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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA CRIANÇA E DA JUVENTUDE – SECJ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO, EMPREGO E PROMOÇÃO SOCIAL - SETP CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DO PARANÁ - CEDCA COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONFERÊNCIA Denise R. Arruda Colin - Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP/Gov Sandra Mancino - Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ/Gov Solange Maria R. da Cunha - Secretaria de Estado da Educação - SEED/Gov Creusa Ap. Sampaio Serrute – Centro de Estudos do Menor e Integração na Comunidade - CEMIC/Não Gov Eliana Arantes Bueno Salcedo – Projeto Recriar Família e Adoção/Não Gov João Vitor Cruzoletto – Fundação Isis Bruder/Não Gov Valtenir Lazarini - Representante Fórum/DCA SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Ana Lídia Manzoni - Assistente Social/SECJ Maria Júlia Ribeiro de Moraes - Assistente Social/SECJ Samanta Krevoruczka – Assistente Social/SECJ Sandra Mancino – Coordenadora da Área de Proteção/SECJ Tatiani Macarini - Assistente Social/SECJ Ticyana Paula Begnini – Psicóloga/SECJ ARTE GRÁFICA José Divaldo Rufino – Administrador/SECJ CONSELHEIROS DO CEDCA

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA CRIANÇA E DA JUVENTUDE – SE CJ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO, EMPREGO E PROMOÇÃ O SOCIAL - SETP

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESC ENTEDO PARANÁ - CEDCA

COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONFERÊNCIA

�Denise R. Arruda Colin - Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção

Social - SETP/Gov

�Sandra Mancino - Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ/Gov

�Solange Maria R. da Cunha - Secretaria de Estado da Educação - SEED/Gov

�Creusa Ap. Sampaio Serrute – Centro de Estudos do Menor e Integração na

Comunidade - CEMIC/Não Gov

�Eliana Arantes Bueno Salcedo – Projeto Recriar Família e Adoção/Não Gov

� João Vitor Cruzoletto – Fundação Isis Bruder/Não Gov

�Valtenir Lazarini - Representante Fórum/DCA

SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

�Ana Lídia Manzoni - Assistente Social/SECJ

�Maria Júlia Ribeiro de Moraes - Assistente Social/SECJ

�Samanta Krevoruczka – Assistente Social/SECJ

�Sandra Mancino – Coordenadora da Área de Proteção/SECJ

�Tatiani Macarini - Assistente Social/SECJ

�Ticyana Paula Begnini – Psicóloga/SECJ

ARTE GRÁFICA

� José Divaldo Rufino – Administrador/SECJ

CONSELHEIROS DO CEDCA

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CONSELHEIROS GOVERNAMENTAIS CONSELHEIROS DA SOC. CIV ILORGANIZADA

SECJ/IASPThelma Alves de OliveiraSandra Mancino

RECRIAR FAMÍLIA E ADOÇÃOEliana Arantes Bueno SalcedoIrma Ribeiro da Silva Zaninelli

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVATadeu Veneri

SERPIÁJosé Geraldo Lopes de NoronhaAparecido Ferrari Rollin

CASA CIVILÁlvaro Miguel RychuvAramis Chagas Borges

ACRIDASManfred Ernest SchwalbJoel Ramos de Almeida

SETIEdemir Reginaldo MacielJosé Antonio Guazelli de Jesus

HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPEEty Cristina Forte CarneiroPaula Baena

SEEDSolange da CunhaSandro Cavalieri Savoia

EPESMELJacqueline Marçal MicaliAna Lúcia Conde

SEJUTamara EnkeJoão Dario de Oliveira

INSTITUTO DOM BOSCOAne Bárbara VoideloRenilson José da Silva

SEPLHeitor Angelo Scremin FrançaJoel Evaldo de Oliveira Kersten

APAE GUARAPUAVAPaulo Roberto ConstantinoAdão Lodir Schneider

SECEliana Moro ReboldiRoseli Fischer Bassler

AMARASNely GuaitaneleRogério Ferreira Alves

SESALuciana Magaldi JohansenLélia Dionete Araújo Bilibio

CEMICCreusa Aparecida Sampaio SerruteNeusa Afonso Sampaio Bertola

SETPDenise R. Arruda ColinIroni Vieira Camargo

CERVINEdson Antonio GalvanLuiz Carlos de Arruda

SSPDaniele de Oliveira SerigheliNilcéia Ferraro da Silva

DORCASIres Damian ScuzziatoRejane Linck Neumann

PARANÁ ESPORTEMaria Zuleica Lopes KoritiakJacqueline Alberge Ribas

ISIS BRUDERJoão Vitor CruzolettoTais Serrato Barrizon

REPRESENTANTESMINISTÉRIO PÚBLICO – FISCALIZADOR Marcela Marinho Rodrigues

Luiz Francisco Fontoura

REPRESENTANTESOAB – CONSULTORES

Ana Christina Brito Lopes

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Apresentação

A Constituição Federal de 1988 constituiu-se num marco de ruptura com o

período ditatorial anterior, na medida em que representou a consolidação do processo de

abertura democrática iniciado a partir de manifestações dos movimentos sociais, das

organizações governamentais e não-governamentais e das contribuições dos atores

sociais que, descontentes com a situação social e política do País, lutaram pela

derrubada da Ditadura Militar.

Com a Constituição Federal de 1988, os mecanismos de participação social

saíram fortalecidos pela instituição da Democracia Participativa, conquistada no processo

de redemocratização.

Este fortalecimento resultou na criação de instâncias de participação e

controle social de políticas públicas como: Fóruns, Conselhos e Conferências. Espaços

privilegiados de discussão, cuja importância vai além do aspecto fiscalizatório da

sociedade civil em relação ao Estado, sendo sobretudo sua função indicar caminhos,

propor alternativas, participar de decisões de interesse coletivo, as quais no âmbito dos

Conselhos de Direitos resultam em políticas de Estado.

Os marcos legais da constituição cidadã, resultado da luta dos que

acreditaram e acreditam na democracia como meio para construir uma sociedade justa e

igualitária, desdobraram-se em leis específicas que traduziram grande parte dos anseios

da população: - ECA – LOS - LOAS – Estatuto da Terra, entre outras.

O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA em 1990, institui o Sistema

de Garantia de Direitos, exigindo uma transformação no modo de olhar e nas práticas

voltadas ao atendimento à criança e ao adolescente, uma vez que buscou-se assegurar o

princípio da doutrina da proteção integral já assumida pelo Brasil quando ratificou a

Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da

Criança, em contraposição à doutrina da situação irregular da criança e do adolescente.

O ECA dispõe em seu Art. 86 que “A política de atendimento dos direitos da

criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações

governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios” e, dentre as diretrizes da política, estão a municipalização do atendimento, a

criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do

adolescente e a descentralização político-administrativa. A partir da ampliação do

reconhecimento dos direitos da criança e do adolescente pelo Estado, no esteio da

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sociedade brasileira e especificamente na realidade do Estado do Paraná, o cumprimento

dessas diretrizes vem permitindo a construção coletiva da política voltada à população

infanto-juvenil, através das diferentes contribuições que fazem parte do processo

democrático. As Conferências (municipais, regionais e estadual) constituem espaços

privilegiados dessa nova forma de organização e participação da sociedade,

oportunizando a discussão conjunta, o levantamento de propostas, necessidades e

interesses coletivos, com vistas à operacionalização dessa política.

A realização da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente no Estado do Paraná exprime o conjunto das conquistas, do percurso

empreendido até o momento e da abertura de novas possibilidades de mudança na

política de atenção a esse segmento da sociedade. Através do processo descentralizado,

iniciado com as Conferências Municipais e Regionais, é possível materializar os

pressupostos da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente,

evidenciando o avanço na construção de espaços de discussão, de participação popular

e de controle social do Estado, permitindo o aprimoramento da qualidade das

contribuições, cumprindo com uma nova agenda para o exercício da cidadania no Estado

do Paraná.

O CONANDA elegeu neste ano de 2007 o tema “Concretizar direitos

humanos de crianças e adolescentes: investimento ob rigatório” .

O presente Manual tem como objetivo auxiliar e orientar os participantes na

condução dos trabalhos da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente.

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ÍNDICE

ORIENTAÇÕES BÁSICAS.............................. ..................................................................1

REGIMENTO INTERNO .....................................................................................................3

CAPÍTULO I........................................................................................................................ 3DA NATUREZA E FINALIDADE......................................................................................3

DOS OBJETIVOS............................................................................................................3

DOS EIXOS TEMÁTICOS...............................................................................................4

DA REALIZAÇÃO............................................................................................................6

DAS COMISSÕES ..........................................................................................................6

DOS PARTICIPANTES ..................................................................................................7

CAPÍTULO VII.................................................................................................................... 7DAS MOÇÕES ................................................................................................................7

CAPÍTULO VIII .................................................................................................................. 8DO FUNCIONAMENTO ..................................................................................................8

Dos Painéis........................................ ........................................................................8

Dos Grupos de Trabalho ............................ .............................................................9

Da Assembléia para Eleição dos Delegados para a VII Conferência Nacional

dos Direitos da Criança e do Adolescente........... .................................................11

SEGMENTOS.................................................................................................................... 11TOTAL............................................................................................................................... 11GOV................................................................................................................................... 11NÃO GOV ......................................................................................................................... 11C.E.D.C.A .......................................................................................................................... 116.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11C.M.D.C.A......................................................................................................................... 1110........................................................................................................................................ 115.......................................................................................................................................... 115.......................................................................................................................................... 11Conselheiros Tutelares....................................................................................................... 119.......................................................................................................................................... 11Representantes de Entidades e Órgãos............................................................................... 116.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11Fórum Estadual DCA......................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11

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Adolescentes ...................................................................................................................... 1114........................................................................................................................................ 11Conselheiros Setoriais........................................................................................................ 118.......................................................................................................................................... 114.......................................................................................................................................... 114.......................................................................................................................................... 11Universidades..................................................................................................................... 112.......................................................................................................................................... 11Sistema de Justiça .............................................................................................................. 114.......................................................................................................................................... 11TOTAL............................................................................................................................... 1162........................................................................................................................................ 11Seção IV ............................................................................................................................ 12

Da Plenária Final .................................. ...................................................................12

Art. 33 - A Plenária Final referendará os candidatos a Delegados e Suplentes para aConferência Nacional e colocará em aprovação o Relatório Síntese das propostas oriundasdos Grupos de Trabalho. .................................................................................................... 12 Art. 36 - A apreciação e votação das propostas constantes no Relatório Geral terão osseguintes encaminhamentos:.............................................................................................. 12

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................13

REGULAMENTO DA VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITO S DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE ..................................... ....................................................................15

DOS OBJETIVOS..........................................................................................................15

CAPÍTULO II......................................................................................................................... 16DOS EIXOS TEMÁTICOS.............................................................................................16

DA REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS ...................................................................18

MUNICÍPIOS – População.................................................................................... 18DOS PARTICIPANTES ................................................................................................23

Seção I.................................................................................................................................... 23Dos Suplentes e Delegados ......................... .........................................................23

DA ORGANIZAÇÃO ......................................................................................................24

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................25

Realização: ..................................................................................................................... 25TEXTOS BASE ........................................ .........................................................................26

PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE – CEDCA....................................................27

PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE- CEDCA E SECJ ...... .....................................29

SIGNATÁRIOS NO ÂMBITO DO GOVERNO ESTADUAL.......... .....................................33

CONANDA - SINASE ....................................................................................................34

CONANDA – ORÇAMENTO .........................................................................................38

CONANDA – PLANO NACIONAL ................................................................................41

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I - Introdução...................................................................................................................... 41IV - EIXOS ESTRATÉGICOS.............................................................................................. 43

V - IMPLEMENTAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ....... ...................................45

ANEXOS – INSTRUMENTAIS ............................ .............................................................50

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ORIENTAÇÕES BÁSICAS

Centro de Capacitação de Faxinal do Céu

Prezado Participante!!!

Para que sua permanência seja agradável observe as seguintes informações:

- Use o crachá em todas as dependências do CCFC;

- Respeite o horário de silêncio entre às 22hs e 7 hs;

- Não consuma bebidas alcoólicas no CCFC;

- Não mude de casa sem antes comunicar o pessoal responsável;

- Mantenha o aquecedor com água no reservatório e ao sair do chalé deixe-o

desligado;

- Enxovais e chaves extraviadas deverão ser ressarcidos;

- Na perda de objetos dentro das dependências do CCFC, dirija-se ao setor de

hotelaria;

- Não nos responsabilizamos por objetos de valor deixados nos chalés (jóias,

dinheiro...);

- Ao chegar no chalé verifique se os enxovais (cobertores, toalhas de banho e

rosto, lençóis, fronhas e pisos) estão em ordem, pois ao término do evento

serão conferidos;

- Informações dirija-se à coordenação do CCFC;

- ATENÇÃO! A voltagem elétrica é de 110w.

Telefones úteis:

1346 – Coordenação Geral do CCFC;

1372 – Plantão/Emergência (casa 24)

1373 – Coordenação de hotelaria;

1345 – Recepção (Auditório Rousseau);

1330 – Coordenação do evento (Auditório Rousseau);

1364 – Auditório Rubens Corrêa;

1313 – Monitoria

Atendimento Médico:

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- Se você não se sentir bem de saúde, procure imediatamente o técnico da

SECJ responsável pela Delegação Regional

Reposições nas casas/chalés (água ....):

- Solicitar aos monitores, uniformizados em azul

Penalidades:

- Nos casos de uso de bebidas alcoólicas, durante o período do evento, o

participante poderá ser expulso da VI Conferência Estadual.

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VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO I

DA NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente,

com caráter deliberativo, convocada pelo Conselho E stadual dos Direitos da

Criança e do Adolescente – CEDCA, através da deliberação nº 005, de 25/06/2007, tem

por finalidade propiciar uma reflexão em âmbito estadual visando reconhecer, valorizar e

promover a ampliação da participação da sociedade civil no controle social e no apoio

institucional, para a consolidação do princípio de Prioridade Absoluta, preconizado pela

Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 2º – Objetivo geral:

I - Conhecer o cenário atual do sistema de garantia de direitos da criança e do

adolescente, colher, reunir e sistematizar contribuições para o aperfeiçoamento da

política pública de atenção à infância e à juventude do Estado do Paraná.

Art. 3º – Objetivos específicos:

I - Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade para uma maior efetividade

na formulação, execução e controle das políticas de atendimento à criança e ao

adolescente;

II – Definir eixos estratégicos que promovam a devida implementação do Estatuto

da Criança e do Adolescente – ECA, em consonância com os temas dessa Conferência;

III - Sistematizar as discussões realizadas nas Conferências Regionais, elencando

prioridades e propostas de ações voltadas à área da infância e da adolescência,

relevantes para o Estado do Paraná;

IV - Promover e qualificar a efetiva participação da população de adolescentes na

formulação e no controle das políticas públicas;

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V - Identificar estratégias eficientes e qualificadas de intervenção da sociedade,

capazes de promover mudanças na situação da infância e da adolescência do Estado do

Paraná;

VI - Estimular a participação da sociedade no processo de elaboração e controle

do orçamento público voltado para o segmento infanto-juvenil;

VII - Eleger e referendar os delegados que participarão da VII Conferência

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

CAPÍTULO III

DOS EIXOS TEMÁTICOS

Art. 4º - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente terá

três Eixos Temáticos Nacionais e um Eixo Temático Estadual.

Eixos Temáticos da Conferência Nacional:

I - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) como marco

regulatório do atendimento socioeducativo. Abrangendo:

a) Reordenamento físico e pedagógico dos programas de atendimento

socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei, com base nos princípios e diretrizes

do SINASE.

b) Organização da gestão dos programas e dos recursos humanos levando-se em

conta a interdisciplinaridade e o compartilhamento de responsabilidades entre os entes

federados na gestão e na execução da Política de Atendimento Socioeducativo.

c) Garantia do devido processo legal na apuração do ato infracional e na execução

das medidas socioeducativas.

d) Aprofundamento da discussão das competências dos entes federados na

execução e no financiamento do sistema socioeducativo.

e) Sensibilização da mídia e dos profissionais de comunicação na defesa e

garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei.

f) Ampliação e qualificação dos programas de atendimento socioeducativo em

meio aberto.

II - Plano Nacional de Convivência Familiar e Comu nitária: marco regulatório

da política de proteção. Abrangendo:

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a) Definição de responsabilidades compartilhadas entre sociedade civil e entes

federados.

b) Destinação de recursos públicos para co-financiamento das ações.

c) Incentivo à elaboração e implementação dos planos estadual e municipais de

promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar

e comunitária, em consonância com o plano nacional.

d) Envolvimento da mídia como parceira na abordagem dos temas afetos ao

direito à convivência familiar e comunitária.

III - Orçamento criança e adolescente: garantia de direitos. Abrangendo:

a) Funcionamento dos Fundos da criança e do adolescente considerando as

especificidades locais.

b) Articulação do governo e da sociedade civil na democratização dos processos

orçamentários e na ampliação dos recursos públicos voltados à área da criança e do

adolescente.

c) Promoção do debate público quanto ao financiamento das políticas definidas

nas conferências municipais, estadual, distrital e nacional.

d) Sensibilização dos meios de comunicação na divulgação das formas de

utilização dos recursos, assegurando a transparência do processo.

Eixo Temático da Conferência Estadual:

I – Pacto pela Infância e Juventude.

a) Por um ambiente familiar fortalecido e protetor;

b) Pelo enfrentamento das violências praticadas contra crianças e adolescentes;

c) Pela redução da violência juvenil;

d) Pelo combate ao uso de drogas e garantia de tratamento especializado;

e) Pela inclusão escolar efetiva;

f) Pelo convívio social saudável, estimulante, interessante, criativo e produtivo;

g) Pela erradicação do trabalho infantil e ampliação das oportunidades de

qualificação e colocação profissional dos jovens;

h) Pela ampliação de redes de proteção e de apoio às crianças, aos jovens e suas

famílias;

i) Pelo fortalecimento das estruturas de defesa dos direitos de crianças e

adolescentes;

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j) Pela participação social da juventude.

Parágrafo Único: Constitui-se como Material de Apoio para as discussões os

textos encaminhados pelo CONANDA e o documento do Pacto pela Infância e

Juventude.

CAPÍTULO IV

DA REALIZAÇÃO

Art. 5º - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente terá

abrangência estadual, mediante a realização das Etapas Municipal, Regional e Estadual.

Art. 6º - A realização da etapa Estadual se dará no período de 14 a 17 de

setembro de 2007, no centro de capacitação em Faxinal do Céu – Pinhão, PR.

Art. 7º - O tema central da VI Conferência, que deverá orientar as discussões nas

distintas etapas da sua realização, será: “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e

adolescentes: investimento obrigatório”.

CAPÍTULO V

DAS COMISSÕES

Art. 8º - A Comissão Organizadora, indicada pelo CEDCA, terá as seguintes

atribuições durante a etapa Estadual:

I - Coordenar, de modo geral, todos os trabalhos da Conferência;

II - Indicar os coordenadores de mesa, relatores gerais, facilitadores e secretários;

III - Indicar, convidar e acompanhar os trabalhos da Comissão de

Sistematizadores, Facilitadores, Monitores e Equipe de Apoio;

IV - Definir os procedimentos de credenciamento dos participantes;

V - Coordenar a elaboração e encaminhar a divulgação pública do Relatório Final

da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único : Todas as atribuições da Comissão Organizadora serão

referendadas pelo CEDCA.

Art. 9º - Cabe à Comissão Sistematizadora:

I - Organizar e sistematizar material contendo todos os relatos das atividades

desenvolvidas na etapa Estadual (Painéis, Trabalhos de Grupo e Plenária), compondo o

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Relatório Final da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

II - Coordenar os trabalhos de consolidação das propostas dos 7 (sete) Grupos de

Trabalhos em cada Eixo Temático, no formato de um Relatório Geral para ser apreciado

pela Plenária Final.

III - Redigir o Relatório Final da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e

do Adolescente

Parágrafo Único : Todas as atribuições da Comissão Sistematizadora serão

supervisionadas pela Comissão Organizadora.

CAPÍTULO VI

DOS PARTICIPANTES

Art. 10 – Participarão da etapa Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança

e do Adolescente as pessoas inscritas na condição de:

I – Delegados, com direito a voz e voto, num total de 495 (quatrocentos e noventa

e cinco) participantes.

II – Convidados, com direito a voz, referendados pelo CEDCA.

Art. 11 – O credenciamento dos Delegados será realizado no dia 14 de setembro

de 2007, das 13h30 às 16h00, em Faxinal do Céu – Pinhão.

Parágrafo Único : No impedimento de participação do Delegado Titular será

credenciado o Suplente, conforme orientação do Regulamento Estadual, Art. 15.

CAPÍTULO VII

DAS MOÇÕES

Art. 12 – As Moções encaminhadas, exclusivamente por Delegados, deverão ser

apresentadas em formulário próprio, elaborado pela Comissão Organizadora e entregues

até o dia 16 de setembro de 2007, às 18 horas.

§ 1º – Cada Moção deverá ser assinada por, pelo menos 20% (vinte por cento)

dos Delegados da Conferência, o que corresponde a 99 (noventa e nove) participantes;

§ 2º – A Comissão Organizadora receberá as Moções e classificará as mesmas

por tema, encaminhando-as à Plenária Final.

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CAPÍTULO VIII

DO FUNCIONAMENTO

Art. 13 – A instalação da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente, após composta a mesa e declarada sua abertura, obedecerá a seguinte

seqüência:

I. Iniciar a Sessão de Abertura com as autoridades presentes;

II Submeter o Regimento Interno à aprovação;

III. Palestra Magna.

Art. 14 – A sistematização das propostas, aprovadas na etapa Regional, irá

compor o Documento Referência nas discussões dos Grupos Temáticos durante a etapa

Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 15 – A etapa Estadual da Conferência dos Direitos da Criança e do

Adolescente será desenvolvida sob a forma de Painéis, Trabalhos em Grupo,

Assembléias para Eleição dos Delegados para a Conferência Nacional e Plenária Final,

conforme a Programação divulgada.

Art. 16 – As votações da plenária serão realizadas através de tarjas coloridas, que

indicarão a posição do delegado diante das propostas levantadas. As tarjas serão

divididas em: verde para aprovação, amarela para abstenção e vermelha para veto.

Seção I

Dos Painéis

Art. 17 – A abordagem de cada eixo temático será feita em painel específico,

mediante apresentação de 02 (dois) expositores, sendo um indicado pelos conselheiros

governamentais e outro por conselheiros não governamentais.

§ 1º - Os Coordenadores de Mesa, indicados pela Comissão Organizadora,

encaminharão os trabalhos.

§ 2º - Cada expositor disporá de 40 (quarenta) minutos, improrrogáveis, para sua

intervenção; cabendo ao Coordenador de Mesa o controle do cumprimento do tempo

estipulado.

Art. 18 - Após as exposições, o Coordenador de Mesa abrirá a palavra ao Plenário

para debate, durante 60 (sessenta) minutos improrrogáveis.

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§ 1º - Os Delegados e Convidados poderão manifestar-se durante o período de

debates, por ordem de inscrição, garantindo-se a ampla oportunidade de manifestação

de todos.

§ 2º - As manifestações poderão ser por escrito, ou verbais, com duração máxima

de 02 (dois) minutos, e réplica de 01 (um) minuto.

Seção II

Dos Grupos de Trabalho

Art. 19 - Cada eixo temático terá 7 (sete) Grupos de Trabalho paralelos, nos quais

serão distribuídos os participantes.

Art. 20 - Os Grupos de Trabalho terão como objetivo aprofundar a discussão sobre

cada eixo temático e efetivar a apresentação de propostas com base no Documento

Referência.

Parágrafo Único - A discussão será norteada por Palestras, Painéis e pelo

Material de Apoio.

Art. 21 – O eixo estadual Pacto pela Infância e Juventude será discutido e

complementado nas discussões de grupo para apreciação na Plenária Final.

Art. 22 – No que se refere aos eixos da Conferência Nacional, cada grupo elegerá

3 (três) propostas por eixo a serem apreciadas pela Plenária Final.

Art. 23 - A divisão nos 7 (sete) grupos de trabalho, indicados por uma cor e um

número no verso dos crachás dos Delegados, será feita da seguinte forma:

§ 1º - 6 (seis) grupos serão constituídos por segmento, a saber:

I - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes

da categoria de Conselheiros Tutelares.

II - 2 (duas) salas com o limite de 40 (quarenta) Delegados, para os

representantes da categoria de Adolescentes.

III - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes

dos segmento Não Governamentais – incluindo CMDCA e Entidades.

IV - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes

dos segmento Governamentais – incluindo CMDCA e Entidades.

V - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes

dos segmentos Não Governamentais e Governamentais – incluindo CMDCA e

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10

Entidades, em distribuição paritária.

§ 2º - 1 (um) grupo será constituído com representantes de todos os segmentos.

Da seguinte forma:

I - 1 (uma) sala com o limite de 175 (cento e setenta e cinco) Delegados, para os

representantes de todos os segmentos: 48 (quarenta e oito) Conselheiros do CEDCA, 4

(quatro) Sistema Judiciário, 12 (doze) Universidades, 14 (quatorze) Fórum DCA, 8 (oito)

Conselheiros Setoriais, 39 (trinta e nove) Conselheiros Tutelares, 10 (dez) Adolescentes,

20 (vinte) Não Governamentais e 20 (vinte) Governamentais.

Art. 24 - Os Convidados serão divididos, de acordo com a proporção de

Delegados, em cada um dos 7 (sete) Grupos.

Art. 25 - A divisão nos grupos, respeitando o critério descrito no Art. - 15, garantirá

ainda uma distribuição proporcional das 18 Regionais.

Art. 26 - Cada grupo de trabalho contará com:

I - 1 (um) Facilitador, indicado pela Comissão Organizadora, com a função de

introduzir o tema, presidir os trabalhos, dinamizar as discussões, controlar o tempo e

estimular a participação de todos os membros do grupo;

II – 1 (um) Sistematizador, indicado pela Comissão Organizadora, para

sistematizar as propostas elencadas nos grupos de trabalho, para serem levadas à

plenária final;

III - 1 (um) Relator, eleito pelo grupo, com a função de relatar as propostas

elencadas pelo grupo e apresentá-las por escrito para a Comissão Sistematizadora.

Seção III

Da Assembléia para Eleição dos Delegados para a VII Conferência Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente

Art. 27 - O CONANDA definiu para o Estado do Paraná o número de 62 (sessenta

e dois), sendo 48 (quarenta e oito) Delegados adultos e 14 (quatorze) Delegados

adolescentes, assim distribuídos:

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11

SEGMENTOS TOTAL GOV NÃO GOVC.E.D.C.A 6 3 3

C.M.D.C.A 10 5 5

Conselheiros Tutelares 9Representantes de Entidades eÓrgãos

6 3 3

Fórum Estadual DCA 3

Adolescentes 14

Conselheiros Setoriais 8 4 4

Universidades 2

Sistema de Justiça 4

TOTAL 62

Art. 28 - Nos segmentos em que existir a representação de entidades

governamentais e não governamentais, a distribuição de vagas é paritária.

Art. 29 - A eleição dos delegados para a VII Conferência Nacional será realizada

por segmento, em Assembléias, e referendada na Plenária Final.

§ 1º - Cada segmento contará com um Relator, eleito pelo grupo, que se

encarregará da elaboração da ata do processo de eleição.

§ 2º - Os nomes dos Delegados indicados nas assembléias deverão ser entregues

à Comissão Organizadora até às 18h00 do dia 16 de setembro 2007.

Art. 30 - Concorrerão às vagas de Delegados somente os participantes inscritos

na condição de Delegados da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente.

Art. 31 - Após eleito pelo segmento, o Delegado titular ou Suplente somente

assumirá essa condição depois de referendado na Plenária Final da etapa Estadual.

Parágrafo Único – Havendo a ausência do Delegado titular no momento do

referendo, este será automaticamente substituído pelo suplente.

Art. 32 - A etapa Estadual elegerá um suplente para cada delegado, observadas a

paridade e a representação dos segmentos.

Parágrafo Único - O suplente somente participará da VII Conferência Nacional

dos Direitos da Criança e do Adolescente na ausência do respectivo titular.

Seção IV

Da Plenária Final

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Art. 33 - A Plenária Final referendará os candidatos a Delegados e Suplentes

para a Conferência Nacional e colocará em aprovação o Relatório Síntese das propostas

oriundas dos Grupos de Trabalho.

Art. 34 - Participarão da Plenária Final todos os Delegados e Convidados inscritos

na VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 35 - Conforme Regulamento Estadual, a Mesa Coordenadora será

responsável pelo encaminhamento dos trabalhos da Plenária Final e presidida pela

Presidente do CEDCA; na sua ausência, pela vice-presidente ou outro Conselheiro

Estadual por ela designado, com a participação de mais três representantes designados

pela Comissão Organizadora, que ficarão encarregados de secretariar os trabalhos,

apoiados pelos sistematizadores.

Art. 36 - A apreciação e votação das propostas constantes no Relatório Geral

terão os seguintes encaminhamentos:

I - A Mesa Coordenadora procederá à leitura do Relatório Geral de modo que os

pontos de divergência possam ser identificados como DESTAQUES para serem

apreciados.

II - Após a leitura do Relatório Geral, os pontos não anotados como DESTAQUE

serão considerados aprovados por unanimidade pela Plenária Final e, em seguida,

serão chamados por ordem, um a um, os DESTAQUES para serem apreciados.

III - Todos os DESTAQUES deverão ser apresentados por escrito à Mesa

Coordenadora antes da votação dos mesmos, não cabendo exceção.

IV - Os propositores de DESTAQUES terão um tempo máximo de 2 minutos para

a defesa do seu ponto de vista, após o que, o Presidente concederá 2 minutos a palavra

a um membro que se apresente para defender posição contrária à do propositor. Em

seguida será permitida a utilização de 1 minuto para a defesa e 1 minuto para

contestação do destaque por parte de outros membros delegados se assim o desejarem,

procedendo-se em seguida a votação da divergência.

V - A votação será por maioria simples dos delegados presentes.

VI - Durante os períodos de votação serão vetados os levantamentos de questões

de ordem.

Art. 37 - A Plenária deliberará, em cada eixo temático, pela aprovação de 03 (três)

propostas como diretrizes para a construção da política voltada à criança e ao

adolescente.

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Art. 38 - Encerrada a fase de apreciação e aprovação das propostas, o Presidente

da Mesa procederá à leitura das Moções, por tema, e submeterá sua aprovação à

Plenária.

Art. 39 - A aprovação das Moções será por maioria simples dos Delegados

presentes, não cabendo reformulação.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40 - Os casos omissos neste Regimento Interno serão apreciados pela

Comissão Organizadora e submetidos à aprovação da Plenária.

Art. 41 - Sempre que houver descumprimento do presente Regimento assegura-se

aos Delegados e Convidados o direito de levantar questões de ordem à Comissão

Organizadora.

Art. 42 - Serão fornecidos certificados específicos aos participantes da etapa

Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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Realização:

Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ

Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente do Paraná - CEDCA

Pinhão - PR

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15

REGULAMENTO DA VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITO S DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE

CAPÍTULO I

DOS OBJETIVOS

Art. 1º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente,

com caráter deliberativo, convocada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e

do Adolescente – CEDCA, através da deliberação nº 005/2007 de 25/06/2007, tem por

finalidade promover a ampliação da participação da sociedade civil no controle social e o

apoio institucional, para a consolidação do princípio de Prioridade Absoluta,

preconizado pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente -

ECA.

Parágrafo Único : A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente, será composta pelas etapas municipais, regionais e estadual.

Art. 2º – Objetivo geral:

Conhecer o cenário atual do sistema de garantia de direitos da criança e do

adolescente, colher, reunir e sistematizar contribuições para o aperfeiçoamento da

política pública de atenção à infância e à juventude do Estado do Paraná.

Art. 3º – Objetivos específicos:

I - Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade civil para uma maior

efetividade na formulação, execução e controle da política de atendimento à criança e ao

adolescente;

II – Definir eixos estratégicos que promovam a devida implementação do Estatuto

da Criança e do Adolescente - ECA, em consonância com os temas dessa Conferência;

III – Sistematizar as discussões realizadas nas Conferências Regionais, elencando

prioridades e propostas de ações voltadas à área da infância e da adolescência,

relevantes para o Estado do Paraná;

IV - Promover, qualificar e garantir a participação de adolescentes na formulação e

no controle das políticas públicas;

V – Identificar estratégias eficientes e qualificadas de intervenção da sociedade,

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capazes de promover mudanças na situação da infância e da adolescência do Estado do

Paraná;

VI – Estimular a participação da sociedade no processo de elaboração e controle

do orçamento público voltado ao segmento infanto-juvenil;

VII – Eleger e referendar os delegados governamentais e não-governamentais que

participarão da VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

CAPÍTULO II

DOS EIXOS TEMÁTICOS

Art. 4º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

elege como tema central “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e

Adolescentes: investimento obrigatório” e terá três Eixos Temáticos Nacionais e um

Eixo Temático Estadual.

Eixos Temáticos da Conferência Nacional:

I. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ( SINASE) como marco

regulatório do atendimento socioeducativo.

a) Reordenamento físico e pedagógico dos programas de atendimento

socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei, com base nos princípios e diretrizes

do SINASE.

b) Organização da gestão dos programas e dos recursos humanos levando-se em

conta a interdisciplinaridade e o compartilhamento de responsabilidades entre os entes

federados na gestão e na execução da Política de Atendimento Socioeducativo.

c) Garantia do devido processo legal na apuração do ato infracional e na execução

das medidas socioeducativas.

d) Aprofundamento da discussão das competências dos entes federados na

execução e no financiamento do sistema socioeducativo.

e) Sensibilização da mídia e dos profissionais de comunicação na defesa e

garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei.

f) Ampliação e qualificação dos programas de atendimento socioeducativo em

meio aberto.

II. Plano Nacional de Convivência Familiar e Comuni tária: marco regulatório

da política de proteção.

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a) Definição de responsabilidades compartilhadas entre sociedade civil e entes

federados.

b) Destinação de recursos públicos para o co-financiamento das ações.

c) Incentivo à elaboração e implementação dos planos estadual e municipais de

promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar

e comunitária, em consonância com o plano nacional.

d) Envolvimento da mídia como parceira na abordagem dos temas afetos ao direito

de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária.

III. Orçamento criança e adolescente: garantia de d ireitos

a) Funcionamento dos Fundos da Criança e do Adolescente, considerando as

especificidades locais.

b) Articulação do governo e da sociedade civil na democratização dos processos

orçamentários e na ampliação dos recursos públicos voltados à área da criança e do

adolescente.

c) Promoção do debate público quanto ao financiamento das políticas definidas

nas conferências municipais, estadual, distrital e nacional.

d) Sensibilização dos meios de comunicação na divulgação das formas de

utilização dos recursos, assegurando a transparência do processo.

Eixo Temático da Conferência Estadual:

I – Pacto pela Infância e Juventude.

a) Por um ambiente familiar fortalecido e protetor;

b) Pelo enfrentamento das violências praticadas contra crianças e adolescentes;

c) Pela redução da violência juvenil;

d) Pelo combate ao uso de drogas e tratamento especializado;

e) Pela inclusão de escolas efetiva;

f) Pelo convívio social saudável, estimulante, interessante, criativo e produtivo;

g) Pela erradicação do trabalho infantil e ampliação das oportunidades de

qualificação e colocação profissional dos jovens;

h) Pela ampliação de redes de proteção e de apoio às crianças, aos jovens e suas

famílias;

i) Pelo fortalecimento das estruturas de defesa dos direitos de crianças e

adolescentes;

j) Pela Participação Social da Juventude.

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Parágrafo Único: Constitui-se como Material de Apoio para as discussões os

textos encaminhados pelo CONANDA e o documento do Pacto pela Infância e

Juventude.

CAPÍTULO III

DA REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS

Art. 5º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente abrangerá as discussões nos níveis municipais e regionais em etapas

distintas, a saber:

I – Etapa Municipal:

a) Realizadas até 30 de junho de 2007 e seus resultados deverão ser

encaminhados à Comissão Organizadora da etapa Regional até 15 de julho de 2007.

b) O CEDCA definiu o número de delegados municipais para as

conferências regionais, de acordo com a seguinte tabela:

População por município x categorias

PARTICIPANTESCMDCA ADOLESC ENTIDADES TOTALMUNICÍPIOS – População

CTGOV NÃO

GOVGOV NÃO

GOV

Até 10.000 infanto-juvenil 1 1 1 1 - - 4

De 10.001 a 20.000 infanto-juvenil

2 1 1 2 1 1 8

De 20.001 a 40.000 infanto-juvenil

2 2 2 2 1 1 10

De 40.001 a 80.000 infanto-juvenil

2 2 2 2 2 2 12

De 80.001 a 160.000 infanto-juvenil

3 2 2 3 2 2 14

De 160.001 a 320.000 infanto-juvenil

7 4 4 7 4 4 30

De 320.001 a 640.000 infanto-juvenil

28 16 16 28 16 16 120

II – Etapa Regional:

a) Serão realizadas até 20 de agosto de 2007, precedidas das Conferências

Municipais.

b) Caberá à comissão organizadora sistematizar as propostas deliberadas na

etapa Municipal, que serão apreciadas na etapa Regional.

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c) Os resultados da etapa regional deverão ser encaminhados para o CEDCA até

30 de agosto de 2007, acompanhados de relatório final com as propostas aprovadas em

plenária, incluindo: lista de presença, regimento interno, moções, comissão organizadora

e relação de delegados.

§ 1º: Na relação dos delegados deverá constar o nome completo dos titulares com

seus respectivos suplentes, entidades que representam, número do documento de

identificação, município e regional que representa;

§ 2º: O descumprimento dos prazos estabelecidos para a etapa regional não

constituirá impedimento para a realização da etapa estadual;

§ 3º: O descumprimento do item anterior deverá ser comunicado ao Ministério

Público do Estado do Paraná, visando à intervenção no processo organizativo,

assegurando a representatividade da região junto à etapa Estadual.

Art. 6° - De acordo com os critérios da tabela anterior e com as orientações do

CONANDA, o quadro abaixo representa a composição básica das delegações regionais:

Delegados - Regionais

CMDCA C.T. EntidadesRegionais

GOV NãoGOV GOV

NãoGOV

Adolesc. Universidades Total

Curitiba 60 60 77 33 33 77UFPR + UTFPR +

PUC + UTP4

344

Guarapuava 24 24 26 4 4 26 (1) UNICENTRO 109Irati 10 10 10 1 1 10 42Ponta Grossa 21 21 27 9 9 27 (1) UEPG 115União daVitória

9 9 11 2 2 11 44

Cascavel 35 35 37 6 6 37 (1) UNIOESTE 157Foz do Iguaçu 17 17 21 5 5 21 86FranciscoBeltrão

29 29 29 1 1 29 118

Pato Branco 16 16 18 3 3 18 74Campo Mourão 26 26 27 2 2 27 110Cianorte 11 11 12 1 1 12 48Maringá 32 32 34 4 4 34 (1) UEM 141Paranavaí 29 29 30 2 2 30 122Umuarama 23 23 23 1 1 23 (1) UNIPAR 95CornélioProcópio

23 23 25 2 2 25 100

Ivaiporã 22 22 23 1 1 23 92

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CMDCA C.T. EntidadesRegionais

GOV NãoGOV GOV

NãoGOV

Adolesc. Universidades Total

Jacarezinho 23 23 26 3 3 26 (1) UENP 105Londrina 37 37 39 6 6 39 (2) UEL+ UNOPAR 166TOTAL 447 447 495 86 86 495 12 2068

Parágrafo Único : O quadro de delegados será complementado conforme os Arts.

8º, 9º e 10, seguindo as orientações do CONANDA.

Art. 7º – O Sistema de Justiça será representado por 4 delegados:

I - Titular da Vara da Infância e Juventude;

II - Delegado de Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, de

proteção ou apuração de ato infracional;

III - Representante de núcleo especializado na área da infância e da adolescência,

da Defensoria Pública Estadual;

IV - Titular de Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e do

Adolescente;

Parágrafo Único : Os municípios sede das representações do Sistema de Justiça

deverão garantir a participação das mesmas nas etapas Municipais, assegurando a

indicação dos delegados representantes para as etapas seguintes (Regional e Estadual),

para além do número de delegados contemplados na tabela.

Art. 8º – Os Conselhos Setoriais Estaduais de Educação, Saúde, Assistência

Social e Direitos Humanos, serão representados por 4 (quatro) delegados

governamentais e 4 (quatro) não governamentais, totalizando 8 (oito) delegados,

distribuídos nos 4 (quatro) Conselhos, observada a paridade entre governamentais e não

governamentais.

Parágrafo Único : Ficará sob responsabilidade dos respectivos Conselhos

indicarem seus representantes, os quais deverão participar da etapa Regional e

Estadual, na condição de delegados.

Art. 9º – O Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

(Fórum DCA/PR) indicará até 5 (cinco) delegados à etapa Regional, nas regiões onde

estiver organizado.

Parágrafo Único: para a etapa Estadual o Fórum DCA/PR indicará até 14

(quatorze) delegados, devendo os mesmos comprovarem a participação nas

Conferências Municipal e Regional.

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III. Etapa Estadual:

a) A etapa Estadual ocorrerá no município de Pinhão, PR no período de 14 a 17

de Setembro de 2007.

b) A etapa Estadual, conforme orientações do CONANDA 2007, seguirá os

critérios de paridade e proporcionalidade, conforme tabela abaixo:

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Delegados – Estadual

CMDCA EntidadesRegionais GO

VNãoGOV

C.T.GOV Não

GOV

Adolesc. Universidades Total

Curitiba 14 14 16 5 5 14UFPR + UTFPR +

PUC + UTP4

72

Guarapuava 5 5 5 1 1 4 (1) UNICENTRO 22

Irati 2 2 2 0 0 2 0 8

Ponta Grossa 5 5 6 1 1 5 (1) UEPG 24

União da Vitória 2 2 2 0 0 3 9

Cascavel 6 6 8 2 2 7 (1) UNIOESTE 32

Foz do Iguaçu 4 4 4 1 1 3 17

FranciscoBeltrão

5 5 6 1 1 5 23

Pato Branco 3 3 4 1 1 3 15

Campo Mourão 5 5 5 1 1 5 22

Cianorte 2 2 2 0 0 3 9

Maringá 6 6 6 2 2 6 (1) UEM 29

Paranavaí 5 5 6 1 1 6 24

Umuarama 4 4 5 1 1 4 (1) UNIPAR 20

CornélioProcópio

4 4 5 1 1 5 20

Ivaiporã 4 4 4 1 1 4 18

Jacarezinho 5 5 5 1 1 4 (1) UENP 22

Londrina 7 7 8 2 2 7 (2) UEL + UNOPAR 35

TOTAL 88 88 99 22 22 90 12 421

Art. 10 – Os trabalhos da Conferência serão iniciados após credenciamento, com a

aprovação do Regimento Interno.

Art. 11 – A discussão do tema e seus desdobramentos, será realizada durante a

Conferência, em Plenária e através de trabalhos em grupo.

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CAPÍTULO IV

DOS PARTICIPANTES

Art. 12 – Poderão participar da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e

do Adolescente, na etapa estadual, as pessoas inscritas na condição de:

I - Delegados(as): 447

II – Delegados(as) natos : 48 (24 titulares e 24 suplentes do Conselho Estadual de

Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA).

III - Convidados: 23 Chefes de Unidades Socioeducativas; 18 Chefes de

Escritórios Regionais; 10* Convidados a serem definidos pelo CEDCA.

Art. 13 – O CEDCA, acatando a decisão do CONANDA, decide pela participação

dos adolescentes na categoria de delegados (considera-se adolescente toda pessoa

entre doze e dezoito anos de idade, conforme o art. 2º da Lei nº 8069/90 – Estatuto da

Criança e do Adolescente).

§ 1º: A representação de delegados adolescentes não poderá ser substituída por

delegados adultos e vice-versa. Portanto, o município que não tiver oportunizado a

participação de adolescentes em âmbito municipal, não poderá enviar delegados

adolescentes às etapas Regional, Estadual e Nacional.

§ 2º: Deverão ter preferência jovens com experiência de participação em algum

tipo de organização (ex: grêmios estudantis, grupos de jovens, associações de

moradores) e aqueles com vinculação a programas sociais de proteção e socioeducação

(ex: representantes de instituições de acolhimento, egressos de medidas

socioeducativas).

Art. 14 – A delegação de cada regional será responsável pelos adolescentes

participantes da etapa Estadual, mediante termo de responsabilidade e autorização dos

pais.

Seção I

Dos Suplentes e Delegados

Art. 15 – A regional deverá eleger um suplente para cada delegado, observada a

paridade e a representação dos segmentos. Na substituição, será observada a categoria

do titular.

§ 1º: O suplente só poderá participar da etapa Regional na ausência do titular.

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§ 2º: A substituição do delegado titular do município pelo suplente, deverá ser

comunicada oficialmente pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente, para a Comissão Organizadora da Etapa Regional.

§ 3º: A substituição do delegado titular regional pelo suplente, deverá ser

comunicada oficialmente pela Comissão Organizadora da etapa Regional ao CEDCA em

um prazo de 5 (cinco) dias antes da etapa Estadual.

CAPÍTULO V

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 16 - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, na

etapa estadual, será presidida pela presidente do CEDCA, na sua ausência pela vice-

presidente ou outro conselheiro por ela indicada.

Art. 17 – A etapa estadual contará com uma comissão organizadora, indicada pelo

CEDCA, que terá as seguintes atribuições, cujas decisões deverão ser submetidas à

plenária do CEDCA:

I. Indicar o local da realização da etapa estadual da VI Conferência dos Direitos da

Criança e do Adolescente;

II. Elaborar a proposta do Regulamento e Regimento Interno;

III. Selecionar os documentos técnicos e os textos de apoio para subsidiar a VI

Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, na etapa estadual;

IV. Indicar e convidar os conferencistas;

V. Indicar os coordenadores de mesa, sistematizadores, relatores gerais e

secretários;

VI. Indicar e convidar os coordenadores e relatores dos grupos de trabalho que,

junto com a equipe de relatores gerais, elaborarão o relatório final;

VII. Definir a metodologia de funcionamento e a composição a ser utilizada nos

trabalhos de grupos;

VIII. Definir os procedimentos de credenciamento dos participantes;

IX. Sistematizar as propostas deliberadas nas etapas Regionais, que serão

apreciadas nos grupos de trabalho da etapa estadual.

X. Encaminhar procedimentos para divulgação e cobertura documental;

XI. Coordenar a elaboração do Relatório Final da VI Conferência Estadual dos

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Direitos da Criança e do Adolescente, na etapa estadual.

Art. 18 - A comissão organizadora contará com o suporte técnico, administrativo e

financeiro necessários à realização das atividades relacionadas à organização e ao

desenvolvimento da etapa Estadual.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 19 – O deslocamento dos delegados das Etapas Regional e Estadual até as

cidades pólos ficará a cargo dos Municípios.

Art. 20 – Os casos omissos deverão ser resolvidos pela Comissão Organizadora

da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Realização:

Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ

Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente do Paraná - CEDCA

Curitiba - PR

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TEXTOS BASE

- Pacto pela Infância e Juventude

- Orientações CONANDA – SINASE

- Orientações CONANDA – Orçamento

- Orientações CONANDA – Plano Nacional de Promoção , Proteção e Defesa doDireito de Crianças e Adolescentes à Convivência Fa miliar e Comunitária

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Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SE CJ

PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE - VERSÃO 03/09/2007

O Pacto pela Infância e Juventude sintetiza a política pública de atenção às crianças,adolescentes e jovens do Estado do Paraná, e propõe 10 desafios prioritários ao governoe à sociedade paranaense para que concentrem seus esforços, recursos, idéias e energiaformando uma aliança de proteção, de criação de oportunidades, e de práticas decidadania a todos os pequenos e jovens cidadãos em formação. Assim queremos eteremos:

OS GOVERNOS PRESENTES

AS FAMÍLIAS PROTETORAS

E A SOCIEDADE ALERTA E PARTICIPATIVATrabalhando quotidianamente:POR UM AMBIENTE FAMILIAR FORTALECIDO E PROTETOR

PELO ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS PRATICADAS CONTRA CRIANÇAS EADOLESCENTES

PELA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA JUVENIL

PELO COMBATE AO USO DE DROGAS E GARANTIA DE TRATAME NTOESPECIALIZADO EM SAÚDE MENTAL

PELA INCLUSÃO EDUCACIONAL EFETIVA

PELO CONVÍVIO SOCIAL SAUDÁVEL, ESTIMULANTE, INTERES SANTE, CRIATIVO EPRODUTIVO

PELA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E AMPLIAÇÃO D ASOPORTUNIDADES DE QUALIFICAÇÃO E COLOCAÇÃO PROFISSIO NAL DOSJOVENS

PELA AMPLIAÇÃO DE REDES DE PROTEÇÃO E DE APOIO ÀS C RIANÇAS, JOVENSE SUAS FAMÍLIAS

PELO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS DE DEFESA DOS DI REITOS DASCRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS

PELA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA JUVENTUDE

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PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE

1- POR UM AMBIENTE FAMILIAR FORTALECIDO E PROTETOR

� Plano estadual de acolhimento familiar e institucio nal

� Ações de fortalecimento da família na sua tarefa de educação de seus filhos

� Campanhas educativas

� Produção de material especializado para trabalho junto às famílias

� Co-financiamento para acolhimento familiar e institucional (conforme ante-projeto de

lei)

2- PELO ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇA S E JOVENS

� Plano estadual de enfrentamento das violências cont ra crianças e adolescentes

e jovens

� Canais de denúncia sobre violências e violação de direitos

� Redes de atendimento especializado intersetorial e interinstitucional de proteção às

vítimas de violências

� Notificação de casos e encaminhamento à rede de proteção

� Responsabilização e tratamento especializado de agressores

3- PELA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA JUVENIL

� Plano estadual de atenção ao adolescente em conflit o com a lei

� Apoio técnico e financeiro aos programas de meio aberto

� Informações estratégicas sobre a violência juvenil

� Campanha educativa de prevenção da violência. Cultura da solução pacífica de

conflitos e mediação de conflitos

� Formação continuada da rede de atendimento

� Aperfeiçoamento do sistema socioeducativo

� Programas de apoio aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas

(trabalho com família, egressos e aprendiz)

� Repressão ao crime organizado

� Núcleos de Defesa.

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4- PELO COMBATE AO USO DE DROGAS E GARANTIA DE TRAT AMENTO

ESPECIALIZADO EM SAÚDE MENTAL

� Plano estadual de atenção à saúde mental da criança , do adolescente e do jovem

� Ações educativas e de prevenção ao uso de drogas lícitas e ilícitas

� Estímulo a implantação de programas de saúde integral da criança, do adolescente e

do jovem

� Serviço telefônico gratuito de apoio à drogadidos em situação de crise (0800 – SOS

não as drogas)

� Serviços especializados de atendimento para diferentes graus de uso de substâncias

psicoativas de transtorno mental

� Capacitação dos trabalhadores de rede de saúde e comunidades terapêuticas

� Apoio técnico de financeiro à comunidades terapêuticas, conforme critérios pré-

estabelecidos

5- PELA INCLUSÃO EDUCACIONAL EFETIVA

� Programas especiais para o público jovem fora do si stema educacional ou em

processo de retomada dos estudos – política de educ ação

� FICA - Combate à evasão escolar e ambiente

� PROEDUSE - Programa de Educação em Unidades Socioeducativas e no meio aberto

� EQUIPES MULTIDISCIPLILNARES – Reforço à implantação

� SAREH – Serviço de atendimento à rede de escolarização hospitalar

� SUPERAÇÃO- Melhoria qualitativa das escolas que apresentam baixos índices de

produtividade escolar

� Programas de Inclusão Universitária

6- PELO CONVÍVIO SOCIAL SAUDÁVEL, ESTIMULANTE, INTE RESSANTE, CRIATIVO

E PRODUTIVO

� Plano estadual de “Convivência-Social-Cidadã”

� Produção cultural como instrumento de emancipação e formação integral

� Espaços e vivências artísticas, esportivas, culturais e de lazer

� Apoio aos contra-turnos intersetoriais, com trabalho socioeducativo e de cidadania e

orientação psico-sócio-familiar

� ESCOLA ABERTA nos finais de semana para trabalho com os jovens e suas famílias

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(alternativa de esporte, lazer, arte e formação)

� Centros da Juventude

7- PELA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E AMPLIAÇÃ O DAS

OPORTUNIDADES DE QUALIFICAÇÃO E COLOCAÇÃO PROFISSIO NAL DOS

JOVENS

� Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Precoce e Preparação para o

Trabalho Protegido

� Pesquisa e informações sobre as situações de exploração da mão de obra infanto-

juvenil

� Ação integrada de orientação e responsabilização de empresas e grupos exploradores

� Central de aprendizagem e estímulo aos contratos de aprendizagem

� Estímulo às prefeituras para criação de vagas de aprendizagem nos órgãos públicos

municipais

� Primeiro emprego estadual (estágio, bolsa-monitoria e residência técnica)

� Cursos de formação profissional para adolescentes

� Assessoramento técnico e financeiro aos municípios priorizados para erradicação do

trabalho precoce e preparação para o trabalho protegido

8- PELA AMPLIAÇÃO DE REDES DE PROTEÇÃO E DE APOIO À S CRIANÇAS,

ADOLESCENTES, JOVENS E SUAS FAMÍLIAS

���� Plano estadual de sensibilização e mobilização da s ociedade pró-redes de

proteção da criança e juventude

� Organizar a ação governamental de forma integrada em territórios priorizados pela

vulnerabilidade e altos índices de violência, reunindo programas já existentes e

criando novas alternativas.

� Mobilizar instituições, recursos e pessoas para formar redes de proteção de apoio e de

inclusão social para filhos e pais em situação de risco.

� Capacitar gestores

� Realizar eventos envolvendo diferentes setores da sociedade (empresas, organização

de classes, entidades sociais, gestores públicos)

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9- PELO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS DE DEFESA DOS DIREITOS DAS

CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS

� Formação continuada de conselheiros de direitos e tutelares e grupos de defesa de

direitos

� Apoio à realização de conferências regionais, estadual e nacional

� Publicação de material de apoio para campanhas de garantia de direitos

� Produção de material didático-pedagógico para orientar atuação dos atores envolvidos

no atendimento direto e no sistema de garantia de direito

� Implantação do orçamento-criança no âmbito estadual e estímulo aos municípios para

implantação do orçamento-criança no âmbito municipal.

� Articulação estadual, regional e municipal dos órgãos públicos e não governamentais

que atuam no atendimento e na garantia de direitos das crianças, adolescentes e

jovens

� Defensoria pública especializada para a população infanto-juvenil

10 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA JUVENTUDE

� Fortalecimento da organização e mobilização da juventude para o desenvolvimento da

consciência-cidadã e da participação política, social e comunitária

� Comitês municipais de controle de vagas de contratos de aprendizagem

� Criação de bolsa-auxílio para atuação social e cultural do jovem em programas ligados

ao Pacto pela infância e Juventude – “PROJETO ATITUDE”

� Formação continuada dos jovens a partir dos grêmios estudantis e outros grupos

organizados para sensibilização, mobilização e ampliação da participação social da

juventude

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SIGNATÁRIOS NO ÂMBITO DO GOVERNO ESTADUAL

SECJ - Secretaria de Estado da Criança e da Juventud e

SEED - Secretaria de Estado da Educação

SETP – Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social

SESP - Secretaria de Estado da Segurança Pública

SESA – Secretaria de Estado da Saúde

SEEC – Secretaria de Estado da Cultura

SETI - Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

SEJU - Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadan ia

SEAB- Secretaria de Estado da Agricultura e do Abas tecimento

SETU – Secretaria de Estado do Turismo

SECS – Secretaria de Estado da Comunicação Social

SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recu rsos Hídricos

Secretaria Especial de Relações com a Comunidade

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CONANDA - SINASE

Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito Federal

SISTEMA NACIONAL SOCIOEDUCATIVO - SINASE

Introdução:

O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) é o orientador da

política de atendimento a adolescentes em conflito com a lei no Brasil. Fruto de um

intenso processo de construção e discussão coletiva desde 1999 e que contou com a

participação de representantes governamentais e não governamentais, especialistas na

área e centenas de atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do

Adolescente em todas regiões do país, seu texto foi aprovado em 13 de julho de 2006 e

entregue ao Presidente da República em 09 de agosto do mesmo ano.

Eixos

O princípio norteador de todo o Sistema é a integração da política socioeducativa

com os demais sistemas, como a Saúde, Educação, Assistência Social, Justiça e

Segurança Pública. Por isso, o SINASE pode ser concebido como um conjunto ordenado

de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e

administrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a

execução de medida socioeducativa, incluindo os sistemas estaduais, distrital e

municipais, bem como todas as políticas, os planos e programas específicos de atenção

ao adolescente em conflito com a lei.

Sua formulação atende a normativas nacionais (Constituição Federal, Estatuto da

Criança e do Adolescente) e internacionais das quais o Brasil é signatário: Convenção da

ONU sobre os Direitos da Criança, Sistema Global e Sistema Interamericano dos Direitos

Humanos: Regras Mínimas das Nações Unidas para Administração da Justiça Juvenil –

Regras de Beijing –, Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens

Privados de Liberdade.

Além disto, o SINASE preconiza um conjunto de princípios próprios. Dentre eles, o

reconhecimento do adolescente como pessoa em situação peculiar de desenvolvimento e

sujeito de direitos e responsabilidades (artigos 227 da CF e 3º, 4º, 6º e 15º do ECA); a

Prioridade absoluta para a criança e o adolescente (artigos 227 da Constituição Federal e

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4º do ECA); o respeito à capacidade do adolescente de cumprir a medida, às

circunstâncias, à gravidade da infração e às necessidades pedagógicas do adolescente

na escolha da medida, com preferência pelas que visem ao fortalecimento dos vínculos

familiares e comunitários (artigos 100,112§ 1º e 112§ 3º do ECA); a incompletude

institucional, caracterizada pela utilização do máximo possível de serviços na

comunidade, responsabilizando as políticas setoriais no atendimento aos adolescentes

(artigo 86 do ECA); a garantia de atendimento especializado para adolescentes com

deficiência (artigo 227, parágrafo único, inciso II da Constituição Federal); a

municipalização do atendimento (artigo 88, inciso I do ECA); a descentralização político-

administrativa por meio da criação e da manutenção de programas específicos (artigos

204, inciso I da Constituição Federal e artigo 88, inciso II do ECA); a gestão democrática

e participativa na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; a

co-responsabilidade no financiamento do atendimento às medidas socioeducativas; e a

mobilização da opinião pública no sentido da indispensável participação dos diversos

segmentos da sociedade.

Competências:

Tais princípios se refletem na distribuição de competências entre Estados,

Municípios, Distrito Federal e União, ora comuns, ora específicas. A cada um compete a

coordenação de seus sistemas locais, mediante a elaboração de Planos de Atendimento

Socioeducativo.

No que diz respeito à União, a coordenação do Sistema Nacional de Atendimento

Socioeducativo inclui a formulação e execução da política nacional de atendimento

socioeducativo, exercendo funções de caráter geral e de suplementação dos recursos

necessários ao desenvolvimento dos sistemas estaduais, distrital e municipais, por meio

de um Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo. De especial importância é a

criação e o gerenciamento por meio da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da

Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, de um sistema

nacional de cadastro e informação que possibilite o monitoramento e a avaliação, bem

como a assistência técnica aos estados, consórcios intermunicipais e municípios.

No que se refere aos Estados destaque-se além da coordenação do Sistema

Estadual de Atendimento, a partir do Plano Estadual das Medidas Socioeducativas,

aprovado no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, a execução de

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programas de atendimento em semiliberdade e internação, inclusive de internação

provisória; a edição de normas complementares para a organização e funcionamento do

seu sistema de atendimento e dos sistemas municipais, o estabelecimento com os

Municípios, de formas de colaboração para o atendimento socioeducativo em meio

aberto.

Aos Municípios , cabe a coordenação do Sistema Municipal de Atendimento

Socioeducativo (respeitadas as diretrizes gerais fixadas pela União e pelo respectivo

Estado e detalhadas em um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e aprovado

pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), a edição de normas

complementares para a organização e funcionamento dos programas de seu sistema, o

fornecimento por meio do Poder Executivo dos meios e instrumentos necessários ao

pleno exercício da função fiscalizadora dos órgãos competentes, a criação e manutenção

de programas de atendimento para a execução das medidas de meio aberto, e

subsidiariamente em cooperação com o Estado, para o desenvolvimento das medidas

socioeducativas de sua competência.

O SINASE apresenta também uma composição própria que compreende órgãos de

deliberação, representados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente,

nos três níveis de governo. Existem ainda os órgãos de controle e financiamento

presentes nos três níveis da federação.

Gestão Pedagógica

Do ponto de vista da gestão pedagógica no atendimento socioeducativo, há um

conjunto de diretrizes pedagógicas conformadoras do SINASE: a prevalência da ação

socioeducativa sobre os aspectos meramente sancionatórios; o projeto pedagógico como

ordenador de ação e gestão do atendimento socioeducativo; e a participação dos

adolescentes na construção, no monitoramento e na avaliação das ações

socioeducativas. São traçados também parâmetros socioeducativos, dentre eles, a

disciplina como meio para a realização da ação socioeducativa; a diversidade étnico-

racial, de gênero e sexual norteadora da prática pedagógica; a família e comunidade

participando ativamente da experiência socioeducativa. Parâmetros arquitetônicos e

aspectos gerenciais também são detalhados pelo SINASE, sempre tendo como horizonte

o atendimento mais adequado à condição peculiar de desenvolvimento dos adolescentes.

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Dimensões Básicas do Atendimento Socioeducativo

O SINASE aponta seis dimensões básicas do atendimento que devem

necessariamente ser observadas: o Espaço Físico , de modo a assegurar atendimento

adequado ao adolescente em todas as modalidades de medidas socioeducativas, o

Desenvolvimento Pessoal e Social do Adolescente , entendido como o

desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências pessoais relacionais,

cognitivas e produtivas; o Respeito aos Direitos Humanos em todas as etapas do

atendimento; o Acompanhamento Técnico Multiprofissional , cujo perfil garanta um

acompanhamento integral dos adolescentes e suas famílias; a Formação Continuada

dos profissionais envolvidos na ação socioeducativa; a Construção de Alianças

Estratégicas para a constituição da rede de atendimento indispensável para a inclusão

social dos adolescentes.

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CONANDA – ORÇAMENTO

Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito FederalOrçamento Criança e Adolescente

Introdução:

O tema da VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente:

Concretizar Direitos Humanos de Crianças e Adolesce ntes: Investimento

Obrigatório , apresenta o orçamento como forma da garantia dos direitos das políticas

públicas voltadas para a criança e o adolescente.

Orçamento e Políticas Públicas

A promoção e proteção da criança e do adolescente é a luta pelo verdadeiro futuro

do Brasil. Crianças e adolescentes que crescem pobres tornam-se vulneráveis, com

chances mínimas de desfrutarem uma vida saudável e oportunidades dignas de trabalho e

renda na idade adulta. Conforme destaca o documento “Um Mundo para as Crianças”, da

ONU, ao conferirmos "alta prioridade aos direitos das crianças, sua sobrevivência,

proteção e desenvolvimento, cuidamos dos melhores interesses de toda a humanidade e

assegurarmos o bem-estar de todas as crianças em todas as sociedades"

Muitas são as razões para lutar por um Brasil em prol de crianças e adolescentes.

Defender o acesso à educação de qualidade para todos, incrementar os recursos públicos

para ações em benefícios da população infanto-juvenil, assim como lutar pela efetividade,

publicidade e clareza das políticas e recursos públicos empregados.(*)

Controle Social e Monitoramento/Avaliação

O Controle Social é exercido pela sociedade para efetivar as ações governamentais

no exercício da vontade autônoma da coletividade ao participar do processo de

planejamento execução das políticas públicas e na avaliação de seus resultados.

Monitorar e avaliar são etapas de vigilância social que caminham de mãos dadas. O

monitoramento refere-se ao acompanhamento de todo o processo de execução das

ações governamentais, no qual a comunidade busca informações para a identificação e a

correção de problemas, buscando atuar junto ao Poder Público para promover decisões. A

avaliação diz respeito ao processo de levantamento e análise sistemática de informações

sobre características, processos e impactos das soluções implementadas pelo Poder

Público, levando em conta critérios de eficiência, eficácia e efetividade.(*)

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Assim sendo, Controle Social não é somente a disputa de recursos públicos é a

participação popular para a efetivação das Políticas Públicas. No nosso caso, da

efetivação das Políticas voltadas para a Criança e o Adolescente.

Conhecendo o Ciclo OrçamentárioSaber a seqüência de movimentos burocráticos da administração pública

demarcados por Lei é vital para o êxito de participar junto ao Orçamento Público.

Nomenclaturas como: Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei

Orçamentária Anual - LOA são as bases que visualizam os passos aos quais o Orçamento

será concluído. Como montar emendas, prazos de modificações e papeis do Executivo,

Legislativo, Judiciário e Ministério Público no Orçamento, onde e quando se mobilizar,

mecanismo de monitoramento, são peças e ações da engrenagem do Ciclo Orçamentário,

transformando políticas públicas em realidade.

Toda a máquina Orçamentária possui prazos estabelecidos na sua legislação: na

União está na Constituição, nos Estados nas Constituições Estaduais e nos Municípios

em suas Leis Orgânicas.

O Ciclo para todas as esferas governamentais é o mesmo (mas tempos diferentes):

a) Plano Plurianual (PPA): O projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por

um período de quatro anos. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do

PPA deve conter as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas de capital e outras delas decorrentes, e, para as relativas aos programas de

duração continuada. O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a

Lei Orçamentária Anual. Prazo (Esfera Federal): Envio da proposta do Executivo para o

Legislativo 31 de agosto do primeiro ano do mandato. Aprovação da proposta pelo

Legislativo até 15 de dezembro.(**)

b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Foi concebida para que o Poder Executivo

antecipe os critérios que deverão nortear a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Prazo (Esfera Federal): Envio da proposta do Executivo para o Legislativo até 15 de abril.

Aprovação da proposta pelo Legislativo até 30 de junho.(**)

c) Lei Orçamentária Anual (LOA): O governo define no Projeto de Lei Orçamentária

Anual, as prioridades contidas no PPA e na LDO e as metas que deverão ser atingidas

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naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do governo. É dividida em Orçamento

Fiscal, da Seguridade Social e de Investimentos das Empresas Estatais. Prazo (Esfera

Federal): Envio da proposta do Executivo para o Legislativo até 31 de agosto. Aprovação

da proposta pelo Legislativo até 15 de dezembro.(**)

Como todos estes movimentos da Gestão Pública o Controle Social deve atuar

para garantir a prioridade dos recursos no Orçamento. Para dinamizar o acompanhamento

destes movimentos o monitoramento e avaliação constante, são vitais.

Fundo da Infância e Adolescência – FIA

O Fundo da Infância e Adolescência (FIA) é um Fundo Especial. Assim sendo, é

produto de receitas especificadas que por lei se vinculam a realizações de determinados

objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação (Lei nº

4.320/64, art.71). É um aporte de recursos financeiros reservados para o suprimento de

um determinado setor prioritário. Uma das atribuições dos Conselhos de Direitos é garantir

recursos para o FIA.

* Texto extraído do Livro De Olho no Orçamento Criança/ www.orcamentocrianca.org.br** Texto extraído Livro Orçamento Público e Políticas Públicas Sociais / FNDCA INESC

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CONANDA – PLANO NACIONAL

Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito FederalPlano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do D ireito de Crianças e

Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária�

� I - Introdução

O fomento à cultura de valorização, respeito e promoção da convivência familiar e

comunitária, constitui o cerne do Plano Nacional, que reconhece a família como o

ambiente de excelência para o desenvolvimento da criança e do adolescente. O Plano

representa um marco na defesa do direito à convivência familiar e comunitária,

constituindo parâmetro para a reflexão e reorientação de práticas cristalizadas de

atendimento à família, à criança e ao adolescente.

A formulação deste documento é fruto de um trabalho participativo, iniciado

oficialmente em outubro de 2004, quando foi instituída, por decreto presidencial, a

Comissão Intersetorial, que reuniu representantes dos Três Poderes, das três esferas de

governo, da sociedade civil e do Unicef, sob a coordenação da Secretaria Especial dos

Direitos Humanos (SEDH) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

(MDS). Não se deve omitir, também, o aproveitamento, pela Comissão Intersetorial, de

toda a discussão acumulada anteriormente pelo Comitê de Reordenamento de Abrigos,

que funcionou nos anos de 2002 e 2003.

Em julho de 2005, a Comissão Intersetorial apresentou subsídios ao CNAS e ao

CONANDA, que analisaram e aprimoraram o documento, disponibilizado nos meses de

junho e julho para Consulta Pública, processo para o qual foram chamados a participar

todos os Conselhos Estaduais e Municipais. Após a Consulta Pública, as contribuições

recebidas foram analisadas e incorporadas ao texto aprovado pelo CONANDA e CNAS

em Assembléia Conjunta realizada no dia 13 em dezembro de 2006.

Temas que orientaram a discussão e elaboração dos o bjetivos e ações do PNCFC

� Valorização da Família: Políticas de Apoio Sócio-Familiar

� Reordenamento dos Abrigos e Implementação de Programas de Famílias

Acolhedoras

� Adoção centrada no interesse da criança e do adolescente

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II - Objetivos

� Ampliar, articular e integrar as diversas políticas públicas para a promoção,

proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e

comunitária;

� Difundir uma cultura de promoção, proteção e defesa do direito à convivência

familiar e comunitária, com ênfase no fortalecimento ou resgate de vínculos de

crianças/adolescentes com a família de origem;

� Proporcionar apoio psicossocial às famílias, visando a manutenção da criança

e do adolescente em seu contexto familiar e comunitário de origem;

� Assegurar a excepcionalidade e a provisoriedade do acolhimento da criança e

do adolescente em serviço de abrigo ou Programa de Famílias Acolhedoras,

fomentando o processo de reintegração familiar e, na sua impossibilidade, o

encaminhamento para família substituta;

� Qualificar o atendimento nas instituições de abrigo, visando a adequação ao

Estatuto da Criança e do Adolescente;

� Fomentar o processo de implementação de Programas de Famílias

Acolhedoras no país;

� Aprimorar os procedimentos de adoção nacional e internacional, tendo em

vista: i. a excepcionalidade da medida; ii. a realização em conformidade com

os pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção de

Haia; e iii. o investimento na colocação familiar de crianças e adolescentes que,

por circunstâncias diversas têm sido preteridos pelos adotantes;

� Assegurar estratégias e ações que favoreçam o controle social e a mobilização

da opinião pública para a implementação do Plano;

� Aprimorar e integrar os mecanismos de co-financiamento, pelos três entes

federados, das ações previstas no Plano.

III - Diretrizes

� Centralidade na família nas políticas públicas;

� Primazia da responsabilidade do Estado no fomento de políticas integradas de

apoio à família;

� Reconhecimento das competências da família na sua organização interna e na

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superação de suas dificuldades;

� Respeito à diversidade étnico-cultural, à identidade e orientação sexuais, à

eqüidade de gênero e às particularidades das condições físicas, sensoriais e

mentais;

� Fortalecimento da autonomia do adolescente e do jovem adulto na elaboração

do seu projeto de vida;

� Garantia dos princípios de excepcionalidade e provisoriedade dos Programas

de Famílias Acolhedoras e de Acolhimento Institucional de crianças e de

adolescentes;

� Reordenamento dos programas de Acolhimento Institucional;

� Adoção centrada no interesse da criança e do adolescente;

� Controle social das políticas públicas.

� IV - EIXOS ESTRATÉGICOS

O conjunto das ações será implementado e implantado no horizonte de 09 anos

(2007-2015), ficando estabelecidos os seguintes intervalos:

- Curto Prazo: 2007-2008;

- Médio Prazo: 2009-2011;

- Longo Prazo: 2012-2015;

- Ações permanentes: 2007-2015.

As propostas operacionais do Plano Nacional de Convivência Familiar e

Comunitária estão organizadas em quatro eixos estratégicos:

Eixo 1 – Análise da Situação e Sistemas de Informaç ão

São propostos objetivos e ações que enfatizam:

� Aprofundamento do conhecimento em relação à situação familiar das

crianças e adolescentes identificando os fatores que favorecem ou ameaçam

a convivência familiar e comunitária (levantamento de dados, realização de

pesquisas);

� Mapeamento e análise das iniciativas de Apoio Sócio-Familiar, Programas de

Famílias Acolhedoras, Acolhimento Institucional, e Adoção e sua adequação

aos marcos legais;

� Aprimoramento e valorização da comunicação entre os Sistemas de Informação

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sobre crianças, adolescentes e família.

Eixo 2 – Atendimento

� Articulação e integração entre as políticas públicas de atenção às crianças, aos

adolescentes e às famílias para a garantia do direito à convivência familiar e

comunitária;

� Sistematização e difusão de metodologias de trabalho com famílias e

comunidades;

� Ampliação e estruturação da oferta de serviços de Apoio Sócio-Familiar, que

contribuam para o empoderamento das famílias;

� Reordenamento dos serviços de Acolhimento Institucional e Implementação de

Programas de Famílias Acolhedoras;

� Implantação, ampliação e implementação de Programas e serviços de

preparação de adolescentes e jovens, em Acolhimento Institucional, para a

autonomia;

� Fortalecimento de vínculos familiares de adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa, sobretudo privativas de liberdade, bem como de filhos

com pais privados de liberdade;

� Articulação entre os serviços de Acolhimento Institucional e o SGD, em

particular o judiciário, de modo a evitar o “esquecimento” de crianças e

adolescentes nessas instituições;

� Aprimoramento dos procedimentos de Adoção nacional e internacional,

garantindo a prevalência da adoção nacional em relação à adoção

internacional.

� Capacitação e assessoramento aos municípios para a implementação de ações

de Apoio Sócio-Familiar, reordenamento institucional, reintegração familiar,

Famílias Acolhedoras e alternativas para preparação de adolescentes e jovens

para a autonomia;

� Consolidação de uma rede nacional de identificação e localização de crianças e

adolescentes desaparecidos e de pais e responsáveis.

Eixo 3 – Marcos Normativos e Regulatórios

� Parametrização e regulamentação dos programas de apoio sócio-familiar, de

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acolhimento familiar e institucional (abrigo em entidade) e de apadrinhamento;

� Regulamentação, aplicação dos conceitos de “excepcionalidade e

provisoriedade”;

� Regulamentação dos Programas e serviços de Acolhimento Familiar;

� Aprimoramento dos instrumentos legais de proteção social que ofereçam

alternativas e a possibilidade do contraditório à suspensão ou destituição do poder

familiar.

Eixo 4 – Mobilização, Articulação e Participação

� Estratégias de comunicação social para mobilização da sociedade (adoções

necessárias, acolhimento familiar, direito à convivência familiar, controle social

das políticas públicas, etc.) e afirmação de novos valores;

� Mobilização e articulação para a garantia da provisoriedade e excepcionalidade

do Acolhimento Institucional;

� Produção e divulgação de material de orientação e capacitação;

� Articulação e integração de ações entre as três esferas de Poder;

� Garantia de recursos para viabilização do Plano

V - Implementação, Monitoramento e AvaliaçãoPara a materialização deste direito será necessário:

� Cumprimento integral deste Plano nas três esferas de governo;

� Constituição formal de Comissão Nacional Intersetorial (Grupo de Trabalho)

para acompanhamento da implementação do Plano;

� Elaboração de Planos Estaduais e Municipais e constituição de Comissões

Intersetoriais (Grupos de Trabalhos) de acompanhamento do Plano nas esferas

estaduais e municipais;

� Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nas três esferas públicas

assumindo o presente Plano como prioridade, a partir de 2007, viabilizando

recursos nos orçamentos, de um modo geral, e, em particular, nos Fundos da

Infância e Adolescência para a sua implementação;

� Participação e integração entre os Conselhos de Direitos da Criança e Setoriais

nas três esferas de governo;

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� Co-responsabilidade entre os entes federativos no financiamento para

implementação dos objetivos e ações propostos no presente Plano.

VI - Atribuições e competências dos entes federativ osCompetências e atribuições da Comissão de Acompanha mento e Implementaçãodo Plano, comuns às três esferas de governo

� Articular os atores envolvidos na implementação para a consecução dos

objetivos propostos nos eixos: a) análise da situação e sistemas de informação;

b) atendimento; c) marcos normativos e regulatórios; d) mobilização, articulação

e participação do presente Plano;

� Identificar e mensurar os resultados, efeitos e impactos dos objetivos e ações

propostas antes, durante e depois de sua implementação;

� Proporcionar informações necessárias e contribuir para a tomada de decisões

por parte dos responsáveis pela execução dos objetivos e ações do Plano;

� Acompanhar o desenvolvimento das ações e tarefas referentes à execução do

Plano;

� Controlar as ações, as atividades e os resultados propostos no Plano

assegurando o cronograma previsto;

� Socializar informações periodicamente aos diferentes atores do Sistema de

Garantia de Direitos e aos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente

e da Assistência Social;

� Avaliar continuamente a implementação do Plano, nas diferentes esferas

ajustando as condições operacionais e correção de rumos durante o processo

de execução;

� Realizar bi-anualmente a revisão do Plano, de forma a adequá-lo às deliberações

das Conferências Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da

Assistência Social.

Específicas à esfera Federal

� Articular com as Comissões das esferas estadual e municipal para ampliar o

diálogo e acompanhar o desenvolvimento das tarefas e ações dos referidos

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Planos;

� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;

� Socializar as informações consolidadas;

� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem

como dos Planos Estaduais e Municipais;

� O Governo Federal deverá apresentar anualmente Relatório de Implementação do

Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e

Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, inclusive com informações

sobre orçamento.

Específicas à esfera Estadual

� Dialogar permanentemente com a Comissão Nacional e com os municípios,

visando o cumprimento deste Plano;

� Apoiar os municípios no cumprimento deste Plano, inclusive na produção de

informações a serem consolidadas;

� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;

� Socializar as informações consolidadas;

� Encaminhar informações sobre monitoramento e as avaliações referentes à

implementação do Plano nas esferas Estadual e Municipal em períodos

previamente acordados para a Comissão Nacional;

� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem como

dos Planos Estaduais e Municipais.

Específicas à esfera Municipal

� Dialogar permanentemente com a Comissão Nacional e Estadual;

� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;

� Socializar as informações consolidadas;

� Encaminhar informações sobre monitoramento e as avaliações referentes à

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implementação do Plano na esfera Municipal em períodos previamente

acordados para a Comissão Nacional;

� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem como

do Plano Municipal.

Considerações Finais

A estruturação de um plano nacional destinado à promoção, proteção e defesa do

direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária reflete a clara

decisão do Governo Federal de dar prioridade a essa temática, com vistas à formulação e

implementação de políticas públicas que assegurem a garantia dos direitos das crianças

e adolescentes, de forma integrada e articulada com os demais programas de governo.

Este Plano constitui um marco nas políticas públicas no Brasil, ao romper com a

cultura da institucionalização de crianças e adolescentes e ao fortalecer o paradigma da

proteção integral e da preservação dos vínculos familiares e comunitários preconizados

pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A manutenção dos vínculos familiares e

comunitários – fundamentais para a estruturação das crianças e adolescentes como

sujeitos e cidadãos – está diretamente relacionada ao investimento nas políticas públicas

de atenção à família.

Com esta iniciativa, reconhecemos a importância da mobilização do Estado e da

sociedade para que as crianças e os adolescentes sejam vistos de forma indissociável

de seu contexto familiar e comunitário. No entanto, no processo de formulação e

implementação das políticas orientadas pelo Plano, não podemos perder de vista a

importância das ações transversais e intersetoriais dentro das três esferas de governo e

da articulação com a sociedade.

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ANEXOS – INSTRUMENTAIS

- Destaques Regimento Interno

- Destaques Plenária

- Formulário para perguntas

- Moções

- Avaliação do evento

- Folhas brancas para anotações

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DESTAQUES PARA REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO:ARTIGO:

DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão

REDAÇÃO:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_________________________

AUTOR:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

___________________________________________________________________

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DESTAQUES PARA REGIMENTO INTERNOCAPÍTULO:ARTIGO:

DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão

REDAÇÃO:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_________________________

AUTOR:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

___________________________________________________________________

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DESTAQUES PARA PLENÁRIA FINAL

TEMA:

______________________________________________________________________

ITEM:

______________________________________________________________________

DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão

REDAÇÃO:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_______________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

__________

AUTOR:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

___________________________________________________________________

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DESTAQUES PARA PLENÁRIA FINAL

TEMA:

______________________________________________________________________

ITEM:

______________________________________________________________________

DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão

REDAÇÃO:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_______________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

__________

AUTOR:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

___________________________________________________________________

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FORMULÁRIO DE PERGUNTAS

NOME:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

__________________________________________________________________

PERGUNTA DIRIGIDA A:_______________________________________________________

PERGUNTA:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

___________________________________

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FORMULÁRIO DE PERGUNTAS

NOME:

______________________________________________________________________

ENTIDADE:

__________________________________________________________________

PERGUNTA DIRIGIDA A:_______________________________________________________

PERGUNTA:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

___________________________________

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MODELO DE FORMULÁRIO PARA MOÇÕES

( ) APOIO ( ) REPÚDIO ( ) OUTRAS

NOME (destinatário):ÓRGÃOTEXTO:

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

___________________________________________________________

ASSINAM: (Delegados que propõem)

Nome R.G. Entidade Assinatura

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Nome R.G. Entidade Assinatura

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Nome R.G. Entidade Assinatura

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Ficha de AvaliaçãoMarque com um X cada questão, no conceito que melhor expressa sua opinião:

Itens a serem avaliados Excelente Ótimo Bom Regular RuimPalestra Magna: Pacto Pela Infância eJuventudePalestra GOV: Plano de Convivência FamiliarPalestra NÃO GOV: Plano de ConvivênciaFamiliarPalestra GOV: SINASEPalestra NÃO GOV: SINASEPalestra GOV: Orçamento Criança eAdolescentePalestra NÃO GOV: Orçamento Criança e Adol.Apresentações culturaisNoite de Talentos: AdolescentesGrupo PactoGrupo Convivência Familiar e ComunitáriaGrupo SINASEGrupo OrçamentoMateriais de apoioOrganização do eventoTempo programado p/ realização ConferênciaUtilização do tempo na distribuição daspalestrasUtilização do tempo na PlenáriaEstrutura físicaAlimentaçãoTransporteHospedagemCredenciamentoLegenda: Excelente: 10 Ótimo: 8 a 9 Bom: 6 a 7 Regular: 5 Ruim: abaixo de5

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