MANUAL DE NORMAS E ROTINAS TÉCNICAS

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MANUAL DE NORMAS E ROTINAS TCNICAS CENTRAL DISTRITAL DE MATERIAL ESTERILIZADO SMSA/PBH2

PREFEITO DE BELO HORIZONTE Clio de Castro SECRETRIO DA COORDENAO DE POLTICA SOCIAL Maurcio Borges Lemos SECRETRIO MUNICIPAL DE SADE Evilzio Teubner Ferreira COMISSO TCNICA DE ELABORAO E REVISO Enfermeiras da Secretaria Municipal de Sade: Elvira Pires Monteiro de Castro - CEO Gisele Lcia Nacur Vianna - SMSA Giza Marta Ricotta Nery - CENO Maria Aparecida Costa da Silva - CENO Maria Aparecida de Carvalho Ribeiro- CEO Maria Aparecida Mendes de Almeida Veloso - CEO Maria Aparecida Rios de Faria - CEL Mriam Ferreira Batista - CEVN Rosilene Imaculada Souza Palhares - CEN Telma Semirames de Castro Mendes - CEVN Vera de Ftima Roriz Lopes - CENE3

Ns nos transformamos naquilo que praticamos com freqncia. A perfeio, portanto, no um ato isolado. um hbito. (Aristteles)4

Lista de Siglas:. . . . . . . . . CDME = Central Distrital de Material Esterilizado CEL = Central de Esterilizao Leste CEN = Central de Esterilizao Norte CENE = Central de Esterilizao Nordeste CENO = Central de Esterilizao Noroeste CEO = Central de Esterilizao Oeste CEVN = Central de Esterilizao Venda Nova EPI = Equipamento de Proteo Individual SMSA = Secretaria Municipal de Sade

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SUMRIOLista de Siglas Introduo PARTE IRegimento Interno da Central Distrital Material Esterilizado

PARTE IIrea Fsica 1. Descrio rea Fsica 2. Consideraes Gerais

PARTE IIIOrientaes Bsicas e Rotinas de Trabalho da CDME: A) Orientaes Bsicas 1. Higiene Pessoal 2. Higienizao das Mos (figura 1) 3. Medidas de Proteo Anti-infecciosa: Precaues Padro 4. Procedimentos para Entrega e Recebimento de Material nas Unidades de Sade B) Rotina de Trabalho do Funcionrio da CDME: 1. rea de Expurgo 2. rea de Recepo de Material 3. rea de Preparo 4. rea de Esterilizao 5. rea de Guarda e Distribuio de Materiais

PARTE IVProcessamento de Artigos e Superfcies nas Unidades de Sade da SMSA. A) Conceitos B) Processamento de Artigos 1. Classificao 2. Passos de Processamento de Artigos 3. Desinfeco6

3.1. Meio Fsico 3.2. Meio Qumico 3.3. Nveis de Desinfeco (tabelas I e II) C) Processamento de Superfcies 1. Classificao 2. Transmisso Infeces 3. Passos do Processamento de Superfcies (figura 2) D) Produtos Qumicos Padronizados na SMSA

PARTE VRotinas Tcnicas das Centrais Distritais de Material Esterilizado A) Rotina Tcnica para Limpeza e Desinfeco de Artigos 1. Instrumental

2. Anel Medidor de Diafragma 3. Nebulizadores 4. Almotolias 5. Umidificadores de Oxignio 6. Cabos e Lminas de Laringoscpio 7. Amb 8. Luvas de Autoproteo 9. Avental de Autoproteo 10. culos de Acrlico 11. Tubos de Ltex B) Rotina Tcnica de Empacotamento (tcnica do envelope figura 3) C) Rotina Tcnica para Preparo de Material 1. Retirada de Ponto 2. Curativo 3. Gazinha 4. DIU 5. Ginecologia (kits) 6. Cuba Rim 7. Cuba Redonda para Assepsia 8. Tesoura 9. Sutura D) Rotina Tcnica do Teste Biolgico E) Rotina Tcnica para Teste Bowie & Dick F) Rotina Tcnica para Limpeza e/ou Desinfeco de Superfcie 1. Rotina de Trabalho do Funcionrio da Limpeza 2. Materiais e Produtos de Limpeza7

3. Varredura mida 4. Limpeza de Pisos 5. Limpeza de Janelas e Portas 6. Limpeza de do Mobilirio, Bancadas e Equipamentos 7. Limpeza de Tetos e Paredes 8. Limpeza de Banheiros 9. Limpeza de Ar-condicionado 10. Limpeza e Desinfeco de Bebedouro G) Resduos de Servios de Sade 1. Tipos de Resduos 2. Recolhimento do Lixo 3. Regras Bsicas de Acondicionamento

PARTE VIConsideraes Finais

Bibliografia Anexos1. Padronizao de Pacotes de Instrumentais, Bandejas e Pacotes Avulsos

2. Impressos Bsicos8

INTRODUOO processo de implantao das Centrais Distritais de Material Esterilizado vem sendo discutido na Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte desde o final da dcada de 80 pelos enfermeiros que sentiam a necessidade de ver incorporados os avanos tecnolgicos ocorridos nessa rea. Nesta poca criouse uma comisso com 01 (um) enfermeiro de cada Distrito Sanitrio, para escrever o primeiro projeto que viria a ser a criao das Centrais Distritais de Esterilizao. Em 90, teve incio a construo das Centrais de Venda Nova e Norte, em projeto que atendia apenas a demanda dos Centros de Sade at ento existentes. Em 92, com o avano do processo de descentralizao, ampliou-se o nmero de Unidades de Sade sob a gesto do municpio, inclusive com a absoro de 07 (sete) Unidades Secundrias e implementao das Unidades 24 horas. Nesse perodo optou-se por ampliar a rea das 03 (trs) Centrais dos PAMs, as quais passariam a ser Centrais Distritais de Material Esterilizado, que processariam todo o instrumental das Unidades de Sade sob a gesto do municpio. No final de 96, dos 09 (nove) Distritos Sanitrios, 06 (seis) j contavam com a CDME (Leste, Noroeste, Nordeste, Norte, Oeste, Venda Nova). As Centrais solicitaram a participao da SMSA/BH nesse processo, a fim de padronizar condutas e definir prioridades. Constituiu-se nova comisso que adotou como metodologia de trabalho a reviso do material elaborado pela SMSA em 89, padronizando normas e rotinas tcnicas, alm de discusso com os Distritos Sanitrios sobre o objetivo dessas Unidades e o seu papel dentro da organizao da assistncia. Atualmente, as 06 (seis) Centrais j em fase de funcionamento so fruto do trabalho de muitos profissionais que acreditaram na importncia de estruturar as aes de biossegurana dentro da Secretaria Municipal de Sade, que comea a se tornar uma realidade institucional. Nos Distritos Barreiro e Centro Sul, ainda no foram implantadas Centrais de Esterilizao, sendo que em algumas Unidade de Sade utiliza-se panelas de presso; no havendo validao do processo de esterilizao, controle dos instrumentais e de biossegurana. A CDME Venda Nova ampliou a rea fsica para assumir o servio de esterilizao de Distrito Sanitrio Pampulha.

A Comisso das Centrais de Esterilizao encaminhou um documento ao atual Secretrio Municipal de Sade, solicitando a criao de uma referncia tcnica no nvel central, possibilitando a conduo de atividades das Centrais Distritais de Esterilizao da SMSA.9

PARTE I Regimento Interno da Central Distrital de Material Esterilizado10

Regimento Interno da Central Distrital de Material EsterilizadoTTULO I DAS FINALIDADES E RESPONSABILIDADESCAPTULO I DOS OBJETIVOS: Art. 1 - Prover as Unidades Distritais de Sade de material esterilizado, em quantidade, qualidade e em condies adequadas para o uso, subsidiando, assim, uma assistncia segura e eficaz ao cliente. Art. 2 - Planejar, coordenar e desenvolver trabalhos cientficos. Art. 3 - Uniformizar junto s Unidades Distritais de Sade as Tcnicas previstas nas normas da SMSA. Art. 4 - Capacitar pessoal para o desenvolvimento de atividades especficas. Art. 5- Colaborar com as Unidades de Sade nas questes relacionadas a biossegurana. CAPTULO II DA POSIO Art. 6 - A Central Distrital de Material Esterilizado, uma Unidade de suporte para prestao de servio s Unidades de Sade, diretamente subordinada ao Distrito Sanitrio. CAPTULO III DAS RESPONSABILIDADES DAS UNIDADES DE SADE Art. 7 - As Unidades de Sade tm as seguintes responsabilidades quanto ao material: I - Proceder a limpeza e/ou desinfeco do material utilizado, conforme rotina tcnica padronizada pela SMSA.11

II Manter o material limpo que ser encaminhado a CDME, agrupado por espcie e protegido em caixa plstica, ou inox com tampa. III Observar o correto preenchimento do impresso de controle de material limpo encaminhado a CDME e assinar. IV - Receber e conferir o material estril enviado pela Central Distrital de Material Esterilizado, observando a anotao no impresso e assinar.

V - Controlar a cota interna de material fornecida pela CDME, responsabilizando por perdas e danos indevidos. VI - Zelar pela integridade e conservao do material. VII - Encaminhar a CDME a necessidade de diminuio e/ou aumento de cota e aquisio de material com a devida justificativa. VIII - Emitir parecer tcnico sobre a qualidade do instrumental em uso e encaminhar a CDME. CAPTULO IV DAS RESPONSABILIDADES DA CDME Art. 8 - As CDMEs tm as seguintes responsabilidades quanto ao material: I - Prover as Unidades Distritais de Sade de material esterilizado, em quantidade, qualidade e em condies adequadas para o uso; II - Solicitar a compra de instrumental ao Departamento Administrativo da SMSA/PBH; III - Auxiliar na padronizao dos materiais utilizados; IV - Participar do processo de compra, emitindo parecer tcnico quando da compra de instrumentais e materiais especficos da CDME; V - Emitir parecer tcnico sobre a qualidade dos instrumentais existentes;12

VI - Encaminhar material danificado para o setor administrativo financeiro do Distrito Sanitrio.

TTULO II DA COMPETNCIA E ORGANIZAOCAPTULO I DA COMPETNCIA POR REA FSICA DAS CDMEs Art. 9 - Central Distrital de Material Esterilizado compete diversas atividades nas reas de Expurgo, Preparo, Esterilizao, Guarda e Distribuio de Materiais. SEO I DA REA DE EXPURGO Art. 10 - rea de Expurgo compete: I - Receber o material encaminhado pelas Unidades de Sade Distritais; II - Conferir e anotar a quantidade e espcie do material recebido; III - Verificar o estado de limpeza do material e devolver o material que no estiver de acordo com a normatizao; IV - Proceder a limpeza do material conforme rotina tcnica, se necessrio; V - Verificar o estado de conservao do material; VI - Encaminhar para a gerncia o material danificado e solicitar reposio; VII - Encaminhar o material para a rea de Preparo. SEO II DA REA DE PREPARO13

Art. 11 - rea de Preparo de material compete: I - Revisar e selecionar os materiais, verificando suas condies de conservao e limpeza; II - Encaminhar gerncia o material danificado e solicitar reposio; III - Utilizar tcnica padronizada e funcional para os pacotes, a fim de facilitar o uso e favorecer a tcnica assptica; IV - Preparar, empacotar ou acondicionar o material a ser esterilizado; V - Encaminhar o material para a esterilizao devidamente identificado. SEO III DA REA DE ESTERILIZAO Art. 12 - rea de Esterilizao compete: I - Executar o processo de esterilizao na(s) autoclave(s), conforme instruo do fabricante; II - Observar os cuidados necessrios com o carregamento e descarregamento da(s) autoclave (s); III - Realizar teste Bowie & Dick nas autoclaves de alto vcuo; IV - Realizar teste biolgico dirio, de preferncia no 1 ciclo de esterilizao em autoclave e aps manuteno preventiva e corretiva; V - Manter, junto com o servio de manuteno, os equipamentos em bom estado de conservao e uso; VI - Comunicar gerncia qualquer falha nos equipamentos. SEO IV DA REA DE GUARDA E DISTRIBUIO DO MATERIAL14

Art. 13 - rea de Guarda e Distribuio do Material (Arsenal) compete: I - Estocar o material esterilizado; II - Proceder a distribuio do material s Unidades de Sade Distritais, acondicionado em saco plstico branco com o destino identificado na parte externa; III - Registrar a sada do material; CAPTULO II DA DISTRIBUIO E RECOLHIMENTO DO MATERIAL: Art. 14 - Ao funcionrio da CDME, responsvel pela distribuio e recolhimento do material, compete: I Acondicionar o de material esterilizado, para encaminh-los s Unidades Distritais de Sade; II - Entregar o material esterilizado nas Unidades de Sade, preenchendo o impresso prprio; III - Receber o material contaminado, acondicionado em caixa prpria, anotando no impresso prprio; IV - Entregar na rea de Expurgo/Recepo o material contaminado recebido das Unidades de Sade. Art. 15 - O transporte do material ser feito em veculo exclusivo, de

preferncia com carroceria fechada e subdividida em dois compartimentos, de forma a evitar o contato entre o material contaminado com o material esterilizado. A divisria dever ser de material resistente e lavvel e o revestimento interno de cores diferentes. CAPTULO III DA PREVISO E CONTROLE DE MATERIAL15

Art. 16 - Para o incio do trabalho na CDME, a cota de cada Unidade ser calculada com base no consumo dirio de material utilizado pelo Centro de Sade acrescida de 20% do total. Art. 17 - A reposio do material ser por sistema de troca, que consiste na devoluo do material, na mesma quantidade que foi entregue a CDME, ou outro mtodo levando em considerao a realidade de cada Distrito Sanitrio. Art. 18 - A alterao da cota s ser realizada mediante justificativa por escrito da Gerncia da Unidade de Sade. Art. 19 - As perdas de material so de responsabilidade da Unidade em questo. Art. 20 - A quantidade de material para a CDME ser: I - A somatria do consumo dirio dos Centros de Sade, multiplicada por 3, ficando assim uma poro para uso, uma sendo preparada e uma em estoque; II A somatria do consumo dirio (em 24 horas) de material utilizado pelas Unidades de Urgncia e Ateno Secundria (PAMs, Cirurgias e Hospital Dia), acrescida de 20% do total.

TTULO III DOS RECURSOS HUMANOSCAPTULO I DA CONSTITUIO16

Art. 21 - Os recursos humanos que constituem a Central Distrital de Material Esterilizado so: I Gerente Enfermeiro II - Enfermeiro III - Auxiliar de Enfermagem IV - Auxiliar de Servio V Motorista VI - Agente Administrativo Art. 22 - O clculo de recursos humanos para cada Central Distrital de Material Esterilizado ser baseado no nmero de Centros de Sade, Policlnicas Unidades de Urgncia e PAMs, alm do horrio de funcionamento desse servio. Art. 23 - De acordo com o nmero de Unidades de Sade de cada CDME, o quadro de pessoal poder ser constitudo por:

Distritos Sanitrios com at 10 Unidades de Sade Sem Unidade de Urgncia N DE PROFISSIONAIS CATEGORIA PROFISSIONAL CARGA HORRIA 01 GERENTE 08 HORAS 02 ENFERMEIRO 04 HORAS 05 AUXILIAR DE ENFERMAGEM 06 HORAS 02 AUXILIAR DE SERVIO 06 HORAS 01 MOTORISTA 08 HORAS 01 AGENTE ADMINISTRATIVO 06 HORAS Distrito Sanitrio com mais de 10 Unidades de Sade Sem Unidade de Urgncia N DE PROFISSIONAIS CATEGORIA PROFISSIONAL CARGA HORRIA 01 GERENTE 08 HORAS 02 ENFERMEIRO 04 HORAS 08 AUXILIAR DE ENFERMAGEM 06 HORAS 02 AUXILIAR DE SERVIO 06 HORAS 01 MOTORISTA 08 HORAS 01 AGENTE ADMINISTRATIVO 06 HORAS Distrito Sanitrio com Unidade de Urgncia, PAMs e/ou Hospital Dia N DE PROFISSIONAIS CATEGORIA PROFISSIONAL CARGA HORRIA 01 GERENTE 08 HORAS17

03 ENFERMEIRO 04 HORAS 15 AUXILIAR DE ENFERMAGEM Regime planto -12X60 02 AUXILIAR DE SERVIO 06 HORAS 01 MOTORISTA 08 HORAS 01 AGENTE ADMINISTRATIVO 06 HORAS

Art. 24 - Ao Gerente compete: I - Dirigir a Central Distrital de Material Esterilizado; II - Supervisionar e avaliar continuamente o servio; III - Planejar o funcionamento da Unidade; IV - Avaliar a produo de todos os pacotes, por rea da CDME; V - Analisar e calcular a quantidade do instrumental necessrio para as Unidades de Sade; VI - Conhecer e elaborar critrios para avaliao de materiais utilizados na CDME; VII - Participar emitindo parecer tcnico quando da compra de material e instrumental; VIII - Elaborar e implantar rotinas tcnicas do setor; IX - Requisitar material de consumo; X - Elaborar relatrio anual das atividades tcnicas e administrativas desenvolvidas na CDME; XI - Verificar o uso e estado de conservao dos aparelhos e equipamentos, solicitando consertos ou substituio quando necessrio; XII - Planejar, coordenar e desenvolver trabalhos cientficos; XIII - Planejar e implantar treinamento em servio; XIV - Elaborar escalas mensais de servio e de frias da equipe; XV - Avaliar o desempenho da equipe e de cada profissional;

XVI Orientar profissionais das Unidades de Sade no mbito do Distrito Sanitrio sobre limpeza, desinfeco e esterilizao de material; XVII - Participar de atividades afins. Art. 25 - Ao Enfermeiro compete: I - Elaborar a escala de tarefas dirias a serem desenvolvidas pelos funcionrios;18

II - Realizar e/ou supervisionar os testes biolgicos e Bowie & Dick; III - Fazer leitura, anotao e avaliao diria dos testes realizados nas autoclaves - Bowie & Dick e Biolgico; IV - Avaliar o funcionamento dos equipamentos do setor; V - Controlar o instrumental em circulao e em estoque: VI - Supervisionar a execuo das rotinas tcnicas; VII - Fazer previso e controle dirio do material a ser fornecido s Unidades de Sade; VIII - Participar do planejamento, elaborao, implantao e execuo dos trabalhos cientficos e rotinas tcnicas; IX - Participar e implantar treinamento para CDME ou Unidades de Sade quando se fizer necessrio; X - Emitir parecer tcnico sobre a qualidade do material; XI - Participar de atividades afins. Art. 26 - Ao Auxiliar de Enfermagem compete: I - Executar as etapas de processamento do material na CDME (recebimento, preparo, esterilizao, estocagem e distribuio); II - Anotar a produo do turno na folha de estatstica (impresso prprio); III - Comunicar ao enfermeiro do turno qualquer anormalidade com materiais e equipamentos; IV - Auxiliar na elaborao de rotinas tcnicas; V - Participar de treinamentos e cursos; VI - Participar da implantao de novas tcnicas; VII - Comunicar chefia imediata danos ou perda de material; VIII - Participar do transporte recebendo e fornecendo material para as Unidades de Sade; IX - Desempenhar tarefas afins.19

PARTE II REA FSICA1 - Descrio das reasA rea fsica das Centrais Distritais de Material Esterilizado, atualmente no segue um padro, por tratar-se de Unidades que j se encontravam em20

funcionamento e estarem sendo ampliadas ou reestruturadas. Porm, para a criao de novas Centrais, devem ser considerados os elementos mnimos abaixo descritos (dentro das normas tcnicas do Ministrio da Sade). 1.1 - rea de Administrao: Espao destinado administrao do servio, devendo ser localizado de forma a facilitar a superviso e a viso do conjunto da Unidade. rea mnima - 16 m2. Mobilirio . Arquivo de ao com 04 gavetas . Mesa tipo escrivaninha . Mesa p/ microcomputador . Mesa p/ impressora . Cadeira ergonmica Equipamento - Microcomputador e impressora 1.2 - rea para Almoxarifado: Local destinado guarda de material de consumo e pronto uso. rea mnima - 12 m2 Mobilirio - Armrios embutidos de madeira at o teto 1.3 - Vestirios: Local destinado guarda de pertences, higienizao e troca de roupa dos funcionrios. Acabamento - Pintura acrlica nas instalaes sanitrias Mobilirio - Armrio de ao (de acordo com nmero de funcionrios)21

1.4 - Copa : Local destinado ao lanche e refeio dos funcionrios Acabamento . Pintura acrlica . Pia com bancada em granito ou inox e armrio fechado Mobilirio . Fogo a gs . Filtro . Refrigerador compacto de 47 litros . Mesa e cadeiras em frmica 1.5 - Depsito de Material de Limpeza: Local destinado guarda e preparo do material de limpeza. rea Mnima - 4 m2 Acabamento . Tanque inox com esfregador - 02 bojos . Bancada . Armrio frmica com 02 portas Mobilirio . Varal sanfonado

. Suporte para vassouras 1.6 - Recepo e Expurgo : Local destinado a receber, conferir, completar ou executar a limpeza do material.22

rea Mnima - 16 m2 Acabamento: . Pia de 02 bojos profundos (contendo em um dos bojos, torneira com gua quente e uma adaptao para material tubular) . Bancada em granito sob guich da recepo . Bancada em granito com armrio de frmica fechado acompanhando a pia, exceto sob os bojos . 03 tomadas em cima da bancada. . Ar comprimido para secar material tubular Mobilirio/Equipamento . Cadeiras ergonmicas regulveis na altura das bancadas e/ou mesas, com apoio para os ps. . Mquina lavadora desinfectadora . Deionizador 1.7 - rea de Preparo: Local destinado a revisar, selecionar, preparar, acondicionar, identificar e datar o material a ser esterilizado. rea mnima - 25 m2 Acabamento . Bancada de granito com armrios fechados . 01 lavabo . 02 tomadas em cima da bancada Mobilirio/ Equipamento . Cadeira ergonmica regulvel . Cestos gradeados em ao inox . Carro prateleira . Armrio de frmica fechado. . Mesa grande de frmica 1.8 - rea de Esterilizao :23

Espao destinado esterilizao do material. rea Mnima: De acordo com o equipamento utilizado, obedecendo a distncia de 60 cm entre as autoclaves. Acabamento . Espao destinado para o posicionamento das autoclaves . Bancada de frmica Mobilirio/Equipamento . Autoclave gravitacional horizontal ou alto vcuo . Autoclave com duas portas- rede trifsica . Carro de transporte de rack

. Cestos gradeados em ao inox . Suporte para cestos . Relgio de parede 1.9 - rea de Esterilizao Qumica Lquida : Local destinado a ativar e utilizar solues qumicas para esterilizao de material. rea Mnima: 06 m2 Acabamento - Pia com 01 bojo com bancada em granito Mobilirio/ Equipamento - Exaustor 1.10 Guarda e Distribuio de Material (Arsenal) : Local que se destina guarda e distribuio do material esterilizado, para todas as Unidades do Distrito Sanitrio.24

rea Mnima: 12 m2 Acabamento - Armrios de frmica com visor nas portas (vidro temperado com bordas protegidas). Mobilirio/ Equipamento . Suporte para cestos . Cestos gradeados para material de pequena permanncia . Bancadas de frmica ou granito

2 - CONSIDERAES GERAIS:2.1 - A planta fsica da Central Distrital de Material Esterilizado, dever permitir fluxo contnuo, sem cruzamento de material contaminado, limpo e estril. 2.2 - O piso dever ser de material resistente, anti-derrapante, cor clara e de fcil limpeza. 2.3 - Nas reas de Preparo, Esterilizao e Arsenal, as janelas devero ser teladas. A ventilao das reas acima citadas ser feita por sistema de ar condicionado central e sistema de exausto. 2.4 - As paredes sero revestidas com pintura lavvel, acrlica, exceto na rea de administrao e almoxarifado. 2.5 - Nas paredes com pia, colocar azulejo ou granito de aproximadamente 60 cm de altura (roda-pia). 2.6 - As paredes entre o Expurgo, Preparo,Esterilizao e Arsenal devero ter altura de 1,00 m de alvenaria e o restante de vidro. 2.7 - A luz artificial dever ser fluorescente para facilitar o trabalho. 2.8 - O reservatrio de gua fria dever ter autonomia mnima de 02 dias. 2.9 A qualidade da gua dever seguir a norma ISO 1113425

2.10 Os filtros para autoclave a vapor mais indicados so os com capacidade de filtragem de 98% de partculas do tamanho de 0,1 mcron. 2.11 Dever ter um gerador de energia.26

PARTE III

Orientaes e Rotinas de Trabalho da CDMEA ORIENTAES BSICAS1 - ORIENTAES BSICAS DE HIGIENE PESSOAL27

Higiene pessoal: Devemos manter nossa higiene corporal, pois est diretamente ligada aparncia pessoal. Cuidados com o corpo: Atravs da execuo do servio de limpeza entramos em contato com microrganismos que ficam aderidos pele, unhas e cabelos. Somente o banho poder eliminar o suor, sujidades e os microrganismos e tornar nossa aparncia agradvel. Cuidados com os cabelos: Os cabelos devem estar limpos e, presos, se compridos. A touca, que consta do uniforme, dever cobrir todo o cabelo pois seu objetivo a proteo dos cabelos. Cuidado com as unhas: As unhas devem estar sempre aparadas para evitar que a sujidade fique depositada entre as unhas e a pele dos dedos. Devemos dar preferncia ao uso de esmaltes transparentes para visualizar a sujidade e podermos elimin-la. Devemos evitar a retirada de cutculas para mantermos nossa pele ntegra. Cuidados com o uniforme: Nosso trabalho requer esforo fsico, o suor inevitvel, portanto, o uniforme dever ser trocado todos os dias e todas as vezes que se fizer necessrio. Devemos observar no uniforme a limpeza com ausncia de manchas, odor e descostura. A roupa de trabalho dever ser lavada separadamente da roupa domstica. Cuidados com os sapatos: Devem ser fechados e impermeveis, para proteger nossos ps. Devemos lav-los e coloc-los para secar na posio vertical, ao trmino do servio, com isso evitaremos os odores e frieiras. 2- HIGIENIZAO DAS MOS 9 A lavagem das mos a medida mais simples e a mais importante na preveno e controle de infeco.28

9 O profissional de sade deve fazer desse procedimento um hbito. 9 o simples ato de lavar as mos com gua e sabo que propicia a remoo de bactrias transitrias e algumas residentes, como tambm clulas descamativas, plos, suor, sujidades e oleosidade da pele (regies palmoplantares e extremidades dos dedos).

9 A qualidade do procedimento depende do produto, tcnica, freqncia e durao. 9 Para eficcia na lavagem das mos imprescindvel a colocao de lavabo com acionamento de torneira dispensando o toque manual, sabonete lquido em refil e papel toalha branco. TCNICA DE LAVAGEM DAS MOS (FIGURA 1) 1) Retirar relgios, jias e anis das mos e braos (sob tais objetos acumulamse bactrias que no so removidas mesmo com a lavagem das mos); 2) Abrir a torneira com a mo dominante sem encostar na pia para no contaminar a roupa, quando na ausncia de dispensador de pedal; 3) Molhar as mos; 4) Colocar em torno de 3 a 5ml de sabo lquido nas mos; 5) Ensaboar as mos (proporcionar espuma), atravs de frico por aproximadamente 30 segundos em todas as faces (palma e dorso das mos), espaos interdigitais, articulaes, unhas e extremidades dos dedos; 6) Com as mos em nvel baixo, enxagua-las em gua corrente, sem encostlas na pia, retirando totalmente a espuma e os resduos de sabo; 7) Enxugar as mos com papel tolha descartvel; em caso de torneira sem dispensador de pedal, fechar a torneira com o mesmo papel toalha; 8) Desprezar o papel toalha na lixeira.

Observaes:Manter as unhas bem amparadas e, de preferncia, sem pintura excessiva. Usar papel toalha que possibilite o uso individual folha a folha. O uso coletivo de toalhas de tecido ou de rolo contra-indicado, pois permanecem umedecidas quando no so substitudas. A lavagem simples das mos pode ser completada com a frico de lcool a 70% com 1% de glicerina. A tcnica consiste na frico de 3 a 5ml do anti-sptico em todas as faces da mo por um perodo de 15 segundos. As mos devem ser secas espontaneamente e no por intermdio de papel-toalha. A eficcia do lcool glicerinado a 70% diminui se utilizado com as mos molhadas.29

Figura 1 Seqncia da lavagem das mos 3. MEDIDAS DE PROTEO ANTI-INFECCIOSA PRECAUES PADRO LAVE AS MOS OU USE SOLUES ANTISSPTICAS30

Antes e depois de cuidar do paciente. USE LUVAS Quando tocar em sangue e secrees corporais, mucosas ou leso de pele de

todos os pacientes. Quando puncionar uma veia perifrica. USE AVENTAL Quando houver risco de contaminao do uniforme com sangue e secrees corporais. USE MSCARA, TOUCA E PROTETOR DE OLHOS Quando houver risco de respingos de sangue e secrees na face. DESPREZE AGULHAS E INSTRUMENTOS CORTANTES Em recipientes rgidos. NUNCA REENCAPE AGULHAS. 4. PROCEDIMENTOS PARA ENTREGA E RECEBIMENTO DE MATERIAL NAS UNIDADES DE SADE I - Acondicionamento do Material previamente limpo 1 - Separar o instrumental referente a cada pacote por procedimento ou cor. (Ex: pinas do pacote de curativo); 2- Relacionar em impresso prprio todo o instrumental com as observaes necessrias (ex: pina quebrada, tesoura sem corte, etc); 3 - Acondicionar os instrumentais em recipiente rgido com tampa. 4 - Entregar o material para o auxiliar da CDME. II - Entrega do Material a ser encaminhada a CDME No horrio pr-estabelecido o funcionrio da Central Distrital de Material Esterilizado ir buscar o material previamente limpo, que dever ser fornecido pela auxiliar de enfermagem da Unidade de Sade. Este material ser relacionado em impresso prprio da Central de Esterilizao, que aps ser conferido dever ser assinado pelo funcionrio da Unidade e da Central de Esterilizao. Os funcionrios das Centrais so orientados a no receber instrumentais mal lavados e incompletos.31

III- Recebimento do Material Estril 1- Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado a 70% at secar; 2 - Receber o material estril devidamente acondicionado e conferir a relao do contedo (impresso); 3 - Conferir a quantidade de pacotes recebidos, registrar e assinar em impresso prprio; 4- Guardar em local limpo e seco, em armrio fechado, desinfetado previamente com lcool a 70%; 5 - Colocar sempre os pacotes com data de esterilizao mais antiga frente; 6 - Encaminhar os pacotes com esterilizao vencida ou com a integridade do invlucro comprometida para a CDME (observar data de validade no rtulo); 7 - Solicitar a orientao do enfermeiro da unidade de sade ou da CDME sempre que houver dvida. Observao:

O impresso da Central de Esterilizao um documento. Todo material estril recebido e previamente limpo encaminhado dever ser conferido e anotado no impresso da Central de Esterilizao, e assinado pelo funcionrio da Unidade e da Central de Esterilizao. A Unidade de Sade deve estabelecer uma forma de controle de sua cota, evitando extravios e mau uso dos instrumentais. Caso a Unidade de Sade necessite de material alm do recebido, eventualmente, poder ser solicitado atravs de memorando contendo justificativa e especificao do material, que ser encaminhada a CDME.32

B- ROTINA DE TRABALHO DO FUNCIONRIO DA CENTRAL DISTRITAL DE MATERIAL ESTERILIZADOROTINA DE TRABALHO PARA O FUNCIONRIO DA REA DE EXPURGO 1- Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado a 70% antes e aps as atividades; 2- Fazer desinfeco das bancadas com lcool a 70% a cada turno e quando necessrio; 3- Usar EPI (jaleco, touca, avental impermevel, mscara, luvas de procedimento e culos de acrlico ); 4- Receber todo o material contaminado conferindo rigorosamente. Observar: limpeza, integridade e se o mesmo est completo; anotar em impresso prprio as alteraes encontradas. 5- Efetuar a limpeza e / ou desinfeco do material conforme rotina do setor; 6- Encaminhar o material para a rea de Preparo; 7- Preparar solues e recipientes que sero usados para desinfeco de material; 8- Solicitar orientao do enfermeiro sempre que houver dvida no desenvolvimento das atividades. Observaes: Esta rotina aplicada nas Unidades Bsicas, Secundrias, Urgncias e Hospital Dia com assessoria das Centrais Distritais de Esterilizao. Os instrumentais so descontaminados nos Centros de Sade e recebidos limpos nas CDMEs.33

ROTINA DE TRABALHO PARA O FUNCIONRIO DA REA DE RECEPO DE MATERIAL

1- Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado antes e aps executar as atividades; 2- Fazer desinfeco com um pano umedecido em lcool a 70% das mesas e bancadas, no incio do planto e sempre que necessrio; 3- Receber e conferir os instrumentais de acordo com a cor e contedo de cada pacote, em horrios padronizados; 4- Usar EPI durante a conferncia dos instrumentais (avental, luvas de procedimento, touca). 5- Preencher o impresso de controle e recepo de material com letra legvel, constando as assinaturas do responsvel da Central e Unidade. 6- Avaliar rigorosamente a limpeza e a integridade dos materiais recebidos. O instrumental recebido sujo dever ser reprocessado pelo funcionrio escalado na Sala de Recepo; 7- Encaminhar o material para a rea de Preparo; 8- Manter a bancada livre e anotar no relatrio de instrumentais as pendncias (danificados, incompletos); 9- Encaminhar para o enfermeiro os instrumentais danificados para providencias devidas; 10- Manter os armrios em ordem; 11- Manter a rea limpa e organizada.34

ROTINA DE TRABALHO DO FUNCIONRIO DA REA DE PREPARO 1 - Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado a 70% antes e aps executar as atividades; 2 - Usar EPI (jaleco, touca e luvas de procedimento); 3- Realizar desinfeco das mesas, bancadas, estantes, e armrios com lcool a 70% antes de iniciar as atividades; 4 - Verificar a quantidade de material necessrio execuo das atividades e solicitar a reposio; 5 - Receber o material proveniente do Expurgo, selecion-lo de acordo com o pacote a ser feito, conferindo a limpeza e integridade; 6- Confeccionar os pacotes conforme a tcnica do envelope; 7- Identificar os pacotes colocando no rtulo: . Sigla da Unidade; . Nome do pacote de acordo com a padronizao; . Data da esterilizao (ser preenchido quando for esterilizado) . Nmero do lote (ser preenchido quando for esterilizado) . Validade (ser preenchido quando for esterilizado) . Assinatura legvel do funcionrio que preparou o pacote. 8- Anotar a produo no impresso de estatstica.

Observaes: 1-. Preencher a identificao antes de fixar no pacote; . Fixar o rtulo no pacote, em local visvel e plano, observando para que a fita teste no cubra a identificao. 2- O nmero do lote tem o objetivo de identificar em qual ciclo o material foi esterilizado, deve ser preenchido com o nmero da autoclave e o nmero do ciclo em que ser esterilizado o material.35

ROTINA DE TRABALHO PARA O FUNCIONRIO DA REA DE ESTERILIZAO 1- Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado a 70% antes e aps executar as atividades; 2 - Fazer limpeza das autoclaves com pano umedecido em gua; 3- Passar lcool a 70% em toda a superfcie dos mveis e bancadas; 4 - Usar EPI (jaleco, touca e luvas de amianto - quando necessrio); 5 - Controlar o funcionamento das autoclaves, registrando todos os parmetros de cada ciclo da esterilizao, verificando se o processo est dentro do padro estabelecido; 6- Complementar rtulo do material anotando a data da esterilizao, validade eo nmero do lote; 7 Montar a carga de acordo com as orientaes bsicas: Utilizar cestos de ao para acondicionar os pacotes; Observar o tamanho do pacote e adequ-lo ao tamanho do cesto; Colocar os pacotes na posio vertical, dentro dos cestos ou na rack; Evitar que o material encoste nas paredes da cmara; Deixar espao entre um pacote e outro para permitir a penetrao do vapor; Posicionar os pacotes pesados na parte inferior da rack; Colocar os materiais: bacias, vidros e cubas com a abertura voltada para baixo; Utilizar no mximo 85% da capacidade da autoclave. 8 Colocar nas autoclaves os pacotes com os testes biolgicos no primeiro ciclo diariamente; 9 Entreabrir a porta da autoclave ao final do ciclo de esterilizao e aguardar 15 minutos para retirar o material; 10 - Aps o esfriamento dos pacotes, encaminh-los ao Arsenal;

11 - Solicitar orientao do enfermeiro sempre que houver dvidas na execuo das atividades; 12 - Manter a rea limpa e organizada.36

ROTINA DE TRABALHO DO FUNCIONRIO DA REA DE GUARDA E DISTRIBUIO DE MATERIAIS 1 - Lavar as mos e friccionar lcool glicerinado a 70%, antes e aps a execuo das atividades; 2 Usar EPI (jaleco e touca); 3 - Realizar a desinfeco dos armrios, bancadas, das estantes e suportes livres, com pano umedecido em lcool a 70% diariamente e sempre que necessrio; 4 - Controlar a quantidade de material a ser distribudo conforme a demanda diria; 5- Conferir e fornecer o material embalado em saco plstico s unidades nos horrios padronizados; 6- Receber o material da rea de esterilizao e guard-lo aps o esfriamento, no local identificado; 7 - Observar em cada pacote recebido pela rea de esterilizao: . Modificao ocorrida na colorao da fita teste, para autoclave a vapor; . Preenchimento do rtulo; . Integridade do pacote. 8- Verificar diariamente se os pacotes estocados esto dentro do prazo de validade da esterilizao, colocando os pacotes com data de validade mais prxima do vencimento na frente; 9 - Solicitar a orientao do enfermeiro, sempre que houver dvidas no desenvolvimento das atividades; 10 - Manter a rea limpa e organizada.37

PARTE IV Processamento de Artigos e Superfcies nas Unidades de Sade da SMSA38

A CONCEITOS1 LIMPEZA o processo mecnico de remoo de sujidade, mediante o uso da gua,

sabo e detergente neutro ou detergente enzimtico para manter em estado de asseio os artigos e superfcies. A limpeza constitui, ainda o primeiro passo nos procedimentos tcnicos de desinfeco e esterilizao, considerando que a presena de matria orgnica protege os microrganismos do contato com agentes desinfetantes e esterilizantes. 2 DESCONTAMINAO o processo de eliminao total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfcies, tornando-os aptos para o manuseio seguro. (Novaes) 3 DESINFECO o processo fsico ou qumico de destruio de microrganismos, exceto os esporulados. A desinfeco realizada por meio fsico, atravs da gua quente (60 a 90oC) ou em ebulio e pelo meio qumico, atravs de produtos denominados de desinfetantes. 4 ESTERILIZAO o processo de destruio de todos os microrganismos, inclusive esporulados, a tal ponto que no seja mais possvel detect-los atravs de testes microbiolgicos padro. A probabilidade de sobrevida do microrganismo no item submetido ao processo de esterilizao menor que um em um milho (10/6). A esterilizao realizada pelo calor, germicidas qumicos, xido de etileno, radiao e outros. 5 ARTIGOS Compreende instrumentos, objetos de natureza diversa, utenslios (talheres, louas, comadres, papagaios e outros), acessrios de equipamentos e outros. 6 SUPERFCIES Compreende mobilirios, pisos, paredes, portas, tetos, janelas, equipamentos e demais instalaes.39

B PROCESSAMENTO DE ARTIGOS1- CLASSIFICAO ARTIGOS CRTICOS: Aqueles que penetram nos tecidos subepiteliais, no sistema vascular e em outros rgos isentos de flora microbiana prpria, bem como aqueles diretamente conectados com eles. Ex.: agulhas; roupas; instrumentos cirrgicos; solues injetveis todos requerem esterilizao ARTIGOS SEMI-CRTICOS: Aqueles que entram em contato com mucosas ntegras ou pele no ntegra. Ex: equipamentos de anestesia gasosa; endoscpios

requerem desinfeco de mdio ou alto nvel ou esterilizao ARTIGOS NO CRTICOS: Aqueles que entram em contato com pele ntegra. Ex: termmetro clnico; incubadoras; artigos de higiene requerem limpeza e/ou desinfeco de baixo ou mdio nvel Observaes: . Centralizao do processo custo, eficincia, operacionalizao e qualidade . Considerar todo artigo como contaminado . Manusear com equipamentos de proteo individual (EPI) ver as Precaues Padro. 2 PASSOS DO PROCESSAMENTO DE ARTIGOS a. Limpeza Frico mecnica (gua, sabo, escova, esponja, pano); Mquinas de limpeza com jatos de gua quente ou detergentes; Mquinas de ultra-som com detergentes/desincrostantes (detergentes enzimticos).40

b. Descontaminao Baseada na natureza do artigo e na disponibilidade de recursos; Frico com esponja, pano ou escova embebida em soluo desinfetante; Imerso em soluo desinfetante; Presso de jatos dgua quente (temperatura entre 60 a 90oC por 15 minutos). c. Enxge gua potvel e corrente. d. Secagem Pano limpo e seco; Estufa (regulada para este fim); Ar comprimido; Secadora de ar quente/frio. e. Armazenagem Armrio limpo, seco e fechado. 3 DESINFECO 3.1. Meio fsico gua em ebulio (desinfeco de alto nvel) Tempo: 30 minutos; Artigos termorresistentes; Ferver a gua durante 10 minutos sem a presena do artigo; Imergir o artigo quando a gua estiver em ebulio; Usar pinas desinfetadas para retirar os artigos; Usar luvas de amianto de cano longo. 3.2. Meio qumico (passos)

Imergir o artigo em soluo desinfetante (frico se no puder emergir); Usar EPI; Preencher o interior dos tubos e reentrncias; Observar tempo de exposio, de acordo com o fabricante; Manter os recipientes tampados; Observar a validade do produto; Enxaguar com gua potvel (mltiplos enxges);

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Secar e acondicionar. 3.3. Nveis de desinfeco Conforme Spaulding, os desinfetantes so classificados em 3 (trs) nveis de ao: alto, mdio e baixo, baseado na susceptibilidade dos microrganismos. Desinfeco de alto nvel: Procedimento eficaz contra todas as formas vegetativas, destruindo tambm uma parte dos esporos, quando utilizamos entre 10 e 30 minutos. Os desinfetantes de alto nvel em um tempo relativamente longo, 6 a 10 horas, so capazes de realizar esterilizao. Desinfeco de nvel intermedirio: Procedimento que destri os microrganismos na forma vegetativa incluindo o Mycobacterium tuberculosis, todos os fungos e a maioria dos vrus. Desinfeco de baixo nvel: Procedimento que destri a maioria das bactrias na forma vegetativa, exceto Mycobacterium tuberculosis, alguns fungos e alguns vrus. Os nveis de desinfeco descritos, podem ser melhor vistos nas tabelas a seguir:42 43

Tabela II Nveis de Ao dos Germicidas44

C PROCESSAMENTO DE SUPERFCIES 1 CLASSIFICAO DE SUPERFCIES SEGUNDO O RISCOPOTENCIAL DE TRANSMISSO DE INFECES REAS CRTICAS So aquelas com risco aumentado de transmisso de infeco e presena de pacientes com depresso da resistncia anti infecciosa e presena de matria orgnica (sangue, pus e outras). Ex: sala cirurgia, curativo, expurgo, laboratrio e outros. REAS SEMI-CRTICAS So todas as reas ocupadas por pacientes de: . Doenas no-infecciosas; . Doenas infecciosas de baixa transmissibilidade.

Ex: consultrios mdicos e de enfermagem. REAS NO CRTICAS So todas as reas das Unidades de Sade no ocupadas por pacientes, ou cujo acesso lhes seja vedado. Ex: copa, secretaria, etc. Observaes: As reas crticas e semi-crticas requerem limpeza e desinfeco dirias e as reas no crticas apenas limpeza. 2 TRANSMISSO DE INFECES Fatores inerentes ao prprio paciente; Agresses diagnstico-teraputicas; Ambiente e superfcies fixas (pisos, paredes, tetos, portas, janelas) no apresentam riscos significativos.45

3 PASSOS DO PROCESSAMENTO DE SUPERFCIE (FIGURA 2) 3.1. Desinfeco em local com respingos ou deposio de matria orgnica (sangue, secrees, excretas e exsudato). Passos: Utilizar luvas de autoproteo (ltex); Retirar o excesso da matria orgnica em papel absorvente; Desprezar o papel em saco de lixo; Aplicar o desinfetante e deixar o tempo necessrio 10 min; Remover o desinfetante com pano molhado; Proceder a limpeza com gua e sabo. 3.2. Descontaminao: Passos: Utilizar luvas de autoproteo (ltex); Aplicar o produto sobre a matria orgnica; Aguardar o tempo de ao 10 min; Remover o contedo descontaminado com papel absorvente; Desprezar o lixo; Proceder a limpeza usual com gua e sabo. NO FINAL DE CADA PROCESSO, LAVAR LUVAS, AVENTAL PLSTICO, PANO DE CHO, ESCOVAS E BALDES.46 47

D - PRODUTOS QUMICOS PADRONIZADOS NA SMSA. Desinfetante de alto-nvel: Glutaraldedo a 2% por 30 min. . Desinfetante de nvel intermedirio: lcool etlico a 70% - 03 aplicaes consecutivas com frico rigorosa e secagem natural. Indicado para desinfeco em metais, vidros e mrmores.

Hipoclorito de Sdio a 1% - imerso por 30 min em vasilhame opaco, comtampa e posterior enxge em gua potvel ou corrente (troca da soluo a cada 12hs). Indicado para desinfeco em plsticos, borrachas e acrlicos. . Soluo descontaminante: Detergente enzimtico: . Ao sobre matria orgnica, especialmente sobre as grandes estruturas, decompondo-as; . Ao instantnea: 2 a 3 minutos para desprender a matria orgnica. . Alta penetrao; . Atxico, no corrosivo, pH neutro, no inico; . Remoo com enxge rigoroso.48

PARTE V Rotinas Tcnicas das Centrais Distritais de Material Esterilizado49

A - ROTINA TCNICA PARA LIMPEZA E/OU DESINFECO DE ARTIGOSROTINA TCNICA DE LIMPEZA MANUAL DE INSTRUMENTAL a limpeza do instrumental aps a sua utilizao. 1- Separar o material: - EPI (avental impermevel, mscara, touca, culos, luvas de autoproteo) - Bacia, balde ou cuba de plstico de tamanho compatvel com a quantidade de material - Escova de cerdas duras e finas - Compressas ou panos limpos e macios - Soluo de gua e detergente neutro ou detergente enzimtico. 2- Usar EPI para iniciar a limpeza do instrumental; 3- Manipular o material cuidadosamente evitando batidas ou quedas; 4- Separar as pinas de pontas traumticas (Pozzi, Backhaus) e lavar separadamente, evitando acidentes; 5- Imergir o instrumental aberto na soluo de gua e detergente (conforme orientao do fabricante), para remoo dos resduos de matria orgnica; 6- Observar para que o instrumental mais pesado e maior fique sob os pequenos e leves; 7- Lavar o instrumental pea por pea, cuidadosamente com escova, realizando

movimentos no sentido das serrilhas. Dar ateno especial para as articulaes, serrilhas e cremalheiras; 8- Enxaguar rigorosamente o instrumental em gua corrente, abrindo e fechando as articulaes; 9 - Enxugar as peas com compressa ou pano macio e limpo, em toda a sua extenso, dando especial ateno para as articulaes, serrilhas e cremalheiras;50

10- Colocar o instrumental sobre um pano branco, e avaliar a limpeza feita, revisando-o cuidadosamente; 11- Separar o material por tipo de procedimento e encaminhar para rea de Preparo; 12 - Manter a rea limpa e organizada. Observaes: A utilizao de esponja de ao ou produtos abrasivos, danificam o material, sendo desaconselhvel o seu uso. Mensalmente revisar todo o material verificando seu estado de conservao e proceder a fervura com gua e detergente e/ou quando necessrio. Caso o servio disponha de destilador ou deionizador, poder utiliz-lo para fazer o ltimo enxge do instrumental.51

ROTINA TCNICA PARA LIMPEZA E DESINFECO DO ANEL MEDIDOR DE DIAFRAGMA 1- Separar o material necessrio: - EPI (avental impermevel, mscara, culos, touca e luvas de autoproteo); - Bacia ou balde plstico; - gua com soluo detergente; - Hipoclorito de sdio a 1% - Recipiente com tampa; - Compressas ou panos limpos e secos; - Esponja macia de limpeza. 2- Colocar o medidor de diafragma imerso no recipiente contendo gua e soluo detergente; 3- Esfregar o medidor com esponja macia em ambas as faces; 4- Enxaguar em gua corrente; 5- Secar as duas faces com pano limpo e seco; 6- Imergir em soluo de hipoclorito de sdio a 1% por 30 minutos; 7- Retirar da soluo, enxaguar abundantemente em gua corrente; 8- Secar as duas faces e guardar em recipiente limpo e com tampa.

Observao: Este material pode ser esterilizado em autoclave.52

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE NEBULIZADORES (MSCARAS, COPINHO, CACHIMBO E TUBO DE CONEXO) 1- Separar o material necessrio: - EPI (avental impermevel, mscara, touca, culos e luvas de autoproteo); - Soluo de gua e detergente; - Hipoclorito de sdio a 1%; - Recipiente com tampa; - Balde ou bacia plstica com tampa (opacos); - Compressas ou panos limpos e secos; - Seringa de 20ml. 2- Colocar o EPI; 3- Desconectar as peas, lavando cada uma cuidadosamente com gua e detergente; 4- Injetar a soluo de gua e detergente na luz do tubo com ajuda de uma seringa de 20ml; 5- Enxaguar o tubo com gua corrente, usando o mesmo processo anterior para parte interna; 6- Colocar para escorrer ou secar com ar comprimido; 7- Enxaguar as demais peas rigorosamente interna e externamente; 8- Deixar escorrer sobre um pano limpo, completar a secagem manualmente se necessrio; 9- Imergir todas as peas em soluo de hipoclorito a 1% por 30 minutos; no recipiente opaco e com tampa. 10- Retirar as peas da soluo com luvas de procedimento e/ou pina longa; 11- Enxaguar as peas rigorosamente em gua corrente; 12- Secar com pano limpo e seco; 13- Guardar as peas montadas em recipiente tampado; 14- Desprezar a soluo de hipoclorito, enxaguar e secar o recipiente; 15- Manter rea limpa e organizada.53

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE ALMOTOLIAS a limpeza e desinfeco realizada nas almotolias aps o trmino da soluo e/ou semanalmente. 1- Separar o material: - EPI (avental impermevel, touca, mscara, culos e luvas de autoproteo); - 01 esponja macia de limpeza; - 01 escova de mamadeira; - Soluo de gua e detergente;

- Panos limpos e secos; - Balde ou bacia com tampa; - Hipoclorito de sdio a 1%. 2- Esvaziar as almotolias, desprezando a soluo na pia; 3- Lavar externamente, incluindo a tampa, com soluo de gua e detergente usando a esponja de limpeza; 4- Usar o mesmo processo internamente utilizando a escova de mamadeira; 5- Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em gua corrente; 6- Colocar as almotolias e tampas para escorrer sobre o pano limpo e seco, at secarem completamente; 7- Imergir as almotolias em soluo de hipoclorito de sdio a 1% por 30 minutos; 8- Retirar o material da soluo de hipoclorito, enxaguar rigorosamente em gua corrente e deixar escorrer sobre pano limpo e seco; 9- Guardar em recipiente com tampa ou reabastecer para uso. Observaes: A quantidade de soluo colocada nas almotolias deve ser suficiente apenas para uso dirio ou semanal. Nunca reabastecer as almotolias sem limpeza e desinfeco prvia.54

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DOS UMIDIFICADORES DE OXIGNIO a limpeza e desinfeco realizada nos umidificadores de oxignio. 1- Separar o material: - EPI (avental impermevel, culos, mscara, touca e luvas de autoproteo); - 01 esponja macia de limpeza; - 01 escova de mamadeira; - Soluo de gua e detergente; - Panos limpos e secos; - Balde ou bacia; - Hipoclorito de sdio a 1%. 2- Esvaziar os umidificadores, desprezando a soluo na pia; 3- Lavar externamente, incluindo a tampa e tubo metlico, com soluo de gua e detergente usando a esponja de limpeza; 4- Usar o mesmo processo internamente utilizando a escova de mamadeira; 5- Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em gua corrente; 6- Colocar para escorrer sobre o pano limpo e seco, at secarem completamente; 7- Imergir em soluo de hipoclorito de sdio a 1% por 30 minutos (somente o

recipiente plstico); 8- Retirar o material da soluo de hipoclorito, enxaguar rigorosamente em gua corrente e deixar escorrer sobre pano limpo e seco; 9- Friccionar lcool a 70% por 3 vezes na parte metlica que acompanha o umidificador; 10-Guardar em recipiente limpo com tampa.55

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE CABOS E LMINAS DE LARINGOSCPIO a limpeza e desinfeco dos cabos e lminas de laringoscpio. 1 Separar o material: EPI (avental impermevel, culos, touca, mscara e luvas de autoproteo); Cabos e lminas de laringoscpio; Recipiente plstico; Soluo de gua e detergente neutro ou enzimtico; Panos limpos e secos; lcool a 70%; Esponja ou escova macia. 2 Imergir a lmina do laringoscpio na soluo de gua e detergente, lavando com a esponja (no deixar de molho); 3 Enxaguar abundantemente em gua corrente; 4 Secar a lmina com pano limpo; 5 Friccionar lcool a 70% na lmina conforme rotina; 6 Limpar o cabo do laringoscpio com pano umedecido em soluo de gua e detergente; 7 Remover a soluo detergente com pano umedecido em gua e secar; 8 Friccionar lcool a 70% no cabo conforme rotina; 9 Montar o laringoscpio testando o seu funcionamento; 10 Guardar o laringoscpio desmontado, sem pilhas, protegido em saco plstico ou recipiente com tampa.56

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE AMB a limpeza realizada no amb. 1- Separar o material - EPI (avental impermevel, culos, mscara, touca e luvas de auto proteo); - 01 esponja macia; - Soluo de gua e detergente neutro e detergente enzimtico; - Panos limpos e secos;

2- Desmontar o amb (retirar a mscara e conexes); 3- Limpar a bolsa ventilatria externamente com pano mido e sabo. Evitar penetrao de gua no interior da bolsa; 4- Lavar a mscara e conexes com gua e sabo; 5- Enxaguar em gua corrente e secar; 6- Imergir a mscara e conexes em soluo de hipoclorito a 1% por 30 minutos; 7- Retirar da soluo de hipoclorito e enxaguar em gua corrente; 8- Secar e guardar em recipiente tampado; Observao: A desinfeco com hipoclorito necessria somente em presena de matria orgnica.57

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE LUVAS DE AUTO PROTEO a limpeza e desinfeco das luvas de autoproteo aps o uso e/ou trmino do trabalho. 1- Separar o material: - EPI (avental impermevel, culos, mscara, touca e luvas de procedimento) - Luvas de autoproteo; - Soluo de gua e sabo detergente neutro; - Hipoclorito de sdio a 1%; - Bacia plstica; - Recipiente com tampa; - Esponja macia; - Pano limpo e seco. 2- Lavar com gua e detergente a parte externa das luvas antes de serem retiradas das mos; 3- Enxaguar com as mos enluvadas em gua corrente e secar com pano limpo; 4- Retirar as luvas pelo avesso (parte interna) e proceder a limpeza com pano umedecido em gua e detergente; 5- Remover o detergente com pano mido e secar as luvas; 6- Verificar presena de furos e desprez-las quando necessrio; 7- Imergir as luvas em soluo de hipoclorito a 1% por 30 minutos; 8- Retirar as luvas da soluo; 9- Enxaguar em gua corrente; 10 - Colocar para escorrer o excesso de gua; 11- Secar com pano limpo e seco; 12- Entalcar a parte interna; 13- Identificar os pares conforme o tamanho (P-M-G); 14- Guardar em local prprio, protegidas em saco plstico.58

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE AVENTAL DE AUTOPROTEO a limpeza e desinfeco do avental de autoproteo, aps o trmino do trabalho. 1 - Separar o material: - EPI (avental impermevel, touca, luvas, mscara e culos) - Capote ou avental impermevel; - Soluo detergente; - Pano limpo e seco; - lcool a 70%; - Esponja ou escova macia de limpeza 2 - Esfregar o avental por inteiro com esponja ou escova umedecida em soluo detergente; 3- Remover a soluo detergente do avental com pano mido; 4- Aps a secagem aplicar na superfcie externa e interna do avental lcool a 70%, com pano limpo, friccionando por 30 seg. at secar. Repetir o processo 03 vezes. 5- Guardar em local prprio; 6- Manter a rea limpa e organizada.59

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA E DESINFECO DE CULOS DE ACRLICO a limpeza e desinfeco dos culos de acrlico aps o uso e/ou trmino do trabalho. 1- Separar o material: - EPI (avental impermevel, mscara, touca e luvas de autoproteo); - culos de acrlico; - Soluo de gua e detergente; - Hipoclorito de sdio a 1%; -Esponja macia de limpeza; - Recipiente com tampa; - Bacia plstica ou balde; - 02 compressas ou panos limpos e secos. 2- Colocar os culos de acrlico dentro da bacia contendo a soluo detergente; 3- Esfregar os culos com uma esponja macia; 4- Enxaguar os culos em gua corrente; 5- Secar os culos com a compressa; 6- Imergir os culos na soluo de hipoclorito de sdio a 1%, tampar e deixar 30 minutos; 7- Usar luvas para retirar os culos da soluo de hipoclorito, enxaguar e secar com

compressa; 8- Desprezar a soluo de hipoclorito; 9- Guardar os culos em recipiente tampado; 10 - Manter a rea limpa e organizada.60

ROTINA TCNICA DE LIMPEZA DE TUBOS DE LTEX Consiste na limpeza dos tubos de silicone ou ltex aps o uso. 1- Separar o material necessrio: - EPI (avental impermevel, culos, mscara, luvas e touca); - Balde com soluo de gua e detergente; - 01 seringa de 20ml; - Esponja; 2 - Imergir o material na soluo de gua e detergente neutro ou enzimtico; 3- Colocar o balde prximo a pia; 4- Conectar uma das extremidades do tubo no bico da torneira; 5 - Segurar a outra extremidade do tubo em direo ao fundo do bojo da pia; 6 - Abrir a torneira, controlando a presso, deixando a gua passar por 1min.; 7- Passar a esponja umedecida com gua e detergente em toda superfcie externa do tubo; 8- Desconectar o tubo da torneira; 9- Injetar 20ml de detergente na luz do tubo; 10 - Elevar a extremidade do tubo permitindo que o detergente passe por toda sua extenso interna; 11 - Colocar o tubo na pia; 12 - Pegar o tubo por uma extremidade com as mos distanciadas 50 cm e pass-lo na torneira com movimentos firmes de cima para baixo (tipo ordenha), repetindo o processo at a outra extremidade; 13 - Repetir os procedimentos do n. 4,5 e 6; 14- Desconectar o tubo da torneira;61

15- Enxaguar a superfcie externa do tubo com gua corrente; 16- Secar externamente com pano limpo e internamente com ar comprimido e/ou deixar escorrer em local prprio; 17- Encaminhar para a desinfeco (soluo de hipoclorito de sdio a 1%). Observao: Recomenda-se que o tubo de ltex seja descartvel (uso nico). No existe eficcia no processo de esterilizao do ltex em autoclave, por no haver penetrao de vapor na luz do tubo.62

B - ROTINA TCNICA DE EMPACOTAMENTO

ROTINA TCNICA DE EMPACOTAMENTO DE MATERIAL TCNICA DO ENVELOPE 1- Separar o material necessrio: - Campo em tecido de algodo cru, papel crepado ou no tecido; - Material a ser empacotado; - Fita teste para autoclave a vapor. 2- Colocar o campo em posio diagonal sobre a bancada, colocando o material no centro do campo; 3- Pegar a ponta voltada para o operador e cobrir o material, fazendo uma dobra externa na ponta; 4- Pegar uma das laterais do campo e trazer sobre o objeto a ser empacotado, fazendo uma dobra externa na ponta; 5- Repetir o procedimento com a outra lateral; 6- Completar o pacote trazendo a ponta restante sobre o objeto, finalizando o envelope, fazendo uma prega na ponta; 7- Fechar o pacote com a fita teste para autoclave, envolvendo todo o pacote at ultrapassar 3 cm do encontro da fita.63

Figura 3 Tcnica do Envelope64

C- ROTINA TCNICA PARA PREPARO DE MATERIALROTINA TCNICA DO PREPARO DO PACOTE DE RETIRADA DE PONTO 1- Separar o material necessrio: - 01 pina anatmica com dente de rato - 01 pina hemosttica reta - 01 tesoura delicada reta ponta fina - campo duplo 35 x 35 cm de algodo ou papel crepado - rtulo de identificao preenchido - fita teste para autoclave - 07 gazinhas 7,5 x 7,5 cm 2- Conferir limpeza e integridade do material; 3- Abrir o campo duplo em posio diagonal sobre o balco; 4- Colocar no centro do campo 06 gazinhas, divididas em 02 grupos; 5- Proteger a ponta da tesoura semi-aberta com uma gazinha e coloc-la no centro do campo; 6- Colocar a pina hemosttica semi-aberta e a pina anatmica ao lado da tesoura; 7- Empacotar conforme a tcnica do envelope; 8- Fixar o rtulo com identificao; 9- Encaminhar o pacote rea de esterilizao.

10- Manter a rea limpa e organizada. ROTINA TCNICA DO PREPARO DO PACOTE DE CURATIVO65

1- Separar o material necessrio: - 01 pina hemosttica reta. - 01 pina anatmica serrilhada - 01 esptula de madeira - campo duplo, 35 x 35 cm de algodo ou papel crepado - rtulo de identificao preenchido - fita teste para autoclave - 06 gazinhas 7,5 x 7,5 cm 2- Conferir a limpeza e integridade do material. 3- Abrir o campo duplo em posio diagonal sobre o balco; 4- Colocar no centro do campo 06 gazinhas, divididas em 02 grupos; 5- Colocar as pinas semi-abertas; 6- Empacotar conforme tcnica do envelope; 7- Fixar o rtulo com a identificao; 8- Encaminhar o pacote rea de esterilizao; 9- Manter a rea limpa e organizada. ROTINA TCNICA DE PREPARO DO PACOTE DE GAZINHA66

1- Separar o material necessrio: - 06 a 10 gazinhas - papel crepado (25 x 25 cm) - fita teste para autoclave 2- Empacotar as gazinhas conforme a tcnica do envelope; 3- Identificar o pacote; 4- Encaminhar o pacote rea de esterilizao; 5- Manter a rea limpa e organizada. Observaes: Este pacote poder ser confeccionado no papel grau cirrgico. No recomendado o invlucro em papel Kraft no processo de esterilizao. ROTINA TCNICA DE PREPARO DO PACOTE DE DIU67

1- Separar o material necessrio: 01 campo duplo de algodo 50 x 50 cm ou no tecido 01 histermetro de Collins 01 pina de Pozzi 01 tesoura ponta romba 17 cm 05 gazinhas fita teste para autoclave 2- Conferir a limpeza e a integridade do material; 3- Abrir o campo duplo em posio horizontal;

4- Colocar as gazinhas e o instrumental no centro do campo, com as pontas voltadas para a esquerda, desconectando as peas do histermetro; 5- Proteger as pontas da tesoura e da pina Pozzi (semi-abertos) com gazinhas; 6- Envolver o material no campo conforme tcnica do envelope; 7- Fechar o pacote com fita teste para autoclave conforme rotina; 8- Fazer a identificao do pacote de acordo com a rotina; 9- Encaminhar o pacote para rea de esterilizao; 10- Manter a rea limpa e organizada.68

ROTINA TCNICA DE PREPARO DO PACOTE DE GINECOLOGIA 1- Separar o material necessrio: 01 campo duplo de algodo 50 x 50cm ou no tecido 01 espculo vaginal n 1, 2, 3 ou virgem (n 0) 01 pina de Cheron 03 gazinhas fita teste para autoclave 2- Conferir a limpeza e integridade do material; 3- Abrir o campo duplo em posio diagonal; 4- Colocar as gazinhas e o instrumental no centro do campo com as pontas voltadas para a esquerda, mantendo o instrumental semi-aberto; 5- Envolver o material no campo conforme a tcnica do envelope; 6- Fechar o pacote com fita teste para autoclave conforme rotina; 7- Fazer a identificao do pacote conforme rotina, colocando o nmero do espculo; 8- Encaminhar o pacote para rea de esterilizao; 9- Manter a rea limpa e organizada. ROTINA TCNICA DE PREPARO DO PACOTE DE CUBA RIM69

1- Separar o material necessrio: 01 cuba rim inox 01 campo duplo de algodo ou papel crepado de 75 x 75 cm fita teste para autoclave 2- Conferir a limpeza e a integridade do material; 3- Abrir o campo em posio diagonal sobre a mesa; 4- Colocar a cuba rim com a abertura voltada para baixo, no centro do campo; 5- Confeccionar o pacote, conforme a tcnica do envelope; 6- Fechar o pacote com a fita teste identificando-o conforme rotina; 7- Encaminhar o pacote rea de esterilizao; 8- Manter a rea limpa e organizada. ROTINA TCNICA DE PREPARO DE PACOTE DE CUBA REDONDA PARA

ASSEPSIA70

1- Separar o material necessrio: 01 cuba redonda Campo duplo de algodo ou papel crepado (35 x 35 cm) Fita teste para autoclave 2- Conferir a limpeza e integridade do material; 3- Abrir o campo em posio diagonal; 4- Colocar a cuba com a abertura voltada para baixo, no centro do campo; 5- Envolver o material no campo conforme a tcnica do envelope; 6- Fechar o pacote com a fita teste, de acordo com a rotina; 7- Identificar o pacote, de acordo com a rotina; 8- Encaminhar para a rea de esterilizao; 9- Manter a rea limpa e organizada.71

ROTINA TCNICA DE PREPARO DO PACOTE DE TESOURA 1- Separar o material necessrio: 01 tesoura 01 gazinha 01 campo duplo de algodo ou papel crepado (35 x 35 cm) fita teste para autoclave 2- Conferir a limpeza e a integridade do material; 3- Colocar o campo em posio diagonal sobre a mesa; 4- Colocar a tesoura semi-aberta, no centro do campo, protegendo as pontas com uma gazinha; 5- Confeccionar o pacote conforme a tcnica do envelope; 6- Fechar o pacote com a fita teste, identificando-o conforme rotina; 7- Encaminhar o pacote para a rea de esterilizao; 8- Manter a rea limpa e organizada. ROTINA TCNICA PARA O PREPARO DE PACOTE DE SUTURA72

1- Separar o material necessrio: 01 campo duplo de algodo externo ou papel crepado 75 x 75 cm 01 campo duplo interno de algodo ou papel crepado 75 x 75 cm 01 campo fenestrado 40 x 40 cm c/ dimetro de 10 cm 01 compressa 06 gazinhas 01 pina de Pean p/ assepsia 01 pina anatmica c/dente de rato 01 pina anatmica s/ dente de rato 01 pina hemosttica reta 14 cm 01 porta-agulha Hegar 14 cm 01 tesoura ponta fina 14 cm

2- Conferir limpeza e integridade do material; 3- Abrir o campo externo em diagonal sobre a mesa; 4- Colocar o campo interno sobre o campo externo em sentido horizontal; 5- Colocar o instrumental, exceto a pina de Pean no centro do campo interno, c/ as pontas voltadas para a esquerda, deixando as pinas semi-abertas, protegendo a ponta da tesoura com uma gazinha; 6- Colocar campo fenestrado dobrado sobre o material; 7- Colocar uma compressa dobrada sobre o campo fenestrado; 8- Colocar sobre a compressa 05 gazinhas e a pina de Pean semi-aberta sobre as gazinhas; 9- Fechar o pacote com fita teste para autoclave, conforme tcnica do envelope; 10- Identificar o pacote conforme rotina; 11- Encaminhar o pacote para rea de esterilizao; 12- Manter a rea limpa e organizada. Observao: Os pacotes cirrgicos (Pequena Cirurgia, Drenagem, Extrao de Unha e outros) so preparados conforme rotina tcnica acima, variando apenas os instrumentais utilizados nos procedimentos cirrgicos.73

D- ROTINA TCNICA PARA TESTE BIOLGICOROTINA TCNICA DO TESTE BIOLGICO 1 - Separar o material necessrio: 01 incubador biolgico 01 pacote grande (desafio para esterilizao) se possvel contendo tecido (roupa) com medida mxima de 30 x 30 x 50 cm 01 ampola de indicador biolgico 01 cesto de ao Impresso de controle de resultados Rack montada com pacotes a serem esterilizados Fita teste para autoclave 2- Identificar a ampola de indicador biolgico colocando: nmero da autoclave, nvel escolhido, nmero do ciclo e data; 3- Colocar a ampola de indicador biolgico no centro do pacote, entre os campos; 4 - Fechar o pacote, conforme a tcnica do envelope, identificando-o; 5 - Colocar o pacote teste dentro do cesto de ao; 6 - Posicionar o cesto com o pacote teste, no local escolhido da rack, entre os demais pacotes;

7 - Realizar o ciclo de esterilizao; 8 - Retirar o pacote aps o esfriamento; 9 - Abrir o pacote retirando a ampola de teste biolgico; 10 - Quebrar a ampola e coloc-la no incubador, juntamente com a ampola teste; 11- Proceder a 1 leitura a partir de 6 horas de incubao ou conforme orientao do fabricante;74

12- Fazer as leituras seguintes no intervalo mximo de 12 em 12 horas at completar 48 horas de incubao; 13- Retirar as ampolas do incubador e verificar o resultado final; 14 - Preencher o impresso de controle dos resultados; 15- Suspender a utilizao do material autoclavado durante o teste, caso ocorra mudana de colorao na ampola; 16- Repetir o teste utilizando novo pacote; 17- Solicitar avaliao tcnica da autoclave caso persista a alterao na colorao da ampola; 18 - Manter a rea limpa e organizada. Observaes: _ Recomenda-se a realizao do teste biolgico: 1) No 1 ciclo de autoclave, diariamente; 2) Aps a manuteno preventiva e corretiva da autoclave. Em algumas Centrais Distritais j se executa o teste biolgico com incubadora de leitura rpida (3 horas), seguindo as orientaes do fabricante.75

E- ROTINA TCNICA PARA TESTE BOWIE & DICKROTINA TCNICA DO TESTE BOWIE E DICK 1- Separar o material necessrio: 01 folha prpria para o teste Bowie & Dick ou 01 folha de papel Kraft de 25 x 25 cm fita teste para autoclave a vapor 01 pacote de campos cirrgicos, com medidas de 30x30x50 cm 01 cesto inox 2- Colar na folha de papel Kraft tiras de fita teste para autoclave a vapor em posio diagonal, uma ao lado da outra, em toda extenso do papel, deixando apenas um espao para identificao em um dos cantos da folha (folha de teste Bowie & Dick);

3- Identificar o teste colocando o nmero da autoclave, data, horrio de incio e trmino do ciclo, temperatura atingida e nome do funcionrio; 4- Colocar a folha de teste Bowie & Dick dentro do pacote de campos cirrgicos, ao centro, entre os campos; 5- Fechar o pacote conforme a tcnica do envelope, identificando-o com o nmero da autoclave; 6- Colocar o pacote no cesto inox; 7- Posicionar o cesto contendo o teste dentro da autoclave vazia, em cima do dreno; 8- Realizar um ciclo a 134 C por 3 minutos e meio, sem o processo de secagem; 9- Retirar o pacote aps o esfriamento; 10- Abrir o pacote e retirar a folha de teste Bowie & Dick; 11- Complementar os dados de identificao do teste; 12- Verificar se ocorreu colorao uniforme da fita teste para autoclave; 13- Solicitar avaliao tcnica da autoclave caso a fita no tenha corado, pois isto indica que no houve completa remoo do ar da cmara. Observao: Recomenda-se a realizao do teste Bowie e Dick diariamente no primeiro ciclo de esterilizao em autoclave fria, alto vcuo, com a cmara fria e vazia.76

F ROTINA TCNICA PARA LIMPEZA E/OU DESINFECO DE SUPERFCIE1 - ROTINA DE TRABALHO DO FUNCIONRIO DA LIMPEZA ORIENTAES GERAIS PARA O TRABALHO: 1- Lavar as mos com gua e sabo lquido ou sabo em barra e aplicar lcool glicerinado a 70% friccionando por 30 segundos: antes de iniciar as tarefas de limpeza; ao constatar sujidade; antes e aps uso de toalete; aps tossir, espirrar ou assoar o nariz; antes de se alimentar; aps trmino das atividades. 2- No comer ou fumar quando executar tarefas de limpeza; 3- Evitar o uso de bijouterias, jias e relgios durante a execuo do trabalho. 4- Usar uniforme durante o trabalho e o equipamento de proteo individual (EPI) de acordo com as circunstncias de risco. 5- Preparar previamente todo o material necessrio ao procedimento de limpeza e

desinfeco a ser executado. 6- Remover o lixo do recinto, as roupas sujas e o material usado para os locais devidos, antes de iniciar a limpeza. 7- No agitar peas de roupas, sacos de lixo, ou qualquer material contaminado, no espanar e no fazer varredura a seco nas reas internas da Central de Material Esterilizado e Unidades de Sade. 8 - Iniciar pelo mobilirio e/ ou paredes e terminar pelo piso. 9- Limpar com movimentos amplos, do lugar mais alto para o mais baixo e da parte mais distante para a mais prxima. 10-Comear a limpeza sempre do fundo dos recintos, salas e corredores e prosseguir em direo sada. 11 - Limpar primeiro uma metade do recinto e depois a outra metade, deixando espao livre para passagem de pessoas, remoo de equipamentos e mobilirios.77

2 - MATERIAIS E PRODUTOS DE LIMPEZA PANOS: . Pano de cho: Utilizado para varrer, lavar e secar pisos. Deve ser de tecido forte, branco, embanhado ou aurelado e de tamanho suficiente para envolver o rodo ou vassoura. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com hipoclorito de sdio a 1%, por 30 minutos; - Enxaguar - Colocar para secar. . Pano para limpeza: Tecido macio embanhado ou aurelado, usado para remover poeira; pode ser umedecido em gua, soluo desinfetante ou lcool a 70%. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com hipoclorito de sdio a 1%, por 30 minutos - Enxaguar; - Colocar para secar. VASSOURA DE FIO SINTTICO: - Usada juntamente com o pano de cho. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Colocar para secar pendurada pelo cabo. VASSOURA DE VASO SANITRIO: - Utilizada para limpeza da parte interna do vaso sanitrio.

Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com hipoclorito de sdio a 1% por 30 minutos; - Lavar novamente; - Colocar para secar pendurada pelo cabo. ESPONJAS: Esponjas de ao: - Usada para limpeza de superfcies com manchas ou resduos. descartvel.78

Esponja sinttica: - Usada na limpeza de superfcies que sofrem danos com esponjas de ao. ESCADAS: - Devem ser antiderrapantes com degraus emborrachados. Limpeza e conservao: - lavar com gua e sabo; - Secar com pano limpo. BALDES: - Devem ser de plstico rgido; geralmente so estabelecidas duas cores: uma para gua e outra para soluo detergente. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Colocar emborcados para secar. PS DE LIXO: - So de metal ou plstico com cabo longo de plstico ou madeira, usados para recolher pequenas pores de lixo e p. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Esfregar com esponja de ao; - Guardar pendurada pelo cabo. RODO: - Utilizado para a remoo de gua e limpeza de piso com pano. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com hipoclorito a 1% se necessrio; - Colocar para secar pendurado pelo cabo; ESPTULA DE AO: - De ao inoxidvel e cabo de madeira, usada para remover resduos aderidos s superfcies. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - esfregar com esponja sinttica; - secar com pano limpo.79

DESENTUPIDOR DE VASOS E PIAS: - constitudo de material emborrachado com cabo de madeira ou plstico. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com hipoclorito de sdio a 1% por 30min.; - Enxaguar; - Deixar secar pendurado pelo cabo. ESCOVA MANUAL DE FIOS SINTTICOS: - Usada para lavar superfcies com reentrncias. Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com soluo de hipoclorito de sdio 1% por 30min., sempre que necessrio; - Enxaguar. ARAME: - Utilizado para retirar detritos no ralo e pequenos entupimentos, desprezar em recipiente rgido aps o uso. LUVAS DE AUTO PROTEO: - Utilizada para contato com sangue ou lquidos corporais (material biolgico) Limpeza e conservao: - Lavar com gua e sabo; - Fazer desinfeco com soluo de hipoclorito a 1% por 30 minutos; - Enxaguar; - Secar; - Guardar em local prprio.80

3 - VARREDURA MIDA Visa remover a sujidade do cho, devendo ser feita com pano limpo umedecido em gua e sabo, a fim de evitar suspenso de partculas de poeira e disperso de microrganismos. EXECUO: 1- Reunir o material de limpeza: 2 baldes vassoura e rodo 2 panos limpos gua e detergente lquido p de lixo luvas botas touca 2- Colocar o EPI. 3- Preparar o ambiente para limpeza e reunir mobilirio leve para deixar a rea livre;

4- Encher os baldes at a metade, um com gua limpa e o outro com gua e detergente lquido. 5- Imergir o pano no balde com soluo detergente, retirar o excesso e enrolar na vassoura ou rodo. 6- Passar o pano no piso, sem retirar o pano do cho, iniciando do fundo da sala e se dirigindo para a porta, de forma que todas as reas do piso sejam limpas. 7- Recolher a sujidade e jogar no lixo. 8- Imergir outro pano no balde de gua limpa, torcer e enrolar na vassoura. 9- Retirar o sabo do piso, iniciando do fundo da sala e se dirigindo para a porta. 10- Secar o piso usando o pano bem torcido.81

11- Limpar os rodaps. 12 - Recolocar o mobilirio no local original. 13- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado. Observaes: Este procedimento deve ser realizado diariamente; Toda rea que permanece mida ou molhada tem mais condies de albergar e reproduzir germes gram negativos e fungos, as reas empoeiradas podem albergar germes gram positivos, micobactrias e outros. Conclui-se dessa forma que deve-se evitar excesso de gua na limpeza, secar muito bem o piso e abolir varredura seca nos Estabelecimentos de Sade.82

4 LIMPEZA DE PISOS Visa remover a sujidade mediante escovao. EXECUO: 1- Reunir o material para lavagem: 2 baldes vassoura e rodo panos limpos escova manual gua e detergente lquido luvas de autoproteo botas touca 2- Colocar EPI; 3- Preparar o ambiente para a limpeza: afastar os mveis da parede; reunir o mobilirio leve para desocupar a rea. 4- Encher a metade dos baldes, um com gua limpa e outro com gua e detergente lquido;

5- Colocar um pano seco na entrada da sala; 6- Imergir outro pano no balde com soluo detergente e, sem retirar o excesso, enrolar na vassoura ou rodo; 7- Passar o pano no piso, molhando toda a rea a ser escovada; 8- Esfregar a vassoura no piso, comeando dos cantos em direo porta; 9- Retirar a gua suja, com rodo, at o ralo de escoamento; 10- Repetir toda operao at que a rea fique limpa;83

11- Limpar os rodaps com escova manual, se necessrio; 12- Enxaguar o piso at retirar todo o sabo, utilizando o pano embebido em gua limpa e enrolando no rodo ou vassoura; 13- Secar o piso, utilizando um pano limpo enrolado na vassoura ou rodo; 14- Recolocar o mobilirio no local original; 15 - Limpar o material de trabalho e guardar no local apropriado; Observao: Este procedimento deve ser realizado quinzenalmente.84

5 - LIMPEZA DE JANELAS E PORTAS Consiste em retirar a poeira e manchas das janelas e portas de madeira, vidro ou metal. EXECUO: 1- Reunir o material necessrio: escada 2 baldes gua detergente lquido esponja de ao fina panos de limpeza esptula panos de cho cinto de segurana touca botas luvas de autoproteo 2- Colocar o EPI; 3- Preparar o ambiente para a operao; afastar os mveis e os equipamentos das janelas e portas; 4- Forrar o piso com pano de cho, colocando-o debaixo da janela ou porta; 5- Encher metade de dois baldes, um com gua e outro com gua e detergente lquido; 6- Imergir o pano no balde com gua limpa e torcer;

7- Remover a poeira passando o pano de cima para baixo e da esquerda para a direita; 8- Imergir o outro pano no balde com soluo detergente; retirar o excesso e passar no vidro, moldura da janela ou porta, soleira da janela e maanetas; 9- Imergir o outro pano de limpeza no balde com gua limpa;85

10- Passar o pano em toda a extenso da janela ou porta para remover a soluo detergente; 11- Secar a janela ou porta, com pano de limpeza seco; 12- Retirar o pano de cho colocado debaixo da janela ou porta; 13- Recolocar o mobilirio e equipamento no local original; 14- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado. Observao: Este procedimento deve ser realizado quinzenalmente.86

6 - LIMPEZA DO MOBILIRIO, BANCADAS E EQUIPAMENTOS Consiste em retirar a poeira, lavar, retirar manchas, polir e escovar bancadas, mveis e equipamentos, diariamente. EXECUO: 1- Reunir o material necessrio: panos de limpeza 2 baldes gua detergente lquido escova touca botas luvas de autoproteo 2- Colocar o EPI; 3- Encher metade dos baldes, um com gua limpa e outro com gua e detergente lquido; 4- Retirar os objetos de cima e, se possvel, do interior do mvel ou equipamento a ser limpo; 5- Retirar a poeira do mvel ou equipamento com o pano mido dobrado, para obter vrias superfcies de limpeza; 6- Imergir o outro pano na soluo detergente e retirar o excesso; 7- Limpar o mvel ou equipamento, esfregando o pano dobrado com soluo detergente; se necessrio usar a escova; 8- Retirar toda a soluo detergente com pano umedecido em gua limpa;

9- Enxugar o mvel ou equipamento; 10- Limpar o material de trabalho e guardar em local apropriado. Observao: Este procedimento dever ser realizado diariamente e sempre que necessrio.87

7 - LIMPEZA DE TETOS E PAREDES Consiste em retirar a poeira e substncias aderidas ao teto, paredes, luminrias e interruptores. EXECUO: 1- Reunir o material de limpeza: escada 2 baldes vassoura 3 panos de cho esponja de ao fina escova esptula gua detergente lquido touca botas luvas de autoproteo 2- Colocar o EPI; 3- Preparar o local para limpeza; Afastar os mveis e equipamentos das paredes Forrar os mveis e os equipamentos 4- Encher metade dos baldes, um com gua limpa e outro com gua e detergente lquido; 5- Imergir um pano no balde com gua limpa, retirar o excesso de gua, enrolar na vassoura ou rodo; 6- Retirar o p do teto e paredes, com o pano mido fazendo movimentos em um nico sentido; 7- Enxaguar delimitando pequenas reas;88

8- Imergir outro pano na soluo detergente, torcer e enrolar o pano em uma vassoura; 9- Esfregar o pano no teto, sempre num mesmo sentido, iniciando de um dos cantos; 10- Imergir o pano limpo na gua limpa, torcer e enrolar na vassoura; 11- Retirar toda soluo detergente do teto;

12- Imergir o pano na soluo detergente, torcer e enrolar na vassoura; 13- Esfregar o pano na parede, sempre no mesmo sentido; 14- Enrolar na vassoura o pano com gua limpa e retirar toda soluo detergente da parede; 15- Verificar se o teto e as paredes esto bem limpos, se necessrio repetir a operao; 16- Retirar a forrao dos mveis e equipamentos; 17- Recolocar o mobilirio e os equipamentos no local original; 18- Limpar o material de trabalho e guardar no local apropriado. Observaes: Deve-se dividir o local para limpeza em pequenas reas para que seja feito o enxge antes de secar a soluo detergente. Paredes: iniciar na parte superior (prximo ao teto) at a metade da parede e deste ponto at a parte inferior (prximo ao piso). Este procedimento dever ser realizado mensalmente.89

8 - LIMPEZA DE BANHEIROS Consiste em remover a sujidade, substncias aderidas, detritos do teto, paredes, lavatrios, mictrios, instalaes sanitrias e piso dos banheiros. Promove o controle de microrganismos, evitando transmisso de doenas, controla odores, mantm uma boa aparncia e garante o conforto dos usurios. EXECUO: 1- Recolher o lixo (conforme rotina); 2- Limpar tetos e paredes (conforme rotina); 3- Limpar janelas e portas (conforme rotina); 4- Limpar pias: 4.a. Separar o material necessrio: - panos de limpeza - detergente lquido - sapleo - esponja sinttica - arame - luvas de autoproteo - avental - botas - touca 4.b. Colocar o EPI; 4.c. Umedecer a esponja de ao e espalhar o sapleo sobre ela; 4.d. Esfregar a esponja sinttica com sapleo na parte interna da pia; 4.e. Passar a esponja com detergente lquido na torneira; 4.f. Retirar os detritos localizados no interior da vlvula, usando um gancho de

arame; 4.g. Esfregar a parte externa da pia, as torneiras e encanamentos sob a pia com pano umedecido em gua e detergente lquido; 4.h. Enxaguar a parte interna e externa da pia com gua limpa;90

4.i. Secar a pia com um pano seco, polindo a torneira; 4.j. Limpar o material de trabalho e guard-lo em local apropriado; 5- Limpar instalaes sanitrias: 5.a. Separar o material necessrio: - panos de limpeza - vassoura para vaso sanitrio - escova sinttica - 2 baldes - gua - detergente lquido - sapleo - hipoclorito de sdio a 1% - botas - luvas de autoproteo - avental - touca 5.b. Colocar o EPI; 5.c. Encher metade dos baldes, um com gua limpa e outro com gua e detergente lquido; 5.d. Dar descarga no vaso sanitrio; 5.e. Esfregar o tampo do vaso por cima e por baixo, com a escova sinttica, usando soluo detergente; 5.f. Espalhar sapleo no pano embebido em soluo detergente; 5.g. Esfregar o assento do vaso, por dentro e por fora com pano; 5.h. Esfregar a parte externa do vaso com pano embebido em soluo detergente e sapleo; 5.i. Enxaguar o tampo, o assento, a borda e a parte externa do vaso com gua limpa; 5.j. Jogar soluo detergente e sapleo dentro do vaso, esfregando-o com vassoura de vaso, iniciando pela borda interna do vaso e terminando na sada de gua; 5.k. Dar descarga no vaso sanitrio continuando a esfregar a parte interna com vassoura de vaso, at a gua ficar limpa;91

5.l. Lavar a alavanca ou boto de descarga com pano umedecido em gua e detergente; 5.m. Retirar o detergente com pano umedecido em gua limpa; 5.n. Secar o tampo e o assento do vaso sanitrio com pano limpo; 5.o. Secar a parte externa do vaso e a alavanca ou boto de descarga com pano

limpo; 5.p. Limpar o material de trabalho e guard-lo no local apropriado; 6- Lavar o piso (conforme rotina); Observao: Este procedimento dever ser realizado diariamente e sempre que necessrio.92

9 - LIMPEZA DO APARELHO DE AR CONDICIONADO Visa remover a sujidade do aparelho de ar condicionado. EXECUO: 1- Separar o material necessrio: panos de limpeza 2 baldes gua detergente lquido touca luvas de auto proteo 2- Colocar o EPI; 3- Desligar o aparelho de ar condicionado da tomada; 4- Retirar a tampa externa do aparelho; 5- Encher metade dos dois baldes, um com gua e outro com gua e detergente; 6- Imergir o pano de limpeza no balde com soluo detergente e torcer; 7- Limpar a tampa externa do aparelho com o pano; 8- Passar o outro pano com gua limpa na tampa externa do aparelho e remover toda a soluo detergente; 9- Secar com pano limpo; 10- Retirar o filtro do aparelho; 11-Proceder a limpeza do filtro conforme orientaes do fabricante; 12- Recolocar o filtro no aparelho. 13- Recolocar a tampa externa do aparelho. 14- Ligar o aparelho de ar condicionado na tomada.93

15- Limpar o material de trabalho e guardar em local adequado. Observao: Este procedimento dever ser feito quinzenalmente. 10 - LIMPEZA E DESINFECO DE BEBEDOURO94

Visa remover poeira e substncias aderidas no bebedouro, com o objetivo de evitar a contaminao da gua. EXECUO: 1- Separar o material necessrio: 2 baldes

3 panos de limpeza escova para reentrncias gua detergente lquido touca botas luvas de autoproteo lcool a 70% 2- Colocar o EPI; 3- Desligar o bebedouro da tomada; 4- Encher metade dos dois baldes, um com gua e outro com gua e detergente; 5- Imergir o pano de limpeza no balde com soluo detergente e torcer; 6- Passar o pano no bebedouro, fazendo movimentos retos, sempre de cima para baixo; 7- Molhar a escova no balde com soluo detergente; 8- Utilizar a escova para lavar ao redor do dispositivo de sada da gua e o acionador de gua; 9- Passar o outro pano com gua limpa no bebedouro e remover toda a soluo detergente; 10 - Friccionar lcool a 70% ao redor do dispositivo de sada de gua , acionador de gua e local de escoamento de gua. Repetir o procedimento 3 vezes;95

11- Ligar o bebedouro na tomada; 12- Limpar o material de trabalho e guardar em local adequado. Observao: Este procedimento dever ser realizado diariamente e sempre que necessrio.

G - RESDUOS DE SERVIOS DE SADE96

Os resduos de Servios de Sade so provenientes de hospitais, ambulatrios, consultrios mdicos e odontolgicos, laboratrios, farmcias, zoonose e outros que, por suas peculiaridades fsico-qumicas e biolgicas, podem apresentar riscos sade humana ou ao meio ambiente quando impropriamente tratados, armazenados, transportados e destinados inadequadamente. 1- Tipos de Resduos: 1.1. Material Biolgico 1.2. Sangue e Hemoderivados 1.3. Resduos Cirrgicos

1.4. Resduos Prfuro-cortantes 1.5. Animais Contaminados 1.6. Resduos de Assistncia ao Paciente 1.7. Resduos Especiais (radioativos, farmacuticos e qumicos) 1.8. Resduos Comuns (domstico). 2- Recolhimento do lixo: Consiste em recolher todos os resduos de uma Unidade, acondicionando-os de forma adequada e manuseando-os o mnimo possvel. a operao que precede todas as rotinas tcnicas de limpeza e desinfeco. Deve ser iniciada, sempre, da rea menos contaminada para a mais contaminada. EXECUO: 1 - Reunir o material para recolher o lixo: sacos de lixo de material plstico; botas; luvas de autoproteo. 2- Colocar o EPI; 3- Recolher o saco de lixo que se encontra na lixeira, amarrando bem as bordas; 4- Colocar um saco de lixo novo na lixeira, fixando-o firmemente nas bordas; 5- Transportar o lixo recolhido at o depsito para a remoo pela coleta externa. Observaes:97

As lixeiras devem ser lavadas com gua e sabo, semanalmente e sempre que necessrio; Verificar as regras bsicas de acondicionamento do lixo de acordo com o tipo de resduos; Para o transporte do lixo recomendado a utilizao de carrinho fechado. Este carrinho dever ser higienizado aps sua utilizao; Deve-se evitar, durante o transporte de resduos, o cruzamento com pessoas e/ou material limpo nos corredores e elevadores. 3 - Regras bsicas de acondicionamento: 3.1. Acondicionar os resduos em sacos plsticos brancos leitosos especificados na NBR 9190, de forma que os mesmos preencham at 2/3 do volume da embalagem, possibilitando que esta seja amarrada acima do contedo, para evitar o transbordamento na hora da coleta; 3.2. Os resduos prfuro-cortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes, reforados impermeveis e grandes o suficiente para receber o material de uso dirio do local. As agulhas no devem ser destacadas das seringas ou

manuseadas, a fim de evitar acidente de trabalho. Ao ser descartado, o recipiente deve estar devidamente fechado, envolvido em saco plstico branco leitoso identificado material cortante; 3.3. O lixo contaminado deve ser recolhido em saco de lixo duplo identificado contaminado; 3.4. Para facilitar a identificao e o manuseio do resduo comum, deve-se adotar um padro de cor (cor clara, exceto a branca leitosa), conforme norma tcnica da S.L.U. e ABNT NBR 9190; 3.5. As lixeiras devem necessariamente possuir tampa; 3.6. Os resduos enquadrados na categoria especial no so coletados pela S.L.U.; 3.7. Em caso de contineres, os mesmo devem estocar os resduos corretamente acondicionados e oferecer condies adequadas para manuseio; 3.8. Os resduos no devem ficar expostos na via pblica e sim em contineres e/ou recintos exclusivos.98

PARTE VI CONSIDERAES FINAIS99

CONSIDERAES FINAISA atuao das Centrais Distritais de Esterilizao na previso e controle dos instrumentais, na padronizao de normas e rotinas tcnicas e na validao dos processamentos de artigos e superfcies essencial no controle de infeces, na biossegurana, na reduo de custos e sobretudo na qualidade do atendimento sade da populao. Entendemos que a crescente demanda de projetos e atividades para as CDMEs, com a elevao do padro de qualificao dos mesmos, tornou-se imprescindvel um maior investimento da SMSA em infra-estrutura e recursos humanos destas Unidades e ainda na implantao das Centrais nos Distritos Sanitrios Centro-Sul e Barreiro. Acreditamos que atravs de parcerias das Centrais Distritais de Esterilizao com as Unidades de Sade, Medicina do Trabalho, Vigilncia Sanitria e demais referncias da SMSA, possamos alcanar o objetivo maior da Prefeitura de Belo Horizonte Trabalho pela Vida.

A mudana de comportamento no ocorre repentinamente. preciso um trabalho contnuo para conscientizao, envolvimento, conhecimento e conseqente transformao. Esperamos que este Manual venha contribuir para o enriquecimento dos servios prestados pelos profissionais de sade, proporcionando segurana aos nossos clientes e valorizao das equipes atuantes nas CDMEs da SMSA.

Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos. (Galeano E.)100

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GRUPO DE INTERESSE EM ENFERMAGEM DE CENTRO CIRRGICO CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO/GIECC-CME.Manual de Rotinas Tcnicas para Bloco Cirrgico e Central de Material Esterilizado, 1 caderno,Belo Horizonte,1994.48p. GTO/FHEMIG.GRUPO TCNICO PARA ORIENTAO EM EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR. Infeco Hospitalar, Fascculos/FHEMIG n 11, Belo Horizonte,1994.104p. KURCGANT,P.et al.Administrao em Enfermagem.So Paulo,E.P.U.,1991 LEITO, A.A. et al.Projeto sobre Central Distrital de Material Esterilizado e Servio de Processamento de Roupa.Secretaria Municipal de Sade, Belo Horizonte,1989.32p. MANOEL BAUN,M.H.S.Controle de Esterilizao. O papel da enfermeira.Rev.Esc.Enf.USP, So Paulo, 14(3):237-242, 1980. NOVAES, H.M. Guias para Controle de Infeces Hospitalares Orientadas para proteo da sade do trabalhador hospitalar. OMS/OPS, Washington, outubro, 1992. REZENDE, E.M; SILVA