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SIAGRO 7.0 SIMULAÇÃO DE PEQUENAS INDÚSTRIAS AGROPECUÁRIAS MANUAL DA EMPRESA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À BERNARD SISTEMAS ®

MANUAL ORIGINAL DA EMPRESA - Bernard...BERNARD SISTEMAS LTDA. Florianópolis, Julho de 2016. Este Manual pode ser alterado sem aviso prévio. Este manual é de uso exclusivo nas simulações

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SIAGRO 7.0 SIMULAÇÃO DE PEQUENAS INDÚSTRIAS

AGROPECUÁRIAS

MANUAL DA EMPRESA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À BERNARD SISTEMAS ®

BERNARD SISTEMAS LTDA. Florianópolis, Julho de 2016. Este Manual pode ser alterado sem aviso prévio. Este manual é de uso exclusivo nas simulações do SIAGRO 7.0 (simulador de indústrias do agronegócio). Ele pode ser fotocopiado ou disponibilizado em meio eletrônico (versão em PDF) para distribuição aos participantes destas simulações. Qualquer outro uso deve ser previamente autorizado, por escrito, pela Bernard Sistemas®.

ORIENTAÇÕES PARA LEITURA DESTE MANUAL Este manual foi elaborado com o objetivo de explicar o funcionamento da empresa simulada e o ambiente em que ela está inserida. A compreensão das explicações e definições apresentadas nesse manual é fundamental para a participação na simulação. A empresa é administrada por equipe de participantes, que são divididos por funções gerenciais. Portanto, a leitura deste manual deve seguir esta divisão, conforme apresentado a seguir:

O capítulo 1 apresenta os participantes, a dinâmica da simulação e os relatórios emitidos. Este capítulo deve ser lido por todos os participantes, pois apresenta informações básicas da simulação.

O capítulo 2 disponibiliza informações sobre a área de vendas. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 3 apresenta informações da área de produção. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 4 disponibiliza informações sobre a área de recursos humanos. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 5 apresenta informações da área financeira. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 6 apresenta o detalhamento de todos os itens que constam nos relatórios a serem utilizados pelos participantes. Este capítulo não deve ser lido e sim consultado quando houver dúvidas de entendimento de algum item dos relatórios.

Apêndice – Tabelas de consulta rápida – Os participantes podem utilizar estas tabelas para obter informações resumidas do Manual.

Pela estrutura de leitura do manual, observa-se que a equipe ideal é de 4 participantes. Se ela tiver menos ou mais integrantes, a leitura dos capítulos 2 a 5 deve ser ajustada com alguns participantes assumindo mais de uma função, ou dividindo algumas funções por dois participantes. Durante a simulação os participantes irão observar que é possível trabalhar com várias funções. Isto é aconselhável para que aprendizado proporcione a visão sistêmica do funcionamento da empresa.

SUMÁRIO

4 – Administração de Recursos Humanos 4-01

4.1 – Contratação 4-01 4.2 - Demissão 4-01 4.3 – Salario 4-01 4.4 – Treinamento 4-01 4.5 - Produtividade 4-02 4.6 – Decisões a Tomar 4-02

1 – Introdução 1-01

1.1 – Participantes 1-01 1.2 – Dinâmica 1-01 1.3 – Relatórios 1-02

2 – Administração de Vendas 2-01

2.1 – Produto 2-01 2.2 – Compradores 2-01 2.3 – Concorrentes 2-01 2.4 – Demanda 2-01 2.4.1 - Preço de Venda 2-02 2.4.2 - Prazo de Venda 2-02 2.4.3 - Propaganda 2-02 2.4.4 - Crescimento do Macro Setor 2-03 2.5 – Formas de Comercialização 2-03 2.6 – Perda de Produtos 2-03 2.7 – Decisões a Tomar 2-03

3 – Administração da Produção 3-01

3.1 – Programação da Produção 3-01 3.2 - Tipos de Máquinas 3-01 3.3 - Compra e Venda de Máquinas 3-02 3.4 - Compra de Matéria-Prima 3-03 3.5 - Compra de Embalagens 3-03 3.6 - Sistema de Custeio 3-04 3.7 - Gastos com Armazenagem 3-04 3.8 - Depreciação 3-05 3.9 – Decisões a Tomar 3-05

5 – Administração Financeira 5-01

5.1 - Empréstimos 5-01 5.1.1 - Empréstimo Programado 5-01 5.1.2 - Empréstimo Emergencial 5-01 5.2 – Financiamento 5-01 5.3 – Antecipação de Recebíveis 5-02 5.4 - Aplicação 5-02 5.5 – Imposto de Renda 5-02 5.6 – Decisões a Tomar 5-02

Apêndice - Tabelas de Consulta Rápida da Simulação

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Introdução 1-01

1 - INTRODUÇÃO O ambiente simulado é de pequenas indústrias agropecuárias. Estas indústrias podem ser caracterizadas como pequenas empresas familiares ou pequenas cooperativas industriais. Estas empresas têm seu resultado baseado no desempenho acumulado (lucro ou prejuízo). 1.1 – PARTICIPANTES Sugere-se que as empresas sejam gerenciadas por equipes de até quatro participantes. Cada membro da equipe deve ter uma função, podendo ser Administração de Vendas, Administração da Produção, Administração de Recursos Humanos e Administração Financeira. A condução da simulação ficará a cargo de uma pessoa denominada “Coordenador”, que será o responsável pela definição das variáveis macroeconômicas. 1.2 – DINÂMICA A simulação inicia com a distribuição de relatórios e de um jornal informativo, intitulado “A Gazeta”, que é editado pelo coordenador. No primeiro período, os relatórios são os mesmos para todas as empresas. Elas partem, portanto, de uma mesma situação inicial. Os relatórios e a Gazeta são os instrumentos básicos para que as empresas tomem decisões para o próximo período (trimestre). Outros relatórios e gráficos de desempenho também poderão ser distribuídos pelo coordenador para facilitar o processo da tomada de decisões. As decisões das empresas e do coordenador são então inseridas no simulador, que as processa, gerando novos relatórios.

FLUXOGRAMA DA DINÂMICA DO CURSO DE SIMULAÇÃO

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Introdução 1-02

O coordenador da simulação edita então outro jornal que, juntamente com os novos relatórios, permitirão um novo processo da tomada de decisões. Esta dinâmica se repete de modo que durante a simulação possam ser simulados vários trimestres da administração de uma pequena empresa que transforma produtos agrícolas em produtos industrializados.

1.3 – RELATÓRIOS Os relatórios da simulação contêm todas as informações necessárias para a tomada de decisões. Estes relatórios são: Relatório Contábil, Relatório Operacional e a Gazeta. Os Relatórios Contábil e Operacional apresentam informações confidenciais. A Gazeta, por sua vez, é a mesma para todas as empresas. Os relatórios citados anteriormente são indispensáveis para o processo de tomada das decisões. Outros relatórios poderão ser entregues esporadicamente pelo coordenador. A seguir são apresentadas informações básicas constantes em cada relatório. Explicações dos itens dos relatórios estão disponíveis na opção de Ajuda do site da simulação. Relatório Contábil: As informações contidas nesse relatório são confidenciais e relativas ao fluxo de caixa, limite de empréstimo para o próximo período, resultado econômico (custo do produto e Demonstração do Resultado do Exercício – DRE) e balanço patrimonial para o período simulado. Relatório Operacional: As informações contidas nesse relatório são confidenciais e relativas a estoques, máquinas, recursos humanos, dados de mercado – empresas, dados de mercado – conjuntura econômica e decisões tomadas pela empresa para o período simulado. Gazeta: É nesse documento que o coordenador divulga as suas decisões tomadas para a simulação. As empresas encontram nesse jornal os preços de todos os fornecedores para o período, a Taxa Básica de Juros (TBJ), a taxa de juros dos fornecedores, estimativa de importação de produtos, percentual de prejuízo ou lucro na venda de máquinas usadas, bem como as demais informações macroeconômicas necessárias para o processo de tomada das decisões. Algumas notícias relevantes do período anterior também são apresentadas nesse jornal.

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Administração de Vendas 2-01

2 - ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

A administração de vendas é responsável pela execução da política comercial. Para tanto, ela deverá negociar com os seus canais de distribuição (distribuidores). O conhecimento do mercado se torna fundamental para o bom gerenciamento das vendas. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre o produto, os canais de distribuição, os concorrentes, os fatores que influenciam a demanda, as formas de comercialização e as perdas dos produtos.

2.1 – PRODUTO O produto é proveniente do ramo do agronegócio. Para a sua fabricação são utilizadas matérias-primas oriundas da agricultura. Além da matéria-prima agrícola, o produto requer uma embalagem para ser acabado. A comercialização do produto se dá por lote. Cada lote equivale a 100 unidades de produto. O produto é perecível (validade de 45 dias). Isto significa que parte da produção não vendida será considerada como perda.

2.2 – COMPRADORES Os compradores dos produtos são os distribuidores, não os consumidores finais. Estes distribuidores podem ser atacadistas, ou supermercados que compram diretamente das indústrias do agronegócio. Todas as empresas da simulação têm acesso aos mesmos distribuidores. Estes canais de distribuição não diferenciam as empresas, ou seja, por serem produtos de igual qualidade, as negociações giram apenas em relação a preço, prazo e propaganda (este último fator determina o efeito da propaganda nos consumidores finais).

2.3 – CONCORRENTES

Os concorrentes são todas as empresas que vendem o mesmo produto dentro da mesma região de atuação da indústria. Os consumidores finais têm a mesma percepção de qualidade em relação ao produto a ser simulado. A qualidade não é, portanto, um fator de diferenciação dos produtos. O que pode diferenciar o produto, entretanto, é a sua presença no mercado, ou seja, as empresas com mais vendas acumuladas nos períodos anteriores têm um peso maior quando da escolha do produto por parte do consumidor. Este peso é tanto maior, quanto maior for a participação nas vendas nos períodos passados. A menor presença no mercado, entretanto, pode ser compensada por uma política mais agressiva em relação a preço, prazo e/ou propaganda (veja item a seguir).

2.4 - DEMANDA

As vendas estão diretamente relacionadas com a demanda. Quando a demanda da empresa for superior aos produtos que ela tem para oferecer, será criada uma demanda insatisfeita. Parte desta demanda insatisfeita será transferida para a concorrência e o restante será perdido. Quando a demanda da empresa for inferior às vendas, significa que parte de suas vendas foi para clientes da concorrência. Nesse caso houve uma demanda não atendida pela concorrência. A demanda é determinada pela influência dos fatores: preço, prazo, propaganda e crescimento do macro setor. Os fatores preço, prazo e propaganda são controláveis pelas empresas. O crescimento do macro setor é uma variável macroeconômica, não podendo ser controladas pelas empresas. Os itens a seguir fornecem detalhes sobre cada fator que influencia a demanda.

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Administração de Vendas 2-02

2.4.1 - PREÇO DE VENDA

O comportamento da demanda é inversamente proporcional ao preço, ou seja, a demanda diminui à medida que o preço aumenta. O produto tem uma alta elasticidade-preço em relação à demanda, ou seja, pequenas variações no seu preço acarretam em uma grande variação na sua demanda. O preço da concorrência também influencia a demanda por produtos da empresa. Considerando que as demais variáveis que influenciam a demanda permaneçam constantes, a empresa que praticar os menores preços terá uma demanda maior. O preço negociado entre as empresas e os seus compradores (distribuidores) é repassado para o consumidor final, aplicando uma margem fixa para todas as empresas. Esta política dos distribuidores resulta em uma mesma proporção de preços entre as empresas, seja no atacado, ou no varejo. 2.4.2 - PRAZO DE VENDA O prazo de venda a ser negociado é entre a empresa e seus compradores (distribuidores). Grande parte destes distribuidores pode comprar à vista ou a prazo, dependendo das condições da venda. Prazo de pagamento, entretanto, é um fator de estímulo às vendas. Dentre as empresas que estão praticando vendas a prazo, terão mais demanda aquelas que tiverem menores prestações (a prestação é formada pelo preço à vista e a taxa de juros sobre venda a prazo). 2.4.3 - PROPAGANDA A propaganda tem por objetivo atingir o consumidor final. Os compradores (distribuidores) apenas expressam os desejos destes consumidores, buscando comprar em maior quantidade os produtos daquelas empresas que estão aplicando mais em propaganda. Para cada período a empresa pode realizar até 9 campanhas de propaganda. A demanda é proporcional ao número de campanhas aplicadas, ou seja, quanto maior o número de campanhas, maior será a demanda. Existe, porém, um efeito de saturação, onde ocorre um aumento muito pequeno da demanda em relação ao número de campanhas adicionais aplicadas. As empresas devem, então, determinar o número ótimo de propaganda para evitar o desperdício de recursos. A empresa também deve monitorar seus investimentos em propaganda em relação os investimentos das concorrentes. No Relatório Operacional é informado um comparativo entre o número de propagandas realizado pela empresa e a média do seu setor. A tabela a seguir apresenta as faixas consideradas.

INVESTIMENTO EM PROPAGANDA

Muito Baixa < -1,49*1

Baixa -1,49 a -0,50*1

Média -0,49 a 0,49*1

Alta 0,50 a 1,49*1

Muito Alta > 1,49*1

*1 Investimento em Nº de propagandas da empresa em relação à média do setor

A propaganda realizada em um período tem seu efeito distribuído em três períodos de forma decrescente. A maior parte do efeito se dá no próprio período de solicitação (período P), outra parte se dá no período P+1 e uma pequena parte influi na demanda do período P+2. Considera-se que, para um mesmo número de propaganda aplicado, o seu efeito será o mesmo, independente do trabalho realizado. O consumidor não julga, portanto, a qualidade da campanha de propaganda realizada, nem a eficácia do meio de divulgação adotado.

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Administração de Vendas 2-03

2.4.4 - CRESCIMENTO DO MACRO SETOR O crescimento do macro setor é determinado pela atividade econômica do agronegócio do qual as empresas simuladas fazem parte. Considerando que as variáveis que influenciam a demanda não sofram variações, a demanda total pelo produto irá crescer conforme o crescimento do macro setor. Entretanto, as empresas alteram suas políticas comerciais, acarretando um crescimento do micro setor (composto pelas empresas simuladas) diferente do crescimento do macro setor. O crescimento do macro setor, entretanto, influencia o micro setor. Assim é importante saber a tendência de variação do macro setor, podendo ser positiva, negativa ou nula. Quando positiva, indica o macro está em expansão. Quando negativa, indica uma retração. Quando zero, indica que, na média, não há variação dos micros setores que fazem parte do macro setor do agronegócio. O crescimento do macro setor ocorrido em cada período é divulgado nos indicadores macroeconômicos do Relatório Operacional. 2.5 - FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO A empresa pode estipular uma taxa de juros para as vendas a prazo. A seguir são apresentadas as formas de recebimento das vendas que a empresa pode adotar:

à vista.

1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (as duas parcelas são constantes, corrigidos pelos juros).

Cálculo do valor das parcelas para cada produto vendido a prazo:

Onde: P = Valor da parcela, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados.

$ = Preço à vista unitário do produto. i = percentual de juros dividido por 100.

Para calcular o valor total de cada parcela a receber, deve-se multiplicar o valor da parcela unitária (com duas casas decimais) pelo número de produtos vendidos. 2.6 – PERDA DE PRODUTOS O produto é perecível. Na sua embalagem consta que o prazo de validade é de 45 dias (meio período simulado) da sua fabricação. A logística de venda sempre irá priorizar a comercialização dos produtos que forem fabricados primeiro. Entretanto, ao longo do período algumas perdas poderão acontecer, principalmente se a política comercial não for favorável. Neste caso, os compradores poderão dar prioridade aos produtos da concorrência. A empresa deve, portanto, tentar equilibrar a quantidade de produto disponível para venda com a demanda. Caso contrário, ela poderá ter perda de produtos, sacrificando o seu resultado. As perdas, caso ocorram, serão consideradas como despesas de vendas, já que o produto foi fabricado, mas não comercializado. 2.7 – DECISÕES A TOMAR A área comercial tem por objetivo vender os produtos fabricados e que são demandados pelo mercado. As decisões a serem tomadas são relativas ao preço de venda, ao prazo de venda (decisão conjunta com financeiro, pois envolve a definição de eventuais juros) e à propaganda.

P = $ * i * (1 + i)

(1 + i)² - 1

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Administração da Produção 3-01

3 - ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A administração da produção é responsável pela fabricação dos produtos que serão destinados à venda. Para tanto, ela deverá manter a produção balanceada e com custos de produção mais baixos possíveis. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre a programação de produção, tipos de máquinas disponíveis, compra e venda destas máquinas, compra de matéria-prima, insumos e embalagens, sistema de custeio, gastos com estocagem e depreciação de máquinas, prédios e instalações. 3.1 – PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO A empresa produz somente um tipo de bem de consumo perecível. Para a sua produção são necessárias 2 unidades de matéria-prima agrícola e 1 embalagem. A capacidade de produção depende do número de empregados da produção, da disponibilidade de embalagens, da quantidade e tipo de máquinas utilizadas, do nível de atividade e de uma eventual produção extra. As matérias-primas não são fatores limitantes da produção, já que sempre existirão fornecedores emergenciais para suprir a falta destes insumos na produção. A produção extra poderá ser de até 25%. Para tanto, o nível de atividade deve estar em 100%. No caso da empresa optar por produção extra, as horas adicionais que os empregados da produção trabalharem, serão 50% mais caras. A empresa pode diminuir a sua produção no período, diminuindo o nível de atividade da produção. A diminuição deste nível tem por objetivo evitar produzir com matérias-primas e embalagens compradas de forma emergencial e/ou evitar perdas com produtos fabricados e não vendidos. A desvantagem da diminuição do nível de atividade é que, com exceção das matérias-primas, embalagens e manutenção de máquinas, os demais custos continuam fixos (Ex.: mão-de-obra, depreciação, etc...). 3.2 - TIPOS DE MÁQUINAS Existem três tipos de máquinas que podem ser utilizadas no processo produtivo. As especificações de cada tipo de máquina estão descritas na tabela a seguir:

TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS

Tipo Alfa Beta Gama

Preço Inicial*1 50.000 150.000 300.000

Produção*2 200 600 1.200

Nº de empregados*3 8 23 45

Custo de manutenção (%)*4 0,004 * Idade 0,003 * Idade 0,002 * Idade

Preço de compra: Valores para o período 0. O jornal Gazeta divulgará a cada período eventuais variações nos preços de aquisição das máquinas. Produção: Esta produção considera que o nível de atividade seja de 100%, sem produção extra (hora-extra), exista empregados necessários e a produtividade destes empregados esteja em 1.0.

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Administração da Produção 3-02

Nº de empregados: Empregados necessários para ocupar os postos de trabalho em cada tipo de máquina. Esta necessidade não muda em função de variação de produtividade dos empregados. Assim, não adianta contratar mais empregados para compensar uma produtividade baixa, pois estes não terão postos de trabalho disponíveis. Se não houver empregados suficientes para operar todas as máquinas, eles serão alocados primeiramente às máquinas Gama, Beta e, por último, Alfa. Para um mesmo tipo de máquina, a alocação de empregados se dará primeiramente às máquinas mais novas. A produção nas máquinas em que faltarem empregados será proporcional ao número de empregados disponíveis. Custo de manutenção: Dado com base em um percentual do preço da máquina nova. Este percentual é crescente, conforme o envelhecimento da máquina. Devem ser acrescentadas ao custo de manutenção eventuais produções extras ou diminuídas eventuais reduções no nível de atividade de produção e/ou falta de empregados. Ex. Máquina Alfa com 13 períodos e preço de máquina nova = $ 50.000. Manutenção = 50.000 X 0,004 X 13 = $2.600. Se houver 7% de produção-extra o custo sobe para $ 2.782 (2.600*1,07). Se o nível de atividade for 90% e tiver 6 empregados o custo será de $ 1.755 (2.600 * 0,9 * 6/8). DICA: se a empresa tiver mais de uma máquina de um mesmo tipo, o custo das máquinas pode ser feito por tipo de máquina, bastando utilizar a idade média (informação disponível no Relatório Operacional) e multiplicar o custo de manutenção calculado pelo número de máquinas (considerando no cálculo, eventual falta de empregados).

A empresa tem no início do período 1 apenas máquinas Alfa. A seguir são apresentados os dados referentes a cada uma destas máquinas:

TABELA DE MÁQUINAS NO INÍCIO DO PERÍODO 1

MÁQUINAS ALFA

Idade*1 Quantidade*2 Preço de compra Depreciação acumulada

Valor contábil*3

5 1 50.000 6.250 43.750 10 2 48.000 12.000 36.000 20 2 45.000 22.500 22.500

Total*4 5 236.000 75.250 160.750 *1 A idade é dada em períodos. *2 A quantidade corresponde no final do período 0. *3 O valor contábil é o preço de compra, diminuído da depreciação acumulada. Este valor

é dado por máquina, com exceção da linha Total *4 O total diz respeito à soma de todas as máquinas.

3.3 - COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS A empresa pode vender as suas máquinas em qualquer período. A compra das máquinas está condicionada à sua disponibilidade por parte dos fornecedores (eventuais faltas de máquinas novas para venda serão divulgadas na Gazeta). Quando da compra de máquinas é liberado um financiamento do Banco de Desenvolvimento Agrícola (BDA), conforme está explicado no item “Financiamento” do capítulo 4. A quantidade de máquinas a ser comprada não pode ultrapassar a capacidade máxima das instalações, que é de produzir 3.600 unidades por período (sem produção-extra). As máquinas adquiridas no período P chegam apenas no final deste, e não podem ser vendidas nesse período. As máquinas adquiridas no período P, por chegarem no final do período, somente irão começar a produzir no início do período P+1.

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Administração da Produção 3-03

Caso a empresa deseje vender máquinas, os compradores oferecerão de 80 a 120% do seu valor contábil (este percentual poderá variar, sendo divulgado a cada período na Gazeta). Entende-se por valor contábil, o valor histórico de aquisição das máquinas menos a sua depreciação acumulada. A diferença entre o valor de venda e o valor contábil será computada como receita não operacional (quando o percentual for maior que 100%) ou como despesa não operacional (quando o percentual for menor que 100%). A empresa deve fazer um acompanhamento de suas máquinas, conforme exemplificado na tabela anterior para saber o valor contábil de suas máquinas. As máquinas mais velhas são vendidas em primeiro lugar. As máquinas vendidas no período P saem apenas no final deste período. 3.4 - COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA A compra de matérias-primas é feita de dois fornecedores: produtor rural ou intermediário. A compra do produtor rural requer que a matéria-prima a ser utilizada seja solicitada com um período de antecedência, pois o produtor rural entrega apenas no final de cada período. A quantidade máxima de matéria-prima que a empresa pode armazenar é de 15.000 unidades por período. Ela deve cuidar, entretanto, com as compras do produto rural, pois a matéria-prima agrícola é perecível, ou seja, ela será perdida caso não seja industrializada no período seguinte ao da compra. Quando a empresa não tiver matéria-prima suficiente para a produção, haverá uma compra de intermediários. Estas compras se dão de forma automática e somente na quantidade necessária para concluir a produção programada do período. Desta forma, as matérias-primas vão direto para a produção, não existindo, portanto, custo de estocagem. Estas compras, entretanto, custam 30% mais caras do que se fossem compradas diretamente do produtor rural. As matérias-primas são compradas sempre à vista, tanto do produtor rural, quanto do intermediário. O preço das matérias-primas do produtor rural é divulgado a cada período na Gazeta. 3.5 - COMPRA DE EMBALAGENS As embalagens necessárias para acondicionar os produtos fabricados são fornecidas pelas indústrias de embalagens. Os pedidos de embalagens feitos no início do período são entregues ao final deste período. Ou seja, assim como para as matérias-primas, as embalagens necessitam ser compradas com um período de antecedência em relação à produção. O agravante, é que não existem compras emergenciais de embalagens. Se houver falta de embalagens o produto não é fabricado. O fornecedor de embalagens aceita pedidos de até 9.999 unidades para cada indústria, o que é uma quantidade muito superior às necessidades. Ele vende seus produtos à vista (modo de pagamento = 0) ou a prazo (modo de pagamento = 1). Para compras a prazo este fornecedor acrescenta uma taxa de juros. O preço à vista, assim como a taxa de juros cobrada pelo fornecedor é divulgada a cada período na Gazeta. A seguir é apresentada a forma de pagamento das compras de embalagens a prazo:

1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (as duas parcelas são com valores constantes, corrigidos com os juros do fornecedor).

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Administração da Produção 3-04

Cálculo do valor das parcelas para compra de matéria-prima a prazo:

Onde: P = Valor da parcela, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados.

$ = Preço à vista unitário da matéria-prima. i = percentual de juros do fornecedor dividido por 100.

Para calcular o valor total de cada parcela a pagar, deve-se multiplicar o valor da parcela unitária pelo número de embalagens compradas.

3.6 - SISTEMA DE CUSTEIO O sistema de custeio utilizado para as matérias-primas e embalagens é o custo médio ponderado. Por este sistema os estoques são avaliados em função dos vários preços de aquisição. A ponderação é realizada de acordo com a quantidade existente em estoque para cada preço de aquisição. Se a empresa consumir todas as matérias-primas existentes no início do período, o valor dos estoques de matérias-primas ao final do período será o próprio valor de compra do período. Caso contrário, será utilizado o sistema de custeio pela média ponderada. Mesmo raciocínio é válido para os produtos acabados, ou seja, somente haverá custeio pela média ponderada se sobrarem produtos não vendidos no período anterior. Caso contrário, o custo dos produtos acabados será o próprio custo de produção do período. Para o período 1 o custo unitário da matéria-prima agrícola a ser utilizada na produção é $ 60,00. Já para a embalagem este custo é de $ 40,00.

3.7 - GASTOS COM ARMAZENAGEM A manutenção de matérias-primas e embalagens incorre em gastos adicionais. A apropriação destes gastos é como custo de produção. Eles são calculados multiplicando-se a quantidade de estoques existentes no início do período, por 5% do seu preço de compra à vista no período (lembre-se que para as matérias-primas compradas do intermediário não têm custo de estocagem). A seguir é apresentada a fórmula para o cálculo dos gastos com estocagem.

Gastos com armazenagem = 0,05 x (Qtde_MPA*1 x Preço à Vista*2 + Qtde_Embalagem*1 x Preço à Vista*2)

*1 Qtde_MPA = Quantidade existente no início do período. *2 Preço à Vista = Preço à vista no período em que o custo de armazenagem está sendo calculado.

Além dos gastos com armazenagem de matérias-primas e embalagens, também existe gasto com a manutenção dos estoques de produtos acabados não vendidos no período anterior. Estes gastos equivalem a 10% do valor do estoque, que consta no Balanço patrimonial e são computados como despesas de vendas, já que o produto já foi fabricado.

P = $ * i * (1 + i)

(1 + i)² - 1

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Administração da Produção 3-05

3.8 - DEPRECIAÇÃO O uso de prédios, instalações e máquinas acarreta em uma desvalorização destes ativos. Para representar esta desvalorização é computada, a cada período, uma despesa de depreciação (modo linear). A depreciação de prédios e instalações é de 1% ao período. Esta despesa de depreciação é rateada em 20% para o departamento administrativo, 10% para o departamento de vendas e 70% para o departamento de produção. A depreciação das máquinas é de 2,5% ao período, sendo toda absorvida pelo departamento de produção. Os percentuais de depreciação são constantes, independente do nível de atividade e de eventual produção extra. 3.9 – DECISÕES A TOMAR A área de produção tem por objetivo fabricar os produtos demandados pelo mercado. As decisões a serem tomadas são o nível de atividade da produção e eventual produção extra para suprir demanda acima da capacidade normal. É importante destacar que a produção-extra, por envolver horas-extras, é mais cara. A área de produção deve ainda se preparar para a produção do período seguinte. Para tanto ela deve realizar compras programadas de matérias-primas agrícolas junto ao produtor rural, embalagens e atualização do parque fabril. Isto requer a compra e/ou venda de máquinas, seja para ajustar à demanda, seja para substituir máquinas velhas, que encarecem o custo de produção em função do custo de manutenção crescente.

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Administração de Recursos Humanos 4-01

4 - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A empresa tem empregados da produção (que podem ser contratados e demitidos) e 6 empregados fixos (não podem ser demitidos). Os empregados fixos correspondem a 4 administrativos e 2 vendedores. Os empregados do departamento administrativo e de vendas são considerados como despesas fixas, pois o seu número permanece constante, independente do nível de atividade da produção e eles não fazem hora extra. 4.1 - CONTRATAÇÃO A empresa pode alocar até 150 empregados dentro de suas instalações, incluindo os 6 empregados fixos (administrativos e de vendas). A contratação de empregados deve, portanto, respeitar o limite de capacidade das instalações. A efetivação da contratação dos empregados se dá inteiramente no início do período da solicitação. A produtividade dos novos empregados irá variar de 90 % a 110% da produtividade média dos empregados existentes. Esta variação de produtividade dos novos empregados dependerá do número de empregados a serem contratados, do salário pago e do treinamento inicial dado aos novos empregados. 4.2 - DEMISSÃO A empresa pode demitir apenas os empregados da produção. A demissão é efetuada no início do período, gerando um custo de indenização de 60% do salário trimestral (salário base do período de demissão) para cada empregado demitido. O débito é feito no próprio período. 4.3 - SALARIO A empresa está proibida, por lei, de diminuir os salários, mesmo trabalhando a um nível de atividade menor que 100%. Portanto, o salário pago deve ser, no mínimo, igual ao salário pago no período anterior, respeitando também o teto máximo de reajuste de 50% no período para que a empresa não se inviabilize. A produção extra eleva a folha de pagamento dos empregados do setor produtivo. Haverá incidência, além do valor da hora normal, de 50% a mais por hora extra trabalhada. Por exemplo, para um aumento de 10% da produção em virtude de horas extras, haverá um aumento 15% da folha de pagamento (10% do aumento na produção + 50% de encargos em cima de 10%). Este cálculo é válido para todos os aumentos na produção, em função das horas extras, que podem ser de 1 a 25%. Os empregados administrativos e vendedores recebem, em média, o dobro do salário dos empregados da produção. 4.4 - TREINAMENTO Os gastos com treinamento devem ser realizados com base em um percentual da folha de pagamento dos empregados da produção (desconsiderando as horas-extras e as despesas de demissão). Os gastos com treinamento se tornam mais importantes quando da contratação de novos empregados. A vantagem de investir em treinamento dos empregados da produção é aumentar a produtividade dos empregados. O percentual ideal a ser aplicado em treinamento não

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Administração de Recursos Humanos 4-02

é conhecido. Entretanto, ela pode verificar qual o aumento da produtividade ocorrido em função de um dado percentual investido. 4.5 - PRODUTIVIDADE A produtividade é resultado da disposição ao trabalho, do retorno do treinamento realizado e da intensidade do ganho em função da produção repetitiva (ganho obtido pela aprendizagem). O ganho de produtividade em função da produção repetitiva é de 1% ao período, desde que não haja queda de motivação dos empregados. A produtividade dos empregados da produção é medida por dois indicadores: a produtividade propriamente dita e a produção média por homem (Produção/Homem). O indicador de produtividade inicia em 1.0 (período 0) e a partir deste período pode diminuir, ou aumentar, de acordo com as situações a seguir. Aumento da produtividade em função de:

Treinamento: de acordo com os gastos realizados em cursos para os empregados da produção. O treinamento deve ser maior nos períodos em que a empresa estiver contratando empregados;

Produção Repetitiva: decorrente da aprendizagem alcançada por produzir de forma repetitiva;

Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for superior à produtividade dos empregados existentes;

Aumento da Motivação: provocada pelo aumento real de salário (com base no salário médio do setor e da inflação).

Diminuição da produtividade em função de:

Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for inferior à produtividade dos empregados existentes;

Queda da Motivação: provocada pela queda relativa do salário (comparado ao salário das outras empresas e pela inflação) e pela demissão de empregados.

A Produção/Homem indica a quantidade média de produtos fabricados por empregado do setor produtivo. Esse indicador é calculado dividindo-se a produção do período pela quantidade de empregados do setor produtivo durante o período. Esse indicador pode ser utilizado para comparar a produção da empresa, por empregado, com a produção média por homem do setor industrial em que ela está inserida. A variável Produção Média/Homem do setor não leva em consideração eventuais horas extras realizadas. Portanto, se a empresa estiver praticando produção-extra, ela deve desconsiderá-la da sua produção média para comparar com a produtividade média do setor. 4.6 – DECISÕES A TOMAR A área de recursos humanos tem por objetivo atender as necessidades de empregados da produção com a maior produtividade possível. As decisões a serem tomadas são relativas à contratação ou demissão de empregados, salário (base na inflação e média de mercado) e treinamento. O responsável pela área de recursos humanos deve monitorar o nível de produtividade dos empregados em relação à média do setor.

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Administração Financeira 5-01

5 - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A administração financeira é responsável pelo controle de empréstimos, financiamentos, antecipação de recebíveis, aplicação dos recursos e elaboração do fluxo de caixa. Sobre estes itens incide a Taxa Básica de Juros – TBJ (que pode ser pré ou pós-fixada), adicionada de um percentual fixo. Essa taxa é determinada pelo banco central e baliza as demais taxas de juros praticadas pelos bancos. A Gazeta divulgará a TBJ em vigor para cada período. 5.1 - EMPRÉSTIMOS Existem dois tipos de empréstimos disponíveis no mercado financeiro: empréstimo programado e empréstimo emergencial. Os empréstimos programados são concedidos com taxa de juro pré-fixada. O empréstimo emergencial, por sua vez, é concedido com taxa de juros pós-fixada. No mesmo período é possível receber os dois tipos de empréstimos, entretanto, os empréstimos programados devem respeitar o limite estipulado pelos bancos, sendo que, para cada 1 unidade monetária emprestada, devem existir 1,3 unidades monetárias de Ativo Imobilizado (máquinas, prédios e instalações, cada um com a subtração de sua respectiva depreciação acumulada, mais os terrenos), para ser dado como garantia. Os empréstimos já recebidos e ainda não pagos devem ser reduzidos do limite calculado. 5.1.1 - EMPRÉSTIMO PROGRAMADO Nesse tipo de empréstimo, o principal da dívida deve ser pago no próximo período, acrescido da TBJ pré-fixada mais 2% (Ex: TBJ = 5%, juros para o empréstimo = 7%). O limite de empréstimo programado é apresentado no Relatório Contábil do período passado. 5.1.2 – EMPRÉSTIMO EMERGENCIAL Esse empréstimo cobre as necessidades de caixa não programadas. O empréstimo emergencial é concedido automaticamente, quando for verificada falta de recursos para cobrir os pagamentos do período. A quantia a ser liberada será igual ao valor dos gastos a serem cobertos evitando, que a empresa entre em atrasos. Para o empréstimo emergencial é cobrada a TBJ pós-fixada mais um percentual de 4 a 10%, a ser informado na Gazeta do período 1. O montante emprestado, bem como os juros, deverão ser pagos no próximo período. 5.2 - FINANCIAMENTO Este financiamento é concedido pelo Banco de Desenvolvimento Agrícola (BDA) e se destina exclusivamente para aquisição de máquinas. A empresa não precisa solicitar este financiamento, pois ele é liberado automaticamente. O valor liberado pelo BDA corresponde a 60% do valor das máquinas a serem adquiridas no período (creditado na conta Financiamento de Máquinas do fluxo de caixa), respeitando o limite da capacidade das instalações que é de 3.600 unidades por período. Os 40% restantes não são financiados, ou seja, a empresa deve fazer provisionamento para pagamento no período da compra das máquinas. O Sistema de Amortização Constante (SAC) é utilizado para o financiamento, com 4 períodos de carência. Durante a carência, o único pagamento a ser efetuado é o dos juros. A taxa de juros cobrada é a TBJ pós-fixada. Após a

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carência a empresa deve pagar o financiamento em 4 períodos. Para o financiamento não importa o limite de empréstimo, pois as próprias máquinas financiadas são dadas como garantia. ATENÇÃO: No final do período zero a empresa obteve um financiamento de $ 353.000 (juros pós-fixados). Este financiamento começará a ser amortizado no período 5 ($ 88.250 ao período), finalizando no período 8. Os juros, entretanto, devem ser pagos a partir do período 1. Este financiamento destinou-se à construção de novas instalações, o que permitirá produzir até 3.600 unidades por período (com produção normal, sem produção extra). 5.3 – ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS A empresa pode antecipar o recebimento das vendas a prazo. Os recebíveis possíveis de serem antecipados são a parcela a prazo das vendas a serem realizadas no período. A taxa de antecipação de recebíveis é TBJ + 2%. Para solicitar a antecipação de recebíveis, deve ser informado quanto se pretende antecipar. O valor a ser apresentado no Fluxo de Caixa será o valor líquido, ou seja, o valor antecipado deduzido do valor correspondente à taxa cobrada. Se o valor líquido for diferente do previsto, significa que a empresa não tinha recebíveis suficientes para antecipar, conforme solicitado, pois os recebíveis dependem das vendas a prazo no período, que podem não ocorrer. 5.4 - APLICAÇÃO O excedente de caixa poderá ser aplicado no mercado financeiro. As taxas de juros oferecidas são iguais à taxa básica de juros em vigor no período mais 1% (Ex: TBJ = 5%, juros com a aplicação = 6%). A aplicação é feita por período. O resgate do principal e dos juros se dá automaticamente no período seguinte. Uma vez feita a aplicação, ela não poderá ser resgatada no mesmo período. Assim, se houver falta de dinheiro, a empresa terá dinheiro aplicado e receberá empréstimo emergencial para cobrir o saldo negativo. Esta não é uma boa estratégia, pois as taxas de juros da aplicação sempre são inferiores à taxa de juros do empréstimo emergencial. 5.5 - IMPOSTO DE RENDA Sobre o lucro líquido incide imposto de renda, que deve ser pago no período seguinte ao da apuração do resultado do trimestre (período). A alíquota do imposto de renda será informada na primeira Gazeta, podendo variar de 5 a 50%. 5.6 – DECISÕES A TOMAR A função básica do gestor financeiro é realizar o fluxo de caixa a cada período (veja estrutura do caixa no Relatório Contábil). Se faltar dinheiro é possível realizar as seguintes opções: realizar um empréstimo programado (verificar o limite de empréstimo no Relatório Contábil), antecipar recebíveis, alongar prazo de pagamento junto a fornecedor de embalagens ou reduzir prazo de venda dos produtos. Esta última opção deve ser negociada com o departamento comercial, pois ela reduz demanda pelo produto. Caso o fluxo de caixa final fique com saldo positivo, este deve ser aplicado no mercado financeiro. Entretanto, é prudente deixar uma reserva de caixa para evitar quebra de caixa. O financeiro deve também determinar junto com o comercial a taxa de juros sobre venda a prazo.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação

TABELAS DE CONSULTA RÁPIDA DA SIMULAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

PREÇO DE VENDA

O preço é inversamente proporcional à demanda. Maior o preço, menor a demanda.

O preço da concorrência também influencia na demanda da empresa.

PRAZO DE VENDA

A empresa pode vender a prazo, para aumentar a sua demanda. Nesse caso, ela

estipulará uma taxa de juros sobre estas vendas.

PROPAGANDA

Número de campanhas por período*1 De 0 a 9

Benefícios*2 P, P + 1, P + 2

Preço de cada campanha Informado na Gazeta *1 Maior o número de campanhas, maior a demanda, até o ponto de saturação. *2 P = Período da Aplicação (alto benefício); P+1 (médio benefício); P+2 (baixo benefício).

INVESTIMENTO EM PROPAGANDA

Muito Baixa < -1,49*1

Baixa -1,49 a -0,50*1

Média -0,49 a 0,49*1

Alta 0,50 a 1,49*1

Muito Alta > 1,49*1 *1 Investimento em número de propagandas da empresa em relação à média investida pelas

empresas do setor (disponível no Relatório Operacional).

CRESCIMENTO DO MACRO SETOR

A demanda é proporcional ao índice de crescimento do macro setor. Quanto maior o

índice, maior a demanda (considerando constantes os demais fatores).

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E RH

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

Produto Agroalimentar

Tipo Perecível (validade de 45 dias = ½ período)

Composição 2 matérias-primas agrícolas + 1 embalagem

CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO

Determinam a Produção Nº de empregados, quantidade e tipo de máquinas, nível de

atividade e produção extra.

Limitação da Produção Empregados, máquinas ou embalagem.

Nível de Atividade de 0 a 100%

Produção Extra

Caso o nível de atividade seja 100%, é possível produzir mais

de 1 a 25%. Nesse caso, a hora-extra dos empregados da

produção é 50% mais cara.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação

ESPECIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS

Tipo Alfa Beta Gama

Preço no Período 0 50.000 150.000 300.000

Produção*1 200 600 1.200

Nº de empregados*2 8 23 45

Custo de manutenção (%)*3 0,004 * Idade 0,003 * Idade 0,002 * Idade *1 Considerando: produtividade dos empregados = 1,0 , produção extra = 0 e nível de

atividade = 100%. *2 Nº de empregados necessários para cada tipo de máquina. *3 Este percentual é calculado sobre o preço de uma máquina nova, considerando nível de

atividade, produção extra e eventual falta de empregados.

MÁQUINAS ALFA

Idade*1 Quantidade*2 Preço de compra Depreciação

acumulada

Valor contábil*3

5 1 50.000 6.250 43.750

10 2 48.000 12.000 36.000

20 2 45.000 22.500 22.500

Total*4 5 236.000 75.250 160.750

*1 A idade é dada em períodos. *2 A quantidade corresponde no final do período 0. *3 O valor contábil é o preço de compra, diminuído da depreciação acumulada. Este valor é dado por

máquina, com exceção da linha Total *4 O total diz respeito à soma de todas as máquinas.

COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS

Operação Máquina Quantidade Entrega Valor

Compra*1 Alfa, Beta e

Gama

Definida pela

empresa Final do

período (P) Jornal

Venda Alfa, Beta e

Gama

Definida pela

empresa Final do

período (P)

de 80% a 120% do

valor contábil

*1 Não pode ultrapassar a capacidade máxima das instalações da empresa.

COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS

Fornecedor Solicitação Pagamento Preço Entrega Limite

Produtor rural*1 Pedido à vista Jornal Final de P 15.000*2

Intermediário Automático à vista Jornal + 30% No período X *3

*1 Matéria-prima comprada do produtor rural, e não usada no próximo período, é perdida. *2 Quantidade máxima (em unidades) *3 X = Quantidade necessária para cumprir o planejamento de produção do período.

COMPRA DE EMBALAGENS

Fornecedor Solicitação Pagto*1 Preço Entrega Limite

Indústria Pedido à vista, 1+1 Jornal Final de P 9.999*2

*1 À vista, 1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (parcelas iguais, corrigidas com juros do fornecedor). *2 Quantidade máxima (em unidades).

SISTEMA DE CUSTEIO

O sistema de custeio utilizado para os estoques de matérias-primas e embalagens é o

custo médio ponderado. Para o período 1 o custo unitário da matéria-prima a ser

utilizada na produção é $60,00 e da embalagem é $40,00.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação

ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM

Gastos = 0,05 x (Qtde_MPA*1 x Preço à Vista*2 + Qtde_Embalagem*1 x Preço à Vista2) +

( 0,1 x EIPA*3)

*1 Quantidade existente no início do período. *2 Preço à Vista = Preço no período em que o custo de armazenagem está sendo calculado.

*3 EIPA = Valor contábil do estoque inicial de produtos acabados e contabilizados como despesas de vendas.

DEPRECIAÇÃO

Base de cálculo ( % ) *1

Valor de prédios e instalações 1,0

Valor das máquinas 2,5

*1 A apropriação das despesas de depreciação dos prédios e instalações será de 70% para o departamento de produção, 20% para o administrativo e 10% para o departamento de vendas. A depreciação de máquinas é toda absorvida pelo departamento de produção, sendo o percentual constante independente do nível de atividade e de eventuais produções extras.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

TIPOS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Empréstimo Tipo Limite Encargos Amortização

Emergencial Automático Caixa descoberto TBJ pós + X*1

Em P + 1

Programado Solicitado Limite de empréstimo

do período TBJ pré + 2% Em P + 1

Financiamento Automático 60% do valor das

máquinas compradas

TBJ

pós-fixada

4 períodos de carência

+ 4 períodos pelo

SAC*2 *1 X = Valor publicado na Gazeta do período 1, podendo variar de 4 a 10%. *2 SAC = Sistema de Amortização Constante.

APLICAÇÃO

Valor aplicado Rentabilidade Resgate

Definido pela empresa TBJ pré-fixada + 1% P + 1

ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS

Valor a antecipar Limite Encargos

Definido pela empresa Valor a receber em P+1 relativo às vendas a

serem realizadas no período P

TBJ + 2%

R.H. - CONTRATAÇÃO E DEMISSÃO

Situação Máxima Efetivação Informação

Contratação 97 empregados Início do Período Produtividade

variável

Demissão Todos os empregados da

produção

Início do Período 60% de custo de

demissão