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MANUAL TÉCNICO HIDRÁULICA

Manual de Hidráulica Básica

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MANUAL TÉCNICO

HIDRÁULICA

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INFORMAÇÕES GERAIS

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Curso: Treinamento em Mecânica – Técnico Hidráulica SENAI-SP, 2009

Coordenação Marta Regina Pavelqueires (CFP – 6.02)

Elaboração e Diagramação Orlando Gomes Junior (CFP – 6.02)

Revisão Técnica Gislaine C. Cândido de Almeida (CFP – 6.02)

Colaboração Marco Antonio Gobesso (Santal Equipamentos Agrícolas S.A) Antonio Carlos Vasconcelos (Santal Equipamentos Agrícolas S.A) Edgar Daniel (Santal Equipamentos S.A) Éder Rogério Daniel (Santal Equipamentos S.A) SENAI RIBEIRÃO PRETO, TREINAMENTO EM MECÂNICA – TÉCNICO HIDRÁULICA, por Orlando Gomes Junior, rev, atua, Ribeirão Preto, 2009. SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial CFP – 6.02 Escola Engenheiro Octávio Marcondez Ferraz Setor de Treinamento Rua Capitão Salomão, 1813 – Jardim Mosteiro Ribeirão Preto – SP CEP 14085-430 Telefone (16) 3632-6900 FAX (16) 3632-6900 E-mail [email protected] Home Page www.sp.senai.br

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Sumário CONCEITOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA....................................................................................................8 COMPONENTES DO SISTEMA HIDRÁULICO...........................................................................................10 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO.................................................................................................................13 TUBULAÇÕES E CONEXÕES....................................................................................................................14 VEDAÇÕES..................................................................................................................................................16 FLUÍDOS HIDRÁULICOS........................................................................................................................... 17 BOMBAS E MOTORES HIDRÁULICOS..................................................................................................... 18 BOMBAS HIDRÁULICAS – CAVITAÇÃO E AERAÇÃO............................................................................. 19 ATUADORES HIDRÁULICOS – CILINDROS............................................................................................. 20 VÁLVULAS.................................................................................................................................................. 22 TABELA PARA FATORES DE CONVERSÃO.............................................................................................24 SIMBOLOGIA HIDRÁULICA........................................................................................................................25 CIRCUITOS HIDRÁULICOS........................................................................................................................32 MOTORES SAUER-DANFOSS...................................................................................................................39 INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO DOS MOTORES.......................................................................47 DESMONTAGEM E MONTAGEM DO CILINDRO HIDRÁULICO...............................................................49

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A SANTAL equipamentos é uma empresa brasileira que desenvolve tecnologia aplicada a

mecanização agrícola e fabrica colhedoras de cana desde 1960, data da sua fundação. Nessas cinco décadas de história, a SANTAL já produziu mais de 20.000 máquinas, sendo 665 colhedoras de cana e seus produtos estão presentes em 14 países. Parabéns você adiquiriu um produto com a tecnologia SANTAL. Temos a certeza que escolheu o que há de melhor em colheita mecanizada de cana de açúcar. A melhor garantia para quem precisa de um equipamento bem projetado para a colheita de cana de açúcar. A colhedora SANTAL TANDEM é sua aliada para manter seus lucros e sua produtividade em seu ponto mais alto. Para quaisquer outras informações, consulte-nos:

MATRIZ E FÁBRICA: Av: Dos Bandeirantes, 384 – Vila Virgínia CEP: 14030-680 – Cx. Postal 730 Ribeirão Preto – SP, BABX (16) 2101-6622 FAX/VENDAS (16) 2101-6622 FAX/DIRETORIA (16) 2101-6600 E-Mail: [email protected] Home Page: http://www.santal.com.br REPRESENTANTE SUL: CANAMAQ: Rua Comendador José Zilio, 341. CEP: 19800-000 – Cx. Postal 251 Assis – SP, PABX (18) 3322-8960 FAX (18) 3324-1120. E-Mail: [email protected] REPRESENTANTE NE: NORDESTE IMPLEMENTOS LTDA: Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcanti Q.15 – Tab. Martins – Maceió – AL. CEP: 57082-000 Tel.: (82) 3324-3041, FAX (82) 3324-3941. E-Mail: [email protected] REPRESENTANTE: NOROMAQ COM. DE MÁQ. LTDA: Rua Clibas de Almeida Prado – Pq. Industrial CEP: 16058-510 – Araçatuba – SP PABX (18) 3441-2300, FAX (18) 3441-2300 E-Mail: [email protected]

REPRESENTANTE: AM2 REPRES. LTDA Av. Independência, 3320 – sala 05 Cond. Salas Executivas – Alto da Boa Vista CEP: 14025-230 – Ribeirão Preto – SP PABX (16) 3620-2840, FAX (16) 3620-2319 E-Mail: [email protected]

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CONCEITOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA CONCEITO DE PRESSÃO A física nos ensina que pressão é a força distribuída por unidade de área, ou seja:

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de força é o Newton (N) e a unidade de área é o Metro Quadrado (m2). Então, no SI a unidade de pressão é o N/m2, que recebe o nome de Pascal (Pa). Porém na literatura industrial, ainda são utilizadas outras unidades de pressão, tais como: Atmosfera (atm), Torricelli (torr), Quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2), Milímetro de mercúrio (mm Hg), Bar, Libra força por polegada quadrada (lbf/pol2) também chamada de PSI (pound per square inch), etc. A fórmula de pressão nos informa que a pressão é inversamente proporcional a área, isto é, quanto menor a área de atuação da força, maior será a pressão. CONCEITO DE VAZÃO Vazão (Q) é o volume (V) de um fluído que passa na secção transversal de uma tubulação num certo intervalo de tempo (t). Matematicamente temos:

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a vazão é expressa em m3/s. Outras unidades de vazão são: L/min, L/s e cm3/s.

PRINCÍPIO DE PASCAL A palavra hidráulica provém do grego: Hydra significa Água e Aulos significa Cano. A hidráulica consiste no estudo e uso dos fluídos confinados. No século XVII, o ramo da hidráulica começou a ser utilizada. Baseava-se no princípio descoberto por Pascal e consistia no uso confinado para transmitir e multiplicar forças. Podemos resumir a Lei de Pascal em: A pressão exercida em qualquer ponto de um líquido estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais.

P = F

A

Q = V

t

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A pressão é transmitida em todos os sentidos de um fluído confinado. Durante a Revolução Industrial, um mecânico chamado Joseph Bramah veio a aperfeiçoar a descoberta de Pascal, aplicando o princípio da Força x Área. Este princípio é utilizado em um macaco hidráulico ou uma prensa hidráulica.

4-As forças são proporcionais às áreas dos pistões

1-Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido, o qual

é, praticamente, incompressível.

2-Se aplicarmos uma força de 10kgf numa rolha de 1cm2

de área...

3-...o resultado será uma força de 10kgf em cada

centímetro quadrado das paredes da garrafa.

4-Se o fundo da garrafa tiver uma área 20cm2 e cada

centímetro estiver sujeito a uma força de 10kgf,

teremos, como resultante, uma força de 200kgf aplicada

ao fundo da garrafa.

1-Uma força de 10kgf

aplicada em um pistão de

1cm2 de área...

2-...desenvolverá uma

pressão de 10kgf/cm2

(10atm) em todos os

sentidos dentro deste

recipiente...

3-...esta pressão suportará

um peso de 100kgf se

tivermos uma área de

10cm2

ENTRADA 10kgf = 100kgf SAÍDA

1cm2 10cm2

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O QUE É PRESSÃO? A pressão é resultado da resistência ao fluxo de óleo. A resistência ocorre em função de:

• Carga de um atuador (ex: cilindros e motores); • Restrição na tubulação ou mangueira.

COMPONENTES DO SISTEMA HIDRÁULICO Reservatório de Fluído Hidráulico: Reservatório é um depósito de fluído hidráulico a ser utilizado no sistema, além desta função primordial o reservatório possui outras funções, tais como: ajudar no resfriamento do fluído e na precipitação (decantação) das impurezas contidas no fluído hidráulico. É construído no chassi da própria máquina, possui um engate rápido para abastecimento do fluído hidráulico, tampa de inspeção e limpeza por ocasião da troca do fluído e dreno para esgotar o fluído hidráulico. Os acessórios que um reservatório deve ter:

• Visor de nível: controla os níveis mínimo e máximo; • Engate rápido para abastecimento: serve para fazer o abastecimento do reservatório.

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Visores de nível Engate rápido para abastecimento

Tanque Hidráulico Inferior

Tanque Hidráulico Superior

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Filtros: Filtros são dispositivos que tem a função de reter por meio de material poroso (elemento filtrante), as impurezas sólidas do fluído hidráulico, para evitar o desgaste prematuro dos componentes do sistema (bombas, válvulas, cilindros, etc).

Caixa de Filtros da Colhedora

Indicação das entradas do óleo Indicação das saídas do óleo

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Na figura acima, em destaque o Tanque Hidráulico Superior (1), Tanque Hidráulico Inferior (2) e a Caixa de Filtros (3).

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Manômetros: Com os manômetros, podemos indicar e medir as pressões do equipamento. Na foto abaixo temos um manômetro utilizado na Colhedora Tandem. Quando a pressão aumenta a agulha move-se no sentido horário, quando a pressão cessa a agulha volta a sua posição de repouso.

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Vacuômetro: O vacuômetro pode indicar se os filtros hidráulicos estão ou não em bom estado e dar alguns indícios sobre o que está errado. O vacuômetro pode ter escala numerada, zonas pintadas com cores diferentes ou combinações de números e cores. As unidades de depressão da máquina (vácuo parcial) são dadas em polegadas de mercúrio (in Hg). Quando temos na máquina mais do que 5” Hg (polegadas de mercúrio), temos um vácuo parcial muito grande na entrada das bombas, isso pode causar uma falta de alimentação e causar sobre aquecimento e também falta de lubrificação das bombas podendo causar fundição dos eixos e buchas das bombas.

TUBULAÇÕES E CONEXÕES Tubulações: As tubulações hidráulicas podem ser do tipo:

• TUBULAÇÕES RÍGIDAS: Feitas em tubos de aço;

• TUBULAÇÕES FLEXÍVEIS: Feitas com mangueiras e borracha com reforços.

Para a tubulação flexível (mangueiras), a correta instalação das mangueiras deve ser conforme as orientações do quadro abaixo, se a instalação for feita incorretamente as mangueiras poderão sofrer rompimento.

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1, 2, 3, 7, 8 e 9 – Maneiras incorretas de montagem de mangueiras;

4, 5, 6, 10, 11 e 12 – Maneiras corretas de montagem de mangueiras;

Conexões: As conexões para tubulações hidráulicas mais usuais são do tipo de anel de penetração. Estas conexões são bastante usadas devido as suas facilidades de instalação, manuseio e excelente vedação. São fabricadas para atender ligações entre tubos e estes com os componentes do sistema e estão disponíveis para reposição como: cotovelos, curvas, etc.

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VEDAÇÕES Vedações: As vedações são elementos destinados a não permitir vazamentos do fluído nos componentes hidráulicos.

• ESTÁTICAS: Vedam a passagem do fluído entre superfícies fixas. Ex. tampa de válvulas;

• DINÂMICAS: Vedam a passagem de fluído entre superfícies em movimento. Ex. cilindros.

Tipos:

• Anel “O” (“O” Ring): São anéis com a seção transversal circular. Os anéis “O” são empregados em vedações estáticas.

• Anel “Copo”: O anel tipo “Copo” é usado em muitos êmbolos de cilindros. Ele atua por pressão e a vedação é efetuada forçando-se o lábio do corpo contra a parede da camisa do cilindro.

• Retentor: Os retentores são usados em dinâmicas rotativas. Deve-se sempre considerar as características do projeto.

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FLUÍDOS HIDRÁULICOS

Fluídos Hidráulicos: As principais características de um fluído hidráulico são:

• Transmissão de energia; • Lubrificar peças móveis; • Vedar folgas; • Resfriar e dissipar calor.

E as características complementares: • Anti-espumante; • Anti-oxidante; • Anti-desgastante; • Detergente; • Viscosidade relativamente estável a variações de temperatura; • Longevidade com baixo custo de troca.

Tipos: Óleo Mineral: Para máquinas e equipamentos que trabalham em temperatura ambiente; São derivados de petróleo e aditivados para corresponder as características do equipamento. São utilizados na maioria das máquinas e equipamentos, pois trabalham em temperatura ambiente. Fluídos Resistentes ao Fogo ou Sintéticos: Para máquinas e equipamentos que trabalham a quente. São os fosfatos de ésteres e cloridratos de hidrocarbonetos, que devido as suas estruturas químicas oferecem resistência ao fogo. Ex. Siderúrgica.

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BOMBAS E MOTORES HIDRÁULICOS Bomba de Engrenagens: Ao girar as engrenagens, o óleo é arrastado da câmara de sucção, através dos vãos dos dentes, para o interior da câmara de pressão.

Bomba de Pistões: As bombas de pistões axiais trabalham, com os pistões paralelos, são acionados pelo eixo motriz. O giro do eixo motriz transmite o movimento de rotação ao bloco que, por sua vez, arrasta os pistões consigo provocando assim o movimento de vai e vem dos pistões. Desta maneira os cilindros são cheios na câmara de sucção e esvaziados na câmara de pressão. A placa inclinada possui um ponto de articulação e é mantida totalmente desinclinada pela ação das molas.

Motores Hidráulicos: A construção do motor hidráulico é semelhante à construção da bomba. A diferença é que a bomba empurra o fluído enquanto que o motor é empurrado por ele. O motor, a partir disso, desenvolve torque e movimento rotativo contíno por meio de engrenagens, rotores e pistões. O motor hidráulico transforma a energia hidráulica em energia mecânica de movimento rotativo desenvolvendo torque.

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BOMBAS HIDRÁULICAS – CAVITAÇÃO E AERAÇÃO Cavitação e Aeração são anormalidades que acontecem nas bombas hidráulicas devido a erros de concepção (projeto), montagem, manutenção e falta de limpeza no filtro de sucção. A cavitação e aeração danificam a bomba como veremos a seguir: Cavitação: Cavitação é a presença de espaços vazios (vácuo) no fluído devido à deficiência de alimentação da bomba. Como o fluído vaporiza no vácuo e submetido à pressão implodem provocando arranque de material das partes rodantes da bomba. As crateras formadas têm a superfície da cor do material. Causas prováveis:

• Fluído muito viscoso; • Rotação da bomba acima do permitido; • Diâmetro da tubulação de sucção insuficiente; • Filtro de sucção saturado. Sintomas: Aumento do nível de ruído como se fossem esferas estivessem soltas dentro da tubulação.

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Aeração: A aeração é a ingestão de ar pelo fluído hidráulico. Quando temos a presença de ar no fluído, a bomba será danificada por falta de refrigeração (falta de óleo) e o aquecimento provoca fusão nas partes rodantes da bomba. As crateras formadas têm a superície escura. Causas prováveis:

• Baixo nível do reservatório; • Conexão de sucção mal fixada (apertada); • Óleo hidráulico de má qualidade. Sintomas: Ruído semelhante ao de uma metralhadora quando o sistema está pressurizado e quando o sistema está despressurizado ouve-se o ruído somente do motor.

ATUADORES HIDRÁULICOS (Cilindros Hidráulicos) Atuadores Lineares: Os cilindros hidráulicos são formados por um tubo cilíndrico (camisa) e um êmbolo. Sua função é transformar energia de pressão do líquido em energia mecânica. Todas as formas de construção dos cilindros hidráulicos podem-se resumir em duas formas básicas:

• Cilindros de simples ação; • Cilindros de dupla ação.

Atuadores de Simples Ação: Neste tipo de construção o êmbolo é submetido à ação do fluído sob pressão apenas de um lado. Por isso, ele exerce força em apenas um sentido. Quando o êmbolo alcança seu final de curso, deverá retornar a sua posição inicial mediante força externa (peso da máquina, elevador, etc.) e o fluído deverá sair da câmara do cilindro.

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Atuadores de Dupla Ação: Neste tipo de construção, o êmbolo é submetido à ação do fluído hidráulico sob pressão de um lado ou de outro alternadamente. Na máquina são utilizados cilindros de dupla ação no flap, na direção, etc.

Atuadores de Dupla Ação com Amortecimento: Em cilindros que desenvolvem velocidades muito altas e com cargas muito pesadas (elevador), é necessário impedir o choque mecânico do êmbolo contra os cabeçotes nos fins de curso para não danificar o cilindro. Neste caso, os mesmos são dotados de amortecimento, isto é, no final do curso do êmbolo o fluído que está saindo livremente para o tanque é desviado a passar por uma válvula de estrangulamento e com isto haverá redução na vazão para o reservatório e redução da velocidade do cilindro. A baixa velocidade, o choque contra o cabeçote é menor. Uma válvula de retenção é incorporada para que na partida do cilindro o fluído hidráulico atue na área total do êmbolo, assim o cilindro terá toda a força.

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VÁLVULAS

Válvula de Retenção:

A válvula de retenção é usada nos circuitos hidráulicos para permitir a passagem do fluído num determinado sentido e fazer seu bloqueio no sentido oposto. No equipamento esta válvula é utilizada no cicuito da máquina principalmente nos motores dos extratores (primário e secundário), para evitar que os mesmos ao serem desligados fiquem girando sem a lubrificação correta.

Válvula Limitadora de Pressão Máxima (Válvula de Al ívio): A finalidade dessa válvula é limitar a pressão máxima de trabalho a um determinado valor ajustado. Com uma válvula limitadora de pressão protegemos a instalação contra pressões excessivas do fluído. Essa válvula abre-se quando se passa a pressão ajustada. É constituído de um corpo (1), um parafuso de ajuste (2), uma mola (3) e um cone ou esfera (4). A válvula permanece fechada até que a força (F) supere a força da mola (3). Se a pressão do fluído aumenta, a válvula abre-se e o fluído flui para a tubulação de retorno (T) até que a presão diminua e a força da mola feche a válvula novamente.

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Válvula de Sequencia: A válvula de sequencia é usada em sistemas para acionar os cilindros em uma determinada ordem e também manter uma pressão mínima pré-determinada na linha de saída. Essa operação serve, por exemplo, para o movimento da direção da máquina no qual um cilindro deve começar a atuar primeiro para que o outro também começe a girar, ou seja, se um cilindro começar a virar o outro deve ter uma contra pressão na saída para que este não esvazie rapidamente durante a operação.

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TABELA PARA FATORES DE CONVERSÃO

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REPRESENTAÇÃO BÁSICA – SIMBOLOGIA HIDRÁULICA

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CIRCUITOS HIDRÁULICOS 85A ROLO PICADOR

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85B DIREÇÃO

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85C ELEVADOR

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85D CILINDROS

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85E BOMBAS DE TRANSMISSÃO

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85F ROLOS, DIVISORES DE LINHA, CORTADORES LATERAIS, DESPONTADOR E MOTOR DO TROCADOR DE CALOR

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CIRCUITO HIDRÁULICO COMPLETO

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MOTORES SAUER-DANFOSS OMS200 – OMS250 – OMS315 – OMS400 – 10.000

Ferramentas: Dispositivo de Impacto.............................................................................................................DATM018 Dispositivo de Montagem do Retentor (Bucha)........................................................................DATM019 Dispositivo de Montagem do Retentor (Eixo)...........................................................................DATM020 Dispositivo de Giro do Eixo Motor OMS315.............................................................................DATM021 Soquete 5/8” encaixe 1/2" Cabo de força 1/2” Torquímetro até 150 Nm Chave estrela 1-1/2”

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Antes de remover o motor hidráulico para uma bancada, a máquina deverá estar limpa, ou seja, isenta de resíduos, também deverá estar devidamente calçada, aumentando a segurança. Caso a máquina ou local do componente a ser removido não estejam limpos, ocorrerá à entrada de “Contaminantes”, comprometendo a durabilidade do sistema hidráulico em geral. A proteção ao Meio Ambiente sempre deve ser respeitada, desta maneira, o técnico utilizará recipiente adequado para coleta de qualquer tipo de vazamento de óleo que essa operação de remoção poderá causar. O descarte deste óleo, também será em local correto. Vale lembrar que ao trabalhar com equipamentos hidráulicos, o laboratório, a bancada de trabalho e as ferramentas deverão estar livres de material contaminante (resíduos de terra, sujeira, etc). Para isso, após retirar o motor hidráulico da máquina, utilize tampas plásticas vedando a entrada e a saída de óleo e em seguida lave o motor externamente antes de desmontá-lo. Este processo, além de evitar a contaminação, auxilia o técnico em prováveis diagnósticos.

Sequencia de Desmontagem:

1º Passo: Identificação do motor.

2º Passo: Posicionar e fixar o motor em uma morsa.

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3º Passo: Utilizando um cabo de força, soltar os parafusos de fixação das carcaças.

4º Passo: Retire o corpo de entrada e saída de óleo.

5º Passo: Preparar para desmontar o corpo de entrada e saída de óleo.

6º Passo: Utilize um calço de madeira macia para desmontar o corpo de entrada e saída de óleo.

7º Passo: Impactar o conjunto para desmontá-lo.

Detalhe da Flange Distribuidora Móvel, Pino e Mola.

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8º Passo: Retire o Flange Distribuidor Móvel.

9º Passo: Retire a Luva Estriada Sincronizadora.

10º Passo: Retire o corpo intermediário-dreno.

11º Passo: Retire o Corpo Intermediário Gerotor e corpo de saída.

12º Passo: Retire o Eixo Acionador.

13º Passo: Retire o Corpo Intermediário.

14º Passo: Inverter a posição do conjunto na morsa e com o dispositivo de impacto, remova o conjunto/eixo do Flange.

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Detalhe da desmontagem do conjunto/eixo do Flange.

Sequencia da posição das peças do motor.

Sequencia de Montagem Proceder a limpeza de todas as peças a serem reutilizadas. O produto utilizado para limpeza (lavagem) das peças, deverá ser biodegradável, ou seja, a preocupação com o meio ambiente deve ser constante. Limpeza é fundamental em Hidráulica.

1º Passo: Preparar o Kit de vedação SANTAL.

Estas vedações deverão ser substituídas em todas as remanufaturas de motores hidráulicos.

2º Passo: Montar o retentor no Flange utilizando o dispositivo de montagem

3º Passo: Inverter a posição do Flange e com o dispositivo, montar o retentor guarda-pó.

Detalhe do dispositivo para montagem do eixo.

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4º Passo: Montar o dispositivo no eixo.

5º Passo: Fixe o Flange na morsa, encaixe o conjunto Eixo com dispositivo para não danificar o Retentor.

6º Passo: Com o dispositivo de impacto, montar o conjunto Eixo no Flange, verificando o encaixe correto.

7º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e sólida o anel de vedação, em seguida montar em seu alojamento.

8º Passo: Montar o Defletor no Bloco de dreno.

Detalhe da posição correta do Defletor.

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9º Passo: Montar Bloco de Dreno no conjunto Eixo/Flange.

10º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e sólida o anel de vedação, em seguida montar em seu alojamento.

11º Passo: Montar o eixo intermediário. Este eixo não possui posição específica de montagem.

Detalhe do eixo intermediário montado.

12º Passo: Montar bloco Gerotor, observando a posição do entalhado para cima e alinhamento do furo de dreno.

13º Passo: Montar 2 parafusos para ajustar o sincronismo com o auxílio da chave estrela 1-1/2”, conforme figura acima.

14º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e sólida o anel de vedação, em seguida montar em seu alojamento.

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15º Passo: Montar a Luva estriada sincronizadora, observando o corpo estriado maior voltado para cima.

16º Passo: Montar o Bloco Intermediário alinhando o furo de dreno.

Detalhe do alinhamento dos furos.

17º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e sólida o anel de vedação, em seguida montar em seu alojamento.

18º Passo: Montar o Flange Distribuidor Móvel, alinhando furação com defesagem anti-horária.

19º Passo: Montar as esferas nos respectivos alojamentos.

20º Passo: Montar os anéis de vedação no Flange Distribuidor Móvel, lubrificar com vaselina sólida e neutra.

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21º Passo: Montar a Mola do Flange Distribuidor no corpo de entrada/saída.

22º Passo: Montar o Flange Distribuidor Fixo alinhando com o pino elástico (cuidado ao enaixar a peça).

23º Passo: Montar o pino central, lubrificando com vaselina sólida.

24º Passo: Montar o corpo entrada/saída, observando o alinhamento entre as roscas e furo de dreno (na mesma face).

25º Passo: Montar os parafusos fechando o conjunto. Torque especificado: Duas etapas: 10 – 50 Nm (5 kgfm); 20 – 80 Nm (8 kgfm).

Detalhe do motor montado.

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INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO Caso exista a necessidade de inverter o sentido de rotação, proceder sincronizando

defasagem da flange distribuidora móvel, 150 Passo, com sentido horário, invertendo entrada de alimentação para o ponto “B”.

Dados complementares referentes a montagem do motor Sauer OMS315O processo de desmontagem e montagem dos motores SAUER-DANFOSS são similares,

porém, algumas informações complementares serão apresentadas a seguir.

Placa de identificação do motor OMS315

Observar o furo de dreno no lado oposto a rosca externa de dreno (ver bujão)

Observar entalhes para alinhamento e encaixe dos parafusos de fixação do Flange.

Detalhe do alinhamento do furo de dreno nas peças do motor.

Detalhe do sincronismo do conjunto Gerotor utilizando dispositivo para eixo motor

OMS315

Detalhe do alinhamento dos furos de dreno na posição de montagem.

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Detalhe da montagem do Flange Distribuidor Móvel com atraso anti-horário em relação a furação da flange espaçadora entre o conjunto gerotor e o corpo de entrada e saída.

Detalhe da montagem alinhando os furos de dreno.

Detalhe da montagem completa do motor OMS315. Observe o alinhamento dos furos do corpo de entrada/saída de óleo em relação as roscas de dreno externa. A rosca de dreno próximo a flange de fixação do motor não é utilizada.

Anotações:

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DESMONTAGEM E MONTAGEM DE CILINDROS HIDRÁULICOS

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Antes de remover o cilindro da máquina, o mesmo deve estar limpo e acioná-lo para abrir a haste favorecendo a desmontagem na bancada.

Antes de soltar as mangueiras, providenciar um recipiente adequado para coletar o óleo e descartá-lo em local apropriado. Este óleo não poderá ser despejado diretamente no solo.

Caso o cilindro esteja com sua haste fechada, o técnico deverá abrir a mesma antes de remover o guia da haste.

Sequencia de Desmontagem e Montagem

1º Passo: Posicionar o cilindro em um suporte seguro e adequado, em seguida, soltar os 4 parafusos de fixação do Guia da Haste.

2º Passo: Remover os parafusos/porcas. Utilizar um pino encaixando-o no olhal da haste e com o auxílio de um martelo macio aplicar golpes para deslocar a haste para fora do cilindro. 3º Passo: Remover a haste do cilindro. Utilizar recipiente apropriado para coletar o óleo que está no interior do cilindro.

Não deixe o óleo cair no piso deixando-o escorregadio, pois haverá risco de acidente.

Êmbolo e Guia da Haste.

4º Passo: Posicionar a Haste no suporte apropriado, soltar a porca de fixação do Êmbolo com ferramenta correta, ou seja, soquete e cabo de força.

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Haste fixada em suporte adequado sem o Êmbolo e Guia de Haste.

Guia da Haste.

Êmbolo.

NOTA: Ao remover o kit de vedação interno do Guia da Haste, devemos tomar o cuidado no manuseio de ferramentas cortantes ou pontiagudas, pois, do contrário haverá o risco de acidentes.

Kit de vedação do Êmbolo.

Kit de vedação interna do Guia da Haste.

Kit de vedação Guia da Haste/Cilindro.

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Anel “O” de vedação Haste/Êmbolo.

5º Passo: Substituir o Êmbolo caso apresente risco (conforme foto acima). Este risco é causado por contaminantes (sujeiras) que penetram no cilindro através do Anel Raspador.

7º Passo: Substituir o Guia da Haste caso apresente riscos profundos (conforme foto acima). 8º Passo: Montar o conjunto Guia da Haste e Êmbolo na Haste do cilindro. 9º Passo: Aplicar Trava Rosca 277 na porca de fixação do Êmbolo. 10º Passo: Torquear a porca.

Torque especificado: Aproximadamente 300 Nm (30 kgfm).

11º Passo: Remover a Haste do suporte na bancada e posicionar o Cilindro neste suporte.

12º Passo: Encaixar a Haste no Cilindro tomando o cuidado de não danificar o Anel de Compressão (branco). 13º Passo: Montar a placa de fechamento do Cilindro com o Guia da Haste.

6º Passo: Verificar o encaixe perfeito do Anel de Compressão em sua canaleta.

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