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MANUAL DO P ROGRAMA DE P ESQUISA E DESENVOLVIMENTO T ECNOLÓGICO DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA (MINUTA) DEZEMBRO DE 2007

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MANUAL DO PROGRAMA DE PESQUISA E

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DO SETOR

DE ENERGIA ELÉTRICA

(MINUTA)

DEZEMBRO DE 2007

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(Folha de catalogação)

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................5

2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES...................................................................................................7

3. ASPECTOS LEGAIS E REGULATÓRIOS..............................................................................15

3.1. Aspectos Gerais .................................................................................................................15

3.2. Investimentos em P&D ......................................................................................................15

3.3. Instituições de P&D...........................................................................................................17

3.4. Investimentos Aprovados sob Regulamentação Anterior ....................................................17

3.5. Critérios para Obtenção da Receita Operacional Líquida ­ ROL .........................................18

3.6. Procedimento para Empresas cuja Concessão ou Autorização foi Encerrada.......................24

4. DIRETRIZES BÁSICAS ..........................................................................................................25

4.1. Visão da ANEEL ...............................................................................................................25

4.2. Áreas e Temas para Investimentos em P&D.......................................................................25

4.3. Projetos Não­Caracterizadas como de P&D........................................................................26

4.4. Resultados de Projetos de P&D..........................................................................................26

4.5. Processo de Avaliação .......................................................................................................28

4.6. Propriedade Intelectual dos Produtos de Projetos de P&D ..................................................30

5. ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS DE P&D .........................................................................33

5.1. Procedimentos Gerais ........................................................................................................33

5.2. Gerente de Programa de P&D ............................................................................................34

5.3. Projeto de Gestão do Programa de P&D.............................................................................34

5.4. Programa de P&D Cooperativo..........................................................................................35

6. ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DE P&D............................................................................36

6.1. Procedimentos Gerais ........................................................................................................36

6.2. Composição da Equipe do Projeto de P&D ........................................................................36

6.3. Despesas no Projeto de P&D..............................................................................................37

6.4. Projeto de P&D Cooperativo..............................................................................................38

6.5. Projetos Estratégicos..........................................................................................................39

6.6. Pré­Avaliação de Projetos de P&D.....................................................................................39

7. AVALIAÇÃO INICIAL DE PROJETOS DE P&D...................................................................41

7.1. Procedimentos Gerais ........................................................................................................41

7.2. Parâmetros e Metodologia de Avaliação.............................................................................41

7.3. Resultado da Avaliação......................................................................................................42

7.4. Gerenciamentos dos Gastos Realizados em Projetos de P&D .............................................43

8. AVALIAÇÃO FINAL DE PROJETOS DE P&D......................................................................44

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8.1. Procedimentos Gerais ........................................................................................................44

8.2. Parâmetros e Metodologia de Avaliação.............................................................................44

8.3. Resultados da Avaliação ....................................................................................................45

9. CONTABILIZAÇÃO E CONTROLE DOS GASTOS REALIZADOS EM PROJETOS DE P&D

.....................................................................................................................................................47

9.1. Procedimentos Gerais ........................................................................................................47

9.2. Relatório de Execução Financeira do Projeto (REFP).........................................................48

10. FISCALIZAÇÃO DE PROJETOS E PROGRAMAS DE P&D...............................................51

10.1. Procedimentos Gerais ......................................................................................................51

10.2. O Processo de Fiscalização de Projetos de P&D...............................................................52

APÊNDICE A. PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.............................................58

A.1. Introdução.........................................................................................................................58

A.2. Enquadramento (EP) .........................................................................................................58

A.3. Caracterização do Produto Principal (CR) .........................................................................61

A.4. Indicadores de Capacitação Profissional (ICP) ..................................................................64

A.5. Indicadores de Capacitação Tecnológica (ICT)..................................................................67

A.6. Indicadores Socioambientais (ISA) ...................................................................................72

A.7. Indicadores Econômicos (IEC)..........................................................................................78

A.8. Cálculo da Pontuação Atribuída ao Projeto........................................................................84

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1. APRESENTAÇÃO

Em conformidade com a Lei n o 9.991, de 24 de julho de 2000, o art. 24 da Lei n o 10.438, de 26

de abril de 2002, o art. 12 da Lei n o 10.848, de 15 de março de 2004, e o art. 1 o da Lei n o 11.465, de 28

de março de 2007, as empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de distribuição,

geração ou transmissão de energia elétrica, assim como as autorizadas à produção independente de

energia elétrica, exceto aquelas que geram energia exclusivamente a partir de pequenas centrais

hidrelétricas, biomassa, cogeração qualificada, usinas eólicas ou solares, devem aplicar, anualmente,

um percentual mínimo de sua receita operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

Tecnológico do Setor de Energia Elétrica – P&D, segundo regulamentos estabelecidos pela ANEEL.

O presente Manual de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica

estabelece as diretrizes e orientações para a elaboração de projetos de P&D regulamentados pela

ANEEL. Os projetos de P&D deverão estar pautados pela busca de inovações para fazer frente aos

desafios tecnológicos e de mercado das empresas de energia elétrica. A pesquisa empresarial no setor

de energia elétrica deverá ter metas e resultados previstos bem definidos, porque é diferente da

pesquisa acadêmica pura, que se caracteriza pela liberdade de investigação.

Dessa maneira, para cumprir a obrigação de investir em P&D, as Empresas deverão submeter

à avaliação da ANEEL seus projetos, contendo, principalmente, informações sobre os resultados

esperados e sua aplicabilidade, custos previstos para execução e expectativa de retorno financeiro,

pertinência do estudo a temas de interesse do setor elétrico, grau de inovação ou avanço tecnológico

pretendido. Após a execução do projeto, a ANEEL fará uma avaliação criteriosa dos resultados

alcançados e dos investimentos realizados. Uma vez comprovado pela Empresa, reconhecido e

aprovado pela ANEEL, o investimento realizado num dado projeto será deduzido da conta de P&D e

das obrigações legais da Empresa.

Para efeito de obtenção dos valores a investir em P&D e recolher ao Fundo Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT e ao Ministério de Minas e Energia – MME,

apresenta­se a metodologia de cálculo da Receita Operacional Líquida – ROL, a ser observada por

todas as empresas de energia elétrica que devem atender à Lei n o 9.991/2000.

As Empresas encontrarão no Manual as diretrizes e procedimentos para a elaboração,

submissão, avaliação de propostas, fiscalização da execução e avaliação dos resultados obtidos dos

projetos de P&D. Faz parte deste Manual um apêndice, que apresenta os parâmetros e critérios para

avaliação de projetos de P&D.

A presente versão do Manual espelha as alterações legais e regulamentares relacionadas a

P&D, os aperfeiçoamentos identificados pelas áreas responsáveis pelo assunto na ANEEL, e o esforço

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em oferecer ao setor de energia elétrica procedimentos para catalisar a busca do novo e/ou de

aperfeiçoamentos envolvidos nas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.

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2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES

2.1. ABRANGÊNCIA OU ESCOPO DOS PROJETOS: Temas de interesse do setor de

energia elétrica, contemplando os segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização.

2.2. ATIVIDADES DE P&D: Atividades de natureza criativa ou empreendedora,

desenvolvidas sistematicamente, com vistas à geração de novos conhecimentos ou aplicação inovadora

de conhecimento existentes, inclusive para investigação de novas aplicações. As atividades de P&D

podem ser agrupadas em três categorias:

a) Pesquisa Básica Dir igida: Trabalho teórico ou experimental destinado à busca de

conhecimento sobre novos fenômenos, com vistas ao desenvolvimento de produtos e processos

inovadores. Envolve a análise de propriedades, estruturas e conexões para formular ou comprovar

hipóteses, teorias e leis. E, podem ser considerados os seguintes aspectos:

§ Investigação de materiais, como supercondutores, novos isolantes e ferromagnéticos;

§ Síntese e caracterização de propriedades elétricas e morfológicas de polímeros condutores e

luminescentes para aplicação tecnológica.

b) Pesquisa Aplicada: Trabalho destinado à aplicação de conhecimento adquirido, com vistas ao

desenvolvimento ou aprimoramento de produtos e processos. Conduz à descoberta de aplicações

do conhecimento advindo da pesquisa básica dirigida ou de novos métodos e maneiras de alcançar

um objetivo específico. Envolve o conhecimento disponível e sua aplicação na busca de

oportunidades ou na solução de problemas e desafios. Trata­se de uma fase intermediária, no

processo de inovação tecnológica, entre a pesquisa básica dirigida e o desenvolvimento

experimental. O resultado de uma pesquisa aplicada pode propiciar registro de patentes no INPI.

Exemplos de atividades nesta categoria são:

§ Desenvolvimento de equipamentos, componentes e sistemas utilizando, por exemplo,

supercondutores, materiais ferromagnéticos e novos isolantes;

§ Desenvolvimento de projetos ou protótipos de novos equipamentos para ensaios;

§ Desenvolvimento de projetos ou protótipos que incorporem novas funções;

§ Desenvolvimento de modelos de funções ou de processos em sistemas de geração, transmissão

e distribuição de energia elétrica;

§ Desenvolvimento de modelos digitais que representem situações reais.

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c) Desenvolvimento Exper imental: Trabalho sistemático, delineado a partir de conhecimento

pré­existente, visando à comprovação ou à demonstração da viabilidade técnica ou funcional de

novos produtos, processos, sistemas e serviços ou, ainda, o aperfeiçoamento do já produzido ou

estabelecido. É, portanto, o processo de transformação ou refinamento de conhecimento advindo

da pesquisa básica ou aplicada em programas operacionais, incluindo projetos de demonstração e

testes, para posterior aplicação comercial. São exemplos de atividades desta categoria:

§ Desenvolvimento de software para aplicação no setor de energia elétrica;

§ Desenvolvimento de equipamentos (protótipos), processos e sistemas;

§ Inovação incremental referente a aperfeiçoamentos graduais em produto, processo, ou serviço

existentes;

§ Implantação de projeto­piloto de geração ou substituição de energia elétrica (célula

combustível, eólica, biomassa, solar, etc.), que incorporem novos processos ou funções;

§ Desenvolvimento de equipamentos de medição de parâmetros elétricos, que incorporem novas

funções.

d) Cabeça­de­Sér ie: Fase de um projeto que considera aspectos relativos à produção em pequena

escala de protótipo obtido em projeto de P&D de ciclo anterior ou corrente. Procura­se, assim,

melhorar o desenho e as especificações do protótipo para eliminar peças e componentes com

dificuldade de reprodução em larga escala. Define­se, também, a linha de produção e as

características básicas do produto (objetivo final do projeto). A partir do “cabeça­de­série”,

realiza­se uma primeira fabricação, em pequena escala, para ensaios de validação, avaliação do

potencial de mercado e desenvolvimento, com vistas à produção industrial ou à comercialização.

e) Lote Pioneiro: Fase de um projeto que considera aspectos relativos à produção em “escala

piloto” de “cabeça­de­série” desenvolvido em projeto de P&D nacional, anterior ou corrente.

Procura­se, assim, a reprodução em “escala piloto” do produto (objetivo final do projeto). A partir

do “lote pioneiro”, realiza­se uma primeira fabricação, em “escala piloto”, para ensaios de linha de

produção, custos e refino do projeto, com vistas à produção industrial ou à comercialização.

f) Inserção no Mercado: Fase de um projeto de P&D que encerra a “Cadeia da Inovação” e busca

a difusão no setor elétrico dos resultados até então obtidos. São previstas as seguintes atividades:

estudo de viabilidade técnico­econômica, certificação, marketing, consultoria jurídica, entre

outros. Deve ter como foco produtos que sejam fruto de pesquisa nacional.

2.3 AVANÇO: Melhoria ou aumento do conhecimento em relação ao estado da arte.

a) Avanço Incremental: avanço sem ruptura com os fundamentos do estado da arte.

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b) Avanço Substancial: Avanço significativos que alteram os fundamentos do estado da arte, que

não chegam a representar uma ruptura do padrão tecnológico vigente.

c) Avanço Radical: Ruptura estrutural com o padrão tecnológico até então utilizado. Pode dar

origem a novas indústrias, setores ou mercados.

2.4. CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA: É a capacidade que uma instituição tem para

desenvolver, endogenamente, inovações tecnológicas, bem como para selecionar, licenciar, absorver,

adaptar, aperfeiçoar e difundir tecnologias, nacionais ou importadas.

2.5. COMERCIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA: Direito de utilização de know­how ou de

conhecimento tecnológico efetivado através de compra e venda ou pagamento de royalties pelo uso de processos ou produtos patenteados.

2.6. COORDENADOR DA EQUIPE DE P&D: Todo projeto de P&D deverá ter um

Coordenador da equipe, que deverá ser um pesquisador da instituição executora. O Coordenador é o

principal responsável pela execução do projeto perante a empresa de energia elétrica e, portanto,

deverá ter formação compatível com o tema proposto e sólida experiência no assunto. Ele será

responsável pela coordenação dos trabalhos da equipe e prestará contas do progresso dos trabalhos ao

Gerente de Projeto. Cada projeto deverá ter um único Coordenador, mesmo no caso de haver várias

instituições de P&D participando da execução ou de equipes multidisciplinares.

2.7. DIFUSÃO TECNOLÓGICA: Processos abertos, livres de transação econômica, entre

pesquisadores, empresas de energia elétrica e a sociedade. A difusão tecnológica encontra­se ligada à

transferência de conhecimentos obtidos nas atividades de P&D para proveito da sociedade. As

Empresas podem utilizar meios diversos para divulgação de conhecimentos e de resultados científicos

como, por exemplo, a realização de encontros públicos para apresentação de resultados em foros

diversos; a edição e publicação de livros, de acesso econômico ilimitado, atualizados e de qualidade

sob os pontos de vista científico e tecnológico com conhecimentos adquiridos nas pesquisas; a

manutenção de serviços tecnológicos auxiliares (instalações e equipamentos destinados ao

desenvolvimento de projetos de P&D) quando demonstrados e consolidados pela pesquisa como de

benefício e abrangência social irrestrita. Também, mediante artigos, conferências, teses e dissertações,

que são os meios utilizados por grupos de pesquisa.

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2.8. EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA NÃO­OBRIGADAS A INVESTIR EM P&D:

Empresas que gerem energia exclusivamente a partir de instalações eólicas, solar, biomassa, pequenas

centrais hidroelétricas e cogeração qualificada.

2.9. OBRIGADAS A INVESTIR EM P&D: Empresas concessionárias e permissionárias de

serviços públicos de distribuição, concessionárias de serviços de transmissão de energia elétrica,

concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente de energia elétrica, bem

como as concessionárias de geração na modalidade de autoprodução que comercializem energia

excedente, doravante denominadas empresas de energia elétrica ou simplesmente Empresa.

2.10. ENSINO E TREINAMENTO TECNOLÓGICO: Atividades complementares dirigidas à

capacitação de recursos humanos dedicados aos projetos de P&D das empresas de energia elétrica, por

meio de cursos de treinamento, especialização e pós­graduação. Dessa forma, deve ser relacionada na

proposta a previsão de benefícios que poderão ser obtidos da execução dos projetos, tais como títulos

de especialização, mestrado ou doutorado.

2.11. FOCO DOS PROJETOS: Os projetos de P&D devem estar pautados na busca de

inovações para fazer frente aos desafios tecnológicos e de mercado das empresas de energia elétrica.

2.12. GERENTE DE PROJETO: Pessoa responsável pela execução do projeto, que responderá

técnica e administrativamente por esse. O gerente deverá ser funcionário da Empresa e prestará contas

do progresso dos trabalhos ao Gerente de Programa.

2.13. GERENTE DE PROGRAMA: Toda empresa de energia elétrica deverá designar um

Gerente de Programa de P&D, que será seu preposto na interlocução junto à ANEEL e às Agências

Conveniadas. O Gerente de Programa será responsável pelo acompanhamento dos processos de

avaliação, execução e encerramento dos projetos de P&D, devendo atuar juntamente com o Gerente de

Projeto.

2.14. GESTÃO DO PROGRAMA: Atividades de suporte ao gerenciamento do programa de

P&D, incluindo as fases de elaboração das propostas, encaminhamento e execução dos projetos

aprovados, assim como a discussão e a divulgação dos resultados obtidos.

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2.15. GESTÃO TECNOLÓGICA: Administração do desenvolvimento de um conjunto de

habilidades, mecanismos e instrumentos organizacionais, compreendendo aspectos estratégicos,

gerenciais, tecnológicos, de estrutura e de serviços, necessários à sustentação da capacidade de gerar,

introduzir e apropriar inovações tecnológicas de fornecimento de energia elétrica, de processos

operacionais e de gestão, de modo sistemático e contínuo, com vistas a maximizar a competitividade

da Empresa.

2.16. INOVAÇÃO: Introdução na Empresa ou no mercado de produtos, processos, métodos

ou sistemas não existentes anteriormente, ou com alguma característica nova e diferente daquela até

então em vigor, com fortes repercussões socioeconômicas.

a) Inovação Tecnológica de Produtos: Ocorre inovação tecnológica de um produto quando

suas características de projeto são modificadas para prover melhor serviço aos usuários. As inovações

podem envolver tecnologias novas ou combinação de tecnologias existentes para atender novos usos

ou, ainda, melhorar o desempenho de produtos existentes. As modificações envolvidas deverão ter um

caráter não­trivial e os recursos destinados à inovação tecnológica devem guardar proporção pequena

com os ganhos estimados.

b) Inovação Tecnológica de Processos: Ocorre inovação tecnológica de processos quando há

mudança significativa na tecnologia de produção de um bem ou serviço. Essa mudança pode ser por

meio de novo equipamento e/ou novo método de organização e de gerência. O aperfeiçoamento das

organizações não pode ser obtido utilizando plantas ou métodos convencionais, ou sem aumentar a

eficiência do processo produtivo de equipamentos ou tecnologias existentes.

2.17. INSTITUIÇÃO DE P&D: Instituição pública ou privada, nacional e reconhecida pelo

Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT ou credenciada pelo Ministério da Educação – MEC, que

tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de

caráter científico ou tecnológico. Tais Instituições poderão ser representadas por Instituição ou

Fundação de Apoio criada para tal fim.

2.18. PATENTE: É um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de

utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas

detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente

todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Durante o prazo de vigência da patente, o

titular tem o direito de excluir terceiros, sem sua prévia autorização, de atos relativos à matéria

protegida, tais como fabricação, comercialização, importação, uso, venda, etc. (Fonte: INPI)

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2.19. PROCESSO: Organização lógica e detalhada de pessoas, máquinas, materiais,

procedimentos e energia, para execução de atividades que produzam trabalho final específico na forma

de produto ou serviço.

2.20. PRODUTO: É um bem tangível que pode ser oferecido em um mercado para satisfazer a

um desejo ou necessidade.

2.21. PROTÓTIPO: Produto fabricado individualmente ou produzido de modo artesanal,

segundo as especificações de um projeto para fabricação em série, com o propósito de servir de

teste antes da fabricação em escala industrial ou da comercialização.

2.22. PROGRAMA COOPERATIVO: Um programa é dito cooperativo quando seu plano

plurianual de investimentos e respectivos projetos são compartilhados entre duas ou mais Empresas.

As responsabilidades e produtos gerados no programa de P&D cooperativo são partilhados entre as

Empresas participantes. Ademais, o custo total do projeto de gestão do referido programa poderá ser

baseado no investimento obrigatório de todas as Empresas envolvidas. Uma das Empresas deverá ser

definida como proponente do programa cooperativo, sendo a(s) outra(s) cooperada(s).

2.23. PROJETO COOPERATIVO: Projeto desenvolvido por duas ou mais Empresas atuando

em parceria.

2.24. PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D): São aqueles destinados

à capacitação tecnológica da Empresa, visando à geração de novos processos ou produtos, ou o

aprimoramento de suas características, desde que contribuam para a melhoria do sistema elétrico

brasileiro. Podem ser próprios ou em parceria com instituições de pesquisa e desenvolvimento. Devem

ser gerenciados pela Empresa, por meio de uma estrutura permanente de gestão tecnológica.

2.25. PROJETOS NÃO­CARACTERIZADOS COMO P&D: Projetos técnicos ou de

engenharia, cujas atividades estejam associadas ao dia­a­dia das Empresas, consultoras e fabricantes

de equipamentos do setor de energia elétrica; estudos de viabilidade técnico­econômica; levantamento

de dados; aquisição de sistemas e equipamentos (desvinculada de projetos de P&D); adaptação de

software ou implantação de pesquisas e desenvolvimentos já realizados. A formação e capacitação de

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recursos humanos, próprios ou de terceiros, desvinculadas de projeto de P&D, não serão aceitas como

investimentos em projetos de P&D.

2.26. PROJETOS PLURIANUAIS: Projetos de P&D com duração prevista de mais de 12

meses.

2.27. RELATÓRIO FINAL: Relatório de finalização do projeto, descrevendo o

desenvolvimento, os resultados, o cronograma e o orçamento. Deve ser enviado à ANEEL, ao fim do

projeto, um artigo técnico, cujo modelo está disponível no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no

vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, caso tenha havido publicação desse no decorrer do projeto.

2.28. RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTÁBIL E FINANCEIRA: Relatório a ser

encaminhado conjuntamente com o Relatório Final, contendo a auditagem de todos os custos de um

projeto executado. Deve ser elaborado por pessoa física ou jurídica inscrita na Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) e sua contratação, que ficará a cargo da empresa de energia elétrica, pode ser

incluída nas despesas do projeto em questão.

2.29. SERVIÇOS TECNOLÓGICOS AUXILIARES: Atividades destinadas à disseminação e

à aplicação do conhecimento adquirido no âmbito dos projetos de P&D. Enquadram­se nessa categoria

os trabalhos indispensáveis à implantação e à manutenção das instalações e dos equipamentos

destinados, exclusivamente, ao desenvolvimento de projetos de P&D. Esses serviços não podem ser o

objetivo principal do projeto.

2.30. TELEMÁTICA: Área do conhecimento humano que reúne a adequada combinação das

tecnologias associadas à eletrônica, informática e telecomunicações, aplicados aos sistemas de

comunicação e sistemas embarcados e que se caracteriza pelo estudo das técnicas para geração,

tratamento e transmissão da informação, na qual estão preservadas as características de ambas, porém

apresentando novos produtos derivados destas.

2.31. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: Envolve a aquisição/venda de tecnologia

interna/externa realizada por meio de contratos de licença de direitos (exploração de patentes, usos de

marcas, aquisição de conhecimentos tecnológicos, fornecimento de tecnologia, prestação de serviços

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de assistência técnica e científica, contratos de franquia). É a transmissão de conhecimentos para

fabricação de um produto, aplicação de um processo ou prestação de um serviço. É necessário o

registro no INPI, observando as condições impostas pela Resolução ANEEL n o 022, de 4 de fevereiro

de 1999, ou outra que venha a substituí­la, bem como o art. 211 da Lei n o 9.279, de 14 de maio de

1996, para os seguintes casos de transferência de tecnologia e assistência técnica:

§ Entre Empresas de energia elétrica, diretos ou indiretos, do mesmo grupo controlador;

§ Entre Empresas controladas ou coligadas;

§ Entre pessoas físicas ou jurídicas que, juntamente com a Empresa, façam parte, direta ou

indiretamente, da mesma empresa controlada;

§ Entre pessoas físicas e jurídicas que tenham diretores ou administradores comuns.

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3. ASPECTOS LEGAIS E REGULATÓRIOS

3.1. ASPECTOS GERAIS

Os investimentos em P&D, submetidos para avaliação da ANEEL por meio de projetos,

devem ser formatados de acordo com as instruções deste Manual. Os projetos podem ser

desenvolvidos pelas próprias Empresas de maneira isolada, cooperativamente entre duas ou mais

Empresas ou, em parceria com instituições públicas ou privadas de ensino e/ou de pesquisa, bem como

com empresas de consultoria e fabricantes de materiais e equipamentos para o setor de energia

elétrica.

A ANEEL é responsável pela avaliação e fiscalização da execução dos projetos, além da

avaliação dos resultados obtidos e reconhecimento dos investimentos realizados por cada projeto de

P&D, para posterior apropriação por parte das Empresas destes valores no montante mínimo que cada

uma deve investir. Essas atividades poderão ser delegadas a pedido da ANEEL a consultores ad hoc, a empresas pré­qualificadas, a órgãos de fomento à pesquisa e às agências estaduais de regulação, de

acordo com termos definidos em contratos ou convênios de cooperação.

3.2. INVESTIMENTOS EM P&D

Os primeiros contratos de concessão obrigavam as concessionárias de geração a investirem em

pesquisa e desenvolvimento do setor de energia elétrica, anualmente, um percentual mínimo de 0,25%

(vinte e cinco centésimos por cento) da Receita Operacional Líquida (ROL). Para as concessionárias

de distribuição o percentual era de 0,1% (um décimo por cento) da ROL.

Com a criação da Lei n o 9.991, de 24 de julho de 2000, esses percentuais mínimos foram

alterados e a obrigatoriedade foi estendida a todas as empresas de energia elétrica, de acordo com sua

área de atuação. De acordo com esta Lei, as concessionárias e permissionárias de distribuição de

energia elétrica deveriam aplicar, anualmente, no mínimo 0,75% (senta e cinco centésimos por cento)

da ROL em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento) em

eficiência energética (EE). Já as concessionárias e autorizadas de geração, os produtores

independentes e as concessionárias de transmissão ficaram obrigados a aplicar, anualmente, no

mínimo 1% (um por cento) da ROL em P&D. Por isenção, ficaram excluídas da obrigatoriedade de

investimento em P&D as Empresas que geram energia exclusivamente a partir de instalações eólica,

solar, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e cogeração qualificada, observando­se, para essas

últimas, o disposto na Resolução n o 652, de 9 de dezembro de 2003.

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As concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente de energia,

que assinaram contratos com ou sem obrigatoriedade de investimentos mínimos em P&D, antes da

publicação da Lei n o 9.991/2000, o percentual de 1% (um por cento) da ROL entrou em vigor a partir

de 1 o de janeiro de 2006.

As concessionárias de geração na modalidade de autoprodução estão excluídas destas

obrigações legais, exceto em relação às receitas advindas da energia comercializada. As usinas

térmicas com potência inferior a 5.000 kW não necessitam de autorização e, portanto, não há

obrigação de investir em P&D.

Conforme alteração dada pela Lei n o 11.465, de 28 de março de 2007, os percentuais mínimos

vigentes estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1: Percentuais Mínimos de Investimentos em Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e de

Eficiência Energética pelas Empresas de Energia Elétrica.

Fase Atual Fase Final Empresa P&D

(% da ROL) EE

(% da ROL) Vigência P&D

(% da ROL) EE

(% da ROL) Vigência

Geração 1,00 ­ 1,00 ­

Transmissão 1,00 ­ 1,00 ­

Distribuição 0,50 0,50

Até

31/12/2010 0,75 0,25

A partir de

1 o /01/2011

Fonte: Lei n o 9.991, de 24 de julho de 2000, com alterações dadas pela Lei n o 11.465, de 28 de março de 2007.

Conforme dispõe o art. 12 da Lei n o 10.848, de 15 de março de 2004, os investimentos em

P&D descritos na Tabela 1 devem ser realizados do seguinte modo:

§ 40% (quarenta por cento) dos recursos devem ser recolhidos ao Fundo Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNCDT;

§ 40% (quarenta por cento) dos recursos devem ser destinados a execução de projetos de P&D

regulamentado pela ANEEL;

§ 20% (vinte por cento) dos recursos devem ser recolhidos ao Ministério de Minas e Energia.

Ainda segundo a Lei n o 9.991/2000, em seu artigo 5o, inciso II, devem­se destinar, no mínimo,

30% (trinta por cento) desses investimentos para projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa

sediadas nas Regiões Norte, Nordeste e Centro­Oeste, incluindo as respectivas áreas das

Superintendências Regionais.

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Com vistas a atender a este dispositivo legal, fica estabelecido que todas as Empresas sediadas

nas regiões Norte, Nordeste e Centro­Oeste devem, necessariamente, destinar, no mínimo, 70%

(setenta por cento) do total a investir em projetos de P&D regulamentado pela ANEEL para

instituições também sediadas nestas regiões. Para as demais Empresas, sediadas em outras regiões do

país, que destinarem recursos para instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro­Oeste,

estes investimentos serão considerados meritórios e computados na avaliação de resultados, quando do

término de cada projeto.

3.3. INSTITUIÇÕES DE P&D

Conforme incisos III e IV do artigo 5 o da Lei n o 9.991/2000, caso haja participação de

instituições de pesquisa e desenvolvimento e/ou de ensino superior na execução dos projetos de P&D

regulamentado pela ANEEL, sendo estas receptoras de recursos, deve­se atender aos seguintes

dispositivos:

§ Instituições de pesquisa e desenvolvimento devem ser nacionais e reconhecidas pelo

Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT;

§ Instituições de ensino superior devem ser credenciadas junto ao Ministério da Educação –

MEC.

A ANEEL poderá solicitar a estas instituições que comprovem seu enquadramento em um dos

tipos supracitados. Caso não seja comprovado o enquadramento, o projeto de P&D será reprovado.

Para as demais instituições receptoras de recursos que não se enquadram em um dos tipos

supracitados, esta exigência não se aplica.

A participação de pesquisadores estrangeiros, caso ocorra, deve ser por meio de contratação

direta pelas instituições de ensino ou de pesquisa nacionais, sendo obrigatória a realização das

atividades do projeto no Brasil.

3.4. INVESTIMENTOS APROVADOS SOB REGULAMENTAÇÃO ANTERIOR

Os procedimentos descritos neste Manual, válidos a partir de sua aprovação por Resolução

Normativa, referem­se aos investimentos a serem aplicados em projetos de P&D que devem seguir os

regulamentos estabelecidos pela ANEEL.

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Ressalta­se que pendências e/ou compensações financeiras provenientes de ciclos anteriores

(até o ciclo 2006/2007), resultantes do não cumprimento de investimentos mínimos obrigatórios,

deverão ser acrescidas aos montantes mínimos a investir a partir da aprovação desta nova

regulamentação, com respectiva correção por taxa determinada pela ANEEL.

Para projetos plurianuais aprovados e iniciados em ciclos anteriores, e com continuidade

prevista a partir do ciclo 2007/2008, estes devem obedecer a regulamentação contida no Manual do

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, versão

Abril/2006, aprovado pela Resolução Normativa n o 219, de 11 de abril de 2006.

3.5. CRITÉRIOS PARA OBTENÇÃO DA RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ­ ROL

Os critérios e procedimentos para o cálculo dos valores a investir em projetos de P&D, em

cumprimento à legislação vigente, é mostrado a seguir.

O fato jurídico necessário e suficiente para a constituição das obrigações legais de

investimento em P&D, bem como recolhimento ao FNDCT e ao MME, é o reconhecimento contábil,

pelas empresas de energia elétrica, dos itens listados a seguir que compõem a Receita Operacional,

conforme disposto no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica – MCSPEE,

instituído pela Resolução n o 444, de 29 de outubro de 2001:

I. Fornecimento de energia elétrica;

II. Suprimento de energia elétrica;

III. Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição; e

IV. Outras receitas e rendas – operacionais, exceto: arrendamento e aluguéis; doações, contribuições

e subvenções vinculadas ao serviço concedido; ganhos na alienação de materiais; e outras

receitas, por não serem originárias da atividade delegada pelo poder concedente.

A base de cálculo das obrigações legais é a Receita Operacional Líquida – ROL, apurada de

acordo com o disposto no MCSPEE. A ROL será obtida mediante a dedução, na Receita Operacional,

dos itens listados a seguir, além daqueles que vierem a ser, eventualmente, inseridos no MCSPEE:

I. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS;

II. Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP/Plano de Integração Social

– PIS;

III. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

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IV. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS;

V. Quota para a Reserva Global de Reversão – RGR;

VI. Quota de Consumo de Combustíveis Fósseis – CCC / Conta de Desenvolvimento Energético –

CDE; e

VII. Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e Eficiência Energética – EE.

O reconhecimento contábil das obrigações deverá ocorrer simultaneamente ao dos itens que

compõem a Receita Operacional, independentemente do desembolso financeiro dos recursos,

respeitando­se o princípio da competência contábil.

Caso o período de operação da Empresa seja inferior a 12 (doze) meses, a base de cálculo será

determinada a partir dos reconhecimentos contábeis verificados até o antepenúltimo mês em relação

ao mês de referência para o cálculo dos valores a investir e recolher ao FNDCT e ao MME.

Sobre as obrigações legais de aplicação de recursos em projetos de P&D, reconhecidas

contabilmente, incidirão juros, a partir do mês subseqüente de seu reconhecimento, até o mês do

efetivo desembolso financeiro dos recursos, calculados mensalmente com base na taxa referencial do

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC. Os recursos de juros advindos deverão ser

considerados nos investimentos a realizar.

Para apuração do saldo mensal dos recursos em poder da Empresa, as informações descritas na

Tabela 2 deverão ser enviadas mensalmente à ANEEL, por meio do Formulário Eletrônico de

Movimentação Financeira das Contas Contábeis de P&D e EE, disponibilizado no portal da ANEEL (

www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Formulários Eletrônicos ou Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Eficiência Energética, Formulários Eletrônicos. Estas informações serão carregadas no Banco de Dados da ANEEL, para posterior inclusão nos Sistemas de Gestão de P&D e de EE, até três meses depois do

mês de faturamento. As Empresas com obrigatoriedade de investimento no Programa de Eficiência

Energética (EE) devem apresentar as informações para os dois programas uma única vez por mês.

A incidência dos juros supracitados não exime as Empresas das penalidades previstas na

Resolução Normativa n o 63, de 12 de maio de 2004.

Fica estabelecido, para todas as empresas de energia elétrica, o mês de março de cada ano para

proceder ao cálculo da ROL e dos valores a investir em P&D e recolher ao FNDCT e ao MME,

conforme mostrado na Tabela 3. No item 3.5.1. deste Manual constam orientações sobre a transição do

mês de referência para março, para aquelas Empresas que tinham outros meses estabelecidos para o

cálculo dos valores citados.

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Tabela 2: Saldo Mensal dos Recursos em Poder da Empresa

Empresa Mês de Referência ROL Mensal

Segregação da Destinação R$

FNDCT

MME

P&D

PEE (Distribuidoras e Permissionárias)

Saldo Total com Remuneração pela SELIC R$

P&D

PEE (Distribuidoras e Permissionárias)

Tabela 3: Calendário para Cálculo da ROL, Recolhimento ao FNDCT e MEE e Informação pelas

Empresas de Energia Elétrica.

Mês de Referência Per íodo de Cálculo da ROL

Per íodos de Recolhimento ao FNDCT e ao MME

Mês para as Empresas Informarem a ANEEL,

FNDCT e MME os Valores Devidos

Março janeiro a dezembro abril a março fevereiro

Os recolhimentos ao FNDCT e ao MME serão efetuados em duodécimos, até o quinto dia útil

de cada mês. O não recolhimento no prazo previsto implicará em juros de 1% (um por cento) ao mês, pro rata tempore, acrescido de multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado,

independentemente das penalidades previstas em legislação e regulamentos específicos.

Os recursos destinados ao FNDCT, devidos pelas empresas de energia elétrica, deverão ser

recolhidos mediante depósito em favor do referido Fundo, em conta específica no Banco do Brasil

S.A., por intermédio de boleto bancário, nos termos do Decreto no 3.867, de 16 de julho de 2001. O

boleto deve ser gerado no portal da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, www.finep.gov.br.

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Os recursos destinados ao MME, devidos pelas empresas de energia elétrica, deverão ser

recolhidos por intermédio de Guia de Recolhimento da União – GRU, no código 10000­5, nos termos

do Decreto no 5.879, de 22 de agosto de 2006.

Considerando­se que as receitas utilizadas como base de cálculo são apuradas pelos próprios

devedores, estes deverão informar à ANEEL, ao FNDCT e ao MME os valores a serem investidos e

recolhidos em um prazo máximo de sessenta dias antes da data do primeiro recolhimento a ser

efetuado. Os valores da ROL, a investir em projetos de P&D, a recolher ao FNDCT e ao MME, bem

como o saldo da remuneração pela SELIC desde o reconhecimento contábil das receitas, deverão ser

informados por intermédio de planilhas contemplando a apuração mensal dos montantes devidos.

Poderão ser compensados recursos destinados ao FNDCT e ao MME, desembolsados a maior,

contra débitos vincendos de mesma natureza, desde que previamente informados e apreciados,

respectivamente, pela FINEP e por aquele órgão, conforme o caso.

A doação dos bens contemplados nos projetos de P&D deverá ser submetida à anuência da

Superintendência da ANEEL responsável pela aprovação dos respectivos projetos.

Nos casos de desverticalização, os montantes que cada segmento (distribuição, geração e/ou

transmissão) deve aplicar em P&D poderá ser determinado pela seguinte metodologia:

a) Para as Empresas de Distribuição ­ D:

D = ( β x ROL1 ) x [ ROL2 ÷ ( ROL2 + ROL3 ) ] + ( β x ROL2 )

b) Para as Empresas de Geração/Transmissão ­ GT:

GT = ( β x ROL1 ) x [ ROL3 ÷ ( ROL2 + ROL3 ) ] + ( 0,004 x ROL3 )

Em que:

β = Percentual previsto de acordo com a legislação vigente;

ROL1 = Receita Operacional Líquida obtida pela Empresa Verticalizada no período entre o

mês inicial do período de cálculo da ROL, conforme previsto na Tabela 3, e a data de

desverticalização ocorrida.

ROL2 = Receita Operacional Líquida obtida pela Empresa de Distribuição no período entre a

data de desverticalização ocorrida e o mês final do período de cálculo da ROL

previsto na Tabela 3.

ROL3 = Receita Operacional Líquida obtida pela Empresa de Geração/Transmissão no período

entre a data de desverticalização ocorrida e o mês final do período de cálculo da ROL

previsto na Tabela 3.

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Os valores referentes aos montantes mínimos para investimentos em projetos de P&D e os

valores de recolhimento de cada Empresa ao FNDCT e ao MME são publicados no portal da ANEEL (

www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Valores de P&D a serem aplicados.

Não será permitido acumular na conta específica de P&D montante superior a duas vezes o

valor médio a investir nos projetos de P&D regulamentado pela ANEEL no período de dois anos, a

contar da vigência desta regulamentação, incluído neste montante os juros advindos da remuneração

pela taxa estabelecida. Esse limite será três vezes o valor médio a investir dos últimos três anos

quando o montante acumulado nesse período for inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).

3.5.1. Orientações para Mudança do Mês de Referência

Para as Empresas cujo mês de referência anterior a esta regulamentação não era março, o

procedimento para ajuste e transição se dará conforme segue.

3.5.1.1. Empresas com Mês de Referência Anteriormente Estabelecido no Período de

Setembro de 2007 a Fevereiro de 2008

Para as Empresas cujo mês de referência para apresentação à ANEEL dos programas anuais de

P&D estava compreendido no período de setembro de 2007 a fevereiro de 2008, o cálculo da ROL,

dos valores a investir em P&D regulamentado pela ANEEL e a recolher ao FNDCT e ao MME deve

ser feito conforme regulamentação disposta na Resolução Normativa n o 233, de 24 de outubro de

2006. Neste caso, estes valores ficam como os estabelecidos para investimento no ciclo 2007/2008.

Para os valores a investir a partir de 2009, o cálculo dos valores deve ser feito tomando como

referência o mês de março/2009 e, neste caso, os períodos de cálculo da ROL devem ser conforme

mostrado na Tabela 4, superiores a doze meses de receitas reconhecidas contabilmente.

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Tabela 4: Calendário de Transição para Março/2009 para Cálculo da ROL, Recolhimento ao FNDCT e

MEE e Informação pelas Empresas de Energia Elétrica.

Mês de Referência na Resolução

Normativa n o 233/2006

Per íodo de Cálculo da ROL considerando o Novo Mês de Referência – Março/2009

Per íodo de Recolhimento ao FNDCT e ao

MME

Mês para as Empresas Informarem à ANEEL, FNDCT e MME os Valores Devidos

Setembro julho/2007 a dezembro/2008

Outubro agosto/2007 a dezembro/2008

Novembro setembro/2007 a dezembro/2008

Dezembro outubro/2007 a dezembro/2008

Janeiro novembro/2007 a dezembro/2008

Fevereiro dezembro/2007 a dezembro/2008

abril/2009 a

março/2010 fevereiro/2009

3.5.1.2. Empresas com Mês de Referência Anteriormente Estabelecido no Período de

Abril a Agosto de 2008

Para as Empresas cujo mês de referência para apresentação à ANEEL dos programas anuais de

P&D estava compreendido no período de abril a agosto de 2008, o cálculo da ROL, dos valores a

investir em P&D regulamentado pela ANEEL e a recolher ao FNDCT e ao MME deve ser feito

conforme mostrado na Tabela 5. Neste caso, para estas Empresas será feita a antecipação do cálculo e

conseqüente recolhimento ao FNDCT e ao MME, com períodos inferiores a doze meses de receitas

reconhecidas contabilmente.

Tabela 5: Calendário de Transição para Março/2008 para Cálculo da ROL, Recolhimento ao FNDCT e

MEE e Informação pelas Empresas de Energia Elétrica

Mês de Referência na Resolução

Normativa n o 233/2006

Per íodo de Cálculo da ROL considerando o Novo Mês de Referência – Março/2008

Per íodo de Recolhimento ao FNDCT e ao

MME

Mês para as Empresas Informarem à ANEEL, FNDCT e MME os Valores Devidos

Abril fevereiro/2007 a dezembro/2007

Maio março/2007 a dezembro/20078

Junho abril/2007 a dezembro/2007

Julho maio/2007 a dezembro/2007

Agosto junho/2007 a dezembro/2007

abril/2008 a

março/2009 fevereiro/2008

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3.6. PROCEDIMENTO PARA EMPRESAS CUJA CONCESSÃO OU AUTORIZAÇÃO

FOI ENCERRADA

A ANEEL não revogará o ato autorizativo da empresa de energia elétrica que possui projeto

de P&D em andamento, enquanto não for concluído o projeto ou transferida a responsabilidade para

outro empreendimento/Empresa que tenha contrato com a ANEEL.

Nos casos da Empresa não haver iniciado ainda o projeto de P&D, é possível o recolhimento

integral ao FNDCT do montante a investir em projetos de P&D regulamentado pela ANEEL, ou seja,

depositar integralmente a parcela destinada a projetos de P&D no FNDCT. Nesta situação, será

emitida Resolução específica para tal finalidade.

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4. DIRETRIZES BÁSICAS

4.1. VISÃO DA ANEEL

A ANEEL está empenhada em viabilizar o ciclo completo da inovação (“Cadeia da

Inovação”), incentivando a associação de Empresas em torno de iniciativas que disponham de escala

apropriada para transformar boas idéias, experimentos laboratoriais bem sucedidos e sofisticados

modelos matemáticos em resultados práticos que melhorem o desempenho das organizações e a vida

das pessoas.

Todo projeto de P&D deverá ser enquadrado em sua fase proposta para desenvolvimento

dentro da “cadeia da inovação”, podendo ser classificada como Pesquisa Básica Dirigida, Pesquisa

Aplicada, Desenvolvimento Experimental, Cabeça­de­Série, Lote Pioneiro ou Inserção no Mercado.

As atividades que podem ser relacionadas à execução de projetos de P&D regulamentados

pela ANEEL são aquelas de natureza criativa ou empreendedora, desenvolvidas sistematicamente,

com vistas à geração de novos conhecimentos ou aplicação inovadora de conhecimento existente,

inclusive para investigação de novas aplicações.

O sucesso de um projeto de P&D depende da natureza dos produtos quanto à criatividade

científica e inovação tecnológica. Essas qualidades não são mutuamente excludentes. Ao contrário, a

convergência da descoberta e do seu uso prático, mais ou menos imediato, isto é, transformando o

resultado da pesquisa em inovação tecnológica, é a mola mestra dos programas de P&D. Ressalta­se,

portanto, a importância de parcerias com fabricantes de equipamentos e empresas de base tecnológica.

4.2. ÁREAS E TEMAS PARA INVESTIMENTOS EM P&D

O escopo de atividades envolvidas no universo da prestação do serviço público de energia

elétrica é amplo, genérico e dinâmico. Portanto não deve estar restrito às limitações de temas estáticos.

A evolução tecnológica que está presente no dia­a­dia dos produtos e serviços associados a esse

universo requer permanente atualização de conhecimentos, por parte das Empresas e do órgão

regulador, que deve identificar as prioridades do setor.

Os investimentos devem ser, preferencialmente, direcionados para temas estratégicos ou

prioritários, com o intuito de estimular o desenvolvimento de invenções e inovações tecnológicas

relevantes para o Setor Elétrico Brasileiro.

Áreas e temas (subáreas) de interesse para investimentos em projetos de P&D que expressam

os principais desafios tecnológicos e prioridades do Setor Elétrico Brasileiro estão disponíveis no

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portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Áreas e Temas para Investimentos em P&D. Em cada tema haverá uma descrição

sucinta do seu estado da arte, bem como dos principais desafios e oportunidades para novos

investimentos em P&D. Sempre que houver necessidade, a ANEEL complementará a relação de áreas

e temas de interesse, para adequar a possíveis demandas de produtos e serviços identificados como

relevantes para o setor.

Todo projeto de P&D deverá ser enquadrado em uma determinada área ou tema. Ressalta­se,

porém, que as áreas não são excludentes. É possível, portanto, a existência de projetos que envolvam

duas ou mais áreas, hipótese em que se deve optar, no enquadramento da proposta, pela área

predominante. Ressalta­se, ainda, que os temas não são exaustivos, de modo que um projeto poderá

ser enquadrado em outros temas que não aqueles supracitados.

4.3. PROJETOS NÃO­CARACTERIZADAS COMO DE P&D

Não são considerados como P&D os projetos que, em seu escopo, objetivos e/ou resultados,

estejam resumidos a:

a) Projetos técnicos ou de engenharia, cujas atividades estejam associadas ao dia­a­dia das Empresas,

consultoras e fabricantes de equipamentos;

b) Estudos de viabilidade econômica;

c) Aquisição ou levantamento de dados;

d) Aquisição de materiais e equipamentos;

e) Desenvolvimento ou adaptação de software, que consista de integração de softwares ou de banco

de dados ou de melhoramento de software desenvolvido em projeto de P&D anterior;

f) Projeto de P&D realizado ou em execução;

g) Lote pioneiro com abrangência maior que 1% da base de clientes ou de ativos da Empresa ou

superior a uma amostra considerada representativa do caso em estudo;

h) Projetos de gestão empresarial.

4.4. RESULTADOS DE PROJETOS DE P&D

Os resultados de um projeto de P&D variam em função da natureza, fase ou das características

do projeto.

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Em termos físicos ou de produto, o resultado de um projeto classificado como “pesquisa

básica dirigida” pode ser uma estrutura, um modelo ou algoritmo. Na categoria de “pesquisa

aplicada”, podem­se esperar os seguintes produtos: metodologia ou técnica; protótipo ou projeto

demonstrativo. Na categoria de “desenvolvimento experimental”, podem­se esperar os seguintes

produtos: softwares ou serviços, os quais podem ser novos ou aperfeiçoados; implantação de projeto

piloto; protótipo de equipamento, de dispositivo ou de material. Nas etapas seguintes, “cabeça­de­

série”, “lote pioneiro” e “inserção no mercado”, espera­se o aprimoramento do produto em termos de

rigor industrial ou comercial.

De modo geral, os resultados de um projeto de P&D incluem a capacitação de recursos

humanos e a criação ou aprimoramento de infra­estrutura, a geração de novos conhecimentos e o

desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. Para as empresas de energia elétrica, esses resultados

podem se converter em novos negócios e receitas, ganhos de produtividade, otimização de processos,

melhoria da qualidade dos serviços prestados, redução de custos e, conseqüentemente, modicidade

tarifária para o usuário final.

A capacitação de recursos humanos inclui a formação de especialistas, mestres e doutores em

temas ou áreas de interesse do setor elétrico. Ressalta­se, porém, que o escopo dos trabalhos

acadêmicos desenvolvidos deve estar, necessariamente, vinculado ao desenvolvimento do projeto,

embora o prazo previsto de conclusão desses cursos de capacitação (defesa de monografia, dissertação

ou tese), eventualmente, possa ocorrer após o término da execução do projeto, implicando em

resultados posteriores ao encerramento deste.

Em termos de infra­estrutura, os benefícios ocorrem por meio da aquisição de materiais e

equipamentos indispensáveis à execução do projeto, tanto para as Empresas quanto para as entidades

executoras.

A combinação desses resultados (formação de recursos humanos, geração de novos

conhecimentos e melhoria das condições de infra­estrutura de instituições de P&D amplia a

capacidade de produção científica e tecnológica dessas instituições em temas ou áreas de interesse do

setor elétrico. Proporciona, dessa forma, benefícios para as empresas de energia elétrica, entidades

executoras ou participantes, consumidores e toda a sociedade.

A ANEEL, por meio de aplicativo específico desenvolvido para tal fim (Pesquisa de

Resultados de Projetos de P&D ­ PRPED), faz o levantamento dos resultados obtidos durante e após a

execução dos projetos de P&D, com vistas a analisar o impacto destes projetos na Empresa e para o

setor elétrico, dando suporte para identificar e orientar áreas e temas para futuros investimentos.

Todo produto obtido como resultado de projeto de P&D deverá ter a logomarca “P&D

ANEEL”, para indicar que o mesmo foi desenvolvido com recursos do Programa de Pesquisa e

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Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Tal logomarca deverá ter tamanho

semelhante ao das logomarcas das demais instituições envolvidas no projeto, quando houver.

4.5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Avaliações são exames abrangentes e sistemáticos de projetos, sob o ponto de vista da política

de desenvolvimento e sob aspectos técnico­profissionais. Elas perseguem uma série de propósitos,

verificando os objetivos e resultados pretendidos e/ou alcançados, a relevância, a eficiência econômica

e a sustentabilidade de um projeto. Fornecem informações que servem de base para a condução de um

projeto ou programa, fazem parte da gestão de qualidade interna, apóiam os processos de

aprendizagem individual e institucional e servem para a prestação de contas perante a sociedade em

geral.

Inovação e aplicabilidade dos resultados são diretrizes básicas para as empresas de energia

elétrica. Projetos integrantes de um programa de P&D que incorporem toda a “cadeia da inovação”

terão maior importância nas etapas de avaliação. Projetos que proporcionem um avanço radical em

relação ao estado da arte receberão pontuação relativamente superior a de projetos cuja inovação seja

meramente incremental.

Para auxiliar nas avaliações de projetos e na definição de temas estratégicos ou prioritários

para investimentos em P&D, será criada uma Comissão de Alto Nível, constituída por profissionais de

notório saber no setor de energia elétrica. Essa comissão será constituída e nomeada mediante

deliberação e ato da Diretoria da ANEEL.

Periodicamente e de modo aleatório, será selecionada uma amostra de projetos para avaliação

pela Comissão de Alto Nível. A critério da ANEEL, a Comissão ou alguns de seus integrantes poderão

participar da avaliação de projetos, notadamente em casos de maior complexidade e/ou quando o

resultado da avaliação final for questionado pela empresa de energia elétrica.

O processo de avaliação dos projetos de P&D regulamentados pela ANEEL compreende duas

etapas, a saber: avaliação inicial e avaliação final. A primeira etapa é opcional e a última é obrigatória.

Em ambas o foco das avaliações é o resultado do projeto frente aos investimentos previsto e realizado.

Os critérios e procedimentos empregados em cada uma dessas etapas são apresentados nos Capítulos 7

e 8, respectivamente.

A avaliação inicial tem como objetivos principais identificar se o projeto se caracteriza como

projeto de P&D e avaliar sua relevância frente aos desafios tecnológicos e de mercado do Setor

Elétrico Brasileiro. A decisão pela execução ou não de um projeto de P&D é única e exclusiva da

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Empresa, que deverá contabilizar os gastos do projeto em relatório de execução financeira, conforme

Capítulo 9, caso decida pela execução.

Na avaliação final, avaliam­se os resultados alcançados, sua relevância, abrangência e

aplicabilidade no dia­a­dia da empresa de energia elétrica e/ou da entidade executora. Os resultados

dos projetos de P&D serão avaliados utilizando­se indicadores de caracterização de projeto,

econômicos, socioambientais e de capacitação tecnológica (técnico­científica) e profissional,

conforme descrito no Capítulo 8. Os indicadores empregados e respectivos pesos dependem do

enquadramento do projeto na “Cadeia da Inovação”.

A avaliação final será realizada somente após o envio dos relatórios final e de auditoria pela

Empresa à ANEEL. Em caso de aprovação, o parecer será encaminhado às áreas de fiscalização da

ANEEL, que contabilizarão os investimentos aceitos como P&D.

Todos os projetos de P&D deverão ser submetidos à auditoria contábil e financeira. A empresa

de energia elétrica deverá contratar pessoa física ou jurídica inscrita na Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) para realizar a auditoria, cujos custos poderão ser incluídos nas despesas do

projeto.

Após a avaliação final da ANEEL e aprovação do investimento realizado, o respectivo valor

será deduzido da conta contábil destinada aos projetos de pesquisa e desenvolvimento.

No início de cada ano será publicado no Diário Oficial da União Despacho com os projetos

concluídos pela Empresa e aprovados pela ANEEL, referente aos investimentos realizados no ano

anterior.

Com o objetivo de dar transparência e publicidade aos projetos de pesquisa e desenvolvimento

e colher subsídios e informações da sociedade, a empresa de energia elétrica deverá publicar, uma vez

por ano, a lista dos projetos concluídos naquele período, em jornal de publicação diária e grande

circulação no Estado e/ou Município e, quando disponível, na internet, podendo ainda utilizar meios

complementares de divulgação. Deverão ser destacadas as seguintes informações para cada projeto:

título, objetivo, descrição técnica sucinta, investimento realizado, instituições/entidades envolvidas.

Deve estar em destaque também o prazo e a forma de recebimento das contribuições para novos

projetos.

O processo de avaliação de projetos de P&D é apresentado, de forma sucinta, na Figura 1.

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Projeto Car regado

Fiscalização

Conclusão do projeto

Envio do relatório final e

relatório de auditoria

Avaliação inicial

simplificada

Análise da razoabilidade dos recursos auditados

Emissão do relatório de aprovação

Agente contabiliza o projeto

Emissão de despacho

Agente executa o projeto ?

Resultado

Aprovado? Projeto

reprovado

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Deseja avaliação inicial?

Encer ramento do projeto

AVALIAÇÃO FINAL

Figura 1: Processo de Avaliação de Projetos de P&D.

4.6. PROPRIEDADE INTELECTUAL DOS PRODUTOS DE PROJETOS DE P&D

A propriedade intelectual compreende toda espécie de propriedade referente a que provenha

de concepção ou produto da inteligência humana. A propriedade intelectual expressa um conjunto de

direitos que competem ao intelectual (escritor, artista ou inventor) como autor de obra imaginada,

elaborada ou inventada.

As formas de proteção à propriedade intelectual variam de acordo com os diferentes tipos de

criação. Os direitos de autor compreendem a proteção às criações artísticas ou literárias por meio da

Lei de autoria, enquanto a propriedade industrial compreende a proteção a invenções, modelos de

utilidade e desenho industrial por meio da patente, que são o foco dos projetos de P&D. A legislação

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da propriedade industrial protege, também, sinais de propaganda, marcas de indústria, comércio e

serviços, por intermédio de certificado de registro.

A Constituição Federal em seu artigo 5 o , XXIX, determina que os privilégios concedidos aos

autores de inventos industriais têm como objetivo o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e

econômico do País. Nesse sentido, com o intuito de maximizar o alcance das pesquisas, é necessário

disseminar os seus resultados entre as Empresas com a divulgação e comercialização das tecnologias.

A ANEEL disponibiliza para o público a descrição dos projetos concluídos por meio do Sistema de

Gestão de P&D, em consulta acessada no portal da Agência (www.aneel.gov.br), no vínculo

Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Consulta Relatório F inal.

O baixo índice de comercialização de produtos patenteados e o limite de três anos (Lei n o

9.279 de 14 de Maio de 1996, art.68) para início da exploração comercial do produto patenteado,

quando então pode ser requerida licença compulsória, reforça a tese de que um planejamento sistêmico

de toda a cadeia da inovação, incluindo a etapa de comercialização, deve fundamentar os programas

de P&D.

As Empresas devem buscar a efetiva disseminação da tecnologia desenvolvida, incluindo nos

projetos empresas que tenham interesse na comercialização do produto. As Empresas deverão,

obrigatoriamente, desenvolver ou contratar estudos de viabilidade técnica e econômica, levando em

consideração os mercados brasileiro e mundial. Esse estudo pode ser feito na etapa de lote pioneiro ou

na fase de cabeça­de­série, quando essas se aplicarem a tecnologia, ou ainda em projeto de inserção no

mercado.

Caso a ponte entre a pesquisa e o mercado não tenha sido construída ao longo das etapas

iniciais da cadeia de inovação da tecnologia e esse estudo indique a viabilidade da mesma, as

Empresas poderão propor projeto de inserção no mercado que contemple consultoria para contratação

de empresa de transferência de tecnologia que fará a busca por indústria ou fornecedor interessado na

tecnologia. O projeto de inserção no mercado poderá incluir material de divulgação, registro de

patente, viagens, diárias, depósito de garantias para financiamentos de instituições públicas e serviços

jurídicos.

Se, em até 3 meses, não for encontrada empresa apta a realizar a busca, sendo a tecnologia

viável, poderá ser constituída sociedade de propósito específico, de forma similar ao proposto no

artigo 5 o da Lei n o 10.973 de 2 de Dezembro 2004 (Lei de Inovação), destinada à comercialização das

tecnologias resultantes dos projetos do Programa de P&D da ANEEL. Essa sociedade será formada,

exclusivamente, pela ANEEL/União e executará os recursos previstos nos projetos de inserção no

mercado.

Para viabilizar a comercialização, é necessário tratar a questão da propriedade e divisão dos

resultados a serem auferidos. A propriedade industrial dos resultados advindos dos projetos de P&D

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pertencerá a quem financia a pesquisa, no caso a sociedade por meio do programa de P&D, e as

organizações que investiram recursos no desenvolvimento do projeto, sejam empresas ou instituições

de P&D. O direito de propriedade de cada parte será proporcional ao seu investimento, observando

ainda os termos da Lei n o 9.279 de 1996.

Ressalta­se que a instituição de P&D deverá ter pelo menos 10% da propriedade a fim de

remunerar o conhecimento aplicado, o qual permite o desenvolvimento da pesquisa em questão.

Contudo, se até seis meses após o término do projeto não se chegar a um acordo aceitável

entre as partes sobre os direitos de propriedade intelectual, a propriedade será da ANEEL/União e da

instituição de pesquisa que participar do projeto que terão o direito de negociar o licenciamento da

tecnologia ou da propriedade intelectual com terceiros.

O ciclo de inovação é fechado com a identificação de indústria ou fornecedor interessado na

tecnologia. Tanto os escritórios de transferência quanto a sociedade de propósito específico poderão

intermediar contratos de licenciamento para fabricação ou comercialização de tecnologias. As licenças

podem ser exclusivas ou não, com pagamento de royalties e, ainda, com ou sem o direito de sublicenciar.

Caso haja participação de instituição de pesquisa pública, essa terá direito a licença sem ônus e

não exclusiva dos resultados da pesquisa para que os utilizem em pesquisas ou para fins didáticos. Em

todos os casos, as empresas proponentes e parceiros nos projetos também poderão usufruir do produto

da pesquisa numa das seguintes modalidades de licença:

a) Concessão de opção para uma licença: prevê um período durante o qual a Empresa tem o direito

de optar por uma licença de exploração futura;

b) Concessão de uma licença: o contrato concede uma licença específica à Empresa para utilizar a

propriedade intelectual, definindo a abrangência de uso permitido;

c) Direito de primeira recusa: se a Empresa decide exercer o seu direito de opção, a licença será

negociada para um certo período.

As receitas obtidas pela empresa de energia elétrica, advindas da comercialização de produtos

e serviços gerados com os projetos de P&D, serão divididas igualmente entre a Empresa e a sociedade.

Apenas esta última parcela será capturada por meio da revisão tarifária.

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5. ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS DE P&D

5.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

A empresa de energia elétrica deverá apresentar a ANEEL, num prazo de 180 (cento e oitenta)

dias a contar da publicação da Resolução Normativa que aprova este Manual, um plano plurianual de

investimentos em P&D. Esse plano, que poderá ser atualizado bianualmente, será constituído de uma

lista de projetos que serão desenvolvidos num período mínimo de 5 (cinco) anos. Deverá, ainda,

especificar as áreas e temas que serão objeto de investimento, os objetivos a serem alcançados e como

os projetos previstos se inserem na “cadeia da inovação”.

A Empresa também deverá informar no plano plurianual os resultados alcançados em

decorrência de cada projeto de P&D concluído, com base nos indicadores do Apêndice A. Especial

atenção deve ser dada aos resultados relacionados aos indicadores econômicos, cuja ocorrência se dá,

normalmente, após o término do projeto. Esses resultados serão apurados no intervalo de tempo entre

cada atualização do plano plurianual. A informação servirá para a ANEEL avaliar os resultados e sua

aplicabilidade na Empresa e no setor de energia elétrica.

Todas as versões do plano de investimentos ficarão registradas no Sistema de Gestão de P&D,

e a ANEEL poderá utilizar as informações disponíveis em qualquer das etapas de avaliação dos

projetos.

Para as novas empresas de energia elétrica que venham a assinar contrato de concessão ou

autorização com a ANEEL após a aprovação deste Manual, fica estabelecido o prazo de 180 (cento e

oitenta) dias a contar da sua entrada em operação e reconhecimento contábil de receitas para enviar

seu plano plurianual de investimentos em P&D, conforme descrito no parágrafo anterior.

O plano plurianual de investimentos deverá ser elaborado e encaminhado para a ANEEL por

meio do Formulário Eletrônico de Programa de P&D, disponibilizado no portal da ANEEL (

www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Formulários Eletrônicos.

O Sistema de Gestão de P&D, disponibilizado no portal da ANEEL, no vínculo

Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Sistema de Gestão, permite o acesso ao Programa de P&D da empresa de energia elétrica, incluindo seu plano plurianual de

investimentos e respectivos projetos e relatórios submetidos à avaliação da ANEEL. O acesso ao

Sistema de Gestão de P&D é restrito aos seguintes perfis de usuários, previamente cadastrados:

técnico ANEEL, gerente de programa, consultor ad hoc, técnico Agência Estadual, técnico de instituição avaliadora.

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5.2. GERENTE DE PROGRAMA DE P&D

A empresa de energia elétrica deverá designar um Gerente de Programa de P&D, que será seu

preposto na interlocução com a ANEEL e Agência Conveniada, quando houver. O Gerente de

Programa será responsável pelo acompanhamento dos processos de avaliação, execução, fiscalização e

encerramento dos projetos de P&D, devendo atuar juntamente com os Gerentes de Projeto.

O Gerente de Programa será cadastrado no Sistema de Gestão de P&D da ANEEL, através de

envio de solicitação de cadastro pela empresa de energia elétrica ao endereço eletrônico

[email protected], incluindo os seguintes dados: nome completo, CPF, endereço, telefone, e­mail,

formação acadêmica, titulação e área de atuação.

O currículo do Gerente de Programa deverá estar cadastrado no Sistema Eletrônico de

Currículos da Plataforma Lattes do CNPq, que pode ser acessado no endereço eletrônico:

http://lattes.cnpq.br/index.htm. Isso possibilitará a análise curricular do mesmo, caso necessário, sendo

dispensado o envio de currículo impresso ou eletrônico. A inexistência de cadastramento de currículo

na Plataforma Lattes será identificada no momento de verificação de pendências para envio do

Programa de P&D, impossibilitando seu envio. Entretanto, ressalta­se que a existência de

cadastramento de currículo refere­se à existência de CPF cadastrado na Plataforma Lattes e, portanto

não indica disponibilidade para consulta ao currículo do referido Gerente. Portanto, o Gerente de

Programa deverá manter disponível para consulta seu currículo na referida Plataforma.

5.3. PROJETO DE GESTÃO DO PROGRAMA DE P&D

A empresa de energia elétrica poderá propor um projeto anual de gestão do Programa de P&D.

O custo total desse projeto não deverá ultrapassar 5% do investimento anual obrigatório em P&D,

calculado com base no Capítulo 3, limitado ao valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil

reais). O projeto de gestão não deve conter atividades vinculadas a projetos de P&D.

Todos os projetos de gestão serão avaliados inicialmente pela ANEEL e as atividades que

poderão ser custeadas com recursos do projeto são as seguintes:

a) Elaboração de seminários e workshops sobre os programas de P&D;

b) Participação em eventos relacionados a P&D e de interesse do setor elétrico;

c) Divulgação de resultados de projetos já concluídos ou em execução;

d) Participação em cursos de gestão tecnológica e da informação;

e) Trabalhos de prospecção tecnológica e demais atividades necessárias ao planejamento e à

elaboração dos programas de P&D;

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f) Desenvolvimento de ferramenta para gestão do programa, excluindo­se aquisição de

equipamentos;

g) Participação no financiamento para execução do CITENEL – Congresso de Inovação Tecnológica

em Energia Elétrica, com limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por Empresa.

5.4. PROGRAMA DE P&D COOPERATIVO

Um Programa de P&D é dito cooperativo quando seu plano plurianual de investimentos e

respectivos projetos são compartilhados entre duas ou mais empresas de energia elétrica. As

responsabilidades e produtos gerados no programa de P&D cooperativo são partilhados entre as

Empresas participantes. Ademais, o custo total do projeto de gestão do referido programa poderá ser

baseado no investimento obrigatório de todas as Empresas envolvidas. Uma das Empresas deverá ser

definido como proponente do programa cooperativo, sendo a(s) demais cooperada(s).

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6. ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DE P&D

6.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

A empresa de energia elétrica poderá apresentar suas propostas de projeto de P&D a ANEEL a

qualquer momento.

A elaboração de uma proposta de Projeto de P&D deverá ser realizada utilizando­se o

Formulário Eletrônico de Projeto de P&D, disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br),

no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Formulários Eletrônicos.

O Formulário de Projeto de P&D é individual. Cada proposta de projeto de P&D deverá ser

elaborada em separado no Formulário de Projeto de P&D. Uma vez concluída, a proposta deverá ser

anexada ao Formulário de Programa de P&D da empresa de energia elétrica, para envio à ANEEL e

cadastramento da mesma no Sistema de Gestão de P&D.

O preenchimento de todos os campos do Formulário de Projeto de P&D é obrigatório, embora

apenas os parâmetros apresentados no capítulo 7 serão avaliados durante a avaliação inicial. As

demais informações, como cronogramas, etapas, bibliografia, recursos físicos e humanos, serão

importantes para o acompanhamento do projeto, e poderão ser utilizadas na avaliação final do projeto.

6.2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO PROJETO DE P&D

Todo projeto de P&D deverá ter um Gerente de Projeto, que será seu preposto perante a

ANEEL ou Agência Conveniada, quando houver, e deverá ser funcionário da Empresa proponente.

Ele será responsável pela execução do projeto e prestará contas do progresso dos trabalhos ao Gerente

de Programa.

Todo projeto de P&D deverá ter um Coordenador da equipe de P&D, que deverá ser

pesquisador da entidade executora do projeto. O coordenador deverá ter formação compatível com o

tema proposto e sólida experiência no assunto. Ele será responsável pela coordenação dos trabalhos da

equipe e prestará contas do progresso dos trabalhos ao Gerente de Projeto. Cada projeto deverá ter um

único coordenador de equipe, mesmo no caso de haver mais de uma entidade com participação na

execução de um projeto.

Os demais membros da equipe poderão ter a função de pesquisador, auxiliar técnico, auxiliar

técnico bolsista ou auxiliar administrativo. Uma equipe de projeto de P&D deverá conter, no mínimo,

um gerente, um coordenador e um pesquisador, caso haja participação de entidade executora externa à

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Empresa proponente. Quando o projeto for executado exclusivamente por pesquisadores da própria

Empresa proponente, não deverá conter coordenador, apenas o gerente responsável pela equipe e

demais pesquisadores e auxiliares.

Todo gerente, coordenador ou pesquisador de um projeto de P&D deve ter seu currículo

cadastrado no Sistema Eletrônico de Currículos da Plataforma Lattes do CNPq, que pode ser acessado

no endereço eletrônico: http://lattes.cnpq.br/index.htm. Isso possibilitará a análise curricular dos

mesmos, caso necessário, sendo dispensado o envio de currículos impressos ou eletrônico. A

inexistência de cadastramento de currículos na Plataforma Lattes será identificada no momento de

verificação de pendências para exportação dos projetos no Formulário de Projeto, impossibilitando sua

exportação. Entretanto, ressalta­se que a existência de cadastramento de currículo refere­se à

existência de CPF cadastrado na Plataforma Lattes e, portanto, não indica disponibilidade para

consulta ao currículo do referido pesquisador. Deste modo, cada membro da equipe deverá manter

disponível para consulta seu currículo na referida plataforma.

6.3. DESPESAS NO PROJETO DE P&D

Os seguintes itens poderão ser considerados despesas na execução de um projeto de P&D:

a) Mão­de­Obra: Pessoal da equipe necessário para alcançar os objetivos e resultados esperados do

projeto. O custo unitário (H/h) de cada membro da equipe deverá incluir as parcelas referentes aos

impostos e encargos. As horas alocadas para cada membro da equipe estão limitadas ao tempo

comprovadamente dedicado ao projeto;

b) Serviços de Terceiros: Serviços prestados por entidades executoras (pessoas físicas ou jurídicas)

contratadas para realizar parte dos objetivos de um projeto, tais como a construção e testes de

protótipos e plantas piloto, a fabricação de cabeças de série e de lote pioneiro. Incluem­se despesas

com registro de patentes;

c) Materiais de Consumo: Materiais de consumo que serão efetivamente utilizados no projeto, tais

como material gráfico e de processamento de dados, material para fotografia, material para

instalação elétrica e de telecomunicações, material químico e outros bens perecíveis. Os materiais

de consumo a serem adquiridos deverão ser detalhados quanto a sua especificação e utilização;

d) Materiais Permanentes: Materiais permanentes que serão efetivamente utilizados no projeto, tais

como computador, software, impressora, scanner, material bibliográfico, ferramentas e utensílios

de laboratório e oficinas. Os materiais permanentes a serem adquiridos deverão ser detalhados

quanto a sua especificação e utilização;

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e) Equipamentos: Equipamentos que serão efetivamente utilizados no projeto. São de uso exclusivo,

durante a execução dos projetos de P&D. Os equipamentos a serem adquiridos deverão ser

detalhados quanto a sua especificação e utilização;

f) Viagens e Diárias: Viagens e diárias que estarão efetivamente vinculadas às atividades do projeto,

tais como passagens, taxas de embarque, locação ou uso de veículos e diárias (hospedagem e

refeições). As viagens e diárias deverão ser detalhadas quanto a sua especificação e utilização;

g) Outros: Serviços de comunicação, impressão, encadernação, fretes, locação de equipamentos.

Taxas de inscrição para participação de profissionais integrantes da equipe técnica do projeto em

congressos, simpósios, conferências e demais eventos relacionados ao tema do projeto. Taxas para

administração do projeto, infra­estrutura, rateio da administração geral (RAG) e para auditagem

dos custos do projeto.

Os custos relativos ao RAG estão limitados a 5% do valor do projeto; os relativos à taxa de

administração de fundações ligadas a instituições de ensino superior estão limitados a 5% do valor

contratado com a entidade executora; os custos relativos ao uso de infra­estrutura existente, aplicáveis

somente a instituições de ensino superior, estão limitados a 5% do valor contratado. Todos os valores

devem ser apresentados de forma detalhada.

Os custos relativos à mão­de­obra, serviços de terceiros, materiais e equipamentos devem ser

balizados pela média de preços praticados pelo mercado, nas regiões onde os projetos serão

executados.

Os recursos adquiridos por meio de fundações deverão ficar sob a propriedade da instituição

de ensino superior.

Ressalta­se que os custos destinados a promoção e marketing de projetos de P&D, exceto

quando na fase de “Inserção no mercado”, não serão aceitos como despesas de projetos de P&D e que

os custos destinados a realização de cursos de pós­graduação poderão ser reconhecidos como despesas

de projetos de P&D, desde que a monografia, dissertação ou tese esteja, necessariamente, vinculada ao

projeto e o membro da equipe esteja previamente identificado.

6.4. PROJETO DE P&D COOPERATIVO

Os projetos de P&D elaborados em parceria entre duas ou mais empresas de energia elétrica

deverão ser submetidos em proposta única para avaliação da ANEEL. O detalhamento do projeto

deverá conter as informações comuns e as informações específicas de cada Empresa cooperada,

conforme procedimentos contidos no Formulário Eletrônico de Projeto de P&D.

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A submissão da proposta de projeto de P&D cooperativo deverá ser realizada pela Empresa

proponente, através de seu Formulário de Programa.

6.5. PROJETOS ESTRATÉGICOS

Projetos de P&D estratégicos são projetos realizados em temas estratégicos, cujos resultados

previstos tenham impactos abrangentes para o setor elétrico brasileiro.

Os temas estratégicos estão dispostos no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo

Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Áreas e Temas para Investimentos em P&D, e poderão ser atualizados a qualquer momento, a critério da ANEEL.

As Empresas interessadas em investir em projetos estratégicos deverão se manifestar por meio

de e­mail ao endereço eletrônico [email protected]. A ANEEL divulgará os nomes destas

Empresas no portal e vínculo anteriormente citados.

O conjunto de Empresas interessadas deverá definir qual dentre elas será a proponente do

projeto e as instituições de P&D que executarão o projeto. A elaboração da proposta de projeto

estratégico deverá contemplar, caso sejam especificados, critérios adicionais que estarão disponíveis

no portal e vínculo anteriormente citados.

Os projetos estratégicos deverão ser submetidos em proposta única para avaliação da ANEEL.

O detalhamento do projeto deverá conter as informações comuns e as informações específicas de cada

Empresa cooperada, conforme procedimentos contidos no Formulário Eletrônico de Projeto de P&D.

A submissão da proposta de projeto estratégico deverá ser realizada pela Empresa proponente,

através de seu Formulário de Programa.

6.6. PRÉ­AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE P&D

A ANEEL disponibiliza através do Formulário de Projeto de P&D uma ferramenta de auto­

avaliação para propiciar à Empresa a pré­avaliação de sua proposta de projeto de P&D, com base nos

critérios que serão adotados pela ANEEL na avaliação final de seus resultados.

Os resultados de projetos de P&D serão avaliados com base nos indicadores agregados de

caracterização do projeto, de capacitação profissional, de capacitação tecnológica, socioambientais e

econômicos. Tais indicadores estão apresentados detalhadamente no Apêndice A.

A pontuação para cada um dos indicadores apresentados decorre, automaticamente, da

ferramenta de auto­avaliação a partir da caracterização pela Empresa proponente dos itens que

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compõem a avaliação final do projeto. Ressalta­se, porém, que se trata de uma pré­avaliação, cuja

finalidade é sinalizar o grau de aderência do projeto aos objetivos do Programa de P&D e caracterizar

os produtos e resultados esperados, os quais serão avaliados pela ANEEL após a execução do projeto.

Os pesos relativos à aderência de cada indicador à cadeia da inovação e à prioridade para o

setor elétrico serão atribuídos às informações cadastradas pela Empresa, para composição da nota do

projeto. Portanto, cabe à empresa de energia elétrica a adequada caracterização do projeto, por meio

dos indicadores descritos no apêndice A.

O resultado da auto­avaliação será a média ponderada da pontuação recebida em cada um dos

indicadores agregados, conforme descrito no item A.8 do Apêndice A, e poderá sinalizar para a

Empresa quanto à necessidade ou não de solicitação da avaliação inicial pela ANEEL, a qual é

opcional.

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7. AVALIAÇÃO INICIAL DE PROJETOS DE P&D

7.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

A avaliação inicial dos projetos é opcional. Será realizada apenas mediante solicitação da

empresa de energia elétrica à ANEEL. Entretanto, todo projeto de P&D deverá ser cadastrado no

Sistema de Gestão de P&D antes do início de sua execução.

O cadastramento de projetos poderá ser feito em qualquer época, sendo seu envio realizado

por meio do Formulário de Programa de P&D. Todo projeto enviado receberá um código, designado

Código ANEEL, o qual deverá ser informado pela Empresa na solicitação de avaliação inicial do

projeto. A solicitação deverá ser feita por meio do endereço eletrônico [email protected].

A avaliação inicial tem como objetivos avaliar o enquadramento do projeto como atividade de

P&D, sua relevância frente aos desafios tecnológicos do setor e a razoabilidade dos investimentos

previstos diante dos resultados e benefícios esperados.

A avaliação inicial poderá ser presencial, quando a Empresa será convocada para apresentação

do projeto a uma banca de avaliadores, observando­se os parâmetros de avaliação estabelecidos no

item 7.2 deste Manual. Essa avaliação será realizada nas dependências da ANEEL ou em local

previamente acordado entre a ANEEL e a empresa de energia elétrica. A apresentação do projeto será

feita pelo gerente e/ou coordenador do projeto, podendo ser acompanhada pelo gerente de programa.

Caso não seja possível a presença do gerente ou coordenador, a Empresa deverá indicar um substituto,

que deve ser integrante da equipe do projeto.

A avaliação não­presencial será realizada por uma banca de avaliadores nas dependências da

ANEEL e/ou por meio do Sistema de Gestão de P&D.

Independentemente da opção definida, o resultado da avaliação inicial será divulgado por

meio do Sistema de Gestão de P&D. A comunicação à Empresa será feita por meio de mensagem

eletrônica automática, emitida pelo Sistema de Gestão de P&D.

A avaliação inicial será realizada em até 45 dias após o recebimento da solicitação.

7.2. PARÂMETROS E METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A avaliação inicial dos projetos será feita com base nas informações do Formulário de Projeto

quanto ao enquadramento do projeto de P&D, a originalidade, aos objetivos e resultados esperados e a

expectativa de retorno dos investimentos previstos, por meio de estudo de viabilidade econômica.

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O Apêndice A apresenta o conjunto de indicadores para avaliação de projetos. Desse conjunto

apenas os relacionados nos itens A.2, Caracterização do Projeto, e A.6, Impactos Econômicos, serão

utilizados na avaliação inicial. Os demais indicadores serão utilizados apenas na avaliação final.

Entretanto, cabe à Empresa caracterizar adequadamente todos os itens relacionados no referido

apêndice, de modo a compor a pontuação do projeto.

Os parâmetros avaliados por meio dos indicadores apresentados no item A.2 podem ter

aplicabilidade (A) em maior ou menor grau a determinadas etapas da cadeia de inovação, recebendo

pontuação de 1 a 4. Esses parâmetros também podem ter maior prioridade para o setor elétrico (P) e,

daí, recebem pesos que variam de 1 a 4. A pontuação obtida em cada indicador pode ser o produto

desses dois fatores (A x P) ou simplesmente P, conforme consta no Apêndice A.

A pontuação de cada um dos aspectos supramencionados decorre, automaticamente, da

caracterização do projeto pela Empresa proponente, que deverá indicar nos respectivos campos do

Formulário de Projeto todos os itens que serão considerados na avaliação do projeto. Ressalta­se,

porém, que se trata de uma avaliação cuja finalidade é sinalizar o grau de aderência do projeto aos

objetivos do Programa de P&D e caracterizar os produtos e resultados esperados, os quais serão

efetivamente avaliados pela ANEEL após a execução do projeto.

7.3. RESULTADO DA AVALIAÇÃO

O resultado da avaliação inicial será a média ponderada da pontuação recebida em cada um

dos indicadores agregados, como descrito no item A.8 do Apêndice A.

A pontuação inicialmente atribuída pela Ferramenta de Avaliação, vide item 6.6 deste Manual,

poderá sofrer alteração em função do reenquadramento e/ou da caracterização do projeto pela ANEEL,

com base nos parâmetros destacados no item anterior.

O parecer de avaliação inicial do projeto, quando solicitado pela Empresa, poderá conter

observações e recomendações textuais sobre certos aspectos ou itens do projeto, os quais deverão ser

considerados pela Empresa no ato de sua decisão sobre a execução ou não do projeto.

Independentemente do resultado da avaliação inicial, a decisão de executar ou não o projeto é uma

escolha da empresa de energia elétrica, visto que a apropriação do recurso como investimento

compulsório em P&D depende do resultado da avaliação final do projeto.

Após a emissão do parecer da avaliação inicial, os projetos ficarão disponíveis para consulta

pública no Sistema de Gestão de P&D, para evitar duplicações desnecessárias de esforços e

investimentos em projetos com mesmo enfoque e escopo. Se alguma Empresa ou instituição de

pesquisa tiver interesse em participar de um projeto em execução, deverá entrar em contato com a

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Empresa proponente e/ou entidade executora e negociar sua inserção no projeto. Se tiver interesse em

propor ou desenvolver projeto similar, deverá certificar­se da originalidade do projeto proposto.

Serão disponibilizadas ao público, por meio do Sistema de Gestão de P&D, as seguintes

informações sobre os projetos propostos, em execução ou concluídos: Título do Projeto; Empresa

Proponente; Entidade(s) Executora(s); Mês e Ano de Início e de Conclusão (quando couber), Área de

Investimento e Tema Pesquisado; Equipe do projeto; Investimento Previsto e Realizado (quando

couber); Objetivos e Resultados Esperados e Realizados (quando couber).

Essas informações estarão disponíveis no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo

Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Consulta Pública de Projetos de P&D. Os dados para contato com a Empresa proponente estão disponíveis neste mesmo endereço, no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Gerentes de Programa de P&D.

Após a emissão do parecer de avaliação a Empresa deverá informar, no Sistema de Gestão de

P&D, sua intenção em executar o projeto no prazo de até 30 dias. A Empresa deverá informar o

cancelamento, no Sistema de Gestão de P&D, caso não tenha mais interesse em executá­lo.

7.4. GERENCIAMENTOS DOS GASTOS REALIZADOS EM PROJETOS DE P&D

A Empresa deverá cadastrar a data de início do projeto no Sistema de Gestão de P&D. A partir

de então poderá realizar despesas para execução do projeto.

Na medida em que os gastos são realizados, a Empresa deverá informá­los no Relatório de

Execução Financeira do Projeto (REFP), conforme Capítulo 9. Tais gastos serão aceitos como

investimento em P&D apenas após a aprovação dos resultados do projeto e a avaliação final dos

recursos empregados pelas áreas competentes da ANEEL. Caso os gastos do projeto sejam apenas

parcialmente aprovados, a diferença entre o valor gasto e o valor apropriado do projeto (valor aceito

como investimento em P&D) será assumida como investimento da Empresa de energia elétrica.

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8. AVALIAÇÃO FINAL DE PROJETOS DE P&D

8.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

A avaliação final é obrigatória e será realizada após o carregamento do relatório final do

projeto no Sistema de Gestão de P&D e envio do relatório de auditoria à ANEEL. O carregamento do

relatório final deverá ser realizado por meio dos Formulários de Projeto de P&D e de Programa de

P&D.

A avaliação final será feita por uma banca de avaliadores com qualificação compatível com o

tema, a relevância e a complexidade do projeto. Poderão compor a banca de avaliadores consultores ad hoc ou membros da Comissão de Alto Nível (item 4.5).

A avaliação final poderá ser presencial, quando a Empresa será convocada para apresentação

do projeto a uma banca de avaliadores, observando­se os parâmetros de avaliação estabelecidos no

item 8.2 deste Manual. Essa avaliação será realizada nas dependências da ANEEL ou em local

acordado entre a ANEEL e a empresa de energia elétrica. A apresentação do projeto será feita pelo

gerente e/ou coordenador do projeto, podendo ser acompanhada pelo gerente de programa. Caso não

seja possível a presença do gerente ou coordenador, a Empresa deverá indicar um substituto, que deve

ser integrante da equipe do projeto.

A avaliação não­presencial será realizada por uma banca de avaliadores nas dependências da

ANEEL e/ou por meio do Sistema de Gestão de P&D.

Após concluído o processo de avaliação, a ANEEL encaminhará o resultado da avaliação do

projeto à empresa de energia elétrica por meio de mensagem eletrônica automática do Sistema de

Gestão de P&D.

O prazo previsto para avaliação final do projeto será de 60 dias, a contar da data de

carregamento do Relatório Final no Sistema de Gestão de P&D.

8.2. PARÂMETROS E METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A avaliação final do projeto será realizada com base nas informações de seu Relatório Final,

que deverão ser devidamente comprovadas, e nos indicadores apresentados no Apêndice A.

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8.3. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

De modo análogo ao da avaliação inicial, o resultado da avaliação final será a média

ponderada da pontuação recebida em cada um dos parâmetros descritos no Apêndice A. Entretanto,

nesta fase, a veracidade ou razoabilidade dos dados inseridos no Relatório Final será verificada por

uma banca de avaliadores. Portanto, a pontuação atribuída inicialmente pela Ferramenta de Pré­

Avaliação poderá sofrer alteração em função do reenquadramento e/ou caracterização do projeto pela

ANEEL.

Com o objetivo de estimular o desenvolvimento de projetos com maior relevância e

aplicabilidade no setor de energia elétrica, a apropriação dos custos de cada projeto será ponderada

pela nota final recebida na avaliação final do projeto, como indicado nas Tabelas 6 e 7.

O fator de apropriação pode ser calculado usando a seguinte fórmula: (Nota x 10) + 20 = % a

ser apropr iado, sendo Nota maior ou igual a 6,0. Como exemplo observa­se que para um projeto com

Nota 7,0 obtém­se: 70 + 20 = 90% dos custos apropriados.

Os projetos com pontuação final inferior a 6,0 serão considerados reprovados. Os gastos

destes projetos serão assumidos integralmente como investimento próprio da empresa de energia

elétrica.

Os projetos com pontuação final superior ou igual a 6,0 serão considerados aprovados, embora

seus valores investidos não necessariamente sejam integralmente apropriados como investimento em

P&D. Será avaliada a razoabilidade dos investimentos realizados frente à relevância e aplicabilidade

dos resultados alcançados. O montante a ser apropriado como investimento compulsório em P&D será

o valor do investimento realizado multiplicado pelo fator de apropriação definido na Tabela 6 ou

Tabela 7, a depender da nota final do projeto.

Considera­se como investimento realizado a diferença entre o valor investido no projeto e os

custos considerados inadequados para sua execução. Estes últimos serão assumidos como

investimento próprio da empresa de energia elétrica.

Ressalta­se, ainda, que a ANEEL poderá, dependendo de aspectos específicos do projeto,

realizar uma visita técnica à empresa de energia elétrica para verificação dos resultados.

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Tabela 6: Apropriação dos custos de projetos com nota final igual ou superior a 8,0.

Nota Multiplicador Apropr iação 8,0 1,00 100% 8,1 1,01 101% 8,2 1,02 102% 8,3 1,03 103% 8,4 1,04 104% 8,5 1,05 105% 8,6 1,06 106% 8,7 1,07 107% 8,8 1,08 108% 8,9 1,09 109% 9,0 1,10 110% 9,1 1,11 111% 9,2 1,12 112% 9,3 1,13 113% 9,4 1,14 114% 9,5 1,15 115% 9,6 1,16 116% 9,7 1,17 117% 9,8 1,18 118% 9,9 1,19 119% 10,0 1,20 120%

Tabela 7: Apropriação dos custos de projetos com nota final inferior a 8,0.

Nota Multiplicador Apropr iação 6,0 0,80 80% 6,1 0,81 81% 6,2 0,82 82% 6,3 0,83 83% 6,4 0,84 84% 6,5 0,85 85% 6,6 0,86 86% 6,7 0,87 87% 6,8 0,88 88% 6,9 0,89 89% 7,0 0,90 90% 7,1 0,91 91% 7,2 0,92 92% 7,3 0,93 93% 7,4 0,94 94% 7,5 0,95 95% 7,6 0,96 96% 7,7 0,97 97% 7,8 0,98 98% 7,9 0,99 99%

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9. CONTABILIZAÇÃO E CONTROLE DOS GASTOS REALIZADOS EM

PROJETOS DE P&D

9.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

De acordo com a Resolução n o 444, de 24 de outubro de 2001, que instituiu o Manual de

Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica (MCSPEE), no mês de competência do

faturamento, a concessionária e permissionária de Serviço Público de Distribuição ou Transmissão de

Energia Elétrica, que se constituem em Empresas com Tarifa ou Receita determinada pela ANEEL,

deverão registrar os valores representativos dos recursos de P&D inclusos no respectivo faturamento,

efetuando o registro contábil a crédito da conta 211.91.7.3 (Recursos em Poder da Empresa) em

contrapartida da conta 611.0X.7.1.35 (Pesquisa e Desenvolvimento).

Esse lançamento deverá ser feito mês a mês, respeitando o regime de competência e o

calendário estabelecido na Resolução Normativa n o 233, de 24 de outubro de 2006. Para os recursos

destinados ao FNDCT e ao MME, também deverá ser feito registro seguindo o mesmo calendário,

porém, o registro a crédito para o FNDCT será na conta 211.91.7.1 e para o MME será na conta

211.91.7.2, em contrapartida do débito na conta contábil 611.0X.7.1.35.

Os gastos a serem incorridos nos Projetos de P&D, desde que devidamente suportados e

indicados nos orçamentos previstos e carregados no Sistema de Gestão de P&D, apresentados pelas

empresas de energia elétrica, devem ser apurados utilizando­se o Sistema de Ordem de Serviço (ODS),

nos termos do MCSPEE.

Na aplicação dos recursos, será debitada a conta 112.95.X (Serviços em Curso) e creditada a

conta 111.01­Numerário Disponível­, quando o pagamento for à vista, e a conta do subgrupo 211,

quando o pagamento for a prazo.

Sobre o saldo do exigível na conta 211.91.7.3 (Recursos em Poder da Empresa) incidirão

juros, a partir do mês subseqüente ao faturamento, até o mês da efetiva aplicação/liquidação dos

recursos, calculados mensalmente com base na taxa SELIC, devendo A Empresa efetuar o registro a

débito da conta 635.0X.X.9 (Outras Despesas Financeiras) e creditar, em contrapartida, a conta

211.91.7.3.

Os valores que deverão ser aplicados pelas Empresas em projetos de P&D englobarão, além

do principal, as respectivas atualizações realizadas com base nos juros incidentes.

Quando do início da efetiva aplicação dos recursos, esta atualização será feita levando em

consideração a diferença entre o saldo da conta 211.91.7.3 e os gastos registrados na ODS, cujo

acompanhamento será feito por meio de registros auxiliares.

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Quando da conclusão dos respectivos projetos, os gastos apurados na ODS e que resultaram

em bens (tangíveis ou intangíveis) serão transferidos para a conta 132 (Ativo Imobilizado).

Concomitantemente a este registro, o mesmo valor que foi transferido para a conta 132 será levado a

débito da conta (211.91.7.3) e creditado no Grupo 222(Obrigações Vinculadas a Concessão do Serviço

Publico de Energia Elétrica), em observância ao previsto no MCSPEE.

Os gastos apurados na ODS e não apropriados no Ativo Imobilizado da Concessionária, que

não resultaram em bem tangível ou intangível, serão encerrados a débito do exigível na conta

211.91.7.3.

Nos casos de reprovação ou de aprovação parcial de recursos de projetos de P&D pela

Superintendência da ANEEL responsável pela avaliação dos respectivos projetos, deverão ser

efetuadas as baixas dos respectivos valores acumulados nas ODS, em contrapartida do exigível.

A Empresa é responsável pelo controle de todos os gastos incorridos nos projetos, incluindo a

guarda dos devidos comprovantes e acompanhamento da execução do orçamento repassado a

terceiros, bem como pelo preenchimento de relatórios financeiros analíticos por projeto e por ODS,

onde constem, no mínimo, em colunas, as seguintes informações quanto às aplicações efetuadas: data,

número do cheque, documento fiscal (nota fiscal, etc.), beneficiário, valor. O citado relatório e os

documentos comprobatórios dos gastos realizados deverão permanecer na Empresa à disposição da

fiscalização da ANEEL, ou da agência conveniada.

A Empresa deverá providenciar o preenchimento de Relatórios de Execução Financeira do

Projeto (REFP), conforme o item 9.2 deste Manual.

Os recursos (material de consumo, material permanente ou equipamento) adquiridos pela

entidade executora do projeto deverão ter notas fiscais de compra e demais comprovantes dos

dispêndios realizados emitidos em seu nome. Tais recursos serão de sua propriedade. Entretanto, a

entidade executora deverá enviar cópias das notas e demais comprovantes à empresa de energia

elétrica para que este possa realizar o controle de todos os gastos incorridos no projeto e, a qualquer

época, prestar contas dos gastos realizados a ANEEL ou a agência conveniada.

Os equipamentos de propriedade da Empresa de energia elétrica que estejam em poder de

instituições de P&D poderão, mediante pedido fundamentado e prévia anuência da ANEEL, ser

doados àquelas instituições.

9.2. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA DO PROJETO (REFP)

No REFP deverão ser lançados todos os dispêndios mensais, mês a mês, por rubrica prevista

de cada projeto de P&D carregado no Sistema de Gestão de P&D, identificando e correlacionando

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cada execução financeira com o número fiscal do documento comprobatório. Este REFP deverá estar

devidamente assinado por um responsável da Empresa e por um responsável técnico, informando

devidamente seu registro classista (CREA, CRC, etc.).

Para elaboração do REFP, a Empresa deve solicitar às unidades executoras dos serviços

(Universidades, Fundações, Centros de Pesquisa, etc.) as notas fiscais e demais comprovantes dos

serviços realizados. No caso de dispêndio pela entidade executora de Materiais de Consumo, Materiais

Permanentes, Equipamentos, Viagens, e Outros que estiverem fora da rubrica “Terceiros” (Serviços),

esta deverá informar o tipo de documento comprobatório, seu número, o beneficiário (CNPJ/CPF), o

valor, e remeter todas as cópias destes comprovantes fiscais à Empresa contratante para fins de

estarem disponíveis para a fiscalização.

A Tabela 8 apresenta as informações que devem ser apresentadas no REFP sobre um

determinado projeto de P&D. A Tabela 9 apresenta a forma de apresentação, pelas Empresas, da

comprovação das despesas realizadas em cada projeto de P&D. Deve ser elaborada uma tabela para

cada rubrica (recursos humanos, materiais de consumo, materiais permanentes, equipamentos, viagens

e diárias e outros.). A Tabela 10 apresenta a totalização das despesas realizadas no projeto de P&D,

por mês e por rubrica, e a Tabela 11 apresenta a comparação entres as despesas previstas e realizadas

na execução de projetos de P&D, devendo ser apresentadas justificativas para as eventuais diferenças

incorridas.

Tabela 8: Informações sobre o Projeto de P&D.

Projeto com Código ANEEL: Informar código ANEEL do projeto, conforme Sistema de Gestão

de P&D

Título do Projeto Informar título do projeto, conforme carregado no Sistema de

Gestão de P&D

Data de Início Informar dia, mês e ano de início de execução do projeto

(xx/xx/xxxx)

Duração Informar duração do projeto (xx meses)

Empresa (razão social)

CNPJ

Ordem de Serviço (ODS)

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Tabela 9: Comprovação de Despesas em Projetos de P&D.

Rubr ica: xxxxx

Data Tipo de documento

Número do documento Beneficiado CNPJ/CPF Valor

Total

Tabela 10: Totalização de Despesas em Projetos de P&D.

Mês/Ano Recursos Humanos

Mater iais de Consumo ... Total por Mês

mês 1/ano 1

mês 2/ano 1

...

mês 1/ano 2

mês 2/ano 2

...

mês 1/ano 5

mês 2/ano 5

...

mês 12/ano 5

Total por Rubr ica

Tabela 11: Comparação entre as Despesas Previstas e Realizadas em Projetos de P&D.

Rubr ica Valor Previsto Valor Realizado Justificativas para as Diferenças Recursos Humanos

Materiais de Consumo

Materiais Permanentes

Equipamentos

Viagens e Diárias

Outros

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10. FISCALIZAÇÃO DE PROJETOS E PROGRAMAS DE P&D

10.1. PROCEDIMENTOS GERAIS

A ANEEL realizará a fiscalização dos Projetos de P&D aprovados, tendo em vista que os

Projetos de P&D reprovados terão seus custos totalmente glosados, não sendo aceito nenhum gasto

realizado como investimento em P&D ANEEL.

A ANEEL realizará a fiscalização da execução dos Projetos e Programas de P&D das

Empresas por meio de suas Superintendências de Fiscalização ou das Agências Estaduais conveniadas.

A fiscalização busca garantir que as Empresas sejam economicamente eficientes na obtenção

dos resultados e objetivos significativos em seus projetos aprovados e cumpram sua obrigação de

realizar os investimentos mínimos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, conforme estabelecido

no Contrato de Concessão e na legislação pertinente.

A fiscalização é uma atividade formal e documentada, que fornece subsídios para verificação

da adequação dos objetivos e resultados alcançados aos custos realizados, frente à legislação aplicável.

Constatada uma infração, sujeita à imposição de penalidade, o procedimento adotado pela ação

fiscalizadora está regulamentado pela Resolução ANEEL n o 63, de 12 de maio de 2004.

Para as Empresas localizadas em unidades da Federação em que existam agências

conveniadas, a fiscalização da execução dos projetos poderá ser realizada pelas respectivas Agências

Estaduais.

A fiscalização dos Projetos de P&D tem como objetivos: verificar a metodologia empregada, a

equipe técnica envolvida e os resultados atingidos; verificar a transferência e difusão tecnológica dos

resultados dos projetos; identificar fatores que possam ter prejudicado a execução dos projetos de

P&D, caso declarado em Relatório Final; e informar a Superintendência responsável pela avaliação do

projeto o investimento a ser apropriado no Programa de P&D da Empresa, dentre os gastos realizados.

A fiscalização dos Programas de P&D tem como objetivos: verificar o cumprimento das

aplicações mínimas exigidas em Lei; e informar a Superintendência responsável pela avaliação dos

projetos de P&D o resultado da notificação, quando houver.

A ANEEL pode, a qualquer momento, verificar o valor que está acumulado na Conta de

Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa. A Empresa que acumular nesta Conta montante superior a

duas vezes o valor médio a investir nos projetos de P&D nos últimos dois anos estará sujeita a

penalidade previstas na Resolução ANEEL n o 63, de 12 de maio de 2004. Esse limite será três vezes o

valor médio a investir dos últimos três anos quando o montante acumulado nesse período for inferior a

R$ 100.000,00 (cem mil reais).

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10.2. O PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO DE PROJETOS DE P&D

O processo de fiscalização se inicia a partir do encaminhamento de Ofício pela ANEEL à

Empresa informando sobre o início e prazo da fiscalização e das demais informações necessárias para

o início da fiscalização na sede da Empresa.

A execução da fiscalização será efetuada pela equipe da P&D da ANEEL e por consultores ad hoc na sede da Empresa, visitando in loco aos locais de execução dos projetos, e analisando os documentos pertinentes: relatório de execução financeira do projeto (REFP); documentos fiscais;

relatório de auditoria contábil e financeira; relatório final do projeto; e parecer de aprovação do projeto

de P&D pela Superintendência responsável pela avaliação dos respectivos projetos.

Esta fiscalização poderá ter como resultado, a constatação de não­conformidades frente aos

regulamentos presentes neste Manual. Constatada uma não­conformidade, a ANEEL ou a Agência

Estadual elaborará o Relatório de Fiscalização com o respectivo Termo de Notificação (TN) e o

encaminhará à Empresa.

As etapas da fiscalização de projetos de P&D incluem: informação à Empresa sobre a

fiscalização; fase de campo, consolidação das informações; relatório de fiscalização e a notificação;

termo de notificação; arquivamento do processo de fiscalização e a aplicação de penalidades.

A ANEEL emitirá Ofício de encerramento do Projeto de P&D e o encaminhará à Empresa,

concluindo o processo aberto quando da aprovação do Projeto pela Superintendência responsável pela

avaliação dos projetos de P&D, após concluída a fiscalização sobre o cumprimento das metas físicas e

dos investimentos realizados e comprovados.

10.2.1. Informação à Empresa sobre a Fiscalização

Refere­se à emissão de Ofício pela ANEEL ou Agência Estadual à Empresa a ser fiscalizado,

estabelecendo os objetivos, a data e a agenda de trabalho, os participantes e o roteiro da fiscalização de

metas físicas e/ou verificação dos gastos realizados, conforme Quadro I.

A emissão do Ofício de notificação será feita com uma antecedência mínima de 15 (quinze)

dias em relação à data prevista para a fiscalização. Neste Ofício estarão contidos os documentos

necessários a serem fornecidos pela Empresa para o início da fiscalização. A indisponibilidade das

informações listadas pela Empresa no primeiro dia da fiscalização, mesmo que parcialmente, poderá

ser passível de não­conformidade.

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10.2.2. Fase de Campo

Realização da fiscalização propriamente dita, com reuniões técnicas, exame de documentos,

visitas in loco de plantas piloto, instalações de novos equipamentos ou processos, entre outras verificações que a ANEEL julgar pertinentes.

10.2.3. Consolidação das Informações

De posse das informações disponibilizadas pela Empresa, a ANEEL consolidará as

informações da execução econômico­financeira na sede da Empresa, confrontando as informações

fornecidas no REFP, no relatório final e no parecer de aprovação emitido pela Superintendência

responsável pela avaliação dos projetos de P&D.

10.2.4. Relatório de Fiscalização e a Notificação

Emissão de relatório apresentando os resultados da fiscalização realizada, elaborado através

dos exames dos documentos, anotações, entrevistas e visitas in loco, entre outros, apresentando as constatações e, quando for o caso, não­conformidades, determinações e recomendações, conforme é

apresentado na Figura 2.

10.2.5. Termo de Notificação

Emissão e envio de TN à Empresa, tendo como referência o relatório de fiscalização,

estabelecendo as não­conformidades observadas, bem como as determinações que deverão ser

regularizadas e cumpridas nos prazos indicados. A partir daí segue o processo de regularização e

cumprimento das não­conformidades e determinações.

10.2.6. Arquivamento do Processo de Fiscalização

Não sendo constatada nenhuma não­conformidade, ou, em caso da Empresa haver notificado a

regularização das não­conformidades e cumprimento das determinações contidas no TN, de acordo

com os prazos estipulados, o processo de fiscalização é formalmente arquivado, sendo emitido e

enviado à Empresa o respectivo Termo de Arquivamento e Relatório de Encerramento.

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Quadro I: Roteiro de Fiscalização.

Ver ificação dos gastos previstos e realizados

Efetua­se verificando a contabilização dos gastos previstos e realizados em cada um dos

projetos de P&D, examinando os seguintes documentos:

I. Cronograma mensal dos gastos efetivos: planilha demonstrativa dos gastos realizados por

projeto de P&D, compreendendo mão­de­obra (própria e de terceiros), materiais e

equipamentos, serviços de terceiros, viagens e diárias etc.

Serão consideradas não­conformidades os seguintes procedimentos:

a) Não atendimento em tempo hábil para as atividades de fiscalização das solicitações

previstas através do Ofício informando a fiscalização;

b) Dispêndios de valores das rubricas fora da finalidade das mesmas.

c) Emissão de Notas Fiscais diretas da entidade executora para a Empresa, não

relacionadas com a prestação de Serviços de Mão­de­Obra (rubrica “Terceiros” na

rubrica RH); (*)

d) Relatório Final em desacordo com o encontrado nas evidências de fiscalização.

e) Relatório Final do projeto, com planilhas demonstrativas financeiras em

desconformidade com os montantes financeiros existentes na ODS final do projeto;

f) Gastos não relacionados com a finalidade do projeto.

(*) Se por ventura, existirem dispêndios de Materiais de Consumo, Equipamentos,

Viagens e Outros adquiridos pela entidade executora, esta deve remeter cópia destas

Notas Fiscais e demais comprovantes (bilhetes de viagem, etc.) à Empresa contratante

para fins de contabilização nas rubricas específicas e fiscalização pela ANEEL.

II. Dossiê da Ordem de Serviço em Curso: apresentação da ODS ou Ordem de Imobilização

(ODI) nos termos do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica,

Nota 1, da conta 112.95, e cópia da razão contábil analítica com a documentação suporte

dos lançamentos.

Serão consideradas não­conformidades os seguintes procedimentos:

a) ODS sem fechamento ou com fechamento fora do prazo final do projeto, uma vez que

o prazo final do projeto encerra todas as atividades físicas e financeiras dos projetos;

b) Valores financeiros na ODS relacionadas a contratos, notas fiscais, comprovantes, etc.

com datas de emissão após o prazo final do projeto.

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Ver ificação dos gastos previstos e realizados (continuação)

III. Valoração das horas efetivas utilizadas em cada projeto pela mão­de­obra própria.

Serão consideradas não­conformidades os seguintes procedimentos:

a) Lançamentos nas ODS de valores relativos à “mão­de­obra própria” sem valoração

efetiva das horas utilizadas através de comprovantes formais de que a mão­de­obra foi

empregada nas atividades de P&D (contracheques, holerites, contratos, etc.);

b) Lançamentos nas ODS de valores relativos à “Administração Central” sem valoração

efetiva das horas utilizadas através de comprovantes formais (contracheques,

holerites, contratos, etc.).

IV. Documentos suporte: notas fiscais, inclusive das contratadas e executoras dos projetos,

contratos com terceiros, ordens de pagamento, etc.

Serão consideradas não­conformidades os seguintes procedimentos:

a) Notas Fiscais, contratos com terceiros, ordens de pagamento, etc. com data de

emissão fora do prazo final do projeto;

b) Notas Fiscais que não estejam contabilizadas na ODS até a data do prazo final do

projeto;

c) Notas fiscais com datas anteriores a data de início cadastrada no Sistema de Gestão de

P&D;

d) Notas e Documentos fiscais sem relação com o REFP;

e) Materiais de Consumo e Equipamentos não adquiridos especificamente para o projeto

ou retirados do estoque da Empresa;

f) Inexistência de contratos ou convênios para realização dos projetos de P&D, no caso

dos projetos não serem realizados diretamente pelas Empresas.

Visitas in loco

A critério do agente fiscalizador podem ser realizadas visitas aos locais onde foram instalados

equipamentos ou sejam desenvolvidos processos de P&D.

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Figura 2: Processo de Fiscalização de Projetos do Programa de P&D.

10.2.7. Aplicação de Penalidades

A não regularização de não­conformidades, o não cumprimento de determinações dentro de

prazos estipulados, e o descumprimento de outras obrigações pertinentes estabelecidas nos contratos

de concessão e na legislação, deixará a Empresa sujeito à imposição de penalidades de multa, segundo

Resolução ANEEL n o 63, de 12 de maio de 2004, sendo instituído o processo administrativo punitivo

com a emissão do Auto de Infração, conforme é apresentado na Figura 3.

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Figura 3: Processo Administrativo Punitivo: Auto de Infração e Arquivamento de Processo.

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APÊNDICE A. PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A.1. INTRODUÇÃO

Os seguintes fatores serão considerados na avaliação dos projetos de P&D:

1. Enquadramento: i) fase da cadeia da inovação; ii) grau de avanço ou originalidade; iii)

prioridade do tema ou tópico tecnológico; iv) coerência com o plano plurianual de P&D da

Empresa; e v) localização geográfica da instituição de P&D.

2. Caracter ização do produto pr incipal: i) foco da inovação; ii) tipo de produto; iii) âmbito de

aplicação; iv) verificação funcional; v) percentual de aplicação; e vi) taxa anual de implantação.

3. Indicadores de capacitação profissional: Indicadores para avaliar os meios de transmissão e de

captura do conhecimento e a base para a sustentação do processo de inovação a longo prazo. Tais

objetivos serão atingidos com a formação de novos pesquisadores, a participação de profissionais

da Empresa nos projetos de P&D e a incorporação de pesquisadores no quadro dessas Empresas.

A despeito de existirem programas de formação profissional com esse intuito, o Programa de P&D

da ANEEL tem foco no setor elétrico e em suas demandas específicas.

4. Indicadores de capacitação tecnológica: Indicadores para avaliar a sustentabilidade do processo

de inovação tecnológica, contemplando a produção técnico­científica e industrial e a formação de

infra­estrutura adequada ao desenvolvimento de pesquisas pelas instituições envolvidas no projeto

de P&D.

5. Indicadores socioambientais: Indicadores para avaliar os impactos positivos do projeto sobre o

meio ambiente e a sociedade e o potencial de mitigação de eventuais impactos negativos.

6. Indicadores econômicos: Indicadores para avaliar os benefícios econômicos advindos dos

resultados do projeto de P&D, buscando a alocação efetiva e eficiente dos investimentos em P&D.

A.2. ENQUADRAMENTO (EP)

A.2.1. Fase da Cadeia da Inovação (FC)

Indicar a fase da cadeia da inovação para enquadramento do projeto, conforme Tabela A.1.

FC não será considerado para a composição da pontuação do projeto (EP).

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Tabela A.1: Fase da cadeia da inovação.

Código Fase da Cadeia da Inovação

IM Inserção no Mercado

LP Lote Pioneiro

CS Cabeça­de­Série

DE Desenvolvimento Experimental

PA Pesquisa Aplicada

PB Pesquisa Básica Dirigida

A.2.2. Grau de Avanço ou Originalidade (GA)

O grau de avanço ou originalidade pode ser avaliado com base na invenção/inovação do

projeto ou na nacionalização de produto, tendo em vista que neste último item não haveria

originalidade, apenas incorporação de tecnologia consolidada internacionalmente nos setores elétrico e

produtivo brasileiros. Como indicado na Tabela A.2, foram estabelecidos três níveis de prioridade para

tais itens, com pesos que variam de 0,50 a 1,00.

O item “Não se Aplica” refere­se apenas a projetos enquadrados nas fases “Cabeça­de­Série”,

“Lote Pioneiro” ou “Inserção no Mercado”. Nestes casos, GA não será considerado para a composição

da pontuação do projeto (EP).

Nesta tabela foi acrescentada a opção de indicar o não enquadramento do projeto como Projeto

de P&D ANEEL (item “Insignificante”). Este item será sinalizado pela ANEEL quando das avaliações

inicial e/ou final e indicará a reprovação do projeto.

Tabela A.2: Grau de avanço ou originalidade do projeto de P&D.

Código Grau de Avanço ou Or iginalidade Pr ior idade

AR Radical 1,00

AS Substancial 0,75

AI Incremental 0,50

AP Nacionalização de Produto 0,75

AIN Insignificante 0,00

NA Não se Aplica NA

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A.2.3. Tópico Tecnológico (TT)

O grau de prioridade do projeto depende do seu enquadramento em relação à linha de

pesquisa, tópico tecnológico ou tema investigado. Como indicado na Tabela A.3, foram estabelecidos

três níveis de prioridade, com pesos que variam de 0,50 a 1,00.

Tabela A.3: Tópico tecnológico ou linha de pesquisa.

Código Tópico Tecnológico Pr ior idade

ES Estratégico 1,00

PR Prioritário 0,75

OU Outro 0,50

A.2.4. Coerência com o Plano Plurianual de P&D da Empresa (CP)

Buscando incentivar a elaboração e a execução de um plano plurianual de P&D, terão maior

prioridade os projetos com maior aderência ao plano estabelecido pela Empresa, como indicado na

Tabela A.4.

Tabela A.4: Coerência do projeto com o plano plurianual de P&D da Empresa.

Código Nível de Aderência Pr ior idade

FA Forte Aderência 1,00

AM Aderência Moderada 0,75

BA Baixa Aderência 0,50

A.2.5. Localização Geográfica da Instituição de P&D (LI)

Buscando incentivar a execução de projetos por instituições localizadas nas regiões menos

desenvolvidas do País, terão maior prioridade os projetos executados por instituições de P&D das

regiões Norte, Nordeste e Centro­Oeste, como indicado na Tabela A.5.

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Tabela A.5: Caracterização da Instituição de P&D.

Código Instituição de P&D Pr ior idade

IP1 Norte 1,00

IP2 Nordeste, Centro­Oeste 0,90

IP3 Sul, Sudeste 0,75

IP4 Não há instituição de P&D 0,50

A.2.6. Cálculo da Pontuação

Quando GA não assumir valor nulo, a pontuação relativa ao Enquadramento do Projeto (EP)

será calculada pela divisão entre a soma da pontuação obtida em cada um dos quatro itens e a

Pontuação Máxima possível, de acordo com o enquadramento do projeto nas fases da cadeia da

inovação (PMEP = 4, para projetos enquadrados nas fases PB, PA ou DE; PMEP = 3, para as demais

fases da cadeia da inovação), como indicado pela seguinte equação: EP = (GA + TT + CP + LI) /

PMEP.

A.3. CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO PRINCIPAL (CR)

A.3.1. Foco da Inovação (FI)

Como indicado na Tabela A.6, o foco da inovação será ponderado pela aderência (A) à cadeia

da inovação e pela prioridade (P) para o setor.

Tabela A.6: Foco da inovação.

Aderência Pontuação (AxP)

CÓDIGO

Foco da Inovação PB PA DE CS LP IM Priorid

ade

PB PA DE CS LP IM

I1 Produto 4 4 4 4 4 4 1,00 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 I2 Serviço 4 4 3 3 3 3 0,90 3,6 3,6 2,7 2,7 2,7 2,7 I3 Processo 4 4 2 2 2 2 0,80 3,2 3,2 1,6 1,6 1,6 1,6 I4 Organização 4 4 1 1 1 1 0,70 2,8 2,8 0,7 0,7 0,7 0,7

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A.3.2. Tipo de Produto (TP)

Tabela A.7: Produto principal do projeto de P&D.

Aderência Pontuação (AxP)

CÓDIGO

Tipo de Produto PB PA DE CS LP IM Pr

iorid

ade

PB PA DE CS LP IM

P1 Conceito ou Metodologia 4 3 2 1 0 0 1,00 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0,0 P2 Software 2 4 3 0 0 0 1,00 2,0 4,0 3,0 0,0 0,0 0,0 P3 Sistema Telemático 2 3 4 3 2 2 1,00 2,0 3,0 4,0 3,0 2,0 2,0 P4 Material ou Substância 4 4 3 2 1 0 1,00 4,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 P5 Componente ou Dispositivo 3 3 4 4 4 4 1,00 3,0 3,0 4,0 4,0 4,0 4,0 P6 Máquina ou Equipamento 0 0 4 4 4 4 1,00 0,0 0,0 4,0 4,0 4,0 4,0 P7 Infra­Estrutura 0 0 1 3 2 2 1,00 0,0 0,0 1,0 3,0 2,0 2,0

A.3.3. Âmbito de Aplicação (AP)

Tabela A.8: Âmbito da aplicação do produto principal.

Aderência Pontuação (AxP)

CÓDIGO

Âmbito de Aplicação PB PA DE CS LP IM Pr

iorid

ade

PB PA DE CS LP IM

IP Instituição de P&D 4 3 2 0 0 0 0,80 3,2 2,4 1,6 0,0 0,0 0,0 EE Empresa de Energia 3 4 3 3 2 0 0,90 2,7 3,6 2,7 2,7 1,8 0,0 SE Setor Elétrico 2 3 4 4 4 5 1,00 2,0 3,0 4,0 4,0 4,0 5,0

A.3.4. Verificação Funcional (VF)

Tabela A.9: Verificação funcional do produto principal do projeto de P&D.

Aderência Pontuação (AxP)

CÓDIGO

Verificação Funcional PB PA DE CS LP IM Pr

iorid

ade

PB PA DE CS LP IM

NA Não se Aplica 4 2 0 0 0 0 1,00 4,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 TL Testes Laboratoriais 4 3 3 2 1 0 1,00 4,0 3,0 3,0 2,0 1,0 0,0 TC Testes de Campo 4 4 4 3 2 1 1,00 4,0 4,0 4,0 3,0 2,0 1,0 TR Teste de Rotina/Tipo 4 4 4 4 4 4 1,00 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0

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A.3.5. Percentual de Implantação (PI)

Tabela A.10: Percentual de implantação do produto principal no parque interno da Empresa que tem

potencial para ser impactado pelos resultados da pesquisa.

Aderência Pontuação (AxP)

CODIGO

Percentual de Implantação PB PA DE CS LP IM Pr

iorid

ade

PB PA DE CS LP IM

NA Não se Aplica 5 4 2 1 0 0 0,60 3,0 2,4 1,2 0,6 0,0 0,0 N1 Nível 1 (de 5% a 25%) 4 3 3 2 1 1 0,70 2,8 2,1 2,1 1,4 0,7 0,7 N2 Nível 2 (de 26% a 50%) 3 2 4 3 2 2 0,80 2,4 1,6 3,2 2,4 1,6 1,6 N3 Nível 3 (de 51% a 75%) 2 1 5 4 4 4 0,90 1,8 0,9 4,5 3,6 3,6 3,6 N4 Nível 4 (de 76% a 100%) 1 0 5 5 5 5 1,00 1,0 0,0 5,0 5,0 5,0 5,0

A.3.6. Taxa de Implantação (TI)

Tabela A.11: Taxa anual de implantação do produto principal no parque interno da Empresa que tem

potencial para ser impactado pelos resultados da pesquisa.

Aderência Pontuação (AxP)

CODIGO

Taxa Anual de Implantação PB PA DE CS LP IM Pr

iorid

ade

PB PA DE CS LP IM

NA Não se Aplica 5 4 2 1 0 0 0,60 3,0 2,4 1,2 0,6 0,0 0,0 T1 Taxa 1 (de 5% a 25%) 4 3 3 2 1 1 0,70 2,8 2,1 2,1 1,4 0,7 0,7 T2 Taxa 2 (de 26% a 50%) 3 2 4 3 2 2 0,80 2,4 1,6 3,2 2,4 1,6 1,6 T3 Taxa 3 (de 51% a 75%) 2 1 5 4 4 4 0,90 1,8 0,9 4,5 3,6 3,6 3,6 T4 Taxa 4 (de 76% a 100%) 1 0 5 5 5 5 1,00 1,0 0,0 5,0 5,0 5,0 5,0

A.3.7. Cálculo da Pontuação

A pontuação relativa à Caracterização do Produto Principal (CR) será calculada pela divisão

entre a soma da pontuação obtida nos seis itens e a Pontuação Máxima possível, de acordo com o

enquadramento do projeto nas fases da cadeia da inovação (PMCR = 21,2: PB; PMCR = 20,4: PA; PMCR

= 26,0: DE; PMCR = 26,0: CS; PMCR = 26,0: LP; PMCR = 27,0: IM), como indicado pela seguinte

equação: CR = (FI + TP + AP + VF +PI + TI) / PMCR.

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A.4. INDICADORES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL (ICP)

A capacitação profissional será medida pelo número de monografias, dissertações e teses

defendidas por membros da equipe do projeto de P&D durante a execução do projeto de P&D ou pela

participação de membros da equipe do projeto de P&D em disciplinas de cursos de pós­graduação,

como aluno regular ou aluno especial.

Essas atividades serão ponderadas pelos seguintes aspectos:

a) Qualidade do programa de pós­graduação;

b) Pertinência/aderência do conteúdo da monografia, dissertação ou tese à pesquisa desenvolvida,

c) Impacto regional da capacitação (terão maior prioridade as regiões Norte, Nordeste e Centro­

Oeste, buscando incentivar a capacitação e o desenvolvimento científico e tecnológico nessas

regiões do País);

d) Impacto do diploma/certificado obtido para a instituição beneficiada.

A.4.1. Atividades de Capacitação Profissional

As atividades de capacitação profissional serão avaliadas pelo número de horas de formação

atribuído aos respectivos diplomas ou certificados, conforme Tabela A.12. O limite individual

indicado na respectiva tabela refere­se ao número máximo de horas de capacitação por membro da

equipe do projeto de P&D.

As atividades de capacitação devem ser vinculadas ao projeto e realizadas por instituição

reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), cujo curso de pós­graduação seja recomendado pela

Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Deverão ser comprovadas

pelos seguintes documentos comprobatórios: diploma; certificado de conclusão de curso; certificado

de participação ou histórico escolar, que devem ser emitidos pela instituição onde foi realizada a

capacitação.

Ressalta­se que as atividades de treinamento interno, incluindo aquelas desenvolvidas nas

Empresas por universidades corporativas e outras entidades não­acadêmicas de prestação de serviços

de treinamento e desenvolvimento não serão consideradas.

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Tabela A.12: Quantificação e pontuação das horas de atividade de formação.

Tipo de Diploma ou Cer tificado Obtido Dedicação

Pós­Doutorado

Número de horas de formação em programa de Pós­

Doutorado Stricto Sensu. Limite individual: 360h

Doutorado

Número de horas de formação em programa de

Doutorado Stricto Sensu. Limite individual: 900h

Mestrado

Número de horas de formação em programa de

Mestrado Stricto Sensu. Limite individual: 450h

Especialização

Número de horas de formação em programa de

Especialização Lato Sensu. Limite individual: 360h

Participação em disciplinas de programas de

pós­graduação Stricto Sensu

Número de horas efetivamente cursadas em

disciplinas de programa de pós­graduação Stricto Sensu, como aluno regular ou aluno especial.

Limite individual: 360h

O fator pertinência, especificado na Tabela A.13, busca avaliar a aderência da atividade

desenvolvida ao projeto de P&D, ou seja, do certificado obtido, de acordo com os seguintes níveis de

pertinência:

a) Alto: A monografia, dissertação, tese ou disciplina cursada é plenamente adequada às atividades

de P&D desenvolvidas no projeto;

b) Médio: A monografia, dissertação, tese ou disciplina cursada é parcialmente adequada às

atividades de P&D desenvolvidas no projeto;

c) Baixo: A monografia, dissertação, tese ou disciplina cursada não é adequada às atividades de P&D

desenvolvidas no projeto, não havendo ligação clara entre a atividade de formação e o projeto.

Tabela A.13: Ponderação da pertinência do diploma/certificado obtido ou da disciplina cursada para a

atividade de P&D desenvolvida no projeto.

Nível de Per tinência Fator de Per tinência Alto 1,00

Médio 0,50

Baixo 0,25

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O fator qualidade do curso de pós­graduação, expresso na Tabela A.14, visa qualificar a

atividade de formação realizada em programas de pós­graduação de reconhecida qualidade e liderança

científica e tecnológica, de acordo com a CAPES.

Tabela A.14: Ponderação da Qualidade dos Cursos de Pós Graduação.

Conceito Atr ibuído pela CAPES ao Programa de Pós Graduação

Fator Qualidade do Curso de Pós­ Graduação

3 0,80

4 0,90

5, 6, 7 1,00

O fator de prioridade regional expresso na Tabela A.15 busca incentivar a execução de

projetos por instituições localizadas em regiões do país com maior necessidade de formação de

recursos humanos.

Tabela A.15: Ponderação da prioridade regional da atividade de P&D desenvolvida no projeto.

Pr ior idade Regional Fator de Prior idade Regional Norte 1,00

Nordeste/Centro­Oeste 0,90

Sul/Sudeste 0,75

O fator instituição, expresso na Tabela A.16, busca quantificar o impacto ou importância da

capacitação profissional na instituição que pertence o profissional qualificado.

Tabela A.16: Ponderação do impacto da atividade de P&D na instituição beneficiada.

Instituição Fator Instituição Empresa de energia elétrica 1,00

Empresa de base tecnológica ou incubada 0,80

Instituição de pesquisa 0,60

Instituição de ensino superior 0,50

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A.4.2. Cálculo do Indicador

As horas dedicadas à capacitação profissional (dedicação) serão ponderadas pelos fatores de

pertinência, qualidade, regionalização, instituição, aderência e prioridade, conforme Tabela A.17.

Tabela A.17: Indicador de Capacitação Profissional.

Aderência Pontuação

CÓDIGO

Capacitação

Dedicação

Pertinência

Qualidade

Região

Institu

ição

PB PA DE CS LP IM

Priorid

ade

PB PA DE CS LP IM

CP1 Especialização 1 2 3 1 0 0 0,50 CP2 Mestrado 2 3 4 2 0 0 0,75 CP3 Doutorado 4 4 3 1 0 0 1,00 CP4 Pós­Doutorado 4 4 2 1 0 0 0,75

Além das ponderações acima indicadas, a importância do fator capacitação diminui à medida

que aumento o número de titulações ou horas de dedicação a um mesmo tipo de capacitação; isto é, a

segunda titulação terá um peso menor que a primeira, a terceira terá peso menor que a segunda, e

assim sucessivamente. Para isso, será extraída a raiz quadrada do número de horas de dedicação, de

modo que a pontuação de cada capacitação será calculada com base na seguinte expressão:

CPi = [Dedicaçãoi] 0,5 x [(Pertinênciai + Qualidadei + Regiãoi + Instituiçãoi)/4] x Aderênciai x

Prioridadei, com i variando de 1 a 4.

A pontuação relativa ao Indicador agregado de Capacitação Profissional (ICP) será a divisão

entre a soma da pontuação obtida em cada capacitação e a Pontuação Máxima admissível, de acordo

com o enquadramento do projeto nas fases da cadeia da inovação (PMICP = 165: PB; PMICP = 150: PA;

PMICP = 120: DE; PMICP = 30: CS; PMICP = “NA”: LP, IM), como indicado pela seguinte equação:

ICP = (CP1 + CP2 + CP3 + CP4) / PM ICP.

A.5. INDICADORES DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA (ICT)

Os projetos de P&D regulamentados pela ANEEL devem proporcionar contribuições

relevantes para o conhecimento científico e/ou tecnológico do setor de energia elétrica e,

conseqüentemente, do País.

A capacitação tecnológica será avaliada com base na produção acadêmica oriunda dos projetos

de P&D. Serão considerados nessa ponderação os seguintes itens:

a) Produção Técnico­Científica;

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b) Apoio à Infra­Estrutura;

c) Propriedade Industrial.

A.5.1. Produção Técnico­Científica

A produção técnico­científica gerada no âmbito de um projeto de P&D será ponderada pelos

critérios adotados pela CAPES na pontuação da produção científica nas diversas áreas do

conhecimento (QUALIS).

O QUALIS é uma lista de periódicos e anais de eventos científicos criada pela CAPES para

facilitar o trabalho de avaliação de qualidade das atividades de pós­graduação Stricto Sensu no Brasil. Nessa lista estão catalogados e avaliados milhares de veículos de publicação científica, divididos em

diversas categorias em termos de escopo (internacional, nacional e local) e de qualidade (A, B e C). A

utilização dessa lista permite que sejam computados e comparados diversos tipos de contribuição

científica, seguindo critérios consagrados de avaliação da pós­graduação no Brasil.

A lista QUALIS para todas as áreas do conhecimento se encontra disponível no portal

http://qualis.capes.gov.br/webqualis.

As pontuações atribuídas às publicações científicas nas diversas áreas do conhecimento são

diferentes, refletindo especificidades de cada área. As tabelas de pontuação utilizadas na avaliação

realizada em 2007 se encontram disponíveis no portal da CAPES, no seguinte vínculo ou endereço

eletrônico: http://www.capes.gov.br/avaliacao/criterios/avaliacao_trienal_2007.html .

O fator pertinência, especificado na Tabela A.18, busca avaliar a pertinência da produção

técnico­científica ao projeto de P&D, de acordo com os seguintes níveis:

a) Alto: A produção é conseqüência direta das atividades de P&D desenvolvidas no projeto;

b) Médio: A produção é conseqüência indireta das atividades de P&D desenvolvidas no projeto;

c) Baixo: A produção não está relacionada com as atividades de P&D desenvolvidas no projeto, não

havendo ligação clara entre a sua realização e os objetivos do projeto.

A produção técnico­científica do projeto será ponderada, portanto, pela sua pertinência,

aderência à cadeia da inovação e prioridade para o setor, conforme Tabela A.19. A pontuação relativa

a este item será obtida pela divisão entre a soma dos pontos para cada tipo de produção e a pontuação

máxima admissível, de acordo com o enquadramento do projeto nas fases da cadeia da inovação

(PMPTC = 330: PB; PMPTC = 200: PA; PMPTC = 165: DE; PMPTC = 75: CS; PMPTC = 15: LP; PMPTC =

“NA”: IM), como indicado pela seguinte equação: PTC = (PC1 + PC2 + ... + PC17) / PMPTC.

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Tabela A.18: Ponderação da pertinência da produção técnico­científica em relação à atividade de P&D

desenvolvida no projeto.

Nível de Per tinência Fator de Per tinência Alto 1,00

Médio 0,50

Baixo 0,00

Tabela A.19: Pontuação da Produção Técnico­Científica em Periódicos e Anais de Evento.

Aderência Pontuação

CÓDIGO

Produção Científica

Quantid

ade

Pertinência

P D I

Priorid

ade

P D I

PC1 Artigo em Periódico Internacional A 4 3 1 100 PC2 Artigo em Periódico Internacional B 4 3 1 50 PC3 Artigo em Periódico Internacional C 4 3 1 25 PC4 Artigo em Periódico Nacional A 4 3 2 40 PC5 Artigo em Periódico Nacional B 4 3 2 20 PC6 Artigo em Periódico Nacional C 4 3 2 10 PC7 Artigo em Periódico Local A 3 4 2 20 PC8 Artigo em Periódico Local B 3 4 2 10 PC9 Artigo em Periódico Local C 3 4 2 5 PC10 Artigo em Anais de Evento Internacional A 4 3 1 10 PC11 Artigo em Anais de Evento Internacional B 4 3 1 5 PC12 Artigo em Anais de Evento Internacional C 4 3 1 2 PC13 Artigo em Anais de Evento Nacional A 3 3 1 5 PC14 Artigo em Anais de Evento Nacional B 3 3 1 2 PC15 Artigo em Anais de Evento Nacional C 3 3 1 1 PC16 Livro Completo 4 2 1 40 PC17 Capítulo de Livro 4 2 1 5

A.5.2. Apoio à Infra­Estrutura

O apoio à infra­estrutura será avaliado com base nos seguintes aspectos: pertinência, que

determina a necessidade da infra­estrutura para a realização do projeto; regionalização, que busca

incentivar a melhoria da infra­estrutura nas regiões menos desenvolvidas do País; e instituição, que

busca identificar os impactos da infra­estrutura gerada nas atividades da instituição beneficiada.

O fator pertinência, especificado na Tabela A.20, busca avaliar a necessidade da infra­

estrutura para a realização do projeto de P&D, dentro da realidade da instituição executora, de acordo

com os seguintes níveis de pertinência:

a) Alto: A infra­estrutura é imprescindível para a realização do projeto e representa uma elevação na

capacidade de pesquisa da instituição;

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b) Médio: A infra­estrutura é necessária, porém não representa uma elevação na capacidade de

pesquisa da instituição. O projeto pode ser executado por meio da contratação de instalações de

terceiros;

c) Baixo: A infra­estrutura não é necessária para a realização do projeto pela instituição.

Tabela A.20: Ponderação da pertinência da infra­estrutura para o projeto.

Nível de Per tinência Fator de Per tinência

Alto 1,00

Médio 0,50

Baixo 0,00

O fator de prioridade regional, apresentado na Tabela A.21, busca incentivar a criação de

infra­estrutura em regiões menos desenvolvidas do País.

Tabela A.21: Ponderação da prioridade regional da infra­estrutura promovida pelo projeto.

Pr ior idade Regional Fator de Prior idade Regional

Norte 1,00

Nordeste/Centro­Oeste 0,90

Sul/Sudeste 0,75

O fator instituição, expresso na Tabela A.22, busca ponderar a prioridade para aplicação de

recursos em infra­estrutura na instituição beneficiada, dentro da realidade da instituição.

Tabela A.22: Ponderação da instituição beneficiada.

Instituição Fator Instituição

Empresa de energia elétrica 0,50

Empresa de base tecnológica ou incubada 0,60

Instituição de pesquisa 0,80

Instituição de ensino superior 1,00

A pontuação relativa à formação de infra­estrutura será baseada na seguinte expressão:

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PCi = Ocorrênciai x [(Pertinênciai + Regiãoi + Instituiçãoi)/3] x Aderênciai x Prioridadei, com i

variando de 18 a 21, e Ocorrênciai assumindo valor 0 ou 1.

A pontuação relativa ao subindicador de Melhoria na Infra­estrutura (MIE) será a divisão entre

a soma da pontuação obtida em cada capacitação e a Pontuação Máxima admissível, de acordo com o

enquadramento do projeto nas fases da cadeia da inovação (PMMIE = 4,0: PB, PA, LP; PMMIE = 3,0:

DE, CS; PMMIE = “NA”: IM), como indicado pela seguinte equação: MIE = (PC18 + PC19 + PC20 +

PC21) / PMMIE.

Tabela A.23: Pontuação da Formação Tecnológica.

Aderência Pontuação

CÓDIGO

Melhoria na Infra­estrutura

Ocorrência

Pertinência

Região

Institu

ição

PB PA DE CS LP IM Priorid

ade

PB PA DE CS LP IM

PC18 Cria Centro de Excelência 4 3 3 2 1 0 1,00 PC19 Equipa Laboratório 3 3 3 2 1 0 0,75 PC20 Cria Laboratório 4 4 3 2 1 0 1,00

PC21 Cria Empresa de Base Tecnológica 1 2 3 3 4 0 1,00

A.5.3. Propriedade Industrial

A propriedade industrial será avaliada com base na comprovação de solicitação de registro de

Patentes de Invenção ou de Modelos de Utilidade relevantes:

a) Patentes de Invenção: avanços do conhecimento técnico que combinem novidade, atividade

inventiva e aplicação industrial;

b) Modelo de Utilidade: objeto de uso prático, susceptível de aplicação industrial, que apresente nova

forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou

em sua fabricação;

c) Registro: direito de propriedade sobre software.

A propriedade intelectual será medida com base na quantidade de solicitações comprovadas,

na aderência à cadeia da inovação e na prioridade para o setor, conforme Tabela A.24. A pontuação

relativa à formação de infra­estrutura será baseada na seguinte expressão:

PCi = Ocorrênciai x Aderênciai x Prioridadei, com i variando de 22 a 24, e Ocorrênciai assumindo

valor 0 ou 1.

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A pontuação relativa ao subindicador de Propriedade Industrial (PI) será a divisão entre a

soma da pontuação obtida em cada capacitação e a Pontuação Máxima admissível, de acordo com o

enquadramento do projeto nas fases da cadeia da inovação (PMPI = 2,0: PB, LP; PMPI = 3,0: PA, CS;

PMPI = 4,0: DE; PMPI = “NA”: IM), como indicado pela seguinte equação: PI = (PC22 + PC23 +

PC24) / PMPI.

Tabela A.24: Pontuação da propriedade industrial gerada pelo projeto.

Aderência Pontuação

CÓDIGO

Propriedade Industrial Oc

orrência

PB PA DE CS LP IM

Priorid

ade

PB PA DE CS LP IM

PC22 Patente de Invenção 2 3 4 3 2 0 1,00 PC23 Patente de Modelo de Utilidade 2 3 4 3 2 0 0,75 PC24 Registro 2 3 4 3 2 0 0,75

A.5.4. Cálculo do Indicador

A pontuação relativa ao Indicador agregado de Capacitação Tecnológica (ICT) será a média

obtida considerando apenas os subindicadores (produção científica, apoio à infra­estrutura e

propriedade industrial) com valores não­nulos. Entretanto, deve­se, necessariamente, obter pontuação

no subindicador de produção científica, exceto para os casos em que houver pontuação no

subindicador de propriedade industrial.

A.6. INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS (ISA)

Os impactos socioambientais serão avaliados com base nos resultados do projeto de P&D em

termos de benefícios e/ou prejuízos ao meio ambiente e à sociedade.

Tais aspectos serão avaliados com base nos seguintes indicadores, que comporão o indicador

socioambiental (ISA):

a) Indicador de qualidade social (IQS);

b) Indicador de qualidade dos recursos naturais (IQA);

c) Indicador de potencial de mitigação de impactos negativos (IPM).

Os indicadores devem ser quantificados, considerando suas performances e qualificações, o

grau em que os resultados impactam positivamente as dimensões social e ambiental, tendo em vista os

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seguintes aspectos: i) atendimento dos objetivos propostos; ii) necessidade de ações regulatórias e de

políticas públicas de priorização socioambiental; iii) necessidade de minimização de riscos sociais e

ambientais, permitindo que os mesmos sejam identificados, analisados, e, se pertinente, planos de

contingência desenvolvidos; iv) garantia de que se ocorrer a aquisição de produtos e serviços eles

sejam sustentáveis, socialmente e ambientalmente; v) indução para o uso de tecnologias emergentes;

vi) substituição de produto importado por nacional sustentável.

A avaliação de cada indicador será fundamentada por uma escala ordinal, baseada nos

objetivos e resultados do P&D, e pela intensidade com que são apresentados os impactos

socioambientais. Dessa forma, contempla­se um nível de situação Ruim, Razoável, Bom ou Ótimo,

respectivamente, ponderado por uma escala de quatro valores (de 1 a 4), permitindo a identificação de

situações intermediárias entre as melhores e piores condições, sem apresentar um número excessivo de

valores que não expressam maior precisão na avaliação.

A qualificação qualitativa dos indicadores resulta da caracterização da alteração do status quo social e degradação do ambiente ocasionado pelos resultados dos projetos e pelas medidas adotadas

para a manutenção da qualidade ambiental e garantia de ganhos sociais, no longo prazo. A

qualificação quantitativa dos indicadores resulta da ponderação dos indicadores pelos tomadores ou

grupos de tomadores de decisão.

A.6.1. Indicador de Qualidade Social – IQS

O indicador de qualidade social busca identificar o desenvolvimento sustentável local e

regional, preservando o patrimônio histórico e cultural, saúde e bem estar das comunidades de forma

eqüitativa, sem riscos com perspectiva de longo prazo, interagindo com o terceiro setor em uma

perspectiva de ampliação dos canais de informação.

São avaliados os seguintes aspectos:

a) Nível de Intrusão Visual (ISA1): Fator das modificações estéticas e paisagísticas, riscos a

monumentos e sítios arqueológicos, conforme Tabela A.25.

Tabela A.25: Matriz de Intrusão Visual.

Peso Significado

1 Apresenta efeitos e impactos significativos

2 Apresenta efeitos médios, danos não consideráveis e algum tipo de impacto na dinâmica social

3 Apresenta poucos efeitos e danos de pequena monta

4 Não apresenta efeitos sociais e ambientais negativos

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b) Nível de Oportunidades Sociais (ISA2): Fator das modificações locais e regionais nas

oportunidades turísticas, culturais e de lazer da população, conforme Tabela A.26.

Tabela A.26: Matriz de Oportunidades Sociais.

Peso Significado

1 Ausente de oportunidades

2 Apresenta poucas oportunidades

3 Apresenta oportunidades visíveis, mas não de caráter universal

4 Apresenta oportunidades visíveis e passíveis de avaliação qualitativa e quantitativa

c) Equidade, Segurança e Risco (ISA3): Fator de retorno para a sociedade em termos de equidade,

segurança e risco, conforme Tabela A.27.

Tabela A.27: Matriz de Equidade, Segurança e Risco.

Peso Significado

1 Impacto negativo e irreversível

2 Impacto negativo e reversível

3 Impacto positivo local e regional

4 Impacto positivo estratégico

d) Serviços Comunitários (ISA4): Fator de impactos positivos em serviços comunitários (escolas,

bibliotecas e inclusão social da população), conforme Tabela A.28.

Tabela A.28: Matriz de impacto de serviços comunitários.

Peso Significado

1 Impacto negativo e reversível

2 Indiferente

3 Impacto positivo local e regional

4 Impacto positivo estratégico

A pontuação do Indicador de Qualidade Social (IQS) será a soma da pontuação obtida em

cada indicador individual, como indicado pela seguinte equação: IQS = ISA1 + ISA2 + ISA3 + ISA4.

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A.6.2. Indicador de Qualidade dos Recursos Naturais – IQA

O indicador de qualidade dos recursos naturais busca identificar a conservação da

biodiversidade e o uso racional da água e dos recursos naturais, através de incentivos a projetos de

P&D que estimulem melhoria da eficiência energética e o uso racional de energia.

Serão avaliados os seguintes aspectos:

a) Contaminação da Água (ISA5): Fator de contaminação da água doce, afetando usos recreativos de

lagos, reservatórios, estuários, regiões costeiras, conforme Tabela A.29.

Tabela A.29: Contaminação da Água.

Peso Significado

1 Contaminação classe 4

2 Contaminação classe 3: consumo humano com tratamento avançado

3 Contaminação classe 2: consumo humano com tratamento convencional

4 Contaminação classe 1: consumo humano com tratamento simplificado

b) Contaminação do Ar (ISA6): Fator de contaminação do ar afetando a saúde das comunidades ou

regiões, nos vários segmentos etários, conforme Tabela A.30.

Tabela A.30: Matriz dos efeitos poluição ar e solo na saúde pública.

Peso Significado

1 Efeitos negativos com expansão para fora da área de influência

2 Efeitos negativos no entorno da ação

3 Efeitos positivos locais

4 Efeitos positivos com expansão regional

c) Contaminação do Solo (ISA7): Fator de contaminação por resíduos sólidos impactando a biota

solos e águas superficiais e subterrâneas, conforme Tabela A.31.

Tabela A.31: Geração de RS nocivos ao meio ambiente.

Peso Significado

1 Geração em grandes proporções (classe 1): perigosos

2 Geração quantidades pequenas (classe 1): perigosos

3 Geração quantidades médias similar ao lixo doméstico c/ reciclagem (classe 2): não inertes

4 Geração quantidades pequenas similar ao lixo doméstico c/ reciclagem (classe 1): inerte

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d) Alterações Climáticas (ISA8): Fator de alterações climáticas, conforme Tabela A.32.

Tabela A.32: Graus de alavancagem.

Peso Significado

1 Forte indutor de alterações climáticas

2 Médio indutor de alterações climáticas

3 Baixo indutor de alterações climáticas

4 Inerte em termos de alterações climáticas

A pontuação do Indicador de Qualidade de Recursos Naturais (IQA) será a soma da pontuação

obtida em cada indicador individual, como indicado pela seguinte equação: IQA = ISA5 + ISA6 +

ISA7 + ISA8.

A.6.3. Indicador de Potencial de Mitigação de Impactos Negativos – IPM

O IPM busca identificar respostas a pressões socioambientais por meio do controle dos

impactos negativos e potencialização dos impactos positivos. Busca­se ampliar o conhecimento

científico e prático dos aspectos relacionados às dimensões social e ambiental, incluindo a afetação da

matriz energética, atuando de forma preventiva e incentivando projetos de P&D orientados para

programas e práticas de proteção das pessoas e do meio ambiente.

Serão avaliados os seguintes aspectos:

a) Impactos Socioambientais (ISA9): Fator de mitigação de impactos sociais e ambientais negativos,

conforme Tabela A.33.

Tabela A.33: Matriz de valoração da mitigação social e ambiental.

Peso Significado

1 Ações ausentes

2 Ações marginais

3 Presente em pelo menos metade das ações

4 Pré­condição em todas as ações do P&D

b) Sustentabilidade (ISA10): Fator de tecnologia/produto emergente sustentável, substituindo

importação, conforme Tabela A.34.

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Tabela A.34: Matriz de valoração por tecnologias/produtos emergentes.

Peso Significado

1 Ações ausentes

2 Ações marginais

3 Presente em pelo menos metade das ações

4 Pré­condição em todas as ações do P&D

c) Nova Competência (ISA11): Fator de desenvolvimento de competência técnica em centros de

pesquisa, concessionárias e universidades, conforme Tabela A.35.

Tabela A.35: Matriz de valoração do desenvolvimento de competências.

Peso Significado

1 Ações ausentes

2 Ações marginais

3 Presente em pelo menos metade das ações

4 Pré­condição em todas as ações do P&D

d) Matriz Energética (ISA12): Fator de afetação a matriz energética, conforme Tabela A.36.

Tabela A.36: Matriz de impacto na Matriz Energética.

Peso Significado

1 Impacto negativo

2 Indiferente

3 Impacto positivo local e regional

4 Impacto positivo estratégico (País)

A pontuação do Indicador de Potencial de Mitigação de Impactos Negativos (IPM) será a

soma da pontuação obtida em cada indicador individual, como indicado pela seguinte equação: IPM =

ISA9 + ISA10 + ISA11 + ISA12.

A.6.4. Cálculo do Indicador

A pontuação do Indicador agregado Socioambiental (ISA) será obtida pela divisão entre a

soma da pontuação dos indicadores de qualidade social, qualidade dos recursos ambientais e potencial

de mitigação de impactos negativos e a Pontuação Máxima possível (PMISA), como indicado pela

seguinte equação: ISA = (IQS + IQA + IPM) / (PM ISA).

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A PMISA assume valores diferentes para projetos desenvolvidos em fases distintas da cadeia da

inovação, como indicado na Tabela A.37. Ressalta­se que esta tabela também se aplica quando do

cálculo dos indicadores IQS, IQA e IPM.

Tabela A.37: Cálculo da pontuação do Indicador agregado de Impacto Socioambiental – ISA.

Fase da Pesquisa

ISA1

ISA2

ISA3

ISA4

ISA5

ISA6

ISA7

ISA8

ISA9

ISA10

ISA11

ISA12

ISA

PMISA

Pesquisa Básica Dirigida NA NA NA NA NA NA NA 20

Pesquisa Aplicada NA NA NA NA NA NA NA 24

Desenvolvimento Experimental NA NA NA NA NA 28

Cabeça­de­Série NA NA NA 36

Lote Pioneiro NA 44

Inserção no Mercado 48

NA: O indicador não se aplica

A.7. INDICADORES ECONÔMICOS (IEC)

Neste item, avaliam­se os impactos econômicos decorrentes da aplicação dos resultados do

projeto. Os benefícios econômicos devem ser demonstrados por meio de um estudo de viabilidade

econômica ou de uma avaliação da expectativa de retorno do investimento realizado, com horizonte de

tempo definido, tomando como referência os custos de execução do projeto e de aplicação de seus

resultados e os benefícios decorrentes de sua implantação.

Entre os parâmetros ou indicadores para avaliação do impacto econômico para projetos

enquadrados nas fases “Pesquisa Aplicada”, “Desenvolvimento Experimental”, “Cabeça­de­Série”,

“Lote Pioneiro” ou “Inserção no Mercado”, destacam­se os seguintes: Produtividade, Qualidade de

fornecimento, Gestão de ativos, Perdas não­técnicas, Previsão de mercado, Eficiência energética. Cada

um desses parâmetros será desagregado em dois ou mais indicadores, como apresentado nas tabelas a

seguir.

O impacto do projeto em cada um dos indicadores deverá ser informado percentualmente e em

unidades monetárias, Reais. O benefício econômico de cada indicador será a soma, em Reais, dos

valores informados para cada subindicador.

A Empresa poderá usar outro(s) indicador(es) que julgar conveniente(s), desde que se aplique

o critério da percentualidade e respectivo benefício econômico.

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Caso não se aplique nenhum dos indicadores supracitados ou a percentualidade/benefício

econômico do impacto seja de difícil mensuração, notadamente nas fases “Pesquisa Básica Dirigida” e

“Pesquisa Aplicada”, visto que se trata de uma pesquisa ou desenvolvimento tecnológico, a

razoabilidade dos custos do projeto ou dos investimentos previstos e/ou realizados poderá ser avaliada

pelos resultados em termos de capacitação profissional e tecnológica.

A.7.1. Produtividade

A melhoria de produtividade pode ser decorrência de mudanças nos processos operacionais ou

administrativos da Empresa, reduzindo homem­hora, materiais, insumos e/ou tempo de execução da(s)

atividade(s), como indicado na Tabela A.38.

O benefício econômico de Produtividade será a soma, em Reais, dos valores informados para

cada subindicador.

Tabela A.38: Impactos sobre a produtividade das atividades da Empresa.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC1 Redução de Homem­Hora

IEC2 Redução de Insumos

IEC3 Redução de Tempo

A.7.2. Qualidade do Fornecimento

A melhoria da qualidade dos serviços prestados pode ser avaliada pela redução do índice de

reclamações, dos índices de continuidade (DEC, FEC e TMA) e dos índices de qualidade da energia

fornecida, como VTCDs e outros distúrbios na rede, como indicado na Tabela A.39.

O benefício econômico de Qualidade será a soma, em Reais, dos valores informados para

cada subindicador.

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Tabela A.39: Impactos sobre a qualidade dos serviços da Empresa.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC4 Redução de DEC, FEC e TMA

IEC5 Redução de VTCDs e Outros Distúrbios

IEC6 Redução do Índice de Reclamações

A.7.3. Gestão de Ativos

Os ganhos econômicos decorrentes da melhoria na gestão de ativos da Empresa podem ser

decorrentes da redução ou da postergação de investimentos na expansão ou manutenção do sistema

elétrico, bem como da redução do índice de roubo de equipamentos ou materiais, como indicado na

Tabela A.40.

O benefício econômico de Gestão de Ativos será a soma, em Reais, dos valores informados

para cada subindicador.

Tabela A.40: Impactos sobre a gestão de ativos nas atividades da Empresa.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC7 Postergação de Investimento

IEC8 Investimento Evitado

IEC9 Redução de Roubos e Furtos

A.7.4. Perdas Não­Técnicas

As perdas comerciais ou não­técnicas podem ser reduzidas pelo combate a fraudes e desvios,

erros de medição e faturamento ou pela redução de inadimplência nas diversas classes de consumo:

residencial, industrial, comercial, rural, poder público, iluminação pública e serviço público, como

indicado na Tabela A.41.

O benefício econômico de Perdas Não­Técnicas será a soma, em Reais, dos valores

informados para cada subindicador.

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Tabela A.41: Impactos sobre as perdas não­técnicas da Empresa.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC10 Redução de Inadimplência

IEC11 Redução de Fraudes e Desvios

IEC12 Redução de Erros de Medição

IEC13 Redução de Perdas Indenizatórias

A.7.5. Mercado da Empresa

Um projeto de P&D pode impactar o mercado de energia da Empresa e de outras empresas do

setor, reduzindo o custo da energia gerada ou adquirida e/ou os erros de previsão do mercado futuro de

energia elétrica, como indicado na Tabela A.42.

O benefício econômico de Mercado da Empresa será a soma, em Reais, dos valores

informados para cada subindicador.

Tabela A.42: Impactos sobre o mercado de energia elétrica da Empresa.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC14 Redução no Custo da Energia

IEC15 Redução nos Erros de Previsão

A.7.6. Eficiência Energética

Um projeto de P&D pode proporcionar ganhos econômicos decorrentes da melhoria da

eficiência energética na oferta de energia (geração, transmissão e distribuição) ou no uso final. No

lado da oferta, pode ser decorrência de aumento na eficiência do sistema de geração, transmissão e/ou

distribuição de energia, aumentando, assim, a capacidade e/ou confiabilidade do sistema. Do lado da

demanda, pode ser decorrência de aumento na eficiência dos equipamentos de uso final, gerando

economia de energia (kWh) ou reduzindo demanda no horário de ponta do sistema (kW). Os

subindicadores de eficiência energética estão apresentados na Tabela A.43.

O benefício econômico de Eficiência Energética será a soma, em Reais, dos valores

informados para cada subindicador.

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Tabela A.43: Impactos sobre a eficiência energética no lado da oferta e do uso final.

Código Indicador Impacto (% ) Benefício Econômico (R$)

IEC16 Aumento da Demanda Disponível (Oferta)

IEC17 Aumento da Energia Disponível (Oferta)

IEC18 Redução de Demanda (Uso Final)

IEC19 Energia Economizada (Uso Final)

A.7.7. Razoabilidade dos Custos para Projetos “Pesquisa Básica Dirigida” ou

“Pesquisa Aplicada”

A razoabilidade dos custos para projetos “Pesquisa Básica Dirigida” ou “Pesquisa Aplicada”

será avaliada com base na capacitação profissional e no apoio à infra­estrutura. Este último será

apenas empregado caso seja pertinente ao projeto, conforme indicado na Tabela A.23.

A pontuação do indicador de razoabilidade dos custos relativos aos recursos humanos (RRH)

será obtida pela divisão entre o somatório da quantidade de horas de dedicação ao projeto para cada

membro a se capacitar e o total de horas alocado para a equipe, considerando apenas os pesquisadores

nominalmente identificados no projeto. A pontuação referente a tal indicador será obtida conforme

indicada na Tabela A.44.

Tabela A.44: Pontuação da Razoabilidade dos Custos Relativos a Recursos Humanos (RRH).

RRH Pontuação

RRH ≥ 0,6 1,00

0,5 ≤ RRH < 0,6 0,90

0,4 ≤ RRH < 0,5 0,80

0,3 ≤ RRH < 0,4 0,70

0,2 ≤ RRH < 0,3 0,60

RRH < 0,2 0,00

A pontuação do indicador de razoabilidade dos custos relativos aos recursos sob as rubricas

“Materiais Permanentes” e “Equipamentos” será obtida pela pontuação atribuída ao nível de

pertinência do conjunto de recursos para o desenvolvimento do projeto, conforme indicada na Tabela

A.45.

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Tabela A.45: Pontuação da Razoabilidade dos Custos Relativos a Materiais e Equipamentos.

Nível de Per tinência Pontuação

Total 1,00

Elevada 0,75

Média 0,50

Reduzida 0,25

Nula 0,00

Tabela A.46: Razoabilidade dos Custos do Projeto.

Código Indicador Pontuação

IRR1 Capacitação Profissional

IRR2 Apoio à Infra­Estrutura

A.7.8. Cálculo do Indicador

Para os projetos enquadrados na fase “Pesquisa Básica Dirigida” ou “Pesquisa Aplicada”, o

Indicador Econômico do projeto (IEC) será obtido pela divisão entre a soma das pontuações atribuídas

aos indicadores de razoabilidade dos custos apresentados e a Pontuação Máxima possível (PMIEC),

como indicado pela seguinte equação: IEC = (IRR1 + IRR2) / (PM IEC). A PMIEC poderá assumir os

seguintes valores: 1, quando apenas IRR1 for aplicável ao projeto; 2, quando ambos os indicadores

forem aplicáveis ao projeto.

Para os projetos enquadrados nas demais fases da cadeia da inovação, o Indicador Econômico

do projeto (IEC) será obtido pela soma de todos os benefícios econômicos (BE) identificados para os

indicadores apresentados nos itens A.7.1 a A.7.6: BE = (IEC1 + IEC2 + IEC3 + ... + IEC19). O

Indicador Econômico (IEC) será obtido pela pontuação (PIE) atribuída ao projeto, com base nos

benefícios econômicos, sendo obtida pela divisão entre o custo de desenvolvimento e implantação do

produto principal (CP) no parque da empresa, com base nas informações fornecidas nas Tabelas A.10 e

A.11, e os benefícios econômicos (BE): PIE = CP/BE e determinado conforme Tabela A.47. Tanto os

custos quanto os benefícios supracitados devem estar no Valor Presente, calculado com taxa de

desconto de 12% a.a.

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Tabela A.47: Pontuação do projeto quanto aos indicadores econômicos.

PIE IEC

PIE < 0,2 1,00

0,2 ≤ PIE < 0,3 0,95

0,3 ≤ PIE < 0,4 0,90

0,4 ≤ PIE < 0,5 0,85

0,5 ≤ PIE < 0,6 0,80

0,6 ≤ PIE < 0,7 0,75

0,7 ≤ PIE < 0,8 0,70

0,8 ≤ PIE < 0,9 0,65

0,9 ≤ PIE < 1,0 0,60

PIE ≥ 1 0,0

A.8. CÁLCULO DA PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA AO PROJETO

A pontuação atribuída ao projeto será a média ponderada das pontuações recebidas em cada

um dos indicadores agregados. A Tabela A.45 apresenta a proporção de cada indicador agregado ou

componente da avaliação, segundo sua aderência às fases da cadeia da inovação.

A nota de um projeto (NP) será obtida pela pontuação atribuída ao projeto, limitada ao

intervalo de 0 a 1, multiplicada por 10, sendo expressa pela seguinte expressão: NP = 10 x (PEP x EP +

PCR x CR + PICP x ICP + PICT x ICT + PISA x ISA + PIEC x IEC)/(PEP + PCR + PICP + PICT + PISA + PIEC),

sendo PEP, PCR, PICP, PICT, PISA e PIEC os pesos atribuídos a EP, CR, ICP, ICT, ISA e IEC,

respectivamente, perante as fases da cadeia da inovação.

Tabela A.45: Ponderação dos Indicadores do Projeto em Função da Fase da Cadeia da Inovação.

Fase da Cadeia da Inovação de Execução do Pr ojeto EP CR ICP ICT ISA IEC

Pesquisa Básica Dirigida 3 1 4 4 2 1

Pesquisa Aplicada 3 3 2 2 2 2

Desenvolvimento Experimental 3 3 1 1 2 3

Cabeça­de­Série 3 4 NA 1 2 4

Lote Pioneiro 3 4 NA 1 2 4

Inserção no Mercado 3 4 NA NA 2 4

NA: O indicador não se aplica