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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN
DEPARTAMENTO ACADMICO DE CONSTRUO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS
JAIR SLEMBARSKI MACHADO
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE INSPEO DE SERVIOS EM
OBRAS CIVIS DE SUBESTAES DE TRANSMISSO E
DISTRIBUIO DE ENERGIA
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAO
CURITIBA
2013
JAIR SLEMBARSKI MACHADO
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE INSPEO DE SERVIOS EM
OBRAS CIVIS DE SUBESTAES DE TRANSMISSO E
DISTRIBUIO DE ENERGIA
Trabalho de Monografia apresentada como requisito parcial obteno do ttulo de Especialista em Gerenciamento de obras do departamento de Construo Civil da Universidade Tecnolgica Federal do Paran.
Orientador: Prof. Dr. Cezar Augusto Romano
CURITIBA
2013
RESUMO
MACHADO, Jair Slembarski. Manual de Procedimentos de Inspeo de Servios em Obras Civis de Subestaes de Transmisso e Distribuio de Energia. 2013. 61 folhas. Monografia de Especializao em Gerenciamento de obras - Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Curitiba, 2013.
Com o crescimento das cidades e o desenvolvimento econmico, aumenta o consumo de energia, o que exige a construo de mais subestaes. O objetivo elaborar, com base no estudo de caso de uma concessionria eltrica, um manual de procedimentos de inspeo de servios em obras civis de subestaes de energia e avaliar a eficincia do mtodo por meio de uma aplicao prtica. Foram levantados itens importantes que devem ser verificados, estes itens so apresentados em forma de tabelas e fichas de verificao que foram aplicados em uma obra de ampliao de uma subestao de 230 kV com implementao de novo prtico de ancoragem para a instalao de trs bancos de capacitores. Verificou-se que o mtodo apresentado evita critrios subjetivos de aceitao dos servios, deixando assim os resultados mais previsveis e aumentando o controle, melhorando com isso a qualidade do produto final.
Palavras-chave: Fiscalizao. Padronizao. Subestaes de Energia.
ABSTRACT
MACHADO, Jair Slembarski. Procedures Manual of Inspection Services on Civil Works in Substation of Transmission and Distribution of power. 2013. 61 folhas. Monografia de Especializao em Gerenciamento de obras - Federal Technology University - Paran. Curitiba, 2013.
The growth of cities and economic development increases energy consumption, which requires the construction of substations. The goal is to develop, based on the case study of an electric utility, a manual of procedures of inspection services in civil works of power substations and evaluate the efficiency of the method by means of a practical application. In there, was raised important items that should be checked, these items are presented in tables and checklists that have been applied in a work on a expansion of a 230 kV substation with implementing new gantry anchor for the installation of three capacitor banks. It was found that the presented method avoids subjective criteria of acceptance of the service, thus leaving more predictable and increasing control, thereby improving the quality of the final product.
Keywords: Supervision. Standardization. Power Substations.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Exemplo para verificao de escavao para realizao do servio de fundao para equipamento. ................................................................................ 44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Check list de documentos para incio de obra. .................................. 26
Quadro 2 Escavao na etapa de fundaes para equipamentos .................... 29
Quadro 3 Forma e armadura na etapa de fundaes para equipamentos ........ 31
Quadro 4 Concreto na etapa de fundaes para equipamentos ....................... 33
Quadro 5 Desforma na etapa de fundaes para equipamentos ...................... 34
Quadro 6 Reaterro na etapa de fundaes para equipamentos........................ 35
Quadro 7 Escavao na etapa de execuo de malha de terra ........................ 37
Quadro 8 Malha, hastes e conexes na etapa de execuo de malha de terra 38
Quadro 9 Reaterro na etapa de execuo de malha de terra ........................... 39
Quadro 10 Escavao na etapa de infraestrutura para cabos .......................... 41
Quadro 11 Fundo de canaleta na etapa de infraestrutura para cabos .............. 42
Quadro 12 Alvenaria estrutural na etapa de infraestrutura para cabos ............. 43
SUMRIO
1 INTRODUO .................................................................................................. 6
1.1 PROBLEMTICA ........................................................................................... 6
1.2 DELIMITAO DO PROBLEMA DE PESQUISA. ......................................... 7
1.3 OBJETIVO DA PESQUISA. ........................................................................... 7
1.3.1 Objetivo Geral. ............................................................................................. 7
1.3.2 Objetivos Especficos. .................................................................................. 7
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 8
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO. ..................................................................... 8
2 FUNDAMENTAO TERICA ........................................................................ 9
2.1 FISCALIZAO ............................................................................................. 9
2.2 PADRONIZAO DE PROCEDIMENTOS .................................................... 12
2.3 INDICADORES DE QUALIDADE .................................................................. 17
3 MTODO DA PESQUISA ................................................................................. 19
3.1 METODOLOGIA EMPREGADA .................................................................... 19
3.2 ETAPAS DA PESQUISA ................................................................................ 20
3.2.1 Formulao das Tabelas e Fichas de Verificao. ...................................... 20
3.2.2 Aplicao em Campo do Mtodo de Verificao Apresentado .................... 20
4 APRESENTAO, ANLISE DE DADOS E RESULTADOS. ......................... 21
4.1 CONSIDERAES PRELIMINARES ............................................................ 21
4.1.1 Preparao Para Obra ................................................................................. 21
4.1.2 Implantao Do Canteiro E Servios Preliminares. ..................................... 22
4.2 EXECUO DE FUNDAES PARA EQUIPAMENTOS. ............................ 28
4.2.1 Escavao. .................................................................................................. 28
4.2.2 Forma e Armadura. ...................................................................................... 30
4.2.3 Concreto. ..................................................................................................... 32
4.2.4 Desforma ..................................................................................................... 34
4.2.5 Reaterro ....................................................................................................... 35
4.3 EXECUO DE ATERRAMENTO COM MALHA DE TERRA. ...................... 36
4.3.1 Escavao ................................................................................................... 36
4.3.2 Malha, Hastes e Conexes. ......................................................................... 37
4.3.3 Reaterro ....................................................................................................... 39
4.4 CANALETA DE INFRAESTRUTURA PARA CABOS. ................................... 40
4.4.1 Escavao ................................................................................................... 40
4.4.2 Execuo do Fundo da Canaleta. ................................................................ 41
4.4.3 Alvenaria Estrutural. ..................................................................................... 43
4.5 APLICAO DO MTODO ........................................................................... 44
4.5.1 Mtodo ......................................................................................................... 44
4.5.2 Aplicao ..................................................................................................... 45
5 CONCLUSO .................................................................................................... 46
REFERNCIAS .................................................................................................... 47
6
1 INTRODUO
1.1 PROBLEMTICA
O sistema eltrico de potncia composto por toda a estrutura desde a
gerao de energia, passando pela transmisso e at a distribuio ao consumidor.
Durante a transmisso para que a carga seja transmitida, sem altos custos de cabos
de grandes dimetros e sem perda excessiva de carga, a tenso elevada logo
aps a gerao, por exemplo em uma usina, e reduzida perto de grandes centros
para ser distribuda na tenso necessria a demanda. Subestaes funcionam
aumentando ou diminuindo a tenso alm de garantir energia sem interrupes e
com mais qualidade. Elas atendem requisitos ambientais em todas as fases de sua
implantao.
Subestaes so basicamente de trs tipos:
Convencionais ou externas. As mais comuns construdas em regies menos
habitadas ou bairros industriais. Ocupam reas amplas.
Semi-abrigadas. Limitadas a terrenos menores tem parte de sua estrutura
abrigada dentro de uma construo. Mais prximas a grandes polos.
Abrigadas. Construdas dentro de centro urbanos. So totalmente construdas
abrigadas dentro de uma edificao com isolamento acstico e fachada com
esttica aprimorada.
Com o crescimento das cidades e o desenvolvimento econmico, aumenta o
consumo de energia o que exige a construo de mais subestaes. A crescente
demanda por energia faz crescer investimentos no setor eltrico. Obras neste setor
desempenham papel importante na economia porque garantir energia barata uma
estratgia importante de crescimento. E para garantir bom preo e um sistema
confivel neste mercado cada vez mais competitivo torna-se necessrio a busca
pela garantia da qualidade do produto. Na construo civil, a forma artesanal como
so feita as obras e com uma mo de obra mal qualificada, a busca pela excelncia
dos processos torna-se fundamental e o fiscal de obra tem papel importante na
garantia da qualidade.
7
Um dos fundamentos da excelncia segundo a fundao nacional da
qualidade o aprendizado organizacional por meio da percepo, reflexo,
avaliao e compartilhamento de experincia e a orientao por processos e
informaes. Registrar e padronizar os procedimentos de inspeo de servios
um passo importante. Facilita o treinamento de novos fiscais e possibilitam o
controle e uma melhoria continua.
1.2 DELIMITAO DO PROBLEMA DE PESQUISA.
A Pesquisa foi realizada em obras civis de subestaes de energia eltrica.
Este tipo de obra tem um projeto padronizado e que muda pouco de uma obra para
outra.
1.3 OBJETIVO DA PESQUISA.
1.3.1 Objetivo Geral.
Elaborar, com base no estudo de caso de uma concessionria eltrica, um
manual com um sistema de procedimentos de inspeo de servios em obras civis
de subestaes de energia e avaliar a eficincia do mtodo preenchendo as fichas
de verificao apresentadas.
1.3.2 Objetivos Especficos.
Definir os itens a serem verificados. Definir como e quando verificar. Verificar
os itens em campo e registrar e ento perceber, levando a campo e preenchendo as
fichas de verificao, a eficcia e viabilidade do sistema de procedimentos de
inspeo de servios em obras civis de subestaes de transmisso e distribuio
de energia.
8
1.4 JUSTIFICATIVA
Um dos grandes desafios do atual governo manter a energia barata, e
garantir eficincia nas construes de instalaes do sistema eltrico de potencia
muito importante. O estudo de grande importncia para a empresa porque facilita o
treinamento, aumenta o controle e abre espao a melhorias. tambm do interesse
de outras empresas do ramo de energia ou construo civil que desejam garantir a
qualidade de seus produtos por meio da inspeo de servios.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO.
No segundo captulo so apresentados os itens que fundamentam as ideias
apresentadas neste trabalho. dividida na pesquisa realizada em cima de trs tema
principais. So eles:
Fiscalizao
Padronizao
Indicadores de qualidade
No terceiro captulo apresentado o mtodo como a pesquisa foi realizada e
como sero apresentados os resultados.
No quarto captulo so apresentados os resultados obtidos e as concluses
obtidas pela aplicao prtica do mtodo.
9
2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 FISCALIZAO
Barbosa (2004) aponta que apesar da relevncia da atividade de fiscalizao
para a qualidade de vida na cidade, o assunto no tem merecido ateno como
objeto central de estudos acadmicos.
Maricato (2001) citado por Barbosa (2004) aborda a questo da
incompatibilidade entre as estruturas de fiscalizao e as estruturas tcnicas e
polticas de elaborao dos planos urbansticos, o autor destaca a obsolescncia da
estrutura administrativa como fator para o no cumprimento da legislao, para ele
muitos planos so bem intencionados e rigorosos, resultando da ao de urbanistas
e legisladores que no se inteiram de sua operacionalizao, deixando a estrutura
administrativa, que inclui o controle e a fiscalizao, totalmente nas mos dos fiscais
que segundo ele geralmente so:
Em nmero reduzido
Desaparelhados
Mal remunerados
Dotados de baixa escolaridade
Barbosa (2004) diz que estes profissionais, se considerando justificados pelo
quadro de despreparo e de desincentivo em que se encontram, no reconhecem
restries institucionais efetivas para aes em causa prpria, e ao contrario,
abusam no emprego de sua autoridade. O autor observa que, ao longo de treze
anos de experincia profissional, um processo frequente que obras mesmo
embargadas continuam sendo executadas, obras irregulares (sem aprovao de
projeto e ou sem licenas para execuo) prosseguem, so concludas e habitadas
ou ocupadas e que estes so problemas que acontecem historicamente na grande
maioria das administraes publicas brasileiras, e mesmo em outros pases. E cita
Maricato (2001) que diz:
as estruturas administrativas urbanas so, na grande maioria dos casos,
arcaicas. Elas esto viciadas em procedimentos baseados no privilegio e na
troca de favores que so tradicionais na esfera publica dominada por
interesses privados ligados aos governantes de planto, alem dos lobbies
10
perenes das empreiteiras, empresrios de transporte, produtos de
medicamentos etc. (p. 74)
E tambm:
a fragmentao da ao administrativa entre secretarias, departamentos,
empresas e autarquias e muito funcional para os interesses arcaicos.
Contra a abordagem integrada dos problemas econmicos, sociais,
ambientais e urbansticos, esta a tradio de distribuir cada setor da
maquina administrativa a diferentes partidos ou personagens importantes no
arco das foras que elegeram o prefeito (p. 75)
Segundo Barbosa (2004), como consequncia disto hoje vemos uma cidade
totalmente descaracterizada, poluda esteticamente e j comprometendo a qualidade
de vida da populao como um todo.
De acordo com Maia (2002), existem duas modalidades de fiscalizao so elas:
Fiscalizao direta.
Segundo ele, uma modalidade em que o acompanhamento e o controle da
execuo dos servios feito pelos prprios engenheiros e tcnicos do rgo
contratante, inclusive os ensaios laboratoriais e as medies e tem o inconveniente
de dispor de poucos recursos materiais e humanos, devido s dificuldades por que
passa o setor pblico nessas questes. Da mais liberdade na ao da fiscalizao.
Superviso contratada.
Segundo o autor ocorre quando o rgo pblico contrata empresa
supervisora para realizar os servios de fiscalizao e controle de materiais
aplicados. Ele aponta que mesmo com a contratao da supervisora, a
responsabilidade sobre o andamento da obra cabe tambm ao representante da
administrao, bem como, as definies quanto ao andamento do servio e ao
atesto de faturas.
Um exemplo apontado por Maia (2002) mostra os seguintes servios
executados pela supervisora:
a) Reviso de projeto: com a defasagem entre a concluso do projeto e a
contratao de empresa para a execuo da obra, os quantitativos de servios
orados podem ser revistos, principalmente os volumes de terraplenagem.
b) Controle geomtrico: verificao da espessura do pavimento nas diversas
camadas: sub-base, base e revestimento asfltico.
11
c) Controle geotcnico: execuo de ensaios laboratoriais para atestar a qualidade
dos materiais aplicados na pavimentao e na terraplenagem.
d) Levantamento topogrfico dos emprstimos, cortes e jazidas
e) Verificao peridica dos servios a executar e as estimativas.
f) Elaborao de relatrio final contendo os dados relativos aos servios realmente
executadas na obra (as built).
Segundo Maia (2002) como os servios so de natureza muito variada e de
grandes propores, devem ser selecionados os mais relevantes que sero
submetidos a verificao, conforme as orientaes seguintes:
a) Verificar os servios com maior quantitativo faturado acumulado, comparando
com o quantitativo previsto na planilha contratual, dando prioridade, a princpio, aos
itens com maior percentual faturado. Ex: servio de desmatamento e limpeza de
rea com execuo de 90% do total previsto; servios de escavao de material 1
categoria DMT de 600m com apenas 1% executado.
b) Verificar os custos dos servios ( preo unitrio x quantitativo) e sua influncia no
valor global do contrato, selecionando aqueles mais relevantes. Ex: servio de
fornecimento e aplicao de 100.000t de CBUQ (R$36,00 por tonelada),
totalizando R$3.600.000,00; custo do servio de revestimento de 2.000t de pr-
misturado a frio (R$23,00 por tonelada), totalizando R$72.000,00.
c) Verificar a relao da somatria do volume de escavao de material de 1
categoria, comparando com o volume de material compactado. A somatria deve
englobar os volumes de escavao para cada distncia de transporte percorrida. Se
a relao escavao/compactao for maior que 1,4 conveniente verificar se
houve bota-fora ou alterao do greide.
d) Verificar a relao da rea da plataforma da pista com a rea de desmatamento e
limpeza, bem como, com a rea de imprimao e de revestimento.
e) Verificar se a rea da pintura de ligao maior ou igual rea de imprimao.
Se for maior, verificar se houve duas camadas de revestimento ou remendo do
pavimento.
f) Selecionar os itens passveis de serem conferidos em campo tempestivamente,
pois alguns deles apresentam srias dificuldades para conferncia posterior
execuo, tais como origem e destinao de cada poro de material aplicado,
12
quantitativo de rvores derrubadas, volume de solos moles retirados em locais que
j foi concluda a compactao.
g) Seleo das principais sees de corte e de aterro a serem verificados, com base
nos taludes da seo.
h) Obter cpia de planilha de cubagem de material para elaborao de diagrama
linear e acompanhamento no local, principalmente nas medies de base, sub-base,
imprimao, revestimento, pintura de ligao, drenagem e sinalizao.
i) Selecionar as medies mais relevantes em termos de momento de transporte de
material de base, sub-base e fornecimento de misturas betuminosas.
De acordo com Carvalho (1994) a no qualidade de uma construo, ou
seja, a presena de deficincias que na maioria das vezes resultam em patologias,
so sempre subestimados e aparecem escondidos nas despesas. Para ele mesmo
no sendo avaliados estes custos, no deixaro de originar perda para o cliente,
degradao da imagem e etc.
2.2 PADRONIZAO DE PROCEDIMENTOS
A NBR ISO 9001 traz oito princpios de gesto de qualidade, os quais podem
ser usados pela alta direo para conduzir a organizao melhoria do seu
desempenho e um deles a abordagem de processo onde um resultado desejado
alcanado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados so
gerenciados como um processo. Segundo a norma a empresa deve realizar a
produo e prestao de servios sob condies controladas e observar os
seguintes itens:
A disponibilidade de informaes que descrevam as caractersticas do
produto
A disponibilidade de instrues de trabalho, quando necessrias
O uso de equipamento adequado
A disponibilidade e uso de equipamento de monitoramento e medio
A implementao de monitoramento e medio, e
13
A implementao de atividades de liberao, entrega e ps entrega do
produto
Segundo NBR ISO 9001 necessrio a validao de qualquer processo de
produo ou prestao de servio onde deficincias tornam se aparentes somente
depois que o produto estiver em uso ou o servio tiver sido entregue.
A rastreabilidade tambm importante e manter os registros realizados na
obra ajuda a manter o controle do produto final.
A NBR ISO 9000 mostra o valor da documentao, segundo ela a
documentao permite a comunicao do propsito e consistncia da aa.
Segundo a norma seu uso contribui para:
Atingir conformidade com os requisitos do cliente e a melhoria da qualidade
Prover treinamento apropriado
Assegurar rastreabilidade e a repetibilidade
Prover evidencia objetiva, e
Avaliar eficcia e a continua adequaodo sistema de gesto da qualidade
A norma NBR ISO 9000 mostra tambm os tipos de documentos usados em
sistemas de gesto de qualidade. So eles:
Documentos que fornecem informaes consistentes, tato internamente como
externamente, sobre o sistema de gesto da qualidade da organizao; tais
documentos so referidos como manuais da qualidade;
Documentos que descrevem como o sistema de gesto da qualidade
aplicado em um projeto, contrato ou produto especfico; tais documentos so
referidos como planos da qualidade;
Documentos que estabelecem requisitos; tais documentos so referidos
especificaes;
Documentos que estabelecem recomendaes ou sugestes; tais
documentos so referidos como diretrizes;
Documentos que fornecem informaes sobre como realizar atividades e
processos de forma consistente; tais documentos podem incluir
procedimentos documentados, instrues de trabalho e desenhos;
Documentos que fornecem evidencia objetiva de atividades realizadas ou de
resultados alcanados; tais documentos so referidos como registros.
14
De acordo com a NBR ISO 9000 cada organizao determina a extenso da
documentao necessria e os meios a serem utilizados. Isto depende de diversos
fatores, tais como: o tipo e tamanho da organizao, a complexidade e interao dos
processo, a complexidade dos produtos, os requisitos do cliente, os requisitos
regulamentares aplicveis, a demonstrao da capacidade do pessoal e o grau
necessrio para demonstrar o atendimento de requisitos do sistema de gesto da
qualidade.
necessrio citar trs importantes fundamentos de excelncia apresentados
pela fundao nacional da qualidade na publicao critrios da excelncia. So eles:
Pensamento sistmico; entendimento das relaes de interdependncia entre
os diversos componentes de uma organizao, bem como entre a
organizao e o ambiente externo.
Aprendizado organizacional; busca o alcance de um novo patamar de
conhecimento para a organizao por meio de percepo, reflexo, avaliao
e compartilhamento de experincias.
Orientao por processos e informaes; compreenso e segmentao do
conjunto das atividades e processos da organizao que agreguem valor para
as partes interessadas, sendo que a tomada de decises e execuo de
aes deve ter com base a medio e analise do desempenho, levando se
em considerao as informaes disponveis, alem de incluir os riscos
identificados.
De acordo com Souza e Abiko (1997) uma empresa no padronizada, tem
insumos processados de maneira varivel ao longo do tempo. Assim o processo
subsequente, encarado como cliente do processo anterior, ficara ora satisfeito, ora
insatisfeito com as informaes/produtos recebidos e o produto final sofrer os
impactos dessa variabilidade na forma de custos maiores devido ao desperdcio de
materiais, tempo e retrabalho e o cliente externo por sua vez, poder ou no ficar
satisfeito. O produto final recebera os impactos benficos da padronizao na forma
de reduo de custos devido a utilizao racional de materiais, equipamentos e mo
de obra, sem desperdcio nem retrabalho. O controle e o aperfeioamento da
qualidade sero possveis, uma vez que a qualidade dos processos mensurvel e
qualquer problema facilmente detectvel. Segundo ele a padronizao tambm
uma forma de registrar a cultura da empresa.
15
Souza e Abiko (1997) ressalta que a padronizao no se limita apenas ao
estabelecimento de padres, mas tambm a sua utilizao. Segundo Souza e Abiko
(1997) ela incorpora procedimentos j existentes, as propostas de melhoria e s
termina quando a execuo do trabalho segundo o padro estiver assegurada.
O autor ainda aponta aspectos bsicos que devem ser observados, so os
seguintes:
Sempre que for redigido um padro deve-se perguntar: quem o usurio? Ele
diz que a padronizao deve ser conduzida para que os padres sejam
utilizados. Mostra que sob este aspecto, sua elaborao no pode se
restringir delimitao da sequencia do trabalho, deve ir mais adiante, sendo
voltada ao atendimento das necessidades do trabalho onde a prpria redao
deve seguir o esprito de que o usurio cliente do redator;
Sempre que for redigido um padro deve-se perguntar: este documento esta
na forma mais simples possvel? Segundo ele o padro deve ter o menor
numero de palavras possvel e ser colocado em forma simples, de fcil
entendimento e manuseio, fcil e conveniente para duplicar. Desta forma,
uma linguagem coloquial e a colocao de tabelas, figuras, fluxogramas ou
quaisquer outros meios que auxiliem o entendimento;
O padro pode ser cumprido? Segundo ele padres que no equivalem
situao atual podem ser inteis, os padres tem que expressar o domnio
tecnolgico da empresa e nesse sentido todo o conhecimento tcnico e
administrativo deve fluir para os padres como forma de ser utilizado pelos
operadores para o beneficio de todos;
O padro deve ser revisto periodicamente;
Deve ser indicado claramente as datas de emisso e reviso, o perodo de
validade e a responsabilidade pela elaborao e reviso, mantendo-se um
controle de manuteno dos padres e do numero de revises.
Os padres devem ter seus nomes e formas uniformizadas para toda a
empresa.
Souza e Abiko (1997) sugere, para uniformizao dos padres a seguinte
sequencia:
Objetivo
16
Documentos de referencia
Clientes e suas necessidades
Fornecedores e suas responsabilidades
Procedimento descrevendo o processo que esta sendo padronizado
Lista de distribuio, identificando os usurios do padro que devem receber
uma copia dos mesmos.
Freitas e Guareschi (2012) citam Mendona (2010), que afirma que
documentar os processos uma deciso que todas as organizaes deveriam
adotar com objetivo de manter atualizados os registros que garantam a sua
sobrevivncia e, ao mesmo tempo, permitam a execuo de esforos visando a sua
perpetuao. E citam Oliveira (2001) que afirma ainda que o uso de manuais
administrativos traz uma sria de vantagens para as organizaes, entre elas podem
ser citadas:
Auxiliam na efetivao de normas, procedimentos e funes administrativas;
Uniformizam a terminologia bsica do processo administrativo, possibilitando
a padronizao das atividades;
Contribuem para o crescimento da eficincia e eficcia dos trabalhos
realizados;
Caracterizam um instrumento de consulta e orientao na organizao;
Evitam improvisao no desenvolvimento das atividades sob diversas formas;
Aperfeioam o sistema hierrquico da organizao, uma vez que delegam
instrues escritas que possibilitam ao superior controle sobre as atividades
executadas.
Para Mendona (2010) podemos afirmar que como vantagem os manuais
constituem em uma importante e constante fonte de informaes sobre as prticas
da organizao. Alm de facilitar o processo de efetivao das polticas e instrues
de trabalho e das funes administrativas, auxiliando na fixao dos critrios, dos
parmetros e dos padres, bem como possibilitando a uniformizao quanto ao uso
da terminologia inerente ao processo administrativo.
17
2.3 INDICADORES DE QUALIDADE
Segundo Lantelme (1994) observa-se nos ltimos anos um numero cada vez
maior de publicaes e estudos sobre o assunto, o que demonstra um crescente
interesse pela questo da medio de indicadores de qualidade e produtividade e
sua incorporao aos programas de melhoria. Segundo o autor uma das
informaes fundamentais para o desenvolvimento da qualidade e produtividade em
um setor econmico a existncia de indicadores que permitam a avaliao de seu
desempenho e possam servir como parmetros de comparao com outras
empresas do setor e alem disto, a escassez de dados no setor no permite que a
empresa avalie seu nvel de competitividade.
Lantelme (1994) cita que um movimento geral pela melhoria da qualidade
tem tambm mostrado reflexos no setor da construo civil, levando as empresas a
um questionamento de seu processo produtivo e a adoo de estratgias para
racionalizao, visando melhoria de desempenho frente a um mercado cada vez
mais competitivo. Segundo o autor enquanto grandes empresas buscam implantar
sistemas gerenciais baseados nos princpios da serie nb-9000/ iso 9000 (ABNT,
1990), as pequenas empresas vem executando, informalmente, intervenes de
melhoria nos seus processos, equacionando suas prprias peculiaridades e limitada
a sua capacidade de investimento na busca de melhores nveis de desempenho.
Rocha (2007) cita Costa (2006) que diz que a avaliao continua da
qualidade um fator estratgico para a sobrevivncia das organizaes, j que to
importante quanto produzir avaliar.
Para avaliar a qualidade torna-se fundamental o uso de indicadores de
qualidade.
Costa (2006) tambm sugere criar referenciais que possam avaliar a
qualidade da seguinte forma:
Facilidade de operao dos mecanismos de avaliao;
Insero da avaliao de caractersticas de processo ou produto em um
modelo abrangente de avaliao que envolva a organizao;
Avaliao baseada em mecanismos mensurveis;
18
Avaliao de forma contnua;
Avaliao da qualidade no somente no efeito, mas como se desenvolve a
atividade (causa);
Avaliao baseada em informaes representativas;
Avaliao da qualidade atravs de mecanismos que sejam, por excelncia,
eficientes;
Avaliao da qualidade direcionada sobre: os consumidores e clientes,
objetivos da empresa, processo produtivo, mo-de-obra e suporte as
processo.
Indicadores so frequentemente utilizados por pilotos ou economistas, mas
no tem muito destaque na indstria da construo civil. Indicadores tem papel
importante na tomada de decises, eles do uma viso clara da situao atual e
suas tendncias. Engenheiros que sabem utilizar estas ferramentas tem mais
segurana em escolher entre mtodos ou materiais e sabem como e o momento de
agir em situaes de desvio do planejamento inicial e at mesmo avaliar a eficincia
do planejamento.
19
3 MTODO DA PESQUISA
3.1 METODOLOGIA EMPREGADA
Uma obra de uma subestao no tem um alto grau de complexidade nos
servios de obras civis mas, em contrapartida, abrange muitas reas do
conhecimento. So realizados servios desde terraplenagem, passando pela
construo de uma pequena edificao que abriga painis de comando, at a
pavimentao e diversos outros servios e acabamentos. No geral uma obra nova
composta pelas seguintes etapas:
Mobilizao e instalao do canteiro.
Terraplenagem e locao de eixos.
Obras de conteno.
Fundaes para equipamentos.
Instalaes contra incndio.
Edificaes.
Aterramento.
Drenagem.
Infraestrutura para cabos.
Muros cercas e portes.
Pavimentao.
Servios complementares.
Grande parte das obras so ampliaes e os servios mais realizados so o
de execuo de fundaes de equipamentos, aterramento e canaletas de cabos que
fazem parte da infraestrutura de cabos. Portanto o trabalho foi realizado com foco na
verificao destes servios.
Primeiramente com base na observao de alguns servios realizados em
obras de ampliao de subestaes, experincias pessoais e de outros fiscais,
foram levantados os principais itens que devem ser verificados durante a execuo
dos servios. Ento foram adaptadas tabelas de Picchi (2012) com os itens a serem
verificados e uma ficha de verificao para cada um dos principais servios. Estas
20
fichas foram levadas a campo e preenchidas para constatar a real eficcia do
mtodo de verificao e apresentados os resultados obtidos com as concluses.
3.2 ETAPAS DA PESQUISA
3.2.1 Formulao das Tabelas e Fichas de Verificao.
Souza e Abiko (1997) apontam aspectos bsicos que foram observados para
a formulao das tabelas e fichas de verificao.
Ento foi realizado o levantamento dos principais itens a serem verificados e
feita uma adaptao das fichas e tabelas, apresentadas no apndice, de Picchi
(2012).
3.2.2 Aplicao em Campo do Mtodo de Verificao Apresentado
Foram levados a campo as tabelas e fichas. A obra avaliada trata-se da
ampliao de uma subestao de 230 kV com implementao de novo prtico de
ancoragem para a instalao de trs bancos de capacitores. As fichas e tabelas
foram aplicadas em todas as etapas da obra e apresentadas aqui as concluses.
21
4 APRESENTAO, ANLISE DE DADOS E RESULTADOS.
4.1 CONSIDERAES PRELIMINARES
4.1.1 Preparao Para Obra
No perodo entre o lanamento do edital e a assinatura do contrato, o fiscal
dever estudar, tirar dvidas com o coordenador e os projetistas, sobre os
documentos de contrato. Os documentos so os seguintes:
Contrato;
memorial descritivo;
especificaes tcnicas;
desenhos.
O fiscal deve tambm visitar o local da obra e colher informaes gerais e
especficas sobre a obra e verificar instalaes de gua e luz (provisrias, se for o
caso).
Na sequncia programar a reunio de incio de obra ou participar dela quando
programada pelo Coordenador do empreendimento.
Na reunio abordar pelo menos os seguintes assuntos/procedimentos:
Cronograma da obra (com o comprometimento da Contratada);
Fornecimento de materiais;
Horrio de trabalho/documentao pertinentes contratao registro em
carteira atestado de sade ocupacional.
Treinamento de segurana (ou palestra de integrao), alertar para
programaes;
Exigir o acompanhamento tcnico no dia-a-dia da obra pelo responsvel
tcnico da contratada (com o recolhimento da ART pertinente);
Placa de identificao na obra com contedo e tamanho compatveis e de
acordo com padres, boa visibilidade.
22
obrigao do fiscal antes do inicio da obra preencher o CICO (comunicado
de implantao de canteiro de obra) com as informaes necessrias e envi-lo ao
Coordenador do empreendimento.
4.1.2 Implantao Do Canteiro E Servios Preliminares.
Antes da execuo de qualquer servio na obra fundamental garantir que
todos os documentos necessrios esto disponveis.
Importante.
Garantir toda a documentao organizada e atualizada uma das funes
mais importantes do fiscal pois em caso de discordncias futuras ou acidentes, os
documentos sero requisitados.
Segue a lista de documentos:
Alvar
A obra no deve comear sem a devida licena do rgo local competente,
com o risco de embargo da obra.
Documentos relativos a segurana e sade no trabalho
Os documentos so os seguintes:
Programa de Preveno dos Riscos Ambientais - PPRA ou Programa de
Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo - PCMAT para
verificar se os riscos envolvidos na atividade esto identificados;
Laudo Tcnico das Condies do Ambiente de Trabalho - LTCAT para
verificar se esto sendo tomadas as medidas contra os riscos apontados no PPRA
ou PCMAT;
Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO para verificar
se os riscos relativos a sade ocupacional apontados no PPRA e PCMAT esto
sendo monitorados;
23
RIM (registro de instruo ministrada)
A integrao de segurana uma palestra realizada por profissional
capacitado da contratante e tem objetivo de conscientizar os funcionrios
terceirizados de normas bsicas de segurana e de normas da contratante. Para
que o funcionrio seja integrado, necessrio a apresentao de seus documentos
de registro na empresa contratada, ficha de entrega de epis devidamente assinada,
Atestado de Sade Ocupacional (ASO) para verificao se os empregados esto
aptos para o desempenho de suas funes e, se necessrio aos servios a serem
realizados, atestado de capacitao tcnica.
O fiscal deve preencher a solicitao em anexo e enviar ao tcnico de
segurana de sua rea juntamente aos outros documentos, solicitando o
agendamento da instruo.
Importante.
Deve ser agendado com antecedncia pois o funcionrio no inicia atividades
sem integrao e deve ser feita a conferencia dos documentos do funcionrio antes
do envio da solicitao em anexo.
APR
Todos os dias e antes da execuo de qualquer servio uma conversa a
respeito dos riscos envolvidos deve ser realizada e registrada pelo responsvel na
obra (tcnico de segurana da contratada)conforme formulrio em anexo. Deve ser
feita na forma de brain storm com a participao todos os envolvidos. Tem a
finalidade de analisar os riscos e procurar formas de evita-los ou anul-los e
conscientizar os envolvidos. Lembrado que aps a analise, o trabalhador que
decide se tem ou no condies de realizar a tarefa em segurana.
ARTs
necessrio exigir o acompanhamento tcnico da obra por um responsvel
tcnico da contratada com o recolhimento da ART pertinente.
Geralmente fornecida em projeto somente a capacidade de carga e no tipo de
estaca, portanto o projeto da estaca fica por conta da contratada com recolhimento
de art pertinente.
24
Dirio de obra.
O dirio de obra deve ser preenchido diariamente e deve ser
preferencialmente de bloco destacvel e preenchimento manual. O fiscal deve
assinalo e guardar uma via. Qualquer informao relevante a obra deve ser
registrada em dirio, inclusive a ausncia de servios.
Importante.
Diante de divergncias, deve se manter alto nvel da discusso caso contrario
deve se documentar adequadamente a questo.
PGRCC (Programa de gerenciamento de resduos da construo civil).
Tem o objetivo de descrever as aes de manuseio, separao, deposito,
transporte e descarte de resduos gerados durante a execuo da obra. de
responsabilidade da contratada e necessria a aprovao do documento pela rea
competente da contratante.
Laudo da jazida de emprstimo de material (caso haja aterro com
emprstimo).
necessrio um ensaio de caracterizao da jazida para garantia de que o
aterro com o material em questo atenda a todos os critrios de qualidade
especificados. Este ensaio deve ser realizado pela contratada e a utilizao do
material fica sujeita a aprovao do setor de projetos. O fiscal s deve liberar os
servios de aterro aps aprovados todos os critrios de verificao.
Licenas para emprstimo e bota fora de materiais.
Alm da verificao da qualidade do material de emprstimo, deve ser
cobrado tambm a licena para sua retirada emitida por rgo local responsvel. A
remoo de material a ser retirado tambm depende de licena de onde o material
vai ser descartado.
Programao dos servios.
Em caso de obras de ampliaes de subestaes em operao, deve-se
realizar uma solicitao da programao dos servios junto aos responsveis pela
25
operao da subestao. Deve ser informado de que se trata a obra, onde ser
executada e horrios de servio.
Deve-se ento preencher o check list do quadro 1
26
Check List de documentos para incio de obra
Obra:
Etapa:
Local:
CICO
Programao dos servios
Alvar
PPRA
PCMAT
LTCAT
PCMSO
Registro de integrao de segurana
APR
ART
Cronograma
Dirio de obra
Placa da obra
PGRCC
Laudo da jazida de emprestimo
Licena de emprstimo
Liena de bota fora
Obs:
Quadro 1 Check list de documentos para incio de obra.
27
Na chegada ao canteiro de obras verificar se est instalada a placa da obra,
ela tem a funo de identificar a obra e seus responsveis.
J no canteiro de obras deve ser decidido onde ficaro as instalaes do canteiro de
obras levando em conta o escopo do projeto. A localizao deve ser decidida em
acordo com a contratada e deve ter mnima interferncia no andamento da obra
Ao locar o canteiro deve-se levar em conta os seguintes itens:
Planta de terraplenagem.
Planta de locaes das bases.
Planta de locao das canaletas. (ateno a dutos subterrneos) .
Um croqui da instalaes pode ser encontrado no PPRA. Devem ser
providenciados ligaes de gua, esgoto e energia. Se a obra se tratar de uma
ampliao, a estrutura do canteiro deve ficar em local que no bloqueie acesso da
manuteno e que facilite as ligaes de gua, esgoto e energia existentes, sempre
comunicando ao responsvel da operao local, e deve ficar o mais perto possvel
da entrada para evitar o trafego desnecessrio dentro da subestao.
Montado o canteiro ento feita a limpeza do terreno. importante verificar
com antecedncia a existncia de arvores que precisam ser removidas. Antes de
remove-las deve verificar se a empreiteira esta de posse da autorizao de corte.
A locao do terreno feita por uma equipe de topografia da contratante.
Caso j esteja locado, com a ajuda do desenho especifico, o fiscal devera localizar
os piquetes que serviro de base para a locao do eixo x, y pela equipe de
topografia da contratada que por sua vez servir de base para a locao de todos os
outros elementos da obra. Os eixos x e y devero ser demarcados com marcos de
concreto devidamente protegidos contra golpes.
28
4.2 EXECUO DE FUNDAES PARA EQUIPAMENTOS.
Fundaes para equipamentos ou estruturas so feitas em concreto simples
ou armado. So na maior parte fundaes rasas mas podem ser tambm apoiadas
em estacas, no casos de bases de estrutura de prticos de ancoragem e barramento
ou de transformadores. Tem a funo de transferir para o terreno a carga do peso
dos equipamentos e estruturas neles apoiados. Sua execuo correta tem
fundamental importncia no funcionamento dos equipamentos e barramentos
instalados em estruturas que esto apoiados sobre as bases.
O servio de execuo de fundaes para equipamentos composto por no
mnimo as seguintes etapas:
Escavao
Forma e armadura
Concreto
Desforma
Reaterro
O verificador deve ir a campo com a ficha de verificao, no apndice, relativa
a cada uma das etapas apresentadas e as suas respectivas tabelas que mostram
quais itens so importantes verificar.
4.2.1 Escavao.
Servio de remoo de terra necessrio para execuo das bases abaixo do
nvel do terreno. Para acompanhamento do servio importante verificar os
seguintes itens do quadro 2.
29
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
incio do servio.
Verificar se existe projeto executivo devidamente
liberado.
Verificar se esto concludos os servios anteriores
necessrios a execuo deste servio (Terraplenagem,
locao, estacas).
Verificar a delimitao da rea de risco.(em caso de
ampliao de subestao energizada)
Verificar tubos e cabos que podem estar passando pela
rea a ser escavada (destampar canaletas de
infraestrutura para cabos prximas e caixas de
passagem e verificar existncia de tubos que podem
passar pela rea a ser escavada).
Verificar projeto de malha de terra (verificar trechos da
malha que podem estar na rea a ser escavada em
caso de obra de ampliao de subestao energizada).
Com base nos riscos e no escopo definir o mtodo a ser
utilizado (manual ou mecnico).
Verificar se foram providenciados os equipamentos e ou
ferramentas necessrios.
Verificar com base no tipo do terreno se h a
necessidade de um corte inclinado no talude, para evitar
desmoronamentos, ou uma devida conteno das
paredes.
Verificar se h definio de bota fora do material
escavado com licena de rgo ambiental responsvel.
1. Dimenses e Cota
do fundo.
Verificar largura, comprimento e profundidade conforme
indicadas em projeto especfico.
2. Estabilidade do
talude.
Verificar se foi feito corte inclinado no talude, para evitar
desmoronamentos, ou uma devida conteno das
paredes.
Quadro 2 Escavao na etapa de fundaes para equipamentos
30
Escavaes realizadas em subestaes j energizadas devem ter cuidado
especial porque tem malha de terra pr existentes, equipamentos prximos
energizados e tubos e cabos que podem estar passando pela rea a ser escavada.
importante conferir todas as medidas do projeto especifico, e principalmente
a cota do fundo j que o equipamento ou estrutura montado acima tem encaixes
com equipamentos ou estrutura de outras bases as vezes j montadas.
De acordo com a NR18 os taludes instveis das escavaes com
profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centmetros) devem ter sua
estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim.
Pode haver estacas pr existentes que foram previstas em um projeto anterior
para uma futura ampliao, caso existam deve-se consultar projeto especifico.
4.2.2 Forma e Armadura.
Aps escavado o terreno, ento so confeccionadas as formas e
posicionadas as armaduras. Para acompanhamento do servio de forma e armadura
importante verificar os seguintes itens do quadro 3.
31
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para inicio
do servio.
Verificar se esto concludos os servios anteriores
necessrios a execuo deste servio (Escavao,
lastro de concreto magro, pavimentao com lajota
intertravada no caso da base para transformador mvel).
Verificar a qualidade do ao a ser empregado.
1. Dimenses e bitola
do ao.
Verificar se bitola, dimenses, quantidade,
espaamento, transpasses e esperas esto de acordo
com o projeto especifico de cada base.
Verificar se esto devidamente amarrados de maneira
que o ao mantenha sua posio durante a
concretagem.
2. Dimenses e
condies das formas.
Verificar se as chapas compensadas tem espessura
mnima de 12mm.
Verificar se esto limpas as formas.
Verificar as dimenses das peas em projeto especifico.
Verificar nvel, alinhamento e prumo.
Verificar se foram previstos elementos que devem ser
fixados a base (chumbadores, trilho de suporte ao
transformador).
Verificar se foram previstos elementos vazados
(passagem de leo da bacia de conteno).
Verificar se foi aplicado desmoldante.
3. Fixao e
escoramento.
Verificar se existem elementos de fixao suficientes
(gravatas) para que no haja deformao.
Verificar se existe escoramento suficiente para evitar
deslocamentos.
Verificar se as escoras tem seo transversal mnima de
5x7cm e comprimento Maximo de 3 metros.
4. Cobrimento da
armadura.
Verificar se os espaadores garantem a cobertura do
ao contra corroso (min 20mm para lajes e 25mm para
demais).
Quadro 3 Forma e armadura na etapa de fundaes para equipamentos
32
A contratada deve apresentar os laudos do ensaios do ao e deve atender a
todas as caractersticas exigidas em especificao tcnica de materiais.
As bases podem conter elementos como chumbadores, embutidos ou
elementos vazados que devem ser conferidos no projeto de cada base em
especifico. Ateno especial a base dos transformadores e transformadores moveis.
A base do transformador mvel deve ser executada aps a pavimentao do acesso
com lajotas intertravadas para que possa ser feito o acabamento na interface.
A cobertura da proteo ao ao contra a corroso e depende do grau de
agressividade do meio externo a armadura. Os valores podem chegar a no min
30mm de cobrimento para meios com agressividade moderada.
4.2.3 Concreto.
Aps feitas as formas e posicionadas as armaduras a base ento
concretada. Para acompanhamento do servio de concreto importante verificar os
seguintes itens do quadro 4.
33
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se j esto executados os servios de formas e
armaduras.
Verificar se esto providenciados vibradores, carrinhos,
ps, enxadas e todos os outros materiais e
equipamentos necessrios a execuo do servio.
Verificar se foram tomadas todas as medidas para
assegurar o bom andamento do servio de lanamento
do concreto tais como: acesso, aterramento do
caminho, alimentao eltrica dos vibradores.
Verificar se a forma foi devidamente molhada.
1. Controle tecnolgico
do concreto.
Verificar se foram moldados os corpos de prova. (so no
mnimo 4 corpos de prova a cada caminho ou de
acordo com especificaes tcnicas, 2 rompidos aos 7
dias e 2 aos 28 dias.
Verificar se os corpos de prova foram devidamente
identificados com etiqueta contendo pelo menos: data
da moldagem, local da aplicao.
2. Lanamento
Garantir que no ser empurrado horizontalmente com
p ou vibrador.
Garantir que o concreto seja lanado e adensado em
camadas de no Max 30cm
3. Adensamento
Verificar a hora da confeco do concreto e se no
superior ao tempo mximo especificado.
Garantir que o vibrador seja utilizado na posio vertical.
Garantir que o tempo de uso do vibrador no seja
excessivo e cause segregao ou exsudao excessiva
da mistura.
4. Acabamento
Verificar acabamento geral das peas concretadas.
Verificar se os pneus do caminho foram lavados
evitando sujar vias publicas.
Verificar se foi feita cura.
Quadro 4 Concreto na etapa de fundaes para equipamentos
34
A especificao da empresa em questo pede 4 corpos de prova a cada 15m
ou frao disto mas como se tratam de volumes relativamente pequenos de
concreto, o ideal e fazer 4 corpos de prova para cada caminho de concreto lanado
na obra.
O concreto deve ser lanado diretamente no local de destino e no
empurrado por ferramentas ou vibrador para evitar segregao da mistura.
A cura feita para evitar a perda de gua, por evaporao, necessria a
reao de endurecimento do concreto. Consiste em manter mida a superfcies
concretada ou pode ser qumica com a aplicao um produto que forme uma
pelcula que evite a perda de gua da mistura. Seu tempo depende do mtodo e das
condies do tempo.
4.2.4 Desforma
Aps concretada a base, feita a desforma. Para acompanhamento do
servio importante verificar os seguintes itens do quadro 5.
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se podem ser retiradas as formas.(mnimo 3
dias para o caso de bases sem carregamento total logo
em seguida).
Quadro 5 Desforma na etapa de fundaes para equipamentos
A resistncia de projeto s se alcanar aps 28 dias, portanto equipamentos,
suportes e colunas s podero ser apoiadas aps este perodo.
35
4.2.5 Reaterro
Aps desformado pode ento ser feita a reposio da terra retirada em
excesso por fins construtivos. Para acompanhamento do servio importante
verificar os seguintes itens do quadro 6.
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se foram retiradas as formas.
Verificar o material a ser utilizado no aterro(se no
contem detritos vegetais e de construo.
Verificar se esto providenciados compactador
mecnico (sapo), carrinho, p, enxada e todos os
materiais e equipamentos necessrios a execuo do
servio.
1. Aterro. Verificar se est sendo realizado em camadas de no
mximo 20cm.
Verificar umidade tima aproximada.
2. Apiloamento. Verificar se est sendo empregada energia de
compactao suficiente.
Quadro 6 Reaterro na etapa de fundaes para equipamentos
Como o volume de solo do reaterro relativamente baixo no a necessidade
de acompanhamento tecnolgico do material, mas as exigncias devem ser
aproximadas.
36
4.3 EXECUO DE ATERRAMENTO COM MALHA DE TERRA.
O risco de correntes eltricas por induo ou descargas atmosfricas em
carcaas de equipamentos ou estruturas dentro da subestao controlado
mantendo-se um aterramento com o solo. Em subestaes geralmente utilizada a
malha de terra que nada mais do que uma grade de cabo de cobre nu interligado e
enterrado a aproximadamente 60cm da superfcie e que tem funo te transmitir ao
solo a corrente indesejada.
A execuo do servio composta pelo menos pelas seguintes etapas:
Escavao
Lanamento e soldas
Reaterro
O verificador deve ir a campo com a ficha de verificao, no apndice, relativa
a cada uma das etapas apresentadas e as suas respectivas tabelas que mostram
quais itens so importantes verificar.
4.3.1 Escavao
Como os cabos ficam enterrados necessrio a escavao das valas para
lanamento dos cabos. Para acompanhamento do servio importante verificar os
seguintes itens do quadro 7.
37
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para inicio
do servio.
Se esto concludos os servios anteriores necessrios
a execuo deste servio (terraplenagem, bases de
concreto, fundaes ).
Se esto disponveis os equipamentos e pessoal
necessrio a execuo do servio.
Definir mtodo a ser utilizado na escavao.
1. Demarcao da
rea a ser
escavada.
Verificar em projeto especifico as distancias e
quantidades de lances demarcados.
2. Escavao. Verificar cota da escavao conforme projeto especifico.
Quadro 7 Escavao na etapa de execuo de malha de terra
4.3.2 Malha, Hastes e Conexes.
Aps aberto as valas so ento lanados os cabos, feitas as conexes e
hastes de terra. Para acompanhamento do servio importante verificar os
seguintes itens do quadro 8.
38
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para inicio
do servio.
Verificar se esto concludos os servios anteriores
necessrios a execuo deste servio (Escavao ).
Verificar se foram fornecidos todos os materiais
necessrios a execuo do servio.
Verificar se esto disponveis todos os equipamentos
para manuseio e conexo dos cabos.
Verificar se o pessoal esta devidamente treinado e
equipado.
1. Lanamento de
cabos.
A bobina do cabo deve ser apoiada em cavalete com
eixo.
Os cabos devem ser cortados na medida do possvel na
medida certa dos lances evitando ao mximo o numero
de emendas.
Antes de seccionado as pontas devem ser amarradas
evitando a abertura do feixe.
Verificar distncias no projeto especfico.
2. Hastes.
Verificar quantidades de hastes e caixas de inspeo no
projeto especifico.
3. Solda.
Deve-se conferir todas as soldas para que estejam
conforme especificadas.
4. Reaterro.
Verificar se o material est sendo devidamente apiloado.
Quadro 8 Malha, hastes e conexes na etapa de execuo de malha de terra
Sugere-se que com o projeto de malha de terra em mos e uma caneta
colorida, sejam marcados todos os pontos de solda j verificados para manter o
controle.
39
4.3.3 Reaterro
Aps feitas as conexes a valas so ento reaterradas. Para
acompanhamento do servio importante verificar os seguintes itens do quadro 9.
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se foram lanados os cabos e feitas as soldas.
Verificar o material a ser utilizado no aterro(se no
contem detritos vegetais e de construo.
Verificar se esto providenciados compactador
mecnico (sapo), carrinho, p, enxada e todos os
materiais e equipamentos necessrios a execuo do
servio.
1. Aterro. Verificar se est sendo realizado em camadas de no
Maximo 20cm.
Verificar umidade tima aproximada.
2. Apiloamento. Verificar se est sendo empregada energia de
compactao suficiente.
Quadro 9 Reaterro na etapa de execuo de malha de terra
40
4.4 CANALETA DE INFRAESTRUTURA PARA CABOS.
As canaletas tem dupla funo dentro da subestao. Elas servem de
infraestrutura para os cabos de energia e controle que vo dos equipamentos ate a
casa de comando e tem tambm a funo de drenagem do terreno e escoamento
das aguas pluviais. Sua correta execuo garante o bom funcionamento dos
equipamentos da subestao e um bom controle das agua pluviais no terreno.
O servio de execuo de canaleta de infraestrutura de cabos composto por
no mnimo as seguintes etapas:
Escavao
Execuo do fundo da canaleta.
Alvenaria estrutural.
O verificador deve ir a campo com a ficha de verificao, no apndice, relativa
a cada uma das etapas apresentadas e as suas respectivas tabelas que mostram
quais itens so importantes verificar.
4.4.1 Escavao
Como a canaleta fica abaixo do nvel do terreno, necessria a escavao
para execuo do restante dos servios. Para acompanhamento do servio de
escavao importante verificar os seguintes itens do quadro 10.
41
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se existe projeto executivo devidamente
liberado.
Verificar se esto concludos os servios anteriores
necessrios a execuo deste servio (Terraplenagem,
locao, malha de terra).
Verificar tubos e cabos que podem estar passando pela
area a ser escavada (destampar canaletas de
infraestrutura para cabos prximas e caixas de
passagem e verificar existncia de tubos que podem
passar pela rea a ser escavada).
Verificar projeto de malha de terra (verificar trechos da
malha que podem estar na rea a ser escavada em
caso de obra de ampliao de subestao energizada).
Com base nos riscos e no escopo definir o mtodo a ser
utilizado (manual ou mecnico).
Verificar se foram providenciados os equipamentos e ou
ferramentas necessrios.
Verificar se h definio de bota fora do material
escavado com licena de rgo ambiental responsvel.
1. Dimenses e Cota
do fundo.
Verificar largura, comprimento e profundidade conforme
indicadas em projeto especfico.
Quadro 10 Escavao na etapa de infraestrutura para cabos
4.4.2 Execuo do Fundo da Canaleta.
Aps escavado ento executado o fundo em concreto estrutural para que
possam ser erguidas as paredes de alvenaria. Para acompanhamento do servio
importante verificar os seguintes itens do quadro 11.
42
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se j foram executados os servios de
escavao.
Verificar se foram colocados piquetes a pelo menos a
cada 1 metro demarcando a cota do fundo da canaleta.
Verificar se esto providenciados vibradores, carrinhos,
ps, enxadas e todos os outros materiais e
equipamentos necessrios a execuo do servio.
Verificar se foram tomadas todas as medidas para
assegurar o bom andamento do servio de lanamento
do concreto tais como: acesso, aterramento do
caminho, alimentao eltrica dos vibradores.
1. Piquetes Verificar cota do piquete se esta de acordo com a
espessura e declividade do projeto especifico.
Verificar se foram colocadas as esperas que do
sustentao a parede da canaleta.
2. Lanamento
Garantir que os piquetes no sejam deslocados durante
o lanamento.
3. Adensamento
Garantir que o vibrador seja utilizado na posio vertical.
Garantir que o tempo de uso do vibrador no seja
excessivo e cause segregao ou exsudao excessiva
da mistura.
4. Acabamento
Verificar acabamento geral da superfcie concretada.
Verificar declividade e profundidade da superfcie
concretada se esta de acordo com projeto especifico.
Verificar se foi feita cura.
Quadro 11 Fundo de canaleta na etapa de infraestrutura para cabos
43
4.4.3 Alvenaria Estrutural.
Por fim so erguidas as paredes das canaletas, feita a drenagem e
acabamentos. Para acompanhamento do servio importante verificar os seguintes
itens do quadro 12.
ITEM DE VERIFICAO METODOLOGIA E CRITRIO DE AVALIAO
Condies para
inicio do servio.
Verificar se j foram executados o servio de execuo
do fundo da canaleta.
Verificar se esto providenciados todos os outros
materiais e equipamentos necessrios a execuo do
servio.
1. Assentamento de
blocos.
Verificar altura da parede acabada (deve ficar 10 cm
acima da cota do terreno).
Verificar prumo da paredes.
Verificar se os blocos foram preenchidos com concreto.
2. Drenagem
Verificar se foram colocados os tubos de drenagem a
cada 3 metros. (os tubos devem ter a extremidade
externa tapada com tecido permevel).
Verificar se foi lanada brita nas laterais da canaleta.
3. Suportes
Verificar se foram colocados os suportes para cabos
conforme projeto especifico.
Quadro 12 Alvenaria estrutural na etapa de infraestrutura para cabos
44
4.5 APLICAO DO MTODO
4.5.1 Mtodo
De posse das tabelas o verificador vai a campo com as respectivas fichas em
anexo e deve proceder da seguinte forma apresentada por fluxograma na figura 1:
Figura 1 Exemplo para verificao de escavao para realizao do servio de fundao para
equipamento.
45
4.5.2 Aplicao
Com as tabelas e fichas em mos, foi se a campo realizar a coleta dos dados
para o preenchimento das fichas de verificao.
A obra a ampliao de uma subestao de 230Kv para instalao de
bancos de capacitores.
Logo que comea a verificao nota se diferena no tratamento das
solicitaes de correo de no conformidades por parte da contratada.
O registro ajuda a manter o controle dos servios com padres bem definidos
previamente e no mais subjetivos relativos ao tratamento de cada verificador. As
tabelas ajudam a lembrar de itens que muitas vezes passam batido numa verificao
informal.
Todos os registros tambm so uteis caso aja a substituio do verificador por
algum motivo especfico. Um novo verificador pode facilmente saber quais itens j
foram verificados e os quais precisam ser verificados. Ou caso o verificador seja um
fiscal novo, ajuda no treinamento.
H uma quantidade excessiva de folhas. Cada servio executado necessita
de uma folha diferente de ficha de verificao. Se no houver organizao perde se
a rastreabilidade dos registros no processo.
Existe uma dificuldade de adaptao de fiscais antigos acostumados ao estilo
antigo e subjetivo de verificao.
46
5 CONCLUSO
O estudo realizado em campo mostra que o sistema de procedimentos,
apresentada no manual do estudo, ajuda efetivamente a evitar critrios subjetivos de
aceitao dos servios, deixando assim os resultados mais previsveis e
aumentando o controle, melhorando com isso a qualidade do produto final. Com a
precariedade como so realizados os servios de construo civil no cenrio atual,
de alta concorrncia e mo de obra escassa, um critrio rigoroso de aceitao dos
servios muito importante.
O sistema procedimentos de inspeo auxilia tambm quando h
rotatividade de funcionrios, afastamento ou frias, e no treinamento de novos
fiscais pois mantem um registro detalhado das atividades que foram realizadas e as
que ainda devem ser inspecionadas.
As tabelas com os itens de verificao por si s ajudam a manter o
conhecimento e as experincias profissionais independente de rotatividade de
pessoal.
A quantidade excessiva de documentos um ponto negativo. Exige
organizao do verificador.
O uso correto dos procedimentos com o devido registro das verificaes
abre oportunidade para um processo de melhoria continua j que com o sistema se
obtm um maior controle sobre os resultados.
Pode-se facilmente identificar problemas recorrentes e criar indicadores que
apontem falhas no processo de execuo. Se for usado para verificar servios
executados com procedimentos de execuo servem como uma ferramenta
importante de melhoria dos processos.
Uma sugesto para novos trabalhos a adaptao destas tabelas para
todos os outros servios realizados na construo de uma subestao, inclusive a
montagem eletromecnica, ou na construo de qualquer outro tipo de obra e uma
interao deste mtodo com um processo de melhoria continua.
47
REFERNCIAS
ABNT. Sistemas de Gesto da Qualidade: Fundamentos e Vocabulrio, NBR ISO-9000. Rio de Janeiro, 2000. 26 p.
ABNT. Sistemas de Gesto da Qualidade: Requisitos, NBR ISSO 9001. 2008. 36 p.
MAIA, C. A. S Anais do VII simpsio nacional de auditoria de obras pblicas, 7, 2002. Braslia. Anais. Braslia: Tribunal de Contas da Unio, 2002. 249 p.
BARBOSA, M.V.S. A Fiscalizao Pblica de Obras Particulares em Santos. Dissertao (Mestrado) Universidade Federal de So Carlos. 2004.
CARVALHO, J.F.M. Coordenao e Fiscalizao de Obras: Manual de Qualidade. Dissertao (Mestrado) Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia. 1994.
COSTA, A. F., Avaliao Processo de Gesto da Qualidade de Fornecedores. 107 f. Dissertao (Mestrado) - Taubat-SP, 2006.
CRITRIOS DE EXCELNCIA. So Paulo: Fundao Nacional da Qualidade, 2008. Anual. ISBN: 978-85-6036277-6.
FREITAS, S.L.; GUARESCHI, H.M. A padronizao de processos no servio pblico atravs do uso de manuais, a viabilidade do manual de eventos da UTFPR Cmpus de Francisco Beltro. Revista Organizao Sistmica, v. 2, n. 1, p. 13, jul-dez. 2012.
LANTELME, E.M.V. Proposta de um Sistema de Indicadores de Qualidade e Produtividade para a Construo Civil. Dissertao (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1994.
Maricato, Ermnia. 2001. Brasil, Cidades: Alternativas para a Crise Urbana. Petrpolis RJ Editora Vozes.
MENDONA, Ricardo Rodrigues Silveira. Processos Administrativos. Florianpolis: Departamento de Cincia da Administrao/UFSC, 2010.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouas de. Sistemas, organizao e mtodos: uma abordagem gerencial. 12. ed. So Paulo: Atlas, 2001.
PICCHI, Flvio Augusto. Material instrucional do curso de Especializao em Gerenciamento de obras. 2012.
ROCHA, M.Q.B. Elaborao de Indicadores e Uso de Ferramentas de Controle da Qualidade na Execuo de Obras Prediais. Dissertao (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2007.
48
SOUZA, R.; ABIKO, A. Metodologia para desenvolvimento e Implantao de Sistemas de Gesto da Qualidade em Empresas Construtoras de Pequeno e Mdio Porte, So Paulo, 1997.
49
APNDICE A: Fichas de Verificao de Servios.
50
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
FUNDAES PARA EQUIPAMENTOSESCAVAO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Dimenses e cotas.
2. Estabilidade do talude.
51
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FORMA E ARMADURA
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Dimenses e bitola do ao.
2. Dimenses da forma.
3. Escoramento.
4. Cobrimento da armadura.
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
FUNDAES PARA EQUIPAMENTOS
52
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
FUNDAES PARA EQUIPAMENTOSCONCRETO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Controle tecnolgico do concreto.
2. Lanamento.
3. Adensamento.
4. Acabamento.
53
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
DESFORMA
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
FUNDAES PARA EQUIPAMENTOS
54
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
FUNDAES PARA EQUIPAMENTOSREATERRO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Aterro.
2. Apiloamento.
55
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
ESCAVAO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Demarcao.
2. Escavao.
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
MALHA DE TERRA
56
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
MALHA, HASTES E CONEXES
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Lanamento.
2. Hastes.
3. Soldas.
4. Reaterro.
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
MALHA DE TERRA
57
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
MALHA DE TERRAREATERRO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Aterro.
2. Apiloamento.
58
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
ESCAVAO
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Dimenses e cotas.
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
CANALETA DE INFRAESTRUTURA PARA CABOS
59
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
CANALETA DE INFRAESTRUTURA PARA CABOSEXECUO DO FUNDO DA CANALETA.
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Piquetes.
2. Lanamento.
3. Adensamento.
4. Acabamento.
60
1 2 3 4 5 6 7 Final
Data:
Verificador:
ALVENARIA ESTRUTURAL
Anotar: A- Aceito
N- No aceito
OBSERVAES
ACEITAO DO SERVICO Nome: Data: / /
Itens de verificaoVerificaes
1. Assentamento de blocos.
2. Drenagem.
3. Suportes.
FICHA DE VERIFICAO DE SERVIOS
Equipamento:
CONDIES PARA INICIO DO SERVIO
ACEITAO : ( ) CONFORME ( )NO CONFORME
OBS:
Verificador: Data: / /
VERIFICAES DO SERVIO
Local:
Obra:
Etapa:
Quantidade/Unidade. Inicio do servio.
___/___/___
Termino do servio.
___/___/___
IDENTIFICAO
Empreiteira: Encarregado:
Setor:
CANALETA DE INFRAESTRUTURA PARA CABOS
61
ANEXO A: Formulrio de Solicitao de Integrao de Segurana
62
FORMULRIO SI - SOLICITAO DE INTEGRAO
Relao de empregados:
Contratada:
Obra:
Contrato nmero:
Nome Cargo / Funo RG Documentos Recebidos
ASO FEE OS CT REGT
LEGENDA OBSERVAES
ASO Atestado de Sade Ocupacional.
FEE Ficha de entrega de equipamentos de proteo individual EPIs.
OS Ordens de Servio de segurana e medicina do trabalho (NR 1, item 1.7).
CT Comprovantes de treinamentos.
REGT Registro de contrato de trabalho.
Preencher com OK, os documentos recebidos;
Preencher com N, os documentos no recebidos;
Preencher com NA, os documentos que no se aplicam;
Curitiba,
____________________________________
Assinatura do Responsvel pela Solicitao
Recebido por: ______________________________________
Data: