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1 BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO / BIRD PROJETO P153012 ACORDO DE EMPRÉSTIMO XXXX-BR MANUAL OPERATIVO PROJETO FORTALEZA CIDADE SUSTENTÁVEL - FCS Versão 2, de 30 de março de 2017 Revisada em

MANUAL OPERATIVO - Canal Urbanismo e Meio … · MANUAL OPERATIVO PROJETO FORTALEZA ... LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo M&A – Monitoramento e Avaliação MOP ... Sistema

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    BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUO E DESENVOLVIMENTO / BIRD PROJETO P153012

    ACORDO DE EMPRSTIMO XXXX-BR

    MANUAL OPERATIVO PROJETO FORTALEZA CIDADE SUSTENTVEL - FCS

    Verso 2, de 30 de maro de 2017 Revisada em

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    PREFEITO DE FORTALEZA

    Roberto Cludio Bezerra

    SECRETRIA TITULAR DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE - SEUMA

    Maria gueda Pontes Caminha Muniz

    SECRETRIO EXECUTIVO DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE - SEUMA

    Adolfo Csar Silveira Viana

    COORDENADOR DA UNIDADE DE GERENCIAMENTO DO PROJETO - UGP

    Jorge Andr Nunes Verosa (Assessor Especial para o Fortaleza Cidade Sustentvel)

    UNIDADE DE GERENCIAMENTO DO PROJETO - UGP

    Nayana Moura (Gerente da Clula de Controle de Efluentes CECE/COFIS, Ponto focal do Componente 1 Recuperao Urbana

    e Ambiental, Sub-Componente 1.1 Reduo Localizada de Poluio em Trechos da Bacia VM)

    Marcos Andr Arrais de Almeida

    (Gerente da Clula de Planejamento e Gesto dos Sistemas Naturais CPGSN/CPA, Ponto focal do Componente 1

    Recuperao Urbana e Ambiental, Sub-Componente 1.2 Recuperao do Parque Rachel de Queiroz)

    Rojestiane Nobre

    (Assessora Especial ASSESP, Ponto focal do Projeto Elaborao /Modernizao de Cadastro e Ampliao da

    Receita Municipal Utilizando os Instrumentos do Estatuto das Cidades)

    Isabel Vieira

    (Gerente da Clula de Negcios Urbanos CENUR/COURB, Ponto focal do Projeto Identificao de Operao

    Urbanas Consorciadas OUC e Desenvolvimento / Estruturao / Implantao de OUC)

    Edilene S. Oliveira (Coordenadora de Polticas Ambientais, Ponto focal do Aes Integradas nas reas de Resduos Slidos,

    Comunicao e Educao Ambiental na Orla e Parque Raquel de Queiroz)

    Gizella Gomes

    (Coordenadora de Licenciamento COL, Ponto focal do Melhoria na Prestao de Servios ao Cidado - Fortaleza

    Online)

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    ABREVIATURAS UTILIZADAS NO DOCUMENTO

    AGEFIS Agncia de Fiscalizao de Fortaleza / PMF ASPLAN Assessoria de Planejamento CAGECE - Companhia de gua e Esgoto do Cear CECE Clula de Controle de Efluentes CEPAC Certificado de Potencial Adicional de Construo CLFOR Comisso de Licitao de Fortaleza / PMF COAFI Coordenadoria Administrativo Financeiro COFIEX Comisso de Financiamento Externo / SEAIN / MP COFIS Coordenadoria de Fiscalizao EADP Estratgia de Aquisio Para Projetos de Desenvolvimento EIV Estudo de Impacto de Vizinhana FCS Projeto Fortaleza Cidade Sustentvel FP Fonte de Poluio FUNDEMA Fundo de Defesa do Meio Ambiente / PMF FUNDURB Fundo de Desenvolvimento Urbano IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica INACE Indstria Naval do Cear IPTU Imposto Territorial sobre a Propriedade Urbana LDO Lei de Diretrizes Oramentrias LOA - Lei Oramentria Anual LUOS Lei de Uso e Ocupao do Solo M&A Monitoramento e Avaliao MOP Manual Operativo MP Ministrio do Planejamento OUC Operao Urbana Consorciada PMF Prefeitura Municipal de Fortaleza PAD Project Appraisal Document (Documento de Avaliao do Projeto) PDP Plano Diretor Participativo PPA Plano Plurianual PPSD - Project Procurement Strategy for Development (Estratgias de Licitaes do Projeto) PRDQ Parque Rachel de Queiroz PMF Prefeitura Municipal de Fortaleza RIST Relatrio de Impacto Sobre o Trnsito SEAIN Secretaria de Assuntos Internacionais / Ministrio do Planejemento - MP / Governo Federal SDP Solicitaes de Propostas SEFIN Secretaria Municipal de Finanas / PMF SEINF Secretaria Municipal de Infraestrutura / PMF SEMACE Superintendncia Estadual de Meio Ambiente/ Cear SEPOG Secretaria de Planejamento Oramento e Gesto SEUMA Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente / PMF SIM Sistema de Informaes Municipais SSPDS Secretaria de Segurana Pblica e Defesa Social / CE TR Termo de Referncia UGP Unidade de Gesto do Projeto UFC Universidade Federal do Cear VM Bacia Vertente Martima ZPA Zona de Proteo Ambiental APP rea de Proteo Permanente

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    HISTRICO DAS DATAS-CHAVE E DAS CONDIES DO EMPRSTIMO

    ELABORAO DA CARTA-CONSULTA E SUBMISSO COFIEX

    Outubro / 2015

    AUTORIZAO PARA PREPARAO DO PROJETO Recomendao da COFIEX N. 03/0112, de 15 de dezembro de 2015; autorizao pelo MPOG em 11 de fevereiro de 2016

    IDENTIFICAO DO PROJETO

    Misses em 9-10 de junho de 2014; 20-24 de outubro de 2014; 9-13 de fevereiro de 2015; 25-27 de fevereiro de 2015 (salvaguardas); 4-5 de maro de 2015 (licitaes); 1 de abril de 2015 (financeiro); 6-10 de abril de 2015 (cadastro).

    PREPARAO DO PROJETO

    Misses em 21-24 de maro de 2016; 27-29 de abril de 2016 (salvaguardas); 30 de maio a 1 de junho de 2016 (gesto financeira); 8-9 de junho de 2016 (licitaes); 11-13 de julho de 2016 (salvaguardas).

    PR-AVALIAO / PR APPRAISAL Misses em 18-22 de julho e 8-9 de novembro de 2016.

    AVALIAO / APPRAISAL Conferncia em 29 de novembro / 2016.

    PR-NEGOCIAO DO CONTRATO 27 e 28 de maro de 2017.

    NEGOCIAO DO CONTRATO 29 e 30 de maro de 2017.

    APROVAO INTERNA NO BOARD / BIRD

    APROVAO NO SENADO FEDERAL

    ASSINATURA DO CONTRATO

    EFETIVIDADE DO CONTRATO

    REVISO DE MEIO TERMO

    ENCERRAMENTO 31 de maro de 2024

    PAGAMENTO DE PRODUTOS OU SERVIOS ENTREGUES AT 31 DE DEZEMBRO DE 2014

    PRIMEIRO PAGAMENTO DO PRINCIPAL AO BIRD

    LTIMO PAGAMENTO DO PRINCIPAL AO BIRD

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    APRESENTAO Chegamos ao final da preparao do Projeto Fortaleza Cidade Sustentvel (FCS), uma importante contribuio da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente da Prefeitura de Fortaleza (SEUMA) ao processo de recuperao ambiental e planejamento urbano do municpio de Fortaleza. O perfil "no sustentvel" de desenvolvimento da cidade, atrelado concentrao demogrfica e rpida expanso urbana pela qual passou nas ltimas dcadas, trouxeram consigo uma srie de problemas urbano-ambientais para a cidade de Fortaleza. Diante deste cenrio, esforos tcnicos e de coordenao inter e intrainstitucional foram empreendidos durante trs anos por profissionais de diferentes reas da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), envolvendo distintos rgos. Tais esforos permitiram que se desenhasse o Projeto FCS, que tem por objetivos principais (i) Fortalecer a capacidade de planejamento urbano e financiamento do municpio de Fortaleza; e (ii) Conciliar os ambientes natural e construdo da cidade atravs da execuo de pilotos de saneamento e reabilitao de espaos pblicos em reas selecionadas da Bacia Vertente Martima (VM) e do Parque Rachel de Queiroz (PRDQ). Apresentamos aqui o Manual Operativo (MOP) do Projeto FCS. Este documento deve ser entendido em articulao e complementaridade ao Documento de Avaliao do Projeto (Project Appraisal Document, PAD). fruto de um trabalho coletivo, e contm a descrio do Projeto e o detalhamento dos procedimentos e normas relativos sua operacionalizao. O MOP contempla informaes mais detalhadas a respeito, entre outros, dos seguintes itens: Descrio do Projeto: objetivos, beneficirios, componentes, subcomponentes e atividades a serem

    apoiadas; Esquema de Financiamento; Arranjos institucionais e de implementao do Projeto; Procedimentos para licitao, gesto financeira e auditoria, movimentao financeira / desembolsos

    e prestao de contas; Sistemtica de monitoramento e avaliao (M&A) do Projeto; Gesto Socioambiental, com destaque para as polticas operacionais do Banco Mundial acionadas e

    para os principais instrumentos de salvaguardas definidos para o Projeto; e Outras condutas e/ou fluxos estabelecidos para o Projeto. Destacamos que, como manual que , o MOP deve conter linguagem acessvel e estrutura, na medida do possvel, definida em tpicos, de fcil identificao e consulta. Tambm um instrumento dinmico, que pode (e deve), ao longo da implementao do Projeto, sofrer os ajustes necessrios para informar as equipes da PMF sobre os mecanismos, instrumentos e procedimentos para uma correta gesto e implementao do Projeto, em alinhamento com os arranjos definidos para o mesmo, e em resposta s exigncias do rgo financiador.

    Maria gueda Pontes Caminha Muniz Secretria de Urbanismo e Meio Ambiente

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    Sumrio

    I. MANUAL OPERATIVO ......................................................................................................................................... 9

    1. O QUE O MANUAL OPERATIVO E PARA QUE SERVE. ..................................................................................................... 9 2. COMPOSIO DO MANUAL. ...................................................................................................................................... 9 3. ALTERAES / MODIFICAES NO MOP. .................................................................................................................... 9

    II. DESCRIO DO PROJETO FORTALEZA CIDADE SUSTENTVEL ...........................................................................10

    4. CONTEXTUALIZAO. ............................................................................................................................................. 10 5. ESCOLHA DAS REAS DE ATUAO DO PROJETO. ......................................................................................................... 10 6. OBJETIVOS DO PROJETO. ........................................................................................................................................ 11 7. BENEFICIRIOS. .................................................................................................................................................... 11 8. PRINCIPAIS INDICADORES E / OU RESULTADOS ESPERADOS DO PROJETO ........................................................................... 11 9. DESCRIO DOS COMPONENTES, SUBCOMPONENTES E ATIVIDADES DO PROJETO .............................................................. 11 Componente 1 Recuperao Urbana e Ambiental .................................................................................. 11 Componente 2 Fortalecimento da Capacidade de Planejamento Urbano e Financiamento ................... 19

    III. ESQUEMA DE FINANCIAMENTO ......................................................................................................................24

    10. RECURSOS FINANCEIROS E CONTRAPARTIDA. .............................................................................................................. 24

    IV. ARRANJOS INSTITUCIONAIS E DE IMPLEMENTAO DO PROJETO ..................................................................27

    11. AGNCIA IMPLEMENTADORA (SEUMA).................................................................................................................... 27 12. UNIDADE DE GESTO DO PROJETO (UGP) ................................................................................................................. 27

    i) Principais Atribuies dos Membros da UGP ............................................................................................. 28 ii) Incorporao de novos membros UGP .................................................................................................... 34 iii) Contatos ..................................................................................................................................................... 34

    13. APOIO DE CONSULTORIAS EXTERNAS ......................................................................................................................... 34 i) Empresas de consultoria ............................................................................................................................ 34 ii) Consultorias individuais .............................................................................................................................. 34

    14. OUTRAS UNIDADES DE APOIO AO PROJETO NA SEUMA ............................................................................................... 35 15. OUTRAS INSTNCIAS / PARCEIROS ENVOLVIDOS NA IMPLEMENTAO DO PROJETO ............................................................ 35

    V. PROCEDIMENTOS PARA AQUISIES ...............................................................................................................36

    16. NORMAS APLICVEIS. ............................................................................................................................................ 36 17. ESTRATGIA DE AQUISIES PARA PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO (EAPD). ................................................................. 36 18. PLANO DE AQUISIES. ......................................................................................................................................... 37

    i) Contedo do Plano de Aquisies. ............................................................................................................. 37 ii) Atualizaes do Plano de Aquisies. ......................................................................................................... 37

    19. LIMITES PARA APLICAO DOS MTODOS DE AQUISIES E REVISO PELO BANCO. ............................................................. 37 20. DIVULGAO. ...................................................................................................................................................... 38

    i) Aviso Geral de Licitao. ............................................................................................................................ 38 ii) Aviso Especfico de Licitao. ..................................................................................................................... 38 iii) Aviso de Manifestao de Interesse. .......................................................................................................... 39 iv) Mdias obrigatrias para a divulgao dos Avisos Especficos de Licitao. .............................................. 39 v) Mdias obrigatrias para a divulgao dos Avisos de Manifestaes de Interesse ................................... 39 vi) Outras mdias recomendadas para a divulgao dos Avisos: Especficos de Licitao / Manifestao de Interesse. ............................................................................................................................................................. 39

    21. DESCRIO GERAL DAS RESPONSABILIDADES E FLUXOS GERAIS NA CONDUO DOS PROCEDIMENTOS LICITATRIOS ................... 40 22. APLICABILIDADE E DESCRIO DO PASSO-A-PASSO DE CADA MTODO DE AQUISIES. ........................................................ 42

    i) Mtodos de Aquisio de Obras, Bens e Servios de No-Consultoria ....................................................... 44 ii) Mtodos de Seleo de Consultoria ........................................................................................................... 47

    23. PR-SELEO PARA COMPOSIO DE LISTA CURTA ...................................................................................................... 52 24. REVISO DOS PROCEDIMENTOS LICITATRIOS PELO BANCO. .......................................................................................... 53

    i) Reviso Prvia ............................................................................................................................................ 53

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    ii) Reviso posterior ........................................................................................................................................ 53

    VII. DESCRIO GERAL DAS RESPONSABILIDADES NA CONDUO DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS-FINANCEIROS E CONTBEIS ..................................................................................................................................53

    25. ATRIBUIES DA UGP COM RELAO AO PROJETO. ..................................................................................................... 54 26. ATRIBUIES DA COAFI COM RELAO AO PROJETO. .................................................................................................. 54 27. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA COAFI. ................................................................................................................. 54 28. ESTRUTURA DE PESSOAL DA COAFI. ......................................................................................................................... 54

    VIII. PROCEDIMENTOS PARA MOVIMENTAO FINANCEIRA E DESEMBOLSOS ....................................................54

    29. FLUXO DE CONTRATAO. ...................................................................................................................................... 54 30. FLUXO DE PAGAMENTO. ......................................................................................................................................... 55 31. DESEMBOLSO ....................................................................................................................................................... 56 32. MTODOS DE DESEMBOLSO .................................................................................................................................... 57 33. ESTRUTURA DE CONTAS DO PROJETO ........................................................................................................................ 58 34. PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAO DE DESEMBOLSOS ................................................................................................ 58 35. DOCUMENTAO DE GASTOS .................................................................................................................................. 59 36. FLUXO DE DESEMBOLSO ......................................................................................................................................... 59 37. FIRMAS AUTORIZADAS ........................................................................................................................................... 61

    IX. PROCEDIMENTOS PARA CONTABILIDADE E AUDITORIA ..................................................................................61

    38. PRESTAO DE CONTAS .......................................................................................................................................... 61 39. SISTEMAS UTILIZADOS ............................................................................................................................................ 62

    i) Sistema de Gesto de Recursos e Planejamento de Fortaleza Financeiro e Contbil- GRPFOR - FC .......... 62 ii) Sistema de Gesto de Contratos Coorporativos GCCORP........................................................................ 62 iii) Sistema Integrado de Oramento e Planejamento de Fortaleza SIOPFOR. ............................................. 62 iv) Sistema Integrado de gesto de Operao de Crdito (SIGOC) ................................................................. 63 v) Monitoramento de Aes e Projetos Prioritrio de Fortaleza - MAPPFOR................................................. 63

    40. PROCEDIMENTOS CONTBEIS .................................................................................................................................. 63 i) Registros contbeis. ................................................................................................................................... 63 ii) Resumo geral do oramento e da contabilidade. ....................................................................................... 64

    41. ESTRUTURAO NO SISTEMA DO MUNCIPIO ............................................................................................................... 64 i) Ao finalstica. .......................................................................................................................................... 64 ii) Regio. ....................................................................................................................................................... 64 iii) Despesa. ..................................................................................................................................................... 64

    42. AUDITORIA DO PROJETO ........................................................................................................................................ 65 i) Descrio geral das responsabilidades na conduo dos procedimentos de controle interno e auditoria 65 ii) Monitoramento e relatrios ....................................................................................................................... 66

    X. GESTO SOCIOAMBIENTAL DO PROJETO E SALVAGUARDAS ............................................................................66

    43. MARCO DE GESTO SOCIOAMBIENTAL - SUBPROJETOS IDENTIFICADOS, SALVAGUARDAS ACIONADAS E SEUS INSTRUMENTOS ..... 66 44. MARCO DE REASSENTAMENTO ................................................................................................................................ 68 45. AES E RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS ............................................................................................................ 72 46. SUPERVISO AMBIENTAL DAS OBRAS ......................................................................................................................... 73 47. INSTRUMENTOS DA GESTO AMBIENTAL DE SUBPROJETOS ............................................................................................. 74

    XI. RELATRIOS E OUTROS PRODUTOS ................................................................................................................78

    48. RELATRIOS CONTRATUAIS DO PROJETO. ................................................................................................................... 78 49. RELATRIOS DE SUPERVISO FINANCEIRA (IFRS). ........................................................................................................ 78

    i) Informaes financeiras e fsicas ............................................................................................................... 78 ii) Informaes sobre aquisies .................................................................................................................... 78

    50. RELATRIOS DE EXECUO OU DE PROGRESSO. ........................................................................................................... 78 51. RELATRIOS DE AUDITORIA EXTERNA E DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS. ......................................................................... 79 52. RELATRIO DE AVALIAO INTERMEDIRIA OU DE MEIO TERMO. .................................................................................... 79 53. RELATRIO FINAL. ................................................................................................................................................. 79 54. OUTROS PRODUTOS. ............................................................................................................................................. 79

  • 8

    XII. SUPERVISO, MONITORAMENTO E AVALIAO DOS RESULTADOS ...............................................................80

    55. CONSIDERAES INICIAIS. ....................................................................................................................................... 80 56. RESPONSABILIDADE E OBJETIVOS. ............................................................................................................................. 80 57. SUPERVISO. ....................................................................................................................................................... 81 58. MONITORAMENTO. ............................................................................................................................................... 81 59. AVALIAO DE MEIO TERMO. .................................................................................................................................. 81 60. AVALIAO FINAL. ................................................................................................................................................ 81 61. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAO. ........................................................................................................... 81

    i) Sistemas de informaes e bancos de dados. ............................................................................................ 81 ii) Relatrios gerenciais. ................................................................................................................................. 82 iii) Matriz de indicadores de desempenho e de impacto do Projeto. .............................................................. 82

    XIII - OUTRAS CONDUTAS E FLUXOS ESTABELECIDOS PARA A UGP .......................................................................93

    62. GOVERNANA E TRANSPARNCIA. ............................................................................................................................ 93 i) Alimentao e atualizao do site. ............................................................................................................ 93 ii) Email institucional. ..................................................................................................................................... 93

    63. CORRESPONDNCIAS. ............................................................................................................................................ 93 i) Comunicaes internas. ............................................................................................................................. 94 ii) Comunicaes com o Banco Mundial. ........................................................................................................ 94

    64. NOMENCLATURA E MANIPULAO DE PASTAS E ARQUIVOS ELETRNICOS. ........................................................................ 94 65. ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS E BACKUPS. .......................................................................................................... 94 66. SALVAGUARDA DE BENS. ........................................................................................................................................ 95

    i) Registro, propriedade e posse dos bens adquiridos. .................................................................................. 95 ii) Repasse dos bens. ...................................................................................................................................... 95 iii) Transferncia dos bens. .............................................................................................................................. 95 iv) Titularidade dos bens. ................................................................................................................................ 95

    XIV. ANEXOS ........................................................................................................................................................96

    ANEXO 1 - MARCO DE REASSENTAMENTO ........................................................................................................................ 97 ANEXO 2 ARRANJO INSTITUCIONAL ............................................................................................................................... 98 ANEXO 3 TERMOS DE COOPERAO / FCS ..................................................................................................................... 99 ANEXO 4 REGULAMENTO DE AQUISIES PARA MUTURIOS ........................................................................................... 123 ANEXO 05 PPSD .................................................................................................................................................... 124 ANEXO 6 PLANO DE AQUISIES ................................................................................................................................ 139 ANEXO 7 - AVISO GERAL DE LICITAO .......................................................................................................................... 143 ANEXO 8 - AVISO ESPECFICO DE LICITAO .................................................................................................................... 145 ANEXO 9 - AVISO DE MANIFESTAO DE INTERESSE .......................................................................................................... 146 ANEXO 10 - EDITAL PADRO DO BANCO MUNDIAL ........................................................................................................... 148 ANEXO 11 MODELO DE SDP ..................................................................................................................................... 148 ANEXO 12 FORMULRIO 384 C ................................................................................................................................. 148 ANEXO 13 CARTA DE DESEMBOLSOS ........................................................................................................................... 149

    DIRECTOR ........................................................................................................................................................... 151

    ANEXO 14 TR DE AUDITORIA FINANCEIRA .................................................................................................................... 168 ANEXO 15 IFR 1A ................................................................................................................................................... 168 ANEXO 16 IFR 1B ................................................................................................................................................... 168 ANEXO 17 IFR 1C ................................................................................................................................................... 168

  • 9

    I. MANUAL OPERATIVO

    1. O que o Manual Operativo e para que serve. Este instrumento constitui-se um marco referencial para a implementao do Projeto, e visa descrever os diversos processos administrativos e gerenciais, as responsabilidades pela conduo desses processos e os procedimentos e documentos-padro a serem utilizados, em funo das condies estabelecidas no Acordo de Emprstimo e em consonncia com as diretrizes do Banco Mundial. Alm disso, tem por finalidade disciplinar as regras de implementao do Projeto e, ao mesmo tempo, orientar os executores quanto sua concepo, metodologia de operacionalizao, e instrumentos administrativos, gerenciais e financeiros a serem adotados no planejamento, execuo, monitoramento e avaliao das aes a serem desenvolvidas, tratando-se, portanto, de um instrumento de consulta permanente e obrigatria da SEUMA e dos demais rgos parceiros da PMF na implementao do Projeto FCS.

    2. Composio do Manual. Este instrumento composto de informaes sobre os seguintes aspectos: (a) Descrio do Projeto (objetivos; beneficirios; componentes, subcomponentes e atividades a serem apoiadas; (b) Esquema de financiamento (recursos disponveis e condies contratuais do emprstimo); (c) Arranjos institucionais e de implementao do Projeto (incluindo o detalhamento da estrutura de implementao do Projeto na SEUMA, bem como dos papis e atribuies de todas as demais setoriais parceiras na implementao de partes especficas do Projeto); (d) Procedimentos para licitao, gesto financeira e auditoria, movimentao financeira / desembolsos e prestao de contas do Projeto; (e) Sistemtica de monitoramento e avaliao (M&A) do Projeto; (f) Gesto Socioambiental, com destaque para as polticas operacionais do Banco Mundial acionadas e para os principais instrumentos de salvaguardas definidos para o Projeto; e (g) Outras condutas, fluxos e/ou documentao de referncia estabelecidos para o Projeto.

    3. Alteraes / modificaes no MOP. A SEUMA dever, com o apoio dos rgos parceiros do Projeto, selecionar, implementar, monitorar e avaliar cada atividade elegvel do Projeto, em obedincia s polticas, procedimentos, instrumentos, fluxos, rotinas e relatrios aplicveis, de acordo com a documentao legal do Projeto e com as disposies deste Manual. Contudo, em funo de eventuais novas circunstncias ou condies (tcnica, econmica, poltica e/ou administrativa) que venham a se apresentar durante a execuo do Projeto, atualizaes, adaptaes e/ou modificaes peridicas ao MOP podero vir a ser necessrias. A demanda por tais alteraes poder partir tanto da SEUMA como do Banco Mundial. Contudo, quaisquer revises devero ser submetidas previamente a no-objeo e aprovao final da equipe do Banco Mundial. .

  • 10

    II. DESCRIO DO PROJETO FORTALEZA CIDADE SUSTENTVEL

    4. Contextualizao. O municpio de Fortaleza o principal centro urbano cearense, concentrando o maior contingente populacional do Estado e ocupando o status de quinta maior cidade do Brasil, com populao superior a 2,5 milhes de habitantes (IBGE Cidades, 2014). Apesar de sua reduzida dimenso territorial (rea de aproximadamente 314 km), Fortaleza encerra um complexo mosaico de sistemas ambientais, que lhe conferem diferentes paisagens, fortemente sujeitas s alteraes desencadeadas pelas atividades socioeconmicas e pela expanso urbana desordenada. Ao longo das ltimas dcadas, mesmo com notrio desenvolvimento econmico, vivenciado principalmente a partir da dcada de 1990, as questes ambientais e sociais no se desenvolveram no mesmo ritmo, fazendo surgir na cidade problemas ambientais, alm de desigualdade social, com consequente aumento nos ndices de violncia. Esse quadro de desenvolvimento "no sustentvel" atrelado concentrao demogrfica e rpida expanso urbana trouxe consigo uma srie de problemas urbano-ambientais, tais como deficincias nos sistemas de saneamento (gua, esgoto, drenagem e resduos slidos), poluio dos recursos hdricos, degradao e diminuio de reas verdes, ocupao da populao em reas inadequadas/irregulares, dentre outros. Com o intuito de minimizar e/ou sanar as deficincias apresentadas aqui, o Projeto FCS se prope melhorar o ambiente natural e construdo de Fortaleza atravs da execuo de uma srie de aes nas reas da Bacia da Vertente Martima (VM) e do Parque Rachel de Queiroz (PRDQ). Tal escolha justifica -se no somente por possurem grandes adensamentos com baixos ndices de IDH e elevados nveis de degradao ambiental, mas por serem capazes de dar retorno mais rpido aos investimentos, visto que o Projeto proposto ir complementar outras propostas j planejadas e em execuo pelo poder pblico municipal e estadual. Ocupando a zona norte de Fortaleza e composta por 18 (dezoito) bairros, a Bacia VM sofre com a ocupao indiscriminada e criminosa ao longo de seus cursos dgua, que tem se tornado cada vez mais intensa, principalmente pela proliferao de habitaes irregulares nas margens dos cursos e mananciais dgua, que banham a rea urbana e que ali despejam diretamente seus esgotos sem tratamento algum. A VM possui nas suas extremidades oeste e noroeste bairros com as maiores densidades do municpio e com altos ndices de pobreza e violncia. A VM possui praticamente 100% de cobertura de rede esgoto. Contudo, o nmero de imveis no interligados rede na maioria localizados em bairros com as menores rendas per capita tem provocado um aumento nos ndices de poluio dos recursos hdricos devido ao lanamento inadequado de esgotos rede de drenagem e/ou diretamente no corpo hdrico (ligaes clandestinas). Este fato tem como umas das principais consequncias alm da degradao ambiental e a proliferao de doenas a contaminao das praias de Fortaleza, que, ao receberem as guas pluviais poludas, tornam-se imprprias para banho. A rea destinada implantao do PRDQ tem localizao privilegiada, com acesso a infraestrutura e a grandes corredores e equipamentos de transportes. Passou por um rpido e crescente processo de urbanizao, que acabou por provocar uma srie de impactos ambientais, como poluio sonora, visual e dos recursos hdricos, reduo de reas verdes e aumento na eroso e contaminao dos solos. A despeito disto, anuncia-se como importante ativo que, se qualificado, ser capaz de alavancar oportunidades de desenvolvimento para a cidade.

    5. Escolha das reas de atuao do Projeto.

    O Projeto Fortaleza Cidade Sustentvel foi desenhado em um plano de ordenamento territorial que prioriza investimentos na Bacia da Vertente Martima - VM no Parque Raquel de Queiroz - PRDQ, situados na regio noroeste de Fortaleza, e onde se concentra fundamentalmente populao de baixa

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    renda. Demais intervenes previstas no Projeto para o fortalecimento da gesto e da capacidade de arrecadao municipal, de carter no espacial, tm maior abrangncia. Ainda assim, so feitos recortes, quando cabvel, como no caso do projeto de desenvolvimento e estruturao de OUCs, focalizado sobre a rea do PRDQ. A escolha da VM e PRDQ como rea de atuao do Projeto justifica-se no somente por possurem grandes adensamentos com baixos ndices de IDH, elevados nveis de degradao ambiental, mas por serem capazes de dar retorno mais rpido aos investimentos, visto que o Projeto proposto ir complementar outras propostas j planejadas e em execuo pelo poder pbico municipal e estadual.

    6. Objetivos do Projeto. Os objetivos gerais do Projeto so: (i) Fortalecer a capacidade de planejamento urbano e financiamento do municpio de Fortaleza; e (ii) conciliar os ambientes natural e construdo da cidade atravs da execuo de pilotos de saneamento e reabilitao de espaos pblicos em reas selecionadas da Bacia VM e do PRDQ.

    7. Beneficirios. O Projeto FCS beneficiar diretamente 319.774 pessoas (53% das quais mulheres). Esta populao inclui: (i) 159.579 residentes dos 8 bairros do entorno imediato do PRDQ, onde as intervenes de qualificao urbana e ambiental ocorrero1; e (ii) 160.195 residentes dos 5 bairros litorneos do setor oeste da Bacia VM, usurios mais frequentes das praias2 (IBGE 2010). Indiretamente, as intervenes do Projeto beneficiaro uma populao ampliada, no apenas na Bacia VM (cerca de 415 mil pessoas), como tambm nos 14 bairros da rea de influncia estendida do PRDQ (cerca de 290 mil pessoas). Dentre os beneficiados, parte dessa populao pode apresentar alguma dificuldade temporrio ou permanente de locomoo, portanto, as estruturas a serem implantadas devem ainda observar as normas vigentes para garantir o acesso universal.

    8. Principais indicadores e / ou resultados esperados do Projeto O Projeto FCS prev alcanar os seguintes resultados ao final de 6 anos:

    Melhoria da balneabilidade em pontos selecionados da VM;

    Ampliao do acesso da populao na rea de influncia do PRDQ a espaos pblicos de qualidade;

    Ampliao da capacidade de planejamento e gesto urbana e ambiental do municpio, bem como de arrecadao, atravs de investimentos na reviso, regulamentao, melhorias e/ou implementao de diversos instrumentos (urbansticos, cadastro, Fortaleza Online); e

    Preparao e estruturao de uma Operao Urbana Consorciada modelo (Operao Urbana Consorciada Rachel de Queiroz).

    9. Descrio dos Componentes, Subcomponentes e Atividades do Projeto

    Componente 1 Recuperao Urbana e Ambiental

    Sub-Componente 1.1: Reduo Localizada de Poluio em Trechos da Bacia VM (guas da Cidade)

    1 Alagadio/Sao Gerardo, Antnio Bezerra, Dom Lustosa, Monte Castelo, Padre Andrade, Pici, Presidente Kennedy e

    Parquelndia.

    2 Barra do Cear, Carlito Pamplona, Cristo Redentor, Jacarecanga e Pirambu.

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    O Subcomponente guas da Cidade tem por objetivo principal demonstrar alternativas viveis para a melhoria da balneabilidade das praias do setor oeste da Bacia VM, atravs de atividades diversas na rea de saneamento, a saber:

    Educao ambiental e sanitria;

    Intensificao da fiscalizao de imveis no interligados;

    Financiamento de interligaes domiciliares de esgotamento sanitrio para a populao de baixa renda ("Ligado na Rede");

    Captao de drenagem a tempo seco;

    Tratamento localizado de recursos hdricos selecionados;

    Plano Diretor de Drenagem; e

    Aes integradas em resduos slidos (Reciclando Atitudes). Destaque-se que as atividades deste Subcomponente no possuem um fim em si mesmas; so conectadas e interdependentes para o alcance do resultado esperado. Atividade 1 Educao Ambiental e Sanitria Antecedendo e complementando as demais aes do Subcomponente, prev-se a realizao de aes de educao ambiental e sanitria, de forma a conscientizar e orientar a populao acerca dos benefcios do saneamento bsico, da importncia da interligao, das formas de evitar a obstruo da rede coletora de esgoto, da destinao adequada dos resduos slidos e do uso racional da gua. A atividade ter como foco de atuao toda a orla oeste da VM (Figura 2), onde existem aproximadamente 5.500 imveis no-interligados. A ideia que haja uma customizao das mdias e seus contedos, de acordo com as especificidades do pblico-alvo. Prev-se que 20% dos imveis no-interligados executaro a ligao como resultado desta ao.

    FIGURA 2: REA CONTEMPLADA PELA EDUCAO AMBIENTAL

    Atividade 2 Intensificao da fiscalizao de imveis no interligados Este projeto ter foco especfico sobre a Bacia VM, onde existem cerca de 13.200 imveis no interligados (Figura 3). Atualmente a fiscalizao se d atravs de parceria entre a PMF e a CAGECE.

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    Contudo, e atravs do Projeto, espera-se dar escala a esta atividade, mobilizando equipes e estrutura logstica mais robustas. A ideia envolver a identificao dos imveis no-interligados, seguida da notificao da infrao (para tomada de providncia), com consequente autuao, nos casos cabveis. Sero vistoriados no perodo de um ano aproximadamente 13.200 imveis, dos quais se espera interligar aproximadamente 6.000. Em apoio a esta atividade, o Projeto tambm financiar a execuo de servios de limpeza e vdeo inspeo robotizada de 125Km das galerias pluviais na VM, com o objetivo de identificar anomalias no sistema, tais como obstrues na rede, estruturas danificadas e, principalmente, ligaes clandestinas de esgotos. Visando resultados mais rpidos, sero priorizadas as galerias que constituem as chamadas lnguas negras (grandes vazes de esgotos na praia); na sequncia sero inspecionadas as demais, at que toda a rede existente seja coberta.

    FIGURA 3: REAS DE ATUAO DA FISCALIZAO NO ESCOPO DO PROJETO

    Atividade 3 Financiamento de interligaes domiciliares de esgotamento sanitrio para a populao de baixa renda ("Ligado na Rede") Em complemento s aes j listadas, este projeto prev efetivar a interligao de esgoto propriamente dita de parte dos imveis de baixa renda da orla oeste da Bacia VM rede coletora de esgoto (aproximadamente 1.800 ligaes), contribuindo com a eficincia do sistema j instalado (ora subutilizado) e com a reduo da carga poluidora sobre a orla, com consequncias diretas sobre a melhoria da sade da populao. Atividade 4 Captao de drenagem a tempo seco A captao consiste em interceptao dos efluentes nas sadas das galerias pluviais j em rea de praias, por meio de instalao de bombas que redirecionaro este efluente para a rede de esgoto da Companhia de gua e Esgoto do Cear (CAGECE), que seguir para a estao de tratamento de esgoto da Companhia, evitando assim que estas guas contaminadas alcancem as praias. A principal origem da contaminao destas galerias so as ligaes clandestinas de esgoto sanitrio. Partindo da premissa de que no perodo seco a rede instalada de esgoto subutilizada e a gua drenada pelas galerias pluviais constituda predominantemente de esgoto de origem clandestina, o

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    sistema de Captao de Drenagem a Tempo Seco uma alternativa que busca reduzir o lanamento dessas guas contaminadas nas praias. Com base em levantamentos de campo e anlises de boletins de balneabilidade das praias realizados nos ltimos 5 anos pela Superintendncia do Meio Ambiente do Estado do Cear (SEMACE), foram identificadas e selecionadas as seguintes galerias de drenagem de guas pluviais a serem contempladas pelo Projeto: i) Ao final da rua lvaro de Alencar (FP 28F); ii) Ao final da rua So Raimundo com rua Santa Rosa (FP28D); iii) Rua Jos Roberto Sales, prximo Rua Bom Jesus e (FP 34); e iv) Rua Jos Roberto Sales, prximo a travessa So Pedro/Ldia Petri Gonalves (FP 34A). Ver Figuras 4, 5 e 6. A abordagem de captao da drenagem a tempo seco uma soluo intermediria, indicada para o curto e mdio prazo, perodo em que os resultados das demais solues ainda esto sendo perseguidos. Contudo, espera-se que com a proposta sejam alcanadas melhoras substanciais na balneabilidade das praias nos pontos de monitoramento da SEMACE de nmeros 22 a 31 do litoral oeste, nos trechos entre a Indstria Naval do Cear (INACE) e a Barra do Cear. Como resultado, espera-se beneficiar a comunidade usuria destes trechos da orla, tanto para o lazer, quanto para a pesca e demais atividades econmicas locais.

    FIGURA 4: LOCALIZAO DAS 4 GALERIAS NO CONTEXTO DA CIDADE DE FORTALEZA (MARCADORES EM AMARELO)

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    FIGURA 5: GALERIAS FP 34A E FP 34 NO DETALHE

    FIGURA 6: GALERIAS FP 28F E FP 28D NO DETALHE

    Atividade 5 Tratamento dos recursos hdricos Estudos de modelagens realizados nos ltimos anos por instituies de ensino superior apontam os rios e riachos como uma grande fonte de poluio das praias. Em Fortaleza, h aproximadamente 6 (seis) rios e riachos (Rio Coc, Riacho Macei, Riacho Paje, Riacho Jacarecanga, Riacho Seis Companheiros e Riacho Floresta) que afluem para a orla, trazendo consigo todo o material orgnico, resduos e esgotos clandestinamente lanados em seus cursos, e contribuindo, assim, de forma significativa para a diminuio da balneabilidade das praias.

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    Com base nos critrios de potencial poluidor e proximidade com as praias mais imprprias para banho, foram escolhidos o Riacho 6 Companheiros e o Riacho Jacarecanga como pilotos para estas intervenes (Figura 7). Em complemento s demais aes deste subcomponente, sero estudadas e implementadas tecnologias de tratamento localizado e especfico destes riachos.

    FIGURA 7: RIACHOS 6 COMPANHEIROS E JACARECANGA NO CONTEXTO DE FORTALEZA

    Atividade 6 Plano Diretor de Drenagem Atualmente Fortaleza conta com um Plano Diretor de Drenagem que data da dcada de 70. Com o crescimento da cidade e inmeras mudanas ocorridas na drenagem da cidade, faz-se fundamental a atualizao do Plano, nos moldes preconizados pelo Ministrio das Cidades. O Plano Diretor de Drenagem Urbana de Fortaleza ser investimento de contrapartida do Projeto. Ser desenvolvido por uma empresa de consultoria especializada, a ser contratada, e contemplar toda a cidade de Fortaleza, com enfoque principal em macrodrenagem. Este instrumento permitir que se realizem: (i) um diagnstico dos problemas de macrodrenagem nas bacias hidrogrficas que fazem parte do municpio e das mltiplas consequncias para o meio ambiente e para a dinmica dos recursos hdricos causadas, principalmente, pelo acelerado aumento dos ndices de impermeabilizao do solo; (ii) a construo de cenrios prognsticos; e (iii) com base nos referidos cenrios, a definio de investimentos, projetos e aes necessrios para o enfrentamento desta questo, no curto, mdio e longo prazos. A cidade como um todo beneficiada com este Plano, pois ele subsidiar e ir propor inmeras aes que visam a melhoria e expanso da rede de drenagem da cidade para alcanar uma melhor eficincia do sistema. A execuo do Plano de Drenagem no est contemplada no escopo do Projeto; apenas a sua elaborao. Atividade 7 Aes integradas em resduos slidos (Reciclando Atitudes) O Projeto Reciclando Atitudes tem por finalidade estimular e promover aes na rea de educao e gesto de resduos, de forma a minimizar as problemticas resultantes do mau gerenciamento e destinao final inadequada. Foi concebido de modo a complementar as intervenes dos

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    subcomponentes guas da Cidade e na Recuperao do PRDQ e auxiliar na sustentabilidade dos investimentos. As intervenes incluem: (i) educao ambiental (trabalho em campo porta-a-porta e em instituies); (ii) assistncia para capacitao e acompanhamento dos catadores participantes de associaes pr -selecionadas nas reas de atuao do Projeto na VM e no entorno do PRDQ; (iii) estruturao de um piloto de fiscalizao e controle de pontos de lixo ilegais, com videomonitoramento integrado aos sistemas j existentes no municpio; (iv) reformas/pequenos reparos nas sedes das associaes, alm de estruturas para suporte s aes em educao ambiental; e (v) aquisio de equipamentos operacionais para as associaes, equipamentos de proteo individual para os catadores, ecobikes e ilhas de coleta. Alm das atividades acima, est prevista a elaborao da Poltica de Resduos do Municpio de Fortaleza. Atualmente, a SEUMA j tem um trabalho contnuo de educao ambiental com a populao e capacitao e treinamento profissionalizante para agentes multiplicadores. No mbito do FCS essa ao ser intensificada, com foco na segregao do resduos slidos e aes de limpeza (a exemplo dos mutires) nas ruas do bairro e nos riachos situados na Bacia VM e PRDQ. O pblico-alvo dos cursos de formao sero os moradores residentes da rea, catadores de materiais reciclveis, lderes comunitrios e agentes comunitrios de sade lotados nas reas abrangidas pelo Projeto.

    Sub-Componente 1.2: Recuperao do Parque Rachel de Queiroz (Rede de Sistemas Naturais)

    Com metas integrantes da Poltica Ambiental de Fortaleza e previstas no Plano Plurianual PPA (2014-2017) do municpio, o Subcomponente Rede de Sistemas Naturais tem como principal objetivo permitir a integrao entre o meio ambiente construdo e o natural, visando a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Fortaleza atravs da revitalizao e ampliao de reas verdes no municpio. Tem como foco principal de atuao a rea do PRDQ, selecionada pela PMF por sua capacidade de, a um s tempo: (i) responder a uma demanda antiga da populao carente habitante daquela rea da cidade por acesso a espaos pblicos de qualidade; e (ii) constituir investimento pblico-ncora, capaz de alavancar oportunidades adicionais de desenvolvimento do entorno do parque, atravs de parcerias pblico-privadas (vide Subcomponente 2.2). Este Subcomponente composto pelas seguintes atividades:

    Elaborao de projetos executivos e execuo do PRDQ;

    Execuo do plano de arborizao;

    Aes integradas na rea de resduos slidos; e

    Investimentos em educao, recuperao e preservao do meio ambiente.

    Atividade1 Elaborao de projeto e execuo do PRDQ O PRDQ se caracteriza como parque linear, cruza 8 bairros e tem aproximadamente 10 Km de extenso. Foi criado e regulamentado em janeiro de 2014 e teve sua poligonal (com rea aproximada de 137 ha) decretada em 2016. Engloba os seguintes recursos hdricos: Aude Joo Lopes e Santo Anastcio, Riachos Cachoeirinha e Alagadio. Inserido na regio noroeste da cidade, o PRDQ est inserido em rea densamente urbanizada, com pouqussimas alternativas pblicas de lazer urbano e diversas intervenes inadequadas em reas ambientalmente protegidas (Figura 8).

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    FIGURA 8: REA DE ENTORNO DO PARQUE RACHEL DE QUEIROZ

    O PRDQ tem como objetivos: (i) Beneficiar diretamente um contingente populacional de aproximadamente 160 mil habitantes, que tero acesso a espaos pblicos e opes de lazer de qualidade; (ii) Contribuir para o aumento do percentual de reas verdes e espaos pblicos de Fortaleza, notadamente da zona oeste da cidade; (iii) Ampliar a eficincia do sistema de drenagem e contribuir com a recuperao ambiental dos recursos hdricos inseridos nesta poro da cidade; (iv) Ampliar a conectividade entre as reas de moradia e os principais corredores de transporte pblico da rea; e (v) Promover o resgate de glebas no utilizadas, devolutas, desconexas ou "escondidas" no tecido urbano, cumprindo assim a sua funo social e ambiental. Visando uma melhor programao e maior flexibilidade na implementao futura das aes do PRDQ, ele foi dividido em 19 trechos (vide Figura 8). As intervenes urbansticas e ambientais a serem implementadas atravs do Projeto concentram-se sobre os trechos 1 a 10, comeando no aude Joo Lopes, no bairro Monte Castelo, passando pelo polo de lazer da Av. Sargento Hermnio, e adentrando em terrenos da Universidade Federal do Cear (UFC), onde est localizado o aude Santo Anastcio. Incluem: passeios, pista de corrida, parquinho, trilhas, paisagismo, iluminao pblica, sinalizao, mobilirio urbano e recuperao de recursos hdricos e reas verdes. A execuo do Parque tambm envolver um robusto trabalho social com as comunidades localizadas no seu entorno, em coordenao com as atividades complementares do Reciclando Atitudes. Espera-se que os investimentos pblicos feitos na rea possam servir como catalisadores de um processo de transformao maior, a ser concludo no longo prazo, com o qual tambm contribuir o setor privado. Para a implantao do parque linear sero necessrios desapropriaes e reassentamentos de famlias que se encontram em zonas de proteo ambiental (ZPA) ou reas de proteo ambiental (APP). Sero feitos esforos no sentido da implantao do parque linear provocar o mnimo necessrio de desapropriaes e reassentamentos, com o objetivo de minimizar os impactos na populao residente, conforme os princpios e diretrizes do Marco de Reassentamento Involuntrio do Projeto (Anexo 1 - Marco de Reassentamento).

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    Atividade 2 Plano de arborizao O Plano de Arborizao um instrumento de planejamento elaborado pela SEUMA para a execuo das aes de arborizao pela PMF. Possui carter participativo e sua execuo dever ser realizada de maneira integrada entre os rgos da Prefeitura. Nele esto estabelecidas metas de curto, mdio e longo prazos. No mbito do Projeto FCS, sero executadas aes de plantio de 35 mil e de 100 mil rvores, no curto e mdio prazo, respectivamente. O principal objetivo a ser atingido aumentar a cobertura vegetal de Fortaleza. Tambm est contemplada a elaborao de estudos ambientais visando o mapeamento e diagnstico da arborizao de Fortaleza. Os projetos acima constituiro contrapartidas da PMF ao Projeto FCS. Atividade 3 Aes integradas em resduos slidos (Reciclando Atitudes) Vide atividade 7, no mbito do Subcomponente 1.1 - guas da Cidade. Atividade 4 Investimentos em educao, recuperao e preservao do meio ambiente Para compor a totalidade de investimentos de contrapartida municipal ao Projeto requeridos, a PMF incluiu, ainda, investimentos do Fundo de Defesa do Meio Ambiente (FUNDEMA). O referido Fundo foi criado pelo art. 205 da Lei Orgnica do Municpio de Fortaleza, disciplinado pelas Leis n 8847 de 2004 e n 10295 de 2014 que alteraram a Lei n 8287 de 1999 e regulado pelo decreto n 1058 de 1999. gerenciado por um conselho gestor de secretrios e presidido pelo titular da SEUMA. Seus recursos advm de dotaes oramentrias, taxas de licenciamento ambiental, taxas de controle urbano, taxas de licenciamento de engenhos de publicidade, multas, contribuies, subvenes e auxlios de outros entes, convnios, contratos, consrcios, doaes, rendimentos e medidas compensatrias; podem ser aplicados to somente em aes de educao ambiental, recuperao do meio ambiente degradado e de preservao das reas de interesse ecolgicos. No h aes de contrapartida desta fonte pr-identificadas para execuo nos primeiros 18 meses de Projeto.

    Componente 2 Fortalecimento da Capacidade de Planejamento Urbano e

    Financiamento

    Sub-Componente 2.1: Instrumentos de Planejamento e Controle Urbano e Ambiental

    Este Sub-Componente 2.1 est alinhado com os objetivos e esforos j em andamento pela SEUMA para ampliar a eficincia e a eficcia da Secretaria no desempenho de suas atribuies de planejamento e monitoramento urbano. Inclui cinco atividades voltadas para o fortalecimento da governana e da capacidade de planejamento e gesto urbana e ambiental. So elas:

    Reviso e/ou regulamentao do Plano Diretor Participativo PDP;

    Melhoria na prestao de servios ao cidado Fortaleza Online;

    Elaborao e modernizao do cadastro multifinalitrio;

    Estruturao das clulas de controle da poluio; e

    Fator verde.

    Atividade 1 Reviso e/ou regulamentao do Plano Diretor Participativo PDP A Reviso e/ou Regulamentao do Plano Diretor visa a consolidao do Plano Diretor Participativo de Fortaleza (PDP), de acordo com a Lei Orgnica do Municpio de Fortaleza e a Lei Complementar N 062, de 02 de fevereiro de 2009, bem como as recomendaes oriundas do Estatuto da Cidade (Lei n10257, de 10/07/2001). Para tanto, sero revisados, por meio da SEUMA, e no mbito do FCS, as seguintes normas: (i) Lei de Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo do Municpio (LUOS); (ii) Cdigo

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    das Cidades, que englobar o Cdigo de Obras e Posturas do Municpio e o Cdigo Ambiental; e (iii) Lei de Sistema Virio. As aes de atualizao do Sistema de Informaes Municipais (SIM), de atualizao do procedimento para Relatrio de Impacto no Sistema de Trnsito (RIST) e de elaborao de procedimento para o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) tambm devero compor este Produto. A SEUMA j vem trabalhando fortemente na reviso e regulamentao destas legislaes. Atividade 2 Melhoria na prestao de servios ao cidado Fortaleza Online O Produto de Melhoria na Prestao de Servios ao Cidado (Fortaleza Online) tem por objetivo tornar disponvel para o cidado um sistema WEB para os mais de 80 servios de licenciamento de empreendimentos /atividades no municpio de Fortaleza prestados pela PMF (como a emisso de alvars de construo, licenas ambientais, alvars de funcionamento, autorizaes sonoras, licenas de propaganda e publicidade e Habite-se). A ideia que seja proporcionada agilidade na anlise, por parte da Secretaria, alm de comodidade ao cidado. Isso aumentar de forma significativa o desempenho da SEUMA, tanto do ponto de vista operacional e funcional, como do ponto de vista de comunicao com o pblico usurio destes servios. Este produto prev a contratao de uma empresa para o desenvolvimento da arquitetura dos processos, sistematizao e desenvolvimento de um software especfico para consulta e emisso de licenas e/ou documentaes referentes aos servios; levantamento e implantao da infraestrutura e equipamentos necessrios; implantao do piloto e testes; transio para o novo sistema; e interligao com os outros sistemas, quando necessrio. Dever, ainda, ser composto por um banco de dados georeferenciados, dados estatsticos, relatrios tcnicos especficos, fornecimento de documentos eletrnicos do processo e disponibilizao de servios via WEB. A disponibilizao dos servios pblicos de forma digital no se traduz em interveno direta na cidade, mas em benefcios para a populao e usurios destes servios, tais como: a diminuio da anlise dos processos, e em alguns casos a anlise automtica, pois o sistema, que por meio de regras legais, quem faz as anlises; reduo de deslocamento do requerente ao servio pblico, considerando que o requerente poder fazer o seu processo de casa; transparncia das informaes, pois todas informaes so disponibilizadas no portal da Transparncia; Reduo dos ndices de corrupo, pois no haver mais pessoas na anlise destes processos. Atividade 3 Elaborao e modernizao do cadastro multifinalitrio O Cadastro Multifinalitrio uma ferramenta eficaz para o ordenamento territorial de uma cidade. Com o passar dos tempos, sua aplicao deixa de ser apenas fiscal e passa a ser mais direcionada gesto territorial, proteo ambiental e ao desenvolvimento sustentvel. Num contexto mais amplo, a implantao do Cadastro Multifinalitrio traz benefcios gerenciais e de planejamento para as organizaes governamentais, alm de proporcionar benefcios diretos aos cidados, melhoria no acesso s informaes territoriais, mais preciso na avaliao da propriedade em casos de compra ou venda, identificao da localizao de servios bsicos, entre outros. Neste sentido, a atividade de Elaborao e modernizao do cadastro, a ser implementada atravs de colaborao tcnica entre SEUMA e SEFIN, tem por objetivo transformar o cadastro atual de Fortaleza em uma ferramenta integrada, robusta e multifinalitria, capaz de somar ao aspecto fiscal as demais dimenses de planejamento (com vistas ao amplo aproveitamento das possibilidades de implementao dos instrumentos de captura de mais valias urbanas) e de administrao de terras. Eventualmente, espera-se, ainda, transformar o cadastro numa plataforma de dados espaciais, com contedo disponvel para visualizao (e at mesmo alimentao) pelo cidado. Atividade 4 Estruturao das clulas de controle da poluio Tendo em vista a ausncia de instrumentos adequados para a fiscalizao, o monitoramento e o controle dos diversos tipos de poluio ambiental, surgiu a necessidade de Estruturao das Clulas de

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    Controle da Poluio Ambiental. Esta ao, contrapartida municipal ao Projeto, prev aquisio de instrumentos e ferramentas especficas, prestao de servios e de assessoria ambiental para possibilitar o exerccio adequado e uma maior eficincia, por parte da SEUMA, na conduo das atividades de fiscalizao e controle ambiental Um dos instrumentos a serem adquiridos destinado ao controle da poluio atmosfrica. Trata -se da implantao de uma Rede Automtica de Monitoramento da Qualidade do Ar (formada por 04 estaes), equipamento a ser instalado em pontos estratgicos da cidade, que ser capaz de gerar informaes hoje no disponveis no municpio. O resultado esperado um Diagnstico da Qualidade do Ar no Municpio de Fortaleza, que subsidiar a tomada de decises polt icas e ambientais acerca de medidas preventivas e/ou mitigadoras da poluio, melhorando assim, no mdio e longo prazo, a qualidade do ar que respiramos. Outro projeto neste caso para controle da poluio sonora - a Carta Acstica de Fortaleza, uma representao espacial dos indicadores do ambiente sonoro, que se revela ferramenta essencial de diagnstico e de definio de estratgias para o controle deste tipo de poluio. A Carta Acstica pretende ser um instrumento para a reduo da poluio sonora, para a melhoria da qualidade do ambiente sonoro do Municpio e, portanto, para a melhoria da qualidade de vida dos cidados. Tem como objetivos: identificar as principais fontes de rudo responsveis pela perturbao do ambiente sonoro no espao municipal; analisar em pormenor as reas urbanas, identificando contribuies de fontes sonoras individualizadas; e integrar as informaes constantes nas Cartas de Rudo ao PDP de Fortaleza, servindo de base para nortear decises sobre as estratgias de interveno ou, mesmo, sobre polticas legislativas para reduo da poluio sonora. Atividade 5 Fator Verde Este produto tambm constitui parte integrante da contrapartida municipal ao Projeto FCS. Tem como objeto a contratao de uma consultoria especializada para o estabelecimento de critrios de sustentabilidade para a construo civil, visando a Certificao Ambiental da PMF, atravs da SEUMA, a ser tornada, ela mesma, um rgo certificador. Essa certificao ser um estimulo s prticas sustentveis na construo civil, buscando o melhor aproveitamento, uso de matrias reciclados, reuso e/ou diminuio do uso dos recursos naturais, a construo de imveis dotados de sistemas de reaproveitamento de guas da chuva e residuais, uso de energia renovveis etc.

    Sub-Componente 2.2: Oportunidades de Negcios Urbanos

    Este Subcomponente tem por objetivos principais ampliar a capacidade da PMF em conduzir projetos de transformao urbana e social de reas da cidade, bem como criar alternativas viveis para o financiamento do desenvolvimento, com a participao do setor privado.

    Inclui os seguintes projetos:

    Identificao de Operaes Urbanas Consorciadas OUCs;

    Desenvolvimento e estruturao da OUC Rachel de Queiroz;

    Investimentos em urbanizao, infraestrutura, programas de cunho social, operaes urbanas

    consorciadas e indenizaes por desapropriaes; e

    Ampliao da Receita Municipal Utilizando os Instrumentos do Estatuto das Cidades.

    Atividade 1 Identificao de Operaes Urbanas Consorciadas OUCs O Plano Diretor de Fortaleza, institudo atravs da Lei Complementar N 062, de 02 de fevereiro de 2009, atualiza a legislao sobre OUCs no Municpio de Fortaleza atravs do artigo 242 - Seo, tornando-a compatvel com o Estatuto das Cidades. O Plano Diretor Participativo estabelece, tambm, e ainda na Seo VIII, os princpios gerais que devem nortear a estruturao das OUCs e as reas

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    consideradas prioritrias para a ocorrncia destas operaes. No entanto, estas no tm, no mbito do referido instrumento, o seu permetro definido ou a sua execuo garantida. Do mesmo modo, entende-se que outras operaes poderiam ser propostas alm daquelas ali previstas. Por conseguinte, surge a necessidade de o Municpio de Fortaleza elaborar estratgias e programar aes visando ampliar a capacidade econmica de uma determinada rea e melhorar o seu futuro e a qualidade de vida de seus habitantes. As OUCs so instrumentos atravs dos quais parceiros dos setores pblico, privado e no governamental trabalham coletivamente para gerar as condies necessrias para a ocorrncia de um processo de crescimento econmico sustentvel e para a melhoria do bem-estar de seus habitantes. Alm disso, geram possibilidades de alavancar recursos financeiros por sua capacidade de abranger extensas reas e, em consequncia, apresentar potencial de causar intensas transformaes econmicas, sociais, ambientais, culturais, urbansticas, institucionais e polticas. O Produto de Identificao de OUCs, contrapartida municipal ao FCS, tem por objetivo iden tificar, delimitar e definir um conjunto de reas prioritrias, com critrios pr-definidos, que sejam passveis da aplicao deste instrumento de desenvolvimento urbano na Cidade de Fortaleza. A ideia que a PMF possa contar com um guia de oportunidades para disponibilizar a possveis investidores.

    Atividade 2 Desenvolvimento e estruturao da OUC Rachel de Queiroz A PMF iniciou e vem obtendo sucesso na implementao de um conjunto de OUCs na cidade. Atravs deste instrumento (previsto no Estatuto da Cidade, no PDP de Fortaleza e submetido, caso a caso, a consulta pblica e aprovao pela Cmara Municipal), permite-se que, a partir de associao entre poder pblico e iniciativa privada, alcancem-se transformaes urbansticas e sociais de maior monta que, to somente pela utilizao de recursos pblicos, no seriam possveis. O instrumento permite, tambm, que o municpio tenha retorno sobre seus investimentos e que as responsabilidades sobre a cidade e sobre seu financiamento sejam compartilhadas. Acredita-se que as OUCs so o caminho para o desenvolvimento de uma poltica urbana que articule as aes institucionais no mbito municipal e integre as polticas de planejamento, investimento e gesto de recursos, dentro de uma perspectiva democrtica e participativa. Tendo em vista o acima, e entendendo que as iniciativas at ento implementadas em Fortaleza so de carter localizado e de menor escala, pretende-se, com os investimentos do Projeto FCS, focar sobre a ao de modelagem e estruturao da OUC Rachel de Queiroz, de acordo com o referencial tcnico e jurdico para utilizao do instrumento3. Por um lado, esta iniciativa tem como lastro o conjunto de intervenes urbansticas que o Projeto realizar na rea do parque RDQ; por outro, pretende-se que sirva como aprendizado para fortalecer as capacidades da PMF. A modelagem da OUC RDQ incluir o desenvolvimento de todos os estudos e produtos tcnicos necessrios mensurao quantitativa e qualitativa dos custos e benefcios sociais, urbansticos e ambientais da interveno urbana a ser realizada. Em seguida, e confirmada a viabilidade, ser elaborado projeto de lei que conter a delimitao da rea de abrangncia da operao, os novos padres de parcelamento, uso e ocupao do solo, forma de participao, obrigaes dos parceiros, prazos das execues.

    3 Por exigncia do Estatuto da Cidade, de acordo com o Art. 33, incisos de I a VII, o Plano das Operaes Urbanas Consorciadas

    deve conter no mnimo: (i) Definio da rea a ser atingida; (ii) Programa bsico de ocupao da rea; (iii) Programa de

    atendimento econmico e social para a populao diretamente afetada pela operao; (iv) Finalidades da operao; (v) Estudo

    prvio de impacto de vizinhana; (vi) Contrapartida a ser exigida dos proprietrios, usurios permanentes e investidores

    privados em funo da modificao de ndices e caractersticas de parcelamento, uso e ocupao do solo e subsolo, bem como

    alteraes das normas edilcias, considerado o impacto ambiental delas decorrente; bem como em funo da regularizao de

    construes, reformas ou ampliaes executadas em desacordo com a legislao vigente; e (vi) Forma de controle da operao,

    obrigatoriamente compartilhado com representao da sociedade civil.

  • 23

    Atividade 3 Ampliao da receita municipal utilizando os instrumentos do Estatuto das Cidades A Lei N10.257 (Estatuto da Cidade) traz um conjunto de instrumentos de poltica urbana que definem quais so as ferramentas que o Poder Pblico, especialmente municipal, deve utilizar para enfrentar os problemas de desigualdade social e territorial nas cidades. So instrumentos tributrios, financeiros, jurdicos e polticos para que os municpios brasileiros possam, atravs de seu Plano Diretor, implement-los em funo de suas realidades. So considerados como Instrumentos de Poltica Urbana: (i) Instrumentos do pargrafo 4 do art. 182 da Constituio Brasileira: Parcelamento e Edificao Compulsria de reas e Imveis Urbanos; Imposto Territorial sobre a Propriedade Urbana IPTU; Desapropriao para Fins de Reforma Urbana; (ii) Instrumentos de regularizao fundiria: Usucapio Especial de Imvel Urbano; Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia; Concesso do Direito Real de Uso; e (iii) Instrumentos urbansticos: Direito de Superfcie; Direito de Preempo; Outorga Onerosa do Direito de Construir; Transferncia do Direito de Construir; Operaes Urbanas Consorciadas; e Estudo de Impacto de Vizinhana. Neste sentido, este produto, contrapartida municipal ao FCS, tem como escopo a contratao de consultoria especializada que identificar como os instrumentos de poltica urbana podem contribuir para a ampliao da receita municipal, otimizando a aplicao de instrumentos, como: Outorga Onerosa do Direito de Construir, IPTU Progressivo, Contribuio de Melhoria, Operaes Urbanas Consorciadas, Transferncia do Direito de Construir, dentre outros. Contempla, entre outros, a identificao dos instrumentos urbansticos aplicados no municpio; a quantificao dos valores arrecadados por estes instrumentos; e propostas de ampliao da receita a partir da modificao da legislao urbana, de forma a permitir maior arrecadao. Atividade 4 Investimentos em urbanizao, infraestrutura, programas de cunho social, operaes Urbanas consorciadas e indenizaes por desapropriaes Recentemente regulamentado 22 de dezembro de 2015, pela Lei Complementar Municipal n 0211o Fundo de Desenvolvimento Urbano (FUNDURB) tem como fontes de receitas, conforme o Art. 9:I valores em dinheiro correspondentes Outorga Onerosa do Direito de Construir acima do ndice de aproveitamento mximo da respectiva zona; II valores em dinheiro correspondentes venda de ttulos consistentes em Certificados de Potencial Adicional de Construo (CEPACs) oriundos de operaes urbanas consorciadas; III 60% (sessenta por cento) da receita proveniente da aplicao de multas decorrentes de infraes legislao urbanstica arrecadadas atravs da Agncia de Fiscalizao de Fortaleza (AGEFIS); IV receita proveniente da aplicao de multas decorrentes de infraes legislao urbanstica arrecadadas atravs do Municpio de Fortaleza; V valores em dinheiro resultantes da venda, pelo Municpio, de reas remanescentes de desapropriao efetuada para a realizao de operaes urbanas consorciadas; VI rendas provenientes de aplicaes de seus prprios recursos; VII outras receitas a ele destinadas. Estes recursos podem ser aplicados em intervenes e atividades de urbanizao, infraestrutura, programas de cunho social, operaes urbanas consorciadas e indenizaes por desapropriaes. I na execuo de projetos que visem implantao e ao desenvolvimento de polticas pblicas urbansticas; II na execuo de programas de manuteno e conservao urbanstica; III na execuo de programas e projetos decorrentes da Lei Complementar n 0062, de 02 de fevereiro de 2009; IV na execuo de programas de urbanizao e de obras de infraestrutura nas zonas adensadas com carncia de servios; V na execuo de programas de cunho social prioritariamente voltados para as regies mais carentes

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    do municpio; VI na execuo de projetos e obras pertinentes e operaes urbanas consorciadas, inclusive indenizaes por desapropriaes. Tal qual ocorre com o FUNDEMA, parte do FUNDURB compor os investimentos requeridos de contrapartida municipal ao Projeto. Contudo, ainda no foram pr-identificadas aes para execuo nos primeiros 18 meses de Projeto.

    III. ESQUEMA DE FINANCIAMENTO

    10. Recursos financeiros e contrapartida. A implementao do Projeto envolve recursos totais da ordem de US$ 146.600.000,00 (cento e quarenta e seis milhes e seiscentos mil dlares americanos), dos quais 50% a serem financiados atravs de emprstimo tomado pela Prefeitura de Fortaleza, atravs da SEUMA, ao Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento (Banco Mundial ou BIRD). Os outros 50% constituem contrapartida municipal. A contrapartida ser na forma de bens e servios e dever ser monetariamente mensurvel e efetivamente comprovada. Os projetos que comporo as contrapartidas tm como financiadores o Fundo de Defesa do Meio Ambiente Fundema, o Fundo de Desenvolvimento Urbano Fundurb, e o prprio tesouro do Municpio. Outros projetos executados pelas demais Secretarias da Prefeitura de Fortaleza tambm podero compor as contrapartidas, desde que tenham relao com os objetivos e/ou em reas de atuao do FCS. Caber UGP, a partir do detalhamento das contrapartidas citadas acima, gerenciar os aportes financeiros e a documentao de tais contrapartidas, bem como realizar articulaes no sentido de garantir a correta documentao das demais aes realizadas . Estima-se que os investimentos sejam realizados durante um perodo de 6 (seis) anos. Vide quadros a seguir, que ilustram a distribuio de recursos por componente e categoria e o resumo das condies do emprstimo (Quadros 1 e 2).

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    QUADRO 1 CUSTOS POR COMPONENTES DO PROJETO

    Componentes / Subcomponentes do Projeto BIRD

    (USD milhes)

    PMF

    (USD milhes) Custo Total

    (USD milhes)

    %

    BIRD %

    PMF

    1. Restaurao Urbana e Ambiental 52.1 12.3 64.4 81% 19%

    1.1 Requalificao do Parque Rachel de Queiroz (PRDQ) 37.5 8.4 45.9 82% 18%

    1.2 Reduo pontual da Poluio da Vertente Marrima 14.6 3.9 18.5 79% 21%

    2. Fortalecimento do Planejamento e do Financiamento

    Terrestre / Solo 15.0 61 76.0 20% 80%

    2.1 Atualizao dos Instrumentos de Planejamento e do

    Licenciamento (Fortaleza On line). 10.0

    8.3

    18.3 55% 45%

    2.2 Implementao de Instrumentos de financiamento Terrestre

    / Solo 5.0 52.7 57.7 9% 91%

    3. Gesto do Projeto 6.0 0.0 6.0 100% 0%

    Custos Total

    Total de Custos do Projeto 73.1 73.3 146.4 49,9% 50%

    Front-End-Fee 0.183 0.0 0.183 0,1% 0%

    Financiamento total Necessrio 73.3 0.0 146.6 50% 50%

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    QUADRO 2 RESUMO DAS CONDIES CONTRATUAIS DO EMPRSTIMO PROJETO Fortaleza Cidade Sustentvel FCS

    RGO

    FINANCIADOR Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento BIRD (Banco Mundial)

    MUTURIO Prefeitura Municipal de Fortaleza PMF

    GESTOR / EXECUTOR Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente SEUMA

    DURAO 6 (seis) anos

    VALOR DO PROJETO US$ 146.600.000 (cento e quarenta e seis milhes e seiscentos mil dlares americanos)

    VALOR DO

    FINANCIAMENTO US$ 73.300.000 (Setenta e trs milhes e trezentos mil dlares americanos)

    PRAZO DE

    AMORTIZAO 24 anos

    PRAZO DE

    CARNCIA 06 anos

    PRAZO PARA

    DESEMBOLSO At 6 anos

    JUROS

    Emprstimo Flexivel BIRD com margem varivel * (EMV)

    LIBOR de 6 meses + 0,94% a.a. (emprstimo com taxa varivel)

    COMISSO DE

    COMPROMISSO

    (sobre o saldo no

    desembolsado)

    0,25% ao ano, sobre o saldo no desembolsado

    MOEDA USD (dlar americano)

    COMISSO DE

    ABERTURA DE

    CRDITO

    0,25% sobre o valor da operao

  • 27

    IV. ARRANJOS INSTITUCIONAIS E DE IMPLEMENTAO DO

    PROJETO

    11. Agncia Implementadora (SEUMA) A Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA) ser a agncia implementadora do Projeto. Uma Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP) ser criada dentro da SEUMA, composta por um Coordenador do Projeto e pessoal dedicado para administrao de Projetos e Gesto Financeira e para Compras. As funes tcnicas e de monitoramento e avaliao sero desempenhadas por pessoal-chave nomeado dentro da estrutura administrativa e organizacional da SEUMA. A SEUMA ser responsvel pela execuo das atividades do projeto, com apoio da SEINF, da UFC e da Secretaria Estadual de Segurana Pblica e Defesa Social (SSPDS) para o Subcomponente 1.1, AGEFIS e CAGECE para o Subcomponente 1.2 e SEFIN para Subcomponente 2.1. O quadro abaixo fornece detalhes.

    QUADRO 3 PRINCIPAIS FUNES DOS PARCEIROS DIRETAMENTE ENVOLVIDOS COM O PROJETO

    Subcomponente Entidade Funo

    1.1 Requalificao

    do Parque Raquel

    de Queiroz -

    PRDQ

    SEINF

    - Fornecer apoio gesto de salvaguardas sociais mediante o

    envolvimento de uma equipe social durante a Preparao para apoiar a

    SEUMA (i) realizar anlises preliminares; (ii) realizar levantamentos

    de locais; E (iii) preparar os instrumentos de salvaguarda social do

    projeto (nfase nos planos de ao de reassentamento para as

    intervenes priorizadas);

    - Realizar superviso de obras, apoiada por consultoria contratada pela

    SEUMA;

    - Prestar apoio SEUMA na preparao e verificao de aspectos

    tcnicos relacionados infra-estrutura, incluindo, entre outros: (i)

    Termos de Referncia; (Ii) pareceres tcnicos; (iii) verificao de

    estimativas de custos e listas de quantidades.

    SSPDS and UFC

    - Concesso dos trechos 8-10 do Parque RDQ, a depender de acordo

    entre a UFC e a SEUMA;

    - Apoio no desenvolvimento do plano de gesto ambiental para o

    Parque RDQ.

    1.2 Reducing

    point-source

    pollution along

    VM coastline

    CAGECE

    - Prestar apoio na preparao de estudos relacionados ao setor, Termos

    de Referncia e especificaes tcnicas dos documentos de licitao;

    - Acompanhar a superviso das obras, ignorando a implementao de:

    (i) as atividades de monitoramento e execuo; (ii) as conexes

    domsticas; e (iii) a captura e desvio dos fluxos de tempo seco da rede

    de drenagem para o sistema de esgoto;

    - Se acordado com o municpio, e conforme necessrio, executar

    operao e manuteno dos investimentos na captura e desvio de fluxos

    de tempo seco dos drenos de gua para o sistema de esgoto.

    - Suporte adicional relacionado ao projeto, conforme necessrio.

    AGEFIS - Ceder fiscais para as atividades de fiscalizao, junto com a SEUMA.

    2.1 Upgrade of

    planning

    instruments and

    licensing tools

    SEFIN

    - Compartilhar com a SEUMA os papis relacionados preparao,

    implementao e Monitoramento e avaliao das atividades

    relacionadas ao cadastro

    12. Unidade de Gesto do Projeto (UGP)

  • 28

    i) Principais Atribuies dos Membros da UGP

    Coordenador e suas atribuies. O Coordenador do Projeto ter como principais atribuies: (a) garantir o fluxo de comunicao direto entre UGP e Secretria, estabelecendo um elo tcnico-gerencial fundamental para a implementao do Projeto; (b) participar de reunies estratgicas com o Banco Mundial sobre a execuo do Projeto, com o objetivo de avaliar o progresso alcanado na implementao das atividades; (c) supervisionar o trabalho dos consultores individuais de apoio implementao do Projeto; (d) coordenar a preparao do Plano de Aquisies, das Prestaes de Contas / IFRs do Projeto, bem como dos subsdios preparao do Plano Plurianual (PPA) e do oramento do Municpio, no que lhe couber, e em articulao com a Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (ASPLAN), com a Coordenadoria Administrativo-Financeiro (COAFI) da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA) e com a Secretaria do Planejamento, Oramento e Gesto (SEPOG); (e) supervisionar e monitorar todas as atividades referentes aos estudos e projetos para a fundamentao e preparao das aes do Projeto; (f) tomar decises gerenciais quanto alocao dos investimentos do Projeto, desde que com a anuncia do Secretrio da SEUMA e da instituio financiadora do Projeto, bem como a partir de demanda justificada pelos demais tcnicos da UGP e pelas demais instncias parceiras do Projeto; (g) discutir, com os parceiros e a equipe da UGP, os acordos, os termos de cooperao, os contratos e demais instrumentos exigidos para a implementao do Projeto; (h) acompanhar a execuo fsica e financeira dos planos, estudos, projetos e obras constantes da carteira de intervenes do Projeto; (i) acompanhar, junto aos tcnicos da UGP, as diretrizes, metas e indicadores fixados para a consecuo dos objetivos do Projeto; (j) coordenar as atividades das empresas e consultores individuais contratados, bem como dos tcnicos da UGP, definindo, distribuindo e acompanhando as linhas de ao e as responsabilidades de cada um deles; (k) manter interlocuo constante da UGP com o Gabinete da SEUMA, solicitando quaisquer providncias executivas para a implementao e/ou a correo do andamento das atividades do Projeto; (l) manter interlocuo constante da SEUMA com as demais instncias setoriais envolvidas no projeto, dentro e fora da PMF, para a garantia da articulao e complementaridade entre as atividades, fundamentais para a correta implementao do Projeto; (m) manter interlocuo constante com a instituio financiadora do Projeto e demais atores da sociedade civil da regio; (n) mobilizar, sempre que necessrio, com quantidade e perfil adequado, um corpo complementar de especialistas para avaliar os impactos de fatos imprevistos sobre o andamento do Projeto, ou para a realizao de obras e servios especiais e atividades afins; (o) auxiliar os tcnicos da UGP na produo tcnica de relatrios, peas de planejamento e documentos referenciais do Projeto; (p) representar a SEUMA nos eventos que envolvam a exposio e/ou qualquer relao com o Projeto; e (q) realizar quaisquer outras atividades referentes ao gerenciamento do Projeto. Especialista Administrativo-Financeiro e suas atribuies. Desempenhar as funes de Ponto Focal Administrativo-Financeiro do Projeto, e ter como principais atribuies: (a) preparar as propostas do PPA, LDO e LOA (parte referentes ao Projeto) com a ASPLAN e a SEPOG, em colaborao com as reas tcnica, e de aquisies (que preparar os Planos de Aquisies do Projeto); (b) desenvolver atividades de apoio e assessoramento financeiro Coordenao do Projeto; (c) realizar o controle contbil-financeiro dos fundos recebidos e aplicados no Projeto; (d) realizar o controle financeiro da execuo do Projeto (por fontes de financiamento, por componentes e por categorias de gastos); (e) acompanhar a atividade centralizada pela COAFI de pagamento de consultorias, obras, bens e servios executados, de acordo com as medies e pareceres tcnicos, e em consonncia com os valores contratados; (f) realizar o registro das informaes fsico-financeiras nos sistemas operacionais do Municpio e do Banco, objetivando cumprir com as obrigaes contratuais e fornecer informaes

  • 29

    gerenciais do Projeto; (g) elaborar as Declaraes de Gastos (SOEs), os planos de aplicaes para solicitao de fundos de contrapartida do Municpio, e quaisquer outros documentos necessrios solicitao e aplicao dos recursos financeiros externos e internos, vinculados ao Projeto; (h) monitorar os recursos oramentrios e financeiros colocados disposio do Projeto, oriundos do Banco Mundial e de outras fontes, inclusive os de contrapartida; (i) elaborar a prestao de contas (IFRs) dos recursos do Projeto junto ao Banco Mundial; (j) tomar as providncias para a auditoria e o controle do patrimnio; (k) operar o Client Connection; (l) atender s solicitaes de auditores e/ou do Banco Mundial; e (m) desempenhar outras tarefas correlatas com suas atribuies. Especialista em Licitao e suas atribuies. Desempenhar as funes de Ponto Focal de Licitao do Projeto para apoio s atividades de licitaes realizadas pela CLFOR. Suas atribuies englobam: (a) apoiar / subsidiar a atuao da CLFOR na realizao de todos os procedimentos licitatrios do Projeto, seguindo, no que couberem, as diretrizes do Banco Mundial e as leis brasileiras, e em comum acordo com os rgos parceiros. Para tanto, dever: (a.1) apoiar os tcnicos na elaborao dos termos de referncia bem como elaborar os editais da licitaes; (a.2) manter interlocuo constante entre a SEUMA (coordenao da UGP, pontos focais tcnicos) e a CLFOR; (a.3) encaminhar estudos, projetos, obras, atividades e demais aes previstos pelo Projeto atravs de processos de seleo e/ou licitao especficos, de acordo com os padres, procedimentos e modalidades cabveis; (a.4) juntamente com o coordenador do FCS, elaborar os Planos de Aquisies do Projeto instrumentos para o planejamento das licitaes , providenciando as adaptaes e atualizaes necessrias junto aos demais membros da UGP; (a.5) analisar e emitir, quando requeridos pela CLFOR e/ou pelo Banco Mundial, pareceres sobre os processos de licitao; (a.6) elaborar relatrios de acompanhamento das aes do Projeto, notadamente contendo cronogramas do status dos processos licitatrios; (a.7) promover, acompanhar e controlar cadastro de empresas consultoras e consultores individuais relacionados ao Projeto; (a.8) manter na UGP, de modo a subsidiar a CLFOR, toda a documentao dos processos de seleo/aquisio e outros necessrios, organizados em arquivos fsicos e digitais, disposio, tambm, das instituies financiadoras, da auditoria etc.; (b) no caso especfico das licitaes a serem regidas pelas Normas do Banco Mundial: (b.1) conhecer, cumprir e divulgar entre os demais membros da SEUMA e da UGP as normas e procedimentos das Diretrizes para Aquisio e Seleo de Consultores do Banco Mundial; (b.2) assessorar a Coordenao do Projeto quanto s normas, procedimentos e diretrizes do Banco, notadamente no que disser respeito a quaisquer emails, ofcios e encaminhamentos necessrios; (b.3) manter contato frequente com o setor de licitaes do Banco para dirimir dvidas ou enviar documentos/processos de seleo/aquisio para anlise, quando couber; (b.4) emitir todos os pedidos de manifestao de interesse para elaborao de projetos, execuo de obras de infraestrutura e aquisio de bens, no mbito do Projeto; (b.5) elaborar, juntamente com a equipe tcnica do Projeto, critrios para avaliao dos portiflios e propostas tcnicas apresentados pelas empresas consultoras e consultores individuais; (b.6) elaborar, em articulao com a CLFOR, as listas longas, avaliar os portiflios das empresas e elaborar as listas curtas resultantes dos pedidos constantes do item anterior; (b.7) preparar os insumos para as solicitaes de propostas (SDPs) para encaminhamento CLFOR, que incluem: listas curtas, termos de referncia, informaes aos consultores e demais documentos exigidos pelo Banco Mundial; (b.8) solicitar as no-objees ao Banco Mundial para cada uma das fases que assim exigirem; (b.9) elaborar, em conjunto com a equipe tcnica da UGP, critrios de avaliao para as propostas tcnicas apresentadas pelas empresas consultoras; (b.10) participar de todas as comisses tcnicas de avaliao de propostas tcnicas e financeiras do Projeto; (b.11) orientar a equipe da UGP na elaborao dos relatrios de avaliao das propostas tcnicas apresentadas pelas consultoras/empresas e compilar, a

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    partir dos elementos fornecidos, os documentos finais de encaminhamento ao Banco e PGE; (b.12) elaborar, em conjunto com os demais membros da UGP, relatrio final de julgamento das propostas tcnico-financeiras recebidas e analisadas, apresentadas pelas consultoras/empresas; (c) desempenhar outras tarefas correlatas com suas atribuies. Ponto Focal para o Subcomponente 1.1 Reduo Localizada de Poluio em trechos da Bacia VM (guas da Cidade) e suas atribuies. O Ponto Focal Tcnico ser o gerente da Clula de Controle de Efluentes CECE/COFIS e ter como atribuies: (a) participar, juntamente com demais membros da UGP, e a partir de subsdios fornecidos pela equipe de consultores contratados, da definio da carteira de intervenes do Projeto, bem como das decises de carter tcnico que incorram em modificaes / ajustes da mesma; (b) desenvolver os termos de referncia de estudos, planos, projetos executivos e demais produtos que se faam necessrios para a implementao do Projeto ou elaborar subsdios para a subcontratao de consultores e/ou empresas para o desenvolvimento dos mesmos; (c) revisar os contedos dos termos de referncia, de modo a refletir neles os objetivos do Projeto; (d) levantar, analisar e compilar em relatrios, pareceres e/ou demais peas cabveis quaisquer dados tcnicos referentes carteira de investimentos deste Subcomponente do Projeto, que possam subsidiar decises gerenciais e/ou tcnicas da SEUMA e