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Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

Manual - Secretaria de Inovaçãodit.ufsc.br/files/2013/04/Manual-DIT.pdf · Procedimento de solicitação de patente de invenção e de modelo de utilidade na UFSC O que pode ser

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Manualde procedimentos para

solicitação de proteção àpropriedade intelectual

UFSC / PROPESQ / DIT

Organização do Manual Kelli Cristina Honório de Bittencourt

Rozangela Curi Pedrosa

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAÇÃO DE PROTEÇÃO À

PROPRIEDADE INTELECTUAL

1° Edição

Florianópolis UFSC/PROPESQ/ Departamento de Inovação Tecnológica

UFSC / PROPESQ / DIT

Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da

Universidade Federal de Santa Catarina ISBN: 978-85-64093-01-0

M294 Manual de procedimentos para solicitação de proteção à proprie- dade intelectual / organização Kelli Cristina Honório de Bi- ttencourt, Rozangela Curi Pedrosa - Florianópolis : UFSC/ PROPESQ/Departamento de Inovação Tecnológica, 2012. 29 p. : il., tabs Inclui bibliografia. 1.Propriedade intelectual. 2. Direitos autorais. 3. Patente - Legislação. 4. Universidade Federal de Santa Catarina – Padrões de produção. I. Bittencourt, Kelli Cristina Honório de. II. Pedrosa, Rozangela Curi. CDU : 347.78

Sumário

Procedimento de solicitação de patente de invenção e de modelo de utilidade na UFSC ............................................................................ 01

Procedimento de solicitação de registro de programa de computador na UFSC ........................................................................................ 18 Procedimento de solicitação de registro de marca na UFSC ............................ 20 Procedimento de solicitação de registro de desenho industrial na UFSC ............................................................................................. 23

Procedimento de solicitação de registro de cultivares na UFSC ............................................................................................................. 26

Propriedade Intelectual da UFSC ....................................................................... 27

Legislação ............................................................................................... 28

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

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Procedimento de solicitação de patente de invenção e de modelo de utilidade na UFSC

O que pode ser protegido como patente?

Conforme a Lei n.o 9.279/96, que regula os direitos e obrigações

relativos à Propriedade Industrial, nos artigos 8.° e 9.°, é possível a proteção por meio de patente de invenção e modelo de utilidade dos resultados de pesquisa desenvolvidos na UFSC, desde que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva ou ato inventivo e aplicação industrial.

Artigo 8° - É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Artigo 9° - É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Porém, não serão objetos suscetíveis de proteção por patente os listados de forma taxativa no art. 10 da Lei n.° 9.279/96.

I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; II - concepções puramente abstratas; III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; V - programas de computador em si; VI - apresentação de informações; VII - regras de jogo; VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

A quem solicitar a proteção?

De acordo com o artigo 8.° da Resolução n.° 14/CUn/2002, que trata sobre a propriedade e a gestão de direitos relativos à propriedade intelectual no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina, caberá à UFSC a proteção

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dos resultados dos projetos desenvolvidos no seu âmbito e em parceria com outras instituições, decorrente da atuação de recursos humanos, da aplicação de dotações orçamentárias com ou sem utilização de dados, meios, informações e equipamentos da Instituição, independentemente da natureza do vínculo existente com o criador. O direito de titularidade poderá ser usufruído em conjunto com outras instituições ou empresas, nacionais ou estrangeiras, devendo ser fixados expressamente o percentual e as obrigações das partes no instrumento contratual celebrado entre elas.

O Departamento de Inovação Tecnológica (DIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFSC tem como uma de suas competências a realização e o acompanhamento das proteções de titularidade da Universidade, englobando as proteções de patentes de invenção e de modelo de utilidade.

No Brasil o pedido de proteção de patente é solicitado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e a sua abrangência é territorial.

Qual a vigência da patente?

A patente de invenção vigorará pelo prazo de vinte anos, e a de modelo de utilidade, pelo prazo de quinze anos, contados da data de depósito.

Caso haja demora na análise do pedido e na concessão, ao titular do pedido de patente ficará resguardado o prazo mínimo de proteção de dez anos para a patente de invenção, e de sete anos para a patente de modelo de utilidade.

Qual o procedimento para proteção?

1.ª Etapa - Comunicação dos pesquisadores sobre a invenção ao DIT para a escolha da forma mais adequada de proteção. 2.ª Etapa - Caso a forma adequada de proteção seja por meio de patente de invenção ou de modelo de utilidade, serão apresentadas aos pesquisadores as bases de consulta de documentos de patente. Nessa etapa o pesquisador fará uma busca de anterioridade preliminar em que irá averiguar a novidade, o caráter inédito da invenção ou modelo de

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utilidade proposto e, também, terá conhecimento das soluções atualmente propostas para o problema solucionado por ele.

Bases Públicas Instituto Nacional de Propriedade Industrial

www.inpi.gov.br

Patentes depositadas no Brasil.

Escritório Europeu de Patente

www.ep.espacenet.com

Patentes do mundo todo, possibilidade de impressão do documento original.

Organização Mundial da Propriedade Intelectual

www.wipo.int/pctdb/en/

Contém informações das primeiras páginas (informação bibliográfica, resumo e desenho) dos pedidos de patente depositados via PCT, publicados a partir de janeiro de 1998.

Escritório Americano de Patentes e Marcas

www.uspto.gov/

Permite a busca em todas as patentes americanas concedidas desde 1791.

Escritório Japonês de Patentes

www.jpo.go.jp/

Permite a pesquisa nos dados bibliográficos dos pedidos de patentes no Japão.

Free Patents on line

www.freepatentsonline.com

Serviço gratuito que contém patentes norte-americanas e patentes europeias.

Google Patents

www.google.com/patents

Serviço gratuito que contém patentes norte-americanas ou patentes que tenham sido depositadas no escritório americano USPTO.

Quadro 1 - Bases de documentos de patente de acesso gratuito Fonte: Material adaptado do Curso de Propriedade Intelectual e Busca em base de Patentes, Agência de Inovação Unicamp, 2009. 3.ª Etapa - Depois de averiguada a novidade, os pesquisadores preencherão o Formulário de Avaliação de Pedido de Patente, disponível em www.dit.ufsc.br, e o entregarão devidamente assinado no DIT para a abertura de um processo administrativo.

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Como acessar a Base de Patentes do INPI?

Instituto Nacional de Propriedade Industrial www.inpi.gov.br

A base de busca de documentos de patente do Instituto Nacional de

Propriedade Industrial (INPI) pode ser acessada por meio do endereço eletrônico www.inpi.gov.br, de acordo com o indicado na Figura 1. Nessa base estarão disponíveis para consulta os documentos de patente depositados no INPI, ou seja, solicitações de proteção no território brasileiro.

Figura 1 - Página inicial do Instituto Nacional de Propriedade Industrial e link para acesso à base de busca de documentos de patente Fonte: Disponível em: <www.inpi.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2012. Na Figura 2 é ilustrada a ferramenta de busca da base de documentos de

patente do INPI. Indica-se que a busca seja realizada mediante o link “pesquisa avançada”, que dispõe de várias opções de campos de busca.

Considerações sobre a base de busca de documentos de patente: - Utilizar palavras-chave que identifiquem o objeto de proteção no campo “resumo”;

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- Caso utilize mais de uma palavra-chave nos campos de busca, empregar o conector booleano “and” entre as palavras; - Tendo conhecimento de empresas ou instituições de pesquisa líderes na tecnologia a ser protegida, buscar no campo “Nome do depositante” por documentos de patente depositados por estas, a fim de se ter conhecimento do estágio de suas pesquisas; - Se tiver conhecimento do nome de pesquisadores com publicações de artigos sobre o tema a ser protegido, indica-se a busca de patente mediante o uso de seus nomes no campo “Nome Inventor”.

Figura 2 - Base de busca de documentos de patente Fonte: Disponível em: <www.inpi.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Exemplo de busca: documentos de patente associados a equipamentos para a secagem de grãos: a) Relacionar as palavras-chave sinônimas a essa tecnologia: - equipamentos, dispositivos, mecanismos, secador; - secagem, umidade; - grãos, etc. b) Realizar combinações com as palavras-chave previamente listadas e pesquisar utilizando estas no campo “resumo”; Exemplo: equipamento and secagem and grão. b.1) Caso tenha conhecimento do nome de pesquisadores que comumente publicam na área de interesse, consultar no campo “nome do inventor” os documentos de patente que eles poderão ter protegidos.

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b.2) Nesse contexto, consultar também os documentos de patente protegidos pelas empresas e as instituições de ensino e pesquisa que são conhecidas por atuar na área de interesse, mediante o uso do campo “nome do depositante”.

c) Acessar os documentos encontrados, conforme a Figura 3, que ilustra o resultado obtido por meio de palavras-chave no campo “resumo”. Informações pertinentes ao estágio da proteção no INPI e o documento de patente podem ser acessados a partir da seleção do processo desejado.

Figura 3 - (a) Resultado da busca utilizando o campo “resumo”; (b) Detalhes referentes a um processo de proteção por patente; (c) link para acesso ao documento de patente Fonte: Disponível em: <www.inpi.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2012. d) Os documentos analisados que forem considerados relevantes para a anterioridade do pedido de patente proposto e que poderão ser utilizados como modelos para a redação da proteção deverão ser informados no Formulário de Avaliação de Pedido de Patente (Anterioridade da Invenção).

Como preencher o Formulário de Avaliação de Pedido de Patente?

Titulares: São os proprietários da criação intelectual resultado da pesquisa desenvolvida no âmbito da UFSC. Conforme o artigo 8.°, § 1.°, da Resolução n.° 14, a UFSC será proprietária e poderá haver outros

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(b)

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cotitulares, conforme as parcerias anteriormente firmadas: Art. 8º - Será propriedade da Universidade a criação intelectual de que trata o inciso II do art. 2º desta Resolução, desenvolvida no seu âmbito, decorrente da atuação de recursos humanos, da aplicação de dotações orçamentárias com ou sem utilização de dados, meios, informações e equipamentos da Instituição, independentemente da natureza do vínculo existente com o criador.

O direito de propriedade referido no caput deste artigo poderá ser exercido em conjunto com outras instituições ou empresas, nacionais ou estrangeiras, devendo ser fixado expressamente o percentual e as obrigações das partes no instrumento contratual celebrado entre as mesmas.

Figura 4 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Dados dos Titulares

Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012. Inventores: Relacionar os pesquisadores que colaboraram com o

desenvolvimento da pesquisa e com os resultados obtidos; os pesquisadores serão listados como inventores do pedido de patente. Todos os dados solicitados deverão ser fornecidos, pois estes serão utilizados para o preenchimento do Formulário de Depósito de Patente do INPI e demais documentos.

Figura 5 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Dados dos Inventores Fonte: Disponível em: www.dit.ufsc.br. Acesso em: 20 jun. 2012.

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Anterioridade da invenção: As palavras-chave utilizadas na busca de anterioridade em bases de documentos de patente deverão ser listadas, assim como os dados dos documentos considerados relevantes na pesquisa.

Figura 6 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Anterioridade da Invenção Fonte: Disponível em: www.dit.ufsc.br. Acesso em: 20 jun. 2012.

Os documentos relevantes listados pelos pesquisadores no Formulário

serão utilizados como modelos para a redação do relatório descritivo da invenção ou modelo de utilidade proposto.

Informações sobre a invenção: Os pesquisadores deverão fornecer informações sobre os detalhes da invenção ou do modelo de utilidade, de forma clara e objetiva para a redação do pedido de patente.

As informações que deverão constar no relatório descritivo do pedido

de patente estão listadas no Ato Normativo n.° 127, de 5 de março de 1997, e são solicitadas no decorrer do Formulário de Avaliação de Pedido de Patente conforme demonstrado nas próximas figuras que compreendem os seguintes grupos de informações:

4.1 – Definição do título da invenção 4.2 – Descrição do setor técnico da invenção

4.3 – Exposição dos antecedentes da invenção 4.4 – Descrição dos objetivos da invenção

4.5 – Descrição detalhada da invenção 4.6 – Exposição e listagem das figuras 4.7 – Apresentação do resumo

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Figura 7 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Informações sobre a Invenção Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Título da invenção: Especificar o objeto de proteção, ou seja, o processo ou produto inédito que se deseja proteger, e estes deverão estar inseridos no mesmo conceito inventivo.

Exemplos: Mecânica -> Máquina recolhedora de grãos ou frutos caídos no solo. (Patente de invenção PI0800043-3 depositada em 14/01/2008; Titular: SADANORI MATSUI). No documento de patente PI0800043-3, conforme observado no título, é solicitado proteção de uma máquina (produto). Elétrica -> Sistema de alimentação para veículo ferroviário, conversor elétrico, unidade de comando, climatizador e processo de alimentação de um veículo ferroviário. (Pedido de patente PI0701706-5 depositado em 15/05/2007; Titular: Alstom Transport AS). No pedido de patente PI0701706-5 infere-se do título que o objeto de proteção englobará: um sistema; um conversor; uma unidade de comando; um climatizador; um processo. Química -> Composição aquosa condicionadora de tecidos (Patente de invenção PI0113676-3 depositada em 24/08/2001; Titular: Unilever). Na patente de invenção PI0113676-3 infere-se do título que o objeto de proteção engloba uma composição.

Descrição objetiva do setor técnico de invenção: Descrever resumidamente qual o setor técnico a que a invenção se refere. No texto abaixo, pode ser observado um exemplo de como podem ser expostas

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4.1

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essas informações:

Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de uma inédita “MÁQUINA RECOLHEDORA DE GRÃOS OU FRUTOS CAÍDOS NO SOLO”, especialmente de uma máquina automotriz apoiada em rodantes normais ou do tipo esteira que se destaca por realizar o recolhimento e pré-limpeza dos grãos ou frutos sob a “saia” do pé de café ou cultura afim, graças a um conjunto captador, de pressão negativa, dotado de rolete coletor de resíduos com pinos retráteis que os lançam por meio de rosca sem-fim ou similar em direção a um triturador de galhos lateral, seguindo os grãos, sem os resíduos maiores, para uma câmara intermediária que auxiliada por rosca transportadora direciona ditos grãos e impurezas para câmara separadora onde as folhas, galhos e outros resíduos de maior densidade seguem para o ventilador dupla função com caixa bipartida e daí para o ciclone purificador de ar, e os grãos e pequenos resíduos, ainda na câmara separadora tomando rumo distinto, ou seja, a areia para a válvula de saída específica e os grãos para uma segunda válvula de saída para ensaque dos grãos que podem ser redirecionados para duto roscado, o qual desemboca em reservatório basculante. Numa opção construtiva, o conjunto captador poderá ser independente do restante da máquina. (Informações extraídas do documento de patente PI0800043-3).

A fim de ilustrar da melhor forma o assunto, segue abaixo trecho de um documento de patente referente ao setor técnico da invenção proposta:

Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de um inédito “PROCESSO PARA A CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PARTICULADOS ÁCIDOS E/OU DE BAIXA ACIDEZ SOB VÁCUO”, especialmente de um processo que visa à conservação de alimentos particulados (ácidos e de baixa acidez) por processamento térmico na própria embalagem, sob vácuo, destacando-se o presente processo por introduzir um novo conceito no setor técnico de processamento destes produtos, com vantagens expressivas na qualidade do produto final, redução do peso final, transporte facilitado e redução dos efeitos das reações de oxidação e melhora na textura. (Informações extraídas do documento de patente PI0405714-7).

Figura 8 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Informações sobre a Invenção Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

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Antecedentes da invenção: Descrever o estado da técnica.

A definição de estado da técnica está disposta no artigo 11, § 1.º, da Lei n.° 9.279, de 14 de maio de 1996:

§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.

As informações dispostas nos antecedentes da invenção não deverão

tratar dos detalhes da proposta de invenção ou do modelo de utilidade. Nessa etapa deverá ser descrito somente o estado da técnica, que poderá ser redigido conforme as seguintes orientações: - relatar o problema técnico existente cuja proposta de proteção visa a solucionar; - descrever as atuais soluções para esse problema fundamentando por meio de documentos de patente e artigos científicos; - se possível, ressaltar as características dessas soluções que são aprimoradas pela proposta de invenção ou de modelo de utilidade.

Na Figura 9 é possível observar um trecho da descrição do estado da técnica relatado no documento de patente PI0113676-3 que foi realizada mediante a citação de documentos de patentes relacionados com a solução proposta para o problema existente.

Figura 9 – Exemplo de exposição de informações sobre os antecedentes da invenção Fonte: Informações extraídas do documento de patente PI0113676-3

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Problema do estado da técnica

Documentos de patente descrevendo as atuais soluções para o problema do estado da técnica.

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Descrição dos objetivos da invenção: Descrever de maneira clara, concisa e precisa a solução proposta para o problema existente e as vantagens da invenção em relação ao estado da técnica descrito primeiramente.

A presente invenção procura prover uma composição condicionadora de tecidos compreendendo um composto amaciante de tecido à base de TEA endurecido que supere um ou mais dos problemas, e forneça um ou mais dos benefícios aqui identificados. Os presentes inventores verificaram que uma quantidade reduzida de um agente de um agente tensoativo não-iônico particular em uma composição condicionadora de tecido compreendendo composto amaciante de tecido à base de TEA, endurecido, tendo um tamanho médio de partícula abaixo de 7 mícrons, atua como um estabilizador de viscosidade provendo, assim, uma viscosidade desejada pelos consumidores, mesmo quando incluídas em níveis muito baixos (1,5% ou pelo menos, em peso, em uma composição condicionadora de tecido) e a quantidade pequena do agente tensoativo não-iônico não desestabiliza a composição quando em armazenagem, mesmo em alta temperatura. (Informações extraídas do documento de patente PI0113676-3).

Figura 10 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Informações sobre a Invenção Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Descrição detalhada da invenção: Para descrever a invenção, seguir as orientações abaixo:

Orientações para a descrição da invenção: - O objeto ou processo novo deverá ser suficientemente descrito; caso seja necessário, poderão ser utilizadas figuras para auxiliar na sua descrição. - Descrever objetivamente os detalhes do produto ou processo novo, não expor vantagens ou informações do estado da técnica. - Sendo o objeto um equipamento, deverão ser descritas as partes que o compõem, fazendo referência às figuras, conforme apresentado na Figura 11.

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Figura 11 – Exemplo de exposição de informações sobre a descrição da invenção Fonte: Informações extraídas do documento de patente PI0113676-3

Figura 12 – Formulário de Avaliação de Pedido de Patente – Informações sobre a Invenção Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Figuras: Listar as figuras, gráficos, fluxogramas utilizados para a compreensão da invenção ou do modelo de utilidade.

As figuras deverão obedecer às seguintes considerações dispostas no Ato Normativo n.° 127 do INPI, de 5 de março de 1997, item 15.1.4.1:

[...] b) ser executados com traços indeléveis firmes, uniformes e sem cores, preferivelmente. Com auxílio de instrumentos de desenho técnico, de forma a permitir sua reprodução; c) ser isentos de textos, rubricas ou timbres, podendo conter apenas termos indicativos (tais como "água", "vapor d'água", "aberto", "fechado", corte "AA", etc), e palavras-chave, no caso de circuitos elétricos, diagramas em bloco, fluxogramas e gráficos;

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d) ter os termos indicativos, se houver, dispostos de maneira a não cobrir qualquer linha das figuras; e) ter cortes indicados por hachuras oblíquas que permitam a fácil leitura dos sinais de referência e das linhas diretrizes; f) ser executados com clareza e em escala que possibilite redução com definição de detalhes, podendo conter, em uma só folha, diversas figuras, cada uma nitidamente separada da outra, numeradas consecutivamente e agrupadas, preferivelmente, seguindo a ordem do relatório descritivo; g) manter a mesma escala para todos os elementos de uma mesma figura, salvo quando proporção diferente for indispensável à sua compreensão; h) conter, sempre que forem utilizadas figuras parciais para compor uma figura completa, sinais de referência que permitam a clara visualização da continuidade das mesmas; i) ter as figuras, sempre que possível, dispostas na folha de maneira vertical e, quando na posição horizontal, com a parte superior voltada para o lado esquerdo; j) conter todos os sinais de referência constantes do relatório descritivo, observando o uso dos mesmos sinais de referência para identificar determinada característica em todos os desenhos, sempre que essa apareça.

As figuras anexadas deverão ser acompanhadas de legenda. Na Figura 13 são apresentados alguns exemplos de figuras utilizadas em documentos de patente.

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Figura 13 – Exemplos retirados dos documentos de patente (a) PI0701706-5; (b) PI0702735; (c) PI1003193-6; (d) PI 1003125-1 Fonte: Informações extraídas dos documentos de patente PI0701706-5; PI0702735; PI1003193-6; PI 1003125-1

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Etapas do processo de proteção de invenções ou modelos de utilidades na UFSC

Quadro 2 - Exposição das etapas que compõem o processo de proteção por meio de patente e modelo de utilidade na UFSC Fonte: Elaborado por Kelli Bittencourt

Reunião com os pesquisadores

Etapas Responsáveis

Inventores e DIT

Busca em bases de Patentes Inventores e DIT

Preenchimento do formulário de solicitação de Patente

Inventores

Inventores e DIT Redação do documento de proteção

Depósito do pedido de Patente junto ao INPI

DIT

Gerenciamento do pedido de patente junto ao INPI

DIT

Documentação necessária para a realização do pedido de Patente

DIT

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Procedimento de solicitação de registro de programa de computador na UFSC

Qual a forma de proteção de programas de computador?

O conceito de programa de computador está expresso no artigo 1.°

da Lei n.° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências:

Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

De acordo com o artigo 10 da Lei n.° 9.279/96, programa de

computador não é objeto suscetível de proteção por patente, cabendo a este a proteção por meio de direito autoral, como disposto no art. 2.° da Lei n.° 9.609/98.

Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de programa de computador é o conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País, observado o disposto nesta Lei.

A quem solicitar a proteção?

Caberá à UFSC a proteção dos resultados dos projetos desenvolvidos no seu âmbito e em parceria com outras instituições, decorrente da atuação de recursos humanos, da aplicação de dotações orçamentárias com ou sem utilização de dados, meios, informações e equipamentos da Instituição, independentemente da natureza do vínculo existente com o criador.

O Departamento de Inovação Tecnológica (DIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFSC tem como uma de suas competências a realização e o acompanhamento das proteções de titularidade da Universidade, englobando o registro dos programas de computador desenvolvidos na Instituição.

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No Brasil o registro de programa de computador é solicitado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Qual a vigência do programa de computador?

A tutela dos direitos relativos a programa de computador fica assegurada pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1.º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

O registro dos programas de computador junto ao INPI é facultativo, porém, para assegurar possíveis questionamentos quanto à autoria, indica-se o seu registro. Este serve como meio de prova para a comprovação de autoria.

Qual o procedimento para proteção?

1.ª Etapa - Comunicação dos pesquisadores sobre os resultados obtidos na pesquisa ao DIT para a escolha da forma mais adequada de proteção. 2.ª Etapa - Caso a forma adequada de proteção seja por meio de registro de programa de computador, o pesquisador será orientado a preencher o Formulário de Avaliação de Registro de Programa de Computador, disponível em www.dit.ufsc.br. 3.ª Etapa - O Formulário de Avaliação de Registro de Programa de Computador deverá ser entregue assinado no DIT para a abertura de um processo administrativo juntamente com duas mídias não regraváveis contendo a listagem integral ou parcial do código-fonte ou objeto, além das especificações e fluxogramas do programa de computador. Esses dados podem ser apresentados gravados em arquivos no formato PDF (sem senhas) em dois discos óticos — CDs ou DVDs. Os dois discos, contendo arquivos idênticos, devem ser acondicionados individualmente em caixa plástica convencional de acondicionamento de CD, resistente e apropriada, que garanta a integridade da mídia plástica. 4.ª Etapa - O DIT organizará a documentação necessária para o pedido de registro com base nas informações fornecidas no Formulário de Avaliação de Registro de Programa de Computador e realizará o pedido de registro junto ao INPI.

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Procedimento de solicitação de registro de marca na UFSC

O que pode ser protegido como marca?

Conforme o artigo 122 da Lei n.° 9.279/96, são suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. Para efeitos dessa Lei, no artigo 123 são conceituadas as naturezas cabíveis para o registro de marcas, de acordo com o Quadro 3. Natureza da marca Definição Marca de produto ou serviço

Aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa.

Marca de certificação

Aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada.

Marca coletiva Aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade.

Quadro 3 – Natureza da marca e sua respectiva definição Fonte: Disponível em: <www.dit.ufsc.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Os sinais não registráveis como marca estão listados na Lei n.º

9.279/96, no artigo 124:

I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação; II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva; III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração; IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público; V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos; VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva; VII - sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda;

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VIII - cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo; IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica; X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina; XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de qualquer gênero ou natureza; XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação por terceiro, observado o disposto no art. 154; XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do evento; XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país; XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores; XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores; XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou titular; XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir; XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia; XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva; XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, aquela que não possa ser dissociada de efeito técnico; XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca alheia.

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

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A quem solicitar a proteção? No Brasil, o pedido de proteção de registro de marca é solicitado ao

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e a sua abrangência é territorial.

Qual a vigência do registro?

O registro da marca vigorará pelo prazo de dez anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.

Qual o procedimento para proteção?

1.ª Etapa - Comunicação dos pesquisadores sobre os resultados obtidos na pesquisa ao DIT para a escolha da forma mais adequada de proteção. 2.ª Etapa - Caso a forma adequada de proteção seja por meio de registro de marca, o pesquisador será orientado a preencher o Formulário de Avaliação de Registro de Marca, disponível em www.dit.ufsc.br. 3.ª Etapa - O Formulário de Avaliação de Registro de Marca deverá ser entregue assinado no DIT para a abertura de um processo administrativo. 4.ª Etapa - O DIT organizará a documentação necessária para o pedido de registro com base nas informações fornecidas no Formulário de Avaliação de Registro de Marca e realizará o pedido de registro junto ao INPI.

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Procedimento de solicitação de registro de desenho industrial na UFSC

O que pode ser protegido como desenho industrial?

A Lei n.° 9.279/96, no artigo 95, define desenho industrial como sendo a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.

Os desenhos industriais devem atender aos requisitos de novidade e

de originalidade, conforme o disposto nos artigos 96 e 97 da Lei de Propriedade Industrial.

Novidade: o desenho industrial é considerado novo quando não

compreendido no estado da técnica, que é tudo o que é tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de registro, no Brasil ou no exterior, por uso ou qualquer outro meio. Porém, de acordo com o parágrafo 3.º do artigo 96, não será considerado como incluído no estado da técnica o desenho industrial cuja divulgação tenha ocorrido durante os cento e oitenta dias que precederem a data do depósito do registro.

Original: o desenho industrial é considerado original quando dele

resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores.

No artigo 100, a Lei n.º 9.279/96 dispõe o que não é registrável como

desenho industrial:

I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimentos dignos de respeito e veneração; II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais.

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

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A quem solicitar a proteção? No Brasil, o pedido de proteção de registro de marca é solicitado ao

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e a sua abrangência é territorial.

Qual a vigência do registro?

O registro vigorará pelo prazo de dez anos contados da data do depósito, prorrogável por três períodos sucessivos de cinco anos cada um.

Qual o procedimento para proteção?

1.ª Etapa - Comunicação dos pesquisadores sobre os resultados obtidos na pesquisa ao DIT para a escolha da forma mais adequada de proteção. 2.ª Etapa - Caso a forma adequada de proteção seja por meio de registro de marca, o pesquisador será orientado a preencher o Formulário de Avaliação de Registro de Desenho Industrial, disponível em www.dit.ufsc.br. 3.ª Etapa - O Formulário de Avaliação de Registro de Desenho Industrial deverá ser entregue assinado no DIT para a abertura de um processo administrativo. 4.ª Etapa - O DIT organizará a documentação necessária para o pedido de registro com base nas informações fornecidas no Formulário de Avaliação de Registro de Desenho Industrial e realizará o pedido de registro junto ao INPI.

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Etapas do processo de registro de programa de computador, de marca

e de desenho industrial na UFSC

Quadro 4 - Exposição das etapas que compõem o processo de proteção por meio de registro de programa de computador, de marca e de desenho industrial na UFSC Fonte: Elaborado por Kelli Bittencourt

Reunião com os pesquisadores

Etapas Responsáveis

Autores e DIT

Formulário de Solicitação de Registro

Autores

DIT Documentação necessária para realização do pedido de

DIT Depósito do pedido de Registro junto ao INPI

DIT Gerenciamento do pedido de Registro junto ao INPI

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

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Procedimento de solicitação de registro de cultivares na UFSC

O que pode ser protegido como cultivar?

A Lei n.º 9.456, que institui a Lei de Proteção de Cultivares, em seu

artigo 3.º, define cultivar como:

a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.

Os requisitos necessários para a proteção de cultivar são:

• Ser produto de melhoramento genético, de espécie passível de proteção no Brasil. • Não tenha sido oferecida à venda no Brasil há mais de doze meses em relação à data do pedido de proteção e que, observado o prazo de comercialização no Brasil, não tenha sido oferecida à venda em outros países, com o consentimento do obtentor, há mais de seis anos para espécies de árvores e videiras e há mais de quatro anos para as demais espécies. • Ser distinta: cultivar que se distingue claramente de qualquer outra cuja existência na data do pedido de proteção seja reconhecida. • Ser homogênea: cultivar que, utilizada em plantio em escala comercial, apresente variabilidade mínima quanto aos descritores que a identifiquem, segundo critérios estabelecidos pelo órgão competente; • Ser estável: cultivar que, reproduzida em escala comercial, mantenha a sua homogeneidade através de gerações sucessivas. Os três últimos requisitos serão comprovados mediante um teste de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE), que é um procedimento técnico de comprovação de que a nova cultivar ou a cultivar essencialmente derivada são distinguíveis de outra cujos descritores sejam conhecidos, homogêneas quanto às suas características em cada ciclo reprodutivo e estáveis quanto à repetição das mesmas características ao longo de gerações sucessivas.

O requerimento de proteção poderá ser feito pelo próprio obtentor, por seu representante legal ou pelo cessionário do direito sobre a cultivar.

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A quem solicitar a proteção?

No Brasil, o pedido de proteção de registro de cultivar é solicitado ao

Serviço Nacional de Proteção de Cultivares, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura.

A proteção assegura ao seu titular o direito à reprodução comercial no

território brasileiro, ficando vedados a terceiros, durante o prazo de proteção, a produção com fins comerciais, o oferecimento à venda ou a comercialização do material de propagação da cultivar, sem sua autorização.

Qual a vigência do registro? A proteção de cultivar terá duração de quinze anos, exceto as videiras,

as árvores frutíferas, as árvores florestais e as árvores ornamentais que ficam protegidas por dezoito anos.

Após o prazo de vigência do direito de proteção, a cultivar cairá em domínio público.

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

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Propriedade Intelectual da UFSC

No Quadro 5 é exposta a quantidade de proteções intelectuais realizadas pela Universidade Federal de Santa Catarina, durante o período de 1999 a junho de 2012, e que são gerenciadas pelo Departamento de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa.

Proteções solicitadas junto ao INPI (1999 a junho de 2012)

Patentes de invenção ou de modelo de utilidade depositadas

90

Patentes de invenção ou de modelo de utilidade concedidas

3

Registros de programa de computador solicitados

51

Registros de programa de computador concedidos

19

Registros de marca solicitados

24

Registros de marcas concedidos

11

Registros de desenho industrial solicitados

6

Registros de desenho industrial concedidos

0

Proteções solicitadas junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares – SNPC

Registro de cultivares

4

Quadro 5 – Propriedade intelectual da UFSC Fonte: Elaborado por Kelli Bittencourt

Manual de procedimentos para solicitação de proteção à propriedade intelectual

Legislação

Lei n.° 9.279, de 14 de março de 1996 Regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

Lei n.° 9.456, de 25 de abril de 1997 Institui a Lei de Proteção de Cultivares e dá outras providências.

Lei n.° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização

no País, e dá outras providências.

Lei n.° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras

providências.

Lei n.° 10.603, de 17 de dezembro de 2002

Dispõe sobre a proteção de informação não divulgada submetida para aprovação da comercialização de

produtos e dá outras providências.

Lei n.° 10.973, de 02 de dezembro de 2004

(Lei de Inovação)

Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no

ambiente produtivo e dá outras providências.

Lei n.° 11.196, de 21 de novembro de 2005 (Lei do Bem)

Dispõe sobre os incentivos fiscais para a inovação.

Lei n.° 11.484, de 31 de maio de 2007

Dispõe sobre os incentivos às indústrias de equipamentos para TV

Digital e de componentes eletrônicos semicondutores e sobre a proteção à

propriedade intelectual das topografias de circuitos integrados.

Resolução n.° 14/CUn/2002, de 25 de junho de 2002

Dispõe sobre a propriedade e a gestão de direitos relativos à propriedade

intelectual no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Reitora

Roselane Neckel

Vice-Reitora Lúcia Helena Martins Pacheco

Pró-Reitor de Pesquisa

Jamil Assreuy

Diretora do Departamento de Inovação Tecnológica

Rozangela Curi Pedrosa

Propriedade Intelectual – Chefe da Divisão de Apoio à Inovação Tecnológica Kelli C. H. de Bittencourt

Assistente Administrativo do DIT

Carolina Pereira Laurindo Thomas

Assessor de Assuntos Contábeis do DIT Irineu Afonso Frey

Assessor em Direitos Autorais do DIT

Marcos Wachowicz

Revisor Zulma Neves de Amorim Borges

Diagramador

Projeto Gráfico: Agecom Yuri Pauluci (estagiário)

Universidade Federal de Santa Catarina

Pró-Reitoria de Pesquisa Departamento de Inovação Tecnológica

Campus Universitário – Trindade Caixa Postal 476 – CEP: 88.040-900

Florianópolis – Santa Catarina – Brasil Fone: (48) 3721 9628 [email protected]

www.dit.ufsc.br

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ)

Departamento de Inovação Tecnológica (DIT)Campus Universitário – Trindade

Caixa Postal 476 – CEP: 88.040-900Florianópolis – Santa Catarina – Brasil

Fone: +55 (48) 3721 [email protected]

www.dit.ufsc.br