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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA CRIANÇA E DA JUVENTUDE – SE CJ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO, EMPREGO E PROMOÇÃ O SOCIAL - SETP
CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESC ENTEDO PARANÁ - CEDCA
COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONFERÊNCIA
�Denise R. Arruda Colin - Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção
Social - SETP/Gov
�Sandra Mancino - Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ/Gov
�Solange Maria R. da Cunha - Secretaria de Estado da Educação - SEED/Gov
�Creusa Ap. Sampaio Serrute – Centro de Estudos do Menor e Integração na
Comunidade - CEMIC/Não Gov
�Eliana Arantes Bueno Salcedo – Projeto Recriar Família e Adoção/Não Gov
� João Vitor Cruzoletto – Fundação Isis Bruder/Não Gov
�Valtenir Lazarini - Representante Fórum/DCA
SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
�Ana Lídia Manzoni - Assistente Social/SECJ
�Maria Júlia Ribeiro de Moraes - Assistente Social/SECJ
�Samanta Krevoruczka – Assistente Social/SECJ
�Sandra Mancino – Coordenadora da Área de Proteção/SECJ
�Tatiani Macarini - Assistente Social/SECJ
�Ticyana Paula Begnini – Psicóloga/SECJ
ARTE GRÁFICA
� José Divaldo Rufino – Administrador/SECJ
CONSELHEIROS DO CEDCA
CONSELHEIROS GOVERNAMENTAIS CONSELHEIROS DA SOC. CIV ILORGANIZADA
SECJ/IASPThelma Alves de OliveiraSandra Mancino
RECRIAR FAMÍLIA E ADOÇÃOEliana Arantes Bueno SalcedoIrma Ribeiro da Silva Zaninelli
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVATadeu Veneri
SERPIÁJosé Geraldo Lopes de NoronhaAparecido Ferrari Rollin
CASA CIVILÁlvaro Miguel RychuvAramis Chagas Borges
ACRIDASManfred Ernest SchwalbJoel Ramos de Almeida
SETIEdemir Reginaldo MacielJosé Antonio Guazelli de Jesus
HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPEEty Cristina Forte CarneiroPaula Baena
SEEDSolange da CunhaSandro Cavalieri Savoia
EPESMELJacqueline Marçal MicaliAna Lúcia Conde
SEJUTamara EnkeJoão Dario de Oliveira
INSTITUTO DOM BOSCOAne Bárbara VoideloRenilson José da Silva
SEPLHeitor Angelo Scremin FrançaJoel Evaldo de Oliveira Kersten
APAE GUARAPUAVAPaulo Roberto ConstantinoAdão Lodir Schneider
SECEliana Moro ReboldiRoseli Fischer Bassler
AMARASNely GuaitaneleRogério Ferreira Alves
SESALuciana Magaldi JohansenLélia Dionete Araújo Bilibio
CEMICCreusa Aparecida Sampaio SerruteNeusa Afonso Sampaio Bertola
SETPDenise R. Arruda ColinIroni Vieira Camargo
CERVINEdson Antonio GalvanLuiz Carlos de Arruda
SSPDaniele de Oliveira SerigheliNilcéia Ferraro da Silva
DORCASIres Damian ScuzziatoRejane Linck Neumann
PARANÁ ESPORTEMaria Zuleica Lopes KoritiakJacqueline Alberge Ribas
ISIS BRUDERJoão Vitor CruzolettoTais Serrato Barrizon
REPRESENTANTESMINISTÉRIO PÚBLICO – FISCALIZADOR Marcela Marinho Rodrigues
Luiz Francisco Fontoura
REPRESENTANTESOAB – CONSULTORES
Ana Christina Brito Lopes
Apresentação
A Constituição Federal de 1988 constituiu-se num marco de ruptura com o
período ditatorial anterior, na medida em que representou a consolidação do processo de
abertura democrática iniciado a partir de manifestações dos movimentos sociais, das
organizações governamentais e não-governamentais e das contribuições dos atores
sociais que, descontentes com a situação social e política do País, lutaram pela
derrubada da Ditadura Militar.
Com a Constituição Federal de 1988, os mecanismos de participação social
saíram fortalecidos pela instituição da Democracia Participativa, conquistada no processo
de redemocratização.
Este fortalecimento resultou na criação de instâncias de participação e
controle social de políticas públicas como: Fóruns, Conselhos e Conferências. Espaços
privilegiados de discussão, cuja importância vai além do aspecto fiscalizatório da
sociedade civil em relação ao Estado, sendo sobretudo sua função indicar caminhos,
propor alternativas, participar de decisões de interesse coletivo, as quais no âmbito dos
Conselhos de Direitos resultam em políticas de Estado.
Os marcos legais da constituição cidadã, resultado da luta dos que
acreditaram e acreditam na democracia como meio para construir uma sociedade justa e
igualitária, desdobraram-se em leis específicas que traduziram grande parte dos anseios
da população: - ECA – LOS - LOAS – Estatuto da Terra, entre outras.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA em 1990, institui o Sistema
de Garantia de Direitos, exigindo uma transformação no modo de olhar e nas práticas
voltadas ao atendimento à criança e ao adolescente, uma vez que buscou-se assegurar o
princípio da doutrina da proteção integral já assumida pelo Brasil quando ratificou a
Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da
Criança, em contraposição à doutrina da situação irregular da criança e do adolescente.
O ECA dispõe em seu Art. 86 que “A política de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações
governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios” e, dentre as diretrizes da política, estão a municipalização do atendimento, a
criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do
adolescente e a descentralização político-administrativa. A partir da ampliação do
reconhecimento dos direitos da criança e do adolescente pelo Estado, no esteio da
sociedade brasileira e especificamente na realidade do Estado do Paraná, o cumprimento
dessas diretrizes vem permitindo a construção coletiva da política voltada à população
infanto-juvenil, através das diferentes contribuições que fazem parte do processo
democrático. As Conferências (municipais, regionais e estadual) constituem espaços
privilegiados dessa nova forma de organização e participação da sociedade,
oportunizando a discussão conjunta, o levantamento de propostas, necessidades e
interesses coletivos, com vistas à operacionalização dessa política.
A realização da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente no Estado do Paraná exprime o conjunto das conquistas, do percurso
empreendido até o momento e da abertura de novas possibilidades de mudança na
política de atenção a esse segmento da sociedade. Através do processo descentralizado,
iniciado com as Conferências Municipais e Regionais, é possível materializar os
pressupostos da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente,
evidenciando o avanço na construção de espaços de discussão, de participação popular
e de controle social do Estado, permitindo o aprimoramento da qualidade das
contribuições, cumprindo com uma nova agenda para o exercício da cidadania no Estado
do Paraná.
O CONANDA elegeu neste ano de 2007 o tema “Concretizar direitos
humanos de crianças e adolescentes: investimento ob rigatório” .
O presente Manual tem como objetivo auxiliar e orientar os participantes na
condução dos trabalhos da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
ÍNDICE
ORIENTAÇÕES BÁSICAS.............................. ..................................................................1
REGIMENTO INTERNO .....................................................................................................3
CAPÍTULO I........................................................................................................................ 3DA NATUREZA E FINALIDADE......................................................................................3
DOS OBJETIVOS............................................................................................................3
DOS EIXOS TEMÁTICOS...............................................................................................4
DA REALIZAÇÃO............................................................................................................6
DAS COMISSÕES ..........................................................................................................6
DOS PARTICIPANTES ..................................................................................................7
CAPÍTULO VII.................................................................................................................... 7DAS MOÇÕES ................................................................................................................7
CAPÍTULO VIII .................................................................................................................. 8DO FUNCIONAMENTO ..................................................................................................8
Dos Painéis........................................ ........................................................................8
Dos Grupos de Trabalho ............................ .............................................................9
Da Assembléia para Eleição dos Delegados para a VII Conferência Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente........... .................................................11
SEGMENTOS.................................................................................................................... 11TOTAL............................................................................................................................... 11GOV................................................................................................................................... 11NÃO GOV ......................................................................................................................... 11C.E.D.C.A .......................................................................................................................... 116.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11C.M.D.C.A......................................................................................................................... 1110........................................................................................................................................ 115.......................................................................................................................................... 115.......................................................................................................................................... 11Conselheiros Tutelares....................................................................................................... 119.......................................................................................................................................... 11Representantes de Entidades e Órgãos............................................................................... 116.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11Fórum Estadual DCA......................................................................................................... 113.......................................................................................................................................... 11
Adolescentes ...................................................................................................................... 1114........................................................................................................................................ 11Conselheiros Setoriais........................................................................................................ 118.......................................................................................................................................... 114.......................................................................................................................................... 114.......................................................................................................................................... 11Universidades..................................................................................................................... 112.......................................................................................................................................... 11Sistema de Justiça .............................................................................................................. 114.......................................................................................................................................... 11TOTAL............................................................................................................................... 1162........................................................................................................................................ 11Seção IV ............................................................................................................................ 12
Da Plenária Final .................................. ...................................................................12
Art. 33 - A Plenária Final referendará os candidatos a Delegados e Suplentes para aConferência Nacional e colocará em aprovação o Relatório Síntese das propostas oriundasdos Grupos de Trabalho. .................................................................................................... 12 Art. 36 - A apreciação e votação das propostas constantes no Relatório Geral terão osseguintes encaminhamentos:.............................................................................................. 12
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................13
REGULAMENTO DA VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITO S DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE ..................................... ....................................................................15
DOS OBJETIVOS..........................................................................................................15
CAPÍTULO II......................................................................................................................... 16DOS EIXOS TEMÁTICOS.............................................................................................16
DA REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS ...................................................................18
MUNICÍPIOS – População.................................................................................... 18DOS PARTICIPANTES ................................................................................................23
Seção I.................................................................................................................................... 23Dos Suplentes e Delegados ......................... .........................................................23
DA ORGANIZAÇÃO ......................................................................................................24
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................25
Realização: ..................................................................................................................... 25TEXTOS BASE ........................................ .........................................................................26
PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE – CEDCA....................................................27
PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE- CEDCA E SECJ ...... .....................................29
SIGNATÁRIOS NO ÂMBITO DO GOVERNO ESTADUAL.......... .....................................33
CONANDA - SINASE ....................................................................................................34
CONANDA – ORÇAMENTO .........................................................................................38
CONANDA – PLANO NACIONAL ................................................................................41
I - Introdução...................................................................................................................... 41IV - EIXOS ESTRATÉGICOS.............................................................................................. 43
V - IMPLEMENTAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ....... ...................................45
ANEXOS – INSTRUMENTAIS ............................ .............................................................50
1
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
Centro de Capacitação de Faxinal do Céu
Prezado Participante!!!
Para que sua permanência seja agradável observe as seguintes informações:
- Use o crachá em todas as dependências do CCFC;
- Respeite o horário de silêncio entre às 22hs e 7 hs;
- Não consuma bebidas alcoólicas no CCFC;
- Não mude de casa sem antes comunicar o pessoal responsável;
- Mantenha o aquecedor com água no reservatório e ao sair do chalé deixe-o
desligado;
- Enxovais e chaves extraviadas deverão ser ressarcidos;
- Na perda de objetos dentro das dependências do CCFC, dirija-se ao setor de
hotelaria;
- Não nos responsabilizamos por objetos de valor deixados nos chalés (jóias,
dinheiro...);
- Ao chegar no chalé verifique se os enxovais (cobertores, toalhas de banho e
rosto, lençóis, fronhas e pisos) estão em ordem, pois ao término do evento
serão conferidos;
- Informações dirija-se à coordenação do CCFC;
- ATENÇÃO! A voltagem elétrica é de 110w.
Telefones úteis:
1346 – Coordenação Geral do CCFC;
1372 – Plantão/Emergência (casa 24)
1373 – Coordenação de hotelaria;
1345 – Recepção (Auditório Rousseau);
1330 – Coordenação do evento (Auditório Rousseau);
1364 – Auditório Rubens Corrêa;
1313 – Monitoria
Atendimento Médico:
2
- Se você não se sentir bem de saúde, procure imediatamente o técnico da
SECJ responsável pela Delegação Regional
Reposições nas casas/chalés (água ....):
- Solicitar aos monitores, uniformizados em azul
Penalidades:
- Nos casos de uso de bebidas alcoólicas, durante o período do evento, o
participante poderá ser expulso da VI Conferência Estadual.
3
VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
REGIMENTO INTERNO
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 1º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente,
com caráter deliberativo, convocada pelo Conselho E stadual dos Direitos da
Criança e do Adolescente – CEDCA, através da deliberação nº 005, de 25/06/2007, tem
por finalidade propiciar uma reflexão em âmbito estadual visando reconhecer, valorizar e
promover a ampliação da participação da sociedade civil no controle social e no apoio
institucional, para a consolidação do princípio de Prioridade Absoluta, preconizado pela
Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 2º – Objetivo geral:
I - Conhecer o cenário atual do sistema de garantia de direitos da criança e do
adolescente, colher, reunir e sistematizar contribuições para o aperfeiçoamento da
política pública de atenção à infância e à juventude do Estado do Paraná.
Art. 3º – Objetivos específicos:
I - Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade para uma maior efetividade
na formulação, execução e controle das políticas de atendimento à criança e ao
adolescente;
II – Definir eixos estratégicos que promovam a devida implementação do Estatuto
da Criança e do Adolescente – ECA, em consonância com os temas dessa Conferência;
III - Sistematizar as discussões realizadas nas Conferências Regionais, elencando
prioridades e propostas de ações voltadas à área da infância e da adolescência,
relevantes para o Estado do Paraná;
IV - Promover e qualificar a efetiva participação da população de adolescentes na
formulação e no controle das políticas públicas;
4
V - Identificar estratégias eficientes e qualificadas de intervenção da sociedade,
capazes de promover mudanças na situação da infância e da adolescência do Estado do
Paraná;
VI - Estimular a participação da sociedade no processo de elaboração e controle
do orçamento público voltado para o segmento infanto-juvenil;
VII - Eleger e referendar os delegados que participarão da VII Conferência
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
CAPÍTULO III
DOS EIXOS TEMÁTICOS
Art. 4º - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente terá
três Eixos Temáticos Nacionais e um Eixo Temático Estadual.
Eixos Temáticos da Conferência Nacional:
I - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) como marco
regulatório do atendimento socioeducativo. Abrangendo:
a) Reordenamento físico e pedagógico dos programas de atendimento
socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei, com base nos princípios e diretrizes
do SINASE.
b) Organização da gestão dos programas e dos recursos humanos levando-se em
conta a interdisciplinaridade e o compartilhamento de responsabilidades entre os entes
federados na gestão e na execução da Política de Atendimento Socioeducativo.
c) Garantia do devido processo legal na apuração do ato infracional e na execução
das medidas socioeducativas.
d) Aprofundamento da discussão das competências dos entes federados na
execução e no financiamento do sistema socioeducativo.
e) Sensibilização da mídia e dos profissionais de comunicação na defesa e
garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei.
f) Ampliação e qualificação dos programas de atendimento socioeducativo em
meio aberto.
II - Plano Nacional de Convivência Familiar e Comu nitária: marco regulatório
da política de proteção. Abrangendo:
5
a) Definição de responsabilidades compartilhadas entre sociedade civil e entes
federados.
b) Destinação de recursos públicos para co-financiamento das ações.
c) Incentivo à elaboração e implementação dos planos estadual e municipais de
promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar
e comunitária, em consonância com o plano nacional.
d) Envolvimento da mídia como parceira na abordagem dos temas afetos ao
direito à convivência familiar e comunitária.
III - Orçamento criança e adolescente: garantia de direitos. Abrangendo:
a) Funcionamento dos Fundos da criança e do adolescente considerando as
especificidades locais.
b) Articulação do governo e da sociedade civil na democratização dos processos
orçamentários e na ampliação dos recursos públicos voltados à área da criança e do
adolescente.
c) Promoção do debate público quanto ao financiamento das políticas definidas
nas conferências municipais, estadual, distrital e nacional.
d) Sensibilização dos meios de comunicação na divulgação das formas de
utilização dos recursos, assegurando a transparência do processo.
Eixo Temático da Conferência Estadual:
I – Pacto pela Infância e Juventude.
a) Por um ambiente familiar fortalecido e protetor;
b) Pelo enfrentamento das violências praticadas contra crianças e adolescentes;
c) Pela redução da violência juvenil;
d) Pelo combate ao uso de drogas e garantia de tratamento especializado;
e) Pela inclusão escolar efetiva;
f) Pelo convívio social saudável, estimulante, interessante, criativo e produtivo;
g) Pela erradicação do trabalho infantil e ampliação das oportunidades de
qualificação e colocação profissional dos jovens;
h) Pela ampliação de redes de proteção e de apoio às crianças, aos jovens e suas
famílias;
i) Pelo fortalecimento das estruturas de defesa dos direitos de crianças e
adolescentes;
6
j) Pela participação social da juventude.
Parágrafo Único: Constitui-se como Material de Apoio para as discussões os
textos encaminhados pelo CONANDA e o documento do Pacto pela Infância e
Juventude.
CAPÍTULO IV
DA REALIZAÇÃO
Art. 5º - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente terá
abrangência estadual, mediante a realização das Etapas Municipal, Regional e Estadual.
Art. 6º - A realização da etapa Estadual se dará no período de 14 a 17 de
setembro de 2007, no centro de capacitação em Faxinal do Céu – Pinhão, PR.
Art. 7º - O tema central da VI Conferência, que deverá orientar as discussões nas
distintas etapas da sua realização, será: “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e
adolescentes: investimento obrigatório”.
CAPÍTULO V
DAS COMISSÕES
Art. 8º - A Comissão Organizadora, indicada pelo CEDCA, terá as seguintes
atribuições durante a etapa Estadual:
I - Coordenar, de modo geral, todos os trabalhos da Conferência;
II - Indicar os coordenadores de mesa, relatores gerais, facilitadores e secretários;
III - Indicar, convidar e acompanhar os trabalhos da Comissão de
Sistematizadores, Facilitadores, Monitores e Equipe de Apoio;
IV - Definir os procedimentos de credenciamento dos participantes;
V - Coordenar a elaboração e encaminhar a divulgação pública do Relatório Final
da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Parágrafo Único : Todas as atribuições da Comissão Organizadora serão
referendadas pelo CEDCA.
Art. 9º - Cabe à Comissão Sistematizadora:
I - Organizar e sistematizar material contendo todos os relatos das atividades
desenvolvidas na etapa Estadual (Painéis, Trabalhos de Grupo e Plenária), compondo o
7
Relatório Final da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
II - Coordenar os trabalhos de consolidação das propostas dos 7 (sete) Grupos de
Trabalhos em cada Eixo Temático, no formato de um Relatório Geral para ser apreciado
pela Plenária Final.
III - Redigir o Relatório Final da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e
do Adolescente
Parágrafo Único : Todas as atribuições da Comissão Sistematizadora serão
supervisionadas pela Comissão Organizadora.
CAPÍTULO VI
DOS PARTICIPANTES
Art. 10 – Participarão da etapa Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança
e do Adolescente as pessoas inscritas na condição de:
I – Delegados, com direito a voz e voto, num total de 495 (quatrocentos e noventa
e cinco) participantes.
II – Convidados, com direito a voz, referendados pelo CEDCA.
Art. 11 – O credenciamento dos Delegados será realizado no dia 14 de setembro
de 2007, das 13h30 às 16h00, em Faxinal do Céu – Pinhão.
Parágrafo Único : No impedimento de participação do Delegado Titular será
credenciado o Suplente, conforme orientação do Regulamento Estadual, Art. 15.
CAPÍTULO VII
DAS MOÇÕES
Art. 12 – As Moções encaminhadas, exclusivamente por Delegados, deverão ser
apresentadas em formulário próprio, elaborado pela Comissão Organizadora e entregues
até o dia 16 de setembro de 2007, às 18 horas.
§ 1º – Cada Moção deverá ser assinada por, pelo menos 20% (vinte por cento)
dos Delegados da Conferência, o que corresponde a 99 (noventa e nove) participantes;
§ 2º – A Comissão Organizadora receberá as Moções e classificará as mesmas
por tema, encaminhando-as à Plenária Final.
8
CAPÍTULO VIII
DO FUNCIONAMENTO
Art. 13 – A instalação da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente, após composta a mesa e declarada sua abertura, obedecerá a seguinte
seqüência:
I. Iniciar a Sessão de Abertura com as autoridades presentes;
II Submeter o Regimento Interno à aprovação;
III. Palestra Magna.
Art. 14 – A sistematização das propostas, aprovadas na etapa Regional, irá
compor o Documento Referência nas discussões dos Grupos Temáticos durante a etapa
Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Art. 15 – A etapa Estadual da Conferência dos Direitos da Criança e do
Adolescente será desenvolvida sob a forma de Painéis, Trabalhos em Grupo,
Assembléias para Eleição dos Delegados para a Conferência Nacional e Plenária Final,
conforme a Programação divulgada.
Art. 16 – As votações da plenária serão realizadas através de tarjas coloridas, que
indicarão a posição do delegado diante das propostas levantadas. As tarjas serão
divididas em: verde para aprovação, amarela para abstenção e vermelha para veto.
Seção I
Dos Painéis
Art. 17 – A abordagem de cada eixo temático será feita em painel específico,
mediante apresentação de 02 (dois) expositores, sendo um indicado pelos conselheiros
governamentais e outro por conselheiros não governamentais.
§ 1º - Os Coordenadores de Mesa, indicados pela Comissão Organizadora,
encaminharão os trabalhos.
§ 2º - Cada expositor disporá de 40 (quarenta) minutos, improrrogáveis, para sua
intervenção; cabendo ao Coordenador de Mesa o controle do cumprimento do tempo
estipulado.
Art. 18 - Após as exposições, o Coordenador de Mesa abrirá a palavra ao Plenário
para debate, durante 60 (sessenta) minutos improrrogáveis.
9
§ 1º - Os Delegados e Convidados poderão manifestar-se durante o período de
debates, por ordem de inscrição, garantindo-se a ampla oportunidade de manifestação
de todos.
§ 2º - As manifestações poderão ser por escrito, ou verbais, com duração máxima
de 02 (dois) minutos, e réplica de 01 (um) minuto.
Seção II
Dos Grupos de Trabalho
Art. 19 - Cada eixo temático terá 7 (sete) Grupos de Trabalho paralelos, nos quais
serão distribuídos os participantes.
Art. 20 - Os Grupos de Trabalho terão como objetivo aprofundar a discussão sobre
cada eixo temático e efetivar a apresentação de propostas com base no Documento
Referência.
Parágrafo Único - A discussão será norteada por Palestras, Painéis e pelo
Material de Apoio.
Art. 21 – O eixo estadual Pacto pela Infância e Juventude será discutido e
complementado nas discussões de grupo para apreciação na Plenária Final.
Art. 22 – No que se refere aos eixos da Conferência Nacional, cada grupo elegerá
3 (três) propostas por eixo a serem apreciadas pela Plenária Final.
Art. 23 - A divisão nos 7 (sete) grupos de trabalho, indicados por uma cor e um
número no verso dos crachás dos Delegados, será feita da seguinte forma:
§ 1º - 6 (seis) grupos serão constituídos por segmento, a saber:
I - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes
da categoria de Conselheiros Tutelares.
II - 2 (duas) salas com o limite de 40 (quarenta) Delegados, para os
representantes da categoria de Adolescentes.
III - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes
dos segmento Não Governamentais – incluindo CMDCA e Entidades.
IV - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes
dos segmento Governamentais – incluindo CMDCA e Entidades.
V - 1 (uma) sala com o limite de 60 (sessenta) Delegados, para os representantes
dos segmentos Não Governamentais e Governamentais – incluindo CMDCA e
10
Entidades, em distribuição paritária.
§ 2º - 1 (um) grupo será constituído com representantes de todos os segmentos.
Da seguinte forma:
I - 1 (uma) sala com o limite de 175 (cento e setenta e cinco) Delegados, para os
representantes de todos os segmentos: 48 (quarenta e oito) Conselheiros do CEDCA, 4
(quatro) Sistema Judiciário, 12 (doze) Universidades, 14 (quatorze) Fórum DCA, 8 (oito)
Conselheiros Setoriais, 39 (trinta e nove) Conselheiros Tutelares, 10 (dez) Adolescentes,
20 (vinte) Não Governamentais e 20 (vinte) Governamentais.
Art. 24 - Os Convidados serão divididos, de acordo com a proporção de
Delegados, em cada um dos 7 (sete) Grupos.
Art. 25 - A divisão nos grupos, respeitando o critério descrito no Art. - 15, garantirá
ainda uma distribuição proporcional das 18 Regionais.
Art. 26 - Cada grupo de trabalho contará com:
I - 1 (um) Facilitador, indicado pela Comissão Organizadora, com a função de
introduzir o tema, presidir os trabalhos, dinamizar as discussões, controlar o tempo e
estimular a participação de todos os membros do grupo;
II – 1 (um) Sistematizador, indicado pela Comissão Organizadora, para
sistematizar as propostas elencadas nos grupos de trabalho, para serem levadas à
plenária final;
III - 1 (um) Relator, eleito pelo grupo, com a função de relatar as propostas
elencadas pelo grupo e apresentá-las por escrito para a Comissão Sistematizadora.
Seção III
Da Assembléia para Eleição dos Delegados para a VII Conferência Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente
Art. 27 - O CONANDA definiu para o Estado do Paraná o número de 62 (sessenta
e dois), sendo 48 (quarenta e oito) Delegados adultos e 14 (quatorze) Delegados
adolescentes, assim distribuídos:
11
SEGMENTOS TOTAL GOV NÃO GOVC.E.D.C.A 6 3 3
C.M.D.C.A 10 5 5
Conselheiros Tutelares 9Representantes de Entidades eÓrgãos
6 3 3
Fórum Estadual DCA 3
Adolescentes 14
Conselheiros Setoriais 8 4 4
Universidades 2
Sistema de Justiça 4
TOTAL 62
Art. 28 - Nos segmentos em que existir a representação de entidades
governamentais e não governamentais, a distribuição de vagas é paritária.
Art. 29 - A eleição dos delegados para a VII Conferência Nacional será realizada
por segmento, em Assembléias, e referendada na Plenária Final.
§ 1º - Cada segmento contará com um Relator, eleito pelo grupo, que se
encarregará da elaboração da ata do processo de eleição.
§ 2º - Os nomes dos Delegados indicados nas assembléias deverão ser entregues
à Comissão Organizadora até às 18h00 do dia 16 de setembro 2007.
Art. 30 - Concorrerão às vagas de Delegados somente os participantes inscritos
na condição de Delegados da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Art. 31 - Após eleito pelo segmento, o Delegado titular ou Suplente somente
assumirá essa condição depois de referendado na Plenária Final da etapa Estadual.
Parágrafo Único – Havendo a ausência do Delegado titular no momento do
referendo, este será automaticamente substituído pelo suplente.
Art. 32 - A etapa Estadual elegerá um suplente para cada delegado, observadas a
paridade e a representação dos segmentos.
Parágrafo Único - O suplente somente participará da VII Conferência Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente na ausência do respectivo titular.
Seção IV
Da Plenária Final
12
Art. 33 - A Plenária Final referendará os candidatos a Delegados e Suplentes
para a Conferência Nacional e colocará em aprovação o Relatório Síntese das propostas
oriundas dos Grupos de Trabalho.
Art. 34 - Participarão da Plenária Final todos os Delegados e Convidados inscritos
na VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Art. 35 - Conforme Regulamento Estadual, a Mesa Coordenadora será
responsável pelo encaminhamento dos trabalhos da Plenária Final e presidida pela
Presidente do CEDCA; na sua ausência, pela vice-presidente ou outro Conselheiro
Estadual por ela designado, com a participação de mais três representantes designados
pela Comissão Organizadora, que ficarão encarregados de secretariar os trabalhos,
apoiados pelos sistematizadores.
Art. 36 - A apreciação e votação das propostas constantes no Relatório Geral
terão os seguintes encaminhamentos:
I - A Mesa Coordenadora procederá à leitura do Relatório Geral de modo que os
pontos de divergência possam ser identificados como DESTAQUES para serem
apreciados.
II - Após a leitura do Relatório Geral, os pontos não anotados como DESTAQUE
serão considerados aprovados por unanimidade pela Plenária Final e, em seguida,
serão chamados por ordem, um a um, os DESTAQUES para serem apreciados.
III - Todos os DESTAQUES deverão ser apresentados por escrito à Mesa
Coordenadora antes da votação dos mesmos, não cabendo exceção.
IV - Os propositores de DESTAQUES terão um tempo máximo de 2 minutos para
a defesa do seu ponto de vista, após o que, o Presidente concederá 2 minutos a palavra
a um membro que se apresente para defender posição contrária à do propositor. Em
seguida será permitida a utilização de 1 minuto para a defesa e 1 minuto para
contestação do destaque por parte de outros membros delegados se assim o desejarem,
procedendo-se em seguida a votação da divergência.
V - A votação será por maioria simples dos delegados presentes.
VI - Durante os períodos de votação serão vetados os levantamentos de questões
de ordem.
Art. 37 - A Plenária deliberará, em cada eixo temático, pela aprovação de 03 (três)
propostas como diretrizes para a construção da política voltada à criança e ao
adolescente.
13
Art. 38 - Encerrada a fase de apreciação e aprovação das propostas, o Presidente
da Mesa procederá à leitura das Moções, por tema, e submeterá sua aprovação à
Plenária.
Art. 39 - A aprovação das Moções será por maioria simples dos Delegados
presentes, não cabendo reformulação.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40 - Os casos omissos neste Regimento Interno serão apreciados pela
Comissão Organizadora e submetidos à aprovação da Plenária.
Art. 41 - Sempre que houver descumprimento do presente Regimento assegura-se
aos Delegados e Convidados o direito de levantar questões de ordem à Comissão
Organizadora.
Art. 42 - Serão fornecidos certificados específicos aos participantes da etapa
Estadual da VI Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente.
14
Realização:
Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ
Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente do Paraná - CEDCA
Pinhão - PR
15
REGULAMENTO DA VI CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITO S DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 1º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente,
com caráter deliberativo, convocada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e
do Adolescente – CEDCA, através da deliberação nº 005/2007 de 25/06/2007, tem por
finalidade promover a ampliação da participação da sociedade civil no controle social e o
apoio institucional, para a consolidação do princípio de Prioridade Absoluta,
preconizado pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente -
ECA.
Parágrafo Único : A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente, será composta pelas etapas municipais, regionais e estadual.
Art. 2º – Objetivo geral:
Conhecer o cenário atual do sistema de garantia de direitos da criança e do
adolescente, colher, reunir e sistematizar contribuições para o aperfeiçoamento da
política pública de atenção à infância e à juventude do Estado do Paraná.
Art. 3º – Objetivos específicos:
I - Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade civil para uma maior
efetividade na formulação, execução e controle da política de atendimento à criança e ao
adolescente;
II – Definir eixos estratégicos que promovam a devida implementação do Estatuto
da Criança e do Adolescente - ECA, em consonância com os temas dessa Conferência;
III – Sistematizar as discussões realizadas nas Conferências Regionais, elencando
prioridades e propostas de ações voltadas à área da infância e da adolescência,
relevantes para o Estado do Paraná;
IV - Promover, qualificar e garantir a participação de adolescentes na formulação e
no controle das políticas públicas;
V – Identificar estratégias eficientes e qualificadas de intervenção da sociedade,
16
capazes de promover mudanças na situação da infância e da adolescência do Estado do
Paraná;
VI – Estimular a participação da sociedade no processo de elaboração e controle
do orçamento público voltado ao segmento infanto-juvenil;
VII – Eleger e referendar os delegados governamentais e não-governamentais que
participarão da VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
CAPÍTULO II
DOS EIXOS TEMÁTICOS
Art. 4º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
elege como tema central “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes: investimento obrigatório” e terá três Eixos Temáticos Nacionais e um
Eixo Temático Estadual.
Eixos Temáticos da Conferência Nacional:
I. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ( SINASE) como marco
regulatório do atendimento socioeducativo.
a) Reordenamento físico e pedagógico dos programas de atendimento
socioeducativo ao adolescente em conflito com a lei, com base nos princípios e diretrizes
do SINASE.
b) Organização da gestão dos programas e dos recursos humanos levando-se em
conta a interdisciplinaridade e o compartilhamento de responsabilidades entre os entes
federados na gestão e na execução da Política de Atendimento Socioeducativo.
c) Garantia do devido processo legal na apuração do ato infracional e na execução
das medidas socioeducativas.
d) Aprofundamento da discussão das competências dos entes federados na
execução e no financiamento do sistema socioeducativo.
e) Sensibilização da mídia e dos profissionais de comunicação na defesa e
garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei.
f) Ampliação e qualificação dos programas de atendimento socioeducativo em
meio aberto.
II. Plano Nacional de Convivência Familiar e Comuni tária: marco regulatório
da política de proteção.
17
a) Definição de responsabilidades compartilhadas entre sociedade civil e entes
federados.
b) Destinação de recursos públicos para o co-financiamento das ações.
c) Incentivo à elaboração e implementação dos planos estadual e municipais de
promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar
e comunitária, em consonância com o plano nacional.
d) Envolvimento da mídia como parceira na abordagem dos temas afetos ao direito
de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária.
III. Orçamento criança e adolescente: garantia de d ireitos
a) Funcionamento dos Fundos da Criança e do Adolescente, considerando as
especificidades locais.
b) Articulação do governo e da sociedade civil na democratização dos processos
orçamentários e na ampliação dos recursos públicos voltados à área da criança e do
adolescente.
c) Promoção do debate público quanto ao financiamento das políticas definidas
nas conferências municipais, estadual, distrital e nacional.
d) Sensibilização dos meios de comunicação na divulgação das formas de
utilização dos recursos, assegurando a transparência do processo.
Eixo Temático da Conferência Estadual:
I – Pacto pela Infância e Juventude.
a) Por um ambiente familiar fortalecido e protetor;
b) Pelo enfrentamento das violências praticadas contra crianças e adolescentes;
c) Pela redução da violência juvenil;
d) Pelo combate ao uso de drogas e tratamento especializado;
e) Pela inclusão de escolas efetiva;
f) Pelo convívio social saudável, estimulante, interessante, criativo e produtivo;
g) Pela erradicação do trabalho infantil e ampliação das oportunidades de
qualificação e colocação profissional dos jovens;
h) Pela ampliação de redes de proteção e de apoio às crianças, aos jovens e suas
famílias;
i) Pelo fortalecimento das estruturas de defesa dos direitos de crianças e
adolescentes;
j) Pela Participação Social da Juventude.
18
Parágrafo Único: Constitui-se como Material de Apoio para as discussões os
textos encaminhados pelo CONANDA e o documento do Pacto pela Infância e
Juventude.
CAPÍTULO III
DA REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS
Art. 5º – A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente abrangerá as discussões nos níveis municipais e regionais em etapas
distintas, a saber:
I – Etapa Municipal:
a) Realizadas até 30 de junho de 2007 e seus resultados deverão ser
encaminhados à Comissão Organizadora da etapa Regional até 15 de julho de 2007.
b) O CEDCA definiu o número de delegados municipais para as
conferências regionais, de acordo com a seguinte tabela:
População por município x categorias
PARTICIPANTESCMDCA ADOLESC ENTIDADES TOTALMUNICÍPIOS – População
CTGOV NÃO
GOVGOV NÃO
GOV
Até 10.000 infanto-juvenil 1 1 1 1 - - 4
De 10.001 a 20.000 infanto-juvenil
2 1 1 2 1 1 8
De 20.001 a 40.000 infanto-juvenil
2 2 2 2 1 1 10
De 40.001 a 80.000 infanto-juvenil
2 2 2 2 2 2 12
De 80.001 a 160.000 infanto-juvenil
3 2 2 3 2 2 14
De 160.001 a 320.000 infanto-juvenil
7 4 4 7 4 4 30
De 320.001 a 640.000 infanto-juvenil
28 16 16 28 16 16 120
II – Etapa Regional:
a) Serão realizadas até 20 de agosto de 2007, precedidas das Conferências
Municipais.
b) Caberá à comissão organizadora sistematizar as propostas deliberadas na
etapa Municipal, que serão apreciadas na etapa Regional.
19
c) Os resultados da etapa regional deverão ser encaminhados para o CEDCA até
30 de agosto de 2007, acompanhados de relatório final com as propostas aprovadas em
plenária, incluindo: lista de presença, regimento interno, moções, comissão organizadora
e relação de delegados.
§ 1º: Na relação dos delegados deverá constar o nome completo dos titulares com
seus respectivos suplentes, entidades que representam, número do documento de
identificação, município e regional que representa;
§ 2º: O descumprimento dos prazos estabelecidos para a etapa regional não
constituirá impedimento para a realização da etapa estadual;
§ 3º: O descumprimento do item anterior deverá ser comunicado ao Ministério
Público do Estado do Paraná, visando à intervenção no processo organizativo,
assegurando a representatividade da região junto à etapa Estadual.
Art. 6° - De acordo com os critérios da tabela anterior e com as orientações do
CONANDA, o quadro abaixo representa a composição básica das delegações regionais:
Delegados - Regionais
CMDCA C.T. EntidadesRegionais
GOV NãoGOV GOV
NãoGOV
Adolesc. Universidades Total
Curitiba 60 60 77 33 33 77UFPR + UTFPR +
PUC + UTP4
344
Guarapuava 24 24 26 4 4 26 (1) UNICENTRO 109Irati 10 10 10 1 1 10 42Ponta Grossa 21 21 27 9 9 27 (1) UEPG 115União daVitória
9 9 11 2 2 11 44
Cascavel 35 35 37 6 6 37 (1) UNIOESTE 157Foz do Iguaçu 17 17 21 5 5 21 86FranciscoBeltrão
29 29 29 1 1 29 118
Pato Branco 16 16 18 3 3 18 74Campo Mourão 26 26 27 2 2 27 110Cianorte 11 11 12 1 1 12 48Maringá 32 32 34 4 4 34 (1) UEM 141Paranavaí 29 29 30 2 2 30 122Umuarama 23 23 23 1 1 23 (1) UNIPAR 95CornélioProcópio
23 23 25 2 2 25 100
Ivaiporã 22 22 23 1 1 23 92
20
CMDCA C.T. EntidadesRegionais
GOV NãoGOV GOV
NãoGOV
Adolesc. Universidades Total
Jacarezinho 23 23 26 3 3 26 (1) UENP 105Londrina 37 37 39 6 6 39 (2) UEL+ UNOPAR 166TOTAL 447 447 495 86 86 495 12 2068
Parágrafo Único : O quadro de delegados será complementado conforme os Arts.
8º, 9º e 10, seguindo as orientações do CONANDA.
Art. 7º – O Sistema de Justiça será representado por 4 delegados:
I - Titular da Vara da Infância e Juventude;
II - Delegado de Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, de
proteção ou apuração de ato infracional;
III - Representante de núcleo especializado na área da infância e da adolescência,
da Defensoria Pública Estadual;
IV - Titular de Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e do
Adolescente;
Parágrafo Único : Os municípios sede das representações do Sistema de Justiça
deverão garantir a participação das mesmas nas etapas Municipais, assegurando a
indicação dos delegados representantes para as etapas seguintes (Regional e Estadual),
para além do número de delegados contemplados na tabela.
Art. 8º – Os Conselhos Setoriais Estaduais de Educação, Saúde, Assistência
Social e Direitos Humanos, serão representados por 4 (quatro) delegados
governamentais e 4 (quatro) não governamentais, totalizando 8 (oito) delegados,
distribuídos nos 4 (quatro) Conselhos, observada a paridade entre governamentais e não
governamentais.
Parágrafo Único : Ficará sob responsabilidade dos respectivos Conselhos
indicarem seus representantes, os quais deverão participar da etapa Regional e
Estadual, na condição de delegados.
Art. 9º – O Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Fórum DCA/PR) indicará até 5 (cinco) delegados à etapa Regional, nas regiões onde
estiver organizado.
Parágrafo Único: para a etapa Estadual o Fórum DCA/PR indicará até 14
(quatorze) delegados, devendo os mesmos comprovarem a participação nas
Conferências Municipal e Regional.
21
III. Etapa Estadual:
a) A etapa Estadual ocorrerá no município de Pinhão, PR no período de 14 a 17
de Setembro de 2007.
b) A etapa Estadual, conforme orientações do CONANDA 2007, seguirá os
critérios de paridade e proporcionalidade, conforme tabela abaixo:
22
Delegados – Estadual
CMDCA EntidadesRegionais GO
VNãoGOV
C.T.GOV Não
GOV
Adolesc. Universidades Total
Curitiba 14 14 16 5 5 14UFPR + UTFPR +
PUC + UTP4
72
Guarapuava 5 5 5 1 1 4 (1) UNICENTRO 22
Irati 2 2 2 0 0 2 0 8
Ponta Grossa 5 5 6 1 1 5 (1) UEPG 24
União da Vitória 2 2 2 0 0 3 9
Cascavel 6 6 8 2 2 7 (1) UNIOESTE 32
Foz do Iguaçu 4 4 4 1 1 3 17
FranciscoBeltrão
5 5 6 1 1 5 23
Pato Branco 3 3 4 1 1 3 15
Campo Mourão 5 5 5 1 1 5 22
Cianorte 2 2 2 0 0 3 9
Maringá 6 6 6 2 2 6 (1) UEM 29
Paranavaí 5 5 6 1 1 6 24
Umuarama 4 4 5 1 1 4 (1) UNIPAR 20
CornélioProcópio
4 4 5 1 1 5 20
Ivaiporã 4 4 4 1 1 4 18
Jacarezinho 5 5 5 1 1 4 (1) UENP 22
Londrina 7 7 8 2 2 7 (2) UEL + UNOPAR 35
TOTAL 88 88 99 22 22 90 12 421
Art. 10 – Os trabalhos da Conferência serão iniciados após credenciamento, com a
aprovação do Regimento Interno.
Art. 11 – A discussão do tema e seus desdobramentos, será realizada durante a
Conferência, em Plenária e através de trabalhos em grupo.
23
CAPÍTULO IV
DOS PARTICIPANTES
Art. 12 – Poderão participar da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e
do Adolescente, na etapa estadual, as pessoas inscritas na condição de:
I - Delegados(as): 447
II – Delegados(as) natos : 48 (24 titulares e 24 suplentes do Conselho Estadual de
Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA).
III - Convidados: 23 Chefes de Unidades Socioeducativas; 18 Chefes de
Escritórios Regionais; 10* Convidados a serem definidos pelo CEDCA.
Art. 13 – O CEDCA, acatando a decisão do CONANDA, decide pela participação
dos adolescentes na categoria de delegados (considera-se adolescente toda pessoa
entre doze e dezoito anos de idade, conforme o art. 2º da Lei nº 8069/90 – Estatuto da
Criança e do Adolescente).
§ 1º: A representação de delegados adolescentes não poderá ser substituída por
delegados adultos e vice-versa. Portanto, o município que não tiver oportunizado a
participação de adolescentes em âmbito municipal, não poderá enviar delegados
adolescentes às etapas Regional, Estadual e Nacional.
§ 2º: Deverão ter preferência jovens com experiência de participação em algum
tipo de organização (ex: grêmios estudantis, grupos de jovens, associações de
moradores) e aqueles com vinculação a programas sociais de proteção e socioeducação
(ex: representantes de instituições de acolhimento, egressos de medidas
socioeducativas).
Art. 14 – A delegação de cada regional será responsável pelos adolescentes
participantes da etapa Estadual, mediante termo de responsabilidade e autorização dos
pais.
Seção I
Dos Suplentes e Delegados
Art. 15 – A regional deverá eleger um suplente para cada delegado, observada a
paridade e a representação dos segmentos. Na substituição, será observada a categoria
do titular.
§ 1º: O suplente só poderá participar da etapa Regional na ausência do titular.
24
§ 2º: A substituição do delegado titular do município pelo suplente, deverá ser
comunicada oficialmente pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, para a Comissão Organizadora da Etapa Regional.
§ 3º: A substituição do delegado titular regional pelo suplente, deverá ser
comunicada oficialmente pela Comissão Organizadora da etapa Regional ao CEDCA em
um prazo de 5 (cinco) dias antes da etapa Estadual.
CAPÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 16 - A VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, na
etapa estadual, será presidida pela presidente do CEDCA, na sua ausência pela vice-
presidente ou outro conselheiro por ela indicada.
Art. 17 – A etapa estadual contará com uma comissão organizadora, indicada pelo
CEDCA, que terá as seguintes atribuições, cujas decisões deverão ser submetidas à
plenária do CEDCA:
I. Indicar o local da realização da etapa estadual da VI Conferência dos Direitos da
Criança e do Adolescente;
II. Elaborar a proposta do Regulamento e Regimento Interno;
III. Selecionar os documentos técnicos e os textos de apoio para subsidiar a VI
Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, na etapa estadual;
IV. Indicar e convidar os conferencistas;
V. Indicar os coordenadores de mesa, sistematizadores, relatores gerais e
secretários;
VI. Indicar e convidar os coordenadores e relatores dos grupos de trabalho que,
junto com a equipe de relatores gerais, elaborarão o relatório final;
VII. Definir a metodologia de funcionamento e a composição a ser utilizada nos
trabalhos de grupos;
VIII. Definir os procedimentos de credenciamento dos participantes;
IX. Sistematizar as propostas deliberadas nas etapas Regionais, que serão
apreciadas nos grupos de trabalho da etapa estadual.
X. Encaminhar procedimentos para divulgação e cobertura documental;
XI. Coordenar a elaboração do Relatório Final da VI Conferência Estadual dos
25
Direitos da Criança e do Adolescente, na etapa estadual.
Art. 18 - A comissão organizadora contará com o suporte técnico, administrativo e
financeiro necessários à realização das atividades relacionadas à organização e ao
desenvolvimento da etapa Estadual.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 19 – O deslocamento dos delegados das Etapas Regional e Estadual até as
cidades pólos ficará a cargo dos Municípios.
Art. 20 – Os casos omissos deverão ser resolvidos pela Comissão Organizadora
da VI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Realização:
Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ
Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente do Paraná - CEDCA
Curitiba - PR
26
TEXTOS BASE
- Pacto pela Infância e Juventude
- Orientações CONANDA – SINASE
- Orientações CONANDA – Orçamento
- Orientações CONANDA – Plano Nacional de Promoção , Proteção e Defesa doDireito de Crianças e Adolescentes à Convivência Fa miliar e Comunitária
27
Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SE CJ
PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE - VERSÃO 03/09/2007
O Pacto pela Infância e Juventude sintetiza a política pública de atenção às crianças,adolescentes e jovens do Estado do Paraná, e propõe 10 desafios prioritários ao governoe à sociedade paranaense para que concentrem seus esforços, recursos, idéias e energiaformando uma aliança de proteção, de criação de oportunidades, e de práticas decidadania a todos os pequenos e jovens cidadãos em formação. Assim queremos eteremos:
OS GOVERNOS PRESENTES
AS FAMÍLIAS PROTETORAS
E A SOCIEDADE ALERTA E PARTICIPATIVATrabalhando quotidianamente:POR UM AMBIENTE FAMILIAR FORTALECIDO E PROTETOR
PELO ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS PRATICADAS CONTRA CRIANÇAS EADOLESCENTES
PELA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA JUVENIL
PELO COMBATE AO USO DE DROGAS E GARANTIA DE TRATAME NTOESPECIALIZADO EM SAÚDE MENTAL
PELA INCLUSÃO EDUCACIONAL EFETIVA
PELO CONVÍVIO SOCIAL SAUDÁVEL, ESTIMULANTE, INTERES SANTE, CRIATIVO EPRODUTIVO
PELA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E AMPLIAÇÃO D ASOPORTUNIDADES DE QUALIFICAÇÃO E COLOCAÇÃO PROFISSIO NAL DOSJOVENS
PELA AMPLIAÇÃO DE REDES DE PROTEÇÃO E DE APOIO ÀS C RIANÇAS, JOVENSE SUAS FAMÍLIAS
PELO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS DE DEFESA DOS DI REITOS DASCRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS
PELA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA JUVENTUDE
28
PACTO PELA INFÂNCIA E JUVENTUDE
1- POR UM AMBIENTE FAMILIAR FORTALECIDO E PROTETOR
� Plano estadual de acolhimento familiar e institucio nal
� Ações de fortalecimento da família na sua tarefa de educação de seus filhos
� Campanhas educativas
� Produção de material especializado para trabalho junto às famílias
� Co-financiamento para acolhimento familiar e institucional (conforme ante-projeto de
lei)
2- PELO ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇA S E JOVENS
� Plano estadual de enfrentamento das violências cont ra crianças e adolescentes
e jovens
� Canais de denúncia sobre violências e violação de direitos
� Redes de atendimento especializado intersetorial e interinstitucional de proteção às
vítimas de violências
� Notificação de casos e encaminhamento à rede de proteção
� Responsabilização e tratamento especializado de agressores
3- PELA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA JUVENIL
� Plano estadual de atenção ao adolescente em conflit o com a lei
� Apoio técnico e financeiro aos programas de meio aberto
� Informações estratégicas sobre a violência juvenil
� Campanha educativa de prevenção da violência. Cultura da solução pacífica de
conflitos e mediação de conflitos
� Formação continuada da rede de atendimento
� Aperfeiçoamento do sistema socioeducativo
� Programas de apoio aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas
(trabalho com família, egressos e aprendiz)
� Repressão ao crime organizado
� Núcleos de Defesa.
29
4- PELO COMBATE AO USO DE DROGAS E GARANTIA DE TRAT AMENTO
ESPECIALIZADO EM SAÚDE MENTAL
� Plano estadual de atenção à saúde mental da criança , do adolescente e do jovem
� Ações educativas e de prevenção ao uso de drogas lícitas e ilícitas
� Estímulo a implantação de programas de saúde integral da criança, do adolescente e
do jovem
� Serviço telefônico gratuito de apoio à drogadidos em situação de crise (0800 – SOS
não as drogas)
� Serviços especializados de atendimento para diferentes graus de uso de substâncias
psicoativas de transtorno mental
� Capacitação dos trabalhadores de rede de saúde e comunidades terapêuticas
� Apoio técnico de financeiro à comunidades terapêuticas, conforme critérios pré-
estabelecidos
5- PELA INCLUSÃO EDUCACIONAL EFETIVA
� Programas especiais para o público jovem fora do si stema educacional ou em
processo de retomada dos estudos – política de educ ação
� FICA - Combate à evasão escolar e ambiente
� PROEDUSE - Programa de Educação em Unidades Socioeducativas e no meio aberto
� EQUIPES MULTIDISCIPLILNARES – Reforço à implantação
� SAREH – Serviço de atendimento à rede de escolarização hospitalar
� SUPERAÇÃO- Melhoria qualitativa das escolas que apresentam baixos índices de
produtividade escolar
� Programas de Inclusão Universitária
6- PELO CONVÍVIO SOCIAL SAUDÁVEL, ESTIMULANTE, INTE RESSANTE, CRIATIVO
E PRODUTIVO
� Plano estadual de “Convivência-Social-Cidadã”
� Produção cultural como instrumento de emancipação e formação integral
� Espaços e vivências artísticas, esportivas, culturais e de lazer
� Apoio aos contra-turnos intersetoriais, com trabalho socioeducativo e de cidadania e
orientação psico-sócio-familiar
� ESCOLA ABERTA nos finais de semana para trabalho com os jovens e suas famílias
30
(alternativa de esporte, lazer, arte e formação)
� Centros da Juventude
7- PELA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E AMPLIAÇÃ O DAS
OPORTUNIDADES DE QUALIFICAÇÃO E COLOCAÇÃO PROFISSIO NAL DOS
JOVENS
� Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Precoce e Preparação para o
Trabalho Protegido
� Pesquisa e informações sobre as situações de exploração da mão de obra infanto-
juvenil
� Ação integrada de orientação e responsabilização de empresas e grupos exploradores
� Central de aprendizagem e estímulo aos contratos de aprendizagem
� Estímulo às prefeituras para criação de vagas de aprendizagem nos órgãos públicos
municipais
� Primeiro emprego estadual (estágio, bolsa-monitoria e residência técnica)
� Cursos de formação profissional para adolescentes
� Assessoramento técnico e financeiro aos municípios priorizados para erradicação do
trabalho precoce e preparação para o trabalho protegido
8- PELA AMPLIAÇÃO DE REDES DE PROTEÇÃO E DE APOIO À S CRIANÇAS,
ADOLESCENTES, JOVENS E SUAS FAMÍLIAS
���� Plano estadual de sensibilização e mobilização da s ociedade pró-redes de
proteção da criança e juventude
� Organizar a ação governamental de forma integrada em territórios priorizados pela
vulnerabilidade e altos índices de violência, reunindo programas já existentes e
criando novas alternativas.
� Mobilizar instituições, recursos e pessoas para formar redes de proteção de apoio e de
inclusão social para filhos e pais em situação de risco.
� Capacitar gestores
� Realizar eventos envolvendo diferentes setores da sociedade (empresas, organização
de classes, entidades sociais, gestores públicos)
31
9- PELO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS DE DEFESA DOS DIREITOS DAS
CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS
� Formação continuada de conselheiros de direitos e tutelares e grupos de defesa de
direitos
� Apoio à realização de conferências regionais, estadual e nacional
� Publicação de material de apoio para campanhas de garantia de direitos
� Produção de material didático-pedagógico para orientar atuação dos atores envolvidos
no atendimento direto e no sistema de garantia de direito
� Implantação do orçamento-criança no âmbito estadual e estímulo aos municípios para
implantação do orçamento-criança no âmbito municipal.
� Articulação estadual, regional e municipal dos órgãos públicos e não governamentais
que atuam no atendimento e na garantia de direitos das crianças, adolescentes e
jovens
� Defensoria pública especializada para a população infanto-juvenil
10 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA JUVENTUDE
� Fortalecimento da organização e mobilização da juventude para o desenvolvimento da
consciência-cidadã e da participação política, social e comunitária
� Comitês municipais de controle de vagas de contratos de aprendizagem
� Criação de bolsa-auxílio para atuação social e cultural do jovem em programas ligados
ao Pacto pela infância e Juventude – “PROJETO ATITUDE”
� Formação continuada dos jovens a partir dos grêmios estudantis e outros grupos
organizados para sensibilização, mobilização e ampliação da participação social da
juventude
32
SIGNATÁRIOS NO ÂMBITO DO GOVERNO ESTADUAL
SECJ - Secretaria de Estado da Criança e da Juventud e
SEED - Secretaria de Estado da Educação
SETP – Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social
SESP - Secretaria de Estado da Segurança Pública
SESA – Secretaria de Estado da Saúde
SEEC – Secretaria de Estado da Cultura
SETI - Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
SEJU - Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadan ia
SEAB- Secretaria de Estado da Agricultura e do Abas tecimento
SETU – Secretaria de Estado do Turismo
SECS – Secretaria de Estado da Comunicação Social
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recu rsos Hídricos
Secretaria Especial de Relações com a Comunidade
33
CONANDA - SINASE
Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito Federal
SISTEMA NACIONAL SOCIOEDUCATIVO - SINASE
Introdução:
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) é o orientador da
política de atendimento a adolescentes em conflito com a lei no Brasil. Fruto de um
intenso processo de construção e discussão coletiva desde 1999 e que contou com a
participação de representantes governamentais e não governamentais, especialistas na
área e centenas de atores sociais do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente em todas regiões do país, seu texto foi aprovado em 13 de julho de 2006 e
entregue ao Presidente da República em 09 de agosto do mesmo ano.
Eixos
O princípio norteador de todo o Sistema é a integração da política socioeducativa
com os demais sistemas, como a Saúde, Educação, Assistência Social, Justiça e
Segurança Pública. Por isso, o SINASE pode ser concebido como um conjunto ordenado
de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e
administrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a
execução de medida socioeducativa, incluindo os sistemas estaduais, distrital e
municipais, bem como todas as políticas, os planos e programas específicos de atenção
ao adolescente em conflito com a lei.
Sua formulação atende a normativas nacionais (Constituição Federal, Estatuto da
Criança e do Adolescente) e internacionais das quais o Brasil é signatário: Convenção da
ONU sobre os Direitos da Criança, Sistema Global e Sistema Interamericano dos Direitos
Humanos: Regras Mínimas das Nações Unidas para Administração da Justiça Juvenil –
Regras de Beijing –, Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens
Privados de Liberdade.
Além disto, o SINASE preconiza um conjunto de princípios próprios. Dentre eles, o
reconhecimento do adolescente como pessoa em situação peculiar de desenvolvimento e
sujeito de direitos e responsabilidades (artigos 227 da CF e 3º, 4º, 6º e 15º do ECA); a
Prioridade absoluta para a criança e o adolescente (artigos 227 da Constituição Federal e
34
4º do ECA); o respeito à capacidade do adolescente de cumprir a medida, às
circunstâncias, à gravidade da infração e às necessidades pedagógicas do adolescente
na escolha da medida, com preferência pelas que visem ao fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários (artigos 100,112§ 1º e 112§ 3º do ECA); a incompletude
institucional, caracterizada pela utilização do máximo possível de serviços na
comunidade, responsabilizando as políticas setoriais no atendimento aos adolescentes
(artigo 86 do ECA); a garantia de atendimento especializado para adolescentes com
deficiência (artigo 227, parágrafo único, inciso II da Constituição Federal); a
municipalização do atendimento (artigo 88, inciso I do ECA); a descentralização político-
administrativa por meio da criação e da manutenção de programas específicos (artigos
204, inciso I da Constituição Federal e artigo 88, inciso II do ECA); a gestão democrática
e participativa na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; a
co-responsabilidade no financiamento do atendimento às medidas socioeducativas; e a
mobilização da opinião pública no sentido da indispensável participação dos diversos
segmentos da sociedade.
Competências:
Tais princípios se refletem na distribuição de competências entre Estados,
Municípios, Distrito Federal e União, ora comuns, ora específicas. A cada um compete a
coordenação de seus sistemas locais, mediante a elaboração de Planos de Atendimento
Socioeducativo.
No que diz respeito à União, a coordenação do Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo inclui a formulação e execução da política nacional de atendimento
socioeducativo, exercendo funções de caráter geral e de suplementação dos recursos
necessários ao desenvolvimento dos sistemas estaduais, distrital e municipais, por meio
de um Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo. De especial importância é a
criação e o gerenciamento por meio da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da
Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, de um sistema
nacional de cadastro e informação que possibilite o monitoramento e a avaliação, bem
como a assistência técnica aos estados, consórcios intermunicipais e municípios.
No que se refere aos Estados destaque-se além da coordenação do Sistema
Estadual de Atendimento, a partir do Plano Estadual das Medidas Socioeducativas,
aprovado no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, a execução de
35
programas de atendimento em semiliberdade e internação, inclusive de internação
provisória; a edição de normas complementares para a organização e funcionamento do
seu sistema de atendimento e dos sistemas municipais, o estabelecimento com os
Municípios, de formas de colaboração para o atendimento socioeducativo em meio
aberto.
Aos Municípios , cabe a coordenação do Sistema Municipal de Atendimento
Socioeducativo (respeitadas as diretrizes gerais fixadas pela União e pelo respectivo
Estado e detalhadas em um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e aprovado
pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), a edição de normas
complementares para a organização e funcionamento dos programas de seu sistema, o
fornecimento por meio do Poder Executivo dos meios e instrumentos necessários ao
pleno exercício da função fiscalizadora dos órgãos competentes, a criação e manutenção
de programas de atendimento para a execução das medidas de meio aberto, e
subsidiariamente em cooperação com o Estado, para o desenvolvimento das medidas
socioeducativas de sua competência.
O SINASE apresenta também uma composição própria que compreende órgãos de
deliberação, representados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente,
nos três níveis de governo. Existem ainda os órgãos de controle e financiamento
presentes nos três níveis da federação.
Gestão Pedagógica
Do ponto de vista da gestão pedagógica no atendimento socioeducativo, há um
conjunto de diretrizes pedagógicas conformadoras do SINASE: a prevalência da ação
socioeducativa sobre os aspectos meramente sancionatórios; o projeto pedagógico como
ordenador de ação e gestão do atendimento socioeducativo; e a participação dos
adolescentes na construção, no monitoramento e na avaliação das ações
socioeducativas. São traçados também parâmetros socioeducativos, dentre eles, a
disciplina como meio para a realização da ação socioeducativa; a diversidade étnico-
racial, de gênero e sexual norteadora da prática pedagógica; a família e comunidade
participando ativamente da experiência socioeducativa. Parâmetros arquitetônicos e
aspectos gerenciais também são detalhados pelo SINASE, sempre tendo como horizonte
o atendimento mais adequado à condição peculiar de desenvolvimento dos adolescentes.
36
Dimensões Básicas do Atendimento Socioeducativo
O SINASE aponta seis dimensões básicas do atendimento que devem
necessariamente ser observadas: o Espaço Físico , de modo a assegurar atendimento
adequado ao adolescente em todas as modalidades de medidas socioeducativas, o
Desenvolvimento Pessoal e Social do Adolescente , entendido como o
desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências pessoais relacionais,
cognitivas e produtivas; o Respeito aos Direitos Humanos em todas as etapas do
atendimento; o Acompanhamento Técnico Multiprofissional , cujo perfil garanta um
acompanhamento integral dos adolescentes e suas famílias; a Formação Continuada
dos profissionais envolvidos na ação socioeducativa; a Construção de Alianças
Estratégicas para a constituição da rede de atendimento indispensável para a inclusão
social dos adolescentes.
37
CONANDA – ORÇAMENTO
Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito FederalOrçamento Criança e Adolescente
Introdução:
O tema da VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente:
Concretizar Direitos Humanos de Crianças e Adolesce ntes: Investimento
Obrigatório , apresenta o orçamento como forma da garantia dos direitos das políticas
públicas voltadas para a criança e o adolescente.
Orçamento e Políticas Públicas
A promoção e proteção da criança e do adolescente é a luta pelo verdadeiro futuro
do Brasil. Crianças e adolescentes que crescem pobres tornam-se vulneráveis, com
chances mínimas de desfrutarem uma vida saudável e oportunidades dignas de trabalho e
renda na idade adulta. Conforme destaca o documento “Um Mundo para as Crianças”, da
ONU, ao conferirmos "alta prioridade aos direitos das crianças, sua sobrevivência,
proteção e desenvolvimento, cuidamos dos melhores interesses de toda a humanidade e
assegurarmos o bem-estar de todas as crianças em todas as sociedades"
Muitas são as razões para lutar por um Brasil em prol de crianças e adolescentes.
Defender o acesso à educação de qualidade para todos, incrementar os recursos públicos
para ações em benefícios da população infanto-juvenil, assim como lutar pela efetividade,
publicidade e clareza das políticas e recursos públicos empregados.(*)
Controle Social e Monitoramento/Avaliação
O Controle Social é exercido pela sociedade para efetivar as ações governamentais
no exercício da vontade autônoma da coletividade ao participar do processo de
planejamento execução das políticas públicas e na avaliação de seus resultados.
Monitorar e avaliar são etapas de vigilância social que caminham de mãos dadas. O
monitoramento refere-se ao acompanhamento de todo o processo de execução das
ações governamentais, no qual a comunidade busca informações para a identificação e a
correção de problemas, buscando atuar junto ao Poder Público para promover decisões. A
avaliação diz respeito ao processo de levantamento e análise sistemática de informações
sobre características, processos e impactos das soluções implementadas pelo Poder
Público, levando em conta critérios de eficiência, eficácia e efetividade.(*)
38
Assim sendo, Controle Social não é somente a disputa de recursos públicos é a
participação popular para a efetivação das Políticas Públicas. No nosso caso, da
efetivação das Políticas voltadas para a Criança e o Adolescente.
Conhecendo o Ciclo OrçamentárioSaber a seqüência de movimentos burocráticos da administração pública
demarcados por Lei é vital para o êxito de participar junto ao Orçamento Público.
Nomenclaturas como: Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei
Orçamentária Anual - LOA são as bases que visualizam os passos aos quais o Orçamento
será concluído. Como montar emendas, prazos de modificações e papeis do Executivo,
Legislativo, Judiciário e Ministério Público no Orçamento, onde e quando se mobilizar,
mecanismo de monitoramento, são peças e ações da engrenagem do Ciclo Orçamentário,
transformando políticas públicas em realidade.
Toda a máquina Orçamentária possui prazos estabelecidos na sua legislação: na
União está na Constituição, nos Estados nas Constituições Estaduais e nos Municípios
em suas Leis Orgânicas.
O Ciclo para todas as esferas governamentais é o mesmo (mas tempos diferentes):
a) Plano Plurianual (PPA): O projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por
um período de quatro anos. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do
PPA deve conter as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes, e, para as relativas aos programas de
duração continuada. O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a
Lei Orçamentária Anual. Prazo (Esfera Federal): Envio da proposta do Executivo para o
Legislativo 31 de agosto do primeiro ano do mandato. Aprovação da proposta pelo
Legislativo até 15 de dezembro.(**)
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Foi concebida para que o Poder Executivo
antecipe os critérios que deverão nortear a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Prazo (Esfera Federal): Envio da proposta do Executivo para o Legislativo até 15 de abril.
Aprovação da proposta pelo Legislativo até 30 de junho.(**)
c) Lei Orçamentária Anual (LOA): O governo define no Projeto de Lei Orçamentária
Anual, as prioridades contidas no PPA e na LDO e as metas que deverão ser atingidas
39
naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do governo. É dividida em Orçamento
Fiscal, da Seguridade Social e de Investimentos das Empresas Estatais. Prazo (Esfera
Federal): Envio da proposta do Executivo para o Legislativo até 31 de agosto. Aprovação
da proposta pelo Legislativo até 15 de dezembro.(**)
Como todos estes movimentos da Gestão Pública o Controle Social deve atuar
para garantir a prioridade dos recursos no Orçamento. Para dinamizar o acompanhamento
destes movimentos o monitoramento e avaliação constante, são vitais.
Fundo da Infância e Adolescência – FIA
O Fundo da Infância e Adolescência (FIA) é um Fundo Especial. Assim sendo, é
produto de receitas especificadas que por lei se vinculam a realizações de determinados
objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação (Lei nº
4.320/64, art.71). É um aporte de recursos financeiros reservados para o suprimento de
um determinado setor prioritário. Uma das atribuições dos Conselhos de Direitos é garantir
recursos para o FIA.
* Texto extraído do Livro De Olho no Orçamento Criança/ www.orcamentocrianca.org.br** Texto extraído Livro Orçamento Público e Políticas Públicas Sociais / FNDCA INESC
40
CONANDA – PLANO NACIONAL
Subsídio para as Conferências Municipais, Estaduais e Distrito FederalPlano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do D ireito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária�
� I - Introdução
O fomento à cultura de valorização, respeito e promoção da convivência familiar e
comunitária, constitui o cerne do Plano Nacional, que reconhece a família como o
ambiente de excelência para o desenvolvimento da criança e do adolescente. O Plano
representa um marco na defesa do direito à convivência familiar e comunitária,
constituindo parâmetro para a reflexão e reorientação de práticas cristalizadas de
atendimento à família, à criança e ao adolescente.
A formulação deste documento é fruto de um trabalho participativo, iniciado
oficialmente em outubro de 2004, quando foi instituída, por decreto presidencial, a
Comissão Intersetorial, que reuniu representantes dos Três Poderes, das três esferas de
governo, da sociedade civil e do Unicef, sob a coordenação da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos (SEDH) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS). Não se deve omitir, também, o aproveitamento, pela Comissão Intersetorial, de
toda a discussão acumulada anteriormente pelo Comitê de Reordenamento de Abrigos,
que funcionou nos anos de 2002 e 2003.
Em julho de 2005, a Comissão Intersetorial apresentou subsídios ao CNAS e ao
CONANDA, que analisaram e aprimoraram o documento, disponibilizado nos meses de
junho e julho para Consulta Pública, processo para o qual foram chamados a participar
todos os Conselhos Estaduais e Municipais. Após a Consulta Pública, as contribuições
recebidas foram analisadas e incorporadas ao texto aprovado pelo CONANDA e CNAS
em Assembléia Conjunta realizada no dia 13 em dezembro de 2006.
Temas que orientaram a discussão e elaboração dos o bjetivos e ações do PNCFC
� Valorização da Família: Políticas de Apoio Sócio-Familiar
� Reordenamento dos Abrigos e Implementação de Programas de Famílias
Acolhedoras
� Adoção centrada no interesse da criança e do adolescente
41
II - Objetivos
� Ampliar, articular e integrar as diversas políticas públicas para a promoção,
proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e
comunitária;
� Difundir uma cultura de promoção, proteção e defesa do direito à convivência
familiar e comunitária, com ênfase no fortalecimento ou resgate de vínculos de
crianças/adolescentes com a família de origem;
� Proporcionar apoio psicossocial às famílias, visando a manutenção da criança
e do adolescente em seu contexto familiar e comunitário de origem;
� Assegurar a excepcionalidade e a provisoriedade do acolhimento da criança e
do adolescente em serviço de abrigo ou Programa de Famílias Acolhedoras,
fomentando o processo de reintegração familiar e, na sua impossibilidade, o
encaminhamento para família substituta;
� Qualificar o atendimento nas instituições de abrigo, visando a adequação ao
Estatuto da Criança e do Adolescente;
� Fomentar o processo de implementação de Programas de Famílias
Acolhedoras no país;
� Aprimorar os procedimentos de adoção nacional e internacional, tendo em
vista: i. a excepcionalidade da medida; ii. a realização em conformidade com
os pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção de
Haia; e iii. o investimento na colocação familiar de crianças e adolescentes que,
por circunstâncias diversas têm sido preteridos pelos adotantes;
� Assegurar estratégias e ações que favoreçam o controle social e a mobilização
da opinião pública para a implementação do Plano;
� Aprimorar e integrar os mecanismos de co-financiamento, pelos três entes
federados, das ações previstas no Plano.
III - Diretrizes
� Centralidade na família nas políticas públicas;
� Primazia da responsabilidade do Estado no fomento de políticas integradas de
apoio à família;
� Reconhecimento das competências da família na sua organização interna e na
42
superação de suas dificuldades;
� Respeito à diversidade étnico-cultural, à identidade e orientação sexuais, à
eqüidade de gênero e às particularidades das condições físicas, sensoriais e
mentais;
� Fortalecimento da autonomia do adolescente e do jovem adulto na elaboração
do seu projeto de vida;
� Garantia dos princípios de excepcionalidade e provisoriedade dos Programas
de Famílias Acolhedoras e de Acolhimento Institucional de crianças e de
adolescentes;
� Reordenamento dos programas de Acolhimento Institucional;
� Adoção centrada no interesse da criança e do adolescente;
� Controle social das políticas públicas.
�
� IV - EIXOS ESTRATÉGICOS
O conjunto das ações será implementado e implantado no horizonte de 09 anos
(2007-2015), ficando estabelecidos os seguintes intervalos:
- Curto Prazo: 2007-2008;
- Médio Prazo: 2009-2011;
- Longo Prazo: 2012-2015;
- Ações permanentes: 2007-2015.
As propostas operacionais do Plano Nacional de Convivência Familiar e
Comunitária estão organizadas em quatro eixos estratégicos:
Eixo 1 – Análise da Situação e Sistemas de Informaç ão
São propostos objetivos e ações que enfatizam:
� Aprofundamento do conhecimento em relação à situação familiar das
crianças e adolescentes identificando os fatores que favorecem ou ameaçam
a convivência familiar e comunitária (levantamento de dados, realização de
pesquisas);
� Mapeamento e análise das iniciativas de Apoio Sócio-Familiar, Programas de
Famílias Acolhedoras, Acolhimento Institucional, e Adoção e sua adequação
aos marcos legais;
� Aprimoramento e valorização da comunicação entre os Sistemas de Informação
43
sobre crianças, adolescentes e família.
Eixo 2 – Atendimento
� Articulação e integração entre as políticas públicas de atenção às crianças, aos
adolescentes e às famílias para a garantia do direito à convivência familiar e
comunitária;
� Sistematização e difusão de metodologias de trabalho com famílias e
comunidades;
� Ampliação e estruturação da oferta de serviços de Apoio Sócio-Familiar, que
contribuam para o empoderamento das famílias;
� Reordenamento dos serviços de Acolhimento Institucional e Implementação de
Programas de Famílias Acolhedoras;
� Implantação, ampliação e implementação de Programas e serviços de
preparação de adolescentes e jovens, em Acolhimento Institucional, para a
autonomia;
� Fortalecimento de vínculos familiares de adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa, sobretudo privativas de liberdade, bem como de filhos
com pais privados de liberdade;
� Articulação entre os serviços de Acolhimento Institucional e o SGD, em
particular o judiciário, de modo a evitar o “esquecimento” de crianças e
adolescentes nessas instituições;
� Aprimoramento dos procedimentos de Adoção nacional e internacional,
garantindo a prevalência da adoção nacional em relação à adoção
internacional.
� Capacitação e assessoramento aos municípios para a implementação de ações
de Apoio Sócio-Familiar, reordenamento institucional, reintegração familiar,
Famílias Acolhedoras e alternativas para preparação de adolescentes e jovens
para a autonomia;
� Consolidação de uma rede nacional de identificação e localização de crianças e
adolescentes desaparecidos e de pais e responsáveis.
Eixo 3 – Marcos Normativos e Regulatórios
� Parametrização e regulamentação dos programas de apoio sócio-familiar, de
44
acolhimento familiar e institucional (abrigo em entidade) e de apadrinhamento;
� Regulamentação, aplicação dos conceitos de “excepcionalidade e
provisoriedade”;
� Regulamentação dos Programas e serviços de Acolhimento Familiar;
� Aprimoramento dos instrumentos legais de proteção social que ofereçam
alternativas e a possibilidade do contraditório à suspensão ou destituição do poder
familiar.
Eixo 4 – Mobilização, Articulação e Participação
� Estratégias de comunicação social para mobilização da sociedade (adoções
necessárias, acolhimento familiar, direito à convivência familiar, controle social
das políticas públicas, etc.) e afirmação de novos valores;
� Mobilização e articulação para a garantia da provisoriedade e excepcionalidade
do Acolhimento Institucional;
� Produção e divulgação de material de orientação e capacitação;
� Articulação e integração de ações entre as três esferas de Poder;
� Garantia de recursos para viabilização do Plano
V - Implementação, Monitoramento e AvaliaçãoPara a materialização deste direito será necessário:
� Cumprimento integral deste Plano nas três esferas de governo;
� Constituição formal de Comissão Nacional Intersetorial (Grupo de Trabalho)
para acompanhamento da implementação do Plano;
� Elaboração de Planos Estaduais e Municipais e constituição de Comissões
Intersetoriais (Grupos de Trabalhos) de acompanhamento do Plano nas esferas
estaduais e municipais;
� Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nas três esferas públicas
assumindo o presente Plano como prioridade, a partir de 2007, viabilizando
recursos nos orçamentos, de um modo geral, e, em particular, nos Fundos da
Infância e Adolescência para a sua implementação;
� Participação e integração entre os Conselhos de Direitos da Criança e Setoriais
nas três esferas de governo;
45
� Co-responsabilidade entre os entes federativos no financiamento para
implementação dos objetivos e ações propostos no presente Plano.
VI - Atribuições e competências dos entes federativ osCompetências e atribuições da Comissão de Acompanha mento e Implementaçãodo Plano, comuns às três esferas de governo
� Articular os atores envolvidos na implementação para a consecução dos
objetivos propostos nos eixos: a) análise da situação e sistemas de informação;
b) atendimento; c) marcos normativos e regulatórios; d) mobilização, articulação
e participação do presente Plano;
� Identificar e mensurar os resultados, efeitos e impactos dos objetivos e ações
propostas antes, durante e depois de sua implementação;
� Proporcionar informações necessárias e contribuir para a tomada de decisões
por parte dos responsáveis pela execução dos objetivos e ações do Plano;
� Acompanhar o desenvolvimento das ações e tarefas referentes à execução do
Plano;
� Controlar as ações, as atividades e os resultados propostos no Plano
assegurando o cronograma previsto;
� Socializar informações periodicamente aos diferentes atores do Sistema de
Garantia de Direitos e aos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente
e da Assistência Social;
� Avaliar continuamente a implementação do Plano, nas diferentes esferas
ajustando as condições operacionais e correção de rumos durante o processo
de execução;
� Realizar bi-anualmente a revisão do Plano, de forma a adequá-lo às deliberações
das Conferências Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da
Assistência Social.
Específicas à esfera Federal
� Articular com as Comissões das esferas estadual e municipal para ampliar o
diálogo e acompanhar o desenvolvimento das tarefas e ações dos referidos
46
Planos;
� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;
� Socializar as informações consolidadas;
� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem
como dos Planos Estaduais e Municipais;
� O Governo Federal deverá apresentar anualmente Relatório de Implementação do
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, inclusive com informações
sobre orçamento.
Específicas à esfera Estadual
� Dialogar permanentemente com a Comissão Nacional e com os municípios,
visando o cumprimento deste Plano;
� Apoiar os municípios no cumprimento deste Plano, inclusive na produção de
informações a serem consolidadas;
� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;
� Socializar as informações consolidadas;
� Encaminhar informações sobre monitoramento e as avaliações referentes à
implementação do Plano nas esferas Estadual e Municipal em períodos
previamente acordados para a Comissão Nacional;
� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem como
dos Planos Estaduais e Municipais.
Específicas à esfera Municipal
� Dialogar permanentemente com a Comissão Nacional e Estadual;
� Produzir informações consolidadas sobre a implementação do Plano;
� Socializar as informações consolidadas;
� Encaminhar informações sobre monitoramento e as avaliações referentes à
47
implementação do Plano na esfera Municipal em períodos previamente
acordados para a Comissão Nacional;
� Co-financiar as ações necessárias à implementação do presente Plano, bem como
do Plano Municipal.
Considerações Finais
A estruturação de um plano nacional destinado à promoção, proteção e defesa do
direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária reflete a clara
decisão do Governo Federal de dar prioridade a essa temática, com vistas à formulação e
implementação de políticas públicas que assegurem a garantia dos direitos das crianças
e adolescentes, de forma integrada e articulada com os demais programas de governo.
Este Plano constitui um marco nas políticas públicas no Brasil, ao romper com a
cultura da institucionalização de crianças e adolescentes e ao fortalecer o paradigma da
proteção integral e da preservação dos vínculos familiares e comunitários preconizados
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A manutenção dos vínculos familiares e
comunitários – fundamentais para a estruturação das crianças e adolescentes como
sujeitos e cidadãos – está diretamente relacionada ao investimento nas políticas públicas
de atenção à família.
Com esta iniciativa, reconhecemos a importância da mobilização do Estado e da
sociedade para que as crianças e os adolescentes sejam vistos de forma indissociável
de seu contexto familiar e comunitário. No entanto, no processo de formulação e
implementação das políticas orientadas pelo Plano, não podemos perder de vista a
importância das ações transversais e intersetoriais dentro das três esferas de governo e
da articulação com a sociedade.
48
ANEXOS – INSTRUMENTAIS
- Destaques Regimento Interno
- Destaques Plenária
- Formulário para perguntas
- Moções
- Avaliação do evento
- Folhas brancas para anotações
49
DESTAQUES PARA REGIMENTO INTERNO
CAPÍTULO:ARTIGO:
DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão
REDAÇÃO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_________________________
AUTOR:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
___________________________________________________________________
50
DESTAQUES PARA REGIMENTO INTERNOCAPÍTULO:ARTIGO:
DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão
REDAÇÃO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_________________________
AUTOR:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
___________________________________________________________________
51
DESTAQUES PARA PLENÁRIA FINAL
TEMA:
______________________________________________________________________
ITEM:
______________________________________________________________________
DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão
REDAÇÃO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________
AUTOR:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
___________________________________________________________________
52
DESTAQUES PARA PLENÁRIA FINAL
TEMA:
______________________________________________________________________
ITEM:
______________________________________________________________________
DESTAQUE de: ( ) Adição ( ) Substituição ( ) Exclusão
REDAÇÃO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________
AUTOR:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
___________________________________________________________________
53
FORMULÁRIO DE PERGUNTAS
NOME:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
__________________________________________________________________
PERGUNTA DIRIGIDA A:_______________________________________________________
PERGUNTA:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________
54
FORMULÁRIO DE PERGUNTAS
NOME:
______________________________________________________________________
ENTIDADE:
__________________________________________________________________
PERGUNTA DIRIGIDA A:_______________________________________________________
PERGUNTA:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________
55
MODELO DE FORMULÁRIO PARA MOÇÕES
( ) APOIO ( ) REPÚDIO ( ) OUTRAS
NOME (destinatário):ÓRGÃOTEXTO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________________________________
ASSINAM: (Delegados que propõem)
Nome R.G. Entidade Assinatura
56
Nome R.G. Entidade Assinatura
57
Nome R.G. Entidade Assinatura
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Ficha de AvaliaçãoMarque com um X cada questão, no conceito que melhor expressa sua opinião:
Itens a serem avaliados Excelente Ótimo Bom Regular RuimPalestra Magna: Pacto Pela Infância eJuventudePalestra GOV: Plano de Convivência FamiliarPalestra NÃO GOV: Plano de ConvivênciaFamiliarPalestra GOV: SINASEPalestra NÃO GOV: SINASEPalestra GOV: Orçamento Criança eAdolescentePalestra NÃO GOV: Orçamento Criança e Adol.Apresentações culturaisNoite de Talentos: AdolescentesGrupo PactoGrupo Convivência Familiar e ComunitáriaGrupo SINASEGrupo OrçamentoMateriais de apoioOrganização do eventoTempo programado p/ realização ConferênciaUtilização do tempo na distribuição daspalestrasUtilização do tempo na PlenáriaEstrutura físicaAlimentaçãoTransporteHospedagemCredenciamentoLegenda: Excelente: 10 Ótimo: 8 a 9 Bom: 6 a 7 Regular: 5 Ruim: abaixo de5
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