Manual de Pequenas Obras

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  • 1Procedimentos para Implantao de

    Segurana e Sade do Trabalho

    em Pequenas Obras

    Manual para Pequenas ObrasProcedimentos para Implantao de

    Segurana e Sade do Trabalho

    em Pequenas Obras

    Manual para Pequenas Obras

  • 3Expediente

    Coordenao e Superviso Editorial: Sinduscon-GO e Qualisegma

    Reviso Tcnica: Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego em Gois - SRTE/GO

    Reviso Ortogrfica: Sinduscon-GO e Qualisegma

    Fotos: Qualisegma

    Arte Final e Diagramao: Assessoria de Comunicao Social do Sinduscon-GO.

    O Manual de Pequenas Obras uma iniciativa do Sindus-con-GO com o apoio e participao do Crea-GO, Seconci--GO, Secovi-GO, Sintracom, Senai-GO, SRTE e Prefeitura Municipal de Goinia.

  • 5ndice

    Apresentao .................................................................. 7

    Introduo ..................................................................... 11

    Providncias preliminares da obra ......................................... 12

    Recrutamento e seleo ................................................. 13

    Contratao ..................................................................... 15

    Execuo das obras .......................................................... 17

    Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo .. 19 Documentao .................................................................. 26

    Programas legais ........................................................... 27

    CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes ........ 29

    SESMT ........................................................................ 30

    EPIs - Equipamentos de Proteo Individual .................... 30

    EPCs - Equipamentos de Proteo Coletiva ..................... 31

    Seguro de vida em grupo .................................................... 32

    Encerramento das obras ...................................................... 32

    Telefones teis ................................................................... 33

  • 7Apresentao

    papel de todos informar e orientar

    O presente Manual representa uma idealizao do Sindicato da Indstria da Construo no Estado de Gois (Sinduscon-GO) no sentido de produzir um documento tcnico, de alcance social, sobre legislao e procedimentos nas reas de sade e segurana do trabalho a serem observados pelos construtores e proprietrios de pequenas obras.

    O objetivo primordial informar e orientar todos aqueles que pretendem desenvolver atividades no ramo da construo, seja construindo a sua casa prpria, ou atuando como empregador em pequenas obras.

    Como consequncia, pretende-se, desse modo, implantar as boas prticas da construo, contribuindo para a reduo dos acidentes de trabalho e das doenas profissionais, preservar a qualidade da vida humana, qualificar a mo de obra e tambm conscientizar o proprietrio e o construtor da pequena obra, quanto a sua responsabilidade.

    Aproveitando a experincia acumulada das instituies que compuseram o presente manual, desejamos tambm que este documento sirva como referncia aos rgos e instituies que atuam junto aos construtores das obras de pequeno porte.

    Boa leitura!

    Justo Oliveira dAbreu Cordeiro, Presidente do Sinduscon-GO

  • 8Apresentao

    Segurana e sade do trabalhador: direitos que promovem crescimento

    Faz parte da histria da Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego em Gois SRTE/GO a parceria com o Sindicato da Indstria da Construo no Estado de Gois Sinduscon-GO para promoo e melhoria das condies de segurana e sade nos canteiros de obras. Hoje vemos com muita satisfao a apresentao deste manual que se dedica preveno e reflete a importncia que a indstria da construo civil, por meio do Sinduscon-GO, tem conferido melhoria da qualidade de vida dos recursos humanos, que constituem o mais importante patrimnio das empresas. A leitura deste manual, especfico, ajudar muito a indstria da construo a evitar acidentes e doenas relacionadas ao trabalho.

    Os acidentes, em geral, so o resultado de uma combinao de fatores, entre eles, falhas humanas e falhas materiais, assim altamente profcuo que o cidado comum, o trabalhador, tambm tenha algum conhecimento sobre as leis que foram elaboradas para proteger seus direitos e os empresrios a percepo de que devem implementar medidas de segurana, aplicando as NRs (Normas Regulamentadoras) do Ministrio do Trabalho, que esto diretamente ligadas s prticas prevencionistas, facilmente aplicadas no sentido de impedir a ocorrncia de acidentes.

    Ao serem criados e mantidos ambientes favorveis sade e ao bem-estar dos trabalhadores, as empresas cumprem obrigao inerente Responsabilidade Social e, ao mesmo tempo, contribuem muito para a melhoria e ampliao de sua produtividade que se refletir no prprio desenvolvimento do pas.

    Este trabalho um esforo no sentido de dar prioridade a medidas que eliminem ou reduzam os perigos na sua origem, criando um ambiente seguro de trabalho. Assim, acreditando que toda e qualquer ao que busque salvaguardar o trabalhador em sua atividade laboral preponderante e deve perpassar as gestes, que fizemos questo do compartilhamento da apresentao deste manual, trazendo as palavras do ex-superintendente e rogando que o simbolismo disso possa se converter na perenidade de aes em prol da classe trabalhadora, como a confeco deste material.

    Heberson AlcntaraSuperintendente Regional do Trabalho e Emprego em Gois

  • 9Apresentao

    Pela preservao da vida e dignidade dos trabalhadores

    Segurana do trabalho uma tarefa desenvolvida necessariamente a vrias mos. Este manual consagra duas participaes essenciais neste processo, quais so a Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego em Gois, que representa o Estado e o Sinduscon-GO, que representa o empresariado, que se fazem parceiros nesta ao de divulgao dos principais pontos das Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e Emprego, com foco voltado especificamente construo de pequenas obras.

    A cultura do trabalho decente envolve a segurana do trabalhador e o ambiente saudvel como condies fundamentais para o desempenho do trabalho em todos os setores da economia. o que busca o Manual para Pequenas Obras, elaborado com consideraes desde o projeto de instalao at o encerramento do canteiro de obras.

    Esta publicao visa a preservao da vida e da dignidade dos trabalhadores. Ressaltamos a importncia do investimento em Equipamentos de Proteo Coletivo e Individual e do respeito s normas de proteo e segurana para evitar acidentes e doenas ocupacionais.

    Nossa expectativa que este Manual no seja considerado um recurso suficiente e esgotado, mas um documento orientador e estimulador a consultas mais aprofundadas s Normas Regulamentadoras, lembrando que estas so normas mnimas, e em constante reviso e aprimoramento. So sempre bem-vindas as contribuies para seu aprimoramento.

    Samuel Alves SilvaAuditor Fiscal do Trabalho

    Ex-Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Gois(trabalho iniciado nesta gesto)

  • 11

    1) Introduo

    Este Manual Para Pequenas Obras visa oferecer uma ferra-menta prtica e eficaz de orientao para proprietrios e emprega-dores construtores de pequenas obras.

    O presente Manual aborda as providncias e aes neces-srias para manuteno da conformidade legal, tanto no aspecto trabalhista como previdencirio, focando a Segurana e Sade do Trabalho, em especial as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e Emprego.

    A sequncia de atividades aqui apresentada indicativa, no exaustiva, haja vista as frequentes mudanas e atualizaes na legislao brasileira.

    As orientaes aqui apresentadas buscam colaborar para a reduo de acidentes de trabalho e das doenas profissionais. Com a reduo dos acidentes podero ser eliminados os problemas que afetam o homem e a produo. Para que isso acontea, neces-srio que tanto os proprietrios das obras, empregadores (que tm por obrigao fornecer um local de trabalho com boas condies de segurana e higiene, maquinaria segura e equipamentos adequa-dos), como os trabalhadores (aos quais cabe a responsabilidade de desempenhar o seu dever com menor perigo possvel para si e para os companheiros), estejam comprometidos com uma mentalidade preventiva.

    As aes delineadas foram baseadas nas Normas Regulamen-tadoras NRs e, portanto, as mesmas devem ser sempre consul-tadas.

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    2) Providncias preliminares da obra

    Antes do incio da instalao do canteiro de obras o emprega-dor dever tomar algumas provi-dncias especficas de Segurana e Sade do Trabalho, entre elas:

    Comunicao Prvia ao Ministrio do Trabalho

    De acordo com o item 18.2.1 da NR18 Norma Regu-lamentadora do Ministrio do Tra-balho e Emprego, obrigatria a comunicao SRTE - Superin-tendncia Regional do Trabalho e Emprego, antes do incio das ati-vidades, contendo o endereo cor-reto da obra; endereo correto e qualificao (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomnio; tipo de obra; datas previstas do incio e concluso da obra e o nmero mximo previsto de trabalhadores nesta.

    Esta comunicao dever ser feita atravs de carta em papel timbrado da construtora, assinada por seu preposto e entregue me-diante protocolo. Uma cpia desta carta devidamente protocolada deve compor o book de documentos de Segurana e Sade do Trabalho, o qual dever ficar no canteiro de obras disposio da fiscalizao.

    Projeto das Instalaes de Canteiro

    As instalaes de canteiro devem possuir projeto devidamen-te assinado por responsvel tcnico e devem compor o PCMAT Programa de Controle do Meio Ambiente do Trabalho, quando a obra possuir mais de 20 (vinte) empregados.

    Na elaborao do projeto do canteiro de obras, o seu res-ponsvel deve levar em considerao as dimenses, disposies e demais exigncias contidas no item 18.4 da NR18.

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    3) Recrutamento e seleo

    Registro de Empregados

    Todo e qualquer empregado deve ser registrado, para que te-nha as condies de trabalho devidamente formalizadas atravs da Carteira de Trabalho (CTPS). Esta formalizao assegura os direitos correspondentes, como frias, 13 salrio, INSS, FGTS, salrio fa-mlia, dentre outros. O empregador dever verificar a Conveno Coletiva de Trabalho para saber sobre Jornada de Trabalho, Ali-mentao, Seguro de Vida em Grupo, afim de evitar custos com multas e processos trabalhistas. Os documentos necessrios para o registro so: CTPS, Atestado de Sade Ocupacional ASO, Ttulo de Eleitor, Certificado de Reservista ou de Alistamento Militar para empregados brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos, Certido de Nascimento, Casamento ou Carteira de Identida-de; CPF; PIS/PASEP; Certido de Nascimento de Filhos Menores de 14 anos e Carto de Vacinao dos filhos at 7 anos.

    O recrutamento e a seleo de mo de obra devem ser re-alizados tomando-se os cuidados necessrios para no causarem problemas para a empresa. Os principais cuidados a serem tomados so descritos a seguir:

    Cuidados no Recrutamento e Seleo

    Sempre que possvel o recrutamento e a seleo devem ser feitos fora do canteiro de obras para evitar a circulao de pessoas em reas de risco de acidentes do trabalho. Os candidatos devem ser criteriosamente selecionados, levando-se em considerao:

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    a. Experincia; b. Qualificao profissional; c. Sade.

    Requisitos de Qualificao Prvia

    Um cuidado especial deve ser dado qualificao do profissional que est sen-do admitido.

    Existem diversas fun-es que requerem formao tcnica especfica na rea, bem como habilidades que s se adquire com a experincia.

    Sempre que possvel, o empregador deve realizar um teste prtico com o candidato, aplicado por profissional experiente e de confiana do empregador, a fim de verificar e/ou comprovar a expe-rincia e habilidades do profissional que est sendo admitido.

    Algumas Funes que Requerem Qualificao Profissional Motorista; Eletricista; Operador de Equipamentos de Terraplenagem (escavadeiras,

    carregadeiras, retro-escavadeira, motoniveladoras, tratores de esteira, etc.);

    Operador de Equipamentos de Guindar (gruas, elevadores de carga, caminhes munk, guindautos, guindastes em geral, etc.);

    Soldador; Maariqueiro; Tcnico de Segurana do Trabalho.

    Os requisitos de qualificao encontram-se definidos nas NRs e variam de acordo com o tipo de obra e/ou servio que ser executado.

    Recomenda-se que o empregador estabelea uma matriz de treinamentos, definindo quais devero ser os requisitos para con-tratao e quais sero proporcionados ao trabalhador durante sua permanncia na obra.

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    4) Contratao

    Uma vez selecionados e recrutados os trabalhadores, as pro-vidncias de admisso so:

    Ordens de Servio

    Cabe ao empregador a elaborao das ordens de servio so-bre segurana e sade no trabalho, dando cincia aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrnicos.

    Evidncias de Qualificao

    Alm de requisitar ao empregado os comprovantes de sua qualificao inicial, o empregador dever manter registros de todo treinamento que realizar com seus empregados.

    A qualificao exigida por lei dever ser comprovada atravs de certificados emitidos por entidades credenciadas e/ou autoriza-das.

    Em todo treinamento interno o empregador dever emitir cer-tificado, no qual conste a carga horria e o programa do curso.

    Treinamento Admissional

    Todos os empregados devem receber treinamentos admissio-nal e peridico, visando garantir a execuo de suas atividades com segurana.

    O treinamento admissional deve ter carga horria mnima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horrio de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de:

    a) informaes sobre as condies e meio ambiente de trabalho;b) riscos inerentes sua funo; c) uso adequado dos Equipamentos de Proteo Individual EPIs;

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    d) informaes sobre os Equipamentos de Proteo Coletiva EPCs, existentes no canteiro de obra.

    O SECONCI-GO oferece diariamente em sua sede, o Treina-mento Admissional previsto na NR-18, sendo este um convnio especfico com valor parte da contribuio de 1%.

    O Treinamento Peridico deve ser Ministrado:a) sempre que se tornar necessrio; b) no incio de cada fase da obra.

    Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cpias dos procedimentos e operaes a serem realizadas com segurana ou, no mnimo, a OS (Ordem de Servio).

    Este treinamento deve ser ministrado pelo Servio Especiali-zado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa ou pelo tcnico de segurana que acompanha as obras, registrado atravs de lista de presena, alm de ser aplicada uma avaliao final, de forma a garantir que o empregado entendeu o contedo programtico do treinamento.

    Exames Mdicos Admissionais

    Todos os empregados devem realizar uma avaliao mdica na sua admisso.

    A avaliao deve ser realizada considerando os riscos a que o empregado estar exposto.

    Para tanto, o Mdico do Trabalho, coordenador do PCMSO da obra, dever estabelecer os exames mdicos complementares necessrios para se certificar que o trabalhador possui as condies fsicas e mentais necessrias para exposio aos riscos existentes no ambiente de trabalho.

    O Mdico do Trabalho dever analisar os resultados dos exa-mes mdicos admissionais, no sentido de identificar doenas pr--existentes que possam se agravar devido exposio aos fatores de risco relacionados com o exerccio da funo que o trabalhador desempenhar na obra.

    Sempre que possvel, devem ser previstos exames mdicos especficos para trabalhos em altura.

    Os exames mdicos complementares devem ser mantidos no pronturio mdico do trabalhador para acompanhamento de sua vida laboral. A 1 via do Atestado de Sade Ocupacional (ASO) deve ser mantida no local de trabalho para comprovaes para a

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    fiscalizao, quando solicitado. Compete ao empregador, dentre outras responsabilidades, custear, sem nus para o empregado, to-dos os procedimentos relacionados ao PCMSO.

    Estes documentos devem ser mantidos guardados por um pe-rodo de 20 anos aps o desligamento do empregado da empresa.

    O SECONCI-GO tambm oferece a realizao de todas as aes previstas no Programa de Controle Mdico da Sade Ocupa-cional - PCMSO, sendo este um Convnio especfico com valor parte da contribuio de 1%.

    5) Execuo das obras

    Durante a execu-o das obras, o empre-gador deve implementar prticas e ferramentas de gesto da Seguran-a e Sade do Trabalho, visando prevenir riscos e cumprir os requisitos legais existentes.

    Prticas e Ferramentas de Gesto que Podem Integrar um Programa de Gesto de Sade e Segurana no Trabalho para a Obra

    DDSS Dilogo Dirio de Segurana e Sade: O empregador deve realizar diariamente, antes do incio da jornada de trabalho, o DSS - Dilogo de Segurana e Sade visando conscientizar os funcio-nrios sobre a preveno de acidentes, preservao da sade e do meio ambiente, com durao entre 10 e 15 minutos. O DSS deve ser documentado e seus registros mantidos disposio da fisca-lizao.

    APR Anlise Preliminar de Riscos: O empregador deve imple-mentar a APR Anlise Preliminar de Riscos em todas as frentes de servio, analisando as atividades a serem desenvolvidas quanto aos seus riscos de acidentes e medidas mitigadoras necessrias, levando ao conhecimento e assinadas por todos os executantes da tarefa. Os registros evidenciando a realizao da APR devem ser mantidos nas frentes de trabalho, disposio da fiscalizao.

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    Inspees e Auditorias Peridicas: O SESMT do empregador e/ou Tcnico de Segurana que acompanha as obras, devero realizar inspees e auditorias de segurana, sade e meio ambiente com a finalidade de garantir o cumprimento da legislao em vigor e das normas pertinentes, emitindo relatrios, estabelecendo aes e pra-zos para a eliminao das no conformidades ou de desvios aponta-dos. Situaes e aes que representem riscos de acidentes graves devero ser interditadas, para a imediata correo das mesmas. Os registros e evidncias de inspees e auditorias devem ser manti-dos nos canteiros de obras, ficando disposio da Fiscalizao.

    Comunicao e Investigao de Acidentes e Doenas: Ocorrendo acidentes de trabalho no canteiro de obras, deve-se comunicar ime-diatamente o SESMT da obra, tomando, em paralelo, as medidas necessrias para o atendimento ao acidentado. Todo acidente de trabalho deve ser comunicado e investigado. A investigao dever contar com a participao do SESMT da empresa e/ou do tcni-co de segurana que acompanha as obras, da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), quando houver, da liderana e chefia do acidentado, testemunhas e, sempre que possvel, o prprio acidentado. O empregador dever adotar as medidas corre-tivas necessrias, a partir da anlise e investigao dos acidentes, como forma de prevenir sua recorrncia. No caso de acidente fatal, devem ser tomadas as providncias legais previstas na NR18, itens 18.31.1e 18.31.1.1.

    Indicadores Estatsticos de Segurana do Trabalho: O empregador deve estabelecer seus dados estatsticos de Segurana do Traba-lho, compreendendo as seguintes informaes:

    Nmero de trabalhadores no local (efetivo); Nmero total de horas-homem trabalhadas no ms; Nmero de acidentes ocorridos, separados por:

    CPT Com Perda de Tempo SPT Sem Perda de Tempo Nmero de dias perdidos, no caso de acidentes CPT

    Nmero de doenas do trabalho registradas; Taxa de frequncia de acidentes; Taxa de Gravidade; Custos relacionados ao acidente e/ou doena ocupacional.

    Estas informaes devem ser repassadas Fundacentro e ao Ministrio do Trabalho e Emprego anualmente. Tambm serviro de base para anlise do desempenho da Segurana e Sade do traba-lho, permitindo a tomada de decises e a implementao de aes corretivas, preventivas e de melhorias. Alm disso, estas informa-

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    es serviro para o acompanhamento do clculo do FAP Fator Acidentrio Previdencirio, visando a reduo desta contribuio ao INSS.

    Plano de Emergncia: To logo o empregador inicie sua mobili-zao na rea de implantao das obras, dever elaborar e imple-mentar um Plano de Emergncia contendo as informaes e aes necessrias para o atendimento a emergncias, incluindo o socorro a vtimas, a definio e sinalizao de rotas de fuga e os procedi-mentos necessrios para atendimento a acidentados. Este Plano deve ser amplamente divulgado e, quando necessrio, prontamente revisado e melhorado.

    6) Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo

    NR18 Atendimento aos Requisitos da Norma

    vedado o ingresso ou a permanncia de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR 18 e compatveis com a fase da obra (vide item 18.1.3).

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    reas de VivnciaOs canteiros de obras devem dispor de (vide item 18.4.1):a) Instalaes sanitrias; b) Vestirios; c) Local de refeies. As reas de vivncia devem ser mantidas em perfeito estado

    de conservao, higiene e limpeza (vide item 18.4.1.2).

    A instalao sanitria deve ser constituda de lavatrio, vaso sanitrio e mictrio, na proporo de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou frao, bem como de chuvei-ro, na proporo de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou frao (vide item18.4.2.4). As instalaes sani-trias no podem ser ligadas diretamente ao local de tomada das refeies.

    Escavaes, Fundaes e Desmonte de Rochas

    A rea de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente rvores, rochas, equipamen-tos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execuo de servios (vide item18.6.1). Muros, edificaes vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavao devem se es-corados (vide item 18.6.2).

    Estes servios devem ter responsvel tcnico legalmente ha-bilitado (vide item18.6.3).

    As escavaes com mais de 1,25m de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas prximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergncia, a sada dos trabalhadores (vide item 18.6.7).

    Os materiais retirados da escavao devem ser depositados a uma distncia superior metade da profundidade, medida a partir da borda do talude (vide item18.6.8).

    Os taludes com altura superior a 1,75 m devem ter estabilida-de garantida (vide item18.6.9).

    Mquinas e Equipamentos

    As operaes envolvendo mquinas e equipamentos neces-srios realizao da atividade de Carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado (vide item18.7.1).

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    A serra circular deve ser dotada de mesa estvel, com fechamento de suas faces in-feriores, anterior e posterior, construda de madeira resis-tente, material metlico ou si-milar de resistncia equivalen-te, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para execuo das tarefas (vide item18.7.2.a).

    A carcaa do motor de-ver ser aterrada eletricamen-te (vide item 18.7.2.b).

    O disco deve ser man-tido afiado travado, devendo

    ser substitudo quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos (vide item 18.7.2.c).

    As transmisses de fora mecnica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, no podendo ser removidos, em hiptese alguma, durante a execuo dos traba-lhos (vide item 18.7.2.d).

    Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificao do fabricante e ainda coletor de serragem (vide item 18.7.2.e).

    Armaes de Ao

    A dobragem e o corte de vergalhes de ao em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estveis, apoiada sobre superfcie resistente, niveladas e no escorregadias, afastadas da rea de circulao de trabalhadores. Esta rea deve ter cobertura resistente (vide item 18.8.1).

    proibida a existncia de pontas verticais de vergalhes de ao desprotegidas (vide item 18.8.5).

    Estruturas de Concreto

    As formas devem ser projetadas e construdas de modo que resistam s cargas mximas de servio (vide item 18.9.1).

    Os suportes e escoras de formas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado (vide item 18.9.3).

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    As armaes de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento (vide item 18.9.5).

    Escadas

    As escadas provisrias de uso coletivo devem ser dimensio-nadas em funo do fluxo de trabalhadores, respeitando a largura mnima de oitenta centmetros (0.80m), devendo ter pelo menos, a cada dois metros e noventa centmetros (2,90m) de altura, um patamar intermedirio (vide item 18.12.5.1) .

    As escadas de mo devem ter seu uso restrito para acessos provisrios e servios de pequeno porte (vide item 18.12.5.2). Elas podero ter at sete metros (7,00m) de extenso e o espaamento entre os degraus deve ser uniforme, variando entre vinte e cinco centmetros (0,25m) e trinta centmetros (0,30m). proibido o uso de escada de mo com montante nico (vide item 18.12.5.4). Ser fixada no piso inferior e superior e ser dotada de degraus antider-rapantes e ser apoiada em piso resistente (vide item 18.12.5.5 e alneas de a at d).

    proibido o uso de escada de mo junto a redes e equipamen-tos eltricos desprotegidos (vide item 18.12.5.7).

    Medidas de Proteo contra Quedas em Altura

    obrigatria a instalao de proteo coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeo de materiais. As aberturas no piso devem ter fechamento provisrio resistente (vide item 18.13.1 e 18.3.2).

    O cinto de segurana tipo pra-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador (vide item 18.23.3).

    Andaimes e Plataformas de Trabalho

    Devem ser dimensionados e construdos de modo a suportar, com segurana, as cargas de trabalho a que esto sujeitos. O piso deve ter forrao completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente (vide itens 18.15.2 e 18.15.3). Os an-daimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodap, inclusive nas cabeceiras, em todo o permetro, com exceo do lado da face de trabalho (vide item 18.15.6). Os andaimes cujos pisos de traba-lho estejam situados a mais de um metro e cinquenta centmetros

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    (1,50m) de altura devem ser providos de escadas ou rampas (vide item 18.15.14).

    proibido o trabalho em andaimes de periferia da edificao sem que haja proteo adequada fixada estrutura da mesma (vide item18.15.12).

    proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos (vide item 18.15.13).

    Telhados e Coberturas

    Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentao segura dos trabalhadores (vide item 18.18.1), ou seja, obrigatria a instalao de cabo guia ou cabo de segurana para fixao de mecanismo de ligao por talabarte acoplado ao cinto de segurana tipo praquedista.

    O cabo de segurana deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) estrutura definitiva da edificao, por meio de espera(s) de anco-ragem, suporte ou grampo(s) de fixao de ao inoxidvel ou outro material de resistncia, qualidade e durabilidade equivalentes. (vide item 18.18.1.2).

    Nos locais sob as reas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e/ou em coberturas, obrigatria a existncia de sinali-zao de advertncia e de isolamento da rea capazes de evitar a ocorrncia de acidentes por eventual queda de materiais, ferramen-tas e/ou equipamentos (vide item 18.18.2).

    proibida a realizao de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas sobre fornos ou qualquer equipamento do qual possa haver emanao de gases, provenientes ou no de processos in-dustriais (vide item 18.18.3).

    proibida a realizao de trabalho ou atividades em telhados ou cobertura em caso de ocorrncias de chuvas, ventos fortes ou superfcies escorregadias (vide item 18.18.4).

    proibida a concentrao de cargas em um mesmo ponto sobre o telhado ou cobertura (vide item 18.18.5.1).

    Instalaes Eltricas

    A execuo e manuteno das instalaes eltricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado e com a superviso por profissional legalmente habilitado (vide item 18.21.1).

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    Somente podem ser realizados servios nas instalaes quan-do o circuito eltrico no estiver energizado (vide item 18.21.2).

    proibida a existncia de partes vivas expostas de circuitos de equipamentos eltricos (vide item 18.21.3).

    As emendas e derivaes dos condutores devem ser execu-tadas de modo que assegurem a resistncia mecnica e contato eltrico adequado (vide item 18.21.4).

    O isolamento de emendas e derivaes deve ter caracterstica equivalente dos condutores utilizados (vide item 18.21.4.1).

    Os condutores devem ter isolamento adequado, no sendo permitido obstruir a circulao de materiais e pessoas (vide item 18.21.5).

    Os circuitos eltricos devem ser protegidos contra impactos mecnicos, umidade e agentes corrosivos (vide item 18.21.6).

    Sempre que a fiao de um circuito provisrio se tornar inope-rante ou dispensvel, deve ser retirada pelo eletricista responsvel (vide item 18.21.7).

    De acordo com o item 18.21.11, as instalaes eltricas pro-visrias de um canteiro de obras devem ser constitudas de

    Chave geral do tipo blindada, de acordo com a aprovao da Concessionria local, localizada no quadro principal de distribuio.

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    (a) Chave individual para cada circuito de derivao. (b) Chave faca blindada em quadro de tomadas. (c) Chaves magnticas e disjuntores para os equipamentos (d)

    As estruturas e carcaas dos equipamentos eltricos devem ser eletricamente aterradas (vide item 18.21.16).

    Dever ser providenciado o projeto das instalaes eltricas provisrias, juntamente com o respectivo diagrama unifilar, para a solicitao da ligao da energia junto Concessionria local.

    Armazenagem e Estocagem de Material

    Devem ser de modo a no prejudicar o trnsito de trabalhado-res, a circulao de materiais, o acesso aos equipamentos de com-bate a incndios, no obstruir as portas ou sadas de emergncia e no provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou es-trutura de sustentao, alm do previsto em seu dimensionamento (vide item 18.24.1).

    As pilhas de materiais, a granel ou embalados devem ter for-ma e altura que garantam a sua estabilidade e facilitem o seu ma-nuseio (vide item 18.24.2).

    As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, formas e esco-ramentos devem ser empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de amarrao (vide item 18.24.8).

    Proteo Contra Incndio:

    obrigatria a adoo de medidas que atendam, de forma eficaz, s necessidades de preveno e combate a incndio para os diversos setores, atividades, mquinas e equipamentos do canteiro de obra (vide item 18.26.1).

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    Ordem e Limpeza:

    O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desim-pedido, notadamente nas vias de circulao, passagens e escada-rias (vide item 18.29.1).

    Uniformes: obrigatrio o fornecimento gratuito, pelo empregador, de vesti-menta de trabalho e a sua reposio, quando danificada (vide item 18.37.3).

    7) Documentao

    Um dos aspectos fundamentais da conformidade legal de uma obra a manuteno dos documentos e registros relativos Segu-rana e Sade do Trabalho, documentos estes que devem ser man-tidos disposio da fiscalizao durante toda a obra e, depois, mantidos pelo empregador por um prazo mnimo de 20 anos.

    Relao de documentos que devem estar disponveis no local de trabalho: Cpia da Comunicao Prvia da obra feita SRTE; Livro de Inspeo do Trabalho; Cpia do vnculo empregatcio de cada empregado no local; Uma via original do ASO Atestado de Sade Ocupacional (ad-

    missional, peridico, retorno ao trabalho, mudana de funo e demissional);

    OS Ordens de Servio, devidamente assinadas; Registro de entrega de EPIs (incluindo sua devoluo, troca ou

    substituio); CA Certificados de Aprovao dos EPIs fornecidos; Comprovantes de qualificao profissional para as funes que o

    exigem; Comprovante de realizao dos treinamentos admissionais; Uma via original do PPRA Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais; Uma via original do PCMSO Programa de Controle Mdico da

    Sade Ocupacional; Uma via original do LTCAT Laudo Tcnico das Condies do

    Ambiente de Trabalho, quando aplicvel; Uma via original do Laudo Ergonmico; Uma cpia do PPP Perfil Profissiogrfico Previdencirio dos em-

    pregados demitidos; Registros (listas de presena) dos DSS Dilogos de Segurana e

  • Sade realizados na obra; Todas as APR Anlises Preliminares de Risco elaboradas e aplica-

    das obra; Certificado de inspeo de reservatrios de combustveis e tanques

    sob presso, dentro da validade, quando for o caso; Registros (listas de presena) dos treinamentos especficos realiza-

    dos na obra; Registros das inspees realizadas e a respectiva evidncia de solu-

    o das no conformidades encontradas; Mapas de Risco; Plano de Emergncia.

    8) Programas legais

    Os diversos progra-mas legais previstos nas NRs devem ser providen-ciados e uma via dos mes-mos deve permanecer no canteiro de obras disposi-o da fiscalizao. Os prin-cipais programas a serem cumpridos so:

    PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais

    obrigatria a elaborao e implementao do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA, contida na NR09, visando a preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e consequente controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.

    Na construo com at 19 empregados, dever ser feito apenas o PPRA. A partir de 20 empregados, o Programa exigido o PCMAT, o qual dever contemplar tambm os requisitos da NR09 PPRA.

    PCMAT Programa de Controle do Meio Ambiente do Trabalho

    So obrigatrios a elaborao e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplan-do os aspectos da NR18, item 18.3 e outros dispositivos complemen-tares de segurana.

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    O PCMAT deve contemplar as exigncias contidas na NR 09 - Programa de Preveno e Riscos Ambientais e deve ser mantido no estabelecimento disposio do rgo regional do Ministrio do Tra-balho e Emprego.

    O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional le-galmente habilitado na rea de segurana do trabalho, ou seja, por Engenheiro de Segurana do Trabalho.

    Os seguintes documentos devem integrar o PCMAT: a) memorial sobre condies e meio ambiente de trabalho nas ati-

    vidades e operaes, levando-se em considerao riscos de acidentes e de doenas do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

    b) projeto de execuo das protees coletivas em conformidade com as etapas de execuo da obra;

    c) especificao tcnica das protees coletivas e indi-viduais a serem utilizadas;

    d) cronograma de implanta-o das medidas preventivas definidas no PCMAT;

    e) layout inicial do cantei-ro de obras, contemplando, inclusive, previso de dimen-sionamento das reas de vi-vncia; f) programa educativo contemplando a temtica de preveno de acidentes e do-enas do trabalho, com sua carga horria.

    PCMSO Programa de Controle Mdico da Sade Ocupacional

    obrigatria a elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como em-pregados, do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO, contido na NR07, com o objetivo de promoo e preserva-o da sade do conjunto dos seus trabalhadores.

    LE Laudo Ergonmico

    Visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao das con-dies de trabalho s condies psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desem-penho eficiente. Seus parmetros e requisitos encontram-se na NR17.

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    LTCAT Laudo Tcnico das Condies Ambientais do Trabalho

    Este laudo deve conter as medies ambientais e os nveis de exposio dos trabalhadores aos riscos qumicos, fsicos e biolgicos.

    Deve ser estabelecido minimamente um LTCAT por funo e por local de trabalho.

    Este documento ser a base das informaes que sero presta-das no PPP Perfil Profissiogrfico Previdencirio, e deve ser emitido por um Engenheiro de Segurana do Trabalho ou Mdico do Trabalho.

    9) CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    Constituio

    O empregador que possuir na mesma cidade 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com menos de 70 (setenta) empregados, deve organizar CIPA centralizada.

    A CIPA centralizada ser composta de representantes do em-pregador e dos empregados, devendo ter pelo menos 1 (um) repre-sentante titular e 1 (um) suplente, por grupo de at 50 (cinquenta) empregados em cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respei-tando-se a paridade prevista na NR05.

    A empresa que possuir 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com 70 (setenta) ou mais empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.

    So desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construo no exceda a 180 (cento e oitenta) dias, devendo, para o atendimento do disposto neste item, ser constituda comisso pro-visria de preveno de acidentes, com eleio paritria de 1 (um) membro efetivo e 1 (um) suplente, a cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores.

    Para os canteiros de obras desobrigados de constiturem a CIPA, necessrio designar e treinar um trabalhador para ser o responsvel pelo cumprimento dos objetivos da NR 05.

    As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deve-ro considerar como estabelecimento a sede da equipe.

    As subempreiteiras que pelo nmero de empregados no se en-quadrarem no subitem 18.33.3 da NR18 participaro com no mnimo

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    1 (um) representante das reunies, do curso da CIPA e das inspees realizadas pela CIPA da contratante.

    Aplicam-se aos empregadores da indstria da construo as de-mais disposies previstas na NR05, naquilo em que no conflitar com o disposto no item 18.33 da NR18.

    10) SESMT

    Constituio

    O empregador deve manter o SESMT Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho, de acordo com o dimensiona-mento previsto na Portaria 3214/78 - NR 04.

    Os Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho devero ser integrados por Mdico do Trabalho, Engenheiro de Segurana do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Tcni-co de Segurana do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecendo o Quadro II, anexo da NR 04.

    Independentemente do enquadramento no Quadro II da NR04, o empregador que possuir menos de 50 empregados no local, deve procurar manter um Tcnico de Segurana do Trabalho para o acom-panhamento da execuo das obras, visando dar a assistncia neces-sria na preveno de acidentes e manuteno da conformidade legal.

    11) EPIs - Equipamentos de Proteo Individual

    Os empregadores deve-ro fornecer os EPIs Equipa-mentos de Proteo Individual especficos para seus funcion-rios, bem como manter estoque compatvel dos mesmos.

    Os EPIs devero obriga-toriamente possuir CA Cer-tificado de Aprovao emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego.

    A entrega de EPIs deve ser documentada atravs de registro prprio, mantido no canteiro de obras, disposio da fiscalizao.

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    O dimensionamento e especificao dos EPIs deve cumprir os requisitos da NR06.

    Especial ateno deve ser dada aos cintos de segurana. Dever ser previsto o uso de cintos de segurana, tipo praquedista, com 2 talabartes. Cabos guias, quando necessrios, sero de cabo de ao e fixados com o uso de clips.

    Os empregadores devem fornecer tambm uniformes aos seus trabalhadores. Nos casos em que os uniformes so afetados por subs-tncias nocivas sade (cimento, graxa, leo, etc.), a empresa ser responsvel pela sua higienizao.

    obrigatrio a empresa treinar os seus empregados para o uso, conservao, higienizao e guarda dos EPIs, devendo fiscalizar o seu uso.

    12) EPCs - Equipamentos de Proteo Coletiva

    Equipamento de Proteo Coletiva EPC todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou mvel, de abrangncia coletiva, destinado a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores, usurios e terceiros.

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    Dimensionamento, Projetos e Documentos

    O dimensionamento e especificao dos Equipamentos de Pro-teo Coletiva deve ser feito pelo Engenheiro de Segurana do Traba-lho e, obrigatoriamente, constar do PCMAT.

    Alguns equipamentos de proteo coletiva dependem de projeto especfico, os quais tambm devem integrar o PCMAT da obra, entre eles:

    Andaimes; Bandejas de proteo; Telas de proteo; Cabos de vida para cintos de segurana; Escoramento de valas; Escadas e rampas de acesso.

    Assim como os EPIs tm que possuir CA Certificado de Apro-vao, as protees coletivas que dependem de projeto tambm de-vem ter a sua documentao legal disponvel na obra, entre as quais destacamos:

    Projeto detalhado; Especificaes tcnicas; ART Anotao de Responsabilidade Tcnica registrada no Crea Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Gois.

    13) Seguro de vida em grupo

    Todos os empregadores ficam obrigados a contatar um plano de seguro de vida em grupo, em benefcio aos seus empregados, com as coberturas e caractersticas mnimas definidas na Conveno Coletiva de Trabalho.

    14) Encerramento das obras

    PPP Perfil Profissiogrfico Previdencirio

    Quando do encerramento das obras e dispensa dos emprega-dos, a empresa dever fornecer o PPP Perfil Profissiogrfico Previ-dencirio para todos os empregados, constando o tempo de trabalho na obra, os riscos a que estavam expostos e os exames mdicos realizados.

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    14) Telefones teis

    1. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goias Crea-GO (62) 3221-6200.

    2. Prefeitura Municipal de Goinia (62) 156.

    3. Senai Departamento Regional de Goias: (62) 3219-1300.

    4. Servio Social da Industria da Construo no Estado de Goias Seconci-GO: (62) 3250-7500.

    5. Sindicato dos Condomnios e Imobilirias no Estado de Gois SECOVIGOIS: (62) 3239-0800.

    6. Sindicato da Industria da Construo no Estado de Goias Sinduscon-GO: (62) 3095-5155.

    7. Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construo e do Mobilirio de Goinia / Sintracom - Goinia (62) 3212-3377.

    8. Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego SRTE-GO: (62) 3227-7000.

  • SINTRACOM - GOINIA

    SINDICATO DOS CONDOMNIOS E IMOBILIRIAS