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Manual do Bixo

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IAU - USP - 2012

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Sejam bem vindos bixos e bixetes! Prepare-se para ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo da USP – São Carlos (o único curso de Humanas do campus), que tem aproxi-madamente 200 alunos. Você é um dos mais novos 45 futuros arquitetos e urbanistas, ou só arquitetos, ou só urbanistas ou fotógrafos, ou desenhistas, ou designers, ou nenhuma das opções anteriores. Ou todas! Enfim, prepare-se para as descobertas dos próximos meses e de todo o curso. No começo não vai ser fácil, mas deixe-se envolver, porque vai ser muito bom!!! Descubra-se, e permita que lhe descubram!

Algumas dicas prévias podem ser úteis pra facilitar esse início da caminhada: não estranhe as piadinhas “de engenheiro” (e lembre-se: desenho, corte, fachada e colagem são tão impor-tantes quanto cálculo); sua vivência no ateliê o fará sentir como se lá fosse sua “segunda casa” (ou primeira mesmo, em determinados momentos); coca-cola, café, energéticos e boas companhias são essenciais, já que muitas noites serão mal dormidas ou não dormidas. Quando sair de casa leve guarda-chuva, casaco e bloqueador solar - o tempo aqui é meio tem-peramental. E principalmente: serão muitos os momentos de crise com curso, aproveite esses momentos e questione!

Mas não se assuste, os momentos de alegria serão muitos! Além disso, somos muitos no mesmo barco que você: as pessoas com quem você vai conviver SOBREVIVERAM! (mesmo que com sequelas que nos fazem ver o mundo de forma diferente).

Você conhecerá muitos veteranos e companheiros de sala que te ajudarão muito, seja com conversas, seja com uma mãozinha naquela maquete pra amanhã ou até pra assinar seu nome na lista de presença em dia de ressaca. E também professores bacanas (vários deles cozinham muito bem, cobrem), e funcionários muito legais, responsáveis por deixar tudo em ordem no Instituto (e quebrar vários galhos pra você em alguns momentos). E mais: você poderá contar com a ilustre presença de Paul Newman nos eventos mais badalados do IAU!

Além disso, você descobrirá muitas utilidades para os espaços do IAU: o bancão pode ser um ótimo lugar para descanso e também para reuniões de trabalho; o corredor dos ateliês se revelará ideal para conversas formais e informais; o gramadão... bom, com certeza é um dos melhores lugares para se curar do stress: da contemplação da paisagem às coreografias inventadas durante um surto você perceberá que ele não está ali só de enfeite.

E agora, um lugar super importante: ao caminhar pelo corredor dos ateliês em direção ao PQ, você encontrará um simpático edifício abobadado de tijolos aparentes, com um deck de madeira, lá é a Sede da SAAU, um lugar conquistado pelos estudantes e construído por eles!

Por fim, não podemos nos esquecer de alguns tradicionais eventos do curso: pizzadas, sa-rau, as conversas de arquiteto, a sempre muito aguardada Festa Junina da Arquitetura (que acontece em agosto!) e a nossa mais nova tradição: A Paul Newman Fest! Ou o que mais você quiser inventar!

Basicamente é isso. O resto vocês vão descobrindo por si mesmos com o tempo. Bom ingresso!

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Basicamente, a SAAU tem o papel de organizar os estudantes em torno de suas demandas e responsabilidades coletivas, realizando o intermédio entre os estudantes, entre as outras SAs ou CAs, bem como com as outras instâncias do Movimento Estu-dantil, como o CAASO e o DCE. Além é claro com a própria USP: o instituto, as suas comissões (CG, CCEx, etc), e a reitoria.

Também é papel da SA fazer o corre da breja coletivizar discussões e trazer diver-sos assuntos para um debate que reflita e questione. Para isso, é preciso que haja aproximação recíproca – tanto por parte da gestão da SA quanto por parte do conjunto dos estudantes do IAU.

É muito importante que todos participem efetivamente das festas, dos grupos de discussão e debates promovidos pela SA, das eleições para a diretoria da SAAU, das reuni-ões ordinárias dessa diretoria e das assembléias gerais dos estudantes da arquite-tura e de todo o campus, instância superior de decisão, para que a representação da SA seja legítima.

Entendemos que é de extrema importância a realização de atividades para além da sala de aula (party every day!), que se configurem naturalmente como construtoras de um saber mais heterogêneo e que integre os estudantes . Nesse sentido, a SAAU se coloca como um espaço dos estudantes e para os estudantes: um espaço de convivência e sociabilidade, de discussão e ação, de construção de cidadania e do nosso senso de coletivo.Por trás da SAAU existe uma gestão, eleita anualmente, que organiza as burocracias, planeja algumas atividades, discussões e festas. Geralmente as eleições ocorrem no final de cada ano, porém, para a gestão 212, excepcionalmente, será feita logo no início das aulas, devido a problemas para a realização no final de 2011. Então procure, se informe, pois a SAAU somos todos nós unidos e coesos, e isso inclui vocês, queridos bixos e bixetes! Afinal, esse espaço só tem sentido completo quando usado e frequentado pelos estudantes.

PARTICIPE! QUESTIONE! DEBATA! E LEMBRE-SE: ESSE ESPAÇO TAMBÉM É SEU!Gestão 2011 - PARANGOLÉ: Céu [4° ano], Dri [4° ano], Lamis [4° ano], Lara [4°ano], Avatar [3° ano], Panda [3° ano], Nerão [3° ano], Wilson [3° ano], Mike[3° ano], Murieli [3° ano], M&Ms [5° ano]

Chapa PECHINA, para gestão 2012 – Paul Newman [2º ano], Avatar [3º ano], Nerão [ 3º ano], Pumba [2º ano], Glub [2º ano], Vitti [2º ano], Tálita [2º ano], Dred [2º ano], Camis [2º ano], Fetiche [2º ano], Giovana [ 2º ano], Marco [5ºano], Delão [4º ano]

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“Arquitetura é música congelada” disse uma vez certo filósofo alemão (não, não foi Goethe). Ela tem ritmos, conta histórias e causa sensações únicas. A ideia de composição musical está muito próxima da arquitetônica (sério!). Tanto em uma quanto na outra podemos obter infinitas configurações se utili-zarmos das mesmas notas - ou materiais - alterando sua construção, ritmo e ordem. Familiarizem-se com essa ideia lúdica de Arquitetura!

Fazer Arquitetura e Urbanismo abrange muito mais do que uma única pessoa pode entender do mundo, até a cabeça do indivíduo (REFLITA). Temos que associar o social ao individual e aos próprios anseios. Temos que associar a arquitetura ao paisagismo que está ligado ao entorno que por sua vez deve ser harmônico com o urbano e o patrimônio cultural. Fazer arquitetura sem entender tudo que a envolve é como conversar sozinho, é como completar um desenho sem ver o que foi feito antes. O arquiteto é acima de tudo, um trans-formador. E deve se preocupar em modificar não só o espaço, mas a socieda-de. Desse modo ao longo do curso aprende-se que pensar arquitetura abrange várias áreas do saber, vários conhecimentos!

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Instituto de Arquitetura e Urbanismo

Recém inaugurado, ao passar de um curso do departamento de arquitetura da EESC (Escola de Engenharia de São Carlos) para instituto de arquitetura da USP, mudanças são necessárias, como o aumento do número de vagas (você faz parte da terceira turma com 45 alunos), mudanças na grade disciplinar, contratação de novos professores e funcionários, e até a inclusão de novos cursos. Por isso fique atento ao andamento do curso e das mudanças, debata com a sua sala se tudo está conforme vocês julguem eficiente e benéfico a vocês; afinal, você agora está em uma Universidade pública que também deve ser construída pelos estudantes. Não se contente e não se contenha! Sem-pre há o que melhorar. (:

Qualquer dúvida procura a SAAU, que é, acima de tudo, para esse tipo de dis-cussão.

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Na universidade, se pres-tarmos atenção, iremos nos deparar com uma série de problemas e contradições que muitas vezes não ima-ginávamos existir. Isso vai nos exigir reflexões acerca do nosso papel enquanto estudantes de uma univer-sidade pública, e de qual o papel dela própria. Quan-do, a partir dessa reflexão, sentimos algum incômodo e uma vontade de mudar aqui-lo com o que não concor-damos, reconhecendo nos outros inquietudes seme-lhantes, podemos nos orga-nizar coletivamente para agir em prol do que defen-demos. A isso chamamos de Movimento Estudantil (ou simplesmente de M.E.).

Historicamente, o M.E. se organiza através de entidades estudantis, em diversos âmbitos. Aqui no campus de São Carlos temos as Se-cretarias Acadêmicas (SAs), que representam os estudantes de cada curso ou conjunto de cursos de uma mesma unidade (Escola/Insti-tuto), e também o CAASO, que representa to-dos os estudantes do campus. Temos também o DCE (Diretório Central dos Estudantes), que representa todos os estudantes da USP. São nessas entidades que os estudantes debatem as diversas questões, se posicionam e enca-minham ações a respeito delas.

Um dos problemas que o M.E. Levanta – e que está na origem de vários outros – é a falta de democracia na USP. Para que de fato se possa produzir um conhecimento li-vre e autônomo, é preciso democratizar a universidade, pois quando poucos mantêm o poder de decisão sobre os rumos da uni-versidade, abre-se espaço para o direciona-mento do ensino, da pesquisa e da extensão de acordo com interesses particulares. É preciso ampliar a participação das categorias que compõem a universidade (professores, funcionários e estudantes) nas instâncias de-cisórias, ampliar o acesso ao Ensino Superior Público e garantir que os estudantes mais po-bres possam manter-se na universidade. Do contrário, a Universidade continuará a mercê de interesses que não correspondem às de-mandas daqueles que a mantêm.

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Existem diversos outros problemas na universidade e na sociedade sobre os quais pre-cisaremos discutir enquanto estudantes da arquitetura. Bem como precisamos debater a universidade que queremos e como a construiremos. Para isso temos nossos fóruns de debate e de decisão, como as reuniões de diretoria da SAAU e as assembléias dos estudantes da arquitetura. Também podemos formar outros espaços de discussão e de-bates com convidados. Outro aspecto importante é participarmos dos fóruns estudantis em âmbitos mais gerais, como o CAASO e o DCE.

Temos observado, contudo, que cada vez menos os estudantes têm percebido ou se incomodado com esses diversos problemas. E que muitas vezes estes adotam uma postura de relegar a terceiros a responsabilidade que nos cabe a todos enquanto co-letividade. Como se o M.E. fosse feito por especialistas ou profissionais que se dispõem a participar das gestões das entidades estudantis e que muitas vezes se tornam figuri-nhas carimbadas. Isso nos fragiliza enquanto coletividade e permite que os problemas se aprofundem.

Nesse sentido, precisamos reconstruir o compromisso coletivo dos estudantes com a universidade pública, patrimônio social do qual usufruímos. Bem como cons-truir espaços onde possamos nos politizar e desenvolver uma visão crítica de nossa realidade.

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USP, GREVE, UNIVERSIDADE PELA DEMOCRACIA

Em 2011 a USP foi palco de acontecimentos que levaram a universidade, a qual você agora faz parte, a uma onda de comentários. Pessoas, televisão, jornais; todos buscaram seu lugar para mostrar sua opinião nesse mar de especulações. E com lógica, afinal, a “revolta dos mimados”, como foi nomeado pela nossa amada e imparcial revista veja, estava nos holofotes midiáticos e chamava a sociedade a tomar um partido.

Estamos certos em afirmar, que você, provavelmente recebeu notícias, opiniões, e até expressou seu ponto de vista sobre o ocorrido, levando em conta os dados que lhe foram expostos, e ouviu tantas vezes e tantos lados, que tem esse as-sunto como coisa passada. Entretanto, é importante que seja receptivo as novas informações (ou talvez velhas, pra alguns) que serão dadas a você ao longo dos próximos dias. Informações do ocorrido visto pelo nosso lado, pelo ponto de vista dos que estavam presentes nas discussões e assembleias, informações de quem está dentro da USP.

Mas afinal o que o campus de São Carlos, tem a ver com o de São Paulo? TUDO. Mais do que CAASO, IAU, FFLCH, EESC, ou qualquer unidade, somos Estudantes da Universidade de São Paulo, coisas que acontecem em um campus Influen-ciam direto nos outros, então devemos ter consciência da necessidade de um coletivismo, consciência da necessidade de resgatar o Movimento Estudantil, tão fragilizado no país, pois devemos defender nossa universidade para ser a insti-tuição pública de ensino gratuito e de qualidade que existe e trabalha para os es-tudantes, tanto na formação profissional, quanto na construção de um cidadão.

Não vamos trazer à tona nesse manual, as discussões e conclusões, e até os motivos que levaram a esses acontecimentos, mas vamos informa de forma ge-ral o que aconteceu aqui no campus de São Carlos, e pedimos para que nessas primeiras semanas participe das palestras e debates sobre o que aconteceu no ano passado. Mas tenha em mente, que tudo ocorreu por um motivo, a luta pela democratização da universidade.

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Após a retomada da reitoria feita pela policia militar, no final de novembro de 2011, os alunos da USP foram chamados a mostrar sua indignação com a ação truculenta da Policia Militar, e assim em assembleia, o campus de São Paulo, delibera Greve.

Nesse ponto, todos os outros campi são convidados a discutir sobre o que exata-mente está acontecendo na nossa universidade, e a concluir se acatam as pau-tas, e a própria greve da USP – São Paulo.

Em São Carlos, O IAU, se antecipa e con-voca uma assembléia geral para discussão e deliberação da posição do instituto diante ao ocorrido, para ser levado posteriormente a Assembleia geral que ocorrerá no mesmo dia à noite, no CAASO. Após cerca de 3 ho-ras de discussões, fica decido, que mesmo sem o apoio do CAASO, os estudantes do IAU apóia a greve e delibera uma paralisação com indicativo de greve, um espaço para realização de atividades de conscientização a respeito dos assuntos da universidade, entre eles o reitor, a greve, e segurança do cam-pus, a PM e luta pela democracia.No CAASO, após 5 horas de assembleia, ficou decido seguir a paralisação de três dias com indicativo de greve, e a inclusão de uma passeata por São Carlos. Assim, foram realizados debates, oficinas e cartazes, para tentar apresentar os fatos que a mídia não expunha de forma merecida, tanto para a sociedade quanto para o os próprios alunos da USP.

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A FeNEA é a federação Nacional dos estudantes de arquitetura e urbanismo do Brasil. É uma entidade pública, sem fins lucrativos, sem filiações partidárias, livre e independente de órgãos públicos ou privados que congrega mais de 50.000 estudantes de graduação em Arquitetura e Urbanismo de mais de 190 instituições de ensino superior e os representa perante órgãos governamentais e entidades da área.

A FeNEA é a união de todos os estudantes de Arquitetura e Urbanis-mo do país. A coordenação local da FeNEA é o seu Grêmio, Centro, Diretório ou Secretaria Acadêmica, e vocês são tão responsáveis por ela quanto qualquer um.

Para facilitar os trabalhos, a federação é dividida em seis regionais, que são: Norte, Nor-deste, Centro, Leste, São Paulo e Sul. A regional São Paulo é a amais populosa regional da Fe-NEA, formada por 64 escolas.

Cada regional realiza seus Con-selhos Regionais (CoREAs), destinados às discussões dos trabalhos e posicionamentos da Federação. O resultado dos trabalhos nas regionais são le-vados aos Conselhos Nacionais (CoNEAs).

“Os Encontros são os maiores e mais conhecidos projetos idealizados, organi-zados e promovidos pela FeNEA, possuem um caráter amplo por abordarem temas relativos a arquitetura e urbanismo, assim como seu ensino, pesquisa e extensão.” – FeNEA

São momentos nos quais os estudantes de arquitetura de várias escolas do Brasil se reúnem, para beber cerveja com os amigos, oficinas, workshops, pa-lestras, e festas. Ocorre acada ano em uma cidade diferente, eleita durante o encontro do ano anterior, e é feito pelos próprios estudantes, é uma das poucas oportunidades de conhecer pessoas de outras faculdades de arquitetura, bater um papo e fazer amizades.

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“FeNEA: a cidade dos encontros. Em cada praça, em cada pátio, em cada quintal, em cada sala, as pessoas estão sempre juntas, em torno de rodas formadas pela música. E ain-da, em cada esquina, estas pesso-as que habitam a FeNEA, gostam de se esbarrar para ter um motivo pra conversar.”

Autor desconhecido

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