Manual Prevenção Textil

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    MANUAL DE AVALIAO DE RISCOS

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    FICHA TCNICA

    TtuloManual de Avaliao de Riscos

    Autor e ConcepoGabinete de Estudos da FESETE

    Capa e GrafismoGabinete de Estudos da FESETE

    Composio, Reproduo e AcabamentosAT Loja Grca

    Tiragem500 exemplares

    ContactoCasa Sindical dos Trabalhadores Txteis, Vesturio e Calado,

    Avenida da Boavista, n 583, 4100-127 Porto

    Tel:22 600 23 77Fax:22 600 21 64E-Mail:[email protected]:www.fesete.pt

    DataNovembro 2010

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    NDICE

    INTRODUO

    PARTE I OBJECTIVOS DESTE MANUAL

    1.1 Porqu e para qu este Manual sobre a avaliao de riscos nas ITVC?

    1.2 A quem se destina?

    PARTE II DOS CONCEITOS BSICOS AVALIAO DOS RISCOS

    2.1 Conceitos bsicos

    2.1.1 Perigo

    2.1.2 Risco/Risco profissional

    2.1.3 Acidente e doenas profissionais

    2.1.4 Definio da preveno e princpios gerais

    2.1.5 Medidas de preveno colectiva e individual2.2 Avaliao de riscos

    2.3 Importncia das/os representantes das/os trabalhadores em SST eda comisso de SST consagrada nos contratos para as ITVC

    PARTE III DOS FACTORES DE RISCO AOS RISCOS MAIS COMUNS NAS ITVC

    3.1 Abordagem de cada um dos riscos

    3.2 Equipamentos de proteco individual (EPIs)

    3.3 O acidente participao do acidente e acompanhamento

    PARTE IV AVALIAO DOS RISCOS

    4.1 Identificao e avaliao de riscos um processo contnuo e sistemtico

    4.2 Exemplo de ficha de identificao e avaliao de risco

    BIBLIOGRAFIA

    LEGISLAO/REGULAMENTAO EM SST

    LINKS RELACIONADOS

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    INTRODUO

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    O presente Manual insere-se na Campanha, concebida e levada a cabo,entre 2009 e 2010, pela Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores Txteis,Lanifcios, Vesturio, Calado e Peles de Portugal (FESETE) e sindicatos filia-dos, para a rea da Sade e Segurana no Trabalho (SST) nas empresas dos

    sectores Txteis, Vesturio e Calado (TVC), sob o lema Avaliao dos Ris-cos = Trabalho Saudvel + Produtividade . Esta Campanha foi fruto de umacandidatura apresentada pela FESETE ao Programa Operacional de Assistn-cia Tcnica (POAT) no mbito do Quadro de Referncia Estratgico Nacionalcom o apoio do Ministrio do Trabalho e de Solidariedade Social (MTSS) e daAutoridade para as Condies de Trabalho (ACT).

    H vrios anos que a FESETE tem vindo a desenvolver Campanhas e acti-vidades nesta rea da Sade e Segurana no Trabalho dada a importncia

    social, econmica e sindical que esta temtica envolve, bem como as especi-ficidades das Indstrias Txtil, Vesturio e Calado (ITVC) nomeadamente emprocessos de produo, organizao do trabalho e composio da mo deobra, esta maioritariamente composta por mulheres.

    Das vrias Campanhas levadas a cabo em parceria com outras organiza-es e instituies, nacionais e europeias, recolhemos experincia, conheci-mentos e saber-fazer mas igualmente lies a ter em conta. Assim, podemosafirmar que hoje a questo da Sade e Segurana no Trabalho 1 est maispresente e enraizada na sociedade portuguesa e que tem havido importantesavanos no sentido de, pouco a pouco, se passar dos princpios prtica. AsCampanhas que a FESETE tem organizado e participado, tm permitido nos a informao e sensibilizao de muitas centenas de trabalhadores e demuitos empregadores mas, tambm, o levantamento dos riscos profissionaisnas ITVC. O problema est em que esse levantamento, quando aplicado emempresas, objecto de uma avaliao pontual e, como tal, a sua validade extremamente reduzida. H pois que implementar, na prtica, uma avaliaosistemtica dos riscos de forma a uma melhoria contnua das condies de

    trabalho.A assumpo de uma poltica e uma cultura de preveno pelas e nas em-

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    presas (e no s) ainda est longe de ser uma realidade generalizada. H poisque prosseguir este trabalho de sensibilizao, informao e formao junto ecom as/os trabalhadores para que estes exeram os seus direitos, entre eles,o da participao activa na transformao das suas condies de trabalho,na salvaguarda da sua sade fsica e mental bem como da sua segurana. H

    tambm que prosseguir o dilogo com as entidades patronais das ITVC, noapenas numa ptica do cumprimento das suas obrigaes legais em matriade Segurana e Sade mas tambm, porque a promoo da sade e segu-rana no trabalho exige um esforo de empregadores, trabalhadores e dasociedade e um investimento com resultados positivos para todos. nestespressupostos que se insere o presente Manual.

    Na primeira parte explicitamos os objectivos deste Manual, o porqu da suaelaborao e a quem se destina. Na segunda parte abordamos os conceitosbsicos subjacentes identificao e avaliao dos riscos bem como pre-veno desde os perigos e os riscos passando pelas medidas de preveno,definio e concepo da avaliao dos riscos. Ainda neste ponto inclumosuma breve referncia legislao portuguesa e europeia sobre esta matria.Neste ponto, chamamos, ainda, a ateno para o papel fundamental das/osrepresentantes das/os trabalhadores em SST, bem como das Comisses deSST consagradas na Lei e nos Contratos Colectivos de Trabalho (CCT) dosTVC.

    A terceira parte dedicada aos riscos mais comuns nos TVC (riscos am-

    bientais e riscos operativos). Seguem-se os Equipamentos de Proteco Indi-vidual (EPI), caracterizao, participao e acompanhamento do acidente detrabalho (o que fazer e como fazer).

    Por ltimo, na quarta parte apresentamos o processo de identificao eavaliao dos riscos, bem como, o exemplo de uma ficha a aplicar no pro-cesso.

    (1) A redefinio do termo sade em relao com o trabalho e a abordagem sade e seguranarepresenta uma noo mais rica que a tradicional higiene e segurana. Com efeito, a noo desade do trabalho no visa apenas a ausncia de doena ou enfermidade, mas inclui tambm oselementos fsicos ou mentais relacionados com a segurana e a higiene no trabalho (cfr. art. 3./dda Conveno n. 155 da Organizao Internacional do Trabalho [OIT]).

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    PARTEI

    OBJECTIVOSDESTEMANUAL

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    PORQU E PARA QU ESTE MANUAL SOBRE AAVALIAO DE RISCOS NAS ITVC?

    1.1

    Em primeiro lugar, porque entendemos que devemos contribuir, de uma formamais organizada e sistematizada, para uma participao activa das/os trabalhado-res dos TVC na melhoria das suas condies de trabalho e na salvaguarda da suasegurana e sade. Ora, esta participao activapassa pela eleio de trabalhado-ras/es nas empresas que aceitem ser representantes do conjunto das/os trabalhado-res dessas mesmas empresas para as questes da Sade e Segurana no Trabalhoe criao da Comisso de trabalhadores em matria de SST, de composio paritriaentre trabalhadores e empresa.

    Mas este pressuposto passa, tambm, pela continuao do trabalho conjuntocom os sindicatos no sentido de assumirem, de uma forma mais sistemtica, a reada sade e segurana nos locais de trabalho como uma frente de actuao sindical,e como tal, o inserir na sua aco organizativa dentro das empresas.

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    Este Manual destina-se a apoiar as/os representantes das/os trabalhadoresj existentes, outros que venham a ser eleitos e dirigentes e delegadas/os sin-dicais na sua actuao dentro das empresas dos sectores TVC, em matria deSade e Segurana no Trabalho.

    Este Manual essencialmente dedicado avaliao de riscos, desta vez comuma particularidade: abrange os riscos profissionais identificados nos sectores txtil,vesturio e calado. Porqu? Porque, uma vez j levantados os riscos com base nosprocessos da txtil e do vesturio, trabalho levado a cabo entre FESETE, Instituto deDesenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho (IDICT), Centro Tecnolgi-co das Indstrias Txtil e do Vesturio de Portugal (CITEVE), e tendo sido j elaboradoo levantamento para o sector do calado, pelo IDICT e Centro Tecnolgico do Cala-do (CTC), a Equipa Coordenadora da Campanha, composta pela Direco Nacionalda FESETE e Sindicatos filiados que aderiram Campanha, decidiu que se fizesseuma leitura transversaldos trs sectores, se agrupasse os riscos mais comuns ecom um grau de perigosidade considervel e se elaborasse toda a informao oral eescrita baseadas no resultado dessa mesma leitura. Neste sentido foram elaboradasas fichas de verificao e avaliao dos riscos que iro servir de suporte ao trabalho,no terreno com as/os trabalhadores, nas vrias seces das empresas TVC, por parte

    de representantes actuais e futuros, bem como por dirigentes e/ou delegadas/os nasrespectivas empresas.

    1.2A QUEM SE DESTINA?

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    PARTEII

    DOSCONC

    EITOSBSICOS

    AVALIAODOSRISCOS

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    2.1CONCEITOS BSICOS

    2.1.1 PERIGO

    Situaes danosas tais como leses ou doenas, danos materiais ou ambientaisou a combinao de ambos, que podem ser provocadas por todo o tipo de instala-es, actividades, equipamentos ou outro componente material do trabalho.

    2.1.2 RISCO/RISCO PROFISSIONAL

    a possibilidade elevada, ou reduzida, de algum sofrer danos provocados peloperigo.

    Risco Profissional: a possibilidade de um trabalhador sofrer um dano provo-cado pelo trabalho que desenvolve. Para quantificar um risco valorizam-se conjunta-mente a probabilidade de ocorrncia do dano e a sua gravidade.

    2.1.3 ACIDENTE E DOENAS PROFISSIONAISO acidente aquele que se verifica no local e no tempo de trabalho e produz

    directa ou indirectamente leso corporal, perturbao funcional ou doena do qualresulta reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte (Lei 98/2009 de4 de Setembro que regulamenta o regime de reparao de acidentes de trabalho ede doenas profissionais, incluindo a reabilitao e reintegrao profissionais, nostermos do artigo 284. do Cdigo de Trabalho Seco II Delimitao do Acidentede Trabalho At 8).

    A doena profissional aquela que resulta directamente das condies de traba-

    lho, consta da Lista de Doenas Profissionais (Decreto Regulamentar n. 76/2007, de17 de Julho) e causa incapacidade para o exerccio da profisso ou morte.

    A elaborao e actualizao da lista das doenas profissionais prevista no n. 2do artigo 283. do Cdigo do Trabalho realizada por uma comisso nacional, cujacomposio, competncia e funcionamento so fixados em legislao especial. Aleso corporal, a perturbao funcional ou a doena no includasna listaa quese refere o nmero anterior so indemnizveis desde que se prove serem conse-quncia necessria e directa da actividade exercida e no representem normaldesgaste do organismo(Seco I Proteco nas Doenas Profissionais, Capitulo

    III Doenas Profissionais - Art 94 Lista das Doenas Profissionais, da Lei 98/2009de 4 de Setembro).

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    2.1.4 DEFINIO E PRINCIPIOS GERAIS DA PREVENO

    Preveno

    o conjunto de polticas e programas pblicos, bem como disposies ou me-didas tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de actividade da

    empresa, do estabelecimento ou do servio, que visem eliminar ou diminuir os riscosprofissionais a que esto potencialmente expostos os trabalhadores (Lei 102/2009 Art 4Conceitos-alnea i).

    Por outro lado, o termo preveno definido como o conjunto das disposiesou medidas tomadas ou previstas em todas as fases de actividade da empresa, tendo

    em vista evitar ou diminuir os riscos profissionais(cfr. art. 3./d da Directiva n. 89/391/CEE)que estejam relacionados com o trabalho ou que ocorram durante o trabalho (cfr.art. 4/2 da Conveno n. 155 da OIT).

    Princpios gerais

    O empregador deve assegurar aos trabalhadores condies de segurana esade em todos os aspectos relacionados com o trabalho, aplicando as medidas ne-

    cessrias tendo em conta princpios gerais de preveno.(Cdigo de Trabalho - Cap.IV Art 281 Princpios gerais em matria de segurana e sade no trabalho ponto2);

    O trabalhador tem direito prestao de trabalho em condies que respei-tem a sua segurana e a sua sade, asseguradas pelo empregador ou, nas situaesidentificadas na lei, pela pessoa, individual ou colectiva, que detenha a gesto das

    1.Evitar os riscos

    2.Identificar e avaliar os riscos

    3.Combater os riscos na origem

    4.Adaptar o trabalho s pessoas

    5.Ter em conta o estado da evoluo da tcnica, bem como de novas formas deorganizao e do trabalho

    6.Substituir o que perigoso pelo que isento de perigo ou menos perigoso

    7.Planificar a preveno com um sistema coerente

    8.Dar prioridade s medidas de proteco colectiva em relao s medidas deproteco individual

    9.Dar instruces compreensveis e adequadas s actividades desenvolvidaspelos trabalhadores

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    PRINCPIOSGERAIS DAPREVENO

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    instalaes em que a actividade desenvolvida.(Lei 102/2009 Seco II Art 5 Prin-cpios gerais n1;

    Deve assegurar-se que o desenvolvimento econmico promove a humanizaodo trabalho em condies de segurana e de sade.(Lei 102/2009 Seco II Art5 Princpios gerais n2);

    A preveno dos riscos profissionais deve assentar numa correcta e perma-nente avaliao de riscos e ser desenvolvida segundo princpios, polticas, normas e

    programas () (Lei 102/2009 Seco II Art 5 Princpios gerais n3);

    2.1.5 MEDIDAS DE PREVENO COLECTIVA E INDIVIDUAL

    Evitar os riscos, a atitude primeira a assumir, no mbito da preveno.

    Medidas de proteco colectiva:medidas de proteco do conjunto de traba-lhadores, afastando-os do risco ou interpondo barreiras entre estes e o risco. Dentrodestas proteces, consideram-se as normas de segurana e de sinalizao.

    Medidas de proteco individual:medidas de proteco, de um ou mais riscos,em que se aplica ao trabalhador a respectiva proteco (atravs, por exemplo, deEPIs ).

    as medidas de preveno devem ser antecedidas e corresponder ao

    resultado das avaliaes dos riscos associados s vrias fases do processo

    produtivo, incluindo as actividades preparatrias, de manuteno e repara-

    o, de modo a obter como resultado nveis eficazes de proteco da segu-

    rana e sade do trabalhador(Cap. II Obrigaes gerais do empregador Art 13 3 da Lei 102/2009 Regime jurdico da promoo da seguranae sade no trabalho).

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    2.2AVALIAO DE RISCOS

    PORQU A AVALIAO DE RISCOS?

    Todos os anos, milhares de trabalhadores se lesionam no trabalho; outros entramde baixa por motivos de stresse, de sobrecarga de trabalho; leses msculo-esque-lticas; problemas de viso; problemas de audio, problemas respiratrios ou outrasdoenas relacionadas com o trabalho. Para alm do custo humano que tm para as/os

    trabalhadores e suas famlias, os acidentes e as doenas consomem igualmente osrecursos dos sistemas de sade e afectam a produtividade das empresas. A avalia-o de riscos constitui, pois, a base de uma gesto eficaz da segurana e sade e fundamental para reduzir as doenas profissionais e os acidentes de trabalho. Se forbem realizada, esta avaliao pode melhorar a sade e a segurana das/os trabalha-dores, bem como, de um modo geral, o desempenho das empresas.

    CONCEPO DE AVALIAO

    A avaliao de riscos o processo de avaliao para a sade e segurana das/ostrabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. , pois, a anlise sistem-ticade todos os aspectos do trabalho que identifica:

    Aquilo que susceptvel de causar leses ou danos;

    A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal no for o caso, controlados;

    As medidas de preveno ou proteco que existem, ou deveriam existir, paracontrolar os riscos.

    A AVALIAO DE RISCO ENVOLVE:

    Identificar os perigos o que que poder correr mal?

    Determinar quem poder ser atingido e o grau de gravidade.

    Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informaes sobreos resultados das avaliaes de riscos.

    Decidir o grau de probabilidade de ocorrncia de acidente.

    Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos possvelmelhorar as instalaes, os mtodos de trabalho, o equipamento ou a formao?

    Estabelecer prioridades para as medidas a tomar, com base na dimenso dosriscos, nmero de trabalhadores afectados, etc.

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    Pr em prtica medidas de controlo.

    Verificar se as medidas de controlo funcionam.

    As necessidades de formao e informao.

    As necessidades da vigilncia da sade dos trabalhadores.

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    O PAPEL FUNDAMENTAL DAS/OS REPRESENTANTES DOS TRABALHA-

    DORES EM SSTA figura da/o representante das/os trabalhadores, nos domnios da SST, reveste-se

    de extrema importncia dado que uma via e um garante indispensvel aplicao econsagrao, na prtica, dos direitos das/os trabalhadores legalmente consagrados.

    Por outro lado, sendo eleito entre os seus pares, a/o representante refora o exer-ccio dos direitos das/os trabalhadores em matria de SST, nomeadamente os direi-tos de participao, informao e formao. Mais, assume uma posio de destaqueno reconhecimento da dignidade das/os trabalhadores, na humanizao do trabalho,na melhoria da qualidade de vida enquanto trabalhadores. Para alm disto, a eleiode representantes das/os trabalhadores pode ser um reforo de interveno sindicaldentro das empresas. Mesmo nas empresas onde j existem delegadas/os sindicais,a/o representante em SST uma mais valia para a organizao sindical.

    Dada a importncia e direitos atribudos na Lei figura da/o trabalhador eleitocomo representante das/os trabalhadores de uma determinada empresa em matriade SST este pode ser um agente transformador das reais condies de vida e de tra-balho e simultaneamente contribuir para a implementao de uma verdadeira culturade preveno. Da que a/o representante tenha de estar devidamente informado parao efeito, desenvolva a participao dos seus colegas de trabalho e seja acompanha-do pelo sindicato ou sindicatos aos quais as/os trabalhadores so associados e oupelos os quais esto abrangidos.

    2.3

    IMPORTNCIA DAS/OS REPRESENTANTES DAS/OSTRABALHADORES EM SST E DA COMISSO DE SST

    CONSAGRADA NOS CCTS PARA AS ITVC

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    PROCESSO ELEITORAL DAS/OS REPRESENTANTES SST 2

    IniciativaA eleio dos representantes dos trabalhadores para a segu-rana, higiene e sade no trabalho pode ser promovida pelosindicato com trabalhadores representados na empresa ou

    por 100 ou 20% dos trabalhadores da empresa (artigo 266.,n.s 1 e 2 RCT Regulamentao do Cdigo do Trabalho)

    Incio do Processo O processo inicia-se com a deciso de realizar as eleies,determinando-se uma data, respeitando os 90 dias de antece-dncia, entre a comunicao entidade patronal e ao Minis-trio do Trabalho (artigo 266 RCT)

    Comunicao O sindicato deve comunicara deciso e data de realizao doacto eleitoral (com pelo menos 90 dias de antecedncia), aoMinistrio do Trabalho (DGERT)e entidade patronal (266.,

    n.3 da RCT)

    Publicidade 1. A DGERT, aps a recepo da comunicao, procede pu-blicao da convocatria no Boletim do trabalho e do empre-go (267. al. a) da RCT)

    2. O empregador deve afixarem local visvel a comunicaorecebida sobre a realizao do acto eleitoral, acompanhadade uma referncia obrigatoriedade de publicao da mesmano BTE (267. al. b) da RCT)

    Comisso Eleitoral O sindicato dever requerer entidade patronalos elementosessenciaisnecessrios para a constituio da comisso elei-toral, nos termos legais (268. da RCT)

    Declaraode Aceitao

    No prazo de 5 diasa contar da data de publicao da con-vocatria no BTE, os membros escolhidos para a ComissoEleitoral, emitem uma declarao de aceitao (excepto osrepresentates das listas) e so investidos nas respectivas fun-es (268. n. 3 da RCT)

    A composio da comisso eleitoral deve ser comunicada entidade empregadora no prazo de 48 horas, a contar da de-clarao de aceitao dos seus membros

    Estes dois actos, no mximo, podem demorar 7 dias (268. n.s4 e 5 da RCT)

    Funcionamentoda Comisso

    O presidente da Comisso eleitoral deve afixar, em local apro-priado, as datas de incio e fimdo perodo para apresentaodas listas eleitorais(5 a 15 dias) (269. n. 1 da RCT)

    A comisso eleitoral delibera por maioria (o presidente temvoto de qualidade) e deve dirigir o procedimento eleitoral nos

    termos do disposto no n. 2 do artigo 269. da Regulamentaodo Cdigo do Trabalho.

    SistematizaoeoperacionalizaodoprocessoeleitoraldosRepresentantesemS

    ST

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    O empregadordeve entregar comisso, no prazo de 48 horasaps a recepo da comunicao da sua constituio, o cader-no eleitoral composto pelos elementos determinados pelo arti-go 270. n. 2 da Regulamentao do Cdigo do Trabalho.

    O caderno deve ser afixado em local apropriado pela comis-

    so eleitoral. Os trabalhadores da empresa dispem de 5 dias a contar daafixao para reclamar de quaisquer erros ou omisses do ca-derno eleitoral (271., n. 1 da RCT)

    A comisso eleitoral tem 10 dias para decidir destas reclama-es e corrigir os erros verificados(271., n. 2 da RCT)

    Apresentaoda Lista

    As listas de candidaturadevem ser entregues (ao presidenteda comisso) no prazo determinado, acompanhadas das decla-

    raes de aceitao dos trabalhadores nela constantes (272.n. 1 da RCT)

    A comisso eleitoral decide sobre a admisso das listas numprazo de 5 dias contados do fim do perodo de apresentao(272., n. 2 da RCT)

    Em caso de rejeio da lista, os vcios identificados na mesmapodem ser sanados em 48 horas (272. n. 3 da RCT)

    Os representantes das listas passam a integrar a comissoeleitoral no dia seguinte deciso de admisso das listas, aps

    declarao de aceitao (268., n. 4 RCT) A cada lista atribuda uma letra do alfabeto de acordo com aordem de apresentao (272., n. 4 da RCT)

    As listas devem ser afixadas em local apropriado (272. n. 5da RCT)

    Acto Eleitoral A Comisso eleitoral com 15 dias de antecedncia elabora os bo-letins de voto, com as listas de candidatura por ordem alfabticada admisso (ex: 1. Lista A; 2. Lista H; 3. Lista Z...) (273. da RCT)

    Em cada estabelecimentocom pelo menos 10 trabalhadoresdeve existir pelo menos uma seco de voto, constituda nos

    termos do n. 3 do art. 274. da Regulamentao do Cdigo doTrabalho.

    A cada seco de voto no podem corresponder mais de 500trabalhadores

    A votao efectuada no local e durante as horas de trabalho(275. n. 2 da RCT)

    O acto eleitoral deve realizar-se em todos os estabelecimen-tos mesma hora, no mesmo dia e nos mesmo termos; quando,

    Siste

    matizaoeoperacionaliza

    odoprocessoeleitoraldos

    RepresentantesemS

    ST

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    devido ao trabalho por turnos, isto no for possvel, a aberturadas urnas para o apuramento deve ser simultnea em todos osestabelecimentos.

    5 dias antes da data do acto, a comisso deve estabelecer umhorrio de funcionamento com durao mnima de 3 e mxima

    de 5 horas, no podendo as urnas encerrar depois das 21 Horas(275. n. 3 da RCT)

    No caso de existncia de turnos, o acto eleitoral do turno danoite deve preceder o do turno de dia (275. n. 4 da RCT)

    Os votantes devem ser identificados e registados em docu-mento prprio, com termo de abertura e encerramento, assina-do e rubricado em todas as folhas pela mesa eleitoral (todos oselementos) (275. n. 8 da RCT)

    ApuramentoGlobal

    O apuramento efectua-se imediatamente aps o encerramen-to das urnas (276., n. 1 da RCT)

    A mesa de cada seco de voto efectua o apuramento e o res-pectivo presidente comunica Comisso eleitoral os resultados(276., n. 2 da RCT)

    O apuramento global efectuado pela comisso eleitoral(276., n. 3 da RCT)

    Deve ser lavrada uma actacom as deliberaes da comissoe das mesas eleitorais, bem como de todas as ocorrncias ve-

    rificadas (277., n. 1) Os membros da comisso e das mesas assinam, rubricam eaprovam as actas (277., n. 2)

    O documento com a identificao dos votantes deve ser ane-xado acta

    Durante 15 dias (a partir da data do apuramento), a comissodeve publicitar a identificao dos RTs eleitos e a cpia daacta nos locais onde se realizaram as eleies (278., n. 1 da

    RCT) No mesmo prazo, deve remeter os documentos referidos noponto anterior empresa e ao Ministrio do trabalho

    Incio deActividade

    Decorrido o acto eleitoral, os representantes s podem iniciaractividades aps publicao da sua eleio no BTE (279. daRCT)

    Sistematizaoeoperacio

    nalizaodoprocessoeleito

    raldosRepresentantesemS

    ST

    (2) Adaptado de Instituto Bento de Jesus Caraa (2005)

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    COMISSO DE SST

    outra figura prevista na Lei (102/2009 de 10 de Setembro Art23 ns 1 e 2):Para efeitos da presente lei, por conveno colectiva, podem ser criadas comissesde segurana e sade no trabalho de composio paritria.ou seja com nmeroigual de representantes das/os trabalhadores e do empregador. A sua criao e

    composio est consagrada nos CCT dos TVC sob a designao de Comis-ses de Higiene e Segurana.De acordo com os CCT negociados a Comisso deSegurana e de Sade no Trabalho ()composta de forma paritria entre represen-tantes das/os trabalhadores e do empregador. A composio das comisses de higie-

    ne e segurana pode variar entre o mnimo de 2 e o mximo de 10 representantes ()

    FUNES DA COMISSO DE SSTA Comisso ter nomeadamente algumas destas funes:

    Efectuar inspeces peridicas a todas as instalaes e material que tenha a vercom a SST.

    Verificar o cumprimento das disposies legais e contratuais, bem como regula-mentos internos e instrues em matria de SST.

    Solicitar e apreciar as sugestes do pessoal.

    Esforar-se por assegurar o concurso de todos os trabalhadores com vista a umverdadeiro esprito de Sade e Segurana.

    Providenciar formao, instruo e conselhos necessrios em matria de SST atodos os trabalhadores admitidos pela primeira vez ou que mudem de posto detrabalho.

    Examinar as circunstncias e as causas de cada um dos acidentes ocorridos,bem como, apresentar recomendaes destinadas a evitar a repetio de aci-dentes e melhorar as condies de SST.

    Para informao completa nesta matria consulte o CCT do sector txtil, vesturioou calado.

    2 Representantesem empresas at 50 trabalhadores.

    4 Representantesem empresas de 51 a 100 trabalhadores.

    6 Representantesem empresas de 101 a 200 trabalhadores.

    8 Representantesem empresas de 201 a 500 trabalhadores.

    2 Representantesem empresas com mais de 500 trabalhadores.

    QUANTOS REPRESENTANTES:

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    PARTEIII

    DOSFACTORES

    DERISCOAOS

    RISCOS

    MAISCOMUNSNASITVC

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    OS FACTORES DE RISCO

    Estes factores dividem-se em dois grandes grupos: factores de riscos ambientaise factores de risco operativos (ver esquema).

    FACTORES DE RISCOS AMBIENTAIS

    Todos que existem no ambiente de trabalho provocados por: agentes fsicos comoo rudo, vibraes, temperatura, humidade, radiaes, iluminao; agentes qumicoscomo as poeiras, gases, vapores, colorantes, solventes volteis, agentes anti-rugas,agentes anti-micrbios, pesticidas; por agentes biolgicos como as bactrias, os

    fungos (parasitas) e bacilos. Incluem-se neste grupo os riscos de origem ergonmicaou seja os relacionados posturas incorrectas, lay outs mal concebidos, etc.

    3.1ABORDAGEM DE CADA UM DOS RISCOS

    OS FACTORES DE RISCODIVIDEM-SE EM DOISGRANDES GRUPOS

    FACTORES DE RISCOAMBIENTAIS

    Todos os que existem noambiente de trabalho e cujaexposio mais ou menosprolongada no tempo e emdeterminadas doses ou con-centraes, origina doenaprofissional.

    FACTORES DE RISCOOPERATIVOS

    So os que podem originaracidentes de trabalho acontecimento que surgesubitamente e inesperadoprovocando uma leso.

    MOVIMENTAO MANUAL E MECNICA DE CARGAS

    MANUSEAMENTO DE SUBSTNCIAS QUMICAS

    ELCTRICOS

    UTILIZAO DE EQUIPAMENTOS DE TRABALHO

    CIRCULAO DE PESSOAS E MQUINAS

    INCNDIO

    ORIGEM FSICA

    ORIGEM QUMICA

    ORIGEM BIOLGICA

    ORIGEM

    ERGONMICA

    - RUDO- VIBRAES- AMBIENTETRMICO- RADIAES

    - POEIRAS- FIBRAS- GASES- VAPORES

    - FUNGOS- BACTRIAS

    - POSTURASINCORRECTAS- TRANSPORTE DEPESOS SEM MEIOSADEQUADOS

    SEGURANA INDUSTRIAL MAIS LIGADA SEGURANA

    HIGIENE INDUSTRIAL MAIS LIGADA SADE

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    Origem fsica

    Rudo

    O rudo um som desagradvel, indesejado. O seu volume ouintensidade so normalmente medidos em decibis. H que ter

    muita ateno aos rudos iguais ou superiores a 85 decibis(dB), tendo em conta sua frequncia, intensidade e tempo deexposio. A exposio a estes nveis de rudos elevados podeconduzir (a longo prazo) perda de audio e surdez e podeprovocar stresse e problemas cardiovasculares.

    Sempre que possvel as empresas devem optar por eliminar ou controlar esterisco atravs da implementao de medidas de proteco colectivas como en-capsular as mquinas ou atravs de medidas de organizao do trabalho redu-zindo exposio das/os trabalhadores a este risco. Quando no for possvel a

    aplicao de uma medida de preveno colectiva a empresa dever forneceraos trabalhadores o EPI adequado, protectores para os ouvidos. Nas TVC esterisco est muito presente em vrias operaes.

    No txtil, por exemplo, na tecelagem, na fiao, nas mquinas de bobinas;no vesturio nas operaes de estendimento e corte manuais, limpeza de n-doas agravadas com a utilizao de pistola de ar comprimido; no calado nasoperaes de corte, costura, aplicao de peas metlicas, colocao de con-trafortes, etc.).

    Imagem 1 |Ilustrao dos nveis de rudo produzidos em diversas situaes

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    Vibraes

    Em todo o tipo de actividades estamos expostos a v-rios tipos de vibraes com maior ou menor intensidade

    e conforme a sua intensidade estas podem causarperturbaes no bem estar e at mesmo na sade

    das/os trabalhadores.A vibrao est normalmente associada a

    desequilbrios, tolerncias e/ou folgas das par-tes constituintes da mquina e sempre quea/o trabalhador est em contacto com esta asvibraes transmitem-se ao corpo da/o tra-balhador atravs dos seus membros. Assimdeve-se fazer sempre os possveis por con-trolar as vibraes produzidas por um equipa-

    mento atravs da reduo das vibraes nafonte, do controlo da transmisso das vibra-es e da proteco da/o trabalhador.

    Nos TVC encontramos fontes de vibra-es relacionadas com mo-brao nas

    mquinas de corte e cose, nas de duas agulhas, nas de casear, no corte manuale no corpo inteiro nos empilhadores, mquinas de tricotar, corte automtico,teares, etc.

    Ambiente trmico humidade/temperaturaA sade e bem estar nos locais de trabalho depende, entre ou-

    tros factores, do ambiente trmico no local de trabalho. O nossoorganismo est constantemente a utilizar parte dos seus recursosenergticos na manuteno da temperatura corporal (homeoter-mia). Assim as variaes trmicas ambientais, mais frio ou maisquente, obrigam a que o nosso organismo despenda mais energiana manuteno da temperatura corporal, consequentemente ummaior cansao e desgaste por parte da/o trabalhador na execu-

    o da sua actividade profissional.O desconforto trmico (demasiado calor ou demasiado frio) provoca nas/os

    trabalhadores vrias reaces como sudao demasiada, mal estar generali-zado, tonturas, desmaios, esgotamento nos ambientes trmicos demasiadoquentes; e frieiras, alteraes circulatrias com efeitos sobretudo nas extremida-des do corpo, arrefecimento excessivo dos ps, enregelamento nos ambien-tes trmicos frios.

    As empresas devem tomar medidas para proporcionar condies ambientaissegundo as normas aconselhadas em termos de temperatura (a ideal situa-seentre 21 e 26 graus centigrados), de humidade (entre 55% a 65%) e de velocida-de do ar (cerca de 0,12 m/s).

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    No nosso dia a dia estamos constantemente ex-postos a vrios tipos de ondas electromagnticasprovenientes do sol, rdio, televiso, telemveis,bem como vrios tipos de radiaes provenientesde electrodomsticos, aparelhos de raio, etc. Ocontacto com estes objectos e a exposio s ra-diaes por eles emitidas no prejudicial no diaa dia uma vez que a emisso destes controladae tem associados a si um conjunto de medidas deproteco que fazem com que estes no sejam da-nosos para ns. Assim, o risco associado s radia-

    es no advm directamente da nossa exposio a ela mas sim da durao eda intensidade de exposio a fontes emissoras de radiao.

    Nos TVC no existem riscos relevantes de radiaes. No entanto poderoexistir situaes pontuais de risco nos trabalhos com visor, no controlo de fiose tecidos com lmpadas ultravioleta e nos sistemas de corte automtico comraios laser.

    Nos TVC, as ms concepes estruturais de muitas empresas (a insuficin-cia de janelas, portas ou outras abertura necessrias a uma boa ventilao, porexemplo), provocam ambiente demasiado frio no Inverno ou demasiado quenteno Vero, extremamente prejudiciais sade das/dos trabalhadores. No esten-dimento, na termocolagem e na prensagem tambm h possibilidades de riscostrmicos.

    Radiaes

    Qualquer actividade requer um certo de nvel de ilu-minao para a sua realizao. O valor de iluminaocorrecto depende de factores como o detalhe da opera-

    o, a nossa distncia do objecto, o contraste entre oobjecto e o fundo sobre o qual estamos a trabalhar, a

    rapidez do movimento requerido e at mesmo dapessoa que vai desenvolver a actividade. Assimuma iluminao adequada nos locais de trabalho uma condio imprescindvel para a obteno

    de um bom ambiente de trabalho e desta formareduzir o absentismo e aumentar a produtivida-

    de e tambm reduzir os acidentes de trabalho.

    Um outro factor que pode potenciar este risco o trabalho prolongado com visores ou ecrs de visualizao queexige uma fixao maior da vista e, consequentemente, uma maior carga vi-sual. Uma exposio prolongada a este risco pode provocar a mdio e longo

    Fadiga visual iluminao deficiente

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    Ao falarmos de poeiras e vapores referimo-nos aconcentraes de partculas muito reduzidas que se en-contram suspensas no ar e que atravs da sua inalaopodem prejudicar a sade das/os trabalhadores. Entre

    outras doenas, as poeiras e os vapores podem prejudi-car gravemente o funcionamento do sistema respiratrioe causar problemas tais como dificuldades respiratrias,bronquites, asma e outros. pertinente que na prevenodestes riscos se tente implementar medidas de protec-o colectiva tais como o encapsulamento das mquinasque esto na origem das poeiras e vapores ou a coloca-

    o de aspiradores na seco que permitam a remoo das poeiras e vapores li-bertados no ar. Caso no seja possvel a implementao de uma destas medidascabe empresa fornecer aos trabalhadores o EPI adequado como, por exemplo,as mscaras e aos trabalhadores a responsabilidade de utilizar o EPI.

    A exposio dos trabalhadores a poeiras de materiais tais como a seda, oalgodo, o linho, o cnhamo, o sisal, a juta pode produzir-se no decorrer datecelagem, da fiao, do corte, o descaroamento do algodo e a embalagem.A diviso de tarefas segundo o sexo pode significar que as mulheres esto maisexpostas que os homens a poeiras orgnicas. A exposio s fibras e fios podecausar cancro na vescula ou nas vias nasais (de OSHA, s/d).

    prazo dores de cabea, irritao dos olhos, enfraquecimento da viso, fadiga estresse.

    Nos TVC as operaes com a utilizao de visores, de remate, de acabamen-to, de revista entre outras provocam fadiga visual. Isto para alm da m con-cepo dos postos de trabalho.

    Origem qumica

    Poeiras

    Vapores (contaminantes qumicos gasosos)

    So formas gasosas que, em condies normais estariam em estado lquidoou slido. Os compostos qumicos tm uma elevada volatibilidade. Entre elesencontramos os solventes utilizados para remoo de ndoas; produtos utiliza-dos nos processos de pr-tratamento, tingimento e acabamento (por exemplogua oxigenada, cido actico, soda custica).

    Os principais contaminantes qumicos nos sectores txtil e vesturio estopresentes no funcionamento dos teares agravado pela utilizao de ventoinhasou pistola de ar comprimido, no abrir/virar malha, nos acabamentos mecnicos,no corte e costura; na preparao de banhos, na estampagem tingimento e aca-bamento; na estampagem, secagem, fixao e lavagem e na limpeza de peascom tira-ndoas.

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    No sector txtil so utilizados vrios grupos de substncias qumicas incluin-do os colorantes, solventes, polidores pticos, agentes anti-rugas, retardadoresde chamas metais pesados, pesticidas e agentes anti micrbios. So utilizadosna tinturaria, estampagem, no acabamento, no branqueamento, na lavagem, nalimpeza a seco, na tecelagem, na calibragem e na fiao.

    Na indstria txtil encontramos os chamados sensibilizantes respiratrios ede pele (agentes que tm incidncias sobre o aparelho respiratrio e a pele), porexemplo nas fibras txteis, nos colorantes reactivos, nas fibras sintticas e oformaldeide (metanol). A indstria txtil tem sido considerada como um sectoronde o risco cancergeno tem aumentado na vescula nomeadamente nas mu-lheres (de OSHA, s/d).

    As empresas devem proceder identificao dos contaminantes qumicospara efectuar a respectiva medio da sua concentrao e, aps isto, tomar me-didas que passam pela alterao do processo produtivo que permitam a redu-

    o das emisses poluentes, alteraes a nvel do equipamento ou das matriasprimas e recorrer, sempre que possvel, a medidas de proteco individual.

    Origem biolgica

    Os riscos de origem biolgica esto ligados a micro organismos indesej-veis tais como fungos e bactrias. Em certas actividades como a cardagem e

    a limpeza do algodo, os trabalhadores podem ser expostos a agentes biolgi-cos (bactrias) como o antrax, clostridium tetani (agente que provoca o ttano)e coxiela burnetti (que provoca a febre Q). A exposio a agentes biolgicospode provocar, entre outras mais graves, alergias, perturbaes respiratrias.(de OSHA, s/d).

    A presena de agentes biolgicos nos ambientes de trabalho deve ser objectode verificao atravs da recolha de amostras do ar e da gua a serem analisa-das em laboratrios especializados. Entretanto, como estes microrganismos sedesenvolvem preferencialmente em ambientes pouco limpos ou sujos, a higiene

    rigorosa dos locais de trabalho, os cuidados com a esterilizao de roupas eequipamentos individuais, a ventilao adequada e permanente so medidas atomar.

    Origem ergonmica

    No raro constatar que, muitas vezes, os postos de trabalho no estoadaptados s caractersticas do/a operador/a, quer quanto posio da mqui-

    na, quer quanto ao espao disponvel ou posio de ferramentas e materiais autilizar na respectiva funo ou funes.

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    Para estudar a implicao destes problemas nascondies de trabalho, na sade e segurana das/ostrabalhadores e na produtividade da prpria em-presa, existe uma cincia chamada Ergonomia queprocura um ajustamento mtuo entre as pessoas/tra-

    balhadores e o seu ambiente de trabalho.

    Os agentes ergonmicos presentes no ambiente

    de trabalho esto relacionados com vrias exigncias

    (esforo fsico intenso, de produtividade), actividades

    (montonas e repetitivas) e posturas (inadequadas).

    Posturas

    Uma postura, no que respeita aotrabalho, a atitude ou a posio do

    corpo que adoptamos quando traba-lhamos. As posturas correctasso es-senciais na preveno dos inmerosefeitos nocivos que o trabalho queexecutamos tem na coluna (e aindamais se ele for montono e repetitivo),como nos msculos, nas articulaese nos tendes.

    Milhares de trabalhadores so afecta-

    dos por estas perturbaes devido ao ritmo de trabalho exigido, monotonia dotrabalho, deficiente organizao/concepo dos postos de trabalho e a outras

    causas fsicas como movimentao manual e mecnica de cargas, posturas in-

    correctas e movimentos repetitivos.

    Executar as mesmas operaes durante muitas horas seguidas, por vezesna mesma posio (de p ou sentado) e a um ritmo demasiado rpido, provocadesmotivao e fadiga, para alm de outros problemas de sade como ansieda-de, tenso e angustia que podem levar ao stresse.

    Assim, devemos movimentarmo-nos suavemente, adoptar posturas correctas

    e devemos ter ateno quando elevamos ou transportamos cargas, puxamosou empurramos os carrinhos de carga de modo a evitarmos posturas perigosas.Uma das coisas que devemos ter sempre presente que a nossa coluna deveser utilizada como suporte e nunca como uma articulao. O mesmo que dizerque quando, por exemplo, tivermos de mover uma carga de um stio para outrono devemos girar a coluna sobre o seu eixo mas girar todo o corpo.

    Nos TVC estes riscos esto muito presentes.

    Trabalho montono e repetitivoExecutar as mesmas operaes durante muitas horas seguidas, por vezes

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    na mesma posio (de p ou sentado) e a um ritmo demasiado rpido, provocadesmotivao e fadiga, para alm, de outros problemas de sade.

    Os riscos provocados por agentes ergonmicos devem ser objecto verifica-o e preveno por forma a erradic-los, atravs de: correco de deficin-cias da organizao do espao de trabalho, de iluminao, de equipamentos e

    ou ferramentas, informao e formao, rotao das/os trabalhadores, pausasmais frequentes sobretudo nos trabalhos repetitivos, exames mdicos peridi-cos. Nos TVC estes riscos esto muito presentes.

    Origem psicosocial

    Stresse

    O stresse um risco emergente das sociedades modernas e no trabalho, provocado por vrios factores, entre eles: alteraes na concepo, organizaoe gesto do trabalho; insegurana no emprego; aumento da carga e ritmo detrabalho; falta de equilbrio entre a vida profissional e pessoal; e pelas relaesinterpessoais com colegas de trabalho bem como as chefias da empresa.

    O stresse afecta a sade e segurana das/os trabalhadores, mas no s,afecta tambm a produtividade das empresas e a economia.

    O stresse deve ser uma preocupao para a empresa quando as queixas demal estar no trabalho se multiplicam e quando os factores que lhe esto naorigem esto ligados ao trabalho (intensificao do trabalho, mltiplas presses,exigncias de produo). O stresse, neste caso no derivado de fragilidadesindividuais mas a manifestao de disfuncionamentos mais gerais na empresa.A preveno do stresse inscreve-se no quadro geral da preveno dos riscosprofissionais. E o chefe da empresa deve velar pela proteco da sade e segu-rana fsica e mental das/os trabalhadores. Assim, o stresse deve ser objecto deavaliao e de um programa de preveno.

    Assdio moral e sexual

    O Assdio Moral um tipo especfico de violncia, pois no fsica nemsexual. Trata-se de uma actuao sistemtica, recorrente e prolongada no tem-po entre indivduos com poder assimtrico. O termo Assdio Moral no local detrabalho o termo utilizado para definir um comportamento injustificado e con-tinuado para com a/o trabalhador ou grupo de trabalhadores, susceptvel deconstituir um risco para a sade e segurana uma vez que pode gerar ansieda-de, depresso, problemas gstricos, perda de apetite, nuseas, agressividade,desconfiana, dificuldade de concentrao, reduzida capacidade para resolu-o de problemas, isolamento e solido. Normalmente o Assdio Moral estassociado com o objectivo de intimidar, diminuir, humilhar e consumir emocionale intelectualmente a vitima com o objectivo de afastar a/o trabalhador da em-presa/organizao.

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    No Assdio Sexual, normalmente, as mulheres so as mais atingidas e muitasvezes pelos seus superiores hierrquicos. Normalmente o Assdio Sexual temcomo objectivo intimidar, coagir e/ou humilhar o/a trabalhador/a e particular-mente grave quando o/a trabalhador/a se encontra em situao de dependnciaprofissional, de desemprego, de trabalho precrio e de falta de qualificao pro-fissional. O Assdio Sexual manifesta-se quando o/a trabalhador/a obrigado

    a suportar, contra a sua vontade: olhares ofensivos; aluses grosseiras, humi-lhantes e embaraosas; convites constrangedores; gracejos ou conversas comsegundo sentido; comentrios, de mau gosto, sua aparncia fsica; exibiode fotografias constrangedoras; perguntas indiscretas sobre a sua vida privada;toques; gestos; abuso de autoridade para obter favores sexuais e, por vezes,agresses e violao. De acordo com o Cdigo de Trabalho, Artigo 29 Assdio(publicado em Dirio da Republica, I Srie, n 30 de 12 de Fevereiro de 2009),Constitui assdio sexual o comportamento indesejado de carcter sexual, sob

    a forma verbal, no verbal ou fsica com o objectivo ou o efeito de perturbar ou

    constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente inti-midativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.

    FACTORES DE RISCOS OPERATIVOS

    Os que podem originar acidentes de trabalho tais como circulao de mquinase pessoas, incndio, mquinas e equipamentos defeituosos, inadequados ou semproteco, movimentao de cargas, manuseamento de substncias qumicas, etc.

    Circulao de pessoas e mquinas

    Como o nome indica refere-se movimentao das/os trabalhadores no tra-balho e movimentao de mquinas nomeadamente movimentao mecnicade cargas, quer seja de matrias-primas, de materiais em curso de fabrico, noarmazenamento, na expedio e na manuteno. Por exemplo: a movimenta-o de empilhadoras, stackers, porta-paletes, de mono-carris, se no for feitacorrectamente, pode provocar acidentes; se os pisos escorregadios no foremdevidamente assinalados ou se as/os trabalhadores no estiverem devidamenteprotegidos, podem provocar quedas e leses; se as zonas de perigo no esti-verem assinaladas e devidamente protegidas com barreiras, so fonte de altorisco.

    Incndio e exploso

    uma combusto que se desenvolve sem controlo no tem-po e no espao, como consequncia de diversos factores.Para haver um incndio tem de haver fogo ou seja tem de haver um carburante

    (o ar) + combustvel (por exemplo fibras sintticas, tecidos, peles) + fonte deignio (de origem trmica, elctrica, qumica).

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    AGENTE EXTINTOR APROPRIADO SEGUNDO A CLASSE DE FOGOS

    CLASSE DE FOGOS

    P C02 GUA ESPUMA HALON

    Fogos que resultam da combus-to de matria slida geralmen-te de natureza orgnica (madei-ra, papel, carvo, etc).

    Fogos que resultam da com-

    busto de lquidos ou de slidosliquidificveis (petrleo, cera,lcool, gasolina, etc).

    Fogos que resultam da combus-to de gases (metano, propano,acetileno, hidrognio, etc).

    Fogos que resultam da combus-to de metais (alumnio, sdio,potssio, etc).

    Utilizao de equipamentos de trabalho

    Uma mquina definida por um conjunto, equipado ou destinado a ser equi-pado com um sistema de accionamento diferente da fora humana ou animal

    directamente aplicado, composto por peas ou componentes ligados entre si,dos quais pelo menos um mvel, reunidos de forma solidria com vista a umaaplicao definida. Apesar das iniciativas encetadas pelos fabricantes que vi-sam a integrao da segurana, a utilizao de mquinas comporta sempredeterminados riscos para os respectivos utilizadores tais como: esmagamento;corte por cisalhamento; golpe ou decepamento; agarramento ou enrolamento;arrastamento ou aprisionamento; choque ou impacto; perfurao ou picadela;abraso ou frico; ejeco de fludo a alta presso; queda de pessoas e/ouobjectos; entalamentos; golpes e cortes; choques com ou contra; projeco departculas, materiais e objectos; elctricos (contacto directo, indirecto ou com

    a electricidade esttica); biolgicos (vrus, bactrias, fungos ou parasitas); des-respeito dos princpios ergonmico (sobrecarga e sobre esforos, posturas de

    Muito adequado Adequado Aceitvel No utilizar

    Existe risco de incndio ou de exploso, por exemplo nas caldeiras utilizadasna gerao de vapor.

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    trabalho); psicossociais (monotonia, sobrecarga de trabalho e/ou de horrio estress); incndio e/ou exploso; contacto com superfcies ou lquidos com tem-peraturas extremas (quentes ou frias); trmicos; exposio ao rudo; exposioa contaminantes qumicos (fumos, poeiras, nvoas, gases e vapores); exposioa radiaes (ionizantes e/ou no ionizantes); vibraes; ambientes hiperbricos;combinao de vrios riscos.

    Riscos elctricos

    As instalaes devem estar devidamente protegidas contrasobreintensidades. A proteco contra sobrecargas deve serestabelecida de modo a impedir que sejam ultrapassadas asintensidades de corrente mxima admissveis nas canalizaese nos aparelhos. A proteco contra curto-circuitos deve serestabelecida de forma a garantir que a durao do curto-circuito seja limitada a

    um tempo suficientemente curto para no alterar de forma permanente as ca-ractersticas das canalizaes e dos aparelhos. De todas as formas de energiautilizadas actualmente, a electricidade , com toda a certeza, a que tem maiornmero de aplicaes. Sendo uma forma de energia indispensvel a qualquerempresa da Indstria Txtil e do Vesturio (iluminao, alimentao de mquinase equipamentos, etc.), constitui, por este facto, um risco para os trabalhadores,para os equipamentos e instalaes.

    As consequncias dos acidentes de origem elctrica podem ser muito gra-ves, quer ao nvel material (incndios, exploses), quer ao nvel pessoal, poden-

    do mesmo levar morte do indivduo. As medidas de controlo a adoptar estoestabelecidas no Decreto-Lei n. 226/2005, de 28 de Dezembro, e na Portarian. 949-A/2006, de 11 de Setembro (Regras Tcnicas de Instalaes Elctricasde Baixa Tenso).

    Manuseamento de substncias qumicas produtos qumicos perigosos

    Os produtos qumicos englobam as substncias e prepara-es qumicas. As substncias so os elementos qumicos e osseus compostos no estado natural ou obtidos por um qualquer

    processo de produo enquanto que as preparaes so asmisturas ou solues compostas por duas ou mais substn-cias. Estes produtos tm efeitos especficos na vida humana(carcinognicos, mutagnicos e com efeitos txicos na reproduo) bem comoefeitos no ambiente. Os riscos associados manipulao destas substnciase preparaes qumicas perigosas so devidos a vrios factores inerentes aoprprio produto mas tambm sua embalagem, transporte, armazenamento e aforma como so manipulados.

    De entre os problemas que a exposio e/ou manuseamento destes produtospode causar salientamos alguns como irritaes/alergias oculares e/ou cut-neas, problemas respiratrios/asma, problemas reprodutivos, problemas no sis-

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    tema nervoso, deficincias congnitas e cancro. Para evitar a exposio a estesriscos e garantir a sade e segurana das/os trabalhadores no desempenho dassuas actividades a empresa dever fornecer aos trabalhadores os EPIS adequa-dos, tais como, mscaras, luvas, calado e outros.

    Os produtos qumicos mais perigosos nos TVC so: produtos de lavagem

    e branqueamento, tira ndoas, cido actico, hipoclorito de sdio, cloreto desdio, cido oxalico, detergentes, leos lubrificantes, agentes de limpeza, guaoxiginada, hidrxio de sdio, sulfato de sdio, corantes, colas, coagulantes efloculantes. Todos os produtos qumicos perigosos devem estar devidamenteembalados, rotulados e armazenados.

    Reach (Registration, Evaluation, Authorization and Restriction of Chemicals)

    o regulamento relativo ao Registo, Avaliao, Autorizao e Restrio dasSubstncias Qumicas utilizadas na indstria. Foi publicado no Jornal Oficial da

    EXPLOSIVASEvitar choques, frices, formao de fascas e aaco do calor.

    INFLAMVEISManter afastado de chamas e fontes de calor.

    COMBURENTESEvitar qualquer contacto com substncias com-bustveis.

    TXICASNo respirar os vapores.Evitar o contacto do produto com o corpo.

    NOCIVASNo respirar os vapores.Evitar o contacto do produto com a pele e os olhos.

    CORROSIVASEvitar o contacto com a pele, olhos e vesturio.No respirar os vapores.Obrigatrio o uso de equipamento protector.

    Imagem 2 | Identificao obrigatria das substncias e produtos qumicos perigosos

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    Movimentao manual e mecnica de cargas

    Milhares de trabalhadores so afectados por perturbaes

    msculo-esquelcticas devido ao ritmo de trabalho exigido, monotonia do trabalho, deficiente organizao/concepodos postos de trabalho e a outras causas fsicas como movi-mentao manual e mecnica de cargas, posturas incorrectase movimentos repetitivos.

    Mas, por vezes, no basta uma posio correcta, necess-rio ter em conta o tipo de trabalho que fazemos se manipula-mos, por exemplo, embalagens de carto, bobinas de fio, ro-los de estampar e/rolos de tecido; se transportamos paletese/ou trabalhamos com empilhadoras...e como o fazemos.

    Para alm das medidas correctivas a implementar, neste campo, pelas em-presas, as/os trabalhadores tm direito a informao e formao adequadassobre a movimentao manual e mecnica de cargas.

    Unio Europeia a 30 de Dezembro de 2006, sob a forma do Regulamento (CE) n1907/2006, entretanto rectificado e publicado no Jornal Oficial do Unio Euro-peia, Lei 136 de 29 de Maio de 2007 e entrou em vigor a 1 de Junho de 2007. OREACH impe s empresas produtoras ou importadoras a obrigao de reunir,produzir e difundir informaes sobre as propriedades e os riscos de utilizaodas substncias qumicas para que sejam utilizadas com a mxima segurana.

    O objectivo deste novo Regulamento assegurar um elevado nvel de protecoda sade humana e do ambiente.

    A Indstria Txtil e do Vesturio utiliza vrias substncias pelo que deverocumprir com os requisitos do Regulamento REACH.

    Tendo em vista esse objectivo, as empresas da Indstria Txtil e do Vesturiodevero adoptar uma metodologia de implementao do REACH que assentabasicamente em quatro etapas:

    1. Nomear um coordenador REACH na empresa;

    2. Elaborar um inventrio de todas as substncias usadas na empresa identifi-cando a origem dos fornecedores (na Unio Europeia ou fora da Unio Europeia);

    3. Preparar os contactos com os seus fornecedores e clientes;

    4. Preparar o pr-registo e posteriormente proceder ao registo (se for aplicvel)

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    Considera-se EPI todo o equipamento e qualquer acessrio ou complemento,destinado a ser utilizado pelo trabalhador/a para se proteger dos riscos profissionaisque no possam ser evitados ou limitados por meios tcnicos de proteco colectivaou por medidas, mtodos ou processo de organizao do trabalho.

    Os EPI devem ser:

    Conformes com as normas aplicveis sua concepo e fabrico em matria desegurana e sade.

    Adequados ao utilizador/a e de uso estritamente pessoal.

    Adequados preveno do risco que visam evitar e s condies existentes nolocal de trabalho.

    Na grelha abaixo apresentamos alguns dos equipamentos de proteco individualmais importantes nos sectores txtil, vesturio e calado, bem como a sua relaocom a sinalizao de obrigatoriedade de utilizao dos mesmos:

    SINALIZAO DESCRIO

    Obrigatrio a utilizao de botas de proteco

    Obrigatrio a utilizao de fato de proteco

    Obrigatrio a utilizao de capacete e luvas de proteco

    Obrigatrio a utilizao de luvas de proteco

    Obrigatrio a utilizao de mscara de proteco

    Obrigatrio a utilizao de protectores de ouvidos

    Esta Sinalizao deve ser afixada na empresa para informao das/dos trabalha-dores.

    3.2EQUIPAMENTOS DE PROTECO INDIVIDUAL (EPIs)

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    Considera-se acidente de trabalho aqueleque se verifique no local e no tempo de trabalho,produzindo leso corporal, perturbao funcio-nal ou doena de que resulte reduo na capa-cidade de trabalho, ou de ganho, ou a morte.Considera-se tambm acidente de trabalho, oocorrido:

    No trajecto, normalmente utilizado e duran-te o perodo ininterrupto habitualmente gas-to, de ida e de regresso entre:

    a) O local de residncia e o local de traba-lho;

    b) Quaisquer dos locais j referidos e o local de pagamento da retribuio, ou olocal onde deva ser prestada assistncia ou tratamento decorrente de aciden-te de trabalho;

    c) O local de trabalho e o de refeio;

    d) O local onde, por determinao da entidade empregadora, o trabalhadorpresta qualquer servio relacionado com o seu trabalho e as instalaes queconstituem o seu local de trabalho habitual;

    Quando o trajecto normal tenha sofrido interrupes ou desvios determinadospela satisfao de necessidades atendveis do trabalhador, bem como por mo-tivo de forca maior ou caso fortuito;

    No local de trabalho, quando no exerccio do direito de reunio ou de actividadede representao dos trabalhadores;

    Fora do local ou tempo de trabalho, na execuo de servios determinados ouconsentidos pela entidade empregadora;

    Na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultarproveito econmico para a entidade empregadora;

    No local de trabalho, quando em frequncia de curso de formao profissionalou, fora, quando exista autorizao da entidade empregadora;

    Durante a procura de emprego nos casos de trabalhadores com processo decessao de contrato de trabalho em curso;

    3.3O ACIDENTE PARTICIPAO DO ACIDENTEE ACOMPANHAMENTO

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    PROCEDIMENTOS PERANTE UMASITUAO DE ACIDENTE

    Assistncia ao Sinistrado Em situao de acidente, deve ser apurada a gravidade doacidente e dependendo da situao o sinistrado deve sersocorrido no prprio local ou encaminhado para um centrohospitalar. O responsvel da seco deve notificar o Respon-svel da Segurana.

    Notificao do Acidente A empresa deve proceder a comunicao do acidente Com-panhia de Seguros e Autoridade das Condies do Trabalho(ACT), atravs de formulrio prprio. No caso de acidentesmortais, a comunicao deve ser feita ao ACT num perodode 24 horas aps a ocorrncia do acidente.

    Investigao do Acidente O responsvel da Segurana/Tcnico Superior de Higiene eSegurana no Trabalho dever recolher da empresa os ele-mentos que se considerem relevantes para efectuar a anli-se do acidente de trabalho, determinando as causas. Destainvestigao poder fazer parte no s o levantamento dassituaes atravs de entrevistas dos intervenientes, como

    tambm a recolha de provas atravs de fotografias e imagemvdeo.

    Planeamento eImplementao de acescorrectivas e preventivas

    Aps a determinao das causas do acidente planeiam-seas aces correctivas e/ou preventivas, com a definio deresponsveis pela implementao e prazos.

    Verificao da eficcia dasaces correctivas

    Finalmente avaliada a eficcia das aces implementadasgarantindo assim a eliminao ou reduo das causas quemotivaram o acidente.

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    PARTEIV

    AVALIAODOSRISCOS

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    AVALIAO E VERIFICAO DE RISCOSUM PROCESSO CONTNUO E SISTEMTICO

    4.1

    No existe um modelo europeu de avaliao dos riscos. Existem, isso sim, prti-cas diversas conforme os pases prticas nacionais e sectoriais muitas delas sus-tentadas por legislaes pouco precisas sobre a avaliao donde resulta, muitas ve-zes, que ou no feita ou, se o , resume-se a uma abordagem meramente formal eburocrtica.

    Mesmo nos pases, como o nosso, que transpuseram a Directiva-Quadro euro-peia, bem como outras Directivas sobre a matria de SST, para a legislao nacional(Lei 102/209 de 10 de Setembro - Regime jurdico da promoo da segurana e sa-de no trabalho) e apesar das inmeras Campanhas de informao e sensibilizaojunto de entidades patronais e de trabalhadores dos nossos sectores de actividade ocerto que, a avaliao dos riscos no prtica generalizada, nomeadamente, naspequenas e mdias empresas. Ora, para ns, a avaliao dos riscos fundamen-tal para a implementao, na prtica, de uma poltica de preveno, pelo que aavaliao deve ser sistemtica e dar lugar elaborao dos respectivos planosde aces preventivas com impacto na melhoria das condies de trabalho, desegurana e sade das/os trabalhadores, para tal, a participao activa destes, essencial.

    COMO FAZER?

    A avaliao deve estender-se a todas as situaes que afectem o bem-estar

    das/ostrabalhadores em matria de segurana e sade bem como das condiesde trabalho.

    Devemos ter em conta o que as/os trabalhadores sentem e exprimem face ssituaes que vivem para que possamos construir a(s) nossa(s) proposta(s) para umplano aco de preveno. O apoio activo das/os trabalhadores fundamental para

    podermos apresentar empresa, a(s) nossa(s) proposta(s) de aco.Quando iniciarmos o nosso processo de avaliao devemos ter em conta

    dois prncipios:

    Estruturar a nossa verificao e avaliao de modo a que sejam abordados to-dos os perigos e riscos relevantes.

    Interrogarmo-nos sempre se o risco e ou riscos podem ser eliminados.

    O processo de avaliao dos perigos e riscos engloba duas fases fundamen-tais, a anlise dos ricos e a sua valorao e inclui as etapas que se seguem.

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    ETAPAS

    1. Identificar o perigo (por exemplo: agentes fsicos, qumicos e biolgicos; processosindustriais; movimentos e posturas; sobrecargas fsicas e mentais...);

    2. Identificao das/os trabalhadores expostos ou potencialmente expostos a riscosderivados dos perigos identificados (ter em conta as/os trabalhadores mais vulne-rveis, como por exemplo grvidas, lactantes, jovens, mais idosos, trabalhadores

    temporrios...)

    3. Estimar o risco (qualificao e quantificao do risco) ou seja o grau da sua perigo-sidade dos danos e o grau de probabilidade de ocorrncia desse dano.

    5. Controlo do risco ou seja pr em prtica medidas de controlo e verificar se essasmedidas funcionam.

    Estas trs primeiras operaes constituem a anlise do risco

    4. Valorao do risco para ver o que fazer ver a possibilidade de eliminar o risco ou,no caso de no ser possvel, ver como o controlar e minimizar.

    Estas quatro operaes constituem a avaliao do risco

    TODAS, DE 1 A 5, FAZEM PARTE DA GESTO DO RISCO

    ESQUEMATICAMENTE SER ASSIM:

    IDENTIFICAO DO PERIGO1

    IDENTIFICAO DETRABALHADORES EXPOSTOS

    2

    ESTIMATIVA DO RISCO3

    VALORAO DO RISCO4

    CONTROLO DO RISCO5

    ANLISEDE RISCOS AVALIAO

    DE RISCOS GESTODE RISCOS

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    Os perigos e riscos que propomos que se verifiquem, avaliem e se estipulem me-didas de preveno, so fruto da identificao dos perigos e dos riscos, bem comoanlise e avaliao j efectuados em Campanhas anteriores em parceria com outrasentidades, nos trs sectores, Txtil, Vesturio e Calado. So eles:

    O Rudo risco de perda de audio/surdez;

    A Fadiga visual risco de perturbaes de viso As Posturas risco de leses msculo-esquelticas

    Os Produtos qumicos perigosos riscos para vias respiratrias, pele, quei-maduras, etc

    As Poeiras e Vapores perigo de alergias e doenas respiratrias graves

    A Movimentao manual de cargas perigo de leses msculo-esquelticasdevido a posturas incorrectas e/ou no utilizao de equipamento adequado.

    O Stresse perigo de srias perturbaes de ordem nervosa, neurolgica e outras O Trabalho Montono e Repetitivo executar as mesmas operaes durante

    muitas horas seguidas, por vezes na mesma posio (de p ou sentado) e a um ritmodemasiado rpido provocando desmotivao e fadiga para alm de outros problemasde sade.

    O facto de serem estes os perigos e riscos elencados e mais comuns aos 3

    sectores no impede, pelo contrrio, de registarmos outros perigos e riscos queentretanto tenham surgido nas empresas, ligados tanto a factores ambientaiscomo a factores operativos. Daqui a importncia, uma vez mais, da participao

    activa das/dos trabalhadores expostos a esses perigos e riscos nas vrias eta-pas do processo produtivo.

    Para fazer a verificao e a avaliao dos riscos propomos que os mesmossejam verificados e avaliados com base no processo produtivo de cada um dossectores (txtil, vesturio e calado) ou seja nas vrias seces, identificar quaisas operaes onde esses riscos esto presentes.

    Neste sentido apresentamos os fluxogramas (representao grfica de um deter-minado processo ou fluxo de trabalho) do processo produtivo para cada um dos 3sectores TVC, bem como as fichas que serviro de suporte ao trabalho de verificaoe avaliao dos riscos.

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    ARMAZENAGEM DO

    PRODUTO ACABADO

    PREPARAO FIAOFIAO PROPRIAMENTE DITA

    BOBINAGEM

    RETORO

    VAPORIZAO/HUMIDIFICAO

    PREPARAO TECELAGEM

    TECELAGEM PROPRIAMENTE DITAREVISTA/INSPECO TECIDO

    GASAGEM/CHAMUSCAGEM

    DESENCILAGEM

    MERCERIZAO/CAUSTIFICAO

    FERVURA

    BRANQUEAMENTO

    TERMOFIXAO

    PREPARAO AO TINGIMENTO

    TINGIMENTO

    HIDROEXTRACO

    SECAGEM

    PREPARAO ESTAMPARIAESTAMPARIA PROPRIAMENTE DITA

    SECAGEMFIXAO

    LAVAGEM

    PREPARAO AO ACABAMENTOACABAMENTO QUMICO

    CONTROLO FINAL

    ARMAZM DE MATRIA

    FIAO

    TECELAGEM

    TRATAMENTO PRVIO

    TINTURARIA

    ESTAMPARIA

    ACABAMENTO

    FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVODE UMA EMPRESA TXTIL ALGODOEIRA

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    ARMAZM DE ENTRADA

    CORTE

    PREPARAO COSTURA

    COSTURA

    ACABAMENTO E EMBALAGEM

    ARMAZM DE PRODUTO ACABADO

    FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVODE UMA EMPRESA DE VESTURIO/CONFECO

    CONCEPO/MODELAOE PREPARAO PARA O CORTE

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    ARMAZM DOPRODUTO ACABADO

    IGUALIZARFACEAR

    RISCAR

    ENTRETELAR

    ORLAR

    VERGAR

    ARMAZM DE ENTRADA

    CORTE

    PREPARAO COSTURA

    COSTURA

    FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVODE UMA EMPRESA DE CALADO

    CONCEPO E PREPARAOPARA O CORTE

    EMBALAGEM

    PR MONTAGEM

    MONTAGEM PROPRIAMENTE DITAMONTAGEM

    LIMPEZA/POLIMENTO MECNICO

    APLICAO DE TINTAS PISTOLAACABAMENTO

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    FICHAS DE VERIFICAO E AVALIAODOS RISCOS EM EMPRESAS TVC POR RISCO

    4.2

    Exemplo de Ficha de Identificao e Avaliao de Riscospara o risco Fadiga Visual

    FICHA DE VERIFICAO E AVALIAO DE RISCOS NOS TVC.

    Sector: TXTIL VESTURIO CALADO Data:

    Empresa:

    N de trabalhadores: Mulheres: Homens: Seco:

    Representante das/os trabalhadores

    RISCOFADIGA VISUAL/ILUMINAO DEFICIENTE

    MEDIDAS DE PREVENO

    SIM NO As/os trabalhadores tmiluminao suficiente eadequada para executar

    tarefas tais como verifica-o de tecidos, cerzimento,

    introduo de fios, revista,modelao, preparaopara o corte, montagem eacabamento? H problemas de reflexossobre as mesas/postos de

    trabalho e, como tal, enca-deamentos? As lmpadas esto cor-rectamente dispostas porforma a iluminar as tarefasa desempenhar? As/os trabalhadores fazempausas frequentes ou alter-nam com outros trabalhos?

    As/os trabalhadoresfazem exames mdicosde viso?

    A Ficha deIdentificao eAvaliao iniciacom uma pequenacaracterizaoda empresa ondevai ser aplicada.

    -lhe solicitado queindique: o sector; adata em que realizaa verificao; o nde trabalhadores daempresa; a secoonde vai aplicar aFicha; e finalmenteo nome do repre-sentante que vaiaplicar a Ficha.

    Aps preencher aprimeira parte daFicha, dever pro-ceder avaliaodas situaes quelhe so colocadasna Ficha. Para issobasta assinalar,com uma cruz, seSIM ou NO, as

    questes que lheso colocadas e setiver conhecimentode uma medida quepoderia melhorar asituao, descreva--ana coluna aolado Medidas dePreveno.

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    Exemplo do verso de Ficha de Identificao e Avaliao de Riscospara o risco Fadiga Visual

    VERIFIQUE/AVALIE O RISCO no respectivo Sector, conforme oprocesso produtivo da empresa

    No Txtil:na manuteno; urdideiras; montagemda tela, tingimento/cozinha das cores; estampa-gem digital; acabamento qumico; revista, arma-zm produtos acabados.

    No Vesturio:armazm/verificao de cargas;concepo/visores; modelagem; preparao parao corte; revista/sinalizao de defeitos; termoco-lagem/verificao do produto; acabamento/rema-

    te; revista e embalagem.

    No Calado:corte; costura; montagem e acaba-mento

    Descrio do Risco

    No verso de cadaFicha de Identificaoe Avaliao encontrar

    sempre as reas doprocesso produtivo tx-

    til, vesturio e caladomais sensveis ao riscoao qual corresponde aficha. Neste exemplo, aFicha de Identificao eAvaliao corresponde Fadiga Visual.

    Aps a apresentaodas reas do processoprodutivo mais sensveisao risco, encontrar umabreve descrio do riscoque est a verificar.

    A fadiga visual: um risco que ocorre em ope-raes que exigem uma fixao maior da vista,nomeadamente, sobre ecrs e visores mas, igual-

    mente, em trabalhos que exigem muita luminosi-dade, como por exemplo, a verificao de defei-tos nos tecidos. A fadiga visual aumenta exigindopausas e um ambiente luminoso ergonomicamentecorrecto. Os exames mdicos peridicos da visoso fundamentais.

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    BIBLIOGRAFIA

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    Associao Empresarial Portuguesa (2008).Manual de Boas Prticas IndstriaTxtil e do Vesturio - Segurana, Higiene e Sade no Trabalho.AEP.Porto

    Autoridade para as Condies do Trabalho (2010). Riscos emergentes e novasformas de preveno num mundo de trabalho em mudana.ACT.Lisboa

    BOIX, Pierre e VOGEL, Laurent; LEvaluation des Risques sur le Lieux de Travail Guide pour une Intervention Syndicale; Bureau Technique Syndical (BTS), Bru-xelas, 1999

    Confederao Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical (2009).Aavaliao dos riscos no local de trabalho. Guia para uma interveno sindical.

    CGTP-IN.Lisboa

    Confederao Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical (s/d).Guia deParticipao Consciente para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho.CGTP-

    IN.Lisboa

    Decreto Regulamentar n 76/2007 de 17 de Junho. Dirio da Repblica n 136 - ISrie. Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social.Lisboa.

    European Agency for Safety and Health at Work.(s/d).E-Facts n 30 A seguran-a e a sade no Sector Txtil.OSHA.Bruxelas

    European Agency for Safety and Health at Work.(2008).Facts n 81 Avaliao deRiscos: a chave para locais de trabalho seguros e saudveis.OSHA.Bruxelas

    European Agency for Safety and Health at Work.(2001).Facts n 20 Como reduziros acidentes no local de trabalho.OSHA.Bruxelas

    European Agency for Safety and Health at Work.(2002).Facts n 28 Como reduziros acidentes no local de trabalho.OSHA.Bruxelas

    European Commission.(1996).Guidance on Risk assessment at work.EC.Luxemburgo

    European Agency for Safety and Health at Work.(s/d).E-Facts n 42 Lista decontrolo para a preveno de leses dos membros inferiores.OSHA.Bruxelas

    European Agency for Safety and Health at Work.(s/d).E-Facts n 45 Lista deverificao para a preveno de ms posturas de trabalho.OSHA.Bruxelas

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    Inspeco Geral do Trabalho (2005).Aspectos Essenciais da Disciplina Legal dasegurana e Sade do Trabalho.IGT.Lisboa

    Instituto de Desenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho (2002).Algodoeira: manual de preveno dos riscos profissionais.IDICT.Porto

    Instituto de Desenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho (2001).

    Sector do Calado: manual de preveno.IDICT.Lisboa Instituto de Desenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho (2002).

    Vesturio: manual de preveno dos riscos profissionais.IDICT.Porto

    Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo (s/d).Evaluacin de Ries-gos Laborales.INSHT.

    Lei n 7/2009 de 12 de Fevereiro.Dirio da Repblica n 30 - I Srie.Assembleiada Repblica.Lisboa.

    Lei n 98/2009 de 4 de Setembro.Dirio da Repblica n 172 - I Srie.Assembleiada Repblica.Lisboa.

    Lei n 102/2009 de 10 de Setembro.Dirio da Repblica n 176 - I Srie.Assem-bleia da Repblica.Lisboa.

    Organizao Internacional do Trabalho (2007).Locais de Trabalho Seguros e Sau-dveis.Tornar o trabalho digno uma realidade.OIT.Lisboa

    Organizao Internacional do Trabalho (2005).Preveno, uma estratgia global.OIT.Lisboa

    Portaria n 455/201 de 5 de Maio.Dirio da Repblica n 104 - I Srie-B.Minist-rio do Trabalho e da Solidariedade Social.Lisboa.

    Resoluo do Parlamento Europeu sobre a promoo da sade e seguranano local de trabalho 2004/2205 (INI) de 24 de Fevereiro.Jornal Oficial da UnioEuropeiaC 304 E/400. Parlamento Europeu.Bruxelas.

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    LEGISLAO

    REGULAMEN

    TAOEMS

    ST

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    Constituio da Repblica O direito segurana e sade no trabalho umdos direitos constante do Captulo dos Direitos, Liberdades e Garantias da nossaConstituio da Repblica.

    Cdigo do Trabalho nomeadamente o Captulo IV Segurana, higiene e sa-de no trabalho (Arts 281 a 284).

    Contratos Colectivos de Trabalho dos sectores Txtil, Vesturio e Calado,negociados entre a FESETE e as respectivas Associaes patronais, tem capitulodedicado inteiramente s obrigaes e deveres por parte da empresa, bem como, osdireitos e deveres das/os trabalhadores em matria de SST.

    Lei 102/2009 de 10 de Setembro Regime jurdico da promoo da seguranae sade no trabalho - regulamenta o previsto no Art 284 do Cdigo de Trabalho, a

    proteco da trabalhadora grvida, purpera ou lactante em matria de SST, bemcomo a proteco de menores. Transpe as Directivas Comunitrias para a ordemjurdica interna:

    Directiva n. 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, relativa aplicaode medidas destinadas a promover a melhoria da segurana e da sade dostrabalhadores no trabalho, alterada pela Directiva n. 2007/30/CE, do Conselho,de 20 de Junho.

    Directiva n. 91/383/CEE, do Conselho, de 25 de Junho, que completa a apli-cao de medidas tendentes promover a melhoria da segurana e da sadedos trabalhador e que tm uma relao de trabalho a termo ou uma relao detrabalho temporria.

    Directiva n. 92/85/CEE, do Conselho, de 19 de Outubro, relativa implemen-tao de medidas destinadas a promover a melhoria da segurana e da sadedas trabalhadoras grvidas, purperas ou lactantes no trabalho.

    Directiva n. 94/33/CE, do Conselho, de 22 de Junho, relativa proteco dosjovens no trabalho.

    No que respeita proteco do patrimnio gentico, as Directivas contendoprescries mnimas de segurana e de sade no trabalho contra os agentesqumicos, fsicos e biolgicos, designadamente a Directiva n. 90/394/CEE, do

    LEGISLAO NACIONAL

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    Conselho, de 28 de Junho, relativa proteco dos trabalhadores contra osriscos ligados exposio a agentes cancergenos durante o trabalho, alteradapelas Directivas n.os 97/42/CE, do Conselho, de 27 de Junho, e 1999/38/CE,do Conselho, de 29 de Abril.

    Directiva n. 90/679/CEE, do Conselho, de 26 de Novembro, relativa pro-

    teco dos trabalhadores contra os riscos ligados exposio a agentes biol-gicos durante o trabalho, alterada pela Directiva n. 93/88/CEE, do Conselho,de 12 de Outubro, e a Directiva n. 98/24/CE, do Conselho, de 7 de Abril,relativa proteco da segurana e da sade dos trabalhadores contra os riscosligados exposio a agentes qumicos no trabalho.

    LEGISLAO EUROPEIA

    Directiva-Quadro 89/391/CEEalterada pela Directiva n 2007/30/CE do Con-selho de 30 de Junho, ambas j transpostas para o Regime Jurdico do nosso pas.

    Regulamento REACH regulamento Europeu publicado no Jornal Oficial daUnio Europeia a 30 de Dezembro de 2006, sob a forma do Regulamento (CE) n1907/2006, entretanto rectificado e publicado no Jornal Oficial do Unio Europeia,Lei 136 de 29 de Maio de 2007e entrou em vigor a 1 de Junho de 2007.

    LEGISLAO INTERNACIONAL OITConveno 155 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) sobre a Se-

    gurana e Sade dos Trabalhadores.

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    LINKSRELACIONADOS

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    FESETE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores Txteis, Lanifcios,Vesturio, Calado e Peles de Portugal

    http://www.fesete.pt

    http://fesete.ning.com

    CGTP Intersinsical Nacional

    http://www.cgtp.pt

    ACT Autoridade para as Condies de Trabalho

    http://www.act.gov

    Agncia Europeia para a Segurana e Sade no Trabalhohttp://www.osha.europa.eu

    Fundao Europeia para a Melhoria das Condies de Vida e de Trabalho(Eurofound)

    http://europa.eu

    OIT Organizao Internacional do Trabalho

    http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/index.htm

    rea do Portal da Comisso Europeia dedicada ao REACH

    http://ec.europa.eu/environment/chemicals/reach/reach_intro.htm

  • 7/21/2019 Manual Preveno Textil

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