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Manual de Orientação do Gestor Público 1 Atualizado em 22/03/2007 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS Manual de Orientação do Gestor Público

Manual de Orientacao Aos Gestores Sefaz Rj

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Manual de Orientação aos Gestores Publicos completo

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  • Manual de Orientao do Gestor Pblico

    1

    Atualizado em 22/03/2007

    GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

    CONTADORIA GERAL DO ESTADO SUPERINTENDNCIA DE NORMAS TCNICAS

    Manual de Orientao do Gestor Pblico

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    GOVERNADOR DO ESTADO

    SERGIO CABRAL

    VICE - GOVERNADOR DO ESTADO

    LUIZ FERNANDO DE SOUZA PEZO

    SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

    SECRETRIO JOAQUIM VIEIRA FERREIRA LEVY

    CONTADOR GERAL DO ESTADO NESTOR LIMA DE ANDRADE

    SUPERINTENDENTE DE NORMAS TCNICAS ROSANGELA DIAS MARINHO

    Equipe da Superintendncia de Normas Tcnicas:

    ANA CLUDIA GOMES CONTARINI Coordenadora JOS VALTER CAVALCANTE Coordenador FRANCISCO CARLOS RODRIGUES COELHO - Diretor EDUARDO LURNEL GONALVES Assessor RENALDO VIEIRA DE GOUVA Consultor RAFAEL DOS SANTOS PAIVA Assistente Operacional II

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    APRESENTAO

    Ao lanar o MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO, a Coordenao de Normas Tcnicas da Contadoria Geral do Estado da Secretaria de Estado de Finanas do Governo do Estado do Rio de Janeiro tem como objetivo oferecer aos Gestores Pblicos, bem como aos profissionais de Contabilidade Pblica; de Auditoria; Diretores de Departamentos Gerais de Administrao Financeira, - DGAFs e a todos aqueles que lidam na rea de Contabilidade Pblica, Controle, Administrao Financeira e Auditoria, um suporte documental, atualizado, com textos da legislao federal, estadual e municipal, com vistas que os atos a serem praticados pelos Gestores Pblicos, no desempenho de suas atribuies, sejam realizados em consonncia com a legislao vigente, como no poderia deixar de ser, com o propsito maior de que a eficcia, a legitimidade, a autenticidade documental e a correo contbil sejam alcanadas.

    O seu contedo busca a consolidao de normas gerais de direito financeiro e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados dos Municpios e do Distrito Federal, conforme determina a Lei Federal n. 4.320, de 17.03.64; as diretrizes constantes no Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica do Estado do Rio de Janeiro, aprovado pela Lei Estadual n. 287, de 04.12.79, e seus Decretos regulamentadores; Resolues; Portarias; Deliberaes do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, TCE-RJ; Estatuto das Licitaes, Lei Federal N. 8.666, de 21.06.93, com as alteraes promovidas pelas Leis n. 8.883, de 08.06.94 e 9.648, de 27/05/98.

    Alm do documental supracitado foram inseridos textos de legislao fiscal e previdenciria.

    Este MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO no esgota o assunto, pois o mesmo dinmico por sua natureza.

    Servir como repositrio ordenado e sistemtico da legislao a ser aplicada nos atos praticados pelos Gestores Pblicos.

    Ser sempre atualizado quando novos dispositivos legais forem publicados.

    A Coordenao de Normas Tcnicas est a disposio de todos para receber sugestes, crticas, como tambm, para elucidar dvidas sobre qualquer captulo do MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO.

    Para tanto poder ser utilizado o e-mail [email protected]

    O presente MANUAL DE ORIENTAO DO GESTOR PBLICO j est disponibilizado na Internet na pgina da Secretaria de Estado de Finanas www.financas.rj.gov.br.

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    Sumrio Pg:

    1 Oramento ............................................................................................................ 9 1.1 Conceito ....................................................................................................... 9 1.2 Classificao ............................................................................................... 9

    2 Exerccio Financeiro e Regime Contbil ............................................................ 13 2.1 - Exerccio Financeiro ..................................................................................... 13 2.2 Regime Contbil ............................................................................................ 13 2.3 - Restos a Pagar .............................................................................................. 13

    3 Conceitos Bsicos de Receita e de Despesa Pblica ...................................... 15 3.1 - Classificao da Despesa Oramentria ................................................... 12 3.1.1 Institucional ...................................................................................... 16 3.1.2 Quanto Natureza ........................................................................... 16 3.1.3 - Fonte de Recursos ............................................................................ 18 3.1.4 - Funcional ........................................................................................... 19

    4 - Estgios da Realizao da Despesa .................................................................. 21 4.1 - Fixao da Despesa ..................................................................................... 21 4.2 - Empenho Despesa ....................................................................................... 21 4.2.1 Conceitos .......................................................................................... 21 4.2.2 - Modalidades ...................................................................................... 21 4.2.3 - Da Formalizao ............................................................................... 23 4.3 Liquidao da Despesa .............................................................................. 27 4.4 Pagamento ................................................................................................... 29

    5 Regime de Execuo das Despesas ................................................................. 32 5.1 - Despesa por Processo Normal de Aplicao ............................................ 32 5.2 - Adiantamentos ............................................................................................. 33 5.3 - Subvenes / Auxlios ................................................................................. 35 5.3.1 - Subvenes ....................................................................................... 36 5.3.2 - Subvenes Sociais / Auxlios ........................................................ 36 5.3.3 - Subvenes Econmicas ................................................................. 36 5.3.4 Prestao de Contas de Subvenes e Auxlios ao rgo competente.................................................................................................................. 37 5.3.4.1 - Da Formalizao do Processo de Prestao de Contas......... 38 5.3.4.2 - Apresentao da Prestao de Contas ao TCE-RJ................. 39 5.4 - Despesas sob o Regime de Descentralizao de Crditos ..................... 41 5.4.1 - Descentralizaes Internas de Crditos Proviso ...................... 41 5.4.2 - Descentralizaes Externas de Crditos Destaque ................... 41 5.5 - Despesas de Exerccios Anteriores ........................................................... 44 6 Tpicos da Legislao Utilizada na Anlise da Despesa ................................ 46 6.1 Licitao 46 6.1.1 - Dos Princpios ................................................................................... 47 6.1.2 - Das Modalidades ............................................................................... 49 6.1.2.1 Concorrncia ..................................................................... 49 6.1.2.2 Tomada de Preos ............................................................ 50 6.1.2.3 Convite ............................................................................... 50

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    Sumrio

    Pg: 6.1.2.4 Concurso ........................................................................... 50 6.1.2.5 Leilo .................................................................................. 50 6.1.2.6 Prego................................................................................. 51 6.1.3 Da Dispensa ...................................................................................... 65 6.1.4 Da Inexigibilidade ............................................................................. 68 6.1.5 Das Modalidades e Valores Estimados da Contratao .............. 69 6.1.6 Limites de Dispensa de Licitao ................................................... 70 6.2 Dos Contratos ............................................................................................. 70

    7 Bens Patrimoniais ................................................................................................ 72 7.1 Conceito ....................................................................................................... 72 7.2 Manual de Contabilidade Portaria n. 25/IGF de 12/06/78 e alteraes 72

    "O ndice abaixo refere-se a numerao original do Manual de Contabilidade"

    15 Controle dos Bens Patrimoniais ....................................................................... 72 15.1 Disposies Introdutrias ........................................................................ 72 15.2 Contabilizao dos Bens em Uso ............................................................ 74 15.3 Do Controle dos Bens em Uso ................................................................ 75 15.4 Dos Bens em Transio de Baixa ............................................................ 79 15.5 Da Baixa ..................................................................................................... 81 15.6 Dos Inventrios Anuais ............................................................................ 86 16 Controle dos Bens em Almoxarifado ............................................................... 89 16.1 Introduo .................................................................................................. 89 16.2 Da Documentao de Entrada e Sada .................................................... 89 16.3 Do Registro das Movimentaes ............................................................. 91 16.4 Do Controle Contbil ................................................................................ 92 16.5 Dos Bens em Estoque em Transio de Baixa ...................................... 96 16.6 Dos Responsveis pela Guarda e Contr. Bens em Almoxarifados ...... 96 16.7 Das Tomadas de Contas dos Responsveis por Almoxarifados.......... 97

    8 Despesas que Merecem Destaque ..................................................................... 100 8.1 Despesas com Publicidade ........................................................................ 100 8.2 Contratao de Pessoal Temporrio ......................................................... 100 8.3 Despesas com Dirias ................................................................................ 101 8.3.1 Conceito ........................................................................................... 101 8.3.2 Requisitos para a Concesso de Dirias ...................................... 101 8.3.3 Sero concedidas Dirias .............................................................. 101 8.3.4 No sero concedidas Dirias ....................................................... 102 8.3.4.1 Da Regio Metropolitana ................................................. 102 8.3.5 Dirias no Exterior ......................................................................... 102 8.3.6 - Tabela prtica para o exerccio de 2007......................................... 103 8.4 Da Contratao de Aluguis de Imveis - rgos e Entid. Estaduais . 104 8.5 Sentenas Judiciais Precatrios ............................................................ 104 8.6 Da Contratao de Seguros ....................................................................... 111 8.6.1 Contrao de Seguros em Geral .................................................. 111

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    Sumrio Pg: 8.6.2 Contratao de Seguros Envolvendo Veculos da Frota Estadual .......................................................................................... 113 8.7 Das Despesas Com Aquisio de Combustveis ..................................... 115 8.8 Das Despesas com Reteno do Imposto de Renda ............................... 119 8.8.1 Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF ................................. 119 8.8.2 Da Legislao ................................................................................. 120 8.8.3 Da Reteno do Trabalho No Assalariado (autnomos) .......... 121 8.8.3.1 Instrues Sobre a Reteno ......................................... 124 8.8.4 Da Reteno de Pessoas Jurdicas .............................................. 125 8.8.5 Da Prestao de Inform.Benef. P.Fsica ou Jurdica................... 129 8.8.6 Rendimentos Mensais de Aluguis ou Royalties ....................... 134 8.9 INSS sobre servios executados mediante Cesso de Mo-de-Obra ... 135 8.9.1 Conceitos ........................................................................................ 135 8.9.2 Do Fato Gerador da Contribuio ................................................ 135 8.9.3 Da Base de Clculo e Alquota ..................................................... 140 8.9.3.1 Dedues da Base de Clculo da Reteno ................. 141 8.9.3.2 Dispensa da Reteno .................................................... 143 8.9.3.3 Empresa Contratada Optante Pelo SIMPLES ............... 144 8.9.3.4 Presuno da Reteno ................................................. 144 8.9.3.5 Transportador Autnomo ............................................... 144 8.9.4 Da Competncia ............................................................................. 145 8.9.5 Do Prazo de Recolhimento ............................................................ 145 8.9.6 Da Reteno e Recolhimento da Contribuio ........................... 145 8.9.7 Responsabilidade Solidria .......................................................... 145 8.10 Cooperativa de Trabalho .......................................................................... 146 8.11 INSS Sobre Servios Prestados por Pessoa Fsica ............................... 148 8.11.1 Contribuintes Individuais - Autnomos .................................. 148 8.11.2 A Alquota da Contribuio Patronal.......................................... 148 8.11.3 Da Contribuio do Segurado Contribuinte Individual............. 149 8.11.4 Do Prazo ........................................................................................ 149 8.11.5 Do Limite Mximo para o Desconto Previdencirio. 150 8.11.6 Da Guia GPS ................................................................................. 151 8.11.7 Quanto ao Recibo ........................................................................ 152 8.11.8 Do Empenho Prprio ................................................................... 153 8.11.9 Informaes Previdncia Social (GFIP)................................... 153 8.11.10 Inscrio do Autnomo no Cadastro de Atividades Econmicas do Municpio do Rio de Janeiro .......................................................... 153 8.12 Despesas com aquisio de bens e com renovao de Contratos de Servios de Ao Continuada ( no podem sofrer interrupo ) ......................... 154 8.13 Convnios .................................................................................................. 159 8.13.1 Conceito ........................................................................................ 159 8.13.2 Formalizao ................................................................................ 159 8.13.3 Da Prestao de Contas de Convnios ..................................... 160 8.13.4 Da devoluo de saldos de Convnios ..................................... 160 8.14 I.P.V.A. da frota de veculos estaduais.................................................... 168 8.15 Resoluo SER 047/03 Iseno de ICMS nas aquisies / servios... 169

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    Sumrio

    Pg:

    8.16 Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza Retido na Fonte Lei Complementar N 116, de 31 de julho de 2003.........................................................

    172 8.17 Reteno de CSSL, COFINS e PIS/PASEP, nos moldes da Lei Federal n 10.833, de 29 de dezembro de 2003........................................................ 183 8.18 Da NO Incidncia do ICMS no Fornecimento de Material Utilizado na Prestao de Servio de Limpeza e Conservao de Imveis......................... 189

    Anexo nico

    Pg: 1 - Rotina para Liquidao de Despesas com Fornecedores ............................ 190 2 - Rotina para Folha de Pessoal .......................................................................... 193 3 - Modelo de Confeco de Programao de Desembolso de pagamentos de

    guias cuja autenticao, obrigatoriamente, ser realizada no Banco do Brasil ................................................................................................................... 205

    4 - Rotina sobre Descentralizao de Crditos.................................................... 206 5 - Execuo de "PD" (Programao de Desembolso), para pagamento de

    aquisio de combustveis, por entidades que no utilizem fonte de recursos 00 ........................................................................................................ 209

    6 - Rotina de Transferncia de Devoluo do ITAU, ref. Ofcio SUFIN 482. 210 7 - Rotina Contbil referente a Anulao de Despesas com Dirias ou

    Adiantamentos, em Virtude de Devoluo dos Saldos ................................ 211 8 - Rotina para a confeco de Programao de desembolso da guia de

    recolhimento da seguridade social eletrnica GPS .................................... 214 9 - Rotina de procedimentos para a conformidade Diria e Conformidade

    Contbil, desenvolvida pelo Setor de Treinamento da SUTIC.......................

    218 10 - Rotina para a contabilizao de recursos oriundos da Lei Federal

    10.482/2002..........................................................................................................

    227 11 Contabilizao de Adiantamentos Previdencirios, realizados mediante

    formalizao de convnio com o INSS............................................................. 234 12- Rotina Para Liquidao de Despesas com Autnomos................................ 237

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    1 - ORAMENTO - " Voltar ao Sumrio"

    1.1 - Conceito

    O Oramento um processo de planejamento contnuo e dinmico que o Estado se utiliza para demonstrar seus planos e programas de trabalho, para determinado perodo, obedecidos aos princpios da unidade, universalidade, anualidade e exclusividade.

    1.2 - Classificao

    O Sistema Oramentrio encontra fundamento constitucional nos arts. 165 a 169 da Constituio Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, e arts. 209 a 213 da Constituio do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05 de outubro de 1989. Os dispositivos mencionados da Constituio Federal indicam os instrumentos normativos do sistema:

    a lei complementar de carter financeiro; a lei do plano plurianual; a lei de diretrizes oramentrias; a lei oramentria anual (lei do oramento anual).

    A Lei que estatui normas gerais de direito financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 24, incisos I e II, da Constituio Federal, e a Lei n. 4.320 de 17 de maro de 1964. No Estado do Rio de Janeiro a Lei n. 287, de 04 de dezembro de 1979, que trata do Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica.

    A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da administrao pblica estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada ( 1 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica estadual, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento( 2 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    A lei oramentria anual compreender: ( 5 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II - o oramento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

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    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    O projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia. ( 6 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    Os oramentos previstos nos itens I e II, acima, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. ( 7 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. ( 8 do Inc. III Art. 209 da Constituio Estadual).

    1.3 Princpios que regem o Oramento

    Os princpios oramentrios so parmetros que iro servir para orientar efetivamente o oramento. So voltados especificamente matria oramentria e so encontrados na prpria Constituio da Repblica vigente, de forma implcita ou expressa.

    Podemos elencar alguns princpios como: o Princpio da Exclusividade, o Princpio da Anualidade, o Princpio da Universalidade, o Princpio da Legalidade, o Princpio da Transparncia Oramentria, o Princpio da Publicidade, entre outros princpios que no trataremos no presente trabalho.

    1.3.1 Princpio da Exclusividade

    Este princpio est expresso na Carta Poltica, observado no seu art. 165, 8, onde: A Lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa (...).

    Este mesmo dispositivo prev uma exceo ao princpio em tela, onde em sua parte final diz: (...) no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei.

    Neste sentido, segue a disposio do Art. 25, da Lei Estadual 287/79.

    1.3.2 Princpio da Anualidade

    Este princpio funda-se na caracterstica fundamental do oramento, que sua periodicidade.

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    Verifica-se este princpio expresso no Art. 165, III e 5 da Carta Magna, como no Art. 34 da Lei Federal 4.320/64, como tambm no Art. 9 da Lei Estadual 287/79, em que diz: O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    Nas palavras de Jos Afonso da Silva, o princpio da anualidade sobrevive e revive no sistema, com carter dinmico-operativo, porquanto o plano plurianual constitui regra sobre a realizao das despesas de capital e das relativas aos programas de durao continuada, mas no operativo por si, e sim por meio do oramento anual.

    1.3.3 Princpio da Universalidade

    Segundo o doutrinador Kiyoshi Harada, este princpio significa que as parcelas da receita e da despesa devem figurar em bruto no oramento, isto , sem quaisquer dedues.

    Deve haver a incluso de todas as rendas e despesas dos Poderes, fundos, rgos, entidades da administrao direta e indireta etc., no oramento anual geral. Assim dispe a regra do Art. 165, 5 da Constituio da Repblica, e tambm comenta o Art. 12 da Lei Estadual 287/79.

    1.3.4 Princpio da Legalidade

    Em geral, o princpio da legalidade aquele segundo o qual ningum obrigado a fazer, ou deixar de fazer seno em virtude de lei. Este princpio decorre da garantia expressa no Art. 5, inciso II de nossa hodierna Constituio da Repblica.

    Em se tratando da Administrao Pblica, verificamos que o princpio da legalidade se revela em verdadeira obrigao de fazer unicamente aquilo o que dispe a lei.

    1.3.5 Princpio da Transparncia Oramentria

    Este princpio est expresso no Art. 165, 6 da Constituio da Repblica, onde o projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativos regionalizados do efeito, sobre as receitas e despesas decorrentes de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia. Tem sua previso, tambm, na Constituio do Estado do Rio de Janeiro no art. 209, 6.

    Este princpio possibilita, posteriormente, a fiscalizao e o controle interno e externo da execuo oramentria.

    Nos dizeres de Harada, este princpio oramentrio nada mais do que o desdobramento do princpio da transparncia tributria, que est inserido no 5 do art. 150 da Constituio da Repblica, segundo o qual a lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servios.

    1.3.6 Princpio da Publicidade

    Este princpio decorre inicialmente da previso Constitucional insculpida no Art 37 onde, a Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da

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    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

    A Carta Magna determinou, tambm, sua observncia relativamente aos projetos de leis oramentrias (Art. 166, 7), alm de ordenar especificamente, a publicao pelo Poder Executivo, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria (Art. 165, 3).

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    2 - Exerccio Financeiro e Regime Contbil - " Voltar ao Sumrio"

    2.1 - Exerccio Financeiro

    o perodo durante o qual ser executado o oramento pblico, ou seja, o perodo em que sero arrecadadas as receitas previstas e despendidos os recursos fixados no oramento. Conforme estabelece o art. 34 da Lei Federal n. 4.320/64 e art. 9 da Lei Estadual n. 287/79, o Exerccio Financeiro coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1 de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro.

    2.2 - Regime Contbil

    O registro das receitas obedecer ao regime de caixa, sendo consideradas pertencentes ao exerccio as receitas nele arrecadadas (Lei Estadual n. 287/79, art. 10, I). O registro das despesas obedecer ao regime de competncia, sendo consideradas pertencentes ao exerccio as despesas nele legalmente empenhadas (Lei Estadual n. 287/79, art.10, II).

    2.3 - Restos a Pagar

    Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das no processadas.

    LEI COMPLEMENTAR FEDERAL N.. 101 de 04 de maio de 2000. Dos Restos a Pagar Art. 41. (VETADO) Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico - Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

    Art. 11 - Quanto ao exerccio financeiro, observar-se-o os seguintes princpios: I - constituiro Restos a Pagar as despesas empenhadas e no pagas at 31 de dezembro; II - os rgos competentes procedero liquidao da despesa empenhada em exerccios encerrados, vista dos processos, se a despesa constar da relao dos Restos a Pagar;

    Captulo III Dos Restos a Pagar

    Art. 134 - Constituem Restos a Pagar: I - a despesa com fornecimento de material, execuo de obras ou prestao de servios legalmente empenhada e no paga dentro do exerccio, a qual ser relacionada em conta nominal do credor; II - a despesa de transferncia em favor de entidade pblica ou privada, legalmente empenhada e no paga no exerccio, a qual ser relacionada em conta nominal da entidade beneficiria. 1 - Os Restos a Pagar mencionados no item 1 deste artigo tero a vigncia de cinco exerccios, a contar do exerccio seguinte quele a que se referir o crdito. 2 - Os Restos a Pagar mencionados no item 2 deste artigo tero a vigncia de dois exerccios, a contar do exerccio seguinte quele a que se referir o crdito. Art. 135 - Os registros de Restos a Pagar far-se-o por exerccio e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das no processadas.

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    1 - Constituem despesas processadas, alm das caracterizadas no item 2 do art. 134 deste Cdigo, aquelas cujo o fornecimento do material, execuo da obra ou prestao do servio tenha se verificado at a data do encerramento do exerccio financeiro. 2 - So despesas no processadas as que, empenhadas estejam na dependncia da apurao do fornecimento do material, execuo da obra ou prestao de servio, ainda que ocorram depois do encerramento do exerccio financeiro. Art. 136 - Os Restos a Pagar sero revistos no fim de cada exerccio, para efeito de proceder-se excluso dos no mais vigentes, nos termos dos 1 e 2 do art. 134 deste Cdigo, ou dos insubsistentes, levando-se conta patrimonial a variao da corrente. Art. 137 - Caber ao Inspetor Geral de Finanas autorizar a inscrio de despesas na conta Restos a Pagar, obedecendo-se, na liquidao respectiva, s mesmas formalidades fixadas para a administrao dos crditos oramentrios.

    LEI N. 4.320, 17 DE MARO DE 1964. (...) Art. 36 - Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das no-processadas.

    Pargrafo nico. Os empenhos que correm a conta de crditos com vigncia plurianual, que no tenham sido liquidados, s sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do crdito. (...)

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    3 - Conceitos Bsicos de Receita e de Despesa Pblica - " Voltar ao Sumrio"

    Receita Pblica do Estado o produto dos impostos, taxas, contribuies, auxlios, tarifas e preos de alienaes, bem como os rendimentos do seu Patrimnio e dos recursos obtidos do lanamento de emprstimos, obedecidos aos princpios estabelecidos pela Lei Federal n. 4.320 de 17 de maro de 1964; Lei Estadual n. 287 de 04 de dezembro de 1979, e Lei Complementar Federal n. 101 de 04 de maio de 2000 (LRF).

    Despesa Pblica todo desembolso efetuado pelo Estado no atendimento dos servios e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da Constituio, da lei ou em decorrncia de Contratos e outros instrumentos.

    Ao observarmos os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000, j mencionada neste manual) a Despesa Pblica prevista nos arts. 15 ao 24, sendo de maior importncia a observncia ao disposto no art. 15 desta Lei Complementar.

    Em relao ao disposto na Lei Federal n. 4.320/64, cuida-se da despesa pblica nos artigos 58 a 70.

    Cabe ressaltar, que pertencem ao exerccio financeiro (art. 9, Lei Estadual n. 287/79), as despesas nele empenhadas, imperativo legal insculpido no art. 10, inciso II da Lei Estadual n. 287/79

    Pode-se dizer que, o emprego do dinheiro para consecuo de objetivos pblicos constitui o elemento essencial da despesa pblica, proporcionando aos seus administrados servios essenciais ao bem-estar pblico em respeitos aos princpios constitucionais consagrados em nosso ordenamento jurdico ptrio, contribuindo para o mnimo da dignidade humana, a exemplo de servios como sade, transporte, entre outros.

    Receita pblica o ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para o atendimento de suas finalidades, como obrigaes firmadas com seus administrados, assim, obtendo fontes de recursos para a aplicao nas despesas pblicas, possibilitando a continuidade do servio pblico.

    Em anlise da LRF (Lei Complementar n. 101/2000), a receita pblica encontra-se estipulada nos arts. 11 ao 14.

    Em relao ao disposto na Lei Federal n. 4.320/64, cuida-se da receita pblica nos artigos 51 a 57.

    As Receitas e Despesas Pblicas desdobram-se em: Oramentrias; Extra-oramentrias.

    As Receitas Oramentrias so aquelas previstas na legislao oramentria.

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    Destinam-se a atender s Despesas Oramentrias devidamente autorizadas.

    A Receita Oramentria pode ser classificada por fonte de recursos e pela classificao econmica estabelecida na Lei Federal n. 4.320/64, de 17 de maro de 1964.

    As Receitas e Despesas Extra-oramentrias so, respectivamente, os recebimentos e pagamentos de recursos:

    que no esto previstas e fixadas na lei de oramento, tais como: caues, consignaes, vencimentos no reclamados, depsitos de terceiros, etc;

    ou que, pela sua natureza, no constituem receitas ou despesas oramentrias, tais como operaes de crdito por Antecipao de Receita Oramentria (ARO), Restos a Pagar, para compensar sua incluso na Despesa Oramentria e os valores arrecadados que revestem caractersticas de simples transitoriedade de classificao no passivo.

    3.1 - Classificao da Despesa Oramentria

    As Despesas Oramentrias podem ser classificadas com base no estabelecido pela Lei Federal n. 4.320/64 e Portarias da Secretaria de Oramento e Finanas - SOF, do Governo Federal.

    3.1.1 - Institucional

    A Despesa classificada por rgos e Unidades Oramentrias U.O., de forma a permitir um melhor controle do Errio e sua distribuio, evidenciando a poltica econmico-financeira e o programa de governo, obedecidos aos princpios da unidade, universalidade, anualidade e exclusividade.

    Exemplo:

    rgo: 20000 - SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA Unidades Oramentrias:

    200100 - Gabinete do Secretrio 200200 - Subsecretaria de Controle 200300 - Departamento Geral de Administrao 200400 - Conselho de Contribuintes

    3.1.2 Quanto a Natureza

    A despesa classificada segundo as categorias econmicas e seus desdobramentos. Ela ser classificada nas seguintes categorias econmicas:

    1 Despesas Correntes ( 1 e 2 do Art. 12 da Lei Federal n. 4.320 de 17 de maro 1964)

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    Consideram-se despesas correntes:

    Despesas de custeio, que so as dotaes para manuteno de servios anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservao e adaptao de bens imveis.

    Transferncias correntes, que so as dotaes para despesas s quais no correspondam a contraprestao direta em bens ou servios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manuteno de outras entidades de direito pblico ou privado.

    2 Despesas de Capital ( 4 , 5 e 6 do Art. 12 da Lei Federal n. 4.320 de 17 de maro 1964)

    Consideram-se despesas de capital os investimentos, as inverses financeiras e as transferncias de capital.

    Classificam-se como investimentos as dotaes para o planejamento e a execuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveis considerados necessrios realizao destas ltimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente e constituio ou aumento do capital de empresas que no sejam de carter comercial ou financeiro.

    Classificam-se como Inverses Financeiras as dotaes destinadas a:

    I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao; II - aquisio de ttulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao no importe aumento do capital; III - constituio ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes bancrias ou de seguros

    So Transferncias de Capital as dotaes para investimentos ou inverses financeiras que outras pessoas de direito pblico ou privado devam realizar, independentemente de contraprestao direta em bens ou servios, constituindo essas transferncias auxlios ou contribuies, segundo derivem diretamente da Lei de Oramento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotaes para amortizao da dvida pblica.

    As tabelas para classificao da despesa pr categoria econmica, grupo de despesa, modalidade de aplicao, elemento e subelemento constam no classificador de Receita e Despesa (Decreto n.. 35.021 de 19 de maro de 2004)), periodicamente revisto e atualizado pela Subsecretaria de Controle e aprovado por Decreto do Chefe do Poder Executivo.

    A especificao da despesa quanto a sua natureza, adotada pelo Estado do Rio de Janeiro, a estabelecida pelo Decreto N. 35.021 de 19 de maro de 2004), e alteraes posteriores, que conjuga tabelas de categorias econmicas, grupos de despesa, modalidades de aplicao, elementos de despesa e subelemento da despesa.

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    De acordo com esse critrio a despesa identificada por um conjunto de oito dgitos, assim distribudos:

    X.X.XX.XX.XX

    Exemplo: A despesa referente compra de combustvel ser assim classificada: 3.3.90.30.13, onde: 3, significa despesa corrente (categoria econmica); 3, outras despesas correntes (grupo de despesa); 90, aplicaes diretas (modalidade de aplicao); 30, material de consumo (elemento); 13, Combustvel destinado a veculo individual (subelemento).

    3.1.3 - Fonte de Recursos

    A despesa classificada de acordo com a fonte de receita que a financia, ou seja a origem dos recursos. Entre as diversas fontes utilizadas, destacam-se as seguintes:

    Recursos do Tesouro

    00 Ordinrios Provenientes de Impostos; 01 Outros No Provenientes de Impostos; 04 Indenizao Pela Extrao De Petrleo; 05 Salrio Educao; 06 Fundo De Participao Dos Estados - FPE; 11 Operaes De Crdito Atravs Do Tesouro; 26 Contribuio de Interveno do Domnio Econmico;

    Recursos de Outras Fontes

    10 Arrecadao Prpria Administrao Indireta; 12 Convnios Administrao Direta; 13 Convnios Administrao Indireta; 15 Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do magistrio FUNDEF; 17 Operaes De Crdito Atravs da Administrao Indireta; 25 Sistema nico de Sade; 96 Multa pela infrao do Cdigo de Defesa do Consumidor; 97 Conservaes Ambiental; 98 Outras Receitas da Administrao Indireta; 99 Outras Receitas da Administrao Direta.

    Categoria econmica Grupo de despesa

    Elemento Modalidade de Aplicao

    Subelemento

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    3.1.4 - Funcional

    A despesa classificada por Funo, Subfuno, Programa e Projeto, Atividade ou Operaes Especiais, obedecendo seguinte estrutura de codificao conforme estabelece a Portaria n. 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Oramento e Gesto.

    XX.XXX.XXXX.XXXX

    onde, Funo representa o maior nvel de agregao das aes do Governo; Subfuno o desdobramento da funo, pelo qual se estabelecem produtos finais que concorrem para a soluo dos problemas da sociedade; Programa instrumento de organizao da ao governamental visando a concretizao dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; e Projeto / atividade / Operaes Especiais so a materializao dos objetivos dos programas.

    Exemplo: Na classificao Funcional definida por 01.031.0002.2213, 01 representa a Funo Legislativa; 031, a Subfuno Ao Legislativa; 0002, o Programa Gesto Administrativa; e 2213, a Atividade Reformar, Equipar, e Ampliar Instalaes.

    Portaria n. 42, de 14/4/99, do Ministro de Estado do Oramento e Gesto.

    Art. 1 As funes a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de maro de 1964, discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alteraes posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. ...................................

    1 Como funo, deve entender-se o maior nvel de agregao das diversas reas de despesa que competem ao setor pblico. ...................................

    3 A subfuno representa uma partio da funo, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor pblico. ..................................

    Art. 2 Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: a) Programa, o instrumento de organizao da ao governamental visando concretizao dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;

    Funo

    Subfuno

    Projeto/Atividade/ Operaes Especiais

    Programa

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    b) Projeto, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaes, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expanso ou o aperfeioamento da ao de governo; c) Atividade, um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta um produto necessrio manuteno da ao de governo; d) Operaes Especiais, as despesas que no contribuem para a manuteno das aes de governo, das quais no resulta um produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou servios. (Portaria N. 42, de 14 de abril de 1999)

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    4 - Estgios da Realizao da Despesa - " Voltar ao Sumrio"

    A Despesa Pblica Oramentria passa por trs estgios, de acordo com a Lei Federal n. 4.320/64. Porm, doutrinariamente, alguns autores consideram, tambm, a fase da Fixao da Despesa.

    4.1 Fixao da Despesa

    A fixao a etapa inicial da despesa pblica, e est consubstanciada em vrios dispositivos Constitucionais, pois a Constituio Federal veda, expressamente, que as despesas excedam os crditos oramentrios ou adicionais (art. 167 - II).

    4.2 Empenho da Despesa

    4.2.1 - Conceitos

    O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. (art. 58 da Lei Federal n. 4.320/64, e art. 84 da Lei Estadual n. 287/79)

    vedada a realizao de despesa sem prvio empenho ou acima do limite dos crditos oramentrios concedidos (arts. 59 e 60 da Lei Federal n. 4.320/64 e Lei Estadual n. 287/79, art. 87) .

    O Empenho ser autorizado pelo Ordenador da Despesa (Lei Estadual n. 287/79 ,Art. 82) atravs da "NAD" Nota de Autorizao da Despesa, sendo esta facultativa.

    O Empenho materializa-se pela emisso da nota de empenho, comentando Heraldo da Costa Reis, que h hipteses em que pode se dispensar esta exigncia, como aquelas do 1 do Art. 60 da Lei 4.320/64, onde passvel de dispensa da Nota de Empenho, desde que regulamentadas na lei complementar ou supletiva estadual ou municipal, a exemplo de despesas ou obrigaes de contratos de adeso, de convnios ou contratos expressos, entre outros casos. Neste sentido, caminha a legislao Estadual, onde observamos esta dispensa insculpida no art. 88, 1, da Lei Estadual 287/79.

    4.2.2 - Modalidades

    De acordo com as caractersticas da despesa, so definidas trs modalidades de Empenhos (Art. 87, Pargrafo nico, da Lei Estadual n. 287/79):

    1 Empenho Ordinrio

    Destinado a despesa cujo valor se conhece e que ser pago em uma nica parcela. Exemplo: Aquisio de um bebedouro, pago em uma nica vez.

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    2 Empenho Estimativo

    utilizado nos casos em que no possvel a determinao prvia do valor exato da despesa, podendo o pagamento ser efetuado em uma nica vez, ou parceladamente. Por essa razo, estima-se um valor e se estabelece um cronograma de pagamento. Exemplo: pagamento de contas de energia eltrica, gua e telefone.

    A cada parcela do Empenho Estimativo a ser paga, acontece uma transao de Liquidao Parcial desse Empenho e a emisso de uma Ordem de Pagamento.

    Constatada a insuficincia do valor estimado para atender despesa empenhada admite-se a sua complementao mediante o reforo do Empenho.

    Trata-se de um novo Empenho cujo valor acrescentado ao valor do Empenho Estimativo.

    Convm ressaltar que como em qualquer caso de reforo de Empenho, obrigatria a existncia de saldo no Empenho a ser reforado.

    3 Empenho Global

    Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante de pagamento previamente conhecido. Exemplo: Despesa com locao de imvel

    Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante de pagamento previamente conhecido. Exemplo: Despesa com locao de imvel

    Deve-se considerar dois fatores para a utilizao desta modalidade de empenho. A primeira, revela-se no prvio conhecimento do valor total da obrigao, ou das parcelas vincendas. A segunda concentra-se no parcelamento da obrigao, deve ser executada por etapas. Assim, o empenho prvio na modalidade global, destina-se a facilitar a execuo da despesa, na medida em que autoriza a concentrao dos empenhos, que seriam feitos de forma parcelada considerando-se as etapas de execuo do contrato, em um nico empenho, tendo por base o valor total do contrato.

    Cumpre notar, que na hiptese da execuo exceder os limites do exerccio financeiro no ser possvel a utilizao desta modalidade de empenho. Este impedimento decorre do imperativo legal insculpido no art. 88, da Lei Estadual 287/79, que determina que apenas ser empenhado o valor correspondente a parte da execuo compreendida no exerccio financeiro corrente, no sendo possvel empenhar valores relativos exerccios financeiros subseqentes. Esta a interpretao compreendida do mandamento legal em tela, cujo teor se transcreve a seguir:

    Art. 88 A despesa que, por determinao legal ou contratual, se tenha de realizar em vrios exerccios, s ser empenhada, em cada ano, pelos quantitativos correspondentes ao exerccio do compromisso.

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    Nesta esteira, muito embora se tenha o valor exato e conhecido da obrigao, e esta venha a se realizar por etapas, caso exceda o exerccio financeiro, apenas poder compreender os quantitativos correspondentes ao exerccio do compromisso. possvel, porm, valer-se do empenho global para as obrigaes, parceladas, correspondentes ao exerccio do seu adimplemento, sendo vedado englobar valores estranhos ao exerccio financeiro do compromisso.

    Imperioso ressaltar, a necessidade da observncia aos mandamentos previstos na LRF (Lei Complementar 101/2000), onde a Lei Oramentria no poder consignar dotao para investimento com durao superior a um exerccio financeiro que no esteja previsto no plano plurianual. Regra que trazemos colao a seguir:

    Art. 5. O projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o plano plurianual, com a lei de diretrizes oramentrias e com as normas desta Lei Complementar:

    (omissis)

    5. A lei oramentria no consignar dotao para investimento com durao superior a um exerccio financeiro que no esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua incluso, conforme disposto no 1o do art. 167 da Constituio.

    Pelo exposto, as obrigaes que excederem a um exerccio financeiro, alm de estarem previstas no PPA (plano plurianual), no podero ser empenhadas pela modalidade global considerando-se a totalidade do contrato, mas apenas pela parte referente ao exerccio do compromisso.

    Como sabido, nos compete repetir, que pertencem ao exerccio financeiro as despesas nele legalmente empenhadas, assim determina o mandamento legal previsto no art. 35, II, da Lei Federal 8.666/93, esta regra transcreve-se no art. 10, II, da Lei Estadual 287/79, como verificamos a seguir:

    Art. 10. Pertencem ao exerccio financeiro:

    (omissis)

    II as despesas nele empenhadas.

    4.2.3 - Da Formalizao

    Art. 7 da Resoluo SEFCON n. 6.024 de 27/03/2001 2 - A Nota de Autorizao de Despesa - NAD poder ser utilizada como documento autorizativo de despesa, sendo que nestes casos, obrigatoriamente, far parte integrante do processo.

    Para as formalidades do empenhamento da despesa devero ser observados, alm da Lei Estadual n. 287/79, Artigos 81 ao 88, a Portaria n. 103/SECIN de 23/12/88, alterada pela Portaria n. 108/SECIN de 28/02/1989.

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    O Empenho ser formalizado por meio da emisso, atravs do SIAFEM/RJ com eventos do tipo 4, do documento denominado Nota de Empenho (NE), onde so especificados, entre outros, os seguintes campos:

    data de emisso, nmero da NE no SIAFEM/RJ e cdigo do evento; identificao da Unidade Gestora emitente; nome, CGC ou CPF, e endereo do credor; programa de trabalho, natureza da despesa, fonte dos recursos e valor da

    despesa; modalidade de Empenho; modalidade de Licitao, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referncia legal,

    nmero do processo e especificao; NE de referncia, no caso de reforo ou anulao; cronograma de desembolso; especificao do objeto da despesa, quantidade e preos unitrios e total; tipo de Empenho; assinatura do servidor responsvel pela emisso da NE; assinatura do Ordenador de Despesa/preposto; assinatura do responsvel pela Coordenao Contbil, ou rgo equivalente.

    Resoluo 3.029 de 26/04/1999 Evento o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento de telas e/ou

    documentos de entrada no SIAFEM, para transformar atos e fatos administrativos rotineiros em registros contbeis automticos.

    O cdigo do Evento composto de seis algarismos, assim estruturados: XX.X.XXX , onde: os dois primeiros algarismos identificam a Classe, ou seja, o conjunto de Eventos de uma

    mesma natureza de registro (exemplo: os Eventos da Classe 40 registram a emisso de Empenhos; os da Classe 51, a apropriao da despesa no estgio da Liquidao; os da Classe 52, as obrigaes e retenes para pagamento posterior; e os da Classe 53 ou 7(eventos tipo 7 so destinados, em sua maioria para programao de desembolso PD), a liquidao dessas obrigaes com o respectivo pagamento);

    terceiro algarismo identifica o Tipo de Utilizao do Evento (exemplo: 0 quando utilizado diretamente pelo Gestor; 1, quando se tratar de Evento interno do prprio SIAFEM, tambm chamado Evento de mquina; e 5, para estorno de Evento do Gestor); e

    os trs ltimos algarismos indicam a numerao seqencial dos Eventos. Exemplos: 400091 Evento destinado a empenhamento da despesa. 510110 - Evento destinado a liquidao de despesas com servios de terceiros pessoa jurdica.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979 Aprova o Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica do Estado do Rio de Janeiro e d outras providncias

    (...) Captulo III

    Da Despesa Seo I

    Do Empenho

    Art. 81 - A despesa do Estado obedecer Lei de Oramento e s leis especiais, constituindo crime de responsabilidade os atos dos Ordenadores que contra elas atentarem. Art. 82 - So competentes para autorizar despesas, movimentar as cotas e transferncias financeiras: I - o Governador; II - o Vice-Governador;

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    III - as autoridades do Poder Judicirio, indicadas por lei ou nos respectivos regimentos; IV - as autoridades do Poder Legislativo, indicadas no respectivo regimento; V - o Presidente do Tribunal de Contas; VI - o Presidente do Conselho de Contas dos Municpios; VII - os Secretrios de Estado; VIII - o Chefe do Gabinete Militar; IX - os titulares de autarquias, de empresas pblicas, de sociedades de economia mista e de fundaes, de acordo com o estabelecido em lei, decreto ou estatuto; X - os Procuradores Gerais do Estado e da Justia e o Procurador Chefe do Ministrio Pblico Especial. 1 - A competncia prevista neste artigo poder ser objetivo de delegao a ordenadores de despesas, mediante o ato normativo expresso, a ser comunicado ao Tribunal de Contas e Secretaria de Estado de Fazenda. 2 - Os rgos de contabilidade inscrevero como responsveis todos os ordenadores de despesas, os quais s podero ser exonerados de responsabilidade aps julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas do Estado. 3 - Para fins do disposto neste artigo, entende-se como ordenador de despesas toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem reconhecimento de dvida, emisso de empenho, autorizao de pagamento, concesso de adiantamento, suprimento de fundos ou dispndio de recursos do Estado ou pelos quais este responda. Art. 83 - A aplicao dos crditos oramentrios e adicionais compreende trs fases: empenho, liquidao e pagamento. Art. 84 - Empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria, para o Estado, obrigao de pagamento, pendente ou no de implemento de condio. 1 - O empenho de despesa far-se-, estritamente, segundo a discriminao oramentria e no poder exceder o limite dos crditos concedidos. 2 - Ao empenho da despesa dever preceder licitao ou sua dispensa. Art. 85 - O empenho de despesa compreende a autorizao e a formalizao.

    1 - A autorizao a permisso dada por autoridade competente para a realizao de despesa. 2 - A formalizao a deduo do valor da despesa, feita no saldo disponvel da dotao ou do crdito apropriado comprovada pela Nota de Empenho. Art. 86 - Para cada empenho ser extrado um documento denominado Nota de Empenho. Pargrafo nico - A Nota de Empenho dever conter em todas as vias: 1) o nome do credor; 2) a especificao da despesa; 3) a importncia da despesa; 4) a declarao de ter sido o valor deduzido do saldo da dotao prpria, firmada pelo servidor encarregado e visada por autoridade competente; 5) declarao expressa, quando se tratar de despesa de carter secreto ou reservado. Art. 87 - vedada a realizao de despesa sem prvio empenho, ressalvado o disposto nos 1 e 2 do art. 88. Pargrafo nico - Os empenhos classificam-se em: 1) Ordinrio - quando destinado a atender despesa cujo pagamento se processe de uma s vez; 2) Por Estimativa - quando destinado a atender despesas pelas quais no se possa previamente determinar o montante exato; 3) Global - quando destinados a atender despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante exato possa ser determinado. Art. 88 - A despesa que, por determinao legal ou contratual, se tenha de realizar em vrios exerccios, s ser empenhada, em cada ano, pelos quantitativos correspondentes ao exerccio do compromisso. 1 - Alm de outras previstas em legislao prpria, dispensada a emisso da nota de empenho para as despesas de pessoal, correspondentes a vencimentos, remuneraes, salrios e demais vantagens fixadas em leis gerais ou especiais. 2 - No caso dos encargos da Dvida Pblica Fundada, permitida a emisso, a posteriori, das notas de empenho. Art. 89 - No dever ser empenhada, dentro de cada trimestre, importncia superior quarta parte da dotao anual fixada, exceto quando se tratar de empenho global ou por estimativa. 1 - No se compreendem nesta proibio os saldos no utilizados das cotas dos trimestres anteriores.

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    2 - Se, em fase de razes relevantes, a dotao no puder ser aplicada uniformemente no curso do exerccio, as autoridades mencionadas nos incisos I a X do art. 82 podero autorizar distribuio diversa. (...)

    LEI COMPLEMENTAR N. 101, de 04 de maio de 2000 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL)

    Captulo IV Da Despesa Pblica

    Seo I Da Gerao da Despesa

    Art. 15 Sero consideradas no autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimnio pblico a gerao de despesa ou assuno de obrigao que no atendam o disposto nos arts. 16 e 17. Art. 16 A criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarrete aumento da despesa ser acompanhado de: I estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subseqentes; II declarao do ordenador de despesa de que o aumento tem adequao oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias.

    1 Para os fins desta Lei Complementar, consider-se: I adequada com a lei oramentria anual, a despesa objeto de dotao especfica e suficiente, ou que esteja abrangida por crdito genrico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espcie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, no estejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exerccio; II compatvel com o plano plurianual e a lei de diretrizes oramentrias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e no infrinja qualquer de suas disposies. 2 A estimativa de que trata o inciso I do caput ser acompanhada das premissas e metodologia de clculo utilizadas. 3 Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias. 4 As normas do caput constiturem condio prvia para: I o empenho e licitao de servios, fornecimento de bens ou execuo de obras; II desapropriao de imveis urbanos a que se refere o 3 do art. 182 da Constituio. (...)

    De forma a facilitar a emisso da Nota de Empenho no SIAFEM/RJ, os pontos abaixo relacionados devem ser analisados quando do recebimento da Nota de Autorizao da Despesa - NAD, ou documento que o substitua:

    Nmero do Processo; rgo, unidade, funo, programa, subprograma, atividade ou projeto, nmero de ordem,

    natureza de despesa, de conformidade com o quadro de detalhamento da despesa; Subelemento / item; Fonte de recursos, Espcie de empenho; Valor que se est empenhando; Valor por extenso do empenho; Nome do favorecido, CNPJ, CPF, endereo completo; Especificao da despesa; Espcie da licitao, sua dispensa ou inexigibilidade;

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    Prazo de entrega dos materiais ou servios; Data e assinatura do responsvel pela emisso da NAD, se houver; Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ordenadora da Despesa e, Data, assinatura e amparo legal da Autoridade Ratificadora da Despesa, quando houver

    necessidade.

    Quando da utilizao de um evento no SIAFEM/RJ, vrias so as contas utilizadas de forma a permitir um correto controle contbil daquilo que se pretende realizar.

    Quando do empenhamento de uma despesa:

    Documento no SIAFEM/RJ "NE"

    Evento a ser utilizado: 400091 - EMPENHAMENTO DA DESPESA 400092 - REFORCO DO EMPENHO 400093 - ANULAO DO EMPENHO

    Notamos portanto, que um nico empenho envolve a contabilizao do valor proposto em diversas contas contbeis, que permitiro o controle at mesmo nas fases imediatamente posteriores, ou seja, a liquidao e o pagamento.

    4.3 Liquidao da Despesa

    A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor, tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito, com o fim de apurar:

    I - a origem e o objeto do que se deve pagar; "(Lei .Estadual n. 287/79 Art. 90 1, 1)" II - a importncia exata a pagar; "(Lei Estadual n. 287/79 Art. 90 1, 2)" III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao."(Lei Estadual n. 287/79

    Art. 90 1, 3)"

    A liquidao da despesa ter por base: (Lei Estadual n. 287/79 Art. 90, 2) .

    I - o contrato, ajuste ou acordo se houver; II - a nota de empenho; III - os comprovantes de entrega do material ou da prestao efetiva do servio ou execuo

    da obra, que sero apresentados no original. No SIAFEM/RJ, a Liquidao formalizada por meio de Nota de Lanamento (NL), com o Evento tipo 51.0.XXX. Neste procedimento, a despesa classificada at o nvel de subelemento, ou seja, com a seguinte estrutura de codificao: X.X.XX.XX.XX , onde:

    O primeiro algarismo indica a Categoria Econmica; O segundo indica o Grupo de Despesa; O terceiro e o quarto indicam a Modalidade de Aplicao; O quinto e o sexto indicam o Elemento; e

    O stimo e o oitavo indicam o Subelemento.

    LEI N. 287, 04 DE DEZEMBRO DE 1979

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    Aprova o Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica do Estado do Rio de Janeiro e d outras providncias

    (...) Seo II

    Da Liquidao Art. 90 - A liquidao da despesa consiste na verificao do direito do credor, tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. 1 - Esta verificao tem por fim apurar: 1) a origem e objeto do que se deve pagar; 2) a importncia exata a pagar; 3) a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. 2 - A liquidao da despesa por fornecimento feito, servio prestado ou obra executada ter por base: 1) o contrato, ajuste ou acordo, se houver; 2) a nota de empenho; 3) os comprovantes da entrega do material, da prestao efetiva do servio ou da execuo da obra; 4) prova de quitao, pelo credor, das obrigaes fiscais incidentes sobre o objeto da liquidao. 3 - Os documentos de que trata o item 3 devero conter declarao expressa, assinada por dois servidores, excetuado o ordenador da despesa, de que foi recebido o material, executado o servio ou realizada a obra em condies satisfatrias para o servio pblico. 4 - Para os fins do item 4 deste artigo, a prova de quitao abranger, to-somente, as obrigaes fiscais de ordem estadual que incidam, especificamente, sobre o objeto da liquidao, e poder ser feita pelo documento fiscal que, para efeito do fornecimento do material, da prestao de servio ou execuo da obra, estiver obrigado o credor a emitir. 5 - Nos casos de realizao de obra ou aquisio e instalao de equipamentos especiais, ser indispensvel declarao assinada por profissional habitado do Estado em que ateste sua execuo, as condies tcnicas de realizao e a concordncia com plantas, projetos, oramentos e especificaes respectivas. Art. 91 - Como comprovante de despesa s sero aceitas as primeiras vias de Nota Fiscal ou documento equivalente, no caso de no obrigatoriedade de emisso da Nota Fiscal. 1 - No caso de extravio ou inutilizao da primeira via do documento fiscal, poder ser aceita cpia do documento devidamente autenticada pela repartio fiscal competente. 2 - Em caso de extravio ou inutilizao, a Nota de Empenho poder ser suprida por cpia reprogrfica devidamente autenticada, uma vez publicada a ocorrncia no rgo oficial do Estado. Art. 92 A liquidao da despesa, na Administrao Estadual, ser feita pelas Unidades Gestoras executoras da despesa.(*) Pargrafo nico - A regularidade da liquidao da despesa ser atestada e certificada por profissional qualificado da rea contbil.(*) (*) Nova redao dada pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000. (...)

    De forma a verificar a condio de conformidade para emisso da NL Nota de Liquidao no SIAFEM/RJ, devero ser observados os seguintes itens:

    Se a especificao, o nome do beneficirio e o valor so os mesmos na proposta, na nota de empenho e na nota fiscal;

    Se os clculos aritmticos esto corretos; Se a primeira via da nota de empenho consta do processo; Se a primeira via da nota fiscal consta do processo; Se na primeira via da nota fiscal consta declarao expressa assinada por dois

    servidores, excetuado o ordenador de despesa, de que foi recebido o material, executado o servio ou realizada a obra em condies satisfatrias para o servio pblico;

    Se houve substituio por documento hbil, devidamente atestado; Se a entrega do material ou execuo do servio foi feita dentro do prazo; Se o atraso na entrega do material ou execuo do servio est devidamente justificado,

    caso tenha ocorrido;

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    Se houve a devida aplicao da multa regulamentar, quando for o caso; Se o clculo das obrigaes tributrias est correto, quando for o caso; Se a iseno de obrigaes tributrias est justificada, quando for o caso; Concluso.

    Apontar na forma de Concluso, tomando como base os itens acima:

    Se o processo se reveste das formalidades legais; Se a despesa est liquidada e pode ser providenciado o pagamento; Se o processo deve retornar ao rgo de origem, para cumprir exigncia, neste caso as exigncias devem ser relacionadas de forma clara e objetiva, visando uma fcil compreenso e saneamento, retornando o mais breve possvel para concluso da liquidao.

    Estando em condies de se dar prosseguimento a liquidao emitida ento uma NL, Nota de Liquidao, no SIAFEM/RJ. Eventos a serem utilizados: 510XXX - LIQUIDAO DA DESPESA

    4.4 Pagamento

    Consiste na quitao do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a obrigao.

    Antes de sua efetivao, faz-se necessria, pelo Ordenador da Despesa ou servidor com delegao de competncia de cada Secretaria, das Autarquias e das Fundaes a ordenao para pagamento, nos respectivos processos de liquidao, informando o nmero da RESOLUO da SECRETARIA DE CONTROLE ou o ato expresso do Governador do Estado que liberou financeiramente a despesa para a elaborao da PD ou outro meio de pagamento, sendo que a regra a PROGRAMAO DE DESEMBOLSO "PD".

    RESOLUO SEFCON N. 6.229 DE 20 DE ABRIL DE 2001 Art. 2 - Os pagamentos das despesas dos rgos mencionados no Pargrafo nico do artigo anterior passaro a ser feitos, a partir de 28 de maio de 2001, exclusivamente por meio de ordens bancrias, aps a correspondente liquidao da despesa. e emisso das Programaes de Desembolso - PD, do Sistema Integrado de Administrao Financeira para Estados e Municpios -SIAFEM/RJ, por parte dos referidos rgos.

    RESOLUO SEFCON N. 4.757 DE 12 DE SETEMBRO DE 2000 Art. 2 - Os pagamentos das despesas dos rgos mencionados no 1 do artigo anterior passaro a ser feitos, a partir de 29 de setembro de 2000, exclusivamente por meio de ordens bancrias, aps a correspondente liquidao da despesa. e emisso das Programaes de Desembolso - PD, do Sistema Integrado de Administrao Financeira para Estados e Municpios -SIAFEM/RJ, por parte dos referidos rgos.

    LEI N. 287, de 04 de dezembro de 1979 Aprova o Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica do Estado do Rio de Janeiro e d outras providncias

    (...) Seo III

    Do Pagamento Art. 93 - A ordem de pagamento o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa, devidamente liquidada, seja paga.

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    Pargrafo nico - A ordem de pagamento s poder ser exarada em documento processado pelos rgos de contabilidade. (*) Pargrafo revogado pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000. Art. 94 - Para efetivao da ordem de pagamento, o rgo competente examinar: I - se consta: a) por extenso, o nome do credor e a importncia a pagar; no caso de ordens coletivas, o nome e o nmero de credores, bem assim as quantias parciais e o total de pagamento; b) a classificao da despesa; II - se a despesa foi regularmente liquidada.(*)Nova redao dada pelo Art. 1 da Lei n. 3.506/2000. Art. 95 - Os pagamentos sero feitos pelo Estado, em cheques nominativos, ordens de pagamento, crdito em conta ou, em casos especiais em ttulos da Dvida Pblica Estadual, vista de ordem de pagamento. 1 - As despesas pagveis fora do Estado, por fornecimento e servios indispensveis e urgentes, podero ser satisfeitas atravs de ordem de pagamento, de crdito ou de remessa de cambiais, por intermdio do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ. 2 - Nenhuma quitao poder ser aceita sob reserva ou condio. Art. 96 - As autoridades mencionadas nos incisos I a X do artigo 82 deste Cdigo mantero e movimentaro sua respectiva "Conta nica de Recursos a Utilizar", em agncia do Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. - BANERJ subordinada ao "Fundo de Recursos a Utilizar", que compreende: (*)Redao dada pela Lei n. 1.346 de 16/09/1988. I - as cotas e as transferncias que vierem a ser liberadas para a execuo do oramento; II - as receitas prprias, as transferncias da Unio ou de Municpios, os recursos provenientes de contratos, acordos, ajustes e convnios, o produto de restries de consignaes a favor de terceiros e outros recursos financeiros de que a entidade seja titular ou depositria. 1 - As contas nicas sero movimentadas exclusivamente por cheques nominativos. 2 - s autoridades referidas no caput deste artigo vedado: a) a movimentao para outras contas ou outros estabelecimentos bancrios; b) a manuteno de depsito a prazo fixo ou outras aplicaes financeiras; c) o desdobramento das Contas nicas para simples controle, exceto nos casos em que, em vista de legislao federal, houver necessidade de demonstrar fontes e aplicaes de recursos. 3 - No se compreendem no disposto no pargrafo anterior as aplicaes financeiras das autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas, com disponibilidades resultantes de receitas prprias, bem como dos Fundos Especiais, desde que devidamente autorizadas pelo governador. (*) redao dada pela Lei n. 1.548 de 16/10/1989. 4 - No ser admitido o dbito na conta "Fundo de Recursos a Utilizar" como forma de pagamento de despesa. Art. 97 - O "Fundo de Recursos a Utilizar", com as suas respectivas "Contas nicas de Recursos a Utilizar", ser mantido e movimentado em instituio bancria oficial designada pela Secretaria de Estado de Fazenda, e ter a denominao de "Estado do Rio de Janeiro - Tesouro do Estado - Fundo de Recursos a Utilizar". 1 - Para a movimentao da "Conta nica de Recursos a Utilizar" o titular da conta ou autoridade delegada requisitar ao Banco tales de cheques assim caracterizados: 1) cruzado em preto, para atender ao pagamento de despesa acima de 5 (cinco) Valores de Referncia; 2) sem cruzamento, para as despesas e adiantamentos at 5 (cinco) Valores de Referncia. 2 - vedada a emisso de mais de um cheque sem cruzamento, para pagamento da mesma nota fiscal ou documento equivalente. 3 - A abertura, o encerramento, a fuso ou qualquer modificao da "Conta nica de Recursos a Utilizar", bem como os desdobramentos necessrios por exigncia legal, somente sero processados por ordem expressa da secretaria de Estado de Fazenda. 4 - As contas em nome do Tesouro Estadual sero movimentadas exclusivamente pela Secretaria de Estado de Fazenda. Art. 98 - No caso de pagamento a mais ou indevido, a autoridade competente providenciar o recolhimento da respectiva importncia ao Tesouro Estadual, que ser classificada como anulao de despesa, se ainda estiver aberto o exerccio relativo ao pagamento ou como receita oramentria, em caso contrrio. Art. 99 - Os servios e os rgos de preparo de pagamento mantero registro especiais dos atos suspensivos ou impeditivos de pagamentos. 1 - As quantias seqestradas ou penhoradas a favor de terceiros somente lhes podero ser pagas mediante mandato, expedido pela autoridade competente.

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    2 - Enquanto no requisitada a entrega das somas penhoradas ou seqestradas, sero as ordens de pagamento arquivadas nas reparties pagadoras, tendo anexos os mandados relativos ao seqestro ou penhora. Art. 100 - O Tesouro Estadual no pagar vencimento, remunerao ou quaisquer vantagens, sob qualquer ttulo ou pretexto, sem expressa autorizao decorrente de lei ou ato que a regulamente. Art. 101 - O pagamento do inativo ou pensionista s ser feito depois de sua inscrio em registro prprio, com base no respectivo processo, aps apreciada sua legalidade pelo Tribunal de Contas. Pargrafo nico - O servidor, quando aposentado, receber, a ttulo de abono de proventos, e a partir da data da publicao do ato de aposentadoria, importncia mensal proporcional ao tempo de servio apurado, computados vencimentos e vantagens, independentemente da apreciao da legalidade, pelo Tribunal de Contas, do respectivo ato. Art. 102 - Os pagamentos devidos pela Fazenda Pblica, em virtude de sentena judiciria, far-se-o na ordem de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, sendo proibida a designao especial de casos ou pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para esse fim. (...)

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    5 - Regime de Execuo das Despesas - " Voltar ao Sumrio"

    5.1 - Despesas por Processo Normal de Aplicao.

    So aquelas em que as prprias Unidades Oramentrias realizam todas as etapas do seu processamento, ou da sua dispensa ou inexigibilidade.

    O processamento normal para uma licitao o seguinte:

    Constata a carncia do material/servio necessrio (requisitante); Formula expediente solicitando, detalhadamente o material/servio necessrio

    (requisitante); constatada a impossibilidade de atendimento ou a eminncia de falta (rea de

    material); providenciada a cotao para estimar a despesa (rea de material); sugerida a forma de aquisio fundamentadamente (indicando modalidade e tipo)

    (rea de material); verificada a disponibilidade oramentria e informada sua existncia (exigncia

    legal) (rea financeira); Autoriza a aquisio (incio da licitao pblica) (Ordenador de Despesa); bloqueado o valor estimado para a despesa (rea financeira); expedida a documentao oficial para aquisio (rea de material); So apreciados eventuais instrumentos convocatrios/contratos, pronunciando-se; Junta ato(s) de designao dos membros da Comisso Permanente de Licitao (CPL); Designa dia/hora/local para a realizao da Abertura da Licitao, observando a

    viabilidade do cumprimento do prazo legal mnimo (CPL); Providencia publicao e/ou expede documentao divulgatria (rea de material); Entrega a documentao convocatria aos interessados qualificados (cadastrados

    previamente) (rea de material); Na data aprazada recebe os envelopes com a documentao habilitatria e o com as

    propostas, e abre os de habilitao (CPL); Divulga habilitaes/inabilitaes, devolve envelopes-proposta dos inabilitados, abre os

    dos habilitados e lavra a Ata (CPL); Analisa as propostas, preenche o Mapa Comparativo de Preos/notas, julga, divulga o

    resultado e lavra a Ata (CPL); Sonda os preos de mercado (rea de material); Homologa a licitao e adjudica o objeto (Ordenador de Despesa); Registro do valor real da despesa e emite o documento de Autorizao da Despesa

    (rea financeira); analisado o processo pela rea contbil (rea contbil); emitido o empenho (rea contbil); Entrega-se a primeira via do empenho ao(s) adjudicatrios(s) e formalizam-se eventuais

    contratos (rea de material).

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    5.2 Adiantamentos.

    Consiste na entrega de numerrio a servidor, devidamente credenciado, sempre precedida de Empenho, na dotao oramentria prpria, a fim de realizar despesas que no possam se subordinar ao processo normal de execuo. (Lei Estadual n. 287/79, art. 103 ao 115; Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93).

    So despesas especialmente processveis pelo regime de adiantamentos:

    Concesso

    1 - despesas com diligncias policiais at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n.18.827/93. Classificao da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX;

    2 - despesas eventuais de gabinete at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Classificao da Despesa 3390.30.XX, 3390.39.XX, ou 4490.52.XX;

    3 - despesas midas de pronto pagamento at R$ 4.000,00 (quatro mil reais), conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Dispensa de licitao conforme Art. 24, II, Lei Federal n. 8666/93. Classificao da Despesa 3390.39.24;

    4 - despesas extraordinrias ou urgentes at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), salvo se tratar de aquisio de gneros alimentcios, quando esse limite poder ascender a at R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), independendo neste ltimo caso, de autorizao do Governador do Estado, conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Dispensa de licitao conforme Art. 24, IV Lei Federal n. 8666/93. Classificao da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX;

    5 - despesas de carter secreto ou reservado at R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conforme Decreto n. 3.147/80, alterado pelo Decreto n. 18.827/93. Dispensa de licitao conforme Art. 24, IV, Lei Federal n. 8.666/93. Classificao da Despesa 3390.30.XX, ou 3390.39.XX.

    Importante:

    No se conceder adiantamento: (Art. 3, do Decreto n. 3.147/80)

    a servidor em alcance (servidor, responsvel por adiantamento, que no apresentou comprovao dentro do prazo); a servidor responsvel por 2 adiantamentos a comprovar; a servidor que no esteja em efetivo exerccio; a servidor que esteja respondendo a inqurito administrativo; ao ordenador de despesas ou do pagamento do adiantamento.

    Qualquer despesa relativa ao adiantamento somente poder ser efetuada aps a sua autorizao, cujo pagamento, entretanto, s ser permitido aps o seu o recebimento (Art. 8, Decreto n. 3.147/80).

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    Aplicao

    Prazo mximo de 60 dias corridos para efetuar as despesas, a partir da data da assinatura da autorizao na NAD (Nota de Autorizao da Despesa), Art. 12, Decreto n. 3.147/80.

    No sendo gasto todo o valor do adiantamento, o responsvel dever devolv-lo ao Estado atravs de depsito em conta bancria, no mesmo prazo da aplicao (Art. 12, III, Decreto n. 3.147/80)

    Todas as despesas efetuadas tero como comprovantes as primeiras vias de Notas Fiscais , com data contempornea ou posterior da autorizao do adiantamento, em nome e com CNPJ do rgo concedente (Art. 16, 2, Decreto n. 3.147/80).

    Todo material adquirido ou servio prestado deve ser especificado claramente no documento fiscal (valores, quantidade, etc.).

    Todos os documentos fiscais, comprovantes de despesas, devero conter declarao expressa do recebimento, no prprio documento. (Art. 12, 2, Decreto n. 3.147/80).

    Todos os documentos fiscais comprovantes de despesas devero conter atestao, por dois servidores, do recebimento do material ou a prestao do servio. A autoridade requisitante dar o visto. (Art. 12, 4, Decreto n. 3.147/80).

    Com exceo do CPMF (Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira) todas as despesas extras, tais como taxas bancrias etc. sero cobradas ao responsvel pelo adiantamento.

    Todo adiantamento s poder ser aplicado e devolvido dentro do exerccio financeiro (ano) em que foi concedido.(Art. 12, 5, Decreto n. 3.147/80).

    Observar atentamente os tpicos sobre legislao, neste manual, com referncia a IRRF, e INSS sobre autnomos, aplicveis sobre as despesas de adiantamentos.

    Comprovao

    O prazo para comprovao de 30 dias aps o ltimo dia para aplicao. (Art. 15, 1, Decreto n. 3.147/80) .

    O Processo de Comprovao ser encaminhado a autoridade requisitante, no prazo acima, atravs de Ofcio.

    A autoridade requisitante tem o prazo de cinco dias, a contar da data do recebimento do Processo de Comprovao do Adiantamento, para encaminh-lo a Coordenadoria de Contabilidade Analtica, ou rgo equivalente, ex-CONSEC. (Art. 19 do Decreto n. 3.147/80).

    A Coordenadoria de Contabilidade Analtica, ou rgo equivalente de contabilidade, dispor de 25 dias para o exame do processo. (Art. 20 do Decreto n. 3.147/80)

  • Manual de Orientao do Gestor Pblico

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    O prazo para cumprimento de exigncias de 20 dias, a contar do seu retorno. (Art. 20, do Decreto n. 3.147/80).

    O Ordenador da Despesa ter o prazo de cinco dias, a contar do seu recebimento para aprovar ou impugnar a comprovao. ( nico do art. 20, do Decreto n. 3.147/80).

    O Processo de Comprovao de Adiantamento dever ser instrudo com os seguintes elementos: (Art. 16 do Decreto n. 3.147//80):

    1. 1 via da Nota Empenho; 2. Recibo do depsito bancrio (*); 3. Mapa Discriminativo da Despesa; 4. Comprovante de Despesas (notas fiscais, recibos, etc.); 5. Comprovante do recolhimento do saldo do adiantamento, se houver; 6. NAD de anulao (se for o caso); 7. Cheques no utilizados; 8. Comprovante declarando a inexistncia do material adquirido em estoque, emitido

    pelo rgo competente; 9. Autorizao para abertura de conta corrente bancria, em nome do servidor

    responsvel pelo adiantamento, vinculada ao valor do adiantamento a ser depositado.(Res. SEF n.. 3.047 de 13/07/1999);

    10. Extratos bancrios, com o saldo "zerado".

    (*) Desconsiderar, no caso de recebimento atravs de execuo de "PD", pelo SIAFEM/RJ.

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    5.3 - Subvenes / Auxlios - Quadro demonstrativo

    TTULOS CLASSIFICAO CONTBIL APLICAO ENTIDADES BENEFICIADAS

    SUBVENES Transferncias Correntes Despesas Correntes Custeios

    Pessoas Jurdicas de Direito Pblico ou Privado com ou sem fins lucrativos

    AUXLIOS Transferncias de Capital Despesas de Capital Investimentos e Inverses Financeiras

    Pessoas Jurdicas de Direito Pblico ou Privado sem fins lucrativos

    5.3.1 - Subvenes

    So transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades de qualquer natureza, com exceo das empresas com fins lucrativos, salvo se previsto expressamente autorizadas em Lei, (Art. 19, da Lei Federal N. 4.320/64 e Art. 41, da Lei Estadual N. 287/79), destinadas :

    Promover e desenvolver a cultura, inclusive fsica e desportiva, em qualquer de suas modalidades ou graus;

    Promover amparo ao menor, ao adolescente, ao adulto desajustado ou enfermo; Promover a defesa da sade coletiva ou a assistncia mdico-social ou

    educacional; Promover o civismo e a educao poltica; Promover a incrementao do turismo e de festejos populares, em datas

    marcantes do calendrio.

    5.3.2 - Subvenes Sociais / Auxlios

    So recursos repassados pelo Estado, instituies pblicas ou privadas, - sem fins lucrativos. - para auxiliar ou estimular a prestao de servios essenciais de assistncia social, mdica, educacional ou cultural. Em suma, so recursos para serem utilizados em carter social.

    ENTIDADES BENEFICIADAS: Instituies pblicas ou privadas sem fins lucrativos. FINALIDADE: Auxiliar ou estimular a prestao de servios essenciais de assistncia social, mdica e educacional, em suplementao iniciativa privada. CONCESSO: Com base nas unidades de servios a serem efetivamente prestados ou postos disposio dos interessados CONDIES: Obedincia a padres mnimos de eficincia previamente fixados. Condies satisfatrias de funcionamento julgadas pelos rgos de fiscalizao, bem como, as previstas no artigo 41, da Lei Estadual N. 287/79.

    5.3.3 - Subvenes Econmicas

    So recursos repassados pelo Estado, empresas pblicas ou privadas que tenham carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril, com ou sem fins lucrativos, para

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    cobertura dos dficits de manuteno, de diferena de preos de mercado e de revenda de gneros alimentcios ou outros materiais, bem como, para pagamento de bonificaes ou produtos de determinados gneros ou materiais. ENTIDADES BENEFICIADAS: Empresas pblicas ou privadas que tenham carter Industrial, Comercial, Agrcola ou Pastoril com ou sem fins lucrativos.

    FINALIDADE: Cobertura dos dficits de manuteno ou funcionamento de entidades da Administrao Indireta. Cobertura de diferena de preos de mercado e de revenda de gneros alimentcios ou outros materiais. Pagamento de bonificaes a produtores de determinados gneros ou materiais.

    CONCESSO: Com base no interesse pblico. Para as empresas de fins lucrativos, exige-se autorizao em Lei Especial.

    CONDIES: A serem fixadas em Lei Especial.

    5.3.4 - Prestao de Contas de Subvenes e Auxlios ao rgo competente. (rgo que concedeu o Auxilio ou Subveno)

    Definio

    De acordo com o art. 8 do Decreto n. 3.148/80, que regulamentou o Capitulo II do Ttulo X do Cdigo de Administrao Financeira e Contabilidade Pblica (Lei Estadual n. 287/79), Prestao de Contas o procedimento pelo qual, dentro dos prazos fixados em lei, regulamento ou instruo, o responsvel est obrigado, por iniciativa pessoal, a comprovar, ante o rgo competente, o uso, o emprego ou a movimentao dos bens, numerrios e valores que lhe foram entregues ou confiados. O processo de Prestao de Contas ser constitudo do conjunto desses documentos comprobatrios organizados em pasta, onde esto dispostos os Empenhos das Despesas realizadas, acompanhados de toda a documentao exigida para a sua comprovao (Notas Fiscais, Recibos, Guias de Recolhimentos de Impostos, Relaes de Beneficirios de Dirias, etc.).

    Procedimentos

    Segundo dispe o artigo 41, 2, da Lei Estadual n.. 287/79, o estabelecimento ou instituio beneficiada pelo Estado prestar contas ao rgo Estadual competente, da correta aplicao dada ao Auxlio ou Subveno recebida, no podendo receber outro benefcio antes do cumprimento dessa obrigao.

    As entidades beneficiadas, ao prestarem contas da fiel aplicao dos Auxlios/Subvenes recebidas, apresentaro os seguintes documentos:

    a) Comprovantes originais das despesas realizadas, no valor igual ou superior ao do beneficio concedido (inciso II do artigo 18 do Decreto n. 3.148/80 e artigo 24, e inciso I, da Deliberao TCE 198/96).

  • Manual de Orientao do Gestor Pblico

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    b) Como Comprovante de Despesa, s sero aceitas as primeiras vias da Nota Fiscal ou documento equivalente, no caso de no obrigatoriedade de emisso de Nota Fiscal, com data contempornea ou posterior ao recebimento do numerrio. No caso de extravio ou inutilizao da primeira via do documento, poder ser aceita cpia do documento devidamente autenticado pela repartio fiscal competente (artigo 24, 1 e 2, da Deliberao TCE n. 198/96); e

    c) Balancete Analtico da entidade beneficiada ou outro demonstrativo contbil, evidenciando o registro do Auxlio ou da Subveno e a aplicao dos recursos recebidos (artigo 24, inciso II, da Deliberao TCE n.198/96).

    5.3.4.1 - Da Formalizao do Processo de Prestao de Contas

    O rgo formalizar o processo de Prestao de Conta das Subvenes e Auxlios Concedidos e juntar ao mesmo o Processo relativo concesso daquelas Subvenes e Auxlios (art.21, pargrafo nico, da Deliberao TCE n. 198/96).

    O rgo de Controle Interno que atua junto ao rgo estadual responsvel pela Concesso dos Auxlios/Subvenes emitir Parecer sobre as Contas, conforme preceitua o artigo 24, inciso III, da Deliberao TCE n. 198/96.

    A autoridade competente se pronunciar acerca da Prestao de Contas e do Parecer do Controle Interno atestando o conh