também precisa de fundamentação, normalmente por meio de visita familiar ou por auditoria nas bases de dados. O importante é que os indícios sejam sólidos e que o bloqueio tenha a formalização da decisão bem fundamentada.

b) Bloqueio de benefícios por trabalho infantil

O bloqueio de benefícios por trabalho infantil na família deve considerar ações adicionais por parte da prefeitura. Antes de tudo, o bloqueio e o cancelamento não

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devem ser entendidos como única alternativa de solução para o problema do trabalho infantil. De fato, um problema complexo como esse requer uma abordagem multidisciplinar. A gestão de benefícios, por força da legislação, não permite que famílias beneficiárias do PBF tenham crianças em situação de trabalho infantil. Entende-se, então, que esse dispositivo legal, na verdade, constitui um instrumento adicional para persuadir a família a retirar suas crianças do trabalho, já que os benefícios poderão ser bloqueados ou mesmo cancelados.

De acordo com o § 5, do artigo 6º, e o § 3º, do artigo 13, ambos da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, combinado com o artigo 9º, da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005, o bloqueio dos benefícios é aplicável às famílias beneficiárias do PBF cujas crianças estejam em situação de trabalho infantil. O benefício pode ser desbloqueado depois de cessado o trabalho infantil e da inscrição da família na jornada ampliada oferecida pelo Peti. Somente no caso de recusa da família em cessar o trabalho infantil ou em inscrever suas crianças nas atividades socioeducativas e de convivência é que o gestor municipal deverá cancelar o benefício da família. Em qualquer caso, o cadastro da família deve ser atualizado, com a marcação do campo nº 270 para as crianças que estavam (ou estão) em situação de trabalho infantil, de acordo com a Instrução Operacional SENARC/SNAS nº 1, de 14 de março de 2006. Conforme o caso, compete ainda ao gestor municipal comunicar aos órgãos competentes a ocorrência de trabalho infantil.

c) Bloqueio por acúmulo de benefícios do PetiNo caso de bloqueio por acúmulo de benefícios do Peti, deve ser considerado o

disposto no artigo 10, da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005. O pagamento simultâneo de benefícios do PBF e do Peti não é autorizado, cabendo a quem identificar o caso tomar as providências para que o benefício financeiro de menor valor seja cancelado. Por exemplo, se uma família recebe PBF e Peti por meio de convênios entre a prefeitura e o Fundo Nacional de Assistência de Social (FNAS), o gestor municipal deve analisar qual o benefício de menor valor e cancelá-lo imediatamente. Nesse exemplo, se o benefício a cancelar é o do PBF, o motivo aplicável é justamente o acúmulo de benefícios do Peti. O bloqueio do benefício de menor valor é cabível se houver indício de acúmulo de benefícios entre Peti e PBF, registrado formalmente a partir de auditoria ou fiscalização.

d) Bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidadesO bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades é feito

exclusivamente pela SENARC, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da agenda de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Em ambos os casos, as informações utilizadas são aquelas lançadas pelas Secretarias Municipais de Educação e de Saúde nos sistemas informatizados mantidos pelos respectivos ministérios. A gestão das condicionalidades está regulamentada na Portaria GM/MDS nº 551, de 9 de novembro de 2005. Assim, os artigos 15, 16 e 17 desta Portaria fixam regras para bloqueio, suspensão e cancelamento de benefícios em caso de descumprimento de condicionalidades. Os motivos de descumprimento de condicionalidades utilizados são os citados na Portaria GM/MDS nº 555, de 2005.

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4.1.2. Desbloqueio de benefícios

O desbloqueio pode ser feito pelo município, ainda que o bloqueio seja realizado apenas pela SENARC. Efetuado esse bloqueio de benefícios, em caso de reclamação da família, o gestor municipal deve consultar as Secretarias Municipais de Educação ou Saúde e, confirmados equívocos no envio de dados aos Ministérios da Educação e/ou da Saúde, desbloquear os benefícios financeiros da família.

O desbloqueio dos benefícios deve ocorrer sempre que os fatos que deram origem à aplicação do bloqueio tenham cessado ou sido esclarecidos. Essa averiguação deve ocorrer antes de decorridos 6 meses do bloqueio dos benefícios, pois depois desse prazo os benefícios serão cancelados automaticamente.

Com o desbloqueio, liberam-se todas as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família, observada a validade de 90 dias disposta no artigo 24, caput, do Decreto nº 5.209, de 2004. Assim, no máximo, a família conseguirá sacar as parcelas de pagamento depositadas nos últimos 3 meses visto que a validade das parcelas deve ser observada.

Tanto no caso de desbloqueios, como no de bloqueios é preciso considerar os prazos citados na seção 5 deste capítulo para liberação ou não das parcelas de pagamento.

4.1.3. Cancelamento de benefícios

Pode haver coincidências entre os motivos de cancelamento e de bloqueio de benefícios. Por exemplo, duplicidade cadastral, renda por pessoa superior e falecimento de toda a família podem acarretar bloqueio ou cancelamento de benefícios. O que diferencia a escolha da atividade nestes casos é o grau de confiabilidade das razões que levam à aplicação de uma ou outra medida. Por exemplo, se há apenas indícios de duplicidade ou de renda superior, deve ser escolhida a atividade de bloqueio de benefícios. Se há fatos suficientes para garantir certeza de renda por pessoa superior ou de duplicidade, deve ser aplicado o cancelamento de benefícios.

Alguns cancelamentos não podem ser feitos diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios (SGB), pois aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios nos cadastros das famílias. Por exemplo, duplicidade cadastral acarreta exclusão do cadastro, o que leva ao cancelamento do benefício. A alteração da renda mensal por pessoa para valores superiores a R$ 120,00 no cadastro da família leva também ao cancelamento do benefício. Esse conjunto de alterações que são automaticamente tratadas pelo SGB é conhecido como repercussão de alterações cadastrais e será explicado em detalhes no capítulo IV. Na seção 5 do presente capítulo, será apresentado o Calendário Operacional seguido pela CAIXA para o processamento dessas alterações. Dessa forma, é recomendável, conforme o caso, que o gestor municipal faça o bloqueio de benefícios; se a alteração cadastral for processada pela CAIXA, o benefício acabará sendo cancelado.

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Os cancelamentos de benefícios efetuados diretamente pelos municípios no Sistema de Gestão de Benefícios deverão ser registrados no Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, tendo por base parecer de profissionais da assistência social ou de técnicos de fiscalização, e outros registros considerados relevantes para a compreensão futura das causas do cancelamento. Com relação aos cancelamentos efetuados a partir de alterações cadastrais, os lançamentos e o arquivamento de informações condicionam-se à regulação do CadÚnico, não sendo necessária a utilização do Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios. Nessa última hipótese, a documentação pertinente deve ser arquivada segundo as regras do CadÚnico.

O Bolsa Família tem ainda um conjunto amplo de motivos de cancelamento de benefícios, processados pela SENARC/MDS, todos realizados de forma automatizada pelo Sistema de Gestão de Benefícios, a saber:

a) Reiterada ausência de saque de benefícios, nos termos do artigo 24, parágrafo único, do Decreto n° 5.209, de 2004;

b) Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de bloqueado;

c) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, conforme o artigo 17 da Portaria MDS nº 551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo MEC e pelo MS junto às respectivas secretarias municipais;

d) Esgotamento do prazo estipulado pela SENARC para a retirada do cartão magnético, nas agências do agente operador;

e) Em decorrência de cancelamento de todo benefício variável, se a família não possuir benefício básico concedido;

f) Em decorrência de cancelamento do benefício básico, se a família não possuir benefício variável concedido; ou

g) Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário, se a família não possuir benefícios básico ou variável concedido, conforme o disposto no artigo 2º, § 4º, e no artigo 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Os cancelamentos por reiterada ausência de saque, decurso do prazo de permanência do benefício na condição de bloqueado e esgotamento do prazo estipulado para retirada do cartão magnético nas agências da CAIXA estão sendo implementados pelo agente operador no Sistema de Gestão de Benefícios, sendo considerados operacionais até o segundo semestre de 2006.

Como efeito do cancelamento de benefícios, tem-se o cancelamento das parcelas de pagamento ainda não sacadas, considerados os prazos citados na seção 5 deste capítulo. A família é desligada do Programa e deixa de constar das folhas de pagamento futuras.

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4.1.4. Reversão de cancelamento de benefícios

A reversão de cancelamento é mais uma das atividades de gestão de benefícios previstas na Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Por meio dessa atividade, os benefícios financeiros do PBF que estejam na condição de cancelado poderão voltar a ser pagos a uma determinada família, inclusive as parcelas de pagamento não sacadas durante o período em que o benefício estava cancelado. Para que isso ocorra, é preciso que a reversão seja comandada pelo gestor municipal no prazo de até 60 dias após o cancelamento.

Conforme prevê o artigo 15, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, a reversão de cancelamento deve ser feita em caso de erro operacional, ou seja, em caso de comando, por engano, de um cancelamento de benefício financeiro para uma determinada família.

A reversão de cancelamento somente poderá ser comandada se o benefício foi cancelado por um dos seguintes motivos:

a) Trabalho infantil na família;b) Duplicidade cadastral;c) Renda familiar por pessoa superior à estabelecida para o Programa;d) Falecimento de toda a família;e) Decisão judicial;f) Desligamento voluntário da família do PBF;g) Acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Programa de

Erradicação do Trabalho Infantil (Peti);h) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, observada a

norma específica; ei) Repercussão de alteração cadastral.

Se o benefício tiver sido cancelado porque ocorreu uma exclusão indevida do cadastro da família, a reversão de cancelamento somente pode ser executada depois da inserção de um novo cadastro para essa família (ver o item 7.3.4 no capítulo IV).

Realizada em até 60 dias contados da data de efetivação da ação de cancelamento do benefício, a reversão de cancelamento terá os seguintes efeitos:

a) Readmissão da família no Programa, depois de confirmado que ela ainda preencha os requisitos para a concessão (o detalhamento dessa rotina, conhecida como reavaliação, será feito no capítulo IV). Em caso positivo, o benefício será retirado da situação de cancelado;

b) Disponibilização, na próxima folha de pagamento a ser gerada depois da data de reversão, das parcelas de pagamento anteriormente canceladas e, também, daquelas que não chegaram a ser geradas durante o período em que o benefício esteve na situação de cancelado; e

c) Retomada da disponibilização normal de parcelas de pagamento nos meses posteriores à reversão.

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Depois de 60 dias de cancelamento, o município ainda poderá promover a reversão de cancelamento. No entanto, a readmissão da família no Programa dependerá das regras vigentes para o ingresso de novas famílias no PBF, sem a disponibilização das parcelas de pagamento anteriormente sacadas.

4.1.5. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios

A suspensão de benefícios por descumprimento de condicionalidades é feita exclusivamente pela SENARC, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da agenda de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde, seguindo as regras da Portaria GM/MDS nº 551, de 2005. O prazo de suspensão firmado nesta Portaria é de 2 meses.

Se um benefício é colocado na situação de suspenso, deixam de ser depositadas as parcelas de pagamento da família, durante o período de suspensão. Encerrada a suspensão, o benefício volta automaticamente à condição anterior, mas não são geradas parcelas relativas ao período em que houve a suspensão.

A reversão de suspensão pode ser feita pelo município, ainda que a suspensão tenha sido feita pela SENARC. Efetuada a suspensão de benefícios, em caso de reclamação da família, o gestor municipal deve consultar as Secretarias Municipais de Educação ou Saúde. Em caso de equívocos no envio de dados aos Ministérios da Educação e/ou da Saúde, deve comandar a reversão da suspensão dos benefícios.

Efetuada a reversão de suspensão, as parcelas de pagamento anteriormente não geradas serão depositadas à família, quando da geração da folha de pagamento seguinte.

4.1.6. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício básico

O cancelamento do benefício básico ocorre com o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário Operacional. A elevação da renda por pessoa da família para valores entre R$ 60,01 e R$ 120,00 leva ao cancelamento do benefício básico dessa família.

A concessão/reversão de cancelamento do benefício básico ocorre também com o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário Operacional. A redução da renda por pessoa da família para valores abaixo de R$ 60,00 leva à concessão do benefício básico a essa família por ocasião da geração da folha de pagamento indicada no Calendário Operacional. Se essa família já teve um benefício básico, ocorrerá uma reversão de cancelamento, sem o pagamento de parcelas retroativas.

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4.1.7. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício variável

O cancelamento de benefício variável ocorre com o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário Operacional. Os motivos de cancelamento de benefício variável que podem ser feitos pelos municípios são: falecimento, criança ou adolescente não mais residente com a família, e duplicidade cadastral. Todos esses motivos devem ser tratados por meio do aplicativo do CadÚnico. Essas alterações são aproveitadas pelo Sistema de Gestão de Benefícios (SGB) para cancelar os benefícios variáveis anteriores concedidos à família.

Por outro lado, a inclusão de crianças e/ou adolescentes de até 15 anos no cadastro de uma família é também uma alteração cadastral tratada pelo SGB. Nesses casos, haverá a concessão de novo benefício variável à família. Se já houve benefício variável nessa família para essa criança ou adolescente, ocorrerá uma reversão de cancelamento, sem o pagamento de parcelas retroativas.

Para que a concessão de benefício variável aconteça é preciso que haja crianças ou adolescentes com idade igual ou inferior a 15 anos no mês da concessão. O cancelamento desse benefício, por idade superior ao permitido, ocorre sempre no mês de janeiro. Nesse mês, a SENARC realiza automaticamente o cancelamento de todos os benefícios variáveis das famílias cujos adolescentes completaram 16 anos no ano anterior.

Caso não existam outros benefícios na família, o cancelamento de benefícios básico e/ou variável leva ao seu desligamento do Programa.

Caso uma família tenha os benefícios básico e variável cancelados, o benefício variável de caráter extraordinário (BVCE) também será cancelado. O BVCE sempre acompanha esses comandos de cancelamento. Entretanto, o BVCE pode ainda ser o único benefício a ser cancelado na família, no caso de seu prazo de prescrição (data-término) ter sido superado, conforme foi explicado no capítulo I.

4.1.8. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de benefícios

Por fim, considerando-se o direito do responsável legal pela família em questionar a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de acordo com o artigo 18, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem como obrigação analisar e deliberar sobre tais questionamentos, apresentados sob a forma de recurso, no prazo máximo de 30 dias.

5. Prazo do agente operador para repercussão das atividades de gestão no relatório da folha de pagamento e no sistema bancário

Para que as famílias conheçam as datas em que os benefícios serão pagos é distribuído pela CAIXA um Calendário de Pagamento de Benefícios do PBF, o qual será detalhado no capítulo V. A fixação dessas datas de pagamento requer um

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planejamento para a geração da folha de pagamento, conforme prazos definidos para várias tarefas. Entre essas tarefas estão: inclusão de famílias com benefícios concedidos no mês, emissão de cartões bancários para essas novas famílias, processamento da repercussão de alteração cadastral, disponibilização dos valores a pagar na rede bancária da CAIXA, dentre outras. O descumprimento desses prazos levaria a atrasos no pagamento de benefícios, impactando a rotina de milhões de famílias, e causaria transtornos aos gestores municipais. Esse planejamento leva à definição de inúmeras datas-limite num Calendário Operacional; as principais são apresentadas no Quadro XI.

Quadro XI - Calendário Operacional – Ano 2008

Item Ação Ente/Órgão Folha de Pagamento 2008 do Mês de:

AGO SET OUT NOV DEZ

1 Data-limite para cadastramento de famílias no CadÚnico para habilitação ao Programa Bolsa Família Prefeituras

30/06/08

(sem habilitação)

31/07/08 29/08/08 30/09/08 31/10/08

2 Data-limite para alteração cadastral no CadÚnico para repercussão na folha de pagamento Prefeituras 11/07/08 31/07/08 29/08/08 30/09/08 31/10/08

3 Data-limite para manutenção no Sistema de Gestão de Benefícios para repercussão na folha de pagamento

Prefeituras e MDS 11/07/08 03/09/08 24/09/08 22/10/08 21/11/08

4 Processamento da repercussão de alteração cadastral CAIXA 14/07/08 16/08/08 06/09/08 a 07/09/08

11/10/08 a 12/10/08

08/11/08 a 09/11/08

5 Início do processamento da folha de pagamento CAIXA 17/09/08 05/09/08 03/10/08 05/11/08 03/12/08

6 Início do calendário de pagamentos CAIXA 18/08/08 17/09/08 20/10/08 17/11/08 16/12/08

Notas: 1) Para os itens 1 e 2, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a repercussão ocorrerá na folha de pagamento do próximo mês. 2) Para o item 3, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a ação será refletida somente na próxima geração de folha , embora haja atualização imediata das bases de benefícios e de pagamentos sobre as parcelas já disponíveis. 3) Durante o processamento do reflexo das alterações cadastrais (item 4), o módulo de manutenção no SGB permanecerá indisponível. 4) Este calendário será atualizado periodicamente e suas datas serão ajustadas quando necessário, estando sempre disponível no SGB para download. No cabeçalho do calendário retirado do SGB consta a data de atualização.

No Quadro XI, o item 2 representa a data-limite para que as atividades de gestão de benefícios, que aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, afetem o relatório da folha de pagamento. Por exemplo, no mês de outubro, a data-limite é 29 de agosto. Isso significa que a alteração da renda por pessoa de uma família para valor acima de R$ 120,00 no CadÚnico, antes dessa data-limite, fará que haja cancelamento do benefício dessa família, quando do processamento da folha de pagamento.

O item 3 representa a data-limite para que todas as atividades de gestão de benefícios que são realizadas diretamente no SGB afetem o relatório de geração da folha de pagamento. No entanto, vale ressaltar que as atividades de gestão de benefícios, realizadas depois da geração da folha, são acatadas pelo SGB e aproveitadas para o

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relatório de folha de pagamento seguinte.O item 1 é o prazo final para que uma família seja incluída no CadÚnico pelos

municípios de modo que seu cadastro possa ser habilitado para concessão de benefícios no respectivo mês. A data-limite do item 5 será explicada no capítulo V.

Um dos efeitos mais importantes dos bloqueios, desbloqueios e cancelamentos recai sobre as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família. As parcelas de pagamento são gerenciadas em sistemas interligados à rede bancária da CAIXA. Portanto, os efeitos das atividades de gestão de benefícios sobre as parcelas de pagamento ainda não sacadas não são imediatos. Normalmente, o tempo que as atividades de gestão de benefícios levam para provocar efeitos financeiros é:

• 2 dias úteis – se a atividade for realizada fora do Calendário de Pagamento de Benefícios;

• 5 a 8 dias úteis – se a atividade for realizada dentro do Calendário de Pagamento de Benefícios.

A SENARC estuda, em conjunto com a CAIXA, a redução desses prazos de liberação, bloqueio e cancelamento de parcelas de pagamento.

6. Atividades de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes

As atividades apresentadas na seção 4 deste capítulo são aplicáveis também aos Programas Remanescentes, conforme o disposto no artigo 19, da Portaria MDS nº 555, de 2005. Essa Portaria, além de regulamentar a gestão de benefícios no Programa Bolsa Família, disciplinou os motivos também aplicáveis aos Programas Remanescentes. O Quadro XII apresenta uma matriz com os motivos aplicáveis e as principais atividades de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes. Por exemplo, o descumprimento de condicionalidades é um motivo de bloqueio, cancelamento e suspensão para o PBF, sendo também aplicável apenas aos Programas Bolsa Escola e Bolsa Alimentação.

Os motivos de cancelamento de benefício variável do PBF são aplicáveis apenas aos Programas Bolsa Escola e Bolsa Alimentação. O cancelamento por idade-limite para o Programa Bolsa Escola funciona da mesma forma que para o PBF, ocorrendo sempre em janeiro, com o cancelamento do benefício variável de famílias cujos adolescentes completaram 16 anos no ano anterior.

No PBF, os cancelamentos e as concessões/reversões de cancelamento de benefício variável aproveitam as alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico. Com isso, a exclusão ou a inclusão do registro de crianças no cadastro da família acarreta o cancelamento e a concessão/reversão de cancelamento de benefício variável para essa família beneficiária do PBF. Segundo o artigo 11, da Lei nº 10.836, de 2004, não pode mais haver concessão de benefícios no âmbito dos Programas Remanescentes. Portanto, a realização de atividades de gestão de benefícios que aproveitam as alterações cadastrais somente pode resultar em redução dos valores pagos a essas famílias.

Por enquanto, a rotina de reversão de cancelamento está ativada apenas para o Programa Bolsa Família. Futuramente, essa atividade de gestão de benefícios também tratará os Programas Auxílio-Gás, Cartão Alimentação e Bolsa Escola. Até lá, a

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reversão pode ser demandada pelo município, por meio do envio de ofícios para a SENARC, anexando-se o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios. O Programa Bolsa Alimentação também só pode ser tratado por ofício.

Quadro XII – Aplicação das atividades de gestão aos Programas Remanescentes

Motivos das Atividades de

Gestão de Benefícios

De quem é a competência para realizar atividades de

gestão de benefícios por este motivo?

É Motivo de Bloqueio? É Motivo de Cancelamento? É Motivo de Suspensão?

BF

BES

BA

L

PCA

S

BF

BES

BA

L

PCA

S

BF

BES

BA

L

PCA

S

Trabalho infantil na família.

- Município- Senarc

S S S N N S S S N N N N N N N

- Duplicidade cadastral;- Renda familiar por pessoa superior;- Falecimento de toda a família

- Município- Senarc

S S S S S S S S S S N N N N N

Não-localização da família no endereço informado no CadÚnico.

- Município- Senarc

S S S S S N N N N N N N N N N

Decisão judicial- Município- Senarc

S S S S S S S S S S N N N N N

Acúmulo de benefícios com o Peti

- Município- Senarc

S S N N N S S N N N N N N N N

Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, observada a legislação vigente

- Senarc S S S N N S S S N N S S S N N

Desligamento voluntário da família do PBF

- Município- Senarc

N N N N N S S S S S N N N N N

Reiterada ausência de saque de benefícios

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S S S S S N N N N N

Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de bloqueado

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S S S S S N N N N N

Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a retirada do

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S S S S S N N N N N

Page 35: Manual de Gestão de Benefícios

Motivos das Atividades de

Gestão de Benefícios

De quem é a competência para realizar atividades de

gestão de benefícios por este motivo?

É Motivo de Bloqueio? É Motivo de Cancelamento? É Motivo de Suspensão?

BF

BES

BA

L

PCA

S

BF

BES

BA

L

PCA

S

BF

BES

BA

L

PCA

S

Trabalho infantil na família.

- Município- Senarc

S S S N N S S S N N N N N N N

cartão magnético nas agências da CAIXA,. Repercussão de alteração cadastral (somente se a alteração cadastral implicar situações que levem a bloqueio e/ou cancelamentos)

- Senarc, automaticamente, via SGB.

S S S S S S S S S S N N N N N

Cancelamento de todo benefício variável, quando não houver benefício básico concedido à família.

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S S S N N N N N N N

Cancelamento do benefício básico, quando não houver benefício variável concedido à família.

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S N N N N N N N N N

Prescrição do benefício de caráter extraordinário.

- Senarc, automaticamente, via SGB.

N N N N N S N N N N N N N N N

Legenda: BF - Bolsa Família; BES - Bolsa Escola; BAL - Bolsa Alimentação; PCA - Cartão Alimentação; GAS - Auxílio-Gás; S - Sim; N - Não.

7. Atividades de gestão de benefícios sobre complementação financeira dos benefícios do PBF

As atividades apresentadas na seção 4 deste capítulo são aplicáveis, também, à complementação financeira dos benefícios do PBF, apresentada na seção5 do capítulo I, nos estados ou municípios com termos de cooperação firmados com o MDS, segundo o § 1º, do artigo 12, do Decreto nº 5.209, de 2004. Cabe, portanto, ao gestor estadual ou municipal realizar as atividades de gestão de benefícios sobre a complementação financeira dos benefícios do PBF, segundo a operacionalização estabelecida em cada termo de cooperação.

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Capítulo III – Sistema de Gestão de Benefícios

Para a realização da gestão de benefícios em âmbito municipal foi desenvolvido um sistema informatizado, via internet, denominado Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família – SGB. A CAIXA, responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um Sistema de Gestão de Benefícios para o PBF, implantou um sistema informatizado que, por servir a outros propósitos, acabou sendo denominado Sistema de Benefícios ao Cidadão (Sibec). Dessa forma, para os objetivos deste manual, o módulo municipal do SGB e o Sibec podem ser considerados sinônimos.

O SGB trouxe maior agilidade e eficiência para o trabalho dos gestores municipais. Com a descentralização da gestão de benefícios aos municípios que aderiram ao Bolsa Família, os gestores municipais têm autonomia para realizar bloqueios, desbloqueios, cancelamentos e reversões de cancelamento de benefício, por meio do SGB. Agilizou-se o tratamento das diversas situações que levam à interrupção temporária ou permanente do pagamento dos benefícios financeiros, não havendo mais necessidade de envio de ofícios à Senarc para solucionar os casos de bloqueio ou cancelamento. O SGB é um sistema on line que pode ser utilizado em qualquer computador com acesso à internet, o que facilita o trabalho do gestor municipal, que não precisa instalar programas ou configurar o computador para realizar a gestão de benefícios.

Além da execução das atividades de gestão de benefícios, o SGB permite consultar desde a situação do benefício de uma família específica até informações gerenciais sintéticas, como as folhas de pagamento do Programa Bolsa Família e dos Programas Remanescentes no município.

Com a descentralização da gestão de benefícios, os gestores estaduais do PBF, os integrantes das instâncias municipais e estaduais de controle social e os integrantes da Rede Pública de Fiscalização do PBF podem, a qualquer tempo, consultar on line as mesmas informações que os gestores municipais.

Além de tornar eficiente a gestão de benefícios, o SGB atende à exigência de transparência para o Programa. Com o SGB, todas as instâncias de controle dispõem de acesso a informações para acompanhamento da gestão de benefícios, com maior participação da sociedade no controle social do PBF.

1. Acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios

Poderão ter acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios: • SENARC;• CAIXA;• Gestores municipais;• Gestores estaduais;• Instâncias estaduais e municipais de controle social;

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• Rede Pública de Fiscalização:o Controladoria Geral da União – CGU;o Tribunal de Contas da União – TCU;o Procuradores do Ministério Público Federal (MPF);o Promotores dos Ministérios Públicos Estaduais (MPEs).

Para ter acesso ao sistema, os municípios precisam aderir formalmente ao PBF, submetendo à aprovação do MDS um Termo de Adesão ao Programa Bolsa Família, elaborado conforme a Portaria MDS nº 246, de 2005. Depois do termo de adesão ter sido aprovado e publicado no Diário Oficial da União, o gestor municipal do Programa pode solicitar à CAIXA, agente operador do PBF, mediante a apresentação de documentação específica, as senhas de acesso para os servidores municipais e para os integrantes da instância municipal de controle social.

Os integrantes da Rede Pública de Fiscalização - RPF são credenciados para acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios diretamente junto à CAIXA, conforme os convênios firmados entre o MDS e os órgãos representantes dessa rede. Os procedimentos de credenciamento são os mesmos aplicados aos usuários municipais.

Na esfera estadual, os gestores estaduais do PBF são responsáveis pelo apoio institucional à instância estadual de controle social no credenciamento junto à CAIXA.

1.1. Utilização de senhas de acesso A necessidade de utilização de senhas de acesso ao SGB vincula-se aos efeitos

das atividades de gestão de benefícios e aos requisitos de segurança computacional adotados pelo agente operador.

A realização de atividades de gestão de benefícios em um município afeta, primeiramente, a própria família, cujo pagamento é temporária ou permanentemente interrompido. Logo depois de a família tentar realizar sem sucesso o saque, o gestor municipal precisará atendê-la para explicar-lhe a causa do bloqueio ou cancelamento. Assim, no âmbito da prefeitura, a realização das atividades de gestão de benefícios precisa ser bem controlada, sob pena de causar transtornos à própria rotina local.

No mundo informatizado de hoje, há sempre o risco de pessoas não autorizadas tentarem invadir sistemas computacionais para causar prejuízos ou constrangimentos. A CAIXA, na qualidade de agente operador do PBF, administra ainda uma rede bancária credenciada de pagamentos aos beneficiários, e necessita cuidar dos sistemas informatizados de gestão e de pagamento dos benefícios. O agente operador mantém o módulo municipal do SGB interligado com outros sistemas computacionais responsáveis pelo saque e pela contabilidade dos pagamentos de benefícios.

Em conseqüência, o uso do SGB exige cuidados especiais quanto à responsabilização individual, viabilizada com a utilização de senhas eletrônicas individuais.

1.2. Credenciamento para acesso ao SGBPara terem direito de acesso ao módulo municipal do SGB (ou Sibec), os

responsáveis passam por credenciamento junto à CAIXA, para que possam ser

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considerados usuários autorizados do Sistema. Durante esse credenciamento, os responsáveis firmam um compromisso pela veracidade dos dados informados para acesso ao Sistema, e recebem uma senha eletrônica individual de acesso, com poderes limitados a sua competência de atuação no âmbito da gestão de benefícios do PBF.

A senha de cada usuário é chamada de Senha do Cartão Cidadão. De posse dessa senha, o usuário pode acessar o SGB, por meio de uma segunda senha, chamada de Senha Internet do Cidadão. Tanto a Senha do Cartão Cidadão quanto a Senha Internet do Cidadão são pessoais e intransferíveis. O usuário credenciado deve tomar o cuidado de nunca passá-las para outras pessoas, nem deixá-las escritas ou registradas em local visível. O sigilo da Senha Internet do Cidadão é especialmente importante, porque permite realizar atividades de gestão de benefícios do PBF. Além disso, o SGB registra todas as atividades de gestão de benefícios efetuadas pelo usuário. Assim, o uso indevido do SGB pode levar à responsabilização administrativa e/ou penal.

O Quadro XIII apresenta o Fluxograma de Credenciamento para o Sistema de Gestão de Benefícios do PBF. O detalhamento de todas as etapas para o credenciamento de usuários pode ser encontrada no Guia de Credenciamento para o Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, constante da Parte I do Manual do Sistema de Gestão de Benefícios, distribuído a todos os municípios e disponível no sítio do MDS. Basicamente, o credenciamento depende dos seguintes passos:

• Publicado o Termo de Adesão ao PBF no Diário Oficial da União, o município deve preencher, para cada funcionário municipal que irá ter acesso ao sistema, um Formulário de Cadastramento de Usuário Externo - Ficus/E (disponível nas agências da CAIXA), e anexar cópia da documentação pessoal dos usuários, com atenção especial ao perfil de acesso que pretende conceder a cada usuário;

• O gestor municipal do PBF solicita o credenciamento à CAIXA, por ofício, anexando as Ficus/E e uma cópia do formulário de sua designação como gestor municipal do PBF;

• A CAIXA analisa a documentação e devolve o Comunicado de Cadastramento de Usuário Externo e a Política de Acesso para cada servidor indicado pelas Ficus/E recebidas;

• O gestor municipal entrega esse comunicado a cada funcionário municipal autorizado, e orienta quanto ao cadastramento das senhas (do cidadão e da internet).

• Os usuários cadastram as senhas e ficam aptos a utilizar o sistema.

Atualização: Os procedimentos para credenciamento ao Sistema de Gestão de Benefícios - Sibec estão disciplinados na Instrução Operacional nº 15, de 13 de dezembro de 2006, disponível no sítio eletrônico do MDS.

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Quadro XIII – Fluxograma de credenciamento para o Sistema de Gestão de Benefícios

MUNICÍPIOEnviar ofício à CAIXA assinado pelo próprio Gestor Municipal do

Programa Bolsa Família. Anexar ao ofício da Prefeitura os seguintesdocumentos:

- As FICUS/E dos futuros usuários do Sistema; e- Cópia do Formulário de Designação do Gestor Municipal do

Programa Bolsa Família, encaminhado ao MDS conforme a Portaria GM/MDS nº 246, de 20 de maio de 2005.

Caixa Econômica Federal (CAIXA)

A CAIXA fará a análise da documentação entregue pelo município e, paracada usuário, enviará os documentos "comunicado de cadastramento de usuárioexterno" e "Política de Segurança para Acesso aos Recursos Computacionais daCAIXA por Entidade Externas " conforme anexo II e III deste Guia.

MUNICÍPIOAguardar a Publicação do Termo de Adesão ao Programa

Bolsa Família do município no Diário Oficial da União

MUNICÍPIOPreenchimento dos Formulários de Cadastramento de

Usuário Externo - FICUS/E, conforme item 4.1 deste guia. MUNICÍPIO

O Gestor Municipal do Programa Bolsa Família deverá entregar o"comunicado de cadastramento de usuário externo" e "Política de Segurançapara Acesso aos Recursos Computacionais da CAIXA por Entidade Externas"ao respectivo usuário do Sistema de Gestão de Benefícios.

MUNICÍPIO

O Gestor Municipal do Programa Bolsa Família deveráorientar o usuário do sistema para cadastramento das senhas. ver

item 4.2 e 4.3 deste guia.

MUNICÍPIO

Após o cadastramento das senhas e respeitados os prazos de validação sitemicadas mesmas, os usuários estarão aptos a utlizar o sistema.

Observação Importante: Cabe ressaltar a importância da constante atualização da lista de usuários autorizados a utilizar o SGB. O Gestor Municipal deve manter controle de todas as pessoas que dispõem de acesso ao SGB, o que pode ser feito com a organização de um arquivo contendo cópia de todas as Ficus/E encaminhadas à CAIXA. Se um funcionário não precisar mais ter acesso ao SGB, o gestor municipal deve encaminhar outra Ficus/E para o seu descredenciamento,evitando assim o risco de ser responsabilizado em caso de má utilização do SGB por esse usuário.

1.3. Perfis de acesso ao SGBO Sistema de Gestão de Benefícios é acessível a todos os usuários credenciados

pelos gestores de acordo com as atribuições de cada um, sendo definidos perfis diferenciados. O detalhamento de todos os perfis de acesso de usuários pode ser encontrado na Instrução Operacional nº 15, no anexo Guia de Credenciamento para o Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, disponível no sítio do MDS.

Os principais perfis de acesso acham-se no âmbito municipal. O perfil de coordenador municipal é destinado ao gestor municipal do PBF, definido no termo de adesão. Dispõe de acesso completo, isto é, pode executar todas as funcionalidades do sistema (consulta, emissão de relatórios, bloqueios, desbloqueios, cancelamentos, etc.). Somente uma pessoa no município pode receber esse perfil de acesso.

Para auxiliar o gestor municipal, é possível credenciar outros usuários, com a utilização do perfil de operador municipal. Esse perfil de acesso pode realizar as mesmas tarefas que o gestor municipal realiza. Não há limites quantitativos para

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cadastramento desse tipo de usuário. Mas cabe ressaltar a importância de que o número desses usuários deve ser o mínimo possível, para que seja simplificado o controle local sobre a realização de atividades de gestão de benefícios.

Se no município for necessário manter equipes encarregadas de atendimento direto aos beneficiários do Programa, é possível a utilização do perfil de atendimento do Bolsa Família. Esse perfil restringe-se à consulta, não havendo limite de número de usuários.

No âmbito estadual, os perfis de acesso são similares aos fixados para os municípios. O de coordenador estadual é destinado ao gestor estadual e aos demais funcionários que compõem a Coordenação Estadual. Esse perfil permite consultas e emissão de relatórios. Há também o perfil de atendimento do Bolsa Família, voltado exclusivamente para consultas de benefícios. Nenhum deles exige limite quantitativo de usuários.

As instâncias municipais e estaduais de controle social também devem ser credenciadas junto ao SGB, uma vez que exercem papel fundamental no acompanhamento e na transparência do Programa. Esse credenciamento deve ser iniciativa dos respectivos gestores. Esse perfil de credenciamento permite consultas e relatórios, não havendo limite de usuários.

Observação importante: Em nenhuma hipótese os funcionários das agências da CAIXA podem realizar atividades de gestão de benefícios. Seu acesso é restrito à consulta de benefícios, com vistas ao atendimento ao público.

Os integrantes da Rede Pública de Fiscalização do PBF (CGU, TCU, MPF e MPEs) também estão habilitados a acessar o Sistema de Gestão de Benefícios, o que amplia ainda mais o controle e a fiscalização da execução do Programa. Seu perfil de acesso permite consultas e emissão de relatórios.

Capítulo IV – Operacionalização da gestão de benefícios

A operacionalização da gestão de benefícios vem avançando rapidamente nos últimos meses. Até novembro de 2005, os municípios dependiam do envio de ofícios para processamento de suas demandas de cancelamento, bloqueio ou desbloqueio pela Senarc. O lançamento do Sistema de Gestão de Benefícios - SGB aperfeiçoou a forma de execução das atividades de gestão de benefícios. Em janeiro de 2006, a gestão de benefícios passou a aproveitar as alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, eliminando-se as redundâncias entre os lançamentos efetuados pelos municípios no CadÚnico e no SGB.

Em março de 2006, a reversão de cancelamento de benefícios do PBF foi incorporada ao Sibec. Também em março, os relatórios de folha de pagamento passaram a ser disponíveis. Outros relatórios entraram em operação no mês de maio de 2006. Constata-se, portanto, um rápido e constante aprimoramento da operacionalização da gestão de benefícios. Por essa razão, a versão mais atualizada deste manual está

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sempre disponível no sítio do MDS, sendo recomendáveis consultas freqüentes a essas páginas via internet para acompanhamento das últimas inovações.

Ao longo deste capítulo, a operacionalização da gestão de benefícios será apresentada com ênfase nas principais funcionalidades do SGB. Dado o escopo deste manual, seria impossível explicar todas as funcionalidades do SGB e sua interação com a repercussão de alteração cadastral. Assim, sempre que necessário, será preciso remeter-se ao Manual do Sistema de Gestão de Benefícios, e também à Instrução Operacional nº 12, de 3 de fevereiro de 2006, que contém as regras da repercussão de alteração cadastral.

1. A descentralização da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família De acordo com o artigo 14 do Decreto 5.209, de 2004, todo município deve

manter uma Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família, responsável, dentre outras atribuições, por promover as ações do PBF em âmbito municipal e por cadastrar famílias pobres no CadÚnico. Por meio da assinatura do termo de adesão, os municípios pactuam a gestão compartilhada do Programa Bolsa Família com o MDS. Na ocasião, formalizam a indicação do gestor municipal, encarregado da coordenação definida em decreto, e dos membros da instância municipal de controle social. Pelo MDS, foi firmado o compromisso de oferecer aos municípios um sistema informatizado para a realização da gestão de benefícios.

A descentralização da gestão de benefícios teve início com a publicação da Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de novembro de 2005. O artigo 8º da Lei n° 10.836, de 9 de janeiro de 2004, já estabelecia que “a execução e a gestão do Programa Bolsa Família são públicas e governamentais e dar-se-ão de forma descentralizada, por meio da conjugação de esforços entre os entes federados, observada a intersetorialidade, a participação comunitária e o controle social”. Ou seja, a descentralização da gestão de benefícios já contava com amparo na lei do Programa Bolsa Família. Como nenhum dos principais programas de transferência de renda anteriores dispunha de um módulo similar de gestão de benefícios descentralizado ao município, trata-se de uma inovação da política de transferência de renda trazida pelo Bolsa Família.

2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefíciosA gestão de benefícios do Programa Bolsa Família admite duas formas de

execução operacional:• Descentralizada- é realizada pelo próprio gestor local, diretamente no

módulo municipal do Sistema de Gestão de Benefícios (SGB). Nesse caso, nenhum documento precisa ser encaminhado à SENARC, e sim arquivado localmente. Se a atividade de gestão de benefícios foi executada diretamente no SGB, o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios (FPGB) deverá ser preenchido, permanecendo arquivado por no mínimo 5 anos. Se a atividade é executada com aproveitamento das alterações cadastrais, a documentação pertinente deve ser arquivada segundo as regras do CadÚnico, sem a necessidade de preenchimento do FPGB.

• Centralizada - o gestor local, por meio de ofícios dirigidos à SENARC, solicita uma atividade de gestão em determinado benefício, utilizando o

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FPGB. Localmente, devem ser mantidas cópias da documentação enviada.

O Quadro XIV apresenta o fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios.

Quadro XIV – Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios

O Gestor Municipal detecta a necessidade de realização de uma atividade de gestão debenefícios, analisando se ela pode ser executada apenas no SIBEC

Faz o preenchimento do Formulário Padrãode Gestão de Benefícios (FPGB)

Realiza a atividade de gestão debenefícios diretamente no SIBEC

Arquiva o FPGB pelo prazo mínimode cinco anos (Art. 4º, § 2º daPortaria GM/MDS nº 555/2005)

Encaminha um ofício, anexando o FPGB,para a SENARC

A SENARC faz a análise da solicitação

Solicitação procedente

Realiza o processamento doofício

Encaminha à CAIXA parareflexo na próxima folha de

pagamento

A SENARC disponibilizainformações da solicitaçãomunicipal no sítio do MDS

Realiza o processamento do ofício,sinalizando-o como Sem Ação de Gestão de

Benefícios

SIM

NÃO

A SENARC disponibilizainformações da solicitaçãomunicipal no sítio do MDS

Gestãocentralizada

Gestãodescentralizada

Somente pode ser executada no SIBEC ?

Sim

Município altera o Cadastro dafamília e aguarda o

processamento automático daatividade, realizado segundo o

calendário operacional.

Não

Arquiva a documentaçãonecessária, segundo as regras do

CadÚnico.

A Gestão de Benefícios descentralizada agrega qualidade em relação ao processo centralizado, pois se vale de tecnologia e ferramentas administrativas que poderão fortalecer institucionalmente os gestores municipais.

3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios

No capítulo II deste manual foram apresentadas as atividades de gestão de benefícios com os motivos de aplicação e os efeitos de sua execução. A partir disso,

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pode-se classificar a execução dessas atividades segundo a utilização direta, ou não, do SGB:

• Certas atividades somente são executadas com o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico;

• Algumas atividades podem ser executadas pelo SGB ou por repercussão de alterações cadastrais, dependendo exclusivamente dos motivos para sua aplicação;

• Por fim, certas atividades somente podem ser executadas com uso do SGB.

Essas diferenças na execução das atividades de gestão de benefícios têm a ver com o Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do CadÚnico e o aproveitamento das alterações cadastrais pelo SGB. Como se sabe, muitas alterações cadastrais podem levar à execução de atividades. Dessa forma, se as repercussões não fossem aproveitadas pelo SGB, o município seria obrigado a realizar estas alterações no cadastro das famílias e, em seguida, acessar o SGB para executar a atividade de gestão de benefícios correspondente.

O cancelamento de benefícios, se aplicado a todos os benefícios, pode ser realizado tanto por meio do SGB quanto via repercussão de alterações cadastrais, dependendo exclusivamente dos motivos para o desligamento da família. Os motivos de cancelamento de benefício que podem ser executados pelos municípios por meio do SGB são:

• Decisão judicial;• Desligamento voluntário da família do PBF;• Trabalho infantil na família;• Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti.

Os motivos de cancelamento que aproveitam alterações cadastrais, quando identificados pelos municípios, sempre estão relacionados a alterações nas informações do CadÚnico. Os motivos de cancelamento processados por meio de repercussão de alteração cadastral e, ainda, as ações de alteração cadastral correspondentes são os seguintes:

• Duplicidade cadastral – No caso de duplicidade de cadastros, a exclusão de cadastro ativo. No caso de duplicidade de pessoas, a conversão de NIS de responsável legal;

• Renda familiar por pessoa superior – Alteração na renda por pessoa da família para valores superiores a R$ 120,00

• Falecimento de toda família – O falecimento de toda a família é um motivo para a exclusão do cadastro da família no CadÚnico.

Os cancelamentos e concessões/reversões de cancelamento dos benefícios básico e variável somente podem ser executados por meio da repercussão de alteração cadastral. A modificação na renda por pessoa de uma família no CadÚnico, por exemplo, poderá levar ao cancelamento do benefício básico, caso essa nova renda por pessoa esteja situada entre R$ 60,01 e R$ 120,00. A exclusão do registro de crianças

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e/ou adolescentes de até 15 anos poderá levar ao cancelamento de benefício variável concedido à família beneficiária do PBF.

O bloqueio, o desbloqueio, a reversão de suspensão e a reversão de cancelamento somente podem ser realizados com a utilização do SGB, independentemente dos motivos para sua aplicação. Por exemplo, o bloqueio por averiguação de cadastramento em função de indícios de renda por pessoa superior só pode ser tratado pelo SGB, uma vez que o aplicativo de entrada de dados do CadÚnico não tem como registrar indícios de renda por pessoa superior.

4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio do SGB

O módulo municipal do SGB (ou Sibec) possibilita aos municípios realizar ações de gestão de benefícios (bloqueios, cancelamentos, desbloqueios e reversões) e consultar informações sobre esses benefícios de forma muito mais rápida e eficiente.

O Quadro XV a seguir mostra telas com um exemplo de consulta da situação de benefícios pelo SGB, onde aparecem informações de valor do benefício, situação de pagamento, identificação do titular e de seus dependentes, assim como da execução de um desbloqueio de benefício.

Quadro XV – Telas de consulta e desbloqueio no SGB

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O SGB registra, por meio da senha eletrônica, todas as atividades de gestão, identificando quem as realizou no município pelo Número de Identificação Social (NIS). O Quadro XVI mostra uma tela do histórico de benefício, na qual se pode notar o registro de um bloqueio, com a respectiva gravação do NIS da pessoa responsável pela ação.

Quadro XVI - Tela de histórico de benefício

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5. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da repercussão de alteração cadastral

A SENARC, a partir da experiência adquirida em auditorias realizadas nos anos 2004 e 2005, decidiu implementar uma rotina permanente de auditoria que favorecesse a coerência entre as informações do CadÚnico e as do SGB. Essa rotina, conhecida como Repercussão Automática de Alterações Cadastrais do CadÚnico no PBF, passou a ser executada mensalmente a partir de janeiro de 2006. O SGB, por sua vez, passou a aproveitar diversas alterações cadastrais para execução das atividades de gestão de benefícios.

Por fim, o Calendário Operacional, apresentado no capítulo II, deve ser consultado para compreensão dos prazos necessários ao processamento das alterações cadastrais no SGB.

5.1. A Rotina de Repercussão Automática de Alterações CadastraisA Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica as

situações em que uma alteração cadastral pode resultar em cancelamento ou bloqueio de benefícios financeiros. Graças a essa rotina, várias ações de gestão de benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes, que antes eram efetuadas pelos municípios tanto no CadÚnico quanto no SGB, passaram a exigir apenas o lançamento no Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do Cadastro Único – Offline do CadÚnico.

As principais rotinas que passaram a ser tratadas automaticamente pelo SGB são:

• Alteração na renda por pessoa da família – Mudanças na renda por pessoa da família no CadÚnico podem acarretar o cancelamento automático dos benefícios ou a alteração do total de benefícios financeiros da família;

• Alteração da composição familiar – Uma redução ou um aumento da quantidade de crianças ou adolescentes pode acarretar mudança do benefício variável da família, com redução ou aumento do valor pago. A inclusão ou exclusão de pessoas no cadastro de uma família pode modificar também a renda por pessoa da família.

• Substituição de responsável legal – Implica a troca do titular dos benefícios financeiros da família no SGB, seguida pela emissão automática de novo cartão magnético. Os benefícios financeiros dessa família passam a ser pagos a esse novo responsável legal;

• Mudança de município – Ao mudar de município, uma família deve ser cadastrada na cidade de destino. A partir da ativação do novo cadastro, o benefício financeiro da família será reavaliado, passando a refletir as novas informações. O domicílio anterior, registrado no município de origem, não deve ser excluído do cadastro, pois será tornado inativo na base nacional do CadÚnico, automaticamente;

• Conversão de NIS – Como resultado da conversão de NIS, a folha de pagamento passa a refletir o NIS ativo, e os benefícios financeiros da família são transferidos para o NIS ativo, emitindo-se automaticamente um novo cartão magnético.

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5.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGBO diagrama do Quadro XVII sintetiza o processo de alterações cadastrais, que

consiste nos seguintes passos:• O município realiza uma alteração cadastral no domicílio de uma família

no aplicativo do CadÚnico, transmitindo o arquivo de alterações ao agente operador e recebendo de volta o arquivo-retorno com a informação de que o domicílio foi processado;

• Em seguida, as alterações cadastrais que podem acarretar a execução de alguma atividade de gestão de benefícios são filtradas pelo Sistema do Cadastro Único e encaminhadas ao SGB para tratamento. Outros tipos de alterações cadastrais, como substituição de responsável legal e mudança de município, também são enviadas ao SGB;

• Por sua vez, o SGB analisa a repercussão dessas alterações cadastrais sobre os benefícios financeiros das famílias beneficiárias do PBF e dos Programas Remanescentes. A partir dessa análise, executada com o auxílio da rotina de reavaliação apresentada a seguir, alguma atividade de gestão de benefícios pode ser executada, com reflexo sobre a situação dos benefícios financeiros e sobre as parcelas de pagamento, de acordo com o Calendário Operacional. Nesse caso, será gravada a informação correspondente, que poderá ser consultada no histórico de situação do benefício da família, no SGB;

• Por meio do SGB, o município verifica se as alterações cadastrais feitas no aplicativo do CadÚnico resultaram na execução automática de alguma atividade de gestão de benefícios.

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Quadro XVII - Fluxograma de processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB

Base Centra ldo CadÚnico

CONECTIVIDADESOCIAL

Offline doCadÚnico

(Aplicativo de entrada dedados do CadÚnico

Sistem a deGestão deBenefícios

In ternet

Sistema de Gestãode Benefícios

(módulo municipaloperacionalizado pela CAIXA)

En

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Repercussão dasal terações cadastra is

5.3. A Rotina de Reavaliação no SGBA implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais

implicou a construção de outra rotina automatizada de tratamento das alterações no SGB, denominada Rotina de Reavaliação. Toda vez que uma alteração cadastral é acatada no CadÚnico, a Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais analisa a mudança nas informações e envia para que o SGB trate, se for o caso. No SGB é acionada a Rotina de Reavaliação, que verifica se o benefício financeiro concedido a uma família ainda permanece válido. Assim, a Rotina de Reavaliação confere se uma dada família ainda permanece com as condições de elegibilidade que lhe garantem a continuidade da concessão dos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes. Paralelamente, as atividades de gestão de benefícios correspondentes à alteração são executadas pelo SGB.

O benefício financeiro que não passa nas regras da reavaliação é cancelado, pelo motivo correspondente à regra não atendida depois da aplicação dessa rotina; aparecem no histórico de situação do SGB alguma das seguintes mensagens:

• Residência fora do município de cadastramento;• Beneficiário é beneficiário indireto em outra família (a pessoa aparece

como criança em outra família);• Beneficiário indireto é beneficiário em outra família (a criança aparece

como responsável legal em outra família);

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• Beneficiário é beneficiário indireto na mesma família (a pessoa aparece mais de uma vez na mesma família);

• Cadastrado em mais de um município;• Família participa do Peti (uma ou mais crianças dessa família participam

do Peti);• Duplicidade cadastral;• Renda por pessoa acima do limite;• Responsável legal menor de 16 anos;• Nenhum membro da família atendeu aos critérios;• Idade fora do limite permitido;• Beneficiário indireto duplicado.

5.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral

Um dos méritos da Instrução Operacional (IO) nº 12, de 2006, foi apresentar detalhadamente a aplicação das regras de repercussão de alteração cadastral. Em especial, o anexo I desta instrução apresenta uma sucessão de regras, os motivos de sua aplicação e as mensagens que são exibidas pelo SGB.

O Quadro XVIII a seguir apresenta um extrato desse detalhamento da repercussão de alteração cadastral apresentado no anexo I da IO nº 12; no caso, uma exclusão de cadastro no CadÚnico. A repercussão de alteração cadastral no SGB leva ao cancelamento dos benefícios financeiros dessa família (obviamente, não pode haver benefícios concedidos sem a existência de um cadastro da família). A mensagem gravada no histórico da família no SGB é FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO. O Quadro XIX apresenta um exemplo de consulta no SGB de um benefício cancelado por esse tipo de repercussão de alteração cadastral.

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Quadro XVIII – Extrato do anexo I da IO nº 12, com o detalhamento da repercussão de alteração cadastral no SGB

Nº 1Alteração Cadastral

no CadÚnico Exclusão de domicílio pelo município

Descrição O gestor municipal efetuou a exclusão de um domicílio ativo que recebe benefícios financeiros vinculados aos Programas Bolsa Família ou (Bolsa Escola, Auxílio-Gás, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação)

Repercussão da Alteração Cadastral

no SGBCancelamento dos benefícios, com o desligamento da família dos respectivos programas, exceto Bolsa Alimentação.

Mensagem no SGB (Sibec) No histórico de situação é gravada a mensagem FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO

Observação

Para o Bolsa Alimentação, as alterações cadastrais não refletem automaticamente no SGB. Nesses casos, além da alteração cadastral, é necessário o envio do FPGB – Formulário Padrão de Gestão de Benefícios ao MDS. A exclusão de domicílio

somente deve ser realizada em situações muito específicas. Veja nesta IO, item 2.9, os motivos em que a exclusão de domicílio pode ser feita.

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Quadro XIX – Tela de consulta de benefício cancelado por repercussão de alteração cadastral

6. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

Nas seções anteriores, foi possível verificar como as atividades de gestão de benefícios são executadas, tanto por meio do SGB, quanto pelo aproveitamento das alterações cadastrais. Foi visto também que o SGB apresenta uma funcionalidade de consulta de benefícios e de histórico de benefícios. Constata-se, portanto, uma maneira simples para o município acompanhar os cancelamentos e bloqueios, bastando consultar o SGB e verificar o motivo gravado no histórico da família. De acordo com o motivo, fica fácil saber se a atividade de gestão de benefícios foi executada por um usuário no SGB ou em decorrência de repercussão de alteração cadastral. Outra forma seria verificar se há um NIS gravado no histórico desse motivo; caso haja, a atividade de gestão foi realizada diretamente no SGB pelo usuário cujo NIS foi gravado.

O Quadro XX a seguir indica se cada atividade de gestão de benefícios pode ser realizada pelo município via SGB on line ou se deve ser feita via aplicativo do CadÚnico. A coluna mais útil desse quadro é a coluna “Motivo Registrado no SGB”. Por exemplo, se é preciso realizar um cancelamento de benefícios pelo motivo de desligamento voluntário da família, o canal apropriado é o SGB on line, sendo registrada no histórico a mensagem Desligamento Voluntário da Família do Programa. Se o cancelamento ocorresse por causa de renda por pessoa superior, seria preciso lançar a nova renda por pessoa da família no CadÚnico. Por meio de repercussão de alteração cadastral, o benefício seria cancelado usando o motivo de Reperc alt cadast - renda per cap fam sup estab p/ prog.

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Quadro XXI – Matriz de acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

Atividades de GestãoAtividades de Gestão de Benefíciosde Benefícios MotivosMotivos Local de ExecuçãoLocal de Execução Motivo Registrado no SGB (*)Motivo Registrado no SGB (*) ResponsabilidadeResponsabilidade

Bloqueio de benefícios

I - Trabalho infantil SGB Trabalho Infantil na Família Município e Senarc, via SGB

II - Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de:

a) Duplicidade cadastralSGB

Averig Cadastr Deplic Cadastral

Reperc alt cad - duplicidade cadastralPara o município, automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB

b) Renda por pessoa familiar superior SGB Ren per Cap Sup Estab P/ Progr

c) Falecimento de toda a família SGB

Averig Cadastr Falec da Família

d) Não-localização da família no endereço informado no CadÚnico

SGBNão Localiz Fam End Inform Cadun

Município e Senarc, via SGB

III - Durante procedimento de averiguação de acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Peti

SGB Acúm Benef Financ. do Progr C/ Peti Município e Senarc, via SGB

IV - Por decisão judicial SGB Decisão Judicial Município e Senarc, via SGB

V - Descumprimento reiterado de condicionalidades SGB Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB, mediante lançamento de informações nos sistemas de condicionalidades pelos municípios

Desbloqueio de benefícios

I - Em decorrência da elucidação ou finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio

SGB Não há motivos para desbloqueio Município e Senarc, via SGB

Page 53: Manual de Gestão de Benefícios

Atividades de GestãoAtividades de Gestão de Benefíciosde Benefícios MotivosMotivos Local de ExecuçãoLocal de Execução Motivo Registrado no SGB (*)Motivo Registrado no SGB (*) ResponsabilidadeResponsabilidade

Cancelamento de benefícios

I - Trabalho infantil na família SGB Trabalho Infantil na Família Município e Senarc, via SGBII - Duplicidade cadastral

CadÚnicoDuplicidade de Cadastramento (**)Reperc alt cad - duplicidade cadastral

Para o município, automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB

III - Renda familiar por pessoa superior à estabelecida para o PBF CadÚnico

Renda per cap sup estab p/ prog

Reperc alt cad – renda sup estab p/ prog

Para o município, automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB

IV - Falecimento de toda famíliaCadÚnico

Falecimento de Toda a Família (**)Reperc de alteração cadast -fam excluída cadúnico

Para o município, automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB

V - Decisão judicial SGB Decisão Judicial Município e Senarc, via SGBVI - Desligamento voluntário da família do PBF SGB Desligamento Voluntário da Família Município e Senarc, via SGB

VII - Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti

SGB Acúm Benef Financ. do Progr C/ Peti Município e Senarc, via SGB

VIII - Reiterada ausência de saque de benefícios - Reiter Ausência Saque de Benef. Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

IX - Decurso do prazo de permanência do beneficio na situação de bloqueado - Decurso Prazo Situação Bloqueado Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

X - Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF - Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

XI - Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para retirada do cartão magnético, nas agências do agente operador

-Esgot praz p/ retir cart mag Caixa Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

XII - Repercussão de alteração cadastral CadÚnico

Repercussão alteração cadastral Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB, mediante lançamento de informações nos sistemas de condicionalidades pelos municípios.

XIII - Em decorrência do cancelamento de todo benefício variável, se a família não receberbenefício básico concedido

-Cancel de todos benef variáveis Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

XIV - Em decorrência de cancelamento do benefício básico, se a família não receber benefício variável concedido

-Cancel do benefício básico Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

XV - Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário - BVCE - se a família não receberbenefício básico ou variável concedido

-Prescrição benef extraordinário Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

Reversão de cancelamento

I - Para retificação de erro operacional SGB Não há motivos para reversão de cancelamento. Município e Senarc, via SGB

Cancelamento de benefício básico

I - Se verificada redução da renda familiar por pessoa registrada no CadÚnico, pelo município, para valor de até R$ 60,00.

CadÚnicoCancel benefício básico Automaticamente, com aproveitamento das alterações

cadastrais

Page 54: Manual de Gestão de Benefícios

Atividades de GestãoAtividades de Gestão de Benefíciosde Benefícios MotivosMotivos Local de ExecuçãoLocal de Execução Motivo Registrado no SGB (*)Motivo Registrado no SGB (*) ResponsabilidadeResponsabilidade

Concessão/Reversão de cancelamento de

benefício básico

I - Se verificada elevação da renda familiar por pessoa registrada no CadÚnico, pelo município, para valor entre R$ 60,01 e R$ 120,00.

CadÚnicoNão há motivos para concessão/reversão de cancelamento. Automaticamente, com aproveitamento das alterações

cadastrais

Cancelamento de benefício variável

I - Falecimento de criança ou adolescente;CadÚnico

Falecimento Criança / Adolescente Automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais

II - Criança ou adolescente não mais residente com a família; CadÚnico

Criança/Adolescen não res c/ fam Automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais

III - Duplicidade cadastral.CadÚnico

Duplicidade de cadastramento Automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais

IV - Idade igual ou superior a 16 anos para adolescentes. CadÚnico Idade igual ou superior 16 anos Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB

Concessão/Reversão de cancelamento de benefício variável

I - Para retificação de erro operacional CadÚnico Não há motivos para concessão/reversão de cancelamento.II - Em decorrência de atualização do cadastro da família CadÚnico Não há motivos para concessão/reversão de cancelamento.

Automaticamente, com aproveitamento das alterações cadastrais

Suspensão de benefícios

I - Na ocorrência de descumprimento de condicionalidades, observada a norma específica - Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc

Reversão de suspensão de

benefícios

I - Para retificação de erro operacional no envio ou no processamento das informações sobre condicionalidades do PBF encaminhadas pelos municípios

SGBNão há motivos para reversão de suspensão. Município e Senarc, via SGB

* A descrição dos motivos está sendo revista pela CAIXA. ** Estes motivos foram usados via SGB, sendo depois abandonados quando passaram a ser tratados via repercussão de alteração cadastral.

Page 55: Manual de Gestão de Benefícios

O Quadro XXII apresenta os motivos que são exibidos pelo Sibec quando os benefícios são cancelados, em decorrência da Rotina de Reavaliação de benefícios.

Quadro XXII - Motivos registrados no Sibec para cancelamento de benefícios causados pela Rotina de Reavaliação

Motivos de Reavaliação de Benefícios Financeiros

Motivo Registrado no SGB

Residência fora do município de cadastramento RESID FORA MUNIC CADASTRAMENTO

Beneficiário é beneficiário indireto em outra família (a pessoa aparece

como criança em outra família)BENEF = BENEF-IND OUTRA FAMILIA

Beneficiário indireto é beneficiário indireto em outra família (a criança aparece como responsável legal em

outra família)

BENEF-IND = BENEF OUTRA FAMILIA

Beneficiário é beneficiário indireto na mesma família (a pessoa aparece mais de uma vez na mesma família)

BENEF = BENEF-IND MESMA FAMILIA

Cadastrado em mais de um municípío CADASTRADO MAIS DE UM MUNICIPIO

Família participa do Peti (uma ou mais crianças dessa família

participam do Peti)FAMILIA PARTICIPA DO PETI

Duplicidade cadastral DUPLICIDADE CADASTRALRenda por pessoa acima do limite RENDA POR PESSOA ACIMA DO LIMITE

Responsável legal menor de 16 anos RESPONSAVEL LEGAL MENOR DE 16 ANOS

Nenhum membro da família atendeu aos critérios NENHUM MEMB FAM ATEND CRITERIOS

Idade fora do limite permitido IDADE FORA DO LIMITE PERMITIDOResponsável legal duplicado RESPONSAVEL LEGAL DUPLICADO

7. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais

7.1 Conversão de NISSe um domicílio é inscrito no Cadastro Único, todas as pessoas residentes são cadastradas,

e a cada uma é atribuído um Número de Identificação Social – NIS. O NIS é o código que identifica, de maneira única, cada pessoa cadastrada no CadÚnico. Apesar dos vários mecanismos de controle existentes nos procedimentos de emissão de NIS, pode acontecer de uma mesma pessoa passar por mais de um cadastramento e receber dois ou mais NIS diferentes.

Page 56: Manual de Gestão de Benefícios

Auditorias no CadÚnico ou alterações cadastrais posteriores, ao serem analisadas pelos sistemas de identificação pessoal do agente operador (CAIXA), podem identificar essa duplicidade e associar todos os NIS a uma mesma pessoa, desativando o uso dos NIS duplicados. Esse processo é denominado Conversão de NIS; os NIS duplicados são marcados como convertidos e somente um é marcado como ativo, sendo registrada a ligação com o NIS ativo em uma tabela de elos. O exemplo de conversão de NIS do Quadro XXIII pode esclarecer melhor.

Quadro XXIII - Exemplo de conversão de NIS (fictícios)

Em janeiro de 2003 foi cadastrada uma família composta pelas seguintes pessoas • Mãe: NIS 111.11111.11-1 • Pai: NIS 222.22222.22-2 • Filha1: NIS 333.33333.33-3 • Filho2: NIS 444.44444.44-4

Em março de 2004, a Filha1 mudou-se para o domicílio de uma tia no mesmo município. Nesse mês, houve uma visita dos agentes da prefeitura aos moradores do bairro onde moravam a Filha1 e sua tia, com o objetivo de validar os cadastramentos efetuados naquela região.

Nesse momento, o cadastro da Filha1 foi incluído na família da tia, porém, por um erro de digitação no cadastro, que modificou indevidamente seu nome, a Filha1 recebe um novo NIS: 555.55555.55-5. Em decorrência desse erro, uma única pessoa, a Filha1 passou a ter dois NIS.

Em abril de 2004, o responsável pelo cadastro, validando sua base, identificou que a Filha1 estava cadastrada em dois domicílios, porém com nomes diferentes, o que representa duplicidade de NIS. Após a confirmação de se tratar da mesma pessoa, o responsável efetuou a transferência do cadastro da pessoa com sobreposição sobre o outro cadastro existente e transmitiu essas informações para a CAIXA para que se efetuasse a conversão de NIS.

A partir deste momento, a Filha1 passa a ser identificada no Cadastro Único pelo NIS 333.33333.33-3 (geralmente permanece o de cadastramento mais antigo), que permanece ativo, e o NIS 555.55555.55-5 passou para a situação de convertido.

Além da situação apresentada no exemplo acima, há outras situações que podem gerar multiplicidade de NIS para a mesma pessoa:

• Divergência de documentos – por exemplo, dois cadastros preenchidos com documentos diferentes;

• Duplicidade de cadastro Cadúnico/Cadbes - ver a Instrução Operacional nº 13, de 20 de abril de 2006;

• Qualquer divergência em nome completo ou data de nascimento quando do lançamento no Cadastro Único.

A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica automaticamente a ocorrência de conversão de NIS e envia os casos para análise do SGB. Se na análise efetuada for detectada conversão de NIS de responsável legal, o que evidencia duplicidade de pagamento de benefícios, um dos benefícios será cancelado. Se a conversão de NIS corresponder a crianças do Bolsa Escola, e também for evidenciada duplicidade, os benefícios associados poderão ser cancelados, ou ainda uma das famílias poderá ter seus benefícios bloqueados. O detalhamento da repercussão de alteração cadastral por conversão de NIS consta do anexo I da Instrução Operacional nº 12, de 2006.

Page 57: Manual de Gestão de Benefícios

A Rotina de Reavaliação verifica automaticamente a ocorrência de conversão de NIS no SGB. Quando acontecer uma conversão de NIS do responsável legal de uma família, um novo cartão magnético poderá ser emitido automaticamente para a família. Por isso, é importante que, se houver alteração dos dados do responsável legal (campos 201 a 236 do formulário Identificação da Pessoa), o município também atualize as informações de características e de endereço do domicílio (campos 201 a 221), que poderão ser usados para localizar a família e entregar o cartão.

7.2. Substituição de responsável legalA substituição do responsável legal de uma família é feita mediante atualização do

cadastro da família no sistema do CadÚnico e acarreta a troca do titular dos benefícios financeiros da família no SGB, seguida da emissão automática de novo cartão magnético. A partir dessa substituição, os benefícios financeiros da família passam a ser pagos ao novo responsável legal. É recomendável nesses casos que o município também atualize as informações de características e de endereço do domicílio (campos 201 a 225), que poderão ser usados pela CAIXA para localizar a família e entregar o novo cartão.

Enquanto a alteração cadastral e a troca do cartão estiverem sendo processadas, o gestor municipal pode emitir uma Declaração de Substituição de Responsável Legal, prevista no artigo 20, inciso X, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Com essa declaração, o novo responsável legal pode comparecer à agência de relacionamento da CAIXA com a prefeitura e, mediante identificação, sacar os benefícios financeiros do antigo titular. Para poder emitir essa declaração, o município deverá informar previamente, por ofício, à agência de relacionamento da CAIXA com a prefeitura, a identidade do gestor municipal, anexando cópia do anexo II do Termo de Adesão ao Programa Bolsa Família e ao Cadastro Único de Programas Sociais, da Portaria GM/MDS nº 246, de 2005. O Quadro XXIV ilustra o modelo de declaração apresentado na Instrução Operacional nº 12, de 2006.

Quadro XXIV - Modelo de Declaração de Substituição de Responsável Legal

DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE RESPONSÁVEL LEGALPrefeitura Municipal de __________

Secretaria Municipal de _____________Coordenação Municipal do Programa Bolsa FamíliaDeclaração de Substituição de Responsável Legal

Declaro, em observância ao disposto no § 2º do artigo 23 do Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, e ao artigo 20, X da Portaria nº 555, de 11 de novembro de 2005, que foi habilitado nesta Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família novo responsável legal da família, conforme abaixo informado:

ANTIGO RL: ___________________________________________________( nome completo do antigo responsável legal)

NIS: ____________________________( número de identificação social do antigo responsável legal)

NOVO RL: ___________________________________________________(colocar nome completo do novo responsável legal)

NIS: ____________________________(inserir o número de identificação social do novo responsável legal)

Informamos que se encontra em andamento a devida substituição do novo responsável legal, acima identificado, nos sistemas computacionais do Cadastro Único do Governo Federal, visando à atualização dos dados cadastrais da família e a emissão definitiva de cartão ao novo responsável legal da família.

No período de validade abaixo definido, serão permitidos saques de todas as parcelas de pagamento disponíveis, desde que dentro da validade, para todos os benefícios sociais vinculados a essa família na agência da Caixa Econômica Federal denominada .......... (colocar o nome da agência da CAIXA), situada no endereço ......... (colocar o endereço completo da agência), durante o período de validade abaixo definido.

________________________________________________Assinatura e carimbo do gestor do Programa Bolsa Família

Page 58: Manual de Gestão de Benefícios

VALIDADE DESTE DOCUMENTO:DE ____/____/____ A ____/____/_____(máximo de um mês)

Sr. caixa executivo,Esta declaração confere ao portador, devidamente identificado, durante o período de validade, direito ao saque de benefícios por meio de guia de retirada individual, cuja cópia deve ser arquivada nos arquivos da agência.

Observação: Emitir em papel que identifique a prefeitura, sem rasuras.

7.3. Mudança de município

Com a implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais, a mudança de município passa a ser também uma alteração cadastral a ser tratada pelo SGB. Dessa forma, toda vez que uma família mudar de cidade, poderá continuar a receber seus benefícios na localidade de destino, sendo obrigatório seu cadastramento imediato na nova cidade.

Para que o benefício financeiro seja transferido automaticamente de um município para outro, é necessário observar algumas regras específicas para a realização do novo cadastro no município de destino, conforme se explica a seguir, nos itens 7.3.1 a 7.3.4.

Em função desse tratamento automático, o gestor municipal não pode cancelar um benefício por motivo de mudança de município.

Observação importante: Tendo em vista que a mudança de município é tratada automaticamente pelo CadÚnico, a partir de alterações cadastrais, o gestor municipal de origem não pode realizar a exclusão do cadastro da família.

7.3.1. Procedimentos do gestor municipal do municípío de origem Normalmente, o gestor municipal não sabe que a família mudou-se para outro município.

Assim, se ele receber essa informação, deve, antes de mais nada, comparecer à casa da família, a partir do endereço registrado no CadÚnico, para confirmar se a família realmente mudou-se. A partir dessa confirmação, o gestor municipal poderá tomar algumas medidas em relação ao benefício financeiro e ao cadastro dessa família:

1. Com relação ao benefício financeiro - Não encontrando a família, o gestor municipal deverá bloquear o beneficio da família, conforme prevê no artigo 6º da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Esse bloqueio poderá levar a família a comparecer à prefeitura, para informar, por exemplo, que não havia se mudado de município, mas apenas de bairro. Nesse caso, confirmada a informação de que não houve mudança de município, o gestor municipal deve desbloquear o beneficio. É importante lembrar que o benefício financeiro da família nunca deve ser cancelado por mudança de município.

2. Com relação ao cadastro - Nunca deve ser feita a exclusão de domicílio pelo motivo de mudança de município. O item 2.9, da Instrução Operacional nº 12, de 2006, explica as razões em que uma exclusão de domicílio é permitida. Dessa forma, a modificação do cadastro dependerá do local no qual a família esteja morando:

Page 59: Manual de Gestão de Benefícios

a) A família ainda mora no município de origem - Se a família comparecer à prefeitura e informar que continua morando na cidade, o gestor municipal deve atualizar o endereço e os demais dados da família no CadÚnico;

b) A família mudou-se para o município de destino - Se a família comparecer e informar que mora em outro município, o cadastro dessa família na cidade de origem não deve ser alterado, devendo a família ser orientada a comparecer à prefeitura do município de destino para a realização de novo cadastramento.

7.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino Assim que comparecer à prefeitura do município de destino, a família deverá

imediatamente ser cadastrada pelo gestor municipal. A partir daí, o gestor municipal poderá tomar algumas medidas em relação ao benefício financeiro e ao cadastro dessa família:

1. Com relação ao cadastro – No primeiro cadastramento da família no município de destino, o responsável legal deverá, obrigatoriamente, ser o mesmo do cadastro da família no município de origem. O Sistema do Cadastro Único identificará que esse novo cadastro na cidade de destino é de uma família já cadastrada no município de origem, fazendo em seguida a ativação desse domicílio que agora foi incluído e tornando inativo o domicílio anterior.Deve haver cuidado especial com os dados do responsável legal, que deverão ser os mesmos da cidade anterior, principalmente o Número de Identificação Social - NIS. Além do NIS, é necessário informar o nome e a data de nascimento do responsável legal, os números dos documentos de identificação, o nome da mãe do responsável legal e a UF/município de nascimento, que são os dados básicos para confirmação do NIS do responsável legal. Vale lembrar que os demais membros da família também devem ser cadastrados. Se o responsável legal por esse novo cadastramento for outra pessoa, o gestor deve cadastrar o anterior e, depois do processamento do arquivo pela CAIXA, fazer a substituição do responsável legal.Para que o gestor municipal da cidade de destino possa ter certeza de que os dados inseridos nos campos nome da pessoa, data de nascimento, documentos de identificação, nome da mãe e UF/município de nascimento do responsável legal são exatamente aqueles utilizados no domicílio da cidade de origem, sugerem-se duas maneiras:

a) Obtenção da cópia do cadastro na cidade de origem - Sugere-se obter, junto ao gestor municipal da cidade de origem, uma cópia impressa do cadastro da família, de preferência retirada diretamente do Aplicativo do CadÚnico.

b) Localização do NIS do responsável legal por meio do Siiso – Sugere-se que o gestor municipal da cidade de destino localize o NIS do responsável legal por meio do Siiso (Sistema de Informações Sociais), utilizando o SGB. Informações adicionais podem ser obtidas no item 9.2 do Manual do SGB, disponível na página de gestão de benefícios do Programa Bolsa Família no sítio do MDS na internet.O município e a UF de nascimento não podem ser obtidos por essa consulta, mas são facilmente informados pela família. Deve-se ter cuidado no uso do SIISO se homônimos forem encontrados pelo sistema.

2. Com relação ao benefício financeiro – Depois de o novo cadastro da família ser reconhecido pelo SGB, o beneficio financeiro migrará da folha de pagamento da

Page 60: Manual de Gestão de Benefícios

cidade de origem para a da cidade de destino, no mês seguinte. Caso o beneficio ainda esteja bloqueado, o gestor municipal da cidade de destino poderá usar o SGB para desbloquear o beneficio depois da sua migração para a cidade de destino. A mudança de município é analisada pela Rotina de Reavaliação descrita no item 5.3 deste capítulo. Se o cadastro efetuado pelo município de destino não for aprovado pelas regras de reavaliação, o sistema fará o cancelamento do benefício no município de origem pelo motivo Mudança de Município e gerará um benefício Rejeitado no município de destino.

7.3.3. Procedimento da família Para que o gestor municipal possa cadastrá-la, basta que o responsável legal compareça à

prefeitura do município de destino, portando o cartão do benefício e demais documentos de identificação da família. Todas as informações da família devem ser inseridas nesse novo cadastro.

7.3.4. Procedimento em caso de exclusão indevida do cadastro Se o município tiver excluído por engano o cadastro de uma família, é possível realizar a

retificação, conforme mostram as orientações seguintes4:

1) Com relação ao cadastroa) Se o domicílio indevidamente excluído ainda não tiver sido extraído para envio à

CAIXA, desfazer a exclusão seguindo as instruções do Manual do Aplicativo de Entrada de Dados do CadÚnico.

b) Caso contrário, redigitar o cadastro excluído, tendo por base o formulário do cadastramento único. Deve haver cuidado especial com os dados do responsável legal, que deverão ser os mesmos de antes da exclusão. Se o gestor municipal não tiver em mãos o formulário da família para coleta dos dados do responsável legal, pode seguir o procedimento descrito no item 1, do tópico 7.3.2 deste capítulo.

2) Com relação ao benefício financeiro – O gestor municipal deverá realizar uma reversão de cancelamento diretamente no SGB. Essa reversão somente pode ser feita depois de o novo cadastro da família já ter sido processado pelo Sistema do Cadastro Único.

8. A execução de atividades de gestão de benefícios pela SENARC

8.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios

Apesar do esforço que vem sendo feito para que todos os municípios passem a utilizar o SGB, sabe-se que nem todos terão sempre a sua disposição os requisitos computacionais (computador e internet) para acessá-lo. Nesse caso, as atividades de gestão de benefícios que só podem ser tratadas via SGB serão implementadas com o envio de ofícios à Senarc, anexando-se os Formulários Padrão de Gestão de Benefícios (FPGB).

Dessa forma, o FPGB é um instrumento útil, ao mesmo tempo, tanto para a formalização e o arquivamento das atividades de gestão de benefícios efetuadas pelo próprio município no SGB on line, quanto para a demanda da execução de atividades de gestão de benefícios à SENARC.

4 Dada a complexidade desse procedimento no momento, a Senarc está analisando junto com o agente operador novas maneiras de tratar essa rotina.

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A inexistência do SGB no município não é um problema no caso da realização de atividades de gestão de benefícios que aproveitam as alterações cadastrais, que são realizadas automaticamente utilizando-se as alterações cadastrais efetuadas pelo município no aplicativo do CadÚnico.

O FPGB apresenta-se em dois modelos: unitário (para manutenção em apenas um NIS) e múltiplo (para manutenção em mais de um NIS). No sítio do MDS, ambos os modelos são acompanhados de exemplos de preenchimento que podem ser seguidos pelos municípios. O FPGB contém campos de preenchimentos obrigatórios, a saber: número do NIS, nome do beneficiário, atividade de gestão de benefício correspondente, motivo, e assinaturas. O Quadro XXV apresenta os modelos unitário e múltiplo do FPGB, extraídos do sítio eletrônico do Bolsa Família, no link Gestão de Beneficios..

Quadro XXV – Modelos unitário e múltiplo do formulário-padrão de gestão de benefícios

Quando utilizados para registro da execução de atividades de gestão de benefícios nos municípios, os FPGB devem ser mantidos arquivados por até 5 anos, conforme o artigo 4º, § 2º, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005.

8.2. Envio de ofícios à SENARC para processamento centralizado de atividades de gestão de benefícios

Nesse caso, o gestor municipal, por meio de estratégia própria, identifica as famílias que terão modificados seus benefícios e encaminha um ofício, via correio, em papel timbrado, anexando, obrigatoriamente, o Formulário Padrão de Gestão de Benefícios – FPGB. Lembre-se que, se o município pode realizar a atividade de gestão de benefícios via SGB ou via aplicativo do

Page 62: Manual de Gestão de Benefícios

CadÚnico, nenhum documento deve ser enviado à SENARC. Mas continua sendo necessário o registro e o arquivamento local das razões que justificaram a atividade executada.

Os seguintes pontos devem ser observados na elaboração e no envio do ofício:• Os ofícios devem ser encaminhados para:

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDSSecretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARCEsplanada dos Ministérios, Bloco C - 4º andarCEP: 70046-900 – Brasília /DF

• O ofício deve ser feito em papel timbrado e assinado pelo prefeito ou pelo gestor formalmente designado;

• O FPGB deve ser anexado ao ofício, obrigatoriamente;• Deve-se incluir no ofício o endereço completo, o número do telefone e os dados de

uma pessoa de contato para dirimir eventuais dúvidas;

Uma vez recebido o ofício, a Senarc analisará o pedido, que deve enquadrar-se nas normas do Programa, e executará a atividade de gestão de benefícios requerida. A execução final do FPGB pela Senarc fica subordinada ao perfeito e completo preenchimento do ofício e do FPGB, sob pena de não-processamento das demandas. É importante saber que os ofícios são processados conforme a data de recebimento, respeitada a capacidade de processamento disponível.

No sítio do MDS, na página do Bolsa Família, clicando no link Gestão de Benefícios do pode ser consultada a situação de todos os ofícios encaminhados à SENARC, assim como as razões de não-processamento.

8.3. Principais auditorias realizadas pela SENARCA SENARC, com o objetivo de evitar que famílias recebam benefícios indevidamente, tem

feito auditorias nas folhas de pagamento do PBF e dos Programas Remanescentes, as quais resultaram em cancelamento ou bloqueio de benefícios. As mais importantes foram as seguintes:

• Multiplicidade de crianças 1 – verificaram-se casos em que havia inserção de uma ou mais crianças em mais de uma família, com bloqueio dos benefícios em janeiro de 2004. Consulte-se a Instrução Operacional nº 1, de 19 de maio de 2004;

• Responsáveis legais recebendo do Bolsa Família e de outros programas simultaneamente – Os bloqueios dos benefícios ocorreram em maio de 2004. Consulte-se a Instrução Operacional nº 1, de 19 de maio de 2004;

• Responsáveis legais recebendo do Bolsa Família com eventual multiplicidade de NIS - Os bloqueios aconteceram em dezembro de 2004 e em janeiro de 2005. Consulte-se a Instrução Operacional nº 4, de 14 de fevereiro de 2005;

• Multiplicidade de Crianças 2 – verificaram-se casos em que havia inserção de uma ou mais crianças em mais de uma família, com marcação das famílias na folha de pagamento com a condição Em averiguação em janeiro de 2005. Consulte-se a Instrução Operacional nº 4, de 14 de fevereiro de 2005;

• Multiplicidade intraprogramas e interprogramas – encontraram-se responsáveis legais com multiplicidade de pagamentos identificados pela existência de mais de um NIS para a mesma pessoa, e por presença de crianças em mais de uma família, com bloqueios no Bolsa Família e nos Programas Remanescentes, em maio de 2005. Consulte-se a Instrução Operacional nº 8, de 20 de junho de 2005;

Page 63: Manual de Gestão de Benefícios

• Auditoria de cadastro – Algumas situações de repercussão de alteração cadastral foram analisadas no 2º semestre de 2005, com base no cruzamento das informações do CadÚnico e das folhas de pagamento, para identificar aquelas situações que justifiquem o bloqueio de benefícios. Os benefícios das famílias com irregularidades detectadas por essa auditoria foram bloqueados em dezembro de 2005. Com a implantação definitiva da Rotina de Repercussão de Alteração Cadastral, alguns desses benefícios foram cancelados em janeiro de 2006, especialmente quando os bloqueios não levaram à correção no cadastro dessas famílias. Consulte-se a Instrução Operacional nº 11, de 22 de novembro de 2005.

Capítulo V – Pagamento do benefício

1. Calendário de Pagamento

O saque das parcelas de pagamento mensais do Programa Bolsa Família e dos Programas Remanescentes segue o Calendário de Pagamento do Programa Bolsa Família, regulamentado por meio da Portaria nº 532, de 3 de novembro de 2005. O calendário de 2008 pode ser visto no Quadro XXVI. A versão mais recente desse calendário está sempre disponível no Sistema de Gestão de Benefícios para download, no sítio eletrônico do MDS e, também, no portal eletrônico da CAIXA.

Quadro XXVI - Calendário de pagamento de benefícios – Ano 2008CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS- 2008

Mês do Benefício Cartão/NIS Terminado em:1 2 3 4 5 6 7 8 9 0

Janeiro 18/01 21/01 22/01 23/01 24/01 25/01 28/01 29/01 30/01 31/01Fevereiro 18/02 19/02 20/02 21/02 22/02 25/02 26/02 27/02 28/02 29/02Março 17/03 18/03 19/03 20/03 24/03 25/03 26/03 27/03 28/03 31/03Abril 16/04 17/04 18/04 22/04 23/04 24/04 25/04 28/04 29/04 30/04Maio 16/05 19/05 20/05 21/05 23/05 26/05 27/05 28/05 29/05 30/05Junho 17/06 18/06 19/06 20/06 23/06 24/06 25/06 26/06 27/06 30/06Julho 18/07 21/07 22/07 23/07 24/07 25/07 28/07 29/07 30/07 31/07Agosto 18/08 19/08 20/08 21/08 22/08 25/08 26/08 27/08 28/08 29/08Setembro 17/09 18/09 19/09 22/09 23/09 24/09 25/09 26/09 29/09 30/09Outubro 20/10 21/10 22/10 23/10 24/10 27/10 28/10 29/10 30/10 31/10Novembro 17/11 18/11 19/11 20/11 21/11 24/11 25/11 26/11 27/11 28/11Dezembro 16/12 17/12 18/12 19/12 22/12 23/12 24/12 26/12 29/12 30/12

Na consulta ao Quadro XXVI, conhece-se o dia a partir do qual a família poderá sacar seu benefício. Por exemplo, se o NIS do Responsável legal for 123.45678.23-1 (final 1), o pagamento da parcela do mês de junho de 2006 estará disponível a partir de 17 de junho. O responsável não conseguirá sacar o benefício do mês de junho antes desta data.

As parcelas de pagamento permanecem disponíveis para saque por 90 dias corridos, a contar do primeiro dia de pagamento. Depois desse prazo, o saque não pode ser mais efetuado, e os recursos retornam ao PBF.

Excepcionalmente, segundo acordado em termos de cooperação com os entes federados, as parcelas de pagamento são depositadas numa conta corrente simplificada de depósito à vista, situação em que o calendário de pagamentos e os prazos de saque podem ser diferenciados.

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2. Canais de pagamento2.1. Atribuições do agente operador

Em âmbito nacional, a Superintendência Nacional de Distribuição de Serviços ao Cidadão da CAIXA é a unidade administrativa responsável pela interlocução com o MDS quanto à logística de pagamentos e à operacionalização do PBF e dos Programas Remanescentes, sem prejuízo da necessária descentralização de atividades para a realização dos serviços pactuados em contrato.

Para cada município, há uma agência do agente operador incumbida da operação dos programas, e o respectivo gerente-geral, ou pessoa designada, deve realizar a interlocução institucional com a prefeitura. Esse gerente-geral, ou pessoa designada, está permanentemente informado e capacitado pelo agente operador a respeito dos assuntos pertinentes à execução do contrato da CAIXA com o Governo Federal.

2.2. Locais autorizados para o saque dos benefícios

Como agente operador, a CAIXA é encarregada de efetuar o pagamento das parcelas do PBF e dos Programas Remanescentes, na sede de todos os municípios.

O pagamento a famílias beneficiárias pode ser efetuado nos seguintes canais de pagamento da CAIXA, observadas as regras fixadas pelo Banco Central para sua criação e funcionamento:

• Agências ou postos de atendimento bancários - estabelecimentos oficiais da CAIXA;• Unidades lotéricas - estabelecimentos comerciais de realização de prognósticos,

credenciados e habilitados pela CAIXA;• Correspondentes bancários - estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços

bancários específicos, credenciados e habilitados pela CAIXA;• Terminais de auto-atendimento - equipamentos de automação bancária da CAIXA,

sob a responsabilidade de uma agência bancária.

A CAIXA deve manter disponível, no mínimo, um canal de pagamento em cada município. Nos municípios em que os canais de pagamento estejam indisponíveis ou subdimensionados no período do Calendário de Pagamentos, a CAIXA efetuará o pagamento dos benefícios.

Para ampliação dos canais de pagamento no Município, a CAIXA analisará aspectos legais pertinentes e a viabilidade operacional e econômica do empreendimento.

Anotam-se a seguir algumas irregularidades, eventualmente detectadas nos canais de pagamento a famílias beneficiárias, que deverão ser evitadas ou minimizadas pela CAIXA, sem prejuízo de outras ações julgadas cabíveis, no intuito de garantir a prestação adequada dos serviços contratados:

• Recusa do pagamento, sem motivo justificado;• Retenção de valores financeiros a título de cobrança de taxas pela realização de

serviço de qualquer espécie;• Vinculação do pagamento à aquisição de mercadorias ou produtos de qualquer

natureza;• Discriminação no pagamento, com a fixação de locais ou horários inadequados para

atendimento;• Inoperância de equipamentos ou terminais eletrônicos necessários ao pagamento;• Inexistência de dinheiro em montante suficiente para o pagamento;

Page 65: Manual de Gestão de Benefícios

• Conivência do canal de pagamento na realização de pagamentos sucessivos a uma única pessoa portadora de cartões de várias famílias beneficiárias;

• Apropriação indevida de cartões pelos canais de pagamento;• Descumprimento do Calendário de Pagamentos aprovado pelo MDS;• Inexistência de canais suficientes para o pagamento das famílias do Programa Bolsa

Família;• Duração elevada dos tempos de permanência das famílias nas filas de atendimento;• Outras irregularidades não previstas neste item.

Sem prejuízo das sanções administrativas, civis e penais cabíveis, a CAIXA ainda pode realizar apurações preliminares, auditoria, sindicância ou inquérito administrativo nos canais de pagamento, sempre que necessário.

Dentre outras medidas possíveis, o agente operador pode realizar a notificação dos correspondentes bancários ou unidades lotéricas para a restituição dos prejuízos causados. Por fim, a CAIXA pode até proceder ao cancelamento da concessão do serviço.

Em caso de indisponibilidade, subdimensionamento ou detecção das irregularidades citadas acima, o gestor municipal pode contatar formalmente a agência de relacionamento na CAIXA e demandar providências para a implantação de novos canais de pagamento ou a solução dos problemas encontrados, sem prejuízo de outras medidas cabíveis.

Além disso, o gestor municipal deve também informar à Senarc os problemas identificados, anexando o maior número possível de informações, conforme prescreve o inciso IX, do artigo 20, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005,. Com isso, a Senarc também pode solicitar à CAIXA a ampliação dos canais de pagamento existentes na localidade, ou a apuração e solução dos problemas encontrados.

3. Saque dos benefícios

O MDS faz mensalmente o repasse dos recursos financeiros necessários à CAIXA, para permitir o saque das parcelas de pagamento na rede credenciada. Com base em cada folha de pagamento, a CAIXA paga às famílias e disponibiliza mensalmente, nos comprovantes de pagamentos emitidos, informações sobre as parcelas de pagamento sacadas para cada beneficiário do PBF e dos demais programas.

Informação importante: Nunca deve haver intermediação local da prefeitura ou de qualquer outro órgão na entrega dos valores financeiros às famílias. O saque dos benefícios financeiros do PBF depende simplesmente da posse de um cartão magnético e de uma senha cadastrada pelo responsável legal pela família.

O saque deve ser efetuado preferencialmente com a utilização de cartão magnético, cuja senha esteja devidamente cadastrada.

Em caráter provisório, o saque pode ser realizado pelo portador de Declaração de Substituição de Responsável Legal, emitida pelo gestor municipal do PBF, acompanhada de identificação pessoal. A Declaração de Substituição de Responsável Legal, cujo modelo foi apresentado no item 7.2 do capítulo anterior, será aceita pela agência de vinculação da CAIXA com o município até o recebimento do respectivo cartão.

Page 66: Manual de Gestão de Benefícios

O saque dos benefícios financeiros de família beneficiária do PBF ou demais programas poderá ser realizado pelo respectivo responsável legal por uma das seguintes formas de retirada:

• Saque eletrônico, realizado pelo titular do cartão em quaisquer canais de pagamento, simplesmente com a digitação da respectiva senha eletrônica individual;

• Saque por guia de pagamento, realizado apenas nas agências bancárias do agente operador pelo portador da Declaração de Substituição de Responsável Legal, ou ainda por responsável legal devidamente identificado como titular das parcelas de pagamento disponibilizadas;

• Saque especial realizado por guia de pagamento segundo programação de pagamento das famílias de determinada localidade, com a entrega de numerário, mediante recibo, do responsável legal, e posterior baixa individual dos valores pagos nos sistemas de pagamento da CAIXA.

Os quadros XXVII E XXVIII apresentam o fluxograma de saque de benefícios e o mapa da rede de atendimento da CAIXA.

Quadro XXVII – Fluxograma de saque de benefício

CANAIS DE PAGAMENTO

Possui Cartão?

BENEFICIÁRIO

POSSUI CARTÃO

BENEFICIÁRIO

Consulta calendário ou

entra em contato com 0800 (MDS

ou CAIXA)

BENEFICIÁRIO

Passa Cartão e Digita Senha

BENEFICIÁRIO

Se dirige a Canal de Atendimento

BENEFICIÁRIO

Pagto. Liberado?

BENEFICIÁRIO

Procura Agência CAIXA

BENEFICIÁRIO

Benefício Sacado

BENEFICIÁRIO

É 1º Cartão?

BENEFICIÁRIO

Aguarda Entrega do Cartão

BENEFICIÁRIOGuia Emitida

AG. CAIXA

2ª Via Cartão Entregue

AG. CAIXA

SIM

SIM

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

Page 67: Manual de Gestão de Benefícios

Quadro XXVIII – Mapa da rede de atendimento do agente operador

3.1. Extratos de saque dos benefícios

Depois do saque do benefício, é gerado um extrato automaticamente, similar aos contidos no Quadro XXIX. Os extratos são intregeues ao beneficiário pelo funcionário do canal de pagamento. No Exemplo 1, estão exemplos de saque na cidade de Campinas por um beneficiário dos Programas Bolsa Escola e Auxílio-Gás. Já no Exemplo 2, o extrato de saque se refere a um pagamento do Programa Bolsa Família.

118134

158 170

52

1236

População AtendidaPopulação Não Atendida

Page 68: Manual de Gestão de Benefícios

Quadro XXIX – Exemplos de extratos de saque de pagamentos

Exemplo 1 Exemplo 2

Quando o beneficiário não consegue sacar o benefício, no rodapé do extrato bancário é exibida uma mensagem. De fato, há uma série de possíveis razões para que o pagamento não seja possível, que podem ser divididas em dois grupos:

*Benefícios em situação impeditiva para o saque – Um benefício está bloqueado, suspenso ou cancelado, sendo impossível ao beneficiário sacar as parcelas de pagamento sem que alguma atividade de gestão de benefícios seja previamente realizada;

*Falhas nos equipamentos de automação bancária – Podem decorrer de falhas de comunicação entre o canal de pagamento e a rede bancária da CAIXA, ou ainda de outros controles implementados pela CAIXA.

O Quadro XXX, a seguir, apresenta cada uma das mensagens que aparecem nos estratos emitidos nos canais de pagamento do agente operador, detalhando os seus respectivos motivos e as devidas orientações ao gestor municipal:

Page 69: Manual de Gestão de Benefícios

Quadro XXX – Relação de mensagens impressas nos comprovantes de pagamento não efetivados

Item Mensagem Motivo Orientação ao Gestor Municipal1 Erro - Tente

NovamenteMensagem impeditiva de pagamento em decorrência de falha na comunicação entre o terminal de pagamento e o sistema da CAIXA.

Orientar o beneficiário a aguardar a regularização do sistema.

2 Próximo Pagamento – Vide Calendário de Benefícios

Ocorre quando não existem parcelas disponíveis para saque. A última parcela disponibilizada para beneficiário já foi sacada e seu período de validade ainda não expirou. Acontece sempre que o beneficiário tenta sacar o benefício antes da data prevista no calendário de pagamento.

Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento.

3 NIS/PISINEXISTENTE

Pode ocorrer nas seguintes situações: 1º) Quando, por qualquer motivo, o benefício não for encontrado na base cadastral (sistema CAIXA); 2º) Quando o benefício não existe na base de pagamento de benefícios sociais da CAIXA, por nunca ter existido benefício concedido para essa família; 3º) Quando o NIS/beneficiário existe na base de pagamento do sistema CAIXA, porém não existe nenhum benefício/ parcela cadastrada.

1º)Entre em contato com a CAIXA para regularização da situação; 2º) Verifique no SGB a existência ou não de benefícios; 3º) Confira se o pagamento já foi efetuado; caso contrário, entre em contato com a CAIXA para regularizar a situação do beneficiário.

4 Fora Prazo de Pagamento

Ocorre quando não existem parcelas disponíveis para saque. A última parcela disponibilizada para beneficiário já foi sacada e seu período de validade já expirou. Possivelmente, não há nenhuma nova parcela de pagamento sendo depositada à família, porém o responsável legal, que já foi beneficiário de algum programa social, tentou agora realizar novo saque.

Verificar no SGB a existência ou não de benefícios.

5 Não é PIS/ Situação verificada quando o NIS existente na 1º) Entre em contato com a CAIXA para verificar situação do

Page 70: Manual de Gestão de Benefícios

PASEP/NIS tarja magnética do cartão estiver inválido/incorreto (falha sistêmica) ou quando a base do sistema de cadastramento da CAIXA não reconhece esse NIS dentro de uma faixa válida.

NIS (ativo, cancelado, convertido, etc.); 2º) verifique no SGB a existência ou não de benefício. Caso haja, demande a reativação do NIS junto à CAIXA, segundo outros procedimentos relativos à atualização cadastral que possam ser sugeridos pela CAIXA.

6 Base Fora do Ar Ocorre quando o Sistema da CAIXA encontra-se indisponível para pagamento no momento da tentativa de saque.

Orientar o beneficiário a aguardar a regularização do sistema.

7 Pagamento Bloqueado Situação verificada quando o benefício está bloqueado na base de pagamento do sistema CAIXA, por qualquer motivo. No comprovante é impresso também o motivo do bloqueio.

Verificar no SGB o motivo do bloqueio e providenciar a regularização ou o cancelamento do benefício.

8 Pagamento Cancelado Situação verificada quando o benefício está cancelado. No comprovante é impresso também o motivo do cancelamento.

Verificar no SGB o motivo do cancelamento e providenciar, se cabível, a regularização no CadÚnico e comandar uma reversão de cancelamento.

9 CNPJ de Vinculação Bloqueado

Esta mensagem pode ocorrer por dois motivo: 1º) Como conseqüência do bloqueio do município pelo MDS. 2º) Em alguns Municípios, a CAIXA efetua pagamento por meio da modalidade de saque especial. Como os pagamentos são feitos individualmente junto à população do município, por meio de Guia de Pagamento, o gerente da agência precisa comandar bloqueio do município e de todos os seus beneficiário Vinculados a partir da geração dos documentos de pagamento. Isto tem por objetivo inibir pagamentos on-line até a finalização dos pagamentos na localidade.

Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento acordado entre a CAIXA e a prefeitura.

10 Pagamento a ser liberado em___/___/___.

Ocorre quando existem parcelas disponíveis para saque. A parcela disponibilizada para beneficiário somente será paga quando iniciado seu período de validade. Acontece sempre que o beneficiário tenta sacar o benefício antes da

Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento.

Page 71: Manual de Gestão de Benefícios

data prevista no calendário de pagamento.

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4. Cartões magnéticos

4.1. Os cartões magnéticos para saque de benefícios

Uma das vantagens significativas do Programa Bolsa Família é os benefícios serem sacados diretamente pelas famílias, sem intermediários, com a simples utilização de um cartão magnético e senha. Outra vantagem é que um único cartão magnético possibilita o saque de benefícios de vários programas. Por exemplo, um cartão do Programa Bolsa Escola permite o saque de benefícios do Programa Auxílio-Gás ou mesmo do Programa Bolsa família.

Observação importante: O benefício da família não está no cartão, mas nas informações do Sistema de Gestão de Benefícios. Logo, o fato de se ter um cartão do PBF (ou outro qualquer) não significa que essa família ainda tenha direito a benefícios financeiros, uma vez que o beneficiário pode ter sido desligado do Programa e ainda estar com o cartão.

São vários os cartões magnéticos ainda utilizados, já que de início cada programa adotava seu próprio cartão magnético. Em 2002, procurou-se usar o cartão do cidadão – Governo Federal como o único cartão magnético dos programas de transferência de renda do Governo Federal. Depois da criação do Programa Bolsa Família, em que uma das finalidades é a unificação dos procedimentos de gestão dos Programas Remanescentes, O cartão do Programa Bolsa Família foi adotado como principal cartão magnético dos programas de transferência de renda do Governo Federal, e foi emitido inicialmente apenas para as famílias que entravam no Programa e ainda não disponham de nenhum cartão magnético. No início de 2006, a CAIXA realizou a substituição dos cartões do Programa Bolsa Escola, Programa Bolsa Alimentação e Cartão do Cidadão – Governo Federal, cujos beneficiários já haviam sido transferidos para o Programa Bolsa Família. Dessa forma, todas as famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família passam a dispor do cartão desse Programa. O Cartão do Cidadão – Governo Federal continua sendo emitido, se os benefícios não são do PBF ou dos Programas Remanescentes.

4.2. Emissão de cartões magnéticos

A emissão da 1ª via do cartão ocorre junto com a concessão do benefício. O titular do cartão magnético é sempre o responsável legal pela família, registrado no CadÚnico e nas folhas de pagamento dos programas.

Em caso de roubo ou extravio do cartão, o responsável legal deverá ligar imediatamente para o telefone 0800 574 0101 para bloquear o cartão. Também deverá solicitar, em qualquer agência bancária do agente operador, o cancelamento do respectivo cartão e a emissão de novo cartão. Não é necessária a apresentação de boletim de ocorrência policial ou de autorização prévia de terceiros.

Page 73: Manual de Gestão de Benefícios

4.3. Distribuição e entrega de cartões magnéticos

O cartão pode ser distribuído ao titular por meio de uma das seguintes maneiras:• Por Correio – Os cartões são distribuídos por Correio diretamente às

famílias, com base no endereço registrado no CadÚnico;• Em eventos programados – A CAIXA, mediante articulação com a

prefeitura para mobilização das famílias, encarrega-se de distribuir os cartões em local pré-determinado;

• Na rede CAIXA – Os cartões são distribuídos nas agências da CAIXA, com o comparecimento dos respectivos titulares.

A maneira de distribuir fica a cargo da CAIXA, consideradas as proposições do MDS em localidades específicas e as demandas locais apresentadas pelos gestores municipais.

Observação importante: Os cartões magnéticos não podem ser entregues à família pelo gestor municipal ou qualquer outra pessoa, mas apenas por funcionários da CAIXA ou do Correio.

Na distribuição de cartões pelo Correio, o carteiro tenta entregar, no endereço informado no CadÚnico, em até três tentativas de localização do titular. Encontrando o titular, a correspondência é entregue e é anotada a identificação de quem recebeu o cartão (AR-Aviso de Recebimento). A senha eletrônica individual do cartão só deve ser cadastrada em agências da CAIXA.

Se o titular não for encontrado, a correspondência é enviada para a agência da CAIXA cujo CEP é o mais próximo daquele do endereço da família. O titular do cartão poderá retirá-lo então nessa agência, onde poderá também cadastrar a sua senha eletrônica individual. A entrega do cartão fica caracterizada pelo cadastramento de uma senha eletrônica individual.

Na distribuição de cartões em eventos programados, a CAIXA poderá organizar encontros em grupo, visando agilizar a entrega de cartões no município, e manter o menor estoque possível de cartões em suas agências. Nesses eventos, em geral também pode ser cadastrada a senha eletrônica individual.

A CAIXA mantém monitoramento mensal dos estoques de cartões não entregues, e informa à Senarc sobre as providências adotadas para redução dos estoques.

Além disso, a lista dos cartões não entregues está mensalmente disponível ao gestor municipal para download no Sistema de Gestão de Benefícios. Com base nessa lista, o gestor municipal pode tentar localizar as famílias e encaminhá-las à agência da CAIXA para a retirada do cartão. Se as quantidades forem excessivas, o gestor municipal pode e deve demandar à CAIXA a distribuição em eventos programados.

Após o período de 180 dias contados a partir da emissão, os cartões não entregues serão cancelados, destruídos e reciclados.

As agências bancárias do agente operador podem reter ou ainda cancelar cartões nas seguintes hipóteses:

• Devolução voluntária do cartão por parte do respectivo titular;

Page 74: Manual de Gestão de Benefícios

• Determinação do órgão nacional do agente operador, responsável pela logística de operação do PBF, depois de autorizado pela Senarc;

• Apropriação indevida ou tentativa de utilização do cartão por pessoa diversa do titular.

4.4. Cadastramento de senha eletrônica individual

O cartão somente pode ser utilizado mediante assinatura digital, validada com o cadastramento de senha eletrônica individual. A senha é pessoal e intransferível. O cadastramento dessa senha somente pode ser feito pelo titular do cartão, com a apresentação de um documento de identificação pessoal, com fotografia.

O cadastramento de senhas é feito em terminal da CAIXA, nas agências, bem como em ambiente externo, para municípios desassistidos de agências, por meio de aplicativo específico para esse fim e necessariamente com a presença de funcionário da CAIXA.

As senhas eletrônicas podem ser recadastradas a qualquer tempo pelo titular do cartão. Em casos excepcionais, a Senarc pode determinar à CAIXA o recadastramento das senhas de uma localidade.

Na ocasião do cadastramento é preenchido e assinado pelo titular do cartão um termo de responsabilidade, que permanece arquivado pelo prazo mínimo de 10 anos, à disposição de técnicos de fiscalização ou auditoria, quando necessário.

As regras para cadastramento de senha são:• A senha é composta de seis dígitos numéricos;• A senha deve ser cadastrada pelo responsável legal;• Não será permitido o cadastramento da senha por procuração;• Não será permitido o cadastramento de senha formada:

Pela data de nascimento do titular do cartão; Por dígitos repetidos (ex.: 111111, 222222, 333333); Por seqüências (ex.: 123456,456789,987654);. Por seqüência cujos números reproduzam a ordem de números do

NIS (ex.: os seis primeiros dígitos, do 2º ao 7º dígito, do 3º ao 8º dígito, etc.).

5. Canais de atendimento

O esclarecimento de dúvidas pode ser realizado pelos telefones da CAIXA - 0800-573-0104 - pela equipe de atendimento do Cadastro Único do MDS - 0xx61 3433-1500, pela Central de Atendimento do MDS – 0800-707-2003 - ou pelo endereço eletrônico [email protected].

Toda a legislação do Cadastro Único, do Programa Bolsa Família e dos Programas Remanescentes pode ser obtida no sítio do MDS (http://www.mds.gov.br), acessando-se a página do Bolsa Família e clicando na opção Normas e Rotinas.

Page 75: Manual de Gestão de Benefícios

Capítulo VI – A organização da Gestão de Benefícios

1. Organização da Gestão de BenefíciosA gestão descentralizada, em conjunto com os entes federados, estabelecida no

artigo 8º, da Lei nº 10.836, de 2004, é um princípio básico do Programa Bolsa Família.Apesar de os benefícios do Programa serem repassados diretamente às famílias,

o Bolsa Família fundamenta-se na gestão compartilhada entre todos os entes federados. Cada esfera de governo tem atribuições e competências diferenciadas em relação ao PBF. Relativamente à Gestão de Benefícios, a Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, mais especificamente nos artigos 20 a 23, define as atribuições e responsabilidades de cada um desses entes.

1.1. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefício do PBF

1.1.1. Responsabilidade da UniãoO Governo Federal, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome, é o gestor do PBF em âmbito federal. A inclusão das famílias no Programa é operacionalizada pela SENARC, que realiza a concessão do benefício, segundo as regras apresentadas no capítulo I.

Compete à SENARC a elaboração das normas e regulamentos que formam o desenho normativo do PBF. As ações de capacitação dos agentes responsáveis pelas atividades de gestão de benefícios e dos membros das instâncias de controle social são planejadas e realizadas em regime de parceria entre as três esferas de governo.

Outra função primordial da SENARC é promover melhorias e fomentar a utilização do Sistema de Gestão de Benefícios por parte dos gestores municipais, coordenadores estaduais, membros das instâncias de controle social e integrantes da Rede Pública de Fiscalização do PBF, com vistas à eficiência, eficácia e transparência das ações. Dessa forma, o Sistema de Gestão de Benefícios propicia ao Governo Federal instrumentos de monitoramento e avaliação das ações dos demais participantes, assim como subsidia eventuais investigações de denúncias de irregularidades referentes à má gestão local do Programa.

A SENARC tem ainda como atribuição a promoção do intercâmbio das boas práticas entre os gestores municipais do PBF e a sua divulgação em âmbito nacional. Exemplo dessa medida é o Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família, lançado em março de 2006, para incentivar a adoção de estratégias inéditas na gestão dos programas sociais e ao mesmo tempo recompensar os gestores municipais e coordenadores estaduais com o devido reconhecimento.

A SENARC também realiza atividades de gestão de benefícios, conforme é ressaltado na seção 8 do capítulo IV.

Por fim, cabe ressaltar que os Ministérios da Saúde e da Educação também desempenham importantes papéis na gestão de benefícios, uma vez que o acompanhamento do cumprimento das condicionalidades tem efeitos diretos sobre os benefícios das famílias, conforme prescreve a Portaria GM/MDS nº 551, de 9 de novembro de 2005.

Page 76: Manual de Gestão de Benefícios

1.1.2. Responsabilidades dos EstadosA participação dos estados na gestão de benefícios está mais focada em seu

papel coordenador dos municípios que formam seu território. Os estados exercem a função de promotores do desenvolvimento das atribuições municipais, não apenas estimulando ações locais qualificadas, como também fornecendo o suporte e o apoio técnico necessário ao planejamento e ao desenvolvimento do Programa.

Para tanto, cabe aos coordenadores estaduais promover o credenciamento no SGB dos funcionários do Governo Estadual e dos membros da instância de controle social. Cabe também divulgar aos demais órgãos públicos estaduais e à sociedade civil organizada informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes, propiciando, assim, maior transparência às atividades de gestão de benefícios realizadas pelos municípios no seu estado.

Os coordenadores estaduais, em parceria com o MDS, têm a incumbência de realizar ações de capacitação dos agentes municipais e estaduais responsáveis pela gestão de benefícios. Em relação ao monitoramento da execução local do Programa, os coordenadores no âmbito estadual e as instâncias de controle social estaduais devem acompanhar a gestão de benefícios desenvolvida pelos municípios em seu estado, prioritariamente via SGB, além de informar à SENARC sobre eventuais irregularidades e/ou denúncias identificadas na prestação dos serviços de competência do agente operador ou de sua rede credenciada na localidade (correspondente bancário, agentes lotéricos, etc.).

1.1.3. Responsabilidades dos MunicípiosNo modelo de gestão descentralizada do PBF, os governos municipais são os

principais gestores do Programa junto às famílias. Os gestores municipais, como executores locais do PBF, podem identificar mudanças socioeconômicas das famílias e realizar as devidas atividades de gestão de benefícios, de forma centralizada ou descentralizada. O gestor municipal deve se manter atento também à mobilidade geográfica, característica presente nesses estratos da população, promovendo os ajustes que se fizerem necessários nos cadastros das famílias beneficiárias.

A portaria da gestão de benefícios também estabelece como atribuição da gestão municipal a verificação periódica da conformidade da situação das famílias beneficiárias do PBF e dos Programas Remanescentes aos critérios de elegibilidade, se necessário utilizando técnicas de amostragem estatística, de modo a adequar os benefícios financeiros à realidade das famílias.

Outra competência fundamental é o credenciamento no SGB dos funcionários da prefeitura e dos integrantes da instância de controle social municipal, conforme foi apresentado no capítulo III. Cabe ressaltar a importância da realização de capacitação dos usuários do Sistema, bem como da constante atualização da equipe credenciada, uma vez que o uso indevido do SGB é de responsabilidade do gestor municipal e pode afetar os benefícios financeiros das famílias.

As demandas de gestão de benefícios apresentadas pela instância de controle social municipal devem ser analisadas pela prefeitura. Salienta-se a relevância desse órgão como parceiro e monitor da gestão municipal na gestão de benefícios. São ainda atribuições da prefeitura o atendimento aos pleitos de informações e de esclarecimentos da Rede Pública de Fiscalização, bem com a divulgação ampla e permanente das informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes. Assim, fortalece-se a transparência da execução local desses programas.

Page 77: Manual de Gestão de Benefícios

Assim como no âmbito estadual, os gestores municipais e as instâncias de controle social devem manter a SENARC informada em casos de deficiências ou irregularidades na prestação dos serviços de competência do agente operador ou de sua rede credenciada.

Por fim, considerando-se o direito do responsável legal pela família de entrar com recurso contra a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de acordo com o artigo 18, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem como obrigação analisar e deliberar sobre o recurso apresentado no prazo máximo de 30 dias.

Page 78: Manual de Gestão de Benefícios

ANEXO

Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas Remanescentes e Cadastro Único

Leis e Decretos

Bolsa Família Lei nº 10.836, de 09/01/2004 Lei nº 11.692, de 10/06/2008 Decreto nº 5.209, de 17/09/2004 Decreto nº 5.749, de 11/04/2006 Decreto nº 6.157, de 16/06/2007 Decreto nº 6.392, de 12/03/2008 Decreto nº 6.491, de 26/06/2008

Bolsa Escola Lei nº 10.219, de 11/04/2001 Decreto nº 4.313, de 24/07/2002

Cartão Alimentação Lei nº 10.689, de 13/06/2003 Decreto nº 4.675, de 16/04/2003

Bolsa Alimentação MP nº 2.206-1, de 6/09/2001 Decreto nº 3.934, de 20/09/2001

Auxílio-Gás MP nº 18, de 28/12/2001 Decreto nº 4.102, de 24/01/2002

Cadastro Único Decreto nº 3.877, de 24/07/2001 Decreto 6.135 de 26/06/2007

Page 79: Manual de Gestão de Benefícios

Portarias Ministeriais

Portaria SENARC/MDS nº 1, de 3/9/04 – Regulamenta a atuação da fiscalização do PBF efetuada pelos técnicos do MDS

Portaria GM/MDS nº 660, de 11/11/04 – Autoriza os CMAS a atuarem temporariamente como instância de controle social do PBF

Portaria MEC/MDS nº 3.789, de 17/11/04 – Regulamenta a condicionalidade de educação do PBF

Portaria MS/MDS nº 2.509, de 18/11/04 – Regulamenta a condicionalidade de saúde do PBF

Portaria GM/MDS nº 737, de 15/12/04 – Regulamenta o benefício variável de caráter extraordinário do PBF

Portaria GM/MDS nº 246, de 20/5/05 – Regulamenta a adesão dos municípios ao PBF

Portarias GM/MDS nº 360, de 12/7/05, e nº 454, de 6/9/05 – Regulamentam a atualização cadastral com apoio financeiro do Governo Federal aos estados e municípios

Portaria GM/MDS nº 454, de 6/07/05 – Altera os artigos 6º, 7º e 8º, modifica o anexo I e cria os anexos II e III da Portaria MDS nº 360, de 12/07/05

Portaria GM/MDS nº 532, de 3/11/05 – Fixa o Calendário de Pagamento dos Benefícios Financeiros do PBF

Portaria GM/MDS nº 551, de 09/11/05 – Regulamenta a Gestão de Condicionalidades do PBF

Portaria GM/MDS nº 555, de 11/11/05 – Regulamenta a Gestão de Benefícios do PBF

Portaria GM/MDS nº 666, de 28/12/05 – Regulamenta a integração entre o PBF e o Peti.

Portaria GM/MDS nº 672, de 29/12/05 – Altera prazos fixados nas Portarias MDS nº246, de 20/05/05, GM/MDS nº 360, de 12/07/05, e GM/MDS n º 555, de 11/11/05, e estabelece critérios para remuneração do Cadastro Único das famílias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti.

Page 80: Manual de Gestão de Benefícios

Portaria GM/MDS nº 68, de 8/03/06 – Altera prazos nas Portarias GM/MDS nº 246, de 20/05/05, GM/MDS nº 360, de 12/07/05, e MDS nº 555, de 11/11/05.

Portaria GM/MDS nº 148, de 27/04/06 – Estabelece normas, critérios e procedimentos para o apoio à gestão do Programa Bolsa Família e do CadÚnico no âmbito dos municípios e cria o Índice de Gestão de Descentralizada do Programa.

Portaria GM/MDS nº 232, de 29/06/2006 - Altera prazo fixado na Portaria GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005

Portaria GM/MDS nº 256, de 18/07/2006 - Altera dispositivos da Portaria GM/MDS n° 148, de 27 de abril de 2006

Portaria GM/MDS nº 380, de 12/12/2006 - Altera prazo fixado na Portaria GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005

Portaria GM/MDS nº 40, de 25/01/2007 - Altera Portaria GM/MDS nº 148, de 27 de abril de 2006

Portaria GM/MDS nº 176, de 18/05/2007 - Altera a Portaria GM/MDS n° 532, de 3 de novembro de 2005

Portaria GM/MDS nº 287, de 07/08/2007 - Altera prazo fixado na Portaria GM/MDS nº 360, de 12 de julho de 2005

Portaria GM/MDS nº 416, de 14/11/2007 - Altera os arts 1º e 2º, caput e § 2º da Portaria GM/MDS nº 360, de 12 de julho de 2005

Portaria GM/MDS nº 66, de 04/03/2008 - Altera a Portaria GM/MDS nº 148, de 27 de abril de 2006

Portaria GM/MDS nº 76, de 07 de março de 2008 - Estabelece normas, critérios e procedimentos para a adesão dos estados ao Programa Família e ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e para o apoio à gestão estadual desses programas

Portaria GM/MDS nº 87, de 12/03/2008 - Autoriza a realização do Segundo Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família, aprova o seu edital e institui o Observatório de Boas Práticas de Gestão do Programa Bolsa Família

Portaria GM/MDS nº 220, de 25/06/2008 - Altera a Portaria GM/MDS nº 148, de 27 de abril de 2006

Page 81: Manual de Gestão de Benefícios

Instruções Normativas e Operacionais

Instrução Normativa nº 1, de 20/5/05 – Divulga regras para criação e funcionamento das instâncias de controle social do PBF

Instrução Operacional SENARCMDS nº 1, de 19/5/04 - Divulga procedimentos operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por multiplicidade cadastral

Instrução Operacional SENARC/MDS nº 4, de 14/02/2005 - Divulga procedimentos operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por multiplicidade cadastral

Instrução Operacional SENARCMDS nº 5, de 15/2/05 – Divulga procedimentos para importação da base CadÚnico nos municípios

Instrução Operacional SENARCMDS nº 7, de 20/5/05 – Divulga procedimentos sobre o teste de consistência do CadÚnico

Instrução Operacional SENARC/MDS nº 8, de 20/06/2005 - Divulga auditoria realizada sobre as folhas de pagamento dos programas de transferência de renda do Governo Federal, assim como orientação aos municípios para tratamento de casos de multiplicidade cadastral.

Instrução Operacional SENARCMDS nº 9, de 5/08/05 – Divulga procedimentos para adesão dos municípios ao PBF

Instrução Operacional SENARCMDS nº 10, de 31/08/05 - Marcação de cadastros ativos e inativos

Instrução Operacional SENARCMDS nº 11, de 22/11/05 – Auditoria na base do CadÚnico

Instrução Operacional SENARCMDS nº 12, de 03/02/06 – Repercussão de Alteração Cadastral

Instrução Operacional Conjunta SENARC/SNAS nº 1, de 14/03/06 – Divulga instruções sobre o cadastramento de famílias do Peti

Instrução Operacional SENARCMDS nº 13, de 20/04/06 – Divulga os critérios utilizados para o processamento do bloqueios dos benefícios dos Programas Remanescentes, com base no Cadbes, e orienta as prefeituras acerca da complementação dos dados

Instrução Operacional SENARC/MDS nº 14, de 10/08/2006 - Divulga auditoria realizada sobre o Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal e sua repercussão sobre os benefícios do Programa Bolsa Família

Page 82: Manual de Gestão de Benefícios

Instrução Operacional Conjunta SENARC/SNAS nº 01, de 14/03/2006 - Divulga aos municípios orientações sobre operacionalização da integração entre o Programa Bolsa família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, no que se refere à inserção, no Cadastro Único, das famílias beneficiárias do PETI e famílias com crianças/adolescentes em situação de trabalho

Instrução Operacional SENARCMDS nº 15, de 13/12/2006 - Divulga aos Estados e Municípios orientações sobre os procedimentos para credenciamento de usuários ao Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

Instrução Operacional SENARCMDS nº 16, de 11/01/2007 - Divulga procedimentos operacionais para a concessão do desconto da tarifa social de energia elétrica para unidades domiciliares com consumo médio mensal situado entre 80kWh e 220 kWh (ou o limite regional)

Instrução Operacional SENARCMDS nº 17, de 16/04/2007 - Divulga procedimentos operacionais para o Cadastramento de estudantes do ensino fundamental de 9 anos no Cadastro Único de Programas Sociais

Instrução Operacional SENARCMDS nº 18, de 15/05/2007 - Divulga auditoria realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego, e sua repercussão sobre os benefícios do Programa Bolsa Família

Instrução Operacional Conjunta SENARC-SNAS/MDS nº 02, de 31/07/2007 - Divulga procedimentos operacionais para o cadastramento de idosos com 60 anos ou mais, com renda individual mensal igual ou inferior a 2 salários mínimos e sem meios de comprovação de renda, para emissão da Carteira do Idoso

Instrução Operacional SENARCMDS nº 19, de 1º de agosto de 2007 - Divulga os procedimentos e as orientações para a correta utilização do arquivo denominado "Base CAIXA", disponibilizado aos municípios para importação pelo aplicativo off-line no caso de perda total ou parcial de sua base local

Instrução Operacional Conjunta SENARCMDS – SECAD/MEC nº 01, de 15/08/2007 - Divulga aos gestores municipais do Programa Bolsa Família procedimentos para encaminhamento dos inscritos no CadÚnico às ações de alfabetização do Programa Brasil Alfabetizado

Instrução Operacional SENARC/MDS nº 20, de 14/12/2007 - Divulga aos municípios orientações sobre o preenchimento das informações referentes aos novos campos constantes na versão 6.0.5 do Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do CadÚnico

Page 83: Manual de Gestão de Benefícios

Instrução Operacional SENARC/MDS nº 21, de 29/02/2008 - Divulga auditoria realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e sua repercussão sobre os benefícios do Programa Bolsa Família.