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PROGRAMA DE GESTÃO DOCUMENTAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS BRASÍLIA-DF Março/2001

MANUAL DE PROCEDIMENTOS - Ged, Digitalização de ... · 2.3 Fases do processo de gestão ... O dispositivo sobre a política nacional de arquivos públicos e privados ... ou institucional

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PROGRAMA DE GESTÃO DOCUMENTAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

BRASÍLIA-DF Março/2001

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____________________________ APRESENTAÇÃO

O principal objetivo deste Manual é orientar os responsáveis pela documentação institucional na aplicação do Programa de Gestão de Documentos da

Administração Judiciária da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, aprovado

pela Resolução n. 217, de 22/12/1999, do Conselho da Justiça Federal republicada em 22/02/2000, para garantir a uniformidade nos procedimentos dos arquivos

administrativos setoriais e gerais das Instituições da Justiça Federal.

É um Manual de referência capaz de habilitar o servidor, em qualquer

estágio de tramitação do documento ou processo, para:

• classificar os documentos no ato de sua produção ou recebimento;

• organizar o acervo institucional;

• analisar a documentação em seu valor intrínseco; • selecionar a documentação para a transferência ao arquivo ou

eliminação.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 5 1.1 Características dos documentos ................................................................. 6 1.1.1 Gênero....................................................................................................... 7 1.1.2 Espécie ...................................................................................................... 7 1.1.3 Natureza .................................................................................................... 8 1.2 Órgãos de documentação........................................................................... 8 1.2.2 Biblioteca.................................................................................................. 8 1.2.3 Arquivo ..................................................................................................... 8 1.2.3.1 Tipos de arquivos ...................................................................................... 9 1.2.3.2 Finalidade do arquivo ............................................................................... 11 2 GESTÃO DE DOCUMENTOS................................................................. 12 2.1 Conceitos................................................................................................... 13 2.2 Objetivos ................................................................................................... 13 2.3 Fases do processo de gestão......................................................................... 13 2.3.1 Produção.................................................................................................... 13 2.3.2 Uso/tramitação .......................................................................................... 13 2.3.3 Destinação ................................................................................................. 14 2.4 Vantagens.................................................................................................. 14 3 GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS CORRENTES ....................... 15 3.1 Atividades do protocolo............................................................................. 16 3.2 Atividades do arquivo corrente .................................................................. 16 4 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL..................................... 18 4.1 Conceitos................................................................................................... 19 4.2 Objetivo do Plano de Classificação............................................................ 20 4.3 Plano de Classificação de Documentos Administrativos da Justiça Federal... 20 4.4 Aplicação do Plano de Classificação.......................................................... 21 4.5 Competência para classificar ..................................................................... 22 4.6 Principais métodos de arquivamento.......................................................... 22 4.6.1 Métodos básicos ........................................................................................ 22 4.7 Como arquivar........................................................................................... 23 5. AVALIAÇÃO DOCUMENTAL............................................................... 25 5.1 Objetivos ................................................................................................... 26 5.2 Valoração dos documentos ........................................................................ 26 5.3 Prazo de guarda dos documentos ............................................................... 27 5.4 Como avaliar ............................................................................................. 27 6 TABELA DE TEMPORALIDADE ........................................................... 29 6.1 Elaboração da tabela de temporalidade dos documentos administrativos da Justiça Federal. ..................................................................................... 30 6.2 Procedimento para implantação e revisão ................................................. 31

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7 ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS ...................................................... 32 8 TRANSFERÊNCIA.................................................................................. 34 9 RECOLHIMENTO .................................................................................. 36 10 SUPORTES DA INFORMAÇÃO ............................................................ 38 10.1 Novas Tecnologias ................................................................................... 39 10.2 Controle automático de documentos ........................................................ 39 11 PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS ................................................... 40 11.1 Conservação de documentos..................................................................... 41 11.2 Agentes de deterioração............................................................................ 41 11.2.1 Agentes físicos ......................................................................................... 41 11.2.2 Agentes físico-mecânicos ......................................................................... 42 11.2.3 Agentes químicos ..................................................................................... 43 11.2.4 Agentes biológicos .................................................................................. 43 12 ROTINAS DE CONSERVAÇÃO ........................................................... 45 12.1 Limpeza................................................................................................... 46 12.2 Controle de microorganismos e insetos.................................................... 46 12.3 Remoção de fitas e etiquetas.................................................................... 46 12.4 Pequenos reparos..................................................................................... 46 12.5 Acondicionamento e armazenamento....................................................... 47 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 49 14 LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA (atualização março 99)....................... 53

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____________________ 1. INTRODUÇÃO

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A Gestão de Documentos na Administração Pública está prevista na Constituição Federal, de 1888:

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza

material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da

sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados à

manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1º ........................................................................................... § 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação

governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela

necessitem. O dispositivo sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, a

Lei n. 8.159/91, em seu art. 20, define a competência e o dever inerente aos órgãos do

Poder Judiciário Federal de proceder à gestão de documentos produzidos em razão do exercício de suas funções.

O Conselho da Justiça Federal, em sua sessão ordinária de 13 de dezembro

de 1999, aprovou o Programa de Gestão de Documentos da Administração Judiciária da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, regulamentado por meio da

Resolução n. 217, de 22 de dezembro de 1999, publicada no Diário da Justiça, Seção

1, em 29/12/99 e republicada em 22/2/2000.

1.1 Características dos documentos

Documento é a informação corporificada em qualquer suporte material da informação.

Documento de Arquivo é aquele criado em decorrência de atividades

específicas desenvolvidas por instituições ou pessoas, mantendo por isso uma relação funcional com a fonte geradora.

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Documento Administrativo é aquele produzido e recebido pelo órgão na execução das atividades administrativas e de apoio especializado.

Os documentos podem ser caracterizados conforme o gênero, espécie ou

natureza.

1.1.1 Gênero

• textuais: manuscritos, datilografados, impressos,...; • cartográficos: mapas, plantas, ...;

• iconográficos: gravuras, fotos (imagem fixa),...;

• filmográficos ou cinematográficos: vídeos (imagem em movimento),...; • sonoros: fitas cassetes, discos, ...;

• micrográficos: jaquetas, rolos, microfichas, ...;

• informáticos: disquetes, discos óticos e outros.

1.1.2 Espécie

Nos atos administrativos do poder público, as espécies documentais mais comuns são as seguintes:

• atos normativos: regras que emanam do Poder Legislativo e das

autoridades administrativas. Ex.: lei, decreto, estatuto, portaria;

• atos enunciativos esclarecedores: atos opinativos que esclarecem os

assuntos visando fundamentar uma solução. Ex.: parecer, relatório, voto, despacho interlocutório;

• atos de assentamentos: os configurados por registro de fatos e

ocorrências. Ex.: ata, apostila, termo, auto de infração;

• atos comprobatórios: os que comprovam assentamentos.

Ex.: certidão, atestado, traslado; • atos de correspondência: os que objetivam a execução dos atos

normativos em sentido amplo. Esses atos podem ser de correspondência

individual ou pública e se caracterizam por terem destinatário declarado. Ex.: carta, circular, oficio, aviso, memorando, notificação telegrama, telex,

alvará, edital;

• atos de ajuste: representados por acordo de vontade em que a administração federal, estadual ou municipal é parte.

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Ex.: tratado, convênio, contrato, termos (transações, ajuste).

1.1.3 Natureza

Os documentos podem ser: • ostensivos: documentos cuja divulgação não prejudica a administração;

• sigilosos: documentos que, por sua natureza, devam ser de conhecimento

restrito e, portanto, requeiram medidas especiais de salvaguarda para sua custódia e divulgação.

1.2 Órgãos de documentação As noções de museu, biblioteca e arquivo por muito tempo se confundiram,

tanto pela finalidade e forma física dos documentos, quanto por serem instituições com

objetivos idênticos, isto é, funcionavam como depósitos de documentos, de qualquer espécie, produzidos pelo homem.

Porém, com a evolução da humanidade, principalmente o advento da

imprensa, os campos de atuação dessas instituições foram sendo delimitados. Seus objetivos se tomaram bem definidos, apesar de terem funções

semelhantes.

1.2.1 Museu

Criado com a finalidade de conservar, estudar e colocar à disposição do

público conjuntos de peças e objetos de valor cultural.

1.2.2 Biblioteca

É um organismo prestador de serviços de informação. Seu acervo é constituído pelo conjunto de materiais informacionais, em diversos suportes, disposto

ordenadamente para consulta, empréstimo ou fornecimento de cópia, com vistas ao

atendimento das necessidades de seus usuários.

1.2.3 Arquivo

É a acumulação ordenada dos documentos criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a consecução de seus objetivos,

visando à utilidade que podem oferecer no futuro.

Além desses conceitos e do definido no art. 20 da Lei n. 8.159/91, o termo Arquivo também pode ser usado para designar:

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• móvel para guarda de documentos; • local onde o acervo documental deve ser conservado;

• conjunto de documentos;

• órgão governamental ou institucional cujo objetivo seja o de guardar e conservar a documentação;

• títulos de periódicos;

• documento eletrônico (armazenado em computador).

1.2.3.1 Tipos de arquivos

De acordo com a natureza da fonte geradora, os arquivos caracterizam-se em:

• público: conjunto de documentos que pode ser definido de acordo com o

órgão produtor, ou seja, como de âmbito federal, estadual ou municipal; • privado: conjunto de documentos produzidos ou recebidos por pessoas

físicas ou jurídicas, podendo ser institucionais e pessoais.

Conforme os estágios de arquivamento, pelos quais os documentos

tramitam os arquivos podem ser classificados em Correntes, Intermediário ou

Permanente. Cada um desses estágios corresponde a procedimentos técnicos

diferenciados e, como uma reação em cadeia, o tratamento despendido aos

documentos na idade corrente condiciona, de forma direta, o. desenvolvimento das atividades arquivísticas nas idades intermediária e permanente.

a) Arquivo Corrente: conjunto de documentos estreitamente vinculados aos

fins imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos e que, mesmo cessada sua tramitação, se conservam junto aos órgãos produtores em razão da freqüência com que

são consultados. Unidade administrativa ou órgão encarregado do arquivo corrente.

b) Arquivo Intermediário: tem sob sua guarda documentos originários do

arquivo corrente, que, embora pouco consultados, ainda servem à administração que os

produziu e aguardam sua destinação final. Em geral é centralizado, pois esta característica permite:

• rapidez na localização: o fato de os documentos estarem concentrados

permite uma melhor organização (classificação, indexação, etc.) e, conseqüentemente, maior rapidez ao acesso;

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• liberação de espaço físico: em vez de ocupar espaço em cada gabinete, turma ou seção, os documentos ficam concentrados em um único local,

liberando os espaços dessas áreas para outras atividades dos servidores e

melhorando o ambiente de trabalho (o acúmulo de papéis e de poeira envolve a proliferação de microorganismos, ácaros, fungos etc., tomando o

local cada dia mais insalubre). As normas técnicas internacionais

recomendam que as salas de depósitos de documentos e de trabalho dos servidores de arquivo devam ser separadas;

• economia de recursos humanos: as atividades de guarda, organização e

atendimento à consulta que são desenvolvidas em cada gabinete, turma ou seção mobilizam servidores que também trabalham em atividades

específicas da área judiciária - o julgamento e suas conseqüências. À

medida que se concentram os documentos em um ARQUIVO CENTRAL, necessita-se de menor número de pessoas para realizar essas mesmas

tarefas;

• economia de tempo: tanto dos usuários que têm de percorrer cada gabinete solicitando cópia de documentos e informações, quanto dos

servidores que atendem a essas consultas. Se o arquivo estivesse

centralizado, o usuário iria a um só local e os servidores dos gabinetes teriam mais tempo para as tarefas jurídico-administrativas;

• economia de recursos materiais: a concentração de processos em um

arquivo permite padronizar os móveis e material de consumo utilizados para a guarda, possibilitando uma compra mais planejada, em maior

quantidade e menor preço. Diminui a guarda de duplicatas e cópias

desnecessárias (de manuais, portarias, circulares etc.), reduzindo o material e equipamento envolvido nessa guarda;

• segurança: os arquivos devem se concentrar no térreo ou 1º andar,

devido ao peso dos papéis. Normalmente, os edifícios comuns enfrentam sobrecarga nos andares comprometendo a sua estrutura quando não há

arquivo central;

c) Arquivo Permanente: conjunto de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Esses

documentos são inalienáveis e imprescritíveis. O Arquivo Permanente surge após a

realização da avaliação dos documentos e tem um tratamento técnico diferenciado para os documentos, bem como condições de guarda e acesso. Nesta fase a consulta aos

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documentos é totalmente aberta ao público, não podendo haver restrição de acesso ao documento de valor permanente.

1.2.3.2 Finalidade do arquivo É servir à administração, tendo como instrumento de apoio os documentos

por ele protegidos e preservados, visando a sua utilização. Quando o documento não

mais servir à Administração, pode ser selecionado para servir de fonte para a História e a memória da instituição.

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_____________________________ 2. GESTÃO DE DOCUMENTOS

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2.1 Conceitos Conjunto de métodos e procedimentos administrativos referentes às

atividades do ciclo vital dos documentos, desde sua criação até sua eliminação ou

recolhimento ao arquivo permanente, considerando o planejamento, organização, controle e coordenação dos recursos humanos, materiais e operacionais.

2.2 Objetivos • objetivo geral: racionalizar o ciclo documental;

• objetivo específico: garantir a disponibilidade da informação

governamental na hora e local exatos, atendendo às necessidades dos órgãos e administrações;

• objetivo referente ao acesso: de acordo com o art. 216, parágrafo 2°, da

CF de 1988: "cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta

a quantos dela necessitam";

• objetivo referente à preservação: assegurar a guarda dos documentos que apresentam valor permanente, já tendo perdido o valor administrativo, fiscal

e legal.

• objetivo referente ao uso de novas tecnologias (digitalização, automação, microfilmagem): assegurar o uso adequado da micrográfica, do

processamento automatizado de dados e de outras técnicas avançadas na

área de gestão da informação.

2.3 F ases do processo de gestão

2.3.1 Produção

Deve-se ampliar a utilização dos documentos que são necessários, evitando-

se a produção daqueles que não são essenciais e diminuindo o volume dos documentos a serem manuseados, controlados e armazenados.

2.3.2 Uso/ tramitação É necessário controlar o fluxo documental, por meio de:

• utilização e conservação dos documentos;

• sistemas de arquivos e de recuperação de informação; • gestão de arquivos;

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• gestão de correios e telecomunicações; • seleção e gestão de copiadoras;

• análises de sistemas;

• centros de arquivamento intermediários.

2.3.3 Destinação

Deve-se avaliar a massa documental, realizando: • avaliação de documentos;

• eliminação dos documentos;

• transferência de documentos. • identificação e descrição das séries de documentos;

• estabelecimento de programas de conservação e preservação de

documentos;

2.4 Vantagens

As vantagens da aplicação da gestão de documentos numa organização se caracterizam pela economia do custo operacional, assegurando a produção, tramitação,

utilização e destinação final do documento; pelo acesso rápido e disponibilidade da

informação governamental e pela utilização adequada de técnicas avançadas, garantindo a preservação dos documentos de valores históricos e científicos para sua

guarda permanente. Segundo dados do Conselho Internacional de Arquivos - CIA,

estudos comprovam que a aplicação do Programa de Gestão de Documentos na administração pública federal dos EUA produziu uma economia de cerca de

U$1.000.000 por ano em 1980 e quase U$100.000.000 por ano no final em 1998.

Há, ainda, outras vantagens: • clareza na distinção dos valores dos documentos;

• melhor organização dos documentos;

• maior consciência do valor dos arquivos; • redução considerável de custos governamentais.

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__________________________________________________ 3. GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS CORRENTES

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É essencial na administração pública o estabelecimento de normas para a gerência dos documentos na fase corrente.

Levando em consideração que os documentos correntes estão vinculados

aos fins para os quais foram criados, esses carecem de um tratamento de classificação, controle de expedição, tramitação e arquivamento, objetivando o acesso rápido e

preciso às informações neles contidas.

Todas essas operações técnicas caracterizam os serviços de gestão dos documentos correntes, que devem constar em um Programa de Gestão e serem

coordenados por um gestor em cada instituição.

3.1 Atividades do protocolo

Serviço auxiliar, cuja principal função é informar rápida e precisamente a

localização exata da documentação em trânsito, desenvolvendo, para tanto, as seguintes atividades:

• recebimento: receber a correspondência, separando-as quanto aos

aspectos particular ou oficial, distribuir os documentos, encaminhando os de caráter sigiloso aos destinatários, abrir os documentos ostensivos, verificando a existência de

antecedentes;

• classificação: operação intelectual que consiste na interpretação do documento; é a análise e determinação do assunto do mesmo, conforme o plano de

classificação de documentos adotado;

• registro e movimentação: apor carimbo de protocolo, com o número e data do documento, classificação e encaminhamento da documentação, por meio do

devido controle, aos destinatários;

• expedição: receber a documentação expedida dos setores, verificando a falta de folhas ou anexos, datando o documento original e cópias, e expedir o original

por correio ou malote, encaminhando a cópia ao setor remetente;

• atendimento: informar sobre a existência de determinado documento e sua localização/tramitação atual.

3.2 Atividades do arquivo corrente A relação das atividades desempenhadas pelo protocolo e pelos arquivos

correntes visam informar, com exatidão, todo o trâmite e conteúdo da documentação

produzida e recebida pela unidade administrativa, desenvolvendo, para tanto, as seguintes atividades:

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• inspeção: verificar a existência de despachos destinando a documentação ao arquivamento;

• limpeza: preparar o documento para seu arquivamento, retirando excesso

de grampos e clipes de aço, desdobrar folhas e verificar existência de sujeiras, promovendo a restauração das folhas em mau estado de conservação;

• análise:verificar a classificação atribuída no ato do recebimento,

ratificando-a ou retificando-a; • arquivamento: arquivar a documentação de acordo com o método

adotado, etapa que requer muito cuidado, pois um documento arquivado

inadequadamente, pode se tomar irreversivelmente perdido, embora esteja guardado; • empréstimo: atividade nobre dos arquivos, pois corresponde à própria

essência de sua formação, ou seja, servir à administração e à história. Aconselha-se a

utilização de guia-fora em substituição ao dossiê, indicando data da retirada, nome e unidade de quem a retirou bem como anotação em controle manual ou sistema

informatizado.

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____________________________________________ 4. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

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4.1 Conceitos • Classificação: é o agrupamento de elementos de acordo com as suas

diferenças e semelhanças, determinando um local de referência própria a cada grupo

de elementos. • Classificação de documentos de arquivo: refere-se à criação de um

sistema representativo do funcionamento e o desenvolvimento de determinada

instituição, segundo o qual os documentos por ela produzidos ou recebidos são agrupados conforme seus elementos semelhantes ou diferentes, dispostos em

determinada ordem de classes e subdivisões. O arquivista norte-americano

Schellemberg afirma que "os princípios de classificação determinam o agrupamento de documentos em pequenas unidades e o agrupamento destas em unidades maiores,

arranjados segundo um plano destinado a facilitar seu uso corrente."

• Classificação funcional: consiste na ordenação hierarquizada das funções e atividades desempenhadas por determinada instituição, representada em classes e

subdivisões, segundo as quais os documentos são agrupados. Os principais elementos

a serem considerados na classificação são as funções, as atividades e os atos. • Função: é toda competência de um órgão ou entidade com vistas a

cumprir os objetivos para os quais foram criados. São as atribuições estatutárias ou

regimentais, as responsabilidades, a missão desse órgão. • Atividade: é uma ação desempenhada para cumprir uma determinada

função. Divide-se em fim e meio.

• Atividades-fim: são aquelas executadas em funções específicas, próprias daquele órgão, razão da existência da entidade.

• Atividades-meio: são aquelas que constituem o apoio, os meios

utilizados pelo órgão para atingir seus fins. Executam funções básicas auxiliares para a sobrevivência de todo e qualquer órgão.

• Atos políticos: são operações de natureza normativa que determinam

uma diretriz a ser seguida em todos os casos do mesmo gênero. • Atos executivos: são operações de implementação das decisões

decorrentes dos atos de natureza política.

• Plano de Classificação: instrumento utilizado para classificar e recuperar os documentos por meio do qual são estabelecidos códigos numéricos representativos

das diversas classes e subdivisões.

• Codificação: os códigos são associados à classificação a fim de facilitar o manuseio, a memorização e localização visual das classes e subdivisões. Podem ser

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usados códigos cromáticos (associação de cores às classes) e numéricos (existem diversos tipos: decimal, duplex, bloco numérico, dígito-terminal, alfanumérico etc.).

4.2 Objetivo do Plano de Classificação Garantia da uniformidade no tratamento da documentação. Sua

aplicabilidade traz a agilização da recuperação da informação e orienta a elaboração da

Tabela de Temporalidade. Plano de Classificação funcional, baseado nas funções e atividades do

órgão, procura recriar a configuração da instituição, a sua missão e as ações

desenvolvidas. Esse Plano permite que o arquivo reflita o desenvolvimento e o funcionamento da instituição, pois as atividades por ela realizadas geram documentos.

As classes e subclasses são estabelecidas para as várias atividades e atos

administrativos. Caso a instituição passe por reorganizações administrativas, mesmo que os nomes das unidades se alterem, a classificação continuará a mesma, já que as

funções e atividades em geral não se alteram.

4.3 Plano de Classificação de Documentos Administrativos da Justiça Federal.

Entre as vantagens da adoção de Planos de Classificação, podemos citar as

mais importantes: • conservar os documentos de maneira ordenada e acessível;

• recuperar a informação contida nos documentos com maior rapidez e

segurança; • racionalizar a produção documental, por meio de um controle eficiente

da quantidade e qualidade dos documentos produzidos e uma tramitação mais racional;

• reduzir a proliferação indiscriminada de fotocópias, por meio do aumento da confiança no arquivo e seus instrumentos;

• facilitar a avaliação e seleção documental, agilizando o processo de

identificação e triagem dos documentos para preservação ou eliminação; • promover a economia de recursos materiais, financeiros e a otimização

dos recursos humanos e de informática, por meio da racionalização dos

procedimentos, atividades e serviços de arquivo; • otimizar o uso do espaço físico ocupado com documentos, sobretudo nos

arquivos correntes;

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• proporcionar aos servidores um melhor ambiente na área dos arquivos correntes, reduzindo o contato com poeira e microorganismos devido à conservação de

menor quantidade de documentos no local;

• preservar a memória institucional, tornando os arquivos importantes instrumentos de prova das ações governamentais e de proteção de direitos dos

servidores e do cidadão, uma vez que o plano de classificação reflete as funções e

atividades desempenhadas pela instituição.

4.4 Aplicação do Plano de Classificação

Pode ser utilizado tanto nos arquivos dos diversos setores da instituição, quanto no Arquivo Central. O ideal é trabalhar com os documentos atuais e,

progressivamente, ir classificando os documentos acumulados ao longo dos anos,

sempre do mais recente para o mais antigo. Primeiro, porque os documentos mais recentes são mais consultados e a classificação servirá para uma rápida localização.

Em segundo lugar, porque o volume é menor do que o acumulado.

A aplicação do Plano de Classificação nos documentos dos setores é fundamental. Além dos documentos serem consultados com mais freqüência, serve

como treinamento para os servidores das diversas áreas, que ao classificar, aprendam

também a consultar com rapidez os documentos arquivados em seus arquivos correntes. Ajuda também a compreender o funcionamento do Plano de Classificação

na prática e garante maior autenticidade aos documentos, uma vez que são tratados

próximo ao local de produção, refletindo as funções e atividades para as quais foram gerados.

Os responsáveis pela aplicação do Plano nos setores devem ser os mesmos

servidores que hoje se encarregam do arquivamento e desarquivamento dos documentos.

A partir da implantação do Plano de Classificação nas unidades setoriais, o

arquivo central só aceitará a transferência de documentos previamente classificados e avaliados. Porém a massa documental acumulada ao longo dos anos no arquivo central

deve também receber tratamento de classificação.

A Classificação codifica, numericamente, o assunto a ser tratado no documento e facilita o trâmite, a consulta e o arquivamento de um documento, e ainda

orienta o rearquivamento daquele que saiu para fins de empréstimo ou consulta. Deve

ser aposto na extremidade superior direita da primeira página do documento preenchido a lápis, pois a classificação pode ser revista no momento do arquivamento

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corrente ou transferência para o intermediário. A codificação deve ser atribuída ao documento quando da sua expedição ou recepção e irá acompanhar toda sua vida útil

seja na tramitação ou arquivamento, o que confere maior segurança no desempenho

das atividades arquivísticas.

4.5 Competência para classificar

O Plano de Classificação pode ser utilizado tanto nos arquivos correntes dos diversos setores da instituição, quanto no Arquivo Central. Preferencialmente os

documentos devem ser transferidos ao Arquivo Central devidamente classificados,

pois o servidor da unidade que produziu ou recebeu o documento detém melhores informações para enquadrá-la na categoria de assunto ou atividade mais adequada.

O documento pode ser classificado no Protocolo, no momento da sua

autuação. Assim, sua tramitação pelas unidades, com uma definição de arquivamento padronizada, facilita o trabalho das secretárias e dos demais servidores encarregados

da guarda temporária nos setores.

4.6 Principais métodos de arquivamento

A tarefa de classificar exige do responsável ser conhecedor não só da

administração a que serve, como da natureza dos documentos a serem classificados. A escolha de um método ideal de arquivamento deve ser determinada pela natureza dos

documentos e pela estrutura da organização.

Os métodos de arquivamento devem ser associados ao Plano de Classificação, de acordo com a especificidade de cada tipo documental, visando

facilitar o arquivamento e a busca/recuperação do documento.

São divididos em básicos e padronizados, pertencentes a dois grandes sistemas, direto ou indireto.

• Direto: busca o documento no local arquivado, sem intervenção de

instrumentos de pesquisas. • Indireto necessita de consultas a guias ou instrumentos de pesquisa para

a localização do documento.

4.6.1 Métodos básicos

• Alfabético:

É direto. O acesso é feito no local de guarda. Tem como modalidades de ordenação as ordens alfabética e alfanumérica.

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O arquivamento de nomes obedece a regras de alfabetação e regras de ordenação.

• Geográfico:

É direto. Este método é utilizado quando o elemento principal considerado é a procedência ou local. Suas modalidades de ordenação podem ser pela cidade

(ordem alfabética), estado (primeiro a capital, seguida de localidades em ordem

alfabética) e país (primeiro o país, depois a capital e as localidades em ordem alfabética).

• Numérico:

Indireto. Seu acesso depende de instrumento auxiliar. Sua ordenação pode ser pelo número, número e data e dígito-terminal. Este método tem como elemento principal a

ser considerado o número, e a escolha recai nos seguintes métodos: simples,

cronológico ou dígito-terminal. • Por assunto:

Toda organização dispõe de documentos que devem, com vantagens, ser

arquivados por este método utilizando o Plano de Classificação adotado. É o método mais aconselhado nos casos de grandes massas documentais e variedade de assuntos.

As modalidades de ordenação podem ser alfabética ou numérica. Essa

última exige a elaboração de índice alfabético remissivo. A ordenação numérica ainda pode ser feita por meio de um sistema unitermo ou de indexação coordenada. O

unitermo é utilizado, com êxito, nos arquivos de materiais especiais de fotografias,

microformas, discos, fitas cassetes, vídeos e mídias eletrônicas.

Algumas vantagens do sistema de classificação por assunto:

• atendimento mais rápido, custo operacional mais reduzido; • fácil triagem dos papéis descartáveis;

• uso mais econômico de equipamentos e de material.

4.7 Como arquivar

A forma mais recomendada para arquivamento é a utilização de miolos. Miolo: pasta de cartolina utilizada dentro da pasta suspensa ou caixas-

arquivo, como um encarte. Auxilia a classificação, separando os documentos segundo

o melhor método de arquivamento (numérico, cronológico, alfabético, etc.).

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Os documentos não ficam presos à pasta suspensa, mas dentro do miolo, preferencialmente com prendedores plásticos, evitando a retirada da pasta suspensa do

seu local no arquivo, para fins de consulta de um só documento. Esse procedimento

evita os erros de arquivamento, e rearquivamento indevidamente e a colocação de pastas suspensas fora do lugar durante o manuseio.

A utilização de miolos facilita ainda a consulta da pasta por mais de um

usuário (se os documentos estiverem em miolos diferentes) e a transferência de documentos ao arquivo central os documentos podem ser retirados das pastas

suspensas e enviados ao arquivo central e a pasta permanece no arquivo da unidade.

Os anexos dos documentos podem ser arquivados nas estantes em caixas-arquivo, fazendo-se uma folha de referência na pasta do assunto respectivo, para não

se sobrecarregarem as pastas suspensas com volumes excessivos. Os anexos também

devem ser classificados e carimbados.

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______________________________ 5. AVALIAÇÃO DOCUMENTAL

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Processo de análise e seleção de documentos que a estabelece os prazos para guarda nas fases corrente e intermediária, e sua eliminação ou recolhimento para

guarda permanente.

5.1 Objetivos

São seus objetivos principais:

• reduzir ao essencial a massa documental dos arquivos; aumentar o índice de recuperação da informação;

• garantir condições de conservação da documentação de valor

permanente; • controlar o processo de produção documental, orientando o emprego de

suportes adequados para o registro da informação;

• conquistar espaço físico e reduzir o peso no edifício; • aproveitar melhor os recursos humanos e materiais;

• garantir a constituição do patrimônio arquivístico governamental.

Nos arquivos setoriais, a avaliação é feita pelos servidores responsáveis

pela classificação e arquivamento dos documentos, que devem também aplicar a

Tabela de Temporalidade. Os documentos que devem permanecer guardados por mais tempo serão transferidos ao Arquivo Central, por meio de uma listagem: os que

puderem ser eliminados nos arquivos correntes devem ser relacionados na Listagem de

Eliminação e encaminhados ao Arquivo Central, para que seus técnicos efetuem os trâmites previstos na Resolução CJF n° 217/99 e nas normas do CONARQ.

5.2 Valoração dos documentos • Valor primário: é o valor que o documento apresenta para a consecução

dos fins explícitos a que se propõe;

• Valor administrativo: valor dos documentos que testemunham a política e os procedimentos adotados pelo organismo, no desempenho de suas funções.

• Valor legal ou jurídico: valor dos documentos que envolvem direitos a

curto ou longo prazo, tanto do governo quanto de terceiros, e que possuem caráter probatório. Ressaltamos que o fim do prazo de prescrição de direitos não é autorização

para eliminar os documentos, que podem ainda ser necessários para outros fins.

• Valor fiscal: valor dos documentos relativos a operações financeiras e à comprovação de despesas e receitas.

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• Valor secundário: refere-se à possibilidade de uso dos documentos para fins outros que não aqueles para os quais foram originalmente criados; o documento

passa a ser fonte de pesquisa e informação sobre o próprio serviço e sobre pessoas,

fatos ou fenômenos, cuja memória, em termos históricos, considera-se relevante. Nas Tabelas de Temporalidade das instituições públicas ou privadas, a guarda permanente

deve abranger as seguintes diretrizes, quanto aos documentos:

• relativos à origem, aos direitos, às razões da existência e aos objetivos da instituição;

• que reflitam a organização e o desenvolvimento da instituição;

• visuais e/ou sonoros referentes a fatos da vida da instituição; • que firmem jurisprudência;

• que respondem a questões técnico-científicas relacionadas às atividades

específicas da instituição; • de divulgação ou de promoção da instituição, dos quais deve ser

guardado pelo menos um exemplar como amostra;

• com características artística e cultural extrínsecas.

5.3 Prazo de guarda dos documentos

Período de tempo em que o documento deve ser mantido no arquivo corrente e intermediário, aguardando destinação final. O prazo de guarda vincula-se à

determinação do valor primário do documento, de acordo com os seguintes fatores:

• existência de legislação que regula a prescrição legal de documentos públicos, ou seja, determinação dos prazos prescricionais;

• existência de outras fontes (documentos recapitulativos);

• necessidade de guarda do documento por precaução, em virtude de práticas

administrativas (prazos precaucionais);

• freqüência de consulta aos documentos.

5.4 Como avaliar

O conjunto de documentos acumulados e aqueles produzidos diariamente deverão ser classificados com base no Plano de Classificação e avaliados com base na

Tabela de Temporalidade. O número de classificação e o prazo de guarda na unidade

são anotados no documento e lançados no sistema automatizado, se existir.

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O documento ficará arquivado na unidade até que cumpra o prazo para transferência ao Arquivo Central ou sua eliminação.

A Tabela aplica-se aos documentos produzidos em todos os períodos da

Justiça Federal abrangendo, portanto, os que serão gerados a partir de sua publicação, assim como o acervo acumulado até o momento.

Ela será utilizada tanto nos documentos correntes dos arquivos setoriais,

orientando a transferência periódica ao Arquivo Central quanto nos documentos acumulados nesse último.

O número de vias dos documentos especificados na Tabela tem por base

informações obtidas no Levantamento da Produção Documental mencionado. No entanto, podem ocorrer diferenças entre instituições. Caso o documento não seja

expedido em tal número de vias, as excedentes devem ser ignoradas, não efetivando

seu arquivamento. O prazo de guarda do original sempre corresponderá ao prazo da primeira

via na Tabela. Fotocópias podem ser consideradas como vias.

Documentos que se inserem em outras espécies documentais (por exemplo, atos em assentamentos funcionais, solicitações de serviços em processos

administrativos etc.) devem ter a mesma destinação desses.

O desentranhamento de peças dos processos ou dossiês não é recomendado em decorrência do princípio arquivístico da unicidade: “qualidade pela qual os

documentos de arquivo, a despeito da forma, espécie ou tipo, conservam o caráter

único em função de seu contexto de origem". Por meio deste princípio, pode-se comprovar a autenticidade e veracidade do documento. Portanto é recomendável evitar

a retirada de peças dos documentos arquivados, tanto na hipótese de serem eliminados

quanto na de guarda permanente.

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________________________________ 6. TABELA DE TEMPORALIDADE

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Registro esquemático do ciclo de vida da documentação da instituição. Elaborado após análise da documentação, determina o prazo de manutenção dos

documentos no arquivo corrente, sua transferência ao arquivo intermediário, além dos

critérios para microfilmagem, eliminação ou recolhimento ao arquivo permanente. A Tabela de Temporalidade é o instrumento utilizado para a avaliação dos

documentos de arquivo, atividade essencial pois define quais os documentos serão

preservados para fins administrativos ou de pesquisa e em que momento podem ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário e permanente, segundo o valor e

o potencial de uso que apresentam para a administração que os gerou e para a

sociedade. Visa estabelecer prazos de retenção para os documentos nas unidades

setoriais, regulamentar a transferência desses ao Arquivo Central e aí definir os prazos,

segundo os quais os documentos obterão uma destinação final: eliminação ou guarda permanente para fins históricos.

Disciplina a documentação desde a produção, determina aqueles que podem

ser eliminados e os que serão preservados devido ao seu valor como fonte para a História ou comprobatório para a instituição.

Além de padronizar os procedimentos de avaliação de documentos, a

Tabela de Temporalidade permite atingir as condições essenciais para a gestão de documentos, tais como a padronização dos tipos documentais, a racionalização na

produção de documentos e o estabelecimento de cronograma de transferência e

recolhimento para os arquivos intermediário e permanente.

6.1 Elaboração da Tabela de Temporalidade dos Documentos Administrativos da

Justiça Federal. A metodologia de elaboração utilizada partiu de um estudo denominado

"Levantamento da Produção Documental", realizado por amostragem no STJ, CJF,

TRFs – 1ª e 3ª, SJSP e SJSC, onde foram entrevistados representantes de cada unidade produtora dos documentos. Esses dados foram sistematizados e analisados por uma

Comissão de Avaliação, formada por especialistas que analisaram os prazos de

retenção propostos, verificando os valores administrativo, legal, fiscal e histórico. Os resultados estão consubstanciados na Tabela de Temporalidade que,

após a anuência de todas as instituições da Justiça Federal, foi submetida à aprovação

do Colegiado do Conselho da Justiça Federal, e divulgada por meio do ato legal que

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lhe conferiu legitimidade e publicidade, a Resolução n° 217, de 22 de dezembro de 1999, publica da no DJ SI, de 29/12/99, e republicada em 22/2/2000.

6.2 Procedimentos para implantação e revisão A Justiça Federal deve constituir Comissões Permanentes de Avaliação

Documental nos Tribunais Regionais Federais e grupos de avaliação de documentos

nas Seções Judiciárias, com a finalidade de adequar a Tabela de Temporalidade orientar a aplicação dirimir possíveis dúvidas, orientar o processo de seleção e

proceder à revisão periódica no que se refere aos documentos nela citados. As

comissões devem ainda, com base na Tabela, autorizar o descarte em intervalos regulares, aprovando o Termo de Eliminação elaborado pelas respectivas. unidades de

Arquivo e acompanhando os procedimentos necessários para à efetiva eliminação

desses. Os documentos ou assuntos não previstos no Plano de Classificação e na

Tabela de Temporalidade ou que caírem em desuso devem ser atualizados em reuniões

periódicas das Comissões Permanentes de Avaliação Documental dos TRF's, com base nas sugestões apresentadas pelos Grupos de Avaliação de Documentos das Seções

Judiciárias para fins de atualização desses instrumentos.

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_________________________________ 7. ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

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Refere-se à destruição dos documentos que não possuam valor permanente. Para algumas vias do documento, a eliminação pode ser efetuada no próprio arquivo

corrente, pelos servidores daquela unidade, sob a orientação da comissão ou grupo de

avaliação. De alguns documentos são eliminadas todas as vias, por não possuírem qualquer interesse para guarda permanente ou porque suas informações são

importantes, mas estão recapituladas em outro documento mais condensado,

justificando a guarda apenas desse (ex: o contracheque, a folha de ponto/freqüência e a folha de pagamento são elimináveis porque suas informações estão recapituladas na

ficha financeira, que será guardada permanentemente).

Recomenda-se não incinerar os documentos, para evitar o aumento da poluição do ar e reduzir o corte de madeiras com a reciclagem do papel. Por questão

de segurança, os documentos fragmentados por trituradores podem ser dissolvidos em

ácido, formando uma polpa para reciclagem. Este processo geralmente é executado por empresas de reciclagem de papel e deve ser supervisionado por um servidor da

instituição.

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___________________ 8. TRANSFERÊNCIA

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É a remessa dos documentos ao arquivo intermediário, onde serão conservados por período predetermu1ado, aguardando sua destinação final -

eliminação ou guarda permanente. Nos arquivos intermediários, ficam os documentos

que, cessado ou reduzido seu uso freqüente nas unidades produtoras, por razões de interesse administrativo e racionalização de recursos, são transferidos dos arquivos

correntes e aguardam destinação final em depósito de armazenagem temporária, e,

após, são eliminados ou recolhidos para guarda permanente em arquivos históricos, segundo os critérios da Tabela de Temporalidade Documental.

No caso dos processos, a unidade responsável pela decisão do seu

arquivamento é aquela onde o mesmo foi encerrado, resolvendo a demanda que o gerou. Não será encaminhado para arquivamento o processo cujo teor não tenha tido

solução final. Só serão recebidos no Arquivo Central documentos classificados

segundo o Plano de Classificação e relacionados em guias próprias de transferência, que devem ser emitidas em duas vias, conferidas e assinadas por servidores

responsáveis pela transferência e pelo recebimento, no Arquivo Central.

Os processos transferidos ao Arquivo Central devem conter despacho determinando o arquivamento, incluindo o local, a data, assinatura e o carimbo da

autoridade competente, com a respectiva função, aposto na última folha do processo.

O processo pode ser reativado, voltando a tramitar, com o seu desarquivamento requisitado pela autoridade competente. Para o desarquivamento, o

servidor responsável pelo Arquivo deve preencher o Termo de Desarquivamento, que

registra a saída do processo para consulta, análise, emissão de fotocópia ou nova tramitação.

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__________________ 9. RECOLHIMENTO

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Remessa dos documentos de valor probatório, histórico ou informativo para guarda permanente. A Guarda Permanente, prevista na Tabela, é estabelecida de

acordo com o assunto do documento, seu conteúdo, a função para a qual foi criado e

não apenas baseado no tipo documental ou prazo prescricional. Documentos essenciais: os originais dos documentos vitais para reconstituir

a memória administrativa da instituição, sua origem, desenvolvimento, funcionamento

e até a extinção devem ser encaminhados diretamente ao arquivo assim que sejam produzidos (ex: Portarias, Resoluções, Balanços Financeiros Anuais, Relatório Anual

de Atividades etc.).

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_______________________________ 10. SUPORTES DA INFORMAÇÃO

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Os documentos elaborados em suportes diferenciados do papel (fotografias, fitas de vídeo, disquetes, CD-ROM, microfilmes, transparências e outros) são

considerados responsabilidade do arquivo, devendo obedecer às normas estabelecidas

na Tabela de Temporalidade e Plano de Classificação para os documentos em papel.

10.1 Novas tecnologias

A implantação do Plano de Classificação e da Tabela de Temporalidade possibilita um maior conhecimento da produção e do uso dos documentos, permitindo

que se defina os critérios para digitalização dos mesmos.

A microfilmagem ou digitalização do acervo, bem como a. impressão em papel de documentos existentes em sistemas informatizados (listagens, formulários,

requisições, cadastros, relatórios etc.) devem vir a ser regulamentados posteriormente.

Os documentos transferidos para outros suportes, por exemplo, disco óptico, devem obedecer à classificação e ao prazo de guarda e destinação previstos na

Tabela de Temporalidade. Se a destinação é guarda permanente, os originais ou vias

em papel não podem ser eliminados. Em alguns países é realizada a microfilmagem de todo o material a ser

digitalizado, e a digitalização é feita a partir do microfilme. Esse processo diminui o

custo da digitalização, sem contar que a durabilidade do microfilme é comprovadamente maior, tomando-se uma opção a mais para a preservação de

documentos importantes.

10.2 Controle automático de documentos

A informatização de rotinas e procedimentos da área de Arquivo pode ser

otimizada, caso se interligue esse sistema com os de controle de registro de entrada e movimentação de documentos. Essa interligação entre protocolo e arquivo evita que o

último tenha que cadastrar novamente os dados de cada processo, quando do seu

arquivamento.

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___________________________________ 11. PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

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11.1 Conservação de documentos Para que o documento permaneça em condições de utilização são

necessários cuidados especiais visando à sua preservação.

Usuários da documentação produzida e recebida, especialmente os atos processuais, devem preocupar-se com a importância da conservação do patrimônio

público, histórico, comprobatório e cultural da instituição. Esse legado histórico é de

responsabilidade de todos. Os acervos documentais são constituídos, basicamente, por materiais

orgânicos (papel, tinta etc.) e, como tais, estão sujeitos a um contínuo processo de

deterioração. A conservação não pode simplesmente suspender um processo de

degradação já instalado. Porém, utilizando-se métodos téa1ico-científicos, reduz-se

o.ritmo desse processo. A política moderna de conservação a longo prazo orienta-se pela luta contra

as causas da deterioração, buscando um maior prolongamento da vida útil de livros e

documentos.

11.2 Agentes de deterioração

Além da celulose, corantes, pigmentos, aditivos e outros materiais do papel, os documentos sofrem danos por efeitos exteriores, os quais podem estar ligados a

causas de ordem física, físico-mecânica, química e biológica Os problemas ocorrem

com o emprego de materiais inadequados na confecção dos documentos, mas também em situações de uso e guarda.

11.2.1 Agentes físicos • Luz: a luz, natural ou artificial, é um tipo de radiação eletromagnética

capaz de fragilizar os materiais constitutivos dos documentos, induzindo um processo

de envelhecimento acelerado. As radiações visíveis e infravermelhas causam o esmaecimento das cores, a despolimerização da celulose e das proteínas, o

endurecimento de plásticos etc. Especialmente em regiões de clima tropical, a luz solar

contribui de maneira intensiva para a deterioração dos materiais arquivísticos. O aquecimento excessivo por efeitos da insolação altera, consideravelmente, as

condições ambientais, além de a ação direta da luz causar alterações físico-químicas.

• Temperatura e umidade: com relação aos problemas de radiações luminosas, o calor pode ser altamente nocivo aos materiais. Quanto mais alta é a

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temperatura, mais intensivas se processam as reações químicas de degradação, como, por exemplo, a oxidação com ruptura das ligações químicas e a perda das propriedades

originais dos materiais. A temperatura influencia de maneira determinante as

alterações da umidade do ar. A umidade relativa exprime a razão da quantidade de vapor de água contido em um determinado volume de ar a dada temperatura e a

quantidade máxima de água que esse volume poderia conter sem se verificar o

fenômeno de condensação. Para uma boa conservação do papel, do ponto de vista químico e físico, aconselha- se manter a temperatura (T) e a umidade relativa (UR),

respectivamente, entre 18 e 2TC e 50 e 60%. Em regiões de clima tropical, os valores

médios da T e UR oscilam muito acima dos ideais, exigindo tecnologia e recursos especiais para a manutenção dos parâmetros recomendados.

11.2.2 Agentes físico-mecânicos • Ausência de proteção: as formas de acondicionamento, normalmente

empregadas, pouco contribuem para a preservação de nossos acervos. Encadernações

mal feitas ou em mau estado, não protegem os documentos e permitem a penetração de poeira e de poluentes. A amarração com barbantes, quando provoca tensão, funciona

como "serrote", cortando as margens. Já o cadarço, embora mais aconselhável, pode

criar o mesmo dano, quando tencionado. No caso de mapas, a falta de mapotecas especialmente dimensionadas

obrigou muitas vezes a enrolá-los ou dobrá-los. A distensão das fibras, provocada pelo

enrolamento e pela dobra, fragiliza o papel. • Manuseio inadequado: os critérios para se manusear um documento

(livro, gravura, mapa, etc.) são determinantes de sua vida útil e de sua permanência.

Recomenda-se, portanto, a adoção de normas e procedimentos básicos que contribuirão consideravelmente para melhor conservação do acervo. Documentos em

mau estado, mal acondicionados e sujos passam uma imagem negativa da instituição e

levam muitas vezes o usuário a negligenciar as recomendações recebidas. O uso freqüente de determinadas coleções fatalmente levará os documentos a um desgaste,

que pode ser evitado por um programa de microfilmagem para a proteção dos

originais. • Desastres: constituem os fatores de maior gravidade na destruição dos

documentos. Arquivos, bibliotecas e museus têm sido vítimas de diversos sinistros em

todo o mundo. Todo arquivo deve elaborar um "Plano de Desastres", prevenindo sua ocorrência e planejar ações de salvamento dos documentos caso ocorram sinistros.

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11.2.3 Agentes químicos Toda documentação sofre reações indesejáveis com grande diversidade de

agentes químicos existentes no ar ou nos materiais que empregamos para sua proteção.

A ação progressiva dos poluentes é percebida na rápida destruição dos bens culturais, seja papel, pedra ou metal. Os mais porosos apresentam seguramente maior

vulnerabilidade.

• Poluentes atmosféricos: entre os principais componentes do ar encontram-se o oxigênio, o nitrogênio, o dióxido de carbono e o hidrogênio, que

permitem a combustão, a fermentação, a oxidação e a hidrólise dos materiais. No

interior de um edifício, funcionam diversos serviços, os quais empregam máquinas e reagentes químicos que liberam gases e vapores nocivos à saúde do indivíduo e à

preservação do acervo. As copiadoras eletrostáticas também volatilizam solventes e

liberam considerável quantidade de vapores de ozônio. O correto seria a condução desses poluentes para o exterior, por meio de exaustão. Em um edifício com sistema de

ar condicionado central, com renovação de ar inadequada, agravam-se cada vez mais

os problemas ambientais. • Poeira: no pó, estão contidas partículas de substâncias químicas

cristalinas e amorfas, como terra, areia, fuligem e grande diversidade de

microorganismos, além de resíduos ácidos e gasosos provenientes da combustão em geral e de atividades industriais. Pó não modifica somente a estética de nossos

documentos. As pequenas partículas minerais possuem ação cortante e abrasiva. A

aderência do pó não é apenas superficial, ele também se prende aos interstícios das fibras e, ainda, é absorvido por meio de ligações químicas. A poeira ainda potencializa

a ação de agentes biológicos, pois transporta muitos ácaros e microorganismos.

• Materiais instáveis: alguns produtos usados sobre o papel podem reduzir sua durabilidade. As tintas ácidas de compostos metálicos oxidantes, os grampos e

clipes metálicos causam efeitos corrosivos. Não deve ser esquecida a possibilidade de

transferência de elementos químicos nocivos, pelo contato das mãos, para os documentos, como o suor, resíduos gordurosos e saliva.

11.2.4 Agentes biológicos: Os ambientes úmidos, quentes e de pouca ventilação são os mais propícios

para a multiplicação de microorganismos. Insetos e até pequenos roedores devem ser

combatidos. Nas regiões tropicais, onde a umidade relativa e a temperatura alcançam níveis elevados, constituem habitat ideal para sua reprodução. Até mesmo o homem

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pode ser considerado um agente de deterioração do documento, talvez o mais nocivo deles.

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_______________________________ 12. ROTINAS DE CONSERVAÇÃO

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12.1 Limpeza O método mais simples de limpeza é a remoção do pó e demais sujidades a

seco. Remove-se o pó das lombadas e partes externas de encadernações com

aspiradores, e, para a limpeza das folhas utilizam-se trinchas, escovas macias e flanelas de algodão.

Durante a limpeza, sempre que for possível, removem-se objetos que

causem danos aos documentos, tais como prendedores metálicos, etiquetas, fitas adesivas, papéis e cartões ácidos, substituindo-os, quando necessário, por materiais

"inertes", como o polipropileno.

12.2 Controle de microorganismos e insetos

O processo químico mais efetivo para desinfestação e desinfecção de

documentos é a fumigação, que deve ser realizada em uma câmara a vácuo. Exigem, porém precauções extremas para seu uso por serem produtos explosivos e inflamáveis

quando puros, além de extremamente tóxicos.

Porém o ambiente do arquivo, principalmente o intermediário, deve ser dedetizado com freqüência.

12.3 Remoção de fitas e etiquetas adesivas Os vários tipos de fitas e etiquetas adesivas diferem quanto à cola

empregada.

As que utilizam colas vegetais e animais podem provocar manchas escuras, mas em geral são facilmente removíveis. Basta a aplicação de água tépida, retirando,

ao mesmo tempo, o resíduo com papel absorvente.

Já as colas auto-adesivas provocam manchas de forma irreversível e reduzem pouco a pouco a resistência do papel no local afetado. Perdem ainda o poder

de aderência, à medida que a cola penetra no papel.

Deve-se evitar o uso de durex ou fita adesiva na restauração de documentos ou capas de processos. A forma adequada de fazer esses reparos é descrita a seguir.

12.4 Pequenos reparos Os rasgos que põem em risco a integridade do documento devem ser

reparados com materiais duráveis e reversíveis, sempre precedidos de uma limpeza.

Para papéis não muito espessos emprega-se o papel japonês ou similar, sem acidez e de baixa gramatura (10 a 20g/m2). O adesivo mais indicado é a metilcelulose

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ou carboxi-metilcelulose. A goma de amido utilizada largamente em reparos e restaurações, embora seja reversível e não cause danos aos papéis, tem mostrado, em

climas quentes e úmidos, a propensão para atrair microorganismos e insetos.

Os papéis devem ser rasgados no sentido longitudinal das fibras, isto é, no sentido que se rompe com maior facilidade. Quando o papel é rasgado em vez de

cortado, as fibras agregam-se melhor ao documento. Passa-se o adesivo em pequena

quantidade com um pincel sobre o rasgo e sobre ele cola-se a tira, fixando-a com uma espátula de osso, com movimentos circulares para não distender a fita. Pequenos pesos

sobre um papel absorvente evitam a ondulação durante a secagem.

Quando os papéis encontram-se muito fragilizados e ácidos, não devem ser reparados sem antes terem sido submetidos a um tratamento completo de restauração.

12.5 Acondicionamento e armazenamento Em primeiro lugar, antes do acondicionamento dos documentos em caixas-

arquivo, recomendamos a higienização do acervo, liberando-o de poeira e de outros

resíduos estranhos aos documentos. O tipo de material e mobiliário adequado para a guarda de documentos deve

corresponder à freqüência de uso dos mesmos, em função da durabilidade e facilidade

de acesso à consulta. Recomendamos: • arquivos correntes ou setoriais: uso de arquivos de gavetas,

preferencialmente em aço, com uso de pastas suspensas. Onde houver maior volume

de documentos e falta de espaço, podem ser utilizadas estantes deslizantes com pastas suspensas ou caixas-arquivo. Recomendamos não utilizar as pastas verticais (tipo

"AZ"), por danificarem os documentos.

• arquivos intermediários ou centrais: uso de estantes fixas ou deslizantes, obrigatoriamente de aço, cuja espessura da chapa seja a mais forte possível para

suportar o peso dos documentos (entre chapa 18 e chapa 24). O acondicionamento

deve, obrigatoriamente, ser feito em caixas-arquivo, com subdivisões internas. • arquivos permanentes ou históricos: uso de estantes fixas ou deslizantes,

obrigatoriamente de aço, cuja espessura da chapa seja a mais forte possível para

suportar o peso dos documentos (entre chapa 18 e chapa 24). O acondicionamento deve obrigatoriamente ser feito em caixas-arquivo de papelão alcalino, com invólucros

internos também em papel alcalino. Os documentos de valor permanente devem estar

livres de qualquer contato com material oxidante (clipes, grampos, garras metálicas, etc.).

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• O acondicionamento dos documentos textuais deve ser feito em caixas-arquivo de tamanho padrão (0,18m de largura por 0,31m de altura e 0,42m de

comprimento, ou 0,l4m de largura por 0,2,7m de altura e 0,39m de comprimento),

produzidas em material inerte ou alcalino.

As caixas-arquivo comerciais não-alcalinas podem ser usadas em arquivos

correntes ou intermediários, porém, quando utilizadas em arquivos permanentes devem ser obrigatoriamente em papelão alcalino. Documentos que excedam ao padrão

convencional devem ser acondicionados em embalagens adequadas às suas dimensões,

podendo serem confeccionadas caixas-arquivo sob medida no próprio arquivo. Quanto ao material das caixas arquivo, a diretora da Coordenação de

Conservação de Documentos do Arquivo Nacional afirma em parecer técnico que:

"para fins de preservação, certamente o polipropileno é mais adequado que o papelão. O polipropileno .é um material inerte, o que quer dizer que pouco reage com

elementos externos."

Portanto, recomendamos, em função da durabilidade e da possibilidade do uso de cores na classificação de documentos, o uso da caixa de polipropileno (plástico)

A de papelão, apesar de mais barata, tem uma durabilidade menor (rasgando e

deformando, tendo logo de ser substituída), e permite que a poeira se e entranhe e, dificilmente se consegue uma limpeza adequada, mesmo com o uso de aspirador de

pó.

Ao contrário do que se acreditava há pouco tempo, pesquisadores da Unicamp divulgaram que os armários de aço não oferecem risco de desmagnetização

dos documentos eletrônicos.

Documentos audiovisuais, cartográficos, micrográficos e informáticos devem ser acondicionados em estojos ou caixas de material inerte ou sem acidez.

A encadernação deve ser feita somente na unidade de arquivo, que analisará

os critérios e a conveniência desse procedimento, em função do uso e do prazo de guarda dos documentos.

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__________________________________ 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ROUSSEAU, Jean-Yves e COUTURE, Carol. Os fundamentos da disciplina

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VÁZQUEZ, Manuel. Manual de Selección Documental. Santafé de Bogotá: Archivo

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__________________________________________________ 14. LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA (atualização março 99)

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA FEDERATN A do BRASIL, de 1988 (Excertos)

art. 216, parágrafo 2°: "cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação

governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela

necessitam";

LEIS E DECRETOS-LEIS

DECRETO-LEI N° 25, de 30 de NOVEMBRO de 1937

Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.

DECRETO-LEI N° 2.848, de 7 de FEVEREIRO de 1940

Código Penal/Capítulo IV.

DECRETO-LEI. N° 3.365, de 21 de JUNHO de 1941

Dispõe sobre desapropriações é para utilidade pública.

LEI N° 5.433, de 8 de MAIO de 1968

Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras providências.

LEI N° 5.471, de 9 de JULHO de 1968

Dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos bibliográficos brasileiros.

LEI N° 6.246, de 7 de OUTUBRO de 1975

Suspende a vigência do art. 1.125 do Código do Processo Civil.

LEI N° 6.546, de 4 de JULHO de 1978

Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo,

e dá outras providências

LEI N° 7.115, de 29 de AGOSTO de 1983

Dispõe sobre prova documental nos casos que indica, e dá outras providências.

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LEI N° 7.627, de 10 de NOVEMBRO de 1987 Dispõe sobre a eliminação de autos findos nos órgãos da Justiça do Trabalho, e dá

outras providências.

LEI N° 8.159, de 08 de JANEIRO de 1991

Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, e dá outras

providências

LEI N° 8.394, de 30 de DEZEMBRO de 1991

Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República, e dá outras providências.

LEI N° 9.051, de 18 de MAIO de 1995 Dispõe sobre a expedição de certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de

situações.

LEI N° 9.507/ de 12 de NOVEMBRO de 1997

Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data.

LEI N° 9.605, de 12 de FEVEREIRO de 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

DECRETOS

DECRETO N° 1.173, de 29 de JUNHO de 1994

Dispõe sobre a competência, organização e funcionamento do Conselho Nacional de

Arquivos (CONARQ) e do sistema nacional de Arquivos (SINAR), e dá outras providências.

DECRETO N° 1.461, de 25 de ABRIL de 1995 Altera os arts. 3º e 7º do Decreto n° 1.173, de 29 de junho de 1994, que dispõe sobre a

competência, organização e funcionamento do Conselho Nacional de Arquivos

(CONARQ) e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). DECRETO N° 1799, de 30 de JANEIRO de 1996

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Regulamenta a Lei n°. 5433, de 8 de maio de 1968, que regula a microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras providências.

DECRETO N° 2.134, de 24 de JANEIRO de 1997 Regulamenta o art. 23 da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a

categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá outras

providências.

DECRETO N° 2.182, de 20 de MARÇO de 1997

Estabelece normas para a transferência e o recolhimento de acervos arquivísticos públicos federais para o Arquivo Nacional.

DECRETO N° 2.942, de 18 de JANEIRO de 1999 Regulamenta os arts. ]O, 11 e 16 da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe

sobre a política nacional de arquivos públicos privados, e dá outras providências

DECRETO N° 2.910, de 29 de DEZEMBRO de 1998.

Estabelece normas para a salvaguarda de documentos, materiais, áreas, comunicações

e sistemas de informação de natureza sigilosa, e dá outras providências.

PORTARIAS

PORTARIA N° 58 do MINISTÉRIO da JUSTIÇA, de 20 de JUNHO de 1996

Regulamenta o registro e a fiscalização do exercício da atividade de microfilmagem de

documentos, em conformidade com o parágrafo único do art. 15 do Decreto n° 1.799, de 30/1/1996.

RESOLUÇÕES do CONARQ RESOLUÇÃO N° 1, de 18 de OUTUBRO de 1995

Dispõe sobre a necessidade da adoção de planos e/ ou códigos de classificação de

documentos nos arquivos correntes, que considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas atividades e funções.

RESOLUÇÃO N° 2, de 18 de OUTUBRO de 1995

Dispõe sobre as medidas a serem observadas na transferência ou no recolhimento de acervos documentais para instituições arquivísticas públicas.

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RESOLUÇÃO N° 3, de 26 de DEZEMBRO de 1995

Dispõe sobre o Programa de Assistência Técnica do Conselho Nacional de Arquivos

(CONARQ).

RESOLUÇÃO N°.4, de 28 de MARÇO de 1996

Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como modelo para os arquivos

correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos

(SINAR), e aprova os prazos de guarda e a destinação de documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos

às Atividades-Meio da Administração Pública.

RESOLUÇÃO N° 5, de 30 de SETEMBRO de 1996

Dispõe sobre a publicação de editais para eliminação de documentos nos Diários

Oficiais da União, Distrito Federal, Estados e Municípios.

RESOLUÇÃO N° 6, de 15 de MAIO de 1997

Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços arquivísticos públicos.

RESOLUÇÃO N° 7, de 20 de MAIO de 1997

Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público.

RESOLUÇÃO N° 8, de 20 de MAIO de 1997 Atualiza o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração

Pública: Atividades-meio e a Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de

Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-meio da Administração Pública, aprovados pela Resolução n °4 do CONARQ.

RESOLUÇÃO N° 9, de 1 de JULHO de 1997 Dispõe sobre o regimento interno do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).

INSTRUÇÕES NORMATIVAS

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INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 1 de ARQUIVO NACIONAL, de 18 de ABRIL de 1997 Estabelece os procedimentos para entrada de acervos arquivísticos no Arquivo

Nacional.

RESOLUÇÕES de OUTROS ÓRGÃOS

CONSELHO FEDERAL de MEDICINA

RESOLUÇÃO CFM N° 1331/89 [Prontuários médicos]

NORMAS da ABNT - Área de Documentação

NBR 5892 - Norma para datar - ago./89. NBR 6021 - Apresentação de periódicos - out./94.

NBR 6022 - Apresentação de artigos em publicações periódicas - ago./94.

NBR 6023 - Referências bibliográficas - ago./94. NBR 6024 - Numeração progressiva das seções de um documento - ago./89.

NBR 6025 - Revisão tipográfica - maio/80.

NBR 6026 - Legenda bibliográfica - mar./94. NBR 6027 - Sumário - ago. / 89.

NBR 6028 - Resumos - maio/90.

NBR 6029 -Apresentação de livros - maio/93. NBR 6030 -Apresentação de ofício ou carta formato A-4 - maio/80.

NBR 6031- Correções datilográficas - dez./80.

NBR 6032 -Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas - ago./89. NBR 6033 -Ordem alfabética - ago./89.

NBR 6034 -Preparação de índice de publicações - ago./89.

NBR 9577 -Emprego de numeração de semanas - set./86. NBR 9578 -Arquivos - set./86.

NBR 10518 -Preparação de guias de bibliotecas, centros de informação e

documentação - abr./92. NBR 10519 -Critérios de avaliação de documentos de arquivo - out./88.

NBR 10520 -Apresentação de citações em documentos - abr./92.

NBR 10521- Numeração internacional para livro -ISBN - out./88. NBR 10522 -Abreviação na descrição bibliográfica - out./88.

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NBR 10523 - Entrada para nomes de língua portuguesa em registros bibliográficos - out./88. NBR 10524 - Preparação de folha de rosto de livro - out./88.

NBR 10525 - Numeração internacional para publicações seriadas -ISSN - out./88.

NBR 10526 - Editoração de traduções - out./88. NBR 10719 - Apresentação de relatórios técnico-científicos - ago./89.

NBR 12225 - Títulos de lombada - abr./92.

NBR 12256 - Apresentação de originais - abr./92. NBR 12676 - Métodos para análise de documentos - Determinação de seus assuntos e

seleção de termos de indexação - ago./92.

NBR 12899 - Catalogação na publicação de monografias - ago./93. NBR 13031 -Apresentação de publicações oficiais - set./93.