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Manual Informativo para Produo de Mudas em
Viveiros Florestais
Elaborado por:
Eng Alexandre Luis Almeida Vilella Eng Guilherme Amstalden Valarini
Americana 2009
1
APOIO
COLABORADORES
Prefeitura Municipal
de Piracicaba
Prefeitura Municipal
de Capivari
SUMRIO 1 INTRODUO ................................................................................................. 1
1.1 Situao Atual .................................................................................................... 1 1.2 As Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia ................................. 2 1.3 O Consrcio PCJ ............................................................................................... 3
1.3.1 O Programa de Proteo aos Mananciais ........................................................... 6 2 IMPLANTAO E MANUTENO DE VIVEIROS FLORESTAIS.................. 7
2.1 Caracterizao .................................................................................................... 7 2.1.1 Condies Bsicas .............................................................................................. 7
2.1.1.1 Facilidade de acesso ............................................................................... 7 2.1.1.2 Orientao ................................................................................................. 8 2.1.1.3 Suprimento de gua e energia eltrica ................................................ 8 2.1.1.4 Solo ............................................................................................................ 8 2.1.1.5 Facilidade de obteno da Mo de Obra ............................................. 8 2.1.1.6 Declividade da rea ................................................................................. 9 2.1.1.7 Luz .............................................................................................................. 9 2.1.1.8 Topografia ................................................................................................. 9 2.1.1.9 Drenagem ............................................................................................... 10 2.1.1.10 Quebra-vento ...................................................................................... 10 2.1.1.11 Proteo .............................................................................................. 11
2.1.2 rea do Viveiro ................................................................................................ 12 2.1.3 Tipos de Viveiros ............................................................................................. 12
2.2 Administrao e Controle ............................................................................. 13 2.3 Infraestrutura .................................................................................................... 14
2.3.1 Materiais Bsicos Utilizados ............................................................................ 15 2.4 Produo de Mudas ........................................................................................ 16
2.4.1 Canteiros e Sementeiras.................................................................................... 16 2.4.2 Recipientes ....................................................................................................... 18
2.4.2.1 Escolha dos recipientes: ....................................................................... 18 2.4.3 Substratos ......................................................................................................... 20
2.4.3.1 Tipos de substratos usados no Pas ................................................... 20 2.4.3.2 Organismos benficos ao substrato ................................................... 21
2.4.4 Micorrizas ......................................................................................................... 22 2.4.5 Semeadura ........................................................................................................ 23
2.4.5.1 Quebra de dormncia de Sementes: .................................................. 23 2.4.5.2 poca de Semeadura ........................................................................... 26 2.4.5.3 Profundidade de Semeadura em Sementeiras ................................. 26 2.4.5.4 Cobertura de Canteiros ......................................................................... 27 2.4.5.5 Abrigo de Canteiros ............................................................................... 27
2.4.6 Irrigao ............................................................................................................ 28 2.4.7 Repicagem ........................................................................................................ 28 2.4.8 Doenas ............................................................................................................ 29 2.4.9 Qualidade das Mudas ....................................................................................... 30 2.4.10 Legislao Pertinente .................................................................................... 31
2.5 Lista de Espcies Nativas da Regio Indicadas para Produo ........ 31 2.6 Produtores de Sementes ............................................................................... 31
3 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 34 - Anexo I Lista de Espcies Nativas da Regio Indicadas para Produo
1
1 INTRODUO
1.1 Situao Atual
A Mata Atlntica, que h 498 anos encheu os olhos dos portugueses to
logo aportaram no Brasil, est agonizando. Da vegetao
original, que cobria 1,2 milhes de quilmetros quadrados,
restam apenas 7%.
A devastao florestal preocupa brasileiros e
ambientalistas do mundo todo, pois interfere na fauna,
destri espcies da flora, contribui para a poluio da gua, do ar, das chuvas
cidas, do efeito estufa e a comercializao ilegal de madeiras nobres.
O Desmatamento ciliar contribui para o esgotamento das fontes de gua
natural prejudicando o abastecimento, deixa o solo sem proteo das razes das
rvores, impedindo a eroso.
Quando a cobertura florestal, a chuva molha primeiro a folhagem, para
depois ir lentamente chegando ao solo, penetrando gradativamente at atingir
camadas mais profundas. O solo coberto com floresta garante maior
permeabilidade, tornando-se capaz de absorver a gua proveniente de chuvas
torrenciais de vero. J em solos desmatados, com baixa densidade de cobertura
vegetal, essas chuvas alcanam rapidamente o solo, e este, por ter menor
permeabilidade gua, permite que o excesso comece a escorrer pela superfcie,
gerando eroso e arrastando partculas de solo para o leito dos rios, processo
chamado de assoreamento. O desmatamento tem como saldo um abastecimento
menor dos lenis de gua, ao mesmo tempo em que acentua as enchentes, pelo
escorrimento superficial com acrscimo rpido de grandes volumes de gua aos
leitos reduzidos pelo assoreamento.
O viveiro de mudas um dos instrumentos, talvez o de maior importncia
dentro do processo de recuperao das matas ciliares, pois serve como clula
reprodutora das espcies vegetais nativas da Mata Atlntica, disponibilizando uma
quantidade significativa de mudas dos vrios ecossistemas encontrados na regio,
com a finalidade de atender a demanda ambiental de uma Bacia.
2
1.2 As Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia
As bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundia tm 15.303 km2 que esto
em sua maior parte no Estado de So Paulo (92,6%) e o restante (7,4%) no
Estado de Minas Gerais. As bacias PCJ so compostas por 76 municpios dos
quais 61 tm sede nas reas de drenagem da regio. Desses, 57 esto no Estado
de So Paulo e 4 em Minas Gerais. Dos municpios que tm territrio na regio
PCJ e sede em outras bacias, 14 esto em So Paulo e 1 em Minas Gerais.
Com aproximadamente 5 milhes de habitantes, a regio considerada
uma das mais importantes do Brasil devido ao seu desenvolvimento econmico,
que representa cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional.
No entanto, a escassez dos recursos hdricos ameaa toda essa
prosperidade. A produo de gua durante a estiagem fica em situao crtica
para o abastecimento, cuja demanda de 14,5 m3/s para uso industrial, 9,1 m3/s
para consumo rural e 17,3 m3/s para uso urbano. A situao se agrava com a
reverso de 31 m/s de gua, pelo Sistema Cantareira, para o abastecimento de
aproximadamente 50% da populao da Regio Metropolitana de So Paulo,
cerca de 8,1 milhes de pessoas.
A m qualidade da gua tambm contribui para a escassez na regio das
bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia, que dispem atualmente de 36%
do esgoto domstico tratado e de 75% das cargas industriais removidas. Os rios
recebem uma carga remanescente de cerca de 157 tDBO/dia de esgotos
domsticos e 83 tDBO/dia de efluentes industriais.
3
Figura 1 Mapa de localizao das bacias PCJ - Fonte: CONSRCIO PCJ, 2005.
1.3 O Consrcio PCJ
O Consrcio Intermunicipal das bacias Hidrogrficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundia uma associao civil de direito privado, sem fins lucrativos,
fundado em 13 de outubro de 1989, compostos por municpios e empresas, que
tem como objetivo a recuperao dos mananciais de sua rea de abrangncia. A
base do trabalho da entidade est na conscientizao de todos os setores da
sociedade sobre a problemtica dos recursos hdricos da regio, no planejamento
e no fomento as aes de recuperao dos mananciais.
O Consrcio constitui-se numa fora poltica suprapartidria expressiva.
Devido ao pioneirismo de suas aes em gesto dos recursos hdricos, conta com
grande respeitabilidade junto a opinio pblica e considerado um modelo de
instituio, cuja experincia divulgada em todo o pais e no exterior. Junto s
autoridades estaduais, federais e internacionais age com o objetivo de obter os
recursos financeiros para as obras de saneamento necessrias para a
recuperao e preservao dos rios.
4
Com as prefeituras, servios de saneamento e empresas consorciadas vem
trabalhando para aumentar o tratamento de esgoto, reduzir as perdas nos
sistemas de distribuio e aumentar o reuso da gua. Alm disso, o Consrcio
vem promovendo a proteo aos mananciais atravs do reflorestamento ciliar, a
educao ambiental, projetos de resduos slidos, entre outras aes.
As aes da entidade esto baseadas nos seguintes programas:
Apoio aos Consorciados - auxilia os municpios na preparao de projetos e
documentos exigidos pelos rgos gestores e financiadores para obteno de
recursos necessrios para a implementao de obras e aes que signifiquem
melhoria na qualidade dos rios de nossas bacias hidrogrficas, principalmente
atravs de tratamento dos esgotos.
Assessoria de Comunicao Social - promove o contato de agentes externos
(rgos de imprensa, pesquisadores, estudantes) com o trabalho de
conscientizao, de fomento e de planejamento desenvolvido pelo Consrcio
Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia, visando
recuperao dos recursos hdricos. O acesso s informaes sobre esse trabalho
de interesse pblico acontece por meio de uma linguagem simples e organizada.
Combate s Perdas, Racionalizao e Saneamento - objetiva o atendimento
aos consorciados nessas reas, objetivando a criao de culturas regionais de
combates s perdas de gua em sistemas de abastecimento pblico, projetos de
tratamento de esgotos.
Educao Ambiental - desenvolvimento de aes que promovam a
sensibilizao e a conscientizao dos problemas e solues relacionados ao
gerenciamento, conservao e proteo dos recursos hdricos e do meio
ambiente.
Gerncia de Parcerias - busca de sustentabilidade abertura de novas frentes de
captao de recursos financeiros junto a empresas interessadas na recuperao
5
dos recursos hdricos, na qualidade de vida e no meio ambiente da regio PCJ,
atravs do projeto Colaboradores Ambientais.
Gesto de Bacias - visa participar ativamente da construo e implantao de um
sistema descentralizado de gesto dos recursos hdricos na regio, com a
participao dos Poderes Pblicos, dos Usurios da gua e das Comunidades,
proporcionando condies para os mltiplos usos dos recursos hdricos,
minimizando os conflitos entre seus usurios e contribuindo para o
desenvolvimento econmico regional.
Grupo das Empresas - objetiva integrar o segmento das empresas s atividades
gerais do Consrcio PCJ e, quando necessrio, desenvolver programas especiais,
principalmente nos temas: resduos slidos, reuso da gua e cobrana pelo uso da
gua. Participam tambm das discusses que tangem o segmento privado no
Sistema de Gesto de Recursos Hdricos.
Proteo aos Mananciais - busca proteger os mananciais de abastecimento
pblico atuais e futuros visando garantia de gua de qualidade para toda a
populao das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia, atravs do
reflorestamento ciliar, produo de mudas florestais nativas para distribuio aos
proprietrios rurais procurando envolver a comunidade, utilizando tcnicas
corretas de plantio, visando conservao do solo e minimizando a utilizao de
produtos qumicos, aplicando os princpios do Cdigo Florestal e da Lei de
Proteo aos Mananciais do Estado de So Paulo.
Resduos Slidos - fomenta a conscientizao e o planejamento de polticas
pblicas municipais e regionais de resduos slidos, visando o estabelecimento de
um sistema integrado e participativo de gerenciamento dos resduos slidos nas
bacias PCJ.
Sistema de Monitoramento das guas - organiza a participao dos municpios
consorciados no sistema de monitoramento das guas das bacias PCJ, fomentar
6
aes visando racionalizao pelo uso da gua e o combate ao desperdcio e
contribuir com o planejamento regional da regio buscando a garantia futura de
gua em quantidade e qualidade.
Programa de Investimento - experincia de cobrana voluntria pelo uso de
recursos hdricos, onde por vontade espontnea, a contribuio de investimento
efetuada por alguns consorciados, os quais repassam ao Consrcio R$ 0,01 por
cada mil litros consumidos. A arrecadao e a aplicao dos recursos financeiros
do Programa de Investimento sos feitas por sub-bacias de modo a exercitar um
modelo descentralizado de gesto dos recursos hdricos, de acordo com as
legislaes vigentes.
1.3.1 O Programa de Proteo aos Mananciais
O Programa de Proteo aos Mananciais foi criado em 1991 com o objetivo
de proteger os mananciais de uso pblico atuais e futuros visando garantia de
gua de qualidade para toda a populao das bacias dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundia, atravs do reflorestamento ciliar, produo de mudas florestais
nativas para distribuio aos proprietrios rurais procurando envolver a
comunidade, utilizando tcnicas corretas de plantio, visando conservao do
solo e minimizando a utilizao de produtos qumicos, aplicando os princpios do
Cdigo Florestal e da Lei de Proteo aos Mananciais do Estado de So Paulo.
O Programa de Proteo aos Mananciais j desenvolveu projetos em
parceria com municpios, promotoria pblica, casas de agricultura, DEPRN,
Ministrio do Meio Ambiente, Fundo Estadual dos Recursos Hdricos (FEHIDRO),
entre outros, tendo plantado e doado aproximadamente 2 milhes de mudas
florestais nativas nas bacias PCJ. Todos como experincia piloto na linha do
fomento, planejamento e conscientizao. O valor e amplitude de tal iniciativa
algo para avaliao das futuras geraes.
O PPM tambm tem fornecido assistncia tcnica aos municpios e as
empresas consorciadas na elaborao de projetos de reflorestamento e na
produo de mudas florestais. Entre outras atividades do programa esto: a
7
realizao de plantios comunitrios, a apresentao de palestras e seminrios, a
promoo de campanhas de cadastramento de proprietrios rurais para a
recomposio da matas ciliares, alm da participao em congressos e
premiaes.
Os resultados destas aes permitiram beneficiar milhes de habitantes nas
Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia, uma vez que, a medida em que se
procura garantir a disponibilidade hdrica na bacia, todos os usurios so
beneficiados.
No entanto, dado que o processo de preservao da qualidade/quantidade
da gua deve ser contnuo, particularmente quando envolve aes de
reflorestamento ciliar, fica clara a necessidade de continuidade expanso das
atividades, envolvendo sociedade civil e outras parcerias.
2 IMPLANTAO E MANUTENO DE VIVEIROS FLORESTAIS
2.1 Caracterizao
2.1.1 Condies Bsicas
Entende-se por viveiro florestal um determinado local onde so
concentradas todas as atividades de produo de mudas florestais. O primeiro
ponto a se considerar na implantao de um viveiro a sua capacidade produtiva,
em termos de quantidade de mudas nas diferentes pocas. Isso ir definir o
tamanho e a estrutura do viveiro. Para a escolha do local onde ser instalado o
viveiro, deve-se levar em considerao os seguintes aspectos:
2.1.1.1 Facilidade de acesso
necessrio que o acesso possibilite o fcil trnsito de caminhes, sendo
que todas as estradas devero ser transitveis mesmo em poca de chuva. Os
custos de transporte, principalmente de mudas produzidas em recipientes, so
minimizados quando os viveiros situam-se a uma pequena distncia da rea de
8
plantio. Longos trechos de estrada podem trazer danos qualidade fisiolgica das
mudas e ocasionar perda de umidade do substrato.
2.1.1.2 Orientao
Deve-se destacar reas de face sul e dar preferncia a reas com face
norte (mais quente, ensolarada e protegida).
2.1.1.3 Suprimento de gua e energia eltrica
Durante todo o perodo, aps a semeadura, h necessidade de abundncia
de gua para irrigao. Podero ser utilizadas guas de rios, lagos e de origem
subterrnea, devendo ser evitada a introduo de algas ou sementes de ervas. A
gua deve estar livre de poluentes qumicos e fsicos. Deve haver disponibilidade
para o acionamento de bomba de irrigao, iluminao e demais equipamentos do
viveiro.
2.1.1.4 Solo
Dar preferncia a solos leves (arenosos ou areno-argilosos), profundos e
bem drenados. Dever existir contnua vigilncia e erradicao das ervas
daninhas (ex: tiririca) efetuada imediatamente aps o seu aparecimento, quer
sejam perenes ou anuais.
2.1.1.5 Facilidade de obteno da Mo de Obra
indispensvel que alguns funcionrios morem nas imediaes ou na
prpria rea. A vigilncia quanto ao aparecimento de doenas precisa ser
permanente. Existem doenas cuja virulncia pode ser to intensa que provocam
enormes danos em pouco tempo, principalmente em mudas recm-formadas.
9
2.1.1.6 Declividade da rea
A declividade deve ser de 2%, no mximo, para no correr danos por
eroso. importante salientar que os canteiros devem ser instalados em nvel,
perpendiculares movimentao da gua. reas planas contribuem para o
acmulo de gua da chuva, principalmente quando o percentual de argila for maior
que o indicado.
2.1.1.7 Luz
Deve-se levar em considerao a necessidade de luz solar, evitando na
locao do viveiro uma rea inconveniente. O viveiro deve ser instalado em local
totalmente ensolarado. Se houver necessidade de sombra, pode-se lanar mo de
abrigos, como o sombrite. Em alguns casos, o sombreamento necessrio em
certos perodos. As espcies umbrfilas exigem proteo contra a luz solar. Os
raios solares concorrem para a rustificao dos tecidos, tornando as mudas mais
robustas e resistentes.
Em relao exposio solar, deve-se colocar o comprimento dos canteiros
voltado para a face norte, acompanhando-os ao longo de sua extenso. Contudo,
tal medida para locao dos canteiros deve ser tomada, apenas se for possvel,
pois existem outros critrios prioritrios.
2.1.1.8 Topografia
O terreno dever apresentar-se aplainado, recomendando-se um leve
declive, favorecendo o escoamento da gua, mas sem que provoque danos por
eroso.
Para reas com elevada declividade, a alternativa mais plausvel a
confeco de patamares para a locao de canteiros. Os patamares devem ser
levemente inclinados e devem ter dispostas ao longo de sua extremidade
manilhas em forma de U , a fim de impedir o escoamento de gua de chuvas
10
fortes pelo talude, provocando eroso. Alm disto, aconselhvel seu
revestimento com gramneas rasteiras.
A camada superficial removida deve ser reservada para aproveitamento na
produo de mudas. Este substrato mais frtil, mas pode apresentar o
inconveniente de conter sementes de ervas. Neste caso, a fumigao deste
material pode ser recomendvel ou uso o de herbicida em aplicao pr-
emergente.
2.1.1.9 Drenagem
Atravs da drenagem, provoca-se a infiltrao da umidade gravitacional e a
retirada de gua por meio de valetas que funcionam como drenos. Sua localizao
mais usual ao longo das estradas que circundam os blocos de canteiros. Os
tipos de canalizaes passveis de uso so:
a) Vala Cega: composta de uma vala com pedras irregulares (a gua corre pelos
espaos entre as pedras sendo possvel o trnsito por cima da vala);
b) Vala Revestida: composta de uma vala com revestimento de cimento, tijolos ou
outros materiais;
c) Vala Comum: vala aberta ao longo do terreno (podendo ser vegetada ou no)
As dimenses das valetas variam conforme a necessidade de drenagem area.
Normalmente, a largura do fundo que plano tem cerca de 40 a 60 cm e a
abertura de 70 a 80 cm. As paredes so inclinadas, na valeta aberta, para evitar
seu desmoronamento. A altura das valetas tambm varivel, oscilando em torno
de 90 cm.
Se a rea for plana, a altura deve variar, com a profundidade maior para o lado
externo, conduzindo a gua para fora do viveiro. Sendo a rea levemente
inclinada, a profundidade da valeta pode ser uniforme.
2.1.1.10 Quebra-vento
11
So cortinas que tm por finalidade a proteo das mudas contra a ao
prejudicial dos ventos. Devem, contudo, permitir que haja circulao de ar. So
constitudas por espcies que se adaptem s condies ecolgicas do stio.
Usualmente as espcies utilizadas so as mesmas que esto em produo no
viveiro. O recomendado que sejam utilizadas espcies adequadas, distribudas
em diferentes estratos, apresentando as seguintes caractersticas: alta
flexibilidade, folhagem perene, crescimento rpido, copa bem formada e razes
bem profundas.
importante salientar que as rvores que compem os quebra-ventos no
devem projetar suas sombras sobre o canteiro. Para tanto, devem ser, em
distncia conveniente, afastadas dos viveiros. As razes das rvores no devem
fazer concorrncia com o sistema radicial das mudas em produo.
Para otimizao dos efeitos favorveis, alguns critrios bsicos devem ser
observados:
a) A altura deve ser a mxima possvel, uma vez que a rea a ser protegida
depende da altura da barreira.
b) A altura deve ser homognea, em toda sua extenso do quebra vento.
c) As espcies que constituem o quebra-vento devem ser adaptadas s condies
do stio.
d) A permeabilidade deve ser mdia, no impedindo totalmente a circulao do
vento.
e) No devem existir falhas ao longo da barreira formada pelo quebra vento, para
evitar o afunilamento da corrente de ar.
f) A disposio do quebra vento deve ser perpendicular direo dominante do
vento.
2.1.1.11 Proteo
O local deve ser cercado, de forma a impedir o acesso de animais.
Recomenda-se a implantao de quebra-ventos ao redor do viveiro, visando evitar
danos s sementeiras e mudas.
12
2.1.2 rea do Viveiro
O viveiro possui dois tipos de reas:
reas produtivas: a soma das reas de canteiros e sementeiras, em que se
desenvolvem as atividades de produo
reas no produtivas: constitui-se dos caminhos, estradas e reas construdas
A extenso do viveiro ser determinada em funo de alguns fatores:
1.Quantidade de mudas para o plantio e replantio
2.Densidade de mudas/m2 (em funo da espcie)
3.Espcie e seu perodo de rotao
4.Dimenses dos canteiros, dos passeios (caminhos) e das estradas
5.Dimenses dos passeios (ou caminhos)
6.Dimenso das estradas (ou ruas)
7.Dimenso das instalaes
Adoo, ou no, de rea para adubao verde (no caso de viveiros em raiz nua)
A distribuio dos canteiros, caminhos, construes e principalmente o acesso
devem visar a melhor circulao e utilizao da estrutura do viveiro.
2.1.3 Tipos de Viveiros
Considerando a durao, os viveiros podem ser classificados em:
a) Viveiros Provisrios: temporrios ou volantes, so aqueles que visam uma
produo restrita; localizam-se prximos s reas de plantio e possuem
instalaes de baixo custo.
13
b) Viveiros Permanentes: centrais ou fixos, so aqueles que geralmente ocupam
uma maior superfcie, fornecem mudas para uma ampla regio, possuem
instalaes definitivas com excelente localizao. Requerem planejamento mais
acurado; as instalaes so tambm permanentes e de maiores dimenses.
Com referncia proteo do sistema radicial, os viveiros so classificados
em:
c) Viveiros com mudas em raiz nua: as mudas em raiz nua so as que no
possuem proteo do sistema radicial no momento de plantio. A semeadura feita
diretamente nos canteiros e as mudas so retiradas para o plantio, tendo-se
apenas o cuidado de se evitar insolao direta ou, at mesmo, vento no sistema
radicial. O solo onde se desenvolvem as razes permanece no viveiro. Aps a
retirada, so ordenadas em grupos, com material mido envolvendo as razes,
antes da expedio para o plantio. Este tipo de viveiro muito difundido no sul do
Brasil para Pinus spp.
d) Viveiro com mudas em recipientes: apresentam o sistema radicial envolto por
uma proteo que um substrato que o recipiente contm. Evidentemente, o
substrato vai para o campo e colocado nas covas, com as mudas, protegendo as
razes.
2.2 Administrao e Controle
Para um melhor desempenho do viveiro, deve-se adotar alguns
procedimentos administrativos, sendo os mais importantes:
a) Planejamento da produo visando cobrir todas as fases do processo, em que
devem ser considerados o nmero de mudas a serem produzidas, as espcies e
as pocas mais adequadas para a produo.
b) Estoque de insumos e demais materiais necessrios para a produo, tais
como embalagens, ferramentas e outros.
14
c) Disponibilidade de sementes necessrias ou locais definidos para coleta ou
compra.
d) Superviso dos trabalhos distribuindo atribuies e obrigaes ao pessoal.
e) Acompanhamentos peridicos atravs de relatrios em que figurem
informaes sobre as espcies produzidas, atividades produtivas com seus
rendimentos e custos atualizados da produo.
2.3 Infraestrutura
Para facilitar a administrao e o manejo dos viveiros, so necessrias
as seguintes instalaes (Fig.2):
a) casa do viveirista
b) escritrio
c) depsito para equipamento e ferramentas
d) depsito para produtos qumicos
e) abrigo aberto nas laterais (para atividades que no podem ser executadas sob
chuva)
15
Figura 2 - Croqui de viveiro com rea total de aproximadamente 1.539m
2.3.1 Materiais Bsicos Utilizados
carriolas
ps
enxada
enxado
peneira
bacias de plstico
arame liso
sombrite 50%
saquinhos plsticos (15x25x0,2cm)
adubo sulfato de amnio
herbicida
inseticida
16
esterco de curral ou torta de filtro
equipamento completo para irrigao
terra
sementes
funcionrios capacitados ao trabalho de viveirista
2.4 Produo de Mudas
Smbolo da prpria vida, as sementes representam o eterno recomear.
Para cumprir seu destino, precisam voltar ao solo e deixar que o embrio da nova
planta germine.
Ao intervir nesse ciclo e trabalhar em seu prprio proveito, o homem pode
contribuir para multiplicar o aproveitamento dessas pequenas cpsulas de vida
vegetal. Uma boa semeadura, em condies adequadas e realizado de acordo
com orientao tcnica, ir garantir o bom desenvolvimento das mudas.
Embora seja relativamente simples, o plantio de sementes nativas exige
alguns cuidados para que a operao tenha xito.
2.4.1 Canteiros e Sementeiras
So vrios os tipos de canteiros utilizados para a produo de mudas
florestais:
a) Canteiro para raiz nua: dentre os tipos de canteiro utilizados para a produo
de mudas em raiz nua, os mais utilizados so os diretamente no solo e os
canteiros com anteparos laterais. A proteo lateral pode ser feita com vrios
materiais, dependendo da disponibilidade de recursos e da facilidade de obteno,
podendo vir a ser utilizados: madeira, bambu, tijolos, concreto, etc.
b) Canteiros para embalagens: devem apresentar uma largura que permita o
manuseio das mudas centrais (+ 1 metro de largura), o comprimento pode variar
sendo os mais adotados os de 10 a 20 metros. A instalao deve posicionar-se
17
longitudinalmente no sentido leste-oeste para permitir uma insolao uniforme. O
terreno deve ter um rebaixamento para o acomodamento das embalagens. Outra
possibilidade a utilizao do solo como bordadura, ou ainda a montagem de
molduras com materiais diversos, como tijolo, madeira, arame, taquara e concreto.
c) Sementeiras: o local onde as sementes so postas para germinarem e
posteriormente serem transplantadas para as embalagens (saquinhos plsticos ou
tubetes). Podem apresentar-se em duas formas: fixas ou mveis. As fixas so
sementeiras instaladas em locais definitivos, geralmente visando produo de um
nmero grande de mudas. As mveis so sementeiras montadas em recipientes
com drenagem e volume compatvel com as necessidades; podem ser feitas de
madeira, plstico ou metal; e tem a facilidade de serem transportveis. Devido a
esta caracterstica, a sementeira no pode ser muito grande, o que limita o
nmero de mudas a serem produzidas. A instalao de canteiros e sementeiras
acompanhada da necessidade da instalao de um abrigo para a proteo das
mudas recm repicadas ou plntulas. Deve-se deixar um intervalo entre os
canteiros ou sementeiras que permita o desenvolvimento das atividades de
produo.
Figura 3 - Esquema de sementeira mvel
18
2.4.2 Recipientes
2.4.2.1 Escolha dos recipientes:
A escolha do tipo de recipiente a ser utilizado funo do seu custo de
aquisio, das vantagens na operao (durabilidade, possibilidade de
reaproveitamento, rea ocupada no viveiro, facilidade de movimentao e
transporte etc) e de suas caractersticas para a formao de mudas de boa
qualidade. Os recipientes mais comuns so os sacos plsticos e os tubetes de
polipropileno.
Os sacos plsticos apresentam a vantagem de dispensarem grandes
investimentos em infra-estrutura. Os tubetes, ao contrrio, requerem investimentos
mais elevados, mas apresentam custo operacional muito menor, tanto na
produo de mudas quanto no transporte, proporcionando substancial reduo no
custo final do produto.
O tamanho recomendado para os sacos plsticos depende da espcie.
Para os eucaliptos, pinos e pioneiras nativas, so utilizados os de 9 x 14cm ou de
8 x 15cm, com 0,07mm de espessura. Para espcies que permaneam mais
tempo no viveiro (no pioneiras nativas) podem ser utilizados sacos de at 11 x
25cm, com espessura de 0,15mm.
Os sacos plsticos menores permitem formar canteiros com cerca de 250
sacos por m2. Os maiores ocupam mais espao, reduzindo a ocupao para cerca
de 100 saquinhos por m2. Os canteiros podem ser instalados no cho ou
suspensos a cerca de 0,80m de altura para facilitar o manuseio, por um lado e, por
outro, melhorar a qualidade das mudas, pois a poda das razes feita pelo ar,
quando furam as embalagens (Fig. 5).
Os tubetes mais utilizados so os de formato cnico, com capacidade de
50cm3 para mudas de rpido crescimento, como os eucaliptos, pinos e pioneiras
nativas. Para as espcies de crescimento inicial mais lento, tal como as no
pioneiras nativas, os tubetes devem ter capacidade de 100cm3, pois as mudas
permanecem mais tempo no viveiro. Os tubetes devem ser colocados em
bandejas a 0,80m de altura.
19
Figura 4 - Ilustrao dos canteiros para sacos plsticos
Para os tubetes menores, a densidade recomendada de 1.100 tubetes por
m2 de bandeja e, para os maiores, a densidade deve ser de 625 tubetes por m2
de bandeja. Quando as mudas esto no seu estgio final, esse adensamento pode
ser excessivo. Nesse caso, devem ser remanejadas, de forma a se colocar
metade das mudas possveis em cada bandeja (Fig. 6).
Figura 5 - Ilustrao dos canteiros para tubetes
20
O uso de tubetes para produo de mudas de eucalipto e pinos uma
atividade rotineira. Para as espcies nativas, j vem sendo empregado o tubete
em grande escala. Como o uso do tubete reduz drasticamente o custo final da
muda, a utilizao desse recipiente representa um grande avano na produo.
No que se refere aos substratos, o mais usado terra de subsolo (70%) no
caso de se usar sacos plsticos, mais composto orgnico ou esterco curtido
(30%).
No caso de se usar tubetes, os tipos de substratos mais recomendveis so
os seguintes:
a) vermiculita (30%), mais terra de subsolo (10%), mais matria orgnica
(60%);
b) terra de subsolo (40%), mais areia (40%), mais esterco curtido (20%);
vermiculita (40%), mais terra de subsolo (20%), mais
c) casca de arroz calcinado (40%).
No primeiro caso, a matria orgnica utilizada pode ser bagao de cana, casca
de eucalipto e pinos decompostos. Deve-se evitar o uso de terra argilosa.
2.4.3 Substratos
Substrato o meio em que as razes se desenvolvem formando um suporte
estrutural, fornecendo gua, oxignio e nutrientes para que a parte area das
mudas se desenvolva.
2.4.3.1 Tipos de substratos usados no Pas
a) Canteiros em raiz nua: em viveiros de raiz nua, o nico substrato o prprio
solo, que constitui o meio de desenvolvimento das razes.
b) Canteiros com mudas em recipientes: o substrato mais utilizado uma
mistura de materiais, devidamente decompostos. Os principais componentes
21
desta mistura so: turfa, cinza de caldeira, vermiculita, cascas de rvores e de
arroz. A adubao mineral introduzida mistura.
Exemplos:
ParaCordia goeldiana (freij), estudos revelam um bom desenvolvimento
utilizando-se latossolo amarelo, textura muito argilosa, areia e matria orgnica na
proporo de 3:1:1.
ParaEucalyptus grandis, produzidos por enraizamento em estaca, pode ser
utilizado o composto orgnico (80%) e a moinha de carvo (20%).
ParaEucalyptus spp e Pinus spp, pode ser utilizada mistura de turfa e vermiculita
na proporo de 2:1.
Deve-se proceder uma anlise do solo que vai ser utilizado como substrato,
para ser constatada a necessidade de adubao e correo, obtendo-se, assim,
resultados satisfatrios no viveiro. Considera-se que toda a adubao e correo
excessiva, alm de anti-econmica, torna-se prejudicial devido ao tempo para o
efeito. Quanto adubao, pode-se considerar que seja efetuada posteriormente,
em poca oportuna, inclusive com o adicionamento de matria orgnica.
Atualmente, podem ser encontrados no comrcio vrios tipos de substratos
j preparados e prontos para o uso, facilitando a produo de mudas de espcies
florestais.
2.4.3.2 Organismos benficos ao substrato
A eficincia da fumigao depende de alguns fatores que so combinados
pela interao de efeitos fsicos (substrato), biolgicos (microorganismos) e
qumicos (fumigantes). As condies para a aplicao deste tratamento dependem
de alguns critrios:
a) Seleo do fumigante para um fim especfico, isto , o controle de nematides,
fungos ou ervas ( ou a combinao destes).
b) Aplicao do fumigante de acordo com o mtodo recomendado pelo fabricante.
22
c) Determinao das dosagens apropriadas para uma finalidade especfica (
recomendvel o ajuste para dosagens e condies especficas, obedecendo-se a
dosagem mxima prescrita pelo fabricante).
d) Maiores cuidados devero ser tomados, quando se tratar de substrato de
textura fina (a fumigao mais eficiente em substrato de textura mais grossa).
e) Preferencialmente a temperatura do substrato dever estar entre 10 e 29o, e o
contedo de umidade, entre 5 e 30%, at uma profundidade de pelo menos 15 cm.
f) Evita-se a dissipao de gases.
g) Arejamento do substrato, revolvendo-o antes da semeadura para eliminar
efeitos residuais.
2.4.4 Micorrizas
Entende-se como micorriza a associao de simbiose entre certos fungos e
razes finas, no lenhosas, de plantas superiores, com ocorrncia de benefcios
mtuos. Como conseqncia, ocorrem maiores ndices de sobrevivncia aps o
plantio e o desenvolvimento das mudas, especialmente em stios em que fatores
edficos e climticos so adversos.
Principalmente no caso de conferas, h necessidade de presena de
micorrizas, na maioria fungos especficos para uma ou mais espcies. Em viveiros
novos, h necessidade de se proceder a inoculao no solo previamente,
cuidando para no serem introduzidas bactrias, insetos, outros fungos, etc. A
inoculao poder ser realizada utilizando-se solo de locais (reflorestamentos ou
florestas naturais) onde ocorra a espcie a ser produzida.
Conforme as caractersticas morfolgicas e anatmicas, as razes
micorrzicas dividem-se em dois grupos:
A) Ectomicorrizas: o fungo coloniza a superfcie das razes curtas, formando um
manto espesso ao seu redor. Podem ser vistas a olho nu, pois muitas formaes
so brancas ou apresentam um colorido brilhante. Os esporos das ectomicorrizas
so transportados de formas diversas, sendo o vento o principal meio de
23
propagao. Dentre as espcies que apresentam este tipo de associao, esto
Pinus spp. e Eucalyptus spp.
B) Endomicorrizas: no provocam diferenciao morfolgica nas razes, no
podendo ser identificadas a olho nu. Sua presena detectada por tcnicas de
mudana de colorao de tecidos e exames microscpicos. Dentre as espcies
que apresentam este tipo de associao, esto: Eucalyptus spp. e muitas
espcies de culturas agronmicas, forrageiras, frutferas, ornamentais. As
espcies dos Cerrados, da Floresta Amaznica, da Floresta Atlntica e da Floresta
com Araucria apresentam associao essencialmente endomicorrzica.
Vantagens do uso das Micorrizas
a) Aumento da rea de absoro das razes
b) Aumento da absoro de nutrientes, especialmente de fsforo
c) Aumento da longevidade de razes infeccionadas
d) Maior resistncia a extremos valores cidos de pH
e) Maior proteo infeco patognica
f) Maior resistncia seca das mudas e s altas temperaturas do substrato
g) Maior poder de absoro de umidade
2.4.5 Semeadura
2.4.5.1 Quebra de dormncia de Sementes:
A dormncia de sementes um processo caracterizado pelo atraso da
germinao, quando as sementes mesmo em condies favorveis (umidade,
temperatura, luz e oxignio) no germinam. Cerca de dois teros das espcies
arbreas, possuem algum tipo de dormncia, cujo fenmeno comum tanto em
espcies de clima temperado (regies frias), quanto em plantas de clima tropical e
subtropical (regies quentes). O fenmeno de dormncia em sementes advm de
uma adaptao da espcie os condies ambientais que ela se reproduz, podendo
24
ser de muita ou pouca umidade, incidncia direta de luz, baixa temperatura etc.
portanto um recurso utilizado pelos plantas para germinarem no estao mais
propcia ao seu desenvolvimento, buscando atravs disto a perpetuao da
espcie (garantia de que alguns indivduos se estabeleam) ou colonizao de
novas reas. Portanto, quando nos deparamos com este fenmeno h
necessidade de conhecermos como as espcies superam o estado de dormncia
em condies naturais, para que atravs dele possamos buscar alternativas para
uma germinao rpida e homognea, este processo chamado de QUEBRA DE
DORMNCIA.
Processos para quebra de dormncia das sementes:
a) Escarificao qumica: um mtodo qumico, feito geralmente com cidos
(sulfrico, clordrico etc.), que possibilita os sementes executar trocas com o meio,
gua e/ou gases.
b) Escarificao mecnica: a abraso das sementes sobre uma superfcie
spera (lixa, piso spero etc). utilizado para facilitar a absoro de gua pela
semente.
c) Estratificao: consiste num tratamento mido baixa temperatura, auxiliando
as sementes na maturao do embrio, trocas gasosas e embebio por gua.
d) Choque de temperatura: feito com alternncia de temperaturas variando em
aproximadamente 20C, em perodos de 8 a 12 horas.
e) gua quente: utilizado em sementes que apresentam impermeabilidade do
tegumento e consiste em imerso das sementes em gua na temperatura de 76 a
100C, com um tempo de tratamento especfico para cada espcie.
Tabela 1. Tratamentos recomendados para quebrar a dormncia das sementes
em algumas espcies arbreas.
25
Espcie Nome Cientfico Tratamento
Amendoim- do
campo
Pterogyne nitens cido Sulfrico - 5 min
Blsamo Myroxylon balsamum Desponte com tesoura de poda
manual
Bracatinga Mimosa scabrella gua (70C) - 5 min
Canafstula Peltophorum dubium gua ( 80o C ) - 5 min
Canduva Trema micrantha gua (50C) - 5 min
Canduva Trema micrantha cido Sulfrico - 5 min
Copaba Copaifera languisdorffii Escarificao Mecnica
Flamboyant Delonix regia gua (80C) - 5 min
Fava barbatimo Stryphnodendron
adstringens
cido Sulfrico - 15 min
Fava barbatimo Stryphnodendron
adstringens
gua - Ambiente - 12:00 h
Guapuruvu Schizolobium parahyba gua (90C) -1 min
Guapuruvu Schizolobium parahyba Escarificao Mecnica
Guatambu Aspidosperma ramiforum Imerso em gua parada por 4:00
h
Ip-felpudo Zeyhera tuberculosa Imerso em gua parada por
15:00 h
Jatob Hymenaea courbaril Escarificao com lixa
Leucena Leucena leucocephala cido Sulfrico - 20 min
Leucena Leucena leucocephala gua - Ambiente - 12:00 h
Mutambo Guazuma ulmifolia cido Sulfrico - 5 min
Mutambo Guazuma ulmifolia gua ( 90C) -1 min
Olho-de-drago Adenanthera pavonina Escarificao Mecnica
Olho-de-drago Adenanthera pavonina cido Sulfrico - 35 min
26
Olho-de-cabra Ormosia arborea Escarificao Mecnica
Olho-de-cabra Ormosia arborea cido Sulfrico - 35 min
Orelha de negro Enterolobium
contortisiliquum
cido Sulfrico - 90 min
Orelha de negro Enterolobium
contortisiliquum
Escarificao Mecnica
Pau ferro Caesalpinia leiostachya cido Sulfrico - 45 seg.
Pau marfim Balfourodendron
riedelianum
Escarificao Mecnica
Sabo-de-soldad Sapindus saponaria cido Sulfrico - 1:00 h
Saguaragi Colubrina glandulosa gua (90C) - 1 min
Sangra D'gua Croton urucurana Choque Trmico
Sapucaia Lecythis pisonis Retirar o arilo
Topa Ochroma pyramidales gua (80C) - 15 segundos
Fonte: Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), 2007
2.4.5.2 poca de Semeadura
O plantio realizado principalmente no perodo das chuvas, para atingir
altos ndices de sobrevivncia. Outros fatores importantes a serem considerados
na poca do plantio so a rotao das espcies no viveiro e a resistncia das
espcies.
2.4.5.3 Profundidade de Semeadura em Sementeiras
A semeadura no deve ser superficial, pois as sementes recebem intenso
calor do sol, no absorvendo umidade em quantidade adequada germinao.
Tambm no deve ser profunda, pelo fato de que o peso do substrato (areia)
constitui um fator fsico inibidor da emergncia de plntulas.
27
A profundidade ideal dever variar com as dimenses e o vigor das
sementes. Geralmente a profundidade no dever ultrapassar de duas a trs
vezes a espessura da semente.
2.4.5.4 Cobertura de Canteiros
Conceitua-se como cobertura uma camada de material que deve ser leve,
atxica, higroscpica e que recubra, em espessura adequada, a superfcie dos
canteiros. Visa conservar a umidade necessria, proporcionando emergncia mais
homognea; proteger as sementes de chuvas, fortes regas e oscilaes de
temperatura na superfcie do canteiro aps a semeadura.
A cobertura dos canteiros tambm protege as razes novas e mais finas das
plntulas logo aps a emergncia. Os materiais mais utilizados para cobertura de
canteiros so: casca de arroz, accula seca picada, vermiculita, sepilho, areia,
serragem, etc. Podem ser utilizados, por perodos curtos e controlados, plsticos e
aniagem que aumentam a temperatura na superfcie dos canteiros, estimulando a
germinao das sementes.
2.4.5.5 Abrigo de Canteiros
Entende-se por abrigo uma proteo colocada a uma altura varivel,
usualmente at 50 cm, sobre a superfcie de canteiros. A finalidade da proteo
estimular a percentagem de emergncia, atuando contra baixas temperaturas, no
inverno, e tambm protegendo contra forte insolao e intempries com granizo e
chuvas fortes no vero.
Podem ser utilizados ripados de taquara e folhas de palmeira, sendo mais usual a
tela de poliolefina (sombrite), que apresenta diferentes percentagens de
sombreamento. Para espcies como o palmito (Euterpe edulis), muito utilizado o
sombrite de 50%; para o jacarand da Bahia (Dalbergia nigra), recomendado
sombreamento entre 30 ou 50%; para a cupiba (Goupia glabra), recomendado
o sombreamento de 30%.
28
2.4.6 Irrigao
Para as sementeiras ou canteiros em germinao, as regas devem ser
freqentes at as mudas atingirem uma altura aproximada de cinco centmetros
(folhas formadas), sendo os melhores horrios pela manh ou no perodo final da
tarde. A irrigao no incio das manhs recomendvel em pocas e em locais
frios, para desmanchar o gelo formado por geadas. Regas ao final do dia
contribuem para que o substrato permanea mido por mais tempo, de modo que
o potencial hdrico das mudas mantenha-se com valores mais altos durante as
noites.
recomendado que aps a emergncia ter alcanado seu pice, o regime
de regas deva ser alterado, substituindo-se gradativamente a irrigao freqente e
leve por outro regime de maiores intensidades e durao de rega. Substratos com
teores elevados de areia requerem maior freqncia que os de menores teores.
Deve-se tomar cuidado com o excesso da irrigao, pois isto poder
acarretar as seguintes conseqncias:
a) diminuio da circulao de ar no substrato
b) lixiviao das substncias nutritivas
c) aumento da sensibilidade das mudas ao ataque de fungos
Os trabalhos de irrigao podero ser feitos com a utilizao de mangueiras,
regadores ou aspersores, dependendo das condies de cada viveiro.
2.4.7 Repicagem
A repicagem o transplante de uma plntula de um local para outro no
mesmo viveiro. Comumente, aproveita-se a oportunidade para refugar as plntulas
que apresentam algum tipo de deformao ou baixo vigor. Esta operao
executada manualmente no Brasil, de um recipiente onde h duas plntulas para
outro recipiente onde nenhuma semente germinou. No h tradio no pas, do
uso desta operao em viveiro de mudas de raiz nua.
29
A repicagem no deve ser efetuada ao sol e deve seguir os seguintes
procedimentos:
a) Aps o umedecimento da sementeira, retira-se a
muda com o auxlio de um lmina, evitando ocasionar
danos ao sistema radicular.
b) Enquanto no ocorre o transplante para a
embalagem, as mudas devem ficar em recipiente com
gua e sombra.
c) Com o tarugo cnico, o trabalhador do viveiro realiza
movimentos circulares, aps introduzi-lo no substrato
que preenche a embalagem, formando um orifcio para
acomodar a muda.
d) Se necessrio, as razes devem ser podadas para reduzir o volume radicular,
facilitando a acomodao da muda no recipiente poder ser utilizada uma lmina
afiada ou uma tesoura.
e) Coloca-se a muda no orifcio do recipiente com substrato, cuidando-se para
evitar a formao de bolsa de ar.
2.4.8 Doenas
As doenas em viveiros esto associadas principalmente a quatro fatores:
gua, sombreamento, substrato e material propagativo. Devido s suas
caractersticas, o viveiro rene condies de umidade, sombreamento e
proximidade das mudas que favorecem a instalao, o desenvolvimento e a
disseminao de doenas fngicas.
Para o controle de doenas, podem ser utilizadas as seguintes medidas:
1.Medidas preventivas so tomadas antes do aparecimento das doenas e esto
associadas s tcnicas de manejo do viveiro, que tm por finalidade a melhoria
das condies ambientais do viveiro.
30
2.As medidas curativas so tomadas aps diagnosticado o aparecimento dos
sintomas da doena. A utilizao de fungicidas torna-se indispensvel.
ALERTA !
A utilizao de produtos qumicos de combate a pragas e doenas deve ser feita
com acompanhamento tcnico.
Procure sempre orientao profissional.
As prticas adotadas para o controle de doenas so:
a) Melhoria das condies ambientais do viveiro: controle da irrigao,
semeadura, drenagem, insolao e adubao.
b) Desinfestao de substrato e recipiente: geralmente so utilizados produtos
que tenham como princpio ativo o brometo de metila.
c) Identificao dos agentes patgenos: muito comum a ocorrncia de
doenas associadas aos fungos dos genros: Cylindrocladium spp, Rhizoctonia
spp., Pythium spp., Fusarium spp., Phytophtora spp.
d) Aplicao de fungicidas: geralmente utilizam-se 2 gramas de fungicida para 1
litro de gua com intervalo de trs dias entre as aplicaes. Dentre alguns
fungicidas utilizados, esto: Benomyl, Benlate e Captan 50.
e) Descarte de mudas atacadas: mudas que estejam contaminadas devero ser
descartadas para evitar a contaminao das mudas vizinhas.
2.4.9 Qualidade das Mudas
Um viveiro florestal deve sempre visar a produo de mudas sadias e
vigorosas para posterior utilizao em plantios. Elas devem apresentar:
a) tema radicular desenvolvido
31
b) raiz principal sem defeitos
c) parte area bem formada
d) caule ereto e no bifurcado
e) ramos laterais uniformemente distribudos
f) folhas com colorao e formao normais
g) iseno de doenas
2.4.10 Legislao Pertinente
Resoluo CONAMA N 303
Resoluo SMA N 58/06
Lei Federal N 4771 Cdigo Florestal
2.5 Lista de Espcies Nativas da Regio Indicadas para Produo
Anexo 1
2.6 Produtores de Sementes
Fonte: Instituto Florestal (IF)
a) AGROCOMERCIAL SEMEX Ltda
Endereo : Avenida Pdua Dias, 11 - Caixa Postal 530 - CEP: 13400-970 -
Piracicaba/SP
Fone : (19) 2105-8600
e-mail : [email protected]
Site: http://www.ipef.br/sementes
32
b) Bio Flora Comercial Ltda
Endereo : Rod. Piracicaba Tupi - Stio Flora Nativa , Dois Crregos. Piracicaba -
SP
Contato : Andr Nave/ Marcio/ Fbio
Fone : (19) 34142021
e-mail : [email protected]
c) DSM Domingues, Sahad e Mirandez
Endereo : Largo So Francisco, 175 Centro - CEP: 01005-010 So Paulo/SP
Fone : (11) 3242-5352
d) Flora Tiet Associao de Recuperao Florestal do Mdio Tiet
Endereo : Avenida Presidente Getlio Vargas, 151 A Parque Industrial CEP:
16300-000 - Penpolis/SP
Fone : (18) 3652-2948
e-mail : [email protected]
Site: www.floratiete.org.br
e) IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
Endereo : Avenida Pdua Dias, 11 - Caixa Postal 530 - CEP: 13400-970 -
Piracicaba/SP
Fone : (19) 2105-8600
e-mail : [email protected]
Site: http://www.ipef.br/sementes
f) FF Instituto Florestal / Centro de Sementes
33
Endereo : Rua do Horto, 931 Horto Florestal - CEP: 02377-000 So
Paulo/SP
Fone : (11) 6231-8555 ramal 2005
e-mail : [email protected]
Site: http://www.fflorestal.sp.gov.br
g) SOBRASIL - Sobrasil Projetos de Recuperao Florestal
Endereo : Rua So Francisco, 982 - CEP: 13200-000 So Pedro/SP
Fone : (19) 3481-1519
e-mail : [email protected]
h) Verde Tamba - Horto Florestal "Loureno Spiga Real"
Endereo : Rua Santo Antonio, 73 - sobreloja - sala 03 - Centro - CEP: 13710-000
Tamba/SP
Fone : (19) 3673-4704
e-mail : [email protected]
Site: http://www.verdetambau.com.br
i) WMT Ambiental
Endereo : Rua Dos Pardais, 600 - Vila Tatetuba CEP 12220-600 So Jos
dos Campos/SP
Fone : (12) 3912-7823 / 3912-2177
e-mail : [email protected]
34
3 BIBLIOGRAFIA
- Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. Mtodos de Quebra de
Dormncia de Sementes. http://www.ipef.br. Acessado em: 10 de julho de 2007.
- Fundao Florestal. Produo de Mudas em Viveiros Florestais Espcies
Nativas. http://www.fflorestal.sp.gov.br. Acessado em: 12 de julho de 2007.
- Ambiente Brasil. Viveiros e Produo de Mudas / Viveiros Florestais.
http://www.ambientebrasil.com.br/. Acessado em: 11 de julho de 2007.
Sites visitados:
- http://www.portalverde.com.br/ecologia/energiaxfloresta.htm
Anexo I
Lista de Espcies Nativas da Regio - Indicadas para Produo
Nome Comum Nome Cientfico Abiu piloso Pourteria torta Aoita cavalo miudo Luehea divaricata Aoita cavalo grado Luehea divaricata Aguai Chrysophyllum gonocarpum Agulheiro Seguieria langsdorffii Albizia Albizia polycephalla Aldrago Pterocarpus violaceus Alecrim de Campinas Holocalyx balansae Algodoeiro Heliocarpus americanus Almecegueira Protium heptaphyllum Amarelinho Terminalia triflora Amendoim Platypodium elegans Amendoim bravo Pterogine nitens Anda-assu Joannesia princips Angelim pedra Andira anthelmia Angico branco Anadenanthera colubrina Angico do cerrado Anadenanthera falcata Angico vermelho Anadenanthera macrocarpa Angico da mata Anadenanthera rigida Ara amarelo Psidium cattleianum Ara cago Psidium rufum Ara roxo Psidium humile Arariba Centrolobium tomentosum
35
Araticum cago Amnona cacans Araticum do mato Rollinia silvatica Aroeira brava Lithraea moleoides Aroeira Myracrodun urundeuva Aroeira mansa Schinus terebinthifolius Aroeira salsa Schinus molle Aroeira vermelha Astronium fraxinifolium Babosa branca Cordia superba Bacupari Rheedia gardneriana Balsaminho Diptychandra aurantiaca Barbatimo Stryphnodendron adstringers Benjoeiro Styrax camporum Bico de pato Machaerium nyctitans Binguinha Sebastiania commersoniana Brana Melanoxylon brauna Cabeludinha Eugenia tomentosa Cabreuva Myroxylom peruiferum Cabreuva parda Myrocarpus frondosus Caf de bugre Cordia ecalyculata Caixeta Crton piptocalix Cajambo Guarea kunthiana Camboat branco Matayba elaegnoides Camboat da serra Connarus regnellii Canafistula Peltophorum dubium Canafistula brava Dalbergia villosa Cambuci Campomanesia phaea Canchim Pachystroma longifolium Candeia Gochnatia polymorpha Canela guaic Nectandra puberula Canela batalha Cryptocaria aschersoniana Canela ferrugem Nectandra rigida Canelinha Nectandra megapotamica Canjerana Cabralea canjerana Canudo de pito Senna bicapsularis Capito do campo Terminalia argentea Capixingui Croton floribundus Capororoca Rapanea ferruginea Capororoca branca Rapanea guianensis Caputuna Metreodora stipularis Caroba Jacaranda cuspidifolia Caroba Jacaranda micrantha Carobo Sciadodendron excelsun Carvalho Roupala brasiliensis
36
Casca danta Rauwolfia sellowii Catigua Trichilia hirta Catuaba Eriotheca candolleana Caviuna Machaerium scleroxylon Cataia Drimys winteri Cebolo Phytolacca dioica Cedro Cedrela fissilis Cereja do Rio Grande Eugenia involucrata Cerne amarelo Terminalia brasiliensis Cinzeiro Vochysia tucanorum Ch de bugre Cordia sellowiana Chal chal Allophyllus edulis Chapadinha Ascomium subelegans Chich Sterculia chichi Chico Pires Pithecolobium incuriale Choro Salix humboldtiana Chupa ferro Metrodorea nigra Chuva de ouro Cssia ferruginea Claraba Cordia glabrata Concom Erythroxylum deciduum Copaba Copaifera langsdorffii Corao de negro Poecilanthe parviflora Corticeira da serra Erythrina falcata Corvitinga Solanum eriantho Crindiuva Trena micrantha Dedaleiro Lafoensia pacari Embauba Cecropia plachystachya Embira de sapo Lonchocarpus guillminianus Embira de sapo Lonchocarpus muehlbergianus Espilhadeira santa Maytenus ilicifolia Espinho de maric Senna bimucromata Estoraqueiro Styrax pohlii Farinha seca Albizia hasslerii Faveira Dimorphandra molis Faveiro Pterodon emarginatus Figueira branca Fcus guarantica Figueira mata pau Fcus inspida Gabiroba Campomanesia spp Gabirobeira Campomanesia xanthocarpa Garapa Apuleia leiocarpa Genipapo Genipa americana Goiaba Psidium guajava Gragoat Cupania vernalis
37
Grumixama Eugenia brasiliensis Guaatonga Casearia silvestris Guaiara Luetzelburgia auriculata Guaiuvira Patagonula americana Guamirim Eugenia glaziovina Guamirim Eugenia sonderiana Guanandi Calophyllum brasiliensis Guapuruvu Schizolobium parahyba Guaraiuva Securinega guaraiuva Guarant Esembeckia leiocarpa Guariroba Syagrus oleracea Guarit Astronium graveolens Guatambu Aspidosperma ramiflorum Guatambu oliva Aspidosperma parvifolium Guaximb Machaerium nyctitans Guaxupita Esembeckia grandiflora Guep Diatenopteryx sorbifolia Imbirinha Lonchocarpus campestris Imbiruu Pseudobombax grandiflorum Inga Ing uruguensis Ingasinho Ing fagifolia Ip amarelo do brejo Tabebuia umbellata Ip amarelo do campo Tabebuia ochraceaa Ip amarelo cascudo Tabebuia chrysotricha Ip amarelo da mata Tabebuia vellosoi Ip branco Tabebuia rseo-alba Ip branco do brejo Tabebuia dura Ip do cerrado Tabebuia ochracea Ip felpudo Zeyheria tuberculosa Ip rosa Tabebuiaheptaphylla Ip roxo Tabebuia impetiginosa Ip roxo da mata Tabebuia avellanedae Jabuticaba pohema Myrcia spp Jabuticaba sabar Myrcia trunciflora Jacarand da baia Dalbergia nigra Jacarand paulista Machaerium villosum Jacatiro Miconia cinnamomifolia Jaracatia Jaracatia spinosa Jatoba Hymenaea coubaril Jatoba do Cerrado Hymenaea stigonocarpa Jequitiba branco Cariniana estrellensis Jequitiba rosa Cariniana legalis Jeriv Syagrus romanzoffiana
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Jundiai Qualea jundiahy Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia Leiteiro branco Micranda elata Leiteiro choro Sapium haematospermum Licurana Hyeronima alchorneoides Limoeiro do mato Styrax ferrugineus Lixa Aloysia virgata Louro pardo Cordia trichotoma Louveira Cyclolobium vecchi Maiate Simira sampaioana Mamica de cadela Zanthoxylum riedelianum Mamica de porca Zanthoxylum rhoifolium Mamoninho Mabea fistulifera Manac da serra Tibouchina mutabilis Mandioqueiro Dendropanax morototonii Manduirana Senna macranthera Maria mole Dendropanax cuneatum Maria pobre Dilodendron bipinnatum Marinheiro Guarea guidonea Marmeleiro bravo Dalbergia brasiliensis Marolo Annona coriacea Miguel pintado Prunus sellowii Mirindiba Lafoensia glyptocarpa Monjoleiro Acacia polyphylla Mulungu Erytrina speciosa Mutambo Guazuma ulmifolia Olho de cabra Ormosia arborea Osso de burro Helietta apiculata Pacov Swartzia langsdorfii Paineira Chorisia speciosa Palmito jussara Euterpe edulis Pata de vaca Bahuinia forficata Pata de vaca Bahuinia longifolia Pau bia (Navarro, Vechii) Pau cigarra Senna multijuga Pau de angu Machaerium aculeatum Pau d`alho Gallesia integrifolia Pau de leite Sapium glandulatum Pau de viola Cytarexyllum myriantum Pau ferro Caesalpinia leiostachya Pau jacar Piptadenia gonoacantha Pau marfim Balfourodendron riedelianum Pau pereira Platycyamus regnellii
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Pau pombo Tapirira marchandii Pau rei Pterigota brasiliensis Pau santo Kielmeyera variabilis Pau terra Qualea dichotoma Pau terra do campo Qualea grandiflora Peito de pombo Tapirira guianensis Pequi Caryocar brasiliense Peroba de campos Paratecoma peroba Peroba poca Aspidosperma cylindrocarpon Peroba rosa Aspidosperma polyneuron Pssego do mato Hexachlamys edulis Pimenta de macaco Xylopia aromatica Pindaba Duguetia lanceolata Pinha do brejo Talauma ovata Pinho bravo Jatropha pohliana Pitanga Eugenia uniflora Quaresmeira Tibouchinagranulosa Roxinho Peltogyne angustiflora Sacambu Platymiscium floribundum Saguaraji Colubrina glandulosa Sananduva Erythrina crista-galli Sangra d`gua Crotom urucurana Sapuvussu Dalbergia miscolobium Senna sylvestris Sete capotes Camomanesia guazumaefolia Sucupira preto Bowdichia virgilioides Suin Erythrina velutina Taboucuva Pera glabrata Taiuva Maclura tinctoria Tamanqueiro Aegiphila sellowiana Tamboril Enterolobium contortisiliquum Tanheiro Alchornea glandulosa Tapassuar Sclerolobium denudatum Tapi Alchornea triplinervia Tarum Vitex montevidensis Tarum do Cerrado Vitex polygama Taruma Rhaminidium elaeocarpus Tatar Pithecolobium tortum Tingui Dictyoloma vandellianum Triceiro Erythrina mulungu Uvaia Eugenia pyriformis Vassouro Piptocarpha angustifolia Vassouro preto Vernonia discolor
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Verna Erythrina verna